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Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Balanço patrimonial Demonstração do resultado Demonstração das mutações do patrimônio líquido Demonstração das origens e aplicações de recursos Demonstração dos fluxos de caixa Notas explicativas às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 - Contexto Operacional - Apresentação das Demonstrações Contábeis e principais práticas contábeis - Princípios e Práticas de Consolidação - Títulos e valores mobiliários - Contas a receber de clientes - Estoques - Impostos a recuperar - Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo - Depósitos Judiciais - Investimentos - Imobilizado - Provisão para contingências - Patrimônio líquido - Instrumentos Financeiros - Seguros - Imposto de Renda e Contribuição Social - Participações Estatutárias - Outras receitas (despesas) operacionais – líquidas - Outras receitas (despesas) não operacionais – líquidas - Resolução n° 268/04 da ANEEL – 2004 - Incorporação - Saldos e transações com acionistas e partes relacionadas Relatório da Administração Parecer dos Auditores Independentes Parecer do Conselho de Administração sobre o Relatório da Administração e Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005. Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório da Administração e Demonstrações Contábeis da Cia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa, em 31 de dezembro de 2005. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Anexo I – Produção e Vendas 4TR/05 Anexo II – Demonstração do resultado 4TR/05 CIA. DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA

CIA. DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASAferbasa.com.br/pdf/balancos/balan_2005.pdf · Contábeis da Cia de ... Estoques 156.951 158.093 156.657 158.162 Impostos e contribuições sociais

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Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanço patrimonial Demonstração do resultado Demonstração das mutações do patrimônio líquido Demonstração das origens e aplicações de recursos Demonstração dos fluxos de caixa Notas explicativas às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005 e de 2004

- Contexto Operacional - Apresentação das Demonstrações Contábeis e principais práticas contábeis - Princípios e Práticas de Consolidação - Títulos e valores mobiliários - Contas a receber de clientes - Estoques - Impostos a recuperar - Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo - Depósitos Judiciais - Investimentos - Imobilizado - Provisão para contingências - Patrimônio líquido - Instrumentos Financeiros - Seguros - Imposto de Renda e Contribuição Social - Participações Estatutárias - Outras receitas (despesas) operacionais – líquidas - Outras receitas (despesas) não operacionais – líquidas - Resolução n° 268/04 da ANEEL – 2004 - Incorporação - Saldos e transações com acionistas e partes relacionadas

Relatório da Administração Parecer dos Auditores Independentes Parecer do Conselho de Administração sobre o Relatório da Administração e

Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005. Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório da Administração e Demonstrações

Contábeis da Cia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa, em 31 de dezembro de 2005. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Anexo I – Produção e Vendas 4TR/05 Anexo II – Demonstração do resultado 4TR/05

CIA. DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA

Companhia de Ferro Ligas da Bahia -FERBASA e Controladas Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e bancos 859 6.824 1.046 6.871 Fornecedores 20.335 24.840 19.983 22.452 Títulos e valores mobiliários 102.899 88.557 126.509 109.484 Financiamentos 4.061 4.061 Contas a receber de clientes 30.560 82.616 29.550 80.072 Salários e encargos sociais 9.781 9.476 9.783 9.476 Estoques 156.951 158.093 156.657 158.162 Impostos e contribuições sociais 2.904 19.081 4.379 20.631 Impostos a recuperar 8.502 2.878 11.072 4.604 Dividendos propostos 11.329 24.248 11.350 24.295 Imposto de renda e contribuição social diferidos - 4.108 - 4.108 Provisão para contingências - 2.142 - 2.194 Adiantamento a fornecedores 781 1.444 781 1.446 Outras contas a pagar 1.227 1.057 1.227 1.121 Despesas antecipadas 364 435 364 435 Total do circulante 49.637 80.844 50.783 80.169 Outras contas a receber 2.011 870 1.651 642 Total do circulante 302.927 345.825 327.630 365.824

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZOSociedades controladas 1.130 226 - - Sociedades controladas - 625 - Impostos a recuperar 5.634 1.691 13.697 9.675 Impostos e contribuições sociais 115 114 202 113 Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.941 - 1.941 Provisão para contingências 2.743 - 2.960 - Depósitos judiciais 2.478 555 2.671 660 Total do exigível a longo prazo 2.858 739 3.162 113 Outros créditos 371 286 378 298 Total do realizável a longo prazo 11.554 2.758 18.687 10.633

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA 3.588 3.538 PERMANENTEInvestimentos: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Sociedades controladas 31.094 30.560 - - Capital social 386.223 280.041 386.223 280.041 Outros 78 78 124 139 Reservas de capital 12.414 30.424 12.414 30.424 Total dos investimentos 31.172 30.638 124 139 Reserva de lucros 98.268 140.807 97.915 140.807 Imobilizado 203.676 153.606 207.573 158.455 Ações em tesouraria (28) (28) (28) (28) Diferido 43 43 13 Total do patrimônio líquido 496.877 451.244 496.524 451.244Total do permanente 234.891 184.244 207.740 158.607

TOTAL DO ATIVO 549.372 532.827 554.057 535.064 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 549.372 532.827 554.057 535.064

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA -FERBAS,\ E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOSPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

RECEITA BRUTA DE VENDAS

Mercado Interno

Mercado Externo

Total

DEDUÇÕES DE VENDAS

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDACUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (ver nota explicativa n2 19)LUCRO BRUTO

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAISCom vendas

Gerais e administrativas

Honorários dos administradores

Receitas financeiras

Despesas financeiras

Resultado de equivalência patrimonial

Outras (despesas) receitas operacionais -liquidas (ver nota explicativa n" 17 )Total

LUCRO OPERACIONAL

(DESPESAS) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS - LÍQUIDAS

LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA,CONTRIBUiÇÃO SOCIAL E DAS PARTICIPAÇÕESESTATUTÁRIASE DOS MINORITÁRIOS

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUiÇÃO SOCIAL (ver nota explicativa n" 15 )

ISENÇÃO E REDUÇÃOCORRENTE

DIFERIDO

LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DOS MINORITÁRIOS

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIASAdministradores

Empregados

LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DOS MINORITÁRIOS

PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCíCIO

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCíCIO POR AÇÃO DO CAPITAL - R$

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Controladora Consolidado2005 2004 2005 2004

R$mil R$mil R$mil R$mil

474.293 534.457 474.293 534.45771.475 75.034 71.475 75.111

545.768 609.491 545.768 609.568

(118.333) (131.359) (118.515) (131.359)427.435 478.132 427.253 478.209

(328.209) (298.977) (327.058) (297.976)99.226 179.155 100.195 180.233

(4.205) (3.366) (4.205) (3.371)(23.296) (24.712) (23.633) (25.166)(3.226) (2.365) (3.267) (2.379)19.479 14.610 23.422 17.680

(6.023) (4.345) (6.122) (4.639)3.134 2.617

(6.214) (9.163) (3.753)(22.997) (23.775) (22.968) (21.628)

76.229 155.380 77.227 158.605

(2.978) (5.042) (2.723) (5.200)

73.251 150.338 74.504 153.405

(11.517) (30.424) (11.517) (30.424)(10.558) (23.082) (12.075) (24.524)(2.167) 4.108 (2.167) 4.108

49.009 100.940 48.745 102.565

(2.133) (1.720) (2.133) (I. 720)(2.443) (3.500) (2.443) (3.500)

44.433 95.720 44.169 97.345

- (89) (205)

44.433 95.720 44.080 97.140

4,03 0,09

COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Capital Isenção/redução Reserva de Para Ações em Lucrossocial de imposto de renda reinvestimento Legal investimentos tesouraria acumulados TotalR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 217.296 25.989 10.515 95.511 (28) 349.283

Capitalização de reservas 62.745 (25.989) (36.756)Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 30.424 30.424Dividendos prescritos 65 65Lucro líquido do exercício 95.720 95.720Destinação do lucro: Formação de Reservas 4.785 66.752 (71.537) Dividendos propostos (R$ 17,10 por lote de mil ações ordinárias e R$ 18,81 por lote de mil ações preferenciais). (24.248) (24.248)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 280.041 30.424 15.300 125.507 (28) 451.244

Ajuste de exercício anterior (559) (559)Capitalização de reservas 106.182 (30.424) (75.758) Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 12.076 897 12.973Dividendos prescritos 115 115Lucro líquido do exercício 44.433 44.433Destinação do lucro: Formação de Reservas 2.222 30.997 (33.219) Dividendos propostos (R$ 0,95 por lote de cem ações ordinárias e R$ 1,05 por lote de cem ações preferenciais). (11.329) (11.329)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 386.223 11.517 897 17.522 80.746 (28) 496.877

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Reservas de lucrosReservas de capital

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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOSPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

ORIGENS DOS RECURSOSDas operações:

Lucro líquido do exercício 44.433 95.720 44.080 97.140Mais (menos) itens que não afetam o capital circulante líquido:Juros e variações monetárias do exigível e realizável a longo prazo (74) - (74) - Depreciações, amortizações e exaustões 18.032 18.071 18.519 18.714Equivalência patrimonial (3.134) (2.617) - - Valor residual de ativo permanente baixado 2.125 5.652 2.141 5.517Incentivos fiscais do imposto de renda 12.076 30.424 12.076 30.424Reversão de impostos e contribuições sociais diferidos, líquida 2.167 - 2.167 - Provisão para contingências 601 - 601 - Realização de lucros entre controladora e controladas - - - (1.392)Reversão de provisão para perda Eletrobrás (113) (43) (113) (43)Ajuste de exercício anterior (559) - (559) - Outros 191Participação dos minoritários - - 89 205

