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Química Orgânica (prática) 1

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Química Orgânica

(prática)

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Custódia Fonseca [email protected]

Gab: C2 2.24

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Calendarização (2010-2011)

Semana Aula Sumário

28 Fev

4 Mar

1 Normas de segurança. Procedimento em caso de

acidente. Programa das aulas práticas. Avaliação.

Organização do caderno.

14 Mar

18 Mar

2 Método geral de trabalho da Química Orgânica:

Reacção, isolamento, purificação, caracterização

21 Mar

25 Mar

3 Destilação

28 Mar

1 Abr

4 Extracção com solventes quimicamente activos

4 Abr

8 Abr

5 Estudo das propriedades ópticas do limoneno.

Polarimetria

11 Abr

15 Abr

6 Cromatografia em coluna para separação de

nitrofenois.

26 Abr

29 Abr

7 Cristalização do ácido benzóico

26 Abr

30 Abr

8 Síntese do cloreto de terc-butilico

2 Mai

6 Mai

9 Cont. Relatório

16 Mai

20 Mai

10 Redução da benzofenona

23 Mai

27 Mai

11 Síntese de um analgésico.

30 Mai 12 Teste prático

Avaliação

30% Prática (Teste)

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70% Teórica

5

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Bibliografia

1- “Techniques in Organic Chemistry”, Jerry R. Mohrig, Christina N.

Hammond, Paul F. Schatz and Terence C. Morrill, England, 2003

2- “Experimental Organic Chemistry”, Laurence M. Harwood and

Christopher J. Moody, Blackwells, England, 1989.

3- “Textbook of Practical Organic Chemistry”, Brain S. Furniss, Antony J.

Hannaford, Peter W. G. Smith, Austin R. Tatchell, Longman Scientific

and Technical, New York, 1989.

4- “Advanced Practical Organic Chemistry”, J. Leonard, B. Lygo, G. Procter,

Great Britain, 1995.

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Normas de segurança

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No laboratório

1- Normas gerais

1.1.Ter sempre presente que o laboratório é um local de risco potencial. Agir

com segurança, sem pressa.

1.2.Conhecer a localização de saídas de emergência, extintores de incêndio,

caixa de primeiros socorros e restante equipamento de protecção

(chuveiros e torneiras lava-olhos, cobertores anti-fogo, etc.), e aprender a

utiliza-los.

1.3.Não fumar, comer ou beber no laboratório.

1.4.Utilizar bata (de preferência de algodão) e outro equipamento de protecção

pessoal adequado ao trabalho realizado (óculos, luvas, avental, máscara).

1.5.Não pipetar com a boca: usar pompetes ou controlador de pipetas.

1.6.Tomar precauções no caso de utilização de fontes de aquecimento: Não

aquecer recipientes fechados, utilizar pinças ou luvas apropriadas para

manuseamento de material aquecido, não deixar uma chama acesa ou

uma placa quente sem um aviso, não tocar numa placa de aquecimento

para determinar se está, ou não, quente.

1.7.Não utilizar uma chama ou placa de aquecimento perto de solventes

orgânicos ou reagentes inflamáveis.

1.8.Não inalar vapores de solventes ou pós químicos. Todas as reacções

químicas e operações de purificação de solventes e reagentes devem ser

efectuadas num nicho de fumos (“hotte”). Confirmar que este equipamento

está operacional antes de iniciar o trabalho.

1.9.Ao trabalhar com ácidos ou bases concentrados, solventes orgânicos, ou

ao utilizar luz ultravioleta, usar óculos de protecção.

1.10.Conservar as bancadas arrumadas e limpas e o chão seco e limpo.

Limpar imediatamente qualquer derrame de líquidos ou sólidos, evitando o

contacto com a pele ou com o vestuário. Informar os colegas de

laboratório de potenciais riscos de queda em locais de chão húmido.

1.11.Em caso de quebra de material de vidro, utilizar equipamento de recolha

de material cortante adequado.

1.12.Não obstruir os locais destinados à circulação no laboratório.

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1.13.Manter a bancada e nicho de fumos (“hotte”) livre de material

desnecessário.

1.14.Trabalhar sempre acompanhado por outra pessoa.

1.15.Antes de manusear qualquer reagente, ler atentamente o rótulo, tomando

conhecimento de potenciais riscos e cuidados a ter na sua utilização. Em

caso de falta de informação, considerar qualquer composto como tóxico.

1.16.Antes de utilizar qualquer equipamento, obter informações acerca do

procedimento operacional correcto, lendo o manual ou consultando

normas de utilização elaboradas pelo técnico ou docente responsável.

Esta informação deverá ser colocada junto do aparelho num local

facilmente acessível ao utilizador.

1.17.Não manusear aparelhos eléctricos com as mãos húmidas.

1.18.Em caso de detecção de mau funcionamento de um aparelho, informar

imediatamente o técnico ou o docente responsável pela sua manutenção.

1.19.Lavar as mãos com frequência durante o trabalho laboratorial. Proteger as

feridas expostas. Lavar sempre as mãos antes de deixar o laboratório.

1.20.Não utilizar frigoríficos e arcas congeladoras para outro fim que não seja o

de armazenamento de produtos químicos.

1.21.Recolher os materiais de desperdício, líquidos ou sólidos, de acordo com

o solicitado pelas normas do laboratório.

1.22.Ao abandonar o laboratório, confirmar que o equipamento e reagentes

utilizados estão devidamente arrumados, as torneiras de abastecimento

de água e de gás fechadas e os aparelhos eléctricos desligados.

1.23.Os responsáveis dos laboratórios onde sejam manuseados compostos de

elevada perigosidade (radioactivos, carcinogénicos, mutagénicos ou

perigosos para o ambiente) devem informar a Comissão de Segurança

sobre os cuidados tidos com a lavagem ou descarte do material

contaminado, a eliminação de resíduos e o doseamento da exposição por

parte dos operadores, se aplicável.

1.24.Todos os acidentes devem ser comunicados de imediato ao técnico ou

docente responsável pelo laboratório e objecto de um relatório à

Comissão de Segurança do DQB.

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Normas de segurança pessoal2.1. Todas as pessoas que trabalham no laboratório são consideradas

responsáveis pela sua própria segurança e pela segurança de outros que

trabalhem na sua proximidade.

2.2. Usar sempre bata no laboratório. De preferência, esta deve ser de algodão

pois este material tem maior capacidade de absorção e é mais resistente

a substâncias químicas do que o nylon. A bata deve ser justa e mantida

em boas condições de higiene.

2.3. O calçado utilizado deve ser fechado e de sola anti-derrapante.

2.4. Não utilizar anéis. Proteger o cabelo comprido, prendendo-o

convenientemente.

2.5 Os óculos de protecção devem ser utilizados sempre que se realizem

experiências que envolvam risco de salpicos com reagentes corrosivos e

tóxicos. O uso de lentes de contacto é desaconselhado, tendo em conta

que o material de que são feitas permite a absorção de vapores de

compostos químicos, tais como solventes orgânicos, provocando irritações

oculares. Ainda, na eventualidade de um contacto acidental dos olhos

com um reagente irritante, o reflexo de fechar os olhos impede a remoção

atempada das lentes de contacto.

2.6. A escolha de luvas de protecção adequadas ao tipo de reagentes

manuseados é de extrema importância. As luvas descartáveis (como por

exemplo as de látex) podem ser utilizadas na pesagem ou manuseamento

de produtos sólidos, evitando que estes sejam adsorvidos pela pele, além

de oferecerem protecção contra soluções aquosas em geral. Por outro

lado, o manuseamento de ácidos ou bases fortes, bem como de solventes

orgânicos, deve ser efectuada utilizando luvas adequadas (consultar

tabela anexa).

2.7. A utilização de máscaras anti-poeira pode evitar a inalação de partículas

sólidas mas não de gases ou vapores tóxicos. Neste caso, deve recorrer-

se à utilização de máscaras respiratórias com o filtro apropriado,

verificando-se as condições de validade do mesmo.

2.8. Em caso de gravidez, não trabalhar no laboratório.

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Manuseamento de compostos químicos

3.1. Considerar todos os reagentes como potencialmente perigosos,

manuseando-os cuidadosamente.

3.2. Evitar o contacto de reagentes com a pele ou com a roupa. Mesmo que um

reagente seja inofensivo, este não deverá ser cheirado ou provado.

3.3. Tomar sempre em consideração os símbolos de aviso de perigo existentes

nos rótulos dos produtos químicos comerciais, consultando a respectiva

tabela de descodificação antes de iniciar a sua utilização.

