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Chamada de Artigos Revista Akeko Edital 2020

Chamada de Artigos - WordPress.com · 2020. 8. 14. · Seguindo o caminho da revista e levando em consideração o contex-to que estamos enfretando devido à pandemia da Covid-19,

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  • Chamada de Artigos Revista AkekoEdital 2020

  • Sumário 03 Quem somos?

    Corpo Editorial

    07 Chamada para artigos - Edital 2020

    08 Temática

    09 Grupos Temáticos

    Grupo 1 Necropolítica e a luta antirracista: racismo estrutural e privações no acesso à saúde e à assistência social.

    Grupo 2 O mundo do trabalho, educação, atividades remotas e mobilidade urbana.

    Grupo 3 Condições, opressões e violências no contexto pandêmico

    Grupo 4 Sustentabilidade: meio ambiente, políticas públicas, racismo ambiental e eleições

    16 Instruções para autoras e autores

    Critérios para submissão de artigos

    Formatação

    Citações e Referências

    20 Resenhas

    21 Política de Privacidade

    22 Calendário

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  • Akeko é a revista acadêmica, eletrônica e anual do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Direitos Hu-manos (PPDH) do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely Souza Almeida (NEPP-DH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    O periódico tem sua origem com a turma do mestrado 2017.1 e foi cria-do e produzido de forma independente pelos estudantes, com o supor-te do corpo docente.

    A iniciativa surgiu para construir um espaço centrado na produção de artigos acadêmicos escritos por discentes em formação ou forma-das(os), elaborados sob as mais diversas perspectivas acerca dos direi-tos humanos e das políticas públicas.

    A pluralidade temática enriquece e incentiva a produção das(os) dis-centes do PPDH, promove debate e circulação das pesquisas empre-endidas, além do fortalecimento do Programa, que caminha pelos seus primeiros anos no cenário acadêmico.

    Akeko, título escolhido para essa revista, deriva de uma palavra em yo-rubá, língua falada na África Ocidental, principalmente no território que hoje está demarcado como Nigéria. As culturas plurais do continente africano, especialmente da região centro-ocidental, têm profunda in-fl uência na construção da cultura brasileira.

    Apesar disso, a escolha de línguas estrangeiras para designar produ-ções intelectuais ainda é centrada em línguas oriundas da Europa. Isto posto, teve-se a pretensão de ser um espaço onde também se reconhe-ça a contribuição e presença da cultura africana e, assim, a escolha da palavra Akeko carrega um posicionamento político e o signifi cado do fi losófi co do equivalente português “aprendiz”.

    Quem somos?

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  • A fi gura de sua logo faz alusão ao conceito de Epistemologias do Sul1, fortalecendo a concepção política de conceber e valorizar a diversidade da produção do conhecimento no mundo e o diálogo horizontal entre saberes, na contramão da produção do saber científi co moderno he-gemônico que desenvolveu uma epistemologia a partir de uma visão eurocêntrica e a reproduziu como universal, suprimindo muitas formas de saberes próprios dos povos e/ou nações colonizadas.

    A revista publicará a produção acadêmica escrita por discentes em formação ou formadas(os), sejam de cursos de graduação, de mes-trado, de doutorado ou de pós-doutorado, de instituições nacionais e internacionais, em português, inglês, italiano ou espanhol, individual-mente ou em coautoria, nas áreas de estudos relacionadas aos temas de direitos humanos e políticas públicas e respeitando o tema central de cada edição.

    Além disso, a equipe responsável pela revista será totalmente renovada através de decisão entre o corpo discente da pós-graduação a cada edi-ção e a equipe não poderá publicar na edição em que atuou.

    Akeko é um espaço acadêmico orientado eticamente pela liberdade de expressão norteada pelo respeito aos direitos de uma vida digna e em luta pela equidade de oportunidades para todas e todos. Os artigos submetidos serão apreciados em relação à adequação ao tema da edi-ção, aos paradigmas éticos explicitados anteriormente e à qualidade conjectural e teórica referente ao tema tratado.

    É objetivo da equipe fundadora e da atual que esta iniciativa perdure por anos, com foco na produção, liberdade de criação e organização discente, sendo assim, um espaço acadêmico de diversidade e equida-de para todas(os).

