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Av. Manuel da Maia, 26 - 4º Drtº - 1000-201 LISBOA - PORTUGAL Tel. (351) 21 847 87 74 / 5 / 6 Fax (351) 21 847 45 82 http://www.fep.pt E-mail: [email protected] CIRCULAR Nº 20 DIR / 2004 P R OGR AMA OF I CI AL DE F OR MAÇÃO DE F OR MADOR E S EQUESTRES < POFFE > L is boa, 21 de J unho de 2004

Circular 020-04 Progr Ofic Form. Formad Equitação - POFFEantigo.fep.pt/media/pdf/Circular 020.pdf · Saltos; Prova técnica e de estilo hunter – Reg. CSO/FEP, com 8 obstáculos

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Av. Manuel da Maia, 26 - 4º Drtº - 1000-201 LISBOA - PORTUGAL

Tel. (351) 21 847 87 74 / 5 / 6 Fax (351) 21 847 45 82 http://www.fep.pt E-mail: [email protected]

CIRCULAR Nº 20 DIR / 2004

PR OGR AMA OF I CI AL

DE

F OR MAÇÃO DE F OR MADOR E S

E QU E S T R E S

< POFFE >

L i s boa, 21 de J unho de 2004

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ÍNDICE 1. ÂMBITO GLOBAL DO POFFE E SUA ACTUALIZAÇÃO 3 2. PARTES CONCLUÍDAS APRESENTADAS PARA HOMOLOGAÇÃO 4 2.1. VOLUME I – TÍTULOS DO TRABALHO JÁ REALIZADO 4 2.2. AGRADECIMENTOS AOS COLABORADORES 4 3. RESUMO DAS DISPOSIÇÕES PROGRAMÁTICAS JÁ APRESENTADAS 5 3.1. CURSOS DE AJUDANTE DE MONITOR – Grau I 5

a) Caracterização da profissão 5 b) Condições mínimas de acesso e qualificação 5 c) Conteúdo do exame final dos cursos 6 d) Tipos de curso 6 e) Curso fraccionado (por módulos) 6 f) Curso continuo 7 g) Curso extensivo 8

3.2. CURSOS DE MONITOR DE EQUITAÇÃO – Grau II 9

a) Caracterização da profissão 9 b) Condições mínimas de acesso e qualificação 9 c) Conteúdo do exame final dos cursos 10 d) Tipos de curso 10 e) Curso fraccionado (por módulos) 11 f) Curso continuo 12 g) Curso extensivo 13

3.3. CURSOS DE INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO – Grau III 14 a) Caracterização da profissão 14 b) Condições mínimas de acesso e qualificação 14 c) Conteúdo do exame final dos cursos 15 d) Tipos de curso 16 e) Curso fraccionado (por módulos) 16 f) Curso continuo 18 g) Curso extensivo 20

3.4. ESTÁGIO DE MESTRES DE EQUITAÇÃO – Grau IV 21

a) Caracterização da profissão 21 b) Condições de acesso e qualificação 22 c) Conteúdo do exame final do estágio 22 d) Caracterização do estágio 23

3.5. TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE EXAMES FINAIS 24

4. PRÓXIMOS CURSOS PROFISSIONAIS E SUA PREPARAÇÃO 24 a) Formação de Formadores de Dressage 24 b) Formação de Treinadores de Disciplina 25 c) Formação de Formadores de Turismo Equestre – TREC 25 d) Formação de Formadores de Equitação Terapêutica 26 e) Formação de Oficiais de Concurso 27

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1. ÂMBITO GLOBAL DO POFFE E SUA ACTUALIZAÇÃO O presente programa procura abranger toda a FORMAÇÃO PROFISSIONAL de formadores equestres, razão pela qual será apresentado progressivamente, à medida que os respectivos estudos se vão concluindo e actualizando. Trata-se de um programa muito vasto, que se prevê publicar em 6 Volumes, dos quais apenas as Partes I e II do Volume I foram concluídas e enviadas para homologação, à Divisão de Formação do Instituto do Desporto de Portugal,. Para se ter uma noção da abrangência deste Programa, que constitui uma profunda reforma da Formação de Formadores Equestres em Portugal e, certamente, uma das mais vastas do mundo, apresenta-se seguidamente a estrutura que define o âmbito do POFFE: VOLUME I: PARTE I: Introdução ao Programa Oficial de Formação de Formadores

Equestres - POFFE PARTE II: Formação Profissional Pluridisciplinar de Formadores em Equitação, dirigida a docentes de formadores das três disciplinas olímpicas, com conhecimentos gerais sobre as demais disciplinas e sobre arbitragem. PARTE III: Formação de Formadores de Dressage

VOLUME II: PARTE I: Formação Profissional de Treinadores de cada uma das

disciplinas olímpicas (Ensino, Saltos e Concurso Completo de Equitação); PARTE II: Formação Profissional de Treinadores de Horse Ball, de Atrelagem, de Resistência Equestre, de Equitação de Trabalho, de TREC, de Pólo e, eventualmente, de outras disciplinas de competição que venham a ser criadas e cujo número de praticantes nacionais o justifique.

VOLUME III: PARTE I: Formação Profissional de Formadores de Equitação de

Trabalho; PARTE II: Formação Profissional de Formadores de Equitação

Tradicional Portuguesa, com inclusão da Equitação de Toureio; VOLUME IV: PARTE I: Formação de Formadores dos profissionais de Turismo

Equestre e de TREC; PARTE II: Formação Profissional de Formadores de Equitação

Terapêutica. VOLUME V: PARTE I: Formação Profissional de Formadores de Árbitros (oficiais de

concurso) das disciplinas olímpicas (Ensino, Saltos e Concurso Completo de equitação);

PARTE II: Formação Profissional de Formadores de Árbitros (oficiais de concurso) das disciplinas de Horse Ball, Atrelagem, Resistência Equestre, Equitação Terapêutica (Adaptada), Equitação de Trabalho, TREC e Pólo.

VOLUME VI: Formação Profissional de Formadores de Agentes Auxiliares de Equitação, tais

como, tratadores, desbastadores, ferradores, enfermeiros hipo auxiliares, correeiros-seleiros.

A elaboração de cada um destes Volumes é da responsabilidade da FEP, que se apoiará no trabalho de grupos de especialistas de cada disciplina, a maioria dos quais integrantes das Comissões Técnicas de Formação e de Disciplina. A ordem pela qual serão divulgados, dependerá da disponibilidade dos referidos especialistas e da complexidade do próprio trabalho.

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Será garantida a actualização sistemática das Partes deste Programa, com publicação das mesmas no SITE da FEP. O POFFE tem também como objectivo, constituir-se como o “esqueleto” de suporte dos conteúdos programáticos da ESCOLA NACIONAL DE EQUITAÇÃO (ENE) definindo, simultaneamente, o âmbito da sua futura actividade em matéria de Formação Profissional de Formadores. Teremos, por isso, especial cuidado para que a sua estrutura e organização se enquadrem nos parâmetros estabelecidos pela legislação aplicável, tendo em vista os Projectos de Candidatura ao apoio financeiro ao abrigo do Quadro Comunitário de Apoio, que estiver em vigor. Uma vez constituída a ENE, a conclusão dos Volumes em falta, ou de outros que venham a ser elaborados, bem como a actualização oportuna e sistemática de todos, caberá ao previsto Conselho Superior Pedagógico, órgão daquela Escola, que para tal recorrerá ao apoio das Comissões Técnicas, igualmente previstas na estrutura da ENE, bem como do Corpo Docente, dirigido pelo Equitador–Chefe. 2. PARTES CONCLUÍDAS APRESENTADAS PARA HOMOLOGAÇÃO 2.1. VOLUME I - TÍTULOS DO TRABALHO JÁ REALIZADO Parte I: - Introdução ao POFFE

- Resumo histórico da formação equestre em Portugal - Âmbito estrutura e objectivo do POFFE

Parte II: - Formação pluridisciplinar (disciplinas olímpicas)

- Capítulo I – Objectivos e Metodologia - Capítulo II – Cursos de Ajudantes de Monitor de Equitação – Grau I - Capítulo III – Cursos de Monitores de Equitação – Grau II - Capítulo IV – Cursos de Instrutores de Equitação – Grau III - Capítulo V – Estágio de Mestre de Equitação – Grau IV

Em anexo a esta Circular, constando do SITE da FEP e de documento a distribuir pelos Centros de Formação Profissional, apresenta-se o desenvolvimento detalhado das Partes já publicadas e em fase de homologação pelo IDP. Mas porque se trata de um Volume com 71 páginas, apresentamos seguidamente, nesta Circular, um resumo que permitirá ter uma ideia mais precisa dos conteúdos dos diversos cursos, das condições de acesso e da carreira profissional que os mesmos proporcionam. 2.2. AGRADECIMENTO AOS COLABORADORES A parcela já concluídas do POFFE é produto de um trabalho colectivo e de um “know how” adquirido ao longo de mais de sessenta anos de estudo, prática e experiência de formação de formadores de equitação. Cabe aqui e em primeiro lugar destacar o excelente trabalho realizado pelo Senhor Coronel de Cavalaria, Manuel Neves Veloso, conjuntamente com o Senhor Tenente Coronel de Cavalaria Manuel de Almeida e Souza. Para eles dirigimos os nossos primeiros agradecimentos, pois souberam complementar os seus saberes e experiência adquiridos ao longo de muitos anos de docência activa, com as mais modernas técnicas equestres e pedagógicas, assumidas a nível internacional.