3.4. Procurar toda a informação relevante para o manuseamento de um

dado reagente, nomeadamente quanto ao equipamento de protecção

adequado, procedimento de eliminação de desperdícios e armazenamento.

3.5. Compostos orgânicos de síntese devem ser manuseados com especiais

precauções, tendo em conta que se desconhecem os seus riscos

potenciais para a saúde.

3.6. Ter em conta que alguns compostos e substâncias químicas podem ser

inflamáveis, corrosivos, reactivos ou tóxicos quando misturados com

outros materiais.

3.7. Produtos químicos tóxicos, voláteis ou que emitam vapores tóxicos devem

ser mantidos e manuseados em nicho de fumos (“hotte”).

3.8. Não abandonar recipientes que contenham líquidos ou sólidos destapados

na bancada.

3.9. Armazenar separadamente líquidos e sólidos, mantendo também solventes

separados de ácidos fortes.

3.10. Etiquetar compostos sintéticos e soluções mantidas na bancada,

mencionando claramente o conteúdo do recipiente, pessoa responsável,

data de preparação, bem como qualquer outra informação relevante ao

seu manuseamento.

3.11. Não utilizar fontes de chama ou de calor intenso próximo de produtos

químicos inflamáveis.

3.12. Utilizar contentores próprios para a eliminação de desperdícios, sólidos

ou líquidos. O sistema de eliminação de esgotos não está equipado para a

remoção de material tóxico ou volátil.

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Eliminação de desperdícios

4.1. Quem produz o desperdício é o responsável pela sua eliminação em

segurança, tanto pessoal como de outros que frequentem o laboratório,

salvo quando se designe uma pessoa para se encarregar dessa função.

4.2. Separar desperdícios orgânicos e inorgânicos. Solventes halogenados

devem ser separados de solventes não-halogenados e armazenados em

contentores de material resistente à corrosão.

4.3. Sólidos orgânicos e sólidos inorgânicos, como sílica gel, devem ser

eliminados separadamente e colocados em contentores especializados para

o efeito.

4.4. Em virtude da sua toxicidade, metais pesados tais como mercúrio ou

crómio devem ser colocados em contentores especialmente designados

para o seu armazenamento em condições de segurança anti-derrame.

4.5. Ácidos e bases podem ser eliminados pela canalização de esgotos

desde que previamente neutralizados.

4.6. Em caso de dúvida, confirmar com o técnico ou docente responsável

pelo laboratório qual o procedimento mais adequado para a eliminação de

reagentes. Em nenhuma circunstância utilizar o sistema de esgotos para

eliminar reagentes sem se certificar de que é seguro faze-lo dessa forma.

4.7. Em caso de quebra de material de vidro, os desperdícios devem ser

descontaminados antes de serem colocados no contentor de reciclagem

deste material, o qual deve ser rígido e à prova de perfuração.

Em caso de acidente

5.1. Todos os acidentes devem ser comunicados de imediato ao técnico ou

docente responsável pelo laboratório e objecto de um relatório à

Comissão de Segurança do DQB.

5.2.Golpes ligeiros:

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Fazer sangrar o golpe durante alguns segundos.

Remover estilhaços.

Lavar com água corrente.

Desinfectar e proteger com um penso.

5.3. Salpicos e queimaduras químicas superficiais:

Lavar abundantemente a área afectada com água corrente usando chuveiro

de emergência. O uso de sabão facilita a remoção de contaminantes

químicos.

Remover o vestuário contaminado.

É aconselhável a consulta de um médico especialista da área afectada.

5.4. Salpicos químicos nos olhos:

Lavar com soro fisiológico ou água utilizando um esguicho próprio (frasco ou

lavador), mantendo as pálpebras afastadas, de forma a que o jacto de água

seja preferencialmente dirigido na linha tangente ao globo ocular.

Consultar um médico oftalmologista.

5.5. Inalação de substâncias tóxicas:

Afastar o acidentado do local contaminado, aliviando-lhe o vestuário no

pescoço e no peito.

No caso de inconsciência, deitar o acidentado com a face virada para baixo,

mantendo-o aquecido. Na eventualidade de paragem respiratória, tentar a

reanimação com respiração boca-a-boca, excepto no caso de contaminação

por venenos.

Providenciar o transporte rápido do acidentado para o hospital.

5.6. Ingestão de reagentes (sólidos/líquidos):

Se a contaminação for apenas bucal, bochechar com água, sem ingerir.

Em caso de ingestão, beber água ou leite em abundância e deslocar-se

rapidamente a um hospital, providenciando todos os dados acerca da

natureza da substância ingerida.

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5.7. Queimaduras superficiais:

Aliviar a dor mergulhando a área afectada em água ou gelo.

Aplicar pomada própria ou linimento e proteger com gaze esterilizada.

5.8. Circuitos eléctricos:

Desligar a corrente/quadro de electricidade antes de socorrer o

acidentado.

Em caso de incêndio

6.1. Não entrar em pânico.

6.2. Accionar o sistema de alarme.

6.3. Evacuar o laboratório. No caso de haver pessoas acidentadas, proceder

ao seu socorro imediato utilizando o chuveiro de emergência ou,

eventualmente, fazendo rolar o acidentado pelo chão.

6.4. Desligar o gás e a electricidade.

6.5. Atacar o fogo com extintores ou com cobertores de incêndio.

6.6. Não utilizar água para apagar um fogo que envolva equipamento

eléctrico (risco de electrocussão).

6.7. Ter atenção à localização de botijas de gás comprimido. Uma vez que

estas podem explodir, evacuar o edifício e avisar os bombeiros da sua

presença e localização.

6.8. Se não conseguir fazer nada, saia da sala e peça ajuda.

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Tabela de especificidade de luvas de protecção

Tipo Uso

Borracha butílica Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais

solventes

Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para solventes

orgânicos

Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos,

álcoois, fenóis. Ruim para solventes halogenados e

aromáticos

PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos

solventes orgânicos

PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim para

soluções aquosas

Nitrilo Bom para uma grande variedade de solventes orgânicos e

ácidos e bases

Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e

halogenados

Vinil Excelente para ácidos, bases e álcoois. Ruim para

acetona

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Símbolos de perigo e seu significado

Perigo: Por contacto, destroem o tecido vivo bem como utensílios. Exemplos: Bromo, ácido sulfúrico.Cuidado: Não respirar os vapores e evitar o contacto com a pele, olhos e vestuário.

Perigo: São substâncias que podem explodir sob determinadas condições. Exemplos: Permanganato de potássio, peróxido de sódio.Cuidado: Evitar qualquer contacto com substâncias combustíveis.

Perigo: Podem desenvolver uma acção irritante sobre a pele, olhos e órgãos da respiração. Exemplos: Solução de amoníaco, cloreto de benzilo.Cuidado: Não respirar os vapores e evitar o contacto com a boca e olhos.

Perigo: A inalação, ingestão ou absorção através da pele provoca, na maior parte das vezes lesões muito graves ou mesmo a morte. Exemplos: Trióxido de arsénio, cloreto de mercúrio (II).Cuidado: Evitar qualquer contacto com o corpo humano e no caso de indisposição chamar o médico.Perigo: Absorvidas pelo corpo, estas substâncias provocam lesões pouco graves. Exemplos: Piridina, tricloroetileno.Cuidado: Evitar qualquer contacto com o corpo humano, inclusive inalação de vapor e no caso de indisposição chamar o médico.

Perigo: Facilmente inflamáveis, sensíveis à humidade ou água Exemplos: Propano, acetona, hidreto de boro e sódio.Cuidado: Manter afastado de fontes de calor.

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Material de laboratório

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Como se faz um filtro de pregas:

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Lista de Riscos

R 1 Explosivo no estado seco.

R 2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.

R 3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de

ignição.

R 4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.

R 5 Perigo de explosão sob a acção do calor.

R 6 Perigo de explosão com ou sem contacto com o ar.

R 7 Pode provocar incêndio.

R 8 Favorece a inflamação de matérias combustíveis.

R 9 Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis.

R10 Inflamável.

R 11 Facilmente inflamável.

R12 Extremamente inflamável.

R 14 Reage violentamente em contacto com a água.

R15 Em contacto com a água liberta gases extremamente inflamáveis.

R 16 Explosivo quando misturado com substâncias comburentes.

R 17 Espontaneamente inflamável ao ar.

R 18 Pode formar mistura vapor - ar explosivo/inflamável durante a utilização.

R19 Pode formar peróxidos explosivos.

R 20 Nocivo por inalação.

R 21 Nocivo em contacto com a pele.

R 22 Nocivo por ingestão.

R 23 Tóxico por inalação.

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R 24 Tóxico em contacto com a pele.

