Upload
petpolpub-utfpr
View
216
Download
4
Embed Size (px)
DESCRIPTION
CICLO DE LEITURA – “O Alienista” DE MACHADO DE ASSIS
Citation preview
0
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
RELATÓRIO DE ATIVIDADE
CICLO DE LEITURA – “O Alienista” DE MACHADO DE ASSIS
CURITIBA
MAIO DE 2012
1
EQUIPE TÉCNICA:
Prof. Dr. Christian Luiz da Silva (coordenador) – Tutor Bolsista PET/ MEC
Bolsistas PET/ MEC:
Gabriela Pelissari Machado
Juliana Nami Fugii
Letícia Sayuri Kumegawa
Marta Chaves Vasconcelos
Lucas Eduardo Mathias
Letícia Duwe
Integrantes Voluntários:
Leila Aparecida Szychta
Heloísa Sbrissia Selzler
FINANCIAMENTO:
Programa de Educação Tutorial (PET) – Ministério da Educação
Proext 2010 – Programa de Extensão: projeto ―Observatório Socioeconômico de
Políticas Públicas e Inclusão Produtiva‖
APOIO:
Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (PGP –
UTFPR)
Programa de Pós-graduação em Tecnologia (PPGTE – UTFPR)
Departamento de Gestão e Economia (DAGEE – UTFPR)
2
Sumário
Apresentação...................................................................................................... 03
Pontos Discutidos .............................................................................................. 05
Apêndice1 – Apresentação do autor .................................................................. 07
Apêndice 2 – Participantes ................................................................................ 08
3
APRESENTAÇÃO
O ciclo de leitura compõe com o ciclo de cinema, a semana de políticas públicas que tem por
objetivo o debate sobre temas pertinentes a políticas públicas a partir de produções com
finalidades não acadêmicas, mas que permeiam o discurso acadêmico sobre o tema.
Dia 23 de maio de 2012, às 09h, na sala A302 – sede central do Câmpus Curitiba da UTFPR –
estava marcado para que primeiramente fosse exposto o conto O Alienista de Machado de
Assis. Seu enredo, e implicações na formação de uma análise das políticas públicas de saúde,
foram apresentados por uma integrante do grupo PET de Políticas Públicas, e, em seguida,
discutidos termos e assuntos pertinentes.
Esse conto foi escolhido porque é bastante realista com relação ao modo de escrita, por se
tratar de um clássico da literatura brasileira, e porque existem nele, críticas sobre a
implantação de medidas a fim de sanar um problema público, e a movimentação das pessoas
com relação aos interesses particulares versus interesses públicos. O alienista, chamado
Bacamarte, é um sábio da área médica e chega a Itaguaí para estudar a sanidade mental. Ele
resolve voltar ao Brasil, por não ter dinheiro para custear seus estudos no estrangeiro. Casa
com D. Evarista, pensando que esta lhe daria filhos robustos, contudo ela não os dá. Ele se
interessa muito pela patologia cerebral e pensa na criação da Casa Verde, um sanatório, e
então propõe aos vereadores essa idéia e estes aceitam, sem muita questão de fazê-la.
Bacamarte separa os loucos bravos em quartos fechados e os loucos mais mansos poderiam
ficar livres, andando pela casa. Simão Bacamarte se interessa muito pela patologia cerebral, e,
ao perceber que os dementes de Itaguaí não tinham tratamento adequado – os mais agressivos
ficavam presos em casa, e os mais mansos ficavam livres nas ruas – decidiu propor à
vereança, a criação de uma casa de orates, ou seja, um sanatório, onde ele estudaria os casos
individualmente, e os trataria.
A Câmara aprova o projeto de Bacamarte, que constrói uma casa de Orates, com as janelas
verdes, e que passa a ser chamada de Casa Verde por esse motivo. Aqueles pacientes que não
teriam condição de custear a estadia na casa, receberiam ajuda da câmara de vereadores.
Foram sete dias para a inauguração da Casa Verde. Bacamarte se mostra caridoso no começo
do funcionamento da Casa, mas não será sempre assim. Então, seguindo com o
funcionamento do sanatório, o alienista começa a levar todos para lá e classificá-los de acordo
com o que considerava ―grau de loucura‖. Ele considerava toda mania ou um agir diferente
um tipo de loucura. Se a pessoa falava sozinha, ele a levava para analisá-la; se a pessoa comia
muito, também a considerava louca.
A mulher de Bacamarte vai para o Rio de Janeiro, então ele começa a expandir a Casa Verde
e fazer novas experiências, sempre muito comprometido com a ciência. As pessoas o
questionavam sobre seus laudos, como tratava os chamados loucos, mas o alienista possuía
um discurso científico forte, e convencia a todos de que ele estava certo do que fazia. O
alienista começa a recolher todos para pesquisá-los, e então, começa uma rebelião na cidade,
cerca de 30 pessoas, lideradas por um cabeleireiro chamado Porfírio, mandam uma carta à
Câmara com o pedido para derrubar o sanatório, mas os vereadores não o aceitam, alegando
que atos do governo não podem ser desfeitos por vontade de pessoas leigas no assunto.
4
Porfírio, liderando os ―canjicas‖, como ficaram conhecidos os rebeldes, vai até à Casa Verde.