    Seguindo os passos da equipe fundadora, o corpo editorial desta edi-ção vem sendo composto por discentes do PPDH das turmas 2019.1 e 2020.1, em uma articulação interdisciplinar que busca seguir o caminho aberto pelas equipes anteriores e construir junto as(os) autoras(es) um espaço de troca de conhecimentos que promovam a equidade e defe-sa dos direitos.

    1 Formulado inicialmente pelo autor Boaventura de Souza Santos em 1995 e posteriormente reelaborado. (SANTOS, B.S; MENEZES, M. P. (Orgs.) Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedi-na.S.A, 2009.)

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  • Revista Akeko 2020

    Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro

    ISSN: 2595-2757

    E-mail para contato

    [email protected]

    Redes Sociais

    Facebook - Revista Akeko

    Instragram - @revistaakeko.ufrj

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  • Editoras(es): André Sena, Carolina Cagetti, Gabriella Carvalho, Laura Astrolabio, Mariana Nogueira, Tauan Satyro e Thaís Castro.

    Edição de texto: André Sena, Carolina Cagetti e Thaís Castro.

    Conselho Editorial: André Sena, Carolina Cagetti, Gabriella Carvalho, Laura Astrolabio, Mariana Nogueira, Tauan Satyro e Thaís Castro.

    Edição de arte e diagramação: Gabriella Carvalho

    Assessoria de comunicação: Laura Astrolabio, Mariana Nogueira, Tauan Satyro e Thaís Castro.

    Revisão e colaboração: Alan de Jesus (mestre/Fiocruz).

    Corpo Editorial

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  • Chamada de artigos Edital 2020

    A Revista Akeko nasce da vontade de ter e de proporcionar um espaço acadêmico para a publicação de artigos escritos por discentes das mais variadas áreas.

    A primeira edição se desenvolveu com a iniciativa de estudantes da tur-ma 2017.1 e com o apoio do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH), órgão suplementar do Centro de Filo-sofi a e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    A escolha do nome da revista teve centralidade na reparação histórica da desimportância dada à plural cultura do continente africano que tanto infl uenciou na construção da cultura brasileira.

    Sendo assim, para fi rmar o posicionamento político da revista, o tema da 1ª edição, em 2018, foi “Negritude1”, uma corrente literária formada por escritores negros de países colonizados pela França. Em 2019, mui-to alinhada com a proposta ilustrada em nossa logo, a 2ª edição trouxe como temática “Estudos decoloniais2 e pós-coloniais3”, perspectivas que contêm diferentes contribuições para se pensar os direitos huma-nos e as políticas públicas na atualidade.

    2 O termo surgiu em 1935 na revista L’Étudiant Noir (l’étudiant, o estudante em francês, bem semelhante à akeko, aprendiz em yorubá) e tinha o objetivo de valorizar a cultura negra e lançar luz sobre a colonialidade.

    3 O pensamento decolonial surgiu de movimentos latinoamericanos que propuseram um projeto epistemológico que alterasse a cosmovisão estruturada em uma hierarquização epistêmica Norte-Sul. Buscou-se produzir conhecimento a partir da experiência e da realidade da América La-tina, de narrativas que foram subalternizadas pelas visões científi cas modernas/coloniais e eurocên-tricas.

    4 Surgiu como crítica à produção hegemônica de conhecimento e como resposta às teorias modernas que, segundo esta análise, não seriam capazes dar conta da realidade global em toda sua pluralidade. Busca uma produção descentralizada, a partir das vozes subalternas e de povos diaspóricos. Iniciou-se por meio da produção de intelectuais do Terceiro Mundo que atuavam em universidades inglesas e estadunidenses, principalmente após a 2ª Guerra Mundial e do processo de descolonização de nações africanas e asiáticas.

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    ! "

  • Seguindo o caminho da revista e levando em consideração o contex-to que estamos enfretando devido à pandemia da Covid-19, para essa terceira edição (v. 3, n. 1, agosto/2020), trazemos como temática central “Direitos Humanos na Pandemia”, entendendo que o tema traz pers-pectivas que contêm diferentes contribuições para se pensar os Direi-tos Humanos e as políticas públicas na atualidade.

