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11º Curso Formação de Agentes Polícia de Segurança Pública Competência C1 Saber Efetuar uma Patrulha Conteúdos Legislação Policial Técnicas de Intervenção Policial Legislação e Segurança Rodoviária Deontologia Policial Sistemas e Tecnologias Operacionais Realizado por: Tiago Ferreira, Nº2 Sofia Figueiredo, Nº 18 Daniel Silva, Nº 40 Fábio Branco, Nº 80

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11º Curso Formação de AgentesPolícia de Segurança Pública

Competência C1Saber Efetuar uma Patrulha

ConteúdosLegislação Policial

Técnicas de Intervenção PolicialLegislação e Segurança Rodoviária

Deontologia PolicialSistemas e Tecnologias Operacionais

Realizado por:Tiago Ferreira, Nº2

Sofia Figueiredo, Nº 18Daniel Silva, Nº 40

Fábio Branco, Nº 80Adriana Borda D’Água, Nº 95

Marcelo Lopes, Nº 68

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Índice

Legislação Policial.....................................................................................................................................2Tema 1: Expediente............................................................................................................................................2Tema 2: Achados................................................................................................................................................5Tema 3: Segurança Privada.................................................................................................................................6Tema 4: Abertura de Portas..............................................................................................................................23Tema 5: Ambiente Ruído..................................................................................................................................24Tema 6: Reunião, Manifestações e Greves........................................................................................................30Tema 7: Regulamento Jurídico das Armas e Munições......................................................................................31Tema 8: Desaparecimento de Pessoas...............................................................................................................38Tema 9: Lei de Saúde Mental............................................................................................................................43Tema 10: Menores............................................................................................................................................45Tema 11: Peditórios..........................................................................................................................................60Tema 12: Estrangeiros.......................................................................................................................................62Tema 13: Estupefaciente/Psicotrópicos.............................................................................................................66Tema 14: Violência nos recintos desportivos.....................................................................................................74Tema 15: Guardas-noturnos..............................................................................................................................85Tema 16: Animais.............................................................................................................................................86Tema 17: Venda Ambulante de Loterias............................................................................................................98Tema 18: Arrumadores de automóveis.............................................................................................................98Tema 19: Acampamentos Ocasionais................................................................................................................98

Técnicas de Intervenção Policial............................................................................................................101O uso das lagartas em operações STOP: .........................................................................................................106

Legislação e Segurança Rodoviária........................................................................................................1101 - Paragem e Estacionamento........................................................................................................................1102 – Acidentes..................................................................................................................................................115

Deontologia Policial..............................................................................................................................1211 - Introdução e enquadramento da competência...........................................................................................1212 - A importância/necessidade de prestarmos “um bom serviço a nós próprios (agentes)”..............................1213 - “O diário” do meu turno de patrulha..........................................................................................................122

Sistemas e Tecnologias Operacionais....................................................................................................125

11º CFA Competência C1 1

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Legislação Policial

Tema 1: Expediente

O expediente a elaborar em ocorrências policiais:- Tem o sue suporte na lei;- O se objetivo é dar conhecimento das mesmas a quem de direito (Aj’s...)- Pode enquadrar-se em três áreas distintas que são:

Criminal Contraordenacional Outras ocorrências (que envolvem regra geral, responsabilidade civil)

Obrigatoriedade de receção.Os elementos policiais são obrigados a receberem todas as queixas, denúncias, participações... independentemente da sua natureza criminal, contraordenacional ou civil.

Obrigatoriedade de entrega de comprovativo de receçãoO elemento policial deve reduzir a escrito as participações, denúncias/queixas orais e entregar

cópia do Auto/Participação como prova de receção.Queixa em papel, verificar identificação, atribuir registo de entrada, elaborar informação anexa

para informação superior. Se não for titular do direito de queixa, tem de ir munido de procuração com poderes especiais (se advogado, procuração normal).

Âmbito Criminal Peças de expediente mais comuns- Auto de Notícia (Detenção, Denúncia) – (Art.º 243º, 255º, ... do CPP)- Auto de Apreensão (Cautelar) (Art.º 178º, ..., do CPP) - Notificação (Art.º 113º, ..., do CPP) - Auto Sumário de Entrega (Art.º 255º n.º 2, do CPP)- Termo de constituição de arguido (Art.º 58º do CPP)- Termo de identidade e Residência (Art.º 196º do CPP=- Auto de Depósito.

Legitimidade É o Ministério Público (MP), o titular do exercício da ação penal, que tem legitimidade para

promover o processo penal, com as restrições estabelecidas na lei. (Art.º 48 do CPP)Tal processo inicia-se com a notícia do crime, isto é, com o conhecimento dos factos que podem constituir o ilícito criminal (crime).

É neste contexto que a policia tem um papel extremamente importante a desempenhar.

Aquisição da NotíciaO MP adquire a notícia do crime:

- Por conhecimento próprio;- Por intermédio dos OPC’s;- Ou mediante denúncia

11º CFA Competência C1 2

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Comunicação da DenúnciaQuando qualquer OPC, presenciar a prática de algum crime, deve fazer uma primeira e

necessariamente superficial apreciação sobre a sua natureza.Seguidamente, se concluir, ainda que somente por razoáveis probabilidades, pela possibilidade de se tratar de crime, e consequentemente de denúncia obrigatória, deve lavrar ou mandar lavrar auto de notícia, nos termos do art.º 243 do CPP e remeter esse auto ao MP

Denúncia FacultativaQualquer pessoa que tiver notícia de um crime pode denunciá-lo ao MP, a outra AJ ou OPC, salvo se

o procedimento respetivo depender de queixa ou de acusação particular (art.º 244 do CPP)E salientar que nos casos de crimes semipúblicos, o titular de direito de queixa deve manifestar vontade inequívoca de que seja instaurado procedimento criminal.

Denúncia obrigatória1- A denúncia é obrigatória, ainda que os agentes do crime não sejam conhecidos:

a) Para entidades policiais, quanto a todos os crimes que tomarem conhecimento;b) Para os funcionários, na aceção do art.º 386 do CP, quanto a crimes de tomarem conhecimento no

exercício das suas funções e por causa delas.2- Quando várias pessoas forem obrigadas à denúncia do mesmo crime, a sua apresentação por uma delas dispensa as restantes;3- O disposto no número anterior não prejudica o regime dos crimes cujo procedimento depende de queixa o de acusação particular.

Auto de Notícia1- Sempre que uma AJ, um OPC ou outra entidade presenciarem qualquer crime de denúncia obrigatória, levantam ou mandam levantar auto de notícia, onde se mencione:

a) Os fatos que constituem o crime;b) O dia, hora, o local e as circunstâncias em que o crime foi cometido;c) Tudo o que puderem averiguar acerca da identificação dos agentes e dos ofendidos, bem como os

meios de prova conhecidos, nomeadamente as testemunhas que puderem depois dobre os fatos.2- O Auto de notícia é assinado pela entidade que o levantou e pela que mandou levantar.3- O auto de Notícia é obrigatoriamente remetido ao MP no mais curto prazo e vale como denúncia.4- Nos casos de conexão, nos art.º 24º e seguinte, pode levantar-se um único auto de notícia.

Auto de notícia/Detenção, Denúncia, Queixa.A redação por qualquer OPC, de qualquer fato qualificado pela lei como crime adquire a designação

genérica de auto de notícia. O seu conteúdo, que é o mais importante, pode é revelar e traduzir uma detenção, uma denúncia e ou uma queixa, porém não seixa de ser um auto de notícia.

Salienta-se que os fatos objeto de denúncia ou queixa são frequentemente apresentados oralmente por parte do ofendido e redigidos em auto de noticia pela entidade policial

Finalmente, refira-se que o auto de notícia pela prática de um crime não faz fé em juízo.

Âmbito Contraordenacional As autoridades policiais e fiscalizadores deverão tomar conta de todos os eventos ou circunstâncias

suscetíveis de implicar responsabilidade por contraordenação e tomar as medidas necessárias para impedir o desaparecimento de provas.

Forma de Notícia- Auto de Notícia por Contraordenação

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- Participação por Contraordenação- Auto de Denúncia por Contraordenação

Dados de identificação – Pessoas Singulares Nome Estado Civil Data de Nascimento Profissão Naturalidade Residência Nº de BI/CC Nº de Telefone NIF

Dados de Identificação – Pessoas Coletivas Firma NIPC Endereço completo da Sede Contactos Identificação completa do representante legal Identificação do estabelecimento

Registo do ExpedienteTodo o expediente elaborado numa subunidade policial deve ser numerado, registado, do qual

deve ser arquivada sempre uma cópia.A todos os expedientes elaborados no âmbito do SEI é atribuído um nº de registo, de natureza

criminal e de natureza não criminal. - Ocorrências não criminais – NPP (Número Processo Policial, Ex: 1/2015; 2/2015; ... n/2015)- Ocorrências criminais – NUIP (Número de Único de Identificação de Processo Crime, que obedece ao seguinte formato: 000000/00.0 AAAAA. Ex: 000001/15.4 PATNV (Ano 2015, nº de controlo 4; Torres Novas))

Expediente elaborado dever ser registado pelo graduado de serviço em livro, pasta ou dossier destinado exclusivamente a esse efeito, com os seguintes dados:

Data e hora da elaboração; NUIPC Nº da pasta onde foi arquivado Nome do queixoso ou denunciante; Nome da vitima; Nome do suspeito/acusado/detido; Breve descrição da ocorrência; Identificação do Autuante Sexo e idade da vítima suspeito/acusado/detido Nº do crime; ...

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Tema 2: Achados

Nos termos do art.º 1316º do CC, o direito de propriedade pode adquirir-se por:- Contrato;- Sucessão por morte- Usucapião- Ocupação

Ocupação (art.º 1318º do CC)Podem ser adquiridos por ocupação os animais e outras coisas móveis que nunca tiveram dono, ou

foram abandonadas, perdidos ou escondidos pelos seus proprietários, salvo as restrições previstas na Lei.

Exceções (à aquisição do direito de propriedade por via da ocupação)- Coisas móveis sujeitas a registo (art.º 205º do CC);- Coisas imóveis.

Deveres do Achador- Se o dono for conhecido – Deve restituir o animal ou coisa móvel perdida ao dono ou avisá-lo do achado (art.º 1323º, nº1 do CC)- Se o dono for desconhecido – Tem o dever de anunciar o achado pelo modo mais conveniente, atendendo ao valor da coisa e às possibilidades locais, ou avisar as autoridades, observando os usos da terra, sempre os haja. (art.º 1323º, nº 1 do CC)- Encontrado o achado, o achador faz sua coisa perdida, se não for reclamada pelo dono dentro do prazo de um ano.- Restituída a coisa, o achador tem direito à indemnização do prejuízo havido e das despesas realizadas, bom como um prémio dependendo do valor do achado.

(Prémio: 4,99€ -10%; excedente até 14,94€ - 5%; sobre restante – 2,5%.)- O achador goza do direito de retenção e não responde, no caso de perda ou deterioração da coisa, senão havendo da sua parte dolo ou culpa grave.- Os membros das FS, não podem reclamar nenhum direito sobre a coisa achada.

Objetos que não poderão ficar na posse do achador Documentos pessoais; Armas de fogo e armas brancas consideradas proibidas; Chaves; Objetos que se suspeite terem sido furtados; Coisas móveis sujeitas a registo; Produtos explosivos; ...

Apropriação ilegítima em caso de acessão ou coisa achadaComete este crime quem se apropriar ilegitimamente de coisa alheia que haja encontrado. (Prisão

até 1 anos ou multa até 120 dias)

Deveres do elemento da PSP perante a entrega de um achado Verificar todo o conteúdo do achado, na presença do achador e testemunhas; Mandar avaliar o achado em estabelecimento onde se proceda à venda; Participar o faco no mais curto espaço de tempo possível (em caso de demora corre em infração

disciplinar, se nunca chegar a participar, infração criminal)11º CFA Competência C1 5

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A identificação do achador; A descrição pormenorizada dos objetos achados; Artigos de prata, ouro e joias, devem ser pormenorizadamente descritos, incluindo comprimento,

peso, cores de pedras e dos metais e avaliação do especialista, cujo nome e morada deverão constar na participação

Mencionar o máximo de elementos possíveis sobre o presumível proprietário. Armas de fogo – Não esquecer de mencionar marca, modelo, tipo, calibre e número... Ter especial cuidado na verificação dos objetos que nunca poderão ficar na posse do achador; Ter em atenção se o achador é menos de 18 anos, já que neste caso não poderá ficar como fiel

depositário; O lugar, data e hora e circunstâncias do achado; Mencionar se o achador desiste do achado, do prémio ou dos dois e se quer ficar como fiel

depositário do mesmo. (informar os direitos que lhe assistem)

Tema 3: Segurança Privada

Introdução

A segurança, nos Estados democráticos, é um direito fundamental, intimamente conexo com o direito à liberdade (art.º 27.º, n.º 1, CRP). Liberdade Segurança Não há liberdade sem segurança. A segurança, num Estado de Direito, só pode ser concebida no quadro do absoluto respeito pelos direitos fundamentais (DUDH). O Estado é responsável por assegurar este direito fundamental aos cidadãos, garantindo e preservando este bem social.

Segurança Pública VS Segurança Privada

A segurança pública, enquanto unidade soberana e constitucional, visa garantir a segurança interna, assegurar o funcionamento da legalidade democrática e os direitos fundamentais dos cidadãos. É uma responsabilidade do Estado através dos corpos públicos de polícia e visa a ordem e paz pública e a proteção da sociedade, em geral. A segurança privada, pode ser entendida como complementar e subsidiária da segurança pública. - Na sua essência tem uma base pessoal e individual, mediante remuneração, de satisfação das necessidades individuais de proteção.- Como tal, podemos definir segurança privada como atividade económica.

- Art.º 1.º, n.º 1 da Lei de segurança interna (Lei n.º 53/2008, de 29 de Agosto) refere que: - “Segurança Interna é a atividade desenvolvida pelo Estado para garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas, proteger pessoas e bens, prevenir a criminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o regular exercício dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática”. - Considera-se atividade de SEGURANÇA PRIVADA (Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, n.º 3, art.º 1.º)

a)A prestação de serviços a terceiros por entidades privadas com vista à proteção de pessoas e bens, bem como a prática de crimes, assim como;

b)A organização, por quaisquer entidades e em proveito próprio, de serviços de autoproteção, com vista à proteção de pessoas e bens, bem como à prevenção da prática de crimes.

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Como definir segurança privada? SEGURANÇA PRIVADA é um conjunto de atividades, serviços, medidas e equipamentos, com a finalidade de proteger as pessoas, a propriedade e a informação, que se desenvolvem de acordo com os princípios de economia de mercado.

Nos nossos dias o Estado já não consegue, sozinho, como acontecia no passado, combater e prevenir as ameaças e os riscos que são apresentados aos cidadãos, como fatores de insegurança. Nestes domínios da segurança o Estado vê-se obrigado a chamar novos atores para produzirem e distribuírem segurança. Mantendo o seu papel central, o Estado deixou de ser único garante da segurança , passando a existir um conjunto de novos atores que são responsáveis, subsidiariamente e complementarmente com o Estado, na produção e distribuição da segurança, na proteção de pessoas e bens, prevenção e dissuasão de ações ilícito-criminais. A atividade de segurança privada tem uma função complementar e subsidiária da atividade das forças e serviços de segurança é realizada sempre como complementar da segurança pública, É-lhe imposto o dever de colaboração com as forças e serviços de segurança do Estado.

Relatório Anual De Segurança Privada 2014 Alguns dados relativos a 31DEZ2014 -Eram 136 o número de empresas de segurança privada registadas em Portugal -Considerando apenas o número de trabalhadores vinculados (com contrato de trabalho, 23969 seguranças privados, o que representa 39% do total) às empresas habilitadas a prestar serviços de segurança privada titulares de alvará ou licença existem: 12 empresas com um número de trabalhadores > 501 29 “ “ um número de trabalhadores entre [101<500] 13 “ “ um número de trabalhadores entre [51<100] 40 “ “ um número de trabalhadores entre [11<50] 42 “ “ um número de trabalhadores entre [1<10] - Total de seguranças privados em Portugal: 60.840

Atribuições da PSP – Lei Orgânica, Lei nº 53/2007

Artigo 3.ºAtribuições

...3 - Constituem ainda atribuições da PSP: b) Licenciar, controlar e fiscalizar as atividades de segurança privada e respetiva formação, em cooperação com as demais forças e serviços de segurança e com a Inspeção-Geral da Administração Interna;

Organização da PSP – Direção Nacional – Unidades OrgânicasArtigo 29.º Operações e segurança A unidade orgânica de operações e segurança compreende as áreas de operações, informações policiais, investigação criminal, armas e explosivos, segurança privada (DSP – Departamento de Segurança Privada), sistemas de informação e comunicações. Os NSP – Núcleos de Segurança Privada dos Comandos dependem funcionalmente do DSP/DN e desenvolvem a sua atividade de harmonia com as determinações deste.

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LEGISLAÇÃO MAIS RELEVANTE LEI N.o 34/2013, DE 16 DE MAIO – Aprovou o novo regime jurídico da atividade de segurança

privada; DECRETO-LEI N.o 135/2014, DE 8 DE SETEMBRO – Estabelece as medidas de segurança obrigatórias

em estabelecimentos de restauração ou de bebidas que disponham de espaços ou salas destinados a dança, ou onde habitualmente se dance, incluindo os integrados em empreendimentos turísticos, se acessíveis ao público em geral;

Portaria n.o 273/2013, de 20 de agosto (alterada pela Portaria n.o 106/2015, de 13 de abril) – Regula as condições específicas da prestação de serviços de segurança privada, o modelo de cartão profissional e os procedimentos para a sua emissão e os requisitos técnicos dos equipamentos, funcionamento e modelo de comunicação de alarmes

Lei nº34/2013Objeto e âmbito (art.o 1.o)

A presente lei estabelece: o regime do exercício da atividade de segurança privada e as medidas de segurança a adotar por entidades públicas ou privadas com vista a prevenir a prática

de crimes. A complementaridade da atividade de segurança privada

A atividade de segurança privada só pode ser exercida nos termos da presente lei e de regulamentação complementar e tem uma função subsidiária e complementar da atividade das forças e serviços de segurança pública do Estado.

Considera-se atividade de segurança privada (art.o 1.o)A prestação ou a organização de serviços com vista à:

proteção de pessoas e bens; prevenção da prática de crimes. A prestação de serviços a terceiros (titulada por alvará) por entidades privadas com vista à proteção de

pessoas e bens, bem como à prevenção da prática de crimes; A organização, por quaisquer entidades e em proveito próprio, (titulada por licença) de serviços de

autoproteção, com vista à proteção de pessoas e bens, bem como à prevenção da prática de crimes. A formação profissional do pessoal de segurança privada é considerada atividade de segurança privada

Ficam excluídas desta lei as atividades de: Porteiro de hotelaria e de Porteiro de prédio urbano destinado a habitação ou a escritórios, cuja atividade seja regulada pelas câmaras municipais

As entidades que prestem serviços de portaria ou as profissões de porteiro cujo âmbito de serviços corresponda, ainda que parcialmente, aos serviços de segurança privada ou às funções da profissão de segurança privado (proteção de pessoas e bens e a prevenção da prática de crimes) estão sujeitas ao regime previsto na presente lei.

Definições (Art.o 2.o)

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Entende-se por: «Empresa de segurança privada» toda a entidade privada, pessoa singular ou coletiva, devidamente autorizada, cujo objeto social consista exclusivamente na prestação de serviços de segurança privada e que, independentemente da designação que adote, exerça uma atividade de prestação de serviços a terceiros de um ou mais dos serviços de segurança privada previstos no n.o 1 do artigo 3.o (prestação de serviço a terceiros bem como a organização em proveito próprio de serviços de autoproteção); «Entidade consultora de segurança» «Entidade formadora»«Estudo e conceção»«Estudos de segurança» «Fiscal de exploração de transportes públicos»«Material e equipamento de segurança» quaisquer dispositivos elétricos e ou eletrónicos destinados a detetar e a sinalizar a presença, entrada ou tentativa de entrada de um intruso em edifícios ou instalações protegidas, a prevenir a entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de edifícios ou locais de acesso vedado ou condicionado ao público, bem como a controlar o acesso de pessoas não autorizadas e a capturar, registar e visualizar imagens de espaço protegido;«Monitorização de alarmes» todos os atos e procedimentos relacionados com a receção de sinais de alarme, bem como a resposta e reposição de alarmes; «Pessoal de segurança privada» as pessoas integradas em grupos profissionais ou profissões que exerçam ou compreendam o exercício das funções de pessoal de vigilância; «Pessoal de vigilância» o trabalhador, devidamente habilitado e autorizado a exercer as funções previstas na presente lei, vinculado por contrato de trabalho a entidades titulares de alvará ou licença;«Planos de segurança» «Porteiro de hotelaria» todo o trabalhador cujas funções consistam em controlar o movimento de entrada e saída de hóspedes, em entregar e restituir chaves de quartos, em orientar a receção de bagagem e correio e assegurar a sua distribuição, em efetuar o registo do serviço de despertar e de objetos perdidos, em receber e transmitir comunicações telefónicas e mensagens e prestar informações, em efetuar ou orientar rondas nos andares e outras dependências, verificando, nomeadamente, o funcionamento de luzes, ar condicionado, aquecimento e águas, e em elaborar estatísticas e relatos sobre reclamações de clientes, transmitindo-as aos serviços competentes; (Não pode contemplar a proteção de pessoas e bens nem a prevenção da prática de crimes previstas no n.o 1 do art.o 3.o, dado que são atividades próprias dos serviços de segurança privada) «Porteiro de prédio urbano destinado a habitação ou a escritórios» todo o trabalhador cujas funções consistam em controlar o movimento de entrada e saída de residentes e visitantes, em prestar informações, em supervisionar ou participar na limpeza, reparação e manutenção do interior de edifícios, em cuidar de caldeiras e outros equipamentos de aquecimento central de edifícios, em fornecer pequenos serviços aos moradores ausentes, nomeadamente receber encomendas e mercadorias, em informar gestores e proprietários de edifícios sobre a necessidade de executar obras de reparação, em zelar pela manutenção de edifícios, verificando, nomeadamente, o funcionamento de luzes, ar condicionado, aquecimento e águas, e em vigiar edifícios, para prevenir e manter a sua segurança contra incêndios, desastres, inundações, cuja atividade seja regulada pelas câmaras municipais, sendo- lhes vedadas as atividades previstas no artigo 18.o; (Não pode contemplar a proteção de pessoas e bens nem a prevenção da prática de crimes previstas no n.o 1 do art.o 3.o, dado que são atividades próprias dos serviços de segurança privada) «Proteção pessoal» a atividade de segurança privada de acompanhamento de pessoas, efetuada por vigilante de proteção e acompanhamento pessoal, para sua defesa e proteção; «Serviço de autoproteção» os serviços internos de segurança privada que qualquer entidade pública ou privada, pessoa singular ou coletiva, devidamente habilitada, organiza em proveito próprio, com recurso aos próprios trabalhadores, no âmbito das atividades de segurança privada previstas na presente lei.

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Serviços de Segurança Privada (Art.o 3.o)A prestação de serviços a terceiros e os serviços de autoproteção compreendem:

A vigilância de bens móveis e imóveis e o controlo de entrada, presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de edifícios ou outros locais, públicos ou privados, de acesso vedado ou condicionado ao público;

A proteção pessoal, sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às forças de segurança (Ver Lei Orgânica da PSP - Lei n.o 53/2007, de 31/08, art.o 3.o, n.o 3, al. c));

A exploração e a gestão de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância, assim como serviços de resposta cuja realização não seja da competência das forças e serviços de segurança;

O transporte, a guarda, o tratamento e a distribuição de fundos e valores e demais objetos que pelo seu valor económico possam requerer proteção especial, sem prejuízo das atividades próprias das instituições financeiras reguladas por norma especial;

O rastreio, inspeção e filtragem de bagagens e cargas e o controlo de passageiros no acesso a zonas restritas de segurança nos portos e aeroportos, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência nos aeroportos, nos portos e no interior de aeronaves e navios, sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às forças e serviços de segurança;

A fiscalização de títulos de transporte, sob a supervisão da entidade pública competente ou da entidade titular de uma concessão de transporte público;

A elaboração de estudos e planos de segurança e de projetos de organização e montagem de serviços de segurança privada previstos na presente lei.

Exercício da atividade de segurança privada (Art.o 4.o)O exercício da atividade de segurança privada carece de título, concedido pelo membro do Governo

responsável pela área da administração interna, (MAI) que pode revestir a natureza de : Alvará Licença Autorização

A atividade de segurança privada pode ser exercida: 1- Por empresas de segurança privada;2- Por entidades consultoras de segurança; 3- Por entidades formadoras; e ... 4- ...por entidades que organizem serviços de autoproteção no âmbito dos seguintes serviços:

a) A vigilância de bens móveis e imóveis e o controlo de entrada, presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de edifícios ou outros locais, públicos ou privados, de acesso vedado ou condicionado ao público;

b) A proteção pessoal, sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às forças de segurança; c) A exploração e a gestão de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância, assim como serviços de resposta cuja realização não seja da competência das forças e serviços de segurança; d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribuição de fundos e valores e demais objetos que pelo seu valor económico possam requerer proteção especial, sem prejuízo das atividades próprias das instituições financeiras reguladas por norma especial;

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Proibições (Art.o 5.o)É proibido, no exercício da atividade de segurança privada:

(C/Ord. M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, a); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500) 1 - A prática de atividades de competências exclusivas das autoridades judiciárias ou policiais; 2 - Restringir o exercício de direitos, liberdades e garantias ou outros direitos fundamentais; 3 - A proteção de bens, serviços ou pessoas envolvidas em atividades ilícitas; 4 - Não podem interferir ou intervir em manifestações e reuniões públicas, nem em conflitos de natureza política, sindical ou laboral. 5 - Instalar e utilizar sistemas de segurança suscetíveis de fazer perigar a vida ou a integridade física das pessoas; 6 - Treinar ou instruir outrem em técnicas e métodos militares ou policiais; 7 - Instalar sistemas de alarme com mensagem automática de voz previamente gravada, para 112 ou para as forças de segurança.

Medidas de segurança obrigatórias (Art.o 7.o)As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços abrangidas pela presente lei

adotam as medidas de segurança obrigatórias previstas no presente artigo, com a finalidade de prevenir a prática de crimes. As medidas de segurança obrigatórias podem incluir:

A criação de um departamento de segurança; A existência de um diretor, habilitado com a formação específica de diretor de segurança; A obrigatoriedade de implementação de um serviço de vigilância dotado do pessoal de segurança

privada; A instalação de dispositivos de videovigilância e sistemas de segurança e proteção; A conexão dos sistemas de segurança a central de alarmes própria ou de entidade autorizada. A obrigatoriedade de recurso a pessoal de vigilância e de adoção de medidas de segurança física. As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços que necessitem de efetuar o

transporte de moeda, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou obras de arte de valor são obrigadas a recorrer a entidades autorizadas (art.o 3.o no 1 al. d) a prestar os serviços de segurança privada quando o valor em causa for superior a € 15 000. (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. a); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

No caso de instituições de crédito ou sociedades financeiras a obrigação acima referida só é aplicável quando o valor em causa seja superior a € 25 000. (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. a); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

As entidades cujas caraterísticas ou serviços prestados possam ser considerados de risco para a segurança e ordem pública (estabelecimentos de restauração e bebidas com espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance, centros comerciais, farmácias, postos de combustível, lojas de venda de metais preciosos, bancos, instituições financeiras, estabelecimentos de venda de obras de arte, ...) podem ser obrigadas a adotar um sistema de segurança específico.

Para estes efeitos é considerado de risco, nomeadamente, o estabelecimento em local em que exista razoável risco da ocorrência de facto qualificado pela lei como crime.

Obrigatoriedade de adoção de sistemas de segurança (Art.o 8.o)(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. b); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

As instituições de crédito e as sociedades financeiras são obrigadas a adotar um sistema e medidas de segurança específicas que incluam:

Um departamento central de segurança- A instalação de um sistema de videovigilância (pode ser dispensada a sua utilização por despacho do MAI – n.o 6)

A instalação de dispositivos de segurança e proteção

11º CFA Competência C1 11

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Uma central de controlo, recetora de sinais de alarme e de videovigilância, própria ou através de empresa de segurança privada habilitada com o Alvará C (autoriza a prestação dos serviços previstos nas als. c) e g) do n.o 1 do art.o 3.o) previsto na alínea c) do n.o 2 do artigo 14.o, desde que assegurado o contacto com as forças de segurança.

As entidades gestoras de conjuntos comerciais com uma área bruta locável = ou > 20 000 m2 e de grandes superfícies de comércio, que disponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada = ou > 30 000 m2, são obrigadas a adotar um sistema de segurança que inclua:

Um diretor de segurança A instalação de dispositivos de segurança e proteção Uma central de controlo própria ou através de empresa de segurança privada habilitada com o

Alvará C (autoriza a prestação dos serviços previstos nas als. c) e g) do n.o 1 do art.o 3.o) previsto na alínea c) do n.o 2 do artigo 14.o

Sem prejuízo do disposto em legislação especial, os estabelecimentos onde se proceda à exibição, compra e venda de metais preciosos e obras de arte, bem como as farmácias e os postos de abastecimento de combustível são obrigados a adotar um sistema e medidas de segurança específicas que incluam:

A instalação de um sistema de videovigilância (pode ser dispensada a sua utilização por despacho do MAI – n.o 6),

A instalação de dispositivos de segurança e proteção.

Espetáculos e divertimentos públicos e locais de diversão (Art.o 9.o)(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. b); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Os estabelecimentos de restauração e de bebidas que disponham de salas ou de espaços destinados a dança ou onde habitualmente se dance são obrigados a dispor de um sistema de segurança no espaço físico onde é exercida a atividade, nos termos e condições fixados em legislação própria. (DL n.o 135/2014, de 8SET)

NOTA: Analisar o DL n.o 135/2014, de 08SET através do texto da Norma de Conduta Operacional no 9/SP/2014, de 26SET

A realização de espetáculos desportivos em recintos desportivos depende, de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e do desporto. (Portaria n.o 261/2013, de 14AGO - estabelece os termos e as condições de utilização de assistentes de recinto desportivo em espetáculos desportivos realizados em recintos desportivos em que seja obrigatório disporem de sistema de segurança, nos termos do respetivo regime legal)

A realização de espetáculos e divertimentos em recintos autorizados depende portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da cultura. (Portaria n.o 102/2014, de 15MAI - A presente portaria estabelece o sistema de segurança obrigatório aplicável aos espetáculos e divertimentos em recintos autorizados, nos termos previstos no n.o 3 do artigo 9.o da Lei n.o 34/2013, de 16 de maio, de forma a promover a realização dos mesmos em segurança) O regime acima previsto não se aplica:

aos recintos de diversão e aos destinados a espetáculos de natureza não artística Aos espetáculos de representação artística de canto, dança, música realizados em recintos dotados

de lugares permanentes e reservados aos espetadores, nem a espetáculos de representação artística de teatro, literatura, cinema, tauromaquia e circo

Instalação de dispositivos de alarme com sirene (Art.o 11.o)

11º CFA Competência C1 12

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A instalação de dispositivos de alarme em imóvel que possua sirene exterior ou equipamento de comunicação suscetível de desencadear uma chamada para o número nacional de emergência ou das forças de segurança (CPA – Central Pública de Alarmes – DL n.o 297/99, de 04AGO e NCO – Norma de Conduta Operacional N.o 7/SP/2014, de 07JUL) está sujeita a comunicação e registo na autoridade policial da área, no prazo de cinco dias úteis posteriores à sua montagem. (C/Ord.Leve – art.o 59.o, n.o 3, al. b); PS: €150/€750; PC: €1500/€7500)

Esta comunicação é efetuada pelo proprietário ou utilizador do alarme e contém o nome, a morada e o contacto das pessoas ou serviços que, permanentemente ou por escala, podem em qualquer momento desligar o aparelho que haja sido acionado. (C/Ord.Leve–art.o59.o,n.o3,al.b);PS:€150/€750;PC:€1500/€7500)

O proprietário ou utilizador do alarme assegura que o próprio ou as pessoas ou serviços referidos, no prazo de três horas, contadas a partir da comunicação da autoridade policial competente, comparece no local e procede à reposição do alarme. (contraordenação grave. (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. c); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500) (Art.os 106.o a 110.o da Port.a n.o 273/2013, de 20AGO)

Portaria nº 273/2013

Instalação de dispositivos de alarme e de segurança Comunicação, registo e condições de funcionamento Comunicação e registo (Art.o 106.o)

A comunicação prevista no n.o 1 do artigo 11.o da Lei n.o 34/2013, de 16 de maio, é efetuada pelo proprietário ou utilizador do alarme, mediante impresso de modelo próprio, disponibilizado gratuitamente nas páginas oficiais das forças de segurança.

A comunicação prevista no número anterior poderá ser submetida por via eletrónica, desde que garantida a autenticação dos utilizadores através de certificados digitais, designadamente através do cartão do cidadão

A comunicação deve conter obrigatoriamente os dados de identificação, morada e contatos telefónicos das pessoas ou serviços que, permanentemente ou por escala, podem em qualquer momento desligar o aparelho quando em alarme.

Instalação de dispositivos de alarme e de segurança Comunicação, registo e condições de funcionamento Verificação de alarmes (Art.o 108.o)

Sempre que se verifique um alarme e a partir do momento em que a força de segurança competente tiver solicitado a sua presença, o proprietário ou utilizador do mesmo ou as pessoas ou serviços que permanentemente ou por escala, podem em qualquer momento desligar o aparelho que haja sido acionado, no prazo de três horas, contadas a partir da comunicação da autoridade policial competente, comparece no local e procede à reposição do alarme. (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. c); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Sendo constatado que o alarme é falso, o proprietário ou utilizador do alarme, deve providenciar de imediato para que o sistema seja objeto de intervenção técnica, devendo remeter o relatório dessa intervenção à força de segurança territorialmente competente, no prazo de dez dias úteis contados desde a data da ocorrência

Instalação de dispositivos de alarme e de segurança Comunicação, registo e condições de funcionamento Não comparência (Art.o 110.o)

Sempre que se verifique a não comparência no prazo de três horas e no sentido de preservar o prejuízo de terceiros, a força de segurança regista a ocorrência em auto de notícia e procede às diligências necessárias para desligar a sirene exterior.

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. c); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

11º CFA Competência C1 13

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Lei nº 34/2013Empresas de segurança privada (Art.o 12.o)

Não são consideradas empresas de segurança privada as pessoas, singulares ou coletivas, cujo objeto seja a prestação de serviços a terceiros de conceção, de venda, de instalação, de manutenção ou de assistência técnica de material e equipamento de segurança ou de centrais de alarme, no entanto são obrigadas a registo prévio na Direção Nacional da PSP.

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. p); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Organização de serviços de autoproteção (Art.o 13.o)Os serviços de autoproteção (a organização, por quaisquer entidades e em proveito próprio, de

serviços de autoproteção, com vista à proteção de pessoas e bens, bem como à prevenção da prática de crimes) são organizados com recurso exclusivo a trabalhadores vinculados por contrato de trabalho com a entidade titular da respetiva licença. (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. g); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Os serviços de autoproteção podem ser complementados com recurso à prestação de serviços de entidades titulares de alvará adequado para o efeito.

11º CFA Competência C1 14

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O alvará C permite ainda: O exercício das atividades de comércio, instalação, manutenção e assistência técnica de sistemas de

segurança eletrónica de pessoas e bens, designadamente deteção de intrusão e roubo, controlo de acessos, bem como de equipamentos de extinção de incêndios, visando a integração de sistemas, sem prejuizo dos requisitos previstos em legislação especial, videovigilância, centrais de receção de alarme e ou outros sistemas

Autorizações de entidades formadoras e consultoras de segurança (Art.o 16.o)A atividade de formação profissional do pessoal de segurança privada só pode ser exercida por

entidades formadoras mediante autorização do membro do governo responsável pela área da administração interna, após verificação ...

11º CFA Competência C1 15

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A atividade de entidade consultora de segurança privada, para a elaboração de estudos e planos de segurança e projetos de organização e montagem de serviços de segurança privada previstos na presente lei só pode ser exercida mediante autorização do membro do governo responsável pela área da administração interna e registo prévio, após verificação ...

O exercício da atividade de segurança privada sem o necessário alvará, licença ou autorização, constitui ilícito criminal previsto e punido pelo art.o 57.o, n.o 1 - Exercício ilícito da atividade de segurança

privada, deste diploma legal. (punido com pena de prisão de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias)

Pessoal de vigilância (Art.o 17.o)A profissão de segurança privado é uma profissão regulamentada, sujeita à obtenção de título

profissional (cartão de segurança privada) e ao cumprimento dos demais requisitos previstos no artigo 22.o (Ser cidadão português, ... ; Possuir escolaridade obrigatória e plena capacidade civil....)

Pessoal de vigilância (Art.o 17.o)A profissão de segurança privado compreende as seguintes especialidades: 1 - Vigilante; (V)2 - Segurança-porteiro; (SP)3 - Vigilante de proteção e acompanhamento pessoal; (VPAP) 4 - Assistente de recinto desportivo; (ARD)5 - Assistente de recinto de espetáculos; (ARE)6 - Assistente de portos e aeroportos; (APA)7 - Vigilante de transporte de valores; (VTV)8 - Fiscal de exploração de transportes públicos; (FETP)9 - Operador de central de alarmes. (OCA)

Funções da profissão de segurança privado (Art.o 18.o)O Segurança privado exerce exclusivamente as seguintes funções:

Vigilante Vigiar e proteger pessoas e bens em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, bem

como prevenir a prática de crimes; Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas e bens em locais de acesso vedado ou

condicionado ao público; Prevenir a pratica de crimes em relação ao objeto de proteção; Executar serviços de resposta e intervenção relativamente a alarmes que se produzam em centrais

de receção e monitorização de alarmes; Realizar revistas pessoais de prevenção e segurança quando autorizadas expressamente por

despacho do MAI, em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, sujeitos a medidas de segurança reforçadas

Está ainda habilitado a exercer as funções correspondentes à especialidade de operador de central de alarmes (n.o 11)

Segurança-Porteiro Vigiar e proteger pessoas e bens em estabelecimentos de restauração e bebidas com espaço de

dança ou onde habitualmente se dance, obrigados a adotar sistemas de segurança nos termos do DL135/2014, 08SET

11º CFA Competência C1 16

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Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas dos estabelecimentos acima referidos, com recurso aos meios previstos em legislação especial (P273/13, 20AGO, art.os 55.o e segs.), visando detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência

Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da sua proteção Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos espaços em situações de emergência Está ainda habilitado a exercer as funções correspondentes às especialidade de vigilante e de

operador de central de alarmes (n.o 11)

Vigilante de proteção e acompanhamento pessoal Exerce exclusivamente as funções de proteção pessoal

Assistente de recinto desportivo Vigiar o recinto desportivo e anéis de segurança, cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de

utilização do recinto Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas

ou suscetíveis de possibilitar atos de violência Controlar os títulos de ingresso e o bom funcionamento dos equipamentos destinados a esse fim Vigiar e acompanhar os espectadores nos diferente setores do recinto e prestar informações

referentes à organização, infraestruturas e saídas de emergência, ... Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de incidentes, procedendo à sua imediata

comunicação às forças de segurança Orientar os espectadores em todas as situações de emergência, especialmente as que impliquem a

evacuação do recinto Acompanhar, para colaboração na segurança do jogo, grupos de adeptos que se desloquem a outro

recinto desportivo Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente a cada espetáculo, em conformidade com as

normas e regulamentos de segurança Impedir que os espectadores circulem, dentro do recinto, de um setor para outro Evitar que, durante a realização do jogo, os espectadores se desloquem dos seus lugares de modo

que, nomeadamente, impeçam ou obstruam as vias de acesso e de emergência.