R 25 Tóxico por ingestão.

R 26 Muito tóxico por inalação.

R 27 Muito tóxico em contacto com a pele.

R 28 Muito tóxico por ingestão.

R 29 Em contacto com a água liberta gases tóxicos.

R 30 Pode-se tornar facilmente inflamável durante o uso.

R 31 Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos.

R 32 Em contacto com ácidos liberta gases muito tóxicos.

R 33 Perigo de efeitos cumulativos.

R 34 Provoca queimaduras.

R 35 Provoca queimaduras graves.

R 36 Irritante para os olhos

R 37 Irritante para as vias respiratórias.

R 38 Irritante para a pele.

R 39 Perigos de efeitos irreversíveis muito graves.

R 40 Possibilidades de efeitos irreversíveis.

R 41 Risco de graves lesões oculares.

R 42 Por causar sensibilização por inalação

R 43 Pode causar sensibilização em contacto com a pele.

R 44 Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado.

R 45 Pode causar cancro.

R 46 Pode causar alterações genéticas hereditárias.

R 48 Riscos de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada.

R 49 Pode causar cancro por inalação.

R 50 Muito tóxico para os organismos aquáticos.

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R 51 Tóxico para os organismos aquáticos.

R 52 Nocivo para os organismos aquáticos.

R 53 Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático.

R 54 Tóxico para a flora.

R 55 Tóxico para a fauna.

R 56 Tóxico para os organismos do solo.

R 57 Tóxico para as abelhas.

R 58 Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente.

R 59 Perigoso para a camada de ozono.

R 60 Pode comprometer a fertilidade.

R 61 Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência.

R 62 Possíveis riscos de comprometer a fertilidade.

R 63 Possíveis riscos durante a gravidez de efeitos indesejáveis na

descendência.

R 64 Pode causar danos nas crianças alimentadas com leite materno.

R14/15 Reage violentamente com a água libertando gases extremamente

inflamáveis.

R 15/29 Em contacto com a água liberta gases tóxicos e extremamente

inflamáveis.

R 20/21 Nocivo por inalação e em contacto com a a pele.

R 20/22 Nocivo por inalação e ingestão.

R 20/21/22 Nocivo por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.

R 21/22 Nocivo em contacto coma a pele e por ingestão.

R 23/24 Tóxico por inalação e em contacto com a pele.

R 23/25 Tóxico por inalação e ingestão.

R 23/24/25 Tóxico por inalação, em contacto coma pele e por ingestão.

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R 24/25 Tóxico em contacto com a pele e por ingestão.

R 26/27 Muito tóxico por inalação e em contacto com a pele.

R 26/28 Muito tóxico por inalação e ingestão.

R 26/27/28 Muito tóxico por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.

R 27/28 Muito tóxico em contacto com a pele e por ingestão.

R 36/37 Irritante para os olhos e vias respiratórias.

R 36/38 Irritante para os olhos e pele.

R 36/37/38 Irritante para os olhos, vias respiratórias e pele.

R 37/38 Irritante para as vias respiratórias e pele.

R 39/23 Tóxico: perigo efeitos irreversíveis muito graves por inalação.

R 39/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contacto com a

pele.

R 39/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão.

R 39/23/24 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e

em contacto com a pele.

R 39/23/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e

ingestão.

R 39/24/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contacto

com a pele e por ingestão.

R 39/23/24/25 Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação,

em contacto com a pele e por ingestão.

R 39/26 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação.

R 39/27 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação.

R 39/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão.

R 39/26/27 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por

inalação e em contacto com a pele.

R 39/26/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por

inalação e ingestão.

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R 39/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em

contacto com a pele e por ingestão.

R39/26/27/28 Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por

inalação, em contacto com a pele e por ingestão.

R 40/20 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação.

R 40/21 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis em contacto com a pele.

R 40/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por ingestão.

R 40/20/21 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação e em

contacto com a pele.

R 40/20/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação e

ingestão.

R 40/21/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis em contacto com a

pele e por ingestão.

R 40/20/21/22 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação, em

contacto com a pele e por ingestão.

R 42/43 Pode causar sensibilização por inalação e em contacto com a pele.

R 48/20 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação.

R 48/21 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada em contacto com a pele.

R 48/22 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por ingestão.

R 48/20/21 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação e em contacto com a pele.

R 48/20/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação e ingestão.

R 48/21/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição

prolongada em contacto com a pele e por ingestão.

23

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R 48/20/21/22 Nocivo: risco de efeitos para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.

R 48/23 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação.

R 48/24 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada em contacto com a pele.

R 48/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por ingestão.

R 48/23/24 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação e em contacto com a pele.

R 48/23/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada por inalação e ingestão.

R 48/24/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição

prolongada em contacto com a pele e por ingestão.

R 48/23/24/25 Tóxico: risco de efeitos graves para a saúde em caso de

exposição prolongada por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.

R 50/53 Muito tóxico para os organismos aquáticos, podendo causar efeitos

nefastos a longo prazo no ambiente aquático.

R 51/53 Tóxico para os organismos aquáticos, podendo causar efeitos nefastos

a longo prazo no ambiente aquático.

R 52/53 Nocivo para os organismos aquáticos, podendo causar efeitos

nefastos a longo prazo no ambiente aquático.

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Lista de procedimentos de segurança

Conselhos de prudência relativos a substâncias e preparações perigosas.

S 1 Guardar fechado à chave.

S 2 Manter fora do alcance das crianças.

S 3 Guardar em lugar fresco.

S 4 Manter fora de qualquer zona de habitação.

S 5 Manter sob…(liquido apropriado a especificar pelo produtor).

S 6 Manter sob…(gás inerte a especificar pelo produtor).

S 7 Manter o recipiente bem fechado.

S 8 Manter o recipiente ao abrigo da humidade.

S9 Manter o recipiente num local bem ventilado.

S12 Não fechar o recipiente hermeticamente.

S13 Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo os dos animais.

S14 Manter ao abrigo de… (matérias incompatíveis pelo produtor).

S15 Manter afastado do calor.

S16 Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignição –não fumar.

S17 Manter afastado de matérias combustíveis.

S18 Manipular e abrir o recipiente com prudência.

S20 Não comer nem beber durante a utilização.

S21 Não fumar durante a utilização.

S22 Não respirar as poeiras.

S23 Não respirar os gases/vapores/fumos/aerossóis

S24 Evitar o contacto com a pele.

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S25 Evitar o contacto com os olhos.

S26 Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e abundantemente com

água e consultar um especialista.

S27 Retirar imediatamente todo o vestuário contaminado.

S28 Após contacto coma pele, lavar imediata e abundantemente com …

(produtos adequados a indicar pelo produtor).

S29 Não deixar os resíduos no esgoto.

S30 Nunca adicionar água a este produto.

S33 Evitar acumulação de cargas electrostáticas.

S35 Não se desfaz deste produto e do seu recipiente sem tomar as precauções

de segurança devidas.

S36 Usar vestuário de protecção adequado.

S37 Usar luvas adequadas.

S38 Em caso de ventilação insuficiente, usar equipamento respiratório

adequado.

S39 Usar um equipamento protector para a vista/face.

S40 Para limpeza do chão e objectos contaminados por este produto, utilizar…

(a especificar pelo produtor).

S41 Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos.

S42 Durante as fumigações/pulverizações usar equipamento adequado

[termo(s) adequado(s) a indicar pelo produtor].

S43 Em caso de incêndio, utilizar…(meios de extinção a especificar pelo

produtor. Se a água aumentar os riscos, acrescentar “Nunca utilizar água”).

S45 Em casos de acidente ou de indisposição, consultar imediatamente o

médico (se possível mostrar-lhe o rótulo).

S46 Em caso de acidente ou de indisposição, consultar imediatamente o

médico e mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo.

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S47 Conservar a uma temperatura que não exceda …ºC (a especificar pelo

produtor).

S48 Manter húmido com… (material adequado a especificar pelo produtor).

S49 Conservar unicamente no recipiente de origem.

S50 Não misturar com…(a especificar pelo produtor).

S51 Utilizar somente em locais bem ventilados.

S52 Não utilizar em grandes superfícies nos locais habitados.

S53 Evitar a exposição – obter instruções especificas antes de utilização.

S56 Eliminar este produto e o seu recipiente, enviando-os para local autorizado

para a recolha de resíduos perigosos ou especiais.

S57 Utilizar um recipiente adequado para evitar a contaminação do ambiente.

S59 Solicitar ao produtor/fornecedor informações relativas à sua

recuperação/reciclagem.

S60 Este produto e os seus recipiente devem ser eliminados como resíduos

perigosos.

