18
[Type text] CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS 2018.2 DO PPGF/UFBA 1. DO CRONOGRAMA Inscrições: 25 a 26/07/18 Resultado da seleção: 06/08/18 Entrega dos documentos na secretaria: 09 e 10/08/18 Matrícula nas disciplinas: 30 e 31/08/18 2. DAS INSCRIÇÕES (POR E-MAIL) As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente por e-mail para o seguinte endereço: [email protected] e [email protected] . 2.1 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA (arquivos em PDF): No ato de inscrição deverão ser enviados os documentos descritos abaixo no formato de PDF. Comprovante de pagamento de taxa de inscrição disponível em: https://sggru.ufba.br/sggru/publico/escolha_cadastro_externo.jsf?auth=f3iKv0kWDd c= Ao acessar esse link deverá ser selecionado "Inscição para Seleção (Aluno Especial de Pós Graduação)” Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em (https://supac.ufba.br/formulariosmenu-aluno); (Ficha de Inscrição para Seleção de Aluno Especial de Pós-Graduação); Carta de Intenção (direcionada ao docente da disciplina, justificando interesse pela disciplina); Currículo Lattes (versão gerada pelo candidato(a) diretamente da Plataforma Lattes). Para aqueles que não têm Curriculo Lattes, acessar esse link: https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_cv_estr.inicio Cópias: diploma e histórico escolar da graduação e/ou mestrado e/ou doutorado; Cópia: RG e CPF; Cópia: Certificado de Quitação Eleitoral (retirado no site do TRE; não é o canhoto de votação); Cópia do certificado de reservista; Comprovante de Residência; 3. DA FORMA DE SELEÇÃO O docente da disciplina selecionará o(a) candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção e avaliação do Currículo Lattes do(a) candidato(a). Eventualmente o professor poderá solicitar uma entrevista. O contato será feito através da Secretaria por meio de mensagem de –email no endereço informado pelo candidato.

CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

[Typetext]

CHAMADAPARASELEÇÃODEALUNASEALUNOSESPECIAIS2018.2

DOPPGF/UFBA1.DOCRONOGRAMAInscrições:25a26/07/18Resultadodaseleção:06/08/18Entregadosdocumentosnasecretaria:09e10/08/18Matrículanasdisciplinas:30e31/08/182.DASINSCRIÇÕES(PORE-MAIL)As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente por e-mail para o seguinte endereço:[email protected]@ufba.br.2.1DOCUMENTAÇÃONECESSÁRIA(arquivosemPDF):NoatodeinscriçãodeverãoserenviadososdocumentosdescritosabaixonoformatodePDF.

• Comprovantedepagamentodetaxadeinscriçãodisponívelem:https://sggru.ufba.br/sggru/publico/escolha_cadastro_externo.jsf?auth=f3iKv0kWDdc=Aoacessaresselinkdeveráserselecionado"InsciçãoparaSeleção(AlunoEspecialdePósGraduação)”

• Fichadeinscriçãodealunosespeciaisassinada,disponívelem(https://supac.ufba.br/formulariosmenu-aluno);(FichadeInscriçãoparaSeleçãodeAlunoEspecialdePós-Graduação);

• CartadeIntenção(direcionadaaodocentedadisciplina,justificandointeressepeladisciplina);

• CurrículoLattes(versãogeradapelocandidato(a)diretamentedaPlataformaLattes).ParaaquelesquenãotêmCurriculoLattes,acessaresselink:https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_cv_estr.inicio

• Cópias:diplomaehistóricoescolardagraduaçãoe/oumestradoe/oudoutorado;• Cópia:RGeCPF;• Cópia:CertificadodeQuitaçãoEleitoral(retiradonositedoTRE;nãoéocanhotode

votação);• Cópiadocertificadodereservista;• ComprovantedeResidência;

3.DAFORMADESELEÇÃOOdocentedadisciplinaselecionaráo(a)candidato(a)apartirdaleituradacartadeintençãoeavaliaçãodoCurrículoLattesdo(a)candidato(a).Eventualmenteoprofessorpoderásolicitarumaentrevista.OcontatoseráfeitoatravésdaSecretariapormeiodemensagemde–emailnoendereçoinformadopelocandidato.

Page 2: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

[Typetext]

4.DAMATRÍCULAPRESENCIALNASDISCIPLINASPeríodo:30e31deagostode2018(presencial)Horário:09às12h.Local:SecretariadoProgramadePós-graduaçãodeFilosofiadaUFBA,naFaculdadedeFilosofiaeCiênciasHumanas(EstradadeSãoLázaro,n.197-Federação).Telefonedecontato:(71)3283.6439.4.1DOCUMENTAÇÃOIMPRESSADiferenteda“inscrição”(descritanaseção2acima),noatodamatrículaoalunoselecionadodeveráapresentarosdocumentosindicadosabaixonaformaimpressa.Atençãoparaofatodequeéexigidoaapresentaçãoodecomprovantedepagamentodetaxadematrícula(enãodepagamentodetaxadeinscrição).

• Comprovantedepagamentodetaxadematrículadisponívelem:https://sggru.ufba.br/sggru/publico/escolha_cadastro_externo.jsf?auth=f3iKv0kWDdc=AoacessaresselinkDeveráselecionado"MatrículasAlunoEspecial";

• Fichadeinscriçãodealunosespeciaisassinada,disponívelem(https://supac.ufba.br/formulariosmenu-aluno);(FichadeInscriçãoparaSeleçãodeAlunoEspecialdePós-Graduação);

• CurrículoLattes(versãogeradapelocandidato(a)diretamentedaPlataformaLattes).ParaaquelesquenãotêmCurriculoLattes,acessaresselink:https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/pkg_cv_estr.inicio

• Cópias:diplomaehistóricoescolardagraduaçãoe/oumestradoe/oudoutorado;• Cópia:RGeCPF;• Cópia:CertificadodeQuitaçãoEleitoral(retiradonositedoTRE;nãoéocanhotode

votação);• Cópiadocertificadodereservista;• ComprovantedeResidência;• Comprovanteoriginaldopagamentodataxadeinscrição;

