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CLIPPING DE NOTÍCIAS 25.06.2008 (Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório) ÍNDICE DE ASSUNTO - Concorrentes - Administrativo - Advogados - Agronegócios - Ambiental - Aviação - Bancário - China - Civil - Comércio Exterior - Concorrência - Consumidor - Diversos - Energia, Petróleo e Gás - Imigração Empresarial - Imobiliário - Judiciário - Marítimo - Mineração - Propriedade Intelectual - Seguro - Societário - Tabaco - Tecnologia - Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário - Tributário CONCORRENTES. Novo sócio - Rodrigo A. de Ouro Preto Santos é o novo sócio coordenador do escritório Siqueira Castro Advogados para o setor de Propriedade Industrial e Intelectual nas sedes de São Paulo e Rio de Janeiro. Nota na íntegra. (Migalhas – 25.06.2008) http://www.migalhas.com.br/mig_hoje.aspx Página 1 de 261

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CLIPPING DE NOTÍCIAS25.06.2008

(Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório)

ÍNDICE DE ASSUNTO

- Concorrentes - Administrativo

- Advogados - Agronegócios

- Ambiental - Aviação

- Bancário - China

- Civil - Comércio Exterior

- Concorrência - Consumidor

- Diversos - Energia, Petróleo e Gás

- Imigração Empresarial - Imobiliário

- Judiciário - Marítimo

- Mineração - Propriedade Intelectual

- Seguro - Societário

- Tabaco - Tecnologia

- Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário

- Tributário

CONCORRENTES.

Novo sócio - Rodrigo A. de Ouro Preto Santos é o novo sócio coordenador do escritório Siqueira Castro Advogados para o setor de Propriedade Industrial e Intelectual nas sedes de São Paulo e Rio de Janeiro. Nota na íntegra. (Migalhas – 25.06.2008) http://www.migalhas.com.br/mig_hoje.aspx

Golfe - O escritório Demarest e Almeida Advogados apoiou, na última sexta, o III Torneio Amistad de Golfe, no Terras de São José Golfe Clube, em Itu. Realizado pela Câmara de Comércio Argentino Brasileira de São Paulo - CAMARBRA, o torneio contou com a presença de empresários e advogados argentinos e brasileiros, além de figuras ilustres.Nota na íntegra. (Migalhas – 25.06.2008) http://www.migalhas.com.br/mig_hoje.aspx

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Futebol - A equipe de futebol do escritório Pinheiro Neto Advogados - RJ - sagrou-se, neste último sábado, campeã da VI Copa Amizade Interescritórios de Advocacia (CAIA). Além do troféu de campeã, a equipe conquistou os prêmios de melhor goleiro e artilheiro do campeonato.Nota na íntegra. (Migalhas – 25.06.2008) http://www.migalhas.com.br/mig_hoje.aspx

Arbitragem - Carlos Roberto Siqueira Castro, sócio-sênior do escritório Siqueira Castro Advogados, fará a abertura do seminário "Arbitragem: Aspectos Atuais". O evento - promovido gratuitamente pelo escritório - acontece dia 27/6, das 8h30 às 12h, no auditório do escritório no Rio de Janeiro. Informações e inscrições, clique aqui. (Nota na íntegra. (Migalhas – 25.06.2008) http://www.migalhas.com.br/mig_hoje.aspx

Operação Influenza - Minoritários da Agrenco buscam meios para compensar prejuízos: Escritório de advogados recebe consultas. Mattos Filho, Machado Meyer. (Valor)

ADMINISTRATIVO.

Projeto submete programas do Pips à Lei de Licitações. (Câmara)

Orçamento - LDO pode ser votada na quarta-feira. (GM)

Infra-estrutura deve receber R$ 86 bi este ano. (Valor)

Governo de SP quer lançar licitação do trecho Leste do Rodoanel até dezembro. (Valor)

A burocracia e os projetos de PPPs federais no Brasil: O trâmite administrativo até a licitação consome mais de dois anos, muito tempo para um país com tantas carências. (Valor)

ADVOGADOS.

Advogados concorrem pela primeira vez ao Prêmio Innovare. (JC)

Advogado de banco - A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o recurso apresentado por um advogado do departamento jurídico do Banco Itaú que pretendia o reconhecimento do direito à jornada especial dos advogados, de quatro horas diárias, e o pagamento das demais horas como extras. A turma manteve entendimento do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de que o fato de o advogado trabalhar oito horas por dia, por si só, caracterizaria o regime de dedicação exclusiva, condição que afasta a jornada especial. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

AGRONEGÓCIOS.

Agronegócio envia plano de desoneração a Mabel. (Globo)

Agroenergia - Participação de multinacionais em açúcar e álcool deve dobrar no país. (Valor)

Insumos - Pressão do governo acelera projetos na área de fertilizantes: Vale busca apressar projeto no Peru; outras empresas privadas têm projetos que somam US$ 4 bi. (Valor)

Crédito rural aplicado - Os desembolsos do crédito rural para agricultura empresarial atingiram R$ 58,3 bilhões na safra 2007/08, superando os R$ 50 bilhões previstos para o período, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edílson Guimarães. Para o secretário, o seguro rural é uma

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das prioridades do ministério para a próxima safra. Atualmente a cobertura é de 4% da área agricultável. Entre as medidas para alavancar o seguro estão a abertura do mercado de resseguro em 2007 e o envio do Projeto de Lei Complementar que cria o Fundo de Catástrofe, em maio deste ano. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B12 Agronegócios)

AMBIENTAL.

Proposta exige parecer ambiental para fechar empresa. (Câmara)

Questão Fundiária - União vai recadastrar terras de estrangeiro: Na Amazônia, ONGs também terão de legalizar situação no Incra. (Estado)

Sachs e Lagos pedem Brasil ação contra CO2. (Estado)

Sustentabilidade - Ibmec faz evento sobre carbono. (GM)

Desastre Ecológico - Mar Negro sofre com exploração e contaminação: Os parlamentares do Conselho Europeu advertiram ontem que o Mar Negro está próximo de um desastre ecológico, devido à exploração abusiva e à contaminação de suas águas, concitando os países a se mobilizarem para agir. Segundo o documento, a industrialização das cidades costeiras, a atividade portuária e o derrame de substâncias tóxicas e radiativas no mar criaram uma contaminação sem precedentes. Os parlamentares europeus elaboraram um texto no qual fazem um apelo aos Estados próximos para reforçar sua cooperação. Atualmente o rio Danúbio, que passa por importantes capitais européias, derrama no Mar Negro 280 toneladas de cádmio, 60 toneladas e mercúrio, 4,5 mil toneladas de chumbo, 6 mil toneladas de zinco, mil toneladas de cromo e 520 mil toneladas de hidrocarbonetos.Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A3 Gazeta Global)

Meio Ambiente - Governo perde controle de ONGs na Amazônia: Ministério da Justiça anuncia providências drásticas. (JB)

Mudanças Climáticas - "A Amazônia é do Brasil", diz Ricardo Lagos, da ONU. (JC)

Amazônia - Desmate chega a áreas protegidas: Imazon detecta que agressão à floresta atingiu regiões sob tutela do governo. (Valor)

Multa ambiental: Os técnicos, servidores do nível médio, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também têm competência para aplicar multas em crimes contra o meio ambiente. (Valor)

AVIAÇÃO.

Negócios no Ar - Donos da Varig devem à União R$ 377 milhões: Governos estaduais e federal processam as empresas de transporte dos Constantinos para receber o dinheiro. (Estado)

Varig - Agência rejeita recurso sobre a companhia. (Folha)

Aviação - Anac proíbe vôo de metade da VarigLog. (GM)

Anac: VarigLog não pode ficar com estrangeiros: Agência recusa tese do escritório de Roberto Teixeira. (Globo)

Aviação Civil - Metade da VarigLog no chão: Anac constata falta de segurança em seis aeronaves. (JB)

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Caso Varig - Dilma admite encontros reservados com Teixeira: Ministra diz que se encontrou com advogado amigo de Lula para discutir venda da companhia aérea, mas minimiza reunião. (JC)

Aviação - Em gestação, a Virgin Brasil: Depois de David Neeleman, da JetBlue, o bilionário britânico Richard Branson, que possui 360 empresas no mundo, em diversos ramos da economia, anuncia que entrará no mercado brasileiro. (JC)

Aviação - Anac liberará taxa de combustível para carga. (Valor)

BANCÁRIO.

Legislação - Títulos de crédito podem ter nova regra. (GM)

CHINA.

Eficácia na execução e ampliação das possibilidades de apelação na China. (UI)

CIVIL.

Esso tem contas bloqueadas na Justiça. (Valor)

COMÉRCIO EXTERIOR.

Mercosul - Viajar na América do Sul sem passaporte será uma realidade: Países do Mercosul assinarão acordo com associados na próxima cúpula em Tucumán. (GM)

Os desafios no caminho da Unasul. (GM)

Mercosul - Cúpula adiará principais decisões. (JC)

Mercosul - Ampliada a lista de tarifas reduzidas. (JC)

Comércio Exterior - Lula cobra estratégia de País: Presidente adverte que Brasil enfreta embate duro e sofisticado com parceiros comerciais, porque deixou de ser coadjuvante, e prega união de inteligência nacional para criar discurso e política de ação para disputas na OMC. (JC)

Mercosul amplia lista de produtos com tarifa reduzida de importação. (NF)

Comércio exterior em pauta: Secretário de Comércio Exterior do MDIC destaca os bons números do comércio exterior em 2007. (Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos – Brasil-Arábia Saudita)

Nossa meta é de aumentar as exportações: Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do MDIC, diz que, apesar da atual crise internacional, Brasil tem capacidade para aumentar o fluxo comercial. (Seminário Bilateral de Comércio Exteiror e Investimentos – Brasil-Arábia Saudita)

Comércio Exterior - Brasil eleva pressão contra barreiras. (Valor)

América do Sul deve abolir passaporte. (Valor)

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CONCORRÊNCIA.

MP quer estudo sobre garrafa da AmBev. (Valor)

CONSUMIDOR.

Código de Defesa do Consumidor: um aliado das empresas. (Monitor)

DIVERSOS.

Fuso - Três estados ajustam horário na Amazônia. (GM)

Todo mundo no pedal: o uso de bicicleta como alternativa de transporte sai da Ásia para a Europa e se espalha também pela América. (Isto é)

Lula fecha o cerca à bebida: agora é crime dirigir com qualquer teor de álcool no sangue. O presidente Lula sancionou na quinta-feira 19 a lei que prevê mais rigidez contra o álcool nas estradas. Os motoristas flagrados alcoolizados serão autuados por infração gravíssima e poderão ter a carteira suspensa por um ano. A lei também proíbe definitivamente a venda de bebidas alcoólicas nas estradas rurais - o comércio é liberado apenas nos trechos urbanos. Os comerciantes que infringirem a lei estarão sujeitos a uma multa de R$ 1,5 mil que pode dobrar em caso de reincidência. "Sei que essas medidas contrariam alguns interesses, mas beneficiam o conjunto da sociedade", disse o presidente.Nota na Integra (Revista Isto É n° 2016- 25.06.2008 p. 21)http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2016/artigo93538-1.htm

Polêmica - Zumbi e São Jorge vão ao plenário do STF: Ação da CNC quer acabar com os dois feriados no Rio. (JB)

Mantega apresenta hoje projeto que cria fundo soberano. (Valor)

ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS.

Energia – Manipulação de dados gera multa de R$ 6,5 mi. (DCI)

Energia - Cai o risco de racionamento de energia em 2009 e 2010. (Estado)

Brasil tenta derrubar na UE "taxa verde" ao álcool: País ameaça ir à OMC contra lei que tenta reduzir vantagem dos biocombustíveis. (Folha)

Bacia de Santos pode ser reserva única de petróleo. (Gaspetsc – Newsletter)

Sobre Blocos de Caramba e Júpiter, Petrobras esclarece. (Gaspetsc – Newsletter)

Especialistas estudam possibilidade de Petróleo em Mato Grosso. (Gaspetsc – Newsletter)

Ministro reforça plano do Brasil de aderir à Opep. (Gaspetsc – Newsletter)

Tributos - Setor elétrico apresenta sugestões para reforma. (GM)

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Inovação a serviço da sustentabilidade: Com plástico produzido a partir de etanol, o "carro verde" será viável. (GM)

Sucroalcooleiro - Usinas fazem acordo inédito em etanol. (GM)

Petrobras admite criação de sociedade para explorar pré-sal: Concessionários terão de se organizar para prospectar as áreas, segundo a estatal. (GM)

Furnas internacional: Estatal fecha contratos com Peru, Angola, Namíbia e Equador para projetos de usinas. (Globo)

Risco de país ter apagão diminuiu, diz instituto: Mas acionamento de usinas termelétricas este ano custará R$1 bilhão a consumidores. (Globo)

Petróleo - Petrobras fará sociedade para explorar pré-sal: Estatal descarta, no entanto, criação de megaempresa. (JB)

Etanol - Stephanes: mercado derrubará barreiras. (JC)

Tudo ao seu tempo: O governo se precipita ao pôr em discussão a ultra-estratégica e sensível questão da apropriação de parte da riqueza das reservas de petróleo e gás na formação oceânica do chamado pré-sal. (JC)

Hong Kong planeja criar bolsa de petróleo. (JC)

UE e Opep apóiam supervisão rigorosa. (JC)

De volta ao Oriente Médio: Depois de duas décadas afastada, Petrobras retorna ao Oriente Médio. (Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos – Brasil-Arábia Saudita)

Caramba and Jupiter exploration blocks clarifications. (TB Petroleum – Newslwtter)

Chuvas reduzem risco de racionamento. (Valor)

Carvão, que vira petróleo, que vira... Desta vez, não há um só substituto ao combustível. (Valor)

Mudanças na Lei do Gás favorecem as distribuidoras. (Valor)

Alta das commodities - Especulação com petróleo vira alvo de políticos nos EUA: Senadores americanos querem controle dos mercados de futuros e ação contra Opep. (Valor)

Editorial - Outras más notícias podem vir do mercado de petróleo. (Valor)

Energia na Votorantim - A Light Esco, subsidiária da distribuidora Light que atua na comercialização de energia no mercado livre, fechou um contrato com a Votorantim. Pelo acordo estabelecido até 2027, o grupo vai adquirir 100 megawatts médios, o que vai gerar uma receita de R$ 2 bilhões. A Light Esco informa ainda que esse montante para Votorantim faz parte da negociação de 200 megawatts médios que a empresa fará no longo prazo. E essa venda deverá gerar uma receita de R$ 3,4 bilhões, segundo valores atuais. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B1 Empresas)

IMIGRAÇÃO EMPRESARIAL.

Política Externa - Petista chama lei de imigração de preconceituosa. (Folha)

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Europa contra imigração: a UE aprovou as novas regras contra a imigração ilegal. Foi estendido para 18 meses o prazo de detenção de imigrantes. Quem for considerado uma "ameaça social" poderá ser impedido de entrar na UE por cinco anos.Nota na Integra (Revista Isto É n° 2016 – 25.06.2008 p. 21)http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2016/europa-contra-imigracao-93543-1.htm

Na Europa, o "vento frio da xenofobia”. (JC)

Globalização do trabalho desafia as empresas. (Valor)

IMOBILIÁRIO.

Questão Fundiária - União vai recadastrar terras de estrangeiro: Na Amazônia, ONGs também terão de legalizar situação no Incra. (Estado)

Obra Irregular - Estado pode demolir sem indenização. (JC)

JUDICIÁRIO.

STJ - Devolver processo sem sair do carro. (JC)

Internet - CNJ permite acesso a dados estatísticos do Judiciário. (JC)

Sistema mede produção de magistrados. (Valor)

MARÍTIMO.

Portos - Governo flexibiliza terminais privados. (GM)

Porto privado: regras saem em agosto: Previsão é da secretaria que trata do tema. Antaq e empresários temem atraso. (Globo)

Infra-Estrutura - Iniciativa privada terá a concessão de portos: Decreto presidencial está em fase final na Casa Civil. (JB)

Portos - US$ 15 bi a US$ 20 bi com novas concessões: Novo regime acaba com exigência de carga própria mínima nos terminais privados; ministro Pedro Brito nega divergências com Dilma Rousseff. (JC)

Lobby faz governo criar novo modelo de concessões para setor portuário. (Monitor)

Publicada lei que prorroga regime tributário para modernização da estrutura portuária. (NF)

Infra-Estrutura - Proposta para licitar portos é absurda, diz Eike Batista: Empresário critica modelo que pode excluir idealizador do projeto da disputa. (Valor)

Governo vai propor concessões por 25 anos. (Valor)

Indústria Naval - TWB desenvolve ferry-boat bicombustível. (Valor)

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MINERAÇÃO.

Mineradoras – Rio Tinto emite US$ 5 bi em bônus para quitar dívidas por aquisição da Alcan. (DCI)

Mineração – Vale elogia resjuste definido pela Rio Tinto com chineses. (DCI)

Mineração - BHP diz que reajuste do minério é insuficiente. (GM)

MMX and Camergo team up for Record pipeline. (Latin Lawyer)

Rio Tinto fecha aumento de 100%. (Monitor)

Vale vai explorar nas Filipinas. (Monitor)

Minéio de Ferro - Demanda mundial vai se manter forte, diz Vale. (Valor)

A Macarthur, mineradora australiana de carvão, anunciou que as negociações com a ArcelorMittal, que comprou recentemente 14,9% dela, terminaram sem que a maior siderúrgica do mundo fizesse uma oferta pela empresa inteira. Contudo, o fim das negociações não elimina a possibilidade de uma guerra de ofertas pela Macarthur, cobiçada por conta de sua liderança mundial na produção de carvão pulverizado, vital na produção do aço.Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

PROPRIEDADE INTELECTUAL.

Propriedade Industrial – Julgamento sobre patente da Dupont é adiado para agosto. (DCI)

Novela dos direitos: Autor de Pantanal tenta barrar novamente sua exibição. (Conjur)

Sociedades anônimas: Valor da marca permite controle da empresa. (Conjur)

Patentes são improdutivas, afirma autor. (Folha)

Decisão - Empresa multada por usar marca registrada. (GM)

Marketing - Johnson tira marca Modess do mercado: Sinônimo de categoria, produto perdeu força, foco da empresa agora, é Sempre Livre. (GM)

Internet - Cerco ao download ilegal. (GM)

STJ decide hoje extensão de patente anterior à lei da PI. (STJ)

Ensino Executivo – Plagiar é especialidade dos administradores: Estudantes das escolas de negócios são os que mais trapaceiam nos trabalhos. (Valor)

Veículos - Hummer, da GM, poderá ser vendida: Financial Times diz que montadora contratou Citibank para ajudar na definição do futuro da marca. (Valor)

Extensão de patente ganha voto contrário no STJ. (Valor)

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SEGURO.

Medicina - Samcil compra plano de saúde Serma e Hospital Campos Salles. (Valor)

Seguros - Mercado brasileiro cresce acima da média, diz Swiss Re: País ocupa a 19a. posição do ranking do setor e projeta crescimento da modalidade não-vida. (Valor)

Seguro milionário da Petrobras fica com Itaú. (Valor)

IRB recua e CSN está perto de fechar seu resseguro. (Valor)

Carregamento de peso: Taxa cobrada a cada novo aporte de recursos pode comprometer a rentabilidade, principalmente no curto prazo, mas seguradoras têm baixado o custo. (Valor)

SOCIETÁRIO.

