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Março de 2006 1 CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU MESTRE em ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES (Campus Alameda) Instituto Superior Técnico Março de 2006

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Março de 2006 1

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU

MESTRE em

ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES

(Campus Alameda)

Instituto Superior Técnico

Março de 2006

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Índice 1 ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO .................................................................................................... 3 2 OBJECTIVOS VISADOS PELOS CICLOS DE ESTUDOS......................................................................3

2.1 Formação em Engenharia Informática e de Computadores ..................................................................3 2.2 Condições de Entrada ...........................................................................................................................4 2.3 Objectivos do segundo ciclo.................................................................................................................4 2.4 Resultados das avaliações externas.......................................................................................................6

3 FUNDAMENTAÇÃO DO NÚMERO DE CRÉDITOS .............................................................................7 3.1 Número total de créditos do 2º ciclo de estudos em engenharia informática e de computadores........7 3.2 Número de créditos de cada unidade curricular....................................................................................7

4 SEGUNDO CICLO: MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES..10 4.1 Designação .........................................................................................................................................10 4.2 Análise dos currículos do ACM e do Career Space............................................................................10 4.3 Princípios estruturantes do 2º Ciclo: especialidades...........................................................................14 4.4 Áreas de especialização principais .....................................................................................................17 4.5 Áreas de Especialização Complementares..........................................................................................17 4.6 Ofertas no Campus da Alameda .........................................................................................................17

Campus da Alameda (AEP) ..................................................................................................................18 Campus da Alameda (AEC)..................................................................................................................18

4.7 Áreas aplicacionais .............................................................................................................................18 4.9 Competências transversais no 2º ciclo................................................................................................20 4.10 Estrutura curricular do 2º ciclo .........................................................................................................22 4.11 Unidades curriculares que constituem cada área de especialização Principal ..................................23

Área de Especialização Principal: Engenharia de Software .................................................................23 Área de Especialização Principal: Sistemas Distribuídos.....................................................................24 Área de Especialização Principal: Sistemas Inteligentes......................................................................25 Área de Especialização Principal: Sistemas Robóticos ........................................................................26

4.12 Unidades curriculares que constituem cada área de especialização complementar ..........................27 Área de Especialização Complementar: Sistemas Embebidos .............................................................27 Área de Especialização Complementar: Sistemas de Informação Empresariais ..................................28 Área de Especialização Principal: Sistemas Multimédia ......................................................................29 Área de Especialização Complementar: Teoria da Computação ..........................................................30 Área de Especialização Complementar: Codificação, Comunicação e Optimização ...........................31

4.13 Unidades curriculares que constituem cada área aplicacional ..........................................................32 Área Aplicacional: Biologia Computacional ........................................................................................32 Área Aplicacional: Língua Natural.......................................................................................................33 Área Aplicacional: Informação e Conhecimento..................................................................................34

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................35

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1 ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO O Departamento de Engenharia Informática (DEI) tem procurado, desde a sua criação, responder às solicitações que a Sociedade coloca a uma Escola como o IST e adequar a sua estratégia às principais linhas de força do desenvolvimento do IST. Neste contexto, foi elaborada em 2002 uma estratégia que definia o enquadramento das licenciaturas da área da Engenharia Informática, e propunha uma estrutura curricular facilmente adaptável aos requisitos impostos pela declaração de Bolonha. A definição pelo IST dos modelos curriculares a optar no âmbito da declaração de Bolonha veio a confirmar que as opções tomadas em 2002 foram correctas, e que as linhas mestras então definidas estavam de acordo com o modelo que veio a ser adoptado. De acordo com a resolução da Comissão Coordenadora do Conselho Científico do IST de adoptar um modelo em dois ciclos para a Engenharia Informática e de Computadores, o presente documento, elaborado nos termos do artigo 53º do Decreto-Lei de Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, serve de suporte ao processo de registo da adequação destes ciclos de estudos junto da Direcção-Geral do Ensino Superior. A constante evolução tecnológica que a área da Engenharia Informática experimenta, praticamente desde a sua criação, representa um desafio único à definição de currículos estáveis e com forte formação de base. A proposta do presente documento representa uma evolução na continuidade, continuando a conciliar uma forte formação científica com uma adequada educação tecnológica, obtida essencialmente no segundo ciclo. A formação em Engenharia Informática e de Computadores no IST é ministrada em duas localizações distintas, Alameda e Tagus Park, sendo que o primeiro grau é idêntico em ambas as localizações, e o segundo grau se distingue pelas áreas de especialização. O presente documento suporta a adequação do segundo ciclo da Engenharia Informática e de Computadores, na Alameda,

2 OBJECTIVOS VISADOS PELOS CICLOS DE ESTUDOS

2.1 Formação em Engenharia Informática e de Computadores A área da engenharia informática, embora ainda jovem, em comparação com outras engenharias, tem, como é sabido, sido objecto de um rápido desenvolvimento pela concentração de recursos económicos em todas as actividades relacionadas com as tecnologias de informação e telecomunicações. A evolução curricular tem de acompanhar a evolução tecnológica que nalguns casos estende o domínio de actuação a novas realidades, obrigando a introduzir paradigmas novos no ensino. Apenas como exemplos recentes pode citar-se a evolução provocada pelos Sistemas Distribuídos, pelas novas Interfaces Pessoa-Máquina ou mais recentemente pela Computação Móvel. Esta evolução traduz-se pela actualização constante de currículos pelas Associações Profissionais mais prestigiadas do sector como a ACM e verifica-se em todas as grandes escolas internacionais. O objectivo da formação em engenharia informática e de computadores é garantir que os profissionais formados nesta área tenham condições para se adaptar às permanentes mutações tecnológicas que os esperam na sua actividade profissional. Face à definição de um modelo de ensino da Engenharia Informática em

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dois ciclos, defininem-se como objectivos fundamentais da presente proposta de adequação:

1. Criar um primeiro ciclo em Engenharia Informática, que proporcione uma sólida formação de base, mas que também permita mobilidade dos alunos, tanto para outras escolas, nacionais e europeias, como, eventualmente para o mercado de trabalho, que continua a mostrar-se interessado nesta formação, necessariamente limitada em termos autonomia técnica e de abrangência dos conhecimentos de índole tecnológica.

2. Criar um segundo ciclo em Engenharia Informática que, alicerçado na forte

formação de base dada pelo primeiro ciclo, tenha perfis atractivos para os alunos e para o mercado e que possa servir como base para os alunos que pretendam ingressar num Programa de Doutoramento. Os profissionais formados por este ciclo de estudos deverão ter capacidade de intervenção ao nível da definição conceptual de sistemas complexos, capacidade de vir a liderar equipas de projecto, análise e desenvolvimento de sistemas e exibir conhecimentos tecnológicos actualizados, no momento da sua formação.

3. Criar uma base sólida para a intervenção do Departamento de Engenharia

Informática e do IST na formação ao longo da vida, que representará uma componente cada vez mais importante do mercado da educação avançada.

2.2 Condições de Entrada O IST, no seguimento da entrada em vigor da reforma do ensino secundário, decidiu estabelecer quais as provas de ingresso que serão exigidas aos diferentes cursos do IST. Assim, para a engenharia informática, o curso de acesso do Ensino Secundário deverá ser Ciências e Tecnologias, devendo as provas de ingresso ser:

(i) Matemática A (3) e Física e Química (2), ou (ii) Matemática A (3) e Biologia e Geologia (2)

No entanto, para além das provas de ingresso, os alunos poderão ter frequentado disciplinas de formação complementar, as quais podem incluir, além de outras, Biologia e Geologia (2) na situação (1) e Física e Química (2) na situação 2.

2.3 Objectivos do segundo ciclo

Na definição do modelo a adoptar para o segundo ciclo, foram considerados como objectivos prioritários os seguintes:

• Criar as condições para que um número muito significativo de alunos do primeiro ciclo tenha interesse em frequentar o segundo ciclo, tanto oriundos do IST como de outras escolas, nacionais e internacionais, que ofereçam um primeiro ciclo compatível.