    Desde o início de 2020, o mundo vem conhecendo uma pandemia que, na história recente, tem paralelo apenas com a Gripe Espanhola de 1918 e que vem se espalhando rapidamente por todos os lugares. Acumu-lando numerosos casos, internações e um grande número de mortes. O vírus da Covid-19, causada pelo novo Coronavírus (Sars-CoV-2) vem afetando pessoas de todo o mundo e de diferentes formas. Isso tem exi-gido esforços a nível de guerra de todos os estados nacionais e também de organismos internacionais e organizações supranacionais.

    Assim, o objetivo deste edital é que as(os) interessadas(os) possam es-crever os principais impactos dessa crise sanitária para os direitos hu-manos no âmbito nacional e/ou internacional.

    Os direitos humanos, como tal, surgiram no Ocidente como resposta às reações sociais e fi losófi cas que pressupunham a consciência da ex-pansão global de um novo modo de relação social baseada na constan-te acumulação de capital.

    Herrera Flores (2009)1 ressalta a importância dos direitos humanos e das suas diversas lutas pela dignidade humana, capaz de reunir múlti-plos componentes de forma plural e sob marcas práticas interculturais. Para Flores, as formas de violação aos direitos humanos são construídas históricamente, processo esse que precisa ser desconstruído de forma imediata e urgente. As descriminações, desigualdades, intolerâncias, injustiças entre outros, não podem ser vistas jamais de forma naturali-zada.

    5 Herrera-Flores, Joaquim. A (re)invenção dos direitos humanos. Florianopólis: Fundação Boi-teux; IDHID, 2009.

    Temática

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  • Grupos TemáticosGrupo 1: Necropolítica e a luta antirracista: racismo estrutural e priva-ções no acesso à saúde e à assistência social.

    A necropolítica foi desenvolvida pelo fi lósofo negro, cientista político e professor universitário, o camarônes Achile Mbembe, em 2003. Com ela, ele questiona os limites da soberania estatal, sobretudo, acerca dos mecanismos que o Estado utiliza para decidir quem vive e principal-mente quem morre.

    A obra de Mbembe segue a tradição foucautiana e agambentiana, sen-do suas maiores contribuições a essa tradição, o conceito de necropolí-tica/necropoder. Ao pôr em relevo a morte como tecnologia de governo, o autor afi rma que as tecnologias de governo atuam de maneira a con-trolar a morte e as maneiras de morrer. Mbembe (2016) é um autor que pode trazer um aspecto fundamental para a análise, uma vez que seus estudos, na linha foucautiana, exploram nichos que analisam o poder sobre a vida em contextos diferentes, um deles é o alcance e os efeitos do biopoder sobre a vida e a morte, de indivíduos e populações, exer-cidos pelo Estado, que avançam imparáveis nos tempos de hoje. Pela análise do autor, as noções de biopoder e biopolítica são deslocadas do contexto europeu presente na perpesctiva foucautiana, para pensá-los nos contextos pós-coloniais de África e também nos processos de colo-nização e nos traços dessa colonialidade renascentes que ainda detém poder no mundo.

    Mbembe (2016) introduz o conceito de necropolítica e destrincha sua conexão com a biopolítica, o que oferece um potencial epistemológico para analisar os desdobramentos e as relações de poder e de morte que estão envolvidas na pandemia da COVID-19 que o Brasil e o mun-do enfrentam atualmente. Para o autor, a soberania reside, em grade parte, no poder e na capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer. Assim, ele postula que matar ou deixar viver e quem exerce esse direito são pontos imperativos para se entender a necropolítica exerci-da pelo Estado. Dessa maneira, quando transladamos o pensamento do autor para a conjuntura brasileira atual, indagamo-nos se que o go-verno federal, detentor de poder, exerce esse poder para garantir quais vidas e ditar as mortes de quais indivíduos.

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  • Há territórios onde os efeitos da necropolítica são mais visíveis, como as favelas onde o genocídio de corpos negros parece causar pouca ou nenhuma comoção social. O encarceramento massivo de seres huma-nos escolhidos pela cor da pele também parece sensibilizar pouco. Os ataques aos povos originários e aos quilombos brasileiros, juntamente com os degradantes campos de concentração de refugiados espalha-dos pelo mundo são também exemplos de territórios onde se observam nitidamente essa política de morte. Nesses lugares, segundo Mbembe (2016), o capitalismo produz zonas de exclusão e de morte, verdadeiro estado de exceção, utilizado para se livrar dos corpos que o sistema ca-pitalista não consegue absorver.

