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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO GRUPO DE PESQUISA POLÍTICAS EDUCACIONAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS Ciclos de Aprendizagem no Brasil: levantamento bibliográfico (1999-2013) Atualizado em: 04/12/2013 Responsáveis pela organização: Silvana Stremel – Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Jefferson Mainardes – Professor Doutor do Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Apoio: Capes e CNPq Favor referenciar como: STREMEL, S.; MAINARDES, J. Ciclos de Aprendizagem no Brasil: levantamento bibliográfico (1999-2013). Disponível em: <http://www.uepg.br/gppepe>. Acesso em: ... Comentários e sugestões : [email protected] Para acessar os links : pressionar “Ctrl” e clicar Quadros-síntese: Quadro 1 - Natureza da publicação Natureza da Produção Autores Livro Perrenoud (2004a); Mainardes (2007); Teixeira (2008a) 3 Capítulo Perrenoud (2002); Santos (2004); Macedo 6 1 www.uepg.br/gppepe

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

GRUPO DE PESQUISA POLÍTICAS EDUCACIONAIS E PRÁTICAS

EDUCATIVAS

Ciclos de Aprendizagem no Brasil: levantamento bibliográfico (1999-2013)

Atualizado em: 04/12/2013

Responsáveis pela organização:

Silvana Stremel – Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa.Jefferson Mainardes – Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Apoio: Capes e CNPq

Favor referenciar como:

STREMEL, S.; MAINARDES, J. Ciclos de Aprendizagem no Brasil: levantamento bibliográfico (1999-2013). Disponível em: <http://www.uepg.br/gppepe>. Acesso em: ...

Comentários e sugestões: [email protected]

Para acessar os links: pressionar “Ctrl” e clicar

Quadros-síntese:

Quadro 1 - Natureza da publicação

Natureza da Produção Autores Nº

Livro Perrenoud (2004a); Mainardes (2007); Teixeira (2008a) 3

Capítulo Perrenoud (2002); Santos (2004); Macedo (2007); Leite (2008, 2010); Silva; Botler (2010) 6

Artigo

Perrenoud (1999, 2004b); Gather Thurler (2001); Barbosa; Correa; Guimarães (2007); Machado (2007); Petrenas; Lima (2007, 2008); Souza Júnior (2007); Teixeira (2008b); Tavares (2010); Machado; Aniceto (2010); Stremel; Mainardes (2011); Stremel (2013)

13

Tese Teixeira (2004); Beserra (2006); Souza Júnior (2007a) 3

Dissertação

Leite (1999); Tetu (2001); Carcereri (2003); Knoblauch (2003); Oliveira (2004); Neves (2005); Santos (2005); Mika (2006); Petrenas (2006); Silva (2006); Hoça (2007); Santos (2007); Sella (2007); Cruz (2008); Mello (2009); Villar (2009); Pereira (2010); Stremel (2011); Soares (1012).

19

TOTAL 44

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Quadro 2 - Temáticas das publicações

Categorias Autores Nº

Implementação da política de Ciclos de Aprendizagem

Leite (1999, 2010); Neves (2005); Santos (2004, 2005); Silva (2006); Silva; Botler (2010); Mainardes (2007)

8

Opinião de professores sobre os Ciclos de Aprendizagem

Mello (2009); Petrenas (2006); Barbosa; Correa; Guimarães (2007); Machado (2007); Petrenas; Lima (2007, 2008); Machado; Aniceto (2010)

7

Fundamentos teóricos dos Ciclos de Aprendizagem

Perrenoud (1999, 2002, 2004a, 2004b); Gather Thurler (2001); Stremel (2013) 6

Processo de ensino-aprendizagem nos Ciclos de Aprendizagem

Cruz (2008); Oliveira (2004); Santos (2007); Leite (2008) 4

Avaliação da aprendizagem na escola em Ciclos de Aprendizagem

Beserra (2006); Knoblauch (2003); Tetu (2001); Villar (2009); Soares (2012) 5

Fundamentos Psicológicos dos Ciclos de Aprendizagem Teixeira (2004, 2008a, 2008b) 3

Ciclos de Aprendizagem e questões curriculares Souza Júnior (2007a, 2007b); Macedo (2007) 3

Organização do trabalho pedagógico na escola em Ciclos de Aprendizagem Hoça (2007); Sella (2007); Pereira (2010) 3

Ciclos de Aprendizagem e formação continuada de professores Carcereri (2003) 1

Ciclos de Aprendizagem e educação inclusiva Tavares (2010) 1

Ciclos de Aprendizagem e gestão escolar Mika (2006) 1Concepção e formulação de políticas de ciclos Stremel (2011) 1

Contextualização histórica Stremel; Mainardes (2011) 1TOTAL 44

Quadro 3 – Redes de Ensino pesquisadas

Redes de ensino Trabalhos de pesquisa Nº

Curitiba – PR

Tetu (2001); Carcereri (2003); Knoblauch (2003); Santos, J. G. (2004, 2005); Silva (2006); Mika (2006); Hoça (2007); Sella (2007); Barbosa; Correa; Guimarães (2007)

10

Recife – PE

Oliveira, S. A. (2004); Cruz (2008); Mello (2009); Villar (2009); Machado (2007); Souza Júnior (2007a, 2007b); Silva; Botler (2010); Machado; Aniceto (2010); Pereira (2010)

10

Vitória da Conquista – BA Leite (1999, 2008, 2010); Santos, K. S. (2007) 4Cidade do interior paulista – SP Petrenas (2006); Petrenas; Lima (2007, 2008) 3Pesqueira – PE Beserra (2006) 1Ponta Grossa – PR Neves (2005) 1São Luís – MA Soares (2012) 17 redes: Curitiba-PR, Ponta Grossa-PR, Recife-PE, Salvador-BA, São Luís-MA, Telêmaco Borba-PR e Vitória da Conquista-BA

Stremel (2011); Stremel (2013) 1

TOTAL 31

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Levantamento de livros, capítulos de livros e artigos

Livros:

MAINARDES, Jefferson. Reinterpretando os Ciclos de Aprendizagem. São Paulo: Cortez, 2007.

PERRENOUD, Phillipe. Os Ciclos de Aprendizagem: um caminho para combater o fracasso escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004a.

TEIXEIRA, Edival Sebastião. Ciclos de Aprendizagem: trajetória e fundamentos. Curitiba: Editora UTFPR, 2008a.

Capítulos de livros:

LEITE, Maria Iza Pinto de Amorim. Tendências Pedagógicas e ação docente: estudo do ciclo na rede municipal de Vitória da Conquista. In: NUNES, Cláudio Pinto; SANTOS, José Jackson Reis dos; CRUSOÉ, Nilma Margarida de Castro (Orgs.). Itinerários de pesquisa: políticas públicas, gestão e práxis educacionais. Passo Fundo: Editora Universidade de Passo Fundo, 2008. p. 162-200.

LEITE, Maria Iza Pinto de Amorim. Políticas públicas municipais em educação: ciclo em Vitória da Conquista. In: NUNES, C. P.; SANTOS, J. J. R. dos; LEITE, M. I. P. de A.; CRUSOÉ, N. M. de C.; PEREIRA, S. M. C. (Orgs.). Docência: gestão, ensino e pesquisa. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2010. p. 117-139.

MACEDO, Elizabeth Fernandes de. Currículo e ciclos de aprendizagem. In: FETZNER, A. R. (Org.) Ciclos em Revista: implicações curriculares de uma escola não seriada. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2007. v. 2, p. 35-46.

PERRENOUD, Phillipe. O desafio da avaliação no contexto dos ciclos de aprendizagem plurianuais. In: PERRENOUD, Phillipe et al. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p.35-59.

SANTOS, Josiane Gonçalves. Ciclos de aprendizagem: as duas faces da política educacional municipal. In: MACHADO, E. M.; CORTELAZZO, I. B. de C. Pedagogia em debate: desafios contemporâneos. Curitiba: UTP, 2004. p. 107-116. (Livro Virtual). Disponível em: <http://www.utp.br/mestradoemeducacao/vpedagogiaemdebate/peddc.html>

SILVA, Irenice Bezerra da; BOTLER, Alice Happ. A política de ciclos na rede municipal de ensino do Recife – o ciclo de alfabetização (1986-1988) e os ciclos de aprendizagem (2001-2008). In: FETZNER, A. R. (Org.). Ciclos em Revista: gestão escolar e ciclos: políticas e práticas. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2010. v. 5, p. 73-86.

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Artigos:

BARBOSA, Viviane do Rocio; CORREA, Andréia Alves; GUIMARÃES, Sandra Regina Kirchner. Ciclos de aprendizagem: ação ou acomodação. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 6, n. 2, p. 1-13, nov. 2007. Disponível em: <http://revistas.facecla.com.br/index.php/reped/article/viewFile/274/182>

GATHER THURLER, Monica. Quais as competências para operar em ciclos de aprendizagem plurianuais. Pátio: Revista Pedagógica, Porto Alegre, v.5, n.17, p.17-21, mai./jul. 2001.

MACHADO, Lâeda Bezerra. 'Eles passam de bolo' e continuam cada vez mais analfabetos: discutindo as representações sociais de Ciclos de Aprendizagem. Psicologia da Educação, São Paulo, n.24, p.111-128, 2007.