• Assegurar a criação de especializações com forte correspondência com a estruturação do mercado empregador, evitando criar percursos de formação artificiais que não tenham uma tradução clara em oportunidades de carreira.

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• Permitir manter a dinâmica de resposta às necessidades de uma área de Engenharia em profunda mudança tecnológica e que, para tal, necessita de uma actualização constante de conhecimento científicos e tecnológicos.

• Permitir que as áreas mais inovadoras, quer técnicas, quer científicas, associadas às Áreas científicas e Pedagógicas do Departamento de Engenharia Informática, continuem a ter um espaço curricular de forma a poder oferecer percursos conducentes ao 3º ciclo.

O grau de mestre em Engenharia Informática deverá ser atribuído aos alunos que demonstrem ter adquirido as competências nucleares que definem um Engenheiro desta especialidade, sendo identificados para o efeito os seguintes objectivos globais.

1. Exibir

• competências para uma intervenção profissional numa gama alargada de organizações industriais, serviços e investigação;

• competências para incorporar os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos na intervenção profissional;

• competências de empreendedorismo que permitam criar empresas de base tecnológica;

2. Conhecer e compreender: • os princípios, modelos e paradigmas fundamentais da engenharia informática,

sustentando-se nos conhecimentos obtidos no 1º ciclo, desenvolvidos e aprofundados e apoiando-se na utilização de materiais de ensino de nível avançado;

• as tendências de evolução e os paradigmas emergentes da engenharia informática, que sirvam de base ao desenvolvimento de soluções originais, em muitos casos a conceber no contexto de actividades de I&D;

• as responsabilidades éticas e profissionais associadas ao exercício da profissão de engenheiro informático, num contexto global e social.

3. Aplicar o conhecimento e a compreensão: • à concepção, ao projecto e à realização de sistemas e aplicações complexas, em

diversos ambientes, sistemas operativos e linguagens; • à concepção, ao projecto e à realização de projectos informáticos levados a cabo

por equipas multi-disciplinares; • ao desenvolvimento de sistemas que utilizem soluções tecnologicamente

avançadas, incluindo tecnologias que são de ponta na altura em que termina a formação;

• ao desenvolvimento de novas soluções, algoritmos e metodologias, para problemas que se situam na fronteira do conhecimento e são tópicos activos de investigação;

4. Formular juízos e propôr soluções para: • arquitecturas de sistemas de informação; • soluções para infra-estruturas de tecnologias de informação; • problemas complexos que requerem soluções sofisticadas, em termos dos

métodos, algoritmos e metodologias a aplicar;

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• desenvolvimento, avaliação, documentação e manutenção de aplicações distribuídas, de elevada complexidade, em ambientes diversos e heterógeneos;

• problemas que ocorrem em situações de informação limitada ou incompleta, tomando em atenção as implicações e responsabilidades éticas e sociais das soluções propostas;

5. Ser capaz de comunicar • por escrito, ou oralmente, as especificações de programas, aplicações e sistemas,

de forma completa e sem ambiguidades, incluindo contribuições feitas por terceiros enquadrados nas equipas de desenvolvimento;

6. Ter a capacidade de aprender • teorias, modelos e paradigmas que não constam do programa das unidades

curriculares frequentadas, incluindo as que se encontram na fronteira do conhecimento e que se encontram documentadas de forma altamente técnica, acessíveis apenas a especialistas;

• conhecimentos de outras domínios, incorporando-os no desenvolvimento de projectos da especialidade, que permitam integrar a engenharia informática em projectos multi-disciplinares, que serão cada vez mais numerosos, no futuro.

2.4 Resultados das avaliações externas A presente licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores do IST encontra-se reconhecida pela ordem dos engenheiros, e tem sido alvo de avaliações por comissões independentes. A presente proposta de adequação tomou em atenção as recomendações das comissões de avaliação externas e da ordem dos engenheiros, em geral, e, especificamente, nos seguintes aspectos:

1. Foi implementada a sugestão de reduzir a carga associada aos processo de avaliação dos alunos, através de um controlo mais efectivo da carga efectiva de trabalho associada a cada unidade curricular, associado à definição clara das horas de trabalho autónomo, definidas através do sistema de créditos ECTS.

2. Foi estimulada a formação humanista dos alunos, e solidificada a formação na área da gestão, através da manutenção do portfolio pessoal no segundo ciclo.

3. Através da adopção de um modelo de ensino em dois ciclos, com objectivos claramente definidos, será facilitada a internacionalização da licenciatura, e incentivado o intercâmbio com outras universidades nacionais e internacionais.

4. Foi estimulada a ligação ao mercado de trabalho empresarial, através da introdução de áreas aplicacionais, com forte intervenção dos parceiros sociais, e da definição de mecanismos que permitirão a execução de teses de mestrado em ambientes empresariais.

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3 FUNDAMENTAÇÃO DO NÚMERO DE CRÉDITOS

3.1 Número total de créditos do 2º ciclo de estudos em engenharia informática e de computadores

De acordo com o disposto no artigo 18º do Decreto-Lei de Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Engenharia Informática e de Computadores tem 120 créditos ECTS e uma duração normal de 4 semestres curriculares de trabalho.

3.2 Número de créditos de cada unidade curricular

A legislação que regula a organização dos curricula resultantes da implementação do processo de Bolonha determina que esta organização tenha como base o número de horas de trabalho do estudante (HT) medidas através de créditos (ECTS).

Com base nestes parâmetros e adoptando para o curso de engenharia informática e de computadores do IST um trabalho correspondente a 1680 horas por ano curricular, poder-se-á considerar que 1 ECTS corresponde a 28 horas de trabalho efectivo.

Para além da relação entre o número de horas e o número de créditos, foram igualmente estabelecidas opções em termos das cargas horárias. Assim, considerou-se como base de trabalho que as cargas horárias possam variar, ao longo dos anos curriculares, de forma a adaptar os modelos de ensino à maturidade dos alunos. Se nos primeiros anos se poderá justificar um maior número de horas de contacto em detrimento das horas destinadas ao trabalho autónomo, nos anos mais avançados justifica-se um menor número de horas de contacto e um maior espaço para o desenvolvimento autónomo. Assim, considerou-se uma distribuição do tipo que a seguir se indica:

Ciclo de formação Ano Nº máximo de horas

de contacto

1 22.5

2 22.5

1

3 20.0

1 20.0 2

2 20.0

Uma terceira vertente que foi considerada na organização do plano curricular é a que diz respeito ao regime de funcionamento que se admitiu ser semestral, à semelhança da generalidade dos cursos de engenharia informática das universidades Europeias, com as quais o IST promove intercâmbio de alunos.

No regime semestral considera-se que cada semestre terá uma duração de 14 semanas lectivas e será seguido de um período de avaliação com uma duração de 5 semanas. Este

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regime corresponde ao que se encontra actualmente em vigor no IST, ao qual corresponde em termos gerais:

1º semestre – Período lectivo: 2ª quinzena de Setembro a terceira semana de Dezembro; avaliações: Janeiro e 1ª semana de Fevereiro.

2º semestre – Período lectivo: 2ª quinzena de Fevereiro a 1ª semana de Junho, com interrupção de uma semana na Páscoa; avaliações: entre a 2ª semana de Junho e a 3ª semana de Julho.

Neste regime cada semestre corresponderá a 30 ECTS. Analogamente ao que sucede actualmente no IST, prevê-se a possibilidade de existência de 4 a 6 unidades curriculares a funcionar simultaneamente em cada semestre, correspondendo a uma média de 7,5 a 5 ECTS por unidade curricular, no caso de distribuição uniforme de créditos.

