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Programas, Políticas e Projectos O Euro apresenta-se estável, tendencia a valorização face ao dólar e em rela- ção a outras moedas como se verificou face ao iene, e face à libra. Quanto ao real, há tendência de valorização des- ta moeda. O Banco Central Europeu na expectativa de estimular a actividade económica, mantem taxas de cedência muito baixas. A crise financeira considerada sob con- trolo, veio introduzir uma enorme crise económica e política na Europa, para a qual ainda não se vislumbra solução estrutural consistente. Grandes desa- fios se mantêm de coerência, consis- tência e solidariedade na comunidade, que mostrou a sua vulnerabilidade po- lítica e dependência de “determinados decisores” muito condicionados pelos seus eleitorados locais. A Caixa Geral de Depósitos mantem as taxas aos níveis anteriores. AldeiaGlobal Food, Health and Wealth Câmbio VALoR iNDiCATiVo | PoR CADA EURo PAÍS MOEDA 31/12/12 31/01/13 28/02/13 ESTADOS UNIDOS DOLAR 1,3194 1.355 1.3129 JAPÃO IENE 113.61 123.32 121.07 REINO UNIDO LIBRA 0,8161 0.857 0.863 ÁFRICA DO SUL RAND 11,1727 12.1048 11.755 CABO VERDE ESCUDO 110,2654 110.265 110.2654 BRASIL REAL 2,7036 2.6892 2.5871 CIAT-CD Centro de Agronomia Tropical Cooperação e Desenvolvimento Internacional Center for Tropical Agronomy Cooperation and Sustainable Development Nota Editorial A síntese informativa da presente “newsletter” pretende centrar-se nos temas de maior relevo para a REDI- SA - Rede de Educação,Informação e Cidadania para a Segurança Alimen- tar e Desenvolvimento Sustentável, com base num trabalho em rede (de investigação-desenvolvimento e cultura) de apoio à educação e formação para o Desenvolvimento e Qualidade de Vida. Os artigos se- leccionados veiculam opiniões dos seus autores, e não são responsabi- lidade da redacção editorial. Indice Conjuntura e Mercados Internacionais.1 Programas, Políticas e Projectos............ 1 Brasil exporta carne para europa................... 2 Exportação de cortiça cresce 4%................... 2 Regime de distribuição de fruta nas escolas na UE..................................................................... 2 Portugueses consomem 4 Kg de legumino- sas......................................................................... 2 Nações Unidas lançam campanha para combater desperdício alimentar ................3 Seniores são o novo alvo da indústria alimen- tar ................................................................... 3 Sectores agroalimentar, agrícola e florestal 20% das exportações Portuguesas............... 3 FAO: Índice de preços caiu 7% em 2012...... 4 19 milhões p/ agricultura em Cabo Verde.... 4 Como proteger recursos genéticos nos paí- ses em desenvolvimento?................................ 4 cAIxA gErAl DE DEpóSITOS Taxa de referência Euribor 3 meses Valor da taxa (%) 1.522 “Spread” mínimo 2.4 “Spread” máximo 4.75 Valor da tx a 5 anos 3.350 CRéDiTo à hAbiTAção TAXA VARiÁVEL Em P oRTUgAL DATA TAXA Operações principais de refinanciamento (Taxa fixa) 15/03/13 0,75 EURIBOR 1 Mês 11/03/13 0,117 EURIBOR 3 Meses 11/03/13 0,201 EURIBOR 6 Meses 11/03/13 0,326 EURIBOR 12 Meses 11/03/13 0,542 TAXAS DE REfERêNCiA NACioNAL Produtos/Designação Cotação 19 FEV Há 1 ano semana 8 Milho Amarelo Nº3 300 286 Milho Argentino 282 266 Trigo Argentino 358 262 Trigo Europeu Qual. 1 253 218 Trigo Europeu Qual. B 355 292 Trigo Americano 2 Hard 328 296 Trigo Americano 2 Soft 302 264 Arroz Tailandês 100% B 565 545 Arroz Vietnam 5% 405 425 Açúcar Granulado 495 484 Fonte: InfoAnsa, Boletim N.8/2013 Conjuntura e Mercados Internacionais Os mercados alimentares mantêm-se es- táveis , embora com ligeira tendência de decréscimo de preços, mas claramente a níveis muito superiores aos verificados no ano anterior no mesmo mês. O trigo apresenta-se com tendência decrescen- te, produção em alta com projecções de 4% de aumento na oferta para 2013/14. O milho apresenta ligeiro decréscimo de preço este mês. O mercado de arroz apresenta-se tam- bém estável. No caso de açúcar, o mer- cado apresenta preços em baixa com preços de exportação voláteis. Fonte: www.bportugal.pt, 2013/03/15 Fonte: DN, 2013/02/28 Fonte: www.bportugal.pt, 2013/03/17