MACHADO, Lâeda Bezerra; ANICETO, Rosimere de Almeida. Núcleo central e periferia das representações sociais de ciclos de aprendizagem entre professores. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 345-364, abr./jun. 2010.

PERRENOUD, Philippe. Profissionalização do professor e desenvolvimento de ciclos de aprendizagem. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.108, p.7-26, nov. 1999.<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15741999000300001&lng=en&nrm=iso>

PERRENOUD, Philippe. Ciclos de aprendizagem: novos espaços-tempos de formação. Pátio: Revista Pedagógica, Porto Alegre, v.8, n.30, p.16-19, mai./jul. 2004b.

PETRENAS, Rita de Cássia; LIMA, Rita de Cássia Pereira. Ciclos de Aprendizagem e Reprovação Escolar: reflexões sobre representações sociais de professores. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 2, n.2, p.161-168, jul./dez. 2007.

PETRENAS, Rita de Cássia; LIMA, Rita de Cássia Pereira. Representações Sociais de Professores sobre Ciclos de Aprendizagem e a Progressão Continuada. Múltiplas Leituras, São Bernardo do Campo, n. 1, jan./jun. 2008.<http://www.metodista.br/ppc/multiplas-leituras/multiplas-leituras-01/representacoes-sociais-de-professores-sobre-ciclos-de-aprendizagem-e-a-progressao-continuada/>

SOUZA JÚNIOR, Marcílio. Educação Física numa proposta pedagógica em ciclos de aprendizagens. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 28, n. 2, p. 85-101, jan. 2007b. <http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/viewFile/58/65>

STREMEL, Silvana. Ciclos de Aprendizagem: análise dos fundamentos teóricos de propostas de redes de ensino públicas brasileiras. Atos de Pesquisa em Educação, v. 8, n. 2, p. 810-825, maio/ago. 2013. Disponível em: <http://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/viewFile/3156/2434>

STREMEL, S.; MAINARDES, J. A organização da escolaridade em ciclos: aspectos de sua emergência, desenvolvimento e discussões atuais. Acta Scientiarum. Education, Maringá, v. 33, n. 2, p. 227-238, 2011. DOI: 10.4025/actascieduc.v33i2.12647

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TAVARES, Arlete de Fátima. Os ciclos de aprendizagem: uma proposta de inclusão. REVELA - Periódico de Divulgação Científica da FALS, Praia Grande, Ano III, n. VI, p. 1-8, out. 2009/jan. 2010. <http://www.fals.com.br/revela6/artigo%206_VI.pdf>

TEIXEIRA, Edival Sebastião. A delimitação dos Ciclos de Aprendizagem e a periodização do desenvolvimento psicológico. Revista Pedagógica UNOCHAPECÓ, Chapecó, v.10, n.20, p.59-76, jan./jun. 2008b.<http://www3.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/viewFile/92/44>

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Teses e Dissertações

Categoria NºAvaliação da aprendizagem dos alunos 5Implementação de políticas de ciclos 4Processos de ensino-aprendizagem na escola em ciclos (escola e sala de aula) 3Organização do trabalho pedagógico na escola em ciclos 3Opinião de professores, alunos e pais 2Ciclos e formação continuada de professores 1Ciclos e gestão 1Ciclos e questões curriculares 1A política de ciclos e seus fundamentos (psicológicos) 1Concepção e formulação de políticas de ciclos 1

TOTAL 22

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Implementação de políticas de ciclos

1. LEITE, Maria Iza Pinto de Amorim . Méritos e pecados do ciclo no ensino fundamental: análise da implantação do Ciclo de Aprendizagem nas escolas da Rede Municipal de Vitória da Conquista. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1999. (Orientador: Luiz Eduardo Waldemarin Wanderley)

2. NEVES, Simone do Rocio Pereira . A escola organizada por ciclos: o processo histórico de sua implantação na Rede Municipal de Ensino da Cidade de Ponta Grossa - Paraná. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2005. 103p. (Orientadora: Esméria de Lourdes Saveli)

3. SANTOS, Josiane Gonçalves . O compromisso social da escola organizada em ciclos: por uma verdadeira aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Tuiuti do Paraná, 2005. 188p. (Orientadora: Naura Syria Carapeto Ferreira)

4. SILVA, Maria Aparecida da . Análise da implantação da escola organizada em ciclos de aprendizagem na rede municipal de Curitiba – 1997/2004. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2006. 224p. (Orientadora: Regina Maria Michelotto)

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Avaliação da aprendizagem dos alunos

1. BESERRA, Normanda da Silva . Parecer pedagógico: um gênero textual construindo a prática docente. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, 2006. 160 p. (Orientadora: Angela Paiva Dionisio)

2. KNOBLAUCH, Adriane . A avaliação de alunos na implantação da proposta de ciclos de aprendizagem no município de Curitiba, à luz da cultura escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2003. 154 p. (Orientadora: Alda Junqueira Marin)

3. SOARES, Fernanda Luzia Sousa Santos . Ciclos de aprendizagem em São Luís: implicações nas práticas avaliativas. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2012. 154 p. (Orientadora: Maria Alice Melo)

4. TETU, Viviane . Concepções de alunos sobre a avaliação de sua aprendizagem escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2001. 89 p. (Orientadora: Maria Lucia Faria Moro)

5. VILLAR, Ana Paula Russo . A prática avaliativa em uma organização escolar por ciclos de aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2009. (Orientadora: Maria da Conceição Carrilho de Aguiar)

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Processos de ensino-aprendizagem na escola em ciclos (escola e sala de aula)

1. CRUZ, Magna do Carmo Silva . Alfabetizar letrando: alguns desafios do 1º ciclo no Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2008. 180 p. (Orientadora: Eliana Borges Correia de Albuquerque)

2. OLIVEIRA, Solange Alves de . O ensino e a avaliação do aprendizado do sistema de notação alfabética numa escolarização organizada em ciclos. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2004. (Orientador: Artur Gomes de Morais)

3. SANTOS, Kátia Silva . Os contornos da escola: espaços escolares, dificuldades de aprendizagem e organização curricular por ciclos. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007. 128 p. (Orientador: Cláudio Roberto Baptista)

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Organização do trabalho pedagógico na escola em ciclos

1. HOÇA, Liliamar . A escola organizada em ciclos: tempo/espaço e aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2007. 133p. (Orientadora: Evelise Maria Labatut Portilho)

2. PEREIRA, Eliene Lacerda . A Educação Física na organização do trabalho pedagógico em ciclos de aprendizagem na rede municipal do Recife. 2010. 215 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade de Pernambuco, Universidade Federal da Paraíba, Recife, 2010. (Orientador: Marcílio Souza Júnior)

3. SELLA, Mônica Rolim de Moura . O trabalho do pedagogo face ao reordenamento dos tempos escolares: um estudo sobre a política de ciclos em Curitiba/PR e dos seus efeitos sobre a organização do trabalho pedagógico escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2007. 121p. (Orientadora: Mônica Ribeiro da Silva)

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Opinião de professores, alunos e pais

1. MELLO, Suely Perrusi Bandeira de . Representações sociais de ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2009. 158 p. (Orientadora: Zélia Granja Porto)

2. PETRENAS, Rita de Cássia . Ciclos de Aprendizagem: Representações Sociais de professores do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro Universitário Moura Lacerda, 2006. 145p. (Orientadora: Rita de Cássia Pereira Lima)

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Ciclos e formação continuada de professores

1. CARCERERI, Flamínia . A escola organizada em ciclos e a formação de professores: uma reflexão. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifica Universidade Católica do Paraná, 2003. 81 p. (Orientadora: Lilian Anna Wachowicz)

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Ciclos e gestão

1. MIKA, Teodósia . Gestão da educação e a alfabetização no ciclo I: regulação e emancipação. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Tuiuti do Paraná, 2006. 257 f. (Orientador: Sidney Reinaldo da Silva)

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Ciclos e questões curriculares

1. SOUZA JÚNIOR, Marcílio Barbosa Mendonça de . A constituição dos saberes escolares na educação básica. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007. 354 f. (Orientadora: Maria Eliete Santiago)

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A política de ciclos e seus fundamentos (psicológicos)

1. TEIXEIRA, Edival Sebastião . A psicologia histórico-cultural como fundamento para a organização do ensino escolar em ciclos de aprendizagem. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, 2004. 156p. (Orientadora: Marta Kohl de Oliveira)

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Concepção e formulação de políticas de ciclos

1. STREMEL, Silvana . A organização da escolaridade em Ciclos de Aprendizagem: uma análise dos processos de recontextualização e de formulação de políticas. 2011. 200 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2011.