Há uma discussão com Simão Bacamarte, que termina por levar a rebelião à câmara, e
destituir todos os atuais governantes do poder. Porfírio é aclamado representante do povo, e
decide não mais derrubar a Casa Verde, por se tratar de uma ação do governo, que visa a
melhoria de vida das pessoas de Itaguaí, não podendo ser desfeita. Passa-se alguns dias, e a
maior parte da população vai para a Casa Verde, cerca de 4/5 da população
Simão Bacamarte, analisando a quantidade de pessoas dentro e fora da Casa, chega à
conclusão de que o equilíbrio mental pleno não é sinônimo de sanidade, mas de insanidade,
pois as pessoas sãs sempre terão algum desequilíbrio ou alguma mania. Chegando a essa
conclusão, decide soltar todos da Casa Verde. Depois da vida voltar ao normal, o alienista,
percebendo que ele próprio não tinha nenhum desequilíbrio, e portanto, tendo equilíbrio
mental pleno, percebe que deveria ser tratado, e vai para a Casa Verde.
5
PONTOS DISCUTIDOS
Com relação às ações do governo A saúde é uma questão básica para a sociedade, sendo assim, é primordial que o Estado se
comprometa a investir uma boa parte de seus recursos para a sua manutenção. No Brasil,
cerca de 35% do orçamento é direcionado às ações e políticas públicas de saúde, por isso é tão
importante tratar de como elas são criadas.
Exposto isso, foram também comentadas as políticas de saúde, que, aliás, são duas: a
imunização e o programa ―Saúde da família. A primeira visa à vacina, como forma de
proteger e imunizar as pessoas de certa doença, tendo o início na década de 70. A segunda
mostra em seu objetivo a redução da mortalidade e com isso, o aumento da expectativa de
vida.
Com relação ao o que a sociedade e o Estado confiam aos especialistas, pode-se dizer que
deve haver consonância entre prioridades de emergência e urgência de atendimento, que são
estabelecidos pelos especialistas, e prioridades de criação de ações governamentais para
conter certas doenças, estabelecidas pelos governantes.
Todos nós estamos sujeitos a doenças; ninguém, de qualquer população do planeta, é imune
ao câncer, por exemplo. Mas enquanto o câncer surge como doença que mais mata em
determinada parte da população brasileira, existem outras doenças mais mortais em outras
regiões, muitas vezes doenças que exigem tratamentos e medicamentos muito mais baratos
que aqueles exigidos para curar câncer. À mesma época que Luiz Inácio Lula da Silva estava
se recuperando de um câncer na laringe, faltaram remédios no Sistema Único de Saúde (SUS)
para a quimioterapia daqueles que dependiam do governo para serem tratados.
A maior parte das ações para manutenção da saúde da população, são de ação preventiva a
doenças, por exemplo, estímulo e investimentos em exames preventivos. Em relação à
mamografia, principal exame para ―prevenir‖ câncer de mama, muitos pensam que o SUS está
atrasado por fazer este procedimento somente em mulheres com idade igual ou superior a 50
anos – sendo que em instituições privadas, as mulheres podem começar a fazer o controle
bianual, ou seja, um exame a cada dois anos, a partir de 30 anos –, porém, há um forte motivo
para que as mulheres comecem a fazer esse controle o mais tarde possível: a periculosidade
relacionada à exposição à radiação ionizante.
Com relação à ciência envolvida A ciência médica é experimental, e por isso, pode não apresentar melhoras imediatamente,
quando começarem a ser aplicados os tratamentos. N’O Alienista, pode-se perceber que o Dr.
Simão Bacamarte começa a tratar seus pacientes, ao mesmo tempo que estuda seus
comportamentos. Isso é evidenciado na sociedade real quando se analisa o surgimento das
vacinas antigripais, por exemplo, hoje indispensáveis, mas que já foram experiências menos
bem sucedidas no início.
O desenvolvimento da ciência também é pautada no desenvolvimento de uma sociedade, ou
seja, em uma sociedade onde o maior problema seja saneamento básico, não serão
desenvolvidos tratamentos complexos para câncer; isso acontece quando a sociedade tem
necessidade de sanar um problema de saúde que exige maior complexidade nos tratamentos.
6
A AIDS, por exemplo, tem recebido uma atenção mais priorizada; distribuição de
preservativos, avisos constantes em cartazes e televisão, o que não acontecia na década de 80,
que foi quando ocorreu o aparecimento da doença e, portanto, muitas pessoas não a
conheciam.
7
APENDICE 1 - Apresentação do autor
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de
junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908)
foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o
maior nome da literatura nacional. Escreveu em
praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta,
romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista,
jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança
política no país quando a República substituiu o Império e
foi um grande comentador e relator dos eventos político-
sociais de sua época.
Machado de Assis é considerado um dos
grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores
como Dante,Shakespeare e Camões.
Fonte : Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis)
8
APENDICE 2 – PARTICIPANTES
Prof. Dr. Christian L. da Silva
Heloísa Sbrissia Selzler
Letícia Duwe
Andressa Caroline da Cunha
Gabriela Pelissari Machado
9
Marta Chaves Vasconcelos
Letícia Sayure Kumegawa
Ariani de Almeida Landin
Leonardo Dematé Bauche
Conrado Gabriel S. A. de Moraes
Lucas Saczuh
Mateus Santos de Freitas Martins
Prof. Dr. Christian L. da Silva