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Conceito:
Para Alexandre de Moraes a Constituição é : a lei
fundamental e suprema de um Estado, que contém normas
referentes à estruturação do Estado, à formação dos
poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder
de governar, distribuição de competências, direitos,
garantias e deveres os cidadãos‖ (MORAES, Alexandre de.
Direito constitucional, p. 6).
1- Quanto à origem:
Quanto à origem: constituições promulgadas (democráticas, populares) e
outorgadas - São promulgadas, também denominadas democráticas ou
populares, as Constituições que derivam do trabalho de uma Assembléia
Nacional Constituinte composta de representantes do povo, eleitos com a
finalidade de sua elaboração.
Existem, ainda, as chamadas constituições cesaristas, que são aquelas que,
não obstante outorgadas, dependem da ratificação popular por meio de
referendo.
Existe ainda a figura arcaica, da constituição pactuada, não presente em
nosso ordenamento, esta surge por meio de um acordo (pacto) entre uma
realeza decadente, de um lado, e uma burguesia em ascensão, de outro.
As Constituições Brasileiras, quanto à
origem:
Constituição Brasileira de 1824
Constituição Brasileira de 1891
Constituição Brasileira de 1934
Constituição Brasileira de 1937
Constituição Brasileira de 1946
Constituição Brasileira de 1967 (1969)
Constituição Brasileira de 1988
Promulgadas: 1988 – 1946 – 1934 e 1891
Outorgadas: 1969 – 1967 – 1937 e 1824
2- Quanto ao conteúdo:
Constituição material consiste no conjunto de regras
materialmente constitucionais, estejam ou não codificadas
em um único documento;
Enquanto a Constituição formal é aquela consubstanciada
de forma escrita, por meio de um documento solene
estabelecido pelo poder constituinte originário.
3 - Quanto à sua extensão
A constituição sintética prevê somente os princípios e as
normas gerais de regência do Estado, organizando-o e
limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e
garantias fundamentais (por exemplo: Constituição Norte-
americana);
Constituições analíticas que examinam e regulamentam
todos os assuntos que entendam relevantes à formação,
destinação e funcionamento do Estado (por exemplo:
Constituição brasileira de 1988).
4 - 5 Quanto ao modo de elaboração
e ideologia A constituição dogmática se apresenta como produto escrito e
sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e
idéias fundamentais da teoria política e do direito dominante.
Constituição histórica é fruto da lenta e contínua síntese da
História e tradições de um determinado povo (exemplo:
Constituição Inglesa).
Quanto à Ideologia
Ecléticas (Pragmáticas) - Também chamadas de
compromissórias, são Constituições dogmáticas que se fundam
em várias ideologias.
Ortodoxas - São fundadas em uma só ideologia.
6- Quanto à finalidade
Constituição-Garantia - De texto reduzido (sintética), busca
precipuamente garantir a limitação dos poderes estatais frente aos
indivíduos.
Constituição Dirigente - Caracterizada pela existência, em seu texto, de normas programáticas (de cunho eminentemente social),
dirigindo a atuação futura dos órgãos governamentais.
Constituição-Balanço Destinada a registrar um dado estágio das
relações de poder no Estado. Sua preocupação é disciplinar a realidade do Estado num determinado período, retratando o
arranjo das forças sociais que estruturam o Poder. Faz um “balanço” entre um período e outro.
7 – Quanto a ontologia
Posições não pacíficas, muito divergente.
Normativas
Estão em plena consonância com a realidade social, conseguindo regular os fatos da vida política do Estado.
Nominativas (Nominalistas)
São elaboradas com a finalidade de, efetivamente, regular a vida política do Estado. Mas, não alcança o seu objetivo.
Semânticas
São criadas apenas para legitimar o poder daqueles que já o exercem.
8 – Quanto à estabilidade -
Alteralidade
São imutáveis as constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias históricas;
Rígidas são as constituições escritas que poderão ser alteradas por um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o existente para a edição das demais espécies normativas (por exemplo: CF/88 - art. 60)
Constituições flexíveis, em regra não escritas, excepcionalmente escritas, poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário.
Semirrígida - É em parte rígida e noutra parte flexível. Desse modo, algumas normas da Constituição só podem ser modificadas por um procedimento mais dificultoso, enquanto que as outras se submetem ao mesmo processo legislativo das leis infraconstitucionais. (art. 178,CF/1824)
9 – Quanto à Forma
Constituição escrita é o conjunto de regras codificado e
sistematizado em um único documento, para fixar-se a
organização fundamental. Canotilho denomina-a de constituição
instrumental, apontando seu efeito racionalizador, estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade
Constituição não escrita é o conjunto de regras não aglutinadas
em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções (exemplo: Constituição Inglesa).