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Resumos das Teses e Dissertações

VoltarBESERRA, Normanda da Silva. Parecer pedagógico: um gênero textual construindo a prática docente. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal de Pernambuco, 2006. 160p. (Orientadora: Angela Paiva Dionisio)

Localização: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=120483

Resumo:

Esta pesquisa analisa a emergência de um gênero textual, o Parecer Pedagógico (PP), e sua repercussão na ação docente de professoras de classes iniciais, a partir da implantação da organização curricular em Ciclos de Aprendizagem; nas escolas municipais de Pesqueira/PE. Por requerer um significado qualitativo para o registro da aprendizagem do aluno, o PP se coloca em oposição tanto ao caráter quantitativo e classificatório do registro por notas como à vagueza própria dos conceitos. Assim, o PP representa mudança no conteúdo e forma do registro, exigindo do professor, no campo pedagógico, uma concepção formativa, diagnóstica de avaliação e no campo lingüístico, competência comunicativa. Entretanto, é como organizador da ação pedagógica que esse gênero influencia e desvela a prática do professor. Ao analisar o desenvolvimento do PP, busco estabelecer a identidade sociocomunicativa que esse gênero assumiu nessa comunidade, identificar os sinais de avanço no domínio de sua escritura entre as professoras e verificar os indicadores de reflexão pedagógica que influenciam a prática docente. Para atender a esses objetivos, e sob a perspectiva dos estudos de Miller (1984; 1994) e Bazerman (1994), analiso 15 (quinze) pareceres, produzidos em três momentos distintos de sua emergência na prática profissional de quatro professoras, todas participantes do programa de formação relacionado à implantação dos ciclos no município. O traço predominante da macroestrutura desses textos é a tradicional organização em introdução, desenvolvimento e conclusão, tendo sido identificada a predominância de tópicos delimitados pelos componentes curriculares e outros relacionados a aspectos socioafetivos do aluno. Como tópicos de conteúdo eventual, encontrei atividades didáticas, relato de intervenção, menção à fase de desenvolvimento da escrita da criança e referência à freqüência do aluno. No conteúdo do parágrafo de conclusão, onde mais se evidenciam as concepções pedagógicas do produtor, as indicações de intervenção surgiram apenas em produções posteriores ao ano de introdução do PP, como resultado do avanço no domínio do gênero. Ao discutir as relações de influência entre linguagem/gêneros textuais e prática profissional, esta pesquisa pode trazer relevante contribuição, especialmente, para a formação docente.

Palavras-chave: Gêneros textuais. Avaliação. Ação pedagógica. Parecer pedagógico. Formação Docente.

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VoltarCARCERERI, Flamínia. A escola organizada em ciclos e a formação de professores: uma reflexão. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifica Universidade Católica do Paraná, 2003. 81 p. (Orientadora: Lilian Anna Wachowicz)

Localização: http://www.capes.gov.br

Resumo:

Atualmente, no Brasil, observamos a existência de várias concepções e modos diferentes de entender a organização escolar em ciclos. Esta nova forma de organização do tempo escolar pretende superar o modo fragmentado e pré-determinado do tempo da seriação e apresentar caminhos diferenciados de progressão do aluno no sistema escolar e assegurando a permanência do aluno na escola como direito de cidadão e com vista para a formação humana. Esta dissertação apresenta um estudo sobre a escola organizada em ciclos e a formação do professor. Para tanto, na construção da problemática foram observadas três dimensões: o contexto de implantação da escola organizada em ciclos na cidade de Curitiba, as alternativas institucionais de preparação do professor para os anos iniciais da escolarização e as condições de trabalho dos professores atuantes nos ciclos. Enfim, a preparação do professor para enfrentar os desafios do trabalho pedagógico nos ciclos caracteriza o problema de pesquisa. A metodologia passa a ser relacionada aos objetivos da pesquisa. O primeiro objetivo está em analisar a proposta teórica de adequação da escola em ciclos através dos aspectos da realidade próxima. Para isso, traz aspectos da implantação e caminhar da proposta da Escola Organizada em Ciclos de Aprendizagem de Curitiba. O segundo objetivo da pesquisa está em examinar as alternativas institucionais para preparação do professor para os anos iniciais de escolarização, com vistas para a organização ciclada. Para isto, foram analisados dados recolhidos em entrevistas com os coordenadores de curso de formação. O terceiro objetivo busca identificar as necessidades pedagógicas e, a partir delas, as possibilidades reais e os desafios do trabalho pedagógico na escola organizada em ciclos. Esse identificar aconteceu por meio de um registro de dados em quatro classes do ciclo 1, onde quatro professores regentes, dentre eles a pesquisadora, registraram as necessidades do seu trabalho pedagógico numa escola de Curitiba. Com base nestas dimensões, concluímos que a discussão dos ciclos traz problemáticas anteriores à sua gestão. Existe a necessidade de dialetizar o tempo e as condições de trabalho para o avanço da escola ciclada e, que a falta de consistência na definição do que sejam ciclos e da disseminação da identidade desta forma de organização escolar nas comunidades, podem gerar, também, problemas na implantação e incorporação da proposta. Também concluímos que o tema "ciclos" é pouco abordado nos cursos formadores que, o professor, ao atuar, poderá apontar para uma postura crítico-reflexiva, tendendo para o caráter emancipatório do processo educativo, com vistas para a formação humana.

Palavras-chave: Escola organizada em ciclos. Dialetização do tempo.

18www.uepg.br/gppepe

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VoltarCRUZ, Magna do Carmo Silva. Alfabetizar letrando: alguns desafios do 1º ciclo no Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2008. 180 p. (Orientadora: Eliana Borges Correia de Albuquerque)

Localização: http://bdtd.ibict.br

Resumo:

Esta pesquisa, de caráter longitudinal, caracterizou-se como um estudo de caso e teve o objetivo de analisar as práticas de alfabetização e letramento no 1° ciclo do Ensino Fundamental e suas relações com as aprendizagens dos alunos. Buscamos responder, especificamente, a duas questões básicas: haveria práticas alfabetizadoras diferenciadas e aprofundadas a cada ano do 1° ciclo na Rede Municipal de Ensino da Cidade do Recife? Seria possível, com uma prática sistemática de alfabetização, promover a apropriação do SEA no pnmeiro ano, deixando os outros anos para um maior aprofundamento na leitura e produção textual? Apoiamos-nos, sobretudo, nos estudos sobre a política de ciclos no Brasil, nas perspectivas teóricas de alfabetização e letramento e na contribuição dos estudos sobre a construção das práticas pelos professores no cotidiano. A pesquisa foi desenvolvida em quatro turmas: uma turma do 1° e do 2° ano, e duas turmas do 3° ano do 1° ciclo de uma escola da Secretaria de Educação da Cidade do Recife, com bons índices de aprendizagem da leitura e da escrita. Utilizamos três procedimentos metodológicos: (1) realização de duas atividades diagnosticas com os alunos das quatro turmas do 1º ciclo, no início e no final do ano letivo; (2) entrevistas com as professoras; (3) observações de aulas das professoras que lecionavam nas turmas investigadas. Os resultados da pesquisa indicaram, quanto à análise do desempenho das crianças, que os alunos de todas as turmas evoluíram ao longo do ano, tanto no que se refere à escrita de palavras e textos, como nas atividades de leitura. Uma análise comparativa entre as turmas revelou uma diferença significativa nos perfis inicial e final dos alunos do 1° e 2° anos em todos os aspectos investigados. Entre o 1° e 3° anos, encontramos uma diferença significativa nos perfis inicial e final na escrita de palavras e, apenas, no perfil inicial na escrita de textos. Por fim, não encontramos diferença significativa entre os perfis finais do 2° e 3° anos em nenhum aspecto investigado. Quanto à análise das práticas, os dados apontaram que as professoras enfatizavam os eixos da leitura, produção textual e apropriação da escrita alfabética e ortográfica, graduando-os de acordo com os níveis das turmas. Os nossos resultados sugerem que a prática diferenciada das professoras em relação ao da escrita e da leitura, o respeito à heterogeneidade nas turmas e o estabelecimento de metas para cada ano do ciclo teriam possibilitado a apropriação da alfabetização pelos alunos do 1º ano e o avanço dos estudantes, dos outros anos na aprendizagem da escrita ortográfica e da leitura e produção textual, tomando a proposta de ciclos viável.

Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Ciclos. Metas. Práticas de ensino.

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VoltarHOÇA, Liliamar. A escola organizada em ciclos: tempo/espaço e aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2007. 133p. (Orientadora: Evelise Maria Labatut Portilho)

Localização: http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=20073340003019007P0

Resumo:

Esta dissertação é o resultado do estudo sobre os elementos tempo/espaço e aprendizagem na prática docente. É uma pesquisa de abordagem metodológica qualitativa, cujo objetivo principal foi analisar como os elementos tempo/espaço estão integrados à prática docente nas organizações propostas em função da diversidade no processo de aprendizagem dos alunos, nas escolas organizadas em Ciclos de Aprendizagem. A coleta de dados foi realizada em duas escolas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, situadas em bairros da região sul da cidade, participando onze profissionais, sendo quatro pedagogas e sete professoras da primeira etapa do Ciclo I. Foi utilizado um questionário com perguntas abertas e entrevista semi-estruturada para obtenção dos dados. Como referencial de apoio, foram utilizados os estudos de Barreto e Mitrulis, Barreto e Sousa, Mainardes, Arroyo, Lima, Baquero, Moll, Meirieu, Perrenoud e Tardif. Na análise dos dados, buscou-se identificar a compreensão sobre os elementos tempo/espaço na prática do professor em escolas organizadas em Ciclos, examinar os procedimentos utilizados pelos docentes na integração tempo/espaço e aprendizagem, destacando atitudes de relevância em relação a essa questão. Na apreciação crítica dos dados, foi possível observar que a relação tempo/espaço na prática docente, em função da diversidade no processo de aprendizagem, apresenta-se nos discursos, mas, no cotidiano, as estratégias de agrupamentos de alunos e diversificação das atividades são pontuais e partem das dificuldades que as professoras observam nos alunos. O tempo/espaço da instituição e dos conteúdos ainda prevalece sobre o tempo/espaço de formação, de aprendizagem. As etapas incluídas no Ciclo I colaboram para a determinação de conteúdos por etapa, organizações de alunos na etapa e não no conjunto do Ciclo. O espaço utilizado pelas professoras para dinamizar as atividades e atender aos alunos continua a sala de aula. As colocações realizadas pelas profissionais alertam para uma retomada da concepção de Ciclo de Aprendizagem e a questão do tempo/espaço escolar como período de formação e a aprendizagem enquanto um processo contínuo.