Total das operações 75.745 147.207 78.927 150.565De terceiros:

Diminuição do realizável a longo prazo 6.827 6.261 7.184 9.033Aumento no exigível a longo prazo - 90 81 - Transferência do passivo circulante para o exigível a longo prazo 2.144 - 2.362 90Subvenção para reinvestimento 897 - 897 - Dividendos prescritos 115 65 115 65

De controladas Dividendos propostos a receber 674 609 - -

Efeito do capital circulante líquido de controladas incorporadas 786Total das origens 87.188 154.232 89.566 159.753

APLICAÇÕES DE RECURSOSAcréscimo nos investimentos 20 9 1Acréscimo no imobilizado 69.750 75.766 69.750 75.759Acréscimo no diferido 43 - 43 - Acréscimo no realizável a longo prazo 7.976 1.227 6.903 2.300Diminuição do exigível a longo prazo 4.616 5.998 4.697 8.750Transferência do ativo circulante para o realizável a longo prazo 5.145 - 5.631 903Dividendos propostos 11.329 24.248 11.350 24.295Total das aplicações 98.879 107.248 98.374 112.008

(REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.691) 46.984 (8.808) 47.745

REPRESENTADO POR:Ativo circulante:No final do exercício 302.927 345.825 327.630 365.824No início do exercício 345.825 270.425 365.824 290.568(Redução) Aumento (42.898) 75.400 (38.194) 75.256

Passivo circulante:No final do exercício 49.637 80.844 50.783 80.169No início do exercício 80.844 52.428 80.169 52.658(Redução) Aumento (31.207) 28.416 (29.386) 27.511

(REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.691) 46.984 (8.808) 47.745

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (Informação adicional)PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Fluxo de caixa proveniente das operaçõesLucro líquido do exercício 44.433 95.720 44.080 97.140 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com

recursos provenientes de atividades operacionais:Juros e variações monetárias e cambiais líquidas dos ativos e passivos (13.701) - (13.701) - Depreciações, amortizações e exaustões 18.032 18.071 18.519 18.714 Equivalência patrimonial (3.134) (2.617) - - Valor residual de ativo permanente baixado 2.125 5.652 2.141 5.517 Incentivos fiscais do imposto de renda 12.076 30.424 12.076 30.424 Reversão de impostos e contribuições sociais diferidos, líquida 2.167 - 2.167 - Provisão para contingências 601 - 601 - Realização de lucros entre controladora e controladas - - - (1.392) Reversão de provisão para perda Eletrobrás (113) (43) (113) (43) Ajuste de exercício anterior (559) - (559) - Participação minoritária 89 205 Total 61.927 147.207 65.300 150.565

(Aumento) diminuição nos ativosContas a receber de clientes 49.530 951 49.680 1.045 Estoques 1.142 (75.191) 1.505 (74.996) Outros ativos (991) 1.217 (3.607) 3.271 Diminuição (aumento) 49.681 (73.023) 47.578 (70.680)

Aumento (diminuição) nos passivosFornecedores (5.232) 10.559 (5.322) 10.301 Impostos e contribuições sociais (16.104) 12.167 (16.241) 12.521 Salários e encargos sociais 305 1.025 307 1.025 Outros passivos 6.351 (5.178) 9.089 (7.644) (Diminuição) aumento (14.680) 18.573 (12.167) 16.203

Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 96.928 92.757 100.711 96.088

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimentos Partes relacionadas - 179 - - Investimentos (20) (9) - (1) Imobilizado (69.750) (75.766) (69.750) (75.759) Diferido (43) - (43) Dividendos recebidos 609 679 - -

Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (69.204) (74.917) (69.793) (75.760)

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de financiamentoEmpréstimos e financiamentos - instituições financeiras 39.192 26.451 39.192 26.451Pagamentos a instituições financeiras (35.289) (26.772) (35.289) (28.106)Dividendos pagos (23.573) (19.884) (23.621) (19.884)

Recursos líquidos aplicado nas atividades de financiamento (19.670) (20.205) (19.718) (21.539)

Efeito inicial do caixa das controladas incorporadas 323

Aumento (Diminuição) no caixa e equivalentes 8.377 (2.365) 11.200 (1.211) Disponibilidades no início do exercício 95.381 97.746 116.355 117.566 Disponibilidades no final do exercício 103.758 95.381 127.555 116.355

Pagamentos efetuados durante o ano:Juros 1.723 256 1.750 269

Imposto de renda e contribuição social 11.289 14.346 12.778 14.708

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora Consolidado

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Cia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA está localizada em Pojuca e as empresas sob seu controle acionário têm por objetivo a fabricação e comercialização dos diversos tipos de ferro ligas; a pesquisa e exploração de jazidas e beneficiamento de minérios para consumo próprio, para industrialização e comercialização; fabricação e comercialização de cal virgem e cal hidratada; a elaboração, execução e administração de projetos de florestamento, reflorestamento, silvicultura e manejo sustentado, incluindo-se planos de proteção ambiental, visando a obtenção de madeiras para uso próprio ou comercialização; a transformação de florestas em carvão vegetal; aproveitamento econômico de resíduos sólidos gerados no processo de fabricação do ferro ligas, incluindo-se a produção e comercialização de brita de escória, para a construção civil e asfalto a frio; estabelecimento e exploração de qualquer indústria que, direta ou indiretamente se relacione com seu objeto, inclusive, mediante participações em outras sociedades, como acionista ou quotista.

A partir de novembro de 1997, as controladas: Indústria de Minérios Damacal Ltda., Mineração Vale do Jacurici S.A., REFLORA - Reflorestadora e Agrícola S.A. e Cia. de Mineração Serra da Jacobina - SERJANA, e a partir de janeiro de 2004, a Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. – SILBASA arrendaram as suas principais atividades à FERBASA, objetivando a redução da carga tributária.

Conforme descrito na nota explicativa nº 20, as controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa Arditti Minérios S.A. – Comércio, Indústria e Exportação e Cia. de Mineração Serra da Jacobina – SERJANA, foram incorporadas pela FERBASA em dezembro de 2005.

Dado o nível atual da produção a Companhia detém minério de cromita suficiente para fazer frente às suas necessidades durante os próximos trinta anos.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

Foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as disposições complementares da CVM – Comissão de Valores Mobiliários e consoante os seguintes critérios contábeis:

Títulos e valores mobiliários

As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, que não supera o valor de mercado.

Contas a receber de clientes

São demonstradas ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço, ajustados por provisão para perda, se necessária.

COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

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Estoques

São avaliados ao custo médio de aquisição ou de fabricação, inferiores ao valor de mercado. O custo dos estoques está baseado nos princípios do custo médio e incluem gastos incorridos na aquisição, transportes e armazenagens dos estoques. No caso de estoques de produtos acabados e estoques de produtos em elaboração, o custo inclui parte das despesas gerais de fabricação, baseadas na capacidade normal de operação.

Materiais de suprimento são registrados com base no custo de aquisição e baixados como custo da produção por ocasião do consumo ou obsolescência.

Investimentos

Os investimentos em sociedades controladas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Os demais investimentos são registrados ao custo, ajustado por provisão para perda, se necessário.

Imobilizado

É registrado pelo custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação calculada pelo método linear e exaustão pela taxa correspondente à relação entre o volume de madeira vendida e de minério exaurido e o volume total previsto. Passivos circulante e exigível a longo prazo

São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço.

Imposto de renda e contribuição social

Através do Parecer n° 524/98 – SESIT – PJ, da Secretaria da Receita Federal, a Companhia obteve, em 22 de maio de 1998, reconhecimento da prorrogação do incentivo da redução de 50% do imposto de renda (IRPJ) devido até 31 de dezembro de 2010. Adicionalmente, a Companhia obteve Portaria DAI/ITE - 0195/2000 de 10 de novembro de 2000 da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), concedendo a isenção de imposto de renda de pessoa jurídica e adicionais restituíveis sobre toda a produção que exceder a 28.400 toneladas/ano até o limite de 271.200 toneladas/ano, pelo prazo de 10 anos, aplicável retroativamente ao ano-calendário de 1997.

A parcela correspondente aos incentivos é reconhecida em uma reserva de capital no patrimônio líquido que pode ser usada para aumentar o capital social ou absorver prejuízos acumulados.

As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídas às alíquotas de 15% (quinze por cento), mais adicional de 10% (dez por cento), e 9% (nove por cento), respectivamente, sobre o lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões admitidas, para a controladora e consolidado.

Os impostos e contribuições diferidos provenientes de diferenças temporárias são reconhecidos de acordo com a Instrução CVM nº 371/02 e Deliberação 273/98, com base no histórico de rentabilidade e análise de recuperação futura desses créditos.

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Reconhecimento da receita

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador. Uma receita não é reconhecida se há incerteza significativa na sua realização.

Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer que a administração efetue estimativas e adote premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os montantes apresentados de ativos e passivos, assim como os valores de receitas, custos e despesas. Os valores reais podem ser diferentes daqueles estimados. Lucro líquido por mil ações

Está calculado com base no número de ações existentes na data do levantamento do balanço patrimonial, menos as ações em tesouraria. Reclassificações

As demonstrações financeiras referentes a 31 de dezembro de 2004 foram reclassificadas, quando aplicável, para fins de comparabilidade, conforme demonstrado abaixo: • R$ 4.615 mil (controladora) e R$ 4.702 mil (consolidado) referente a depósitos judiciais no

realizável a longo prazo para impostos e contribuições sociais no exigível a longo prazo.

3. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as normas estabelecidas pela Instrução n° 247, de 27 de março de 1996, da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e incluem a Cia de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa e suas Controladas que foram consolidadas conforme abaixo:

2005 2004ControladasMineração Vale do Jacurici 100,00 99,99Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 99,92 99,92Indústria de Minérios Damacal Ltda 100,00 100,00 Cia de Mineração Serra da Jacobina - Serjana (*) - 99,96Cromita do Brasil S.A. (*) - 99,89Armisa Arditti Minérios S.A. (*) - 100,00 Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 51,00 51,00 Sociedades em conta de participação: -

Pontes I 80,18 80,18 Ribeiro I (**) - 85,07

Participação %

(*) Estes investimentos foram incorporados no ano de 2005 (ver nota explicativa no 20).

(**) Este investimento foi baixado no ano de 2005.

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• Os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas entre as empresas consolidadas, bem como a participação da controladora no patrimônio líquido das controladas foram eliminados;

• Eliminação dos lucros não realizados entre as Companhias; e

• A participação de terceiros no patrimônio líquido e resultado da Companhia está destacada respectivamente nos balanços patrimoniais e nas demonstrações de resultado.

A conciliação entre o patrimônio líquido e o resultado da controladora FERBASA e o patrimônio líquido e o resultado consolidado pode ser demonstrada como segue:

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Demonstrações financeiras da controladora 496.877 451.244 44.433 95.720Lucro (não realizado) realizado decorrente de venda de ativo referentes a:

imobilizado - - - 1.392estoques (353) - (353) 28

Demonstrações financeiras consolidadas 496.524 451.244 44.080 97.140

Patrimônio líquido do exercícioLucro líquido

4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Refere-se a aplicações financeiras substancialmente representadas por fundos de renda fixa, cujo rendimento tem correspondido a aproximadamente 100% da variação dos Certificados de Depósito Interbancários - CDI.

5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Mercado interno 27.310 75.001 27.351 75.001 Mercado externo 2.199 5.071 2.199 5.071 Coligadas e controladas 1.051 2.544 - - Total 30.560 82.616 29.550 80.072

Controladora Consolidado

O principal cliente da Companhia é a Acesita S.A., que representa aproximadamente 26,6% (2004, 64%) do total do contas a receber no final do exercício.

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6. ESTOQUES

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Produtos acabados 74.820 55.638 74.467 55.638Matérias-primas 48.912 70.269 48.965 70.323Minérios de cromo 17.736 17.234 17.736 17.234Materiais para manutenção e outros 14.768 14.196 14.774 14.204Materiais em trânsito 59 164 59 164Importações em andamento 656 592 656 599Total 156.951 158.093 156.657 158.162

Controladora Consolidado

7. IMPOSTOS A RECUPERAR – Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo

Descrição 2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

IPI a recuperar 7.092 7.497 Imposto de renda a recuperar 4.958 2.200 7.200 3.133 Contribuição social sobre o lucro 206 190 845 777 ICMS a recuperar 5.717 1.769 5.871 1.922 PIS a recuperar 667 - 1.138 - COFINS a recuperar 2.079 - 2.112 - Outros 509 410 511 950 Total 14.136 4.569 24.769 14.279 Ativo circulante (8.502) (2.878) (11.072) (4.604)Realizável a longo prazo 5.634 1.691 13.697 9.675

Controladora Consolidado

IPI a recuperar - Consolidado Com a utilização do crédito presumido de IPI, regulado nos termos da Lei no 10.276/2001 e da Instrução Normativa da SRF no 69/2001, a controlada Silbasa apurou créditos em 2004 no montante de R$ 1.073 mil, registrado no resultado do exercício como outras receitas operacionais. Os referidos créditos foram calculados no mês de janeiro de 2004, para fins de desoneração do custo produtivo, através do ressarcimento da COFINS incidentes nas aquisições de insumos utilizados nos produtos destinados à exportação. O saldo em 31 de dezembro de 2005 monta R$ 7.092 mil (2004, R$ 7.497 mil).

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8. DEPÓSITOS JUDICIAIS

Refere-se a depósitos sobre processos cíveis, fiscais, trabalhistas e questionamentos quanto à legalidade e constitucionalidade de determinados tributos. Os valores estão demonstrados a seguir:

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro 1.062 - 1.062 - ICMS 948 - 948 - Outros 468 555 661 660Total 2.478 555 2.671 660

Controladora Consolidado

Os principais depósitos judiciais estão correspondidos por provisão na rubrica de impostos e contribuições sociais, no passivo circulante e exigível a longo prazo e provisão para contingências, nos casos em que seus assessores jurídicos, internos e externos, consideram remotas as possibilidades de êxito, quanto aos processos em que se defende, ou enquanto a companhia não tem assegurado o seu direito relacionado aos questionamentos antes referidos, em valores considerados suficientes para cobrir eventuais desfechos desfavoráveis.

CSLL – EXPORTAÇÕES – EC nº 33/2001 A Companhia impetrou Mandado de Segurança pleiteando o reconhecimento do direito líquido e certo de não incluir na base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, as receitas oriundas de exportação, a partir de 31 de dezembro de 2001, inclusive, conforme determinado pela Emenda Constitucional nº 33, declarando-se, por conseguinte, serem compensáveis os valores indevidamente recolhidos a maior com a própria CSLL e outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, aplicando-se a Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC. Este processo obteve decisão improcedente no juízo de primeira instância, e está atualmente aguardando recurso de julgamento apresentado no Tribunal Regional Federal. O saldo dos valores depositados em juízo em 31 de dezembro de 2005 monta R$ 1.062 mil, controladora e consolidado.

ICMS

Ação Ordinária nos 577232-9/2004 e 753213-8/2005

A Companhia ajuizou judicialmente, Ação Anulatória de Lançamento Fiscal dos Autos de Infração de nº 2796950008/03-6 do exercício de 2004 e nº 2711480717/04-5 do exercício de 2005, lavrado pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, relativos a questionamento de creditamento do ICMS incidente nas aquisições de bens utilizados no processo produtivo. Os valores depositados em juízo montam R$ 948 mil, controladora e consolidado.

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Além dos processos acima a Companhia ingressou com as seguintes ações para as quais não possui depósitos judiciais: PIS - Leis n° 2445 e 2449/88 A ação foi ajuizada visando a declaração do direito da empresa de não recolher o PIS com base nos Decretos-Leis n° 2445 e 2449/88, já declarados inconstitucionais, bem como de ter restituído os valores que foram pagos a maior a título da citada contribuição. Em vista a procedência da ação, foi requerida a Execução da mesma, tendo sido apresentada planilha com a descriminação dos valores a serem restituídos. A União Federal opôs Embargos à Execução e, ao julgá-los, o juiz homologou o laudo pericial, fixando o montante de R$ 3.262 mil, consolidado, atualizado até agosto de 2003, sendo R$ 2.444 mil relativo à controladora. A União Federal interpôs recurso de apelação e os autos encontram-se no Tribunal Regional Federal 1ª Região, aguardando julgamento do referido recurso.

COFINS - Leis nos 7787/89, 7894/89, 8147/90 A Companhia e suas controladas impetraram Mandado de Segurança para que seja reconhecido o direito da empresa de proceder à compensação das parcelas pagas a maior a título de FINSOCIAL com parcelas vencidas ou vincendas da COFINS, não se submetendo às ordens emanadas pela Instrução Normativa n° 67/92 (inconstitucionalidade das Leis 7787/89, 7894/89, 8147/90, que majoraram a alíquota do FINSOCIAL). Este processo obteve decisão favorável em todas as instâncias e está atualmente no Supremo Tribunal Federal, aguardando julgamento de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal.

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9 - INVESTIMENTOS

Informações sobre as investidas:

Ações ou quotas possuídas

Participação Patrimônio LucroOrdinárias no capital Capital líquido (prejuízo)

Ano 2005 Data-base ou quotas Preferenciais integralizado social ajustado do exercício% R$ mil R$ mil R$ mil

Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 - 51,26 6.955 7.352 290 Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 100,00 22.419 24.648 2.905 Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 - 99,99 3.448 1.887 37

Ano 2004

Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 - 51,00 4.172 6.982 628 Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 99,99 20.742 20.762 816 Cia de Mineração Serra da Jacobina S.A. - Serjana 31/Dez 5.209 - 99,96 6.382 1.935 112 Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 - 99,92 3.448 1.702 (259)

(Em milhares)

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Movimentação dos investimentos:

Silício de Alta Mineração Reflora Cia. de MineraçãoPureza da Bahia S.A. Vale do Reflorestadora e Serra da Jacobina

Silbasa Jacurici S.A. Agrícola S.A. Serjana Outros TotalR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Saldos em 31 de dezembro de 2003 3.519 20.675 1.694 1.935 920 28.743 Dividendos (51) (558) - (609) Equivalência patrimonial 174 2.265 153 4 21 2.617 Adições 7 2 9

Baixas (200) (200)

Saldos em 31 de dezembro de 2004 3.642 22.389 1.849 1.939 741 30.560 Dividendos (23) (651) - (674) Equivalência patrimonial 149 2.905 37 (18) 61 3.134 Adição 5 15 20 Incorporação (1.921) (1.921)

Baixas (25) (25) Saldos em 31 de dezembro de 2005 3.768 24.648 1.886 - 792 31.094

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10. IMOBILIZADO

Taxasanuais de

depreciação2005 2004 2005 2004

R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil %Terrenos 11.790 6.151 12.536 7.345 Edificações 31.091 28.211 35.439 32.529 4%Máquinas e equipamentos 104.912 86.367 111.344 94.751 10%Veículos e tratores 29.268 25.567 38.465 35.811 20%Móveis e utensílios 2.923 2.324 3.022 2.388 10%Informática 4.399 2.864 4.399 2.900 20%Jazidas 4.677 3.507 4.677 3.507 ( * )Reflorestamento 45.713 27.728 45.713 27.735 ( * )Outras imobilizações 145 93 162 214 10%Imobilizações em andamento 59.574 46.690 59.574 46.690 Subtotal 294.492 229.502 315.331 253.870 Depreciações e exaustões acumuladas (90.816) (75.896) (107.758) (95.415) Total 203.676 153.606 207.573 158.455

Controladora Consolidado

(*) Na base proporcional dos cortes efetuados (reflorestamento) e minérios exauridos (jazidas).