Assistente de recinto de espetáculos Vigiar o recinto desportivo e anéis de segurança, cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de

utilização do recinto Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas

ou suscetíveis de possibilitar atos de violência Controlar os títulos de ingresso e o bom funcionamento dos equipamentos destinados a esse fim Vigiar e acompanhar os espectadores durante os espetáculos, bem como prestar informações

referentes à organização, infraestruturas e saídas de emergência Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de incidentes, procedendo à sua imediata

comunicação às forças de segurança Orientar os espectadores em todas as situações de emergência, especialmente as que impliquem a

evacuação do recinto Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente a cada espetáculo, em conformidade com as

normas e regulamentos de segurança

Assistente de portos e aeroportos Controlo de acessos de pessoas, veículos, aeronaves e embarcações marítimas Rastreio de:

11º CFA Competência C1 17

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o Passageiros, tripulantes e pessoal de terra o Objetos transportados e veículoso Bagagem de cabine e de porãoo Carga, correio e encomendas expressoo Correio postal o Correio postal e material, provisões e outros fornecimentos de restauração, produtos e

outros fornecimentos de limpeza das transportadoras aéreas e marítimas

Vigilante de transportes de valores Manuseamento, transporte e segurança de notas, moedas, títulos e outros valores e conduz

veículos de transporte de valores

Fiscal de exploração de transportes Verificação da posse e validade dos títulos de transporte, por conta da entidade pública ou da

entidade exploradora de uma concessão de transportes públicos

Operador de central de alarmes Operação de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância,

efetuando o tratamento de alarmes, nomeadamente solicitando a intervenção das entidades adequadas em função do tipo de alarme

O exercício da atividade de segurança privada sem ser titular de cartão profissional , constitui ilícito criminal previsto e punido pelo art.o 57.o, n.o 2 - Exercício ilícito da atividade de segurança privada,

deste diploma legal. (punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias)

O exercício da atividade de segurança privada, de especialidade diferente da prevista no respetivo cartão profissional, constitui ilícito criminal previsto e punido pelo art.o 57.o, n.o 3 - Exercício ilícito da

atividade de segurança privada, deste diploma legal. (punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias)

Na mesma pena (prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias) incorre quem utilizar os serviços, sabendo que a prestação de serviços de segurança se realiza sem o necessário alvará, licença ou

autorização, ou que as funções de segurança privada não são exercidas por titular de cartão profissional ou da especialidade (art.o 57.o, n.o 4 - Exercício ilícito da atividade de segurança

privada)

Revistas pessoais de prevenção e segurança (Art.o 19.o, n.o 1)(Não carecem de autorização prévia)

Os assistentes de recinto desportivo (ARD), no controlo de acesso aos recintos desportivos, bem como os assistentes de portos e aeroportos (APA), no controlo de acesso a zonas restritas de segurança de instalações portuárias e aeroportuárias, podem efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança com o estrito objetivo de impedir a entrada de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência, devendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade, previamente autorizados (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. e); PS: €600/€3000; PC: €15.000/€44500)

(Carecem de autorização prévia)

11º CFA Competência C1 18

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Por um período delimitado no tempo, e mediante despacho do membro do

Governo responsável pela área da administração interna, podem ser autorizadas revistas pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, que justifiquem proteção reforçada.

Estas revistas devem ser efetuadas por pessoal de vigilância devidamente qualificado utilizar meios técnicos adequados, designadamente raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade, previamente autorizados, bem como equipamentos de inspeção não intrusiva de bagagem, com o estrito objetivo de detetar e impedir a entrada de pessoas ou objetos proibidos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos que ponham em causa a segurança de pessoas e bens.

A entidade autorizada a realizar revistas pessoais de prevenção e segurança nestes termos promove a afixação da autorização concedida, em local visível, junto dos locais de controlo de acesso.

A utilização de meios materiais ou técnicos suscetíveis de causar danos à vida ou à integridade física, bem como a utilização de meios técnicos de segurança não autorizados constitui C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. l); PS: €600/€3000; PC: €15.000/€44500)

Contrato de trabalho (Art.o 21.o)Os contratos de trabalho do pessoal de segurança privada e do diretor de segurança revestem a

forma escrita, devendo incluir a especificidade de cada função (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. g); PS: €600/€3000; PC: €15.000/€44500)

Cartão profissional (Art.o 27.o)Para o exercício das funções, de diretor de segurança e de segurança privado é necessário um cartão profissional emitido pela DN/PSP e válido por 5 anos e suscetível de renovação por iguais períodos de tempo

O pessoal de vigilância procede à entrega do cartão profissional na respetiva entidade patronal, mediante recibo comprovativo, no prazo de 10 dias úteis após a cessação do vínculo laboral, ainda que se encontre pendente de decisão judicial

Sem prejuízo do disposto no número anterior, a entidade patronal deve, no prazo de cinco dias úteis, comunicar à DN/PSP a cessação do vínculo laboral de qualquer trabalhador ao seu serviço

A não entrega do cartão profissional na respetiva entidade patronal, no prazo dos 10 dias úteis após a cessação do vínculo laboral, constitui fundamento para o cancelamento do mesmo

No prazo de cinco dias úteis após a receção do cartão profissional, a entidade patronal faz a sua entrega na DN/PSP

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. e); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Uniformes, distintivos, símbolos e marcas (Art.o 28.o)Os modelos de uniforme, distintivos, símbolos e marcas a utilizar pelas entidades ou pessoal de

vigilância no exercício das atividades previstas nas alíneas a), c) e d) a f) do n.o 1 do artigo 3.o, bem como as respetivas alterações, são aprovados por despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna

(C/Ord. M.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. p); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44000) Os modelos de uniformes aprovados para as entidades titulares de alvará ou licença são de uso

exclusivo do pessoal de vigilância (C/Ord. M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. p); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44000)

O uso de uniforme: Por quem não seja pessoal de vigilância

11º CFA Competência C1 19

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(C/Ord. M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. p); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44000) Que não corresponda à entidade patronal da qual seja trabalhador

(C/Ord. M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. p); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44000)

Elementos de uso obrigatório (Art.o 29.o)O pessoal de vigilância, quando no exercício das funções previstas nas alíneas a), c) e d) a f) do n.o 1 do

artigo 3.o, deve obrigatoriamente usar: Uniforme(C/Ord. Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. d); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500) Cartão profissional aposto visivelmente(C/Ord. Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. f); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

O uso de uniforme não é obrigatório para o pessoal de vigilância a exercer a especialidade de operador de central de alarmes (OCA).

O pessoal de vigilância, quando exerça funções de assistente de recinto desportivo (ARD) e assistente de recinto de espetáculos (ARE), deve obrigatoriamente usar sobreveste de identificação onde conste de forma perfeitamente visível a palavra «Assistente», com as caraterísticas fixadas no art.o 36.o da Port.a 273/13, 20AGO (C/Ord. Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. f); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Central de contacto permanente (Art.o 30.o)As entidades titulares de alvará asseguram a presença permanente nas suas instalações de pessoal

(de segurança privada) que garanta o contacto, a todo o tempo, através de rádio ou outro meio de comunicação idóneo, com o pessoal de vigilância, os utilizadores dos serviços e as forças de segurança (C/Ord. Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. g); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

O contacto permanente é obrigatoriamente assegurado por pessoal da segurança privada (C/Ord. Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. o); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Sistemas de videovigilância (Art.o 31.o)As entidades titulares de alvará ou de licença para o exercício dos serviços previstos nas alíneas a),

c) e d) do n.o 1 do artigo 3.o podem utilizar sistemas de vigilância por câmaras de vídeo para captação e gravação de imagem com o objetivo de proteger pessoas e bens, desde que sejam ressalvados os direitos e interesses constitucionalmente protegidos, sendo obrigatório o seu registo na Direção Nacional da PSP, nos termos definidos nos art.os 51.o e segs. da Port.a 273/13, 20AGO (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. i); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

As gravações de imagem obtidas pelos sistemas videovigilância são conservadas, em registo codificado, pelo prazo de 30 dias contados desde a respetiva captação, findo o qual são destruídas (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. i); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Todas as pessoas que tenham acesso às gravações realizadas nos termos da presente lei, em razão das suas funções, devem sobre as mesmas guardar sigilo, sob pena de procedimento criminal(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. j); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Nos locais objeto de vigilância com recurso a câmaras de vídeo é obrigatória a afixação, em local bem visível, de informação sobre as seguintes matérias:

11º CFA Competência C1 20

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A existência e localização das câmaras de vídeo A menção «Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância» A entidade de segurança privada autorizada a operar o sistema, pela menção do nome e alvará ou

licença O responsável pelo tratamento dos dados recolhidos perante quem os direitos de acesso e

retificação podem ser exercidos. (C/Ord.Leve – art.o 59.o, n.o 3, al. c); PS: €150/€750; PC: €1500/€7500)

Os avisos da existência e localização das câmaras de vídeo são acompanhados de simbologia

adequada, conforme Port.a n.o 273/13, 20AGO, alt. Pela Port.a 106/15, 13ABR (C/Ord.Leve – art.o 59.o, n.o 3, al. c); PS: €150/€750; PC: €1500/€7500)

Porte de arma (Art.o 32.o)O pessoal de vigilância está sujeito ao regime geral de uso e porte de arma, podendo neste caso

recorrer, designadamente, às armas da classe E (als. a) Os aerossóis de defesa com gás cujo princípio activo seja a capsaicina ou oleoresina de capsicum (gás pimenta) e b) As armas eléctricas até 200000 v, com mecanismo de segurança, n.o 7, art.o 3.o Lei n.o 5/06, de 23FEV), ou de potencialidade letal inferior, de acordo com entendimento do DSP/PSP

(C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. f); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Em serviço, o porte de arma só é permitido se autorizado por escrito pela entidade patronal, podendo a autorização ser revogada a todo o tempo

(C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. f); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

A autorização anteriormente referida é anual e expressamente renovável, emitida em nome individual e contém o tipo de arma e suas especificações técnicas

(C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. f); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

A referida autorização é comunicada no mais curto prazo, que não pode exceder 24 horas, à DN/PSP (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. f); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

As demais condições de porte de arma, entre as quais a obrigatoriedade de, quando em serviço, ser portador de cópia da autorização da entidade patronal, são definidas na Port.a n.o 273/13, de 20AGO, alt. pela Port.a n.o 106/15, de 13ABR

(C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. f); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Canídeos (Art.o 33.o)As entidades titulares de alvará ou de licença só podem utilizar canídeos para o acompanhamento

de pessoal de vigilância devidamente habilitado pela entidade competente (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. k); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

A utilização de canídeos está sujeita ao respetivo regime geral de identificação, registo e licenciamento (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. k); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500, além das infrações relativas ao referido regime geral)

Em serviço, a utilização de canídeos só é permitida desde que autorizada por escrito pela entidade patronal, podendo a autorização ser revogada a todo o tempo

11º CFA Competência C1 21

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(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. k); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

As condições de utilização de canídeos e as provas de avaliação dos mesmos são definidas na Port.a n.o 273/13, de 20AGO, alt. pela Port.a n.o 106/15, de 13ABR

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. k); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Outros meios técnicos de segurança (Art.o 34.o)As entidades titulares de alvará ou de licença asseguram a distribuição e uso pelo seu pessoal de

vigilância de coletes de proteção balística, com as caraterísticas definidas na Port.a n.o 273/13, de 20AGO, alt. pela Port.a n.o 106/15, de 13ABR, sempre que o risco das atividades a desenvolver o justifique (C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. l); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Não é permitido o uso de algemas, bastões, cassetetes, lanternas de comprimento superior a 0,30 m e de equídeos na prestação de serviços de segurança privada

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. l); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Dever de colaboração (Art.o 35.o)As entidades titulares de alvará ou de licença, bem como o respetivo pessoal, devem prestar às

autoridades públicas toda a colaboração que lhes for solicitada (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. i); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Em caso de intervenção das forças ou serviços de segurança em locais onde também atuem entidades de segurança privada, estas devem colocar os seus meios humanos e materiais à disposição e sob a direção do comando daqueles (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. i); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

Dever de identificação (Art.o 36.o)O pessoal de vigilância considera-se identificado sempre que devidamente uniformizado e com o

cartão profissional aposto visivelmente (art.o 29.o) O pessoal de vigilância no exercício das suas funções deve exibir prontamente o cartão profissional,

sempre que tal lhe seja solicitado, no sentido de atestar a sua condição profissional (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. k); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500)

(Alguns) Deveres especiais (Art.o 37.o)Constituem, entre outros, deveres especiais das entidades titulares de alvará ou de licença: Comunicar de imediato à autoridade judiciária ou policial competente a prática de qualquer

crime de que tenham conhecimento no exercício das suas atividades (C/Ord.M.Grave – art.o 59.o, n.o 1, al. k); PS: €600/€3000; PC: €15000/€44500) Comunicar à DN/PSP, nas 24 horas anteriores ao início da atividade, as admissões do pessoal de

vigilância e do diretor de segurança e, nos cinco dias úteis subsequentes à cessação da atividade, as cessações contratuais

(C/Ord.Grave – art.o 59.o, n.o 2, al. i); PS: €300/€1500; PC: €7500/€37500)

Fiscalização (Art.o 55.o)A fiscalização das atividades reguladas pela presente lei é assegurada pela DN/PSP, sem prejuízo

das competências das demais forças e serviços de segurança e da Inspeção -Geral da Administração Interna

CRIMESExercício ilícito da atividade de segurança privada (Artigo 57.o)

11º CFA Competência C1 22

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Quem prestar serviços de segurança privada sem o necessário alvará, licença ou autorização é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

Quem exercer funções de segurança privada não sendo titular de cartão profissional é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

Quem exercer funções de segurança privada de especialidade prevista na presente lei e para a qual não se encontra habilitado é punido com pena de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

Na mesma pena incorre quem utilizar os serviços da pessoa referida nos números anteriores, sabendo que a prestação de serviços de segurança se realiza sem o necessário alvará, licença ou autorização, ou que as funções de segurança privada não são exercidas por titular de cartão profissional ou da especialidade.

As pessoas coletivas e entidades equiparadas são responsáveis, nos termos gerais, pelos crimes previstos no artigo anterior.

PONTO DE CONTACTO NO DSPO DSP mantém ativo o ponto de contacto para apoio à atividade operacional, todos os dias, 24

horas por dia, através do número de telefone: 213 703 946 com o objetivo de disponibilizar em tempo, toda a informação, no âmbito do exercício da atividade de segurança privada, que por outro meio não possa ser obtida, bem como prestar todos os esclarecimentos, clarificação de dúvidas e transmitir entendimentos que neste âmbito possam surgir.

Tema 4: Abertura de Portas

Introdução A maioria das solicitações de comparência de bombeiros e forças policiais para procederem à abertura de portas, devem-se ao esquecimento de chaves no interior de residências. No entanto, por vezes surgem solicitações ilícitas que podem fazer com que os agentes que vão ao local incorram em responsabilidade criminal, civil ou disciplinar.

11º CFA Competência C1 23

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Situações Ilícitas Mais Comuns: - Litígios referentes a divórcios - Litígios referentes a arrendamentos

Papel Da Polícia - Bombeiros Os bombeiros, quando chamados a uma abertura de porta, devem comunicar à PSP para que os seus agentes se dirijam ao local para confirmação da veracidade da situação, nomeadamente para confirmar se o “suposto” residente ali reside ou não, ou se é um impostor que apenas quer entrar na residência com outra intenção. Em alguns casos a primeira entidade a ser contatada poderá ser a polícia que deverá providenciar o contacto com os bombeiros e dirigir-se ao local.

Procedimento Por Parte Do Elemento Policial Chegado ao local, o agente deve obedecer a um conjunto de procedimentos para que a situação seja resolvida sem qualquer tipo de problema. Confirmar a identificação da pessoa que solicitou a abertura de porta, através de documento legal de identificação - Confirmar se essa pessoa é realmente residente naquele lugar; (Esta confirmação pode ser obtida junto de vizinhos devendo solicitar a identificação dos mesmos). - Quando não existam vizinhos deve tentar confirmar a residência através de qualquer documento que o suposto residente possua (carta de condução, recibos da luz, água, contrato de arrendamento, etc.). - Se não houver qualquer forma de identificar e obter confirmação, não deve ser autorizada a abertura de porta da residência.

Abertura Da Porta Sem A Presença Da Psp- Por vezes, quando a PSP chega ao local, os bombeiros já procederam à abertura de porta devido a haver urgência em tal ato (panelas ao lume, crianças no interior, aquecedores acesos, etc.); - Os procedimentos referidos no ponto anterior devem ser tomados na mesma. Se verificarmos que houve engano “astucioso” por parte do “suposto” residente, o mesmo poderá incorrer em responsabilidade.

Expediente A Elaborar (Em Situações Normais) Participação onde devem constar: - Hora e local, onde ocorreu a abertura - Identificação do residente - Identificação das testemunhas que confirmam a residência - Documentos que serviram para confirmação da morada - Meios materiais e humanos que os bombeiros utilizaram - Motivo que levou à abertura de porta - Identificação sumária dos bombeiros que intervieram na abertura de porta - Menção se houve ou não danos materiais e em caso afirmativo, quais.

Expediente A Elaborar (EM SITUAÇÕES FRAUDULENTAS E CONSOANTE OS CASOS) - Auto de Notícia ou - Auto de Notícia por Detenção

Situações De Urgência Existem situações que pelo seu grau de perigosidade e de risco para os moradores de uma residência implicam que haja uma ação mais célere por parte dos bombeiros quando estes chegam ao local. Assim

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as aberturas de porta devem ser ordenadas mesmo que os residentes não se encontrem presentes quando na presença de incêndios, quando haja necessidade de prestar socorro a pessoas, quando da suspeita de fugas de gás, em caso de inundações. Nestas situações o expediente a elaborar deve ser bastante descritivo mencionando de forma esclarecedora os fundamentos que levaram a este tipo de intervenção ou decisão.

Tema 5: Ambiente RuídoDecreto-Lei n.º 9/2007, de 16 de janeiro

Aprovou e publicou em anexo o REGULAMENTO GERAL DO RUÍDO (RGR)

A importância do ruído na saúde e bem-estar - A Prevenção Do Ruído E O Controlo Da Poluição Sonora Visando A Salvaguarda Da Saúde Humana E O Bem-Estar Das Populações Constitui Tarefa Fundamental Do Estado (Art.º 9.º Da CRP) Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvimento e a participação dos cidadãos … prevenir e controlar a poluição (sonora, neste caso) e os seus efeitos (art.º 66.º, n.º 2, al. a) da CRP).

Objeto Do Rgr - O RGR estabelece o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações.

Âmbito De Aplicação Do Rgr → aplica-se às atividades ruidosas permanentes e temporárias e outras fontes suscetíveis de causar incómodo, designadamente: -Construções, reconstruções, ampliações, alteração ou conservação de edifícios -Obras de construção civil -Laboração de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços -Equipamentos para utilização no exterior -Infraestruturas de transporte, veículos e tráfego -Espetáculos, diversões, manifestações desportivas, feiras e mercados -Sistemas sonoros de alarme -Ruído de vizinhança

O RGR não se aplica à sinalização sonora de dispositivos de segurança relativos a infraestruturas de transporte ferroviário, designadamente de passagens de nível O disposto no RGR não prejudica o constante em legislação especial, nomeadamente: - Ruído nos locais de trabalho - Certificação acústica de aeronaves - Emissões sonoras de veículos rodoviários a motor (art.º 80.º do CE) - Equipamentos para utilização no exterior- Sistemas sonoros de alarme (art.º 11.º da Lei n.º 34/2013, de 16MAI – LSP)

Algumas Definições Mais Importantes

Atividade ruidosa permanente – atividade desenvolvida com caráter permanente, ainda que sazonal, que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde se fazem sentir os efeitos dessa fonte de ruído, designadamente laboração de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviço.

Atividade ruidosa temporária – atividade que, não constituindo um ato isolado, tenha caráter não permanente e que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde 11º CFA Competência C1 25

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se fazem sentir os efeitos dessa fonte de ruído, tais como obras de construção civil, competições desportivas, espetáculos, festas ou divertimentos, feiras e mercados.

Fonte de ruído – a ação, atividade permanente ou temporária, equipamento, estrutura ou infraestrutura que produza ruído nocivo ou incomodativo para quem habite ou permaneça em locais onde se faz sentir o seu efeito. Período de referência – o intervalo de tempo a que se refere um indicador de ruído, de modo a abranger as atividades humanas típicas, delimitado nos seguintes termos: . Período diurno – das 7 às 20 horas. Período do entardecer – das 20 às 23 horas . Período noturno – das 23 às 7 horas Receptor sensível – o edifício habitacional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer com utilização humana.Ruído de vizinhança – ruído associado ao uso habitacional e às atividades que lhe são inerentes, produzido diretamente por alguém ou por intermédio de outrem, por coisa à sua guarda ou animal colocado sob a sua responsabilidade, que, pela sua duração, repetição ou intensidade, seja suscetível de afetar a saúde pública ou a tranquilidade da vizinhançaRuído ambiente – o ruído global observado numa dada circunstância num determinado instante, devido ao conjunto das fontes sonoras que fazem parte da vizinhança próxima ou longínqua do local considerado.

Fiscalização - À Inspeção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território - À entidade responsável pelo licenciamento ou autorização da atividade - Às comissões de coordenação e desenvolvimento regional - Às câmaras municipais e polícia municipal, no âmbito das respetivas atribuições e competências - Às autoridades policiais e polícia municipal relativamente às atividades ruidosas temporárias, no âmbito das respetivas atribuições e competências - Às autoridades policiais relativamente a veículos rodoviários a motor, sistemas sonoros de alarme e ruído de vizinhança.

Proibições Atividades ruidosas temporárias - art.º 14º RGR É proibido o exercício de atividades ruidosas temporárias na proximidade de: - Edifícios de habitação, aos sábados, domingos e feriados e nos dias úteis entre as 20 e as 8 horas - Escolas, durante o respetivo horário de funcionamento - Hospitais ou estabelecimentos similares

Exceto se tiver sido emitida pelo respetivo município, uma Licença Especial de Ruído (LER) – art.º 15º A falta da LER constitui c/ord. leve – art.º 28º

Não carecem de Licença Especial de Ruído: - O exercício de uma atividade ruidosa temporária promovida pelo município, desde que respeitem os valores fixados na lei - As atividades de conservação e manutenção ferroviária, salvo se as referidas operações forem executadas durante mais de 10 dias na proximidade do mesmo receptor.

Obras no interior de edifícios: art.º 16º RGR - As obras de recuperação, remodelação ou conservação realizadas no interior de edifícios destinados a habitação, comércio ou serviços que constituam fonte de ruído apenas podem ser realizadas nos dias úteis, entre as 8 e as 20 horas e não estão sujeitas à emissão de LER. (c/ord leve – art.º 28º)

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- O responsável pela execução das obras afixa em local acessível aos utilizadores do edifício a duração prevista das obras e, quando possível, o período horário no qual se prevê que ocorra a maior intensidade de ruído. (c/ord leve – art.º 28º).

Veículos rodoviários a motor: art.º 22º RGR - É proibida, nos termos do CE e RCE, a circulação de veículos com motor cujo valor do nível sonoro do ruído global de funcionamento exceda os valores considerados no livrete (Certificado de matrícula – DUA – Documento Único Automóvel), considerado o limite de tolerância de 5 dB(A).

Proibições - Exceções Atividades ruidosas temporárias Trabalhos ou obras urgentes: art.º 17º RGR - Não estão sujeitos às limitações previstas nos art.ºs 14º a 16º do RGR os trabalhos ou obras em espaços públicos ou no interior de edifícios que devam se executados com caráter de urgência para evitar ou reduzir o perigo de produção de danos para pessoas ou bens.

Procedimentos Suspensão da atividade ruidosa: art.º 18º RGR - As atividades ruidosas temporárias e obras no interior de edifícios realizadas em violação do disposto nos artigos 14º a 16º do RGR são suspensas por ordem das autoridades policiais, oficiosamente ou a pedido do interessado, devendo ser lavrado auto (de notícia) da ocorrência a remeter ao presidente da câmara municipal (autoridade administrativa) para instauração do respetivo procedimento de contraordenarão

(O não cumprimento da ordem de suspensão constitui c/ord leve – art.º 28º)

→ Sistemas sonoros de alarme instalados em veículos (alarmes móveis): art.º 23º RGR - É proibida a utilização em veículos de sistemas sonoros de alarme que não possuam mecanismos de controlo que assegurem que a duração do alarme não exceda 20 minutos -As autoridades policiais podem proceder à remoção de veículos que se encontram estacionados ou imobilizados com funcionamento sucessivo ou ininterrupto de sistema sonoro de alarme por período superior a 20 minutos

(C/ord. Leve – art.º 28º, nº 1, al. g) do RGR, conj. com o art.º 22º, nº 2 da Lei nº 50/06, de 29AGO, alt. pelas Leis nºs 89/09, de 31AGO e 114/15, de 28AGO ) NOTA: Os alarmes fixos em imóveis com sirene exterior estão regulados na Lei nº 34/13, de 16MAI – LSP – Lei de Segurança Privada

Ruído de vizinhança: art.º 24º RGR - As autoridades policiais podem ordenar ao produtor de ruído de vizinhança, produzido entre as 23 e as 7 horas, a adoção das medidas adequadas para fazer cessar imediatamente a incomodidade.

-As autoridades policiais podem fixar ao produtor de ruído de vizinhança produzido entre as 7 e as 23 horas um prazo para fazer cessar a incomodidade.

(C/ord. Leve – art.º 28º, nº 1, al. g) do RGR)

Competências

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Medidas cautelares: art.º 27º RGR As autoridades fiscalizadoras podem ordenar a adoção das medidas imprescindíveis para evitar a

produção de danos graves para a saúde pública humana e para o bem-estar das populações em resultado de atividades que violem o disposto no RGR, as quais podem consistir na suspensão da atividade, no encerramento preventivo do estabelecimento ou na apreensão de equipamentos por determinado período de tempo

As medidas cautelares presumem-se decisões urgentes, devendo a entidade competente, sempre que possível, proceder à audiência do interessado concedendo-lhe prazo não inferior a 3 dias para se pronunciar.

Apreensões cautelares e sanções acessórias: art.º 29º RGR A entidade competente para aplicação da coima pode proceder a apreensões cautelares e aplicar as

sanções acessórias que se mostrem adequadas, nos termos da Lei nº 50/06, de 29AGO, alt. pelas Leis nºs 89/09, de 31AGO e 114/15, 28AGO (Estabelece o regime aplicável às contra ordenações ambientais).

Processamento e aplicação das coimas: art.º 30º RGR O processamento das contra ordenações e a aplicação das respetivas coimas e sanções acessórias é

da competência da entidade autuante, sem prejuízo das disposições seguintes. Compete à câmara municipal o processamento das contra ordenações e a aplicação das coimas e

das sanções acessórias em matéria de atividades ruidosas temporárias e de ruído da vizinhança. Relativamente a veículos rodoviários a motor e sistemas sonoros de alarme instalados em veículos,

o processamento das contra ordenações e a aplicação das coimas e sanções acessórias é da responsabilidade das entidades competentes para as restantes infrações rodoviárias. OUTROS REGIMES (art.º 31º RGR) Não se enquadram no âmbito do RGR: -O ruído produzido por equipamentos para utilização no exterior (Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior) - O ruído produzido por sistemas sonoros de alarme instalados em imóveis com sirene exterior (art.º 11.º, Lei nº 34/13, de 16MAI – LSP – Lei de Segurança Privada) - Os espetáculos de natureza desportiva e os divertimentos públicos nas vias, jardins e demais lugares públicos ao ar livre (DL nº 310/02, de 18DEZ, alt. pelo DL nº 204/12, de 29AGO).

MEDIÇÕES ACÚSTICAS Entidades acreditadas: art.º 34º RGR -Os ensaios e medições acústicas necessárias à verificação do cumprimento do disposto no RGR são realizados por entidades acreditadas.

Sanções - Resumo Constitui contra ordenação ambiental LEVE: art.º 28º, nº 1 do RGR - O exercício da atividades ruidosas temporárias sem LER, em violação do nº 1, art.º 15º - O exercício da atividades ruidosas temporárias em violação das condições da LER previstas no art.º 15º -A violação dos limites estabelecidos no nº 5 do art.º 15º, quando a LER é emitida por período superior a 1 mês -A realização de obras no interior de edifícios em violação das condições estabelecidas no nº 1 do art.º 16º -O não cumprimento da obrigação de afixação das informações nos termos do nº 2 do art.º 16º - O não cumprimento da ordem de suspensão emitida pelas autoridades policiais ou municipais, nos termos do art.º 18º

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-A utilização de sistemas sonoros de alarme instalados em veículos em violação do disposto no nº 1 do art.º 23º -O não cumprimento da ordem de cessação da incomodidade emitida pela autoridade policial nos termos do nº 1 do art.º 24º -O não cumprimento da ordem de cessação da incomodidade emitida pela autoridade policial nos termos do nº 2 do art.º 24º

Sanções - Explicação -O RGR não contempla matérias cuja violação constitua contra ordenação ambiental muito grave -Do disposto no art.º 26º, alíneas e) e f), do RGR resulta que as contra ordenação ambientais graves previstas no RGR dizem respeito a matérias cuja competência de fiscalização não está atribuída às autoridades policiais -A negligência e a tentativa são puníveis, sendo nesse caso reduzido para metade os limites mínimos e máximos das coimas previstas no RGR - Os montantes das coimas estão definidos na Lei nº 50/06, de 29AGO (alterada pelas Leis nºs 89/09, de 31AGO e 114/15, de 28/08) - Estabelece o regime aplicável às contra ordenações ambientais. Contra ordenações Leves, Graves E Muito Graves -Lei nº 50/06, de 29AGO (alterada pelas Leis nºs 89/09, de 31AGO e 114/15, de 28AGO) - Estabelece o regime aplicável às contra ordenações ambientais Art.º 22.º - Montantes das coimas 1 - Às contra ordenações leves correspondem as seguintes coimas: a) Se praticadas por pessoas singulares, de € 200 a € 2 000 em caso de negligência e de € 400 a € 4 000 em caso de dolo; b) Se praticadas por pessoas coletivas, de € 2 000 a € 18 000 em caso de negligência e de € 6 000 a € 36 000 em caso de dolo. 2 – Às contra ordenações graves … 3 – Às contra ordenações muito graves...

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Tema 6: Reunião, Manifestações e Greves

Introdução Nessa ocasião, na abordagem teórica que foi feita às reuniões e manifestações, procurou-se, essencialmente, dar resposta às seguintes questões: -O que é o direito de reunião e manifestação? -Quais os limites ao direito de reunião e de manifestação? -Em que situações podem as forças da autoridade impedir a realização de manifestações em locais públicos? -Se a polícia usar força excessiva na repressão de manifestações legais ou ilegais, como proceder? -Existem cidadãos que, pelo seu estatuto, estejam impedidos de se manifestar publicamente?

Nestes termos e dando sequência e desenvolvimento aos conteúdos já ministrados, iremos agora: 1.Aflorar a temática das greves, e 2.Analisar alguns mecanismos legais à disposição das Forças de Segurança, (FS) face às infrações mais frequentes, registadas nestas áreas, que legitimam e impõem a intervenção das FS. Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro (Aprovou a revisão do Código do Trabalho) Artigo 530.º - Direito à greve 1 - A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores 2 - Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve 3 - O direito à greve é irrenunciável

Artigo 531.º - Competência para declarar a greve 1 - O recurso à greve é decidido por associações sindicais

Artigo 532.º - Representação dos trabalhadores em greve 1 - Os trabalhadores em greve são representados pela associação ou associações sindicais que decidiram o recurso à greve ou, no caso referido no n.º 2 do artigo anterior, por uma comissão de greve, eleita pela mesma assembleia 2 - As entidades referidas no número anterior podem delegar os seus poderes de representação.

Artigo 533.º - Piquete de greve A associação sindical ou a comissão de greve pode organizar piquetes para desenvolverem atividades tendentes a persuadir, por meios pacíficos, os trabalhadores a aderirem à greve, sem prejuízo do respeito pela liberdade de trabalho de não aderentes.

Infrações Mais Comuns - Mecanismos Legais À Disposição Das Fs

CÓDIGO PENAL -Art.ºs: . 181.º - Injúrias . 182.º - Equiparação . 183.º - Publicidade e calúnia . 184.º - Agravação . 333.º - Coação contra órgãos constitucionais . 334.º - Perturbação do funcionamento de órgãos constitucionais CÓDIGO DE PROCESSO PENAL -Art.ºs: . 243.º - Auto de notícia . 250.º - Identificação de suspeito e pedido de informações . 255.º - Detenção em flagrante delito LEI DE SEGURANÇA INTERNA -Art.ºs: . 28.º - Medidas de Polícia . 30.º - Princípio da necessidade . 32.º - Competência para determinar a aplicação

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REGIME JURÍDICO DAS CONTRAORDENAÇÕES -Art.ºs: . 48.º - Da polícia e dos agentes de fiscalização . 48.º-A - Apreensão de objetos . 49.º - Identificação pelas autoridades administrativas e policiais

Tema 7: Regulamento Jurídico das Armas e MuniçõesLei nº 5/2006, de 23 de fevereiro

1 — A presente lei estabelece o regime jurídico relativo ao fabrico, montagem, reparação, importação, exportação, transferência, armazenamento, circulação, comércio, aquisição, cedência, detenção, manifesto, guarda, segurança, uso e porte de armas, seus componentes e munições, bem como o enquadramento legal das operações especiais de prevenção criminal. 2 — Ficam excluídas do âmbito de aplicação da presente lei as atividades relativas a armas e munições destinadas às Forças Armadas, às forças e serviços de segurança, bem como a outros serviços públicos cuja lei expressamente as exclua, bem como aquelas que se destinem exclusivamente a fins militares. 4 — Ficam também excluídos do âmbito de aplicação da presente lei:a) As espadas, sabres, espadins, baionetas e outras armas tradicionalmente destinados a honras e cerimoniais militares ou a outras cerimónias oficiais;b) Os marcadores de paintball, respectivas partes e acessórios.5 — A detenção, uso e porte de arma por militares dos quadros permanentes das Forças Armadas e por membros das forças e serviços de segurança são regulados por lei própria.

Tipos de armas: «Arma branca» todo o objecto ou instrumento portátil dotado de uma lâmina ou outra superfície cortante, perfurante, ou corto -contundente, de comprimento igual ou superior a 10 cm e, independentemente das suas dimensões, as facas borboleta, as facas de abertura automática ou de ponta e mola, as facas de arremesso, os estiletes com lâmina ou haste e todos os objetos destinados a lançar lâminas, flechas ou virotões; «Arma de fogo» todo o engenho ou mecanismo portátil destinado a provocar a deflagração de uma carga propulsora geradora de uma massa de gases cuja expansão impele um ou mais projéteis;«Arma elétrica» - é todo o sistema portátil alimentado por fonte energética e destinado unicamente a produzir descarga elétrica momentaneamente neutralizante da capacidade motora humana, não podendo, pela sua apresentação e características, ser confundida com outras armas ou dissimular o fim a que se destina. «Bastão eléctrico» a arma eléctrica com a forma de um bastão;«Bastão extensível» o instrumento portátil telescópico, rígido ou flexível, destinado a ser empunhado como meio de agressão ou defesa;«Boxer» o instrumento metálico ou de outro material duro destinado a ser empunhado e a ampliar o efeito resultante de uma agressão;«Faca de abertura automática ou faca de ponta e mola» a arma branca, ou instrumento com configuração de arma branca, composta por um cabo ou empunhadura que encerra uma lâmina, cuja disponibilidade pode ser obtida instantaneamente por ação de uma mola sob tensão ou outro sistema equivalente; «Arma de ação dupla» - a arma de fogo que pode ser disparada efetuando apenas a operação de acionar o gatilho.«Arma de ação simples» - a arma de fogo que é disparada mediante duas operações constituídas pelo armar manual do mecanismo de disparo e pelo acionar do gatilho.

11º CFA Competência C1 31

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«Arma de fogo modificada» - a arma de fogo que, mediante uma intervenção não autorizada de qualquer tipo, sofreu alterações das suas partes essenciais, marcas e numerações de origem, ou aquela cuja coronha tenha sido reduzida de forma relevante na sua dimensão a um punho, ou substituída por outra telescópica ou rebatível.

Classificação das armas, munições e outros acessórios 1 — As armas e as munições são classificadas nas classes A, B, B1, C, D, E, F e G, de acordo com o grau de perigosidade, o fim a que se destinam e a sua utilização.2 — São armas, munições e acessórios da classe A:a) Os equipamentos, meios militares e material de guerra, ou classificados como tal por portaria do Ministério da Defesa Nacional; b) As armas de fogo automáticas;c) As armas químicas, biológicas, radioativas ou susceptíveis de explosão nuclear;d) As armas brancas ou de fogo dissimuladas sob a forma de outro objecto;e) As facas de abertura automática, estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lançar e boxers;f) As armas brancas sem afectação ao exercício de quaisquer práticas venatórias, comerciais, agrícolas, industriais, florestais, domésticas ou desportivas, ou que pelo seu valor histórico ou artístico não sejam objecto de coleção;g) Quaisquer engenhos ou instrumentos construídos exclusivamente com o fim de serem utilizados como arma de agressão;h) Os aerossóis de defesa não constantes da alínea a) do nº 7 do presente artigo e as armas lançadoras de gases ou dissimuladas sob a forma de outro objecto;i) Os bastões eléctricos ou extensíveis, de uso exclusivo das Forças Armadas ou forças e serviços de segurança;j) Outros aparelhos que emitam descargas eléctricas sem as características constantes da alínea b) do nº 7 do presente artigo ou dissimuladas sob a forma de outro objecto; l) As armas de fogo transformadas ou modificadas;m) As armas de fogo fabricadas sem autorização;n) As reproduções de armas de fogo e as armas de alarme ou salva que possam ser convertidas em armas de fogo;o) As espingardas e carabinas facilmente desmontáveis em componentes de reduzida dimensão com vista à sua dissimulação;p) As espingardas cujo comprimento de cano seja inferior a 46 cm;q) As munições com bala perfurante, explosiva, incendiária, tracejante ou desintegrável;r) As munições expansivas, excepto se destinadas a práticas venatórias;s) Os silenciadores; t) As miras telescópicas, excepto aquelas que tenham afectação ao exercício de quaisquer práticas venatórias, recreativas ou desportivas federadas;u) As armas de fogo longas semiautomáticas com a configuração das armas automáticas para uso militar ou das forças de segurança.

3 — São armas da classe B as armas de fogo curtas de repetição ou semiautomáticas. 4 — São armas da classe B1:a) As pistolas semiautomáticas com os calibres denominados 6,35 mm Browning (.25 ACP ou .25 Auto); b) Os revólveres com os calibres denominados .32 S & W, .32 S & W Long e .32 H & R Magnum.5 — São armas da classe C:c) As armas de fogo longas semiautomáticas ou de repetição, de cano de alma lisa, em que este não exceda 60 cm;

11º CFA Competência C1 32

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d) As armas de fogo curtas de tiro a tiro unicamente aptas a disparar munições de percussão central;e) As armas de fogo de calibre até 6 mm ou .22 unicamente aptas a disparar munições de percussão anelar;

6 — São armas da classe D:b) As armas de fogo longas semiautomáticas, de repetição ou de tiro a tiro de cano de alma estriada com um comprimento superior a 60 cm, unicamente aptas a disparar munições próprias do cano de alma lisa;7 — São armas da classe E:

1. a) Os aerossóis de defesa com gás cujo princípio ativo seja a capsaicina ou oleoresina de capsicum (gás pimenta)

2. b) As armas eléctricas até 200 000 V; 3. c) As armas de fogo e suas munições, de produção industrial, unicamente aptas a disparar balas

não metálicas ou a impulsionar dispositivos, concebidas de origem para eliminar qualquer possibilidade de agressão letal

8 — São armas da classe F: a) As matracas, sabres e outras armas brancas tradicionalmente destinadas às artes marciais ou a ornamentação;b) As réplicas de armas de fogo;c) As armas de fogo inutilizadas quando destinadas a ornamentação.

9 — São armas e munições da classe G: a) As armas veterinárias;b) As armas de sinalização;c) As armas lança -cabos; d) As armas de ar comprimido de aquisição livre;e) As reproduções de armas de fogo para práticas recreativas; f) As armas de starter; g) As armas de alarme ou salva que não estejam incluídas na alínea n) do nº 2 do presente artigo; h) As munições para armas de alarme ou salva e para armas de starter.

Licença Classe B B, B1, E B1 B1, E C C, D, E D D, E E E F F

1 — Nos casos em que se verifique a caducidade da licença, o respectivo titular tem o prazo de 180 dias para promover a sua renovação, solicitar outra licença que permita a detenção, uso ou porte das armas adquiridas ao abrigo da licença caducada ou proceder à transmissão das respectivas armas. 2 — Sem prejuízo do disposto no nº 1 do artigo 99º -A, logo que caducar a licença, as armas adquiridas ao abrigo da mesma e que não estejam legalmente autorizadas a ser utilizadas ao abrigo doutra licença passam a ser consideradas, a título transitório, como em detenção domiciliária, durante o prazo estipulado no número anterior. 3 — No caso de o titular da licença caducada ser titular de outra licença que permita a detenção, uso ou porte, das armas adquiridas ao abrigo daquela, pode solicitar, no prazo referido no nº 1, que as mesmas sejam consideradas tituladas por esta outra licença.

11º CFA Competência C1 33

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4 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, nos casos em que não seja autorizada a renovação da licença ou seja indeferida a concessão da nova licença a que se refere o nº 1, deve o interessado depositar a respectiva arma na PSP, acompanhada dos documentos inerentes, no prazo de 15 dias após a notificação da decisão, sob pena de incorrer em crime de desobediência qualificada. 5 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, nos 180 dias seguintes à data em que a decisão se tornar definitiva, pode o interessado proceder à transmissão da arma, remetendo à PSP o respectivo comprovativo.

6 — Findo o prazo de 180 dias referido no número anterior, a arma é declarada perdida a favor do Estado. AQUISIÇÃO DE ARMAS São proibidos a venda, a aquisição, a cedência, a detenção, o uso e o porte de armas, acessórios e munições da classe A.