Trabalho inacabado: dúvidas sobre a publicação de balanço são um desserviço ao mundo jurídico. (Capital Aberto)

Projeções guiadas: fizemos um raio-X do guidance praticado no Brasil e concluímos que, por enquanto, ele tem dado só alegria para investidores. (Capital Aberto)

Acionistas rebeldes : com ou sem razão, investidores aproveitam as assembléias para cutucar o alto comando das corporações. Estaríamos próximos de transformá-las em espaço para bate-boca? (Capital Aberto)

Por que empresas que abriram seu capital recentemente estão recolhendo seus papéis? (Capital Aberto)

Notice and Access espanta pessoa física das assembléias. (Capital Aberto)

SEC faz consulta pública sobre adoção de XBRL obrigatório. (Capital Aberto)

IPO: aumento da arrecadação. (Capital Aberto)

IBGC lança modelo para regimento do conselho. (Capital Aberto)

Acabou a festa: BC vai questionar instituições que usaram suas empresas de leasing para fugir do compulsório. (Capital Aberto)

O verdadeiro risco: companhias sem presença de private equity sofrem desconto por maquiar balanços antes do IPO. (Capital Aberto)

Em defesa dos minoritários: CVM exige tratamento equitativo para todos os acionistas e determina taxa de atualização em tag alon g. (Capital Aberto)

O próximo passo:dinâmica do mercado de capitais renova os desafios para a governança corporativa. (Capital Aberto)

Separação de cargos na Exxon Mobil não é aprovada. (Capital Aberto)

Padrões trabalhistas para fornecedores entram na pauta. (Capital Aberto)

A punição à atuação dos flippers nas ofertas iniciais de ações (IPOs) é boa para o mercado de ações brasileiro? (Capital Aberto)

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Modelo Hídrico - Bovespa Mais promete ser um mix de private equity com bolsa de valores. Resta saber se a baixa liquidez não será um problema. (Capital Aberto)

Sociedades anônimas: Valor da marca permite controle da empresa. (Conjur)

Redirecionamento da execução - A responsabilidade do sócio nas execuções fiscai s. (Conjur)

A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – Lei Complementar 123/06 e as Licitações. (CF)

Bancos – UBS compra holandês VermogensGroep. (DCI)

Falta consenso sobre obrigação de publicação de demonstrações financeiras por sociedades de grande porte. (EJB)

Mercado - BM&F Bovespa fica livre de alíquota maior da CSLL. (Folha)

Incorporação - BG lança oferta hostil para a Origin. (GM)

Internet - Ações do Yahoo sobem com boatos. (GM)

Aviação - Anac proíbe vôo de metade da VarigLog. (GM)

Processo Civil - Fusão entre Huntsman e Hexion vai parar na Justiça: Huntsman processa Hexion e executivo pede mais de US$ 3 bi por danos causados. (GM)

Mercado Acionário - Nyse Euronext compra 25% de participação na bolsa do Catar. (GM)

Clasificação de risco - SEC divulga regras para agência de rating. (GM)

Capital Aberto - CVM e Lembo formalizam acordo. (GM)

Balanços - IFRS pode surpreender construtoras: Empresas devem antecipar impacto da norma contábil para tanquilizar investidor. (GM)

Material ferroviário - Caterpillar compra a brasileira MGE. (GM)

SabMiller se defende - A cervejaria sul-africana SABMiller, maior do mundo em volume, teve conversas informais com o grupo Modelo e a rival InBev para explorar opções, incluindo uma futura fusão da Modelo com a SABMiller, segundo fontes da agência Reuters. As discussões incluíram a possibilidade da SABMiller comprar parte ou totalidade do grupo Modelo, no caso da InBev ter sucesso com sua oferta de US$ 46,3 bilhões pela Anheuser-Busch, afirmaram as fontes. A Anheuser detém 50% do grupo mexicano Modelo, fabricante da cerveja Corona. Representantes da SABMiller e Modelo preferiram não comentar o assunto, enquanto a Reuters não conseguiu obter contato com um porta-voz da InBev.Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C5 Indústria)

Recompra na Datasul - A Datasul anunciou programa de recompra de até 941 mil ações ordinárias, equivalentes a 5% do total em circulação, com término em 21 de dezembro. A recompra será feita a preço de mercado no pregão da Bovespa e visa a valorização dos papéis. Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B2 Finanças)

Negócio - Caterpillar compra MGE e ingressa em trens no Brasil: Fabricante de motores, locomotivas e outros componentes para ferrovias expande pela 1a. vez Progress Rail Services fora dos EUA, Canadá e México. (JC)

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Simplificação - CVM estuda isenção de registro para qualificados: Autarquia estuda projeto que isente empresas do registro de ações destinadas a investidores de maior parte, tendo com base a lei 144A da SEC americana. (JC)

Agrenco - CVM e Bovespa não podem lavar as mãos: Ex-presidente diz que órgão fiscalizador tem poder e o dever de atuar. (Monitor)

Registro em ofertas pode deixar de ser exigido. (Monitor)

Protecionismo Norte-Americano - Senador pede bloqueio de compras do JBS nos EUA: Senador pede bloqueio de compras do JBS nos EUA. (Monitor)

CVM tem de reformular - A Comissão de Valores Mobiliários tem de reformular essa do período de silêncio para as empresas que vão captar recursos dos investidores. Como perguntar não ofende: a CVM, um órgão governamental, ou seja, o regulador do mercado de capitais brasileiro, aceitou e registrou o lançamento de BDRs feito por uma instituição estrangeira, mas devidamente legalizada por outro regulador, o Banco Central; será que os prejudicados não têm direito a uma indenização e, quem sabe, uma pensão vitalícia, como o governo anda distribuindo?Nota na Íntegra (Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 3 Financeiro)

Minas sai na frente e implanta livro contábil digital. (NF)

BG muda estratégia e faz oferta hostil pela Origin (Valor)

Mercado de Capitais – SEC pede rigor na avaliação de ativos: Fundos deverão seguir critérios de liquidez e risco. (Valor)

Balanços – EUA vão revisar dados financeiros. (Valor)

O dilema da inflação para o mercado de capitais. (Valor)

Lei deixa as bolsas livres de aumento da CSLL. (Valor)

Energia - Terna troca comando no Brasil e mira aquisições: Giovani Giovanelli deixa o posto de diretor-geral após seis anos. (Valor)

Medicina - Samcil compra plano de saúde Serma e Hospital Campos Salles. (Valor)

Modal vê atrativo a pequenas na bolsa. (Valor)

Fundos - Saques somam R$ 18 bi nas principais categorias no ano: Saldo total em 2008 está positivo em R$ 35 bi, graças a carteiras destinadas ao poder público, a de recebíveis e aos planos de previdência. (Valor)

Operação Influenza - CVM investiga negociação com BDRs: Credit Suisse, que recomendava compra, suspende acompanhamento dos papéis. (Valor)

Operação Influenza - Minoritários da Agrenco buscam meios para compensar prejuízos: Escritório de advogados recebe consultas. (Valor)

Falências - Credores acionam BenQ na Justiça: Safra e Sanyo estraram com ações no Amazonas, Unibanco e Morgan Stanley em SP. (Valor)

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A Caterpillar anunciou acordo para comprar a fabricante paulista de equipamentos para trens MGE, para permitir a expansão internacional da Progress Rail Services, divisão da empresa americana que produz trilhos e equipamentos de trânsito.Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

SABMiller negocia - A SABMiller teve conversações informais com o grupo Modelo e a rival InBev para explorar opções, incluindo uma futura fusão da Modelo com a SABMiller, segundo fontes. As discussões incluíram a possibilidade a SABMiller comprar parte ou a totalidade da Modelo, no caso de a InBev ter sucesso com sua oferta pela Anheuser-Busch, afirmaram as fontes à Reuters. A Anheuser detém 50% da mexicana Modelo. Representantes da SABMiller e da Modelo preferiram não comentar o assunto. Procurados, porta-vozes da InBev não foram localizados. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B1 Empresas)

Blog movimenta ações - A Microsoft não voltou a ter conversas com o Yahoo!, afirmou uma pessoa com conhecimento sobre o assunto. Ontem, um blog divulgou a informação de que as empresas teriam voltado à mesa de negociação, segundo a Bloomberg. As ações do Yahoo! tiveram alta de 2,75% ontem, para US$ 22,04. O blog de tecnologia TechCrunch disse que a Microsoft e o Yahoo! tinham iniciado mais um round de negociações. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B1 Empresas)

Logos é vendida - A americana Hercules anunciou ontem a aquisição da brasileira Logos Química, que atua no suprimento de químicos voltados aos setores de papel e celulose, tintas e vernizes, adesivos, alimentos e mineração, entre outros. O valor da transação não foi divulgado. Baseada no município paulista de Leme, a Logos emprega atualmente cem funcionários e registrou em 2007 faturamento próximo de US$ 17 milhões. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. B1 Empresas)

TABACO.

Saúde em fumaça: Uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avaliou em que medida o tabaco é causa importante de perda de qualidade de vida na população. (IDEC)

TECNOLOGIA.

Software - Novo Firefox está mais rápido e leve: Velocidade do novo navegador em sites como o Gmail é notável, mas primeira falha de segurança já apareceu. (Folha)

XP sai do mundo top, mas continua nos PCs baratos. (Folha)

A tecnologia dos movimentos: touchscreen, fio e controle remoto são coisas do passado. Surge a nova máquina que obedece aos nossos gestos. (Isto é)

Serviços - Internet dinamiza escolas de idiomas: Redes apostam em videoconferências, chats, jogos educativos e simuladores para conquistar alunos. (Valor)

TELECOMUNICAÇÃO.

Telefonia – Teles fixas se unem contra novo plano. (DCI)

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Megadiferenças da supertele: Um observador desatento poderia comparar a compra da Brasil Telecom pela Oi com a onda de concentração das Baby Bells, ocorrida nos EUA na década de 90. (Estado)

IPhone custará US$ 173 para a Apple produzir. (GM)

Infra-Estrutura - Telefonia celular com uso social promove desenvolvimento: Saúde, educação e serviços públicos; as redes de voz e dados a serviço da população. (GM)

Redes mais potentes reduzem distância digital. (GM)

Nokia traz 3G ao País - A Nokia começou a produzir seu primeiro modelo 3G no Brasil, o Nokia 5610 XpressMusic, na fábrica de Manaus, com design inovador, teclas dedicadas de música e compatibilidade com diversos formatos de arquivos de áudio. Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C2 TI & Telecom)

Ligação Estatal: em meio à alteração da lei para se criar o maior grupo privado de telefonia do Brasil, acordo de acionistas da Oi-Brasil Telecom mostra que as grandes decisões da empresa dependerão dos fundos de pensão. (Isto é)

Symbian - Nokia investe em sistema operacional. (JC)

Celular: operadoras descumprem novas regras. (Monitor)

TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO.

Arquivada ação do governo do Rio Grande do Sul contra cobranças do INSS. (CF)

Plano – Pacto tenta reduzir diferenças sociais no mercado de trabalho: Carta-compromisso foi assinada ontem por empresas e governo federal. (Estado)

Globalização do trabalho desafia as empresas. (Valor)

Contas Públicas - Estados ainda devem unificação à Previdência: Prazo vence em 30 de junho e três Estados não aprovaram as respectivas leis. (Valor)

Advogado de banco - A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o recurso apresentado por um advogado do departamento jurídico do Banco Itaú que pretendia o reconhecimento do direito à jornada especial dos advogados, de quatro horas diárias, e o pagamento das demais horas como extras. A turma manteve entendimento do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de que o fato de o advogado trabalhar oito horas por dia, por si só, caracterizaria o regime de dedicação exclusiva, condição que afasta a jornada especial. Nota na Íntegra (Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

TRIBUTÁRIO.

Lei Rouanet pode abranger inclusão social de crianças. (Câmara)

Câmara – Sandro Mabel adia parecer da reforma tributária para dia 1/7. (DCI)

Exportadores – Tributos reduzem a competitividade de 76% das empresas. (DCI)

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Nova CPMF afronta o contribuinte: É possível reduzir impostos sem sacrificar qualquer projeto social, basta que houvesse corte dos gastos públicos. (DCI)

Mercado - BM&F Bovespa fica livre de alíquota maior da CSLL. (Folha)

Tributos - Setor elétrico apresenta sugestões para reforma. (GM)

CSS, um projeto de lei inconstitucional. (GM)

Barreira constitucional para criação da CSS: O governo, como dependente químico de tributos, precisa cada vez de mais tributos para saciar seu vício. (GM)

Exclusão da CSLL - A BM&F Bovespa S.A. divulgou nota ontem informando que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, em 23 de junho de 2008, a Lei 11.727, confirmando que estão excluídas do aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de 9% para 15% as entidades administradoras de mercado de balcão organizado, as bolsas de valores e de mercadorias e futuros e entidades de liquidação e compensação. Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

Posição - Doações e subvenções sujeitas a tributação: Receita do RS abre precedentes para que órgão passe a cobrar Imposto de Renda e CSLL de incentivos governamentais. (JC)

Vereadores prestam desserviço à cidade - Numa manobra orquestrada pelo prefeito Cesar Maia, a Câmara Municipal do Rio presta novo desserviço à economia da cidade: foi adiada, mais uma vez, a votação do Projeto de Lei nº 1.250, que deveria ter acontecido no último dia 19. O projeto, que prevê a redução do ISS para as empresas do setor de informática e tecnologia da informação, vem sofrendo insólitos ataques de alguns vereadores desde dezembro. A esta coluna Claudio Nasajon, presidente da Assespro-RJ, disse entender não ser grave que alguns vereadores ataquem o projeto, "porque diferenças de opinião são triviais num regime democrático, mas é imprescindível que os parlamentares cariocas que defendem a idéia - neste caso a ampla maioria - se apresentem nas sessões plenárias para votá-la". Segundo Nasajon, o Rio tem todas as chances de recuperar a dianteira como pólo de tecnologia do País, mas com esses vereadores que concorrem à reeleição em outubro, vai ser difícil aprovar as leis que dão condições para que tal aconteça.Nota na Íntegra (Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A4 Economia)

Taxa de franquia na base de cálculo do ICMS É Inconstitucional. (NF)

O ICMS referente a créditos constituídos ao longo da cadeia produtiva. (NF)

Microempresas podem ser isentas de tributos federais. (NF)

Proposta institui IR sobre distribuição de lucros. (NF)

Bebidas - Tributação vai considerar preço: Governo sanciona novo regime, que agradou pequenos fabricantes do setor. (Valor)

Lei deixa as bolsas livres de aumento da CSLL. (Valor)

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ÍNTEGRA DAS NOTÍCIAS

ADMINISTRATIVO

Governo de SP quer lançar licitação do trecho Leste do Rodoanel até dezembro (Valor Econômico 25.06.2008 p. A2 Brasil)

Samantha Maia

Após a concessão dos cinco lotes de rodovias paulistas (Dom Pedro I, Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Marechal Rondon e Raposo Tavares), em fase de audiência pública, o próximo projeto a ser lançado no Estado será o do trecho Leste do Rodoanel, segundo o secretário de Transportes, Mauro Arce. O plano deve ficar pronto até o fim do ano, e a iniciativa privada será responsável pela construção e operação dos 40,6 quilômetros de vias que ligarão o ramo Sul do Rodoanel, em Mauá, às rodovias Ayrton Senna e Dutra. "É uma obra que se sustenta com o pedágio", diz Arce.

O corredor de exportação, que envolvia as rodovias Dom Pedro I, Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Tamoios, e chegou a ser anunciado como a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Estado, não avançou. A duplicação da Tamoios, por ser mais complicada, está sendo discutida com as cidades da região. As demais vias foram incluídas no atual pacote de concessão. "O projeto do corredor de exportação não existia", diz. Arce destaca que uma das maiores dificuldades da obra é a questão ambiental.

Desde a segunda passada, até segunda que vem, estão sendo realizadas as audiências públicas das concessões dos cinco lotes de rodovias paulistas e das federais BR-116 e BR-324. Assim como as estradas Dom Pedro I, Ayrton Senna, Carvalho Pinto, que faziam parte de uma PPP, o governo federal defendia que a entrega das rodovias baianas à iniciativa privada só se sustentaria com aporte de dinheiro público. Embalados pelos deságios das últimas licitações, os governos concluíram que as empresas podem tocar sozinha as obras.

"O interesse demonstrado pelas empresas nos últimos leilões deu novas referências para a elaboração dos projetos", diz José Augusto Valente, consultor em logística e transportes. Segundo ele, o aumento substancial do volume de tráfego em relação aos primeiros programas de concessão em 1998 faz com que hoje o poder público consiga atrair empresas com taxas de retorno bem mais baixa. O movimento nas rodovias concedidas subiu 9,7% de 2004 a 2007, 4 milhões de veículos a mais nas estradas, segundo estudo da ABCR, entidade que representa as concessionárias. "Todos cobram projetos de PPPs, mas o primeiro objetivo dos governos é a concessão tradicional, em que o privado assume os investimentos sem necessidade de aporte público", diz Valente.

Depois de dez anos sem novas concessões, o segundo lote de rodovias sob o domínio do Estado e da União a serem privatizados vêm na seqüência dos primeiros. Em outubro de 2007, sete lotes federais foram concedidos, e em março desse ano foi privatizado o trecho Oeste do Rodoanel, única parte já construída do arco rodoviário.

O total de investimentos para os cinco lotes de rodovias paulistas, que inclui vicinais, é de R$ 7,9 bilhões. São 1,8 mil km de vias a serem concedidos por 30 anos. A tarifa máxima de referência será de R$ 0,11 por quilômetro para pista dupla e R$ 0,08/ km para pista simples, vencendo quem oferecer o maior deságio. A outorga foi fixada em R$ 3,5 bilhões. O projeto está sendo detalhado em audiências públicas durante essa semana na capital. O governo quer assinar o contrato em novembro desse ano.

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O pedágio das rodovias Ayrton Senna e da Carvalho Pinto, devem cair, pois a tarifa-teto estabelecida no edital equivale ao valor cobrado hoje pela Dersa. Por outro lado, a Marechal Rondon tende a ter uma tarifa mais cara, por não ser hoje tarifada de acordo com a quilometragem, segundo Arce. As demais dependerão das propostas. "Esperamos uma grande concorrência para essas concessões, e por isso um grande deságio", diz. No caso do trecho Oeste do Rodoanel, a CCR levou a concessão com uma tarifa de R$ 1,17, valor 61% menor que o teto do edital.

Para operar o novo lote de concessões federais, com 667 quilômetros dos trechos da BR-116 da divisa de Minas Gerais a Feira de Santana (BA) e da BR-324 de Feira de Santana até Salvador, deverá ser oferecida a menor tarifa abaixo do teto de R$ 3,15. Durante 35 anos de concessão serão investidos R$ 2 bilhões em melhorias, e a taxa interna de retorno foi fixada em 8,95%, a mesma dos últimos lotes. A minuta do edital está disponível para consulta, e haverá audiência públicas em Salvador, no próximo dia 26, e em São Paulo no dia 30.

A partir do dia 1º de julho, os pedágios das rodovias do Estado de São Paulo serão reajustados em 11,52%, de acordo com o IGP-M acumulado entre junho de 2007 e maio de 2008. Em 2007, o reajuste ficou em 4,39%, e em 2006 não houve, já que o IGP-M do período teve deflação de 0,33%.

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A burocracia e os projetos de PPPs federais no Brasil: O trâmite administrativo até a licitação consome mais de dois anos, muito tempo para um país com tantas carências

(Valor Econômico 25.06.2008 p. E2 Legislação)

Em dezembro deste ano a lei federal que disciplina as normas gerais para a contratação de parcerias público-privadas (PPPs) completa quatro anos. Nesse período, diversos Estados da federação - como Bahia, São Paulo e Minas Gerais - já utilizaram esse instrumento em empreendimentos de saneamento básico, na construção de presídios e na área de transportes. Municípios como Salvador e Belo Horizonte também se beneficiaram das parcerias. E no mês passado ficou decidido que a primeira PPP federal será na área de irrigação: o Projeto Pontal deverá ser implementado no semi-árido de Pernambuco.

A grande vantagem da parceria público-privada, tanto para o ente público quanto para o parceiro privado, reside na estabilidade de regras para garantia das obrigações assumidas nos contratos. A existência de um fundo garantidor da contraprestação pública limita os riscos de desequilíbrio fiscal do parceiro público, ao mesmo tempo em que confere ao particular a possibilidade de programação de investimentos de longo prazo. Pela lei federal, um contrato de PPP pode se estender por até 35 anos. E justamente a confiança no cumprimento do contrato, aliada à estabilidade econômica alcançada pelo Brasil nos últimos anos, é que permitem a obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento dos projetos sob a modalidade de PPPs.

Feitas tais considerações seria de se concluir que o modelo é um sucesso e será adotado nos diversos empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Infelizmente, não é essa a realidade. A primeira PPP federal ainda engatinha, recém-encaminhada que foi para a análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Qual a razão, portanto, da subutilização de tão importante

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instrumento para o desenvolvimento do país, nas palavras exaustivamente utilizadas por representantes do governo federal?

Poderia se dar crédito para o atraso na regulamentação total da lei, já que somente em agosto de 2006 foi editada a portaria do Ministério da Fazenda que disciplina a consolidação das normas contábeis dos contratos das PPPs. Ainda assim, já se vão quase dois anos da edição dessa norma e são mínimos os avanços no plano federal, ao passo em que Estados e municípios utilizam o instrumento em larga escala. Alguns detalhes, no entanto, podem explicitar as dificuldades para se desenvolver uma parceria federal.

Com efeito, a Lei das PPPs determinou a criação de um órgão centralizado com a finalidade de criar condições para o desenvolvimento dos contratos de parceria. O Comitê Gestor de PPP Federal é responsável por autorizar a realização de licitações e fiscalizar a execução de contratos, além de aprovar a apresentação de estudos necessários para uma PPP. Em razão da excessiva centralização na figura do conselho gestor, a colaboração da iniciativa privada na elaboração de levantamentos para a realização de PPPs configuraria um necessário arejamento na definição de empreendimentos a serem implementados pelo novo instrumento. No entanto, ao contrário de outras normas, no âmbito da PPP federal, a apresentação desses elementos está condicionada à indicação de uma solicitação prévia do conselho gestor. Ou seja, a parceria entre o setor público e a iniciativa privada restou injustamente limitada no momento da concepção do projeto.

Outro ponto a ser destacado como possível entrave à plena utilização das PPPs no plano federal é a sobreposição de controles, e sua rigidez, no desenvolvimento de um empreendimento. Sem embargo da necessidade de plenos controles - internos e externos - sobre a administração, parece que a excessiva burocratização do procedimento de concepção de uma PPP federal praticamente inviabilizou sua plena utilização pelos órgãos e entidades da União, desestimulando a sua opção pelo administrador - que precisa apresentar resultados para as necessidades do país.

Um determinado empreendimento, para ser gestado como PPP, necessita enquadrar-se em uma definição preliminar do conselho gestor. Depois de realizados os estudos, os documentos são colocados em consulta pública durante 30 dias, no mínimo. A despeito de não haver previsão na Lei das PPPs, todo o material segue para análise do TCU, para, somente depois desse trâmite, seguir à contratação. Envolvem-se neste procedimento, destarte, ao menos quatro ministérios - Planejamento, Fazenda, Casa Civil e o ministério setorial - além da sociedade civil e do TCU, este último com o papel de chancelar ou não os números do empreendimento, situação somente compreensível pela realidade nacional. O chamado controle concomitante pelo TCU acabou se transformando em mais uma etapa do procedimento.

A julgar pelo pioneiro Projeto Pontal, toda essa tramitação administrativa até a fase da licitação consome mais de dois anos, entre a identificação da necessidade e a produção dos documentos que instruirão o edital de licitação. É muito tempo para um país com tantas carências de infra-estrutura.

Sebastião Botto de Barros Tojal, Jorge Henrique de Oliveira Souza e Igor Tamasauskas são, respectivamente, advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP); e advogados do escritório Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano e Renault Advogados Associados

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

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Orçamento - LDO pode ser votada na quarta-feira(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A6 Política)

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), disse que tem apelado às lideranças partidárias para garantir a votação do relatório do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na quarta-feira da próxima semana. Passados os festejos juninos, quando muitos parlamentares optam por ficar nos estados, o deputado quer garantir quórum para a aprovação do relatório apresentado pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

A aprovação do relatório na comissão é a última etapa da LDO antes de seguir para a votação no plenário do Congresso. Só depois é que os deputados e senadores podem entrar em recesso. O prazo para votação pelo Congresso vai até o dia 15 de julho. O relatório da senadora prevê um aumento do salário mínimo para R$ 453,67 a partir de 1º de fevereiro de 2009. Trata-se de um valor acima das projeções do Executivo, que havia sugerido o valor de R$ 449,97.