    Essas pessoas vivem vidas nuas nesses territórios que normalmente enfrentam junto com a baixa infraestrutura e a vulnerabilidade social. A questão de acesso à saúde e outros serviços a certos territórios e es-paços é histórica e está profundamente conectada ao racismo estrutu-ral presente no Brasil, conceito muito debatido pelo escritor Silvio Al-meida.1 O conceito auxilia no entendimento dos dados que mostram que indivíduos negros têm duas vezes mais chances de morrer de CO-VID-19 porque, em parte, ao compreender como o racismo estrutural atua, elucidam-se melhores questões como acesso aos serviços de saú-de por pessoas negras, indígenas e brancas, por exemplo. Segundo bo-letim epidemiológico do ministério da Saúde do dia 8 de maio, pretos e pardos já somam mais da metade (50.1%) das vítimas da nova doença.

    A luta antirracista também é pauta no isolamento social por qual passa o Brasil. Desde o assassinato do estadunidense George Floyd, no fi nal de maio, uma onda de manifestações de caráter antirracista se inten-sifi cou e varreu o mundo. O conceito de necropolítica trabalhado por Achile Mbembe se tornou um instrumento importante na luta antirra-cista para denunciar como governos promovem políticas que restrin-gem o acesso de populações, com base na raça, à condições mínimas de sobrevivência, criando espaços onde a vida é precarizada e a morte autorizada: como as favelas, os quilombos, as reservas indígenas, os cár-ceres e os campos de refugiados – os atuais campos de concentração do século XXI. Ainda o conceito permite a análise da brutalidade policial que tirou e continua tirando vidas de diversas pessoas, principalmente negras.

    O genocídio da população negra periférica no Brasil deixa ver o quanto o Estado é um agente necropolítico e essa realidade não se alterou com a pandemia do coronavírus.

    6 ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.10

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  • A população negra continuadamente é a que mais morre, apenas tro-cou-se a arma. A administração da morte que escreve Mbembe é gerir a distribuição da mortalidade e das formas de morrer na sociedade, no Brasil, com o número de mortes por COVID-19 superando os 100 mil, a pandemia do coronavírus transparece como isso acontece. Por exem-plo, na cidade de São Paulo, a população negra é a mais atingida pela letalidade da COVID-19, ainda que o índice de contaminação seja mais alto entre os bairros de classe média alta. Isso evidencia que as pesso-as negras se contaminam menos pelo novo coronavírus, mas morrem mais em comparação a população branca.

    Dessa forma, quando o Estado não está matando as populações negras de maneira direta, por meio da ação policial - agente estatal - o faz ge-rindo a distribuição de recursos no combate à pandemia, nos recursos realocados para o SUS, na assistência social, por meio do auxílio emer-gencial e todas as suas difi culdades e falta de informação, criando as-sim condições que potencializam a necropolítica sobre determinadas partes da sociedade. As questões relativas à saúde mental também são bem-vindas para compreender os efeitos dessa política de morte no psicológico dos in-divíduos e a importância da construção de políticas públicas durante e pós-pandemia.

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  • Grupo 2: O mundo do trabalho, educação, atividades remotas e mobilidade urbana.

    A pandemia do novo coronavírus transformou diversos tipos de rela-ções interpessoais e, inclusive, as relações de trabalho no mundo todo, talvez para sempre. Dos principais pontos a serem destacados, levan-tamos o trabalho home offi ce e o de entregador de aplicativos. O isola-mento social necessário para conter a disseminação do coronavírus e o desemprego aumentaram o número de trabalhadores nos principais aplicativos de entregas como iFood, Rappi e Uber Eats. De um lado, há as pessoas que precisam de certos produtos e não querem se arriscar saindo na rua, e, do outro lado, há pessoas que estão desempregadas e precisam de uma ocupação para se sustentar. Diante desse aumento vertiginoso de entregadores de aplicativos, houve uma acentuada pre-carização dessas formas de trabalho que, de praxe, não tem quase (ou nenhum) direito trabalhista.