Contudo, a organização adoptada contemplou soluções em que coexistam unidades curriculares com diferentes exigências em termos de volume de trabalho. Assim, como forma de facilitar a partilha de unidades curriculares por diferentes planos de estudo, e de acordo com as recomendações constantes do ECTS USERS’ GUIDE1, considerou-se a hipótese de modelação das unidades curriculares nas seguintes tipologias:

UC5 – 7,5 ECTS – 210 HT

UC4 – 6,0 ECTS – 168 HT

UC3 – 4,5 ECTS – 126 HT

UC2 – 3,0 ECTS – 84 HT

UC1 – 1,5 ECTS – 42 HT

Paralelamente com a adopção de uma métrica ECTS para cada unidade curricular previu-se a forma como estas unidades curriculares se poderão associar para dar origem às organizações curriculares de cada semestre.

A organização dos planos curriculares do 2º ciclo de estudos em engenharia informática e de computadores foi efectuada tendo como base duas métricas independentes: carga horária presencial e número de créditos ECTS. A distribuição de carga horária presencial e de créditos ECTS respeitou os limites adoptados para cada uma destas grandezas para cada semestre lectivo. Embora se devam evitar adoptar regras monolíticas de correspondência directa entre cargas horárias e créditos ECTS, na fase actual de preparação dos currículos, não existindo ainda valores medidos para o número de horas de trabalho dispendido pelos alunos, será aconselhável definir algumas correspondências entre créditos ECTS e número de horas presenciais em unidades curriculares da mesma natureza.

Nestas condições, procurou-se, para alguns tipos de aulas e de unidades curriculares, tipificar a seguinte relação possível entre carga horária e créditos2.

1 ECTS USERS’ GUIDE, Directorate-General for Education and Culture, EU, Brussels, 2005

http://europa.eu.int/comm/education/programmes/socrates/ects/guide_en.pdf. 2 Esta tipificação encontra fundamento nos cursos que são actualmente leccionados no IST. (Caracterização dos Planos Curriculares 2004/2005, GEP-IST, Agosto 2005).

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Aula teórica

Neste tipo de aula considera-se que são abordados temas numa perspectiva eminentemente teórica e de natureza formativa. As matérias tratadas necessitarão de aprofundamento, desenvolvimento e prática a ser realizado pelo aluno de forma autónoma. Para este tipo de aula poderá considerar-se que por cada hora de contacto será necessário o aluno investir duas horas de trabalho extra aula.

Horas de contacto

semanais Horas de contacto

Horas de trabalho extra aula

Horas de trabalho

ECTS

1 14 28 42 1,5

Aulas práticas e/ou de laboratório, e de apoio ao projecto

Aulas onde através de resolução de problemas e/ou de programação de protótipos se comprovam ou testam conceitos já desenvolvidos. Neste tipo de aulas é executada uma componente de trabalho presencial. Em horas de trabalho extra o aluno deverá preparar os trabalhos a executar e eventualmente completar os relatórios, caso não o faça no decorrer das sessões presenciais. Para este tipo de aula estima-se que por cada hora de contacto será necessário o aluno investir uma hora de trabalho extra aula.

Em disciplinas mais avançadas, tipicamente em ambos os anos do segundo ciclo, estas aulas funcionam em grande parte como aulas de apoio ao projecto. Nestes casos, a componente de trabalho que o aluno deverá executar por si é muito mais significativa, justificando uma equivalência a um número muito superior de ECTS por cada hora de contacto.

Horas de contacto

semanais Horas de contacto

Horas de trabalho extra aula

Horas de trabalho

ECTS

1 (prática/laboratório) 14 14 28 1,0

1 (apoio ao projecto) 14 42 56 2,0

A distribuição de créditos ECTS pelas diferentes unidades curriculares foi efectuada tendo em conta que não se prevêem desvios significativos no que respeita às exigências do volume de trabalho solicitado aos alunos em relação à actual formação em engenharia informática e de computadores.

Os inquéritos aos alunos que o Conselho Pedagógico do IST tem efectuado todos os semestres mostram que, em termos médios, o número total de horas dispendido para cada unidade curricular está de acordo com o número total de créditos ECTS definido pelo Processo de Bolonha.

A avaliação da carga de trabalho dos alunos em cada unidade curricular, que envolve a previsão do esforço dispendido em cada componente de avaliação (efectuada pelos docentes no início do semestre), e o reporte do esforço realmente dispendido (efectuado semalmente pelos alunos), é uma experiência piloto que está em curso e que passará a constar dos procedimentos de monitorização de qualidade do ensino da informática no IST.

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4 SEGUNDO CICLO: MESTRADO EM ENGENHARIA INFORMÁTICA E DE COMPUTADORES

4.1 Designação

O segundo ciclo em Engenharia Informática permitirá aos alunos obterem o grau de Mestre em Engenharia Informática e de Computadores (MEIC) ao fim de 2 anos, desde que tenham obtido no mínimo 120 créditos ECTS.

O Diploma de Mestre em Engenharia Informática constitui um título profissional, que será alvo de pedido de acreditação na Ordem dos Engenheiros.

Propõem-se as seguintes designações para o diploma correspondente ao 2º ciclo:

• Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores.

• MSc. in Information and Software Engineering

4.2 Análise dos currículos do ACM e do Career Space Foi efectuada uma análise detalhada destas duas fontes que definem critérios claros para a formação dos Engenheiros informáticos. Apesar de usarem abordagens diferentes, ambas acabam por colocar a ênfase numa maior ligação dos conhecimentos às necessidades do mercado. Por nos parecer elucidativas, para clarificar as opções propostas, reproduzimos aqui algumas das principais figuras da perspectiva do ACM (Association for Computing Machinery). A figura 1 ilustra a evolução das principais licenciaturas nas duas últimas décadas e em particular a criação de novos tipo de formação.

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Figura 2 Perspectiva das Licenciaturas associadas à Informática e computadores nas duas últimas

décadas[CC 2005] Por nos parecer relevante para o modelo proposto, apresentamos um extracto destas descrições, bem como figuras indicando o espectro de áreas científicas abordadas e sua profundidade (também apresentada em [CC 2005]). Não consideramos a licenciatura em EE, por esta estar profundamente ligada à Engenharia Electrotécnica, sendo da competência do DEEC.

• CE (Computer Engineering) – Aborda o projecto e o desenvolvimento de computadores e de sistemas baseados nestes. Aborda o estudo de “hardware”, “software”, comunicações e a interacção entre estes domínios.

Os trabalhos realizados por licenciados em CE correspondem ao desenvolvimento de “software” utilizado por sistemas digitais e a interacção entre estes (não em programas directamente ao alcance de utilizadores).

Figura 3 – Cobertura de tópicos em CE.

• CS (Computer Science) – Aborda o estudo de um grande espectro de domínios da informática, desde os fundamentos teóricos e algorítmicos a desenvolvimentos de ponta tais como a robótica, sistemas inteligentes e bioinformática.

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O trabalho desenvolvido pelos seus licenciados divide-se por três grandes domínios (1) A concepção e desenvolvimento de “software”, tipicamente em tarefas de programação que apresentam desafios e na supervisão do trabalho de outros programadores; (2) O estudo de modos eficazes para a utilização dos computadores; (3) A investigação sobre novos modos de utilizar os computadores.

O ACM conclui que, enquanto outras licenciaturas em informática podem produzir licenciados melhor preparados para empregos específicos, a licenciatura de CS, através de uma formação mais fundamental, produz licenciados capazes de se adaptarem a novas tecnologias e a novas ideias.

Figura 4 – Cobertura de tópicos em CS.

• SE (Software Engineering) – Os licenciados em SE especializam-se no desenvolvimento e manutenção de grandes sistemas de “software” e de aplicações cuja segurança e correcto funcionamento são críticos.

As licenciaturas em SE apresentam uma sobreposição com as licenciaturas em CS, dando-se, nesta última, maior ênfase à fiabilidade e à manutenção, bem como às técnicas para o desenvolvimento e manutenção de programas que estão correctos desde a sua concepção.