(Agência Brasil)

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Projeto submete programas do Pips à Lei de Licitações(Câmara - 24.06.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2942/08, do senador César Borges (PR-BA), que torna obrigatória a realização de licitação para os projetos do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos Sociais (Pips). A proposta altera a Lei 10.735/03, que criou o Pips, voltado especialmente para financiar programas habitacionais e de infra-estrutura urbana para a população de baixa renda.

O autor do projeto lembra que a norma que criou o Pips abre a possibilidade para alocações de recursos públicos, em obras ou serviços, sem a observância dos ritos e controles previstos na Lei de Licitações (8.666/93). Para César Borges, a criação do Pips é uma "tentativa de transferir subsídios estatais a certos empreendimentos do setor privado, mas de interesse do setor público, como os de infra-estrutura".

Dinheiro subsidiadoAinda segundo Borges, a legislação em vigor permite que instituições financeiras se beneficiem de dinheiro subsidiado, o que, segundo ele, não é a essência do Pips. Isso porque os projetos do Pips são realizados por intermédio de contratos firmados entre instituições financeiras privadas e a União.

Além de submeter o Pips a processo de licitação, o projeto proíbe as instituições financeiras de aplicar recursos em projeto de fundos de investimento e de fundos de recebíveis nos quais detenham participação superior a 5%.

Tramitação O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2942/2008

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http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=123956

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Infra-estrutura deve receber R$ 86 bi este ano(Valor Econômico 25.06.2008 p. A3 Brasil)

Samantha Maia

Os investimentos em infra-estrutura devem alcançar este ano a cifra de R$ 86,6 bilhões, um crescimento de 3% em relação ao ano passado e ainda abaixo da projeção de R$ 108,4 bilhões de necessidades anuais do setor feita pela Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib). Segundo o estudo da entidade, a alta de investimentos este ano será puxada principalmente pela atividade de petróleo e gás, seguindo a tendência dos últimos seis anos.

"Apesar da alta, não foram todos os setores que tiveram uma evolução satisfatória", diz Paulo Godoy, presidente da Abdib. Com R$ 38 bilhões, a indústria de petróleo e gás investiu 91,8% das suas necessidades em 2007. Telecomunicações foi o segmento que mais se aproximou do necessário, com R$ 12,9 bilhões de aporte, 95,5% da demanda projetada. Excluídos esses dois setores, o montante cai de R$ 84,1 bilhões para R$ 33,2 bilhões, 62% de atendimento do que é preciso.

Saneamento básico mantém o posto de primo pobre da infra-estrutura. Com R$ 4,5 bilhões de investimento em 2007, foi o único segmento a não alcançar 50% do aporte que precisava. A Abdib estima em R$ 10,5 bilhões a demanda de investimentos em água e esgoto no país. Mesmo com desempenho baixo, o valor aplicado em 2007 é 31,8% maior que em 2003. O setor é hoje o que mais tem participação do Estado nos investimentos: 95% dos aportes têm origem pública.

Desde 2003, a tendência tem sido o setor público - incluindo as estatais - ganhar mais força nos investimentos em infra-estrutura. Considerando que o setor de petróleo e gás foi o grande propulsor da alta de recursos aplicados nos últimos anos, a conclusão é de que a Petrobras é o agente de maior influência nesse movimento. Enquanto o investimento público cresceu 82,4% de 2003 a 2007, chegando a R$ 52,9 bilhões, o privado cresceu apenas 32%, com R$ 31,2 bilhões em 2007. Em 2005, o montante investido pela iniciativa privada chegou a R$ 32,3 bilhões, mas caiu para R$ 30,9 bilhões em 2006, e voltou a se recuperar no último ano. O setor público representou nos últimos cinco anos 56,5% dos aportes em infra-estrutura no país.

Os únicos setores em que os recursos privados prevalecem são os de telecomunicações, já totalmente privatizado, e de energia elétrica, em que apenas 34% dos investimentos desde 2003 vieram do Estado. Em 2007, foram investidos R$ 16 bilhões, 75,5% das necessidades do setor, e para este ano é esperada uma pequena queda, para R$ 14,4 bilhões. Segundo Godoy, é pontual, reflexo de muitos anos sem projetos. "No longo prazo, é esperada uma retomada por conta de grandes empreendimentos como as usinas do rio Madeira", afirma o executivo.

Depois de saneamento, transportes é o grupo em que o ritmo de investimentos está mais aquém do que é preciso para evitar maiores gargalos. No ano passado o montante aplicado no setor foi de R$ 12,7 bilhões, 58,3% da sua necessidade. Hoje 42% desses recursos vêm da iniciativa privada. Se considerarmos, porém, apenas o segmento rodoviário, esse quadro tende a mudar. Os planos de novas

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concessões do governo federal e dos Estados de São Paulo e Minas Gerais somam 13 mil km de vias, o que dobrará a quilometragem de estradas concedida hoje.

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ADVOGADOS

Advogados concorrem pela primeira vez ao Prêmio Innovare(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B8 Direito & Justiça)

Pela primeira vez, advogados públicos e privados poderão inscrever práticas que apresentem resultados comprovados para concorrer ao Innovare. O presidente da Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D"Urso, esteve presente ao lançamento do V Prêmio Innovare, a Justiça do Século XXI, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, e afirmou que "o prêmio ganha nova dimensão ao ter a OAB como parceira institucional".

Segundo o Tribunal de Recursos da 3ª Região (TRF-3), o objetivo do prêmio é identificar, premiar e divulgar práticas do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia que estejam contribuindo para a democratização do acesso à Justiça e para a implementação de meios alternativos para resolução de conflitos.

As práticas inscritas e voltadas ao conceito de justiça para todos serão avaliadas por personalidades do mundo jurídico, acadêmico e empresarial que integram a Comissão Julgadora, incluindo também cientistas políticos, jornalistas e representantes da sociedade brasileira. Há quatro categorias de premiação: Tribunal, Juiz Individual, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia.

No ano passado, os vencedores foram:

Categoria Juiz Individual - JuizJoão Baptista Galhardo Junior, com a prática Núcleo de Atendimento Integrado de São Carlos, SP;

Categoria Tribunal - Presidente do TJ-ES, Jorge Goés Coutinho, e Juiz Arion Mergár, com a prática Sistema de informações em bases criminais, do Espírito Santo;

Categoria Juizado Especial - Juiz Murilo André Kieling Pereira eo corregedor do TJ-RJ,Luiz Zveiter, com a prática O Juizado Especial Criminal como forma de garantia ao cidadão torcedor (Jecrim do Maracanã);

Categoria Ministério Público - Promotores de Justiça Augusto Eduardo de Souza Rossini, Arual Martins, Ivandil Dantas da Silva, Renato Fernando Casemiro e Jaqueline Mara, com a prática Instrumentos de pacificação e cidadania para redução de homicídios em São Paulo.

Menção honrosa - Promotora de Justiça Thereza Maria Muniz Ribeiro, com a prática Maná, do Estado do Maranhão;

Categoria Defensoria Pública - Defensor Público Marcos Rondon pela prática P.A.S. - Programa de Assistência ao Segregado, do Estado do Mato Grosso.

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Menção honrosa - Defensoras públicas Monica Aragão e Firmiane Venâncio, pela prática Pacificação de conflitos fundiários, do Estado da Bahia

O Prêmio é uma realização do Instituto Innovare, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Ministério da Justiça, através da Secretaria de Reforma do Judiciário, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Vale.

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AGRONEGÓCIOS

Agroenergia - Participação de multinacionais em açúcar e álcool deve dobrar no país (Valor Econômico 25.06.2008 p. B12 Agronegócios)

Assis Moreira

A participação de multinacionais no setor sucroalcooleiro deverá crescer no Brasil nos próximos anos. Cerca de 15% da produção de cana-de-açúcar do país já está nas mãos de capital estrangeiro, segundo cálculos do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. A tendência para os próximos anos é de que essa fatia aumente, atraída pelo potencial do etanol, de acordo com analistas de mercado.

Em relatório divulgado ontem, a organização não-governamental britânica Oxfam calcula que a "inundação de investimentos" no setor sucroalcooleiro pode dobrar a participação de usinas sob o comando de estrangeiros no país.

A Oxfam nota que os investimentos estão vindo de todos os lugares, incluindo Índia e China, das grandes companhias do agronegócio, como Cargill, Bunge, ADM e Louis Dreyfus, e de investidores financeiros como Goldman Sachs, Merrill Lynch, George Soros e Carlyle Riverstone. Ontem foi a vez do bilionário britânico Richard Branson se mostrar interessando em investir no etanol brasileiro.

Pouca gente, no entanto, se arriscou a comentar a previsão de Oxfam de que o setor pode atrair até US$ 33 bilhões em investimentos entre 2008 e 2012.

Bertone diz que a estratégia brasileira para criar um mercado mundial de etanol é clara: de um lado, quer atrair investimento externo para desenvolver o setor. De outro, está interessado também em investir na produção de etanol em outros países.

Até agora, o governo brasileiro estimulou produção na África. Um novo passo agora está sendo examinado pela Petrobras, que tem planos para produzir biocombustíveis na Espanha e França, segundo declarações feitas pelo o gerente de desenvolvimento de negócios internacionais de biocombustíveis da estatal, Fernando Cunha.

Para Bertone, não há surpresa. "Com a diminuição dos incentivos na Europa, surgiram boas oportunidades para que a Petrobras explore o potencial da matéria-prima brasileira [cana]."

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No caso dos investimentos externos no Brasil, Oxfam, por sua vez, critica as condições de produção do etanol. A ONG cita em seu relatório a Brenco, cujos acionistas são estrangeiros, e que foi autuada em Goiás porque teria empregado funcionários em "situaçoes degradantes".

Em seu relatório intitulado "Outra Verdade Inconveniente", Oxfam procura mostrar que os biocombustiveis não são a resposta para o clima ou a crise de carburantes globalmente. Mas admite que o Brasil produz etanol sustentável. A ONG mostra que o produto pode reduzir 90% das emissões de gases carbono em comparação com o carburante tradicional, enquanto o etanol americano à base de milho só reduz 20%.

A entidade denuncia que os objetivos de utilização de etanol nos Estados Unidos e na União Européia (UE) estariam acelerando a expansão da cana-de-açúcar e uma mudança que considera inevitável no uso da terra, com risco de cultivo em áreas da Amazônia - possibilidade que o governo brasileiro rejeita, uma vez que a cultura está concentrada nas regiões centro-sul do país e Nordeste. A expansão da cana para o Centro-Oeste do país está concentrada no Mato Grosso do Sul e Goiás.

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Insumos - Pressão do governo acelera projetos na área de fertilizantes: Vale busca apressar projeto no Peru; outras empresas privadas têm projetos que somam US$ 4 bi

(Valor Econômico 25.06.2008 p. B12 Agronegócios)

Vera Saavedra Durão, Fernando Lopes e André Vieira

A Vale busca elevar sua produção de insumos para a produção de fertilizantes para responder à pressão do governo brasileiro para que os investimentos privados no segmento sejam acelerados. Ainda que os dois projetos mais maduros da mineradora não sejam no Brasil, o que serviria para reduzir a dependência do país das importações de adubos - que cobrem de 65% a 70% da demanda nacional -, a possibilidade de a Vale se associar à Petrobras no maior deles, localizado no Peru, é encarado com bons olhos por representar a garantia de uma oferta adicional garantida e expressiva.

Em território peruano, a empresa apressa seu projeto de produzir fosfato na região de Bayovar. A licitação foi vencida pela empresa há cerca de dois anos. O investimento previsto é de US$ 479 milhões, e a produção deverá chegar a 3,9 milhões de toneladas por ano a partir de 2011. Para industrializar o fosfato a Vale já procura um parceiro, e é aí que entra a Petrobras. O Valor apurou que existem conversações em curso com o braço peruano da Petrobras para agilizar o escoamento do produto final para os agricultores brasileiros.

Além do projeto peruano, a Vale trabalha em pesquisas e desenvolvimento de suas jazidas de potássio na Província de Neuquen, na região central da Argentina. Os planos da companhia passam, ainda, por buscar novas jazidas de fosfato e potássio no Chile e no Peru. Na área de fertilizantes, potássio é o foco da empresa no Brasil. Só ela atua com a matéria-prima no país. Na mina de Taquari-Vassouras (SE), a produção alcança 850 mil toneladas anuais, volume suficiente para cobrir menos de 20% do consumo interno.

Mas a Vale tem estudos para expandir investimentos em novas minas de potássio na região Centro-Oeste. Por questões geográficas, a região é uma área de reserva de potássio em potencial, e por isso

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está no escopo de análise da Vale. Não há, porém, qualquer projeto até o momento. Outra jazida de potássio que o governo gostaria que fosse explorada, em Nova Olinda (AM), enfrenta obstáculos ambientais e poderá demorar para sair das pesquisas.

Diante da pressão do governo para tentar ampliar a disponibilidade doméstica do insumo - e assim garantir a expansão da produção brasileira de grãos e outros produtos agropecuários -, chegou a ser cogitada a possibilidade de a Vale voltar a participar do controle da Fosfertil (maior fabricante de matérias-primas para adubos do país), hoje dominada por três multinacionais - Bunge, Mosaic e Yara. Não houve avanço concreto nesse sentido. Consultados, os ministros Dilma Roussef (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia) negaram conversações nesse sentido. E é fato que as atuais controladoras, que têm divergências entre si na Justiça, não manifestaram qualquer interesse em vender.

Ontem, em São Paulo, o presidente da Vale, Roger Agnelli, descartou esta possibilidade. "Já deixamos a empresa e não temos interesse em voltar", afirmou Agnelli. A Vale teve 11% das ações da Fosfertil, fatia vendida para a Bunge em outubro de 2003, por R$ 240 milhões. Na época, a Vale justificou o interesse em concentrar o foco nas áreas de mineração e logística. Segundo o executivo, o interesse da Vale na área de fertilizantes é concentrado no desenvolvimento da mina peruana.

Para o governo, os planos da Vale não resolvem o problema da dependência de produtos importados, e por isso a pressão sobre a iniciativa privada aumenta progressivamente, em velocidade proporcional à escalada das cotações internacionais e, por conseguinte, domésticas. "Este agora é um assunto de governo", afirmou ontem em São Paulo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante o seminário "Perspectivas para o Agribusiness em 2008 e 2009", promovido pelo próprio ministério e pela BM&FBovespa.

Segundo Stephanes, Brasília quer que o país se torne auto-suficiente na produção de nutrientes derivados de fosfato e nitrogênio em "cinco ou dez anos". No caso do potássio, que completa o tripé que fornece os principais nutrientes necessários para uma adubação eficiente, o ministro admite que não existem recursos naturais suficientes para reduzir significativamente a dependência externa. O ministro disse que tem pressa para estabelecer uma agenda positiva com as empresas do ramo para acelerar os cronogramas de pesquisas e explorações, sobretudo na área de fosfato, frente na qual o Brasil tem dezenas de jazidas conhecidas. "Há três ou quatro empresas que dominam o mercado, mas elas sentaram em cima das minas".

Mário Barbosa, presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e da Bunge Fertilizantes, rebate a crítica e afirma que os investimentos privados em ampliação da produção no país deverão somar US$ 4 bilhões nos próximos quatro anos. Os aportes, a maior parte deles prometidos por Fosfertil e pela própria Bunge, foram confirmados nas últimas semanas, ainda que Barbosa negue que isso tenha acontecido por causa de pressão do governo. O executivo pondera, que auto-suficiência a qualquer preço pode não se mostrar a melhor saída para resolver a dependência. Ele diz que no caso

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das regiões Norte e Nordeste, carentes até em fosfato, pode ser economicamente mais interessante continuar com importações, até por conta das conhecidas carências logísticas brasileiras.

Se considerar necessário, garante Stephanes, o governo vai mesmo entrar diretamente na exploração. Nesse sentido, a idéia é formar consórcios com produtores - e há planos avançados para isso no Mato Grosso, de acordo com o ministro. Stephanes deixou claro em sua passagem por São Paulo que os reflexos da escalada dos fertilizantes nos preços dos alimentos e, consequentemente, na inflação, precisam ser logo debelados. Até porque, disse, até agora o Brasil é um dos países que vêm sofrendo menos com pressões "altistas" das commodities ligadas à produção de alimentos por ser grande produtor e exportador agropecuário.

O ministro voltou a prever aumento da produção brasileira de grãos na safra 2008/09, cujo plantio deve ganhar força no quarto trimestre deste ano. No caso da soja, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já prevê para o Brasil aumento de 3 milhões de toneladas na produção, que alcançaria 64 milhões de toneladas.

Além dos preços, que estão elevados e remuneradores para grande parte das lavouras cultivadas no país, Stephanes acredita que os recursos que o governo pretende empregar no novo Plano de Safra são suficientes para expansões. Para a agricultura empresarial, ele estima entre R$ 65 bilhões e R$ 68 bilhões em crédito rural no novo ciclo, com maior participação de recursos com juros subsidiados.

Como repete em praticamente todas as suas aparições públicas, Reinhold Stephanes defendeu que a tendência de aumento global dos preços das commodities é uma oportunidade para o Brasil. A demanda aquecida, disse, motiva o aumento da produção e das exportações e, com isso, do desenvolvimento. "Há 4 mil 'municípios agrícolas' no país, e neles não se vê desemprego, a não ser em casos pontuais".

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AMBIENTAL

Amazônia - Desmate chega a áreas protegidas: Imazon detecta que agressão à floresta atingiu regiões sob tutela do governo

(Valor Econômico 25.06.2008 p. A6 Brasil)

Daniela Chiaretti

O desmatamento avança agora pelas unidades de conservação federais e estaduais. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a derrubada de floresta em maio foi de 294 km2 na Amazônia Legal, sendo que 19% foi verificado em áreas de proteção no Pará e em Rondônia e menos de 1% em terras indígenas. A unidade mais atingida foi a Floresta Nacional do Jamanxim, na área de influência da BR-163, com 35 km2 de desmate no mês. É um dado assombroso considerando-se que desde agosto de 2006, segundo o Imazon, o desmatamento histórico da Flona do Jamanxim é de 92 km2.

Os dados do governo federal são diferentes, mas batem na mesma tendência. Pelos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento de maio será de 1039 km2 . Somando o desmate em unidades de conservação federais e estaduais e em terras indígenas, o

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percentual é de 9,84%, segundo dados do sistema DETER. Em valores absolutos, os valores oficiais são muito superiores aos do Imazon.

Os dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Imazon, são sempre mais conservadores que os do INPE. Ambos foram desenvolvidos a partir de imagens do sensor Modis, mas o Imazon indica apenas áreas de corte raso, onde não há dúvida sobre o efeito das motoserras na floresta. A interpretação do INPE é mais sofisticada e soma também as regiões de degradação progressiva - ou seja, aquelas onde ainda existem árvores, mas a mata já foi muito ferida.

"O desmatamento em áreas protegidas, que nem chegava a ser de 1%, começou a aumentar a partir de 2006", diz Adalberto Veríssimo, pesquisador senior do Imazon. "Isso é bem preocupante." Nos 600 polígonos de áreas protegidas na Amazônia, o problema ocorre em cerca de 30, diz ele. O foco do desmatamento nas unidades de conservação ou está na área de influência da estrada que liga Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará, a BR-163, ou em áreas em Rondônia, Estado já muito desmatado. Segundo Veríssimo, já havia gente dentro da Flona do Jamanxim quando ela foi criada, em 2006. "O que acontece agora é o chamado 'efeito Raposa/Serra do Sol', ou seja, como o que ocorreu em Roraima, o pessoal desmata para criar um fato consumado dentro de uma área protegida", diz

Veríssimo.

"A criação destas unidades de conservação foi um avanço importante", diz Valmir Gabriel Ortega, secretário de meio ambiente do Estado do Pará. "O problema é que só a criação não é suficiente. O desafio, agora, é a ação de implementação destas áreas, com equipe, fiscalização, planos de manejo. Temos que ter governança nestas unidades", reconhece. As três áreas protegidas mais desmatadas em maio, segundo o diagnóstico do Imazon, estão no Pará e têm, em comum, o perfil de serem regiões de uso sustentável, onde é permitida a presença de comunidades tradicionais que usam recursos naturais. No entender de Ortega, é nesta brecha que o saque de madeira tem ocorrido. "Não são as populações tradicionais que estão desmatando, mas gente que está na área e se aproveita do fato de o cadastramento das famílias ser muito lento", diz Ortega.

Flavio Montiel, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, reconhece o problema. "Percebemos que há uma pressão cada vez mais forte sobre aquelas regiões", diz. Ele lembra que este ano estão previstas 116 operações conjuntas do órgão com a Polícia Federal, batalhões ambientais e Exército na Amazônia Legal. Ontem, o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc falou sobre a apreensão de gado ilegal em unidades de conservação, investida que ficou conhecida por "Operação Boi Pirata". Somente em uma fazenda, na Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará, foram apreendidas 3.100 cabeças de gado. Ele adianta que existem outras 18 fazendas ilegais na área, com cerca de 40 mil cabeças de gado, e 15 delas já foram notificadas que têm que sair de lá. "É um trabalho difícil, que tem que ser feito em

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conjunto com outros órgãos. O Ibama não tem equipe suficiente." É fácil entender a dificuldade: somente a Flona do Jamanxim tem uma área semelhante à do Estado do Alagoas.

Há uma boa notícia, embora tímida, nos dados do Imazon - o desmatamento de maio representa queda de 26% em relação a maio de 2007. A ação ilegal foi maior no Pará, seguido por Mato Grosso e Rondônia. Não foi possível detectar a situação em 36% da Amazônia Legal pelo excesso de nuvens.