A Companhia registrou baixa, contra o resultado não operacional, de parte de reservas florestais em decorrência da impossibilidade de replantio para corte em diversas áreas de reflorestamento, no montante de R$ 412 mil (2004, R$ 2.485 mil).

Adicionalmente, as demonstrações financeiras consolidadas contemplam, além das baixas por perda de parte das reservas florestais citadas acima, aproximadamente R$ 3.378 mil (2004, R$ 3.010 mil), de baixas referentes a máquinas, equipamentos, instalações e edificações da Companhia e suas controladas decorrentes de desgastes naturais.

Os valores registrados na rubrica de obras em andamento referem-se a projetos que estão sendo desenvolvidos nas áreas de mineração, metalurgia e reflorestamento.

11. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Fiscais 1.463 657 1.505 707 Cíveis 624 484 731 484 Trabalhistas 656 1.001 724 1.003Total 2.743 2.142 2.960 2.194

Controladora Consolidado

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Autos de Infração e Notificações Fiscais

• Tributos Federais – IR/PIS/COFINS

A Companhia responde administrativamente, a autos de infração lavrados pela Delegacia da Receita Federal de Camaçari relativos a questionamentos sobre as declarações de PIS e COFINS dos anos base 1998 e 2000 e erros no preenchimento da DIPJ de 1999. A administração, baseada na opinião dos seus assessores jurídicos, constituiu provisão para fazer face às perdas consideradas como prováveis no montante de R$ 1.463 mil (2004, R$ 386 mil).

• Auto de Infração do ICMS

A Companhia está se defendendo de auto de infração de ICMS relativo a aproveitamento de créditos sobre materiais para os quais o Fisco Estadual entende não estar ligados diretamente à produção. A administração, baseada no prognóstico de êxito provável emitido por seus assessores jurídicos, estornou a provisão para perdas constituída em 2004 no montante de R$ 271 mil.

Ações Indenizatórias

• Processos trabalhistas e cíveis

A Companhia e suas controladas possuem diversos processos judiciais decorrentes de reclamações formuladas por ex-empregados e de reparação de danos e perdas materiais e morais. Baseada na opinião de seus assessores jurídicos, a administração mantém registrada a provisão para fazer face às perdas consideradas como prováveis no montante de R$ 1.280 mil, controladora e R$ 1.455 mil, consolidado (2004, R$ 1.485 mil, controladora e R$ 1.487 mil consolidado).

12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

O capital subscrito e integralizado está representado em 31 de dezembro de 2005 por 11.040 mil ações nominativas sem valor nominal, sendo 3.680 mil ações ordinárias, das quais 5 mil estão em tesouraria, e 7.360 mil ações preferenciais e, em 31 de dezembro de 2004, por 1.104.000 mil ações nominativas sem valor nominal, sendo 368.000 mil ações ordinárias, das quais 500 mil estão em tesouraria, e 736.000 mil ações preferenciais. A Companhia pode, por deliberação em Assembléia Geral, promover o aumento das diversas espécies e classes existentes, sem guardar proporção com as demais ou criar uma nova classe de ações preferenciais, observando o limite de 2/3 do total das ações emitidas para as ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrições quanto a tal direito.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 4 de abril de 2005 aprovou o aumento de capital, sem modificação do número de ações, no montante de R$ 106.182 mil, sendo R$ 30.424 mil proveniente da Reserva de Isenção de Imposto de Renda (Lei 4.239/63) e R$ 75.758 mil da Reserva de Retenção de Lucros, passando o capital social para R$ 386.223 mil, e o grupamento de ações com a relação 100 para 1, com os acionistas recebendo uma ação nova para cada grupo de 100 (cem) ações possuídas, obedecidas as diretrizes a seguir:

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• os acionistas terão um prazo de 30 dias, a seu critério, para ajustar suas posições de ações em lotes múltiplos de 100, mediante negociação na BOVESPA;

• decorrido o prazo estabelecido para o ajuste das posições pelos acionistas, as ações passarão a ser negociadas exclusivamente por cotação unitária; e

• as frações de ações resultantes do grupamento serão separadas, agrupadas em números inteiros e vendidas em leilão na BOVESPA, sendo os valores resultantes da alienação disponibilizados em nome dos respectivos acionistas, tudo nos termos de aviso aos acionistas que será imediatamente publicado.

O novo capital social passará a ser dividido em 11.040.000 (onze milhões e quarenta mil) ações, sem valor nominal, sendo 3.680.000 (três milhões, seiscentos e oitenta mil) ações ordinárias e 7.360.000 (sete milhões, trezentos e sessenta mil) ações preferenciais.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 29 de dezembro de 2005 aprovou aumento de capital no montante de R$ 384, mediante transferência de 16 ações em tesouraria, em função da relação de trocas das ações quando da incorporação das controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa Arditti Minérios S.A. Comércio, Indústria e Exportação e, Cia de Mineração Serra da Jacobina – SERJANA, ver nota explicativa no 20.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 2 de abril de 2004 aprovou aumento de capital, sem modificação do número de ações, no montante de R$ 62.745 mil, sendo R$ 25.989 mil proveniente da Reserva de Isenção de Imposto de Renda (Lei 4.239/63) e R$ 36.756 mil da Reserva de Retenção de Lucros, passando o capital social para R$ 280.041 mil.

Ações em Tesouraria

O objetivo da aquisição dessas ações refere-se ao reembolso dos acionistas dissidentes e estão representadas por 5 mil ações ordinárias. O custo médio de aquisição foi de R$ 0,06 por ação e o valor de mercado destas ações, considerando o preço médio de cotação em bolsa de valores é de R$ 26,16 por lote de mil ações em 31 de dezembro de 2005.

Direito das ações

As ações ordinárias só poderão pertencer a brasileiros ou pessoas jurídicas com a totalidade do capital social pertencente a brasileiros.

As ações preferenciais não têm direito a voto e têm garantia estatutária de pagamento de dividendos 10% superiores àqueles pagos aos possuidores de ações ordinárias e prioridade no reembolso de capital.

Apropriação do lucro

De acordo com o estatuto social, as importâncias apropriadas às reservas de lucro, são determinadas como segue:

• Reserva legal A reserva legal é constituída com a destinação de 5% do lucro do exercício, até alcançar 20% do capital social, e sua utilização está restrita à compensação de prejuízos, após terem sido absorvidos os saldos de lucros acumulados e das demais reservas de lucros, e ao aumento do capital social a qualquer momento a critério da companhia.

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• Dividendos Aos acionistas é garantido dividendo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

• Reserva para a realização de investimentos

Os lucros, após a apropriação da reserva legal e atribuição dos dividendos a serem distribuídos aos acionistas, são transferidos para a conta de reserva para a realização de investimentos, a ser realizada de acordo com o orçamento de capital da companhia. O orçamento de capital da companhia, com a justificativa de retenção de lucros para a reserva para investimentos propostos para o exercício de 2005, incluindo as fontes de recursos e aplicações de capital, estará sendo submetido pelos órgãos da administração à Assembléia Geral Ordinária que deliberará sobre o balanço do exercício. O saldo referente à apropriação da reserva para investimentos do exercício de 2004 foi aprovado na Assembléia Geral Ordinária de 4 de abril de 2005.

Dividendos propostos

2005 2004R$ mil R$ mil

Lucro líquido do exercício 44.433 95.720 (-) Reserva legal (2.222) (4.785) Lucro líquido ajustado 42.211 90.935 Dividendos propostos 11.329 24.248 Percentagem sobre o lucro líquido do exercício ajustado 26,84 26,67

Os dividendos foram atribuídos às ações ordinárias e preferenciais, nos montantes de R$ 3.528 mil (R$ 0,96 por ação) e de R$ 7.801 mil (R$ 1,06 por ação), (2004, R$ 7.570 mil e R$ 16.678 mil), respectivamente.

13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta na condução das suas atividades são:

• Risco de crédito

O risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Para reduzir esse tipo de risco e para auxiliar no gerenciamento do risco de inadimplência, a Companhia vem monitorando as contas a receber de clientes.

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• Risco de taxa de câmbio

As transações comerciais de venda da Companhia para o mercado externo representam 13%, controladora e consolidado, do total das vendas no exercício e suas vendas para o mercado interno são efetuadas com base no preço das commodities de ligas de cromo e ferro silício. Os valores dessas transações são baseados nas cotações do dólar, os quais podem gerar ganhos ou perdas. A variação da taxa de câmbio das importações das matérias-primas previstas para o ano de 2006 é gerenciada com operações de derivativos. Tais operações são realizadas com objetivo exclusivo de reduzir a exposição ao risco. O contrato de swap, cujo vencimento ocorrerá em 18 de abril de 2006 apresentou perdas no exercício no montante de R$ 881 mil.