Classificação da CF/88
Dessa forma, podemos concluir que nossa Constituição é
Promulgada, Formal, Analítica, Dogmática, Eclética (pragmática),
Dirigente, Rígida e Escrita. Aliás, é possível afirmar que a
Constituição Federal Brasileira é extremamente rígida, pois além de possuir um processo rigoroso de alteração, possui um conjunto de
matérias que não podem ser suprimidas, as denominadas cláusulas
pétreas, previstas no art. 60, 4º, da Constituição.
Aplicabilidade das normas constitucionais
Conceito: Aplicabilidade/eficácia das normas constitucionais é a
capacidade/potencialidade de uma norma da Constituição
produzir os efeitos jurídicos esperados. Ou seja, é a força que a
mesma (a norma constitucional) tem em fazer cumprir o que ela diz.
Destarte as discussões doutrinárias a classificação majoritária
dividiu as normas constitucionais em normas de eficácia plena, de
eficácia contida e, por fim, de eficácia limitada, com suas
respectivas subdivisões.
Normas de Eficácia Plena
Normas constitucionais de eficácia Plena: São aquelas normas da
Constituição que possuem eficácia Direta, Imediata e Integral. Ou
seja: são normas que por si só bastam; não dependem da
elaboração de outras normas para produzir seus efeitos; basta a simples previsão na Constituição para ter força de garantir direitos
e impor deveres
Ex.: Forma Federativa/ Bens da União/ Art. 5º, II, III, XI,…
Exemplos:
"Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato
de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e
no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro
do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77".
Este artigo dita uma norma que por si só esclarece seus termos e condições, sem
necessidade de ser elaborada uma legislação para lhe dar aplicabilidade.
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: (...)
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Este artigo prescreve uma proibição, prescindindo de qualquer regulamentação
para se tornar aplicável.”
Normas de Eficácia Contida
Também são normas que possuem aplicabilidade Direta,
Imediata, mas não necessariamente integral já que pode ter
seus efeitos restringidos.
A restrição pode decorrer tanto de norma infraconstitucional
quanto pela incidência de norma própria da constituição,
ou mesmo por motivo de ordem pública, bons costumes e
paz social, conceitos vagos cuja redução se efetiva pela
administração pública.
Ex.: Art. 5º, VII, XIII, XV…
Exemplos:
"Art. 5º, inciso XIII é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer";
Norma de aplicabilidade direta e imediata que sugere em seu texto que uma Lei deverá ser editada para restringir sua eficácia.
"Art. 5º, inciso XXIV a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição";
Normas de Eficácia Limitada
São as normas que possuem eficácia Indireta, Mediata e Reduzida,
pois no momento da promulgação da Constituição não lhe foram
conferidas a autonomia de produção de todos os seus efeitos, que
para tanto precisam de uma lei integrativa infraconstitucional, ou
seja, a mera previsão na Constituição não é suficiente para impor ou
garantir o direito.
Para José Afonso da Silva – Essas normas podem ser consideradas
imediatas, diretas e vinculantes por estabelecerem um dever ao
lesgislador ordinário.
Exemplos:
"Art.18, § 2º - Os Territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar";
"Art.196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
"Art.25, § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum"
Referências
MORAES, Alexandre. Direito constitucional. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
SILVA, José Afonso. Aplicabilidade das normas constitucionais. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 2007.
Aplicabilidade das normas constitucionais. – Disponível em: http://www.espacojuridico.com/blog/aplicabilidade-das-normas-constitucionais-um-resumo-para-o-mpu-e-para-todos-os-concursos-tambem-d/
LENZA, Pedro. Direito Constitucional. 12º ed. São Paulo. Saraiva, 2007.
Classificação da Constituição Brasileira vigente (1988)– Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/classificacao-da-constituicao-brasileira-vigente-1988-e-a-eficacia-das-normas-constitucionais-sob-o-enfoque-de-jose-afonso-da-silva/20883/#ixzz2tu5CjSvR
O QUE É CONSTITUIÇÃO?
É a lei fundamental e suprema de um
Estado, que contém normas referentes à
estruturação do Estado, à formação dos
poderes públicos, forma de governo e
aquisição do poder de governar,
distribuição de competências, direitos,
garantias e deveres os cidadãos. (MORAES,
Alexandre de. Direito constitucional, p. 6).