    Dessa forma, estamos enfrentando uma situação no Brasil em que uns podem se manter em isolamento social devido às suas condições socio-econômicas, normalmente trabalhando home offi ce, que os alicerçam enquanto outros precisam se arriscar nesse momento perigoso além dos serviços essenciais. Com a pandemia, os trabalhadores de aplica-tivos têm mais trabalho, menos renda, menos direito e um maior risco de contrair o vírus.

    Podemos observar esse aumento da precarização do trabalho e servi-dão também em outras categorias de trabalho, como o trabalho do-méstico, que além de não terem seus direitos trabalhistas respeitados, trabalhadoras, em sua maioria, têm uma maior exposição ao vírus, seja pelo contato diário com seus patrões, deslocamento até o local de tra-balho e o não fornecimento dos equipamentos de segurança necessá-rio, apresentando um risco a sua vida e de sua família, o que se acentua no momento atual.

    O trabalho escravo contemporâneo passou a ser menos fi scalizado nesse momento de preocupação com o coranavírus, além do aumento do desemprego, onde automaticamente se tem o aumento da pobre-za, e por todas as fl exibilizações aos direitos trabalhistas unido ao ce-nário atual, trabalhadores serão cada vez mais sujeitados a condições desumanas de trabalho para garantir o seu sustento e de sua família. Condições essas que violam os direitos humanos e colocam em risco a vida desses trabalhadores. “Importante destacar, que o governo federal paralisou por prazo indeterminado as operações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel de combate ao trabalho escravo que são os princi-

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  • pais responsáveis pelo resgate dos trabalhadores, por medo de que a “a equipe ou trabalhadores resgatados sejam infectados pelo novo coro-navirus”, afi rmaram autoridades no dia 17/03”1 .

    Em relação à educação, o debate sobre EaD veio à tona e as consequ-ências dessa forma de ensino fi caram evidenciadas para as famílias. As universidades se adaptando ao momento atual e o compromisso em garantir o acesso à internet a todas(os) as(os) estudantes são pontos muitos relevantes para o futuro do conhecimento e da ciência de modo geral. A mobilidade urbana também deve ser repensada para atender não somente às normas de segurança sanitária atuais, mas às necessi-dades de dignidade e saúde continuada da população.

    7 Artigo escrito para o site Migalhas de peso. O trabalho escravo contemporâneo e a pande-mia Sars-Covid-19. Felipe Jacob e Larissa das Graças.

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  • Grupo 3: Condições, opressões e violências no contexto pandêmico

    Neste tópico são bem-vindos debates sobre as condições, opressões e violências de acordo com classe, defi ciência, etnia, gênero, idade, raça, refúgio, religião e sexualidades.

    As notifi cações de violência contra as mulheres, por meio de ligações e por via online, aumentaram bastante no contexto de isolamento social enquanto serviços de proteção à mulher de forma presencial diminuí-ram. Muitas mulheres agora passam mais tempo com seus agressores e tem menos opções de sair do ciclo de violência. E essa violência tem raça, idade e classe, ainda mais em casos em que as mulheres têm al-guma defi ciência. Além de estarem ainda mais sobrecarregadas com as atividades de lazer e educação das crianças, do trabalho domésti-co não remunerado e do trabalho remunerado que já não tem mais hora para começar e terminar, muitas mulheres ainda se dividem entre completar sua própria formação acadêmica e os cuidados com os mais idosos.

    Pessoas que não são aceitas em suas famílias por conta da sexualidade e/ou gênero sofrem ainda mais opressões em um momento em que a vida se volta para o domicílio e o convívio familiar. Alguns setores reli-giosos chamam seus próprios fi és a se arriscarem nas “celebrações de fé” para arrecadarem dízimo. Com o uso de máscaras, a interação entre ouvintes e surdos se torna ainda mais complicada. Além disso, a discus-são acerca da burka por mulheres muçulmanas voltou com força pelo fato da atual norma sanitária implicar no uso de proteção que impede a fácil identifi cação dos indivíduos.

    As interseções são muitas e as questões de políticas públicas adotadas pelos governos são fundamentais para entender como cada sociedade valoriza seus membros e a importância da ação estatal para redução de violências, opressões e desigualdades.

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  • Grupo 4: Sustentabilidade: meio ambiente, políticas públicas, racis-mo ambiental e eleições.