• Valor de mercado dos instrumentos financeiros

Para determinar o valor estimado de mercado dos instrumentos financeiros, foram utilizadas as informações disponíveis e metodologias de avaliação própria. As estimativas não indicam, necessariamente, que tais instrumentos possam ser operados no mercado diferentemente das taxas utilizadas. O uso de diferentes informações de mercado e/ou metodologias de avaliação poderão ter um efeito relevante no montante do valor estimado de mercado. A Companhia tem como política não ficar exposta aos riscos de mercado, evitando assumir posições expostas a flutuações e operando apenas instrumentos que lhe permitam o controle desses riscos.

14. SEGUROS

Face à natureza de sua atividade, à distribuição das florestas em diversas áreas distintas e às medidas preventivas adotadas contra incêndio e outros riscos, é política da companhia contratar cobertura de seguros apenas para os bens do ativo imobilizado sujeito a riscos e por montantes considerados suficientes para fazer face à eventuais perdas. Não é prática da companhia contratar seguros para a totalidade dos investimentos florestais.

Em 31 de dezembro de 2005, a companhia e suas controladas possuíam cobertura de seguro contra incêndio de equipamentos, explosões, danos elétricos, veículos e responsabilidade civil no valor de R$ 61.140 mil (2004, R$ 53.759 mil).

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15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Os valores do imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício são demonstrados como segue:

Controladora Consolidado Controladora ConsolidadoR$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Lucro contábil antes do imposto de renda e contribuição social, menos participação estatutária 68.675 69.928 145.118 148.185Alíquota combinada do imposto de renda e contribuição social 34% 34% 34% 34%Imposto de renda e contribuição social às alíquotas da legislação (23.350) (23.776) (49.340) (50.383)Ajustes ao lucro líquido que afetam o resultado do exercício:Resultado de equivalência patrimonial 1.065 890Outros (1.957) (1.983) (948) (457)

Imposto de renda e contribuição social no resultado (24.242) (25.759) (49.398) (50.840)

2005 2004

Da parcela correspondente ao imposto de renda, R$ 12.076 mil (2004, R$ 30.424 mil) foram incorporados à reserva de incentivos fiscais, sendo R$ 4.436 mil (2004, R$ 9.108 mil) registrado em conta de imposto a pagar, no passivo circulante. A contribuição social monta R$ 6.122 mil (2004, R$ 13.974 mil). Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos registrados no ativo realizável a longo prazo no montante de R$ 1.941 mil (2004, R$ 4.108 mil) são decorrentes de diferenças temporárias. Estudos técnicos de viabilidade, aprovados pela Administração da Companhia, indicam a plena recuperação dos valores dos impostos diferidos reconhecidos como definido pela Instrução CVM nº 371. Os estudos técnicos acima mencionados correspondem às melhores estimativas da Administração sobre a evolução futura da Companhia e do mercado que a mesma opera. Com relação aos créditos constituídos estima-se que os mesmos serão realizados no exercício de 2007.

16. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS O estatuto social da companhia estabelece que o resultado do exercício, depois de deduzidos os prejuízos acumulados e a provisão do imposto de renda, serão deduzidos: • Até 10% para distribuição aos empregados, a critério da Diretoria Executiva, e obedecida

as normas estabelecidas pela companhia sobre o assunto; • Até 10% do saldo resultante para gratificação aos administradores.

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Entretanto, as normas estabelecidas pela Companhia para o valor da participação nos lucros para distribuição aos empregados e no Acordo Coletivo de Participação dos Lucros/Resultados, sendo que, para o exercício de 2005 o resumo das condições negociadas é: • A participação nos lucros corresponderá ao número de meses trabalhados no exercício de

2005; • Farão jus à participação nos lucros todos os funcionários que contarem com 01 a 03 anos

no final do exercício, no atual contrato, e que estiverem na empresa na data do efetivo pagamento da distribuição;

• Os funcionários com 03 (três) anos de serviços completados até 31 de dezembro de 2005,

ou com tempo superior, receberão 1,8 (um ponto oito) salários;

• Os funcionários com 02(dois) anos de serviços completados até 31 de dezembro de 2005, receberão 0,52 (zero ponto cinqüenta e dois) salário; e,

• Os funcionários com 01 (um) ano completado até 31 de dezembro de 2005, receberão

0,26 (zero ponto vinte e seis) salário.

17. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS - LÍQUIDAS

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Reversão (constituições) de provisões 103 (1.279) (62) (1.472)Demurrage importação de Coque - (3.039) - (3.039)Impostos, taxas e contribuições (2.377) (2.795) (2.387) (2.795)Realização de lucros entre a controladora - - - - e controladas - - - 1.392Doações (1) (6.339) - (6.339) - Crédito presumido de IPI - 454 - 1.527Outras (247) 445 (375) 634

Total (8.860) (6.214) (9.163) (3.753)

Controladora Consolidado

(1) Os valores registrados na conta de doações referem-se basicamente aos gastos com as obras para ampliação de fornecimento de energia elétrica, no município de Andorinha, através do contrato de nº 003/CCO/2005, firmado com a Cia de Eletricidade do Estado da Bahia – COELBA, no montante de R$ 6.139 mil, controladora e consolidado, com as seguintes especificações:

• Projeto e construção de uma saída de linha, em 69 kv, com disjuntor, na subestação Senhor do Bonfim;

• Projeto e construção de uma linha de transmissão SE Senhor do Bonfim – Ferbasa, em 69 kv, trifásica, extensão aproximada de 52 km, cabo condutor 336,4 MCM, circuito simples, estrutura de concreto para circuito duplo, com cabo pára-raios.

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As instalações construídas em função deste contrato, uma vez concluídas, serão incorporadas ao patrimônio e ao sistema elétrico da COELBA, ficando a Concessionária responsável pela sua manutenção, segundo as normas técnicas e os seus padrões de serviços. Conforme previsto na Resolução nº 223/ANEEL, de 29/04/2003, a qual regulamenta os Art. 14 e 15 da Lei 10.438 de 26/04/2002, é de responsabilidade do solicitante o desembolso dos recursos para custear a referida obra, ficando condicionado o seu ressarcimento ao plano de Universalização a ser aprovado pela ANEEL e ou legislação vigente na época da devolução.

18. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS – LÍQUIDAS

2005 2004 2005 2004R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Valor residual dos ativos permanentes baixados (2.100) (5.652) (2.100) (5.712) Outras (878) 610 (623) 512 Total (2.978) (5.042) (2.723) (5.200)

Controladora Consolidado

19. RESOLUÇÃO N° 268/04 DA ANEEL - 2004 A Resolução n° 268/04 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica de 24 de novembro de 2004 autorizou a CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco a cobrar os valores da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens de “Parcela A” – CVA para o período de novembro de 2002 a outubro de 2004, cujo valor atualizado em 31 de dezembro de 2004 e devido pela Companhia no montante de R$ 8.131 mil foi registrado nas rubricas de fornecedores (balanço patrimonial) e custo das vendas (demonstração do resultado).

20. INCORPORAÇÃO Controladora e consolidado Em 29 de dezembro de 2005, a Ata de Assembléia Geral Extraordinária aprovou a incorporação das controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa Arditti Minérios S.A. Comércio, Indústria e Exportação e, Cia de Mineração Serra da Jacobina - SERJANA, pelo respectivo valor contábil dos patrimônio líquido da SERJANA e dos passivos a descoberto da CROMITA e ARMISA na data - base de 30 de novembro de 2005, cujo acervo líquido incorporado monta R$ 1.730 mil, conforme laudo emitido por empresa especializada. Os objetivos da incorporação foram a concentração dos recursos financeiros na FERBASA, visando a administração das receitas e despesas e, economia de recursos com a concentração da administração, contabilidade, operação e controle das atividades, haja vista que as empresas incorporadas encontravam-se praticamente sem operação.

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Os itens do balanço patrimonial incorporados estão apresentados abaixo: Ativo R$ milDisponível 753Créditos com controladora 625Outros ativos circulantes 116Imobilizado 452Total do ativo 1.946

Passivo

Obrigações fiscais e trabalhistas 83Débitos com controladora 133

216Patrimônio líquido 1.730

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21. SALDOS E TRANSAÇÕES COM ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS

CONTROLADORA

TRANSAÇÕES SALDOSRealizável a Exigível a

longo prazo longo prazo

Despesas Contas a Contas a

Compras de Custos com gerais e receber de Dividendos receber de Dividendos Contratos

produtos arrendamento administrativas clientes a receber de mútuos (1) Fornecedores propostos de mútuos (1)

R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

AcionistasFundação José Carvalho 2.441 5.494

Interligadas

Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. Silbasa 840 1.051 23 930Mineração Vale do Jacurici S.A. 960 651 200 240Reflora e outros 6 156 112

Total em 31 de dezembro de 2005 6 1.956 2.441 1.051 674 1.130 352 5.494 -

Total em 31 de dezembro de 2004 103 1.836 1.959 2.388 609 226 2.544 11.781 625

(1) Sobre os saldos de mútuo não incidem encargos financeiros, bem como, inexistem contratos com a formalização dos mútuos.

