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CLIPPING edição 11 | fevereiro | 1º semana

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Clipping Care Plus - Fevereiro

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MERCADO

“No Brasil, vivemos uma situação esquizofrênica. Setores que deveriam ter o seu crescimento induzido pela demanda crescem, hoje, pela oferta. E vice-versa”. A opinião é do médico e diretor do Centro Paulista em Economia da Saúde (CPES), ligado à Universidade Federal de São Paulo, Marcos Bosi Ferraz. A saúde é um caso típico de setor que deveria ter o seu crescimento induzido pela demanda, através do estabelecimento de políticas públicas de médio e longo prazos que priorizem as reais necessidades do sistema de saúde e criem condições para o investimento, o que não acontece.

O fenômeno, inclusive, já está influenciado na formação dos profissionais da área. “Na Unifesp, os médicos que estão se formando optam por especialidades que têm maior chance de rentabilizar o seu trabalho e estão atreladas a procedimentos. Com determinados equipamentos à disposição, o médico gera sua própria demanda. É por isso que em muitos estados brasileiros já não se encontram pediatras, especialistas que vivem basicamente de consultas”, explica Marcos Ferraz. A solução depende, segundo ele, da criação de incentivos, tanto por parte do governo quanto da iniciativa privada, para que esses profissionais sejam bem remunerados e recebam o reconhecimento da sociedade. “Mas isso não se faz da noite para o dia”, reconhece.

A visão estreita, de curto prazo, dos nossos governantes impede que questões importantes sejam debatidas pela

sociedade e que poderiam orientar as decisões para o sistema de saúde que o Brasil quer ou pode ter em 15 anos. “A saúde nunca foi priorizada no país”, afirma Marcos Ferraz. Entre algumas definições importantes elencadas pelo especialista em Economia da Saúde estão a definição clara de papéis do SUS e da saúde suplementar, quais os limites de atuação de cada um, complementariedade da assistência, troca de dados e informações, segurança jurídica e qual o “tamanho” do sistema suplementar que queremos ter no país. A pergunta mais crítica, porém, que afugenta os políticos pelo ônus que traz é: Podemos ou temos condições de dar de tudo a todos?

Investir em um novo equipamento para atender a uma demanda reprimida e solucionar um problema em curto prazo ou investir em sistema de informação e dados que possibilite melhor análise do que acontece hoje para que decisões em médio e longo prazos sejam tomadas com menor probabilidade de erros? Dar, pelo SUS, remédio de alto custo a um paciente terminal de câncer ou suspender o tratamento de dezenas de diabéticos que recebem tratamento barato? “São decisões que, mais cedo ou mais tarde, teremos que tomar, pois não temos recursos suficientes para atender a todas as necessidades e desejos dos cidadãos”, frisa.

Paralelamente, Marcos Ferraz defende a desoneração de algumas áreas no intuito de facilitar o investimento privado em saúde e o retorno direto à sociedade.

FONTE:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

Saúde cresce induzida pela oferta

Revista Fator

02/02/2012

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O diretor da HCVP Consultoria Empresarial, Horácio Cata Preta, considera que o Sistema Suplementar de Saúde - composto pelas operadoras de planos e seguros de saúde, os beneficiários desses planos e os prestadores de serviços, sob a fiscalização e regulação da ANS - atravessa "uma fase de fragilização". Na avaliação dele, esse sistema, que hoje atende 25% da população brasileira, foi fortemente afetado pela inflação dos chamados custos médicos e hospitalares, resultante de novas tecnologias, procedimentos e medicamentos; assim como pelo aumento da demanda de serviços; as contínuas normas regulamentadoras da ANS; a queda na oferta de leitos hospitalares; e os sucessivos conflitos com os prestadores de serviços, especialmente os médicos, todos em busca de melhor remuneração.Ele observa que o contingenciamento da remuneração dos estabelecimentos de saúde, médicos, dentistas e demais profissionais da saúde pelas operadoras de planos e seguros de saúde é justificado por várias razões, sendo que as mais alegadas referem-se à introdução de novos serviços no rol de procedimentos pela ANS. Essas que agregam tecnologias mais custosas, novos medicamentos, órteses e próteses e o aumento dos casos de alta complexidade, especialmente oncológicos e cardiológicos. Esta alegação, todavia, somente se sustenta no grupo de usuários com mais de 60 anos, tendo pouco peso ou nenhum nas demais faixas etárias.Para o consultor, o problema se agrava na medida em