Formação dos poderes públicos
Limitações aos poderes públicos
Direitos e Garantias Fundamentais dos
indivíduos;
Forma de Governo;
Modo de aquisição e exercício do poder;
Forma de exercício do poder estatal em
função do território;
Repartição de competências;
AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS,
QUANTO À ORIGEM:
Constituição Brasileira de 1824
Constituição Brasileira de 1891
Constituição Brasileira de 1934
Constituição Brasileira de 1937
Constituição Brasileira de 1946
Constituição Brasileira de 1967 (1969)
Constituição Brasileira de 1988
Promulgadas: 1988 – 1946 – 1934 e 1891
Outorgadas: 1969 – 1967 – 1937 e 1824
1- QUANTO AO CONTEÚDO:
Constituição Material consiste no conjunto de regras materialmente
constitucionais, estejam ou não codificadas em um único
documento;
Enquanto a Constituição Formal é aquela consubstanciada de forma
escrita, por meio de um documento solene estabelecido pelo poder
constituinte originário.
2 – QUANTO À FORMA
Constituição Escrita é o conjunto de regras codificado e
sistematizado em um único documento, para fixar-se a
organização fundamental. Canotilho denomina-a de constituição
instrumental, apontando seu efeito racionalizador, estabilizante,
de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade
Constituição Não Escrita é o conjunto de regras não aglutinadas
em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes,
jurisprudência e convenções (exemplo: Constituição Inglesa).
3 - QUANTO AO MODO DE
ELABORAÇÃO E IDEOLOGIA
A constituição dogmática se apresenta como produto escrito e
sistematizado por um órgão constituinte, a partir de
princípios e idéias fundamentais da teoria política e do direito
dominante.
Constituição histórica é fruto da lenta e contínua síntese da
História e tradições de um determinado povo (exemplo:
Constituição Inglesa).
4- QUANTO À ORIGEM:
Quanto à origem: constituições promulgadas (democráticas,
populares) e outorgadas – impostas.
São promulgadas - democráticas ou populares, as Constituições
que derivam do trabalho de uma Assembléia Nacional
Constituinte composta de representantes do povo, eleitos com a
finalidade de sua elaboração.
Existem, ainda, as chamadas constituições cesaristas, que são
aquelas que, não obstante outorgadas, dependem da ratificação
popular por meio de referendo.
Existe ainda a figura arcaica, da constituição pactuada, não
presente em nosso ordenamento, esta surge por meio de um
acordo (pacto) entre uma realeza decadente, de um lado, e uma
burguesia em ascensão, de outro.
5 – QUANTO À ESTABILIDADE -
ALTERALIDADE
São Imutáveis as constituições onde se veda qualquer alteração,
constituindo-se relíquias históricas;
Rígidas são as constituições escritas que poderão ser alteradas por um
processo legislativo mais solene e dificultoso do que o existente para a
edição das demais espécies normativas (por exemplo: CF/88 - art. 60)
Constituições Flexíveis, em regra não escritas, excepcionalmente escritas,
poderão ser alteradas pelo processo legislativo ordinário.
Semirrígida - É em parte rígida e noutra parte flexível. Desse modo,
algumas normas da Constituição só podem ser modificadas por um
procedimento mais dificultoso, enquanto que as outras se submetem ao
mesmo processo legislativo das leis infraconstitucionais. (art.
178,CF/1824)
6 - QUANTO À SUA EXTENSÃO
A constituição sintética prevê somente os princípios e as normas
gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder,
por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais (por
exemplo: Constituição Norte-americana);
Constituições analíticas que examinam e regulamentam todos os
assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e
funcionamento do Estado (por exemplo: Constituição brasileira de
1988).
Constituição Garantia - De texto reduzido (sintética), busca precipuamente garantir a limitação dos poderes estatais frente aos indivíduos.
Constituição Dirigente - Caracterizada pela existência, em seu texto, de normas programáticas (de cunho eminentemente social), dirigindo a atuação futura dos órgãos governamentais.
Constituição Balanço Destinada a registrar um dado estágio das relações de poder no Estado. Sua preocupação é disciplinar a realidade do Estado num determinado período, retratando o arranjo das forças sociais que estruturam o Poder. Faz um “balanço” entre um período e outro.
Dessa forma, podemos concluir que nossa Constituição
apresenta a seguinte classificação: Formal, Escrita, legal,
Dogmática, Promulgada (democrática, popular), Rígida e
Analítica.
Aliás, é possível afirmar que a Constituição Federal Brasileira
é extremamente rígida, pois além de possuir um processo
rigoroso de alteração, possui um conjunto de matérias que
não podem ser suprimidas, as denominadas cláusulas pétreas,
previstas no art. 60, 4º, da Constituição.
Conceito: Aplicabilidade/eficácia das normas constitucionais é a capacidade/potencialidade de uma norma da Constituição produzir os efeitos jurídicos esperados. Ou seja, é a força que a mesma (a norma constitucional) tem em fazer cumprir o que ela diz.