Ativo circulante Passivo circulante

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Ferbasa 2005

O crescimento da economia, para o setor industrial do País, apresentou desempenho frustrante em 2005, com 2,5% do PIB, comparado ao crescimento mundial de quase o dobro. Ao contrario de 2004, as ações governamentais concentraram-se no controle da inflação, tendo como ferramenta gerencial o aumento substancial da taxa de juros internos, reprimindo a demanda, aliada ao programa de pífios investimentos em infra-estrutura, indispensáveis ao desenvolvimento futuro. A moeda americana teve uma desvalorização média de 16,95% no ano, impactando negativamente a competitividade de toda indústria inserida no contexto de globalização, que segue os preços internacionais internados. Na Ferbasa 85% do faturamento bruto sofre influência cambial. Apesar de todas as vantagens competitivas, a indústria siderúrgica, não foi capaz de superar os efeitos da política econômica governamental, resultando na redução de 3,9% da produção de aço bruto em 2005, ao contrário da expansão de quase 6% do ano anterior. A produção anual ficou limitada a 31.630 mil toneladas. A produção mundial de aço atingiu 1.129.000 mil toneladas em 2005, crescimento na ordem de 8,6% em relação ao ano anterior, liderada novamente pela China que produziu 348.000 mil toneladas, crescimento anual de 25,63%, enquanto que os países do bloco ocidental reduziram a produção no segundo semestre do ano invalidando todo o crescimento auferido de início. A produção mundial de aço inox em 2005 atingiu 24.721 mil toneladas, mantendo-se praticamente estável em relação ao ano anterior, tendo o suporte decisivo do incremento da produção da China e da Índia, na ordem de 38% e de 16% respectivamente. O segmento nacional de aço inox também sofreu o impacto de desaceleração do mercado doméstico, notadamente no segundo semestre de 2005, com produção de 400 mil toneladas, queda na ordem de 10% se comparada com o ano anterior. No contexto global, a ação de ajuste de estoques via retração de produção de aço, nos países do bloco ocidental, exerceu forte pressão sobre o ganho de preço auferido pelas commodities no primeiro semestre de 2005, resultando em queda mais forte no segundo semestre. A Ferbasa dentro de sua política comercial, acompanhou as oscilações de preços internacionais, tendo absorvido, no ano em curso, queda de 8,73% no preço médio de venda das ferroligas. O setor de ferro ligas é de vital importância ao parque siderúrgico nacional, como supridora de matéria prima de qualidade e como segmento industrial onde participa indiretamente de toda exportação de aço, contribuindo para o superávit da balança comercial brasileira. A Ferbasa é uma das líderes no suprimento das ligas de cromo e ferro silício ao longo de 45 anos, abastecendo o mercado interno e atendendo o mercado externo. A participação na produção nacional corresponde a 22%. Sua política de investimento acompanha a expectativa de expansão dos clientes, ajustada a conjuntura do momento, sem perder de vista sua característica de solidez financeira. Em 2005 os investimentos da controladora totalizaram R$ 69.750 mil.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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PRODUÇÃO Em 2005 a produção da companhia atingiu 230.639 mil toneladas, redução de 4,95% em relação ao ano anterior em conseqüência da retração de demanda do mercado doméstico. Essa queda é reflexo direto da desaceleração da economia no segundo semestre e do incremento das importações predatórias de ferro silício 75, proveniente da China, que mantém a moeda local desvalorizada em relação ao dólar, favorecendo seus produtores locais. Essa situação tende a agravar-se, caso permaneça a mesma política cambial, aumentando a desvalorização do dólar ante uma inflação capitalizada, que impulsiona aumentos das tarifas públicas, encargos setoriais e impostos novos, inflando os custos em reais. Com o aumento de estoque de ferro silício 75 e a queda acentuada do preço no mercado internacional, a Ferbasa foi forçada a reformular seu mix de produção, aumentando a de ferro cromo e diminuindo a de ferro silício 75, que estava utilizando os fornos de cromo, postergando a reforma destes fornos. Com isso, conseguiu otimizar toda a energia contratada da Chesf em 2005, adequando o programa de produção para 2006, com redução acentuada da demanda de energia contratada, dentro do prazo legal das normas do setor elétrico atual, minimizando prejuízo para a companhia. Dentre os custos adicionais, optamos pelo aumento de estoque em 2005, ajustados a uma menor produção em 2006 para um volume de vendas que contemplasse os dois valores. Produção 2005 2004 2003Ferro Cromo Alto Carbono 140.304 158.222 160.816Ferro Cromo Baixo Carbono 15.429 19.054 10.441Ferro Silício Cromo 14.570 11.560 8.307Ferro Silício 75% 60.336 53.815 51.351TOTAL 230.639 242.651 230.915 VENDAS PRODUÇÃO E VENDAS O volume total de vendas alcançou 201.531 toneladas, redução de 3,73% se comparado com as 209.330 do ano anterior. No mercado interno, o volume total de vendas foi de 167.513 toneladas, redução de 7,76% em relação ao ano anterior. As vendas de ferro cromo no mercado interno totalizaram 127.579 toneladas em 2005, contra as 140.386 toneladas do ano anterior, redução de 9,12%, seguida da redução de venda do ferro silício 75 na ordem de 6,01%, correspondente as 22.841 toneladas em 2005 contra as 24.301 toneladas do ano anterior. As vendas de ferro cromo baixo carbono prosseguem firmes, consolidando volume da ordem de 17.000 toneladas ao ano.

167.513

34.018

181.596

27.734

194.836

15.675

2005 2004 2003

Vendas

M. Interno M.Externo

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A receita operacional bruta foi de R$ 545.768 mil, 10,45% menor que a do exercício de 2004, tendo o mercado interno contribuído em 86,9 % deste resultado. A receita líquida de vendas alcançou R$427.435 mil em 2005, 10,60% menor que o ano anterior, pesando sobremodo a valorização cambial de nossa moeda. As exportações atingiram 34.018 toneladas, incremento de 22,66% em relação ao ano anterior correspondente ao faturamento de U$ 29.389 mil. Representa 16,72% do faturamento e está concentrado no ferro silício 75, notadamente o de alta pureza (baixo alumínio, cálcio, carbono e titânio), que agregam mais valor. Por esta razão a Ferbasa investiu em um novo forno, o forno XII, para atender à demanda dos clientes orientais, na premissa de aumento de consumo ditado pelo mercado crescente na fabricação de aços especiais inerente à tecnologia de maior eficiência dos motores elétricos, transformadores e conversores de energia. Mas por razão de excedente de estoque de ferro silício 75, a partida do forno XII foi protelada para o primeiro trimestre de 2006, a fim de se adequar às condições prevalecentes do mercado. Vendas 2005 2004 2003Mercado Interno Ferro Cromo Alto Carbono 127.579 140.386 146.349Ferro Cromo Baixo Carbono 17.077 16.741 11.402Ferro Silício Cromo 16 168 513Ferro Silício 75% 22.841 24.301 36.572 167.513 181.596 194.836Mercado Externo Ferro Cromo Alto Carbono 75 50 Ferro Silício 75% 33.943 27.684 15.675 34.018 27.734 15.675TOTAL (MI + ME) 201.531 209.330 210.511 Consumo Próprio (t) 2005 2004 2003Ferro Cromo Alto Carbono 8.417 6.762 5.098Ferro Silício Cromo 10.560 12.688 6.761Ferro Silício 75% 230 337 171TOTAL 19.207 19.787 12.030 Estoques (t) 2005 2004 2003Ferro Cromo Alto Carbono 36.786 32.553 21.529Ferro Cromo Baixo Carbono 748 2.396 83Ferr Silício Cromo 4.170 176 1.471Ferro Silício 75% 6.604 3.282 1.789TOTAL 48.308 38.407 24.872 RESULTADO – INDICADORES FINANCEIROS (Controladora) O lucro bruto em 2005 foi de R$99.226 mil, redução de 44,61% comparada aos R$179.155 do ano anterior. O lucro operacional da controladora alcançou R$ 76.229 mil, uma redução de 50,94% em relação ao ano anterior. Resultado muito aquém das expectativas, causado pela intensidade da desvalorização cambial de 16,95%, o aumento nos custos dos produtos vendidos (14%) e a queda de preço do ferro silício no mercado internacional (7%).

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2005 2004Resultado financeiro líquido 13.456 10.265 Ressaltamos o valor extra de R$ 6.139 mil que foi lançado como despesa operacional, referente a implantação da nova linha de transmissão 69kv/55km para atender o projeto de ampliação da mineração de cromo. Mesmo sendo um investimento da Ferbasa, o patrimônio passa a ser de usofruto da concessionária de distribuição de energia, Coelba. (Ver nota explicativa nº17). As matérias primas e os gastos diretos de fabricação representaram cerca de 70% do aumento de custos dos produtos incorridos em 2005, dos quais identificamos minério de cromo, carvão vegetal e energia elétrica com aumento médio de 18%, quartzo e coque metalúrgico na ordem de 30% e minério de ferro 42%. Outros custos indiretos, no âmbito de saúde, segurança e meio ambiente, foram incorporados à atividade produtiva. Medidas gerenciais no controle e redução de custos já estão em andamento desde o último trimestre de 2005. Esperamos que os efeitos dessa redução, já sinalizados no inicio deste ano, atinjam ao máximo exigido a fim de suportar o cambio valorizado por mais tempo. Atrelado ao panorama desfavorável de câmbio, o aumento dos custos incorridos contribuiu com a queda no resultado do exercício de 2005, que apresentou lucro líquido de R$ 44.433 mil, redução de 53,58 % em relação ao ano anterior, lucratividade de 10,40% e margem EBTIDA de 18,17%, praticamente a metade do ano anterior. Malgrado o resultado do exercício tenha reduzido à metade os números dos principais indicadores econômicos, a companhia mostra todo esmero no índice de liquidez corrente (6,10), consolidando o seu perfil de solidez financeira aos olhos dos acionistas na confiança de superar períodos de dificuldades sazonais característicos do nosso seguimento. Indicadores 2005 2004 2003Endividamento (%) 10,56 19,10 18,23Liquidez corrente (R$) 6,10 4,28 5,16Margem Líquida (%) 10,40 20,02 21,97Lucro EBITDA (R$ mil.) 77.671 160.569 129.239Margem EBITDA (% ) 18,17 33,58 35,74Lucro por ações 4,03 8,67 7,20