Palavras-chave: Tempo/espaço. Aprendizagem. Prática Docente. Ensino em Ciclos.

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VoltarKNOBLAUCH, Adriane. A avaliação de alunos na implantação da proposta de ciclos de aprendizagem no município de Curitiba, à luz da cultura escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2003. 154p. (Orientadora: Alda Junqueira Marin)

Localização: http://www.capes.gov.br

Resumo:

Essa dissertação de mestrado relata a pesquisa realizada em uma escola pública municipal do município de Curitiba que implantou recentemente a proposta de Ciclos de Aprendizagem. O objetivo central foi verificar até que ponto a lógica seriada está sendo superada e quais os problemas que a escola está sentindo para implantar a proposta, especialmente no que se refere à alteração no processo avaliativo. A primeira hipótese foi construída a partir dos estudos sobre cultura escolar, os quais afirmam que a escola não recebe passivamente o conteúdo de uma reforma e nem, tão pouco, fica completamente alheia a ele, mas o interpreta, de acordo com sua cultura escolar, de modo que o conteúdo de uma reforma pode produzir alterações na dinâmica escolar, embora possam não ser, necessariamente, a mudança esperada pelos gestores da reforma em questão. A segunda hipótese foi construída tendo em vista os estudos sobre avaliação e cultura docente, os quais afirmam que não há mudanças significativas no processo avaliativo sem uma profunda revisão dos professores nos seus critérios de avaliação, de forma que a lógica classificatória ainda se faz bastante presente no cotidiano escolar. Os dados foram coletados a partir da observação de quatro turmas entre o final de 2001 e meados de 2002, das entrevistas com as respectivas professoras e com a equipe pedagógica e administrativa da escola e da análise do registro da avaliação elaborado pelas professoras em comparação com o desempenho dos alunos em uma atividade elaborada para esse fim. Foi possível concluir, então, que há ainda a permanência de elementos da lógica seriada, os quais podem ser exemplificados com a busca da homogeneidade para a organização das atividades de recuperação e com a permanência do ensino simultâneo, resultando no atendimento às crianças com dificuldades fora da sala de aula. Percebeu-se, ainda, uma utilização bastante burocratizada das novas formas de registro da avaliação. No entanto, foi possível perceber também um trabalho mais processual com os alunos tendo em vista o nível de aprendizagem da maioria da turma e não mais, a obediência a uma lista rígida de conteúdos a serem trabalhados em cada série. A escola também se mostrou criativa ao elaborar a turma experimental, uma estratégia de recuperação bastante diferençada das estratégias anteriores. Desta forma, a escola operou com sua cultura escolar, aliando elementos de tradição e inovação, ao construir respostas frente à implantação da proposta de Ciclos de Aprendizagem.

Palavras-chave: Educação. Ensino Fundamental. Avaliação.

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VoltarLEITE, Maria Iza Pinto de Amorim. Méritos e pecados do ciclo no ensino fundamental: análise da implantação do Ciclo de Aprendizagem nas escolas da Rede Municipal de Vitória da Conquista. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1999. (Orientador: Luiz Eduardo Waldemarin Wanderley)

Localização: enviado pela autora

Resumo:

A reprovação e a repetência são o foco sob o qual se agregam projetos e programas diversos, sejam em nível governamental, seja em nível teórico-metodológico. Na Constituição Brasileira de 1988, nas Leis N° 9.394/96 (nova LDB) e N° 9.424/96 (que regulamenta o Fundef), políticos e profissionais da educação têm encontrado suporte para o empreendimento de medidas que procurem melhorar a qualidade da educação nacional e, consequentemente, reduzir os altos índices de reprovação, repetência, evasão escolar e analfabetismo nas escolas brasileiras. A organização do ensino em ciclos, dando ao trabalho escolar um caráter de progressão continuada, tem sido uma experiência que, empreendida inicialmente em escolas mineiras e paulistas, vem se estendendo a outras escolas brasileiras. Esse trabalho analisa a implantação do Ciclo de Aprendizagem (CA) nas Escolas Municipais de Vitória da Conquista, estado da Bahia, destacando as causas apontadas pelos professores e os mecanismos adotados para a implantação do projeto. Como causas principais da implantação do CA os professores informantes destacaram a reprovação/repetência escolar e a inclusão, nos cálculos para a obtenção do total da receita a ser repassada pelo Fundef ao Município, do número de alunos das classe então denominadas de ‘alfabetização’. A abordagem dos méritos e pecados da implantação do Ciclo de Aprendizagem passa pelo estudo do fracasso escolar, da implantação do Fundef, da nova LDB e dos Parâmetros Curriculares que se constituem os focos de análise deste trabalho.

Palavras-chave: Ensino Fundamental. Ciclo de aprendizagem.

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VoltarMELLO, Suely Perrusi Bandeira de. Representações sociais de ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2009. 158 p. (Orientadora: Zélia Granja Porto)

Localização: http://bdtd.ibict.br

Resumo:

A presente pesquisa tem como objetivo analisar as representações sociais dos ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. O trabalho tem como suporte teórico estudos relativos à organização escolar em ciclos e sobre a teoria das representações sociais, iniciada por Serge Moscovici. Compreendem-se os ciclos de aprendizagem tendo como base a concepção de uma escola inclusiva, representando um importante progresso na democratização do ensino. Com a preocupação com os altos índices de reprovação e de distorção idade-série, os ciclos apresentam diretrizes que se opõem à escola seriada, indo além da ênfase na regularização do fluxo escolar. O trabalho tomou como referência teórico-metodológica a análise de conteúdo, privilegiando, no conjunto das técnicas da análise temática, a análise categorial. O corpus de análise foi definido a partir das entrevistas realizadas com as professoras participantes da pesquisa. Na perspectiva das representações sociais, a análise buscou a riqueza do simbólico que existe no senso comum e que traz à tona a emoção, os sentimentos, os sentidos e significados que os sujeitos sociais dão à sua realidade. Os resultados da pesquisa apontam para visões que se contrapõem e se excluem entre a validade da organização escolar em ciclos de aprendizagem e seus entraves, tais como a falta de formação, de condições de trabalho e de infra-estrutura, e a não retenção dos alunos. O distanciamento entre teoria e prática é percebido nas falas dos sujeitos participantes da pesquisa, quando os relatos sobre a organização do trabalho pedagógico se afastam dos aspectos avaliativos, curriculares e didáticos presentes nas diretrizes dos ciclos de aprendizagem adotados pela Secretaria de Educação do município do Recife. Assinala-se também que, nas entrevistas, os sentidos, sentimentos e significados atribuídos pelas professoras à política de ciclos de aprendizagem, no que se refere a não reprovação, são de angústia, revolta, tristeza, impotência, frustração e sofrimento. Pôde-se perceber que os conceitos de progressão continuada e promoção automática aparecem nos depoimentos das professoras, sob a mesma ótica, indistintamente. Registra-se, ainda, nas colocações feitas pelas professoras, um apego tanto à avaliação através de provas e atribuição de notas, quanto ao regime de seriação. As representações sociais dos ciclos de aprendizagem emergidas nas falas das professoras atribuem importância à participação social dos sujeitos envolvidos, para que políticas educacionais sejam de fato concretizadas e legitimadas.

Palavras-chave: Ciclos de aprendizagem. Representação social. Concepção de educação. Reprovação. Seriação.

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VoltarMIKA, Teodósia. Gestão da educação e a Alfabetização no Ciclo I: regulação e emancipação. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Tuiuti do Paraná, 2006. 257 f. (Orientador: Sidney Reinaldo da Silva)

Localização: http://tede.utp.br/tde_busca/processaPesquisa.php?listaDetalhes%5B%5D=72&processar=Processar

Resumo: Esta dissertação analisa e discute a alfabetização no Ciclo I do Ensino Fundamental e como esta é gerida, em consonância com as políticas públicas. Neste texto é analisada especificamente a forma como a gestão da educação articula as diretrizes definidas pelas políticas públicas com as práticas escolares no Ciclo I, tendo em vista a centralidade na alfabetização. Focaliza-se o modo como a gestão contribui para a aprendizagem da leitura e escrita como processo emancipador, gerador de autonomia, a partir da compreensão desse processo pelos próprios gestores. Esta pesquisa prioriza os últimos 10 anos, pós Lei nº. 9.394/96. A pesquisa empírica é desenvolvida em escolas públicas municipais e na Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, buscando apontar os significados da alfabetização para a gestão escolar, a partir de uma leitura crítica do discurso dos gestores, em contraponto com o referencial teórico pesquisado. A alfabetização é concebida como processo de aprendizagem contraditório em que pode ocorrer regulação e emancipação, dependendo de como as ações se efetivam na escola. Discute-se até que ponto a gestão corre o risco de se transformar numa atividade de adequação às diretrizes postas pelas políticas públicas, abstendo-se de sua autonomia em redefinir ações conforme as necessidades locais da escola. O resultado principal desta investigação evidencia a necessidade do equilíbrio entre regulação e emancipação, apontadas como processos articulados. Considera-se que, tanto o excesso de regulação externa quanto de autonomia interna, pode levar a uma gestão autoritária, ocorrendo o desrespeito às regras consolidadas na democracia, que expressam a vontade do coletivo, sobretudo àquelas definidas nas políticas educacionais. Acredita-se que por meio da gestão democrática obtêm-se o equilíbrio entre regulação e emancipação, pois os profissionais são instigados a assumir coletivamente um compromisso com um processo educacional emancipador. A importância da gestão democrática da alfabetização no Ciclo I é reconhecida pelos professores e gerências educacionais, mas se aponta também para a necessidade de se aprimorar a formação dos profissionais da educação e o comprometimento político com uma gestão em que a regulação não se transforme em um fim em si mesma.