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Multa ambiental: Os técnicos, servidores do nível médio, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também têm competência para aplicar multas em

crimes contra o meio ambiente(Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

Os técnicos, servidores do nível médio, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também têm competência para aplicar multas em crimes contra o meio ambiente. A decisão é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O proprietário rural G.V. impetrou mandado de segurança contra o Ibama para anular um auto de infração emitido por técnico do instituto em novembro de 2005. O auto de infração foi decorrente da apreensão de 86 envelopes de agrotóxicos fora das especificações, originários do Paraguai.

Ao julgar o caso, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região afirmou que o auto ocorreu antes da Lei nº 11.357, de 2006, que ampliou os poderes dos técnicos ambientais (nível médio), para que tivessem poder de polícia ambiental. Além disso, a Lei nº 10.410, de 2002, teria posto a função da emissão de multas como típica dos cargos de analistas, de nível superior, e não de técnicos. No entendimento do TRF, o técnico não teria competência para ter aplicado a multa em G.V. O Ibama recorreu ao STJ alegando que o parágrafo 1º do artigo 70 da Lei nº 9.605, de 1998, garantiu a todos os funcionários de órgãos ambientais que compõem o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) o poder de emitir autos de infração.

No seu voto, o ministro Francisco Falcão considerou que a Lei nº 9.605 havia determinado caber aos técnicos o poder de fiscalização e não teria sido revogada pela Lei nº 10.410.

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Mudanças Climáticas - "A Amazônia é do Brasil", diz Ricardo Lagos, da ONU(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A7 Economia)

Jamil ChadeCorrespondente da Agência Estado em Genebra

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"A Amazônia é do Brasil e o governo não tem necessidade de temer uma internacionalização da floresta por causa do debate ambiental". A avaliação é do representante especial das Nações Unidas (ONU) para Mudanças Climáticas, Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile. Em entrevista, Lagos apelou para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidere na região um compromisso por um acordo internacional sobre o clima e que estabeleça até mesmo metas de redução de emissões de CO2. "Esse será o acordo mais difícil já negociado pela humanidade", alerta o representante da ONU.

Ontem, o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, reuniu empresários, políticos e economistas em Genebra para o lançamento do Fórum Humanitário Global, que irá debater e apresentar sugestões sobre como evitar que a crise ambiental se transforme em uma tragédia para milhões de pessoas no mundo.

Para Lagos, o Brasil precisa ter um papel ativo no processo de negociação do novo acordo. "O Brasil é hoje o País mais autorizado para liderar a região e precisa fazer isso. Ninguém vai discutir a internacionalização da Amazônia se criarmos um acordo sobre esse tema", garantiu Lagos. Em sua avaliação, um acordo deve estabelecer um preço a ser pago para que uma árvore não seja cortada. "Podemos calcular isso com base no gás carbônico que a árvore em média absorve na floresta amazônica", sugeriu.

"A floresta é de soberania do Brasil. Mas é verdade que sua destruição pode afetar a todos. Por isso é que precisamos de um acordo", afirmou. Para ele, outro governo que deve liderar politicamente a região é o México, que já adotou metas de corte de emissões.

Lagos alertou que os países emergentes precisam se antecipar e liderar a criação de um organismo internacional que trate de meio ambiente. "Se nós não fizermos isso, os países ricos vão montar suas regras e depois teremos de adotá-las. Isso será ainda pior", alertou.

Ele ainda defende a criação de uma nova classificação de países. Os ricos ficariam com a maior responsabilidade de cortar emissões, enquanto os mais pobres não teriam metas preestabelecidas. Mas um grupo intermediário teria algumas responsabilidades, já que suas emissões seriam cada vez maiores, como no caso da China e da Índia.

"Na prática, isso significa que os países emergentes começarão a enfrentar barreiras verdes que nunca foram consultadas. Já existem taxas sobre emissões de CO2 que estão sendo debatidas no senado norte-americano. Isso logo vai chegar aos produtos importados e, cada vez que o Brasil quiser exportar laranja, alguém nos Estados Unidos irá cobrar uma taxa pelas emissões geradas pela produção e transporte desses produtos", alertou Lagos.

Para Yvo de Boer, secretário-executivo da Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, líderes mundiais estão sendo "criminosos" ao não demonstrar liderança no processo de negociação de um acordo internacional. "Escutamos grandes discursos. Mas, na mesa de negociações, a situação é bem diferente. Isso precisa mudar", criticou de Boer.

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Sustentabilidade - Ibmec faz evento sobre carbono(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B4 Governança Corporativa)

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As oportunidades do mercado de créditos de carbono para empresas e instituições financeiras é tema de seminário que acontece amanhã em São Paulo. Promovido pelo Centro de Estudos de Direito do Ibmec São Paulo, o evento trará especialistas em mudanças climáticas e do mercado financeiro para falar sobre as perspectivas deste setor que tem registrado crescimento expressivo. Há dois anos, os negócios globais com créditos de carbono movimentaram € 26,54 bilhões, volume que pulou para € 52,4 bilhões em 2007. Segundo projeção da empresa de análise PointCarbon, em 2008 deve movimentar € 61 bilhões e a boa notícia para o Brasil é que os certificados de projetos realizados em países emergentes devem passar para 25% deste total. Nesse mercado, são negociados papéis que representam reduções de emissões de gases de efeito estufa por empresas da Europa (as allowances) e aqueles gerados por projetos de energia limpa instalados em países emergentes, um dos instrumentos de flexibilização do protocolo de Kyoto - acordo internacional que prevê a redução das emissões de gases de efeito estuda (GEE) pelos países desenvolvidos entre 2008 e 2012. "Este é um mercado relativamente novo, mas que está despertando muito interesse", diz o especialista em investimentos da Sustaincapital, Eduardo Hoffmann, que falará para os mais de 200 inscritos, entre estudantes, representantes de empresas e de instituições financeiras sobre o uso de mecanismos financeiros dentro das regras de Kyoto.

(Denise Juliani)

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Meio Ambiente - Governo perde controle de ONGs na Amazônia: Ministério da Justiça anuncia providências drásticas

(Jornal do Brasil 25.06.2008 p. A4 País)

Vasconcelo Quadros - Brasília

O relatório da Secretaria Nacional de Justiça sobre a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) recomenda ao governo um mutirão de órgãos públicos para recadastrar os imóveis rurais que se encontram atualmente em mãos de estrangeiros ou registrados em nome de seus representantes brasileiros – sócios formais, testas de ferro ou laranjas.

O diagnóstico também sugere controle sobre o volume de terras arrendadas a estrangeiros, limita as concessões de florestas, remete as decisões ao Conselho de Defesa Nacional e vincula as terras a projetos agropecuários e industriais sustentáveis.

– Os cartórios da região devem fazer a comunicação oficial sobre transações de imóveis cujo tamanho extrapole um determinado módulo rural para pessoas físicas e jurídicas – disse ontem o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, coordenador do grupo de trabalho que, nos últimos sete meses esquadrinhou a atuação das ONGs na Amazônica Legal.

Delegação proibida

Segundo a conclusão do estudo, os proprietários de imóveis não podem delegar para terceiros o objeto da contratação, o que fecha as portas para a intermediação ou negócios de fachada. A conclusão do levantamento encomendado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, agora oficial, é desoladora: o governo não tem o menor controle sobre a atuação das ONGs, o tamanho do território nacional que se encontra em mãos estrangeiras ou sobre a ação dessas entidades em áreas indígenas e no contrabando de riquezas naturais como minério e biodiversidade.

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O diagnóstico já levou a Polícia Federal a abrir vários inquéritos para investigar supostos crimes praticados por ONGs estrangeiras na região. Um deles está relacionado a Cool Earth, a ONG inglesa dirigida pelo polêmico empresário sueco Johan Eliasch, sócio da Floram, empresa do Grupo Gethal, multada pelo Ibama em mais de R$ 380 milhões pela exploração predatória de madeira no município de Municoré (AM).

A Justiça Federal bloqueou contas bancárias e bens da empresa no Amazonas pelo corte ilegal de mais de 230 mil árvores e a Polícia Federal investiga a compra, pelo grupo controlado por Eliasch, de 160 mil hectares de terras na região. Além de anunciar a venda de pedaços da Amazônia pela internet, Eliasch, segundo relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), exortou empresários a participar da compra de frações de terra na região. Segundo ele, com US$ 50 bilhões seria possível comprar toda a amazônia brasileira.

O levantamento mostra que das 163 entidades estrangeiras com registro para funcionar em todo o país, 27 atuam na Amazônia, um número muito inferior à realidade.

– O fato é que ninguém tem nenhum tipo de controle – disse Tuma Júnior, baseado nas respostas dadas pelos Estados, municípios e entidades consultadas pelo Ministério da Justiça.

O caso mais típico da falta de controle e negligência está nos próprios órgãos públicos: a Fundação Nacional do Índio (Funai) concedeu autorização a 76 ONGs em áreas indígenas, mas apenas sete delas estão legalmente cadastradas. A maioria dos estrangeiros entra em aldeias com simples visto de turista.

O relatório sugere que a partir de agora a autorização para ingressar em área indígena ou reservas ambientais seja condicionada ao visto temporário ou registro de permanência e, assim mesmo, depois que todas as entidades estiverem devidamente cadastradas. A autorização também passará pelo crivo do Ministério da Defesa. O Ministério da Justiça fará o recadastramento das entidades.

Falta de controle oficial favorece ilegalidades

O relatório do grupo de trabalho formado pelo Ministério da Justiça confirma que existe na prática aquilo que apenas se suspeitava: as ONGs estrangeiras se utilizam do precário controle oficial sobre a região e as comunidades indígenas para se apropriar do conhecimento tradicional sobre medicina e exploração de minério e de outros recursos naturais.

Estrangeiros também usam brasileiros como fachada para controlar grandes frações de terra, corrompem os índios para contrabandear substâncias medicinais extraídas de plantas e animais e fazem prospecção ilegal do solo brasileiro. O relatório lista pelo menos 23 tipos de desvios praticados pelas entidades: ausência de personalidade jurídica; desvio de recursos públicos; descumprimento de convênios; utilização de entidades de fachada para o comércio ilegal de terras, exploração de índios e biopirataria; autofinanciamento com o uso de recursos repassados por órgãos públicos; não comprovação de gastos; intermediação de verbas através de entidades terceirizadas, que no caso são outras ONGs ou pessoas físicas que não constam no contrato.

O grupo de trabalho também encontrou execução precária de vários convênios; fraudes em licitações; uso de notas fiscais frias para justificar despesas; relação suspeita de entidades com grupos políticos; superfaturamento; biopirataria e espionagem; invasão de terras indígenas para se apropriar dos conhecimentos tradicionais, especialmente sobre a riqueza mineral e medicina; aculturações forçadas; evangelizações que alteram a esterutura social das comunidades indígenas ; exercício de influência sobre populações tradicionais de acordo com interesses estrangeiros; repasse de conhecimentos indígenas sobre substâncias extraídas de plantas e animais a laboratórios estrangeiros ligados à produção de cosméticos e medicamentos; promoção de campanhas de internacionalização da

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Amazônia: ecoturismo ilegal; distribuição de propina aos índios em troca de conhecimentos; prospecção de solo, exploração e contrabando de minérios e de terras por estrangeiros. (V. Q.)

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Questão Fundiária - União vai recadastrar terras de estrangeiro: Na Amazônia, ONGs também terão de legalizar situação no Incra

(Estado de São Paulo 25.06.2008 p. A11 Nacional)

Vera Rosa, BRASÍLIA

O governo vai promover o recadastramento, no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dos imóveis rurais de estrangeiros e de entidades sem fins lucrativos financiadas por recursos internacionais na Amazônia Legal. Além disso, o ingresso em território indígena e em áreas de proteção ambiental, naquela região, ficará condicionado, até o fim deste ano, à apresentação de visto temporário ou registro de permanência por parte de visitantes do exterior.

O pacote de medidas consta de relatório preparado pela Secretaria Nacional de Justiça, Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério da Defesa para controlar a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) na Amazônia e impedir a biopirataria e a venda de terras na floresta. A PF já está investigando operações realizadas ali pelo empresário sueco Johan Eliasch - que comprou 160 mil hectares na Amazônia - e fechará o cerco às ONGs. A entrada em reservas indígenas e áreas estratégicas passará pelo crivo dos ministérios da Justiça e da Defesa assim que for editado decreto presidencial sobre o assunto, previsto para setembro. A multa para quem descumprir a ordem vai variar de R$ 5 mil a R$ 100 mil.

“Não é nosso objetivo criminalizar as ONGs, mas precisamos separar o joio do trigo”, afirmou o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Embora o principal alvo do governo seja limitar a invasão estrangeira, o secretário nega que as medidas tenham esse intuito. “Isso seria discriminatório”, alegou. “O que nós queremos é controlar a entrada de entidades de fachada para comércio ilegal de terras, exploração de índios e biopirataria.”

O relatório, obtido pelo Estado, sugere que a União condicione a compra de imóvel rural situado na Amazônia - tanto por parte de estrangeiros como de brasileiros - à aprovação do Conselho de Defesa Nacional. Mais: quer que a aquisição da propriedade seja vinculada a “finalidades sociais”, como projetos agropecuários.

“É imprescindível e legítimo regular e impor restrições a entidades que recebam recursos públicos, executem funções ou políticas públicas ou, ainda, que exerçam atividades em locais sensíveis à soberania e aos interesses nacionais (como é o caso da Amazônia Legal)”, destaca o documento.

A força-tarefa promovida pelo governo constatou que a União não tem controle sobre a entrada de ONGs na região e muito menos sabe o seu número. O relatório diz, por exemplo, que o cadastro do Ministério da Justiça abriga apenas 27 entidades autorizadas a funcionar nos Estados da Amazônia Legal e 163 em todo o País. Pelos cálculos dos militares, porém, há 100 mil ONGs que atuam somente na Amazônia.

A lista dos problemas encontrados pela equipe - chamados no relatório de “condutas desviantes” - é imensa. Vai de desvio de recursos repassados às ONGs até autorizações dadas pela Funai para que estrangeiros entrem em reservas indígenas sem visto, passando por entidades de fachada, ligações nebulosas com políticos, espionagem, superfaturamento e campanhas de internacionalização da

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Amazônia. O governo também descobriu uma triangulação para que as terras, registradas por empresas brasileiras, permaneçam sob controle de estrangeiros.

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Proposta exige parecer ambiental para fechar empresa(Câmara – 24.06.2008)

O Projeto de Lei 2946/08, do deputado Ciro Pedrosa (PV-MG), determina que a paralisação ou desativação dos estabelecimentos potencialmente poluidores dependerá de parecer favorável do órgão ambiental licenciador. O parecer será imprescindível para a obtenção de qualquer documento necessário à baixa dessas atividades. Para emitir o parecer, conforme o projeto, o órgão ambiental pode exigir das empresas as providências que julgar pertinentes.

"A despeito da preocupação do legislador com o início de atividades ambientalmente degradadoras, não há ainda, na legislação federal, o mesmo cuidado com a situação ambiental dos locais onde eles se desenvolvem, após sua paralisação ou desativação", observa o parlamentar.

A Lei 6.938/81, que define a política nacional do meio ambiente, determina que a construção, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades que usam recursos ambientais, considerados potencialmente poluidores, dependerão de prévio licenciamento de órgão ambiental. O projeto amplia o controle dessas atividades econômicas, estabelecendo que também para serem fechadas essas empresas vão necessitar de parecer favorável.

De acordo com o autor do projeto, é comum que empreendimentos causadores de impacto ambiental, mesmo licenciados, sejam desativados ou paralisados sem a adoção das devidas providências para resguardar sua adequação ambiental. Com isso, acrescenta Pedrosa, são deixados passivos ambientais que, muitas vezes, terão de ser recuperados pelo poder público, com recursos do contribuinte.

TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-2946/2008 http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=123958

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AVIAÇÃO

Aviação - Anac liberará taxa de combustível para carga (Valor Econômico 25.06.2008 p. B4 Empresas)

Roberta Campassi

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As empresas aéreas que realizam transporte de carga internacional poderão reajustar a sobretaxa de combustível livremente em breve, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Atualmente, a agência estabelece um teto máximo para esse adicional - que é cobrado separadamente do frete -, mas pretende liberar a cobrança em até dois meses, segundo informou a assessoria de imprensa do órgão.

As companhias aéreas podem cobrar uma sobretaxa de combustível de no máximo US$ 0,60 por quilo de carga transportada do Brasil para o exterior. Esse valor foi atualizado pela última vez há dois anos, segundo Norberto Jochmann, da Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais no Brasil (Jurcaib). "Desde então, o petróleo e o combustível só subiram. Mas as empresas não puderam elevar a cobrança", diz.

No fim de 2007, a Anac sinalizou que acabaria com a determinação do preço máximo. Desde então, segundo Jochmann, algumas companhias aéreas já elevaram a sobretaxa, mesmo sem o respaldo oficial do órgão regulador.

A existência de um teto em relação à sobretaxa de combustível no Brasil leva a uma distorção entre o preço do transporte aéreo na exportação e na importação. Na importação, como a carga parte de países onde o preço da sobretaxa é livre, o custo de transporte fica maior.

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Caso Varig - Dilma admite encontros reservados com Teixeira: Ministra diz que se encontrou com advogado amigo de Lula para discutir venda da companhia aérea, mas minimiza reunião

(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A10 País)

Leonencio NossaDa Agência Estado

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, admitiu ontem que recebeu duas vezes, de forma reservada, fora da agenda oficial, o empresário e advogado Roberto Teixeira para discutir o processo de venda da Varig. Pelo menos em um desses encontros, ocorridos em uma "sala de reunião" da Casa Civil, estava presente, segundo ela, a advogada Waleska Martins, filha de Teixeira e afilhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As afirmações de Dilma Rousseff foram feitas em conversa com jornalistas após solenidade no Palácio do Planalto, de assinatura de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Pouco antes, a assessoria de imprensa da ministra havia dito que Dilma Rousseff não tinha recebido Roberto Teixeira e Waleska. A ministra só teria se encontrado com os dois no gabinete de Lula.

Ontem, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou que Lula recebeu Teixeira no Planalto em seis oportunidades desde 2006, como divulgou reportagem da Folha de S.Paulo. Os encontros de Lula com Teixeira ocorreram nos dias 22 de agosto de 2006, 15 de dezembro de 2006, 2 de janeiro de 2007, 16 de fevereiro de 2007, 28 de março de 2007 e 14 de abril deste ano.

Recentemente, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu acusou Teixeira de ter feito intermediação irregular nas negociações para a venda da Varig. Denise Abreu acusou Dilma de ter feito pressão para acelerar o processo de venda.

Na entrevista, Dilma Rousseff foi questionada sobre o motivo de os encontros com Teixeira não terem sido divulgados na sua agenda oficial e se a agenda seria uma ficção.

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"Não sei, vocês me desculpem, a minha agenda não é uma ficção pura", afirmou. "A minha agenda é, em alguns momentos, uma impossibilidade", completou. "Porque eu tenho às vezes três encontros na mesma hora." Dilma Rousseff disse que, durante 12 horas por dia, recebe representantes de segmentos diversos da sociedade. "Eu acho que há essa escandalização do nada, eu acho, querem incriminar o nada", reclamou. A ministra ressaltou, durante a entrevista, que a Casa Civil, mesmo em outros governos, sempre se destacou por "resolver problemas". Ela citou a crise do apagão de energia no governo Fernando Henrique Cardoso.

Dilma lembrou que o governo se esforçou para que a Varig não falisse. "Seria melhor para todos", disse a ministra. Ela, porém, ressaltou não ter atuado com freqüência no processo de venda da companhia aérea. "Eu participei bastante pouco do processo da Varig."

Advogado fez apelos à Anac

Alberto KomatsuDa Agência Estado

O escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, de Roberto Teixeira, que representa os interesses da VarigLog, pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que reconsidere a composição acionária da companhia. Hoje a empresa é integralmente controlada pelo fundo americano de investimentos Matlin Patterson, o que contraria as regras do setor aéreo.

A diretoria da Anac esteve reunida ontem e esse tema foi votado como um extra à pauta do encontro. Apesar de a decisão não ter sido divulgada oficialmente, fontes do setor afirmam que o pedido foi negado. A resposta ao pedido de Teixeira deverá ser publicada no Diário Oficial da União amanhã.

Em maio, o escritório de Teixeira já havia apelado à Anac para sobrepor a Constituição à regulamentação do setor. Constitucionalmente, não há distinção entre empresa brasileira de capital nacional ou estrangeira com sede no Brasil. O Código Brasileiro de Aeronáutica, que regula o setor aéreo, fixa o limite de 20% de participação estrangeira em empresa aérea nacional. No dia 30 de maio, no entanto, a Anac deu parecer contrário ao pedido de Teixeira.

Originalmente, a VarigLog tem 20% do seu capital votante em poder do fundo americano Matlin Patterson e os demais 80% nas mãos dos brasileiros Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel. Depois que a empresa vendeu a Varig para a Gol, por US$ 320 milhões, em março do ano passado, o fundo e seus sócios brasileiros entraram em litígio judicial, que resultou na dissolução da sociedade.

Como essa briga levou a VarigLog a ser controlada por estrangeiros, por determinação da Justiça paulista, a Anac deu prazo até 7 de julho para que a VarigLog regularize a situação perante a legislação do setor aéreo, sob pena de perder sua concessão como transportadora de cargas aéreas. Embora não haja uma decisão formal da agência a respeito, há um entendimento da diretoria da Anac de que eventual perda de concessão da VarigLog não afetaria a venda da Varig para a Gol.

O juiz Luiz Roberto Ayoub, que coordenou o processo de recuperação judicial da Varig e o leilão vencido pelo Matlin Patterson, já declarou que eventual perda de concessão da VarigLog não significa a anulação da venda da Varig para a Gol.