Art.º 5 As armas da classe B são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo diretor nacional da PSP. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B são autorizados ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos Deputados à Assembleia da República, aos Deputados ao ParlamentoEuropeu, aos membros do Governo, aos representantes da República, aos deputados regionais, aos membros dos Governos Regionais, aos membros do Conselho de Estado, aos governadores civis, aos magistrados judiciais, aos magistrados do Ministério Público e ao Provedor de Justiça. A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B podem ser autorizados: a) A quem, nos termos da respectiva Lei Orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma de classe B, após verificação da situação individual;b) Aos titulares da licença B;c) Aos titulares de licença especial atribuída ao abrigo do nº 1 do artigo 19º

Art.º 6 As armas da classe B1 são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo diretor nacional da PSP.A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe B1 podem ser autorizados: a) Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe B1; b) Aos titulares de licença especial atribuída ao abrigo do nº 1 do artigo 19º

Art.º 7 As armas da classe C são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação, carecendo de prévia autorização concedida pelo diretor nacional da PSP.A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe C podem ser autorizados: a) Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe C; b) A quem, nos termos da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma da classe C, após verificação da situação individual.

Art.º 8 As armas da classe D são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação.2 — A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe D podem ser autorizados: a) Aos titulares de licença de uso e porte de arma das classes C ou D;b) A quem, nos termos da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma de classe D, após verificação da situação individual.

11º CFA Competência C1 34

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Art.º 9 As armas da classe E são adquiridas mediante declaração de compra e venda.A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe E podem ser autorizados: a) Aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe E; b) Aos titulares de licença de uso e porte de arma das classes B, B1, C e D, licença de detenção de arma no domicílio e licença especial, bem como a todos os que, por força da respectiva lei orgânica ou estatuto profissional, possa ser atribuída ou dispensada a licença de uso e porte de arma, verificada a sua situação individual. Art.º 10 As armas da classe F são adquiridas mediante declaração de compra e venda ou doação.A aquisição, a detenção, o uso e o porte de armas da classe F podem ser autorizados aos titulares de licença de uso e porte de arma da classe F.

Art.º 11 A aquisição de armas veterinárias e lança -cabos é permitida, mediante declaração de compra e venda e prévia autorização da PSP, a maiores de 18 anos que, por razões profissionais ou de prática desportiva, provem necessitar das mesmas.A aquisição de armas de sinalização é permitida, mediante declaração de compra e venda e prévia autorização da PSP, a quem desenvolver atividade que justifique o recurso a meios pirotécnicos de sinalização. A aquisição de reproduções de armas de fogo para práticas recreativas é permitida aos maiores de 18 anos, mediante declaração aquisitiva e prova da inscrição numa associação de promoção desportiva reconhecida pelo Instituto do Desporto de Portugal, I. P., e registada junto da PSP. Sem prejuízo do disposto no número anterior, aos menores de 18 anos e maiores de 16 anos é permitida a aquisição de reproduções de armas de fogo para práticas recreativas desde que autorizados para o efeito por quem exerça a responsabilidade parental. A detenção, o uso e o porte das armas referidas nos nºs 1 a 4, bem como das armas de starter e de alarme, só são permitidos no domicílio, transporte e para o exercício das atividades para as quais foi solicitada autorização de aquisição.A aquisição de armas de ar comprimido de aquisição livre é permitida aos maiores de 18 anos, mediante declaração aquisitiva. Classificação das licenças de uso e porte de arma ou detenção De acordo com a classificação das armas constante do artigo 3º, os fins a que as mesmas se destinam, bem como a justificação da sua necessidade, podem ser concedidas pelo diretor nacional da PSP as seguintes licenças «de uso e porte ou detenção: a) Licença B, para o uso e porte de armas das classes B, B1 e E; b) Licença B1, para o uso e porte de armas das classes B1 e E; c) Licença C, para o uso e porte de armas das classes C, D e E; d) Licença D, para o uso e porte de armas das classes e E; e) Licença E, para o uso e porte de armas da classe E;f) Licença F, para a detenção, uso e porte de armas da classe F;g) Licença de detenção de arma no domicílio, para a detenção de armas das classes B, B1, C, D e F e uso e porte de arma da classe E;h) Licença especial para o uso e porte de armas das classes B, B1 e E.

O empréstimo legal da arma exime o proprietário da responsabilidade civil inerente aos danos por aquela causados.

Obrigações gerais 1 — Os portadores, detentores e proprietários de qualquer arma obrigam -se a cumprir as disposições legais constantes da presente lei e seus regulamentos, bem como as normas regulamentares de qualquer natureza relativas ao porte de armas no interior de edifícios públicos, e as indicações das autoridades competentes relativas à detenção, guarda, transporte, uso e porte das mesmas.

11º CFA Competência C1 35

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2 — Os portadores, os detentores e os proprietários de armas estão, nomeadamente, obrigados a:a) Apresentar as armas, bem como a respectiva documentação, sempre que solicitado pelas autoridades competentes; b) Declarar, de imediato e por qualquer meio, às autoridades policiais o extravio, furto ou roubo das armas, bem como o extravio, furto, roubo ou destruição do livrete de manifesto ou da licença de uso e porte de arma;c) Não exibir ou empunhar armas sem que exista manifesta justificação para tal; d) Disparar as armas unicamente em carreiras ou campos de tiro ou no exercício de atos venatórios, atos de gestão cinegética e outras atividades de carácter venatório, nomeadamente no treino de caça em áreas específicas para o efeito, em provas desportivas ou em práticas recreativas em propriedades rústicas privadas em condições de segurança para o efeito; e) Comunicar de imediato às autoridades policiais situações em que tenham recorrido às armas por circunstâncias de defesa pessoal ou de propriedade;f) Comunicar às autoridades policiais qualquer tipo de acidente ocorrido;g) Não emprestar ou ceder as armas, a qualquer título, fora das circunstâncias previstas na presente lei; h) Dar uma utilização às armas de acordo com a justificação da pretensão declarada aquando do seu licenciamento;i) Manter válido e eficaz o contrato de seguro relativo à sua responsabilidade civil, quando a isso esteja obrigado nos termos da presente lei; j) Declarar, no prazo de 30 dias, à entidade licenciadora qualquer alteração do domicílio.

Uso de armas de fogo 1 — Considera -se uso excepcional de arma de fogo a sua utilização efetiva nas seguintes circunstâncias:a) Como último meio de defesa, para fazer cessar ou repelir uma agressão atual e ilícita dirigida contra o próprio ou terceiros, quando exista perigo iminente de morte ou ofensa grave à integridade física e quando essa defesa não possa ser garantida por agentes da autoridade do Estado, devendo o disparo ser precedido de advertência verbal ou de disparo de advertência e em caso algum podendo visar zona letal do corpo humano; b) Como último meio de defesa, para fazer cessar ou repelir uma agressão atual e ilícita dirigida contra o património do próprio ou de terceiro e quando essa defesa não possa ser garantida por agentes da autoridade do Estado, devendo os disparos ser exclusivamente de advertência. 2 — Considera -se uso não excepcional de arma de fogo:a) O exercício da prática desportiva ou de atos venatórios, atos de gestão cinegética e outras atividades de carácter venatório, nomeadamente o treino de tiro em zonas de caça nas áreas específicas para o efeito, em provas desportivas e em práticas recreativas em propriedades rústicas privadas com condições de segurança para o efeito;b) Como meio de alarme ou pedido de socorro, numa situação de emergência, quando outros meios não possam ser utilizados com a mesma finalidade;c) Como meio de repelir uma agressão iminente ou em execução, perpetrada por animal susceptível de fazer perigar a vida ou a integridade física do próprio ou de terceiros, quando essa defesa não possa ser garantida por outra forma.

Ingestão de bebidas alcoólicas ou de outras substâncias 1 — É proibida a detenção, uso e porte de arma, bem como o seu transporte fora das condições de segurança previstas no artigo 41º, sob a influência de álcool ou de outras substâncias estupefacientes ou psicotrópicas, sendo o portador de arma, por ordem de autoridade policial competente, obrigado, sob pena de incorrer em crime de desobediência qualificada, a submeter -se a provas para a sua detecção. 2 — Entende -se estar sob o efeito do álcool quem apresentar uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,50 g/l.

11º CFA Competência C1 36

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3 — As provas referidas no nº 1 compreendem exames de pesquisa de álcool no ar expirado, análise de sangue e outros exames médicos adequados. 4 — Para efeitos do disposto no nº 1, considera -se detenção de arma o facto de esta se encontrar na esfera de disponibilidade imediata do detentor, montada, municiada, e apta a disparar.A recusa é crime de desobediência.

Fiscalização 1 — O exame de pesquisa de álcool no ar expirado é efectuado por qualquer autoridade ou agente de autoridade, mediante o recurso a aparelho aprovado.2 — Sempre que o resultado do exame for positivo, o agente de autoridade deve notificar o examinado por escrito do respectivo resultado e sanções daí decorrentes e ainda da possibilidade de este requerer de imediato a realização de contraprova por análise do sangue. 3 — Os custos da contraprova a que se refere o número anterior são suportados pelo examinado no caso de resultado positivo, aplicando -se correspondentemente o disposto no Código da Estrada e legislação complementar.4 — Se a suspeita se reportar à existência de substâncias estupefacientes ou outras, o exame é feito mediante análise ao sangue ou outros exames médicos, devendo o suspeito ser conduzido pelo agente de autoridade ao estabelecimento de saúde mais próximo dotado de meios que permitam a sua realização. 5 — A recolha do sangue para efeitos dos números anteriores deve efetuar -se no prazo máximo de duas horas e é realizada em estabelecimento de saúde oficial ou, no caso de contraprova de exame que já consistiu em análise do sangue, noutro estabelecimento de saúde, público ou privado, indicado pelo examinado, desde que a sua localização e horário de funcionamento permitam a sua efetivação no prazo referido.

CRIME Uso e porte de arma sob influência de álcool e substâncias estupefacientes ou psicotrópicas (art.º 88º)Comete este crime quem:a)Pelo menos por negligência, detiver, transportar, usar ou portar arma com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l b)Não se encontrar em condições de o fazer com segurança, por estar sob a influência de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas ou produtos com efeito análogo perturbadores da aptidão física, mental ou psicológica.Punição: Pena de prisão até 1 ano ou pena de multa até 360 dias.

Responsabilidade civil e seguro obrigatório 1 — Os titulares de licenças e de alvarás previstos na presente lei ou aqueles a quem a respectiva lei orgânica ou estatuto profissional atribui ou dispensa da licença de uso e porte de arma são civilmente responsáveis, independentemente da sua culpa, por danos causados a terceiros em consequência da utilização das armas de fogo que detenham ou do exercício da sua atividade. 2 — A violação grosseira de norma de conduta referente à guarda e transporte das armas de fogo determina sempre a responsabilização solidária do seu proprietário pelos danos causados a terceiros pelo uso, legítimo ou não, que às mesmas venha a ser dado.5 — Se o segurado for titular de mais de uma licença só está obrigado a um único seguro de responsabilidade civil. 6 — Os titulares de licenças e de alvarás previstos na presente lei ou aqueles a quem a respectiva lei orgânica ou estatuto profissional atribui ou dispensa da licença de uso e porte de arma, deverão fazer prova, a qualquer momento e em sede de fiscalização, da existência de seguro válido.

Detenção ilegal de arma

11º CFA Competência C1 37

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1 — Quem, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente, detiver, transportar, importar, guardar, comprar, adquirir a qualquer título ou por qualquer meio ou obtiver por fabrico, transformação, importação ou exportação, usar ou trouxer 2 — O titular de alvará ou de licença referidos nos nºs 2, 4 ou 5 do artigo 60º ou proprietário, armeiro, agente comercial ou entidade indicados no nº 2 do artigo 62º que, na ausência de autorização prévia, importe ou exporte armas, munições e partes essenciais de armas de fogo fulminantes e invólucros com fulminantes é punido com uma coima de € 600 a € 6000.

Violação geral das normas de conduta e obrigações dos portadores de armas Quem, sendo titular de licença, detiver, usar ou for portador, transportar arma fora das condições legais, afectar arma a atividade diversa da autorizada pelo diretor nacional da PSP ou em violação das normas de conduta previstas na presente lei é punido com uma coima de € 400 a € 4000. Violação específica de normas de conduta e outras obrigações 1 — Quem não observar o disposto:

a) No nº 3 do artigo 31º e nos artigos 34º e 35º, é punido com uma coima de € 250 a € 2500;“Prazo para remeter livrete a DN, posse ilegal de munições e posse de munições C e D em qtd. Superiores a 5000 e 1000 respect.” b) No artigo 19º -A, é punido com uma coima de € 400 a € 4000; “Obrigatoriedade de tirar licença para menores de 16 anos” c) Nonº6doartigo11º,nonº3doartigo18ºenosnºs1e3doartigo38º,é punido com uma coima de € 600 a € 6000;“Transporte de armas sem ser de casa para o local da pratica->carreira de tiro, e empréstimo de arma sem dar conhecimento a psp” d) Nos artigos 32º, 33º e 36º, no nº 1 do artigo 45º e nos nºs 1 e 2 do artigo 53º, é punido com uma coima de € 700 a € 7000;

“Excesso no limite de posse de armas, falta de livro de registo e recargas cartuchos adulteradas para armas de classe B e B1”

e) No nº 2 do artigo 37º e na alínea j) do nº 2 do artigo 39º, é punido com uma coima de € 150 a € 1000. 2 — Quem proceder à alteração das características das reproduções de armas de fogo para práticas recreativas é punido com coima de € 500 a € 1000.

Artigo 82ºEntrega obrigatória de arma achada1 - Quem achar arma de fogo está obrigado a entregar de imediato a mesma às autoridades policiais, mediante recibo de entrega.2 - Com a entrega deve ser lavrado termo de justificação da posse, contendo todas as circunstâncias de tempo e lugar em que o achado ocorreu.3 - Todas as armas entregues devem ser objeto de exame e rastreio.4 - Os resultados dos exames realizados pela PSP são comunicados ao Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária.5 - O achado, logo que disponibilizado pelas autoridades, se for suscetível de comércio ou manifesto, será objeto de venda em leilão, revertendo o produto da venda para o achador.

11º CFA Competência C1 38

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Tema 8: Desaparecimento de Pessoas

Conceito de desaparecimento: O ato irregular de ausência física de alguém, mantendo-se numa situação de completa incomunicabilidade com terceiros, não existindo para tal qualquer aparente justificação.

A investigação de desaparecidos é uma das funções mais importantes da Polícia, enquanto garante da segurança dos cidadãos, nos termos do art.º 272º nº 1 da CRP.

Os desaparecimentos de pessoas, não constituem, por si só, a prática de qualquer crime , no entanto podem encontrar-se ligados à prática de vários crimes, dos quais destacamos: -Crimes contra a autodeterminação sexual (art.ºs 172.º a 175.º do CP); -Sequestro (art.º 158.º do CP); -Rapto (art.º 160.º do CP); -Homicídio (art.ºs 131.º e 132.º do CP); -Subtração de menor (art.º 249.º do CP).

(Crimes cuja competência para a investigação é exclusiva da PJ, exceto o último – Subtração de menor)

Na medida em que não existe a atribuição de competência reservada de investigação a um OPC em específico, os desaparecimentos de pessoas devem ser comunicados a todos os OPC’s, nomeadamente, à PJ, à PSP, à GNR e ao SEF, devendo existir uma coordenação de esforços visando a célere localização da pessoa, dentro do âmbito de atuação de cada uma das FSS.

Quem pode e quando deve ser participado o desaparecimento às autoridades? -Qualquer cidadão ou entidade tem legitimidade para participar o desaparecimento de uma pessoa , porém, deve ser levado a cabo uma análise sobre o grau de veracidade da informação, bem como uma avaliação do nível de risco do desaparecimento, para efeitos de tomada de decisão sobre as diligências imediatas e subsequentes. -Especialmente nos casos de risco elevado, a notícia do desaparecimento deve chegar ao conhecimento dos OPC no mais curto espaço de tempo possível, para que possam ser desencadeados de imediato os mecanismos de localização e eliminação desse risco.

Importa distinguir entre: -Desaparecimento voluntário e o -Desaparecimento involuntário, e analisar mais detalhadamente o -Desaparecimento de menores e o -Desaparecimento de pessoas portadoras de doenças mentais graves,(Por estes dois grupos serem considerados de elevado risco face às fragilidades inerentes à sua condição)

Desaparecimento voluntário: -Tratando-se de indivíduo, maior de idade, na posse de todas as suas faculdades, que por razões do foro pessoal, entende ausentar-se sem comunicar o seu paradeiro a familiares e amigos, cabe apenas ao OPC verificar se a pessoa se encontra livre de qualquer tipo de crime ou perigo para a vida. O direito constitucional de privacidade e liberdade deve ser respeitado, pelo que se este não autorizar a comunicação da sua localização, essa decisão deve ser respeitada pelas autoridades.

11º CFA Competência C1 39

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Desaparecimento involuntário: -Cabe ao recetor da participação de desaparecimento proceder à avaliação e classificação do risco a que o desaparecido está exposto, no sentido de serem ou não desenvolvidas diligências imediatas e urgentes. -A perceção do risco deve obter-se no ato da comunicação do desaparecimento, enquanto que a sua fundamentação deve ocorrer aquando da formalização da participação de desaparecimento, cuja consolidação resulta das respostas ao pormenorizado questionário relativo às circunstâncias do desaparecimento.

Questões a esclarecer que contribuem para a classificação do risco: -Vulnerabilidades – idade, doenças, … -Traços gerais da personalidade - padrões de comportamento -Condição legal – inimputável, inabilitado, interdito (ver definições no caderno - CC)-Dependência de medicação indispensável -Internamento hospitalares/institucionais -Dependências – drogas, álcool, jogo, … -Comportamentos suicidas antecedentes -Comportamentos diferentes dos habituais – para despiste de eventual coação. -Anteriores episódios de desaparecimentos -Demonstrações de vontade própria em ausentar-se -Data, hora e local do desaparecimento -Data, hora, local e último contacto conhecido -Condições climatéricas – sobrevivência -Ocorrência de crimes no local do desaparecimento -Ameaças ou coação que estivesse a ser vítima - Existência de problemas – laborais, financeiros, matrimoniais, …-Envolvimento em incidentes ou conflitos, ligações ilícitas -Transportava elevadas somas em dinheiro ou valores -Adquiriu recentemente objetos de valor considerável passíveis de cobiça ( A resposta às questões anteriores será suficiente para definir se estamos perante uma situação de risco elevado – que impõe uma intervenção imediata e urgente – ou, se pelo contrário se trata de um caso de baixo risco, mas que ainda assim requer confirmação)

Inquirição do participante: Além dos elementos identificativos deste, importa recolher os seguintes dados da pessoa desaparecida: -Nome completo, alcunhas, apelido, data de nascimento, morada, identificação das pessoas que residem com o desaparecido, contactos telefónicos, local de trabalho, BI, NIF, n.º da SS e NIB das contas bancárias - Descrição física: peso, altura, idade, cor e tamanho do cabelo, cor dos olhos, marcas distintivas, tais como sinais, cicatrizes, tatuagens, barba, bigode, descrição do vestuário à data do desaparecimento, se possível com fotografia.-Hábitos e personalidade do desaparecido: consumidor de bebidas alcoólicas, tabaco, drogas, hobbies e passatempos, locais que habitualmente frequentava, tais como cafés, restaurantes, era uma pessoa tímida ou extrovertida, religiosa ou não, emocionalmente estável ou instável, nível cultural -Viagens planeadas, destino, objetivo. Se desapareceu com a viatura, saber a marca, modelo, cor, matrícula e se esta dispunha de identificador via verde ou análogo.-Informações sobre a pessoa que esteve, visualizou ou contactou pela última vez com o desaparecido: Identificação e contactos, sentido e identificação da via pública em que seguia o desaparecido; atitude e comportamento demonstrado pelo desaparecido na altura -Condição de saúde do desaparecido: Capacidade de mobilidade, problemas de saúde conhecidos, medicação imprescindível, identificação dos médicos e serviços de saúde que o acompanhavam.

11º CFA Competência C1 40

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-Identificação e contactos telefónicos das pessoas que se relacionavam com o desaparecido, nomeadamente, familiares, amigos, colegas, entidade patronal, entre outras.

Atos investigatórios adequados e oportunos para as investigações desta natureza: -Pedido de localização celular (art.º 252º-A, CP) do telemóvel, para os casos em que esteja em causa o risco de vida para o desaparecido -Difusão a nível nacional, por todos os OPC do desaparecimento, com pedido de localização da viatura, se for esse o caso -Averiguar junto dos hospitais e centros de saúde eventuais registos de episódios do desaparecido -Obtenção de informações junto do INML de algum cadáver por identificar.-Audição de testemunhas, nomeadamente, amigos, pessoas íntimas do desaparecido, bem como os que foram vistos com ele por ocasião do desaparecimento -Verificação de eventuais registos de passagens da viatura em vias reservadas a aderentes Via Verde, ou outras -Solicitação da colaboração de diversos organismos públicos, tais como a SS, a DGCI, na obtenção de elementos identificadores da vida social da pessoa desaparecida, tais como: entidades patronais, atividade profissional, … -Obtenção de registos de imagens de locais onde tenha sido apurada a presença da pessoa desaparecida, cumprindo o disposto na LPDP -Perante a suspeita de crime, a área do crime deve ser alvo de cuidada análise, em busca de pistas concretas -Busca à residência, com a competente autorização judicial, para apurar eventuais indícios da prática de crime e elementos que possibilitem a localização do desaparecido.-Na posse da necessária autorização judicial, efetuar uma perícia informática ao PC pessoal da pessoa desaparecida, visando a informação sobre correspondência trocada e encontros com terceiros -Intervenção da Equipa do “Local do Crime” / Lofoscopia, visando o apuramento de elementos que corroborem ou afastem a tese de crime -No caso de se encontrar circunscrita uma área de possível localização da pessoa, proceder-se à busca no local, com recurso a meios cinotécnicos -Recolha de ADN de familiares e registos dentários para fins comparativos , no caso de localização de cadáveres -Análise pormenorizada do vestuário, objetos pessoais e outros elementos que possam servir para relacionar com algum cadáver por identificar -Pedido de inserção no sistema SIS – Shengen de pedido de localização de pessoa desaparecida e averiguação de que a mesma se encontra livre de qualquer tipo de crime ou de risco para a sua própria vida.-Atualização permanente da informação junto dos pais, familiares, amigos e outras testemunhas, no sentido de saber se algum contacto da pessoa ou de terceiros exigindo o pagamento de um eventual resgate, estando presente um crime de rapto -No caso da localização da pessoa desaparecida procede-se à imediata anulação de todos os pedidos de localização. Sendo pessoa de maior idade deve ser-lhe facultada a possibilidade de, no uso do direito que lhe assiste, dar ou não conhecimento da sua localização ao participante ou a terceiros.

- Lembramos que, nos termos do Art. 1º da Convenção dos Direitos da Criança (Adotada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de Setembro de 1990) “criança é todo o ser humano menor de 18 anos”, salvas as exceções previstas na lei -As situações em que se considera que uma criança está em perigo estão tipificadas no art.º 3.º, n.º 2 da LPCJP - É precisamente nas primeiras horas da ocorrência que deve ser participada e iniciada a investigação do desaparecimento de uma criança

11º CFA Competência C1 41

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A criança não efetua transações comerciais, não conduz viaturas, nem sempre possui telemóvel, não tem um vínculo profissional com colegas e amigos com quem compartilha informações sobre a sua vida, como acontece com os adultos, o que, a par das particulares vulnerabilidades que apresenta, a investigação do seu desaparecimento se revela um desafio ainda maior.

No ato da comunicação do desaparecimento de um menor o investigador deve tomar conhecimento dos seguintes factos: -A vulnerabilidade do desaparecido em razão da idade ou de doença grave incapacitante para um normal modo de vida -Saber qual o seu ambiente familiar e a existência de conflitos no seio familiar que direta ou indiretamente possa ter afetado o menor -A demonstração de vontade do menor em ausentar-se -A existência de sinais de risco por parte do menor, como o estado depressivo ou patologia anómala -Conhecer o registo de alguma tentativa de suicídio -Se o menor demonstrou algum comportamento diferente não coadunante com a sua personalidade, podendo refletir estar a ser vítima de algum tipo de coação -Dependência de medicação indispensável à sua sobrevivência, devendo tomar-se conhecimento dos efeitos para a condição física e psicológica do menor -A sua dependência de drogas, álcool ou outros vícios -Saber se o menor já anteriormente protagonizou algum ato de desaparecimento e em caso afirmativo, qual o período em que permaneceu em tal situação, onde e com quem o mesmo se encontrava -Apurar se o menor se encontra sinalizado por alguma CPCJR e se for o caso saber quais os motivos dessa sinalização (A resposta às questões anteriores permite determinar o grau de risco)

Centrando-nos agora nos fatores externos relativos ao desaparecimento do menor, deve o investigador tomar conhecimento dos seguintes aspetos: -Definição do local, data e hora do desaparecimento -Apurar se o local do desaparecimento é conotado com a ocorrência de crimes -O conhecimento de indícios da prática de algum crime, nomeadamente, ameaças e coação que o menor possa estar a ser vítima -Conhecimento de eventuais problemas no âmbito da comunidade escolar, com educadores, alunos, colegas -Episódio marcante que tenha antecedido o desaparecimento -Que condições climatéricas se faziam sentir por ocasião do desaparecimento – capacidade de sobrevivência -A existência da intervenção de terceiros no acontecimento -Conhecer se o menor se enquadra num grupo de risco como consumidor de estupefacientes ou bebidas alcoólicas -Saber quais os hábitos e as matérias de interesse do menor -Saber se o menor desejava praticar alguma atividade não consentida -A manifestação do seu desejo em estar com uma determinada companhia ou grupo -O grau de aceitação perante uma medida decidida pelos pais ou autoridade judicial no caso de internamento institucional -A constatação do menor ter levado consigo objetos pessoais e artigos de higiene -Objetos de valor considerável transportados pelo menor, nomeadamente telefones, jóias, outros objetos de valor, importâncias em dinheiro, bem como cartões bancários de débito e de crédito (Para efeitos de classificação do risco há ainda que ter em conta a idade do menor, sem esquecer que existe um conjunto de exceções à incapacidade dos menores – art.ºs 127.º e 1850º do CC – logo que estes atinjam os 16 anos de idade)

11º CFA Competência C1 42

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Menores: As disputas pela posse dos menores levam muitas vezes os familiares a recorrem às autoridades, pelo que face à participação de desaparecimento de um menor, em que um dos progenitores declara desconhecer o paradeiro do seu filho, sabendo que o mesmo foi subtraído pelo outro progenitor, tal situação não deve ser enquadrada como uma ocorrência de desaparecimento, mas sim no âmbito do Direito da Família (CC ou LTE) ou, eventualmente, no crime de Subtração de menor (art.º 249.º do CP), se estiverem reunidos os respetivos pressupostos.

11º CFA Competência C1 43

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Tema 9: Lei de Saúde MentalLei n.º 36/98, de 24 de Julho

Âmbito de AplicaçãoA lei de saúde mental aprovada pela Lei nº36/98 de 24 de julho estabelece os princípios gerais da

politica de saúde mental e regula o internamento compulsivo dos portadores de anomalia psíquica designadamente das pessoas com doença mental (art.º 1º da Lei nº 36/98)

DefiniçõesInternamento compulsivo – Internamento por decisão judicial do portador de anomalia psíquica grave;Internamento voluntário – Internamento a solicitação do portador de anomalia psíquica ou a solicitação do representante legal do menor de 14 anos;Internamento – Portador de anomalia psíquica submetido a processo conducente ao internamento compulsivo;Estabelecimento – Hospital ou instituição análoga que permita o tratamento do portador de anomalia psíquica.Autoridade de saúde pública:

As como tal qualificadas pela lei; Delgado de saúde, etc; Autoridades de polícia; Os diretores, oficiais, inspetores, subinspetores de polícia e todos os funcionários policiais a quem

as leis respetivas reconhecerem.

Condução e internamento de urgênciaO portador de anomalia psíquica grave pode ser internado compulsivamente de urgência sempre

que crie, por força dela, ou por uma deterioração aguda do seu estado: Uma situação de perigo iminente (que está a acontecer) para bens jurídicos de relevante

valor, próprios ou alheios, de natureza pessoal ou patrimonial e; Recuse-se a submeter-se ao necessário tratamento médico.

Condução do internadoVerificados os pressupostos anteriores, as autoridades de polícia ou de saúde podem determinar,

oficiosamente ou a requerimento, através de mandado, que o portador de anomalia psíquica seja conduzido ao estabelecimento com urgência psiquiátrica

Mandado de conduçãoO mandado de condução, contém a assinatura da autoridade competente, a identificação da pessoa

a conduzir e a indicação da razão que o fundamentam.

Cumprimentos do mandadoO mandado é cumprido pelas forças polícias com o acompanhamento, sempre que possível, dos

serviços do estabelecimento com urgência psiquiátrica.

Situação de urgência e de perigo de demoraQuando pela situação de urgência e de perigo de demora, não seja possível a emissão prévia de

mandado, qualquer agente policia procede à condução imediata do internando.

11º CFA Competência C1 44

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ProcedimentoNa situação descrita anteriormente o agente policial lavra auto de notícia em que que discrimina os

factos, bem como as circunstâncias de tempo e lugar em que a mesma foi efetuada.A situação é de imediato comunicada ao MP, com competência na área em que se iniciou.Apresentação do internando

O internando é apresentado de imediato ao estabelecimento com urgência psiquiátrica mais próximo do local em que se iniciou a condução, onde é submetido a avaliação clinico-psiquiátrica com registo clínico e lhe é prestado a assistência médica necessária.

Portador de anomalia psíquica é internadoQuando a avaliação clínico-psiquiátrica se concluir pela necessidade de internamento e o internado

a ele se opuser, o estabelecimento comunica, de imediato ao Tribunal Judicial com competência na área a admissão daquele, com cópia do mandado e do relatório de avaliaçãoNota: O serviço do agente policial cessa de imediato, logo que o portador de anomalia psíquica passe a internado.

O portador de anomalia psíquica não é internadoQuando a avaliação clinico-psiquiátrica não confirmar a necessidade de internamento, a entidade

que lhe tiver apresentado o portador de anomalia psíquica restitui-o de imediato a liberdade, remetendo de imediato o expediente ao MP com competência na área que se iniciou a condução.Nota: Sendo possível a familiares.

Comunicação ao MPTodas as conduções de internamento são comunicadas (via fax) de imediato ao MP, com

competência na área em que se iniciaram.

Destino do Expediente Original ao MP da área em que iniciou a condução; Cópia para estabelecimento hospitalar demandado; Cópia para arquivo.

Técnicas de abordagemNestas situações, qualquer dialogo é uma mistura de intervalos de tempo dedicados a ouvir e falar.

A capacidade de saber ouvir é mais importante do que saber falar.Se o elemento das forças de segurança, não souber ouvir, pode originar dois efeitos:

- Permanente na ignorância de factos importantes, que o poderão ajudar a resolver a situação adequadamente;

- Demonstra falta de empatia, isto é, tem dificuldade em convencer o doente que está a ser compreendido e de que o poderá ajudarProvavelmente é mais fácil enfrentar a violência provocada por uma pessoa sã, do que por uma com anomalia psíquica.Por isso, o primeiro passo para controlar a situação e EXPLORAR a EMPATIA é permanecer CALMO e AMIGAVEL, observando sempre que possível os procedimentos em que se seguem:

1. Ao iniciar a abordagem, deve-se procurar ter próximo um familiar, amigo ou vizinho do doente, ou outra pessoa que o conheça e que nos possa transmitir informação útil;

2. Esta informação é muitas vezes o melhor instrumento para a previsão de comportamento;3. Evitar, sempre que possível, apressar-se a resolver o problema, sem primeiro avaliar a pessoa e a

situação, por forma a evitar intervenções precipitadas, de consequências imprevisíveis;

11º CFA Competência C1 45

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4. A abordagem deve ser gradual ou diagonal, evitando-se sempre a abordagem pela retaguarda ou frontal;

5. Não vale a pena discutir com uma ilusão, isso só suscitara ou aumentará a hostilidade;6. Não fazer movimento bruscos;7. Os braços devem estar colocados ao longo do corpo, com as mão visíveis (um movimento mínimo

pode criar numa pessoa assutada e confusa a ilusão de um ataque físico);8. Dada a imprevisibilidade do seu comportamento, a violência do doente é encarada com uma

possibilidade, o que obriga a que nunca se vire as costas ao doente e a que nunca se intervenha isolado;

9. Procurar ser uma influência protetora e não antagónica;10. Não utilizar afirmações como “não sejas tolo” ou “não digas isso”, mas sim afirmações como “de

certeza que se está a sentir ameaçado, mas nada lhe mal lhe acontecerá enquanto estiver aqui”, “percebo” ou “entendo”;

11. A ameaça publica, normalmente, é a ultima cosa em que o doente pensa, mas deverá ser a primeira coisa a ocorrer às forças de segurança, sobretudo quando na proximidade de terceiros;

12. O agente policial não se deve convencer de que sabe quais os sentimentos que a pessoa está a sentir, devendo antes tentar aperceber-se do temperamento da pessoa e se está agitado ou revela sinais de depressão, como:

a. Choros e comentários depressivos;b. Apatia, abrandamento de movimento, discurso lento;c. Irritabilidade.

Tema 10: Menores

IntroduçãoA reforma do direito de menores optou fundadamente por fazer uma distinção de base entre

situações em que os menores reclamam uma intervenção protetora do Estado, em sentido estrito, e aquelas em que se justifica tal intervenção à luz de um propósito tutelar educativo.

A proteção dos menores, alicerçada no artigo 69.º da Constituição, "justifica-se quando o gozo ou o exercício de direitos cívicos, sociais, económicos ou culturais do menor são ameaçados por fatores que lhe são exteriores (incúria, exclusão social, abandono ou maus tratos”).

O desígnio tutelar educativo, consubstanciado na Lei n.º 166/1999, de 14 de setembro, Lei Tutelar Educativa - LTE, recebe legitimação por parte do Estado “mesmo contra a vontade de quem está investido no poder paternal, (...) quando se tenha manifestado uma situação desviante que torne clara a ruptura com elementos nucleares da ordem jurídica” e o núcleo de valores cujo desrespeito legitima a intervenção do Estado “ representado pelas normas criminais”.

LTE – Lei Tutelar Educativa – Lei nº166/99, de 15 de Setembro

Âmbito da lei A prática, por menor com idade compreendida entre os 12 e os 16 anos, de facto qualificado pela

lei como crime dá lugar à aplicação de medida tutelar educativa. (art.º 1.º, do anexo).

NOTA: Os menores de 16 anos são inimputáveis, daí que se não fale em crime mas sim em facto qualificado pela lei como crime.

Medidas Tutelares Educativas Finalidades das medidas (art.º 2º, do anexo)

11º CFA Competência C1 46

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As medidas tutelares educativas, também designadas por medidas tutelares, visam a educação do menor para o direito e a sua inserção, de forma digna e responsável, na vida em comunidade.

Aplicação da lei no tempo Só pode aplicar-se medida tutelar a menor que cometa facto qualificado pela lei como crime e

passível de medida tutelar por lei anterior ao momento da sua prática. (art.º 3º, do anexo)

Execução das medidas tutelares A execução das medidas tutelares pode prolongar-se até o jovem completar 21 anos, momento em

que cessa obrigatoriamente. (art.º 5º, do anexo)

Tipos de medidas tutelares (art.º 4º, n.º 1, do anexo) A admoestação;- A privação do direito de conduzir ciclomotores ou de obter permissão para

conduzir ciclomotores; A reparação ao ofendido; A realização de prestações económicas ou de tarefas a favor da comunidade; A imposição de regras de conduta; A imposição de obrigações; A frequência de programas formativos; O acompanhamento educativo; O internamento em centro educativo

Regimes de execução das medidas de internamento em centro educativo (art.º 4º n.º 3 e 17º, do anexo)

Regime aberto: é aplicável quando o menor tiver cometido facto qualificado como crime a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, de prisão inferior a três anos.

Regime semiaberto: é aplicável quando o menor tiver cometido facto qualificado como crime contra as pessoas a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, de prisão superior a três anos ou tiver cometido dois ou mais fatos qualificados como crimes a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, superior a três anos.

Regime fechado: é aplicável quando se verifiquem cumulativamente os seguintes pressupostos: Ter o menor cometido facto qualificado como crime a que corresponda pena máxima,

abstratamente aplicável, de prisão superior a cinco anos ou ter cometido dois ou mais fatos contra as pessoas qualificados como crimes a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, de prisão superior a três anos; e

Ter o menor idade igual ou superior a 14 anos à data da aplicação da medida.

Competências das secções de família e menores da instância central do tribunal de comarca A praticar os atos jurisdicionais relativos ao inquérito tutelar educativo; Apreciar os factos qualificados pela lei como crime, praticados por menor com idade compreendida

entre os 12 e os 16 anos, com vista à aplicação de medida tutelar; Executar e rever as medidas tutelares; Declarar a cessação ou a extinção das medidas tutelares.

Cessa a competência das secções de família e menores da instância central do tribunal de comarca quando:

Quando for aplicada pena de prisão efetiva, em processo penal, por crime praticado pelo menor com idade compreendida entre os 16 e os 18 anos;

11º CFA Competência C1 47

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Quando o menor completar 18 anos antes da data da decisão em 1.a instância.

Tribunal de comarca Fora das áreas abrangidas pela jurisdição das secções de família e menores cabe às secções

criminais da instância local conhecer dos PTE - processos tutelares educativos, constituindo-se para o efeito em secção de família e menores. (art.º 29º, do anexo)

Atos urgentes São assegurados pelas secções de competência genérica da instância local, ainda que a respetiva

comarca seja servida por secção de família e menores, nos casos em que esta se encontre sediada em diferente município. (art.º 33º, do anexo)

Carácter individual do processo Organiza-se um único processo relativamente a cada menor, ainda que lhe sejam atribuídos fatos

diversos ocorridos na mesma ou em diferentes comarcas.A conexão só opera em relação a processos que se encontrem simultaneamente na fase de inquérito, na fase jurisdicional ou na fase de execução. (art.º 34º, do anexo)

Direitos do menor (art.º 45º, do anexo) A participação do menor em qualquer diligência processual, ainda que sob detenção ou guarda, faz-

se de modo que se sinta livre na sua pessoa e com o mínimo de constrangimento. Ser ouvido, oficiosamente ou quando o requerer, pela autoridade judiciária; Não responder a perguntas feitas por qualquer entidade sobre os fatos que lhe forem imputados

ou sobre o conteúdo das declarações que acerca deles prestar; Não responder sobre a sua conduta, o seu caráter ou a sua personalidade; Ser assistido por especialista em psiquiatria ou psicologia sempre que o solicite, para efeitos de

avaliação da necessidade de aplicação de medida tutelar; Ser assistido por defensor em todos os atos processuais em que participar e, quando detido,

comunicar, mesmo em privado, com ele; Ser acompanhado pelos pais, representante legal ou pessoa que tiver a sua guarda de facto, salvo

decisão fundada no seu interesse ou em necessidades do processo; (Este direito pode ser exercidos, em nome do menor, pelos pais, representante legal, pessoa que tenha a sua guarda de facto ou defensor)

Oferecer provas e requerer diligências; Ser informado dos direitos que lhe assistem; (Este direito pode ser exercidos, em nome do menor,

pelos pais, representante legal, pessoa que tenha a sua guarda de facto ou defensor) Recorrer, nos termos desta lei, das decisões que lhe forem desfavoráveis.

Notas - O menor deve ser informado dos direitos que lhe assistem, mencionando tal facto no expediente. - O menor não presta juramento em caso algum.- O menor só pode ser ouvido por autoridade judiciária.

O Defensor (art.º 46º, do anexo)

11º CFA Competência C1 48

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O menor, os pais, o representante legal ou a pessoa que tenha a sua guarda de facto podem constituir ou requerer a nomeação de defensor, em qualquer fase do processo.

Não tendo sido anteriormente constituído ou nomeado, a autoridade judiciária providencia pela nomeação de defensor no despacho em que determine a audição ou a detenção do menor.

O defensor nomeado cessa funções logo que seja constituído outro. O defensor é advogado ou, quando não seja possível, advogado estagiário. A nomeação de defensor deve recair preferencialmente entre advogados com formação

especializada, segundo lista a elaborar pela Ordem dos Advogados.

Audição do menor (art.º 47º, do anexo)A audição do menor é sempre realizada pela Autoridade

Judiciária.

Condições dos meios de transporte utilizados nas deslocações de menores (art.º 48º, do anexo) A deslocação e o transporte do menor devem realizar-se de modo a assegurar, em todos os casos, o

respeito pela sua dignidade e condições particulares de maturidade física, intelectual e psicológica e a evitar, tanto quanto possível, a aparência de intervenção de justiça.

Identificação de menor (art.º 50º, do anexo)O procedimento de identificação de menor obedece às formalidades previstas no processo penal

(art.º 250º do CPP), com as seguintes especialidades: Na impossibilidade de apresentação de documento, o órgão de polícia criminal procura, de

imediato, comunicar com os pais, representante legal ou pessoa que tenha a guarda de facto do menor;

O menor não pode permanecer em posto policial, para efeito de identificação, por mais de três horas.

