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Civilizações Egípcia e Etrusca

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Conteúdo da disciplina Arquitetura e Urbanismo II

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Page 1: Civilizações Egípcia e Etrusca

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA

Contexto social, econômico e histórico.

Entre todas as civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um

forte Estado que comandou milhares de pessoas. Situada no nordeste da África, a

civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos hídricos

fornecidos pelo Rio Nilo. Tomando conhecimento do sistema de cheias desse grande

rio, os egípcios organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de

um grande número de pessoas.

Além dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um

Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na

organização de um grande número de trabalhadores subordinados ao mando do governo.

Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e cada camponês era obrigado a

reservar parte da produção para o Estado. Legumes, cevada, trigo, uva e papiro estavam

entre as culturas mais comuns neste território.

Técnicas e materiais construtivos

Arquitetura do Egito Antigo trata da arquitetura realizada, no período

entre 4.000 a.C. e 30 a.C.. Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas

uma profunda religiosidade, dando um caráter monumental aos templos e às construções

mortuárias, notabilizando-se entre elas as pirâmides, construídas de pedra, quando todas

as comunidades ao longo do rio Nilo são unificadas em um único Império (cerca de

3.200 a.C.).

O trabalho em pedra egípcio produziu estruturas talhadas na rocha, com técnicas

semelhantes às da extração de pedra, morros sólidos - As pirâmides - e estruturas

autônomas mais convencionais. Descreve-se aqui o trabalho nestas últimas.

Os alicerces dos edifícios egípcios eram muitas vezes surpreendentemente

fracos, consistindo numa trincheira, cheia de areia e coberta de tosca cantaria (a areia

pode mesmo ter tido tanto um objetivo simbólico como funcional). Só no período

greco-romano é que existiram alicerces regulamente maciços, de alvenaria adequada,

em grande parte construídos a partir de edifícios anteriores, demolidos para dar lugar a

outros novos.

Page 2: Civilizações Egípcia e Etrusca

Em alvenaria a argamassa era utilizada em pequenas quantidades, segundo uma

técnica que consistia em colocar uma fila de blocos, nivelá-la pelo cimo, cobrir a

superfície com uma fina camada de argamassa, cujo principal objetivo era o de servir de

lubrificante, e assentar a fila seguinte. As superfícies e, talvez, as junções salientes dos

blocos eram alinhadas antes de estes serem utilizados. Cada bloco era encaixado

individualmente no seguinte, já que as junções nem sempre eram verticais ou

perpendiculares à superfície. Um único bloco podia até formar um canto interior e os

níveis das filas horizontais por detrás da superfície, de modo a dar uma maior rigidez e

evitar o deslize enquanto a argamassa secava. O principal objetivo das complicadas

técnicas de junção era, provavelmente, o de minimizar o desperdício e utilizar o maior

lado praticável do bloco. As arestas dos blocos eram cortadas à medida quando estes

eram montados, mas a superfície principal ficava em bruto.

É provável que os Egípcios trabalhassem sem dispositivos elevatórios

mecânicos, sendo o método básico de levantar pesos o de enterrar a parede que estava a

ser construída por detrás de uma rampa de entulho. Esta era continuamente

acrescentada, até que as paredes atingissem a altura total. As pedras eram então alisadas,

quer a partir das rampas que iam sendo desmanteladas, quer de andaimes de madeiras

que eram possivelmente utilizados mais tarde para esculpir as decorações em relevo. As

várias fases do trabalho num edifício desenvolviam-se muitas vezes simultaneamente,

podendo assim pedreiros, desenhistas, estucadores, escultores de relevos e pintores ser

todos empregues ao mesmo tempo.

Sistemas estruturais

Os edifícios religiosos constituem a grande maioria das obras

arquitetônicas que permaneceram. Quase todos eram tão simbólicos como estritamente

funcionais. A natureza exata do simbolismo nos edifícios funerários - pirâmides,

mastabas e túmulos cavados na rocha - não está claramente estabelecida, mas no que se

refere aos templos a questão é relativamente clara. No entanto, os princípios são talvez

semelhantes em ambos os tipos: recriam o cosmo, ou parte dele. Este cosmo é um

cosmo ideal, purificado e à parte do mundo quotidiano, e a sua relação com este último

é uma relação de analogia e não de representação direta. O seu objetivo é fazer com que

o habitante do templo (ou do túmulo) participe simbolicamente no próprio processo de

criação, ou nos ciclos cósmicos, em particular do Sol.

Page 3: Civilizações Egípcia e Etrusca

Este simbolismo exprime-se na localização e plano dos templos e na decoração

das paredes e tetos. Tudo isto é facilmente observável nos templos do período greco-

romano, que possivelmente pouco diferem em significado dos seus precursores do

Império Antigo. A estrutura é separada do mundo exterior por um espesso muro

circundante de tijolo, imitando talvez, o estado líquido do cosmo na altura da criação.

Dentro deste espaço encontra-se a sala de entrada, ou pilone, decorada no exterior com

cenas que representam o faraó matando inimigos. Estas cenas garantem, de modo

mágico, que a desordem não deve entrar no templo. O pilone é o maior elemento do

templo. Visto em seção, encerra a área por detrás dele na sua altura. Ao mesmo tempo

os seus dois maciços, com o intervalo entre si, que significa "horizonte". A orientação

teórica da maior parte dos templos é leste-oeste, como se baseia no Nilo, e não nos

pontos cardeais, há, de fato, uma variação considerável.

Edificações mais significativas

Sem duvida o tipo de edificação mais característico do antigo Egito são

as pirâmides, são edificações grandiosas arquitetadas em pedra, sua suspensão é

retangular e possui quatro lados triangulares que afluem em direção ao seu ponto mais

alto.