S61 Evitar a libertação para o ambiente. Obter instruções específicas/fichas de

segurança.

S62 Em caso de ingestão, não provocar o vomito. Consultar imediatamente um

médico e mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo.

S 1/2 Guardar fechado à chave e fora do alcance das crianças.

S3/7 Conservar em recipiente bem fechado em lugar fresco.

S 3/9/14 Conservar em lugar fresco e bem ventilado ao abrigo de…(matérias

incompatíveis a indicar pelo produtor).

S3/9/14/49 Conservar unicamente no recipiente de origem, em lugar fresco e

bem ventilado ao abrigo de…(matérias incompatíveis a indicar pelo produtor).

S 3/9/49 Conservar unicamente no recipiente de origem, em lugar fresco e bem

ventilado.

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S 3/14 Conservar em lugar fresco ao abrigo de…(matérias incompatíveis a

indicar pelo produtor).

S 7/8 Conservar o recipiente bem fechado e ao abrigo da humidade.

S 7/9 Manter o recipiente bem fechado em local bem ventilado.

S7/47 Manter o recipiente bem fechado e conservar a uma temperatura que

não exceda…ºC (a especificar pelo produtor).

S20/21 Não comer, beber ou fumar durante a utilização.

S24/25 Evitar o contato com a pele e os olhos.

S29/56 Não deitar os resíduos no esgoto, eliminar este produto e o seu

recipiente, enviando-os para local autorizado para a recolha de resíduos

perigosos ou especiais.

S36/37 Usar vestuário de proteção e luvas adequadas.

S 36/37/39 Usar vestuário de proteção, luvas e equipamento protetor para a

vista/face adequados.

S 36/39 Usar vestuário de proteção e equipamento protetor para a vista/face

adequados.

S 37/39 Usar luvas e equipamento protetor para a vista /face adequados.

S47/49 Conservar unicamente no recipiente de origem a temperatura que não

exceda…ºC (a especificar pelo produtor).

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Como organizar um caderno de laboratório

Caderno de laboratório: deve ser o diário das experiências, deve conter todos

os detalhes de como a experiência correu.

Folhas de informação: deve conter a caracterização e procedimento

experimental para a síntese de cada composto novo.

Formato do caderno de laboratório1- Começar uma nova experiência numa folha limpa do caderno de

laboratório cujas folhas estão previamente numeradas.

2- Número da experiência deve ter as iniciais do nome do autor, a que

caderno pertence e o número da página; se for caso disso usar várias

alinhas para a mesma experiência; Exemplo CF_A_21b.

3- Data e hora a que se fez determinado procedimento.

4- Esquema da reacção indicando a transformação proposta. Coloca-se no

topo da página. Se a reacção decorre como o esquema intacto, mas o

produto desejado não é obtido, então faz-se uma cruz vermelha sobre o

produto. Se outro produto for obtido então podemos juntá-lo com outra

cor se assim quisermos.

5- Referências literárias

6- Quantidades: as quantidades de cada um dos ingredientes da reacção

são listadas no princípio, juntamente com o peso molecular, número de

moles. Ter o PM à mão poupa muito tempo quando passamos para

outra reacção e quando se analisa o espectro de massa, etc. mas a real

importância desta secção é que os valores que contêm podem ser

ajustados durante a reacção de modo a melhorar o procedimento.

7- Procedimento: deve ser breve e sem obedecer a padrões de publicação

e explicativo o suficiente para permitir a sua reprodução.

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8- Monitorização da reacção: TLC, ter o cuidado de os colar no caderno e

calcular o Rf dos compostos bem como as conclusões a tirar deles. Em

alguns casos usar HPLC e GC.

9- Detalhes do modo de trabalhar e purificar o(s) produto(s). Para a

cromatografia é importante incluir a quantidade e tipo de adsorvente e o

sistema de solventes usado na eluição. Se o produto é purificado por

cristalização, registar o solvente usado e o p.e. Se for a destilação

registar o pe. e a pressão.

10-Referência cruzada com os espectros e informações dos livros;

11-Manter os espectros na forma original e fazê-los à medida que o

trabalho evolui.

Quando um composto significativo é sintetizado uma folha de informação

deve ser criada para o registar. Esta folha deve conter:

1- Formula estrutural e molecular

2- Procedimento de preparação do composto, de preferência no estilo de

publicação

3- Informação espectroscópica e cromatográfica suficiente para

caracterizar o composto. Os espectros devem estar anexos.

4- Referência cruzada dos espectros e as notas laboratoriais.

5- Referência literária se houver

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Método de trabalho em química orgânica

ReacçãoNo decorrer de uma reacção pode ser necessário:

1- evitar a perda de reagentes voláteis;

2- manter a mistura atmosférica

3- adição de reagentes

4- evitar a saída de vapores nocivos.

Várias montagens podem ser feitas para todas estas condições de reacção:

1- refluxar a mistura de reacção;

2- condições anidras de reacção;

3- adição de reagentes durante a reacção;

4- remoção de vapores nocivos

Destas várias possibilidades apenas nos vamos debruçar sobre a primeira,

ou seja o refluxar da mistura reaccional.

Refluxar a mistura reaccional significa “ferver” a solução enquanto

continuamente se condensa o vapor por arrefecimento e retorno do líquido ao

balão da reacção (Fig 5).

REACÇÃO

ISOLAMENTO

PURIFICAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO

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Fig. 5: Montagem para refluxar a mistura reaccional

Destilação

É o método de separação de dois ou mais compostos líquidos com base

na diferença de pontos de ebulição. Contrariamente às técnicas de separação

de extracção líquido-líquido, sólido-líquido e recristalização, a destilação é uma

separação líquido-gas na qual as diferenças de pressão de vapor são usadas

para separar os materiais.

Um liquido a qualquer temperatura exerce uma pressão no seu

ambiente. Esta pressão, chamada pressão de vapor, resulta de moléculas que

deixam a superfície do líquido tornando-se vapor.

Moléculasliquido ↔ Moléculasvapor

À medida que o líquido é aquecido, a sua energia cinética aumenta; o

equilíbrio desloca-se para a direita e mais moléculas passam ao estado de

vapor, aumentando assim a pressão de vapor.

O ponto de ebulição de um liquido puro é definido como a temperatura no qual

a pressão de vapor do liquido é exactamente igual à pressão atmosférica. À

pressão atmosférica de 1 atm (760 mmmHg) o ponto de ebulição é atingido

quando a pressão de vapor é igual a 1 atm. Todos os compostos orgânicos

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estáveis e puros têm um ponto de ebulição característico a 1 atm. O ponto de

ebulição reflecte a sua estrutura molecular, especialmente as interacções

intermoleculares que mantêm as moléculas ligadas no estado líquido.

Compostos polares têm pontos de ebulição superiores aos compostos

apolares com o mesmo peso molecular. O aumento do peso molecular conduz

ao aumento da área de superfície molecular o que conduz a pontos de ebulição

mais elevados, apesar da polaridade se manter constante.

Numa mistura de líquidos o ponto de ebulição depende da pressão de

vapor dos seus componentes. As impurezas podem aumentar ou diminuir o

ponto de ebulição da amostra, mas em qualquer dos casos a substância ferve

durante um intervalo de vários graus a uma temperatura que não é pura.

Considerando por exemplo uma mistura de pentano e hexano. O pentano e

hexano são miscíveis e as forças de Van der Waals são as interacções

intermoleculares existentes. A solução formada por estes compostos têm um

ponto de ebulição situado entre o ponto de ebulição do pentano (36 ºC) e o

ponto de ebulição do hexano (69 ºC). Se o pentano estivesse sozinho a

pressão de vapor do líquido devia-se apenas a ele. Contudo o pentano é

apenas uma fracção da solução, a pressão parcial exercida pelo pentano (P) é

apenas uma fracção da pressão de vapor do pentano puro(Pº). A fracção é

determinada pelo Xpentano, que é a fracção molar do pentano, o qual é a razão do

número de moles do pentano em relação ao número total de moles do pentano

e do hexano na solução.

As mesmas expressões podem ser feitas para o hexano. A equação (1) é

aplicação da Lei de Raoult.

Usando a Lei de Dalton das pressões parciais, é possível calcular a pressão de

vapor total da solução, o qual é a soma das pressões de vapor dos

componentes individuais.

Ptotal=Ppentano+Phexano

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A figura abaixo mostra as curvas de pressão parcial para o pentano e hexano

usando a Lei de Raoult , e a pressão total da solução usando a Lei de Dalton.