Figura 5 – Cobertura de tópicos em SE.

• IS (Information Systems) – As licenciaturas em IS focam a integração das tecnologias de informação com os processos de negócios de modo a responder às

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necessidades das organizações. A maioria dos licenciados em IS é formada por escolas de gestão.

A principal actividade destes profissionais é estudar a informação que os sistemas computacionais podem fornecer, de modo a auxiliar as organizações a definirem e atingirem os seus objectivos no que diz respeito aos processos que estas mesmas poderão automatizar.

Figura 6 – Cobertura de tópicos em IS.

• IT (Information Technology) – As licenciaturas em IT focam-se na utilização da informática nas organizações, com ênfase na tecnologia e não na informação que os sistemas manipulam.

Os licenciados em IT possuem a combinação correcta de conhecimento e experiência de modo a gerir a infra-estrutura informática de uma organização e fornecer apoio às pessoas que a utilizam. Têm tipicamente a responsabilidade de seleccionar, instalar e manter o “hardware” e “software” utilizado pela organização.

Figura 7 – Cobertura de tópicos em IT.

Embora cada uma destas cinco licenciaturas apresente as suas características particulares, existe um corpo de conhecimento partilhado que as unifica com licenciaturas associadas à Informática. Não considerando nesta altura o posicionamento de outros mestrados, a desenvolver em colaboração com outros departamentos do IST, a evolução do ensino dos Computadores

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e Informática situa-se hoje na oferta de Licenciaturas associadas a engenharia electrotécnica na vertente do hardware EE e CE, à tradicional Engenharia Informática CS e SE e ligadas à adaptação da tecnologia aos problemas de negócio das empresas na vertente da estruturação do suporte aos processos e à informação de negócio IS e a operacionalização dos sistemas IS. A maioria das grandes escolas de Engenharia oferece estes perfis de especialização frequentemente como licenciaturas independentes com muitas cadeiras comuns nos primeiros anos de formação. O Departamento decidiu focar-se nos perfis de SE, IT e IS. Esta escolha tem várias justificações. O perfil de CE apesar de interessante e de esforços conjuntos na LEIC do DEI e do DEEC tem, na actual indústria Nacional, um potencial empregador com reduzida expressão comparativamente às restantes e tal tem sido verificado na atractividade para os alunos desta área de formação. Uma evolução possivelmente desejável seria esta área corresponder a um esforço conjunto a desenvolver com o DEEC que permita que uma formação de 2º ciclo nesta área seja frequentada por alunos com formação de 1º ciclo de Informática, Electrónica ou Electrotecnia. O núcleo de formação actual da LEIC situa-se entre os perfis de CS e de ES e acordo com uma análise percentual das recomendações ACM com maior peso na vertente de ES. Independentemente da atractividade que, um especialização mais focada nas áreas fundamentais típicas de CS, possa vir a ter para os alunos, o Departamento considera que existem valências de formação avançada e investigação que gostaria de desenvolver nesta área, mas de acordo com a actual estrutura de áreas cientificas tal deveria ser construído em colaboração com o DM numa perspectiva mais abrangente de formação de 2º ciclo para alunos oriundos de Informático ou formações em Matemática. O foco nas formações em ES, IS e IT foi discutido amplamente quer internamente ao Departamento quer com elementos externos e corresponde ao grosso das necessidades actuais de formação avançada nos domínios da Informática. É de realçar que esta conclusão está também de acordo com um estudo muito exaustivo da área da Engenharia Informática, elaborado a pedido do governo espanhol [LB2005]. As formações com uma clara vertente de adaptação às necessidades do mercado parecem-nos muito importantes na conjuntura das necessidades das empresas e coerente com o posicionamento do IST como uma Escola que procura no domínio da Engenharia Informática oferecer as especializações mais importantes para o mercado, com o objectivo de aumentar a atractividade do segundo ciclo, tanto do lado da procura dos alunos, como do ponto de vista de valorização desta formação pelas empresas.

4.3 Princípios estruturantes do 2º Ciclo: especialidades Face à análise anteriormente exposta, a decisão de fundo consistiu em definir se o segundo ciclo deveria ser único (com a designação de Engenharia Informática como está proposto) ou se deveriam existir 3 segundos ciclos, correspondentes às especializações de SE (Software Engineering), IT (Information Technology) e IS (Information Systems). Após prolongada discussão, foi decidido que o DEI irá apostar num segundo ciclo único, com a designação de “Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores”

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(MEIC), com 3 especialidades que correspondem às áreas de SE, IT e IS. Estas especialidades terão as designações de:

• Engenharia de Software (ES) • Tecnologia dos Sistemas Informáticos (TSI) • Sistemas de Informação Empresariais (SIE)

De forma a concretizar estas especialidades do 2º ciclo da Engenharia Informática considerou-se manter, à luz do que está proposto no DEI 2010, a separação em Áreas de Especialização Principais (AEP), com 5 unidades curriculares, e Áreas de Especialização Complementares (AEC) com 3 unidades curriculares, escolhidas de 5 disponíveis. A combinação adequada das Áreas de Especialização Principais com as Complementares permite ao aluno obter as três especialidades estabelecidas. No entanto, e na medida que o cariz genérico da especialidade em Engenharia de Software permite diferentes sub-especializações, considerou-se que poderão existir sub-especialidades, definidas pelas escolhas dos alunos de AEP e AEC, estando esta escolha, reflectida na designação da especialidade e de acordo com a Tabela 2.

MSc. in Information and Software Engineering

Mestre em Engenharia Informática

Enterprise Information Systems Sistemas de Informação Empresariais Information Technology Tecnologia dos Sistemas Informáticos Software Engineering Engenharia de Software

and Multimedia e Multimédia and Intelligent Systems e Sistemas Inteligentes and Robotic Systems e Sistemas Robóticos and Distributed Systems e Sistemas Distribuídos and Embedded Systems e Sistemas Embebidos and Programming e Programação

Tabela 2 - Designação das Especialidades do MEIC

Finalmente, o segundo ano do 2º ciclo incluirá uma aplicação concreta das competências adquiridas, de forma dotar os alunos de visão e experiência de aplicações relevantes para o mercado empregador de Engenheiros Informáticos, sendo portanto composto por uma área aplicacional, que deverá totalizar 12 ECTS, uma dissertação de mestrado com 30 ECTS, e duas opções livres. A estrutura do segundo ciclo em Engenharia Informática encontra-se ilustrada na Figura 9. Os créditos ECTS indicam valores mínimos. A componente de competências transversais concretiza-se na forma de três disciplinas de Portfolio Pessoal, complementadas por uma componente da dissertação.

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Figura 9 – Organização do 2º Ciclo

Licenciatura em Engenharia Informática e Computadores

AEP - Área de Especialização

Principal (Major) 36 ECTS

AEC - Área de Especialização Complementar

(Minor) 21 ECTS

Área Aplicacional

12 ECTS

Opção livre 6 ECTS

Dissertação de Mestrado (42 ECTS)

Mestre em Engenharia Informática e Computadores

Soft skills (3

ECTS)

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4.4 Áreas de especialização principais As Áreas de Especialização do 2º ciclo da Engenharia Informática dividem-se em Áreas de Especialização Principais (AEP) com 5 unidades curriculares e Áreas de Especialização Complementares (AEC) com 3 unidades curriculares, escolhidas de 5 disponíveis. Dada a variedade de formações e áreas aplicacionais possíveis, que representam, de facto, sub-especializações da especialidade em Engenharia de Software, considerou-se que poderão existir sub-especialidades, definidas pelas escolhas dos alunos da AEP e AEC (Área de Especialização Principal e Área de Especialização Complementar, respectivamente) como se apresenta na Figura 10.