Pressupostos da detenção (art.º 51º, do anexo) A detenção do menor é efetuada:

Em caso de flagrante delito, para, no mais curto prazo, sem nunca exceder quarenta e oito horas, ser apresentado ao juiz, a fim de ser interrogado ou para sujeição a medida cautelar;

Fora de flagrante, para assegurar a presença imediata ou, não sendo possível, no mais curto prazo, sem nunca exceder doze horas, perante o juiz, a fim de ser interrogado ou para aplicação ou execução de medida cautelar, ou em ato processual presidido por autoridade judiciária;

Para sujeição, em regime ambulatório ou de internamento, a perícia psiquiátrica ou sobre a personalidade.

Detenção fora de flagrante delito (art.º 51º, do anexo) A detenção fora de flagrante delito tem apenas lugar quando a comparência do menor não puder

ser assegurada pelos pais, representante legal ou pessoa que tenha a sua guarda de facto e faz-se por mandado do juiz, a requerimento do ministério público durante o inquérito e, depois, mesmo oficiosamente.

Detenção em flagrante delito (art.º 52º, do anexo)O menor só pode ser detido em flagrante delito por facto qualificado como crime punível com pena

de prisão.

Nota: O menor de 16 anos não é constituído arguido nem submetido a termo de identidade e residência.

Manutenção da detenção (art.º 52º, do anexo)

11º CFA Competência C1 49

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A detenção só se mantém quando o menor tiver cometido facto qualificado como crime contra as pessoas, a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, de prisão igual ou superior a três anos ou tiver cometido facto qualificado como crime a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, igual ou superior a cinco anos ou, ainda, tiver cometido dois ou mais factos qualificados como crimes a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, superior a três anos, cujo procedimento não dependa de queixa ou de acusação particular.

Fora destes casos procede-se apenas à identificação do menor.

Quem pode proceder à detenção de menor, em caso de flagrante delito? (art.º 52º, do anexo) A autoridade judiciária ou qualquer entidade policial; Se não estiver presente autoridade judiciária ou entidade policial nem puder ser chamada em

tempo útil, qualquer pessoa pode proceder à detenção, entregando imediatamente o menor àquelas entidades.

Comunicação da detenção (art.º 53º, do anexo) Salvo quando haja risco de a inviabilizar, a detenção fora de flagrante delito é precedida de

comunicação aos pais, representante legal ou pessoa que tenha a guarda de facto do menor.Sem prejuízo do disposto no número anterior, qualquer detenção é comunicada, no mais curto

prazo e pelo meio mais rápido, aos pais, representante legal ou pessoa que tiver a guarda de facto do menor.

Confiança do menor, após a detenção (art.º 54º, do anexo) Quando não for possível apresentá-lo imediatamente ao juiz, o menor é confiado aos pais, ao

representante legal, a quem tenha a sua guarda de facto ou a instituição onde se encontre internado. Se a confiança do menor nos termos referidos não for suficiente para garantir a sua presença perante o juiz ou para assegurar as finalidades da detenção, o menor é recolhido no centro educativo mais próximo ou em instalações próprias e adequadas de entidade policial, sendo-lhe, em qualquer caso, ministrados os cuidados e a assistência médica, psicológica e social que forem aconselhados pela sua idade, sexo e condições individuais.

O menor confiado nos termos anteriormente referidos é apresentado ao juiz no mais curto prazo, sem nunca exceder quarenta e oito horas, a fim de ser interrogado ou para sujeição a medida cautelar;

Nota: O menor não deve recolher às celas de detenção (calabouços)

Tipos de medidas cautelares (art.º 57º, do anexo) A entrega do menor aos pais, representante legal, família de acolhimento, pessoa que tenha a sua

guarda de facto ou outra pessoa idónea, com imposição de obrigações ao menor; A guarda do menor em instituição pública ou privada; A guarda do menor em centro educativo.

Formalidades das medidas cautelares (art.º 57º, do anexo)As medidas cautelares são aplicadas por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Público

durante o inquérito e, posteriormente, mesmo oficiosamente.

Denúncia (art.º 72º, do anexo) Qualquer pessoa pode denunciar ao Ministério Público ou a órgão de polícia criminal facto

qualificado pela lei como crime, independentemente da natureza deste, praticado por menor com idade compreendida entre os 12 e os 16 anos.

A denúncia não está sujeita a formalismo especial, mas deve, sempre que possível, indicar os meios de prova.

11º CFA Competência C1 50

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A denúncia apresentada a órgão de polícia criminal é transmitida, no mais curto prazo, ao Ministério Público.

Denúncia obrigatória (art.º 73º, do anexo) Para os órgãos de polícia criminal, quanto a factos de que tomem conhecimento; Para os funcionários, quanto a factos de que tomem conhecimento no exercício das suas funções e

por causa delas. A denúncia ou a transmissão da denúncia feita por órgão de polícia criminal é, sempre que possível,

acompanhada de informação (modelo disponível na plataforma do CFA-11) que puder obter sobre a conduta anterior do menor e sua situação familiar, educativa e social. Se não puder acompanhar a denúncia, a informação é apresentada no prazo máximo de oito dias.

Procedimentos policiais Flagrante delito

Identificação do menor; Dar conhecimento da detenção do menor aos pais, representante do menor ou a quem tenha a sua

guarda; Apreender objetos provenientes da ação delituosa do menor; Juntar fax para o MP do Tribunal onde os factos foram cometidos, caso se mantenha a detenção; Fazer informação complementar prevista no art.º 73º n.º 2, a remeter em apenso ou a enviar no

prazo de 8 dias. Ler e explicar os direitos ao menor. Apresentar o menor ao Juiz no mais curto prazo sem exceder as 48H00.

Se não for possível a apresentação do menor: Entrega do menor à família (pais, representante legal ou a quem tenha a sua guarda de facto); Entrega do menor em instituição onde se encontre internado; Entrega do menor em Centro Educativo; Permanência do menor em instalações próprias e adequadas da entidade policial.

Fora de flagrante delito Detenção mediante mandado Judicial (quando a presença do menor não possa ser assegurada de

outra forma); Nestas circunstâncias o menor deve ser presente ao juiz, num prazo máximo de 12 horas.

Expediente a elaborar em caso de detenção Auto de detenção (quando esta se mantém). Deve ser informado dos seus direitos – art.º 45º, n.º 2,

al. a) a i) Quando entregue sob detenção - elaborar Auto Sumário de Entrega – o valor jurídico é o mesmo e

a tramitação do expediente é igual. Fax a comunicar a detenção para o MP do Tribunal da área de residência do menor. Auto de apreensão dos objetos retirados ao menor. Informação complementar prevista no art.º 73º n.º 2 a acompanhar o expediente ou apresentá-la

no prazo máximo de 8 dias Caso não haja lugar a detenção

Auto de Notícia Relativo a Menor / Participação; Auto de Denúncia (caso seja necessário - factos que careçam de queixa ou de acusação particular); Informação complementar prevista no art.º 73º n.º 2 para acompanhar o expediente ou apresentá-

la no prazo máximo de 8 dias; Envio do expediente para o MP do Tribunal da área de residência do menor.

NOTAS IMPORTANTES

11º CFA Competência C1 51

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Embora na sistemática do Código Penal o crime de roubo esteja inserido no capítulo dos “Crimes contra o património” é entendimento do MP e da doutrina que o crime de roubo é também um crime contra as pessoas (é um crime complexo) pelo que, no caso de roubo, deverá manter-se a detenção, apresentando-se o menor em tribunal.

Havendo comparticipação na prática de factos ilícitos que configurem crime, havendo um menor e um indivíduo maior, atribui-se NUIPC ao expediente relacionado com o maior e n.º de registo ao expediente do menor, fazendo- se referência a este facto em ambas as peças.

Deve mencionar-se no auto que foram lidos e explicados os Direitos do Menor e entregar-lhe uma cópia.

Os crimes praticados por adultos contra crianças são comunicados ao MP com conhecimento ao Tribunal.

Quando os pais dos menores estão separados ou divorciados deve indicar-se a morada de ambos. Na identificação dos menores, indicar o n.º da Cédula Pessoal/BI/CC e, sempre que possível, a

Conservatória do Registo Civil onde o menor foi registado. Quando os factos ilícitos praticados pelo menor configurem crimes de natureza semi-pública ou

particular, dependendo por este motivo de queixa ou de acusação particular, perguntar aos ofendidos se querem apresentar queixa, indicando claramente se desejam procedimento contra o menor, informando-os de que, nestes casos, não há direito a indemnização.

Querendo, têm que mover um processo cível autónomo no tribunal competente.

Assim, todas as formalidades relativas à identificação e detenção da criança ou jovem – art.°s 50° a 55° obedecem aos mesmos princípios e condições previstas no processo penal, com algumas especialidades. Assim, quando não for possível identificar a criança ou jovem, a polícia deve contactar imediatamente os pais, representante legal ou pessoa que detenha a sua guarda. De qualquer modo, quer tenha sido ou não possível realizar a identificação, a criança ou jovem não pode permanecer na esquadra, para esse efeito, por mais de três horas

No que respeita à detenção – art.°s 51° a 54° - A lei pressupõe dois tipos: A detenção em flagrante delito nos termos do n.º 1 al. a) do art.º 51° A detenção para atos concretos, conforme als. b) e c) da mesma disposição legal. Este último tipo de detenção pressupõe sempre a existência de mandado judicial e nunca poderá exceder o prazo de doze horas.

A detenção em flagrante delito só tem lugar se a criança ou jovem praticar crime punível com pena de prisão – art.º 52° n.º 1. Porém, a detenção só será de manter se o crime cometido for contra as pessoas a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, de prisão igual ou superior a três anos ou tiver cometido facto qualificado como crime a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, igual ou superior a cinco anos ou, ainda, tiver cometido dois ou mais factos qualificados como crimes a que corresponda pena máxima, abstratamente aplicável, superior a três anos, cujo procedimento não dependa de queixa ou de acusação particular – art.º 52° n. 2.

Significa isto que a polícia pode deter um jovem que cometa um facto qualificado pela lei como crime, para identificação, conforme art.°s 52º nos 1 e 3 e 50º al. b).

Seja qual for a situação de detenção, esta deve ser comunicada, no mais curto espaço de tempo e pelo meio mais rápido, aos pais, representante legal ou pessoa que tiver a guarda de facto e ao MP ou à autoridade judiciária que emitiu o mandado de detenção – art.ºs 54° e 50° da LTE e 259° do CPP.

Quando não for possível apresentá-lo imediatamente ao juiz, o menor é confiado aos pais, ao representante legal, a quem tenha a sua guarda de facto ou a instituição onde se encontre internado. – art.º 54° n.º 1.

11º CFA Competência C1 52

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Se a confiança do menor nos termos do número anterior não for suficiente para garantir a sua presença perante o juiz ou para assegurar as finalidades da detenção, o menor é recolhido no centro educativo mais próximo ou em instalações próprias e adequadas de entidade policial – art.º 54° n.º 1. (NUNCA NAS CELAS DE DETENÇÃO).

Por princípio, o jovem deve ser sempre recolhido em centro educativo. Só em lugares onde não existam tais estruturas se admite a recolha do mesmo nas instalações policiais. Em tal situação, saliente-se que os postos policiais devem estar preparados para essas situações, tendo em consideração os princípios internacionais de administração de justiça a jovens que não são compatíveis com a detenção destes em condições idênticas às dos adultos.

LPCJP - LEI DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM PERIGO – Lei nº 147/99, de 1 de setembro

Artigo 69º da CRP (Infância) 4. As crianças têm direito à proteção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento

integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.

5. O Estado assegura especial proteção às crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal.

6. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.

Definição de criança ou jovem Para efeitos da presente lei, é a pessoa com menos de 18 anos ou a pessoa com menos de 21 anos

que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos. (art.º 5º)

Legitimidade da intervenção (art.º 3º) A intervenção para promoção dos direitos e proteção da criança e do jovem em perigo tem lugar

quando os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de ação ou omissão de terceiros ou da própria criança ou do jovem a que aqueles não se oponham de modo adequado a removê-lo.

Situações em que se considera que a criança ou o jovem está em perigo (art.º 3º) Está abandonada ou vive entregue a si própria; Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vitima de abusos sexuais; Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal; Está aos cuidados de terceiros, durante período de tempo em que se observou o estabelecimento

com estes de forte relação de vinculação e em simultâneo com o não exercício pelos pais das suas funções parentais;

É obrigada a atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;

Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;

Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado a remover essa situação.

Principios orientadores da intervenção (art.º 4º)

11º CFA Competência C1 53

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Interesse superior da criança e do jovem — a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do jovem, nomeadamente à continuidade de relações de afeto de qualidade e significativas, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto;

Privacidade Intervenção precoce Privacidade Intervenção precoce Intervenção mínima - a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas entidades e instituições

cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do jovem em perigo;

Proporcionalidade e atualidade Responsabilidade parental Primado da continuidade das relações psicológicas profundas Prevalência da família Obrigatoriedade da informação Audição obrigatória e participação Subsidiariedade

Conceitos (art.º 5º) Guarda de facto — a relação que se estabelece entre a criança ou o jovem e a pessoa que com ela

vem assumindo, continuadamente, as funções essenciais próprias de quem tem responsabilidades parentais;

Situação de emergência — a situação de perigo atual ou iminente para a vida ou a situação de perigo atual ou iminente de grave comprometimento da integridade física ou psíquica da criança ou jovem, que exija proteção imediata nos termos do artigo 91º, ou que determine a necessidade imediata de aplicação de medidas de promoção e proteção cautelares;

Entidades com competência em matéria de infância e juventude (ECMIJ) — as pessoas singulares ou coletivas, públicas, cooperativas, sociais ou privadas que, por desenvolverem atividades nas áreas da infância e juventude, têm legitimidade para intervir na promoção dos direitos e na proteção da criança e do jovem em perigo;

Medida de promoção dos direitos e de proteção (MPP – art.º 35º) — a providência adotada pelas comissões de proteção de crianças e jovens ou pelos tribunais, nos termos do presente diploma, para proteger a criança e o jovem em perigo;

Acordo de promoção e proteção (APP) — compromisso reduzido a escrito entre as comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ) ou o tribunal e os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto e, ainda, a criança e o jovem com mais de 12 anos, pelo qual se estabelece um plano contendo medidas de promoção de direitos e de proteção

Medidas de intervenção – promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo (art.º 6º) A promoção dos direitos e a proteção da criança e do jovem em perigo incumbe às entidades com

competência em matéria de infância e juventude (ECMIJ), às comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ) e aos tribunais.

1- Intervenção das ecmij (art.º 7º)

11º CFA Competência C1 54

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As ECMIJ devem, no âmbito das suas atribuições, promover ações de prevenção primária e secundária, nomeadamente, mediante a definição de planos de ação local para a infância e juventude, visando a promoção, defesa e concretização dos direitos da criança e do jovem.

2- Intervenção das cpcj (art.º 8º)A intervenção das CPCJ tem lugar quando não seja possível às ECMIJ atuar de forma adequada e

suficiente a remover o perigo em que se encontram. 3- Intervenção judicial (art.º 11º)

O que são as cpcj ? (art.º 12º) As CPCJ - Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, são instituições oficiais não judiciárias com

autonomia funcional que visam promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.

As CPCJ podem ser alargadas ou restritas. (art.ºs 17º e 20º).Existe ainda a CNPDPCJ - Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e

Jovens, criada pelo Decreto-Lei no159/2015 de 10 de agosto, cujas atribuições e competências estão definidas no art.º 3º.

Composição da comissão (cpcj - alargada) (art.º 17º) Diversas entidades que desenvolvem atividades nas áreas da infância e juventude; Um representante de cada força de segurança, dependente do Ministério da Administração

Interna, presente na área de competência territorial da comissão de proteção; A comissão restrita é composta sempre por um número impar, nunca inferior a cinco dos membros

que integram a comissão alargada, alguns dos quais são, por inerência, também membros da comissão restrita;

Competência territorial das cpcj (art.º 15º) As CPCJ exercem a sua competência na área do município onde têm sede.

Dever de colaboração (art.º 13º) Os serviços públicos, as autoridades administrativas e as entidades policiais têm o dever de

colaborar com as comissões de proteção no exercício das suas atribuições.O dever de colaboração incumbe igualmente às pessoas singulares e coletivas que para tal sejam solicitadas.

Intervenção de ECMIJ - Entidades com Competência em Matéria de Infância e Juventude A intervenção das ECMIJ é efetuada de modo consensual com as pessoas de cujo consentimento

dependeria a intervenção da comissão de proteção, nos termos do art.º 9º (os pais, representantes legais ou da pessoa que tenha a guarda de facto da criança ou do jovem, consoante o caso, de acordo com os princípios e nos termos do presente diploma.

Intervenção das CPCJ - Comissões de Proteção de Crianças e Jovens A intervenção das CPCJ tem lugar quando não seja possível às ECMIJ atuar de forma adequada e

suficiente a remover o perigo em que se encontram.

Intervenção judicial – Tribunais Entre outras situações, tem lugar quando não esteja instalada CPCJ - comissão de proteção de

crianças e jovens com competência no município ou na freguesia da respetiva área de residência.

Comunicação das situações de perigo pelas autoridades policiais e judiciárias As entidades policiais e as autoridades judiciárias comunicam, através da FICHA DE

COMUNICAÇÃO/SINALIZAÇÃO, (Ver ANEXO D, pág. 169 e ss do Guia de orientações para os profissionais

11º CFA Competência C1 55

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das FS na abordagem de situações de maus tratos ou outras situações de perigo, disponível na plataforma do CFA-11 e na pág. 139 da publicação MIP 01, publicação de MAR2015.

Comunicação das situações de perigo pelas ecmij As ECMIJ - entidades com competência em matéria de infância e juventude comunicam às CPCJP -

comissões de proteção as situações de perigo de que tenham conhecimento no exercício das suas funções sempre que não possam, no âmbito exclusivo da sua competência, assegurar em tempo a proteção suficiente que as circunstâncias do caso exigem.– art.º 65º

Comunicação das situações de perigo pelas autoridades policiais e judiciárias As entidades policiais e as autoridades judiciárias comunicam às comissões de proteção as situações

de crianças e jovens em perigo CPCJP - de que tenham conhecimento no exercício das suas funções – art.º 64o.

Comunicação das situações de perigo por qualquer pessoaQualquer pessoa que tenha conhecimento das situações de perigo pode comunicá-las às ECMIJ -

Entidades com Competência em Matéria de Infância ou Juventude, às entidades policiais, às comissões de proteção ou às autoridades judiciárias.Quando as comunicações sejam dirigidas às entidades referidas anteriormente, estas procedem ao estudo sumário da situação e proporcionam a proteção compatível com as suas atribuições, dando conhecimento da situação à comissão de proteção sempre que entendam que a sua intervenção não é adequada ou suficiente. Comunicação obrigatória

A comunicação é obrigatória para qualquer pessoa que tenha conhecimento de situações que ponham em risco a vida, a integridade física ou psíquica ou a liberdade da criança ou do jovem – Art.º 66º

Participação dos crimes cometidos contra crianças e jovensQuando os factos que tenham determinado a situação de perigo constituam crime, as ECMIJ e as

CPCJP devem comunicá-los imediatamente ao Ministério Público ou às entidades policiais. As situações previstas no número anterior devem, em simultâneo, ser comunicadas pela comissão

de proteção ao magistrado do Ministério Público que acompanha a respetiva atividade – art.º 70º

Procedimentos urgentes na ausência de consentimento (art.º 91º)Quando exista perigo atual ou iminente para a vida ou de grave comprometimento da integridade

física ou psíquica da criança ou jovem, e na ausência de consentimento dos detentores das responsabilidades parentais ou de quem tenha a guarda de facto, qualquer das entidades referidas no artigo 7º (ECMIJ – IPSS, Equipas RSI, ONG, Projetos Locais, Profissionais de Saúde, da Educação, da Ação Social, das FS, ...) ou as CPCJP tomam as medidas adequadas para a sua proteção imediata e solicitam a intervenção do tribunal ou das entidades policiais.

Procedimentos urgentes na ausência de consentimento (art.º 91º)- A entidade que intervém nos termos do número anterior dá conhecimento imediato das situações a

que aí se alude ao Ministério Público ou, quando tal não seja possível, logo que cesse a causa da impossibilidade.- Enquanto não for possível a intervenção do tribunal, as autoridades policiais retiram a criança ou o jovem do perigo em que se encontra e asseguram a sua proteção de emergência em casa de acolhimento, nas instalações das entidades referidas no artigo 7º ou em outro local adequado.

O Ministério Público, recebida a comunicação efetuada por qualquer das entidades referidas nos números anteriores, requer imediatamente ao tribunal competente procedimento judicial urgente nos termos do artigo seguinte.

11º CFA Competência C1 56

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O guia de orientações para os profissionais das forças de segurança na abordagem de situações de maus tratos e outras situações de perigo

Destina-se a todos os profissionais a quem cabem funções de Comunicação/Sinalização, deteção, avaliação, intervenção, e monitorização de casos de crianças em situação de perigo e, em específico, os das Forças de Segurança, bem como aos membros das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.

Objetivos do GUIA DE ORIENTAÇÕES: Promover e proteger os direitos das crianças, seguindo as orientações para os profissionais das

forças de segurança, na abordagem de situações de maus tratos ou outras situações de perigo plasmadas no Guia de Orientações respetivo.

Os profissionais das Forças de Segurança têm competências específicas em matéria de proteção à infância e juventude, designadamente, em situações de prevenção através da sua intervenção de proximidade (e.g. Escola Segura) e em situações de urgência, funcionando, por isso, como recetoras das denúncias originadas por situações detetadas noutros setores.

“CRIANÇA” – É TODO O SER HUMANO COM MENOS DE 18 ANOS

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO E CRIANÇAS E JOVENS EM PORTUGAL

Os maus tratos podem ser definidos como “qualquer forma de tratamento físico e (ou) emocional, não acidental e inadequado, resultante de disfunções e (ou) carências nas relações entre crianças e pessoas mais velhas, num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança e (ou) poder.

11º CFA Competência C1 57

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Podem manifestar-se através de comportamentos ativos (físicos, emocionais ou sexuais) ou passivos (omissão ou negligência nos cuidados e (ou) afetos). Pela maneira reiterada como geralmente acontecem, privam a criança dos seus direitos e liberdades, afetando, de forma concreta ou potencial, a sua saúde, desenvolvimento (físico, psicológico e social) e (ou) dignidade.”

Risco e perigo no âmbito do sistema de promoção e proteçãoOs conceitos de risco e perigo aplicam-se a todos os tipos de

situações de maus tratos e definem uma diferenciação de gravidade. Risco - situação de vulnerabilidade tal que, se não for superada, pode vir a determinar futuro perigo

ou dano para a segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral da criança. Perigo – probabilidade séria de dano da segurança, saúde, formação, educação e desenvolvimento

integral da criança, ou já a ocorrência desse dano, quando essa situação é determinada por ação ou omissão dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto, ou resulte da ação ou omissão de terceiros, ou da própria criança, a que aqueles não se oponham de modo adequado a removê-la.

O conceito de risco de ocorrência de maus tratos em crianças é mais amplo e abrangente do que o das situações de perigo, tipificadas na LPCJP, podendo ser difícil a demarcação entre ambas. As situações de risco implicam um perigo potencial para a concretização dos direitos da criança (e.g.: as situações de pobreza), embora não atingindo o elevado grau de probabilidade de ocorrência que o conceito legal de perigo encerra.

Nem todas as situações de perigo decorrem, necessariamente, de uma situação de risco prévia, podendo instalarem-se perante uma situação de crise aguda (e.g.: morte, divórcio, separação).

É esta diferenciação entre situações de risco e de perigo que determina os vários níveis de responsabilidade e legitimidade na intervenção no nosso Sistema de Promoção e Proteção da Infância e Juventude.

As Entidades com Competência em Matéria de Infância e Juventude (ECMIJ), integrantes do primeiro patamar de intervenção, entre as quais as FS, intervêm nas situações de risco e de perigo enquanto as CPCJ na sua modalidade restrita, centram a sua intervenção apenas nas situações de perigo descritas no artigo 3º da LPCJP.

A justificação teórica das necessidades de desenvolvimento da criança e a descrição de alguns Fatores de risco:

Individuais Familiares Socioculturais constam no Guia de Orientações para os Profissionais das Forças de Segurança, disponível na

plataforma do CFC-02

No campo da prevenção os sectores das Forças de Segurança, Saúde, Educação, Ação Social, e outras Entidades com Competência em Matéria de Infância e Juventude (ECMIJ), desempenham um papel relevante no desenvolvimento de programas específicos que viabilizem uma perceção positiva da criança e das suas necessidades e promovam os seus direitos. (prevenção primária), no desenvolvimento de programas preventivos, junto de grupos identificados relativamente a diferentes problemáticas (prevenção secundária) e na identificação e intervenção atempada de situações de perigo ou maus tratos (prevenção terciária).

Procedimentos de intervenção

11º CFA Competência C1 58

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Nas suas intervenções, as FS devem acentuar o enfoque preventivo, tendo como principal objetivo o bem-estar da criança. Nessa medida, devem orientar a sua atuação de acordo com os seguintes princípios, além dos plasmados na LPCJP: - O superior interesse da criança (Interesse superior da criança e do jovem - de acordo com a nova designação introduzida pela Lei n.º 142/2015, de 08SET, - Os direitos da vítima.- O critério da intervenção mínima.- Os critérios da preservação da prova.

Em situações de maus tratos ou outras situações de perigo Cabe às FS, em primeiro lugar, avaliar a urgência, ou não, da necessidade da sua intervenção, bem

como avaliar, de forma articulada com as ECMIJ, ou CPCJ, de acordo com o patamar de intervenção, a gravidade da situação e a necessidade, ou não, de aplicação de uma MPP (Medida de Promoção e Proteção – art.º 35º).

Sempre que este processo baseado num conjunto de indicadores de perigo, determine o encaminhamento da situação para o primeiro ou segundo nível de intervenção do Sistema de Promoção e Proteção, as ECMIJ e as CPCJ, respetivamente, deve ser preenchida a já referida Ficha de Comunicação/Sinalização. Mesmo em caso de mera suspeita, deve-se sinalizar sempre. Quem comunica ou sinaliza?

Qualquer profissional das FS que detete uma criança vítima de maus tratos ou outras situações de perigo deve fazê-lo.

Quando a situação detetada tem origem numa denúncia ou pode constituir crime tipificado no Código Penal, será elaborado o respetivo auto e enviado aos Serviços do MP.

Quando existem indícios da prática de crime contra a liberdade e auto determinação sexual deve o facto ser comunicado à PJ de imediato.

Quando comunica ou sinaliza? Quando a situação detetada não envolva um perigo iminente para a vida da criança ou integridade

física com simultânea oposição dos detentores do poder paternal, ou de quem tenha a guarda da criança, ou seja, quando não se cumprirem os critérios do procedimento de urgência.

Algumas situações que podem requerer uma sinalização à CPCJ desde que já tenham sido anteriormente sinalizadas e trabalhadas nas Entidades competentes de primeira linha, nomeadamente, a escola, o hospital ou centro de saúde, o serviço social:

Mendicidade infantil nas situações em que a vida da criança não é posta em perigo. Presença frequente de uma criança na rua durante o horário escolar.

Quando a situação detetada não envolva um perigo iminente para a vida da criança ou integridade física com simultânea oposição dos detentores do poder paternal, ou de quem tenha a guarda da criança, ou seja, quando não se cumprirem os critérios do procedimento de urgência. Algumas situações que podem requerer uma sinalização à CPCJ desde que já tenham sido anteriormente sinalizadas e trabalhadas nas Entidades competentes de primeira linha, nomeadamente, a escola, o hospital ou centro de saúde, o serviço social:

Mendicidade infantil nas situações em que a vida da criança não é posta em perigo. Presença frequente de uma criança na rua durante o horário escolar. Presença frequente de crianças sozinhas na rua sem a supervisão de um adulto. Comportamentos antissociais, como danos, furtos, roubos, consumos de tabaco, álcool, substâncias

psicotrópicas ou estupefacientes, etc., sempre que não envolvam um perigo grave para a criança. Qualquer outra situação em que se observem sinais de maus tratos ou grave falta de cuidado e/ou

supervisão às crianças

11º CFA Competência C1 59

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A quem comunica ou sinaliza? Dependendo da situação em concreto assim a mesma será reportada ao patamar competente de intervenção do Sistema de Promoção e Proteção e às respetivas entidades com responsabilidades na matéria (ECMIJ, CPCJ, MP).

Ação Social – Apoios de natureza social se estiver em risco ou perigo o bem-estar da criança. Estabelecimentos de ensino – Absentismo escolar, deambular na via pública durante o período

escolar, ou a consumir tabaco, álcool, substâncias psicotrópicas ou estupefacientes, conflitos interpares e/ou com adultos.

Associações de pais - Absentismo escolar, consumos de tabaco, álcool, substâncias psicotrópicas ou estupefacientes nas imediações dos estabelecimentos de ensino.

Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia - Situações que constituam degradação ao nível das condições habitacionais, nomeadamente, a falta de instalações sanitárias, a falta de água corrente e/ou energia elétrica, a sobrelotação da residência, a elevada degradação da residência, necessidades de adaptações na habitação (e.g. crianças portadoras de deficiências), etc. Outras situações que se avaliem da necessidade de apoios de natureza social podem também ser encaminhadas para os respetivos serviços de ação social destas entidades de primeira linha.

Projetos de Intervenção Local - A comunicação a estas entidades varia com as parcerias existentes localmente e com os objetivos dos projetos. Deve ser realizada quando os projetos se adequem à integração da criança e à sua recuperação enquanto membro daquela comunidade.

Associações Juvenis - A comunicação às instituições juvenis varia com as parcerias existentes localmente. A comunicação deve ser realizada quando os projetos se adequem à integração do jovem e à sua recuperação quando esta beneficie de um exemplo dos seus pares como referência de futuro.

Hospitais - São sinalizados aos hospitais ou aos núcleos hospitalares da criança e jovem em risco (NHACJR), desde que estes existam e estejam operacionais, os casos em que haja suspeita de maus tratos e negligência das crianças e quando estas apresentarem doenças (físicas ou mentais) ou lesões/deficiências que exijam exames de diagnóstico de intervenção imediata.

Centros de Saúde - São sinalizadas aos centros de saúde ou aos respetivos núcleos da criança e jovem em risco (NACJR), desde que estes existam e estejam operacionais, as situações das crianças que apresentam falta de cuidados básicos de saúde, nomeadamente falta de rastreios, vacinação, consultas periódicas (e.g. dentista, oftalmologista, pediatria, planeamento familiar), falta de apoios especiais (e.g. terapias específicas, cadeira de rodas, adaptações).

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) - A comunicação a estas entidades varia com as suas valências de intervenção e com os projetos que desenvolvem e as parcerias estabelecidas localmente. Deve ser realizada quando a intervenção das IPSS locais se adequam à integração da criança na comunidade local e à resolução da situação que a colocou em situação de perigo em consonância com a sua família.

Centros Paroquiais - A comunicação a estas entidades varia com as suas valências de intervenção e com os projetos que desenvolvem e as parcerias estabelecidas localmente. Deve ser realizada quando a intervenção dos Centros Paroquias se adequam à integração da criança na comunidade local e à resolução da situação que a colocou em situação de perigo em concordância com a sua família.

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) - A sinalização à CPCJ, territorialmente competente, realiza-se quando se verifica que a situação já tinha sido comunicada e trabalhada pelas entidades de primeira linha, esgotando-se todas as possibilidades de intervenção e quando a situação exige para sua resolução a aplicação de uma MPP – art.º 35º.

Ministério Público - Sempre que a situação detetada configura prática de crime (Tribunal Criminal) ou exige um procedimento de urgência (Secção de Família e Menores da instância central do Tribunal de Comarca quando aquele não exista).

11º CFA Competência C1 60

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Envio da ficha de comunicação/sinalização Uma vez preenchida a Ficha de Comunicação/Sinalização, esta será enviada uma cópia da mesma,

por e-mail, correio ou fax, à ECMIJ ou à CPCJ. No caso de serem observados novos indícios após a Comunicação/Sinalização da situação de uma

criança, pode ser sempre realizado um aditamento, fazendo referência à Comunicação/Sinalização anterior na parte “Outras intervenções realizadas pela entidade em relação à criança”.

Tema 11: PeditóriosDecreto de Lei nº 87/99, de 19 de Março

IntroduçãoTodas as formas de peditórios têm proliferado de forma desordena, alguns com autorização das

entidades competentes, outros sem a respetiva autorização, estes, com único propósito, o da angariação de receitas em proveito próprio, explorando assim os sentimentos de generosidade e de piedade das pessoas, usando a astúcia e o engano para enriquecimento próprio.

Estes últimos são os que mas proliferam por todo o pais criando um sentimento de desconfiança no cidadão, em tudo o que é peditórios, assim o presente DL surge como uma necessidade de disciplinar esta atividade.

Mendicidade/PeditóriosMendicidadeA repressão à pratica da mendicidade foi extinta em 1976, pelo que presentemente, qualquer pessoa que pede por necessidade para a sua sobrevivência não comete qualquer ilícito.Nota: Neste âmbito pode haver situações excecionais que poderão incorrer no âmbito criminal (caso da exploração da mendicidade) art.º 269º do CP

Enquadram-se no Decreto-Lei nº 87/99, de 19 de março Visam a angariação de receitas para fins de beneficência e assistência, de investigação cientificas e

a elas associadas; Poderão ser efetuadas através de espetáculos públicos ou de peditórios de rua; Através de entidades autorizadas a prestar serviços de telecomunicações de valor acrescentado

Conceito de Fins assistenciais e de beneficência Destinados a proporcionar condições de vida com dignidade a pessoas necessitadas; As pessoas economicamente e socialmente desfavorecidas; A vitimas de calamidades públicas

11º CFA Competência C1 61

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Os peditórios para serem legais ficam dependentes de Autorização da autoridade administrativa territorialmente competente

MAI – Quando a nível nacional; Presidente do Governo de Regional – quando nas Regiões Autónomas; Presidente da Camara Municipal – Quando se limita ao município

O requerimento do peditório deve ser solicitado à entidade competente obedecendo aos seguintes requisitos:

A qualidade do requerente; Nome; Os fins a que se destinam os produtos provenientes dos peditórios ou espetáculos; Numero de dias dos peditórios (máximo 7 dias) Identificação da conta bancária ou número da linha telefónica, consoante o meio.

Outros requisitos: Credenciação – A entidade promotora é obrigada a credenciar o pessoal próprio ou voluntario

envolvido, devendo comunicar este facto no prazo máximo de 60 dias e mínimo de 30 dias.

Prestação de ContasAs entidades requerentes ficam obrigadas a:

Publicitar as datas da angariação dos fundos, mínimo 48 horas; Prestar às autoridades competentes contas das receitas angariadas; Permitir acesso às contas bancárias à entidade competente que autorizou o peditório; As instituições de crédito e os serviços de telecomunicações são obrigadas a transmitir às

competentes autoridades administrativas, os montantes apurados nos peditórios públicos, no prazo de 10 dias contados a partir do termo da data autorizada para a realização do peditório.

Casos pontuais de peditórios: Peditórios pela igreja: Embora não esteja suficientemente explicito, presume-se que no interior dos

seus “templos” ou à porta destes, poderá a igreja Católica, efetuar peditórios sem precisar de qualquer autorização;

Peditórios efetuados pelos bombeiros; Mendicidade: Pedir por necessidade; Menores: A pedir por sua iniciativa, sem constrangimento de ninguém, encontram-se numa

situação de perigo.

Casos pontuais de peditório – Crimes Utilização de menores na mendicidade – Que utilizar menor ou pessoa psiquicamente incapaz na

mendicidade é punido com pela de prisão até três anos. Art.º 269º do CPOs cuidados dispensados ao menos devem ser sempre previstos na LPCJP

Burla – Indivíduos que fazem peditórios em nome de instituições, tais como, “Le Patriache”, Remar, Casa do Gaiato, etc. Art.º 217 do CP

Burla Qualificada – O agente que fizer da burla modo de vida.

Contraordenações Angariação de receitas sem autorização da competente autoridade administrativa, constitui

infração ao nº1 do art.º 1º, coima será de 1246,99€ a 2493,99 (pessoas singulares) A não prestação de contas pelas entidades a quem foi concedida a autorização do peditório,

infração ao art.º3º.

11º CFA Competência C1 62

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Procedimento policias em flagrante delito: Identificação do infrator; Elaborar Auto de Notícia por contraordenação Elaborar Auto de Apreensão Cautelar, dos lucros e dos meios utilizados; Expediente e bens apreendidos são enviados à autoridade administrativa competente.

Procedimento policias em fora flagrante delito: Recebe-se a denúncia, e se possível efetuar de imediato diligências para eventual recolha de

elementos de prova; Remete-se a denúncia acompanhada de informação, relatório, aditamento, sobre eventuais

diligências efetuadas e os resultados das mesmas às entidades competentes.

Entidades competentes para instrução do processo e aplicação das coimas:Ministro da Administração Interna; Presidentes dos governos das Regiões Autónomas, Presidentes das Câmaras Municipais, conforme a área geográficas onde os peditórios são realizados.

Entidades competentes para a fiscalizaçãoAs autoridades policias, art.º 48º D.L 433/87 Regime jurídico das contraordenações

Tema 12: EstrangeirosLei nº 23/2007, de 4 de julho

Princípio da igualdade – art.º 13º da CRP“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de

qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções politicas ou ideológicas, instrução situação económica, condição social ou orientação sexual”.

Direitos e deveres – art.º nº1 da CRP“Os estrangeiros e os apátridas que se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e

estão sujeitos aos deveres do cidadão português”

Exceções Direitos políticos O exercício das funções publicas que não tenham caracter predominantemente técnico; Os direitos e deveres reservados pela constituição e pela lei exclusivamente aos cidadãos

portugueses; Para cidadãos portugueses; A quem tenha entrado ou permanece regularmente no território nacional

Exceto por decisão judicial: De quem tenha obtido autorização de residência; Ou de quem tenha apresentado pedido de asilo não recusado.

Extradição é o processo pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma pessoa condenada por, ou suspeita de, infração criminal.

Não é admitida a extradição, nem a entrega a qualquer título, por motivos políticos; Por crimes a que corresponda, segundo o direito do estado requisitante, pena de morte. Ou outra de que resulte lesão irreversível da integridade física; Só pode ser determinada por autoridade judicial.

11º CFA Competência C1 63

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Asilo É garantido o direito de asilo aos estrangeiros e aos apátridas perseguidos Gravemente ameaçados de perseguição, em consequência da sua atividade em favor da

democracia, da libertação social e nacional, da paz entre os povos, da liberdade e dos direitos da pessoa humana.

Quem é considerado estrangeiro? Todo aquele que não prove possuir nacionalidade portuguesa Lei da nacionalidade – Define quem pode adquirir a nacionalidade portuguesa ou a naturalidade.

Regime de entrada e permanência em território português de nacionais de estado membros da união europeia e sues familiares.

Regula as condições que regem o exercício do direito de livre circulação e residência, o regime jurídico do direito de permanência permanente no território nacional pelos cidadãos da União e seus familiares, as restrições aos direitos acima indicados, fundadas em razões de ordem pública, de segurança pública ou de saúde pública.

Entrada em território nacionalAos cidadãos nacionais de um estado membro, é admitida a entrada em território nacional,

mediante a simples apresentação de um bilhete de identidade, ou de passaporte válidos, sem qualquer cisto de entrada ou formalidade equivalente.

Saída do território nacionalOs cidadãos da união munidos de um bilhete de identidade ou de passaporte válidos, bem como

seus familiares, que estejam munidos de passaporte válido, têm direito a sair do território nacional, não sendo exigível um visto de saída ou formalidade equivalente.

Direito de residência em PortugalOs cidadãos da União têm direito a residir no território nacional por:

Período até 3 meses sem outras condições e formalidades além da titularidade de um CC. (Também se aplica aos familiares com CC/passaporte válido).

Período superior a 3 meses se:o Exerça atividade profissional;o Disponha de recursos suficientes para si e familiares, bem como seguro de saúde;o Esteja inscrito num estabelecimento de ensino público ou privado;o Seja familiar que acompanha ou se reúna a um cidadão da União abrangido pelas

alíneas anteriores. Permanentemente, desde que tenha residido legalmente no território nacional por período

de cinco anos consecutivos.

Regime de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território portuguêsEstado Terceiro

Considera-se estado terceiro, qualquer estado que não seja membro da UE, nem seja parte da convecção de Aplicação, (Schengen) ou onde esta não se encontre em aplicação.

Convenção de aplicaçãoPor convenção de aplicação entende.se a convenção de aplicação do acordo Schengen.