CIAT-CD Nota Editorial · ção a outras moedas como se verificou face ao iene, e face à libra. Quanto ao real, há tendência de valorização des- ... Cotação 19 FEV Há 1 ano

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Programas, Políticas e ProjectosO Euro apresenta-se estável, tendencia a valorização face ao dólar e em rela-ção a outras moedas como se verificou face ao iene, e face à libra. Quanto ao real, há tendência de valorização des-ta moeda. O Banco Central Europeu na expectativa de estimular a actividade económica, mantem taxas de cedência muito baixas. A crise financeira considerada sob con-trolo, veio introduzir uma enorme crise económica e política na Europa, para a qual ainda não se vislumbra solução estrutural consistente. Grandes desa-fios se mantêm de coerência, consis-tência e solidariedade na comunidade, que mostrou a sua vulnerabilidade po-lítica e dependência de “determinados decisores” muito condicionados pelos seus eleitorados locais.A Caixa Geral de Depósitos mantem as taxas aos níveis anteriores.

AldeiaGlobalFood, Health and Wealth

Câmbio VALoR iNDiCATiVo | PoR CADA EURo

PAÍS MOEDA 31/12/12 31/01/13 28/02/13

ESTADOS UNIDOS DOLAR 1,3194 1.355 1.3129JAPÃO IENE 113.61 123.32 121.07REINO UNIDO LIBRA 0,8161 0.857 0.863

ÁFRICA DO SUL RAND 11,1727 12.1048 11.755

CABO VERDE ESCUDO 110,2654 110.265 110.2654BRASIL REAL 2,7036 2.6892 2.5871

CIAT-CDCentro de Agronomia Tropical

Cooperação e DesenvolvimentoInternacional Center for Tropical Agronomy Cooperation and Sustainable Development

Nota EditorialA síntese informativa da presente “newsletter” pretende centrar-se nos temas de maior relevo para a REDI-SA - Rede de Educação,Informação e Cidadania para a Segurança Alimen-tar e Desenvolvimento Sustentável, com base num trabalho em rede (de investigação-desenvolvimento e cultura) de apoio à educação e formação para o Desenvolvimento e Qualidade de Vida. Os artigos se-leccionados veiculam opiniões dos seus autores, e não são responsabi-lidade da redacção editorial.

IndiceConjuntura e Mercados Internacionais. 1Programas, Políticas e Projectos............1Brasil exporta carne para europa...................2Exportação de cortiça cresce 4%...................2Regime de distribuição de fruta nas escolas na UE.....................................................................2Portugueses consomem 4 Kg de legumino-sas.........................................................................2Nações Unidas lançam campanha para combater desperdício alimentar................3Seniores são o novo alvo da indústria alimen-tar...................................................................3Sectores agroalimentar, agrícola e florestal 20% das exportações Portuguesas...............3FAO: Índice de preços caiu 7% em 2012......419 milhões p/ agricultura em Cabo Verde....4Como proteger recursos genéticos nos paí-ses em desenvolvimento?................................4

cAIxA gErAl DE DEpóSITOS

Taxa de referência Euribor 3 mesesValor da taxa (%) 1.522“Spread” mínimo 2.4“Spread” máximo 4.75Valor da tx a 5 anos 3.350