    Está ainda mais evidente, diante da pandemia da COVID-19, a importân-cia da preservação do meio ambiente para evitar não somente novas pandemias e doenças, como também para garantir que as próximas gerações – inclusive as nossas – não tenham suas vidas completamente alteradas em consequência das mudanças climáticas, da deterioração dos solos, das queimadas, da poluição das águas e ar e do desequilíbrio ambiental, principalmente.

    Nesse aspecto, é importante que os investimentos econômicos gerados para cobrir os prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus estejam alinhados com as pautas sociais e ambientais, incentivando, como por exemplo, a energia renovável, os produtos feitos de matéria orgânica em substituição ao plástico e a produção de alimentos sus-tentável que respeite os animais, os humanos e os recursos naturais.

    A questão do racismo ambiental ajuda a entender o panorama da de-gradação dos valores, da ação humana e quais são os locais mais atin-gidos e quem são essas pessoas. Negros, índigenas, quilombolas vem lutando por condições mínimas e sustentáveis de vida. O racismo am-biental acontece e vem prejudicando grupos por sua raça, cor e etnia, o que enfatiza a discriminação racial em toda política ambiental.

    Nesse ponto, é importante também debater o papel das políticas públi-cas sobre as questões ambientais e como isso pode/deveria impactar as eleições municipais deste ano e as futuras eleições. Entende-se que as políticas públicas referem-se à interfêrencia estatal nas mais diferentes dimensões e que impactam e regulam diversos aspectos da vida na sociedade.

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  • Atente-se: a não observação das especifi cações aqui descritas poderá implicar a não avaliação de seu artigo pelo Conselho Editorial.A revista poderá, ocasionalmente, publicar trabalhos de autores con-vidados especialistas no tema, que também irão passar por um pro-cesso de revisão.

    1. Critérios para a submissão de artigos

    • O artigo deverá ser enviado revisado conforme as normas gramati-cais vigentes e no formato .DOC ou .DOCX até o dia 30 de setembro de 2020 para o e-mail: [email protected] com o assunto “Submissão de artigos | 3ª edição”. Deverá ser sinalizado no corpo do e-mail o nome do(s) autor(es) e/ou da(s) autora(s), seguidos do mês e ano de envio e o grupo temático - dentre os 4 indicados no tópico “Grupos Temáticos” deste edital - no qual o artigo se encaixaria, con-forme o entendimento da autora ou autor que o submeteu;

    • Os artigos submetidos deverão ser inéditos. É adequado que se evite o envio do mesmo artigo para apresentação de mais de um periódico simultaneamente para que não haja mobilização de revisão, diagra-mação, dentre outras funções em vão. Excepcionalmente, artigos já publicados, de maneira impressa ou digital, serão aceitos com a con-dição do acompanhamento da autorização escrita e assinada pelos autores e autoras e pelo Conselho Diretor do veículo no qual o trabalho tenha sido originalmente publicado;

    • Serão aceitos trabalhos em coautoria de até 03 (três) pessoas;

    • É permitido que cada pessoa envie até 02 (dois) artigos para a ad-missão, sendo um deles em coautoria;

    • As autoras e autores devem excluir do corpo do texto, notas de roda-pé, referências, etc. toda e qualquer menção a seus nomes e obras, substituindo-os por “autor(a)” ou “autor(a) (ano)”. Os metadados nos editores de texto também não devem conter qualquer informação relativa à autoria do arquivo. As informações de autoria serão incluí-

    Instruções para autoras e autores

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  • das após o aceite do artigo, quando a equipe editorial reencaminhar o referido arquivo para a autora ou autor, com sugestão de modifi ca-ções, se houver;

    • O artigo, redigido em português, espanhol, italiano ou inglês, deve ter até 5.000 (cinco mil) palavras - excluídos os resumos e palavras--chave; incluídos tabelas, quadros e referências. No corpo do texto, utilize apenas o itálico como grifo;

    • A apresentação do artigo deve respeitar a seguinte ordem: título, grupo temático ao qual se destina, resumo e palavras-chave, todos no idioma do texto, sendo opcional a escolha de uma língua estran-geira para ser utilizada no resumo e nas palavras-chave;

    • Caso o texto esteja escrito em idioma diferente do português, é ne-cessário que o resumo e as palavras-chave estejam em português;

    • O título deve ter até 12 (doze) palavras; o resumo, até 90 (noventa) pa-lavras (ou até 600 caracteres incluindo espaços); e as palavras-chave devem ser de 03 (três) a 05 (cinco) palavras com aspecto descritivo do foco do texto. Já o resumo deve apresentar, em síntese, o objetivo, a metodologia, o roteiro a ser seguido (não detalhadamente) e os as-pectos relevantes do trabalho; e

    • Os artigos devem seguir os critérios da Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) e, durante a edição da equipe da revista, serão adequados ao projeto e formato editorial do periódico.