11º CFA Competência C1 64

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Fronteiras externasAs fronteiras com estado terceiros, os aeroportos, no que diz respeito aos voos que tenham como proveniência ou destino os territórios dos Estados não vinculados à convenção de Aplicação, bem como os portos marítimos, salvo no que se refere às ligações no território português e às ligações regulares de transbordo entre Estados Partes na Convenção de Aplicação

Fronteiras InternasAs fronteiras comuns terrestres com os Estados Partes na Convenção de Aplicação, os aeroportos para voos destinados/provenientes dos Estados Partes na Convenção de Aplicação.

Controlo FronteiriçoA entrada e saída do território português efetua-se pelos postos de fronteira qualificados para esse

efeito e durante as horas do respetivo funcionamento.São sujeitos a controlo nos postos de fronteira os indivíduos que entrem em território nacional ou

dele saiam, sempre que provenham ou se destinem a países que não sejam parte...

Salvo-CondutoPode ser concedido aos cidadãos estrangeiros que, não residindo no país, demonstrem

impossibilidade ou dificuldade de sair do território.

Documento de viagem para expulsão de cidadãos nacionais de estado terceiroAo cidadão nacional de estado terceiro objeto de um medida de expulsão e que não disponha de

documento de viagem é emitido um documento para este efeito.

O passaporte pode revestir uma das seguintes categorias: Comum; Diplomático Especial Para estrangeiros Temporário

Titulo de viagem para refugiados – É um título concedido a refugiados de acordo como os acordos internacionais.

Para entrada ou saída do território português, os estrangeiros têm de ser portadores de um documento de viagem válido e reconhecido.

Vistos – Além do documento de viagem, os estrangeiros devem ser titulares de visto válido e adequado à finalidade da deslocação, salvo as exceções previstas na lei. Os vistos habilita o seu titular a apresentar-se num posto de fronteira e a solicitar a entrada no País.

No estrangeiro podem ser concedidos os seguintes tipos de vistos: Vistos de escala portuária; Visto de curta duração Visto de estadia temporária; Visto para obtenção de autorização de residência, adiante designado de visto de residência.

Tipos de vistos – Junto dos postos de fronteira podem ser concedidos os seguintes: Curta duração Especial

11º CFA Competência C1 65

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Será interdita a entrada em território português aos cidadãos estrangeiros que: Não reúnam cumulativamente os requisitos legais de entrada. Estejam indicados para efeitos de não admissão em espaço Schengen (SIS) Estejam indicados para efeitos de não admissão nos SEF; Constituíam perigo ou grave ameaça para a ordem pública, segurança nacional, a saúde pública ou

para as relações internacionais de Estados Membros da União europeia, bem como de Estados onde vigore a Convenção de Aplicação.

Declarações de entradaOs cidadãos estrangeiros que entrem no País por uma fronteira não sujeita a controlo, vindos de outro estado membro, são obrigados a declarar esse facto no prazo de 3 dias úteis.A declaração de entrada deve ser prestada junto do SEF.

Comunicação de alojamentoAs empresas exploradoras de estabelecimentos hoteleiros, que alojem cidadãos estrangeiros, ficam obrigados a comunicar ao SEF no prazo de 3 dias uteis.A comunicação pode ser feita através do SIBA.

A autorização de residência compreende dois tipos:Autorização de residência temporáriaAutorização de residência permanente

Ao cidadão estrangeiro autorizado a residir em território nacional será emitido um título de residência.

IlícitosConsidera-se entrada ilegal de estrangeiros em território nacional:

Efetuada por diferentes locais dos postos de fronteira; A efetuada sem sujeição ao controlo nos postos de fronteira A efetuada sem qualquer documento de viagem válido reconhecido; A efetuada sem visto válido e adequado à finalidade da deslocação concedida; A efetuada por estrangeiros inscritos no SIS ou na lista nacional de pessoas não admissíveis.

Permanência ilegalConsidera-se permanência ilegal de cidadãos estrangeiros em território nacional quando não tenha sido autorizada de harmonia com o disposto na presente lei ou na lei reguladores do direito de asilo, bom como quando se tenha verificado a entrada ilegal nos termos referidos anteriormente.

Ilícitos Criminais.Art.º 183º - Auxílio à imigração ilegal;Art.º 184º - Associação de auxílio à imigração ilegal;Art.º 185º - Angariação de mão-de-obra ilegal;Art.º 185-A – Utilização da atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal;Art.º 186º - Casamento ou união de conveniência;Art.º 187º - Violação da medida de interdição de entrada.

Ilícitos contraordenacionaisArt.º 192º - Permanência ilegal;Art.º 193º - Acesso não autorizado à zona internacional do porto

11º CFA Competência C1 66

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Art.º 194º - Transporte de pessoa com entrada não autorizada no País;Art.º 195º - Falta de visto de escala aeroportuária;Art.º 196º - Incumprimento da obrigação de comunicação de dados;Art.º 197º - Falta de declaração de entrada:Art.º 198º - Exercício de atividade profissional não autorizado;Art.º 198º-A – Utilização da atividade de cidadão estrangeiro em situação ilegal;Art.º 198º-B – Apoio ao cidadão nacional de país terceiro cuja atividade foi utilizada ilegalmente;Art.º 199º - Falta de apresentação de documento de viagem;Art.º 200º - Falta de pedido de título de residência.Art.º 201º - Não renovação atempada de autorização de residênciaArt.º 202º - Inobservância de determinados deveres;Art.º 203º - Falta de comunicação do alojamento.

Procedimento PoliciaisO estrangeiro que entre ou permaneça ilegalmente em território nacional é detido por autoridade

policias, exceto, se este apresentar um pedido de asilo a qualquer autoridade policial dentro das quarente e oito horas após a sua entrada, passando a aguardar em liberdade a decisão do seu pedido.

Apresentação do pedido1. O estrangeiro ou apátrida que entre em território nacional a fim de obter proteção internacional

deve apresentar sem demora o seu pedido ao SEF;2. Qualquer autoridade policial que receba o pedido referido no nº1 remete-o ao SEF no prazo de 48H

O cidadão que entre ou permaneça ilegalmente em território nacional é, detido por autoridade policial e, sempre que possível, entregue ao SEF, acompanhado do respetivo AUTO;

Deve ser feito o pedido de informação ao SEF, conforme modelo próprio. Em função da resposta a esse pedido, assim serão os procedimentos posteriores.

Deve ser presente ao Juiz, no máximo de 48H após detenção No caso de uma detenção ao fim de semana, deve o mesmo ser presente ao Tribunal de Turno, em

ordem à sua validação, uma vez que, não pode ser notificado.Consulta ao SII/SEF, através do envio de fax em modelo próprio;

Na resposta ao fax devem ir mencionados os procedimentos a adotar pela PSP;Elaborar auto de notícia em consonância com o art.º 243º do CPP;Sempre que possível, entregar ao estrangeiro aos SEF, conjuntamente com o Auto elaborado.

Caso o detido não seja entregue ao SEF, é presente ao Juiz em 48H.Por último, se for proferida uma decisão de expulsão em prazo determinado o expulsando poderá, enquanto não expirar o prazo, ser colocado em centro de instalação temporária, ou, ser obrigado a apresentar-se periodicamente ao SEF ou autoridades policiais.

Expediente a elaborar Fax de pedido de informações ao SEF; Auto de noticia por detenção; Fax da comunicação da detenção ao tribunal; Termo de constituição de arguido Termo de identidade e residência (quando possui) Auto de apreensão, no caso de existirem objetos Boletim individual de detido

11º CFA Competência C1 67

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Tema 13: Estupefaciente/PsicotrópicosLei nº 30/200 – Regime aplicável ao consumoDL nº 130-A/2001 – Regime de funcionamento das comissões de dissuasão da ToxicodependênciaDL nº 15/93 – Regime jurídico do tráficoPortª nº94/96 – Dose média individual diária.

Art.º 2ºO consumo, a aquisição e a detenção para consumo próprio de plantas substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas I a IV anexas ao DL 15/93 constituem contraordenação.

Tem como base a teoria de que o toxicodependente é um doente e não um criminoso, devendo ser tratado e não encarcerado.

A dissuasão (grande objetivo desta lei, a qual criou as Comissões para dissuasão da toxicodependência CDT) é um mecanismo legal de intervenção preventiva, terapêutica e sanitária junto dos consumidores de drogas, responsabilizando-os pelo seu comportamento de uso, com objetivo de proteger a saúde individual, e a saúde e segurança publica.

Lei nº 30/00 Art.º 2ºDefine o regime jurídico aplicável ao consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, bem

como a proteção sanitária e social das pessoas que consomem tais substâncias sem prescrição médica.A aquisição e detenção para consumo próprio não poderão exceder a quantidade necessária para

consumo médio individual durante o período de 10 dias.

Portaria nº 94/96 – Limites quantitativos máximos – Dose média individual diária.

Procedimentos (art.º 4º Lei 30/200)

11º CFA Competência C1 68

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Identificação do consumidor Revista Teste rápido DIK-12 Apreensão de estupefaciente Elaboração de auto de ocorrência

Competência para o processamento, aplicação e execução (art.º 5)O processamento das contraordenações e aplicação das respetivas sanções competem a uma

comissão designada CDT, especialmente criada para o efeito, funcionando em cada distrito, nas instalações de serviços dependentes do instituto da droga e da toxicodependência.

A execução das coimais e das sanções alternativas compete às autoridades policias

Competência territorial (art.º 8º)É territorialmente competente a comissão da área do domicilio do consumidor, exceto se este não

for conhecido, circunstância em que será competente a comissão da área em que o consumidor tiver sido encontrado.

É competente para conhecer do recurso da decisão sancionatória o tribunal com jurisdição na sede da comissão recorrida.

Sanções (art.º 15º)Aos consumidores não toxicodependentes poderá ser aplicada uma coisa ou, em alternativa,

sanção pecuniária.Aos consumidores toxicodependentes em função da necessidade de prevenir o consumo de

estupefacientes e substancias psicotrópicas.Na aplicação das sanções a comissão terá em conta a situação os do consumidor e a natureza e as

circunstancias do consumo, ponderando designadamente:a) A gravidade do ato;b) A culpa do agente;c) O tipo de plantas, substancias ou preparados consumidos;d) A natureza publica ou privada do consumo;e) Tratando-se de consumo publico, o local de consumo;f) Em caso de consumidor não toxicodependente, o carater ocasional ou habitual do consumo;g) A situação pessoal nomeadamente económica e financeira, do consumidor.

Coimas (art.º 16º)Se se tratar de plantas, substancias ou preparações compreendidas nas tabelas I-A, I-B II-A, II-B e II-C, a coima compreende-se entre um minino de 24,94€ e um máximo equivalente ao salario mínimo nacional.

Se se tratar de substancias ou preparações compreendidas nas tabelas I-C, III e IV, a coima é de 24,94€ a 149,64€.As importâncias correspondentes ao pagamento das coimas são distribuídas da forma seguinte:

a) 60% para o estado;b) 40 % para o IDT, I.P:

Outras sanções (art.º 17º)A comissão pode impor em alternativa à coima uma sanção de admoestação.Se prejuízo do disposto no nº2 do art.º 15º, a comissão pode aplicar as seguintes sanções, em

alternativa à coima ou a titulo principal:a) Proibição de exercer profissão ou atividade, designadamente as sujeitas a regime de licenciamento

quando dai resulte risco para a integridade do próprio ou de terceiros:

11º CFA Competência C1 69

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b) Interdição de frequência de certos lugares;c) Proibição de acompanhar, alojar ou receber certas pessoas;d) Interdição de ausência para o estrangeiro sem autorização;e) Apresentação periódica em local a designar pela comissão;f) Cassação, proibição da concessão ou renovação da licença de uso e porte de arma de defesa, caça,

precisão ou recreio;g) Apreensão de objetos que pertençam ao próprio e representem u risco para este ou para a

comunidade ou favoreçam a prática de um crime ou de outra contraordenação.h) Privação da gestão de subsidio ou beneficio atribuído a título pessoal por entidades ou serviços

públicos que será confiada à entidade que conduz o processo ou àquela que acompanha o processo de tratamento, quando aceito.

Em alternativas às sanções previstas nos números anteriores, pode a comissão, mediante aceitação do consumidor, determinar a entrega a instituições publicas oi particulares de solidariedade social de uma contribuição monetária ou a prestação de serviços gratuitos a favor da comunidade.

A comissão pode suspender a execução de qualquer das sanções referidas nos números anterior, substituindo-a pelo cumprimento de algumas obrigações, nos termos do art.º 19º.

Cumprimento de sanções e de medidas de acompanhamento (art.º 25ª)A decisão de decretar sanções ou medidas de acompanhamento é comunicada às autoridades

policiais, competindo a estas oficiar os serviços e as autoridades aos quais deva ser pedida colaboração para a execução dessas medidas.

Auto de ocorrência (art.º 9º)A autoridade policias que tome conhecimento da prática de contraordenação prevista na lei nº

30/2000, elabora auto de ocorrência, onde se menciona: Dia, hora e local e as circunstâncias em que a contraordenação foi cometida; Tudo o que puder averiguar acerca da identificação do agente da contraordenação e seu domicilio. Factos que constituem a infração; AS diligências efetuadas, bem como os meios de prova conhecidos, nomeadamente as testemunhas

que puderem depor sobre os factos.

O auto de ocorrência é assinado pela entidade que elaborou e enviado pelo meio mais celebre à comissão que se afigure territorialmente competente, de modo que seja recebido até 36 horas depois de ocorrida.

As autoridades policiais providenciam em ordem a evitar o desaparecimento de provas e apreendem as substâncias suspeitas, as quais constam do auto e são remetidas, no mais curto lapso de tempo à comissão competente, para serem depositadas no comando distrital da respetiva força.

Quando não for possível identificar o indiciado e conhecer o seu domicilio no local e no momento da pratica do facto, as autoridades policiais podem proceder à sua detenção, a fim de o identificarem ou de garantirem a comparência perante a comissão, nos termos do regime legal da detenção para identificação. (art.º 250º CPP)

No caso previsto no numero anterior pode o indiciado contactar telefonicamente qualquer familiar e um advogado por si escolhido.

Medidas preliminares (art.º10º)Quando o indiciado relevar sinais de descompensação física ou psíquica, as autoridades policias

podem promover a sua apresentação em serviço de saúde publico, a fim de lhe serem dispensados os necessários cuidados.

11º CFA Competência C1 70

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Na circunstância a que alude o numero precedente, as autoridades policiais remetem de imediato, por qualquer meio, ao presidente da comissão que se afigure ser territorialmente competente, um registo contendo a identificação do suspeitos, a data e as razões da apresentação.

Art.º 11ºNotificação do consumidor para se apresentar na comissão territorialmente competente, no mais

curto prazo de tempo, sem nunca exceder as 72 horas.O indiciado ou seu representante são informados de que podem constituir defensor, ou requerer a sua nomeação oficiosa.

Art.º 32ºA notificação efetua-se no ato de autuação, quando possível, mediante entrega de um duplicado do

auto, que constitui contraordenação.

Art.º 2º - Âmbito e competência territorialEm cada capital de distrito do continente é constituída um CDT, que exerce funções em instalações

disponibilizadas pelos Instituto da Droga e Toxicodependência IDP.

Art.º 11º ComunicaçãoLogo que recebido o auto, a comissão pode alterar o dia e hora da apresentação, em caso de

dificuldade de agenda e desde que seja possível notificar o indiciado ou seu representante lega.

Art.º 12º Apresentação do indiciado pela autoridade policialNo caso do nº 4 do art.º 9º, o indiciado pode ser apresentado à comissão pela entidade policial

imediatamente após ocorrência.

Art.º 17º Análise às substâncias apreendidasQuando o indiciado negar a natureza estupefaciente ou psicotrópica das substancias encontradas

na sua posse, a comissão determina a imediata realização das análises, necessárias.O disposto no número anterior é aplicável as autoridades policias que tenha duvidas sobre a

natureza do produto.

Art.º 18º Depoimento do autuanteA comissão, por iniciativa própria ou precedendo requerimento do indiciado, poderá convocar o

agente da autoridade que tiver procedido à interpelação e autuação, a fim de lhe serem tomadas declarações.

Art.º 32º NotificaçõesNo caso de autuação, quando possível, mediante a entrega de um duplicado do auto, onde

constem, além do mais, as sanções aplicáveis e o dia e hora a apresentação do indiciado na comissão territorialmente competente;

Por contato telefónico ou pessoal com o notificado no lugar em que for encontrado;Quando impossível qualquer das vias das alíneas anteriores, por carta expedida ao domicilio do

notificando.

DL nº 15/93 Regime jurídico aplicável ao trafico de estupefacientes – Crimes

Artigo 21.ºTráfico e outras atividades ilícitas 1 Quem, sem para tal se encontrar autorizado, cultivar, produzir, fabricar, extrair, preparar, oferecer,‐ puser à venda, vender, distribuir, comprar, ceder ou por qualquer título receber, proporcionar a outrem,

11º CFA Competência C1 71

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transportar, importar, exportar, fizer transitar ou ilicitamente detiver, fora dos casos previstos no artigo 40º, plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas I a III é punido com pena de prisão de 4 a 12 anos.2 Quem, agindo em contrário de autorização concedida nos termos do capítulo II, ilicitamente‐ ceder, introduzir ou diligenciar por que outrem introduza no comércio plantas, substâncias ou preparações referidas no número anterior é punido com pena de prisão de 5 a 15 anos.3 Na pena prevista no número‐ anterior incorre aquele que cultivar plantas, produzir ou fabricar substâncias ou preparações diversas das que constam do título de autorização.4 Se se tratar de substâncias ou preparações compreendidas na‐ tabela IV, a pena é a de prisão de um a cinco anos.

Artigo 22.º Precursores 1 Quem, sem se encontrar autorizado, fabricar, importar, exportar, transportar ou distribuir‐ equipamento, materiais ou substâncias inscritas nas tabelas V e VI, sabendo que são ou vão ser utilizados no cultivo, produção ou fabrico ilícitos de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, é punido com pena de prisão de 2 a 10 anos. 2 Quem, sem se encontrar autorizado, detiver, a qualquer título, equipamento, materiais ou substâncias‐ inscritas nas tabelas V e VI, sabendo que são ou vão ser utilizados no cultivo, produção ou fabrico ilícitos de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, é punido com pena de prisão de um a cinco anos. 3 Quando o agente seja titular de autorização nos termos do capítulo II, é punido: ‐a) No caso do nº 1, com pena de prisão de 3 a 12 anos;b) No caso do nº 2, com pena de prisão de dois a oito anos.

Artigo 26º Traficante consumidor ‐1 Quando, pela prática de algum dos factos referidos no artigo 21º, o agente tiver por finalidade exclusiva‐ conseguir plantas, substâncias ou preparações para uso pessoal, a pena é de prisão até três anos ou multa, se se tratar de plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas I a III, ou de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias, no caso de substâncias ou preparações compreendidas na tabela IV.2 A tentativa é punível.‐3 Não é aplicável o disposto no nº 1 quando o agente detiver plantas, substâncias ou preparações em‐ quantidade que exceda a necessária para o consumo médio individual durante o período de cinco dias.

Artigo 27ºAbuso do exercício de profissão 1 As penas previstas nos artigos 21º, nºs 2 e 4, e 25º são aplicadas ao médico que passe receitas, ministre‐ ou entregue substâncias ou preparações aí indicadas com fim não terapêutico.2 As mesmas penas são aplicadas ao farmacêutico ou a quem o substitua na sua ausência ou‐ impedimento que vender ou entregar aquelas substâncias ou preparações para fim não terapêutico. 3 Em caso de condenação nos termos dos números anteriores, o tribunal comunica as decisões à Ordem‐ dos Médicos ou à Ordem dos Farmacêuticos.4 A entrega de substâncias ou preparações a doente mental manifesto ou a menor, com violação do‐ disposto no artigo 19º, é punida com pena de prisão até um 1 ano ou multa até 120 dias.5 A tentativa é punível. ‐

Artigo 28º Associações criminosa1 Quem promover, fundar ou financiar grupo, organização ou associação de duas ou mais pessoas que,‐ actuando concertadamente, vise praticar algum dos crimes previstos nos artigos 21º e 22º é punido com pena de prisão de 10 a 25 anos.2 Quem prestar colaboração, directa ou indirecta, aderir ou apoiar o grupo, organização ou associação‐ referidos no número anterior é punido com pena de prisão de 5 a 15 anos. 3 Incorre na pena de 12 a 25 anos de prisão quem chefiar ou dirigir grupo, organização ou associação‐ referidos no nº 1.

11º CFA Competência C1 72

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4 Se o grupo, organização ou associação tiver como finalidade ou actividade a conversão, transferência,‐ dissimulação ou receptação de bens ou produtos dos crimes previstos nos artigos 21º e 22º, o agente é punido: a) Nos casos dos nºs 1 e 3, com pena de prisão de 2 a 10 anos; b) No caso do nº 2, com pena de prisão de um a oito anos.

Artigo 29ºIncitamento ao uso de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas 1 Quem induzir, incitar ou instigar outra pessoa, em público ou em privado, ou por qualquer modo‐ facilitar o uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas I a III é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.2 Se se tratar de substâncias ou preparações compreendidas na tabela IV, a pena é de prisão até 1 ano ou‐ de multa até 120 dias. 3 Os limites mínimo e máximo das penas são aumentados de um terço se:‐a) Os factos foram praticados em prejuízo de menor, diminuído psíquico ou de pessoa que se encontrava ao cuidado do agente do crime para tratamento, educação, instrução, vigilância ou guarda;b) Ocorreu alguma das circunstâncias previstas nas alíneas d), e) ou h) do artigo 24º

Artigo 30ºTráfico e consumo em lugares públicos ou de reunião 1 Quem, sendo proprietário, gerente, director ou, por qualquer título, explorar hotel, restaurante, café,‐ taberna, clube, casa ou recinto de reunião, de espectáculo ou de diversão, consentir que esse lugar seja utilizado para o tráfico ou uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas I a IV é punido com pena de prisão de um a oito anos. 2 Quem, tendo ao seu dispor edifício, recinto vedado ou veículo, consentir que seja habitualmente‐ utilizado para o tráfico ou uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas I a IV é punido com pena de prisão de um a cinco anos.3 Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, aquele que, após a notificação a que se refere o‐ número seguinte, não tomar as medidas adequadas para evitar que os lugares neles mencionados sejam utilizados para o tráfico ou o uso ilícito de plantas, substâncias ou preparações incluídas nas tabelas I a IV é punido com pena de prisão até cinco anos. 4 O disposto no número anterior só é aplicável após duas apreensões de plantas, substâncias ou‐ preparações incluídas nas tabelas I a IV, realizadas por autoridade judiciária ou por órgão de polícia criminal, devidamente notificadas ao agente referido nos nºs 1 e 2, e não mediando entre elas período superior a um ano, ainda que sem identificação dos detentores. 5 Verificadas as condições referidas nos nºs 3 e 4, a autoridade competente para a investigação dá‐ conhecimento dos factos à autoridade administrativa que concedeu a autorização de abertura do estabelecimento, que decide sobre o encerramento.

Artigo 32º Abandono de seringas Quem, em lugar público ou aberto ao público, em lugar privado mas de uso comum, abandonar seringa ou outro instrumento usado no consumo ilícito de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, criando deste modo perigo para a vida ou a integridade física de outra pessoa, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

Artigo 33º Desobediência qualificada 1 Quem se opuser a actos de fiscalização ou se negar a exibir os documentos exigidos pelo presente‐ diploma, depois de advertido das consequências penais da sua conduta, é punido com a pena correspondente ao crime de desobediência qualificada.2 Incorre em igual pena quem não cumprir em tempo as obrigações impostas pelo artigo 20º ‐

Artigo 35º Perda de objectos

11º CFA Competência C1 73

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1 São declarados perdidos a favor do Estado os objectos que tiverem servido ou estivessem destinados a‐ servir para a prática de uma infracção prevista no presente diploma ou que por esta tiverem sido produzidos.2 As plantas, substâncias e preparações incluídas nas tabelas I a IV são sempre declaradas perdidas a‐ favor do Estado. 3 O disposto nos números anteriores tem lugar ainda que nenhuma pessoa determinada possa ser punida‐ pelo facto

Artigo 51ºLegislação processual penal 1 Para efeitos do disposto no Código de Processo Penal, e em conformidade com o nº 2 do artigo 1º do‐ mesmo Código, consideram se equiparadas a casos de terrorismo, criminalidade violenta ou altamente‐ organizada as condutas que integrem os crimes previstos nos artigos 21º a 24º e 28º deste diploma.2 Na‐ falta de disposição específica do presente diploma, são aplicáveis subsidiariamente as normas do Código de Processo Penal e legislação complementar.

Artigo 53º Revista e perícia 1 Quando houver indícios de que alguém oculta ou transporta no seu corpo estupefacientes ou‐ substâncias psicotrópicas, é ordenada revista e, se necessário, procede se a perícia.‐2 O visado pode ser conduzido a unidade hospitalar ou a outro estabelecimento adequado e aí‐ permanecer pelo tempo estritamente necessário à realização da perícia. 3 Na falta de consentimento do visado, mas sem prejuízo do que se refere no nº 1 do artigo anterior, a‐ realização da revista ou perícia depende de prévia autorização da autoridade judiciária competente, devendo esta, sempre que possível, presidir à diligência.4 Quem, depois de devidamente advertido das consequências penais do seu acto, se recusar a ser‐ submetido a revista ou a perícia autorizada nos termos do número anterior é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.

Artigo 57º Investigação criminal 1 Presume se deferida à Polícia Judiciária, através da Direção Central de Investigação do Tráfico de‐ ‐ Estupefacientes, a competência para a investigação dos crimes tipificados nos artigos 21º, 22º, 23º, 27º e 28º do presente diploma e dos demais que lhe sejam participados ou de que colha notícia. 2 Presume se deferida à Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública a competência para‐ ‐ a investigação dos seguintes crimes, praticados nas respectivas áreas de jurisdição, quando lhes forem participados ou deles colham notícia:a) Do crime previsto e punido no artigo 21º do presente diploma, quando ocorram situações de distribuição directa aos consumidores, a qualquer título, das plantas, substâncias ou preparações nele referidas; b) Dos crimes previstos e punidos nos artigos 26º, 29º, 30º, 32º, 33º e 40º do presente diploma.

LOIC – Lei nº 49/2008 – Lei da Organização da Investigação CriminalArt.º 7º - Competência da PJ em matéria de investigação criminal

4- É ainda da competência reservada da PJ a investigação dos seguintes crimes, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte:

i. Relativos ao tráfico de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas tipificados nos art.º 21º 22º 23º 27º e 28º do DL nº15/93 e dos demais previstos neste diploma que lhe sejam participados ou de que colha noticia.

DL nº 81/95

11º CFA Competência C1 74

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Prevê a criação de brigadas anticrime e de unidades mistas de coordenação integrando a PJ, GNR a PSP SEF e DGA.

Definindo competências de investigação, prevenção, circuitos e tratamento de informação.

Protocola entre as FSS e Aduaneiros para o combate à drogaRegulamentação do DL nº 81/95 nomeadamente no que diz respeito ao tratamento de informação

e funcionamento das UCIC.

Redefine as competências e investigação previstas no DL nº 15/93, atribuindo à PSP/GNR competência para investigação de fenómenos de baixa complexidade, mas de elevada visibilidade e impacto social:

Venda direta; Traficante-consumidor; Incitamento ao uso de estupefacientes; Trafico e consumo em locais públicos ou de reunião

Circuitos de informação art.º 4º É atribuída à DCITE/PJ a centralização e tratamento de toda a informação; Define a obrigatoriedade de remessa à DCITE de copias de autos de noticia, de denuncia, relatórios

finais dos inquéritos e as demais informações que lhe forem solicitadas; Obrigatoriedade de comunicação previa de ações planificadas.

Brigadas Anticrime art.º 5ºUnidades especais com competência especifica em matéria de prevenção e investigação do trafico

de estupefaciente

UCICS art.º 6ºSão criadas as unidades de coordenação e intervenção conjunta integrando a PSP, GNR, SEF,

DGAIEC, sob épige da PJ, tendo como objetivo a partilha de informação.

Protocola de combate à droga As informações a transmitir à DCITE/PJ efetuam-se os respetivos serviços de Lisboa, Porto, Coimbra

e Faro. As informações são transmitidas aos serviços da DCITE da região onde a noticia foi recebida; No caso da realização de ações planeadas, ou conhecimento de flagrantes a comunicação é

efetuada para a SRITE da região respetiva; Nesses casos, os serviços da PJ têm 24 horas para responder se há algum inconveniente na

realização das ações planeadas; As comunicações de inicio de inquérito, o mesmo prazo será respeitado na transmissão de dados

relativos aos suspeitos existentes no sistema de informação da PJ.

Formulário – Modelo TCDModelo A – Este formulário deve ser preenchido sempre que se verifiquem as situações de tráfico ou tráfico/consumo de drogas que originem apreensões de estupefacientes, valores apreendidos ou documento apreendidos.Modelo B – Este formulário devera ser preenchido sempre que haja indivíduos identificados, quer tenham sido detidos ou não, e deve acompanhar sempre o modela AModelo C – Auto de Ocorrência – Este formulário destina-se a ser utilizado como Auto de Noticia por contraordenação e notificação do consumidor e modelo de recolha de dados estatísticos.

11º CFA Competência C1 75

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Destino dos FormulárioOriginal – CDT territorialmente competenteDuplicado – Entregue ao infrator/consumidos (que serve de notificação)Triplicado – DCITE/PJ

DL nº 54/2013 - Define o regime jurídico de prevenção e proteção contra a publicidade e o comércio das novas substâncias psicoativas

Tema 14: Violência nos recintos desportivosLei nº 39/09

ÂMBITO DA LEI No 52/2013, 27JUL Aplica-se a todos os espetáculos desportivos, exceto nos casos expressamente previstos noutras disposições legais

Definições – Art.º 3º - Agente desportivo - Anel ou perímetro de segurança- Área do espetáculo desportivo- Assistente de recinto desportivo (ARD)- Complexo desportivo- Coordenador de segurança- Ponto de contacto para a segurança (PCS) - Espetáculo desportivo- Grupo organizado de adeptos (GOA) - Interdição dos recintos desportivos- Promotor do espetáculo desportivo- Organizador da competição desportiva- Realização de espetáculos desportivos à porta fechada- Recinto desportivo- Títulos de ingresso- Ponto Nacional de Informação sobre o Futebol (PNIF)

Regulamentos de prevenção da violência – Art.º 5º É da competência do organizador da competição desportiva aprovar os regulamentos internos Estes regulamentos estão sujeitos a registo junto do IPDJ – Instituto Português do Desporto e da

Juventude que é condição da sua validade e devem conter: Procedimentos preventivos a observar Enumeração tipificada de situações de violência, racismo, xenofobia e intolerância nos espetáculos

desportivos, bem como as correspondentes sanções a aplicar aos agentes desportivos Tramitação processual Discriminação do tipo de objetos ou substâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou possibilitar

atos de violência

Regulamentos de segurança e de utilização dos espaços de acesso público – Art.º 7º É da competência do promotor do espetáculo (ou do proprietário do recinto, ou ainda do

organizador da competição, em determinados casos) aprovar os regulamentos internos em matéria de segurança e utilização dos espaços de acesso ao público Estes regulamentos, feitos em concertação com as FS, são registados no IPDJ e devem prever:

Separação física dos adeptos Controlo da venda de títulos de ingresso

11º CFA Competência C1 76

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Vigilância e controlo da lotação e vias de acesso Instalação ou montagem de anéis de segurança Proibição de bebidas alcoólicas, estupefacientes, psicotrópicos, no interior do anel,

perímetro ou recinto desportivo, salvas as exceções A criação de áreas no interior do recinto onde é permitido o consumo de bebidas alcoólicas A vigilância de grupos de adeptos Zonas de paragem e estacionamento das viaturas das FS, ANPC, Bombeiros, Serviço de

Emergência Médica Zonas de paragem e estacionamento das viaturas pertencentes às comitivas dos clubes,

árbitros, ... Condições de exercício da atividade dos OCS Plano de emergência interno, através da atuação dos ARD

Ponto de contacto para a segurança – Art.º 10-A.o Compete ao promotor do espetáculo desportivo designar um ponto de contacto para a segurança,

que: É um representante do promotor do espetáculo desportivo, permanentemente responsável por

todas as matérias de segurança Pode encontrar-se identificado através de sobreveste (colete)

Policiamento de espetáculos desportivos – Art.º 11º Além do presente diploma - DL nº 52/2013, de 17 de abril – o regime de policiamento de

espetáculos desportivos realizados em recinto desportivo e de satisfação dos encargos com este policiamento consta nas disposições conjugadas da seguinte legislação: (DL nº 216/12, de 9 de outubro, Port.a nº 55/14, de 6 de março, Despacho nº 3973/2014, de 14 de março, DL nº 248-B/2008, de 31 de dezembro, portaria nº 345/2012, de 29 de outubro, portaria nº 68/2014, de 13 de março, DL nº 289/2012, de 24 de setembro) e instruções difundidas pelo DEPOP/DN, via e-mail, em 0212H24MAI2014

Qualificação dos espetáculos – Art.º 12º - Consideram-se de risco elevado os espetáculos desportivos com natureza internacional:

Fase final do campeonato da europa, nas modalidades a definir anualmente por despacho do presidente do IPDJ, ouvidas as FS

Assim declarados pelas organizações internacionais das respetivas modalidades Em que os adeptos da equipa visitante, presumivelmente, venham a ultrapassar os 10% da

capacidade do recinto, ou em número > ou = a 2000 pessoas Em que o recinto esteja presumivelmente repleto ou em que o número provável de espetadores

seja > a 30 000 - Consideram-se de risco elevado os espetáculos desportivos com natureza nacional:

Forem definidos como tal por despacho do presidente do IPDJ, ouvidas as FS ... Em que esteja em causa o apuramento numa competição por eliminatórias, nas duas eliminatórias

antecedentes da final Em que o nº de espetadores previstos perfaça 80% da lotação do recinto Em que o nº provável de adeptos da equipa visitante perfaça 20% da lotação do recinto desportivo Em que os espetáculos desportivos sejam decisivos para ambas as equipas na conquista de um

troféu, acesso a provas internacionais ou mudança de escalão divisionário. - Consideram-se, por regra, de risco reduzido os espetáculos desportivos respeitantes a competições de escalões juvenis e inferiores - Consideram-se de risco normal os espetáculos desportivos não abrangidos anteriormente

11º CFA Competência C1 77

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- Tendo em vista a avaliação do risco, a federação desportiva ou liga profissional respetiva deve remeter ao IPDJ, antes do início de cada época desportiva, relatório com indicação dos espetáculos suscetíveis de classificação de risco elevado, sendo tal relatório reencaminhado para as FS, para apreciação - As FS podem, fundamentadamente, colocar à apreciação do IPDJ, a qualificação de determinado espetáculo desportivo

Forças de segurança – Art.º 13º - As FS exercem, no quadro das suas atribuições e competências, funções gerais de fiscalização do cumprimento do disposto na presente lei - Quando o Comandante da FS territorialmente competente considerar que não estão reunidas as condições para que o espetáculo desportivo se realize em segurança, comunica o facto (através da cadeia hierárquica) ao DN/PSP - O DN/PSP informa o organizador da competição desportiva sobre as medidas de segurança a corrigir e a implementar pelo promotor do espetáculo desportivo - A inobservância do disposto no ponto anterior pelo promotor do espetáculo desportivo implica a não realização desse espetáculo, a qual é determinada pelo organizador da competição desportiva - O Comandante da FS presente no local pode, no decorrer do espetáculo desportivo, assumir a todo o tempo, a responsabilidade pela segurança no recinto desportivo, sempre que a falta desta determine a existência de risco para as pessoas e instalações - A decisão de evacuação, total ou parcial, do recinto desportivo cabe, exclusivamente, ao comandante da FS presente no local

Apoio a Grupos Organizados de Adeptos – Art.º 14o - É obrigatório o registo dos GOA junto do IPDJ- Ao apoios técnicos, financeiros e materiais concedidos a GOA são objeto de protocolo com o promotor do espetáculo desportivo, a celebrar em cada época desportiva, o qual é disponibilizado, sempre que solicitado , à FS e ao IPDJ - O protocolo anteriormente referido identifica, em anexo, os elementos que integram o respetivo GOA - É expressamente proibido o apoio a GOA que adotem sinais, símbolos e expressões que incitem à violência, ao racismo, à xenofobia, à intolerância nos espetáculos desportivos, ou a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política.

Registo dos GOA – Art.º 15o - O promotor do espetáculo desportivo mantém um registo sistematizado e atualizado dos filiados GOA, com indicação dos elementos seguintes:

Nome Nº do BI Data nascimento Fotografia Filiação, caso se trate de menor de idade (<18 anos) Morada Contacto telefónico e de correio eletrónico

- O promotor do espetáculo desportivo envia trimestralmente cópia do registo ao IPDJ, que o disponibiliza de imediato às FS.

Deslocação a acesso a recintos – Art.º 16o - No âmbito da deslocação para qualquer espetáculo desportivo, os GOA devem possuir uma listagem atualizada contendo a identificação de todos os filiados que nela participam, sendo aquela disponibilizada, sempre que solicitado, às FS, ao IPDJ, bem como, aquando da revista obrigatória, aos ARD

11º CFA Competência C1 78

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- Os promotores do espetáculo desportivo devem reservar, nos recintos desportivos que lhes estão afetos, uma ou mais áreas específicas para os filiados dos GOA - Nos espetáculos desportivos considerados de risco elevado, os promotores não podem ceder ou vender bilhetes a GOA em número superior ao de filiados nesses grupos e identificados no registo referido no no 1 do art.º 15º, devendo constar em cada bilhete cedido ou vendido o nome do titular filiado - Só é permitido o acesso e o ingresso nas áreas específicas destinadas aos GOA aos indivíduos portadores do bilhete com o nome do titular filiado no GOA. - O incumprimento do acima exposto legitima o impedimento da entrada dos elementos do GOA no espetáculo desportivo em causa. - O incumprimento do disposto nos nºs 2 a 4 pode implicar para o promotor do espetáculo desportivo, enquanto as situações indicadas nos números anteriores se mantiverem, a realização de espetáculos desportivos à porta fechada, sanção que é aplicada pelo IPDJ

Sistema de videovigilância – Art.º 18o - O promotor do espetáculo desportivo em cujo recinto se realizem espetáculos considerados de risco elevado, instala e mantém em perfeitas condições um sistema de videovigilância que permita o controlo visual de todo o recinto desportivo, e respetivo anel ou perímetro de segurança, dotado de câmaras fixas ou móveis com gravação de imagem e som e impressão de fotogramas, as quais visam a proteção de pessoas e bens - A gravação de imagem e som, aquando da ocorrência de um espetáculo desportivo, é obrigatória, desde a abertura até ao encerramento do recinto desportivo, devendo os respetivos registos ser conservados durante 90 dias, por forma a assegurar, designadamente, a utilização dos registos para efeitos de prova em processo penal ou contraordenacional, prazo findo o qual são destruídos em caso de não utilização Nos lugares objeto de videovigilância é obrigatória a afixação, em local bem visível, de um aviso que verse «Para sua proteção, este local é objeto de videovigilância com captação e gravação de imagem e som». - O aviso referido no número anterior deve, igualmente, ser acompanhado de simbologia adequada e estar traduzido em, pelo menos, uma língua estrangeira, escolhida de entre as línguas oficiais do organismo internacional que regula a modalidade - O sistema de videovigilância previsto nos números anteriores pode, nos mesmos termos, ser utilizado por elementos das FS - O organizador da competição desportiva pode aceder às imagens gravadas pelo sistema de videovigilância, para efeitos exclusivamente disciplinares

Condições de acesso de adeptos ao recinto desportivo – Art.º 22o - São condições de acesso dos espetadores ao recinto desportivo:

A posse de título de ingresso válido e de documento de identificação com fotografia A observância das normas do regulamento de segurança e de utilização dos espaços de acesso

público. Não estar sob a influência de álcool, estupefacientes, substâncias psicotrópicas ou produtos de efeito análogo, aceitando submeter - se a testes de controlo e despistagem, a efetuar sob a direção dos elementos da FS

Não transportar ou trazer consigo objetos ou substâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência

Não ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou xenófobo

Não entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que incitem à violência Consentir na revista pessoal de prevenção e segurança, com o objetivo de detetar e impedir a

entrada de objetos e substâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência; Consentir na recolha de imagem e som, nos termos da Lei nº 67/98, de 26 de outubro. Consideram-se sob influência de álcool os indivíduos que apresentem uma taxa de álcool no sangue

> ou = a 1,2 g/l, aplicando-se-lhes, com as devidas adaptações, os procedimentos, testes,

11º CFA Competência C1 79

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instrumentos e modos de medição previstos no Código da Estrada, aprovado pelo Decreto – Lei nº 114/94, de 3 de maio, para as situações de alcoolemia e influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas nos condutores.

É vedado o acesso ao recinto desportivo a todos os espetadores que não cumpram o previsto no nº 1, excetuando o disposto nas alíneas b), d) e g) do mesmo número, quando se trate de objetos que sejam auxiliares das pessoas com deficiência e ou incapacidades

As autoridades policiais destacadas para o espetáculo desportivo podem submeter a testes de controlo de alcoolemia ou de outras substâncias tóxicas os indivíduos que apresentem indícios de estarem sob a influência das mesmas, bem como os que manifestem comportamentos violentos ou que coloquem em perigo a segurança desse mesmo espetáculo desportivo.