6.DISCIPLINASDISPONÍVEISPARAINSCRIÇÃO(OBS.:OSPLANOSDECURSOESTÃONOANEXOI)

DISCIPLINA PROFESSOR(A) HORÁRIO CH VAGASFCHK49 - Tópicos Especiais de Metafísica

Emiliano Boccardi Segunda-feira (14-18h)

68H 10

FCHK55 - Tópicos Especiais de Filosofia Política

Genildo Ferreira da Silva

Terça-feira (14-18h)

68H 05

FCHK36 - Tópicos Especiais em Estética Rafael Azize Terça-feira (14-18h)

68H 07

FCH637 - Epistemologia Geral Waldomiro J. Silva Filho

Quinta-feira (14-18h)

68H 05

FCH646 - Problemas Fenomenológicos e Hermenêuticos

Carlota Ibertis Sexta-feira (14-18h)

68H 10

FCHK59 - Tópicos Especiais de Filosofia da Linguagem

Abel Lassalle Casanave

Sexta-feira (15-17h)

34H 10

FCHL65 - Tópicos Especiais em Epistemologia

João Carlos Salles A DEFINIR 17H 05

Salvador,19dejulhode2018.

Page 3: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

DISCIPLINA:EpistemologiaGeral:EpistemologiaSocial,InjustiçaEpistêmicaeDemocraciaCÓDIGO:FCH637CARGAHORÁRIA:68PROFESSOR:WALDOMIROJ.SILVAFILHO([email protected])Dia e horário: Quinta-feira – 14-18h

DESCRIÇÃO

TradicionalmenteaEpistemologia,comoinvestigaçãoacercanaturezadoconhecimentoedacrença justificada, teve um foco principalmente individualista (preocupada em responderperguntascomo:oquedevemosatribuiraumindivíduoparaestabelecerquesuascrençassãoconhecimento?).Seufocoestavanaavaliaçãodeestadosdoxásticos(decrençaoudescrença)de indivíduos abstraídos do ambiente social. Com isso, em geral, a Epistemologia construiuumaimagemidealizada(e,muitasvezesdistorcida)dosentidodasperformancesepistêmicashumanas,umavezquenossavidaepistêmicasedáemmeioàsrelaçõeseinstituiçõessociais.OsurgimentodeumaperspectivaquepodemoschamardeEpistemologiaSocial,notadamenteassociadaàobradeAlvinGoldman,nasceumprogramadeinvestigaçãofilosóficainteressadoem compreender a dinâmica e as características epistêmicos das interações e de sistemassociais. Estadisciplinaprocura,deumlado,apresentarosmarcosfundamentaiseproblemascentrais da Epistemologia Social (tais como o problema da epistemologia do desacordo, aepistemologiadotestemunhoeaepistemologiadosgrupos)e,dooutro,tratardedoistemasespecíficoseinterligados,qualseja,a“injustiçaepistêmica”ea“autonomiaintelectual”.Ora,considerando que o conhecimento está relacionado com nossas performances sociais (suaprodução e difusão são socialmente reguladas), considerando que a palavra dos outros (otestemunho) é um fonte decisiva na formação das nossas crenças, considerando que aatribuiçãodeconhecimento (“elaconhece”)éumaformadeestabelecerqueapessoaéumbom e confiável informante, capaz de produzir asserções e, por fim, considerando quepodemosproduziredifundircrençasdemodovirtuosoouvicioso...examinaremosocasoemqueumapessoanãoétratadacomoumagenteepistêmico,quandoelanãoétratadacomoumsujeitodeconhecimentoouuminformantecrível.Háinjustiçaepistêmicaquandorejeita-se as palavras das pessoas (em contextos assertivos) por causa de um preconceito sexual,étnico,social-cultural;aocontrário,há justiçaepistêmicaquandoapalavrasdaspessoas(emcontextos assertivos), não existindo razões disponíveis contrárias, são igualmente aceitascomofonte(outransmissora)deconhecimentoindependentedesexo,etniaeorigemsocial-cultural.

Aautonomia intelectualou autonomiaepistêmica,diz respeitoà capacidadedeumapessoa, como agente epistêmico, de refletir acerca de suas performances e realizaçõescognitivas,deseresponsabilizarporsuasatividadescognitivasedeparticipardesituaçõesnasquais ideias, crenças e teorias são o objeto principal de disputas e desacordo entreinterlocutores. O que é central aqui é o que podemos falar sobre um traço de caráter daspessoasquesepõeainvestigar,pensarebuscarrespostas.CONTEÚDO

1.TemascentraisdaEpistemologiaSocial1.1DaEpistemologiaTradicionalàEpistemologiaSocial1.2Definição,temaseproblemasdaEpistemologiaSocial:Testemunho,DesacordoeCrençasGrupais1.3.JustiçaEpistêmicaeDemocraciacomoumproblemadaEpistemologiaSocial2.Conhecendoapartirdapalavradosoutros

Page 4: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

2.1Anaturezadotestemunho2.2Confiançaeautoridade2.3Oproblemadatransmissãoeimportânciaepistemológicadasasserções:asserção,crença,verdade,desacordoediálogo3.Aideiade“injustiça”ea“injustiçaepistêmica”3.1Injustiçatestemunhal3.2Injustiçahermenêutica3.3Identidade,vieses,preconceitoecredibilidade4.VariedadesdeInjustiçaEpistêmica4.1OpressãoEpistêmica4.2SilenciamentoEpistêmico4.3HumilhaçãoEpistêmica5.JustiçaEpistêmica5.1Virtudesindividuais5.2Virtudesgrupais6.Epistemologiaedemocracia6.1Epistemologiadademocracia6.2Agênciaepistêmicaedemocracia6.3Democracia,confiançaejustiçaepistêmica6.4TemasdeEpistemologiaSocialAplicada:educaçãoeensino

AVALIAÇÃO

Serão realizadas duas avaliações individuais: (a) apresentação de um seminário a partir dasreferências bibliográficas do curso e (b) apresentação de um ensaio escrito (atendendo àsregrasbásicasdeumtextoacadêmico).