Designação da Especialidade AEP AEC e Sistemas Inteligentes Sistemas

Inteligentes (SI) ES

e Multimédia Sistemas Multimédia (SM)

ES

e Sistemas Distribuídos Sistemas Distribuídos (SD)

ES

e Sistemas Embebidos Sistemas Embebidos (SE)

ES

e Sistemas Robóticos Sistemas Robóticos (SR)

ES

Engenharia de Software(ES)

e Programação Engenharia de Software (ES)

qualquer

Figura 10. Especialidades do 2º ciclo

As AEP desenvolvidas em colaboração com outros Departamentos têm de se gerir de acordo com estas regras e tem de ser claramente identificadas as suas saídas profissionais e qual o tipo de especialização que dão no leque global das actividades desenvolvidas em Engenharia Informática.

4.5 Áreas de Especialização Complementares Qualquer Área de Especialização Principal (AEP) pode ser escolhida pelos alunos como Área de Especialização Complementar. As AEC que correspondem a uma AEP serão sempre oferecidas no campus onde é oferecida a AEP, podendo ser oferecidas no outro campus caso se justifique em termos da procura de alunos e da relação custo/benefício em vigor.

4.6 Ofertas no Campus da Alameda

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Dada a necessidade de, por um lado diferenciar os dois campus em termos de especializações, e por outro garantir uma eficiência em termos de corpo docente, considerou-se que as áreas de especialização principais que irão ser oferecidas no âmbito do mestrado em Engenharia Informática e de Computadores são:

Campus da Alameda (AEP) • Engenharia de Software (ES) • Sistemas Distribuídos (SD) • Sistemas Inteligentes (SI) • Sistemas Robóticos (SR)

Além das áreas de especialização principais, serão oferecidas as seguintes áreas de especialização complementar, por campus:

Campus da Alameda (AEC) • Teoria da Computação (TC) • Codificação, Comunicação e Optimização (CCC) • Sistemas de Informação Empresariais3 (SIE) • Sistemas Multimédia (SM) • Sistemas Embebidos (SE)

Em cada ano, serão definidas as áreas de especialização, e as disciplinas dentro de cada área de especialização, que irão funcionar no ano seguinte. Isto permitirá adaptar a oferta às necessidades do mercado de alunos e de trabalho, flexibilizando o sistema, e reduzindo a necessidade de alterações profundas na estrutura do mestrado.

4.7 Áreas aplicacionais A formação dos alunos nas áreas de especialização, obtida durante o decorrer do 1º ano do segundo ciclo, será complementada pela escolha de uma Área Aplicacional (AA) compatível com a sua área principal de especialização. Os grupos de disciplinas de cada área aplicacional são constituídos por duas unidades curriculares, representando um total de 12 ECTS. Este grupo de unidades curriculares deverá representar uma área aplicacional de relevância para o mercado, ou para a investigação numa área relacionada com a Engenharia Informática. No primeiro caso, deverão ter objectivos e programa definidos numa perspectiva de interesse para o mundo empresarial, que deverá ser envolvido na definição dos mesmos. O Departamento vai dinamizar uma discussão com o Conselho Consultivo no sentido de procurar envolver empresas ou organizações na definição de áreas aplicacionais que sejam do seu interesse. Antevemos que, com a necessária supervisão de docentes da Escola, um número significativo destas disciplinas possam contar com docentes com experiência profissional relevante.

3 Nova área de especialização complementar na Alameda.

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Para o Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores foram definidas, de momento, seis Áreas Aplicacionais, podendo esta lista vir a ser ajustada (através da criação ou extinção de áreas aplicacionais) de acordo com recomendações externas e parecerias estabelecidas pelo DEI. As áreas aplicacionais definidas na altura em que o presente documento foi elaborado são:

• Língua Natural, Na última década, assistiu-se a uma transformação

revolucionária no domínio das tecnologias associadas ao processamento de língua natural. As aplicações neste domínio são inúmeras, cobrindo, por exemplo, sistemas de apoio à escrita, de pesquisa de informação, de diálogo, ou de tradução automática, podendo ser usadas para fins educacionais (e-learning), suporte a portadores de deficiências (e-inclusion) e sistemas de domótica entre muitos outros. A área aplicacional em Língua Natural que, na continuidade da disciplina introdutória de Língua Natural, tem como objectivo dar aos alunos uma forte formação no domínio das tecnologias associadas ao processamento de língua natural. Neste contexto, existirão duas unidades curriculares: uma que trata o processamento de fala (envolvendo o Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores); outra centrada nas questões de desenvolvimento de aplicações em língua natural, da responsabilidade do DEI.

• Biologia Computacional. A bioinformática, ou biologia computacional, emergiu como uma área agregadora que tem como objectivos integrar, disponibilizar e analisar de forma eficiente as grandes quantidades de informação criadas pelas novas tecnologias de sequenciação de genomas, de análise da expressão genética global e de geração de dados biológicos em grande escala. Futuros desenvolvimentos destas técnicas e a sua exploração permitirão efectuar a análise de sistemas biológicos de uma forma integrada, o que representa uma mudança de paradigma fundamental na área da biologia molecular. Esta área representa uma importante área aplicacional para os engenheiros informáticos, embora restrita, durante os próximos anos, a um nicho de mercado, dado o volume relativamente reduzido de posições abertas pela indústria nacional nesta área. Por outro lado, é uma área em que é expectável que venha a existir um crescimento acentuado da procura nos próximos anos. Esta área tem sido desenvolvida através da cooperação interdepartamental entre os departamentos de Engenharia Informática, Engenharia Química e Biológica e Engenharia Electrotécnica do IST e da cooperação institucional com a Faculdade de Medicina de Lisboa e a Universidade Claude Bernard, em Lyon.

• Informação e Conhecimento. A globalização verificada nos últimos anos tem provocado alterações profundas na sociedade, transformando-a numa sociedade, em que cada vez mais, o conhecimento é visto como um valor fulcral de uma organização, o qual domina o seu comportamento. Neste contexto, as dificuldades essenciais são lidar, de forma eficaz e eficiente, com a abundância de informação, de modo a permitir extrair o conhecimento implícito que lhe está subjacente e apoiar o processo de tomada de decisão. De entre as várias necessidades associadas à gestão destes grandes volumes de informação, destacam-se necessidades ao nível da gestão do conhecimento, da gestão documental e da gestão e recuperação de informação não estruturada, geralmente textual. A qualquer destes níveis, a exigência de ferramentas e abordagens dedicadas e de profissionais capazes de lidar com as especificidades deste problema é premente. Assim esta área representa uma área aplicacional da Eng. Informática com importância reconhecida e crescente.

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Encontram-se ainda em análise outras possíveis áreas aplicacionais, que não se encontram detalhadas no presente documento por não existirem ainda propostas concretas para a sua implementação.

4.8 Unidades curriculares de opção A presente proposta continua a privilegiar a liberdade de escolha dos alunos, tanto em termos das combinações possíveis de áreas de especialização, como em termos da escolha de opções livres. No segundo ano do Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores, o aluno deverá escolher uma unidade curricular de opção, livre, tendo que perfazer, no mínimo, 6 ECTS. Esta unidade curriculare poderá ser escolhida de entre as seguintes:

• Quaisquer unidades curriculares do IST, com a aprovação do coordenador do MEIC.

• Unidades curriculares de opção explicitamente constantes numa lista recomendada, elaborada anualmente pelo coordenador do MEIC.

• Unidades curriculares de opção recomendadas pela área aplicacional escolhida pelo aluno.

• Unidades curriculares de outras áreas de especialização do MEIC. • Unidades curriculares de outras áreas aplicacionais.

4.9 Competências transversais no 2º ciclo A manutenção do portfolio pessoal irá continuar a permitir aos alunos da Engenharia Informática uma formação diversificada, em termos de competências horizontais. Esta medida, fortemente recomendada pelo mundo profissional, estimula o estudante a aprender, de forma diversificada, um conjunto de conhecimentos e a adquirir várias competências sociais, culturais, comportamentais, científicas e tecnológicas, profissionais, etc., as quais serão listadas, documentadas, avaliadas e reconhecidas pela Escola, e oficialmente inseridas no seu Portfolio Pessoal. Este é um instrumento para reconhecer, estimular e apoiar o desenvolvimento do estudante num contexto fora do ensino tradicional. É também uma oportunidade para começarmos e enquadrar a tremenda actividade e dispersão que os nossos alunos estão a sofrer desde os primeiros anos, começando logo a sua vida profissional e empresarial, sem que a Escola esteja a conseguir converter essa situação numa oportunidade de aprendizagem minimamente estruturada.