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Acompanharam e intervieram activamente neste trabalho, com contributos críticos muito importantes, o Senhor Coronel de Cavalaria Joaquim Arnaut Pombeiro, o Senhor Coronel de Cavalaria José Balula Cid e o Senhor Coronel de Cavalaria Eduardo Netto de Almeida. O nosso reconhecido agradecimento pela dedicação e competência com que contribuíram para o enriquecimento qualitativo do trabalho realizado. Por fim é de inteira justiça referir o apoio prestado pelo Corpo Docente de Equitação do CMEFD, disponibilizando os seus próprios registos e contributos que enriqueceram o trabalho com competências legadas desde a velha Escola de Mafra até às mais modernas técnicas e pedagogias do ensino contemporâneo da equitação. Nem todos os contributos solicitados foram conseguidos por inequívoca indisponibilidade de tempo. Certamente teriam concorrido, de forma muito positiva, para o trabalho final, mas estamos certos que, com eles, poderemos contar para o aperfeiçoamento e actualização destes e de outros trabalhos que nos propomos realizar. 3. RESUMO DAS DISPOSIÇÕES PROGRAMÁTICAS JÁ APRESENTADAS 3.1. CURSOS DE AJUDANTES DE MONITOR DE EQUITAÇÃO – Grau I a) Caracterização da Profissão o Ajudante de Monitor de Equitação é um profissional que aspira a ser docente, situando-se no primeiro patamar desta carreira, mas que não pode ainda responsabilizar-se pela formação pluridisciplinar. Deverá colaborar com os docentes desta área e, sob a sua orientação técnica, pode mesmo encarregar-se de leccionar, ao nível da iniciação de alunos isolados ou de pequenos grupos de discentes. Não pode desempenhar funções de Responsável Técnico de Centros de Formação, mas complementada a sua formação com outras aprendizagens, designadamente no âmbito do Turismo Equestre - TREC, da Resistência Equestre, da Equitação Terapêutica, da Equitação de Trabalho e outros, poderá adquirir posições de responsabilidade mais elevada. b) Condições Mínimas de Acesso e Qualificação

• Idade mínima: 18 anos completos • Escolaridade mínima: 9º ano • Ser praticante com aproveitamento no exame de Sela 4 • Ser proposto por um docente de grau igual ou superior a II • Ter aproveitamento no exame final do curso de Ajudante de Monitor

Nota: Constitui um factor favorável à admissão ao curso, possuir Formação Pedagógica Inicial de Formadores, reconhecida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ou pelo departamento de formação do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) nos termos do artº 21º do DL nº 407/99 de 15/10. c) Conteúdo do Exame Final dos Cursos

• Dados gerais Local: Centro de formação e exame de 3 ou mais estrelas (pólo da ENE) Júri: 3 membros, sendo pelo menos 1 de grau III ou IV (presidente) e, no conjunto, 2 exteriores ao centro de formação e exame.

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• Provas a prestar e níveis de aptidão exigidas

Maneio (prova prática): Preparação de um cavalo para apresentação em provas; Aparelhação de um cavalo para lição de volteio com arreio; Embarque e desembarque de cavalos. Teoria; Prova escrita (classificação mínima 60 %) de acordo com o respectivo currículo. Ensino (prova prática): Reprise E1/FEP (classificação mínima 55%). Saltos; Prova técnica e de estilo hunter – Reg. CSO/FEP, com 8 obstáculos de altura máxima 0,85m, incluindo um duplo a 2 passadas (classificação mínima 110 pontos) (*) Prática pedagógica: Lição de iniciação em volteio com arreio.

• A Avaliação do exame final dos cursos obedece à Tabela de Classificações que se anexa no final.

(*) A dimensão dos saltos deverá, caso a caso, adequar-se à capacidade real da montada, pois o que está em avaliação, prioritariamente, é o desempenho ( em todos os sentidos) do cavaleiro(a). d) Tipos de Curso de Ajudantes de Monitor

• Curso fraccionado (por módulos) • Cursor contínuo • Cursor extensivo (integrado no ensino escolar técnico e superior politécnico)

e) Curso Fraccionado (por módulos)

1) Características, duração e meios equestres de suporte

Este curso destina-se aos praticantes que desejem iniciar uma carreira de docente de equitação. Assenta na formação por módulos, realizada nos centros de formação e exame, alternando com formação prática realizada no local de trabalho. Com excepção do primeiro módulo, que tem a duração de 3 dias, os restantes são de 2 dias cada módulo e o curso compreende 5 módulos, ocorrendo preferencialmente em fins de semana, sendo o último destinado ao exame final. O período destinado à formação no local de trabalho deverá decorrer nos dias úteis (5 dias) inter-módulos, devendo os candidatos dedicar ao trabalho de curso, no mínimo, 1 hora diária, seguindo as indicações e realizando as tarefas que lhes forem marcadas pelos respectivos docentes. Este curso tem uma duração global de 5 semanas devendo, o 1º Módulo ser iniciado a uma 6ª Feira, em qualquer altura do ano. Os candidatos deslocam-se ao Pólo Formador acompanhados de um cavalo, com um mínimo de 5 anos, confirmado no ensino (grau elementar) e no salto de obstáculos 2) Cadeiras e distribuição horária por módulos A duração horária do Curso é de 74 h. de formação no Pólo acrescida de 20 horas no local de trabalho e tem a seguinte distribuição:

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CADEIRAS 1º Mód. 2º Mód. 3º Mód. 4º Mód 5º Mód Somas Teoria da Equitação 3 h 2 h 2 h 2 h - 9 h Equitação Prática 9 h 5 h 5 h 5 h - 24 h

Introd. À Pedagogia 1 h 1 h 1 h 1 h - 4 h Prática Pedagógica 4 h 4 h 4 h 4 h - 16 h

Hipologia 2 h 1 h 1 h 1 h - 5 h Maneio Teórico 2 h 1 h 1 h 1 h - 5 h Maneio Geral (*) 3 h 2 h 2 h 2 h 2 h 11 h

Exames - - - - 8 h 8 h Totais por Módulo 24 h 16 h 16 h 16 h 10 h 82 h Prática no local de trabalho: 4 sem. x 5 horas = 20 h

TOTAL: 102 h (*) Maneio dos cavalos utilizados no curso Nota: Os conteúdos programáticos e os programas por módulo, constam do documento anexo

desenvolvido no SITE f) Curso Contínuo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Este curso destina-se aos praticantes que desejem iniciar uma carreira de docente de equitação. Assenta na formação contínua, realizada nos centros de formação e exame, que reunam as condições técnicas e infra-estruturas necessárias, actuando como Pólos da Escola Nacional de Equitação. Ao contrário do curso fraccionado, este realiza-se apenas em dias úteis da semana, incluindo a manhã de sábado. Este curso tem a duração de 2 semanas devendo ser iniciado numa 2ª Feira de manhã, correspondendo a um total de 90 Horas (incluindo o exame final). Tal como no curso fraccionado, os candidatos deverão fazer-se acompanhar de um cavalo, com um mínimo de 5 anos, confirmado no ensino (grau elementar) e no salto de obstáculos. 2) Cadeiras e sua distribuição horária Teoria de Equitação 8 h Equitação Prática: Colocação em Sela 14 h Ensino (com o cavalo do aluno) 9 h Obstáculos (com o cavalo do aluno) 9 h Introdução à Pedagogia 4 h Prática Pedagógica 14 h Hipologia 6 h Maneio teórico 4 h Maneio geral (*) 14 h Exame Final 8 h Total: 90 h (*) Maneio dos cavalos utilizados no curso