18,17

33,5835,74

2005 2004 2003

MARGEM EBITDA (% ) Valor Adicionado = R$ 205.496

Dividendos 5,51%

Lucros retidos 16,11%

Pessoal e encargos 27,26%

Impostos, taxas e

contribuições 46,96%

juros e aluguéis 4,16%

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DESTINAÇÃO DO LUCRO Do lucro líquido apurado, a diretoria executiva está propondo à Assembléia Geral Ordinária destinar R$ 11.329 mil (onze milhões, trezentos e vinte e nove mil reais) para distribuição aos acionistas, dividendos de 26,84% do lucro líquido ajustado, sendo R$ 0,96 por ação ordinária e R$ 1,06 por ação preferencial. INVESTIMENTOS Do programa de investimento divulgado ao mercado, para o triênio 2005/2006/2007 no valor de R$224 milhões, foram alocados recursos na ordem de R$ 70 milhões de reais em 2005, sofrendo naturalmente redução compatível com o cenário de cautela. Em resumo, destacamos os itens mais importantes por diretoria privilegiando ganhos de produtividade, aumento de produção, novas tecnologias, redução de custo e sem perder o foco de prioridade na saúde, segurança e meio ambiente. Diretoria Industrial (31%) - Do orçamento inicial de R$ 19 milhões de reais da parte metalúrgica do forno XII foram gastos cerca de 90% até o final do ano, dando seu start up no primeiro trimestre de 2006, em conjunto com a montagem de um filtro de manga. Dentre os outros investimentos – reforma do forno I, ampliação da subestação rebaixadora de 230 kv, aquisição de transformador de 100 MVA, escavadeira de esteira com rompedor hidráulico, disjuntores de alta tensão, montagem de galpão e equipamentos diversos. Diretoria de Mineração (22%) - Construção de subestação rebaixadora 13.8 kv e linha de transmissão elétrica interna, construção de galpão de almoxarifado, veículos e ônibus rodoviário, ampliação da torre da usina de concentração da mina Medrado, ampliação do sistema de separação magnética de impurezas de minério concentrado, abertura de rampa de 2800 metros no subsolo de Ipueira II/III/IV, abertura de raise bore (chaminé de ventilação), desenvolvimento de galerias e sondagens a diamante na mina Ipueira V, sistema de tratamento de finos para aumento de produção na mina Pedrinhas, reforma de caminhões fora de estrada, aquisição de robô para projeção de concreto e equipamento de perfuração e instalação automática de cabolt Tamrock. Diretoria Recursos Florestais (30%) - Implantação de 4.281 hectares de floresta, usando a mesma técnica de subsolagem profunda nas áreas de impedimento de crescimento da muda, aquisição de clones geneticamente selecionados, direcionados ao ganho de produtividade, manutenção de 9.552 hectares dos plantios iniciados desde o ano 2000, manutenção de quatro baterias de produção de carvão existentes, abertura e manutenção de 280 km de estradas

44.433

95.72079.456

2005 2004 2003

Lucro Líquido

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internas do complexo florestal, e aquisição de 3.560 hectares de terras para dar complemento ao programa de auto suficiência de produção de carvão com o adicional do novo forno XII. O programa total de auto suficiência em carvão vegetal, com o novo forno estava fixado em 40.000 metros cúbicos de carvão por mês, correspondente a 20 mil hectares plantados de florestas (40.000 hectares de área bruta). Dispomos até o momento de 13.830 mil hectares plantados mais 3 mil hectares liquidos, disponível ao plantio. Faltando aproximadamente 3.200 hectares líquido (6400 ha brutos) para atingir os 20 mil hectares plantados. Contudo, esta parcela final está suspensa. Negociações comerciais com nossos clientes estão consolidando a mesma faixa do teor de enxofre no nosso ferro cromo alto carbono à especificação internacional menos restritiva. Significa na prática deixar de adicionar 0,5 metro cúbico de carvão por tonelada de liga, ou 6500 metros cúbicos de carvão mensal a menos. Implicando naturalmente menos investimento em 6400 ha de terra bruta, bateria de fornos, equipamentos e florestas, investimentos na ordem de R$ 16 milhões ao longo dos primeiros seis anos. Recursos Humanos (3%) - Construção do auditório para 150 funcionários, construção de prédio anexo ao administrativo alojando a divisão de segurança, sala de treinamento e laboratório de controle de qualidade, reforma do refeitório, implantação de sistema de vigilância eletrônica, modernização de computadores e acessórios de informática, modernização da frota de veículos da administração e compra de moveis e utensílios. Meio Ambiente e outros (14%) - Conclusão da montagem do primeiro filtro de manga – forno XI, início da montagem do filtro de manga do forno novo – forno XII, instalação de exaustores nas bicas de corridas dos 4 fornos de ferro silício, instalação de estação supressores de pó do sistema de britagem de ferro cromo alto carbono e ferro silício 75, reforma do forno de calcinação para produção de cal virgem, conclusão do sistema de tratamento de escória de ferro cromo baixo carbono, aquisição de carregadeira e equipamentos para usina de produção de asfalto, duplicação do estacionamento de caminhões, início de projeto de tratamento de efluente da companhia com o manilhamento do riacho que corta a área de produção e separação dos nossos efluentes das águas pluviais proveniente da bacia hidrográfica à montante da nossa área, desenvolvimento do sistema de lavadores de gases da fábrica de ferro cromo alto carbono – lavador inox do forno no 3 e cobertura das baias de estocagem de toda produção de ferro silício. RESPONSABILIDADE SOCIAL As ações desenvolvidas em prol do seu crescimento não afastaram o olhar da Ferbasa sobre as necessidades das comunidades nas quais se encontra envolvida e do reconhecimento ao talento dos seus funcionários como um dos principais pilares para o alcance do sucesso desejado.

Assim, nessa trajetória, em 2005 a empresa incluiu em suas prioridades, a continuidade do programa de responsabilidade social, através do desenvolvimento de várias ações, dentre as quais a seguir destacamos: Educação em primeiro lugar Apoiada na convicção de que a educação é a chave para a transformação social a que o país urge submeter-se, a Ferbasa destinou recursos para a educação de jovens carentes da zona rural, dando seguimento ao trabalho desenvolvido em parceria com a Fundação José Carvalho, cuja proposta visa conferir aos beneficiários, em concomitância com o curso

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fundamental completo, habilidades e conhecimentos específicos, de modo a oferecer-lhes condições de desenvolvimento nessa área, visando a construção ou o fortalecimento da agricultura familiar. Além desses, o programa propicia-lhes outros benefícios sociais, como a assistência médico-odontológica, alimentação, transporte e outros. Saúde e Segurança A implantação de um novo sistema de gestão continuou em 2005, como uma das principais prioridades da empresa, que persegue o objetivo de reduzir ao máximo as perdas inerentes aos acidentes. Todos os esforços já são nitidamente reconhecidos, especialmente pela melhoria de diversos índices. Educação profissional Em 2005 a FERBASA, em parceria com o SENAI, ofereceu aos jovens da comunidade local e circunvizinhas, cursos de qualificação voltados para atividades profissionais nas áreas de manutenção elétrica e mecânica. Na sequência, todos os participantes desse programa foram contratados como estagiários, proporcionando à maioria a oportunidade do primeiro emprego. Educação Ambiental A crescente preocupação da empresa com as questões ambientais pode ser demonstrada através das ações educativas desenvolvidas no decorrer do ano, sendo essas extensivas aos membros da comunidade onde atua. Vale ressaltar que, com base nas diretrizes traçadas em sua política, a Ferbasa contribuiu também com projetos de preservação de reservas ambientais em todas as suas áreas de florestas de eucaliptos . Indicadores Sociais (em números) Reais - mil

Alimentação 1.377Salários e encargos 54.366Saúde 2.365Participação no Lucro - empregados 2.443

Laboriais

Outros 385Programa Integrado de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

1.000

Desenvolvimento profissional e Educação Ambiental

1.730

Sociais

Educação 2.492 PERSPECTIVAS E CONSIDERAÇÕES Superar os desafios é a palavra de ordem da Ferbasa em 2006, voltando-se para as tarefas de ajuste de custo, diminuição de estoque de matéria prima, controle da operação de produção e vigilância contínua dos custos fixos e investimentos. Tais atitudes demandarão esforços conjunto de todos os setores da empresa para que se possa vencer a diminuição do resultado, traduzida principalmente pela desigualdade entre a forte queda de receita em reais, projetada pela contínua valorização cambial em 2006 e a resistência de redução do custo médio dos produtos em estoque, que serão realizados ao longo do ano. Do lado positivo estão os preços do ferro cromo alto e baixo carbono que estão na ordem de 60cents US$ /lbCr comparado-se com os 40 cents /lbCr historicamente vividos pelo setor três