CRéDiTo à hAbiTAção TAXA VARiÁVEL E m Po R T U g A L

DATA TAXA

Operações principais de refinanciamento (Taxa fixa) 15/03/13 0,75

EURIBOR 1 Mês 11/03/13 0,117

EURIBOR 3 Meses 11/03/13 0,201

EURIBOR 6 Meses 11/03/13 0,326

EURIBOR 12 Meses 11/03/13 0,542

TAXAS DE REfERêNCiA NACioNAL

Produtos/Designação Cotação 19 FEV

Há 1 anosemana 8

Milho Amarelo Nº3 300 286

Milho Argentino 282 266

Trigo Argentino 358 262

Trigo Europeu Qual. 1 253 218

Trigo Europeu Qual. B 355 292

Trigo Americano 2 Hard 328 296

Trigo Americano 2 Soft 302 264

Arroz Tailandês 100% B 565 545

Arroz Vietnam 5% 405 425

Açúcar Granulado 495 484Fonte: InfoAnsa, Boletim N.8/2013

Conjuntura e Mercados InternacionaisOs mercados alimentares mantêm-se es-táveis , embora com ligeira tendência de decréscimo de preços, mas claramente a níveis muito superiores aos verificados no ano anterior no mesmo mês. O trigo apresenta-se com tendência decrescen-te, produção em alta com projecções de 4% de aumento na oferta para 2013/14. O milho apresenta ligeiro decréscimo de preço este mês.O mercado de arroz apresenta-se tam-bém estável. No caso de açúcar, o mer-cado apresenta preços em baixa com preços de exportação voláteis.

Fonte: www.bportugal.pt, 2013/03/15

Fonte: DN, 2013/02/28

Fonte: www.bportugal.pt, 2013/03/17

Brasil autorizado a exportar carne condimentada para a Europa. O Brasil recebeu na terça-feira auto-rização para voltar a exportar carne condimentada para a União Europeia, após seis anos de interdição, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.A exportação do Brasil para a Europa de carne curada, condimentada e cortada, conhecida como “beef jerky”, estava suspensa desde 2007 devido ao país sul-americano não cumprir a exigên-cia de congelação de 80.ºC negativos imposta pelas autoridades sanitárias europeias.Com uma flexibilização das exigên-cias, apontou o ministério, o Brasil vai começar novamente a exportar o produto para a Europa e a competir com o Uruguai e África do Sul, os principais abastecedores externos desse mercado.

Exportações de cortiça cres-cem 4 % .

As exportações portuguesas de cortiça cresceram quatro por cento em valor e cinco por cento em volume, face a 2011, segundo os primeiros dados do comércio externo divulgados pelo Insti-tuto Nacional de Estatística (INE). Assim, para 2012, as exportações atingiram 845 milhões de euros (mais 33 milhões de euros) e 189 milhares de toneladas (mais 10 mil toneladas) (gráfico 1). Registe-se que o valor de 2012 ultrapas-sou em 22 milhões de euros (2,5 por cento) o valor de 2008, último ano antes do cenário de crise que o sector enfren-tou, o que denota uma recuperação da linha de crescimento que caracteriza o sector da cortiça. A acrescentar, ainda, que as exportações portuguesas de sig-nificam um saldo da balança comercial de 713,3 milhões de euros.“O ano de 2012 dá continuidade à es-tratégia encetada em 2010 pelo sector da cortiça.