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Aviação - Anac proíbe vôo de metade da VarigLog(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu metade da frota da transportadora aérea de cargas VarigLog de voar, alegando falta de segurança dos aviões. Segundo a assessoria da agência, após realizar uma inspeção não-programada no centro de manutenção da empresa, em Guarulhos (SP), técnicos da Superintendência de Segurança Operacional do órgão encontraram problemas em seis das 12 aeronaves em operação. De acordo com a assessoria, desde o dia 20, estão impedidos de voar um DC 10; dois MD 11; dois Boeings 727 e um Boeing 757. Além da manutenção das aeronaves ter sido feita em oficinas que, apesar de homologadas pela Anac, não estão credenciadas para fazer o tipo de serviço exigido, um dos aviões estava com o seguro obrigatório vencido. A empresa ficará impedida de usar qualquer um dos seis aviões até que corrija os problemas encontrados e submeta as aeronaves à nova inspeção dos técnicos da Anac. Procurada, a VarigLog preferiu não se pronunciar. Em 2005, o antigo grupo Varig vendeu a VarigLog para a Volo do Brasil - consórcio composto pelo fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e por três empresários brasileiros: Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel. Em 1º de abril deste ano, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, afastou os três brasileiros da administração da empresa, determinando que a Volo Logistics, controlada integralmente pelo Matlin Patterson, assumisse a gestão da VarigLog. Como o Código Brasileiro de Aeronáutica proíbe estrangeiros de serem proprietários de mais de 20% das ações de uma companhia aérea nacional, o juiz determinou que a empresa buscasse, em 60 dias, uma nova composição societária. O prazo venceu no dia 30 de maio e a Anac notificou a empresa da irregularidade, concedendo mais 30 dias para que a VarigLog regularizasse a situação.

(Agência Brasil)

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Aviação Civil - Metade da VarigLog no chão: Anac constata falta de segurança em seis aeronaves(Jornal do Brasil 25.06.2008 p. A7 País)

Brasília

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu metade da frota da transportadora aérea de cargas VarigLog de voar, alegando falta de segurança dos aviões. Segundo a assessoria da agência, após realizar uma inspeção não-programada no centro de manutenção da empresa, em Guarulhos (SP), técnicos da Superintendência de Segurança Operacional do órgão encontraram problemas em seis das 12 aeronaves em operação.

De acordo com a assessoria, desde a última sexta-feira (20) estão impedidos de voar um DC 10; dois MD 11; dois Boeings 727 e um Boeing 757. Além da manutenção das aeronaves ter sido feita em oficinas que, apesar de homologadas pela Anac, não estão credenciadas para fazer o tipo de serviço exigido, um dos aviões estava com o seguro obrigatório vencido.

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A empresa ficará impedida de utilizar qualquer um dos seis aviões até que corrija os problemas encontrados e submeta as aeronaves a nova inspeção dos técnicos da Anac. Procurada pela Agência Brasil, a VarigLog preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Em 2005, o antigo grupo Varig vendeu a VarigLog para a Volo do Brasil – consórcio composto pelo fundo de investimentos americano Matlin Patterson e por três empresários brasileiros: Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel.

Em 1º de abril deste ano, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, afastou os três brasileiros da administração da empresa, determinando que a Volo Logistics, controlada integralmente pelo Matlin Patterson, assumisse a gestão da VarigLog.

Como o Código Brasileiro de Aeronáutica proíbe estrangeiros de ser proprietários de mais de 20% das ações de uma companhia aérea nacional, o juiz determinou que a empresa buscasse, em 60 dias, uma nova composição societária. O prazo venceu no último dia 30 de maio, e a Anac então notificou a empresa da irregularidade, dando mais 30 dias para que a VarigLog regularizasse a situação.

Por intermédio do escritório de advocacia Teixeira Martins & Advogados, a VarigLog apresentou recurso pedindo que a decisão fosse reconsiderada. O escritório pertence a Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado pela ex-diretora da Anac Denise Abreu de ter usado de sua influência para favorecer a VarigLog na compra da Varig, em julho de 2006. No entanto, Teixeira nega qualquer interferência na transação.

O recurso da VarigLog foi julgado esta tarde pelos diretores da Anac, que se reuniram no Rio de Janeiro. A decisão do colegiado, no entanto, não foi divulgado, já que, segundo a assessoria da agência, o parecer será divulgado no Diário Oficial nos próximos dias.

(ABr) Retornar ao índice de assunto

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Negócios no Ar - Donos da Varig devem à União R$ 377 milhões: Governos estaduais e federal processam as empresas de transporte dos Constantinos para receber o dinheiro

(Estado de São Paulo 25.06.2008 p. B1 Economia)

Sônia Filgueiras, BRASÍLIA

A família Constantino, dona da Gol e da Varig, possui uma dívida tributária de ao menos R$ 377 milhões com a União, a maior parte acumulada no INSS por conta do não recolhimento de contribuições previdenciárias de dez empresas de ônibus do grupo. Em junho de 2006, antes da compra da Varig, ocorrida em março de 2007, a Justiça Federal em São Paulo reconheceu a existência do grupo econômico e penhorou ações da Gol para pagar as dívidas das empresas de ônibus.

Os negócios envolvendo essa última companhia vêm sendo questionados por ex-diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - segundo eles, houve interferência do Palácio do Planalto.

A dívida de dez empresas que integram um grupo de mais de 40 companhias de ônibus da família foi levantada pelo Estado no cadastro mais atualizado de devedores da Previdência, de setembro de 2007. Além disso, a reportagem consultou processos no Judiciário em que os governos estaduais e federal

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processam as empresas de transporte da família. Alguns processos que tramitam na Justiça revelam, segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), indícios de que a família compra e vende empresas de transporte em um esquema que envolve “laranjas”.

A maior devedora é a Viação Planeta Ltda., com sede em Brasília, hoje administrada por uma das filhas de Constantino. A última lista de devedores da Previdência atribui à Planeta débitos de R$ 111 milhões. A Fazenda Nacional cobra da Breda Transportes e Turismo, com sede em São Paulo, administrada por dois filhos do empresário Nenê Constantino, quantia superior a R$ 60 milhões. O valor inclui impostos, contribuições, multas e atualizações.

A contabilidade inclui, ainda, as dívidas atribuídas à Viação Santa Catarina, também de São Paulo, que em setembro de 2007 devia ao INSS R$ 47,5 milhões. A empresa não está mais em nome da família, mas a procuradoria briga na Justiça para dirigir a cobrança aos filhos de Nenê Constantino. A procuradoria acredita que os Constantinos simularam a transferência da empresa a “laranjas” para escapar das cobranças.

Outras duas empresas, hoje em nome de terceiros e já passaram pelas mãos da família - a Cidade Tiradentes e a Jaraguá - somam débitos de ao menos R$ 48,5 milhões. No caso da Jaraguá, as dívidas tributárias superam os R$ 30 milhões. Na Cidade Tiradentes, apenas o INSS cobrava R$ 18,5 milhões. Conforme apurou o Estado, somados outros tributos em atraso, a dívida com impostos federais cobrada da empresa ultrapassaria os R$ 25 milhões.

O Grupo Áurea, holding que reúne não apenas as transportadoras de passageiros urbanos, mas também a Gol, foi fundado pelo empresário mineiro Nenê Constantino. Mas a maioria das empresas é dirigida pelos filhos Constantino de Oliveira Júnior e Henrique Constantino - o primeiro concentra a administração dos negócios da companhia aérea e o segundo, o setor de ônibus. Duas filhas também aparecem com freqüência como sócias-proprietárias das empresas de ônibus: Auristela e Aurivânia Constantino.

GRUPO ÁUREA

O advogado do Grupo Áurea, Ruy Ferreira Pires, só respondeu questões sobre o caso da Viação Santa Catarina. Questionado sobre os outros casos, admitiu que a família Constantino enfrenta processos parecidos, mas apenas o diretor jurídico do grupo, Maurício Queiroz, poderia falar sobre o assunto. A reportagem tentou falar com Queiroz e com os integrantes da família desde sexta-feira. Segundo a assessoria do grupo, Queiroz estava viajando e não podia conceder entrevistas.

Justiça chegou a penhorar ações da Gol: Dívidas do grupo começaram a respingar na companhia aérea em 2006

Mariana Barbosa

As dívidas previdenciárias das empresas de ônibus da família Constantino respingaram na companhia aérea Gol em meados de 2006, quando a empresa foi incluída pela Justiça Federal no pólo passivo das empresas de ônibus. Com a inclusão da Gol no pólo passivo do grupo Constantino, a empresa poderia perder sua concessão como companhia aérea, uma vez que estaria inadimplente com o Fisco - não poderia obter Certidão Negativa de Débito.

Mas o grupo acabou fazendo um acordo na Justiça. Concedeu a penhora de ações da Gol para cobrir as dívidas, e conseguiu a exclusão, cerca de três meses depois, da empresa aérea do pólo passivo do grupo.

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A Procuradoria do INSS de São Paulo vinha tentando executar bens do grupo econômico da família Constantino desde o fim dos anos 90. Com a criação e o sucesso da Gol, que deu mais visibilidade aos Constantino, o INSS começou a mirar a Gol.

Em 30 de junho de 2006, a 6ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal em São Paulo acolheu uma argumentação da Procuradoria do INSS comprovando a existência de um grupo econômico familiar envolvendo as empresas de ônibus e a companhia aérea, dentro de um processo de execução de uma dívida de R$ 25 milhões da Viação Santo Amaro. Assim, a Justiça Federal determinou a penhora de ações da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (GLAI), da Gol Transportes Aéreos (GTA) e de outras quatro empresas que integram o fundo Asas, controlador da companhia aérea. As quatro empresas de participação (Vaud, Thurgau, Limmat e Aller) são controladas pelos filhos de seu Nenê Constantino, Henrique, Ricardo, Joaquim e Constantino Junior (presidente da Gol), sendo que cada um controla uma empresa.

A decisão foi tomada com base na Lei de Custeio da Previdência Social, que determina a solidariedade entre membros de um grupo econômico. Na sentença, o juiz declara que os quatro irmãos “são sujeitos passivos dessa execução fiscal, por responsabilidade”. “Há que se referir, ainda, que as tentativas anteriores de levar a bom termo a presente execução, ajuizada ainda em 1999, não lograram êxito”, diz o despacho.

Depois de alguns recursos e da tentativa da família de blindar a Gol das dívidas das demais empresas do grupo, no dia 18 de setembro foi determinada a penhora de 352.304 ações preferenciais da Gol, de propriedade do fundo Asas, correspondente a R$ 26 milhões. Na época, as ações estavam em alta, cotadas a R$ 73,80 cada. Hoje as ações valem R$ 19,72.

Ainda em 18 de setembro de 2006, a Justiça acolheu um pedido dos Constantinos e determinou a exclusão da Gol (GTA e GLAI) e das quatro outras empresas do pólo passivo, mas somente após a efetiva penhora das ações.

Com o reconhecimento da existência do grupo econômico, vários processos que estavam havia anos em tentativa de cobrança seguiram o mesmo caminho, totalizando mais de R$ 40 milhões em ações penhoradas. Ainda em setembro de 2006, foi determinada a penhora de 153.696 ações da Gol para cobrir uma dívida de R$ 11,3 milhões da Viação Jaraguá e de 14.324 ações para cobrir uma outra dívida da Santo Amaro, de R$ 1 milhão.

Em março de 2007, foi determinada a penhora de mais ações para cobrir as dívidas da Viação Santa Cecília, em dois processos que somam R$ 5 milhões.

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Varig - Agência rejeita recurso sobre a companhia (Folha de São Paulo 25.06.2008 p. B3 Dinheiro)

JANAINA LAGEDA SUCURSAL DO RIO

A diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) analisou ontem em reunião no Rio um recurso administrativo apresentado pelo advogado da VarigLog e compadre do presidente Lula, Roberto Teixeira.

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O advogado pede que a agência reconsidere a decisão sobre a empresa de transporte de carga com base em pareceres de juristas que afirmam não haver irregularidades na atual composição acionária da empresa. Segundo a Folha apurou, a diretoria negou o pedido.Inicialmente, a VarigLog tinha como acionistas três empresários brasileiros (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) e o fundo de investimento americano Matlin Patterson.O Código Brasileiro de Aeronáutica limita em 20% do capital votante a participação de estrangeiros em companhias aéreas.A decisão da diretoria da Anac deverá ser publicada na quinta-feira no "Diário Oficial da União". O escritório de Roberto Teixeira alega que não importa a origem do capital e bastaria ter sede em território nacional para que a empresa pudesse atuar.Não é a primeira vez que o escritório tenta apresentar essa tese. Em maio, a agência já havia recusado o recurso administrativo. Desta vez, os advogados pediram que o recurso fosse examinado por toda a diretoria da Anac.O escritório de Teixeira defende que a Constituição não diferencia empresa nacional de capital nacional e de capital estrangeiro e que ela se sobrepõe ao Código Brasileiro de Aeronáutica.A VarigLog enfrenta dificuldades desde que os sócios iniciaram uma disputa judicial no Brasil e no exterior no ano passado. A empresa efetuou um grande número de demissões e está com metade de sua frota parada.

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Aviação - Em gestação, a Virgin Brasil: Depois de David Neeleman, da JetBlue, o bilionário britânico Richard Branson, que possui 360 empresas no mundo, em diversos ramos da economia,

anuncia que entrará no mercado brasileiro(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B3 Empresas)

Jamil Chade - Correspondente da Agência Estado em Genebra

Depois de David Neeleman, da JetBlue, o bilionário empresário britânico Richard Branson, dono da Virgin Group, que possui 360 companhias em todo o mundo nos mais diversos ramos econômicos, anunciou que abrirá empresa aérea no Brasil. Entre as suas 360 empresas que Branson possui no mundo, que sempre recebem a marca Virgin, está a Virgin Atlantic Airways. "Será espécie de Virgin Brasil", explicou o empresário, após participar, em Genebra, das reuniões no Fórum Humanitário Global, dedicado a lidar com os problemas climáticos e liderado pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan.

Conhecido pelo seu estilo excêntrico, o homem considerado como o 236º mais rico do mundo pela revista Forbes, tem em suas mãos 51% da companhia aérea Virgin Atlantic Airways, um dos seus investimentos mais lucrativos. Os demais estão com a Singapore Airlines. Entre suas rotas mais lucrativas estão as ligações entre a Inglaterra e o Caribe, Estados Unidos, Ásia e Austrália.

Nos últimos anos, a empresa ainda montou companhias nacionais, como a Virgin Nigéria. "Queremos algo do mesmo estilo (para o Brasil)", afirmou o empresário, que não tem data para o início das operações da nova companhia.

"Estamos negociando o estabelecimento de empresa que começará com vôos internos, mas que poderá se transformar em companhia com rotas internacionais", afirmou.

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A Virgin Atlantic foi uma das empresas com maior sucesso no setor aéreo em 2007, com lucros de 46 milhões de libras esterlinas e 5,1 milhões de passageiros. "Agora, queremos entrar no mercado brasileiro, que sabemos que conta com alguns problemas no setor aéreo", afirmou o empresário.

"O Brasil é mercado muito dinâmico e não demos atenção suficiente no passado. Sabemos que há um grande espaço para crescer diante das dimensões do País e da necessidade do desenvolvimento do setor aéreo para o próprio crescimento do Brasil", afirmou o empresário.

Ele prefere não revelar ainda quem será seu parceiro local para a criação da empresa. "Vamos divulgar logo. Estamos em plena negociação", afirmou.

Etanol - Branson também afirmou que está interessado em investir no setor do etanol no Brasil. Ele já desenvolve modelos de aviões movidos à biocombustível. Mas agora quer ir além e também investir na produção.

"O etanol de açúcar já mostrou que pode funcionar. Não desmata e não era o aumento do preços de alimentos", afirmou. "Estamos buscando oportunidades para investir nesse setor no Brasil para se tornar um importante produtor", concluiu.

Em seu discurso durante o evento, o executivo defendeu teto para os preços dos combustíveis. Não por acaso. A alta do preço do barril está transformando a conta do setor em verdadeiro buraco.

Rumor de participação de Eike Batista

Alberto Komatsu - Da agência estado

O interesse do bilionário Richard Branson em abrir empresa aérea no Brasil, pouco tempo depois de o americano David Neeleman lançar a Azul, suscitou rumores de que outro bilionário, o brasileiro Eike Batista, estaria por trás dessa negociação.

"É rumor, não há nada nesse sentido. Nunca conversei com ele (Branson). Estão me dando mais negócios do que realmente tenho", negou Eike, por telefone.

O anúncio de Branson divide a opinião de especialistas do setor aéreo. De um lado, a certeza de que só mais um competidor pode ajudar a baratear as passagens em tempos de escalada do preço do petróleo. Por outro ponto de vista, dúvidas se há espaço para mais um competidor.

"Tem de haver grande competidor no mercado brasileiro. Sem ele, não teremos tarifas adequadas", afirma o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio. Como exemplo, ele citou que viaja hoje de avião do Rio para São Paulo num horário fora de pico, com passagem a R$ 205, mas o trecho de volta lhe custará R$ 440. "E esses preços estão mais caros do que no ano passado", acrescentiou.

O especialista em aviação da consultoria Bain & Company, Andre Castellini, considera questionável a empreitada de Branson. "O mercado brasileiro já é super disputado por empresas muito competitivas".

Por outro lado, Castellini lembra que o que os investidores internacionais enxergam na aviação brasileira uma das maiores taxas de crescimento do mundo, de dois dígitos.

Segundo ele, o mercado brasileiro tem chances de triplicar de tamanho em 20 anos. Ano passado, foram transportados em torno de 60 milhões de passageiros.

Sampaio conta que duas das subsidiárias da Virgin, uma na Nigéria e outra nos Estados Unidos, não estão rendendo a Branson os resultados esperados. Segundo o consultor, a Virgin America teve

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problemas por causa do atraso na obtenção da autorização para funcionar, além da recessão da economia americana e da alta do preço do petróleo.

Por causa desse cenário nos EUA, Sampaio lembra que a frota da Virgin America, de cerca de 10 aeronaves da Airbus, modelo A320, teve de ser repassada para outras companhias, como a TAM. São dois A320 que estariam na frota da líder do mercado brasileiro, prefixos MHH e MHL. A TAM foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição.

Na Nigéria, Sampaio disse que a insegurança no País afetou negativamente os planos de Branson. Além disso, a companhia enfrentou recentemente com o governo local problemas ligados à segurança operacional.

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Anac: VarigLog não pode ficar com estrangeiros: Agência recusa tese do escritório de Roberto Teixeira

(O Globo 25.06.2008 p. 24 Economia) Erica Ribeiro

A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu ontem, em reunião no Rio, recusar a tese do escritório de Roberto Teixeira de que a Constituição não distingue companhias brasileiras que tenham capital nacional ou estrangeiro. Com isso, o órgão regulador manteve parecer de maio e a exigência de que a VarigLog tenha 80% de capital brasileiro. As informações são de fontes que acompanharam a reunião da diretoria, pois a Anac informou que sua decisão será conhecida no Diário Oficial, amanhã, quando será publicada.

A presidente da Anac, Solange Vieira, participou de uma parte da reunião, mas deixou a cidade no início da tarde, rumo a Brasília. A reunião terminou por volta de 16h30m. O pedido feito pela VarigLog inicialmente não fazia parte da pauta da reunião de diretoria do órgão no Rio, mas acabou sendo incluído na agenda. Ainda segundo fontes, esse foi o único assunto relacionado à VarigLog discutido. O escritório Teixeira Martins Advogados disse que não se manifestaria.

A VarigLog tem até 7 de julho para apresentar uma nova composição acionária, sob pena de perder a concessão de companhia de carga aérea. A Justiça de São Paulo afastou em abril os sócios brasileiros Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo do quadro societário, e a VarigLog ficou totalmente nas mãos da Volo Logistics, que pertence ao fundo americano Matlin Patterson.

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BANCÁRIO

Legislação - Títulos de crédito podem ter nova regra(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B2 Finanças)

O Brasil pode criar a lei para letra de câmbio e nota promissória, em caso de aprovação do projeto de lei apresentado ontem pelo deputado federal Juvenil Alves (PRTB/MG), à Câmara dos Deputados do Congresso Nacional. Alves propõe disciplinar os títulos de crédito que são muito usados nas relações comerciais. Para o deputado, a instituição de lei é necessária porque hoje o Brasil não tem nenhuma garantia jurídica prevista nas regras atuais. Ele disse ser importante atualizar a legislação em vigor aos padrões internacionais - inclusive atendendo o tratado internacional firmado em 1930 com países signatários. Neste caso, a idéia era padronizar o decreto 2.044 de 31 de dezembro de 1908 às normais internacionais. "O Brasil ficou de regular as regras e até hoje não fez isso", afirmou. Ele lembrou que em junho de 1930 o Brasil, a Itália e a França assinaram três Convenções Internacionais para adoção de lei uniforme sobre letras de câmbio e notas promissórias, regulando conflitos das diferentes legislações sobre esses títulos. Assim passou a existir a Lei Uniforme de Genebra para letra de câmbio e nota promissória, elaborada em inglês e francês. Os três países se comprometeram a produzir uma lei interna sobre a matéria, em consonância com os princípios e regras adotados pela Lei Uniforme de Genebra. Entretanto, quase 80 anos depois, o Brasil ainda não elaborou sua lei interna. Alves ressaltou que o País precisa estabelecer em lei, por exemplo, o prazo de apresentação do resgate do título para o pagamento. "No decreto de 1908 o prazo era de um dia e o tratado internacional estabelece dois dias de prazo. Hoje o mais usado é o prazo de dois dias, mas isso precisa ser confirmado em lei para atender as regras internacionais", explicou. Nas atuais operações de nota de câmbio são usadas também regras que constam do decreto 57.663/02/1966, versão de Portugal que não se encaixa nos termos jurídicos do País. O projeto 3608/2008 de Alves será encaminhado às 18 comissões permanentes da Câmara e pode receber emendas.

(Viviane Monteiro)

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CHINA

Eficácia na execução e ampliação das possibilidades de apelação na China(Última Instância – 25.06.2008)

Fernanda Lomenso

Desde a promulgação da Lei de Processo Civil da República Popular da China, em 9 de abril de 1991, o número de ações de natureza cível e comercial impetradas na primeira instância de tribunais chineses dobrou e, suas matérias de direito ganharam maior grau de complexidade.