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Nota: Os conteúdos programáticos, constam do documento anexo desenvolvido no SITE g) Curso Extensivo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Este tipo de curso foi especialmente concebido para integrar o currículo normal das Escolas Profissionais de Desenvolvimento e Institutos Superiores Agrários directamente ligados à agricultura e pecuária, tais como as Escolas Profissionais de Abrantes e Alter e os Institutos Superiores Agrários de Santarém e Elvas. A repartição das disciplinas e respectivos conteúdos acompanha o desenvolvimento das demais cadeiras, que se estendem por 3 anos lectivos escolares, com as férias determinadas pelo Ministério da Educação, entidade que as tutela. Foi estabelecido um Protocolo de Acordo com a Federação Equestre Portuguesa, extensivo à Escola Nacional de Equitação (ENE), funcionando estes estabelecimentos de ensino também como Pólos Formativos da ENE, classificados actualmente como Centros de Formação e Exame de 4 estrelas. O currículo deste curso, desenvolvendo-se de forma diferente do Curso Fraccionado, visa atingir precisamente os mesmos objectivos. Assim, o Exame Final da parte equestre é precisamente igual ao do Curso Fraccionado. Trata-se de um curso facultativo, isto é, só é frequentado por alunos voluntários, ainda que o currículo normal dos estabelecimentos inclua uma cadeira de equitação, desenvolvida ou não em curso, consoante os alunos queiram ou não adicionar à sua qualificação escolar, esta qualificação profissional. Tem um conteúdo curricular, igual ao do curso extensivo de Monitores, ministrado nestas Escolas, estabelecendo-se a diferença a partir do aproveitamento revelado por cada aluno, sendo os candidatos à docência encaminhados conjuntamente para a realização do exame de Sela 4. Ultrapassada essa etapa, os mais habilitados são convidados para a realização da Sela 7, contudo os que ficarem apenas com a Sela 4, poderão ser seleccionados (se o desejarem) e preparados especificamente para a realização do exame de Ajudante de Monitor. Os que tiverem aproveitamento no exame de Sela 7 poderão ser convidados e preparados para o exame de Monitor. O Curso Extensivo, contrariamente ao fraccionado, destina-se a jovens na idade escolar, que acumulam as matérias do curso de ajudante de monitor com muitas outras cadeiras, que constituem as matérias nucleares da sua formação principal. Isto significa que normalmente iniciem o curso com muito menos conhecimentos, experiência e prática equestre. Este Curso, bem como o Curso Extensivo de Monitores, desenvolve-se, por isso, ao logo de 3 anos lectivos, que representam cerca de 27 meses e tem uma duração global de 1.105 horas. As escolas incentivam os candidatos à frequência do Curso de Ajudantes de Monitor a apresentarem um cavalo seu, com um mínimo de 5 anos, confirmado no ensino e nos saltos, contudo muitos não dispõem de condições financeiras para responder a essa solicitação pelo que utilizam um cavalo da própria instituição.

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2) Cadeiras. Distribuição horária anual aproximada

CADEIRAS 1º ANO 2º ANO 3º ANO SOMAS Teoria equestre, pedagógica e de maneio 30 h 30 h 30 h 90 h Equitação Prática e Prática Pedagógica 270 h 270 h 270 h 810 h

Hipologia 60 h 60 h 60 h 180 h Organização de provas hípicas - 10 h 15 h 25 h

TOTAIS 360 h 370 h 375 h 1.105 h 3.2. CURSOS DE MONITOR DE EQUITAÇÃO – Grau II a) Caracterização da Profissão O Monitor de Equitação é, na carreira dos docentes o pilar fundamental da formação pluridisciplinar. A sua formação é bastante completa e polivalente, devendo ficar apto a ministrar, não apenas a formação a praticantes até à Sela 7, como a formação profissional de Ajudantes de Monitor e Monitor, ainda que neste último caso, o deva fazer em apoio e sob a orientação de docentes dos graus III ou IV. Deve poder preparar, organizar e julgar exames de praticantes até ao nível de Sela 4, bem como participar em júris de exames de Ajudantes de Monitor e Monitor, sob a orientação de docentes de grau III ou IV. A sua formação permite-lhe assumir o cargo de Responsável Técnico de Centros de Formação Equestre de uma e duas estrelas, podendo, a título excepcional exercer iguais funções em Centros de Formação e Exame de três estrelas. Mediante formação complementar noutras disciplinas poderá vir a desempenhar cargos de Responsável Técnico em Centros Hípicos dedicados a outras disciplinas equestres. b) Condições Mínimas de Acesso e Qualificação

• Idade mínima de 20 anos, ou 23 no caso de candidatos à obtenção da qualificação pela via da Prática (Curso Intensivo).

• Escolaridade mínima de 9º ano. • Ser proposto por um docente de grau igual ou superior a II, com o qual

tenha trabalhado um mínimo de 90 dias. • No caso dos alunos dos cursos de gestão equina (Escolas Profissionais de

Desenvolvimento Rural – Pólos da ENE) e dos alunos dos cursos superiores de equinicultura (Escolas do Ensino Superior Politécnico – Pólos da ENE), serem finalistas dos respectivos cursos, de acordo com o estabelecido no protocolo respectivo.

• Ser praticante, ou ajudante de monitor, com aproveitamento prévio no exame de Sela 7.

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• Ter aproveitamento no Exame Final Comum. Nota: Constitui um factor favorável à admissão ao curso, possuir Formação Pedagógica Inicial de Formadores, reconhecida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ou pela Divisão de Formação do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) nos termos do artº 21º do DL nº 407/99 de 15/10. c) Conteúdo Comum do Exame Final dos Cursos

• Dados gerais Local: Centro de formação e exame de 4 ou mais estrelas (pólo da ENE) Júri: 3 membros, sendo dois de grau III ou IV (um deles presidente) e, no conjunto, 2 exteriores ao centro de formação e exame.

• Provas a prestar e níveis de aptidão exigidas Teoria; Prova escrita (classificação mínima 60 %) de acordo com o respectivo currículo. Ensino (prova prática): Reprise M1/FEP (classificação mínima 55%). Saltos: Prova técnica e de estilo. (filosofia hunter ), com 7 obstáculos, 8 esforços, classe 1,10 m, incluindo um duplo a 2 passadas (V/R) e uma interdependência de 22 m; (classificação mínima 110 pontos) (*). Cross: Prova de iniciação do Regulamento de CCE/FEP sobre um máximo de 8 saltos, numa distância não superior a 800 m Prática pedagógica:

- Lição de ginástica de colocação em sela na posição normal; - Lição de ginástica de colocação em sela na posição à frente;

- Lição de ensino base; - Lição de obstáculos.

A Avaliação do exame final obedece à Tabela de Classificações que se anexa no final. (*) A dimensão dos saltos deverá adequar-se , caso a caso, à capacidade real da montada, pois o que está em avaliação, prioritariamente, é o desempenho (em todos os sentidos) do cavaleiro/a. d) Tipos de Curso

• Curso fraccionado (por módulos) • Curso contínuo • Curso extensivo (integrado no ensino escolar técnico e superior politécnico)

e) Curso Fraccionado (por módulos)

1) Características, duração e meios equestres de suporte

Este curso destina-se aos praticantes que desejem iniciar uma carreira de docente de equitação, ou aos ajudantes de monitor e que não têm condições para se ausentarem dos seus locais de trabalho por um período prolongado para frequentarem um curso contínuo. Assenta na formação por módulos realizada nos centros de formação e exame acima indicados, alternando com formação prática no local de trabalho.

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O Primeiro Módulo tem a duração de 3 semanas, os seguintes de 2 semanas e o último é de apenas 1 semana destinado à preparação e execução do Exame Final. O curso compreende 7 módulos realizados no Centro de Formação e Exame (Pólo), se possível com internamento. Entre cada dois módulos consecutivos decorrerá um período de cerca de 2,5 meses destinado a formação prática no próprio local de trabalho de cada aluno, de acordo com as indicações dos formadores, obrigando-se estes a inspeccionarem e apoiarem esse trabalho. Este curso tem uma duração global de 19 meses e pode ser iniciado em qualquer altura do ano, nomeadamente poderão decorrer, na mesma escola, vários cursos em simultâneo, basta que os períodos de internamento não coincidam. Esta estrutura permite aumentar consideravelmente a produtividade de cada Pólo (quintuplicar o número de alunos a formar anualmente) e, consequentemente, rentabilizar os recursos utilizados O curso fraccionado tem uma carga horária de 1.160 horas repartidas da seguinte forma: Formação no Pólo organizador: 1 Módulo x 120 h = 120 h 5 Módulos x 80 h = 400 h 1 Módulo x 40 h = 40 h Soma = 560 h Formação no Local de Trabalho: 2,5 meses x 6 períodos x 4 semanas x 5 dias x 2 cavalos x 1 hora = 600 h Total = 1.160 h Para o melhor rendimento deste curso, toda a sua estrutura assenta na utilização de 2 cavalos que deverão acompanhar os alunos. Um destina-se à disciplina de Ensino – cavalo E – com um mínimo de 5 anos e o outro, também com um mínimo de 5 anos e aptidão para obstáculos – cavalo O/C - destina-se às disciplinas de Saltos e Concurso Completo de Equitação. No final do curso estes cavalos devem ficar aptos a prestar provas de Ensino nível M1 (cavalo E), uma prova de Saltos tipo Hunter e percurso de Cross, com as características indicadas no nº 3 deste capítulo (cavalo O/C). O Pólo de formação e exame colocará ao serviço dos formandos os restantes cavalos de instrução, isto é cavalos de Ajudas (A) e cavalos de Volteio e Ginástica (V, G1 e G2).

