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CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO
Conceito
Série de fases ou eventos sucessivos que conduzem à ocorrência da doença
Desenvolvimento constitui um ciclo,
Diferentes fases com características próprias e função definida
Fases compreendem: Sobrevivência Disseminação Infecção Colonização Reprodução
Ciclo de vida do patógeno
Saprogênese
incubação
infecção
Patogênese
O patógeno está associado ao tecido vivo do hospedeiro. Compreende três fases: pré-penetração, penetração e colonização. Ocorre nos parasitas
obrigados e facultativos.
Patógeno não está associado ao tecido vivo do hospedeiro, Atividade saprofítica sobre restos de cultura ou sobre a matéria orgânica do solo.
inoculação
SOBREVIVÊNCIA
REPRODUÇÃO
COLONIZAÇÃO
INFECÇÃO
DISSEMINAÇÃODISSEMINAÇÃO
INFECÇÃO
DISSEMINAÇÃOCOLONIZAÇÃO
INFECÇÃO
DISSEMINAÇÃO
REPRODUÇÃO
COLONIZAÇÃO
INFECÇÃO
DISSEMINAÇÃO
Ciclo Secundário
Ciclo Primário
Pode ser divido em dois ciclos:
Primário: inicia-se a partir de estruturas de sobrevivência do microorganismo ou a partir da fase saprofitica.
Pequeno número de plantas infectadas Pequeno número de lesões por planta Baixo índice de infecção
No estudo da epidemiologia é conhecido como doenças monocíclicas
Secundário: sucede o ciclo primário e se desenvolve a partir do inóculo nele produzido.
Grande número de plantas infectadas Grande número de lesões por planta Alto índice de infecção
Conhecida também como policíclica.Plantas infectadas são fonte de inóculo para novas infecções
Funções
Ciclo primário Introduzir o patógeno na cultura, quando as
condições ambientais começam a se mostrar favoráveis ao desemvolvimento da doença.
Ciclo secundário Disseminação do patógeno na cultura,
enquanto as condiçòes ambientais permanecerem favoráveis
Início do ciclo primário:
Fonte de inóculo: unidades infectivas de patógenos fungos: conídios,esporos, hifas. bactérias: talos bacterianos vírus: partícula infectiva nematóides: ovos, larvas e adultos.
Estruturas de sobrevivência a condicões adversas. esclerócios, oosporos, clamidosporos, teliósporos e
conídios dormentes.
Restos de culturas; soqueiras; rebrotas
Hospedeiros secundários
Fase saprofítica fungos de solo podridões de raízes e colo, murchas habilidade competição saprofítica. ex.: rhizoctonia, fusarium, pythium e erwinia.
Fonte para ciclo secundário Parasitas biotróficos – fonte importante. ex.: ferrugens, oídio, míldio e viroses.Plantas mortasFonte primária de inóculo parasitas necrotróficos : colonização e esporulação parasitas biotróficos: míldios - oosporos
Disseminação do inóculo
É a transferência do patógeno da fonte de inóculo para os locais mais diversos.
Disseminação ativa Aquela realizada com os próprios recursos do patógeno. Ex.: zoosporos, nematóidos, crescimento micelial dirigido, bactérias flageladas,balistosporia (ascosporos)
Disseminação passiva O inóculo do patógeno é transportado com o auxílio de agentes de disseminação.
Diseminação passiva direta
Aquela realizada conjuntamente com os órgãos de propagação dos hospedeiros
Ex.: sementes infestadas ou infectadas (podridão negra das cruciferas - Xanthomonas campestris pv. campestris;
Podridão cinzenta do caule do feijoeiro - Macrophomina
phaseolina).
Tubérculos (sarna da batatinha - Streptomyces scabies;
Diseminação passiva indireta Realizada por diferentes agentes de disseminação como o
vento. Ex.: Ferrugem do colmo do trigo - Puccinia graminis; oídio das cucurbitáceas - Erysiphe cichoracearum).
Água: crestamento gomoso das cucurbitáceas - Dydimela bryoniae, disseminada através dos sulcos de irrigação),
Insetos (mosaico severo do caupi - disseminado por Ceratoma arcuata),
Homem, animais, ferramentas (Ex.: disseminação de Xanthomonas albilineans em cana-de-açúcar através de facões de corte contaminados) e implementos agrícolas, etc.
GERMINAÇÃO
Série de transformações que possibilitam a penetração nos tecidos do hospedeiro
Resulta na formação de um tubo germinativo ou pró-micélio para o qual foi deslocado para protoplasma do esporo
Uma das fases mais delicadas da vida do patógeno (dessecação e morte do propágulo
Efeito dos fatores ambientais na germinação
Os esporos requerem, em sua maioria, uma duração do período de molhamento da superfície dos órgãos suscetíveis para germinar, penetrar e estabelecer-se como parasita. A velocidade deste é influenciada pela temperatura. Não sendo satisfeito o perídodo o propágulo morre por dessecação. Sendo satisfeito ocorrerá a infecção.