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

ANDERSON,E.(2006).“TheEpistemologyofDemocracy”.In:Episteme3(1–2),pp.9-23.

ANDERSON, E. (2014). “Epistemic Justice as a Virtue of Social Institutions”. In: Social Epistemology: AJournalofKnowledge,CultureandPolicy,26:2,pp.163-173.

CATALA,A.(2015).“Democracy,Trust,andEpistemicJustice”.In:TheMonist,Volume98,424-440.

COADY,D.(2017).“AppliedEpistemology”.In:LIPPERT-RASMUSSEN,K.;BROWNLEE,K;andCOADY,D.(eds.).ACompaniontoAppliedPhilosophy.WestSussex:WilleyBlackwell,pp.51-60.

DOTSON,K.(2014).“ConceptualizingEpistemicOppression”.In:SocialEpistemology,28(2):115-138.

FRICKER,M.(2007).EpistemicInjustice:PowerandtheEthicsofKnowing.Oxford:OxfordUniversityPress.

FRICKER,M. (2010). “Can There Be Institutional Virtues?”. In: SZABOGENDLER, T.&HAWTHORNE, J. (eds.),OxfordStudiesinEpistemology.OxfordUniversityPress.pp.235-252.

FRICKER,M.(2015).“FaultandNo-FaultResponsibilityforImplicitPrejudice:ASpaceforEpistemic‘Agent-Regret’”.In:FRICKER,M.andBRADY,M.(eds.).TheEpistemicLifeofGroups.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.33-50.

Page 5: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

FRICKER,M.(2015).“Testimony:KnowingthroughBeingTold”.In:NIINILUOTO,I.;SINTONEN,M.andWOLEN-SKI,J.(eds).HandbooktoEpistemology.Dordrecht:Springer,pp.109-130.

GOLDBERG,S.(2016).“Arrogance,Silence,andSilencing”.In:AristotelianSociety,SupplementaryVolume,XC,doi:10.1093/arisup/akw012.

GOLDBERG,S.C. (2015a). “MutualityandAssertion”. In:FRICKER,M.andBRADY,M. (eds.).TheEpistemicLifeofGroups.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.11-32.

GOLDBERG, S. C. (2015b). “The Epistemic Significance of Assertion”. In:Assertion: On the PhilosophicalSignificanceofAssertoricSpeech.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.37-92.

GOLDBERG, S. C. (2016). "A Proposed Research Program for Social Epistemology"In:REIDER, Patrick J.(Ed)Socialepistemologyandepistemicagency:decentralisingepistemicagency.Lanham:Rowman&LIttlefieldInternational,p.3-20

GOLDMAN,A.I.(2008).“Educaçãoeepistemologiasocial”.TraduzidoporLUZ,A.M.;SILVA,M.R.RevistaContrapontos,Itajaí,v.1,n.3,p.57-70.

GOLDMAN, A. I. (2010).“Why Social Epistemology is real epistemology”. In: HADDOCK, A; MILLAR, A;PRITCHARD,D.(Eds.).SocialEpistemology.Oxford:OxfordUniversityPress,p.1-28.

GOLDMAN,A.I.(2011).“AGuidetoSocialEpistemology”.In:GOLDMAN,A.I.&WHITCOMB,D.(eds.).SocialEpistemology:EssentialReadings.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.11-37.

GOLDMAN,A.I.(2015).“SocialEpistemology”.In:StanfordEncyclopediaofPhilosophy,https://plato.stanford.edu/archives/sum2018/entries/epistemology-social/

GRECO,J.(2016)“Whatistransmission*?”.In:Episteme,Volume13,Issue4,pp.481-498.

KOENING,M.A.andHARRIS,P.L.(2007).“TheBasisofEpistemicTrust:ReliableTestimonyorReliableSources?”.In:Episteme,Volume4,Issue03,pp264-284.

LACKEY,J.(2006).“TheNatureofTestimony”.In:PacificPhilosophicalQuarterly87,pp.177-197.

MACFARLANE,J.(2010)“WhatisAssertion?”.In:Brown,J.&Cappelen,H.(eds.).Assertion:NewPhiloosphicalEssays.Oxford:OxfordUniversityPress,79-96.

MAITRA,I.(2010)“TheNatureofEpistemicInjustice”.In:PhilosophicalBooks,Volume51,No.4,pp.195-211.

MCKINNON,R.(2016).“EpistemicInjustice”.In:PhilosophyCompass11/8,pp.437–446.

MORAN,R.(2006)“GettingToldandBeingBelieved”.In:LACKEY,J.&SOSA,E.(eds.).TheEpistemologyofTestimony.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.272-306.

PETER,F.(2015).“TheEpistemicCircumstancesofDemocracy”.In:FRICKER,M.andBRADY,M.(eds.).TheEpistemicLifeofGroups.Oxford:OxfordUniversityPress,pp.133-149.

POHLHAUSJr.,G.(2017).“VarietiesofEpistemicInjustice”.In:KIDD,J.I.;MEDINA,J.andPOHLHAUSJr.,G.(eds.).TheRoutledgeHandbookofEpistemicInjustice.London,NewYork:Routledge,pp.13-26.

REIDER,P.J.(2016)."Introduction:whatissocialepistemologyandepistemicagency?"In:REIDER,PatrickJ.(Ed)Socialepistemologyandepistemicagency:decentralisingepistemicagency.Lanham:Rowman&LIttlefieldInternational,2016.

SCHMITT, F. (2008). “Epistemologia social”. In:GRECO, J.; SOSA, E. (Org.)Compêndio de Epistemologia.TraduzidoporFERNANDES,A.S.eBETTONI,R.SãoPaulo:EdiçõesLoyola,2008.p.547-591.

SCHMITT,F.(2106)“SocializingEpistemology:AnIntroductionthroughTwoSampleIssues”In:SCHMITT,

Page 6: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

F. (Ed.).Socializing epistemology: The social dimensions of knowledge.Lanham, MD: Rowman &LittlefieldPublishers,1994,p.1-28.