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2) Cadeiras e distribuição horária por módulos

CADEIRAS 1º Mód 2º Mód 3º Mód 4º Mód 5º Mód 6º Mód 7º Mód SOMAS Teoria de Equitação 8 h 7 h 6 h 5 h 5 h 5 h - 36 h

Equitação prática 60 h 38 h 39 h 30 h 30 h 30 h - 227 h Form. pedag.inicial. 18 h 12 h 12 h - - - - 42 h Prática pedagógica - - - 18 h 16 h 20 h - 54 h

Hipologia 4 h 3 h 3 h 3 h 3 h - - 16 h Maneio teór. prático 24 h 16 h 16 h 16 h 16 h 16 h 8 h 112 h

Organ.ProvasHípicas 6 4 4 4 4 4 26 h Programa das Selas - - - - - 2 h - 2 h Gest.Espaç.Event. - - - - - 3 h - 3 h

Markt.de C.H. - - - - 4 h - - 4 h Primeiros Socorros - - - 4 h - - - 4 h Equit.Terapêutica - - - - 2 h - - 2 h

Prep. e Exame Final - - - - - - 32 h 32 h Totais por Módulo 120 h 80 h 80 h 80 h 80 h 80 h 40 h 560 h Prática no local de trabalh = 600 h

TOTAL = 1160h Nota: Os conteúdos programáticos e os programas por módulo, constam do documento anexo

desenvolvido no SITE f) Curso Contínuo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Este curso destina-se aos ajudantes de monitor com 2 anos de prática na função, ou a praticantes habilitados com a Sela 7, ou superior, que desejem frequentar uma acção de formação a tempo inteiro, durante um ano lectivo (9 meses). A sua estrutura decorre de uma longa prática de mais de 50 anos na Escola de Mafra, e foi concebida para satisfazer, prioritariamente, as necessidades militares (Exército e GNR). Apesar do curso ter sido aberto à frequência de candidatos civis, a sua ocupação e custo individual afastou estes e continua a afastar da sua participação, podendo-se considerar insuficiente, face às necessidades do mercado, o número de docentes civis produzidos segundo este tipo de curso. Admite-se, também, que este tipo de curso possa continuar a interessar a alguns civis não interessados em prolongar a formação resultante dos cursos fraccionado e extensivo Este curso tem uma duração global de 32 Semanas (cerca de 9 meses – ano lectivo), incluindo dois dias para o Exame Final. Esta duração corresponde precisamente à mesma carga horária do Curso Fraccionado, ou seja: 32 semanas x 5 dias x 7 horas = 1120 Horas Nestas horas estão incluídas 160 para o Maneio e manutenção de equipamento (1h/dia). Tal como no Curso Fraccionado, para o melhor rendimento, toda a sua estrutura assenta na utilização de 2 cavalos que deverão acompanhar os alunos. Um destina-se à disciplina de Ensino – cavalo E – com um mínimo de 5 anos e o outro, também com um mínimo de 5 anos e aptidão para obstáculos – cavalo O/C - destina-se às disciplinas de Saltos e Concurso Completo de Equitação.

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No final do curso estes cavalos devem ficar aptos a prestar provas de Ensino nível M1 (cavalo E), uma prova de Saltos tipo Hunter e percurso de Cross, com as características indicadas no nº 3 deste capítulo (cavalo O/C). O Pólo de formação e exame colocará ao serviço dos formandos os restantes cavalos de instrução, isto é cavalos de Ajudas A e cavalos de Volteio e Ginástica (V, G1 e G2). 2) Cadeiras e sua distribuição horária Teoria de Equitação 30 Horas

Equitação Prática 792 Horas Formação Pedagógica Inicial 36 horas

Prática Pedagógica 54 Horas Hipologia 15 Horas Programa das Selas 2 Horas Gestão de Espaços e Eventos 3 Horas Organização de Provas Hípicas 24 Horas Marketing e Adm. de Centros Hípicos 4 Horas Primeiros Socorros 4 Horas Introdução à Equitação Terapêutica 4 Horas Maneio e Man.de Equipamento (Man) 136 Horas Exame Final 16 Horas TOTAL = 1120 Horas Nota: Os conteúdos programáticos, constam do documento anexo desenvolvido no SITE g) Curso Extensivo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Tal como no caso dos Ajudantes de Monitor, este tipo de curso foi especialmente concebido para integrarem o currículo normal das Escolas Profissionais e Institutos Superiores directamente ligados à agricultura e pecuária, como as Escolas Profissionais de Abrantes e Alter e os Institutos Superiores Agrários de Santarém e Elvas com quem a ENE têm protocolos estabelecidos funcionando como Pólos da mesma. A “população-alvo” do Curso Extensivo de Monitores de Equitação é precisamente a mesma do Curso de Ajudantes de Monitor. Conforme a evolução e desenvolvimento das capacidades equestres de cada aluno e após concluírem, com aproveitamento, o exame de Sela 4, prosseguem esta formação, uns directamente para o Grau I (Ajudantes), outros (os que para tal mostrarem capacidade), rumo à Sela 7. São os apurados neste nível que prosseguirão rumo ao Grau II (Monitores). As matérias e estrutura dos dois cursos (Ajudantes de Monitores e Monitores) são precisamente iguais, variando apenas na profundidade e desenvolvimento dos respectivos conteúdos, com especial relevo para os exames finais e respectivas preparações. Esta formação destina-se a jovens na idade escolar, que a acumulam com as cadeiras nucleares do Curso Escolar ou Superior (formação principal). Isto significa que normalmente iniciem o curso com muito menos conhecimentos, experiência e prática equestre.

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A repartição das disciplinas e respectivos conteúdos acompanha, tal como no Curso de Grau I, o desenvolvimento das demais cadeiras, que se estendem por 3 anos lectivos escolares, com as férias determinadas pelo Ministério da Educação, entidade que as tutela. Este Curso desenvolve-se, por isso, ao logo de 3 anos lectivos, que representam cerca de 27 meses e tem uma duração global de 1.105 horas, isto é, uma média de cerca de 40 horas por mês. As escolas incentivam os candidatos à frequência do Curso de Monitor a apresentarem um cavalo seu, com um mínimo de 5 anos, iniciado no ensino e nos saltos, contudo muitos não dispõem de condições financeiras para responder a essa solicitação pelo que acabam por utilizar um cavalo da própria instituição, para além dos cavalos de instrução corrente (ginástica) 2) Cadeiras. Distribuição horária anual aproximada

CADEIRAS 1º ANO 2º ANO 3º ANO SOMAS Teoria equestre, pedagógica e de maneio 30 h 30 h 30 h 90 h Equitação Prática e Prática Pedagógica 270 h 270 h 270 h 810 h

Hipologia 60 h 60 h 60 h 180 h Organização de provas hípicas - 10 h 15 h 25 h

TOTAIS 360 h 370 h 375 h 1.105 h 3.3. CURSOS DE INSTRUTORES DE EQUITAÇÃO – Grau III a) Caracterização da Profissão Para além do nível profissional de Monitor, exige-se do Instrutor experiência acrescentada de formador, alargamento e aprofundamento dos seus conhecimentos técnicos e pedagógicos, bem como aperfeiçoamento das suas qualidades individuais como executante / exemplificador das três disciplinas. Como equitador, deverá situar-se ao nível da Formação Complementar. As funções e cargos que pode vir a desempenhar são de maior responsabilidade, requerendo, muitas vezes, capacidade de coordenação e controlo do trabalho de Monitores e Ajudantes de Monitor, isto é, capacidade para gerir equipas de técnicos. A sua formação permite-lhe o desempenho das funções de Responsável Técnico de Centros de Formação e Exame de três (ou menos) estrelas, podendo, a título excepcional, exercer iguais funções em Centros de Formação e Exame de quatro estrelas. Deve poder preparar, organizar e julgar exames de praticantes até ao nível de Sela 9. Estará habilitado a fazer parte das equipas de formadores dos cursos profissionais até ao grau III. Poderá, também, participar em júris de exame de Ajudantes de Monitor, de Monitor e de Instrutor. A título excepcional poderá assumir a presidência deste último, no caso de não estar presente um docente do grau IV (Mestre). b) Condições Mínimas de Acesso e Qualificação

• Idade mínima de 25 anos, ou 30 no caso de candidatos à obtenção da qualificação pela via da Experiência.

• Escolaridade mínima 12º ano. • Ter aproveitamento no exame de Sela 9.