Palavras-chave: Alfabetização. Políticas públicas. Gestão da educação.

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NEVES, Simone do Rocio Pereira. A Escola organizada por ciclos: o processo histórico de sua implantação na Rede Municipal de Ensino da Cidade de Ponta Grossa - Paraná. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2005. 103p. (Orientadora: Esméria de Lourdes Saveli)

Localização: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=145010

Resumo:

Este trabalho buscou investigar a implantação da Proposta dos Ciclos de Aprendizagem na Rede Municipal de Ensino da cidade de Ponta Grossa – Paraná, no período de 2001 a 2004. O estudo traz as marcas das dificuldades da implantação de uma nova organização dos tempos e espaços escolares nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Essa nova estruturação da escola no primeiro segmento do Ensino Fundamental, em substituição à tradicional organização seriada, tem sido crescentemente adotada em inúmeros sistemas públicos de educação. A LDB 9394/96 propõe diferentes formas de organização do ensino com o objetivo de ampliar as possibilidades de avanços na escolaridade e respeitar os ritmos de aprendizagem dos alunos. A organização da escola em Ciclos de Aprendizagem da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa foi tecida a partir de dados estatísticos que sinalizavam um grande fracasso da escola em relação à promoção dos alunos. Ao serem analisados os dados estatísticos de aprovação e reprovação dos alunos do Ensino Fundamental do ano de 2000, verificou-se a necessidade de se buscar estratégias para alterar o quadro de fracasso que imperava na Rede. A Rede Municipal de Ensino foi reorganizada dentro da seguinte estrutura: 1º ciclo (ou ciclo inicial) constituído por crianças de 6, 7 e 8 anos organizadas em classes distintas; classes de aceleração e segundo ciclo tendo como referência a 3ª e 4ª séries da estrutura seriada. Os depoimentos dos professores são carregados de angústia e medo para enfrentar uma nova (re) organização da escola. Os dados apontaram que ao se mexer com a estrutura tradicional da escola, mexe-se com a cultura escolar. O novo jeito de organização da escola exigiu novos jeitos dos professores olharem para o processo de ensino/aprendizagem, para o processo de avaliação e isso gerou, num primeiro momento inseguranças e em decorrência surgiram as resistências. O estudo também apontou para consideráveis mudanças que ocorreram durante o processo na Rede de Ensino às quais foram evidenciadas através dos relatos feitos pelos profissionais da educação do Município.

Palavras-chave: Política educacional. Fracasso escolar. Ciclos de aprendizagem. Cultura da escola. Reorganização dos tempos e espaços escolares.

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OLIVEIRA, Solange Alves de. O ensino e a avaliação do aprendizado do sistema de notação alfabética numa escolarização organizada em ciclos. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2004. (Orientador: Artur Gomes de Morais)

Localização: http://bdtd.ibict.br

Resumo:

Esse trabalho buscou analisar como estava ocorrendo o ensino e a avaliação do aprendizado do Sistema de Notação Alfabética num regime ciclado. Tínhamos como aspectos a serem investigados, durante a pesquisa, os encaminhamentos didáticos na área de língua, as formas de avaliação, o tratamento dado aos erros dos educandos, as formas de registro, o tratamento da heterogeneidade na sala de aula, dentre outros. Nos apoiamos, sobretudo, na teoria da fabricação do cotidiano escolar (CERTEAU, 1985; 1994), no processo de apropriação dos saberes da ação pelos docentes (CHARTIER, 1998), bem como nas contribuições da teoria da transposição didática (CHEVALLARD, 1991), objetivando apreender um pouco do que estava sendo “fabricado” naquele cotidiano escolar; a apropriação que o professor estava fazendo frente à reorganização do ensino, bem como as transformações ocorridas no eixo do saber (por passarem a priorizar o atendimento à heterogeneidade). Para atingirmos tal finalidade, adotamos, em nossos procedimentos metodológicos, entrevistas de grupos focais com professoras de três escolas dos três anos do ciclo I, na rede municipal de Recife. Tivemos acesso, ainda, aos “diários de classe” a fim de nos apropriarmos de suas formas de registro, logo, das formas de avaliação na área de língua, priorizados a partir da implantação da proposta. Os resultados da pesquisa apontaram para uma evidente preocupação das mestras com a promoção automática dos aprendizes, defendida pela rede. Segundo elas, era preciso garantir os conhecimentos necessários ao aluno. Por outro lado, tinham uma evidente dificuldade em explicitar tais conhecimentos, visto que a proposta, à qual tinham acesso, não delimitava por ano-ciclo os conteúdos a serem abordados, além de que estes eram organizados de maneira “vaga”, “pouco precisa”, na concepção das professoras. Destacaram, ainda, que deveria haver retenção, caso os alunos não conseguissem “alcançar os parâmetros mínimos”, sobretudo nos terceiros anos. Reconheciam a necessidade de se levar em consideração os diferentes ritmos de aprendizagem, já que “sala homogênea se constituiria numa utopia”. Porém, revelaram dificuldades em lidar com a diversidade, especialmente, quando se tratava de alunos que mantinham um desempenho bem inferior ao “padrão” por elas considerado. Diante dessa realidade, as professoras estavam fabricando táticas que viessem a suprir as lacunas da proposta oficial. Houve casos, por exemplo, de reter o aprendiz por falta, ou da prática de um “rodízio” (deixar o aluno matriculado no diário de acordo com sua idade, mas colocá-lo em outra turma, de acordo com o nível de desenvolvimento que tinha). Segundo as professoras, era preciso promover reuniões que oportunizassem a discussão da proposta, bem como suas formas de operacionalização. Como isso não ocorria, buscavam fabricar táticas que viessem suprir as necessidades educativas daquele cotidiano.

Palavras-chave: Sistema de notação alfabética. Regime ciclado. Teoria da fabricação do cotidiano escolar.

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PEREIRA, Eliene Lacerda. A Educação Física na organização do trabalho pedagógico em ciclos de aprendizagem na rede municipal do Recife. 2010. 215 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade de Pernambuco, Universidade Federal da Paraíba, Recife, 2010. (Orientador: Marcílio Souza Júnior)

Localização: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=176222

Resumo:

O estudo trata de questões que norteiam a prática pedagógica dos(as) professores(as) de Educação Física - EF que vivenciaram a organização do ensino em ciclos de aprendizagem. A problemática que perpassa esta investigação partiu da seguinte indagação: qual foi o impacto das mudanças ocorridas na Organização do Trabalho Pedagógico - OTP da escola na prática pedagógica do(a) professor(a) de EF com a implantação dos ciclos de aprendizagem na Rede Municipal de Ensino do Recife – RME/REC? O objetivo deste estudo foi analisar as mudanças ocorridas na RME/REC no que se refere à OTP observando as categorias: analíticas (Prática Pedagógica, Organização do Trabalho Pedagógico e os Ciclos de Aprendizagem) e empíricas (objetivo/avaliação, conteúdo/forma e gestão da escola e sala de aula). Esta é uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfica com 12 (doze) sujeitos entre gestores(as) e professores(as) de Educação Física da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer - SEEL, que vivenciaram a realidade do ensino em série e em ciclos. A partir dos dados coletados, por meio de entrevista semi-estruturada, evidenciam-se pontos que mostram distanciamentos entre a proposta documental e a realidade da prática pedagógica da EF escolar, tais como: (1) a participação dos(as) professores(as) na implantação dos Ciclos de Aprendizagem em 2001 e dificuldade da Rede Municipal de Ensino e das escolas na materialização da proposta; (2) a realização das aulas de Educação Física no contra turno, o que dificultou a participação dos(as) professores(as) de EF nas atividades coletivas como os conselhos de ciclos; (3) a falta do tempo pedagógico ampliado e a inadequação do espaço para contemplar todos os conteúdos da EF contidos na proposta. O ponto considerado como avanço foi o destaque ressaltado pelos professores(as) sobre a construção coletiva da proposta pedagógica para a EF na Rede Municipal de Ensino. Neste sentido, há necessidade de repensar a organização do trabalho pedagógico da escola e da EF para que a proposta consiga superar as dificuldades e obter êxito.

Palavras-chave: Educação Física. Escola. Organização do Trabalho Pedagógico. Ciclos de Aprendizagem. Prática Pedagógica.