As pirâmides foram estruturadas há aproximadamente 2700 anos, do princípio

do antigo reinado até o próximo do período ptolomaico - referente à família macedônica

que reinou no Egito, da morte de Alexandre o Grande, em 323 a.C., até o país virar

província romana.

As construções eram muito resistentes, vigiadas e o acesso era bastante

dificultoso, tanto que os egípcios, para preservarem os segredos internos destas, davam

cabo da vida dos engenheiros que as haviam edificado. Todos os meios possíveis eram

usados para se evitar o acesso ao corpo mumificado do faraó e aos seus pertences.

Há conhecimento da existência de cem pirâmides no Egito, sendo a mais célebre

a de Queóps – nome dado em homenagem ao mais rico dos faraós do Egito antigo -, a

única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo.

A Pirâmide de Queóps foi construída por volta de 2.550. A experiência foi

passada de geração para geração - Quéfren, filho de Queóps, e Miquerinos, seu neto,

concluíram as três pirâmides de Gizé.

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Figura 1 - Pirâmide de Queóps

CIVILIZAÇÃO ETRUSCA

Contexto social, econômico e histórico.

Os etruscos formam um povo que viveu na Região da Etrúria - região

central da Itália - entre os séc. VIII e II a.C., que posteriormente foi incorporada pelo

Império Romano. Os romanos adotaram diversos costumes dos etruscos como: roupas,

arte, arquitetura, rituais, padrões sociais, etc.

A “Civilização Etrusca” é pouco conhecida e pouco difundida no Brasil, mas de

extrema importância na constituição de nossa cultura. Ela foi determinada

significativamente pelas civilizações que compuseram a “Cosmópolis Roma”.

Percebemos características peculiares desses povos que nos chamam a atenção por si

mesmo e dentro de uma atmosfera que é distante de nossa cultura.

Técnicas e materiais construtivos

Para os templos utilizava-se a pedra, enquanto para as moradias utilizava-

se o adobe, com estrutura de madeira e revestimento de argila cozido, os etruscos

conheciam o arco de meio ponto, a abóbada de canhão, e a cúpula, elementos que

utilizaram –entre outras coisas– para a construção de pontes. Também construíram

canais para drenar as zonas baixas, levantaram muralhas defensivas de pedra, mas,

sobretudo, destacou a arquitetura funerária, em forma de impressionantes hipogeus.

Page 5: Civilizações Egípcia e Etrusca

Os templos estavam inspirados no modelo grego, embora apresentassem

notáveis diferenças: costumavam ser menores, de planta quadrangular, fechados, sem

peristilo, somente com uma fileira de colunas da ordem chamada "toscano" a jeito dos

pronaos gregos, e o altar estava sobre um fojo, chamado pelos latinos mundus -

limpador, purificador- (a palavra talvez seja de origem etrusca), é dizer, um orifício que,

simbolicamente, serviria para jogar os restos dos sacrifícios.

Sistemas estruturais

Os etruscos eram bons construtores, mas pouco restou de suas

edificações, erigidas preferentemente em madeira. Entre o que resistiu, por ser de pedra,

destacam-se fundações de muralhas, conjuntos de casas cuidadosamente pavimentadas,

túmulos, e também ruas pavimentadas, que formam verdadeiras cidades dos mortos.

Réplicas do interior das casas, esses túmulos têm molduras, arcos e abóbadas - estas

importadas do Oriente pelos etruscos, que as transmitiram a Roma, depois de

aperfeiçoá-las.

Construíram templos religiosos (com base de pedra, estrutura de madeira

e revestimento em barro na arquitrave e beirais) que em grande parte se assemelhariam

aos gregos simples. assim engenharia etrusca lembra a mesopotâmica. Eles

introduziram na Itália o uso do arco, da abóboda e da cúpula. As casas eram providas de

átrio.

Construíram também palácios, edifícios públicos, aquedutos, pontes,

esgotos, muralhas defensivas e desenvolveram projetos de urbanismo onde a cidade se

articulava a partir de um centro resultado da intersecção das duas vias principais (cardo,

sentido norte-sul e decumanos, sentido leste-oeste).

Pela primeira vez a utilização do arco de volta-perfeita (semicírculo) não tinha

caráter puramente utilitário, como já tinha acontecido anteriormente na Mesopotâmia,

Egito e naturalmente na Grécia, como em túmulos, outras estruturas subterrâneas ou

portas de cidades. Agora, pela primeira vez, o arco surge inserido no vocabulário das

ordens arquitetônicas gregas.

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Figura 2 - Abóbada, referência Etrusca em edificações Romanas.

REFERÊNCIAS

TEMPLO DE APOLO. Civilização Egípcia. Disponível em

<http://www.historia.templodeapolo.net/civilizacao_ver.htm>; Acesso em 25 de fevereiro de 2015.

OXFORD UNIVERSITY. Oxford expedition to Egypt. (em inglês). Disponível em

< http://www.oxfordexpeditiontoegypt.com> ; Acesso em 25 de fevereiro de 2015.

BRASIL ESCOLA. Egito antigo. Disponível em

<http://www.brasilescola.com/historiag/egipcio.htm>; Acesso em 25 de fevereiro de 2015.

UNICAMP. Tumbas Etruscas. Disponível em

<http://www.trilhas.iar.unicamp.br/tumbaetrusca/site/historia.html>; Acesso em 25 de fevereiro de 2015.

TERREA ANTQVAE. Arqueologia. (em espanhol). Disponível em

<http://terraeantiqvae.blogia.com/2007/101401-la-enigmatica-cultura-etrusca.php>; Acesso em 25 de fevereiro de 2015.