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• Ser proposto por um docente de grau igual ou superior a III (Instrutor ou Mestre), com o qual tenha trabalhado um mínimo de 90 dias.

• Ser Monitor de Equitação / Responsável Técnico, independentemente do tipo de curso efectuado, com uma experiência activa comprovada igual ou superior a 2 anos e um mínimo de 350 horas de docência. •

• No caso da Via da Experiência, terá acesso directo ao Exame Final Comum, contudo, para além das demais condições apresentadas, deverá ter experiência comprovada de 4 anos, com um mínimo de 600 horas, na formação de Ajudantes de Monitor ou de Monitor de Equitação.

• Ter aproveitamento no Exame Final Comum, qualquer que seja a via ou tipo de curso seguidos

• A realização de um determinado tipo de curso de monitor, não implica que o candidato ao curso de instrutor tenha de optar pelo mesmo tipo de curso

Nota: A partir de Janeiro de 2004 a FEP só reconhecerá os Instrutores que iniciem o respectivo curso a partir da qualificação de Monitores. Esta disposição não tem efeitos relativamente aos formandos com cursos iniciados antes daquela data. c) Conteúdo Comum do Exame Final dos Cursos

• Dados gerais Local: Centro de formação e exame de 4 ou mais estrelas (Pólos da ENE). Júri: Três membros sendo, no mínimo, 1 docente de Grau IV (Mestre), que

preside, e os 2 restantes do Grau III (Instrutores)

• Provas a prestar e níveis de aptidão exigidos Teoria: Prova escrita (classificação mínima 60 %) de acordo com o respectivo currículo; Prova escrita sobre Regulamentos e Direcção de Campo (classificação mínima 60 %); Aprovação numa prova escrita sobre Hipologia Ensino: Complementar 1, com cavalo próprio ou de ajudas, (classificação mínima 55%).Adicionalmente, com o cavalo próprio (E) , realizar uma prova de nível P3 no caso de este ter 4 anos, ou de nível E3 no caso de ter 5 anos. Saltos: Prova subordinada à filosofia das provas Hunter, mas com 10 obstáculos (12 esforços), nível 1,15 m, incluindo um duplo a 1 passada (V/V), outro a 2 passadas (V/R) e duas interdependências uma a 22 m e outra a 4 passos curtos, prova a ser feita com o cavalo próprio (O/C), (classificação mínima 110 pontos) (*) CCE: Concluir uma prova de CNC 1 estrela (*) Provas pedagógicas:

- Lição de ginástica de colocação em sela; - Lição de ensino ministrada a conjuntos de nível elementar/médio,

desconhecidos do examinando; - Lição de obstáculos ministrada a idênticos conjuntos

• A avaliação do exame final dos cursos obedece à Tabela de Classificações

que se anexa no final. (*) A dimensão dos saltos deverá, caso a caso, adequar-se à capacidade real da montada, pois o que está em avaliação, prioritariamente, é o desempenho do cavaleiro/a.

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d) Tipos de Curso

• Curso fraccionado (por módulos) • Curso contínuo • Curso extensivo (integrado no ensino escolar técnico e superior politécnico)

e) Curso Fraccionado (por módulos)

1) Características, duração e meios equestres de suporte

Este curso procura ir ao encontro das disponibilidades de tempo dos candidatos, muito especialmente neste caso em que os mesmos são, na totalidade, profissionais da área (Monitores), não podendo afastar-se por largo tempo seguido do seu local habitual de trabalho, para frequentarem um curso contínuo. A sua estrutura assenta na alternância entre Módulos de formação no Pólo formativo da ENE (de preferência com internamento) e Acções mais alargados de formação no local de trabalho (FLT) sob orientação dos formadores, que se obrigam a acompanhar esse trabalho. Com excepção do 1º Módulo, que tem a duração de 2 Semanas, os restantes têm a duração de 1 Semana (2ª a Sábado inclusive), separados entre si por cerca de 8 Semanas de Acções de FLT. O conjunto dos Módulos articula-se nos dois seguintes períodos de trabalho: O Primeiro Período, de formação essencialmente prática, é composto pelos 6 primeiros Módulos e respectivos 6 Acções FLT, terminando com a realização, logo no início do 7º Módulo, de parte das Provas do Exame Comum Final, ou sejam as Provas Práticas de Ensino, Saltos e Concurso Completo de Equitação. O Segundo Período, designado por Estágio Pedagógico, é um aprofundamento à prática pedagógica anterior, dado que, como Monitores, já adquiriram a formação pedagógica inicial exigida para o exercício da função de formador. Este Estágio é composto pelos 3 restantes Módulos e respectivos 2 intervalos sem formação. O trabalho assentará, fundamentalmente, no desempenho, como professor, de lições de equitação dos mais variados tipos e temas, podendo/devendo os estagiários serem utilizados em proveito do Pólo formador onde decorre o Curso. No final do 9º Módulo realizam-se as restantes Provas do Exame Comum Final, isto é as de Pedagogia, Teoria de Equitação, Hipologia, Regulamentos e Direcção de Campo. O total é de 9 Módulos, 6 Acções FLT e 2 intervalos sem formação. Para uma melhor compreensão da articulação dos Módulos de internamento com as acções de formação no local de trabalho, apresenta-se na página seguinte, um esquema em quadro. Tal como em todos os cursos fraccionados, também neste os períodos de FLT podem sofrer ajustamentos de duração por forma a rentabilizar melhor os meios disponíveis e a articular melhor vários cursos que podem estar a correr em simultâneo no mesmo Pólo, ainda que em fases distintas.

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1º Módulo – 2 Semanas – 80 h 1º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h 2º Módulo – 1 Semana – 40 h 2º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h 3º Módulo – 1Semana – 40 h

1º PERÍODO 3º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h 4º Módulo – 1 Semana – 40 h 4º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h 5º Módulo – 1 Semana – 40 h 5º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h 6º Módulo – 1 Semana – 40 h 6º Acção FLT – 8 Semanas – 80 h

Soma de horas 280 horas 480 horas

1ª Parte do Exame – 16 h 7º Módulo – 1 Semana – 24 h (Intervalo de 8 Semanas) 8º Módulo – 1 Semana – 40 h (Intervalo de 8 Semanas)

2ºPERÍODO 9º Módulo – 1 Semana – 24 h 2ª Parte do Exame – 16 h

Soma de horas 120 horas

TOTAIS 400 Horas 480 Horas

Soma dos dois Períodos = 74 Semanas = Aproximadamente 17 meses Duração efectiva do Curso = 10 Semanas de Módulos = 400 Horas 48 Semanas de FLT = 480 Horas Total= 58 Semanas 880 Horas Nota: Durante os intervalos do 2º Período há toda a vantagem em que os formandos treinem e aperfeiçoem, nos seus locais de trabalho, a prática pedagógica em consonância com a respectiva matéria ministrada nos Módulos desse Período e se preparem para a segunda parte do Exame Final. O ideal seria que cada candidato levasse para o curso 3 cavalos, um para ensino, outro para saltos e outro para CCE. Consideramos, contudo que essa condição tornaria economicamente inviável a participação para a maioria dos Monitores. Como “o óptimo é inimigo do bom” vamos exigir os dois cavalos também exigidos para o Curso de Monitores. Assim, o Cavalo destinado ao CCE será igualmente utilizado nos Obstáculos, sendo designado por Cavalo C/O. No curso de Monitores a designação era O/C, mas neste curso de Instrutores o C é predominante. Assim, não será difícil trabalhar em obstáculos o mesmo cavalo que estamos a preparar para o Concurso Completo.

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Durante o 1º Período os alunos deverão fazer-se acompanhar de um cavalo de 4/5 anos destinado à disciplina de Ensino, designado cavalo E, bem como de outro cavalo de 5/6 anos, iniciado em CCE (que terá necessariamente alguma experiência de saltos). O Pólo formativo fornecerá os cavalos de Ajudas A, bem como os de Ginástica de Colocação em Sela G1 e G2. 2) Cadeiras. Distribuição horária por Módulos Como já foi referido, o Curso de Instrutores de Equitação situa-se na sequência obrigatória do Curso de Monitores. Com a nova estrutura preconizada pela FEP/ENE este Curso teve de sofrer significativas alterações metodológicas e de conteúdo, com o objectivo de não se tornar uma repetição da formação de docentes do grau II. Uma das consequências já assinaladas centra-se na duração que, como já foi referido nas alíneas anteriores, sofreu grande redução na carga horária atribuída à formação interna. Comparando as matérias curriculares deste curso (em qualquer dos tipos apresentados), com as exigidas no de Monitores, deverá existir um visível aprofundamento de todos os conceitos e um significativo aumento da exigência quanto à qualidade e rigor. Se tal não acontecer, os candidatos não obterão o desejado aproveitamento na avaliação final. Vejamos agora, em resumo e de forma não detalhada, as matérias e respectivas cargas horárias: = Distribuição por Módulos =