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VoltarPETRENAS, Rita de Cássia. Ciclos de Aprendizagem: Representações Sociais de professores do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro Universitário Moura Lacerda, 2006. 145p. (Orientadora: Rita de Cássia Pereira Lima)

Localização: http://www.capes.gov.br

Resumo:

O objetivo deste trabalho é analisar as representações sociais sobre os Ciclos de Aprendizagem, expressas por professores do 2º e 3º ciclos do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior paulista. A pesquisa tem como referencial a Teoria das Representações Sociais (TRS) proposta por Serge Moscovici (1961), bem como estudos referentes aos ciclos. A pesquisa de campo foi realizada com onze sujeitos, sendo dez professores e um coordenador-pedagógico que trabalham em escola que adota os Ciclos de Aprendizagem, organizados de dois em dois anos. Entrevistas semi-estruturadas foram utilizadas como instrumento. A análise dos dados, de caráter qualitativo, centrou-se na metodologia de análise de conteúdo, modalidade temática. Foram encontrados quatro temas-chaves que se articulam entre si: Ciclos de Aprendizagem, Relação Ciclos de Aprendizagem/Progressão Continuada, Visão dos Ciclos pela Escola, Visão dos Ciclos por Pais e Alunos. Posteriormente, as entrevistas foram submetidas à análise lexical de conteúdo, utilizando o software ALCESTE, que dividiu o material discursivo em três classes que foram inferidos os seguintes títulos: A Implantação do Sistema de Ciclos no Cotidiano Escolar, O Professor: sua área de atuação e a escola, Reprovação e Ciclos. Em seguida, houve a retomada da pesquisa com seis participantes, para melhor compreender os dois processos formadores das representações sociais: a objetivação e a ancoragem. Os resultados apontam aspectos que permeiam o cotidiano escolar, influenciando a organização da escola em Ciclos de Aprendizagem, como: reprovação, avaliação, classificação escolar, visão dos professores, alunos e famílias sobre a escola. Depreendeu-se que o núcleo figurativo da representação sobre os Ciclos situa-se em torno da reprovação, que remete à ancoragem na seriação. Nota-se também nas falas uma confusão entre Ciclos e Progressão Continuada. Ou seja, embora a proposta oficial seja a dos Ciclos de Aprendizagem, os discursos dos professores mostram que suas práticas se fundamentam em outras referências. Percebe-se que elementos curriculares, avaliativos, metodológicos e didáticos permanecem fragmentados e desarticulados, aspectos incompatíveis com a organização escolar ciclada. O estudo evidenciou o impacto de políticas educacionais no cotidiano escolar, mostrando que compreender as representações sociais dos sujeitos envolvidos pode ser fundamental para o sucesso de sua implantação.

Palavras-chave: Ciclo aprendizagem. Representação social. Fracasso escolar.

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VoltarSANTOS, Kátia Silva. Os contornos da escola: espaços escolares, dificuldades de aprendizagem e organização curricular por ciclos. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007. 128 p. (Orientador: Cláudio Roberto Baptista)

Localização:http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=95301 http://bdtd2.ibict.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=0&Itemid=108&limit=10&limitstart=50

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo a compreensão de fenômenos escolares relativos aos diferentes espaços na escola destinados aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, multirrepetência e defasagem entre idade e escolaridade. O contexto de realização do estudo foi uma rede pública que implementou alterações curriculares vinculadas aos ciclos à Rede Municipal de Vitória da Conquista, no Estado da Bahia. As questões que nortearam o referido estudo foram: quem são, no âmbito das escolas “cicladas”, os sujeitos que apresentam dificuldades de aprendizagem, multirrepetência, defasagem entre idade/escolaridade? Quais espaços, quais contextos têm sido construídos e reconstruídos para tais sujeitos nas escolas cicladas do município pesquisado? Quais movimentos configuram as relações nesses espaços, nesses contextos? Estas questões embasaram a análise do movimento de reestruturação curricular vivenciado pelas escolas da Rede Municipal; a pesquisa quanto ao processo de instituição do espaço das turmas de progressão; a investigação da trajetória escolar dos alunos agrupados nestes espaços. Com base nas reflexões do pensamento sistêmico de Gregory Bateson, este estudo foi conduzido por meio da pesquisa qualitativa, sendo utilizados os seguintes instrumentos metodológicos: análise de documentos, entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Foi realizada análise dos documentos referentes à implantação dos Ciclos de Aprendizagem (1998) e dos Ciclos de Formação Humana (2005); considerou-se também os históricos escolares, os relatórios descritivos e os pareceres avaliativos dos alunos etc. As observações ocorreram em duas escolas da Rede Municipal, priorizando três contextos de sala de aula de forma mais específica. Neste estudo, foram entrevistados professores, coordenadores e diretores, com a finalidade de ampliar a compreensão acerca das questões investigadas. O desenvolvimento desta pesquisa acabou retratando a rigidez e as continuidades da escola que se propõe a mudar sua estrutura curricular da seriada para a ciclada, sem contudo alterar suas crenças e valores em relação à percepção dos sujeitos que fogem ao perfil historicamente construído de aluno. Tal rigidez tem dado forma/significado a processos de agrupamento dos alunos em espaços diferenciados, tendendo à repetição da lógica constitutiva e retroalimentando o modo de pensar do sujeito e o fazer da instituição.

Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem. Repetência escolar. Aceleração da aprendizagem. Rendimento escolar. Ensino por ciclo. Ensino público municipal. Vitória da Conquista (BA). Necessidades educacionais especiais. Reforma curricular.

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SANTOS, Josiane Gonçalves. O compromisso social da escola organizada em ciclos: por uma verdadeira aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Tuiuti do Paraná, 2005. 188p. (Orientadora: Naura Syria Carapeto Ferreira)

Localização: http://tede.utp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=124

Resumo:

Esta dissertação de mestrado examina, a partir da compreensão de escola como locus de trabalho que deve ser organizado, a política educacional da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, estudando, especificamente, a organização do Ensino Fundamental em Ciclos de Aprendizagem, no contexto de diferentes experiências brasileiras. O problema de pesquisar centra-se na organização do trabalho escolar em ciclos abordando questões referentes à aprendizagem, a formação integral do educando, a formação para a cidadania e o compromisso social e a qualidade do ensino da instituição escolar pública. O processo de investigação desenvolveu-se através do estudo da escola, seus compromissos e responsabilidades, as políticas públicas que norteiam a educação escolar e a organização do ensino em ciclos, p projeto de implantação, a concepção e a organização do ensino em ciclos de aprendizagem na cidade de Curitiba e a importância da formação do professor frente à uma nova política que se traduz numa outra forma de trabalho pedagógico, caracterizando, fundamentalmente, a diferença entre uma política educacional democrática e a proposta neoliberal para a educação. O pólo empírico deu-se através de entrevistas com intelectuais da educação brasileira que vivenciaram essa forma de organização e pela utilização de instrumento respondido por profissionais da educação da RME. A análise dos dados, aliada aos fundamentos teórico-metodológicos, propiciou verificar que a efetiva transformação do trabalho pedagógico pressupõe uma rigorosa reflexão de toda comunidade escolar. Assim, toda proposta de uma nova política educacional deve explicitar claramente seus objetivos, sua concepção, considerando a formação do profissional da educação, pois uma- proposta verdadeiramente democrática resulta de uma construção coletiva em prol do bem comum.

Palavras-chave: Gestão da educação. Escola. Ciclos de aprendizagem. Política educacional. Formação do profissional da educação.

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SELLA, Mônica Rolim de Moura. O trabalho do pedagogo face ao reordenamento dos tempos escolares: um estudo sobre a política de ciclos em Curitiba/PR e dos seus efeitos sobre a organização do trabalho pedagógico escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2007. 121p. (Orientadora: Mônica Ribeiro da Silva)

Localização: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=104015

Resumo:

Esta pesquisa tem como objeto de estudo o trabalho do pedagogo face ao reordenamento dos tempos escolares e seus efeitos sobre a organização do trabalho pedagógico escolar. O trabalho aborda a constituição das concepções sobre o tempo e a configuração do tempo escolar. Traz uma análise sobre a história da escola em ciclos, no Brasil, como alternativa à organização escolar seriada. A organização em ciclos é compreendida enquanto política e como construção dos sujeitos que atuam na escola. Revelam que algumas propostas são comprometidas com a democratização do ensino, outras nem tanto, estão mais preocupadas com a superação da repetência e evasão e dados estatísticos. A investigação se dá a partir de aprofundamento teórico sobre ciclos; sobre o trabalho do pedagogo e sobre a organização do trabalho pedagógico, a partir de análise de base documental e pesquisa empírica que constou de dois momentos: uma pesquisa exploratória e entrevistas junto a duas escolas da Rede Municipal de Educação da Prefeitura de Curitiba, por apresentar uma educação marcada pela história construída por pedagogos há 30 anos, que proporcionaram condições de perceber como a organização em ciclos incide no trabalho do pedagogo e na organização do trabalho pedagógico escolar. A análise se faz a partir de categorias pertinentes à constituição do trabalho do pedagogo: gestão, planejamento, currículo e avaliação. O trabalho aponta às mudanças que estão ocorrendo, mesmo que de forma lenta, nas escolas cicladas e revela que as políticas não se efetivam conforme são pensadas, mas são reconfiguradas pela cultura da escola e seus sujeitos.

Palavras-chave: Trabalho do pedagogo. Escola em ciclos. Tempo escolar.