que o Sistema Único de Saúde - SUS, sistema composto pelo Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, não consegue cumprir sua missão de proporcionar atendimento integral à população para redução do risco de doença e de outros agravos e permitir o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. "Isso não tem acontecido, pois o SUS foi afetado igualmente e sob vários aspectos: o aumento da demanda, os preços dos materiais, novas tecnologias e medicamentos subiram, e os recursos dos orçamentos federal, estaduais e municipais não acompanharam o ritmo desse aumento de custos", explica Horácio Cata Preta. Ele ressalta o grande crescimento da demanda pelos serviços e das reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor e no Judiciário. Paralelamente, cresceram a quantidade de problemas relacionados à má gestão dos recursos financeiros e humanos. O consultor diz ainda que há um paralelo entre o sistema financeiro e os sistemas de saúde no Brasil e no resto do mundo, sendo possível encontrar muitas semelhanças, assim como soluções que podem ser aplicadas em ambos os sistemas, com os ajustes necessários às peculiaridades de cada um. Duas semelhanças entre os dois sistemas são a necessidade de capitalização das operadoras de planos e seguros de saúde e a existência de reservas técnicas com ativos de pronta liquidez e boa rentabilidade para garantir as

Sistema Suplementar de Saúde está fragilizado, aponta consultor

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MERCADO

operações e a sua continuidade. Isto vale, também, para os prestadores de serviços médicos e hospitalares.Para ele, o que acontece na economia do Brasil repercute diretamente nas atividades da área de Saúde, tanto do SUS quanto do sistema privado suplementar.No caso do SUS, especificamente, ele acredita que os problemas precisam ser atacados urgentemente com um plano estratégico que contemple ações para atender a população de forma rápida e eficiente nas cidades ou regiões com mais demandas de consultas, exames para diagnóstico, internações cirúrgicas, tratamentos para reabilitação ou acompanhamento de doenças crônicas, sem prejuízo das pequenas cidades e rincões distantes. Os programas de prevenção que permitem reduzir custos ambulatoriais e hospitalares também não devem ser esquecidos.Na visão de Horácio Cata Preta, a atuação da ANS também deveria ser revista, pois a agência recebeu diretrizes para "um projeto irrealizável de equalizar os serviços das operadoras de planos e seguros de saúde ao padrão ideal do SUS, nunca alcançado, qual seja o atendimento integral à população". Antes de se alcançar esse objetivo ideal é fundamental que as operadoras tenham lastro econômico-financeiro para sustentar suas atividades. É importante ressaltar que o sistema privado é suplementar e o SUS é que é o sistema oficial e de cobertura integral.O consultor observa que, hoje, o Sistema Suplementar de Saúde funciona melhor do que o SUS, mas com várias fissuras estruturais no seu modelo econômico-

FONTE:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

Revista Apólice

10/01/2012

financeiro, pois está concentrado nas regiões Sudeste e Sul do país e com baixa penetração no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, especialmente nas pequenas cidades.Ele destaca que o Sistema Suplementar de Saúde tem ampla aprovação por parte dos usuários, mesmo sem oferecer atendimento dentro dos padrões almejados pela ANS. "Há alguns desafios a vencer, como a eliminação de barreiras de acesso aos idosos e aos portadores de doenças preexistentes, cuja solução está mais nos cálculos atuariais e estatísticos relacionados à utilização dos serviços médico-hospitalares do que em resoluções emanadas da ANS", conclui Cata Preta. É preciso que haja mais liberdade de atuação para as operadoras na elaboração dos produtos e menos ingerência nas atividades operacionais.

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Um comunicado divulgado nesta segunda-feira (30) pela Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) informa que os planos de saúde não estão entre as empresas que mais recebem reclamações de consumidores. Segundo o comunicado, a informação é do Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), publicada em seu Boletim Anual. Conforme dados do boletim, que reúne Procons de 24 unidades federativas e de 138 municípios, num total de 1.538.483 atendimentos feitos durante todo o ano de 2011, as reclamações contra planos de saúde ocupam o 16º lugar entre os assuntos mais demandados, com 1,25% daquele total de reclamações. Ainda segundo o boletim nacional dos Procons brasileiros, os assuntos mais reclamados são financeiros, de telecomunicações e alguns produtos - como aparelho celular, computadores, DVDs, móveis e eletrodomésticos. De acordo com a Abramge, em 2011 foram feitas aproximadamente 254 milhões de consultas médicas a beneficiários na saúde suplementar. Além das consultas, ainda foram feitos 517 milhões de exames complementares, 75 milhões de terapias, 38 milhões de outros atendimentos ambulatoriais e 6,3 milhões de internações, totalizando 890,3 milhões de procedimentos."Portanto, se compararmos o número total de procedimentos do último ano na Saúde Suplementar com aquelas reclamações do mesmo período, verificamos que o volume de notificações aos Procons

FONTE:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

Planos de saúde não são os que mais recebem reclamações, diz Abramge

Revista Apólice

30/01/2012

de todo o País equivale a 0,002% dos atendimentos da Saúde Suplementar, ou seja, 2 reclamações para cada 100.000 procedimentos", explica a Abramge no comunicado.