MATÉRIAS 1º PE RÍOD O 2º PE RÍOD 1º Md 2º Md 3º Md 4º Md 5º Md 6º Md 7º Md 8º Md 9º Md Total

Ensino (E) 13 h 7 h 7 h 7 h 7 h 7 h - - - 48 h Obstáculos (O) 8 h 4 h 4 h 4 h 4 h 4 h - - - 28 h Completo (C) 10 h 5 h 5 h 5 h 5 h 5 h - - - 35 h

Ajudas (A) 9 h 5 h 4 h 5 h 4 h 5 h - - - 32 h Colc.Sela (G) 14 h 4 h 5 h 4 h 5 h 4 h - - - 36 h T.Equitação 8 h 5 h 5 h 5 h 5 h 5 h 3 h 3 h 3 h 42 h

Hipologia 6 h 4 h 4 h 4 h 4 h 4 h - - - 26 h Exame - 1ªparte - - - - - - 16 h - - 16 h

P.Pedag. (G) - - - - - - 4 h 6 h 4 h 14 h P.Pedag. (E) - - - - - - 3 h 6 h 4 h 13 h P.Pedag. (O) - - - - - - 3 h 6 h 4 h 13 h P.Pedag. (A) - - - - - - 3 h 6 h 4 h 13 h

P.Pedag.(p/Pólo) - - - - - - 3 h 5 h 3 h 11 h Reg. Dir. Campo - - - - - - 5 h 5 h 5 h 15 h

Maneio 12 h 6 h 6 h 6 h 6 h 6 h - - - 42 h Exame –2ªparte - - - - - - - - 16 h 16 h

SOMAS 80 h 40 h 40 h 40 h 40 h 40 h 40 h 40 h 40 h 400h

Total das Acções nos Módulos 400 h Formação no Local de Trabalho 480 h TOTAL 880 h

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f) Curso Contínuo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Este curso destina-se aos monitores que disponham dos requisitos estabelecidos nas condições de admissão já indicadas e que desejem frequentar uma acção de formação a tempo inteiro, durante cerca de 5 meses consecutivos. Em relação ao curso fraccionado tem a vantagem de assegurar a continuidade da assistência dos formadores, mas a desvantagem de implicar o afastamento total da sua actividade normal por um prazo contínuo que, na totalidade, é superior ao dobro do internamento no curso fraccionado, isto acrescido das consequentes reduções de custo. Tal como no curso fraccionado, o conteúdo das matérias decorre de uma maior exigência de nível de execução técnica e pedagógica por se situar, obrigatoriamente, na sequência do curso de Monitores, havendo, por isso, a preocupação de inovar conteúdos e de aumentar as exigências em relação ao curso que o precedeu. A duração total do Curso Contínuo de Instrutores é de 25 semanas (6 meses) nas quais estão incluídos 28 horas para a execução do Exame Final. Esta duração em carga horária atribuída ao Curso Contínuo, é a seguinte: 25 semanas x 5 dias x 7 horas = 875 Horas Nestas horas estão também incluídas 156 h para o Maneio e manutenção de equipamento. Aplica-se neste curso o que foi exposto no Curso Fraccionado, isto é, cada aluno deverá trazer consigo um cavalo de 4/5 anos destinado à disciplina de Ensino (cavalo E) e outro cavalo com 5/6 anos iniciado em CCE, que, por isso terá alguma experiência em saltos. Este último será o cavalo (C/O) destinado simultaneamente à disciplina de CCE e à de Obstáculos (saltos). O Pólo formativo fornecerá os restantes cavalos de instrução, isto é os de Ginástica de Colocação em Sela (G1 e G2), e o de Ajudas (A), que serão igualmente utilizados na cadeira de Prática Pedagógica. Os alunos poderão em alguns dias da semana ter duas aulas (2 h) de Prática Pedagógica, por exemplo uma de G2 e outra de Ajudas. 2) Matérias Curriculares e Distribuição Horária Quanto às matérias e respectivos conteúdos a ministrar, o que foi expresso para o curso fraccionado tem plena aplicação neste curso. Vejamos como se vão distribuir as horas:

• Teoria de equitação 2 h/Sem. x 21 Semanas = 42 h • Equitação Prática:

- Ensino elementar do cavalo E: 5 h/Sem. x 25 Semanas = 125 h - Ensino do cavalo O: 3 h/Sem. x 24 Semanas = 72 h - Ensino e treino desse mesmo cav. em CCE: 4 h/Sem. x 24 Semanas = 96 h - Colocação em Sela Posição normal G1: 1 h/Sem. x 24 Semanas = 24 h Posição à frente G2: 2 h/Sem. x 23 Semanas = 46 h - Aperfeiçoamento das Ajudas e seu acordo: 2 h/Sem. x 25 Semanas = 50 h

Soma =455 h • - Prática Pedagógica com G1, G2, A, O e E: 8 h/Sem. x 24 Semanas = 192 h • - Hipologia 1 h/Sem. x 24 Semanas = 24 h • - Regulamentos e Direcção de Campo 1 h/Sem. x 20 Semanas = 20 h • - Maneio e manutenção de Equipamento 6 h/Sem. x 26 Semanas = 156 h

Soma =392 h • - Exame final = 28 h

TOTAL = 875 h

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g) Curso Extensivo

1) Características, duração e meios equestres de suporte Este tipo de curso foi especialmente concebido para integrarem o currículo dos Cursos de Equinicultura ministrado em algumas Escolas Superiores Agrárias, tais como as de Santarém e Elvas. A “população-alvo” do Curso Extensivo de Instrutores de Equitação é constituída pelos alunos da Escola que frequentam o curso superior de equinicultura e que satisfaçam as condições mínimas atrás estabelecidas. Conforme a evolução e desenvolvimento das capacidades equestres de cada aluno, prosseguem a formação equestre tendo em vista a realização do exame de Sela 9, cuja aprovação condiciona a admissão ao curso de Instrutores. As matérias deste curso abrangem, por excesso, as ministradas nos anteriores tipos de curso apresentados para este nível III. Os alunos que obtiverem aproveitamento no exame final, mas que não tenham ainda a idade mínima obrigatória (25 anos), ficam esperados, não podendo exercer a actividade docente a nível de Instrutor. A categoria profissional ser-lhes–á reconhecida, com a entrega do respectivo diploma, logo que perfaçam a idade mínima estabelecida. Se o tempo de espera for igual ou superior a dois anos, deverão fazer prova que durante o mesmo exerceram a profissão de Monitor. Conforme referido na alínea anterior, esta formação destina-se a alunos(as) do Curso Superior de Equinicultura, que acumulam as matérias a ministrar com as cadeiras nucleares do referido Curso (formação principal). Normalmente já frequentaram o curso Extensivo de Monitores de Equitação nas Escolas Técnicas de Desenvolvimento Rural e, conforme as condições gerais, já exerceram durante dois anos as funções docentes de Monitores. A repartição das disciplinas e respectivos conteúdos acompanha, tal como no Curso de Grau II, o desenvolvimento das demais cadeiras, que se estendem por 3 anos lectivos escolares, com as férias determinadas pelo Ministério da Educação, entidade que as tutela. Desenvolve-se, por isso, ao logo de 3 anos lectivos, que representam cerca de 24 meses e tem uma duração global de 880 horas, isto é, uma média de cerca de 37 horas por mês. Aplica-se, neste curso, o que foi exposto no Curso Fraccionado, isto é, cada aluno deverá trazer consigo um cavalo de 4/5 anos destinado à disciplina de Ensino (cavalo E) e outro cavalo com 5/6 anos iniciado em CCE, que, por isso terá alguma experiência em saltos. Este último será o cavalo (C/O) destinado simultaneamente à disciplina de CCE e à de Obstáculos (saltos). A Escola (Pólo formativo da ENE) fornecerá os restantes cavalos de instrução, isto é os de Ginástica de Colocação em Sela (G1 e G2), e o de Ajudas (A), que serão igualmente utilizados na cadeira de Prática Pedagógica.