Aplicando a Lei dos gases ideais à mistura de gases em equilíbrio com a

solução de pentano e hexano temos a equação:

Ppentano = PºpentanoYpentano

Onde Ypentano é a fracção de moléculas de pentano no vapor acima da

solução.

A partir destas expressões pode ser deduzida uma expressão para determinar

a pressão de vapor total

Ptotal = Xpentano(Pºpentano-Pºhexano) + Pºhexano

Estes cálculos podem ser utilizados para construir um diagrama temperatura -

composição (diagrama de fase) como mostra a figura abaixo.

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Seguindo a linha a tracejado, temos a composição inicial do liquido L1

para a composição do vapor V1 que tem a mesma composição que o liquido

L2. O L1 indica um ponto de ebulição de 44º C para uma solução de 1:1 de

pentano:hexano. A analise da composição do vapor revela que o pentano é

87% e o hexano é de 13%. Se este vapor V1 condensar o liquido recolhido é o

L2. Este depois de vaporizado, o novo vapor (V2) será ainda mais rico em

pentano que é o componente mais volátil. Repetindo o processo de

evaporação e condensação várias vezes permite-nos obter o pentano puro.

Este processo de repetições chama-se destilação fraccionada (Fig.6).

Fig 6: Montagem de uma destilação fraccionada

Na destilação simples, (Fig. 7) apenas ocorre uma ou duas vaporizações

e condensações, corresponde aos pontos L1 e V1. O liquido condensado é

chamado destilado ou condensado. Só separa efectivamente liquidos que

tenham uma diferença de pontos de ebulição de 60-70º C. A destilação

simples é usada em duas situações: 1- quando o último passo da purificação

de um liquido envolve destilação de modo a obter o composto puro e

determinar o seu ponto de ebulição; 2- quando a destilação simples é usada

para remoção do solvente com baixo ponto de ebulição de um composto com

ponto de ebulição elevado.

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Fig 7: Montagem de uma destilação simples

Destilação azeotrópica

Os sistemas até aqui descritos são considerados como ideais ou seja

seguem a lei de Raoult. Contudo a maioria das soluções liquidas desviam-se

deste comportamento, facto que se deve às interacções intermoleculares

(exemplo são as pontes de hidrogénio) no estado liquido. Na destilação de

algumas soluções, formam-se misturas que destilam a pontos de ebulição

constante e que já não podem ser mais purificadas por destilação: são

chamadas azeotropes ou soluções azeotrópicas. Uma solução azeotropica

bem conhecida é a formada por etanol/água (95,6% etanol e 4,4% água

P/P)cujo ponto de ebulição é de 78,2 ºC. O seu vapor tem a mesma

constituição, facto que pode ser visualizado no diagrama temperatura -

composição.

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Fig. 8: Diagrama temperatura - composição de soluções de álcool/água à

pressão de 1 atm.

Recristalização

Um composto orgânico puro é aquele que não lhe detectável impurezas.

Uma forma de purificar materiais impuros é através da recristalização. A

técnica da recristalização depende do aumento da solubilidade de um

composto no solvente quente. A solução saturada a elevada temperatura

normalmente tem mais soluto que o mesmo par soluto - solvente a baixa

temperatura. Pelo que, o soluto precipita quando a solução saturada arrefece.

A recristalização é o processo no qual o material cristalino se dissolve em

solvente quente e depois retorna a sólido por cristalização no solvente

arrefecido. Porque a concentração das impurezas no sólido que nos interessa

é normalmente significativamente inferior à concentração da substância a ser

purificada, assim que a mistura arrefece as impurezas mantêm-se em solução

enquanto o produto em elevada concentração cristaliza.

A formação do cristal do soluto a partir da solução é um processo selectivo.

Quando o sólido cristaliza à velocidade adequada e em condições apropriadas

de concentração e de solvente, o material cristalino é perfeitamente puro,

porque somente moléculas de forma adequada “encaixam” na matriz do cristal.

Na recristalização, a dissolução do sólido impuro no solvente quente

apropriado destrói a matriz do cristal impuro, e a cristalização no solvente frio,

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selectivamente produz um novo e mais puro matriz de cristal. O arrefecimento

lento da solução saturada promove a formação de cristais puros, que são

maiores. A formação rápida de cristais aprisiona as impurezas, porque o

crescimento da matriz é tão rápido que simplesmente as impurezas são

envolvidas pelas partículas de soluto à medida que o cristal se forma.

O aspecto mais crucial do procedimento de recristalização é a escolha do

solvente, porque o soluto deve ter a máxima solubilidade no solvente quente e

a mínima solubilidade no solvente frio. A escolha do solvente baseia-se no

processo de escolha e erro, a relação entre a estrutura molecular do solvente e

a solubilidade do soluto pode ser descrita pela frase “semelhante dissolve

semelhante”. Compostos não iónicos dissolvem-se em água quando se

associam às suas moléculas de água através de ligações de hidrogénio. Os

hidrocarbonetos e haletos de alquilo são virtualmente insolúveis em água,

enquanto os ácidos carboxílicos, álcoois e aminas que facilmente formam

ligações de hidrogénio são normalmente recristalizados a partir de soluções

aquosas. A polaridade do solvente é um factor crucial e mede-se através da

constante dieléctrica, . Quanto mais elevada é a constante dieléctrica mais

polar é o solvente.

Solventes usados na recristalização

Solvente Fórmula Ponto ebulição

Const. dieléctrica

Éter etílico (C2H5)2O 34,6 4,3

Acetona (CH3)2CO 56 20,7

Éter petróleo 60-80

Clorofórmio CHCl3 61 4,8

Metanol CH3OH 65 32,6

Hexano C6H14 69 1,9

Acetato de etilo CH3COOC2H5 77 6,0

Etanol C2H5OH 78,5 24,3

Água H2O 100 80

Tolueno C6H5CH3 110,6 2,4

Ácido acético CH3COOH 118 6,15

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Extracção e agentes secantesA extracção é uma técnica usada para separar o composto de uma

mistura. É frequente o uso da extracção para a separação de um composto

presente num produto natural. Temos como exemplo remoção da cafeína do

café.

A extracção líquido/líquido envolve a distribuição de um composto, o soluto

entre dois líquidos (solventes) imiscíveis (as fases).

Num procedimento de extracção, uma solução aquosa (água) e o solvente

orgânico imiscível (ex: diclorometano, ou éter etílico, ou acetato de etilo ou

hexano) são agitados num funil de separação (ou também chamada ampola de

decantação). O soluto distribui-se entre a fase aquosa e a fase orgânica de

acordo com a sua solubilidade relativa. Sais orgânicos vão para a fase aquosa

enquanto substâncias orgânicas dissolvem-se mais rapidamente na fase

orgânica. Portanto duas ou três extracções da mistura aquosa é normalmente

suficiente para transferir quantitativamente o composto orgânico não polar,

como hidrocarbonetos ou halogenetos de carbono, para um solvente orgânico.

A equação (1) permite calcular o K, que é o coeficiente de distribuição ou

coeficiente de partilha.

(1)

K > 1,5 o composto pode ser separado da água.

Uma serie de extracções usando pequenos volumes de solvente é mais

eficiente que uma extracção usando um volume grande. (Explicação teórica, p

58, “Techniques in organic chemistry”)

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Fig 1: Como usar a ampola de decantação para fazer uma extracção.

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Secagem da fase orgânicaNa extracção, na separação de fase orgânica da fase aquosa existe sempre

alguma água que fica na fase orgânica, em parte devido à solubilidade da água

no solvente orgânico utilizado. Como resultado disto a fase orgânica necessita

de ser seca. Usa-se para isso um agente secante que é um sal inorgânico

anidro e que tem a capacidade de se ligar às moléculas de água, formando

hidratos.

nH2O + agente secante → agente secante.nH2O

Agentes secantes

Classe de

compostos

Agentes secantes recomendados

Alcanos, haletos de

alquilo

MgSO4, CaCl2, CaSO4, H2SO4

Hidrocarbonetos e

eteres

MgSO4, CaCl2, CaSO4

Aldeídos, cetonas e

esteres

MgSO4, CaSO4, Na2SO4, K2CO3

Álcoois MgSO4, K2SO4, CaSO4

Aminas KOH, K2CO3

Compostos acidicos Na2SO4, MgSO4, CaSO4

Factores que condicionam a escolha de um agente secante:

1- Capacidade: refere-se ao número de moles de moléculas de água a que

se liga de modo a formar um sal hidratado. Expressa-se pela

quantidade de água/g de agente secante.

2- Eficiência: expressa-se pela quantidade de água deixada pelo agente

secante para trás na fase orgânica;

3- Velocidade a que trabalha: quanto tempo o agente necessita de estar

em contacto com a solução orgânica;

4- Inactividade química: não pode ser reactivo nem com o solvente

orgânico nem com o composto orgânico nele dissolvido.

