SÃO PAULO, 03 DE ABRIL DE 2013

Processo do parque de Vila Ema é encaminhado à Secretaria

para desapropriação de terreno

Os moradores da Vila Ema tiveram no início deste mês mais uma vitória na luta para a criação de um parque no terreno de 16.804 m² situado no número 1.523 da avenida Vila Ema. O processo de implantação da área verde foi encaminhado pela Secretaria do Governo Municipal à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, para que a pasta aguarde a verba necessária para a desapropriação do imóvel.

O documento, que também foi enviado ao movimento Viva o Parque Vila Ema, informa que o valor fixado para a desapropriação é de R$ 11.845.067,14 e que a Prefeitura “aguarda a reserva dos recursos financeiros correspondentes ao valor da oferta para a efetivação do depósito e início das medidas extrajudiciais ou judiciais cabíveis, junto ao proprietário, visando à desapropriação”.

Questionada pela Folha, a Secretaria do Verde confirmou que aguarda a verba para desapropriar a área e começar o projeto de implantação do parque, porém, o órgão não informou o prazo previsto para a liberação do recurso financeiro.

No guia virtual de parques de São Paulo publicado no site da Secretaria, o parque de Vila Ema já consta como equipamento a ser implantado.

Área

O terreno de 16.804 m², que abriga mais de 400 árvores, foi vendido para uma construtora que planejava subir um condomínio residencial com quatro prédios que somariam mais de 380 apartamentos no local. Entretanto, após a luta da comunidade, o imóvel foi decretado de utilidade pública em outubro de 2010 e a empresa proprietária não pôde mais mexer no espaço.

Três anos após inauguração, parque Vila Jacuí sofre

com falta de manutenção

Inaugurado em março de 2010, a unidade de lazer Engenheiro Antonio Arnaldo de Queiroz e Silva, conhecido como parque Vila Jacuí, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, está há mais de oito meses sem manutenção.

Por mês, são registradas cerca de noventa mil visitas, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), responsável pela administração do parque que fica próximo ao km 23 da rodovia Ayrton Senna e nas imediações da avenida Jacú-Pêssego.

Vários conjuntos de lixeiras, que coletam lixo reciclável, estão sem tampas

“O que salva este parque são as quadras e a pista para caminhar. O que estraga é o mato alto e os bebedouros quebrados e enlameados”, diz a estudante de educação física, Juliana Torres, 24.

O Mural visitou o local e encontrou diversos problemas na manutenção da cobertura e no piso de alguns quiosques, equipamentos da academia ao ar livre enferrujados, falta

de poda em árvores de pequeno porte, cobertura do viveiro de plantas rasgada e lixeiras sem identificação para coleta seletiva.

Córrego que passa pelo parque não é limpo desde a inauguração, além de estar

assoreado

Por dentro do parque, passa um córrego que não é limpo e está assoreado. “Visito este parque desde a sua inauguração e nunca vi ninguém limpar este córrego, que dá a impressão de esgoto a céu aberto”, reclama a dona de casa Jurema Aparecida Nunes, 54.

Para o jornalista Antonio de Novaes, 45, que caminha todos os dias no parque, o local já foi exemplo de lugar bem cuidado, mas, há seis meses, uma licitação para contratação de uma equipe para manutenção foi suspensa, deixando o parque abandonado. “Até os seguranças são emprestados do parque Ecológico Tietê”, reclama o jornalista.

Bebedouros do parque estão quebrados, com mato alto em volta e enlameados

O núcleo Vila Jacuí tem 170 mil metros quadrados e faz parte do parque Várzeas do Tietê, que prevê outros 32 núcleos ao longo de 75 km até a cidade de Salesópolis, na Grande São Paulo.

Foi projetado pelo arquiteto Rui Otake e conta com campos de futebol, quadras poliesportivas, pista de bicicross e de skate, equipamentos de ginástica e áreas para recreação, entre outros espaços.