SULLIVAN,M.(2017).“EpistemicJusticeandtheLaw”.In:KIDD,J.I.;MEDINA,J.andPOHLHAUSJr.,G.(eds.).TheRoutledgeHandbookofEpistemicInjustice.London,NewYork:Routledge,pp.293-301.

TANESINI,A.(2016).“‘CalmDown,Dear’:IntellectualArrogance,SilencingandIgnorance”.In:AristotelianSociety,SupplementaryVolume,XC,doi:10.1093/arisup/akw011.

Page 7: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Problemas Fenomenológicos e Hermenêuticos: Freud e os Modernos Código: FCH646 Carga-horária: 68h Professora: Carlota Ibertis Dia: sexta-feira Horário: 14 às 18h Descrição Exame concomitante de concepções filosóficas da modernidade com aspetos da teoria freudiana com base na leitura e análise de textos selecionados. Justificativa Na vasta e bem conhecida literatura filosófica acerca da psicanálise estabelecem-se, sob diversas perspetivas, relações entre Freud e filósofos do século XVII e XVIII. No concernente às dimensões da constituição do sujeito e da moralidade, a filosofia moderna oferece concepções que se afastam da cartesiana ao abandonar a paridade sujeito e consciência. A consideração de como somos afetados, através de noções como sensação, desejo, inquietação e prazer delineia progressivamente uma maneira alternativa de conceber a subjetividade que apresenta significativas coincidências com a teoria freudiana. Trata-se, não de História das influências, mas de História das ideias, ou seja, de seguir certas linhas de pensamento que, contrapostas a Descartes, antecipam aspetos da concepção psicanalítica. A presente disciplina propõe-se examinar tais relações. Conteúdo programático:

1) Intenções sob suspeita: La Rochefoucauld e Freud. 2) Sensação, desejo e prazer: Condillac e Freud. Sensualismo e prazer enquanto

princípios constitutivos do sujeito. 3) Condição humana: Hobbes e Freud. Homo homini lupus? 4) Afeto e/ou dever: Kant e Freud. A moralidade em questão.

Forma de avaliação: Texto acerca de algum aspeto das relações entre Freud e a filosofia moderna. Referências bibliográficas (gerais): ANSART-DOURLEN, Michèle, Freud et les Lumières: individu, raison, société, Paris,

Payot, 1985.

BERTRAND, Aliénor, Le vocabulaire de Condillac, Paris, Ellipses, 2002. BOCCA, Francisco Verardi. “Prazer, Psicanálise”, Natureza Humana, São Paulo , v.

11, n. 1, p. 101-128, jun. 2009. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302009000100005&lng=pt&nrm=iso

CASSIRER, Ernest, A filosofia do iluminismo, trad. Álvaro Cabral, Campinas, UNICAMP, 1992.

CONDILLAC, E. Bonnot de, Tratado das sensações, trad. Denise Bottmann, Campinas,

UNICAMP, 1993.

Page 8: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

CONDILLAC, E. Bonnot de, Dissertação sobre a liberdade, trad. Denise Bottmann, Campinas, UNICAMP, 1993.

CONDILLAC, E. Bonnot de, Traité des animaux, presenté et annoté para M. Malherbe, Paris, Vrin, 2004.

DEPRUN, Jean, La philosophie de l’inquiétude en France au XVIIIe siècle, Paris, Vrin, 1979.

ESPÓSITO, Roberto, Communitas. Origen y destino de la comunidad, trad. Carlo Rodolfo Molinari Marotto, Buenos Aires, Amorrortu, 2012.

FREUD, Sigmund, “Projeto de uma psicologia” in GABBI Jr., Osmyr Faria, Notas a Projeto de uma psicologia: as origens utilitaristas da psicanálise, Rio de Janeiro, Imago, 2003.

FREUD, Sigmund, A interpretação dos sonhos, trad. Renato Zwick, Porto Alegre, L&PM, 2017.

FREUD, Sigmund, “Formulações sobre os dois princípios do funcionamento psíquico”. Obras Completas, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Companhia das Letras, volume X, 2010.

FREUD, Sigmund, “Totem e tabu”. Obras Completas, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Companhia das Letras, volume XI, 2012.

FREUD, Sigmund, “O Mal-estar na civilização”. Obras Completas, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Companhia das Letras, volume XVIII, 2010.

HOBBES, Thomas, Do Cidadão, trad. E notas Renato Janine Ribeiro, São Paulo, Martins Fontes, 1992.

HOBBES, Thomas, Leviatã ou Matéria, forma e poder de uma República Eclesiástica e Civil, org. Richard Tuck, trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva, Supervisão Eunice Ostrensky, São Paulo, Martins Fontes, 2001.

GABBI Jr., Osmyr Faria, Notas a Projeto de uma psicologia: as origens utilitaristas da psicanálise, Rio de Janeiro, Imago, 2003.

GREEN, André, O discurso vivo: uma teoria psicanalítica do afeto, trad. Ruth Joffily Dias, Revisão Sonia Alberti, Rio de Janeiro, F. Alves, 1982.

IBERTIS, Carlota, “Prazeres e dores da estátua: nota sobre aspectos literários e filosóficos da ficção condillaciana” in A Palo Seco, Ano 6, Nº 6, 2014, disponível em:

http://www.gefelit.net/?menu=apaloseco&ano=6

KANT, Immanuel, Fundamentação da metafísica dos costumes, trad. e notas Guido Antônio de Almeida, São Paulo, Discurso e Barcarolla, 2009.

KANT, Immanuel, Antropologia de um ponto de vista pragmático, trad. Clélia Aparecida Martins, São Paulo, Iluminuras, 2009.

LAPLANCHE, Jean e PONTALIS, Jean-Baptiste, Vocabulário da Psicanálise, trad. Pedro Tamen, São Paulo, Martins Fontes, 1992.