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Cromatografia em camada fina

A cromatografia em camada fina (TLC = thin layer chromatography), apareceu

em 1950 e tornou-se uma técnica analítica muito utilizada. É simples, barata,

rápida, eficiente e razoavelmente sensível e apenas requer umas miligramas

de material. TLC é especialmente usada para: 1-determinar o número de

componentes na mistura; 2- estabelecer se 2 componentes são ou não

idênticos e 3-seguir uma reacção química.

Na cromatografia em camada fina o suporte da fase estacionária pode ser de

vidro, metal (folha de alumínio) ou plástico. A fase móvel é um líquido puro ou

uma mistura de vários líquidos cuja composição depende da polaridade dos

compostos a serem separados. Compostos não voláteis podem ser analisados

por TLC, contudo compostos voláteis não o são, pois pode haver perda de

amostra por evaporação.

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Para fazer a analise por TLC é aplicada uma pequena quantidade da mistura a

ser separada, em mancha, próximo da extremidade da placa (Fig 2).

Fig 2: Aplicação da amostra na placa de TLC

Esta é depois colocada numa câmara de eluição fechada, com a extremidade

próxima do ponto de aplicação da amostra a ser imersa na fase móvel (também

chamada por eluente ou solvente).

Fig 3: Câmara de eluição.

O eluente sobe por capilaridade na fase estacionária. À medida que o solvente

sobe, a amostra é distribuída entre a fase móvel e fase estacionária que é

sólida. A separação ocorre como resultado de muitos equilibrios que se

estabelecem entre a fase móvel e a fase estacionária e os compostos a

separar. Quanto mais fortemente o composto se liga ao adsorvente (fase

estacionária) mais lentamente se move na placa de TLC. O eluente desloca

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mais rapidamente compostos não polares. Substâncias polares movem-se

mais lentamente.

A placa de TLC é retirada da câmara de eluição quando a frente do solvente

está a cerca de 1 cm da extremidade da placa. A sua posição é imediatamente

marcada com lápis. Em seguida deixa-se secar evaporando o eluente.

Existem vários métodos para visualizar as manchas: 1- se a placa for

impregnada com o indicador fluorescente pode-se utilizar a radiação UV; 2-

colocar a placa dentro de uma câmara com sais de iodo forma-se um complexo

de cor castanha com os compostos permitindo a sua detecção; 3- ou fazendo

reagir com um reagente, cujo produto da reacção é um compostos colorido.

Usando as mesmas condições experimentais para a analise cromatográfica por

TLC, um dado composto move-se sempre a mesma distância relativamente à

distância percorrida pela frente do eluente. Esta razão entre as distâncias é

chamada por Rf (razão da frente) e é expressa através da fracção decimal:

Fig 4: Calculo do Rf

O valor de Rf depende da sua estrutura e é uma característica física tal como

por exemplo o ponto de fusão. Logo que o cromatograma esteja feito o valor

de Rf deve ser calculado para cada substância e registadas as condições

experimentais. A informação importante a registar é:

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1- O adsorvente usado na placa de TLC, bem como a marca e o lote de

fabricação;

2- o eluente

3- o método usado na visualização dos compostos;

4- o valor de Rf de cada substância.

Fase estacionária ou adsorvente

É usado normalmente um dos três tipos de adsorventes:

1- Sílica gel (SiO2.xH2O);

2- Óxido de alumínio (Al2O3) também chamado alumina;

3- Celulose

As forças intermoleculares são as responsáveis por a ligação dos compostos

ao adsorvente. Forças de Van der Waals fracas ligam compostos não polares

ao adsorvente, mas moléculas polares podem adsorver por interacções dipolo-

dipolo, ligações de hidrogénio e de coordenação à superfície fortemente polar

dos óxidos de metal. A força de interacção varia com o composto, mas em

termos gerais podemos dizer que: quanto mais polar é o composto maior é

força de ligação à sílica gel ou alumina.

A celulose é usada para a cromatografia de partição de compostos solúveis em

água e de compostos orgânicos relativamente polares, como os açúcares,

aminoácidos ou derivados dos ácidos nucleicos. A celulose adsorve cerca de

20% do seu peso em água; as substâncias separam-se por partição entre o

eluente e as moléculas de água que estão ligadas por pontes de hidrogénio às

partículas de celulose.

A sílica gel e a alumina são preparadas a partir de pó finamente dividido e

depois activado. A activação envolve aquecimento para remoção de moléculas

de água adsorvidas. A sílica gel é acídica e separa moléculas acídicas e

neutras que não são demasiado hidrofílicas. Existem formulações de óxido de

alumínio acídico, básico ou neutro.

A amostra é dissolvida num solvente orgânico volátil; uma solução de 1-2%

funciona melhor. O solvente necessita ser de grande volatibilidade para que

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possa evaporar quase imediatamente. A acetona e o diclorometano são os

mais usualmente utilizados. Se estamos analisar um sólido, dissolve-se 10-20

mg em 1 mL de solvente.

Para assegurar uma boa resolução cromatográfica, a câmara de

desenvolvimento tem que estar saturada com os vapores do solvente de modo

a prevenir a evaporação do solvente assim que ele atinge a placa de TLC.

A escolha do eluente nem sempre é fácil, contudo em termos gerais, deve-se

usar um solvente não polar para compostos não polares e um solvente polar

para compostos polares.

Polaridades relativas para eluentes para TLC e compostos orgânicos por classe de grupo funcional

Solventes comuns Compostos orgânicos por grupo funcional

Alcanos, cicloalcanos

Alcanos

Tolueno Alcenos

Diclorometano Dienos conjugados, hidrocarbonetos aromáticos

Éter etílico Éteres, halocarbonos

Clorofórmio Aldeídos, cetonas, esteres

Acetato de etilo Aminas

Acetona Alcoois

Etanol, metanol, acetonitrilo, água

Ácidos carboxílicos

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Trabalhos práticos

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Estereoquímica: Estudo das propriedades ópticas do limoneno. Polarimetria

Introdução:

Peso molecular: 136,13 g/mol (C10H16)

Densidade: 0,84

l - comprimento percorrido pela luz na amostra em dm

c - concentração da amostra (g.mL-1)

Procedimento experimental

Reagentes necessários: (R)-Limoneno, (S)-Limoneno, etanol

Prepare 100 mL de soluções etanólicas de (R), (S)- limoneno a 0,005

g/mL.

Determine a rotação de ambas as soluções de limoneno.

Faça uma mistura de soluções na proporção de 3:1 de (R) e (S)-

limoneno respectivamente.

Determine a rotação desta solução.

Calcule

1. Calcule a concentração das soluções etanólicas de (R), (S)- limoneno nas

soluções preparadas. []puro = +125,6º (R); []puro = --122,1º (S)

2. Determinar % ee na mistura dos dois enantiómeros.

3. Comparar as concentrações determinadas com as previstas.

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DestilaçãoFaça a destilação fraccionada de 30 mL de uma mistura A.

Quais os pontos de ebulição dos componentes dessa mistura.

Supondo que a mistura A é uma solução de dois componentes que estão em

concentração de 1:1, determine o rendimento da destilação.

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Extracção por solventes quimicamente activos

A 30 mL de solução (ácido benzóico e clorobenzeno) em diclorometano

adicionar 3 x 10 mL de hidróxido de sódio (2 M). Colectar as fases aquosas

num Erlenmeyer (1) e guardar a fase orgânica em um outro (2). Acidificar com

ácido clorídrico 2M a fase aquosa e adicionar 30 mL de éter. Separar as fases.

Desprezar a fase aquosa (3). Secar a fase orgânica (4) com sulfato de

magnésio. Filtrar e evaporar o solvente (isolamento do ácido benzóico).

À fase orgânica (2) colectada num Erlenmeyer (2) que contém o composto

neutro secar com sulfato de magnésio. Filtrar e evaporar o solvente

(isolamento do composto neutro).

Como faria separação dos componentes de uma mistura de anilina e

clorobenzeno em diclorometano.

E acaso a solução tivesse 3 solutos (ácido benzóico, anilina e clorobenzeno) e

como solvente o diclorometano.

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Cromatografia em coluna para separação de nitrofenóis

O objectivo do trabalho é a resolução de uma mistura de nitrofenóis (orto e

para-nitrofenol) por cromatografia em coluna

Preparação da coluna

Colocar um pouco de algodão hidrófilo no fundo da coluna, colocando-o bem

com uma vareta, de modo a ficar no estrangulamento.