Viveiro de plantas do parque da Vila Jacuí está com a cobertura rasgada

Em nota, o Daee diz que a licitação para contratação de uma empresa para manutenção do parque passou por reformulações recentemente e um novo edital será publicado em 30 dias. “O córrego em questão é beneficiado pelo desassoreamento do rio Tietê na região. O Daee tem uma ação prevista para o local em três meses”, finaliza a nota.

Mooca e arredores têm o menor índice de área

verde da cidade

Na área administrada pela subprefeitura da Mooca, que compreende os bairros da Água Rasa, Belém, Brás, Mooca, Pari e Tatuapé (todos na zona leste de Sâo Paulo), cada morador conta com 0,35 m² de área verde pública, segundo informações da Rede Nossa São Paulo. Trata-se do menor índice da cidade.

Vivem nestes bairros 346 mil habitantes, espalhados em uma área de 36 quilômetros quadrados, conforme dados do IBGE. Segundo os dados da Nossa São Paulo, o resultado inclui todos os parques públicos urbanos municipais, parques estaduais urbanos, praças e as unidades de Conservação de Proteção Integral definidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

A reportagem do Mural foi conversar com os moradores do bairro da Mooca para saber o que eles pensam sobre a falta de área verde pública. “Eu dou aula no bairro da Saúde e lá tem muita área verde. Aqui é ruim. Você desce a rua da Mooca e não vê uma árvore. As poucas praças que existem são mal cuidadas”, diz Davis Hamilton Nascimento, 37, instrutor de autoescola.

“Não temos um lugar para levar as crianças. Tem que sair do bairro e ir ao parque do Ibirapuera, parque do Carmo, entre outros. Você tem que levantar cedo, pegar o carro e rodar no mínimo cerca de 20 quilômetros”, afirma Willian Matrone, 63, aposentado.

Vista do bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo

Para Eder Tesio Santi, 52, fotógrafo, o bairro da Mooca está passando por um momento muito especial, sendo a “bola da vez” das construtoras. “Não tenho nada contra o progresso, mas ele deve ser feito com planejamento e responsabilidade. Atrás do Juventus, entre o clube e o terreno da Esso, era uma região de mangues e lagoas. Nadávamos e pescávamos ali”.

Santi, por meio de um evento virtual no Facebook, espera que o antigo terreno da Esso, localizado na rua Barão de Monte Santo, seja transformado em parque com 97 mil metros quadrados.

Conforme os dados do Observatório do Cidadão, da Rede Nossa São Paulo, o bairro da Mooca tem uma área geográfica de oito quilômetros quadrados e conta com uma população aproximada de 77 mil habitantes.

Na Mooca, antigos terrenos cedem espaço para a construção de prédios

No Guia dos Parques Municipais de São Paulo, elaborado pela prefeitura, é possível conferir 72 distritos com parques e 11 em projetos. O bairro da Mooca está entre os 13 que não possuem parques.

A subprefeitura da Mooca informou que, de acordo com o Plano Diretor, a administração municipal leva em conta as áreas verdes tanto públicas quanto privadas. Segundo esta metodologia, a região têm média de 2,6 m² de verde por habitante. O órgão ressaltou ainda que, desde 2008, foram plantadas cerca de 13 mil mudas na área sob sua jurisdição.

ÁRVORE CAI E BLOQUEIA BELA CINTRA POR 4 HORAS

Árvore atingiu rede eletrica

Uma árvore de grande porte caiu na tarde de ontem na rua Bela Cintra,

nos Jardins. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o

incidente ocorreu por volta das 14h, e a árvore só foi retirada às 18h pelo

Corpo de Bombeiros. Ninguém ficou ferido.

A via teve que ser interditada entre a alameda Lorena e a rua Oscar Freire,

causando lentidão na região. Os motoristas tiveram de desviar o caminho

pela Oscar Freire. Além disso, a árvore atingiu a rede elétrica e deixou 20

clientes da AES Eletropaulo sem energia por mais de seis horas. Estudo do

IPT mostra que há 322 árvores com risco de queda nos Jardins. METRO.