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2) Cadeiras e sua Distribuição Horária por Anos

CADEIRAS 1º ANO 2º ANO 3º ANO SOMAS Equitação e Pedagogia Teóricas 15 h 15 h 20 h 50 h

Equitação Prática 130 h 130 h 140 h 400 h Prática Pedagógica 60 h 60 h 70 h 190 h

Hipologia e Regulamentação Específica 10 h 10 h 10 h 30 h Regulamentos e Direcção de Campo 5 h 5 h 10 h 20 h

Maneio e Manutenção de Equipamento 50 h 50 h 50 h 150 h Exames de Sela 9 e Final 10 h 30 h 40 h

TOTAIS 270 h 280 h 330 h 880 h Nota: O tempo atribuído ao Maneio prático deve ser ajustado à utilização dos cavalos 3.4. ESTÁGIO DE MESTRES DE EQUITAÇÃO – Grau IV a) Caracterização da Profissão O Mestre de Equitação é o grau mais elevado da carreira de docentes de Equitação Académica, correspondendo, consequentemente, ao maior nível de responsabilidade. A sua competência para o exercício do cargo reporta às seguintes aptidões:

Como cavaleiro, deve ser um executante exemplar no que respeita:

À colocação em sela (tanto na posição normal como na posição à frente); À forma como trabalha e “põe” os seus cavalos; À capacidade para diagnosticar correctamente, por tacto e cultura equestres, as razões das dificuldades das montadas em qualquer das disciplinas olímpicas; À forma consciente, lúcida e eficaz como procura actualizar os seus conhecimentos; Ao atavio, elegância e harmonia como se apresenta a cavalo; À forma como apresenta as suas montadas e respectivos arreios. Nota: Não precisa ser um ganhador ou campeão nesta ou naquela disciplina, mas sim que seja eficaz, culto e consciente no “arranjo” dos cavalos e tenha uma prática desportiva ao nível da Equitação Superior, para, facilmente, ser capaz de executar, demonstrando, tudo aquilo que pretende ensinar. Como formador, deve ser dotado de aptidão pedagógica exemplar, curiosidade intelectual necessária à aquisição sistemática de novos conhecimentos de pedagogia equestre, boa capacidade de comunicação e eficácia nos métodos que utiliza. Deve igualmente ter um apurado sentido crítico e de observação, capaz de diagnosticar erros de comunicação e pedagogia nos outros docentes, corrigindo-os de forma motivadora. Como gestor de formação, deve dispor de assinaláveis dotes de organização e método de trabalho, por forma a criar planos de formação pedagógica e tecnicamente adequados, coerentes, objectivos e detalhados. Deverá ter qualidades de trabalho, hábitos de reflexão e capacidade de liderança, o que pressupõe sentido de coordenação e controlo de actividades diversificadas.

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Como gestor precisa de saber fazer um levantamento de necessidades de formação e, face aos resultados, estabelecer os objectivos, efectuar um estudo de recursos existentes e disponibilizáveis (humanos, animais, equipamentos, instalações e financeiros); efectuar as respectivas quantificações; executar o correspondente orçamento; gizar o plano de formação; preparar as acções ao detalhe, estabelecer os tempos e prazos para o arranque e para a execução; mobilizar os meios; estudar o arranque, coordenar e controlar a execução; avaliar resultados; corrigir erros e desvios. b) Condições de Acesso e Qualificação

• Ser Instrutor de Equitação e ter obtido a classificação de BOM ou superior no respectivo exame final;

• Apresentar a respectiva candidatura, com informação favorável de dois docentes de grau IV (Mestres), acompanhada de um currículo essencialmente académico, mas fazendo também referência à sua actividade como praticante nas modalidades de Ensino, Saltos e Concurso Completo, a nível internacional, ou no mínimo em ensino e numa das outras duas, ainda que as provas tenham sido realizadas em Portugal;

• Submeter à aprovação do Equitador Chefe da ENE o tema da Tese que deseja defender, substituindo-o no caso de não ser aceite;

• Dispôr de certificados da FEP como juiz nacional de ensino, e de juiz nacional de CSO, ou de CCE;

• Ser aceite a candidatura pelo Director da ENE, sob informação favorável do respectivo Equitador Chefe mediante análise curricular;

• Frequentar, com aproveitamento, o Estágio de Aperfeiçoamento a realizar num dos Pólos de Formação e Exame da ENE, qualificado para o efeito.

• A título excepcional e tendo em conta a excelência do currículo académico bem como da pluridisciplinaridade da sua prática equestre, pode o Conselho Superior Pedagógico propor à Direcção da ENE a aceitação de candidaturas de Instrutores, com dispensa de frequência do Estágio, bem como do respectivo Exame Final, exceptuando-se a apresentação e defesa de uma Tese, cujo tema deverá ter aprovação prévia do Equitador Chefe;

c) Conteúdo do Exame Final do Estágio . Dados gerais Local: Centro de Formação e Exame de 5 estrelas Júri: Presidente – Mestre de Equitação designado pela FEP

Vogais – Dois Mestres de Equitação designados pela Direcção da ENE sob proposta do Equitador Chefe e que devem constituir o corpo docente do Estágio.

Provas a prestar:

Teóricas: Apresentação e defesa da Tese aceite pelo Equitador Chefe; Teste escrito sobre organização e gestão da formação Ensino: Apresentação de um cavalo, posto pelo candidato, executando uma

reprise de ensino a nível S. George ou Intermediária I. Executar, com esse mesmo cavalo, dois ares de alta escola à escolha do candidato. (Classificação mínima de 55%)

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Saltos: Executar, com um cavalo posto pelo candidato uma prova de filosofiao

Hunter com 12 obstáculos de 1,20 incluindo: Um duplo a uma passada (V/R), um triplo a duas / uma passado (R/V/R) e uma vala a 3,30 m. (Classificação mínima de 110 pontos). Esta prova deve conter duas interdependências, uma de 17 m e outra de 20 m (*)

Provas pedagógicas: - Lição de Teoria de Equitação sobre um tema a indicar pelo juri, sorteado com 24 horas de antecedência, que o candidato preparará usando todos os meios tecnológicos e audiovisuais disponíveis; - Lição simulada de Ajudas a nível superior aos professores do

Estágio, ou outros Mestres de Equitação. (*) A dimensão dos saltos deverá, caso a caso, adequar-se à capacidade real das montadas. O que interessa avaliar é o desempenho do candidato e a evolução das suas montadas, pelo que o Exame Final representa apenas uma parcela da avaliação contínua a fazer durante todo o Estágio, e que deverá ter uma ponderação igual à do Exame. d) Características do Estágio

1) Meios Equestres de Suporte, e Estrutura Geral do Estágio Os candidatos devem afectar dois cavalos com idade igual ou superior a 6 anos, ao Estágio. Um dos cavalos é destinado ao Ensino e deve apresentar-se habilitado a executar reprises do nível C3. O segundo cavalo destinado a Saltos, deve ter já concluído provas de CSO de 1,20m. A estrutura do Estágio de Aperfeiçoamento assenta no sistema de fraccionamento por Módulos, semelhante ao sistema usado em vários cursos dos graus que o antecederam. Neste caso, cada Módulo de internamento tem a duração de uma Semana (40 h) e realiza-se no Centro de Formação e Exame para tal credenciado. É seguido de imediato por um período de Formação no Local de Trabalho (FLT) de 12 Semanas. No final deste período segue-se o 2º Módulo e logo a seguir outro período no local de trabalho. Em esquema, passa-se conforme o quadro que se segue:

1º Módulo – 1 Semana – 40 h 1ª Acção de FLT – 12 Semanas – 120 h

2º Módulo – 1 Semana – 40 h 2ª Acção de FLT – 12 Semanas – 120 h

3º Módulo – 1 Semana – 40 h 3ª Acção de FLT –12 Semanas – 120 h

Exame Final – ½ Semana – 20 h Soma = 3,5 Semanas – 140 h Soma = 36 Semanas – 360 h

Total = 500 Horas = 39,5 Semanas = cerca de 9 meses

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2) Matérias e sua Distribuição Horária por Módulos

DISCIPLINAS 1ºMod 2ºmod 3ºMod FLT Exame Soma Teoria de Equitação 5 h 5 h 5 h - - 15 h

Equitação Prática 15 h 15 h 15 h - - 45 h Gestão da Formação 5 h 5 h 5 h - - 15 h Prática Pedagógica 15 h 15 h 15 h - - 45 h

Formação Local de Trabalho - - - 360 h - 360 h Exame Final ~- - - - 20 h 20 h

SOMAS 40 h 40 h 40 h 360 h 20 h 700 h 3.5. TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DOS EXAMES FINAIS NOTAÇÃO % Pontos Not.Provas. EXAME TEÓRICO RESULTADO

0 a 10 ENSINO HUNTER PEDAGÓG Escrito Oral Méd.aritmét. 0 < 29,9 < 60 0 < 29,5 0 INSUFICIENTE

1 30 a 37,9 60 a 69 1 30 a 34,5 1 “ 2 38 a 44,9 70 a 79 2 35 a 44,5 2 “ 3 45 a 49,9 80 a 99 3 45 a 54,5 3 “ 4 50 a 54,9 100 a 109 4 55 a 59,5 4 “ 5 55 a 56,9 110 a 119 5 60 a 67,9 5 SUFICIENTE

6 57 a 59,9 120 a 129 6 68 a 74,9 6 “

7 60 a 62,9 130 a 139 7 75 a 84,9 7 BOM

8 63 a 65,9 140 a 149 8 85 a 89,9 8 MUITO BOM

9 66 a 69,9 150 a 159 9 90 a 94,9 9 EXCELENTE

10 70 ou > 160 ou > 10 95 a 100 10 “

4. PRÓXIMOS CURSOS PROFISSIONAIS E SUA PREPARAÇÃO a) FORMAÇÃO DE FORMADORES DE DRESSAGE (Volume I – Parte III) É importante e urgente avançar muito rapidamente na concepção e homologação dos cursos respeitantes à formação profissional de formadores de Dressage a fim de legalizar a situação de um crescente número de docentes que se dedicam exclusivamente a esta disciplina. Estes cursos constituirão a Parte III do Volume I do POFFE. A FEP conta, para isso, com a indispensável colaboração da APD – Associação Portuguesa de Dressage em colaboração directa com a Comissão Técnica de Formação. O trabalho realizado na formação profissional pluridisciplinar, aqui apresentado, poderá ajudar a estabelecer os níveis, os conteúdos programáticos, e a duração dos diferentes cursos nesta área, bem como as carreiras profissionais resultantes. Ao apontarmos para a Dressage / competição, desejamos tratar este tema de forma integrada com a Dressage / espectáculo, designadamente a equitação tradicional portuguesa.