Pesar 12-15 g de sílica Gel 60 para a cromatografia e colocar na coluna.

Adicionar areia lavada de modo a formar uma camada com cerca de 2 cm de

altura. Adicionar o 1º solvente (tolueno) de modo a molhar a coluna. Deixar

gotejar durante ½ minuto.

Preparação e aplicação da amostra

Pesar 200-300 mg da mistura de cada um dos nitrofenóis e dissolver na

mínima quantidade de tolueno (aquecer, se necessário, em banho, para auxiliar

a dissolução). Deixar cair o tolueno da coluna até ao nível da areia.

Aplicar a solução de nitrofenóis no cimo da coluna com pipeta Pasteur. Deixar

cair a solução lentamente, até ao nível da areia.

Atenção: Nunca deixar secar o cimo da coluna.

Eluição

De uma ampola de decantação, colocada sobre a coluna, deixar cair

gradualmente 20 mL de tolueno-clorofórmio (75:25); 20 mL de tolueno-

clorofórmio (50:50); 20 mL de clorofórmio-metanol (75:25); 20 mL de

clorofórmio-metanol (50:50) e 20 mL de metanol.

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Receber o eluido em tubos de ensaio, em fracções de 8 mL e controlar por

cromatografia em camada fina (TLC) tendo como eluente o clorofórmio.

Continuar a eluição até os compostos saírem por completo. Reunir as fracções

puras correspondentes a cada produto num balão de fundo redondo

previamente pesado. Evaporar o solvente. Determinar o rendimento da

reacção o ponto de fusão dos compostos.

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Cristalização do ácido benzóico

Coloque 0,5 g de ácido benzóico e 2-3 pedaços de porcelana num balão

de fundo redondo ao qual se liga um condensador, adicione 10 mL de água

destilada e aqueça o balão até a solução entrar em ebulição. Caso seja

necessário adicione pequenas quantidades de solvente de modo a obter uma

solubilização completa do ácido benzóico (atenção à possibilidade da

existência de impurezas insolúveis).

Caso tenha impurezas, filtre a solução para um Erlenmeyer com um funil

e papel de filtro previamente aquecidos de modo a evitar cristalização do ácido

benzóico nas paredes do papel. Se necessário lave com uma pequena

quantidade de solvente aquecido as paredes do papel de filtro. Tape o

Erlenmeyer com um vidro de relógio e deixe arrefecer a solução à temperatura

ambiente.

Após o processo de cristalização estar completo recolha os cristais

usando o processo de filtração por sucção, para tal deve usar um funil de

Buchner e uma folha de papel de filtro que tape completamente os orifícios do

funil mas que não toque nas paredes deste. Deixe filtrar durante

aproximadamente 10 min para que a secagem dos cristais seja o mais eficiente

possível. Transfira os cristais para um vidro de relógio préviamente pesado e

seque os cristais na estufa de vácuo (coloque uma folha de papel por cima dos

cristais para os proteger do pó). Pese os cristais obtidos e determine o

rendimento do processo de cristalisação. Para avaliar o grau de pureza do

ácido benzóico recristalisado determine o ponto de fusão dos cristais antes e

depois de recristalisados.

Nota: Deve apresentar no fim do trabalho os cristais obtidos, os cálculos do

rendimento e o ponto de fusão.

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Substituição nucleofílica (SN1): Síntese do cloreto de terc-butilo

A substituição nucleofilica é talvez o mecanismos de reacção mais

estudado em química orgânica. Nestas reacções o nucleófilo ( = amigo do

núcleo) é usado para substituir o grupo abandonante (G-) do átomo de carbono

do substrato orgânico.

R-G + Nu- → R-Nu + G-

O nucleófilo é o fornecedor dos electrões na nova ligação ao carbono. O

grupo abandonante quando deixa o substrato leva consigo os electrões da sua

ligação ao substrato. O nucleofilo não precisa ser negativo mas precisa de ter

pelo menos um par de electrões no átomo nucleofilico. Um exemplo tipico de

substituição nucleofilica é a substituição de um anião iodeto do iodometano por

um ião hidróxido.

HO- + CH3-I → HO-CH3 + I-

Existem dois mecanismos limitantes para a substituição nucleofilica: por

de substituição directa (SN2) e o por formação de um carbocatião (SN1). A

notação SN2 significa que é uma reacção de substituição (S) induzida por um

nucleofilo (N) sendo bimolecular no passo determinante da reacção.

Semelhantemente temos a SN1 em que a substituição nucleofilica no passo

determinante da reacção está apenas envolvida uma molécula e forma-se um

intermediário que é o carbocatião.

SN2

A substituição directa em SN2 ocorre em substratos primários e envolve

o ataque por parte do nucleófilo em direcção oposta à saída do grupo

abandonante num único passo concertado.

Como os nucleófilos efectivos temos os aniões hidróxido e alcóxido bem

como bases fortes. Como bons grupos abandonantes temos os iões brometo e

iodeto que formam ligações polarizáveis com o carbono, assim como outras

bases fracas. Quanto mais fácil o grupo abandonante é removido maior é a

velocidade da reacção SN2.

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CH3O- + CH3CH2-Br → CH3CH2-OCH3 + Br-

Qualquer alteração do substrato que aumente o impedimento estéreo

em volta do centro de reactivo torna o estado de transição da SN2 mais difícil

tornando a reacção mais lenta. Um número maior de grupos alquilo ou um

aumento da ramificação de um ou mais grupos R diminui a velocidade de

reacção.

A reactividade da SN2 tem a seguinte ordem de dependência

relativamente ao substrato:

Metil > primário > secundário > terciário

SN1

Em termos gerais a substituição nucleofílica tem a possibilidade da existência

de dois mecanismos SN2 e SN1. Por exemplo haletos terciários são substratos

pobres para uma reacção SN2 e é capaz de sofrer reacção por mecanismo SN1.

Esta via tem a vantagem de o carbocatião terciário ser estável. Portanto a

reacção do brometo de terc-butilo (2-bromo-2-metilpropano) com água ocorre

via estado de transição unimolecular no passo determinante da velocidade.

Tal como na reacção que ocorre por mecanismo SN2, a reacção que ocorre por

mecanismo SN1 a capacidade do grupo abandonante acomodar o par de

electrões que leva com ele quando abandona o substrato influencia fortemente

a reacção. Outro factor importante é a estabilidade do carbocatião. A

velocidade da reacção por mecanismo SN1 é consistente com a formação do

carbocatião.:

Terciário > secundário > primário > metil

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Na aula prática vamos fazer testes qualitativos para estudar a relação

estrutura-reactividade em reacções SN2 e SN1.

No caso da reacção com iodeto de sódio em acetona, como o iodeto é um

excelente nucleófilo e a acetona um solvente com capacidade limitada para

estabilizar o carbocatião, está favorecida a reacção por mecanismo SN2.

As condições de reacção que favorecem a via SN1 são a solução de nitrato de

prata em etanol. O etanol é um solvente polar que estabiliza as cargas em

espécies como o carbocatião, sendo um nucleofilo pobre. O ião prata

coordena com o ião haleto no substrato orgânico e aumenta a capacidade de

quebrar a ligação C-X, formando-se o ião haleto e o carbocatião. Os

compostos que sofrem reacção rápida com a solução etanólica de nitrato de

prata são substratos que foram carbocatiões suficientemente estáveis.

Introdução ao trabalho prático

A partir de um álcool terciário é possível obter o derivado halogenado

correspondente por substituição nucleofílica unimolecular (SN1).

Esquema 1

Procedimento

Com um banho de água quente funda o álcool terc-butílico (p.f.=25,5ºC).

Pese para um Erlenmeyer 3,0 g de álcool terc-butilico e adicione em seguida,

muito lentamente, no hotte, 10 mL de ácido clorídrico quimicamente puro (

Atenção!! Reacção exotérmica).

Passe a mistura de reacção para uma ampola de decantação e sem

tapar a ampola suavemente, dando ao líquido um movimento de rotação.

Decorridos 5 min aproximadamente, tape a ampola e agite durante 5-6 min,

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abrindo a torneira após cada agitação. Deixe repousar até separação das

fases.

Elimine camada aquosa, e ao cloreto de terc-butilo, na ampola, adicione

4 mL de uma solução saturada de hidrogenocarbonato de sódio. Agite

novamente a ampola, tendo cuidado com a pressão. Há libertação de gás.

Elimine a camada aquosa, e ao cloreto de terc-butilo, na ampola,

adicione 3 mL de água destilada. Elimine a camada aquosa, transfira o cloreto

de terc-butilo para um Erlenmeyer e seque com Na2SO4 anidro granulado até à

obtenção de um líquido transparente e claro.