LA ROCHEFOUCAULD, “Sentences et Maximes de Morale” in Oeuvres Complètes, Paris, Gallimard, Bibliothèque de la Pleiade, 1957.

Page 9: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

LOUREIRO, Inês, O carvalho e o pinheiro, Freud e o estilo romântico, São Paulo, Escuta: Fapesp, 2002.

MANN, Thomas, “La posición de Freud en la historia” in Cervantes, Goethe, Freud, Buenos Aires, Losada, 1990.

MILLOT, Catherine, Freud antipedagogo, trad. Ari Roitman, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992.

MONZANI, Luiz Roberto, “Uma revolução semântica” in Folha de São Paulo, 7/10/1989.

MONZANI, Luiz Roberto, Desejo e prazer na idade moderna, Curitiba, Champagnat-PUCPR, 2011.

MONZANI, Luiz Roberto, “O paradoxo do prazer em Freud” in FULGENCIO, Leopoldo e SIMANKE, Richard Theisen (orgs), Freud na Filosofia Brasileira, São Paulo, Escuta, 2005.

MONZANI, Luiz Roberto, Freud, o movimento de um pensamento, Campinas, UNICAMP, 1989.

POMBO SÁNCHEZ, Manuel, El legado de Sigmund Freud: uma relectura de la Ilustración, Buenos Aires, Lugar Editorial, 2009.

RIEFF, Philip, Freud: pensamento e humanismo, trad. Silvana Borim Mirachi, Belo Horizonte, Interlivros, 1979.

SCHNEIDER, Monique, Afeto e linguagem nos primeiros escritos de Freud, trad. Mônica M. Seincman, São Paulo, Editora Escuta, 1993.

SCHNEIDER, Monique, Freud et le plaisir, Paris, Denoël, 1980. SIMONETTA, Laetitia, La connaissance par sentiment au XVIIIe siècle, Paris, Honoré

Champion, 2018. VIGARELLO, Georges, O sentimento de si : História da percepção do corpo, trad.

Francisco Morás, Petrópolis, Vozes, 2016. ZARADER, Jean-Pierre, Le vocabulaire des philosophes : La philosophie classique et

moderne (XVIIe-XVIIIe siècle), Paris, Ellipses, 2016. ZARKA, Yves Charles, Hobbes et son vocabulaire, Paris, Vrin, 1992.

Page 10: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Tópicos Especiais de Estética - Literatura, crítica e vida: a habitação do humano em Stanley Cavell Código: FCHK36 Carga-horária: 68h Professor: Rafael Lopes Azize Dia e horário: Terça-feira – 14-18h Descrição O objetivo do curso é o de examinar o modo como Stanley Cavell surpreende, em leituras exemplares de algumas obras literárias e na própria operação crítica, articulações de anseios humanos à voz (subjetividade) a um tempo (1) no interior de circuitos miméticos comuns e (2) do pensamento conceitual, visando, sem garantias ou protocolos fixos, aproximar-se de um estado de maturidade (Mündigkeit) que não se afigure como uma posição filosófica. Justificativa Em A Pitch of Philosophy (1996), livro inclassificável, reinvenção da autobiografia como livro-de-filosofia, Cavell arrisca resumir em uma frase a razão para ter escrito The Claim of Reason (1979), talvez a sua tour de force mais conhecida: "ajudar a trazer a voz humana de volta à filosofia" (p.58). O contexto no qual recupera, ali, as suas motivações dos anos 70 é o de um diálogo com a desconstrução e a crítica à "metafísica da presença". Sobre esse diálogo, escreve Espen Hammer, referindo-se ao Derrida de A voz e o fenômeno e ao confronto com a fenomenologia de Husserl: "Um exemplo privilegiado dessa auto-presença imediata ["unidade e origem do sentido e da presença"], a voz, embora exista "antes" da linguagem, permite que uma consciência pura confira significados às palavras convocadas por ela a exprimir os seus pensamentos essencialmente extralinguísticos: ao estabelecer a forma de idealidade por excelência, ela escapa, assim, às vaguezas da temporalidade e da intersubjetividade" (Hammer, St. Cavell, p.158). Cavell reconhece na "metafísica da presença" um ponto crítico comum entre a sua filosofia e a desconstrução. No entanto, justamente no elemento em que Derrida identifica o centro do programa da "metafísica da presença" (o privilégio da voz, o "fonocentrismo") Cavell divisa um operador filosófico na direção oposta. Não só inverte, então, o uso filosófico desse operador, como se empenha em mostrar que é justamente nessa inversão que podemos encontrar alguns dos esforços radicais de crítica à metafísica da presença no século XX, nas obras de Austin e do Wittgenstein tardio. O curso parte desse importante diálogo entre Cavell e Derrida como enquadramento para examinar o lugar concedido por Cavell à arte e à crítica em geral, e à literatura em particular, como formas possíveis de um fazer filosófico prático. Seriam a arte literária e a crítica meios de articulação especialmente aptos à tarefa filosófica por excelência de uma certa modernidade, a saber, o engajamento em uma "vida com conceitos" (Richard Eldrige) que incorpore uma liberdade desejante para a busca de novas respostas provisórias, mas relativamente estáveis no tempo vivido, às circunstâncias e predicamentos humanos, respostas resistentes à "autarquia do conceito" (Adorno)? O curso examina ilustrações de respostas a essa pergunta, tendo como base leituras por Cavell de obras literárias e críticas. Conteúdo programático (na forma de itens ou tópicos): 1. Linguagem ordinária, presença e voz: filosofia sem posição. 2. Tragédia, modernidade e alteridade: King Lear e Othello. 3. Juízo estético, racionalidade e crítica: Cavell e Isenberg. 4. Linguagem ordinária, agência e alienação em Casa de bonecas (Ibsen). 5. Romantismo, finitude, subjetividade: Wordsworth, Coleridge, Heidegger. Forma de avaliação: Pelo menos um trabalho escrito e um seminário, com igual peso na composição da nota final. Média para aprovação: 5 (cinco).