Os resultados dos processos julgados à luz da legislação processual então em vigor evidenciaram as deficiências e lacunas a obstruir a tutela adequada ao direito material. As principais lacunas se referiam

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ao processo de execução, cujas limitadas formas de execução tornavam a sentença judicial inócua e o réu impune, com limitadas hipóteses de revisão por instâncias superiores.

À luz dessas deficiências, o Congresso Nacional da República Popular da China promoveu uma revisão da Lei de Processo Civil, que entrou em vigor em 1° de abril de 2008. As principais mudanças foram promovidas visando dar maior eficácia à tutela do direito material e garantir a revisão jurisidicional, ampliando os casos de revisão da sentença por juízes de instância superior.

Possibilidades de recursoNa legislação processual civil chinesa de 1991, haviam apenas cinco fundamentos jurídicos para recorrer de uma sentença judicial, quais sejam: (1) existência de novas provas suficientes para anular a sentença original ou despacho; (2) quando os principais elementos de prova a partir dos quais os fatos foram determinados na sentença original ou despacho eram insuficientes; (3) erro na aplicação da lei na sentença original ou despacho; (4) violação do processo judicial pelo tribunal popular, que pode ter afetado o julgamento ou despacho no processo; ou (5) quando os magistrados tenham cometido desvio, aceitado subornos, envolvido em práticas irregulares de benefícios pessoais e burlado a lei no julgamento do processo.

Esses fundamentos legais foram insuficientes para satisfazer as crescentes exigências para corrigir vícios de sentenças judiciais proferidas. Além disso, tendo em vista a natureza genérica dos dispositivos, muitos juízes chineses demonstravam dificuldades em aplicá-las de modo adequado.

Desse modo, a recente reforma da Lei de Processo Civil visa oferecer maior segurança jurídica, especificando e detalhando as previsões para recurso, de modo que as partes litigantes num processo civil sejam capazes de compreender e aplicar estas disposições com maior facilidade.

Os recém-adicionados fundamentos legais a ensejarem o recurso de sentença judicial são os seguintes: (1) quando os principais elementos de prova a partir dos quais os fatos foram determinados na sentença original ou respectivo despacho foram forjados; (2) quando os principais elementos de prova a partir dos quais os fatos foram determinados na sentença original ou ordem escrita não foram conjuntamente examinados; (3) quando uma das partes, que não foi capaz de recolher as provas por si mesma por razões objetivas, apresentou um pedido escrito para o tribunal popular de produção de tais provas e o tribunal não permitiu fazê-lo; (4) quando o tribunal não tinha jurisdição sobre o caso; (5) quando o julgamento foi ilegalmente constituído ou o juiz, que estava impedido e deveria retirar-se do caso como exigido por lei, não o fez; (6) se uma pessoa sem capacidade jurídica para intervir em processos judiciais não foi representada por agente legal ou uma pessoa que deveria ter participado do processo deixou de participar devido a razões não imputáveis ao próprio ou o seu agente; (7) se uma das partes no processo foi privada do seu direito de argumentação, em violação da lei; (8) se uma decisão à revelia foi proferida contra uma parte sem que tenha havido qualquer citação; (9) se a sentença original ou despacho omitiu certos pedidos ou ultrapassou os pedidos formulados pelo autor da ação; (10) se o documento legal em que a sentença original ou despacho se basearam foi retirado dos autos do processo ou alterado.

Ainda no que se refere às recentes modificações relacionadas à apelação para reforma de sentença judicial, o novo texto prevê exceções ao então estabelecido limite de dois anos para o exercício do direito de entrar com o pedido de recurso, contados da data de recebimento da sentença. Assim, de acordo com a nova Lei de Processo Civil, se uma das partes considerar que o documento legal em que a sentença original ou despacho feitos foram retirados dos autos ou alterados, ou que os magistrados tenham cometido desvio, aceitado subornos, estiveram envolvidos em práticas irregulares de benefícios pessoais e infringiram a lei no julgamento do caso, a parte pode apresentar pedido de recurso para novo julgamento no prazo de três meses a contar da data em que a parte tomou teve ciência ou deveria ter tido conhecimento da circunstância particular.

Adicionalmente, o novo texto da Lei de Processo Civil fixa o prazo limite de três meses para o Tribunal conhecer ou não um pedido de recurso, a contar da data de seu protocolo, e exige que o Tribunal julgue o recurso dentro de um mês depois do recebimento da manifestação da procuradoria. Os referidos

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prazos apenas poderão ser prorrogados sob circunstâncias especiais e mediante aprovação do presidente do tribunal em questão.

Processo de execuçãoCom o fim de assegurar a aplicação efetiva das decisões judiciais, o novo texto da Lei de Processo Civil prevê severas punições para aqueles que não cumprirem uma sentença judicial ou que não cumprirem as suas obrigações num processo de execução.

Destarte, enquanto a Lei de Processo Civil de 1991 apenas previa pena de multa à parte que não cumprisse com suas obrigações em um processo de execução, a nova Lei de Processo Civil, no segundo parágrafo do seu artigo 103, prevê a pena de reclusão de até 15 dias à parte que se eximir de cumprir com tal determinação judicial. Outrossim, há previsão de pena pecuniária a ser imposta àqueles que violarem o processo de execução, que pode atingir valor até dez vezes superior ao valor da execução em si, variando entre US$ 1.500 e US$ 43 mil.

No sentido de evitar fraude à execução através da ocultação, transferência ou alienação de ativos —fato que havia se tornado prática comum na vigência da legislação anterior—, a nova Lei de Processo Civil de 2008 exige que a parte sujeita à execução forneça dados detalhados referentes ao seu patrimônio ao tribunal em questão. No evento de recusa ou fornecimento de informações falsas, a parte infratora estará sujeita às penas de multa e/ou detenção (a multa se aplicará à pessoa jurídica).

A Lei de Processo Civil de 2008 prevê, ainda, que o tribunal é competente para tomar as medidas cabíveis visando impedir que a parte que não cumpriu ou se recusou a cumprir uma determinação judicial saia do país até que tal decisão seja cumprida. Ademais, caberá ao tribunal divulgar o não-cumprimento da obrigação por meio do Sistema de Proteção ao Crédito ou através de outros meios de comunicação.

Além disso, é importante ressaltar que a nova legislação processual corrigiu um outro problema existente na Lei de Processo Civil de 1991, que exigia o envio de um aviso de execução para o executado antes de tomar quaisquer medidas executórias. No regime da lei anterior, o executado, normalmente, ocultava ou transferia o seu patrimônio após o aviso de execução do tribunal, o que invariavelmente inviabilizava a apreensão de bens do interessado e, conseqüentemente, o cumprimento da sentença. Atualmente, a Lei de Processo Civil de 2008 autoriza o oficial de justiça a tomar medidas imediatas para fazer com que o executado cumpra uma sentença, dessa forma impedindo que este dissimule ou transfira o seu patrimônio.

Em relação à intervenção de terceiros na execução, o novo texto da Lei de Processo Civil prevê um prazo de 15 dias para o tribunal decidir pela rejeição ou aceitação de embargos de terceiros à execução. Na prática, nos últimos anos, em muitos casos não foi fornecida uma proteção adequada aos terceiros atingidos pelo processo de execução sob a justificativa de que estes não participaram formalmente parte do processo.

Por fim, é importante salientar que o capítulo sobre o procedimento de falências foi suprimido, em vista da entrada em vigor, em 1° de junho de 2007, da Nova Lei de Falências, a qual seu novo texto estabelece que nova legislação aplica-se a todos os tipos de empresas, inclusive às estatais.

EficáciaEm suma, a Lei de Processo Civil de 2008 prevê medidas mais específicas, trazendo em seu texto a previsão de um maior número de recursos que irão garantir a legalidade da apelação e aumentar a eficácia dos procedimentos de execução, com previsão de multas superiores e penas de detenção.

Embora a eficácia da nova Lei de Processo Civil e sua implementação estejam intimamente ligadas com todo o sistema de aplicação da lei, a recente reforma promovida na legislação processual sem dúvida representa um passo fundamental para a concretização de progressos reais do novo direito processual civil chinês.

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A advogada Fernanda Lomenso escreve excepcionalmente hoje no espaço do colunista Durval de Noronha Goyos, que retorna a este espaço no dia 23 de julho

http://ultimainstancia.uol.com.br/colunas/ler_noticia.php?idNoticia=52642

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CIVIL

Esso tem contas bloqueadas na Justiça (Valor Econômico 25.06.2008 p. E2 Legislação)

Cláudia Schüffner, Do Rio

Dezesseis anos depois de um acidente ocorrido durante a transferência de combustível de um caminhão para o tanque de um posto de combustíveis em Bacabal, no interior do Maranhão, a Esso teve bloqueados, na quarta-feira da semana passada, R$ 5,3 milhões de três de suas contas bancárias. Os valores são duas vezes superiores aos estipulados em uma sentença que condenou a empresa a indenizar os proprietários do posto pelos prejuízos causados pelo incêndio em R$ 2,7 milhões em valores corrigidos. A empresa, que ontem conseguiu liberar suas contas no Citibank, Banco do Brasil e ABN Amro, contesta o valor determinado na sentença.

O bloqueio das contas se seguiu à condenação da Esso no ano passado, que foi obrigada pela sentença a pagar aos donos do posto Bacabal Júnior lucros cessantes de R$ 1,7 milhões, que, corrigido pela inflação de maio de 2007 até agora, chegam aos R$ 2,72 milhões que estão sendo contestados. Segundo a companhia, o perito judicial calculou em R$ 1,8 milhão os lucros cessantes do posto durante 16 anos, sem considerar que o estabelecimento ficou fechado apenas cinco meses e nove dias para obras em 1992. Os advogados da empresa temiam que parte do dinheiro fosse liberado antes que recorressem da sentença. Foi o que aconteceu ontem, quando o juiz de Bacabal autorizou que os valores fossem levantados. Na sexta-feira, a companhia não teve julgado seu segundo recurso porque o desembargador responsável pela causa em São Luis não estava no Tribunal de Justiça do Estado Maranhão (TJMA).

De acordo com a Esso, em julho de 2007, quando a empresa questionou a sentença que a obrigava a pagar R$ 479 mil pelos danos materiais causados - enquanto entendia que o valor exato era de R$ 302 mil -, foi surpreendida pela decisão do juiz Osmar Gomes dos Santos, da 1ª Vara Cível de Bacabal, que permitiu que os ex-donos do posto levantassem o dinheiro bloqueado cerca de 15 dias depois que a sentença foi proferida. Segundo a empresa, a decisão foi dada no mesmo dia do pedido, feito em 9 de agosto de 2007. O advogado da Esso, Márcio de Figueiredo Mendes, afirma que, se a questão ainda estava sendo discutida, o desbloqueio deveria ter sido apenas dos R$ 302 mil que não eram questionados. Mas o recurso contra a decisão não foi aceito pelo TJMA. A Esso recorreu novamente, mas o recurso ainda não foi julgado.

O advogado do posto Bacabal Júnior, Ítalo Azevedo, afirma que o cliente nunca mais operou o posto, que ficou totalmente destruído. "A Esso nunca fez uma proposta de acordo e agora o processo está em fase de execução", afirma. Segundo ele, a empresa perdeu o prazo para impugnar o laudo do perito que apurou o valor dos prejuízos sofridos e entrou com um recurso no TJ do Maranhão. O advogado diz ainda que a sentença da primeira instância foi confirmada, por unanimidade, no tribunal. "Está na hora

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de pagar", afirma o advogado. De acordo com ele, o valor de R$ 2,7 milhões inclui, além do prejuízo de R$ 1,8 milhão apontado pelo perito, honorários de 20% sobre o processo que gerou a condenação e mais 10% no processo na fase de execução, mais juros e correção monetária.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Comércio Exterior - Brasil eleva pressão contra barreiras (Valor Econômico 25.06.2008 p. B11 Agronegócios)

Assis Moreira

O Brasil diz que vai ampliar pressões sobre Colômbia, Uruguai, Indonésia e Israel para derrubar diferentes barreiras às exportações, em ações à margem do Comitê de Medidas Sanitárias e Fitosanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além de México e Coréia, já alvos de preocupações comerciais específicas na OMC, a delegação brasileira quer discutir o desmonte de pendências envolvendo produtos como carnes, açúcar, gelatina, lácteos, animais vivos, sêmen e embriões.

No Comitê SPS, Brasil e México protagonizaram ontem um afrontamento diante das outras delegações. Foi quando a delegação brasileira manifestou queixas pelos problemas para a entrada de carne cozida e carne suína naquele país.

O representante do México retrucou que o Brasil não deu informações sobre uma questão de resíduos e que, por sua vez, não deixava

entrar um tipo de ovos especiais mexicanos para incubação. Segundo um participante brasileiro, o Brasil replicou que as observações não faziam sentido na discussão, porque não há problema com resíduos. E que no caso dos ovos, o México é que precisa fornecer detalhes solicitados por Brasília.

Em relação à Colômbia, Brasília pediu uma reunião bilateral. O problema é uma nova legislação que restringe o acesso a alguns portos para a entrada do açúcar brasileiro. Bogotá já causou problemas em carregamentos da mercadoria. A delegação brasileira quer esclarecer em reunião bilateral se existem razões fitossanitárias ou sanitárias para essa restrição. Parte dos exportadores começou a se adaptar as exigências, mas o custo aumentou, o que reduz a competitividade do produto.

O Brasil tampouco exporta carne de frango ao mercado colombiano, mas tem pronto um plano de ação para iniciar o comércio, desde que Bogotá dê o sinal verde.

O país contesta ainda uma barreira contra a entrada da gelatina brasileira no país vizinho. O governo colombiano solicita requisitos sanitários contra a doença da vaca louca quando, pela matéria-prima usada pelo Brasil, isso não tem sentido, segundo um representante do Ministério da Agricultura.

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Também está paralisada a exportação de sêmen e embriões bovinos. Bogotá quer igualmente exportar para o Brasil. Já existe um esboço de acordo bilateral para o embarque brasileiro começar primeiro, só que falta implementá-lo.

Já o Uruguai, sócio do Mercosul, só aceita importar carne bovina in natura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O Brasil lembrou que as zonas livres de febre aftosa aumentaram, e outros Estados devem ser autorizados a exportar. Os uruguaios ficaram de propor uma data para a reunião bilateral para resolver a questão.

Outro problema com o Uruguai é a exportação brasileira de animais vivos. Apesar de um acordo de certificação desse comércio, os uruguaios não conseguem importar por causa de entraves no país.

Nos casos da Indonésia e Israel, o Brasil diz que pressionará pelo reconhecimento de áreas livres de aftosa para tentar exportar carnes para os dois mercados. Para os brasileiros, o caso indonésio ilustra como pressionar dá resultados. Após dois anos de discussões dentro e fora do Comitê SPS, o país começa a flexibilizar a posição.

Outra reunião bilateral esperada é com a Coréia do Sul. O objetivo é poder exportar carne suína. É um mercado de 400 mil toneladas e, portanto, cerca de US$ 400 milhões, segundo o setor privado. Outros países esperam que o Brasil seja o primeiro a abrir o mercado.

A China também está no radar brasileiro. Uma missão do Ministério da Agricultura irá dia 9 de julho a Pequim discutir com autoridades sanitárias habilitação de estabelecimentos para exportar carnes, e tentar desmontar de vez problemas contra a gelatina e lácteos.

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Mercosul - Cúpula adiará principais decisões(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A5 Economia)

Denise Chrispim MarinDa Agência Estado

Desfalcada de decisões relevantes, a 35ª Reunião de Cúpula do Mercosul, marcada para o próximo dia 30 na cidade de San Miguel de Tucumán, na Argentina, vai postergar para o próximo semestre a conclusão dos principais acertos esperados pelo bloco nos últimos anos. Em dezembro, durante a 36ª Reunião de Cúpula, em Salvador, haverá chances de o Mercosul eliminar a dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) de produtos estrangeiros que passam por dois ou mais países do bloco e mesmo de agregar a Venezuela como membro pleno, com direito a voto.

Apenas três exceções impedirão que o encontro de Tucumán caia no vazio. A primeira será a decisão do bloco de eliminar a exigência de passaporte a turistas provenientes dos chamados Estados-associados - o Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia. Bastará que apresentem suas carteiras nacionais de identidade na fronteira, como hoje acontece aos cidadãos dos quatro países do Mercosul. Outra exceção será a assinatura do acordo de liberalização do setor de serviços entre o Mercosul e o Chile, que foi concluído na semana passada, em Buenos Aires.

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Na reunião de San Miguel de Tucumán, cidade histórica que tornou-se um dos grotões do peronismo, os chefes de Estado também deverão bater o martelo a cinco novos projetos de infra-estrutura do Paraguai, no valor total de US$ 23,7 milhões, que serão financiados pelo Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Mas não poderão ir além disso. Sugerida no ano passado, a criação de um fundo de garantia para pequenas e médias empresas que estejam integradas às cadeias produtivas do Mercosul deve ser definida somente no final do ano, conforme informou o ministro Bruno Bath, diretor do Departamento do Mercosul.

Também ficará "para depois" a execução de uma proposta alentada em duas reuniões de cúpula anteriores - o fechamento de contrato câmbio em moedas nacionais no comércio entre o Brasil e a Argentina. As discussões técnicas sobre a eliminação da dupla cobrança da TEC, que se arrastam desde 2004, igualmente deverão continuar até dezembro. Ainda estão em aberto os critérios para a criação do Código Aduaneiro Comum, que será aplicado por todos os membros do Mercosul, e a polêmica fórmula de divisão da receita aduaneira. Segundo Bath, está em debate o possível uso de parte dessa receita para a criação do Fundo de Contingência do Mercosul ou de um fundo orçamentário para o bloco.

Com esses adiamentos, a Argentina repassará ao Brasil a responsabilidade de concluir tarefas que figuram há anos na agenda do Mercosul. O governo brasileiro assumirá no mesmo dia 30 a presidência temporária do bloco. Uma das suas tarefas ingratas será convencer os sócios - e a seu próprio Tesouro Nacional - a aumentar a contribuição de cada país para o caixa do Mercosul. Hoje, a anualidade é de US$ 250 mil. Por força da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil terá de amarrar uma política comum de comércio e de destino de pneus reformados até dezembro, sob o risco de ter de abrir seu mercado ao lixo europeu.

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Mercosul - Ampliada a lista de tarifas reduzidas(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A5 Economia)

Fabíola SalvadorDa Agência Estado

Os países do Mercosul decidiram ampliar de 20 para 45 o número de produtos, inclusive agropecuários, que poderão ser importados de fora do bloco com tarifa de importação reduzida, de 2%. As compras serão limitadas por cotas e por tempo determinado, quando houver desequilíbrio entre oferta e demanda.

No setor agropecuário pode ser incluído qualquer tipo de produto, como arroz, sardinha, trigo e insumos e defensivos agrícolas. Agora, o prazo para a inclusão de produtos é de 30 dias, caso não haja discordância. Antes, as propostas podiam ficar em apreciação por tempo indeterminado.

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, do Ministério da Agricultura, acredita que a novidade permite ao setor privado recorrer com mais freqüência. No caso dos insumos agrícolas, o novo mecanismo poderá facilitar a diminuição de custos para os agricultores. "A medida abre perspectiva de reduzir a alíquota de produtos de interesse para a agricultura", afirmou.

O pedido de redução da tarifa é feito pelo setor privado, por solicitação formal ao Ministério da Fazenda, que coordena o Grupo Técnico de Acompanhamento da Resolução (GTAR) responsável pela análise

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dos pleitos. Depois de aprovada pelo GTAR, a demanda é encaminhada ao Ministério das Relações Exteriores, que a submete à Comissão de Comércio do Mercosul (CCM). Quando todos os países do bloco estiverem de acordo, a Camex edita uma resolução reduzindo a alíquota e fixando a cota para o produto solicitado.

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Comércio Exterior - Lula cobra estratégia de País: Presidente adverte que Brasil enfreta embate duro e sofisticado com parceiros comerciais, porque deixou de ser coadjuvante, e prega união de

inteligência nacional para criar discurso e política de ação para disputas na OMC(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A7 Economia)

Elizabeth LopesDa Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o Brasil enfrenta um embate duro e sofisticado com seus parceiros comerciais porque deixou de ser um País coadjuvante no cenário internacional. "O Brasil ganhou importância no âmbito político e na esfera comercial", disse. Segundo ele, é preciso "juntar a inteligência brasileira" para construir não apenas um discurso, mas uma ação política interna e externa para vencer esses embates. "Não podemos apenas ficar reclamando, temos que estabelecer uma estratégia para vencer este debate."

Durante palestra, proferida no evento "Responsabilidade Social das Empresas e os Direitos Humanos - Encontro de Presidentes", promovido em São Paulo pelo Instituto Ethos e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos para comemorar os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O evento reuniu dirigentes de empresas e autoridades governamentais, como o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM).

O presidente Lula disse que em nenhum momento da história o Brasil foi tão levado a sério como agora. "Tivemos a sorte de encontrar petróleo e poderemos nos tornar o terceiro maior produtor do mundo, sem precisar usar turbante de sheik árabe", emendou. E justificou que a maior inserção do Brasil no cenário internacional tem criado "um pequeno problema" de disputa internacional.

Lula exemplificou esse embate com as críticas feitas no exterior à produção do etanol: "Começou-se a dizer que no Brasil nós praticamos trabalho escravo, por exemplo, no corte de cana-de-açúcar." E reconheceu que este é um trabalho penoso, "não mais do que as minas de carvão que desenvolveram o mundo no século passado", mas que o País está buscando maneiras de equacionar a questão. "Não vamos aceitar essas acusações que tentam colocar obstáculos ao nosso avanço (no mundo)", garantiu.