O pró-micélio é uma estrutura extremamente delicada, perdendo a viabilidade em condições adversas (peíodo curto de molhamento)
Fungicidas protetores residuais ou protetores agem nesta fase
Fatores genéticos e germinaçãoEx.: Colletotrichum – biotina no acérvulo
Inibe a germinação
Diluído favorece a máxima germinação
Lavagem completa, não germinam Ex.: Stagonospora nodorum
Outros período de maturação
Dissolução da parede
Quebra da dormência por exudatos radiculares
Penetração
Para estabelecer-se como parasita o patógeno precisa transferir seu protoplasma para o interior dos tecidos do hospedeiro.
Este processo é chamado de penetração.
Penetração direta pela superfície do hospedeiro
Barreira mecânica – a cutícula reveste todos os órgãos verdes (substâncias pécticas, celulose, ceras, alcoois superiores e ácidos quetônicos)
Defesa a penetração- sistema de defesa.
Como penetram diretamente??
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Penetração direta
Com o apressório, formado no pró-micélio, fixa-se na superfície da planta. Emissão do tubo de penetração que perfura a cutícula. Através deste o protoplasma ganha entrada nos tecidos.
Tigmotropismo – o apressório responde a estímulos provenientes do contato entre ele e a superfície do hospedeiro.
– Colletotrichum, bipolaris, septoria, etc..
– Ação mecânica conjunta com enzimas
Penetração por aberturas naturais
Locais– Estômatos – Puccinia– Hidatódios – Bactérias– Lenticelas – Bactérias
Estímulos– Açúcares, sais, aminoácidos, etc..
• Zoósporos de Plasmopara viticola
O movimento cessa quando sobre a estrutura estomatal. Bactérias: congestão de água na câmara sub-estomática.
Penetração por aberturas naturais
Penetração por ferimentos
Raízes
Órgãos aéreos – poda, granizo, insetos
Frutos e hortaliças
Penetração por órgãos especiais
Flores– Fusarium - abacaxi– Gibberella - cereais de inverno– Ustilago
Pêlos absorventes– Pythium, Phytophthora, Fusarium
Colonização
Extração de nutrientes e invasão dos tecidos. Contato protoplasma patógeno-hospedeiro.
Formas de colonização
– Colonização necrotrófica• Excreção de toxinas, ácidos e enzimas que se difundem
pelos tecidos e produzem a morte de células. Só então os talos bacterianos e hifas penetram o tecido morto e deles extraem nutrientes como se fossem saprófitas.
• Xanthomonas campestris, Sclerotium, Sclerotinia, Bipolaris, etc.
-Colonização biotrófica: Alimentam-se sempre de tecidos vivos. Micélio intercelular, haustórios.
-Colonização seltiva: Por células e tecidos
Fusarium oxysporum, Ustilago
-Colonização não seletiva: Colletotrichum e Rhizoctonia
-Colonização passiva: Suas estruturas são transportadas de uma parte para
outra da planta Viroses
-Colonização generalizada Quando o patógeno se distribui por toda a planta Murchas e viroses
-Colonização localizada Quando a ação do patógeno se restringe aos
tecidos próximos ao ponto de penetração Manchas, câncros e pústulas
Mecanismos de colonização
Ataque do patógeno aos constituintes do hospedeiro
Extração e absorção dos nutrientes do substrato
Invasão dos tecidos a procura de alimento
Ação química: enzimas que agem sobre
Parede celular
GlicosecelobiaseCelobiosecelulaseCelulose
Lamela média
pectinaseSubstâncias pécticasÁcido péctico
PectinaProtopectina
pectinaseSubstâncias pécticasÁcido péctico
PectinaProtopectina
Ácidos graxoslipaseLipídios
Amido amilase Glicose
AminoácidosEnzimas proteolíticasProteínas
Lignina Difícil degradação
Produção de toxinas– Morte celular
Produção de hormônios– Auxinas, giberelinas, etc.
Colonização de hospedeiro por vírus
As partículas infectivas não se reproduzem, induzem as células do hospedeiro a fazê-lo conforme o modelo proposto.
Não ocorre germinação
Penetração – introduzido pelo aparelo bucal do inseto– Citoplasma: perde a capa proteica
multiplica-se nos ribossomos– Núcleo: multiplica o ácido nucleico– Citoplasma: montagem das novas partículas
migração via plasmodesmas: floema e xilema
Distúrbios nas células
Interferência no sistema de oxidação
Acúmulo de substâncias tóxicas (polifenóis)
Lesões cloróticas, hipersensibilidade, necrose
Imobilização de compostos nitrogenados
Reprodução de patógenos
Nutrição
Produção de propágulos para ciclos secundários
Ciclo da doença encerra com a reprodução do patógeno
Sobrevivência