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anos atrás. Da mesma forma, os preços do ferro silício 75 estão se recuperando no mercado internacional e tendendo a atingir patamares mais lucrativos. A demanda mundial por ferro ligas tem aumentado consistentemente neste primeiro trimestre do ano, tendendo a se prolongar até o final do semestre, dando sinais de que a siderurgia mundial manterá nível de crescimento positivo. Da mesma forma o aço inoxidável tem sinalizado recuperação de seus preços neste início de ano, após uma retração na produção, atrelada ao ajuste de estoque excedente, contribuindo naturalmente para melhor estabilização de preço das ligas de cromo. A produção mundial das ferroligas a base de cromo e silício está bem ajustada à demanda, comandada pelos produtores da África do Sul, mantendo certo controle dos estoques reguladores, impedindo queda brusca do preço . Quanto ao mercado doméstico, a expectativa é de que os investimentos públicos impulsionem a construção civil, projetos públicos privados no setor elétrico e rodoviário a fim de gerar mais emprego e o crescimento econômico superior ao do ano anterior. Como reflexo, o consumo de aço e ferro ligas pode reverter o quadro de retração vivido no último trimestre de 2005. Destacamos a política de relacionamento com auditores independentes, na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa, referendados por princípios que preservem a independência do auditor, estabelecidos assim: - auditor não deve auditar seu próprio trabalho – auditor não deve exercer funções gerenciais - auditor não deve advogar para seu próprio cliente Em conformidade com o estabelecido na Instrução CVM-381/03, informamos que a firma de auditoria prestou serviços no valor de R$ 54.270,00 referente a emissão de laudos de avaliação do patrimônio a valor contábil. Ademais, temos que agradecer a confiança dos nossos clientes e dos nossos acionistas, a dedicação de todos os funcionários e empreiteiros e o apoio dos órgãos federais, estaduais e municipais, que compartilharam com o resultado alcançado pela companhia em 2005 . Pojuca, 22 de fevereiro de 2006. A Diretoria

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da Companhia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA Pojuca – BA

1. Examinamos os balanços patrimoniais da COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA, controladora e consolidado, levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora) e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia e controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia e controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA, controladora e consolidado, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora) e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Adicionalmente, examinamos as demonstrações dos fluxos de caixa, controladora e consolidado, correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, aplicando os mesmos procedimentos descritos no parágrafo 2. Essas demonstrações, não são requeridas pela legislação societária brasileira e foram elaboradas para propiciar informações adicionais. Em nossa opinião, essas demonstrações estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Salvador, 22 de fevereiro de 2006

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU José Luiz Santos Vaz SampaioAuditores Independentes Contador CRC- n° 2SP 011.609/O-8-F “BA” CRC – BA n°015.640/O-3

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Os membros do Conselho de Administração da Cia. de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa, atendendo ao disposto na lei, reunidos na sede da referida empresa, examinaram os livros contábeis, documentos, contas, Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, constatando perfeita ordem em tudo. Assim, estão de acordo que todos os atos e operações realizadas ao curso daquele exercício devam ser aprovados pelos senhores acionistas. Pojuca, 16 de março de 2006. José Joaquim de Santana - Presidente Aluisio Marins - Vice Presidente Ruydemberg Trindade Carlos Humberto de Miranda Pereira Mello Gilvan Rodrigues Durão Filho Geraldo de Oliveira Lopes

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Cia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA, cumprindo as atribuições legais e estatutárias, elaboradas de acordo com a legislação vigente, examinaram o Relatório da Administração, em conjunto com as Demonstrações Financeiras e notas explicativas do exercício findo em 31 de dezembro de 2005, bem como tomaram conhecimento da proposta da administração a ser submetida à assembléia geral de acionistas já refletida nas mencionadas demonstrações financeiras. Considerando que a documentação examinada está formalizada em termos que traduzem a situação patrimonial e financeira da Cia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA, em 31 de dezembro de 2005 e considerando o parecer dos auditores independentes, os membros do conselho fiscal, são de opinião que o relatório da administração e as demonstrações financeiras, encontram-se em condições de serem submetidos à deliberação da Assembléia Geral dos Acionistas. Pojuca, 16 de março de 2006. Getulio Lamartine de Paula Fonseca André Carvalhaes Ribeiro Carlos Dantas Costa

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

ANEXO I - PRODUÇÃO E VENDAS – QUARTO TRIMESTRE 2005. Produção (toneladas) REALIZADO PREVISTO Ferro Cromo Alto Carbono 33.370 33.144 Ferro Cromo Baixo Carbono 3.773 4.757 Ferro Silício Cromo 5.260 5.271 Ferro Silício 75% 12.825 13.253

TOTAL 55.227 56.425 Distribuição (toneladas) Mercado Interno Ferro Cromo Alto Carbono 27.277 31.000 Ferro Cromo Baixo Carbono 3.693 4.590 Ferro Silício Cromo 0 - Ferro Silício 75% 4.802 4.500 35.772 40.090 Mercado Externo Ferro Cromo Alto Carbono 25 - Ferro Silício 75% 10.796 11.500 10.821 11.500 TOTAL (MI + ME) 46.593 51.590

A produção anual realizada de 230.639 toneladas, atingiu praticamente o previsto no IAN de 227.620 toneladas. Em função da queda de preço e demanda do ferro silício no quarto trimestre, a entrada do novo forno de ferro silício foi adiada e incrementada a produção de ferro cromo. Assim sendo foram produzidas mais ligas de cromo e menos de silício que a previsão inicial. As vendas no trimestre de 46.593 toneladas ficaram cerca de 10 % menores que as projeções de 51.590 toneladas. As ligas de ferro cromo alto e baixo carbono do mercado interno refletiram este resultado. Todo setor siderúrgico sofreu retração de produção no último trimestre do ano, acompanhando a tendência mundial de adequação dos estoques ao arrefecimento da demanda, estabilizando os preços. Os preços das ligas de cromo acompanharam a tendência de queda do mercado internacional de 6,8% (5 cents/lbCr) e no caso das ligas de silício 75 a pressão de redução de preço foi com maior intensidade às nossas previsões . As projeções são positivas para o primeiro trimestre de 2006 no que se refere a retomada de produção mundial de aço inox, que fechou o ano sem crescimento em 2005 se comparado com o ano anterior. A queda dos estoques fará com que aumento de preço do aço inox se tornem viáveis no 1º trimestre de 2006, abrindo espaço para que os produtores de ferro cromo também recuperem, com maior rapidez, a queda do preço de 5cents de dólar por libra de cromo no mesmo período. Da mesma forma, o ferro silício 75 já confirmou aumentos de 70/80 US$ (10/12%) de preço no 1º trimestre de 2006 e com forte tendência de aumentos futuros, revertendo a situação.

Do lado negativo temos a constância na valorização do Real que deprime o faturamento bruto da Ferbasa, diminuindo a lucratividade da empresa. Projetamos que a cotação do câmbio atinja o limite em R$ 2,10 / US$ ao longo do primeiro semestre de 2006 podendo apresentar melhora no segundo semestre com a combinação de risco em ano eleitoral. Todos os esforços estão sendo intensificados para uma compensação da queda de margem via redução de custo geral e aumento de produtividade durante o ano de 2006. Quanto a pesquisa de níquel em nossas áreas no município de Andorinha/Ba, optamos pela empresa INCO Brasil Ltda., por se tratar de empresa capacitada, que dispõe de áreas contíguas às nossas, de bom potencial. Todo o risco do investimento é da INCO. Os trabalhos de pesquisa deverão ter início no final do primeiro trimestre de 2006, com previsão de dois anos para a conclusão da primeira fase. Pojuca, 8 de março de 2006. Gilvan Rodrigues Durão Filho Diretor de Relações com Investidores

Descrição da Conta de 01/10/2005 a 31/12/2005

de 01/01/2005 a 31/12/2005

de 01/10/2004 a 31/12/2004

de 01/01/2004 a 31/12/2004

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 115.761 545.767 159.105 609.491 Deduções da Receita Bruta (23.943) (118.332) (34.370) (131.359) Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 91.818 427.435 124.735 478.132

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (75.173) (328.209) (80.879) (288.032) Resultado Bruto 16.645 99.226 43.856 190.100

Despesas/Receitas Operacionais (6.354) (23.008) (16.962) (34.720)

Com Vendas (1.156) (4.204) (894) (3.367) Despesas portuarias (349) (1.103) (157) (623) Comissão de agente (64) (212) (71) (226) Outras (743) (2.889) (666) (2.518)

Gerais e Administrativas (6.228) (26.522) (7.825) (27.078) Salários e encargos (1.677) (6.585) (1.556) (5.913) Honorários dos administradores (1.004) (3.227) (712) (2.272) Depreciações (226) (783) (129) (413) Serviços de terceiros (1.345) (6.729) (1.320) (5.847) Assistência médica e social (283) (1.169) (328) (1.929) Outras (1.693) (8.029) (3.780) (10.704)

Financeiras 3.019 13.456 3.732 10.265 Receitas Financeiras 4.845 19.479 3.957 14.610 Despesas Financeiras (1.826) (6.023) (225) (4.345)

Outras Receitas Operacionais 374 1.505 146 1.035 Outras Despesas Operacionais (3.233) (10.378) (12.660) (18.193)

Resultado da Equivalência Patrimonial 870 3.135 539 2.618

Resultado Operacional 10.291 76.218 26.894 155.380

Resultado Não Operacional (262) (2.980) (1.627) (5.042) Receitas 45 302 648 986 Despesas (307) (3.282) (2.275) (6.028)

Resultado Antes Tributação/Participações 10.029 73.238 25.267 150.338

Provisão para IR e Contribuição Social (2.160) (22.076) (6.437) (49.398)

IR Diferido (62) (2.167) - -

Participações/Contribuições Estatutárias (4.562) (4.562) (5.220) (5.220) Participações (4.562) (4.562) (5.220) (5.220) Contribuições - - - -

Lucro/Prejuízo do Período 3.245 44.433 13.610 95.720

Pojuca, 8 de março de 2006.

Gilvan Rodrigues Durão FilhoDiretor de Relações com Investidores

ANEXO II - Demonstração do Resultado do Exercício - Quarto trimestre 2005

INFORMAÇÕES ADICIONAIS