De acordo com o estipulado pela CCCC-IST, as competências de natureza transversal devem totalizar no mínimo 15 créditos ECTSs na totalidade dos dois ciclos de formação, com um número mínimo de 6 créditos em cada um. Assim, propõe-se que no segundo ciclo (MEIC) os alunos adquiram 7,5 créditos ECTSs em competências transversais que serão obtidos através da frequência de duas unidades curriculares de Portfolio Pessoal (3 ECTS no segundo ano do ciclo, através das disciplinas de Portfolio Pessoal III e IV) e 4,5 ECTS obtidos no contexto da sua dissertação de mestrado.

No contexto do segundo ciclo, as actividades de Portfolio Pessoal devem constituir um pré-enquadramento dos estudantes no mundo exterior. Nesta perspectiva, privilegiar-se-á

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a realização de estágios profissionais de curta duração bem como a participação num conjunto de seminários temáticos. Serão envidados esforços para que se proponha todos os anos um leque de seminários tão diversificado quanto possível, para que cada aluno possa seleccionar os temas que mais lhe interessam. Os referidos seminários englobarão essencialmente temas não relacionados com a engenharia, tais como direito, logística, ética, empreendedorismo etc.., e visam alargar os horizontes dos estudantes.

COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS NO 2º CICLO

Área Científica Nº de créditos Unidades Curriculares Outras competências 3 PORTFOLIO PESSOAL III

PORTFOLIO PESSOAL IV

Total de Créditos = 3

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4.10 Estrutura curricular do 2º ciclo 1º ANO ECTS ECTS Disciplina I da AEP 6,0 Disciplina IV da AEP 7,5 Disciplina II da AEP 7,5 Disciplina V da AEP 7,5 Disciplina I da AEC 7,5 Disciplina III da AEC 6,0 Disciplina III da AEP ou Disciplina II da AEC 7,5 Disciplina III da AEP ou Disciplina II da AEC 7,5 Portfolio Pessoal III 1,5 Portfolio Pessoal IV 1,5

Total 30 Total 30 2º ANO ECTS ECTS Disciplina I da Área Aplicacional 6 Disciplina II da Área Aplicacional 6 Disciplina de Opção I 6 Disciplina de Opção I (se não frequentada) 6

Tese de Mestrado 18 ou 24 Tese de Mestrado 18 ou

24 Total 30 Total 30

Tabela 3 – Estrutura Curricular para o 2º ciclo (MEIC)

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4.11 Unidades curriculares que constituem cada área de especialização Principal

Área de Especialização Principal: Engenharia de Software

Esta área de especialização dá aos alunos uma formação que lhes permite desenvolver efectivamente sistemas complexos. Este perfil corresponde a uma formação mais avançada nas áreas de programação e engenharia de software, com ênfase na componente de gestão de equipas. Esta área, sendo uma das áreas de especialização centrais do MEIC, corresponderá previsivelmente ao perfil de licenciados com mais procura no mercado nacional e internacional. Empregadores típicos serão as empresas de serviços da área da banca e seguros, empresas fornecedoras de serviços informáticos e empresas de telecomunicações. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em: Análise e projecto de sistemas complexos. Técnicas de gestão de projecto de sistemas Modelação e uso de dados em sistemas informáticos.

ES

Área Científica Grupo de

Disciplinas Nº de créditos

Unidades Curriculares

Arquitectura e Sistemas Operativos

Sistemas Operativos e Sistemas Distribuídos

7.5 PLATAFORMAS PARA APLICAÇÕES DISTRIBUIDAS NA INTERNET (2º semestre)

Eng. da Programação

13,5 ARQUITECTURAS DE SOFTWARE (1º semestre) QUALIDADE DE SOFTWARE (2º semestre)

Metodologia e Tecnologia. da Programação

Linguagens de Programação

7,5 PROGRAMAÇÃO AVANÇADA (1º semestre)

Sistemas de Informação Tecnologias dos Sistemas de Informação

7,5 GESTÃO DE PROJECTOS INFORMÁTICOS (1º semestre)

Total de Créditos = 36

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Área de Especialização Principal: Sistemas Distribuídos

O objectivo desta área é formar especialistas em sistemas computacionais, com domínio das suas componentes de hardware e software. Este perfil corresponde assim a uma formação mais avançada na área da arquitectura dos sistemas operativos e das tecnologias subjacentes à criação de sistemas computacionais distribuídos de elevada complexidade. As designações profissionais que se aplicarão com naturalidade aos licenciados com esta área de especialização serão engenheiro de sistemas ou arquitecto de sistemas. Existem vários empregadores que requerem os conhecimentos fornecidos por esta área de especialização, entre os quais se destacam os das áreas que têm necessidades prementes de sistemas com arquitecturas complexas: banca, seguradoras, e operadores de telecomunicações. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em: Análise e projecto de sistemas computacionais complexos. Desenvolvimento de aplicações em sistemas distribuídos Gestão, configuração e operação de sistemas de computadores.

SD

Área Científica

Grupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Arquitectura e Sistemas Operativos

Sistemas Operativos e Sistemas Distribuídos

30 AMBIENTES VIRTUAIS DE EXECUÇÃO (1º semestre) PLATAFORMAS PARA APLICAÇÕES DISTRIBUÍDAS NA INTERNET (2º semestre) SEGURANÇA INFORMÁTICA EM REDES E SISTEMAS (1º semestre) COMPUTAÇÃO MÓVEL (2º semestre)

Metodologia e Tecnologia da Programação

Algoritmia 6 COMPUTAÇÃO PARALELA E DISTRIBUÍDA (2º semestre)

Total de Créditos = 36

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Área de Especialização Principal: Sistemas Inteligentes

O objectivo desta área é formar especialistas em sistemas inteligentes. Assim, a área de especialização centra-se no projecto e análise de sistemas inteligentes que poderão ser componentes de software ou mesmo máquinas que actuam num ambiente externo. O objectivo desta especialização é dotar aos alunos da capacidade de determinar soluções para problemas que são difíceis de resolver utilizando métodos tradicionais. O uso de heurísticas de procura, de algoritmos específicos de aprendizagem, de sistemas multi-agentes permite aos alunos a elaboração de soluções para problemas cada vez mais complexos no seio da informática. A formação ministrada por esta área de especialização permite que os seus alunos tenham a sua actividade profissional na área designada de forma genérica por engenharia de software. Os empregadores para engenheiros informáticos com esta área de especialização actuarão, tipicamente, em empresas de desenvolvimento de software e de consultadoria e serviços nas áreas de comércio electrónico, sistemas de apoio à decisão, CRM e gestão de conhecimento. Entre as designações profissionais aplicáveis a engenheiros com esta área de especialização encontram-se as seguintes: engenheiro de sistemas e engenheiro do conhecimento. Esta área científica fornece competências específicas em: • Técnicas avançadas de resolução de problemas. • Projecto de sistemas adaptáveis, para resolução de problemas complexos. • Projecto de sistemas que interajam com seres humanos usando interfaces naturais.