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Está tudo em aberto, incluindo as designações a atribuir aos diferentes graus da carreira profissional. O termo Picador associado a outra designação de grau, como por exemplo a de Mestre, ou Instrutor, ou Monitor, ou Ajudante, teria a vantagem de aproveitar termos da tradição equestre portuguesa, que interessa dignificar. Aguarda-se a constituição de um grupo de trabalho a acordar com a APD para, de forma decidida e rigorosa, resolver esta questão sem mais demoras. b) FORMAÇÃO DE TREINADORES DE DISCIPLINA (Volume II) Qualquer das duas Partes deste Volume é de cabal importância, pecando pelo atraso em que se encontra o trabalho a realizar. Estamo-nos a referir aos Treinadores de Disciplina onde reina a maior das anarquias e onde a situação actual pode vir a comprometer a imagem do desporto equestre. Optou-se, há uns anos, por uma solução provisória, em que se atribuía o título de treinador de disciplina ao praticante da mesma que, por resultados próprios ou de seus alunos, permitissem ao Conselho Superior de Equitação designá-los por mera análise curricular. A Divisão de Formação do IDP já regulamentou, há cerca de dois anos, esta actividade para todas as modalidades. Nas reuniões que a Direcção da FEP teve com aquele organismo do Estado procurou demonstrar que esse regulamento não tinha aplicabilidade ao mundo equestre. Conseguiu-se assim adiar a resolução deste problema, pois tomamos o compromisso de propor um regulamento que obedecesse aos parâmetros oficiais e que tivesse aplicabilidade às nossas disciplinas. Na verdade não era nem é aceitável para qualquer entidade responsável, admitir a inexistência de formação específica, designadamente ao nível pedagógico, mas não só. Também ao nível técnico é indispensável que o treinador tenha conhecimentos técnicos e científicos de cada matéria e não apenas intuição, ou centelha especial, que lhe permita ser um excelente executante, ou um reconhecido campeão. Ele terá de saber diagnosticar e ensinar cavalos e cavaleiros e a FEP não conseguiu ainda constituir os grupos de trabalho para estudar esta problemática para cada disciplina. É urgente fazê-lo, sob pena de virmos a ser responsabilizados pelo IDP em caso de sinistros ou de comportamentos indevidos por parte de treinadores clandestinos, que infelizmente abundam nos nossos campos de provas. Muitas vezes as falhas de treinador devidamente formado, têm vindo a ser colmatadas por elementos da carreira da formação. Mas se essa medida ameniza, em muitos casos, alguns problemas de praticantes equestres, especialmente de jovens cavaleiros, há modalidades e casos em que o formador não está vocacionado para treinador. É pois urgente e importante que modalidades como o horse ball, o pólo, a equitação adaptada, o cce, os saltos, o ensino, o trec, a atrelagem, a resistência equestre e a equitação de trabalho, disponibilizem competências para decididamente se formalizarem os cursos de treinadores, bem como a respectiva homologação oficial que permite o estabelecimento de profissões válidas. c) FORMADORES DE TURISMO EQUESTRE – TREC (Volume IV – Parte I) A área do Turismo Equestre encontra-se já em fase adiantada de estudo. Existem nesta modalidade duas carreiras que têm pontos de sobreposição ou coincidência, mas que devem ser tratadas individualmente:

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Referimo-nos à disciplina da competição designada por TREC (Técnicas de Randonnée Equestre de Competição) por um lado, e a outras modalidades (variadas) do Turismo Equestre, ligadas também à Plena Natureza, por outro. É o caso do simples passeio a cavalo, da expedição ligada ao desporto lazer, das formas culturais e temáticas de fruir os espaços paisagísticos, monumentais, históricos, da própria equitação artística, com utilização, por cavaleiros turistas preparados, de cavalos nacionais em grau avançado de ensino e ainda da ligação à atrelagem de lazer. A Comissão Técnica Nacional de TREC tem estado a desenvolver um excelente trabalho em diversos âmbitos a começar pela regulamentação provisória da actividade, à estruturação das Selas de Plena Natureza, dedicadas à formação de praticantes de TREC, ou até das outras variantes do Turismo Equestre. Para isso teve de regular os conteúdos programáticos da formação de formadores desta disciplina (Monitores de TREC) e de Juizes nacionais e internacionais para as competições que já se iniciaram. A par disso e porque o Turismo Equestre tem uma raiz comum, a ANTE, Associação Nacional de Turismo Equestre, constituída como Comissão Técnica de Turismo Equestre da FEP, tem vindo a acompanhar estes trabalhos, estando em curso a constituição não provisória de cursos para profissionais, tais como os ATE (Acompanhantes de T.E.) e de Guias Equestres. Logo que esta estrutura formativa esteja devidamente consolidada, com cursos e carreiras profissionais bem definidos e programados, publicaremos a Parte I do Volume IV, que seguirá de imediato para homologação do IDP a fim de se oficializarem as respectivas profissões. É devido, neste particular uma palavra de louvor e de saudação equestre ao grupo de técnicos que, no âmbito das Comissões Técnicas, têm realizado tão bom e rápido trabalho. Entre outros entusiastas permitimo-nos salientar o trabalho do Senhor Virgílio Cervantes (Presidente da C.T.N./T.E.) do Sr. Engº Fernando Mena (Director Técnico) do Sr. Ten. Cor. Pára. Camacho Soares, do Sr. Dr. Armando Rebelo (Secret. Geral da ANTE), do Sr. Engº José Andrade (Pres. da C.T./T.E.) e ainda de muitos outros elementos que vêm contribuindo para o desenvolvimento desta actividade, tão importante para o País e para o hipismo em geral. d) FORMADORES DE EQUITAÇÃO TERAPÊUTICA (Volume IV – Parte II) Trata-se nesta Parte da Equitação Terapêutica, abrangendo a área da competição (Ensino Adaptado) e a área da recuperação como a Hipoterapia. A Comissão Técnica de Equitação Terapêutica, presidida pela Senhora D. Kathryn Watson, tem vindo a preparar documentação base para regular estas actividades, tendo já sido apresentado à Direcção da FEP o Regulamento Geral de Dressage Adaptada, que foi aprovado até confirmação oportuna do Congresso. Estão a constituir-se grupos de trabalho coordenados pela Comissão Técnica referida, no sentido de regular a formação de profissionais nesta área, procurando terminar com a anarquia que se verifica ainda, onde entidades sem qualificação adequada, promovem cursos de formação profissional (por vezes inexplicavelmente subsidiados pelo Estado). Aguarda-se que a Comissão Técnica de Equitação Terapêutica, em colaboração com a Federação Portuguesa de Desportos para Deficientes, com quem a FEP tem acordos protocolares firmados, venham a conseguir preparar os suportes documentais necessários para podermos, pelas vias oficiais competentes, estabelecer as regras onde infelizmente a irresponsabilidade de muitos é proporcional à importância da própria actividade.

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e) FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE CONCURSO (Volume V) Este volume destina-se à formação de oficiais de concurso, que tem estado a cargo do Conselho de Arbitragem da FEP, conselho esse que está inoperante há mais de dois anos havendo lacunas graves ao nível dos juizes e outros agentes internacionais. É também urgente e importante resolver este assunto com a substituição dos membros do referido Conselho, que há muito apresentaram as respectivas demissões. Este problema está superado nas novas disciplinas federadas, isto é, no TREC e na Equitação Terapêutica, precisamente porque a Direcção da FEP decidiu, unilateralmente, resolver esse problema à revelia do Conselho de Arbitragem. Não parece, contudo, que essa seja uma solução recomendável para todas as disciplinas.

Pela FEP

Cor. João Bilstein de Sequeira Vice-presidente