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No Conselho (Agricultura) de 28 de Ja-neiro de 2013, a Comissão apresentou uma avaliação dos três primeiros anos de funcionamento do regime europeu de distribuição de alimentos nas escolas. Os primeiros resul-tados apontam para o êxito des-te regime.Este regime à escala da UE dis-ponibiliza fruta e legumes frescos, bem como pro-dutos transfor-mados, aos alu-nos das escolas. A distribuição é acompanhada de campanhas de informação para explicar os benefícios do consumo de fruta e legumes para a saúde e reforçar a relação com a agri-cultura através, nomeadamente, de visitas a quintas e de sessões de jar-dinagem.O relatório de avaliação revela que, no ano lectivo 2010/2011, mais de 8 milhões de crianças e jovens e 54 mil escolas beneficiaram do regime de

distribuição de fruta nas escolas, lan-çado em 2009. Os resultados a curto prazo indicam que o regime conduziu a um aumen- to da quantidade de

fruta e produtos hortícolas con-sumidos pelos mais jovens, e que, se tiver continuidade, poderá ter uma influência dura-doura nos seus hábitos alimen-tares.O principal ob-jectivo é preve-nir e combater o excesso de peso e a obesi-dade. Na União Europeia há 22 milhões de crianças e jo-vens com ex-cesso de peso e 5,1 milhões de obesos, e

estes números estão a aumentar. O alvo do regime são as crianças e jo-vens, desde as creches às escolas secundárias, e em especial os alunos dos 6 aos 10 anos e os alunos de meios sociais desfavorecidos, que tendencialmente consomem menos fruta e legumes.

Regime de distribuição de fruta nas escolas na UE: um êxito

Portugueses consomem 4 kg de leguminosas Os portugueses consomem quatro qui-los de leguminosas por ano, dando pre-ferência ao feijão, disse nesta quinta-feira a presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas, acrescentando que este valor está abaixo do recomen-dado e que há con-dições favoráveis ao aumento des-tes cultivos. “São proteí-nas vegetais, boas para a saúde, são boas para o solo, por-que não produzem azoto, boas para a alimentação ani-mal, e Portugal tem condições de solo e clima favoráveis”, sintetizou, a propósito de um seminá-rio que decorre esta quinta-feira em Lisboa e em que serão apresentadas vantagens competitivas da produção e

benefícios do consumo destes alimen-tos. Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), citados pelo Observa-tório, indicam que o consumo de legu-

minosas secas se tem mantido estável nos últi-mos dez anos, registando um consumo de 4,1 quilos por habi-tante no período de 2010/2011. Neste período, foram consu-midos maiorita-riamente feijão (3,2 quilos/ha-bitante) e grão (0,9 quilos/habitante). Já o

auto-aprovisionamento tem vindo a di-minuir: apenas 6% para o feijão, 10% para o grão e 31% para outras legumi-nosas, como ervilhas, favas, grão-de-bico, lentilhas e tremoço.

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As Nações Unidas lançaram hoje uma campanha para “reduzir drasticamente” o desperdício anual de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos baseada na ideia de que atitudes simples como programar refeições ou desvalorizar datas de valida-de fazem a dife-rença.Com o tema “Pensar. Comer. Preservar. Diga não ao desper-dício”, a cam-panha é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Am-biente (UNEP, na sigla inglesa) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo perde-se ou é desperdiçado durante os proces-sos de produção e venda, um desperdí-cio equivalente a mil milhões de dólares, de acordo com dados da FAO. Se a perda de alimentos ocorre principalmente na

colheita, processamento e distribuição, o desperdício acontece ao nível do co-mércio e do consumo, estima a FAO. Por isso, a campanha “visa especialmente o desperdício ao nível dos consumidores, dos comerciantes e da restauração e ho-

telaria”, adian-tam as Nações Unidas.“Num mundo com uma po-pulação de 7 mil milhões de pessoas, e que deve chegar aos 9 mil milhões até 2050, o desperdício de

alimentos não faz sentido, seja do ponto de vista económico, ambiental ou ético”, afirmou o director executivo do PNUMA, Achim Steiner. A campanha é uma conse-quência da Conferência Rio+20, na qual chefes de Estado e governos aprovaram o lançamento de uma série de iniciativas para incentivar a produção e o consumo sustentáveis.