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SILVA, Maria Aparecida da. Análise da implantação da escola organizada em ciclos de aprendizagem na rede municipal de Curitiba – 1997/2004. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2006. 224p. (Orientadora: Regina Maria Michelotto)

Localização: http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/6592

Resumo:

O presente trabalho tem como objeto de estudo a implantação da organização escolar em ciclos de aprendizagem, no município de Curitiba. Compreende-se que esta organização escolar está inserida num contexto contraditório, portanto pode estar a serviço da classe trabalhadora ou da classe dominante. Nesse sentido, procurou-se explicitar o caráter da política que direcionou a organização em ciclos em Curitiba, se conservador ou transformador. O materialismo histórico-dialético é a fundamentação teórica que orienta as análises neste trabalho. A organização escolar em ciclos foi enfocada, nesta pesquisa, no conjunto das idéias denominadas não-reprovação. Os pressupostos e antecedentes destas idéias foram buscados desde as origens da escola burguesa até a atualidade, procurando explicitar, em cada período estudado, as intenções implícitas nos argumentos pela superação das reprovações, se direcionadas aos interesses dos trabalhadores ou da classe dominante. Na reforma do Estado implementada a partir dos anos 1990, com o predomínio da ideologia neoliberal, buscou-se o delineamento conferido à educação nacional, que esteve presente nas reformas curriculares e nas legislações. Esta incursão aos anos 1990, levou à necessidade de verificar a concepção de Estado predominante no município de Curitiba, num longo período denominado como lernismo, pela característica conservadora do grupo a que se refere. O recorte de investigação, 1997-2000 e 2001-2004, corresponde ao período em que o prefeito Cássio Taniguchi assumiu a prefeitura de Curitiba e quando foi implantada esta que se anunciava como uma nova organização escolar, pautada em princípios como autonomia e gestão democrática do processo pedagógico. O trabalho destaca a gestão municipal como determinante da concepção mais ampla do Estado neoliberal, com uma política educacional centrada nos resultados, numa perspectiva conservadora.

Palavras-chave: Organização curricular. Caráter transformador ou conservador. Lernismo. Não-reprovação.

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VoltarSOARES, Fernanda Luzia Sousa Santos. Ciclos de aprendizagem em São Luís: implicações nas práticas avaliativas. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2012. 154 p. (Orientadora: Maria Alice Melo)

Localização: http://www.tedebc.ufma.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=797

Resumo:

A avaliação e, mais precisamente a avaliação da aprendizagem dos alunos tem-se configurado como uma temática de grande relevância para estudos e pesquisas educacionais. Esta temática associada às organizações em ciclos no Brasil gera polêmicas e discussões no espaço escolar e fora dele. O presente estudo teve como objetivo investigar as implicações na avaliação da aprendizagem advindas da introdução dos ciclos de aprendizagem no município de São Luís, a partir de pesquisa de abordagem qualitativa, delineada como estudo de caso. Os procedimentos utilizados para seu delineamento foram: a análise documental e a entrevista semiestruturada, além do estudo de documentos produzidos no espaço escolar pelos professores. O aporte teórico utilizado para compreensão dos ciclos contou coma contribuição de Mainardes (2005, 2007, 2009); Barreto e Mitrulis (1999, 2001); Knoblauch (2004); Barreto e Sousa (2004) e para compreensão da avaliação na perspectiva formativa utilizamos a contribuição de Perrenoud (1999, 2002, 2004); Hadji (1994); Luckesi (2010), entre outras contribuições. Conclui-se, a partir do estudo, que os professores têm adotado práticas mais democráticas de avaliação que não se destinam à classificação ou sentenciação dos alunos. Contudo, ainda não assimilaram os pressupostos de uma avaliação de abordagem formativa com vistas à retroalimentação do trabalho do professor. Concluímos também que tais ocorrências podem ser melhor equacionadas quando associadas a programas permanentes de formação continuada de professores e suporte administrativo e pedagógico a seus trabalhos.

Palavras-chave: Ciclos de aprendizagem. Avaliação. Avaliação formativa.

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SOUZA JÚNIOR, Marcílio Barbosa Mendonça de. A constituição dos saberes escolares na educação básica. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007. 354 f. (Orientadora: Maria Eliete Santiago)

Localização: http://www.bdtd.ufpe.br/tedeSimplificado/index.php

Resumo:

A Escola, entendida como uma instituição social, responsabiliza-se em contribuir com a educação de homens e mulheres, crianças, jovens ou adultos. Sua educação se diferencia da familiar, da sindical, da partidária, da religiosa etc., podendo, talvez até devendo, refletir e interagir com essas modalidades educacionais, sem perder de vista o que lhe é específico, ou seja, favorecer seus sujeitos numa reflexão sistematizada, periódica, paulatina e contínua acerca dos conhecimentos produzidos pela humanidade de forma a procurar superar a aleatoriedade, o acaso, o senso-comum nas aprendizagens. Diferentes elementos pedagógicos vão procurar materializar essa responsabilidade, sendo o currículo um deles. Este, mantendo interseção com os demais elementos, constitui os saberes escolares, fazendo uma seleção cultural e configurando-os como uma cultura escolar, devido às suas características peculiares. Essa configuração, ao longo do tempo, passou a ter uma força tão grande, principalmente em tempos modernos, que, além de selecionar elementos da cultura, passou a colaborar com a elaboração desta. Aproximando-nos dos fundamentos da abordagem dialética materialista-histórica e realizando análise de conteúdo do tipo categorial por temáticas, vimos que a constituição dos saberes escolares se dá num movimento de autonomia relativa diante da influência reprodutora dos fatores sociais mais amplos; portanto, dela não se isola, numa produção meramente singular e única. Inserindo-se entre os que investigam essa constituição dos saberes escolares, pelo olhar da Sociologia Crítica do Currículo, a presente Tese de Doutorado apresenta-se como processo e produto de pesquisa qualitativa realizada na literatura e no campo, em documentos e entrevistas com dois professores de quatro diferentes disciplinas curriculares, Educação Física, Arte, Língua Portuguesa e Matemática, os quais pertenciam a Escolas da Rede Municipal de Ensino do Recife. Vimos que as disciplinas escolares aqui investigadas vivem, em suas particularidades, um processo contínuo e contraditório por legitimação pedagógica, em torno da isonomia curricular. Na generalidade do currículo, percebemos os elementos que orientam diferentes disciplinas no cumprimento e conquista das atribuições e possibilidades pedagógicas. Na totalidade curricular, constatamos que elas se estabelecem em meio a relações de tensões recíprocas, buscando reconhecimento e se fazendo reconhecer frente aos sujeitos e instâncias pedagógicos da política curricular. Foi nesse processo que observamos a existência de mais ambigüidades, dúvidas e conflitos do que certezas na constituição dos saberes escolares, tanto nas disciplinas entendidas como secundárias, como Educação Física e Arte, como nas disciplinas consideradas de maior prestígio, como Língua Portuguesa e Matemática. As ambigüidades, dúvidas e conflitos dizem respeito à estruturação do currículo escolar da educação básica. O currículo, então, é tanto objeto de apropriação e assimilação privada e individual, social e coletiva do conhecimento acumulado na história da humanidade quanto expressão da força de trabalho, do caráter produtivo dessa humanidade. Sendo assim, é necessário superarmos, cada vez mais, os currículos prescritivos normativo-racionalistas, e construirmos um currículo emancipatório, que reconhece, propicia e solicita o potencial produtor dos sujeitos educacionais. É urgente procurarmos e viabilizarmos os caminhos e as condições para a materialização de currículos críticos, dinâmico-dialógicos e de abordagem sociológica da cultura escolar.Palavras-chave: Escola. Currículo. Disciplinas Curriculares. Saberes Escolares. Cultura Escolar.

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VoltarSTREMEL, Silvana. A organização da escolaridade em Ciclos de Aprendizagem: uma análise dos processos de recontextualização e de formulação de políticas. 2011. 200 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2011.

Localização: http://bicen-tede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=614

Resumo:

Este trabalho apresenta uma análise do processo de recontextualização e formulação dos Ciclos de Aprendizagem no Brasil. Os objetivos da pesquisa foram: a) analisar como a modalidade Ciclos de Aprendizagem vem sendo recontextualizada e justificada nas redes de ensino públicas brasileiras que a adotam; b) explicitar aspectos históricos e os fundamentos da modalidade chamada Ciclos de Aprendizagem; c) analisar em que medida as propostas de Ciclos de Aprendizagem estão articuladas à construção de um sistema educacional efetivamente inclusivo e democrático. Utilizou-se como fundamentação teórica as contribuições de Bernstein (1996, 1998) sobre o conceito de recontextualização do discurso pedagógico, de autores que fundamentam o papel da escola e a construção de um sistema educacional inclusivo e democrático (APPLE, 2001; BELLONI, 2003; CAMINI, 2001; YOUNG, 2007), bem como de autores que discutem sobre a política de ciclos (BARRETTO; MITRULIS, 1999; BARRETTO; SOUSA, 2005; FREITAS, 2003; MAINARDES, 2007, 2009; PERRENOUD, 2004). A pesquisa envolveu a análise de documentos oficiais de sete redes de ensino que adotam os Ciclos de Aprendizagem (Curitiba-PR, Ponta Grossa-PR, Recife-PE, Salvador-BA, São Luís-MA, Telêmaco Borba-PR e Vitória da Conquista-BA). Os resultados da pesquisa indicam que: a) as políticas de Ciclos de Aprendizagem vêm sendo recontextualizadas pelas redes de ensino, de acordo com os contextos locais, contexto político-ideológico, concepções e experiências de ciclos de outras redes, etc.; b) em todas as redes pesquisadas a implantação dos Ciclos de Aprendizagem objetivava a construção de um sistema inclusivo e democrático; c) a implantação dos Ciclos de Aprendizagem desencadeou um processo de reestruturação curricular, sendo que as redes analisadas optaram pela proposição de um currículo comum; d) em geral, as propostas de ciclos investigadas foram formuladas sem a participação e envolvimento dos professores e demais profissionais da educação. Concluiu-se também que a análise de documentos iniciais das redes de ensino oferece elementos para a compreensão da concepção de ciclo adotada e das diretrizes gerais para sua implementação. Apesar disso, deve-se levar em consideração que, no contexto da prática, essas diretrizes são modificadas, reinterpretadas e recontextualizadas. Embora a pesquisa realizada tenha buscado aprofundar aspectos relacionados à origem, características e fundamentos dos Ciclos de Aprendizagem, concluiu-se que há ainda aspectos dessa modalidade de ciclos que necessitam ser aprofundados, tais como: os fundamentos dos Ciclos de Aprendizagem, a multiplicidade de opções e decisões que as redes de ensino utilizam na configuração da política de ciclos, o impacto dos Ciclos de Aprendizagem nas mudanças da prática pedagógica e no desempenho dos alunos e as implicações curriculares decorrentes da implantação de ciclos.