É vedado o acesso ao recinto desportivo àqueles cujos testes se revelem positivos (taxa de álcool no sangue > ou = a 1,2 g/l) e a todos os que recusem submeter-se aos mesmos.

São condições de permanência dos espetadores no recinto desportivo: o Não ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas,

violentas, de caráter racista ou xenófobo, intolerantes nos espetáculos desportivos, que incitem à violência ou a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

o Não obstruir as vias de acesso e evacuação, especialmente as vias de emergência, sem prejuízo do uso das mesmas por pessoas com deficiências e incapacidades

o Não praticar atos violentos, que incitem à violência, ao racismo ou à xenofobia, à intolerância nos espetáculos desportivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

o Não ultrajar ou faltar ao respeito que é devido aos símbolos nacionais, através de qualquer meio de comunicação com o público

o Não entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que incitem à violência, à intolerância nos espetáculos desportivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

o Não aceder às áreas de acesso reservado ou não destinadas ao o público o Não circular de um setor para outro o Não arremessar quaisquer objetos no interior do recinto desportivo o Não utilizar material produtor de fogo de artifício, quaisquer outros engenhos pirotécnicos

ou produtores de efeitos análogos o Cumprir os regulamentos do recinto desportivo. Observar as condições de segurança

previstas no artigo 22º Sem prejuízo de outras sanções, implicam o afastamento imediato do recinto desportivo, a efetuar

pela FS: o Ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, violentas,

de caráter racista ou xenófobo, intolerantes nos espetáculos desportivos, que incitem à violência ou a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

o Praticar atos violentos, que incitem à violência, ao racismo ou à xenofobia, à intolerância nos espetáculos desportivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

o Ultrajar ou faltar ao respeito que é devido aos símbolos nacionais, através de qualquer meio de comunicação com o público

o Entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que incitem à violência, à intolerância nos espetáculos desportivos, a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política

11º CFA Competência C1 80

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o Circular de um setor para outro o Arremessar quaisquer objetos no interior do recinto desportivo o Estar sob a influência de álcool, estupefacientes, substâncias psicotrópicas ou produtos de

efeito análogo, ou não aceitar submeter-se a testes de controlo e despistagem, a efetuar sob a direção dos elementos da FS

o Transportar ou trazer consigo objetos ou substâncias proibidos ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência

Sem prejuízo de outras sanções, implicam o afastamento imediato do recinto desportivo, a efetuar pelos ARD:

o Obstruir as vias de acesso e evacuação, especialmente as vias de emergência, sem prejuízo do uso das mesmas por pessoas com deficiências e incapacidades

o Aceder às áreas de acesso reservado ou não destinadas ao público . Circular de um setor para outro

o Não observar as condições de segurança previstas no art.º 22º o Não ter na posse título de ingresso válido e documento de identificação com fotografia o A não observância dos regulamentos de segurança e de utilização dos espaços de acesso

público o Ostentar cartazes, bandeiras , símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas de

caráter racista ou xenófobo o Entoar cânticos racistas ou xenófobos ou que incitem à violência

Condições especiais de permanência dos GOA – Art.º 24o - Os GOA podem, excecionalmente, utilizar no interior do recinto desportivo megafones e outros instrumentos produtores de ruídos, por percussão mecânica e de sopro, desde que não amplificados com auxílio de fonte de energia externa, carecendo de autorização prévia do promotor, o qual deve comunicá-lo à FS

Revista pessoal de prevenção e segurança – Art.º 25o - O ARD pode, na área definida para o controlo de acessos, efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança aos espetadores, nos termos da legislação aplicável ao exercício da atividade de segurança privada, com o objetivo de impedir a introdução no recinto desportivo de objetos ou substâncias proibidos, suscetíveis de possibilitar ou gerar atos de violência - O ARD deve efetuar, antes da abertura das portas do recinto, uma verificação de segurança a todo o seu interior, de forma a detetar a existência de objetos ou substâncias proibidos - As FS destacadas para o espetáculo desportivo, sempre que tal se mostre necessário, podem proceder a revistas aos espetadores, por forma a evitar a existência no recinto de objetos ou substâncias proibidos ou suscetíveis de possibilitar atos de violência - A revista é obrigatória no que diz respeito aos GOA

Emissão e venda de bilhetes – Art.º 26o Os títulos e ingresso nos recintos desportivos devem conter: Numeração sequencial Identificação do recinto desportivo Porta de entrada para o recinto desportivo, setor, fila e cadeira, bem como a planta do recinto e do

local de acesso Designação da competição desportiva Modalidade desportiva Identificação do organizador e promotores do espetáculo desportivo intervenientes Especificação sumária dos factos impeditivos do acesso dos espetadores ao recinto desportivo e das

consequências do incumprimento do regulamento de segurança e utilização dos espaços de acesso público

11º CFA Competência C1 81

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A identificação prevista no nº 3 do art.º 16º (Nome do titular, no caso de fazer parte de um GOA, nas competições consideradas de risco elevado )

REGIME SANCIONATÓRIO - CRIMES DISTRIBUIÇÃO E VENDA DE TÍTULOS DE INGRESSO FALSOS OU IRREGULARES – Art.º 27º Quem distribuir para venda ou vender títulos de ingresso para um espetáculo desportivo em violação do sistema de emissão e venda de títulos de ingresso previsto no artigo anterior ou sem ter recebido autorização expressa e prévia do organizador da competição desportiva, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa A tentativa é punível

DISTRIBUIÇÃO E VENDA IRREGULARES DE TÍTULOS DE INGRESSO – Art.º 28º Quem distribuir para venda ou vender títulos de ingresso para um espetáculo desportivo de modo a provocar sobrelotação do recinto desportivo, em parte ou no seu todo, ou com intenção de obter, para si ou para outra pessoa, vantagem patrimonial sem que para tal esteja autorizado, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa A tentativa é punível

DANO QUALIFICADO NO ÂMBITO DE ESPETÁCULO DESPORTIVO – Art.º 29º Quem, quando inserido num grupo de adeptos, organizado ou não, com a colaboração de pelo menos outro membro do grupo, destruir, no todo ou em parte, danificar, desfigurar ou tornar não utilizável transporte público, instalação ou equipamento utilizado pelo público ou de utilidade coletiva, ou outro bem alheio, pelo menos de valor elevado, é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, ou com pena de multa até 600 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal Quem, praticando os atos a que se refere o número anterior, causar alarme ou inquietação entre a população é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal

PARTICIPAÇÃO EM RIXA NA DESLOCAÇÃO PARA OU DE ESPETÁCULO DESPORTIVO – Art.º 30º Quem, quando da deslocação para ou de espetáculo desportivo, intervier ou tomar parte em rixa entre duas ou mais pessoas de que resulte:

Morte ou ofensa à integridade física dos contendores; Risco de ofensa à integridade física ou perigo para terceiros; ou Alarme ou inquietação entre a população;

é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa. A participação em rixa não é punível quando for determinada por motivo não censurável, nomeadamente quando visar reagir contra um ataque, defender outra pessoa ou separar os contendores

ARREMESSO DE OBJETOS OU DE PRODUTOS LIQUIDOS – Art.º 31º Quem, encontrando -se no interior do recinto desportivo durante a ocorrência de um espetáculo desportivo, arremessar objetos ou produto líquido e criar deste modo perigo para a vida ou a integridade física de outra pessoa, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa

INVASÃO DA ÁREA DO ESPETÁCULO DESPORTIVO – Art.º 32º Quem, encontrando-se no interior do recinto desportivo durante a ocorrência de um espetáculo desportivo, invadir a área desse espetáculo ou aceder a zonas do recinto desportivo inacessíveis ao público em geral, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa

11º CFA Competência C1 82

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Se das condutas referidas no número anterior resultar perturbação do normal curso do espetáculo desportivo que implique a suspensão, interrupção ou cancelamento do mesmo, o agente é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa

INVASÃO DA ÁREA DO ESPETÁCULO DESPORTIVO – Art.º 32º Quem, encontrando-se no interior do recinto desportivo durante a ocorrência de um espetáculo desportivo, invadir a área desse espetáculo ou aceder a zonas do recinto desportivo inacessíveis ao público em geral, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa Se das condutas referidas no número anterior resultar perturbação do normal curso do espetáculo desportivo que implique a suspensão, interrupção ou cancelamento do mesmo, o agente é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa

CRIME CONTRA AGENTES DESPORTIVOS, RESPONSÁVEIS PELA SEGURANÇA E MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Art.º 34º Se os atos descritos nos artigos 29º a 33º forem praticados de modo a colocar em perigo a vida, a saúde, a integridade física ou a segurança dos praticantes, treinadores, árbitros e demais agentes desportivos que estiverem na área do espetáculo desportivo, bem como dos membros dos órgãos de comunicação social em serviço na mesma, as penas naqueles previstas são agravadas, nos seus limites mínimo e máximo, até um terço Se os atos descritos nos artigos 29º a 33º forem praticados de modo a colocar em perigo a vida, a saúde, a integridade física ou a segurança de elemento das FS, de assistente de recinto desportivo ou qualquer outro responsável pela segurança, no exercício das suas funções ou por causa delas, as penas naqueles previstas são agravadas, nos seus limites mínimo e máximo, em metade A tentativa é punível

PENA ACESSÓRIA DE INTERDIÇÃO DE ACESSO A RECINTOS DESPORTIVOS – Art.º 35º Pela condenação nos crimes previstos nos artigos 29º a 34º é aplicável uma pena de interdição de acesso a recintos desportivos por um período de 1 a 5 anos, se pena acessória mais grave não couber por força de outra disposição legal A aplicação da pena acessória referida no número anterior pode incluir a obrigação de apresentação e permanência junto de uma autoridade judiciária ou de órgão de polícia criminal em dias e horas preestabelecidos, podendo ser estabelecida a coincidência horária com a realização de competições desportivas, nacionais e internacionais, da modalidade em cujo contexto tenha ocorrido o crime objeto da pena principal e que envolvam o clube, associação ou sociedade desportiva a que o agente se encontre de alguma forma associado, tomando sempre em conta as exigências profissionais e o domicílio do agente. Para efeitos de contagem do prazo da pena prevista no nº 1, não é considerado o tempo em que o agente estiver privado da liberdade por força de medida de coação processual, pena ou medida de segurança A aplicação da pena acessória de interdição de acesso a recintos desportivos é comunicada ao PNIF - ponto nacional de informações sobre futebol, tendo em vista, sempre que seja imprescindível, a comunicação da decisão judicial portuguesa às autoridades policiais e judiciárias de outro Estado membro da União Europeia

MEDIDA DE COAÇÃO DE INTERDIÇÃO DE ACESSO A RECINTOS DESPORTIVOS – Art.º 36º Se houver fortes indícios da prática de crime previsto na presente lei, o juiz pode impor ao arguido as medidas de:

Interdição de acesso ou permanência a recinto desportivo dentro do qual se realizem espetáculos desportivos da modalidade em que ocorreram os factos; e ou

Proibição de se aproximar de qualquer recinto desportivo, durante os 30 dias anteriores à data da realização de qualquer espetáculo desportivo e no dia da realização do mesmo

11º CFA Competência C1 83

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À medida de coação referida na alínea a) do número anterior aplicam -se os prazos máximos previstos para a prisão preventiva previstos no Código de Processo Penal As medidas de coação previstas no nº 1 podem ser cumuladas com a obrigação de o arguido se apresentar a uma autoridade judiciária ou órgão de polícia criminal em dias e horas preestabelecidos, podendo ser estabelecida a coincidência horária com a realização de competições desportivas, nacionais e internacionais, da modalidade em cujo contexto tenha ocorrido o crime objeto da pena principal e que envolvam o clube, associação ou sociedade desportiva a que o agente se encontre de alguma forma associado, tomando sempre em conta as exigências profissionais e o domicílio do agente O disposto nos números anteriores pode ser aplicado aos casos em que se verifique existirem fortes indícios da prática de crime referido no nº 6 do artigo 91º do novo regime jurídico das armas e suas munições, aprovado pela Lei nº 5/2006, de 23 de fevereiro, e nos restantes casos referentes a recintos desportivos previstos naquele artigo

PRESTAÇÃO DE TRABALHO A FAVOR DA COMUNIDADE – Art.º 37º Se ao agente dever ser aplicada pena de prisão em medida não superior a 1 ano, o tribunal substitui-a por prestação de trabalho a favor da comunidade, salvo oposição daquele ou se se concluir que por este meio não se realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição, nos demais termos previstos no Código Penal e no Código de Processo Penal

DEVER DE COMUNICAÇÃO – Art.º 38º Os tribunais comunicam aos órgãos de polícia criminal as decisões que apliquem o disposto nos artigos 29º a 36º, devendo estes transmitir aos promotores dos espetáculos desportivos em causa a aplicação das decisões a que se referem os artigos 35º e 36º Sempre que solicitado, os órgãos de polícia criminal enviam as informações a que se refere o número anterior ao IPDJ A aplicação das penas e medidas a que se referem os artigos 35º e 36º é comunicada ao PNIF, tendo em vista, nomeadamente, sempre que seja imprescindível, a comunicação da decisão judicial portuguesa de aplicação de pena às autoridades policiais e judiciárias de outro Estado membro da União Europeia

REGIME SANCIONATÓRIO - CONTRAORDENAÇÕES - CONTRAORDENAÇÕES – Art.º 39º Constitui contraordenação, para efeitos do disposto na presente lei:

A introdução, venda e consumo de bebidas alcoólicas no anel ou perímetro de segurança e no interior do recinto desportivo, exceto nas zonas criadas para o efeito, nos termos da alínea f) do nº 2 do artigo 7º; (€750/€10000, 3/40o)

A introdução, transporte e venda nos recintos desportivos de bebidas ou outros produtos contidos em recipientes que não sejam feitos de material leve não contundente; (€500/€5000, 2/40o).

A introdução, venda e aluguer ou distribuição nos recintos desportivos de almofadas que não sejam feitas de material leve não contundente;(€250/€3740, 1/40o)

A prática de atos ou o incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis; (€750/€10000, 3/40o) A utilização nos recintos desportivos de buzinas alimentadas por baterias, corrente elétrica ou

outras formas de energia, bem como quaisquer instrumentos produtores de ruídos instalados de forma fixa, com exceção da instalação sonora do promotor do espetáculo

desportivo; (€500/€5000, 2/40o)

11º CFA Competência C1 84

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A utilização de dispositivos luminosos tipo luz laser, que, pela sua intensidade, seja capaz de provocar danos físicos ou perturbar a concentração e o desempenho dos atletas; (€500/€5000, 2/40o)

A introdução ou utilização de substâncias ou engenhos explosivos, artigos de pirotecnia, ou objetos que produzam efeitos similares, sem prejuízo de outras sanções aplicáveis – Crime - ver no 1, al. d) arto 86o da Lei no 5/06, 23FEV, alterada pela Lei no 50/13, 24JUL; (€750/€10000, 3/40o)

O arremesso de objetos, fora dos casos previstos no artigo 31º; (€750/€10000, 3/40o) À prática dos atos previstos nas alíneas d), f), g) e h) do número anterior, quando praticados contra

pessoas com deficiência e ou incapacidades, aplica-se o regime contraordenacional previsto na Lei nº 46/2006, de 28 de agosto

Constitui contraordenação, a prática pelo promotor do espetáculo desportivo dos seguintes atos: O incumprimento do dever de assunção da responsabilidade pela segurança do recinto desportivo

e anéis de segurança, em violação do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

O incumprimento do dever de proteção dos indivíduos que sejam alvo de ameaças e os bens e pertences destes, designadamente facilitando a respetiva saída de forma segura do complexo desportivo, ou a sua transferência para setor seguro, em coordenação com os elementos da FS, em violação do disposto na alínea d) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

O incumprimento do dever de adoção de regulamentos de segurança e de utilização dos espaços de acesso público do recinto desportivo, em violação do disposto na alínea e) do nº 1 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

O incumprimento do dever de designação do coordenador de segurança, em violação do disposto na alínea f) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

A violação do dever de garantir o cumprimento de todas as regras e condições de acesso e de permanência de espetadores no recinto desportivo, em violação do disposto na alínea g) do nº 1 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

A violação do dever de impedir o acesso ao recinto desportivo, relativamente a quaisquer indivíduos aos quais tenha sido aplicada medida de interdição de acesso a recintos desportivos, pena de privação do direito de entrar em recintos desportivos ou sanção acessória de interdição de acesso a recintos desportivos, em violação do disposto na subalínea i) da alínea h) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

A violação do dever de impedir a obtenção de quaisquer benefícios concedidos pelo clube, associação ou sociedade desportiva, relativamente a quaisquer indivíduos aos quais tenha sido aplicada medida de interdição de acesso a recintos desportivos, pena de privação do direito de entrar em recintos desportivos ou sanção acessória de interdição de acesso a recintos desportivos, em violação do disposto na subalínea ii) da alínea h) do nº 1 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

O incumprimento dos deveres de correção, moderação e respeito relativamente a outros promotores de espetáculos desportivos e organizadores de competições desportivas, associações, clubes, sociedades desportivas, agentes desportivos, adeptos, autoridades públicas, elementos da comunicação social e outros intervenientes no espetáculo desportivo, em violação do disposto na alínea i) do nº 1 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

O incitamento ou a defesa públicas da violência, do racismo, da xenofobia, da intolerância ou do ódio, nomeadamente através da realização de críticas ou observações violentas, que utilizem terminologia desrespeitosa, que façam uso da injúria, difamação ou ameaça, ou que afetem a realização pacífica e ordeira dos espetáculos desportivos e a relação entre quaisquer entidades, grupos ou indivíduos envolvidos na sua concretização, ou a adoção de comportamentos desta natureza, em violação do disposto na alínea j) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

11º CFA Competência C1 85

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O incumprimento do dever de zelar por que dirigentes, técnicos, jogadores, pessoal de apoio ou representantes dos clubes, associações ou sociedades desportivas ajam de acordo com os preceitos das alíneas h) e i); (€1000/€50000, 4/40o)

O incumprimento das obrigações a que se refere o nº 1 do artigo 18º, fixadas, na matéria, ao abrigo do regime jurídico das instalações desportivas de uso público e respetiva regulamentação; (€2500/€200000, 6/40o)

A falta de requisição de policiamento de espetáculo desportivo, em violação do disposto na alínea o) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

Constitui contraordenação a prática pelo organizador da competição desportiva do disposto nas alíneas h) (€1500/€100000, 5/40o), i) (€2500/€200000, 6/40o) e j) (€1000/€50000, 4/40o) do número anterior, bem como o incumprimento do dever de aprovação dos regulamentos internos em matéria de prevenção e punição das manifestações de violência, racismo, xenofobia e intolerância nos espetáculos desportivos, neste caso, em violação do disposto nº 2 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

Constitui contraordenação a prática pelo proprietário do recinto desportivo do disposto na alínea c) do nº 1 (incumprimento do dever de adoção de regulamentos de segurança e de utilização dos espaços de acesso público ao recinto), em violação do disposto nº 3 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

O incumprimento do dever de zelar por que os GOA do respetivo clube, associação ou sociedade desportiva participem do espetáculo desportivo sem recurso a práticas violentas, racistas, xenófobas, ofensivas, ou que perturbem a ordem pública ou o curso normal, pacífico e seguro da competição e de toda a sua envolvência, nomeadamente, no curso das suas deslocações e nas manifestações que realizem dentro e fora de recintos, em violação do disposto na alínea m) do nº 1 do artigo 8º; (€2500/€200000, 6/40o)

O incumprimento do dever de manter uma lista atualizada dos adeptos de todos os GOA do respetivo clube, associação ou sociedade desportiva, ou o não fornecimento da mesma às autoridades judiciárias, administrativas e policiais competentes, em violação do disposto na alínea n) do nº 1 do artigo 8º; (€1500/€100000, 5/40o)

O incumprimento do dever de reservar, nos recintos desportivos que lhe estão afetos, uma ou mais áreas específicas para os filiados dos GOA, em violação do disposto no nº 2 do artigo 16º; (€1000/€50000, 4/40o)

A cedência ou venda de bilhetes a GOA em violação do disposto no nº 3 do artigo 16º; (€1500/€100000, 5/40o)

A permissão de acesso ou ingresso em áreas destinadas aos filiados dos GOA, em violação do disposto no nº 4 do artigo 16º; (€1500/€100000, 5/40o)

CONTRAORDENAÇÕES RELATIVAS AO REGIME DE GOA EM ESPECIAL – Art.º 39º-B Constitui contraordenação:

A atribuição de qualquer apoio, nomeadamente através da concessão de facilidades de utilização ou cedência de instalações, de apoio técnico, financeiro ou material, em violação do disposto no nº 2 do artigo 14º; (€2500/€200000, 6/40o)

A atribuição de qualquer apoio a grupos organizados de adeptos que adotem sinais, símbolos e ou expressões que incitem à violência, ao racismo, à xenofobia, à intolerância nos espetáculos desportivos, ou a qualquer outra forma de discriminação, ou que traduzam manifestações de ideologia política, em violação do disposto no nº 5 do artigo 14º; (€2500/€200000, 6/40o)

Não assegurar a fiscalização devida, em violação do disposto no nº 6 do artigo 14º; (€2500/€200000, 6/40o)

11º CFA Competência C1 86

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A atribuição de qualquer apoio por qualquer outra entidade que pretenda concedê-los a grupo organizado de adeptos, em violação do disposto no nº 9 do artigo 14º; (€2500/€200000, 6/40o)

A violação da obrigação de confirmação prévia junto do IPDJ, da suscetibilidade de atribuição de quaisquer facilidades ou apoios a determinado GOA, em violação do disposto no nº 10 do artigo 14º; (€1500/€100000, 5/40o)

A atribuição de qualquer apoio a GOA que não se encontrem previamente registados ou cujo registo tenha sido suspenso ou anulado, em violação do disposto no nº 6 do artigo 15º; (€2500/€200000, 6/40o)

Tema 15: Guardas-noturnos

A atividade de guarda-noturno (art.º 1º) Só pode ser exercida nos termos da presente lei e da sua regulamentação e, Tem uma função subsidiária e complementar da atividade das forças de segurança. É uma atividade (art.º 3º

o De prestação de serviços;o Com caráter civil, voluntário e privado

Considera-se a atividade de guarda-noturno a prestação de serviços de vigilância e proteção de bens em arruamentos do domínio publico, durante o período noturno, na área geográfica definida pela respetiva câmara municipal e é considerada de interesse público. (art.º 1º)Entende-se por guarda-noturno a pessoa singular, devidamente habilitada e autorizada a exercer profissionalmente as funções previstas na presente lei.

É proibido, no exercício da atividade de guarda-noturno: (art.º 4) A prática de atividades que tenham por objeto a prossecução dos objetivos ou o desempenho de

funções correspondentes a competências exclusivas das autoridades judiciárias ou policiais; Ameaçar, inibir ou restringir os direitos, liberdade e garantias ou outros direitos fundamentais. A proteção de bens, serviços ou pessoas envolvidas em atividades ilícitas Associarem-se com objetivos empresariais. O exercício de quaisquer prerrogativas de autoridade publica, estando a sua atuação limitada pelas

normas gerais aplicáveis aos demais cidadãos no que respeita, nomeadamente:o Ao socorro;o À legitima defesa;o À detenção de pessoas;o À exclusão da ilicitude e da culpa;o À circulação rodoviáriao E ao uso e porte de armasSalvo exceções previstas na presente lei.

A atuação do guarda-noturno tem objetivos exclusivamente preventivos, sendo as suas funções: Manter a vigilância e a proteção da propriedade dos moradores da sua área, com os quais tenha

uma relação contratual; Prestar informações, no âmbito das respetivas competências aso seus clientes e demais cidadãos; No mais curto espaço de tempo, informar as forças e serviços de segurança tudo quanto tome

conhecimento que possa ter interesse para a prevenção e repressão de atos ilícitos; Apoiar a ação das FSS; Está limitada à sua área de atuaçãoExceções:

O Guarda-noturno pode atuar fora da sua área de atuação:

11º CFA Competência C1 87

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Em situações de emergência Em apoio a outros GN; Em substituição de outros GN.

Deveres do GN: Apresentar-se pontualmente nas instalações da entidade policial competente; Manter, em serviço, sempre as necessárias condições físicas psíquicas exigíveis ao seu

cumprimento Permanecer na área em que exerce atividade Prestar auxilio que lhe for solicitado pelas FSS; Frequentar quinquenalmente um curso ou instrução de adestramento e reciclagem. Usar uniforme, cartão identificativo e crachá. Usar de urbanidade e aprumo no exercício das suas funções Tratar com respeito e presta auxilio todas as pessoas que se lhe dirijam; Fazer prova anual, no mês de fevereiro de que tem a situação contributiva regularizada; Não faltar aos serviço sem razões ponderosas e fundamentadas

Identificação do GN (art.º 9º)No exercício da sua atividade, o guarda noturno enverga uniforme e usa crachá próprio, devendo

ainda ser portador do cartão identificativo, que exibe sempre que lhe seja solicitado pelas FSS.

Formação (art.º 28)O curso de formação ou de atualização de GN é ministrado pelas FS.

Entidades competentes para a fiscalização (art.º 39º)A fiscalização da atividade de GN compete às camaras municipais e às FS.

Tema 16: AnimaisLei nº 69/14 – Criminalização dos maus tratos a animais de companhia

Lei nº 110/15 – Quadro de penas acessórias aplicáveis aos crimes contra animais de companhia.

Artigo 387ºMaus tratos a animais de companhia

1 Quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um‐ animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.2 Se dos factos previstos no número anterior resultar a morte do animal, a privação de importante‐ órgão ou membro ou a afetação grave e permanente da sua capacidade de locomoção, o agente é punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias.

Artigo 388ºAbandono de animais de companhia.

Quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimentação e a prestação de cuidados que lhe são devidos, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias.

Artigo 389ºConceito de animal de companhia

11º CFA Competência C1 88

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1 Para efeitos do disposto neste título, entende se por animal de companhia qualquer animal detido ou‐ ‐ destinado a ser detido por seres humanos, designadamente no seu lar, para seu entretenimento e companhia.2 O disposto no número anterior não se aplica a factos relacionados com a utilização de animais para fins‐ de exploração agrícola, pecuária ou agroindustrial, assim como não se aplica a factos relacionados com a utilização de animais para fins de espetáculo comercial ou outros fins legalmente previstos.

Lei nº 69/2014 – Criminaliza os Maus Tratos

Art.º 8ºDefinição

Para efeitos da presente lei considera-se animal de companhia qualquer animal detido ou destinado a ser detido por seres humanos, designadamente no seu lar, para seu entretenimento e companhia.

Art.º 9ºAssociações zoóloficas

As associações zoóloficas legalmente constituídas tem legitimidade para requerer a todas as autoridades e tribunais as medidas preventivas e urgentes necessárias e adequadas para evitar violações em curso ou iminentes da presente lei.

Art.º 10ºDireitos de participação procedimento e ação popular

1- As associações zoóloficas podem constituir-se assistentes em todos os processos originados ou relacionados com a violação da presente lei e ficam dispensados de pagamento de custas e taxa de justiça, beneficiando do regime previsto na Lei nº 83/95, de 31 de agosto, com as necessárias adaptações.

2- Às associações zoóloficas pode ser atribuído o estatuto das organizações não-governamentais do ambiente, nos termos previstos na Lei nº 35/98, de 18 de julho.

Lei nº 110/2015 – Crimes – Penas Acessórias

Art.º 1ºObjeto

Presente lei procede à quadragésima alteração ao Código Penal, definindo o quadro de penas acessórias aplicáveis aos crimes contra animais de companhia, e à terceira alteração ao DL nº315/2009, de 29 de outubro.

Artº 2ºAditamento ao Código Penal

É aditado ao Código Penal, aprovado... o artigo 388º-A, coma seguinte redação:1 – Consoante a gravidade do ilícito e a culpa do agente, podem ser aplicadas, cumulativamente com as penas previstas para os crimes referidos nos art.ºs 387º e 388º, as seguintes penas acessórias:

a) Privação do direito de detenção de animais de companhia pelo período máximo de 5 anos;b) Provação do direito de participar em feiras, mercados, exposições ou concursos relacionados

com animais de companhia;c) Encerramento de estabelecimento relacionado com animais de companhia cujo funcionamento

esteja sujeito a autorização ou licença administrativa; d) Suspensão de permissões administrativas, incluindo autorizações, licenças e alvarás,

relacionadas com animais de companhia.

11º CFA Competência C1 89

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2 – As penas acessórias referidas nas alíneas b, c e d do número anterior têm duração máxima de 3 anos, contados a partir da decisão condenatória.

Portaria nº 421/2004 de 24 de abril

Art.º 1ºClassificação dos cães e gatos

Categoriasa) A – Cão de companhiab) B – Cão com fins económicosc) C - Cão para fins, militares, policiais e de segurança públicad) D – Cão para investigação científicae) E – Cão de caçaf) F – Cão guiag) G – Cão potencialmente perigosoh) H – Cão perigosoi) I – Gato

Obrigatoriedade do registo e licenciamento

CãesEntre 3 e 6 meses de idade são obrigados a proceder ao seu registo e licenciamento

Na junta de freguesia da área do seu domicilio ou sede. (nº1, artº 2º)Coima de 50€ a 3750€ ou 44980€. (art.º 14, DL 314/2003)

LicenciamentoA mera detenção, posse e circulação de cães carece de licença, sujeita a renovações anuais, que

tem de ser requerida nas juntas de freguesia, aquando do registo do animal. (Art.º 4º)Coima de 50€ a 3750€ ou 44980€. (alínea a, nº1 do art.º 14 DL 314/2003)

Isenção de licenciamentoSão isentos de licença os cães para fins militares, policias ou de segurança do Estado.

DL 314/2003 de 27 de dezembro

Detenção de cães e gatosO alojamento de cães e gatos em prédios urbanos, rústicos ou mistos, fica sempre condicionado à

existência de boas condições sanitárias e de higiene.Nos prédios urbanos podem ser alojados até 3 cães ou 4 gatos adultos por cada fogo, exceto se, a

pedido do detentor, e mediante parecer vinculativo do médico veterinário municipal e do delegado de saúde, for autorizado alojamento até ao máximo de 6.No caso de frações autónomas em regime de propriedade horizontal, o regulamento do condomínio pode estabelecer um limite de animais inferior ao previsto no número anterior.

Contraordenação, punível pelo diretor-geral de Veterinária cm coima cujo montante mínimo é de 50€ e máximo de 3750€ ou 44890€ (alínea c nº3 art.º 14º)

Comércio de cães e gatosOs cães e gatos que se encontrem em estabelecimentos destinados ao seu comércio devem estar

acompanhados do respetivo boletim sanitário de cães e gatos, onde deve constar aposta a etiqueta autocolante comprovativa da identificação eletrónica (art.º 5º)

11º CFA Competência C1 90

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Contraordenação, punível pelo diretor-geral de Veterinária cm coima cujo montante mínimo é de 50€ e máximo de 3750€ ou 44890€ (alínea f nº3 art.º 14º)

Obrigatoriedade do uso de coleira ou peitoral e açaimo ou trela (art.º 7º)É obrigatório o uso por todos os cães e gatos que circulem na via ou lugar públicos de coleira ou

peitoral, no qual deve estar colocada, o nome e morada ou telefone do detentor.É proibida a presença na via pública ou lugar públicos de cães sem estarem acompanhados à trela, em

provas e treinos ou, tratando-se de animais utilizados na caça, durante os atos venatórios.No caso de cães perigosos ou potencialmente perigosos, para além do açaimo previsto no número

anterior, os animais devem circular com meios de contenção que forem determinados por legislação especial.

Contraordenação, punível pelo presidente da junta de freguesia, com coima cujo montante mínimo é de 25€ e máximo de 3750€ ou 44890€ alínea b e c do nº1 do art.º 14º)

Captura de cães e gatos vadios ou errantes (art.º 8º)Compete às câmaras municipais, atuando dentro das suas atribuições nos domínios da defesa da

saúde pública e do meio ambiente, proceder à captura dos cães e gatos vadios ou errantes, encontrados na via pública ou em quaisquer lugares públicos

(Consideram-se vadios ou errantes os animais que circulem na via pública ou outro local público, fora do controlo do respetivo detentor e não identificado)

Competências (art.º 13º)Compete à DGV, à Guarda Nacional Republicana, à Polícia de Segurança Pública e outras

entidades policiais, de segurança e administrativas, assegurar a fiscalização do cumprimento das normas constantes do presente diploma e suas disposições regulamentares, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades.

Portaria nº 264/2013 de 16 de agostoArtigo 1.ºAprovação

São aprovadas as normas técnicas de execução regulamentar do Programa Nacional de Luta e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses, constantes do anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante.

ANEXOArt.º 1ºÂmbito

O presente anexo estabelece as medidas de prevenção da raiva animal e de vigilância clínica e epidemiológica necessárias à manutenção do estatuto de indemnidade do território nacional relativamente à raiva animal e a outras zoonoses, no âmbito do Programa nacional de luta e vigilância epidemiológica da raiva animal e outras zoonoses.

Art.º 2ºObrigatoriedade de vacinação

É obrigatória a vacinação antirrábica dos cães com mais de três meses de idade em todo o território nacional.

A vacinação antirrábica de gatos e outras espécies sensíveis é realizada a titulo voluntário.

11º CFA Competência C1 91

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Art.º 9ºNos municípios onde a vacinação antirrábica tenha sido declarada obrigatória deverão os detentores

dos animais apresentar os mesmos, nos locais e horários indicados para vacinação.O médico veterinário responsável pela campanha pode recusar a vacinação dos animais referidos no

número anterior, efetuando participação à autoridade policial competente da área, para efeitos de anterior vacinação compulsiva no local e na data que vierem a ser indicados.

Coima de 50€ a 3740€ ou 44980€ alínea a nº 3 do art.º 14º do DL 314/2003.

DL nº 313/2003Art.º 1ºÂmbito

Sistema de Identificação de Caninos e Felinos (SICAFE), que estabelece as exigências em matéria de identificação eletrônica de CÃES e gatos, enquanto animais de companhia, e o seu registo numa base de dados nacional.

Art.º 2ºDefinições

Animal de companhia - qualquer animal detido ou destinado a ser detido pelo homem, designadamente no seu lar, para seu entretenimento

Art.3ºIdentificação

Os cães e os gatos devem ser identificados por método eletrônico e registados entre os 3 e os 6 meses de idade, nos termos do Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento de Cães e Gatos. A identificação só pode ser efetuada por um médico veterinário, através da aplicação subcutânea de uma cápsula no centro da face lateral esquerda do pescoço.

Depois de identificado o animal, o médico veterinário deve preencher a ficha de registo, sem rasuras e em triplicado, e apor a etiqueta com o número de identificação alfanumérico do animal no respetivo boletim sanitário, bem como no original, duplicado e triplicado da ficha de registo. – Consequências da Imagem para a Instituição

O original e o duplicado da ficha de registo são entregues ao detentor do animal, permanecendo o triplicado na posse do médico veterinário que procedeu à identificação. Os cães e os gatos devem ser identificados por método eletrônico e registados. (quanto aos gatos, aguarda-se ainda despacho para que tal imposição se torne efetiva)

Art.º 6ºObrigatoriedade da identificação

Os cães e gatos entre os 3 e os 6 meses de idade devem encontrar se identificados nos termos do‐ presente diploma:

1) A partir de 1 de Julho de 2004:a) Cães perigosos ou potencialmente perigosos, tal como definidos em legislação específica; b) Cães utilizados em acto venatório; c) Cães em exposição, para fins comerciais ou lucrativos, em estabelecimentos de venda,

locais de criação, feiras e concursos, provas funcionais, publicidade ou fins similares;2) A partir de 1 de Julho de 2008, todos os cães nascidos após esta data;3) A obrigação de identificação dos gatos será fixada em data a definir por despacho do Ministro da

Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

Art.º 11ºCompetências das juntas de freguesia

11º CFA Competência C1 92

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Compete às juntas de freguesia:a) Proceder ao registo dos cães e gatos nos termos definidos no Regulamento de Registo,

Classificação e Licenciamento dos Cães e Gatos e introduzir os dados constantes da ficha de registo na base de dados nacional;

b) Verificar que a etiqueta com o número de identificação se encontra aposta no boletim sanitário de cães e gatos antes de efectuar o registo e licenciamento previstos no Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento dos Cães e Gatos;

c) Não proceder ao registo e licenciamento de animais que não se encontrem identificados nos termos do presente diploma.

Art.º 12ºObrigações dos detentores

Os detentores de cães e gatos devem:a) Identificar e registar os animais de que sejam detentores, nos termos e prazos previstos nos

artigos 3º e 6º;b) Proceder ao registo dos animais de que são detentores na junta de freguesia da área da

residência ou sede, nos termos do Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento dos Cães e Gatos;

c) Comunicar, no prazo de cinco dias, à junta de freguesia da área da sua residência ou sede a morte ou extravio do animal;

d) Comunicar à junta de freguesia da área da sua residência ou sede, no prazo de 30 dias, qualquer mudança de residência ou extravio do boletim sanitário;

e) Entregar, em caso de alteração de detentor, o boletim sanitário ao novo detentor, devendo este último comunicar tal facto à junta de freguesia da área da sua residência ou sede, no prazo de 30 dias a contar do mesmo;

f) Fazer prova junto da autoridade competente, quando introduza cão ou gato no território nacional, de que nessa data o animal já se encontrava identificado por método electrónico e proceder ao seu registo na junta de freguesia da área da sua residência;

g) Proceder à identificação e registo no prazo de 30 dias a contar da introdução em território nacional de cão ou gato, sempre que não se verifique a situação prevista na alínea anterior e nos casos previstos no artigo 6º;

h) Fornecer à autoridade competente e às entidades fiscalizadoras, a pedido destas, todas as informações relativas à identificação, registo, origem, movimento, detenção e cedência de qualquer animal que detenha ou tenha detido;

i) Comunicar à junta de freguesia da área da sua residência ou sede a posse de qualquer animal identificado que tenham encontrado na via pública ou em qualquer outro local.

Art. 18ºFiscalização

1 Compete à DGV, às DRA, à Inspecção Geral das Actividades Económicas, às câmaras municipais,‐ ‐ aos médicos veterinários municipais, às juntas de freguesia, à GNR e a todas as autoridades policiais assegurar a fiscalização do cumprimento das normas constantes do presente diploma, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades.

Art.º 18º A‐Identificação do agente

1 Além das autoridades policiais, também os agentes de fiscalização devidamente credenciados‐ pelas entidades referidas no artigo anterior podem, no exercício das suas funções e quando tal se mostre

11º CFA Competência C1 93

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necessário, exigir do agente de uma contra ordenação a respectiva identificação e solicitar a intervenção‐ da autoridade policial.

2 A identificação é feita mediante a apresentação do bilhete de identidade ou outro documento‐ autêntico que a permita ou ainda, na sua falta, através de uma testemunha identificada nos mesmos termos.

Art.º 19ºContra ordenações‐

1 Constitui contra ordenação punível pelo presidente da câmara municipal com coima de (euro)‐ ‐ 50 a (euro) 1850 ou (euro) 22000, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva, a não identificação dos cães e gatos nos termos do presente diploma e nos prazos previstos.

2 Constituem contra ordenações puníveis pelo diretor-geral de Veterinária com coima de (euro)‐ ‐ 50 a (euro) 1850 ou (euro) 22000, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva:

a) A não comunicação à entidade coordenadora da base de dados da posse de qualquer animal identificado encontrado na via pública ou em qualquer outro local;

b) As falsas declarações prestadas pelo detentor do animal aquando da identificação do mesmo;

c) A não comunicação da morte ou extravio do animal, da alteração de detentor ou da sua residência ou do extravio do boletim sanitário nos prazos estabelecidos;

d) A inobservância das regras previstas para a introdução no mercado e comercialização dos métodos de identificação e respectivos equipamentos;

e) A criação de obstáculos ou não permissão da verificação da identificação do animal.3 A tentativa e a negligência são sempre punidas. ‐

Art.º 21ºInstrução, aplicação e destino das coimas

1 A instrução dos processos relativos à contra ordenação prevista no nº 1 do artigo 19º compete à‐ ‐ câmara municipal da área da prática da infracção.

2 A instrução dos processos referentes às contra ordenações previstas no nº 2 do artigo 19º‐ ‐ compete à DRA da área da prática da infracção.

Portaria422/2003 – Raça de Cães Perigosos

O Decreto-Lei nº 312/2003, de 17 de Dezembro (entretanto revogado, nos termos da al. a), nº 1, art.º 44º, DL nº 315/09, de 29OUT) , estabeleceu as normas aplicáveis à detenção de animais perigosos e potencialmente perigosos.

Para efeitos do disposto naquele diploma legal, são cães potencialmente perigosos os que, devido às características de espécie, comportamento agressivo, tamanho ou potência de mandíbula, possam causar lesão ou morte a pessoas ou outros animais.