Nações Unidas lançam campanha para combater desperdício alimentar OCDE:

Seniores são o novo alvo da indústria alimentar

Sectores agroalimentar, agrícola e florestal repre-sentam 20 % das exporta-ções portuguesas. “É muito impressionante a força do sector agroalimentar, agrícola e florestal nas nossas exportações. Representam 20 por cento, um quinto das nossas exportações ou é agrícola, ou agroalimentar ou é florestal”, disse Paulo Portas na cerimónia que precedeu a inaugu-ração da fábrica.A fábrica de sobremesas, resulta de uma parceria entre o grupo português Derovo e o espanhol Postres e Dulce Reina, num inves-timento superior a 11 milhões de euros.O ministro sublinhou que “mesmo em recessão o sector agroalimen-tar cresce”, um número que a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, também presente na cerimónia, cifrou em 2,8 por cento ao ano.Destacando ainda a “nova gera-ção” de empresários agrícolas, Paulo Portas falou do investimento privado no sector: “No ProDeR (Plano de Desenvolvimento Rural) de cada vez que o Estado põe um euro, o sector privado põe quatro ou cinco vezes mais. É um pro-grama altamente reprodutivo”, sustentou.No discurso, Portas dirigiu-se, em espanhol, ao responsável do grupo Postres e Dulce Reina - empresa que desde 2012 lidera a produção de sobremesas lácteas no país vizinho, ano em que fabricou 56,5 mil toneladas de doses individuais

Embalagens mais fáceis de abrir, rótu-los com letras grandes e produtos com menos sal são algumas das respostas da indústria alimentar a um dos seg-mentos mais fortes que emergem neste sector: o mercado sénior.“Esta população deixou de ser um ni-cho de mercado”, afirmou à Lusa, Isabel Braga da Cruz, da Portugal Foods, que vai apresentar as dez maiores tendên-cias do sector agroalimentar, na sexta-feira, no seminário “2013: Ordem para exportar”. Os consumidores mais velhos surgem assim como uma oportunidade para a indústria alimentar que já ofere-ce produtos dirigidos às necessidades específicas desta faixa etária, “mas sem haver ligação a qualquer tipo de limi-tação”, sublinha a responsável da Por-tugal Foods, associação de empresas que representam os vários subsectores agroalimentares. Uma especificidade que passa pela formulação dos alimen-tos, mas também pelo design das emba-lagens, “para permitir um melhor manu-seamento” e rotulagem simples, clara e fácil de ler.

Isabel Braga da Cruz notou, por outro lado, que “a alimentação é muito mais do que ingerir alimentos, é também uma questão emocional”. Por isso, detecta-se também um crescente interesse pelas experiências sensoriais, em que os consumidores procuram descobrir aromas e texturas diferentes e produtos que conjugam diferentes ingredientes.A sustentabilidade é outra das tendên-cias que vieram para ficar em 2013. “Há preocupações no consumidor que vão muito mais além do alimento”, salientou Isabel Braga da Cruz. Os consumidores estão receptivos a campanhas relacio-nadas com questões ambientais e até de caridade, convertendo a compra de determinado produto em donativos para instituições sociais, mas não abdicam da conveniência. “Terá de haver uma boa conjugação entre o que o consumi-dor procura (o alimento)” e outras ques-tões que também são valorizadas como o bem-estar animal, a reciclagem das embalagens ou o comércio justo, um “posicionamento ético” que se tornou uma tendência mundial.

Como proteger os recursos genéticos nos países em desenvolvimento?

A flor vinca-de-madagáscar tem sido utilizada para desenvolver um me-dicamento para tratar a leucemia. As plantas medicinais são cada vez mais utilizadas para criar medica-mentos, mas os povos indígenas - os primeiros a identificar as proprieda-des curativas - raramente beneficiam dos lucros. Este processo é apelida-do de “biopirataria” e os eurodepu-tados vão debater e votar o relatório de Catherine Grèze (Verdes, França) sobre o problema esta semana no PE. O relatório é apresentado aos eurodeputados na segunda-feira (ao final da tarde) e votado durante o segundo dia da sessão plenária de Janeiro, em Estrasburgo.As companhias farmacêuticas recorrem frequentemente à sabedo-ria popular para identificar plantas ou substâncias com propriedades medicinais. Por norma, a pesquisa acaba por conduzir ao registo de novas patentes, mas as empresas nem sempre partilham os lucros e benefícios das mesmas com as comunidades locais que, em muitos casos, passam mesmo a não poder utilizar as suas descobertas. Este processo, apelidado de “biopirata-ria” está agora confinado ao setor médico.A “biopirataria” impede o progresso económico dos países em desen-volvimento e é, por esta razão, um tema relevante na luta contra a pobreza. A actual legislação não só favorece as empresas, como não protege suficientemente as comuni-dades locais.O relatório da eurodeputada france-sa propõe um número de medidas que a UE deve aprovar para ajudar os países em desenvolvimento, no sentido de começarem a beneficiar