    2. Formatação

    Os artigos devem ser redigidos, conforme informado no tópico anterior, de acordo com os critérios da Associação Brasileira de Normas Técnicas e segundo as seguintes orientações:

    • Fonte: Times New Roman. Tamanho: 12 (no corpo do texto); 10 (nas citações diretas, resumo e notas de rodapé); e

    • Espaçamento: 1,5 (no corpo do texto); Simples (nas citações diretas, resumo e notas de rodapé) Margens: 3 cm (superior e esquerda); 2 cm (inferior e direita).

    3. Citações e referências

    Conforme as regras da ABNT, citações com até três linhas devem es-tar dentro do corpo do texto, entre aspas, e citações com mais de três linhas devem ser recuadas para a linha do parágrafo, sem aspas e com

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  • espaçamento interlinear simples. O nome do autor citado pode constar de duas formas:

    1. No corpo do texto, com grafi a normal para nomes próprios (ex.: “Se-gundo Ribeiro (2017, p. 22), “O lugar de fala...”); ou

    2. Entre parênteses, em caixa alta (ex.: “O lugar de fala ...” (RIBEIRO, 2017, p. 25)”.

    Apenas os documentos citados no trabalho devem constar nas referên-cias e apenas o itálico deve ser usado como recurso de destaque tipo-gráfi co nas referências.

    Exemplos de referências

    • Livros (obra completa)

    NASCIMENTO, A do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016.

    • Capítulo (volume, fragmento e outras partes de uma obra com au-tor próprio)

    GONZALEZ, L. A Mulher Negra na Sociedade Brasileira. In: LUZ, M. T. (org.) O Lugar da Mulher, estudos sobre a condição feminina na socie-dade atual. Rio de Janeiro: Graal, 1982. p. 89-106.

    • Legislação (meio eletrônico)

    BRASIL. Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Conven-ção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Códi-go Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponí-vel em: . Acesso em: 12 nov. 2017.

    • Periódicos/revistas

    CARNEIRO, S. Mulheres em Movimento. Revista Estudos Avançados, USP, 17 (49), 2003. p. 117-132.

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  • • Jornais

    GONZALEZ, L. A esperança branca. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 mar., 1982. Caderno Folhetim, p.5.

    • Pelo título e em meio eletrônico

    ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online. Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponível em: . Acesso em: 25 ago. 1998. • Evento

    SALGADO, A. C. et al. Contextualizando dados. In: SIMPÓSIO BRASILEI-RO DE BANCOS DE DADOS, 16., 2011. São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2011. p.3-4.

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  • ResenhasA Revista Akeko também receberá textos de até 10.000 (dez mil) ca-racteres (incluindo espaços) que contenham uma análise crítica de li-vros publicados nos últimos dois anos, necessariamente relacionados ao campo temático da edição da revista indicado acima.

    Condições para submissão de resenhas

    Para a submissão de resenhas, os textos devem ser adequados a todos os critérios listados abaixo. Podem ser provenientes de demanda livre ou convite. O Conselho Editorial decide quanto à publicação, levando em conta temática, qualidade, boa redação e disponibilidade de espa-ço.Só serão aceitas resenhas com até 02 (duas) autoras e/ou autores. As submissões que não estiverem de acordo com as normas não serão aceitas e, por consequência, devolvidas aos autores: • É vedada qualquer menção aos nomes e obras das autoras e/ou au-

    tores no texto (corpo, notas de rodapé, referências etc.) e nos me-tadados do arquivo, obedecendo as instruções disponíveis acima e assegurando a “avaliação pelos pares cega”;

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    Submissão de artigos e resenhas

    Até 30/09/2020

    Resultado

    16/10/2020

    Publicação da revista

    19/11/2020

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