Entendeu-se que determinados cães, devido às suas especificidades rácicas, como o tamanho e a potência de mandíbula que os caracterizam, são desde logo animais potencialmente perigosos, pelo que se determinou naquele diploma que essas raças e cruzamentos de raças constariam de portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

Lista a que se refere a alínea b) do artigo 2º do Decreto-Lei nº 312/2003, de 17 de Dezembro I) Cão de fila brasileiro. II) II) Dogue argentino. III) III) Pit bull terrier. IV) IV) Rottweiller.V) V) Staffordshire terrier americano.

11º CFA Competência C1 94

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VI) VI) Staffordshire bull terrier.VII) VII) Tosa inu.

DL nº 315/2009 de 29 de outubroO presente decreto-lei aprova o regime jurídico da criação, reprodução e detenção de animais

perigosos e potencialmente perigosos, enquanto animais de companhia.

Art.º 3ºDefinições

Para efeitos do disposto no presente decreto lei, entende se por:‐ ‐a) «Animal de companhia» qualquer animal detido ou destinado a ser detido pelo homem,

designadamente na sua residência, para seu entretenimento e companhia;b) «Animal perigoso» qualquer animal que se encontre numa das seguintes condições:

i) Tenha mordido, atacado ou ofendido o corpo ou a saúde de uma pessoa;ii) Tenha ferido gravemente ou morto um outro animal, fora da esfera de bens imóveis que

constituem a propriedade do seu detentor;iii) Tenha sido declarado, voluntariamente, pelo seu detentor, à junta de freguesia da sua

área de residência, que tem um caráter e comportamento agressivos;iv) Tenha sido considerado pela autoridade competente como um risco para a segurança de

pessoas ou animais, devido ao seu comportamento agressivo ou especificidade fisiológica;c) «Animal potencialmente perigoso» qualquer animal que, devido às características da espécie, ao comportamento agressivo, ao tamanho ou à potência de mandíbula, possa causar lesão ou morte a pessoas ou outros animais, nomeadamente os cães pertencentes às raças previamente definidas como potencialmente perigosas em portaria do membro do Governo responsável pela área da agricultura, bem como os cruzamentos de primeira geração destas, os cruzamentos destas entre si ou cruzamentos destas com outras raças, obtendo assim uma tipologia semelhante a algumas das raças referidas naquele diploma regulamentar;d) «Autoridade competente» a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), enquanto‐ autoridade sanitária veterinária nacional, os médicos veterinários municipais, enquanto autoridade sanitária veterinária local, as câmaras municipais, as juntas de freguesia, a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Polícia de Segurança Pública (PSP), a polícia municipal e a Polícia Marítima;e) «Centro de recolha» qualquer alojamento oficial onde um animal é hospedado por um período determinado pela autoridade competente, nomeadamente o canil e o gatil municipais;f) «Detentor» qualquer pessoa singular, maior de 16 anos, sobre a qual recai o dever de vigilância de um animal perigoso ou potencialmente perigoso para efeitos de criação, reprodução, manutenção, acomodação ou utilização, com ou sem fins comerciais, ou que o tenha sob a sua guarda, mesmo que a título temporário.

Art. 5ºDetenção de cães perigosos ou potencialmente perigosos

1 A detenção de cães perigosos ou potencialmente perigosos, enquanto animais de companhia,‐ carece de licença emitida pela junta de freguesia da área de residência do detentor, entre os 3 e os 6 meses de idade do animal, atribuída após comprovação da idoneidade do detentor.

2 Para efeitos do disposto no número anterior, o detentor entrega na junta de freguesia respetiva‐ os seguintes elementos, além dos exigidos nas normas vigentes em matéria de identificação de cães e gatos:

a) Termo de responsabilidade, conforme modelo constante do anexo ao presente decreto lei, do‐ qual faz parte integrante;

11º CFA Competência C1 95

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b) Certificado do registo criminal, constituindo indício de falta de idoneidade o facto de o detentor ter sido condenado, por sentença transitada em julgado, por qualquer dos crimes previstos no presente decreto lei, por crime de homicídio por negligência, por crime doloso contra a vida, a integridade física, a‐ liberdade pessoal, a liberdade e autodeterminação sexual, a saúde pública ou a paz pública, tráfico de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, tráfico de pessoas, tráfico de armas, crimes contra animais de companhia, ou por outro crime doloso cometido com uso de violência;

c) Documento que certifique a formalização de um seguro de responsabilidade civil, nos termos do disposto no artigo 10º;

d) Comprovativo da esterilização, quando aplicável;e) Boletim sanitário atualizado, que comprove, em especial, a vacinação antirrábica; ef) Comprovativo de aprovação em formação para a detenção de cães perigosos ou potencialmente

perigosos.3 A licença pode ser solicitada pela autoridade competente, a qualquer momento, devendo o‐

detentor, aquando de qualquer deslocação dos cães perigosos ou potencialmente perigosos, estar sempre acompanhado da mesma.

Art. 11ºDever especial de vigilância

O detentor de animal perigoso ou potencialmente perigoso fica obrigado ao dever especial de o vigiar, de forma a evitar que este ponha em risco a vida ou a integridade física de outras pessoas e de outros animais.

Art.º 12ºMedidas de segurança reforçadas nos alojamentos

O detentor de animal perigoso ou potencialmente perigoso fica obrigado a manter medidas de segurança reforçadas, nomeadamente nos alojamentos, incluindo aqueles destinados à criação ou reprodução.

Art.º 13ºMedidas de segurança reforçadas na circulação

1 Os animais abrangidos pelo presente decreto lei não podem circular sozinhos na via pública, em ‐ ‐lugares públicos ou em partes comuns de prédios urbanos, devendo sempre ser conduzidos por detentor.

2 Sempre que o detentor necessite de circular na via pública, em lugares públicos ou em partes ‐comuns de prédios urbanos com os animais abrangidos pelo presente decreto lei, deve fazê lo com meios ‐ ‐de contenção adequados à espécie e à raça ou cruzamento de raças, nomeadamente caixas, jaulas ou gaiolas, ou, no caso de cães, açaimo funcional que não permita comer nem morder e, neste caso, devidamente seguro com trela curta até 1 m de comprimento, que deve estar fixa a coleira ou a peitoral.

3 Aquando da utilização de cães potencialmente perigosos em atos de terapia social realizados em‐ local devidamente delimitado para o efeito, ou durante os atos venatórios, estes são dispensados da utilização dos meios de contenção previstos no número anterior.

4 Os municípios, no âmbito das suas competências, regulam e publicitam as condições de ‐autorização de circulação e permanência de animais potencialmente perigosos e animais perigosos nas ruas, parques, jardins e outros locais públicos, podendo determinar, por razões de segurança e ordem pública, as zonas onde é proibida a sua permanência e circulação e, no que se refere a cães, também as zonas e horas em que a circulação é permitida, estabelecendo as condições em que esta se pode fazer sem o uso de trela ou de açaimo funcional.

Art.º 14ºProcedimento em caso de agressão

11º CFA Competência C1 96

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1 O animal que tenha causado ofensa ao corpo ou à saúde de uma pessoa é obrigatoriamente ‐recolhido, pela autoridade competente, para centro de recolha oficial, a expensas do detentor .

2 As ofensas causadas por animal ao corpo ou à saúde de pessoas de que tenham conhecimento ‐médicos veterinários, autoridades judiciais, administrativas, policiais ou unidades prestadoras de cuidados de saúde são imediatamente comunicadas ao médico veterinário municipal para que se proceda à recolha do animal nos termos do disposto no número anterior.

Art.º 15ºDestino de animais agressores

1 O animal que cause ofensas graves à integridade física, devidamente comprovadas através de ‐relatório médico, é eutanasiado através de método que não lhe cause dores e sofrimentos desnecessários, uma vez ponderadas as circunstâncias concretas, designadamente o caráter agressivo do animal.

Art.º 13ºFiscalização

1 Compete, em especial, à DGAV, às câmaras municipais, designadamente aos médicos ‐veterinários municipais, à polícia municipal, à GNR, à PSP, à Polícia Marítima e à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) assegurar a fiscalização do cumprimento das normas constantes no presente decreto lei, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades.‐

2 Para efeitos do disposto no número anterior, a GNR, a PSP e a polícia municipal devem proceder‐ à fiscalização sistemática dos cães que circulem na via e locais públicos, nomeadamente no que se refere à existência de identificação eletrônica, ao uso de trela ou açaimo, registo e licenciamento e acompanhamento pelo detentor.

3 No caso de criação de obstáculos ou impedimentos à fiscalização de alojamentos ou de animais ‐que se encontrem em desrespeito ao previsto no presente decreto lei, é solicitada a emissão de mandado ‐judicial, ao tribunal cível da respetiva comarca, que permita às autoridades referidas no nº 1 aceder ao local onde se encontram alojados os animais e proceder à sua remoção.

Art.º 31ºLutas entre animais

1 Quem promover, por qualquer forma, lutas entre animais, nomeadamente através da ‐organização de evento, divulgação, venda de ingressos, fornecimento de instalações, prestação de auxílio material ou qualquer outra atividade dirigida à sua realização, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

2 Quem participar, por qualquer forma, com animais em lutas entre estes é punido com pena de ‐prisão até 2 anos ou com pena de multa.

3 A tentativa é punível.‐4 Excecionam se do disposto nos números anteriores os eventos de carácter cultural que ‐ ‐

garantam a proteção da saúde pública e animal, devidamente autorizados pela DGAV.

Art.º 32ºOfensas à integridade física dolosas

1 Quem, servindo se de animal por via do seu incitamento, ofenda o corpo ou a saúde de outra ‐ ‐pessoa é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

2 Se as ofensas provocadas forem graves a pena é de 2 a 10 anos.‐3 A tentativa é punível. ‐

Art.º 33ºOfensas à integridade física negligentes

11º CFA Competência C1 97

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Quem, por não observar deveres de cuidado ou vigilância, der azo a que um animal ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa causando lhe ofensas graves à integridade física é punido com pena de prisão ‐até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.

Art.º 33º-ADetentor sob efeito de álcool ou de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas

1 Quem, ainda que por negligência, circular na via pública, em lugares públicos ou em partes ‐comuns de prédios urbanos, com animal perigoso ou potencialmente perigoso, registando uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 360 dias.

2 Na mesma pena incorre quem, ainda que por negligência, circular na via pública, em lugares ‐públicos ou em partes comuns de prédios urbanos, com animal perigoso ou potencialmente perigoso, não estando em condições de assegurar o seu dever de vigilância por se encontrar sob a influência de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas ou de produtos com efeito análogo perturbadores da aptidão física, mental ou psicológica.

3 A presença de álcool no sangue pode ser indiciada por meio de teste no ar expirado, efetuado ‐em analisador qualitativo.

4 A quantificação da taxa de álcool no sangue é feita por meio de teste no ar expirado, efetuado ‐em analisador quantitativo.

5 Sempre que haja suspeita de que o detentor de animal perigoso ou potencialmente perigoso se ‐encontre sob a influência de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas ou de produtos com efeito análogo perturbadores da aptidão física, mental ou psicológica, o mesmo é submetido a exame de rastreio do estado de influência por substâncias estupefacientes ou psicotrópicas no serviço de urgência hospitalar em que der ingresso sob custódia policial.

6 O exame referido no número anterior é composto por um exame médico, completado, quando ‐necessário, por exames laboratoriais através de amostra biológica.

7 É aplicável aos procedimentos de recolha, verificação, documentação e contraprova, com as ‐devidas adaptações, o regime previsto para a fiscalização da condução sob influência do álcool ou de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas.

8 Quando dos exames referidos nos números anteriores resultar prova de que o suspeito se ‐encontrava sob uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l ou sob a influência de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas ou de produtos com efeito análogo perturbadores da aptidão física, mental ou psicológica, são lhe imputados todos os custos associados a esses exames. ‐

9 Quem se recusar a ser sujeito aos exames previstos nos números anteriores incorre no crime de ‐desobediência.

Art.º 38ºContraordenações

1 Constituem contraordenações puníveis com coima de (euro) 750 a (euro) 5000, no caso de ‐pessoa singular, e de (euro) 1500 a (euro) 60 000, no caso de pessoa coletiva:

a) A falta de licença, de identificação ou registo a que se referem os artigos 5º a 7º;b) A falta do seguro de responsabilidade civil previsto no artigo 10º; c) O alojamento de animais perigosos ou potencialmente perigosos sem que existam as

condições de segurança previstas no artigo 12º;d) A circulação de animais perigosos ou potencialmente perigosos na via pública, em outros

lugares públicos ou em partes comuns de prédios urbanos, sem que estejam acompanhados de pessoa maior de 16 anos de idade, caso em que a responsabilidade contraordenacional recai sobre o detentor que não obste a tal situação, ou sem os meios de contenção previstos no artigo 13º, ou a circulação ou permanência em zona proibida e sinalizada para o efeito nos termos do nº 4 do mesmo artigo;

11º CFA Competência C1 98

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e) A introdução em território nacional de cães potencialmente perigosos das raças ou cruzamentos de raças constantes da portaria prevista na alínea c) do artigo 3º sem o registo ou a autorização prévia prevista no artigo 16º ou em violação das condicionantes ou proibições estabelecidas ao abrigo daquele mesmo artigo;

f) A criação ou reprodução de cães potencialmente perigosos das raças ou cruzamentos de raças constantes da portaria prevista na alínea c) do artigo 3º sem que seja em centros de hospedagem com fins lucrativos que disponham da permissão administrativa prevista no artigo 17º;

g) A reprodução de cães perigosos ou potencialmente perigosos ou a sua não esterilização em desrespeito pelo disposto no artigo 19º;

h) A não manutenção pelos centros de hospedagem com fins lucrativos autorizados para criação ou reprodução de cães potencialmente perigosos dos registos de nascimento e de transação previstos nos artigos 18º e 20º, pelos períodos de tempo neles indicados;

i) A não esterilização nas condições estabelecidas nos artigos 5º e 19º;j) O não envio pelo médico veterinário da declaração prevista no artigo 19º ou o desrespeito

das condições estabelecidas nos termos da mesma disposição para o efeito;k) A comercialização e publicidade de animais perigosos em desrespeito pelo disposto no

artigo 20º;l) O treino de animais perigosos ou potencialmente perigosos tendo em vista a sua

participação em lutas ou o aumento ou reforço da agressividade para pessoas, outros animais ou bens;

m) A falta de treino de cães perigosos ou potencialmente perigosos, nos termos do artigo 21º, ou o seu treino por treinador sem título profissional emitido nos termos do artigo 25º;

n) O treino de cães realizado em local que não disponha das condições estabelecidas no artigo 23º;

o) A não comunicação dos treinadores certificados, nos termos do nº 1 do artigo 26º;p) O desrespeito por alguma das obrigações dos treinadores estabelecidas no artigo 28º;q) A falta de entrega à DGAV do título profissional de treinador de cães perigosos e

potencialmente perigosos, nos termos previstos no nº 3 do artigo 29º;r) A não observância de deveres de cuidado ou vigilância que der azo a que um animal

ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa causando lhe ofensas à integridade física que não sejam‐ consideradas graves.2 A tentativa e a negligência são punidas, sendo os limites mínimos e máximos das coimas ‐reduzidos a metade.

Art.º 39ºMedidas preventivas

1 Os animais que serviram, ou estavam destinados a servir, para a prática de alguma das ‐contraordenações previstas no artigo anterior, incluindo as ninhadas resultantes da reprodução dos animais a que se refere o nº 3 do artigo 19º, podem ser provisoriamente apreendidos pela autoridade competente, sendo, neste caso, aplicável à apreensão e perícia a tramitação processual prevista no presente artigo.

2 Da apreensão é elaborado auto a enviar à entidade instrutora do processo.‐3 A entidade apreensora nomeia fiel depositário o centro de recolha oficial, o transportador, o ‐

proprietário dos animais ou outra entidade idónea.

Art.º 41ºTramitação processual e destino das coimas

11º CFA Competência C1 99

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1 A competência para a elaboração de autos de contraordenação cabe às autoridades referidas no‐ nº 1 do artigo 30º

2 A instrução dos processos de contraordenação compete à DGAV.‐3 A aplicação das coimas e sanções acessórias compete ao diretor geral de Alimentação e ‐ ‐

Veterinária.

Tema 17: Venda Ambulante de LoteriasTema 18: Arrumadores de automóveisTema 19: Acampamentos Ocasionais

DL Nº310/2002, de 18 de dezembro

Atenção!!! artº 16º - Ver competências [Junta de Freguesia Vs. Câmara Municipal]

Art.º 1ºÂmbito

O presente diploma regula o regime jurídico de acesso, exercício e fiscalização das seguintes atividades:

a) Guardas Noturnos (Revogado pelo art.º 42º, nº 1, al. b), Lei nº 105/2015, de 25AGO) ; b)Venda ambulante de lotarias; c)Arrumador de automóveis; d)Realização de acampamentos ocasionais; e)Exploração de máquinas automáticas, mecânicas, elétricas e eletrónicas de diversão; f)Realização de espetáculos desportivos e de divertimentos públicos nas vias, jardins e demais

lugares públicos ao ar livre;g)Venda de bilhetes para espetáculos ou divertimentos públicos em agências ou postos de venda;h)Realização de fogueiras e queimadas

Art.º 2ºAcesso exercício das atividades

1 - O acesso às atividades referidas nas alíneas a) (Guardas Noturnos - ocasionais),b) (Venda ambulante de loterias), c) (arrumador de automóveis), d) (Realização de acampamentos ocasionais) f) (Realização de espetáculos desportivos e de divertimentos públicos nas vias, jardins e

demais lugares públicos ao ar livre) e;h) (Realização de fogueiras e queimadas),

do artigo anterior carece de licenciamento municipal

Art.º 2ºAcesso exercício das atividades

1 - ... O acesso às atividades referidas nas alíneas a), b), c), d), f) e h) do artigo anterior carece de licenciamento municipal.

2 – As atividades referidas nas alíneas: e) Exploração de maquinas automáticas, mecânicas, elétricas e eletrônicas de diversão e;g) Venda de bilhetes para espetáculos ou divertimentos públicos em agencias ou postos de venda,

do artigo anterior são de livre acesso.

11º CFA Competência C1 100

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(Não carecem de licenciamento municipal ou da junta, embora tenham que obedecer a outros requisitos legais, que veremos nos módulos seguintes.)

Lei nº 75/2013 de 12 de setembroAnexo

Art.º 16ºCompetências Materiais

...3 - Compete ainda à junta de freguesia o licenciamento das seguintes atividades:a) Venda

ambulante de lotarias;b) Arrumador de automóveis;

Art.º 132ºDelegação Legal

2 - Consideram-se ainda delegadas nas juntas de freguesia, quando previstas em lei, as competências de controlo prévio, realização de vistorias e fiscalização das câmaras municipais nos seguintes domínios:

...g) Realização de acampamentos ocasionais;

Art.º 11ºIdentificação do vendedor

1 - Cada vendedor ambulante será portador de um cartão de identificação, com a fotografia atualizada do seu titular e válido por cinco anos, de modelo a aprovar pela câmara municipal.

2 - As licenças são registadas em livro especial, com termos de abertura e encerramento, por ordem cronológica e sob o número de ordem em que são transcritos os elementos de identificação constantes do requerimento, tendo anexada uma fotografia do vendedor.

Art.º 13ºRegras de conduta

1 - Os vendedores ambulantes de lotaria são obrigados:a) A exibir o cartão de identificação, usando-o no lado direito do peito;b) A restituir o cartão de identificação, quando a licença tiver caducado.

2 - É proibido aos referidos vendedores:a) Vender jogo depois da hora fixada para o início da extração da lotaria;b) Anunciar jogo por forma contrária às restrições legais em matéria de publicidade.

Art.º 14ºSujeição a licenciamento

É da competência da câmara municipal a atribuição da licença para o exercício da atividade de arrumador de automóveis.

Art.º15ºLicenciamento

1 - A concessão da licença, de validade anual, será acompanhada da emissão de um cartão identificativo, de modelo a aprovar pela câmara municipal, plastificado e com dispositivo de fixação que permita a sua exibição permanente, que será obrigatória durante o exercício da atividade.

2 - As licenças apenas podem ser concedidas a maiores de 18 anos.

Art.º16ºRegras de atividade

11º CFA Competência C1 101

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1 - A atividade de arrumador é licenciada para as zonas determinadas.2 - Na área atribuída a cada arrumador, que constará da licença e do cartão de identificação do

respetivo titular, deverá este zelar pela integridade das viaturas estacionadas e alertar as autoridades em caso de ocorrência que a ponha em risco.

3 - É expressamente proibido solicitar qualquer pagamento como contrapartida pela atividade, apenas podendo ser aceites as contribuições voluntárias com que os automobilistas, espontaneamente, desejem gratificar o arrumador.

4 - É também proibido ao arrumador importunar os automobilistas, designadamente oferecendo artigos para venda ou procedendo à prestação de serviços não solicitados, como a lavagem dos automóveis estacionados.

Art.º17ºNormas subsidiárias

À atividade de arrumador de automóveis são ainda aplicáveis, com as necessárias adaptações, as regras previstas para a atividade dos vendedores ambulantes de lotaria, bem como as disposições constantes de regulamento municipal.

Art.º 47ºContra ordenações

1 - Constituem contra ordenações:...f) O exercício da atividade de arrumador de automóveis sem licença ou fora do local nela

indicado, bem como a falta de cumprimento das regras da atividade, punidos com coima de (euro) 60 a (euro) 300;

...2 - A coima aplicada nos termos da alínea f) do número anterior pode ser substituída, a

requerimento do condenado, pela prestação de trabalho a favor da comunidade, nos termos previstos no regime geral sobre ilícito de mera ordenação social.

Art.18ºLicença

1 - A realização de acampamentos ocasionais fora dos locais adequados à prática do campismo e caravanismo fica sujeita à obtenção de licença da câmara municipal, devendo ser requerida pelo responsável do acampamento e dependendo a sua concessão da autorização expressa do proprietário do prédio.

2 - A realização de qualquer acampamento ocasional fica sujeita à emissão de parecer favorável das seguintes entidades:

a) Delegado de saúde;b) Comandante da PSP ou da GNR, consoante os casos.

3 - A licença é concedida por um período de tempo determinado, nunca superior ao período de tempo autorizado expressamente pelo proprietário do prédio, podendo ser revogada a qualquer momento.

Art.º 47ºContraordenações

3 - A falta de exibição das licenças às entidades fiscalizadoras constitui contraordenação punida com coima de (euro) 70 a (euro) 200, salvo se estiverem temporariamente indisponíveis, por motivo atendível, e vierem a ser apresentadas ou for justificada a impossibilidade de apresentação no prazo de quarenta e oito horas.

4 - A negligência e a tentativa são punidas.

11º CFA Competência C1 102

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Atenção!!Como os temas de 17 a 24 estão presentes no D.L 310/2002, seguidamente serão apresentados os

artigos divididos por tema. Consultar o respetivo D.L e Lei!!!

Tema 20: Máquinas de Diversão

D.L º 310/2002Artºs: 1º,2º,19º,20º,21º,22º,24º,25º,26º,27º, 48º.

Lei nº 75/2013Artºs: 16º, 132º

Tema 21: Espetáculos Desportivos na Via Pública

D.L º 310/2002Artºs: 29º,30º,33º,34º,

Tema 22: Venda de Bilhetes para Espetáculos

D.L º 310/2002Artºs: 35º,36º,38º,

Tema 23: Proteção de Pessoas

D.L º 310/2002Artºs: 42º

Tema 24: Fogueiras e Queimadas

D.L º 310/2002Artºs: 39º

Contra-ordenação referentes a todos os temasArtºs:47º.

11º CFA Competência C1 103

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Técnicas de Intervenção PolicialManual de TIP páginas 64 a 78 Abordagem a Viaturas

1 – IntroduçãoÉ necessário:a) Estabelecer procedimentos base que permitam maior segurança dos agentes e maior eficácia

policial;b) Definir e distribuir funções e sequencia de tarefas a executar;c) Definir procedimento de risco desconhecido;d) É muito importante existir nas viaturas policiais acessórios indispensáveis para i sucesso e eficácia

das abordagens.

2 – Fases e procedimentos genéricos2.1 – Enquadramento legal sumário

2.1.1 Gravidade da infração cometida2.1.2 Indícios fundamentadores da suspeita2.1.3 Comportamento e grau de colaboração dos suspeitos

2.2- Avaliação de Risco (fatores a considerar)a) Suspeitos;b) Polícias.

2.3- Tipo de recurso à arma de fogo2.4 – Comunicação/solicitação de apoio

Elementos a transmitir à central rádio:- Motivo da Abordagem- Tipo de abordagem - Matricula- Marca, modelo e cor- Número de suspeitos- Localização e direção da viatura

2.5 – Escolha do local e momento adequadosPlaneada Deve ser realizado um seguimento discreto da viatura suspeita (Á partida só possível

com carro descaracterizado) Deve-se aguardar que por qualquer motivo a viatura se imobilize para ser feita a

abordagem aos ocupantes No caso de se optar por deter a Viatura em movimento deve-se optar por locais com:

Pouco movimento; Áreas Abertas e com bom campo de Visão, ou Extremamente confinadas que limitem as hipóteses de fuga; De noite áreas bem iluminadas; vias que não permitam velocidades elevadas

Inopinada É um tipo e abordagem reativa normalmente na sequência de prática de qualquer tipo e

infracção Assim sendo os agentes não têm a possibilidade de selecionar o local e o momento da

abordagem

2.6 – Sinalização da abordagem

11º CFA Competência C1 104

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Agentes Apeados Obrigatoriamente Uniformizados Sinal de Paragem Regulamentar Prever possibilidade de desobediência (fixar a Matricula) Cuidado com eventuais tentativas de atropelamento

2.7 – Posicionamento das viaturas A viatura Policial Deve-se Manter atrás e nunca ultrapassar a viatura Suspeita Manter-se a Curta distância mais ou menos 2 metros, forma a limitar eventuais

manobras e possibilitar um melhor controlar visual do interior Deve andar desenquadrada da viatura perseguida nomeadamente as rodas direitas da

viatura policial alinhadas com as rodas esquerdas da outra viatura As Rodas da frente devem estar apontadas para o centro da faixa de rodagem

2.8 – Controle da área circundante A possibilidade de existirem mais suspeitos relacionados e não detectados inicialmente A possibilidade de se formarem ajuntamentos espontâneos de pessoas A eventual hostilidade de algumas dessas pessoas O perigo resultante para terceiros Os problemas relacionados com o trânsito

2.9 – Cobertura dos agentes intervenientesOs agentes devem reduzir a Silhueta e utilizar a cobertura e proteção mesmo que mínimas,

fornecidas pela viatura Policial, outras estacionadas no local ou por estruturas presentes nas imediaçõesDevendo ainda ser sempre feita a proteção ao agente que intervém diretamente com os suspeitos,

ou o que mais estiver exposto.Neste tipo de ações o número desejável de agentes é 3 agentes e uma viatura policial, sendo a

composição normal de um carro patrulha de 2 elementos apenas a abordagem inicial deve ser feita por estes 2.

2.10 – Efetivo mínimo indispensável1 viatura e 2 agentes.

3 - Abordagem de risco desconhecido 3.1 - Conceito

Aquelas em que a gravidade da infracção cometida, os indícios que fundamento a abordagem ou o grau de colaboração do suspeito não permitam classificá-las como de alto risco. Em que não há quaisquer suspeitas de prática de crime com recurso a violência ou armas de fogo, são as mais praticadas nomeadamente para a fiscalização de viaturas, no âmbito do código da estrada, não podendo ser concedidas facilidades, devendo ser sempre prevista a alteração do grau da ameaça e a passagem a procedimentos de alto risco.

3.2 - Procedimentos: 3.2.1 – Posição das Viaturas Se for só por uma viatura Policial a mesma deve se colocar atrás da viatura suspeita O condutor sai em simultâneo da viatura com o agente responsável pela acção e acompanha-o

numa primeira fase. Ao mesmo tempo controla a área envolvente; Mantem contato visual com a VP1;

11º CFA Competência C1 105

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Quando existirem 3 agentes, mantem-se na VP só saindo após avaliação positivado agente responsável, e é responsável pelas comunicações.

3.2.2 – Função dos agentesAgente Responsável pela Ação: Estabelecer contacto com o condutor Deslocar-se á viatura Suspeita Decide da passagem a procedimentos de ALTO RISCO ou algemagem posteriores Condutor: Manter-se na viatura até que o agente que aborda a viatura suspeita esteja junto da mesma Cobre o agente interveniente Simultaneamente confere a proteção de área Posteriormente quando a viatura suspeita for desligada, sai da viatura e apoia mais

aproximadamente o colega (este apoio só se verifica quando houverem dois agentes policiais) Terceiro Agente (Se Houver): Acompanhar o agente responsável e apoiá-lo proximamente Caso exista mais que um ocupante na viatura abordada, controla visualmente os mesmos Previne e acorre a fugas apeadas

Erros mais frequentes Passagem do Agente interveniente pela frente da viatura suspeita Distância inferior ao ângulo de abertura das portas Distância exagerada do veículo superior ao comprimento dos braços Introdução da cabeça ou qualquer parte do corpo no interior da viatura Receber documentos com a mão forte (mão que empunha a arma) Agente responsável passar pela frente do 3o agente quando vai verificar os dísticos

no para-brisas da viatura suspeita Não prever nem estar preparado para uma súbita escalada de violência

3.3- Passagem de abordagem de risco desconhecido para alto risco Sempre que os procedimentos se mostrarem ineficazes, sucedam factos ou se confirmem as suspeitas

que os agentes considerem contribuir para o aumento de risco inerente á situação. EX: Deve passar-se a uma abordagem de alto risco quando:

Sejam encontradas Armas de fogo ou outros na posse dos sujeitos Os sujeitos não colaborem e não cumpram as ordens legais e legitimas dos agentes Os suspeitos agridam ou tentem agredir os agentes Os suspeitos encetem fugas, apeadas ou em viaturas

Se forem verificadas algumas destas situações o agente interventor ou quem detecte o indício deve: Dar o Alerta para alteração de procedimentos de formas a que todos os agentes se apercebam das

mudanças de procedimentos Criar espaço de segurança entre eles e a viatura suspeita ▪ Dar início a procedimentos de alto Risco

4 - Abordagem de alto risco Aquelas em que a gravidade da infracção cometida e os indícios fundamentam a abordagem ou o

grau de colaboração do suspeito permita e “aconselhe” a classificá-las como alto Risco

5 - Abordagem de alto risco com colaboração Procedimentos:

11º CFA Competência C1 106

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o As diferenças dos procedimentos de uma abordagem de risco desconhecido para as de Alto Risco são que o Agente Interventor não se desloca logo á Viatura suspeita mantendo-se cobertos pelas viaturas policiais, o Agente responsável deve contar os ocupantes e informar todos os outros agentes, os restantes agentes da 1a ou 2a viatura se houver devem prevenir fugas apeadas do seu lado de ação

Ações a Desenvolver: o Controle Primário dos Suspeitos o Contagem dos suspeitos Visíveis o Os agentes devem empunhar as armas com os dedos fora do gatilho e ao longo do Guarda

mato o Apenas o agente responsável deve transmitir ordens Claras Precisas e Concisas EX:

Meter as Mãos na cabeça com os dedos entrelaçados – Desligar a viatura e atirar as chaves para o chão fora da viatura – mandar sair da viatura um a um, começando pelo condutor depois os restantes de preferência pelo mesmo lado – Afastarem-se lateralmente da viatura – Deitar no Chão para se efetuar a algemagem de alto risco em posição de Cristo de barriga para baixo, Revista dos suspeitos e depois da Viatura.

6 - Abordagem de alto risco sem colaboração Não Imobilização do Veiculo à ordem, iniciando-se uma fuga e eventualmente uma perseguição

por parte das viaturas policiais, podendo ser tentada uma imobilização forçada. Não cumprimentos das ordens após imobilização, mantendo-se os suspeitos dentro da viatura

(Passividade) Execução de Disparos contra os agentes Policiais, caso disponham de armas de fogo Fugas apeadas

A Imobilização Forçada pode resultar de: Acidente da Viatura suspeita Condições de Trânsito de Veículos Intenso Utilização de Sistemas de Imobilização de veículos (Sistema de interferência eléctrica à

distância, barreira flexíveis (barreira de rede), Utilização de Lagartas, Barragens Fixas (viaturas ou estruturas diversa)

Ações a desenvolver após a imobilização Forçada: Abordar a viatura Se existir segunda viatura policial, e se existirem condições esta deve ultrapassar a viatura

suspeita e bloquear-lhe o caminho Ordenar aos suspeitos que metam as mãos na cabeça com os dedos entrelaçados Os agentes devem aproximar-se rapidamente da viatura abrir as portas e extrair os suspeitos Todos os suspeitos são extraídos simultaneamente A ação deve ser dinâmica e agressiva partindo do princípio de que a fuga pode ser novamente

tentada Os agentes devem atuar em duplas, um dominando o suspeito e outro dando cobertura No caso de carrinhas com caixas fechadas as mesmas devem ser abertas e inspeccionadas Procede-se á algemagem (procedimentos de alto risco) e á revista Prever necessidade de partir vidros da viatura

Não cumprimento de ordens após imobilização, mantendo-se os suspeitos dentro da viatura (PASSIVIDADE)

11º CFA Competência C1 107

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Posicionamento e ordens iguais aos procedimentos de abordagem com colaboração ▪ Dois agentes da 1a viatura dirigem-se à viatura suspeita ▪ Um intervém e o outro dá- lhe cobertura ▪ Verificação visual do interior da viatura suspeita ▪ Controlar movimentos das mãos dos suspeitos ▪ Abrir portas da viatura ▪ Extrair os suspeitos usando técnicas policiais adequadas ▪ Proceder á algemagem de alto risco dos suspeitos ▪ Revistar os suspeitos ▪ Proceder à busca da Viatura

Em caso de Disparos contra os agentes devem ter os seguintes comportamentos: Todos os agentes devem-se proteger com a viatura os outras estruturas existentes ou reduzir a

silhueta agachados Identificar a origem dos disparos Reagir em Conformidade Ter em atenção a terceiros que se encontrem na área Manter ângulos de tiro seguros para os outros agentes intervenientes evitando fogo cruzado Se for de noite iluminar bem a viatura suspeita de forma a permitir boa visibilidade sobre a mesma

e encandear os suspeitos Apenas Aproximar da Viatura quando existirem condições de segurança para tal

Fuga Apeada Os agentes Policiais acorrem às fugas que se verificarem do seu lado Para cada suspeito em fuga são necessários dois agentes na sua perseguição Tem de ficar sempre, pelo menos um agente junto das viaturas

UTILIZAÇÃO DE “LAGARTAS” EM OPERAÇÕES STOP E PPERSEGUIÇÕES AUTOMÓVEIS Imobilização forçada de veículos motorizados em fuga:

Durante a perseguição motorizada relacionada com a prática de crime, é permitida a imobilização forçada de veículos.

É proibida a imobilização forçada de veículos em condições que manifestamente ponham em perigo a integridade física ou vida dos elementos policiais envolvidos dos perseguidos ou de terceiros

A imobilização forçada de veículos pode ser executada com o recurso a sistemas de imobilização de veículos:

o Sistemas de interferência eléctrica à distância,o Barreiras flexíveis (barreiras de rede),o Lagartas, eo Barreiras com viaturas policiais

Estes sistemas devem ser utilizados, sempre que possível, pela ordem indicada.

Lagartas o São um dispositivos se posiciona na faixa de rodagem usada para a fuga e que contêm

espigões ocos e pontiagudos, que se soltam à passagem do veículo, destinados a perfurar os pneumáticos, provocando o esvaziamento dos mesmos e a consequente diminuição de velocidade.

o O responsável pelo operador das lagartas deve assegurar que apenas a viatura visada é afectada pelo efeito do dispositivo.

o O operador das lagartas deve proteger-se de eventuais atropelamentos, posicionando-se por forma a garantir a sua própria segurança.

o O uso de lagartas é apenas permitido quando a viatura a imobilizar siga em linha recta

11º CFA Competência C1 108

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o É vedada a utilização de lagartas em locais que aumentem relevantemente o perigo inerente à imobilização do veículo em fuga, nomeadamente em pontes, viadutos, túneis, vias com acentuada inclinação das bermas, e em locais onde se verifique grande aglomeração pedonal.

O uso de lagartas no âmbito de ações planeadas de fiscalização de trânsito (Operações STOP), será objecto de NEP específica e deve obedecer, cumulativamente, às seguintes condições:

o Local com características adequadas à realização deste tipo de operações, permitindo: A redução de velocidade dos veículos, A canalização da circulação para uma única faixa de rodagem A existência de espaço adequado para a paragem e fiscalização dos veículos e

ocupantes. o Sinalização adequada e bem perceptível a impor aos automobilistas a redução da velocidade

e a paragem (STOP) do veículo. o Visibilidade dos agentes policiais ao longo de todo o percurso e existência de painel

informativo indicando o uso de lagartas. o Canalização dos veículos para uma única faixa de rodagem, por forma a obrigar à redução

de velocidade e a reduzir as facilidades de fuga. o Posicionamento da lagarta em local que possibilite que o veículo a imobilizar acompanhe o

traçado posterior da via. o Colocação adequada tanto do pessoal que vai operar a lagarta como do que irá abordar os

ocupantes do veículo em fuga. o Os sistemas referidos, e em uso na PSP, constituem-se por espigões ocos e pontiagudos, que

se soltam à passagem do veículo, destinados a perfurar os pneumáticos, provocando o esvaziamento progressivo e continuado dos mesmos e a consequente diminuição de velocidade;

O uso das lagartas deve obedecer, cumulativamente, as seguintes condições:o É proibida a imobilização forçada de veículo em condições que, manifestamente, ponham

em perigo a integridade física ou a vida dos elementos policiais envolvidos, dos perseguidos e de terceiros, nomeadamente, em áreas de elevado tráfego de peões e/ou viaturas;

o O uso das lagartas está ainda expressamente proibido em locais próximos de escolas, parques infantis, paragens de transportes públicos, curvas, viadutos ou pontes;

o O uso de lagartas só é permitido em vias de boa visibilidade, sendo vedada a sua utilização quando existam condições atmosféricas adversas, nomeadamente, em situações de chuva intensa, forte nevoeiro e queda de neve;

o O local da colocação das lagartas deve, preferencialmente, permitir a canalização da circulação do veículo para uma única via de tráfego, de forma a obrigar à redução da velocidade e dificultar a fuga, bem como possibilitar a existência de espaço adequado para a paragem e fiscalização dos veículos e ocupantes;

o A canalização da circulação pode ser efectuada através de cones de sinalização, viaturas policiais, ou outros dispositivos complementares;

o Os elementos da força que intervier com as lagartas, constituída pelos: Operadores, Equipa de segurança, Equipa de intercepção/abordagem, e Equipa de fiscalização

o Só é permitido o uso de lagartas pelos operadores devidamente dotados de formação específica para operar com este equipamento;

11º CFA Competência C1 109

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o Os operadores de lagartas devem assegurar-se, sempre que possível, que apenas o veículo visado é afectado pelo efeito do dispositivo.

O uso das lagartas em operações STOP: A utilização de lagartas, no âmbito de Operações STOP, deve ser precedida de informação aos

condutores sobre a utilização na via pública deste dispositivo. Essa informação pode ser prestada através de diferentes meios, nomeadamente:

o Através da utilização dos painéis informativos das entidades gestoras das vias, o Dos painéis electrónicos informativos que existam e venham a ser introduzidos nos veículos

policiais ou o Através de painel informativo escrito, com a indicação de Polícia – Operação Policial com

Lagartas; o O painel informativo escrito deve ter cor de fundo amarela, inscrições e orla a preto, com as

dimensões: 0,70 cm (largura) por 0,90 cm (altura) e: Ser colocado de forma bem visível dos dois lados da via a bloquear; Com uma antecedência prévia de, no mínimo, 50 metros antes do local de colocação

da lagarta, de modo a garantir boas condições de legibilidade das mensagens nele contidas;

Acautelar a normal circulação e segurança dos utentes das vias e orientados pela forma mais conveniente ao seu pronto reconhecimento pelos utentes.

o A definição dos termos concretos da utilização das lagartas é da responsabilidade do comandante da força policial que tenha a seu cargo a intervenção e só deve ser determinada quando haja desobediência a pelo menos dois sinais de paragem efectuados pelos elementos policiais, com clara intenção de evitar o controlo policial;

o A ordem de redução e de paragem do veículo numa Operação STOP com recurso a Lagartas, deve ser dada de forma sequencial, por dois elementos policiais, separados entre si por uma distância máxima de 25 metros, os quais devem estar devidamente uniformizados, utilizar colete refletor em uso na PSP e fazer o sinal regulamentar de paragem de forma adequada e bem perceptível para os automobilistas, recorrendo a raquetes ou lanternas de sinalização, sempre que necessário;

o A lagarta deve ser colocada perpendicularmente à via de tráfego, no sentido da fuga, em local que possibilite que o veículo a imobilizar acompanhe o traçado posterior da via e a uma distância mínima de 25 metros após a posição do segundo elemento que executa o segundo sinal de paragem;

o Devem ser posicionadas, imediatamente após o local de colocação da lagarta, mas em local que garanta segurança em caso de despiste, as viaturas (Motos ou CP’s) que farão a perseguição até à imobilização final da viatura.