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MERCADO

Maioria dos paulistanos não possui plano de saúde privado, diz IbopeA maioria dos paulistanos não possui plano de saúde privado, aponta pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência. De 1.512 entrevistados, 66% afirmaram não possuir nenhum tipo de plano.Por outro lado, 32% possuem um plano de saúde e, desse grupo, 54% têm um plano particular, enquanto que 42% afirmaram ter um plano empresarial. Ainda, a maioria dos que possuem um plano privado está no plano na condição de dependente (72%). Apenas 26% se colocam como titular.

Espera por exames, consultas e cirurgiasDe acordo com o levantamento, que ocorreu entre os dias 25 de novembro e 12 de dezembro do ano passado, quem tinha um plano de saúde privado passou pela consulta médica cerca de 15 dias após tê-la marcado, em média. Um exame demorou 17 dias para acontecer, contando a partir da data em que foi agendado.Na saúde pública a população esperou, em média, 52 dias para passar por uma consulta médica e 65 dias para realizar um exame. Em relação aos procedimentos mais complexos, como internações e intervenções cirúrgicas, na saúde pública houve uma espera média de 146 dias em 2011, enquanto quem tinha plano de saúde privado esperou 39 dias.

Maioria dos paulistanos não possui plano de saúde privado, diz Ibope

FONTE:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

Revista Apólice

23/01/2012

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Sete funcionários da IBM, cada um num local distinto, participam de uma teleconferência. Enquanto dois falam pelo telefone, outros dois trocam mensagens de texto sobre a conversa; outro abre uma planilha, tentando responder a uma pergunta feita no início da reunião; outro, ainda, busca no Google informações sobre um potencial concorrente; já o último manda um e-mail para um colega que não está na teleconferência.Esses indivíduos estão sendo distraídos pela tecnologia do século 21? Ou a tecnologia do século 21 permitiu que prestassem atenção de um jeito novo, talvez mais natural, criativo e produtivo?Todo mundo conhece a história de distrações contemporâneas. Na última década o mundo foi de um total de 12 bilhões de e-mails por dia para 247 bilhões, de 400 mil mensagens de texto para 4,5 bilhões, de uma média individual de 2,7 horas por semana na internet para 18 horas. Podemos até seguir trabalhando em salas ou baias destinadas a nos isolar do mundo lá fora, mas o centro de nossa vida no trabalho é um computador que nos mantém ligados a esse mundo — a colegas, a clientes, à família, à comunidade, à diversão e a passatempos; a tudo que sabemos que deveríamos estar fazendo e a tudo que sabemos que não deveríamos.Gloria Mark, professora da University of California em Irvine, mostrou que o trabalhador moderno alterna tarefas uma vez a cada três minutos, em média. Uma vez que sua atenção em determinada tarefa é desviada, a pessoa leva em média 25 minutos para

FONTE:

DATA DE PUBLICAÇÃO:

Em vez de evitar a distração, aproveite a tendência do cérebro a voar.

Portal Bonde

13/01/2012

retomá-la. Há quem diga que deveríamos tentar eliminar essas distrações. Mas creio que gestores de hoje são capazes de lidar — e, às vezes, até de crescer — com elas.A pesquisa da professora também mostra que em 44% das vezes em que alguém parou de fazer uma coisa e começou outra a fonte da distração era “interna”, e não “externa”. Ou seja, a mente simplesmente voa. Não podemos culpar a tecnologia por nossa falta de foco, pois o cérebro humano é feito para o multitasking. Feche os olhos por cinco minutos e veja como sua mente viaja, salta, vai para lá e para cá, volta ao início. O sucesso em fábricas e escritórios do século 20 pode ter exigido a estrita atenção a tarefas sistemáticas e sua execução até o fim, mas não é natural para o ser humano operar asim. Toda a conectividade do século 21 talvez nos dê a liberdade para reconhecer esse fato.Por que fazer da total atenção um ideal e se aferrar a ele num ambiente no qual é tão difícil atingi-lo? Por que não “desaprender” essa capacidade, como diria o futurista Alvin Toffler, para deixar o cérebro funcionar do jeito que funciona naturalmente? Em meus estudos sobre a atenção, encontrei muitas ferramentas que ajudam o gestor a eliminar distrações. Um aplicativo de produtividade batizado de Freedom permite que se bloqueie a internet por um determinado período; outro serviço, o Concentrate, deixa o computador abrir apenas os programas necessários para uma tarefa específica. Linda Stone, a ex-executiva da Apple que

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Artigo Especial - Dividir atenção de forma calculada

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