Page 11: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Referências bibliográficas Obs.: Ulterior bibliografia será indicada ao longo do curso, bem como traduções das obras literárias. CAVELL, Stanley. Aesthetic Problems of Modern Philosophy. In: _______. Must We Mean

What We Say? Cambridge U.P., 1976. p. 73-96. ________________. The question of the history of the problem of others / 5. Literature as the

knowledge of the Outsider. In: ______. The Claim of Reason: Wittgenstein, Skepticism, Morality, and Tragedy. NY: Oxford U.P., 1979. p. 476-496.

_______________. Emerson, Coleridge, Kant (Terms and Conditions). In: _____, In Quest of the Ordinary: Lines of Skepticism and Romanticism. U. of Chicago P., 1988. p. 27-49.

_______________. Texts of Recovery (Coleridge, Wordsworth, Heidegger...). In: In Quest of the Ordinary. p. 50-75.

_______________. The Politics of Interpretation (Politics as Opposed to What?). In: ______, Themes Out of School: Effects and Causes. S. Francisco: North Point Press, 1984.

_______________. The Avoidance of Love: A Reading of King Lear (1976). In: ______, Disowning Knowledge: In Six Plays of Shakespeare. Cambridge U.P., 1987. p. 39-124.

_______________. Othello and the Stake of the Other. In: Disowning Knowledge. p. 125-142. _______________. Counter-Philosophy and the Pawn of Voice. In: ______, A Pitch of

Philosophy: Autobiographical Exercises. Harvard U.P., 1994. p.53-128. _______________. Ibsen. In: Cities of Words: Pedagogical Letters on a Register of the Moral

Life. Belknap Press, 2005. p. 247-264. _______________. Passionate and performative utterance. In: ______, Philosophy the Day

After Tomorrow, Cambridge: Harvard U.P., 2005. p. 155-191. COLERIDGE, Samuel Taylor. The Rime of the Ancyent Marinere, in seven parts (1798). In:

WU, Duncan (Ed.), Romanticism: An Anthology. 4th Ed. Wiley-Blackwell, 2012. p. 339-356.

ELDRIDGE, Richard. "A Continuing Task": Cavell and the Truth of Skepticism". In: _______, The Persistence of Romanticism. Essays in Philosophy and Literature. Cambridge U.P., 2001. p. 189-204.

__________________. Cavell and Hölderlin on Human Immigrancy. In: The Persistence of Romanticism. p. 229-246.

__________________ (Ed.) Stanley Cavell. Cambridge U.P., 2003. (Contemporary Philosophy in Focus.)

__________________. Literature, Life, and Modernity. NY: Columbia U.P., 2008. __________________ and Bernard RHIE (Eds.) Stanley Cavell and Literary Studies:

Consequences of Skepticism. NY: Continuum, 2011. HAMMER, Espen. Stanley Cavell: Skepticism, Subjectivity, and the Ordinary. Londres:

Polity Press, 2002. HEIDEGGER, Martin. The Thing. In: __________, Poetry, Language, Thought, Tr. Albert

Hofstadter, NY: Harper and Row, 1971. p. 163-86. IBSEN, Henrik. Une maison de poupée. Tr. Régis Boyer. Paris: GF Flammarion, 1994. ISENBERG, Arnold. Critical Communication. Philosophical Review 58 (4):330-344 (1949).

Republicado em Aesthetics and the Theory of Criticism: Selected Essays of Arnold Isenberg, The U. of Chicago P., 1973. p. 156-171.

RUDRUM, David. The Avoidance of Shakespeare. In: ______, Stanley Cavell & the Claim of Literature. Baltimore: Johns Hopkins U.P., 2013. p. 42-84.

_______________. How to do Things with Wordsworth. In: ______, Stanley Cavell & the Claim of Literature. p. 99-121.

_______________. "Politics as Opposed to What?": Social Contract and Marriage Contract in A Doll's House. In: ______, Stanley Cavell & the Claim of Literature. p. 134-176.

Page 12: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

WISDOM, John. Gods. In: _____, Philosophy and Psychoanalysis, NY: Barnes & Noble, 1969. p. 149-168.

WORDSWORTH, William. Ode (from 1815 entitled Ode. Intimations of Immortality from Recollections of Early Childhood). In: WU, Duncan (Ed.), Romanticism: An Anthology. 4th Ed. Wiley-Blackwell, 2012. p. 549-554.

Page 13: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Tópicos Especiais em Epistemologia: A epistemologia de Ernest Sosa Código: FCHL65 Carga-horária: 17h Professora: João Carlos Salles Dia: [a ser definido] Horário: [a ser definido] Ementa A disciplina pretende apresentar o desenvolvimento interno das análises da noção de conhecimento propostas por Ernest Sosa ao longo de sua obra e exploradas recentemente em dois trabalhos do docente, a saber, A cláusula zero do conhecimento e Análise & Gramática. Nessa linha de trabalho, voltando-se à dimensão própria do corpus teórico da obra de Sosa, a disciplina terá em conta seus diálogos possíveis com a gramática filosófica wittgensteiniana, no que se refere, em especial, a modalidades epistêmicas. No correr da disciplina, serão apresentadas e debatidas as teses ora orientadas pelo docente, tendo em conta sua relação com questões de epistemologia e com a filosofia de Wittgenstein. Referências Bibliográficas SALLES, J. C. A cláusula zero do conhecimento. Salvador: Quarteto, 2017.

SALLES, J. C. Análise & Gramática. Salvador: Quarteto, 2018.

SOSA, Ernest, Knowledge in Perspective, Cambridge University Press, 1991.

SOSA, Ernest, A Virtue Epistemology: Apt Belief and Reflective Knowledge, Volume One (Oxford University Press), 2007.

SOSA, Ernest, Knowing Full Well (Princeton University Press, 2011).

SOSA, Ernest, Judgment and Agency (Oxford University Press, 2015)

SOSA, Ernest, Epistemology, Princeton University Press, 2017

WITTGENSTEIN, L. On Certainty, Oxford: Blackwell, 1975.

WITTGENSTEIN, L. Whewell’s Court Lectures, Oxford: Wiley Blackwell, 2017.