O uso das lagartas em perseguição automóvel: Para além das condicionantes referidas anteriormente (Condições para o uso de lagartas) só

poderão ser utilizadas as lagartas em situações de perseguição quando os veículos e seus suspeitos tenham sido, com elevada probabilidade, intervenientes nas seguintes situações:

o Roubo com arma de fogo; o Roubo de veículo, com recurso à violência ou outros métodos sobre proprietário; o Sequestro e/ou rapto; o Homicídio ou tentativa de homicídio, em terceiros ou nos agentes que intervieram com a

viatura e os suspeitos; o Condução perigosa com fuga reiterada a controlo policial; o Posse e utilização de arma de fogo;

11º CFA Competência C1 110

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o Criminalidade violenta, grave ou grupal; o Terrorismo.

O uso das lagartas em perseguição automóvel: No caso de perseguição, o alerta deve ser dado ao condutor de veículo em fuga, através:

o Dos sistemas visuais (com utilização dos “pirilampos”) e o Dos sistemas sonoros do veículo policial que efetuar a perseguição, com a seguinte Ordem

Expressa: “POLÍCIA. Pare!!!!”, a qual deverá ser repetida três vezes. o Se o condutor não acatar esta ordem de paragem, e antes de ser dada a indicação à Central

para a colocação das lagartas na via pública, será repetido por três vezes o seguinte aviso: “A POLÍCIA vai utilizar lagartas para o (a) parar”.

Procedimentos de perseguição: Somente veículos policiais, devidamente identificados, quer com as cores policiais, quer com placa

policial a dizer “POLÍCIA” claramente visível, podem participar em perseguições. Qualquer perseguição deve ser “AUTORIZADA”, com a brevidade possível, pela Central de Comando

e Controle e precedida de pedido pelo elemento mais graduado ou antigo em perseguição. O pedido deve incluir os seguintes dados

o Posição e sentido de marcha,o Razão da perseguição,o Descrição do veículo e, se possível, dos suspeitos/ocupantes, o Identificação do veículo que persegue, eo Velocidades envolvidas.

É OBRIGATÓRIO o uso de luzes e sirenes de emergência durante toda a perseguição. Por norma, não devem ser envolvidos, ativamente, na perseguição direta, mais de dois veículos

policiais:o VP1 - O veículo patrulha que inicia a perseguição; o VP2 – Veículo patrulha alternativo, que se mantém em linha de vista com o o VP1 e veículo suspeito e que se destina a apoio daquele.

Os veículos policiais não designados como VP1 ou VP2 mantém-se alerta ao progresso da perseguição, preposicionando-se, e sendo orientados pela Central de Comando e Controlo, para fornecer apoio aos veículos em perseguição.

Em situações específicas e de necessidade táctica pode chamar-se, para a participação na perseguição, mais de dois veículos, com o propósito de assegurar uma adequada intervenção em segurança. (ex: criminosos armados, múltiplos, etc.);

Responsabilidade e função do VP1: Detém a responsabilidade da perseguição e da atualização da informação a respeito dos factores e

das mudanças nessa perseguição; Tem a prioridade das comunicações de rádio; Avalia constantemente os factores e mudanças da perseguição, comunicando as mesmas via rádio

assim que as circunstâncias o permitam; Cabe-lhe a decisão de terminar a perseguição. Comunica-a imediatamente e é obedecida todas as

viaturas envolvidas; Cumpre imediatamente com uma ordem da Central de Comando e Controlo para terminar a

perseguição.

Responsabilidade e função do VP2

11º CFA Competência C1 111

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Mantém uma distância segura atrás do VP1 para garantir uma paragem em segurança, mantendo o contacto visual com o VP1 e veículo a perseguir;

Só ultrapassa VP1 se este solicitar ou se, por motivos mecânicos ou outros, não for seguro/capaz de manter aquela posição. Nesta circunstância o VP2 passa a VP1 e é substituído na função de VP2 por outra viatura de apoio à perseguição;

Cumpre imediatamente a ordem para terminar perseguição; Dá conhecimento à Central de circunstâncias paralelas à perseguição, nomeadamente acidentes de

tráfego ou outras que resultem da mesma para que outras unidades possam responder e solucionar

A perseguição termina: Sempre que os elementos no VP1 verifiquem que o risco não sustenta o benefício de intercepção

ou detenção; Quando solicitado superiormente; Quando as condições ambientais, da via ou do tráfego se deteriorem e indiciem que a perseguição

pode ser inútil; Quando a identidade do suspeito for conhecida Quando se verificar que o suspeito é menor Quando se verificar que no veículo há vítimas inocentes Terminada a perseguição, os elementos policiais devem:

o Indicar à Central Rádio que aquela está terminada, o Reduzir a velocidade e com segurança retomar marcha normal, o Desligar as luzes de emergência e sirenes, e o Informar novamente a Central que retoma serviço normal e se encontra disponível

Recurso a arma de fogo durante perseguição motorizada No decorrer de perseguição automóvel é, em regra, PROIBIDO qualquer tipo de recurso a arma de

fogo. Excepcionalmente poderá haver recurso efetivo contra pessoas se cumulativamente:

o A finalidade não possa ser alcançada através de recurso passivo ou recurso efetivo o Se verifique taxativamente uma das seguintes circunstâncias:

Repelir agressão atual e ilícita dirigida contra o agente ou terceiros, se houver perigo iminente de morte ou ofensa grave à integridade física.

Prevenir a prática de crime particularmente grave que ameace vidas humanas. Proceder à detenção de pessoa que represente essa ameaça e que resista à

autoridade ou impedir a sua fuga.

11º CFA Competência C1 112

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Legislação e Segurança Rodoviária

1 - Paragem e Estacionamento

Artigos 48º a 52º, 70º, 71º, 163º a 165º CE Portaria 1424/01, 13DEZ, alterada portaria 1334 – F/2010 de 31 de dezembro Portaria 480/99, 30JUNDL 81/06, 20ABRDL 307/03, 10DEZRST, aprovado pelo DR 22-A/98, 01OUT OP3801 de 04MAR 2008

Artigo 48º CE PARAGEM: imobilização de um veículo pelo tempo estritamente necessário para a entrada ou saída de passageiros ou para breves operações de carga ou descarga, desde que o condutor esteja pronto a retomar a marcha e o faça sempre que estiver a impedir ou a dificultar a passagem de outros veículos (nº 1) ESTACIONAMENTO: imobilização de um veículo que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação (nº 2)

Artigo 48º no. 3 do CE FORA LOCALIDADES: devem fazer-se fora das faixas de rodagem ou, sendo isso impossível, e apenas no caso de paragem, o mais próximo possível do respetivo limite direito, paralelamente a este e no sentido de marcha. Ver punição no art.º 49 nº2 al. c) do CE

Artigo 48º no. 4 do CE DENTRO LOCALIDADES: devem fazer-se nos locais especialmente destinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respetivo limite direito, paralelamente a este e no sentido de marcha.

Artigo 48º no 5 do CE Ao estacionar o veículo o condutor deve deixar os intervalos indispensáveis : - À saída de outros veículos;- À ocupação dos espaços vagos; - Ao fácil acesso aos prédios.

Tomar as precauções indispensáveis para evitar que aquele se ponha em movimento.

Portaria 480/99, 30JUNFACILIDADE ESTACIONAMENTO A JORNALISTAS Eventos excecionais que justifiquem cobertura informativa Veículos identificáveisDístico junto para-brisas, visível do exteriorSem provocar inconvenientes à circulação

Artigo 49º nº 1 a) CE Rotundas, Pontes, túneis, passagens nível, passagens inferiores ou superiores e lugares insuficiente visibilidade

Art.º 49º nº 1 b) CE

11º CFA Competência C1 113

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Menos de 5 m para um e outro lado de cruzamentos, entroncamentos ou rotundas

Art.º 49º nº 1 c) CE - Menos de 5m para a frente e 25 m para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos transporte coletivo passageiros, (H 20 a) - ou a menos de 6 m para trás daqueles sinais quando transitem sobre carris. (H 20 b)

NOTA: desde que a paragem esteja sinalizada com estes sinais, pode o veículo indevidamente estacionado, ser bloqueado e removido, conforme al. b) do nº 2 do art.º 164 do CE e esta OP.

Art.º 49º nº 1 d) CE Menos de 5 m antes e nas passagens assinaladas para travessia de peões ou de velocípedes

Art.º 49º nº 1 e) CE Menos de 20 metros antes dos sinais verticais ou luminosos se a altura dos veículos incluindo a carga, os encobrir.

Art.º 49º nº 1 f) CE Pistas de velocípedes, ilhéus direcionais, placas centrais de rotundas, passeios e demais locais destinados a peões

Art.º 49º nº 1 g) CE Na faixa de rodagem sempre que esteja sinalizada c/ linha contínua e a distância entre esta e o veículo seja inferior a 3 m

Art.º 49º nº 2 CE FORA DAS LOCALIDADES, É AINDA PROIBIDO: Parar ou estacionar a menos 50 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos,

rotundas, curvas ou lombas de visibilidade reduzida; Estacionar nas faixas de rodagem; Parar na faixa de rodagem, salvo se não for possível (sem berma) contudo, neste caso deve ser o

mais próximo do respetivo limite direito, paralelamente a este e no sentido de marcha, conforme art.º 48 nº 3 do CE.

Art.º 50º nº 1 a) CE

11º CFA Competência C1 114

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Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos

Art.º 50º nº 1 b) CE Nas faixas de rodagem, em 2.a fila, e em todos lugares que impeça o acesso a veículos estacionados, a saída destes ou ocupação de lugares vagos;

Art.º 50º nº 1 c) CE Nos lugares por onde se faça o acesso de pessoas ou veículos a propriedades, a parques ou lugares de estacionamento;

Art.º 50º nº 1 d) CE A menos de 10 metros para um e outro lado das passagens de nível

Art.º 50º nº 1 e) CE Menos de 5 m para um e outro lado dos postos de abastecimento de combustíveis

Art.º 50º nº 1 f) CE Locais reservados, mediante sinalização, ao estacionamento de determinados veículos (PSP, Tribunal, câmara, táxi, etc..)

(Art.º 71º nº 1 c) CE) Veículos de categorias diferentes daquelas a que o parque ou zona de estacionamento tenha sido exclusivamente afetado

Art.º 50º nº 1 g) CE De veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques ou semirreboques quando não atrelados ao veículo trator, salvo nos parques de estacionamento especialmente destinados a esse efeito

Art.º 50º nº 1 h) CE Nas zonas de estacionamento de duração limitada quando não for cumprido o respetivo regulamento

Artigo 71º no. 1 al. d) do CE Nos parques e zonas de estacionamento é proibido estacionar:Por tempo superior ao estabelecido ou sem o pagamento da taxa fixada. Nota: Infringe o Art.º 50º no. 1 al. h) do CE, no caso de desobediência aos sinais G1 (zona de estacionamento autorizado) ou H1 ( estacionamento autorizado) quando estes tenham um painel adicional a limitar o período de estacionamento. (Este estacionamento não está sujeito a qualquer taxa). Infringe o Artigo 71º no. 1 al. d) do CE, nas situações em que o estacionamento esteja sujeito ao pagamento de uma taxa (Exemplo parquímetro). Caso tenha o sinal C15 ( estacionamento proibido) mais painel adicional, infringe o art.º 24 e é punido pelo art.º 26 nº 1, ambos do RST.

Art.º 50º nº 1 i) CEDe veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transação, em parques de estacionamento. OP 10431, 07DEZ05

11º CFA Competência C1 115

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NOTA: Os veículos estacionados em jardins ou espaços ajardinados, são punidos por postura municipal de acordo com a OP3801 de 04MAR2008, porque o CE não se aplica a este género de locais, nem os mesmos são considerados via pública nos termos em que o Código da Estrada o define.

PARAGEM VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVOArt.º 52º

Entrada e saída de passageiros só nos locais destinados; Se não existirem locais de paragem, o mais próximo possível do limite direito da faixa de rodagem.

Regras geraisArtigo 70º

Nos parques e zonas de estacionamento: Os condutores não podem transitar ou atravessar linhas de demarcação, para fins diversos estacionamento; Podem ser afetos a certas categorias de veículos, utilização limitada no tempo ou sujeita a taxa; Podem ser reservados lugares ao estacionamento de veículos afetos a determinadas entidades/pessoas com deficiência.

ProibiçõesArtigo 71º

Nos parques e zonas de estacionamento é proibido estacionar: Veículos destinados à venda de artigos/publicidade; Automóveis pesados transporte público fora de serviço; Veículos categorias diferentes daquelas a que o parque esteja afeto; Por tempo superior ao estabelecido ou sem pagamento de taxa.

DL 81/2006, 20ABRArtigo 5º

Título de estacionamento

Deve ser colocado no interior do veículo, junto do para-brisas, de forma bem visível e legível do exterior

Artigo 6ºDelimitação de lugares de estacionamento

Marcas rodoviárias previstas no art.º 62º nº 3 do RSTEstacionar de forma a ocupar apenas um lugar de estacionamento

Artigo 7ºAcessos exteriores

Não podem situar-se a distância inferior a 10 m de cruzamento, entroncamento ou rotunda;

11º CFA Competência C1 116

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Restrições a certos veículos sinalizada com antecedência necessária; Acesso ao parque e a informação sobre se está ou não completo, devem ser indicados no exterior e de forma visível

Artigo 10ºObrigação de desligar o motor

Nos parques de estacionamento cobertos os condutores devem: Assim que terminem a manobra de estacionamento desligar o motor e só voltar a ligar quando se preparem para reiniciar a marcha.

Leg. Inf.: artigo 10º nº 1 DL 81/06, 20ABR Coima: €30 a €150Leg. Pune: artigo 10º nº 2 DL 81/06, 20ABR LEVE

Artigo 11ºZonas de estacionamento situadas lateralmente às faixas de rodagem

Devem deixar livre largura suficiente para normal circulação veículos; Largura não pode ser inferior a 3 m até ao eixo da via, quando exista uma via trânsito em cada sentido;Deve respeitar a distância mínima de 5 m até ao início passagem peões.

Artigo 12ºFração de tempo (preços)Curta duração (até 24 H), o preço a pagar é fracionado, no máximo, em períodos de 15 minutos Longa duração (superior a 24 H), a tarifa pode ser fixada à hora, ao dia, à semana ou ao mês Informação sobre preços e horários de funcionamento deve constar de aviso bem visível aos utentes Fiscalização e instrução de processos – CÂMARAS MUNICIPAIS

Artigo 163º CEConsidera-se estacionamento indevido ou abusivo o de veículo: - 30 dias ininterruptos, em local da via pública, parque/zona estacionamento, isentos de taxa - Em parque de estacionamento, com taxas de 5 dias não pagas - Em zona de estacionamento sujeita a pagamento de taxa, quando não paga ou decorridas 2 horas além do período pago- Que permanecer em local de estacionamento limitado mais de 2 H para além do período de tempo permitido - Veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques e semirreboques não atrelados e veículos publicitários, por tempo superior a 72 H ou 30 dias, se estacionarem em parques a esse fim destinado

Artigo 163º CETempo superior a 48 H, em caso de veículos com sinais exteriores de abandono, inutilização, impossibilidade de deslocação Com informação para transação em parques de estacionamento Sem chapa de matrícula ou ilegível

Artigo 164º nº 1 CEPodem ser removidos os veículos que se encontrem: Estacionados indevida ou abusivamente;Estacionados ou imobilizados na berma de autoestrada/via equiparada;

11º CFA Competência C1 117

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Estacionados ou imobilizados de modo a constituírem evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito Estacionados ou imobilizados em locais que, por razões de segurança, de ordem pública, de emergência ou de socorro, justifiquem a remoção.

Artigo 164º nº 3 CEVerificada as seguintes situações: Estacionados indevida ou abusivamente; Estacionados ou imobilizados na berma de autoestrada ou via equiparada; Estacionados ou imobilizados de modo a constituírem evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito *

As autoridades competentes para a fiscalização podem bloquear o veículo através de dispositivo adequado, impedindo a sua deslocação até que se possa proceder a remoção. * No caso de não ser possível a remoção imediata, procede-se à deslocação provisória do veículo para outro local, a fim de aí ser bloqueado até à remoção.

Artigo 165º CEPresunção de abandono

Após a remoção: Notificação do titular do DIV, para o levantar, no prazo de 45 dias (30 dias tendo em conta o estado geral do veículo), a partir da receção da notificação ou da sua afixação junto da sua última residência ou na CM da área onde o veículo tiver sido encontrado;

É perdido a favor do Estado:Se não for reclamado nos prazos acima referidos ou;Por vontade expressa do proprietário. NOTA: ver artigo 166 do CE

2 – Acidentes

LegislaçãoCódigo da Estrada

Art.º 87 – Imobilização forçada por avaria ou acidente Art.º 88º - sinalização de pré-sinalização de perigo Art.º 89º - Identificação em caso de acidente Art.º 63º - Sinalização de perigo

Código Penal Art.º 212º - Dano

Código Civil Art.º 498º Prescrição

Documentos a solicitar aos intervenientes Documento legal de identificação pessoal; Título de condução; Documento de identificação fiscal (para condutores residentes em território nacional) Documento de identificação do veículo; Certificado de seguro;

11º CFA Competência C1 118

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Ficha de inspeção (se necessário).

Classificação de acidentesCritérios de classificação:

1. Pela sua situação; 2. Pelo seu resultado; 3. Pelo número de veículos implicados; 4. Pelo modo como se produzem; 5. Acidentes com características especiais;

Outros critérios Segundo a hora do dia; Segundo o dia da semana; Segundo a actividade; Segundo o que transporta; Outros...

1 – Pela sua situação: Segundo a via em que tenha lugar o acidente, pode classificar-se em:

• URBANOS – Os que se desenvolvem numa rua ou via urbana compreendida dentro de aglomerados populacionais. Um tipo específico deste tipo de acidentes é o produzido nas travessias das artérias.

• INTERURBANOS – Os originados numa via interurbana. Poderão dividir-se: Atendendo ao tipo de via – estrada nacional, auto-estrada, regional, via equiparada, etc. Considerando o traçado da mesma - cruzamento, curva, mudança de direcção, etc.

2 – Pelo seu resultado: COM VÍTIMAS - Aqueles em que uma ou várias pessoas resultam mortas ou feridas. MORTOS - Para efeitos estatísticos de sinistralidade rodoviária, considera-se vítima mortal a que, por causa imputável ao acidente de viação, faleça no local onde este se verificou ou venha a falecer no prazo imediato de 30 dias. SÓ COM DANOS MATERIAIS – Aqueles que não ocasionaram mortos nem feridos

NOTA: ver definições importantes para efeitos de preenchimento dos boletins estatísticos de acidentes de viação.

3 – Pelo número de veículos implicados: SIMPLES – Aqueles nos quais apenas intervém uma unidade de tráfego. COMPLEXOS – São os que apresentam duas ou mais unidades de tráfego.

Atropelamentos – Intervém um peão ou animal que é alcançado por um veículo; Dois veículos; Em cadeia ou acidentes múltiplos – Quando o número de participantes é superior a duas unidades

de tráfego (costumam produzir-se em auto-estradas ou vias equiparadas).

4 – Pelo modo como se produzem: 4.1 - Colisão de veículos em marcha

Choque entre dois ou mais veículos em movimento, podendo dividir-se em: Frontal – quando sejam afectadas as frentes dos veículos implicados:

Central – Os eixos longitudinais coincidam

11º CFA Competência C1 119

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Excêntrica – Os eixos longitudinais são paralelos, mas não condizentes Angular – Os eixos longitudinais formam um ângulo de < 90º Reflexa – aquela em que se produzem duas ou mais colisões sucessivas entre si Lateral – quando se produz uma raspagem com as laterais de ambos os veículos:

o Positiva – Quando os veículos circulam em sentido contrário; o Negativa – Quando os veículos circulam no mesmo sentido.

Frontolateral – Afeta a parte frontal de um veículo e a lateral de outro o Perpendicular – quando os eixos formam um ângulo de 90º.

Anterior Central Posterior

o Oblíqua – quando os eixos formam um ângulo inferior a 90º Anterior Central Posterior

Colisão por alcance – Quando dois ou mais veículos entram em colisão de tal modo que a parte frontal de um o faz na parte posterior do outro.

Múltipla ou em caravana – Quando o número de participantes (veículos em movimento) é superior a duas unidades de tráfego.

4.2 - Colisão de veículos com obstáculos na via Produz–se entre um veículo e:

Veículo estacionado ou avariado; Separador central ou lateral; Árvore; Outro objeto ou material que se encontre na estrada.

4.3 - atropelamento Quando um veículo colide com um, vários peões ou animais; Peão a andar de bicicleta; Peão a reparar o veículo; Peão isolado ou em grupo; Condutor de animais; Animal conduzido ou em rebanho; Animal solto.

4.4 – Capotamento4.5 - Saída de via

Quando o veículo ou parte do mesmo sai da via por causas alheias à vontade do condutor, podendo ser: com colisão ou sem colisão.

Com Colisãoo Choque numa árvore ou posteo Choque com um muro ou edifício o Choque com valeta ou separador o Outro tipo de Choque

5 - Acidentes com características especiais: • São aqueles que não se podem encaixar em nenhuma das anteriores classificações:

Incêndios; Explosões; Queda de passageiro na via; Desabamento.

11º CFA Competência C1 120

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6 - Outras classificações Segundo a hora do dia - diurnos ou noturnos. Segundo o dia - laboral, fim de semana ou feriado. Segundo a atividade - saída ou entrada ao trabalho. Segundo o que se transportava – matérias perigosas, transporte escolar, mercadorias, etc.

Procedimentos PráticosA ordem de intervenção prevista nos números seguintes não tem de ser rigorosa, antes, deve ser

adequada a cada caso em concreto, tendo em conta os princípios da segurança, da necessidade e da urgência da atuação, pelo que, cada acidente terá necessariamente um tratamento diferente.

Os agentes devem usar sempre o colete retrorrefletor Não sendo o agente a tomar conta da ocorrência deve:

Socorrer as vítimas; Sinalizar o local:

o Através da viatura policial com as luzes avisadoras de perigo e o rotativo luminoso/flash lights;

o Podendo também estrangular o trânsito/isolar a área, através da utilização de cones/fita plástica delimitadora.

Preservar vestígios: o Nomeadamente do local de corpos prostrados na via que já tenham sido

transportados para o hospital, manchas de sangue, artigos de vestuário, peças e componentes de veículos ou outros vestígios existentes no local etc.;

o Em situações muito excecionais (acidentes só com danos), mandar retirar as viaturas do local, fazendo marcações no terreno dos rodados, rastos de travagem, local provável de embate e de outros vestígios considerados importantes para a elaboração do croqui/descrição do acidente;

o Acautelar os bens das vítimas; Identificar testemunhas:

o Nomeadamente aquelas que possam já não estar no local aquando da chegada da brigada de acidentes;

Proceder à regularização do trânsito; Aguardar a chegada da brigada de acidentes;

Chegada ao local do acidente

1 - Socorro das vítimas: Através do 112 / rádio, chamam-se os meios de socorro ao local.

2 - Sinalização do local: Pelo condutor com o triângulo de pré-sinalização, dispositivos de sinalização e luzes avisadoras de

perigo; fazendo uso do colete retrorrefletor Pelos agentes, utilizando para o efeito a viatura policial com as luzes avisadoras de perigo e o

rotativo luminoso / flash lights.

Podendo também estrangular o trânsito / isolar a área através da utilização de cones/fita plástica delimitadora.

3 - Croqui (em folha própria) Coordenadas cartesianas ou, Triangulação.

11º CFA Competência C1 121

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Medidas

Condutor: Está no local, descreve o acidente e elabora o croqui em folha própria e assina. Nota: Esta folha é anexada à Participação de Acidente

4 - Avaliação das condições de mobilidade dos veículos: Desloca-se pelos próprios meios; Não se desloca pelos próprios meios: O Documento de Identificação do Veículo e todos os documentos que à circulação do veículo digam

respeito são apreendidos, é passada uma guia de substituição dos mesmos, válida para os percursos necessários às reparações a efetuar para regularização da situação do veículo, bem como para a sua apresentação a inspeção - Artigo 161o no. 1 al. d) e no. 5 do CE, Artigo. 116o no. 1 al. e) do CE e Artigo 3o no. 4 do DL 144/12, 11JUL.

5 - Descrição pormenorizada dos danos visíveis verificados nos veículos, na zona envolvente e vestígios:

6 - Remoção dos veículos: Procedimentos Práticos

O proprietário/condutor está presente: o A remoção é da responsabilidade do mesmo (Arto 87o no. 1 do CE)

Não está presente: o A remoção é da responsabilidade da Polícia.

7 - Recolha de dados: (modelo) Condutores; Veículos; Feridos / mortos; Testemunhas.

8 - Teste de álcool: (Art.º 152º nº. 1 do C.E.) Aos condutores; Aos peões, sempre que sejam intervenientes em acidentes de trânsito.

9 - Substâncias psicotrópicas: (Arto. 157o nos. 1 do C.E.) Os condutores, quando haja indícios de que se encontram sob influência destas substâncias. Os condutores e os peões que intervenham em acidente de trânsito de que resultem mortos ou

feridos graves.

10 – Providenciar a limpeza da via (caso seja necessário)

Procedimentos Processuais

Danos materiais : o Dano ( Artigo 212o CP )o Notificação - Artigo 498 Código Civil.

Há Infração:

11º CFA Competência C1 122

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o Auto de Contraordenação;

Expediente a elaborar

a) Participação de Acidente de Viação (Acesso às Participações de Acidente de Viação - taxas a cobrar) Conforme oficio 65/DTSR/2014 de 9 de janeiro. Ter em atenção aos pontos nº 20 e nº 21

Declaração manuscrita de acidente (intervenientes ) b) Boletim Estatístico de Acidente de Viação (Gerado automaticamente pelo SEI) c) Notificações:

o SEI;o No local do acidente.

11º CFA Competência C1 123

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Deontologia Policial

1 - Introdução e enquadramento da competência

A PSP, na vertente do serviço de patrulha, tem a missão de prestar um importante serviço à comunidade, considerando as suas atribuições e competências, previstas na respetiva Lei de Organização e Funcionamento, enquanto prestadora de um serviço público de segurança de pessoas e bens e respetiva salvaguarda dos seus Direitos Liberdades e Garantias.

O modelo de patrulhamento adoptado pela PSP insere-se no policiamento de proximidade, assente numa interação permanente (proativa) entre Polícia - Cidadãos – Outras Entidades. Tendo presente a nossa integração europeia, o fenómeno da globalização, a abolição de fronteiras, os novos tipos de criminalidade, o desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação, uma maior consciência do exercício de direitos por parte da sociedade civil, o permanente escrutínio do serviço policial, entre outros, exige-se que nós, POLÍCIAS, saibamos estar à altura de dar uma resposta eficaz a estes desafios, através da execução de um bom serviço de patrulha.

Parcerias (outras entidades) Importa recordar que a autonomia/atribuições e competências (PSP) nem sempre correspondem a

uma autossuficiência de instrumentos legais, materiais e humanos, suficientes para dar resposta a todas as ocorrências que nos propomos resolver.

É neste contexto que também nos é exigida uma grande capacidade/preparação/ “habilidade” para sabermos trabalhar em parceria com diversas entidades, nomeadamente:

Poder Autárquico – Proteção Civil. Autoridades Judiciárias Hospitais. Bombeiros. IPSS e Misericórdias. Escolas/Universidades. Comunidades Recreativas e Desportivas. Associações de Moradores. Associações de Emigrantes e de Bairro. APAV e Amnistia Internacional. Comunicação Social, entre outras.

É neste quadro de novos desafios (o mundo mudou) e na necessidade crescente do estabelecimento de novas parcerias, que se nos colocam as exigências de um serviço de Serviço de Patrulha de excelência.

Não nos importa neste momento, no âmbito da Deontologia Policial, desenvolver os aspetos técnicos e táticos/operacionais nem quais os diversos tipos de patrulhamento existentes na PSP (matéria tratada noutras competências). Interessa-nos sim, aprofundar os aa matérias de natureza ético-deontológicas, (atitudes e comportamentos), vistos numa perspectiva prática, isto é, do dia-a-dia, associadas ao serviço de patrulha de um agente da PSP.

2 - A importância/necessidade de prestarmos “um bom serviço a nós próprios (agentes)” O patrulhamento de qualidade que conseguirmos prestar à comunidade será compatível com a

“prestação de um bom serviço a nós próprios” (Polícias)?

11º CFA Competência C1 124

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Também prestamos um “bom serviço a nós próprios (agentes)” quando: Nos sentimos realizados profissionalmente; Sentimos orgulho em prestar um serviço relevante aos cidadãos e ao país; Potenciamos uma boa avaliação de serviço; Potenciamos a possibilidade de sermos recompensados (elogios, louvores, etc.) e evitamos sanções

disciplinares (multas, suspensões, demissões, etc.); Sentimos o reconhecimento do nosso profissionalismo, aos olhos de todos: superiores hierárquicos,

colegas, parceiros, poder político, comunicação social, do público, entre outros; Sentimo-nos bem integrados na cultura institucional (valores cultivados na PSP); Sentimos a necessidade e o desejo de fazer mais e melhor; Sentimo-nos mais autónomos no serviço e aptos e capazes de assumir mais responsabilidades,

entre as quais, o correspondentes a funções superiores desempenhando de funções de Chefe de Polícia e ou candidatarmo-nos à frequência de ações de formação e a cursos de promoção).

Sentimos a satisfação de uma “missão cumprida”.

Em suma Importa conseguir encontrar o ponto de equilíbrio, conjugando o DEVER de prestação de um

serviço de patrulha de alta qualidade com o facto de sermos simultaneamente PROFISSIONALMENTE FELIZES ou seja, termos GOSTO PELA FUNÇÂO POLICIAL

3 - “O diário” do meu turno de patrulha

3.1 A escala de serviço A escala de serviço constitui uma ordem dada por escrito e como tal, de cumprimento obrigatório. A escala de serviço deve ser vista com muita atenção e com a maior antecedência possível, para

evitar faltas ou atrasos ao serviço e permitir a organização da vida pessoal e familiar do polícia. A escala de serviço deve ter em consideração a preparação prévia do fardamento, armamento e

equipamento adequados, bem como o meio de transporte a utilizar para chagar à esquadra (ter atenção às greves dos transportes públicos ou outras que interfiram com o sucesso da viagem).

Deve ter-se muita atenção à terminologia das horas, isto é, não confundirmos 13h00 com 01H00 nem 07H00 com 19H00, sob risco de faltar ao serviço ou chegar 12 horas mais cedo.

É desejável que a escala de serviço seja sempre consultada pessoalmente pelo próprio agente e só em último caso é que este a deverá solicitar que seja consultada por interposta pessoa/colega (ter em atenção o ponto anterior em relação aos horários).

O incumprimento da escala de serviço é suscetível de violar o dever de obediência e assiduidade, acarretando responsabilidade disciplinar para o polícia, indesejável para todos, incluindo superiores hierárquicos

3.2 Deslocação entre a residência do polícia e a esquadra O polícia deve ter descansado bem, de modo a preparar-se para o grande desgaste físico e

psicológico/mental que lhe é exigido pelo serviço de patrulha exige. Garantir que dispõe do armamento, equipamento e fardamento necessário para o serviço (levar de

casa o que não tiver na esquadra). Deverá sair de casa com a antecedência adequada para que não chegue atrasado ao serviço

(transporte público ou particular), de modo a fazer face a possíveis congestionamentos de trânsito, acidentes, avarias ou outros atrasos.

11º CFA Competência C1 125

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Em caso de atraso, durante a deslocação entre a residência e a esquadra, deverá avisar telefonicamente o superior hierárquico.

Caso viaje em transporte público e esse atraso seja da responsabilidade da empresa ou devido a outro fator externo e contrário à vontade de ambos (empresa e passageiro), o polícia deverá pedir uma justificação do atraso e apresentá-la logo que chegue à esquadra.

Nota: É uma boa prática viajar no “transporte anterior” para precaver eventuais atrasos.

3.2 Chegada à esquadra (antes de entrar de serviço) Reconfirmar a escala (verificar houve alterações). Fardar-se, com o uniforme da época o qual terá de ser adequado à especificidade do serviço que irá

desempenhar. Deverá ter sempre na esquadra uma farda de reserva (completa) para fazer face à necessidade de ter

de trocar de uniforme durante o turno (cheia, farda rasgada, ter-se sujado por qualquer motivo, etc.). Depois de uniformizado deverá observar-se ao espelho e verificar: Se todas as peças de fardamento estão limpas e sem muito desgaste (uso e tempo). Se está devidamente barbeado, com o cabelo aparado e se cuidou devidamente de toda a sua

higiene pessoal. Se o calçado está devidamente engraxado e a brilhar Se possui a arma de fogo, o bastão, a chapa de nome, o crachá, as divisas, o apito, a esferográfica, o

bloco de notas e se possível, um roteiro da cidade. Deverá ter-se alimentado convenientemente, não ter ingerido bebidas alcoólicas e ter feito as suas

necessidades fisiológicas. O polícia deverá estar consciente da possibilidade de existir uma ocorrência inesperada que o

obrigue a permanecer num determinado local, durante bastante tempo, sem que se possa ausentar nem ser substituído “quem vai para o mar, avia-se em terra”!

O polícia não deverá deixar “roupa civil” ou quaisquer outros objetos fora do seu armário e fechá-lo sempre à chave ou com cadeado.

Nas camaratas, junto ao respetivo armário, o polícia não poderá deixar lixo caído no chão, de modo a manter o espaço sempre limpo. A higiene tem de ser extensível no que concerne à utilização das instalações sanitárias.

Em circunstância alguma poderá realizar as operações de segurança da arma de fogo dentro da camarata da esquadra.

3.3 Entrada de serviço (briefing) Máxima – É preferível chegar uma hora mais cedo ao serviço do que um minuto atrasado.

Deverá comparecer, à hora marcada na escala de serviço, nas instalações onde é realizada a rendição. (quinze minutos antes).

Receber as instruções pormenorizadas do graduado de serviço à esquadra ou supervisor operacional, relativas ao seu giro de patrulha e anotar o respetivo indicativo rádio.

Não deverá ficar com quaisquer dúvidas devendo esclarecê-las nesse momento. Ao receber o rádio, as algemas, a bicicleta, o CP ou qualquer outro armamento ou equipamento

(consoante os casos), deverá verificar, “à lupa”, se tudo está em perfeito estado de conservação e funcionamento.

Caso contrário, deverá relatar de imediato as deficiências encontradas.

3.3 - Início do serviço de patrulha (já na rua) Deverá dar entrada de serviço à central rádio, referindo o respetivo indicativo de chamada.(continua na

próxima aula).

11º CFA Competência C1 126

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Esclarecimento de dúvidas em relação ao giro de patrulha até ao ponto 3.3 O patrulheiro deverá dar entrada de serviço, via rádio (à central rádio do Comando), referindo o

respetivo indicativo. Nesse chamada deverá confirmar se o rádio está em boas condições de funcionamento

(emissão/receção), e, nomeadamente, se tem a bateria devidamente carregada. O bom ou mau funcionamento do rádio poderá fazer a diferença entre o auxílio atempado ou não, a

prestar ao “patrulheiro em apuros”, solicitar atempadamente ou não, uma ambulância, para socorrer uma vítima de doença súbita ou acidente de viação, receber ou não a comunicação para tomar conta de uma ocorrência de serviço, etc.

“O Rádio NÃO PODE FALHAR!”

Regra de ouro” do serviço de patrulha Em primeiro lugar - A nossa segurança O serviço de patrulha tem sempre subjacente um risco para a vida, integridade física e honra de

todos os profissionais de polícia. Há que ter consciência dessa realidade! Em ocorrências cujo risco elevado já é conhecido antecipadamente, nós, polícias, tomamos as

medidas de segurança/precauções adequadas (solicitando apoio/reforços dos colegas, uso do colete anti bala, capacete, escudo de proteção, armamento adequado e planeamos uma boa tática de intervenção). Na prática, nem sempre as ocorrências potencialmente mais perigosas se traduzem num risco mais elevado para os polícias porque fomos previdentes. As ameaças à segurança do polícia, por vezes, materializam-se, com consequências graves, em ocorrências que consideramos “rotineiras” e quase sem risco, (aberturas de porta, barulhos em excesso, pequenas desordens, identificações de suspeitos, fiscalizações rodoviárias, etc.), das quais podem surgir uma facada ou um tiro inesperado. Temos de estar – SEMPRE – vigilantes e nunca deveremos “facilitar” quanto às regras de SEGURANÇA.

Devemos estar conscientes de que TODAS as ocorrências policiais são potencialmente perigosas e que o desrespeito pelas regras relativas à nossa segurança, é ainda suscetível de pôr em risco a segurança dos colegas com quem trabalhamos.

Polícia em SEGURANÇA =Cidadão em SEGURANÇA

Boas práticas Dar cumprimento (prioridade) às instruções e procedimentos, a adotar no terreno, transmitidas

pelo graduado de serviço/supervisor, nomeadamente no que respeita a pontos sensíveis (escolas, áreas comerciais, estações de transportes públicos, praças e ruas com grande concentração de pessoas, zonas turísticas e espaços onde habitualmente se praticam diversos tipos de crimes.

O patrulheiro, depois de cumpridas as instruções prioritárias deverá percorrer todo o giro, de modo a constatar das necessidades de segurança na sua área.

O patrulheiro deverá contactar com a população, mostrando-se presente (gerador de sentimento de segurança pública).

O patrulheiro deve estar sempre consciente do seu especial dever de recolha de informações policiais e transmiti-las à cadeia de comando.

O PATRULHEIRO, na rua, deve estar sempre consciente de que a sua imagem, postura, educação, competência, conhecimentos técnico- policiais e culturais (PROFISSIONALISMO), estão ao serviço da comunidade - disponibilidade para servir.

Porque se encontra fardado é um “alvo” que está a ser permanentemente observado e sujeito ao escrutínio e avaliação do seu trabalho, pela comunidade.

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O PATRULHEIRO é um AGENTE de relações públicas que deverá SABER dignificar o serviço de patrulha e imagem da PSP.

Más práticas Mascar pastilhas e fumar para cima das pessoas durante a resolução de incidentes.

Na via pública, dançar a “dança do telemóvel”. Tomar refeições nos cafés e restaurantes na hora do serviço. Consumir bebidas alcoólicas durante o turno ou antes de o iniciar. Não prestar atenção às comunicações rádio. Abandonar o serviço ou sair da área do giro sem justificação/autorização. Não tomar conta das ocorrências ou resolvê-las inadequadamente. Não elaborar ou elaborar o expediente de forma deficiente. Desleixo com o armamento e equipamento à sua guarda (danos/furtos (CP) e extravio do rádio), são os mais comuns. Juntar-se a outros colegas que se encontram de serviço na área e ficar a conversar em grupo. Idas à esquadra sem necessidade e ficar no seu interior a “fazer sala”. Demorar demasiado tempo (injustificadamente) no interior da esquadra a realizar expediente ou a resolver qualquer ocorrência. Especialmente durante os turnos da noite, abandonar o serviço e ir-se deitar/sentar dentro de viaturas particulares ou ficar na esquadra sem conhecimento do graduado de serviço.

Estas condutas, entre outras, violam os deveres ético- deontológicos do serviço policial e são alvo de responsabilidade disciplinar.

No final do serviço de patrulha Por razões operacionais (ocorrências complexas), nem sempre é possível que o polícia termine o

seu turno de serviço de acordo com o horário previsto na respetiva escala. Nesses casos, exige-se que o polícia seja um verdadeiro profissional, com espírito de sacrifício e sentido de serviço público, (o serviço da PSP é de carácter permanente e obrigatório).

Em todas as rendições, o patrulheiro, ao terminar o seu turno deve informar o graduado de serviço/supervisor operacional, de todos as ocorrências que teve; informações policiais relevantes que recolheu e expediente elaborado, de modo a que tudo seja tido em consideração no (s) próximo (s) turno (s) de patrulha.

Deverá fazer a entrega do armamento, equipamento e restante material recebido no início do turno, e se necessário, informar as anomalias de conservação e funcionamento.

Muito importanteNunca se deverá ir desfardar ou abandonar as instalações policiais/serviço sem que tenha recebido,

claramente, ordem do graduado de serviço à esquadra ou supervisor operacional, que o autorize.

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Sistemas e Tecnologias Operacionais

Objetivos Elaborar as peças de expediente relacionadas com achados na plataforma respectiva; Elaborar um auto de notícia por detenção, por exercício da atividade de segurança privada sem ser

titular de cartão, na plataforma respetiva; Elaborar uma participação por abertura de porta na plataforma respetiva; Elaborar um auto de notícia por detenção (posse ilegal de arma) na plataforma respetiva; Elaborar um auto de notícia por condução ao hospital de portador de anomalia psíquica, na

plataforma respetiva; Saber elaborar o expediente no SEI-Testes, relacionado com os exercícios práticos em que foram

intervenientes

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