Filtre em funil de Buchner, transfira o líquido para um balão de fundo redondo

préviamente pesado e destile. Calcule o rendimento.

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Redução da benzofenona

Dissolva a benzofenona (0,364 g; 2,0 mmol) em 25 mL de etanol,

utilizando um Erlenmeyer. Coloque um agitador magnético e mantenha em

agitação enquanto vai adicionando o borohidreto de sódio (0,084 g; 2, 2 mmol)

lentamente. Depois de adicionar todo o borohidreto de sódio continue a agitar

a mistura durante cerca de 40 minutos.

Verta a mistura lentamente para um copo que contem cerca de 10 mL de

gelo. Após dissolvido o gelo acidifique com 1 mL de ácido clorídrico

concentrado.

Isole o precipitado formado por filtração no vácuo e lave-o com 2 x 5 mL

de água. Seque o produto formado por sucção durante 10 min e depois

recristalize-o usando éter petróleo (60-80 ºC).

Determine o rendimento e o ponto de fusão.

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Síntese da Aspirina

1- INTRODUÇÃO

O Ácido Acetilsalicílico (AAS), também conhecido como Aspirina, é um dos remédios mais populares mundialmente. Milhares de toneladas de AAS são produzidas anualmente, sómente nos Estados Unidos. O AAS foi desenvolvido na Alemanha há mais de cem anos por Felix Hoffmann, um pesquisador das indústrias Bayer. Este fármaco de estrutura relativamente simples actua no corpo humano como um poderoso analgésico (alivia a dor), antipirético (reduz a febre) e anti-inflamatório. Tem sido empregado também na prevenção de problemas cardiovasculares, devido à sua acção vasodilatadora. Um comprimido de aspirina é composto de aproximadamente 0,32 g de ácido acetilsalicílico.

A síntese da aspirina é possível através de uma reacção de acetilação do ácido salicílico 1, um composto aromático bifuncional (ou seja, possui dois grupos funcionais: fenol e ácido carboxílico). Apesar de possuir propriedades medicinais similares ao do AAS, o emprego do ácido salicílico como um fármaco é severamente limitado por seus efeitos colaterais, ocasionando severa irritação na mucosa da boca, garganta, e estômago.

A reacção de acetilação do ácido salicílico 1 ocorre através do ataque nucleofílico do grupo -OH fenólico sobre o carbono carbonílico do anidrido acético 2, seguido de eliminação de ácido acético 3, formado como um sub-produto da reacção. É importante notar a utilização de ácido sulfúrico como um catalisador desta reacção de esterificação, tornando-a mais rápida e prática do ponto de vista comercial.

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Grande parte das reacções químicas realizadas em laboratório necessitam de uma etapa posterior para a separação e purificação adequadas do produto sintetizado. A purificação de compostos cristalinos impuros é geralmente feita por cristalização a partir de um solvente ou de misturas de solventes. Esta técnica é conhecida por recristalização, e baseia-se na diferença de solubilidade que pode existir entre um composto cristalino e as impurezas presentes no produto da reacção.

Um solvente apropriado para a recristalização de uma determinada substância deve preencher os seguintes requisitos:

a) Deve proporcionar uma fácil dissolução da substância a altas temperaturas;

b) Deve proporcionar pouca solubilidade da substância a baixas temperaturas;

c) Deve ser quimicamente inerte (ou seja, não deve reagir com a substância);

d) Deve possuir um ponto de ebulição relativamente baixo (para que possa ser facilmente removido da substância recristalizada);

e) Deve solubilizar mais facilmente as impurezas que a substância.

O resfriamento, durante o processo de recristalização, deve ser feito lentamente para que se permita a disposição das moléculas em retículos cristalinos, com formação de cristais grandes e puros.

Caso se descubra que a substância é muito solúvel em um dado solvente para permitir uma recristalização satisfatória, mas é insolúvel em um outro, combinações de solventes podem ser empregadas. Os pares de solventes devem ser completamente miscíveis (exemplos: metanol e água, etanol e clorofórmio, clorofórmio e hexano, etc.).

2- METODOLOGIA

O ácido salicílico será preparado neste experiência, através da reacção de acetilação do ácido salicílico 1 utilizando-se anidrido acético como agente acilante e ácido sulfúrico como catalisador. A maior impureza no produto final é o próprio ácido salicílico, que pode estar presente devido a acetilação

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incompleta ou a partir da hidrólise do produto durante o processo de isolamento. Este material é removido durante as várias etapas de purificação e na recristalização do produto.

O ácido acetilsalicílico é solúvel em etanol e em água quente, mas pouco solúvel em água fria. Por diferença de solubilidade em um mesmo solvente (ou em misturas de solventes), é possível purificar o ácido acetilsalicílico eficientemente através da técnica de recristalização.

3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1- SÍNTESE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS)Coloque 1 g de ácido salicílico seco e 1,7 mL de anidrido acético em um

balão de 50 mL (ou um Erlenmeyer de 50 mL). Adicione 2 gotas de ácido sulfúrico concentrado (ou ácido fosfórico 85%). Agite o frasco para assegurar uma mistura completa. Aqueça a reacção 50-60oC, mantendo a agitação durante 15 minutos. Deixe a mistura esfriar e agite ocasionalmente. Adicione 20 mL de água gelada. Espere formar os cristais para filtrar no funil de Buchner (Figura 1), lavando com água gelada. Determine o ponto de fusão.

Figura 1: Filtração a vácuo, com funil de Buchner.

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3.2- PURIFICAÇÃO

3.2.1- Com EtOH/H2O: Dissolva o sólido obtido em cerca de 5 mL de álcool etílico, levando a mistura a ebulição. Despeje esta solução em 15 mL de água previamente aquecida. Caso haja formação de precipitado neste ponto, aqueça a mistura até dissolução completa. Deixe esfriar lentamente. Pode-se observar a formação de cristais sob a forma de agulhas. Filtre usando funil de Buchner, seque e determine o ponto de fusão do produto obtido. Calcule o rendimento percentual.

3.2.2- Com AcOEt: Alternativamente, dissolva o sólido obtido em cerca de 1,7 mL de acetato de etilo, aquecendo a mistura em banho-maria (CUIDADO). Caso o sólido não se dissolva completamente, acrescente mais 0.5 mL de acetato de etilo. Deixe a solução esfriar lentamente a temperatura ambiente. Provoque a cristalização com bastão de vidro. Caso não cristalize, concentre um pouco a solução. Deixe esfriar lentamente. Filtre usando funil de Buchner e lave o Erlenmeyer com um pouco de acetato de etilo. Seque o produto, determine o ponto de fusão do produto obtido e calcule o rendimento percentual.

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Cromatografia em camada fina de princípios activos de um medicamento (caso analgésicos)

Introdução

Príncipio activo Ponto de fusão Nome comercial

Ácido acetil salicílico, 1 135-136 ºC Aspirina

Acetamidofenol, 2 169-170, 5ºC Tynelol, Panadol

Ibuprofen, 3 75-77 ºC Brufen, Nuprin

O

OH

OOCH3

HNHO

OCH3

CH3

O

OHH2CCH

H3C CH3

1 2 3

Procedimento

Soluções padrão de 1 - 2% P/V em acetona dos seguintes compostos:

-Aspirina (ácido acetilsalicilico)

-Acetaminofeno = paracetamol (4-acetaminofenol)

-Ibuprofeno (Ácido 4-sobutil--metilfenilacético)

Eluente: 0.5% ácido acético em acetato de etilo (V/V)

Marcar com lápis placas de sílica gel com indicador de fluorescência F-254

com dimensões de 2.5 x 6.7 cm. Cortá-las cuidadosamente de modo a não

causar danos na sílica.

Preparar a câmara de eluição com cerca de 4-5 mL de eluente. Não esquecer

de colocar o papel de filtro.

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Marcar com lápis os pontos de aplicação (devem distar do bordo inferior 1 cm)

e aplicar as amostrar com capilares. Deixar secar entre cada aplicação.

Colocar na câmara para eluição até o eluente distar cerca de 1cm do bordo

superior. Tirar da câmara e deixar secar. Visualizar os resultados do

cromatograma usando a lâmpada de ultravioleta (254 nm). Marcar com o lápis

as manchas.

Faça o desenho do seu cromatograma indicando o tamanho as manchas e se

há arrastamento ou não. Calcular os Rfs.

Bibliografia: J. R. Mohrig et al, Modern projects and experiments in organic

chemistry, 2nd edition, W.H. Freeman and Company.

DESTILAÇÃOTLC; GC; HPLC

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