Palavras-chave: Ciclos de Aprendizagem. Política educacional. Formulação de políticas.

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Page 36: Ciclos de Aprendizagem - Levantamento Bibliografico.doc

VoltarTEIXEIRA, Edival Sebastião. A psicologia histórico-cultural como fundamento para a organização do ensino escolar em ciclos de aprendizagem. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, 2004. 156p. (Orientadora: Marta Kohl de Oliveira)

Localização: http://www.capes.gov.br

Resumo:

A presente pesquisa, de natureza teórica, enfatiza o aspecto das relações temporais entre aprendizagem e desenvolvimento. Mais especificamente, o trabalho discute as implicações dessas relações para a organização do ensino escolar ao longo do tempo. Parte da hipótese de que a concepção da psicologia histórico-cultural de como o sujeito se constitui, de como chega ao conhecimento e de como se desenvolve, sugere que a organização do ensino escolar deva ser ajustada no tempo, levando-se em conta que tanto o desenvolvimento quanto a aprendizagem não obedecem a uma lógica linear. Demonstra que a psicologia histórico-cultural, enquanto base teórica para a educação escolar, ajusta-se com muito mais propriedade à modalidade de organização do ensino por ciclos, do que se ajusta à modalidade de organização seriada. Com base no materialismo histórico e dialético, o trabalho discute os pressupostos básicos da concepção progressista de educação e demonstra que existe uma convergência entre esses pressupostos, a teoria vigotskiana e a proposição dos ciclos de aprendizagem. Defende que a opção pela organização do ensino escolar em ciclos implica numa ruptura com as concepções de homem, de sociedade e de educação que fundamentam a organização em séries. O texto sustenta que a proposição dos ciclos de aprendizagem e sua modalidade de progressão são medidas estreitamente ligadas, cuja finalidade é a melhoria da qualidade do ensino e evidencia porque essa proposta pedagógica, numa perspectiva progressista, implica numa opção consciente pela concepção marxista de homem e de sociedade. Apresenta um entendimento de como Vigotski concebe a questão da maturação das funções psicológicas e suas possíveis implicações para a aprendizagem de conteúdos escolares. Conclui que a aprendizagem escolar se apóia em processos psíquicos imaturos e que não pode ser conformada num tempo determinado. Argumenta, também, que é inadequado estabelecer um tempo muito rígido para a aprendizagem das disciplinas que contém um currículo escolar. A partir da periodização do desenvolvimento psicológico da psicologia histórico-cultural, o trabalho sugere uma forma de organização das etapas da escolarização.

Palavras-chave: Psicologia histórico-cultural. Educação escolar.

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Page 37: Ciclos de Aprendizagem - Levantamento Bibliografico.doc

VoltarTETU, Viviane. Concepções de alunos sobre a avaliação de sua aprendizagem escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, 2001. 89p. (Orientadora: Maria Lucia Faria Moro)

Localização: http://www.capes.gov.br

Resumo:

Trata-se de estudo de caso para identificar as concepções de alunos a respeito da avaliação de sua aprendizagem, realizada pela professora e pela escola. Parte da hipótese de que o aluno constrói concepções sobre suas possibilidades e dificuldades de aprendizagem em relação com o sistema de avaliação ao qual está submetido. Os sujeitos do estudo, nove alunos da segunda etapa do Ciclo II de Aprendizagem (equivalente à 4ª série do ensino fundamental) de uma escola da rede municipal de ensino da cidade de Curitiba, foram selecionados aleatoriamente e submetidos a uma entrevista individual, de tipo semi-estruturada. Foram utilizadas três atividades de expressão escrita de cada sujeito, na entrevista. Os dados, registros das expressões verbais gravadas em áudio, foram analisados qualitativamente e classificados de acordo com sete temas principais, para obter a concepção do aluno sobre: sua facilidade/dificuldade de aprendizagem; o próprio desempenho na tarefa analisada; os modos de correção das tarefas; as atitudes tomadas frente às suas dificuldades na execução de tarefas; os critérios de avaliação da professora; a atual forma de registro da avaliação da aprendizagem da escola e sobre como ele sabe que está aprendendo. Os resultados demonstram que os sujeitos tendem a analisar seu processo de aprendizagem em estreita relação com a correção de suas tarefas feita pela professora. Assim, os sujeitos se baseiam quase sempre nas marcas de correção que a professora utiliza para emitir um parecer sobre sua própria aprendizagem. Além disso, ficou evidenciada a importância que os sujeitos atribuem à correção individualizada da professora, levando a crer que os modos de correção em grupo, muito utilizados atualmente, não transmitem aos alunos a certeza de que estão realmente aprendendo. Um significado é atribuído ao registro da avaliação da aprendizagem efetuado pela escola, mesmo que este significado não seja exatamente o indicado por convenção pelo sistema escolar. Pode-se evidenciar também que os sujeitos podem ser nitidamente separados em dois grupos: um deles, mais autônomo em relação à professora; o outro grupo, mais dependente daquilo que a professora expressa em termos de avaliação de sua aprendizagem. A discussão sublinha a importância das idéias que os sujeitos elaboram a respeito das situações de avaliação a que são submetidos no ambiente escolar para seu autoconhecimento e suas atitudes frente aos professores e colegas.

Palavras-chave: Concepções de alunos. Avaliação. Aprendizagem Escolar.

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VoltarVILLAR, Ana Paula Russo. A prática avaliativa em uma organização escolar por ciclos de aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Pernambuco, 2009. (Orientadora: Maria da Conceição Carrilho de Aguiar)

Localização: http://bdtd.ibict.br/

Resumo:

Este estudo aborda a temática da avaliação da aprendizagem no Sistema de Ciclos. Compreende-se que a adoção de tal sistema requer uma mudança nas formas como se pensa e se faz a avaliação no sentido de torná-la um processo democrático, interativo, qualitativo, processual e includente. Assim, nesta pesquisa, buscou-se compreender as práticas avaliativas em uma organização escolar por Ciclos de Aprendizagem, identificando as aproximações e os distanciamentos entre os preceitos desse sistema e a sua materialização no cotidiano escolar. Foram realizados estudos, na literatura e em documentos, os quais contemplaram duas categorias analíticas, quais sejam: Ciclos de aprendizagem – cujas principais referências consistiram em Mainardes (2007) e Freitas (2003), entre outros; e Avaliação – na qual, destacam-se as contribuições de SILVA (2003, 2004, 2007) e PERRENOUD (1999, 2000, 2004). Tais estudos possibilitaram compreender os pressupostos teóricos e as diretrizes normativas que fundamentam a avaliação nesse sistema. No percurso metodológico, com base na abordagem dialética, optou-se pelo método etnográfico como forma de apreensão do fenômeno investigado. Selecionou-se a observação participante e a entrevista semi-estruturada como técnicas de coleta de dados, os quais foram tratados pela análise de conteúdo categorial do tipo temática (BARDIN, 1977). O campo da pesquisa configurou-se em uma escola da Rede Municipal da Cidade do Recife e as participantes foram três professoras dos anos iniciais do ensino fundamental, a diretora e a coordenadora da referida escola. Os resultados do estudo apontaram que a adoção da política de ciclos não promoveu alterações substanciais na prática avaliativa das docentes. As mudanças operadas se restringiram aos aspectos técnico-instrumentais sem considerar as intenções educacionais pretendidas por tal sistema. Constatou-se que a prática avaliativa apresenta-se presa às concepções de uma avaliação autoritária e classificatória, do quedecorre um prejuízo ao desenvolvimento dos alunos. Identificou-se a necessidade de uma política efetiva de valorização do magistério, de um processo de formação continuada que priorize a fundamentação epistemológica dos Ciclos e, sobretudo, do comprometimento de todos – governo, profissionais da educação, família, alunos – no sentido de superar a lógica seletiva e excludente que ainda sedimenta a prática educativa, rumo a uma educação de fato mais democrática e inclusiva.

Palavras-chave: Ciclos de Aprendizagem. Prática Avaliativa. Avaliação da Aprendizagem.

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