O presidente da República frisou que neste trabalho de criação de uma estratégia para o embate com os parceiros comerciais, na medida em que "o Brasil começa a ganhar mercado e a ocupar espaços que antes eram de outros países", é fundamental "não ter divergências partidária, empresarial e política". E destacou: "É um debate do Brasil com seus competidores".

Na sua avaliação, quando o lucro é garantido, a questão ideológica fica em segundo plano. "Ninguém reclama que a China tem partido único, que a China só tem o jornal do partido porque as pessoas estão lá ganhando dinheiro. A questão ideológica também não tem muita coisa a ver com os interesses do capital quando o lucro está garantido."

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Lula disse que o complicado é fazer tudo o que o Brasil vem fazendo "num regime altamente democrático, com Congresso Nacional funcionando plenamente, com empresa na sua plenitude de liberdade democrática, com partidos políticos brigando entre si e com outros, e com a imprensa livre". E ressaltou que a partir do momento em que as empresas que produzem no País tiverem em seus produtos inclusão social e conquista de direitos humanos, o País terá cada vez mais vantagem competitiva.

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Mercosul - Viajar na América do Sul sem passaporte será uma realidade: Países do Mercosul assinarão acordo com associados na próxima cúpula em Tucumán

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A11 Internacional)

O Mercosul assinará na semana que vem com os países associados ao bloco, como Chile, Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, um acordo para acabar com a obrigatoriedade do uso de passaporte em viagens entre esses Estados. Os viajantes precisarão apenas mostrar um documento de identidade. O documento é um dos tópicos da agenda da 35 reunião do Conselho do Mercado Comum - o principal órgão executivo do Mercosul - e da cúpula de chefes de Estado do bloco, a serem realizadas nas próximas segunda-feira e terça-feira, na cidade argentina de San Miguel de Tucumán. Chile e Mercosul assinarão também um acordo para a liberalização do setor de serviços, o primeiro do tipo assinado com países de fora do bloco.

Prioridades

O encontro servirá ainda para que os integrantes do bloco definam as prioridades para o próximo semestre, quando o Brasil presidirá interinamente o Mercosul. Para o diretor do Departamento do Mercosul do Itamaraty, Bruno de Risios Bath, o principal desafio de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai nesse período será a criação de um código aduaneiro único. A iniciativa acabaria com a dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC), o que é negociado desde 2004 e visto como um entrave às exportações ao Mercosul. Para que seja tirada do papel, as aduanas terão de agir de forma integrada em tempo real. Hoje, há uma defasagem de aproximadamente três meses nas informações trocadas entre as receitas federais. O maior obstáculo à obtenção de um acordo é, no entanto, a divisão da renda aduaneira. Como não tem saída para o mar, a arrecadação paraguaia tenderia a cair. A fim de evitar o aumento das assimetrias econômicas entre os países do bloco, está em estudo a criação de um mecanismo que recolha e redistribua parte do imposto arrecadado. Um fundo de contingência também pode ser criado para garantir que todos os repasses sejam feitos. A meta do Itamaraty é pelo menos chegar a um consenso sobre as principais diretrizes da fórmula de divisão da renda aduaneira até dezembro.

Fundo de garantias

Outro destaque da reunião será a criação de um fundo de garantias a empréstimos tomados por pequenas e médias empresas. O mecanismo vai operar junto a bancos públicos e privados para incentivar o financiamento de empresas que participem do processo de integração produtiva do Mercosul. A expectativa do governo brasileiro é que os setores de madeiras e móveis, petróleo e autopeças sejam os maiores beneficiados. O projeto será executado até o fim do ano. Falta ainda definir como será a administração do fundo. Provavelmente, um órgão intergovernamental será criado para a função. O projeto só ganhou

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musculatura depois que Uruguai, Paraguai e Argentina perceberam que também seriam beneficiados pela integração produtiva do bloco. Antes, achavam que acabariam virando fornecedores de insumos do Brasil, o qual abocanharia os segmentos com maior valor agregado. A redução das diferenças entre o tamanho das economias dos países continua a ser uma preocupação. Será aprovada a liberação de recursos do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem) para mais cinco projetos paraguaios. Obras de infra-estrutura rodoviária, saneamento e para o desenvolvimento turístico receberão US$ 23,7 milhões. Com um orçamento anual de US$ 100 milhões, o Focem já contava com 18 projetos no Paraguai e no Uruguai. Ainda em relação ao Focem, os ministros adotarão duas normas administrativas. Licitações para obras que demandem mais de US$ 400 mil serão abertas para todos os países do bloco. As delegações também padronizarão as placas que mostram à população que os projetos são financiados pelo fundo. A reunião será marcada ainda pela ampliação do Conselho de ministros. Hoje, ele é integrado apenas pelos chanceleres e ministros da Economia. O objetivo é dar mais visibilidade a temas sociais. Por fim, serão assinados memorandos de entendimento com Turquia e Jordânia para o início de negociações comerciais. A próxima cúpula será realizada em dezembro, em Salvador.

(Fernando Exman)

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América do Sul deve abolir passaporte (Valor Econômico 25.06.2008 p. A5 Brasil)

Sergio Leo

Os cidadãos do Brasil e das nações de língua espanhola da América do Sul poderão visitar os dez países apenas com documento nacional de identidade, sem necessidade de passaporte, segundo decisão que deve ser confirmada na reunião dos presidentes do Mercosul, na próxima terça-feira, em Tucumán, na Argentina. A Venezuela é um "membro em processo de adesão" ao Mercosul, e os demais países andinos são membros associados do bloco. A decisão facilitará a integração dos povos sul-americanos, em uma cúpula presidencial com poucos avanços no campo econômico.

O Mercosul deverá criar um fundo financeiro para sustentar um seguro destinado a exportações de micro, pequenas e médias empresas dos países do bloco. O valor ainda não foi decidido, porém. Os presidentes anunciarão, ainda, a liberação de recursos do Focem, fundo regional para desenvolvimento econômico, para investimentos de US$ 23,7 milhões em infra-estrutura no Paraguai.

As principais propostas para derrubar barreiras comerciais devem ficar para decisão no segundo semestre, durante a presidência temporária do Brasil no Mercosul. Desde 2004, os quatro sócios do Mercosul tentam criar um código comum para os procedimentos de alfândega, mas, embora a maior parte do trabalho tenha sido realizada, a negociação esbarrou na resistência argentina em mudar os dispositivos do próprio código aduaneiro que autorizam o governo a impor impostos de exportação aos próprios produtores.

As taxas sobre produtos exportados estão no centro de uma crise política entre o governo de Cristina Kirchner e produtores agrícolas na Argentina, que paralisaram estradas e promoveram negociações contra o governo.

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Outra medida em discussão há quatro anos é o fim da chamada dupla cobrança da tarifa externa comum do Mercosul - hoje, um produto que é importado, com pagamento de imposto de importação, em um dos sócios do bloco, é obrigado a pagar novamente o imposto caso atravesse a fronteira para outro país do Mercosul. Os países ainda não chegaram a um consenso sobre como cobrar apenas uma vez o imposto de importação (a tarifa comum) e permitir a livre circulação dos bens entre os sócios - característica das uniões aduaneiras, como a União Européia, que exige o mesmo do Mercosul para firmar com o bloco um acordo de livre comércio.

Segundo o diretor do Departamento de Mercosul do Ministério das Relações Exteriores, Bruno Bath, os países devem chegar a uma decisão "técnica, com componente político": uma parcela da arrecadação do imposto de importação dos sócios do Mercosul será reservada para compor um fundo, que será, então, distribuído entre os sócios, de acordo com uma fórmula ainda a ser negociada.

O objetivo é evitar que, com a unificação da cobrança do imposto, os países menores percam arrecadação com a preferência, dos fornecedores externos, de introduzir seus produtos no Mercosul pelos portos dos países maiores. Esse tema tem prazo para decisão até o fim deste ano e o Brasil tentará chegar a uma fórmula aceitável nos próximos meses.

No domingo, técnicos do Mercosul devem se reunir para tentar acordo sobre temas polêmicos, que deveriam ser sancionados pelos presidentes. O principal é a decisão sobre criação de um grupo de trabalho para formar uma política comum para pneus remodelados no bloco. O Paraguai resiste à idéia, reivindicada pelo Brasil para cumprir as determinações da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Os desafios no caminho da Unasul(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A11 Internacional)

Em uma abordagem mais ampla da América Latina, poderíamos voltar ao século XIX para resgatar alguns dos fatos históricos mais marcantes e conceitos de integração que vem permeando a história dos países da região. A integração propriamente dita se confunde com o processo de formação histórica dos países da região, desde a consolidação da independência dos Estados americanos, passando pelo sentimento de solidariedade continental até a formação dos blocos econômicos. Concentremo-nos, contudo, na história mais recente da América do Sul que presenciou em 08 de dezembro de 2004, na 3 Reunião de Cúpula, no Peru, a assinatura da Declaração de Cuzco, cujo conteúdo faz inicialmente alusão a Simón Bolívar, Antonio José de Sucre, José de San Martín, entre outros. O texto referente à CSN, Comunidade Sul-americana de Nações, nome anterior à Unasul, ressalta a "história compartilhada e solidária" entre as nações, os desafios comuns no âmbito interno e externo, "a convergência de seus interesses, políticos, econômicos, sociais, culturais e de segurança", sendo este último considerado como um dos fatores potenciais de fortalecimento e desenvolvimento para uma melhor inserção no cenário internacional. Com relação a este aspecto, teria o recente episódio da violação do território do Equador por parte da Colômbia a propósito do ataque às Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) manchado este compromisso? Ou faz parte do processo de maturidade dos países da região para uma verdadeira futura integração com interesses realmente comuns? Ainda referente à esta questão, a partir da assinatura do Tratado Constitutivo da Unasul em 23 de maio de 2008, deve-se colocar ênfase na formação de um grupo de trabalho para a criação de um Conselho Sul-Americano de Defesa.

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O documento de Cuzco ainda reitera "o compromisso com a luta contra a pobreza, a eliminação da fome", a geração de emprego, o acesso à saúde e à educação. Mencionemos alguns dos dados do Banco Mundial com base no relatório "Poverty Reduction and Growth: Virtuous and Vicious Circles - Latin America", de 2005, que indica que apenas no Cone Sul, aproximadamente 46,2 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza (de US$ 2 por dia), somados a outros 37,1 milhões na região da Comunidade Andina. Estes números representam aproximadamente 22% da população da recém efetivada Unasul (estimativa de 382 milhões de pessoas). O texto de 2004 ainda faz referência a outros aspectos de igual relevância, tais como a importância da coordenação no âmbito politico e diplomático que apoiem a identidade e a afirmação da região sul-americana frente às relações externas. Percebe-se que são inúmeros os desafios, somados ao fato de que esta união ainda deve levar em consideração a convergência entre os membros do Mercosul, da Comunidade Andina das Nações (CAN), além do Chile, da Guyana e do Suriname. Do ponto de vista econômico, a composição destes 12 países (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guyana, Venezuela, Paraguai, Perú, Uruguai e Suriname) produz um PIB nominal* da ordem de US$ 2 trilhões. No seu pronunciamento, o Presidente Lula enfatizou que "Uma América do Sul unida mexerá com o tabuleiro do poder no mundo". Sua retórica deve ser interpretada com cautela, uma vez que no comparativo puramente econômico com outros blocos: Nafta - US$ 15,2 trilhões, União Européia - US$ 14,6 trilhões, ou até mesmo com a China - US$ 2,6 trilhões (PIB nominal*), a união ainda fica aquém, fato que não isenta a oportunidade de crescimento latente, que pode ser sustentado, entre outros, pelo aumento do comércio intra-regional e sobretudo por projetos de cooperação e investimento em infra-estrutura - rodovias, ferrovias, melhores conexões dos portos, por exemplo, a partes mais internas do Brasil, Argentina, Peru, e Bolívia, além da questão energética. Ainda como parte da formação da Unasul, há outros desafios pela frente, como o Banco do Sul, que conforme consta, estabelecerá a política monetária bem como projetos de cunho desenvolvimentista. Espera-se neste caso, um organismo eficaz face à necessidade de crescimento da região, capaz de estabelecer as bases para a superação das assimetrias existentes entre os países que compõem a união. Cumpre por último salientar a proposta de criação de um mercado comum, de uma moeda única e da existência de um parlamento. Seria este um modelo viável que se aproximaria da União Européia? A história mostrará para onde seguiremos com desafios infindáveis.

Marcelo Zorovich é mestre e professor no curso de relações internacionais da ESPM - [email protected]

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Mercosul amplia lista de produtos com tarifa reduzida de importação(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

Em reunião realizada na última sexta-feira em Buenos Aires, os países do Mercosul decidiram ampliar de 20 para 45 o número de produtos, inclusive agropecuários, que poderão ser importados de fora do bloco com tarifa de importação reduzida, de 2%. As compras serão limitadas por cotas e ocorrerão por tempo determinado, apenas quando houver desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.

No setor agropecuário pode ser incluído qualquer tipo de produto, como por exemplo, arroz, sardinha, trigo e insumos e defensivos agrícolas. Além disso, o processo de redução das tarifas ficou mais rápido. Agora, o prazo para a aprovação de inclusão de produtos é de 30 dias, caso não haja discordância entre os países. Antes, as propostas podiam ficar em apreciação por tempo indeterminado.

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O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, do Ministério da Agricultura, acredita que a novidade permite ao setor privado recorrer a essa iniciativa com mais freqüência. No caso dos insumos agrícolas, por exemplo, o novo mecanismo poderá facilitar a diminuição de custos para os agricultores. "Com o aumento do número de produtos e com a agilização do processo, a nova medida abre uma perspectiva de que esse mecanismo seja usado para reduzir a alíquota de produtos de interesse para a agricultura brasileira", afirmou.

Em nota, a área técnica do ministério explicou que o pedido de redução da tarifa é feito pelo setor privado, por meio de uma solicitação formal ao Ministério da Fazenda, que coordena o Grupo Técnico de Acompanhamento da Resolução (GTAR) responsável pela análise dos pleitos. Depois de aprovada pelo GTAR, a demanda é encaminhada ao Ministério das Relações Exteriores, que a submete à Comissão de Comércio do Mercosul (CCM). Quando todos os países do bloco estiverem de acordo, a Camex edita uma resolução reduzindo a alíquota e fixando a cota para o produto solicitado.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18692&data=25/6/2008

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CONCORRÊNCIA

MP quer estudo sobre garrafa da AmBev (Valor Econômico 25.06.2008 p. B6 Empresas)

Juliano Basile

O procurador José Elaeres, representante do Ministério Público Federal, no Cade, pediu a realização de estudo sobre as garrafas de cerveja de 630 ml. O objetivo é verificar o impacto econômico da nova garrafa criada pela AmBev para as marcas Skol e Bohemia.

Em maio, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) baixou medida obrigando a AmBev retirar do mercado as novas garrafas em três meses. Em junho, o Cade permitiu à Ambev a continuidade da produção em garrafas de 630 ml, mas limitou essa prática apenas para a Skol e somente no Rio de Janeiro.

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CONCORRENTES

Operação Influenza - Minoritários da Agrenco buscam meios para compensar prejuízos: Escritório de advogados recebe consultas

(Valor Econômico 25.06.2008 p. D5 Eu& Investimentos)

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Por Graziella Valenti, Silvia Fregoni e Angelo Pavini, de São Paulo

Os acionistas da Agrenco já estudam meios de buscar compensação para os prejuízos que tiveram com o investimento na companhia. O ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Francisco da Costa e Silva conta que seu escritório, o Bocater, Camargo, Costa e Silva Advogados, recebeu algumas consultas, inclusive de investidores estrangeiros. Na próxima semana, terá uma reunião para avaliar a questão.

Os fóruns de investidores na internet deixam claro a ansiedade dos minoritários. Há casos de acionistas que enfatizam a importância de se reunirem em busca de uma defesa comum. Costa e Silva evitou comentar o caso, pois ainda não estudou o tema.

Na oferta de estréia na praça paulista, os papéis da empresa foram avaliados em R$ 10,40 e, pouco antes do bloqueio das negociações pela Bovespa, na sexta-feira, valiam R$ 1, 25.

As ações seguem suspensas, no aguardo de esclarecimentos sobre a prisão dos controladores da empresa sob acusações de crimes apontados pela Polícia Federal (PF), segundo a Bovespa.

Na sexta-feira, foram presos em Santa Catarina, Antônio Iafelice, Antônio Augusto Pires Junior e Francisco Carlos Ramos na Operação Influenza. Tratam-se dos sócios fundadores, executivos e conselheiros. As acusações contra eles vão desde desvio de dinheiro da empresa até fraude de balanços e sonegação fiscal. Segundo a PF, uma das acusações contra os sócios é a de que simulavam negócios com produtores de soja e depois dividiam o dinheiro.

O caso da Agrenco é emblemático para o mercado de capitais, pois atinge em cheio a febre das aberturas de capital, que trouxe à Bovespa 106 novas empresas nos últimos quatro anos. Além disso, as questões são complexas. O debate envolve a discussão dos direitos dos BDRs, recibos de ações, pois a companhia tem sede nas Bermudas e seus papéis estão listados na Bolsa de Luxemburgo - onde despencaram ontem.

Para completar, o nome de grandes instituições estão ligados à ida da companhia à Bovespa e a responsabilidade delas será questionada por aquelas que buscarem ressarcimento para suas perdas. O Credit Suisse emprestou dinheiro à Agrenco e depois coordenou a oferta. A KPMG é auditora independente do negócio e assina os números. Além disso, dois dos maiores escritórios de direito societário do país assinam os documentos da distribuição: Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados.

Os investidores que se sentirem prejudicados pela Agrenco podem entrar na Justiça contra a companhia ou contra os coordenadores da oferta, acredita o advogado Frederico Stacchini. Ele lembra que, nas ofertas públicas, tanto a companhia emissora quanto coordenador líder têm responsabilidade civil sobre as informações divulgadas ao mercado durante o período de distribuição. "A própria Instrução 400 da CVM prevê isso no artigo 56, sobre a responsabilidades em níveis diferentes da companhia e do coordenador." Ambos são responsáveis pela veracidade, consistência e suficiência das informações. "Se provar que a empresa ou o organizador foram omissos ou forneceram informações incompletas, o investidor pode pleitear uma indenização."

Quanto estreou na Bovespa, os controladores da empresa já estavam sob investigação da PF. Na prática, significa dizer que tanto a CVM como a Bovespa permitiram, sem saber, a listagem de uma companhia com alto potencial de escândalo. Os trabalhos da polícia começaram em agosto do ano passado e os BDRs da companhia estrearam no pregão em 25 de outubro. Consultada, a assessoria de imprensa da superintendência da PF em Santa Catarina explicou que, inicialmente, as investigações são tratadas como suspeitas e, por isso, as ações práticas só ocorrem após a obtenção de dados mais consistentes pela PF.

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Questionada, a CVM informou que mantém permanente relacionamento institucional com todos os órgãos públicos que guardam relação com suas atribuições legais, o que inclui a Polícia Federal. Nesse sentido, a autarquia explica que o intercâmbio de informações do mútuo interesse da CVM e das autoridades policiais faz parte da rotina das atividades. "Não obstante, não se pode afirmar, com os elementos ora disponíveis e à luz da legislação aplicável, que a CVM deveria ter sido informada anteriormente acerca dos fatos."

João Batista Fraga, superintendente de relações com empresas da Bovespa, acredita que não há meios legais de a bolsa ser alertada pela PF em casos como o da Agrenco. "Se pudesse haver algum convênio de informações, seria ótimo. Mas não sei se isso é possível." No momento, a preocupação da bolsa, segundo ele, é dar transparência aos acionistas sobre os processos envolvendo os executivos.

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CONSUMIDOR

Código de Defesa do Consumidor: um aliado das empresas(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 2 Opinião)

O Dia Internacional do Consumidor, comemorado no último dia 15 de março, nos faz refletir sobre a importância do respeito ao consumidor para o crescimento e desenvolvimento econômico do país.A partir do século XVIII até meados do século passado, o liberalismo teve grande influência na economia e na política do Brasil delimitando a forma como esses setores seriam conduzidos. Em poucas palavras, pode-se afirmar que o liberalismo econômico repele a intervenção do Estado na economia e prioriza a liberdade da iniciativa privada.

Seus defensores afirmam que a produção, o consumo e os preços devem ser regidos somente pela lei da oferta e da procura, e que se deve colocar um fim às medidas protecionistas e intervencionistas na produção e na distribuição de riquezas.

Entretanto, foram ocorrendo alterações nas economias mundiais e o Estado liberal clássico deu lugar ao Estado social de direito, que autorizava a intervenção estatal em determinados ramos, conferindo proteção às relações ditas desiguais.

Com esse panorama, nasceu a Lei 8.078/90, o Código de Defesa do Consumidor. Editada no Brasil para regulamentar o mercado e equilibrar as relações de consumo. O legislador, ciente da rapidez com que ocorrem as mudanças na sociedade e no mercado, deixou margem para que o Judiciário pudesse resolver os eventuais conflitos, cada um com suas particularidades próprias.

O mercado é dinâmico e se acaso sua regulamentação não permitisse essa flexibilidade, as negociações ficariam paralisadas e causariam prejuízos financeiros incomensuráveis, além, é claro, do fato de que o engessamento da legislação faria com que o mercado brasileiro deixasse de ser atraente aos olhos dos investidores estrangeiros.

Muito se discute sobre a real eficácia do Código de Defesa do Consumidor e sempre se ouvem discursos inflamados a respeito de decisões favoráveis aos consumidores, como se elas fossem arbitrárias e injustas, confirmando uma relação polarizada com aspectos "bélicos", como se o fornecedor fosse o vilão e o consumidor, a vítima.

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De fato, a necessidade de proteção aos consumidores é proeminente, pois, não há como não reconhecer a vulnerabilidade deles, a qual reside no desconhecimento técnico e na impossibilidade de negociação das cláusulas contratuais, entre outros motivos.