SI

Área Científica

Grupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Tecnologia de Inteligência Artificial

13,5 PROCURA E PLANEAMENTO (1º semestre) REPRESENTAÇÂO DO CONHECIMENTO E RACIOCÍNIO (2º semestre)

Inteligência Artificial

Sistemas Inteligentes

22,5 LÍNGUA NATURAL (1º semestre) AGENTES AUTÓNOMOS E SISTEMAS MULTI-AGENTE (2º semestre) SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO (2º semestre)

Total de Créditos = 36

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Área de Especialização Principal: Sistemas Robóticos

A área de especialização em Robótica e Sistemas dá aos alunos uma formação que os torna capazes de lidar com a crescente complexidade e diversidade dos problemas e sistemas com que se deparam na vida real e em particular, em sistemas robóticos. Esta capacidade é conseguida através do ensino de ferramentas teóricas e práticas adequadas, de modo a conceber e implementar soluções informáticas que resolvam os problemas por sistemas robóticos. Por outro lado, é cada vez mais frequente que a visão monolítica de sistema esteja a ser substituída por uma perspectiva distribuída de sistema, integrando diversos sub-sistemas inter-actuantes, com funcionalidades próprias e com variados graus de autonomia. As designações profissionais que se aplicarão naturalmente aos licenciados com este perfil são: engenheiro de sistemas; engenheiro de sistemas e automação. Esta área, sendo uma das áreas mais interdicisplinares da LEIC, corresponderá previsivelmente a um perfil de licenciados com significante procura no mercado nacional e internacional. Empregadores típicos indústrias, assim como empresas que desenvolvam a sua actividade em áreas com grande interdisciplinaridade. Esta área confere aos alunos competências profissionais específicas em: Controlo e robótica. Modelação e controlo de sistemas industriais. Técnicas genéricas de optimização.

SR

Área Científica Grupo de

Disciplinas Nº de créditos

Unidades Curriculares

Controlo, Automação e Informática Industrial

Informática Industrial

22,5 SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO (1º semestre) MODELAÇÃO E CONTROLO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO (2º semestre) * CONTROLO E DECISÃO INTELIGENTE (1º semestre)

Decisão e Controlo Decisão e Controlo

13,5 ROBÓTICA (2º semestre) PROCESSAMENTO DE IMAGEM E VISÃO ARTIFICIAL (1º semestre)

* Partilhada com a área científica de Decisão e Controlo (DEEC). Total de Créditos = 36

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4.12 Unidades curriculares que constituem cada área de especialização complementar

Área de Especialização Complementar: Sistemas Embebidos

Esta área de especialização tem como objectivo formar alunos com sólidos conhecimentos da realidade física que suporta os sistemas embebidos. Alunos com formação nesta área estarão especialmente vocacionados para o desenvolvimento de software sobre arquitecturas específicas e programação de sistemas embebidos. Entre as designações profissionais aplicáveis a engenheiros com esta área de especialização encontram-se as seguintes: projectista de sistemas, engenheiro de sistemas e arquitecto de sistemas computacionais. As empresas que são naturais empregadores para engenheiros informáticos com formação nesta área são da área do desenvolvimento de sistemas electrónicos e sistemas embarcados, tais como a Siemens, Alcatel, ChipIdea, Octal, Tape, etc, . São também empregadores naturais todas as empresas da área de telecomunicações, que desejem contratar engenheiros com conhecimentos profundos dos sistemas embebidos que suportam os complexos sistemas actuais.

SE

Área Científica

Grupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Arquitectura de Computadores e Sistemas Embebidos

15 ARQUITECTURAS PARA COMPUTAÇÂO EMBEBIDA (2º semestre) APLICAÇÕES PARA SISTEMAS EMBEBIDOS (1º semestre)

Aplicações e Serviços em Redes

7,5 AMBIENTES INTELIGENTES (1º semestre)

Arquitectura e Sistemas Operativos

Sistemas Operativos e Sistemas Distribuídos

7,5 COMPUTAÇÃO MÓVEL (2º semestre)

Sistemas de Decisão e Controlo

Sinais e Sistemas 6 PROCESSAMENTO DIGITAL DE SINAIS (2º semestre)

Total de Créditos = 21

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Área de Especialização Complementar: Sistemas de Informação Empresariais

Esta área de especialização dá aos alunos uma formação que lhes permite compreender e gerir soluções complexas de sistemas de informação. Este perfil corresponde a uma formação mais avançada nas áreas de arquitectura de sistemas de informação, planeamento estratégico de sistemas de informação, engenharia de processos de negócio e gestão da função informática dentro das organizações. Entre as designações profissionais que se aplicarão naturalmente aos licenciados com este perfil estão: arquitecto de sistemas de informação; consultor de soluções informáticas e engenheiro de sistemas de informação. A combinação destas duas vertentes, aliada à formação em sistemas de informação, permite formar engenheiros informáticos com um forte potencial nas organizações. Empregadores típicos para engenheiros com este perfil serão as empresas de serviços de consultadoria e as empresas nacionais e internacionais de grandes dimensões. Esta área confere aos alunos competências em: Análise e projecto de sistemas de informação complexos Modelação e uso de dados em sistemas de informação Conhecimento das tecnologias das soluções informáticas correntes no mercado Conhecimento dos processos de negócio tipo das organizações reais Gestão dos sistemas de informação e da função informática

SIE

Área Científica

Grupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Tecnologias dos Sistemas de Informação

13,5 SISTEMAS EMPRESARIAIS INTEGRADOS (2º semestre) GESTÂO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO (1º semestre)

Sistemas de Informação

Arquitectura e Gestão dos Sistemas de Informação

15 ARQUITECTURA ORGANIZACIONAL DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (1º semestre) ARQUITECTURA, PROCESSOS E FERRAMENTAS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (2º semestre)

Inteligência Artificial

Sistemas Inteligentes

7.5 SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO (2º semestre)

Total de Créditos = 21

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Área de Especialização Principal: Sistemas Multimédia

A área de especialização em Sistemas e Multimédia confere aos alunos uma formação que lhes permite desenvolver efectivamente sistemas multimédia distribuídos de média e alta complexidade. Os engenheiros informáticos adquirem, nesta área de especialização, os conhecimentos necessários para propor e avaliar soluções em que os factores humanos e a ergonomia sejam fundamentais. Um engenheiro informático que escolha esta especialização ficará habilitado a criar protótipos baseados em ambientes virtuais e de simulação utilizando as tecnologias mais recentes disponíveis no mercado. Entre as designações profissionais que serão aplicáveis aos licenciados com este perfil encontram-se as seguintes: engenheiro de software multimédia, engenheiro de sistemas multimédia. Esta área corresponderá a um perfil de mestrados com grande procura no mercado nacional e internacional. Todas as empresas que necessitem de desenvolver, manter e actualizar sistemas multimédia e interfaces pessoa-máquina de elevada usabilidade terão interesse em licenciados com esta especialização. Empregadores típicos serão as empresas da área de conteúdos, empresas fornecedoras de soluções de computação gráfica e de multimédia e empresas de telecomunicações. Esta área científica confere competências específicas em: • Identificação e avaliação dos requisitos funcionais de sistemas multimédia. • Projecto de interfaces pessoa–máquina. • Projectar protótipos, simuladores e ambientes de realidade virtual e aumentada. • Criação e integração de conteúdos multimédia.

SM

Área CientíficaGrupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Visualização Gráfica

15 ANIMAÇÃO E VISUALIZAÇÃO TRI-DIMENSIONAL (1º semestre) PROGRAMAÇÂO 3D PARA SIMULAÇÃO E JOGOS (2º semestre)

Computação Gráfica e Multimédia

Interacção e Multimédia

13,5 CONCEPÇÃO CENTRADA NO UTILIZADOR (1º semestre) PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS MULTIMÉDIA (2º semestre)

Inteligência Artificial

Sistemas Inteligentes

7.5 AGENTES AUTÓNOMOS E SISTEMAS MULTI-AGENTE (2º semestre)

Total de Créditos = 21

30

Área de Especialização Complementar: Teoria da Computação O objectivo desta área de especialização complementar é fornecer aos alunos interessados numa carreira de investigação as bases teóricas da Engenharia Informática, incluindo competências específicas em: • teoria da computabilidade e da complexidade; • teoria das linguagens e seus processadores; • fundamentos lógicos e algébricos da Engenharia da Programação • fundamentos de criptografia e protocolos de segurança.