Page 14: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Tópicos Especiais de Metafísica: Mente, Conheicmento e Realidade Código: FCHK49 Carga-horária: 68h Professor: Emiliano Boccardi Dia: segunda-feira Horário: 14 às 18h

Ementa

Todos nós sabemos - às vezes dolorosamente - que muitas vezes as coisas não são como parecem ser. A metafísica é o esforço racional para descobrir como as coisas realmente são, no nível mais fundamental. Independentemente do que você pensa, todos nós temos crenças metafísicas profundamente entrincheiradas; e, quaisquer que sejam os nossos desejos, e qualquer que seja o nosso grau de sofisticação intelectual, todos nós fizemos perguntas metafísicas profundas, que consideramos da maior importância em nossas vidas diárias.

Somos livres? Quem somos nós, realmente? Nós vamos sobreviver a nossa morte? Somos a mesma pessoa de quando éramos crianças? Se perdêssemos nossa memória, ainda seríamos a mesma pessoa? Estamos nos aproximando do dia da nossa morte? Por que o tempo passa? Realmente passa, ou é uma ilusão? O que é realidade? Depende das nossas mentes? O que é uma mente? Poderia haver mentes sem corpos? O que é para algo ser possível? Como poderíamos saber se algo é possível?

O objetivo deste curso é tornar-se cada vez mais consciente de suas próprias crenças metafísicas pré-teóricas, e aprender como avaliá-las racionalmente. No final do semestre, você deve ser capaz de dominar argumentos a favor e contra todas as principais teses metafísicas discutidas em sala de aula, e estar ciente de suas próprias preferências (racionais).

Filosofia é um empreendimento eminentemente dialético. Sua participação ativa na aula será muito importante, tanto para seu próprio prazer quanto para sua nota final do curso. Você deve tentar por todos os meios expressar suas dúvidas, opiniões, discordâncias e intuições em sala de aula. A não ser assim, considerarei que meu trabalho como professor falhou e o seu como jovens filósofos também.

Conteúdo programático

• Introdução a Metafísica Analítica • Filosofia do Tempo • Filosofia da Mente • Libero Arbítrio • Identidade Pessoal

Forma de avaliação

No meio do semestre, os alunos escreverão um ensaio sobre um tópico de sua escolha. No final do semestre, haverá seminário.

Referências bibliográficas

Conde e Theodore Sider, Enigmas da Existência, Uma visita guiada à metafísica. Oxford, 2005.,

Brian Garret, Metafísica, Conceitos-chave em Filosofia. ArtMed.

Obs: Será criada uma página digital do curso e, para cada tópico, serão disponibilizadas referências bibliográficas complementares.

Page 15: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Tópicos Especiais de Filosofia da Matemática: Teoria das proporções e filosofia Código: [a ser criado] Carga-horária: 34h Professor: Abel Lassalle Casanave Dia: sexta-feira Horário: 15 às 17h

Descrição

Exame diacrónico da teoria das proporções desde Eudoxo e Euclides até D. Hilbert em conexão com diferentes problemas filosóficos suscitados em torno dela.

Justificativa

Conta uma lenda que a primeira crise filosófica foi uma crise matemática: a descoberta pitagórica de magnitudes incomensuráveis. A resposta matemática a essa dificuldade foi a teoria das proporções de Eudoxo (contemporâneo de Platão e supostamente membro da Academia), teoria que Euclides apresenta no Livro V de seus Elementos. Uma brilhante reinterpretação dela foi a peça chave da Geometria de Descartes, para muitos a obra fundacional da matemática moderna. E essa mesma teoria reaparece sob interpretação diferente na obra fundacional da geometria contemporânea, os Fundamentos de geometria de Hilbert, obra que também introduz como novidade metodológica o conceito contemporâneo de sistema axiomático. Para além do interesse técnico matemático, foram de interesse também para filósofos de Platão em diante diferentes aspectos dessa teoria (mathesis universalis, análise e síntese, matematização da natureza, etc.), e inclusive de interesse para cientistas empíricos como Galileu. Em sua versão contemporânea, a teoria se relaciona com problemas específicos em filosofia da matemática. O objetivo da disciplina consiste em examinar alguns desses aspectos, sendo seu fio condutor a apresentação das sucessivas transformações da teoria desde Euclides – e, antes, Eudoxo – até Hilbert.

Conteúdo programático

I. Os livros V e VI dos Elementos de Euclides.

I.1. A teoria das proporções em Platão: Eudoxo e Euclides. I.2. Mathesis universalis e teoria das proporções em Aristóteles. I.3. A teoria das proporções na Idade Média.

II. O livro I da Geometria de Descartes.

II.1. Teoria das proporções, análise e Mathesis universalis em Descartes. II.2. Proporções e ciência empírica: Galileu. III.3. Teoria das proporções e a axiomatização dos Elementos nos séculos XVII e XVIII.

III. O capítulo 3 dos Fundamentos de geometria de David Hilbert. III.1. Euclides, Descartes e a aritmética de segmentos de Hilbert.

III.2. Teoria das proporções e pureza do método. III.3. Teoria das proporções e o moderno método axiomático.

Forma de avaliação

Três listas de exercícios sobre teoria das proporções e/ou três avaliações escritas.

Referências bibliográficas

Bos, H. 2001. Redefining Geometrical Exactness: Descartes' Transformation of the Early

Page 16: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Modern Concept of Construction. Springer.

Crippa, D. 2014. Impossibility results: from geometry to analysis. A study in early modern conceptions of impossibility. Phd. Diss. Université Paris Diderot (Paris 7).

Descartes, R. 1897-1910. Oeuvres. Paris: Vrin, 1996. (Ch. Adam & P. Tannery (Eds), 11 vols.)

De Risi, V. “The Development of Euclidean axiomatics”, Arch. Hist. Exact. Sci., DOI 10.1007/s00407-015-0173-9.

Giovannini, E. 2015. David Hilbert y los fundamentos de la geometría (1891-1905). College Publications.