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FAO: Índice de preços caiu 7% em 2012. Pelo terceiro mês consecutivo, o índice FAO dos preços dos alimentos caiu 1,1 por cento em Dezembro de 2012. Esta queda do índice, que se fixou em média nos 209 pontos, é principalmente devida à queda dos preços internacionais dos principais ce-reais e dos óleos e gor-duras. O menor índice já registado em 2012 foi o do mês de Junho, com 200 pontos. Para 2012 como um todo, o índice atingiu em média 212 pontos, ou seja 7 por cento me-nos do que em 2011. As maiores quedas de um ano para o outro foram as do açúcar (17,1 por cento), pro-dutos lácteos (14,5 por cento) e óleo (10,7 por cento). O declínio nos preços foi muito menor para os cereais (2,4 por cento) e a carne (1,1 por cento).“Estes resultados mostram uma reversão da situação existente em Julho passado,

quando os preços subiram acentuadamen-te e fizeram temer uma nova crise alimen-tar”, disse Jomo Sundaram, Diretor-Geral Adjunto da FAO e responsável pelo Depar-tamento de Desenvolvimento Económico e Social. “Mas, graças à coordenação inter-

nacional, nomeada-mente através do sis-tema de informação sobre mercados agrí-colas (AMIS na sigla inglesa) e à fraca pro-cura numa economia global estagnada, o aumento dos preços foi de curta duração

e os mercados acalmaram de modo que em 2012 o preço caiu abaixo dos níveis do ano anterior “, disse Sundaram.Preços dos cereais em baixaEm Dezembro de 2012, o índice FAO dos preços dos cereais atingiu uma média de 250 pontos, uma queda de 2,3 por cento.

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Fundo de 19 milhões para agricultura em Cabo Verde

O Fundo Internacional para o Desenvol-vimento Agrícola (FIDA) vai disponibilizar em 2013, cerca de 19 milhões de euros para o financiamento de um programa de iniciativas geradoras de rendimento e emprego no mundo rural em Cabo Verde. Este programa, negociado após a conclu-são do Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza (PNLP), também financiado pelo FIDA, visa sobretudo desenvolver acções de combate à pobreza baseadas no empre-endedorismo. O PNLP teve início em 2000, com três ciclos de quatro anos, todos fi-nanciados pelo FIDA. Em 2012, o Gover-no negociou um novo programa, que será executado num horizonte de seis anos, e que, mais do que combater a pobreza, irá apostar na criação de empregos no meio rural, explicou o Coordenador nacional do

PNLP, Ramiro Azevedo. “O acordo de crédi-to já foi assinando com o FIDA, o conselho de ministros já ratificou o acordo e o novo programa será mais virado para activida-des geradoras de emprego e rendimento no mundo rural, e deverá consolidar as ac-ções desenvolvidas pelo programa anterior de luta contra a pobreza”, explicou. O novo programa surge na mesma linha do PNLP, privilegiando as acções descentralizadas em comissões regionais de parceiros. Este método, segundo Ramiro Azevedo, permite que sejam as comunidades beneficiárias a escolherem os projectos a implementar.“As escolhas das acções serão feitas pelas comunidades pobres desde de que sejam actividades geradoras de rendimento e que possam de forma sustentável ajudar as pessoas a saírem da pobreza”, garantiu.