Toda norma constitucional tem imperatividade e aplicabilidade. As normas constitucionais são cogentes (obrigatórias) e de ordem pública (como regra são inafastáveis pela disposição das partes).
Destarte as discussões doutrinárias a classificação majoritária dividiu as normas constitucionais em normas de eficácia plena, de eficácia contida e, por fim, de eficácia limitada, com suas respectivas subdivisões.
Normas constitucionais de Eficácia Plena: São aquelas
normas da Constituição que possuem eficácia Direta,
Imediata e Integral. Ou seja: são normas que por si só
bastam; não dependem da elaboração de outras normas
para produzir seus efeitos; basta a simples previsão na
Constituição para ter força de garantir direitos e impor
deveres
Exemplos: Forma Federativa/ Bens da União/ Art. 5º, II, III,
XI, IX, XX, art. 1º, parágrafo único, art. 14, § 2º, art. 15,
art. 17, § 4º
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77".
Este artigo dita uma norma que por si só esclarece seus termos e condições, sem necessidade de ser elaborada uma legislação para lhe dar aplicabilidade.
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Este artigo prescreve uma proibição, prescindindo de qualquer regulamentação para se tornar aplicável.”
Também são normas que possuem aplicabilidade Direta, Imediata, mas
não necessariamente integral já que pode ter seus efeitos restringidos.
A restrição pode decorrer tanto de norma infraconstitucional quanto pela
incidência de norma própria da constituição, ou mesmo por motivo de
ordem pública, bons costumes e paz social, conceitos vagos cuja redução
se efetiva pela administração pública.
Ex.: Art. 5º, VII, XIII, XV…
art. 5o, VIII (a contenção pode vir por lei ou pelo art. 15, IV), XII,
XIII, XXII (contida pelos incisos XXIV e XXV do mesmo artigo), LVIII,
LX, LXI (parte final), art. 14, § 1o a § 3o (são contidas pelos § 4 a 7
do mesmo art. 14).
"Art. 5º, inciso XIII é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer";
Norma de aplicabilidade direta e imediata que sugere em seu texto
que uma Lei deverá ser editada para restringir sua eficácia.
"Art. 5º, inciso XXIV a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição";
São as normas que possuem eficácia Indireta, Mediata e
Reduzida, pois no momento da promulgação da Constituição
não lhe foram conferidas a autonomia de produção de todos os
seus efeitos, que para tanto precisam de uma lei integrativa
infraconstitucional, ou seja, a mera previsão na Constituição
não é suficiente para impor ou garantir o direito.
Para José Afonso da Silva – Essas normas podem ser
consideradas imediatas, diretas e vinculantes por estabelecerem
um dever ao lesgislador ordinário.
"Art.18, § 2º - Os Territórios federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de
origem serão reguladas em lei complementar";
"Art.196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação".
"Art.25, § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a
execução de funções públicas de interesse comum"
MORAES, Alexandre. Direito constitucional. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
SILVA, José Afonso. Aplicabilidade das normas constitucionais. 7. ed. São
Paulo: Malheiros, 2007.
Aplicabilidade das normas constitucionais. – Disponível em:
http://www.espacojuridico.com/blog/aplicabilidade-das-normas-
constitucionais-um-resumo-para-o-mpu-e-para-todos-os-concursos-
tambem-d/
LENZA, Pedro. Direito Constitucional. 12º ed. São Paulo. Saraiva, 2007.
Classificação da Constituição Brasileira vigente (1988)– Disponível em:
http://www.webartigos.com/artigos/classificacao-da-constituicao-
brasileira-vigente-1988-e-a-eficacia-das-normas-constitucionais-sob-o-
enfoque-de-jose-afonso-da-silva/20883/#ixzz2tu5CjSvR
Segue questão para ser solucionada como parte de nossa pós aula. Dica: não procurem o gabarito inicialmente, respondam com suas palavras, dado o aprendizado adquirido em nossa aula sobre aplicabilidade da norma constitucional. OAB – XIV Exame 4. Tício ajuizou demanda em face do Estado “X”, postulando determinada prestação estatal. A sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, entretanto, julgou improcedente o pedido, apontando, no fundamento da decisão, os diferentes graus de eficácia das normas constitucionais, que impedem todos os efeitos pretendidos por Tício. Com base no fragmento acima, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. A) Em que medida as normas constitucionais de eficácia plena se diferenciam das normas de eficácia contida? B) As normas constitucionais de eficácia limitada de
princípio programático, antes da intermediação legislativa,
geram algum efeito jurídico?