Hartshorne, R. (2000). Geometry: Euclid and Beyond. New York: Springer. Heath, T. L. (1956). The Thirteen Books of Euclid’s Elements. 3 vols. (2 ed.). New York:

Dover Publications.

Hilbert, D. (1971). Foundations of Geometry. La Salle: Open Court. Translated by L. Unger from the 10th German Edition.

Jullien, V. 1996. Descartes. La Géométrie de 1637. Paris: PUF. _____. 2006. Philosophie naturelle et géométrie au XVII siècle. Paris : Honore Champion.

Klein, J. 1968. Greek Mathematical Thought and the Origin of Algebra. New York: Dover Publications, Inc.

Levi, B. 2008. Lendo Euclides. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Mueller, I. 1981. Philosophy of Mathematics and Deductive Structure in Euclid’s

Elements. Cambridge: MIT Press. Panza, M., Sereni, A. 2013. Plato’s Problem. Introduction to Mathematical Platonism,

Bsingstoke (UK): Palgrave MacMillan.

Proclus. 1873. In primum Euclidis Elementorum librum commentarii. Teubner, Lipsi. Ex recognitione G. Friedlein.

Rabouin, D. 2009. Mathesis Universalis. Paris: PUF.

Sasaki, C. 2003. Descartes’s Mathemathical Thougth. Boston Studies in the Philosophy and History of Science, v. 237.

Page 17: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

Disciplina: Tópicos Especiais de Filosofia Política: Repúblicas e Republicanismo em Rousseau Código: FCHK55 Carga-horária: 68h Professor: Genildo Ferreira da Silva Dia e horário: Terça-feira – 14-18h EMENTA

O que significa ser republicano hoje? Como se ligam o republicanismo e os valores da liberdade, igualdade e justiça? Além de tais valores, a Ideia de República remete a outros conceitos contemporâneos como, por exemplo, o conceito de cidadão como pedra fundamental da sociedade. Estimulado por essas e outras questões, a proposta deste curso visa investigar e desenvolver uma compreensão da ideia de república em Rousseau, indo além, apontar os modelos republicanos que podem ser identificados em textos específicos do genebrino. Serão utilizados como texto bases, o Discurso sobre a desigualdade, a Carta a D'Alembert, Projeto de Constituição para a Córsega, O Contrato social e Considerações Sobre o Governo da Polônia. A partir dos textos buscar-se-á responder se Rousseau conseguiu esboçar uma ordem constitucional e em que termos, como se constitui sua teoria republicana e seu conceito da política republicana. Por fim, será levantada uma discussão sobre a noção de república na contemporaneidade.

NB: Além das obras de Rousseau, será utilizado como texto básico o livro de Philip PETIT. Républicanisme: une théorie de la liberté et du gouvernement. Paris: Éditions Gallimard. 2004. Para matricular-se nessa disciplina, o aluno deve, portanto, ter domínio da língua francesa.

OBJETIVO

Identificar o conceito de republicanismo que é forjado na modernidade tomando como referência a obra de Jean-Jacques Rousseau, refletindo sobre temas como republicanismo e ideologia política, liberdade, soberania, Rousseau e o Iluminismo.

Compreender e debater a obra de Philipe Petit sobre o republicanismo fazendo uma ponte com a discussão em torno do tema da modernidade à contemporaneidade.

AVALIAÇÃO

No final do curso será exigido de cada aluno, individualmente, a confecção de um artigo relacionado com a temática desenvolvida e de acordo com as normas da ABNT.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASSIRER, Ernst. A questão de Jean-Jacques Rousseau. Trad. Erlon José Paschoal e Jézio Gutierre. São Paulo: Editora UNESP,1999.

CASSIRER, Ernst. A filosofia do iluminismo, Campinas, Editora da Unicamp, 1992.

FORTES, L. R. Salinas Rousseau: da teoria à prática, São Paulo: Ática, 1976.

MARQUES, José Oscar de Almeida (Org.). Verdades e mentiras: 30 ensaios em torno de Jean-Jacques Rousseau. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. [http://www.unicamp.br/~jmarques/pesq/verdades_e_mentiras.htm]

MARTINS, José Antônio (Org.). Republicanismo e democracia. Maringá, Eduem, 2010.

MARUYAMA, N. A contradição entre o homem e o cidadão: consciência e política. São Paulo: Humanitas, 2001.

Page 18: CHAMADA PARA SELEÇÃO DE ALUNAS E ALUNOS ESPECIAIS … · • Ficha de inscrição de alunos especiais assinada, disponível em ... candidato(a) a partir da leitura da carta de intenção

NASCIMENTO, Milton Meira do. “Reivindicar direitos segundo Rousseau”. In: QUIRINO, Celia Nunes Galvão; VOUGA, Cláudio J. Torres; BRANDÃO, Gildo Marçal (Org.). Clássicos do pensamento político. São Paulo: Edusp, 1998.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. In: Coleção os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978.

ROUSSEAU, J.-J. Do contrato social. In: Coleção Os Pensadores, São Paulo, Abril Cultural, 1978.

ROUSSEAU, j.-J. Emílio ou da educação. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo, Martins Fontes, 1995.

ROUSSEAU, J.-J. Obras de Jean-Jacques Rousseau, 2 vol. Introd. e notas de Paul Arbousse-Bastide e Lourival Gomes Machado, tradução de Lourdes S. Machado, Porto Alegre, Globo, 1962.

______. Projeto de Constituição para a Côrsega. In: Rousseau, Jean-Jacques Rousseau e as Relações Internacionais. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2003.

______ Considerações Sobre o Governo da Polônia e a sua projetada Reforma. In: Rousseau, Jean-Jacques Rousseau e as Relações Internacionais. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2003.

PETIT, Philip. Républicanisme: Une théorie de la liberté et du gouvernement. Traduit de l’anglais par Patrick Savidan et Jean-Fabien Spitz. Paris: Éditions Gallimard. 2004.

SPITZ, Jean-Fabien. Le moment républicain en France. Éditions Gallimard, 2005.