TC

Área CientíficaGrupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Matemática Lógica e Computação

25,5 COMPUTABILIDADE E COMPLEXIDADE (1º semestre) CONCEPÇÃO E VERIFICAÇÃO DE SISTEMAS CONCORRENTES (2º semestre) CRIPTOGRAFIA E PROTOCOLOS DE SEGURANÇA (2º semestre) FUNDAMENTOS DE LÓGICA E TEORIA DA COMPUTAÇÃO (1º semestre)

Metodologia e Tecnologia da Programação

Algoritmia 7,5 TÓPICOS AVANÇADOS EM ALGORITMOS (2º semestre)

Total de Créditos = 21

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Área de Especialização Complementar: Codificação, Comunicação e Optimização

O objectivo desta área de especialização é fornecer preparação complementar em tópicos relevantes para a concepção e gestão de redes e sistemas, incluindo competências específicas em:

- Combinatória, teoria de códigos e da informação; - Métodos numéricos e de optimização.

CCO

Área Científica Grupo de Disciplinas

Nº de créditos Unidades Curriculares

Sistemas, Decisão e Controlo

Decisão e Controlo 7,5 ALGORITMOS E OPTIMIZAÇÃO (1º semestre)

Telecomunicações Fundamentos das Comunicações

7,5 TEORIA DE INFORMAÇÃO (2º semestre)

Análise Numérica e Análise Aplicada

7,5 ANÁLISE NUMÉRICA (1º semestre)

Álgebra e Topologia 12 COMBINATÓRIA E TEORIA DOS CÓDIGOS (2º semestre) PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA (1º semestre)

Total de Créditos = 21

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4.13 Unidades curriculares que constituem cada área aplicacional

Área Aplicacional: Biologia Computacional A bioinformática, ou biologia computacional, emergiu como uma área agregadora que tem como objectivos integrar, disponibilizar e analisar de forma eficiente as grandes quantidades de informação criadas pelas novas tecnologias de sequenciação de genomas, de análise da expressão genética global e de geração de dados biológicos em grande escala. Futuros desenvolvimentos destas técnicas e a sua exploração permitirão efectuar a análise de sistemas biológicos de uma forma integrada, o que representa uma mudança de paradigma fundamental na área da biologia molecular. Esta área representa uma importante área aplicacional para os engenheiros informáticos, embora restrita, durante os próximos anos, a um nicho de mercado, dado o volume relativamente reduzido de posições abertas pela indústria nacional nesta área. Por outro lado, é uma área em que é expectável que venha a existir um crescimento acentuado da procura nos próximos anos. Esta área tem sido desenvolvida através da cooperação interdepartamental entre os departamentos de Engenharia Informática, Engenharia Química e Biológica e Engenharia Electrotécnica do IST e da cooperação institucional com a Faculdade de Medicina de Lisboa e a Universidade Claude Bernard, em Lyon.

Área CientíficaGrupo de Disciplinas

Nº de créditos

Unidades Curriculares

Ciências Biológicas 6 GENÓMICA FUNCIONAL E BIOINFORMÁTICA (2º semestre)

Metodologia e Tecnologia da Programação

Algoritmia 6 BIOLOGIA COMPUTACIONAL (1º semestre)

Total de Créditos = 12

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Área Aplicacional: Língua Natural Na última década, assistiu-se a uma transformação revolucionária no domínio das tecnologias associadas ao processamento de língua natural. As aplicações neste domínio são inúmeras, cobrindo, por exemplo, sistemas de apoio à escrita, de pesquisa de informação, de diálogo, ou de tradução automática, podendo ser usadas para fins educacionais (e-learning), suporte a portadores de deficiências (e-inclusion) e sistemas de domótica entre muitos outros. A nível nacional, empresas como a Priberam, a Porto Editora, a Vodafone e a Portugal Telecom apostam nestas tecnologias; a Direcção Geral de Turismo investiu numa interface em língua natural para aceder a informação sobre recursos turísticos e, no Museu da Tecnologia, encontra-se a Casa do Futuro onde está instalado um sistema de domótica que funciona através da fala. Mais recentemente, a própria Microsoft abriu um pólo em Portugal dedicado ao processamento da língua Portuguesa escrita e falada. Sendo esta uma área de ponta, com um mercado próprio e em grande expansão, a área aplicacional em Língua Natural que, na continuidade da disciplina introdutória de Língua Natural, tem como objectivo dar aos alunos uma forte formação no domínio das tecnologias associadas ao processamento de língua natural. Neste contexto, existirão duas disciplinas: uma que trata o processamento de fala (envolvendo o Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores); outra centrada nas questões de desenvolvimento de aplicações em língua natural.

Área CientíficaGrupo de

DisciplinasNº de créditos

Unidades Curriculares

Sistemas, Decisão e Controlo

Sinais e Sistemas

6 PROCESSAMENTO DE FALA (1º semestre)

Inteligência Artificial

Sistemas Inteligentes

6 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE LÍNGUA NATURAL (2º semestre)

Total de Créditos = 12

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Área Aplicacional: Informação e Conhecimento

A globalização verificada nos últimos anos tem provocado alterações profundas na sociedade, transformando-a numa sociedade, em que cada vez mais, o conhecimento é visto como um valor fulcral de uma organização, o qual domina o seu comportamento. Neste contexto, as dificuldades essenciais são lidar, de forma eficaz e eficiente, com a abundância de dados e de informação, de modo a permitir extrair o conhecimento implícito que lhe está subjacente e apoiar o processo de tomada de decisão. De entre as várias necessidades associadas à gestão destes grandes volumes de informação, destacam-se necessidades ao nível da gestão do conhecimento, da gestão documental e da gestão e recuperação de informação não estruturada, geralmente textual. A qualquer deste níveis, a exigência de ferramentas e abordagens dedicadas e de profissionais capazes de lidar com as especificidades deste problema é premente. Assim a área de Gestão de Conhecimento representa uma área aplicacional para os informáticos com importância reconhecida e crescente. Existem ligações estreitas através de intercâmbio regular de investigadores com grupos de topo a nível mundial nesta área, nomeadamente o grupo AIFB da Universidade de Karlsruhe (http://www.aifb.uni-karlsruhe.de) e o grupo ISWeb da Universidade Koblenz-Landau (http://isweb.uni-koblenz.de). Existem igualmente ligações estreitas a grandes empresas portuguesas que utilizam sistemas de gestão de conhecimento, as quais permitirão dar uma visão completa e real para o problema da gestão de conhecimento em organizações reais e para as soluções em utilização no mundo empresarial neste momento.

Área CientíficaGrupo de

DisciplinasNº de créditos

Unidades Curriculares

Inteligência Artificial

Sistemas Inteligentes

12 RECUPERAÇÃO E GESTÃO DE INFORMAÇÃO (1º semestre) GESTÃO E ENGENHARIA DO CONHECIMENTO (2º semestre)

Total de Créditos = 12

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REFERÊNCIAS [ABET 2003] Criteria for Accrediting Computing Programs, ABET, November 2003.

http://www.science.purdue.edu/faculty_staff/committees/undergrad_task_force/articles/ABET%20CAC%20Criteria%20200405.pdf

[ICT 2001] Curriculum Development Guidelines, Career Space, 2001. http://www.career-space.com [CC 2005] Computing Curricula 2005 – The Overview Report, including The Guide to the

Undergaduate Degrees in Computing, A cooperative Project of ACM, AIS, IEEE-CS, April 2005.

http://www.acm.org/education/curricula.html#CC2005 [LB2005] Libro Blanco, Título de grado en inginiería informatíca, Agencia Nacional de Evaluatión

de Calidad y Acreditación, 2005 [DEI 2002] DEI 2010: Proposta de Reestruturação das Licenciaturas no domínio da Informática,

Departamento de Engenharia Informática, 2002.