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Ciência, Risco e Participação: Modelos Institucionais Tiago Santos Pereira [email protected]

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Ciência, Risco e Participação:

Modelos Institucionais

Tiago Santos [email protected]

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Julho 2008

A emergência de controvérsias socio-técnicas

Modernidade reflexiva e ‘sociedade de risco’ (Beck, 1986)novos riscos decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológicomaior mobilidade e vulnerabilidade associada aos riscos públicosresposta institucional – aprendizagem reflexiva

Recentes controvérsias socio-técnicas (e.g. BSE, OGMs, Aquecimento Global)

Menor confiança dos cidadãos face a tecnologias emergentes?

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Processos de decisão e controvérsias socio-técnicas

Crise da ‘dupla delegação’ (Callon, 2001)- delegação da competência política/administrativa nos eleitos e funcionários do Estado;- delegação da competência técnico/científica nos cientistas e peritos

Crise da democracia- crise da participação dos cidadãos- crise da representação

Caracterização de epistemologias cívicas (Jasanoff, 2005)

Julho 2008

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Julho 2007

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Julho 2007

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Julho 2008

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Criação de novas ‘tecnologias de participação’

Avaliação participativa de tecnologiasconferências de consenso / de cidadãos, júris de cidadãos, e

outras formas, ad hoc ou institucionalizadasExercícios de prospectiva ou workshops de cenáriosDesenvolvimento participativo de tecnologias e concepção participativa de políticas públicas

avaliação construtiva de tecnologias, procura de tecnologias ‘apropriadas’, e experiências a nível urbano

Distinguem-se por- organização; inclusão; definição da agenda e âmbito; tempo e processo; procedimentos; impacto na capacitação e vinculação; institucionalização

Julho 2008

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Riscos diversos

Análise de ‘risco’ em debates parlamentares

Risco como insegurançaRiscos económicos e/ou financeirosRiscos comportamentaisRiscos ambientais / tecnológicosRiscos médicos / de saúdeRiscos naturaisRiscos políticos

Políticos-cidadãos vs. políticos-peritos?

Julho 2008

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Emergência de organizações de fronteira

Organizações de interface que articulam o espaço político e o espaço da ciência

Office of Research IntegrityOffice of Technology TransferOffice of Technology Assessment

Outros modelos têm vindo a instituir-se, nomeadamente na esfera parlamentar:- Office Parlementaire d’Evaluation des Choix Scientifiques et Technologiques (FR)- Teknologi-rådet (DK) – independente, instituída pelo Parlamento- Parliamentary Office for Science and Technology (UK)- Science and Technology Options Assessment (EU)- Rathenau Instituut (NL)

Julho 2008

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ISCTE

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ISCTE

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Julho 2007

Ciência, Tecnologia, Representação e Desigualdade(Projecto ResIST)

Desigualdades estruturais- diferentes capacidades de produzir conhecimento

Desigualdades distributivas- diferentes impactos (positivos/negativos) das tecnologias

Desigualdades representativas- diferentes capacidades de intervenção

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Modos de participação / decisão

Análise de processos de participação através de Orçamentos Participativos / Gestão e planeamento urbanoConselhos Municipais de SaúdeAssociações de Doentes

Quem participa? Quem são os ‘stakeholders’?Que conhecimentos? Conhecimentos experienciais/‘ecologia dos saberes’Definição de temas / necessidades / questões emergentesTecnologias em desenvolvimento?Que métodos?Escalas de governação

Julho 2008

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Sketch baseado nos mitos de Prometeu e da caixa de Pandora, focando-se nas promessas

associadas à nanotecnologia mas também incorporando a projecção de

possibilidades vs problemas ou riscos vs benefícios

Pandora distribuindo problemas

Prometeu distribuindo oportunidades

Experimentação de novos modelos de discussão (Projecto DEEPEN)

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Julho 2007

Notas finaisPercepção de riscos?… mas também de benefícios

Para além da comunicação do risco

Da análise dos impactos para um envolvimento inicial no desenvolvimento de tecnologias

Importância da articulação de múltiplos saberes - peritos e leigos (aprendizagem mútua e justiça cognitiva)

Importância da participação pública nos processos de tomada de decisão

Emergência de ‘organizações de fronteira’

Alargamento do debate – novos públicos, novos actores, novos modelos

Para novas ‘epistemologias cívicas’

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Investigação realizada no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade (NECTS)

Centro de Estudos Sociais (CES) – Laboratório Associado

como parte dos projectos

“Ciência no Parlamento: Uma análise da fronteira entre ciência e política”, “Researching Inequalities through Science and Technology” (ResIST),

“Deepening Ethical Engagements and Participation in Emerging Nanotechnology”,

financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo 6º Programa-Quadro da Comissão Europeia

NECTS Coordenação João Arriscado Nunes Tiago Santos Pereira Equipa de Investigação destes Projectos Ana Raquel Matos Ângela Filipe António Carvalho António Farinhas Rodrigues Daniel Neves Marisa Matias