No entanto, a intenção do legislador ao editar a mencionada lei não foi a de caracterizar os consumidores como tendo sempre razão e de estigmatizar os fornecedores como aproveitadores. Essa percepção equivocada deve ser alterada e cabe às empresas comprometidas com seu objetivo próprio contribuir para esse processo de transformação.

O lucro é o foco das empresas, independentemente de seu porte, e, sendo assim, elas devem utilizar, em seu benefício, as regras contidas na Lei 8078/90 e nos posicionamentos assumidos pelos Tribunais superiores, uma vez que o que o mercado e a legislação exigem é a excelência nos produtos e serviços postos em circulação.

O mercado está cada vez mais competitivo e exigente. Com isso, o empresário que busca o pleno sucesso de sua empresa não vai conseguir se não estiver atento às alterações legislativas, cujo cumprimento garante aos seus clientes a certeza da qualidade e da segurança de seus produtos e serviços colocados no mercado. Exemplo recente é o seguido número de "recalls" que sofrem os fabricantes de brinquedos. Ou seja, qualquer risco à saúde provocado por produtos ao consumidor está sendo combatido mundialmente.

O entendimento e a aplicação dos princípios da legislação consumerista combinados com a informação bem prestada, o atendimento bem feito e a satisfação do cliente, constituem uma arma poderosa, na arena competitiva, para o crescimento e sucesso. Na verdade, a reunião desses fatores é a grande chance, que não deve ser desperdiçada, de fazer a diferença no mundo empresarial.

Juliana Faleiros - Advogada de Direito Comercial, pós-graduada em Direito Constitucional pela Escola Superior de Direito Constitucional de São Paulo e pós-graduanda em Direito Empresarial na Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas - FGV/SP - [email protected]

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DIVERSOS

Mantega apresenta hoje projeto que cria fundo soberano (Valor Econômico 25.06.2008 p. C1 Finanças)

Claudia Safatle e Mônica Izaguirre, De Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresenta hoje ao Conselho Político, em reunião no Palácio do Planalto, a versão final do projeto de lei que cria o Fundo Soberano Brasileiro (FSB), que contemplará a possibilidade de absorver parte das receitas com a taxação de petróleo da região do pré-sal, embora isso não seja mencionado explicitamente até porque o governo ainda não definiu como será a regulamentação da exploração dessa área e como ela será tributada.

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Embora o governo tenha decidido que 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) será transferido para o fundo quando este for criado, a título de reforço do superávit primário este ano, esse percentual também não constara do texto do projeto, já que a intenção é que o superávit fiscal seja usado como um instrumento anticíclico. Ou seja, se agora, com o crescimento vigoroso das receitas de impostos, o governo vai fazer um superávit adicional, em tempos de baixo crescimento, a postura do governo deverá ser o inverso.

A próxima reavaliação bimestral de receitas e despesas do governo federal para 2008, a ser encaminhada ao Congresso até 23 de julho, já conterá uma previsão de aporte de recursos fiscais para o fundo soberano. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, serão provisionados para posterior transferência ao fundo cerca de R$ 14,2 bilhões.

Como esse é um dinheiro que não será gasto, corresponderá a um ativo financeiro. Para evitar alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2008, porém, esses recursos serão lançados como despesa primária obrigatória e não como elevação da meta de superávit primário.

Muito possivelmente, admite o Planejamento, será necessário fazer um novo contigenciamento de despesas discricionárias para compensar o aumento de despesas obrigatórias relativo ao FSB. O tamanho do corte, no entanto, vai depender da reestimativa de outros gastos obrigatórios, como os da bolsa família, e também das receitas. Ainda que as receitas sejam reestimadas para cima, muito dificilmente o governo terá como evitar novo bloqueio de dotações para gastos discricionários.

Na reunião de hoje, o ministro da Fazenda apresentará as bases do FSB, que será administrado pelo Tesouro Nacional, e ouvirá, dos políticos da base aliada presentes, sobre qual será o cronograma mais viável de tramitação do projeto de lei. Nesse momento, a idéia é de enviar a proposta ao Congresso só depois de votada a Contribuição Social da Saúde (CSS). Os parlamentares, porém, é que vão julgar qual deve ser o comportamento do governo no que se refere a tramitação, levando em conta o funcionamento do Congresso nos próximos meses, de pleno andamento das campanhas municipais e o calendário de votações para o período pós-eleitoral.

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Polêmica - Zumbi e São Jorge vão ao plenário do STF: Ação da CNC quer acabar com os dois feriados no Rio

(Jornal do Brasil 25.06.2008 p. A14 Cidade)

Talita Lima

O Supremo Tribunal Federal vai decidir em plenário se os feriados dos dias de Zumbi dos Palmares (20/11) e de São Jorge (23/4) continuam no calendário fluminense. Por considerar o tema de grande relevância, o STF quer apreciar com cuidado a proposta da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Consumo (CNC), que, em ação impetrada no último dia 16, pede que as duas datas comemorativas sejam dias úteis.

– Paralisar a economia do Rio enquanto as demais cidades estão trabalhando prejudica muito mais do que beneficia um país onde se busca emprego e renda. Esse não é o caminho – argumenta o advogado da CNC Orlando Spinetti, para quem já há muitos feriados.

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A CNC também ampara sua iniciativa no aspecto legal. De acordo com o advogado, as leis são inconstitucionais. Não existiria a possibilidade de o Estado decretar um feriado religioso (como o de São Jorge). Sua atribuição se restringiria às datas cívicas.

Orlando sugeriu que no feriado de São Jorge haja homenagens sem o fechamento do comércio, o que sugere que todos os cidadãos fluminenses sejam católicos.

– Os evangélicos, por exemplo, vão fechar o seu comércio em comemoração a uma data sem sentido para eles – argumenta.

Puro preconceito

Para o secretário-executivo do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), Ivanir dos Santos, o argumento do advogado não se sustenta. Segundo Santos, já existe uma lei municipal do feriado de São Jorge, e caso a estadual fosse revogada, o feriado ainda continuaria a existir.

– Isso é puro preconceito dele e apenas interesse em lucro. Zumbi dos Palmares é o maior herói negro que o país já teve e, pela sua importância cultural e histórica, o feriado é o mínimo de homenagem que devemos prestar a ele. Há outras formas de ativar a economia.

Para Ivanir, o dia de São Jorge é muito importante por ser o santo mais popular do Brasil.

– Ele é de origem umbandista, portanto, não agrada somente aos católicos – completou.

Comércio apoia

A gerente de marketing dos shoppings Rio Design Barra e Leblon, Vanessa Marques, no entanto, se diz a favor da revogação das leis. Apesar de a praça de alimentação dos shoppings abrir normalmente, o movimento cai nos feriados.

– Para o próprio cliente, os serviços nos feriados não são os mesmos, já que o tempo de abertura das lojas é menor. Pelo aspecto econômico, sou a favor, além de o país já ter feriados em excesso.

A presidente da Comissão de Combate à Discriminação da Assembléia Legisltativa do Rio, deputada estadual Beatriz Santos (PRB), concorda que a quantidade de feriados é prejudicial, principalmente para o comércio. No entanto, ela não aprova a retirada do status de feriado dessas datas específicas.

– Se é para revogar esses dois, que revoguem todos os demais para que não fique como forma de discriminação.

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Fuso - Três estados ajustam horário na Amazônia(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A5 Nacional)

O novo fuso horário de três estados da Amazônia começou a valer ontem. No Acre e em parte do Amazonas, a diferença de duas horas em relação a Brasília cai para uma hora. Em todo o Pará, o horário passa a ser igual ao da capital federal. A lei que altera o fuso horário brasileiro foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 24 de abril deste ano. Com a mudança, em vez de quatro, o Brasil passa a ter três horários diferentes.

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Segundo o assessor do governo do Acre, Toinho Alves, a população do estado está confusa com o novo horário e a maioria é contrária à mudança. "As pessoas não sabem exatamente o que é a mudança, alguns pensam que é uma hora a mais, outros que é uma hora a menos", disse. Segundo ele, há ainda uma parcela está "bem resistente" à novidade, "porque ela foi feita sem um debate, de um esclarecimento das pessoas e porque é uma mudança muito grande no ritmo da vida dessas pessoas". O chefe da Divisão do Serviço da Hora do Observatório Nacional, Roberto José de Carvalho, dá um conselho: "O importante é que as pessoas tomem cuidado para mudar seus hábitos. Uma hora de diferença vai impactar um pouquinho na população, mas depois acostuma".

(Agência Brasil)

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Todo mundo no pedal: o uso de bicicleta como alternativa de transporte sai da Ásia para a Europa e se espalha também pela América

(Revista Isto É n° 2016- 25.06.2008 p. 70 - 71)

Carina Rabelo

PARIS 160 mil franceses utilizam a bicicleta como meio de transporte nos 400 quilômetros de ciclovias

Há um ano, com o objetivo de melhorar o trânsito e diminuir os índices de poluição na capital francesa, a Prefeitura de Paris criou um sistema de aluguel de bicicletas. Foram colocadas 10,6 mil bikes à disposição da população em 750 bicicletários instalados em pontos estratégicos da cidade e com o valor do aluguel mais baixo do que o preço do bilhete de metrô.

Com isso, os franceses passaram a deixar o carro em casa. Só encontraram vantagens: ficam longe dos engarrafamentos, mantêm constante atividade física, não poluem e gastam menos. Em um ano, houve uma redução de 20% no fluxo de automóveis pelas ruas centrais da cidade e hoje ela conta com mais de 400 quilômetros de ciclovias que atendem diariamente mais de 160 mil pessoas. A opção dos franceses pelo transporte sobre duas rodas reafirma uma tendência mundial. Nesse início de século XXI, pedalar virou uma causa política, ambientalista e efetiva alternativa aos caóticos congestionamentos.

Em Barcelona, na Espanha, estimase que 450 mil pessoas já aderiram às bicicletas para se locomover - há na cidade 450 bicicletários. O uso de bicicletas para além do lazer não é novo. Na China, boa parte da população vai e volta do trabalho pedalando. É certo, no entanto, que os chineses sofrem com a questão do roubo de suas bikes. Na América também o seu uso se faz presente em grandes cidades com problemas de congestionamentos constantes e quilométricos. O exemplo mais visível vem da Colômbia. Em Bogotá, um terço da população usa a bicicleta como veículo diário e economiza em média US$ 30 por mês. Na capital colombiana são vendidos 140 mil novos automóveis por ano, contra 1,2 milhão de bicicletas. Em Cuba, a crise econômica do início dos anos 90 levou a uma queda de 50% no uso de ônibus e pedalar se tornou a tábua de salvação. Atualmente, Havana conta com mais de um milhão de bicicletas e tem até serviço de bicitáxi. Em Nova York, nos EUA, foram construídos 180 quilômetros de ciclovias nos últimos dois anos. No Brasil, a bicicleta começa a virar, também, a solução mais racional, embora as suas condições de uso permaneçam precárias e boa parte das ciclovias prometidas pelos governos de diversos Estados e municípios ainda não tenha saído do papel.

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope, em todo o País cerca de 370 mil pessoas utilizam a bicicleta diariamente. Segundo levantamento do Ministério das Cidades, o número de ciclovias quadruplicou nos últimos cinco anos. Em 2003, eram apenas 600 quilômetros e este ano são 2.750 quilômetros, em aproximadamente 280 cidades. "Até 2011, pretendemos chegar a dez mil quilômetros", promete Luiz Carlos Bueno de Lima, secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana. Desde o início do programa nacional Bicicleta Brasil, que incentiva o uso desse veículo, o Ministério atendeu pedidos de criação de ciclovias em 101 municípios, a um

custo de R$ 15 milhões. A proposta de se criar ciclovias e incentivar o uso de bicicletas para os brasileiros ganhou força nos últimos meses, depois que o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, se encantou com o sistema implantado em Paris.

Enquanto isso, no Brasil...

Apesar do interesse político, a implantação de ciclovias no País ainda é mais promessa de campanha do que realidade de gestão. O Rio concentra a maior malha cicloviária - são três milhões de bicicletas em circulação (o dobro do número de carros), mas apenas 150 quilômetros de vias especiais, a maioria delas localizada na orla. Recentemente, o governo estadual conseguiu no Banco Interamericano de Desenvolvimento um financiamento de US$ 600 mil para implantar o mesmo projeto de Paris. Em São Paulo, o caso é mais grave. A capital tem apenas 4,5 quilômetros de ciclovias. Há a promessa de que ainda em 2008 seja concluída a construção dos 12 quilômetros de ciclovia da Radial Leste, uma das maiores vias expressas da cidade. Ela será integrada ao metrô e haverá bicicletários para os usuários.

Sérgio Cabral, em Paris, e a vereadora de São Paulo Soninha, usuária de bike

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2016/artigo93364-2.htm

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BARCELONA Seis mil veículos e 400 pontos de estacionamento para 145 mil usuários do sistema de aluguel de bikes

BOGOTÁ Um terço da população anda sobre duas rodas e economiza, em média, US$ 30 por mês

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ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS

Carvão, que vira petróleo, que vira... Desta vez, não há um só substituto ao combustível(Valor Econômico 25.06.2008 p. A2 Brasil)

Especulação é como fumaça. Só existe quando há fogo. Ou, neste caso, quando há algum fundamento indicando que algo está errado na oferta ou na demanda de um determinado ativo. Parece tão óbvio que é difícil acreditar que altos representantes dos principais países produtores de petróleo passaram o fim de semana na Arábia Saudita culpando a especulação pela alta dos preços da commodity. Uma semana antes, um G-8 dividido decidiu contratar o Fundo Monetário Internacional (FMI) para descobrir os mistérios que rondam a disparada do petróleo e para separar os fatores reais e financeiros que impulsionam as cotações. O preço do petróleo tipo Brent saltou de US$ 69,14 por barril há um ano (contrato para agosto) para US$ 137 ontem - alta de 98,15% no período.

Não tenho dúvida alguma de que há especulação - e muita. Mas basta dar uma olhadinha nos outros dois lados da equação - a oferta e a demanda - para entender o porquê do movimento. Na produção de petróleo cru, a capacidade ociosa mundial atingiu este ano cerca de 3%, a mais baixa em quase 20 anos. Por um lado, a demanda mundial cresce a uma taxa média de 1,8% ao ano desde 2003, em grande parte impulsionada pelo consumo de Índia e China. Por outro, a oferta caiu nos dois últimos anos. Lembro-me de uma viagem que fiz ao México há quatro anos e como a questão da crescente queda da produção da estatal Pemex incomodava os mexicanos. Pois bem, México e Noruega são dois dos países que reduziram sua oferta em 2007, segundo relatório da britânica BP.

O problema é ainda mais complicado. Em recente entrevista, James Burkhard, da Cambridge Energy Research Associates (Cera), explicou que o tradicional raciocínio de que preços mais altos estimulariam maiores investimentos e que isso, no futuro, significaria aumento da produção, não se aplica desta vez. Primeiro, porque houve um aumento brutal dos custos de novos campos de petróleo - mais do que dobraram desde 2005. Essa alta se deve não apenas ao fato de que é preciso ir cada vez mais longe ou mais fundo para se encontrar petróleo, mas também ao aumento das pressões ambientais. A preocupação com o meio ambiente é muito bem-vinda, mas não se pode negar que ela tem um impacto importante nos custos. "Além disso, a indústria do petróleo perdeu muita gente qualificada quando o barril esteve cotado perto de US$ 15. Há uma escassez de mão-de-obra", afirma André Loes, economista e sócio da Fram Capital, que desenvolveu minucioso estudo sobre a alta das commodities, entre elas o petróleo.

As dificuldades para se investir em nova oferta adicional esbarram ainda em outra questão. Com a alta do petróleo, muitos governos aumentaram o chamado "state take" - receita que eles apropriam da atividade petrolífera. Foi dessa forma, por exemplo, que alguns dos fundos soberanos que existem por aí foram constituídos. É bom lembrar que, em grande parte dos países produtores, os governos são os donos das empresas petrolíferas. E quando jorra dinheiro - como está acontecendo agora, com o petróleo na casa dos US$ 140 o barril - perde-se o sentido de urgência. É por tudo isso que Burkhard, da Cera, diz que a equação do investimento não é tão simples desta vez.

Do lado da demanda, a equação não é menos complexa. Durante décadas, o aumento da demanda vinha dos países desenvolvidos. Agora, não. Os países da China e do Oriente Médio já respondem por mais da metade do aumento do consumo nos últimos anos. Muitos países emergentes vêm subsidiando os combustíveis - o Brasil, entre eles. O subsídio pode ajudar a controlar a inflação, mas acaba por estimular o consumo. Um primeiro sinal de que os governos estão acordando foi dado na semana passada, quando a China aumentou os preços pela primeira vez em meses. Nos Estados Unidos, onde não há subsídio, especialistas dizem que a demanda pela gasolina atingiu o seu pico e que deve cair a partir de agora porque os altos preços têm levado os consumidores a fazer opções de longo prazo que reduzirão o consumo, como a aquisição de veículos com maior eficiência no gasto de combustível.

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Um dos setores em que a busca de alternativas ao petróleo é mais visível é o de aviação. Nesta semana, a Japan Airlines anunciou que fará um vôo teste até março do próximo ano com um Boeing 747 parcialmente alimentado com biocombustíveis feitos à base de não-alimentos. Richard Branson, da Virgin Atlantic Airways, já faz vôos usando biocombustíveis e agora diz estar interessado em investir em etanol no Brasil - para ele, a cana não traz problemas ao setor de alimentos. David Neeleman, que fundou a Jet Blue e está lançando no Brasil a companhia aérea Azul, é outro que defende os biocombustíveis como alternativa e tem interesse no etanol. "Provavelmente, estamos vivendo hoje uma mudança da mesma magnitude observada há pouco mais de cem anos, quando o carvão cedeu espaço para o petróleo", diz André Loes, da Fram Capital. Com base em relatórios especializados, ele acredita que a diferença, desta vez, é que não haverá um único substituto ao combustível. "O petróleo, no longo prazo, pode vir a deixar de ser dominante, dando espaço para várias outras tecnologias", afirma.

Em seu estudo sobre as commodities, o economista também arrisca dizer que a alta do petróleo pode estar contribuindo para a elevação dos preços dos metais. Loes lembra que a China, por exemplo, vive um forte processo de urbanização, o que amplia o consumo per capita de embalagens. "No passado, o metal foi em parte substituído pelo plástico, mas, desta vez, a alta da nafta é um limitador", explica. Em seu relatório, o economista comparou os preços das commodities relacionadas à alimentação com os metais e o petróleo. Deflacionados pelo índice de inflação americana (CPI), os preços do petróleo estão muito próximos do pico observado entre o fim da década de 70 e o início dos anos 80. Os metais estão a caminho do recorde registrado no início dos anos 70. Já os alimentos seguem abaixo da média do período de 1971-2008. Quanto disso é especulação, o FMI vai dizer. Pelo menos em relação ao petróleo.

Raquel Balarin é editora especial em São Paulo - [email protected]

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Mudanças na Lei do Gás favorecem as distribuidoras (Valor Econômico 25.06.2008 p. A9 Política)

Daniel Rittner

O lobby das distribuidoras estaduais de gás natural está prestes a derrubar, no Senado, a criação de uma espécie de "mercado livre" para o insumo. A primeira versão da Lei do Gás, aprovada no fim do ano passado pela Câmara dos Deputados, permitia às indústrias importar, diretamente dos fornecedores, o gás natural consumido em seus processos de produção. Em vez de ficar atreladas às distribuidoras de gás canalizado, donas da rede de gasodutos dentro dos Estados, as indústrias poderiam adquirir a matéria-prima sem intermediação.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, apresentou parecer em que muda essa interpretação. A votação do parecer tem sido adiada desde a última semana de maio e pode novamente ocorrer hoje. Jarbas alega que essa abertura na comercialização de gás natural invade a competência dos Estados e, por isso, fere a Constituição. Para fundamentar seu relatório, o senador recorre a argumentos do professor Arnoldo Wald, dono de um dos escritórios de advocacia de maior prestígio em São Paulo. Wald foi contratado para formular um parecer sobre a inconstitucionalidade de artigos da Lei do Gás, pela Abegás (associação das

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distribuidoras estaduais de gás canalizado) e pela Abar, a associação de agências reguladoras estaduais.

Uma das entidades que representam grandes consumidores de energia condena a interpretação de Jarbas. "Fomos surpreendidos", afirma o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Paulo Mayon, que espera a rejeição do relatório do senador na CCJ. Para o executivo, a interpretação dada pelo ex-governador pernambucano retira da Lei do Gás um de seus pontos mais importantes.

Mayon explica que, atualmente, seria possível às indústrias comprar gás natural apenas da Petrobras, único fornecedor disponível. Mas, no futuro, a abertura daria a possibilidade de negociar também com empresas estrangeiras que venham a produzir gás no país. "Essa porta foi fechada", lamenta. Segundo ele, a distribuição representa de 45% a 50% da tarifa que as indústrias pagam pelo gás que consomem.

No parecer, Jarbas diz que o transporte local de gás canalizado é uma prerrogativa dos Estados e a União não pode interferir nos contratos de concessão assinados com as distribuidoras estaduais. Para o senador, o monopólio federal restringe-se ao transporte do gás em longas distâncias, por meio de dutos. Mas o atendimento dos usuários finais é de competência dos Estados, "mesmo quando o gás constitua apenas um insumo da atividade econômica". Jarbas também cita razões econômicas para modificar a lei aprovada na Câmara.

"Devemos ter presente que subtrair dos concessionários estaduais a receita advinda do consumo de gás pelos usuários de grande porte teria reflexos nefastos à prestação do serviço de distribuição de gás canalizado, comprometendo metas de universalização e a própria modicidade da tarifa cobrada dos usuários residenciais", afirma o senador, no relatório. Ele não foi encontrado para comentar seus argumentos, mas sua assessoria ressaltou que a avaliação de Jarbas apenas indicou os pontos em que colidem com a Constituição.

O senador também propõe a derrubada dos artigos que mantinham o atual regime de uso do gás natural em refinarias e indústrias de fertilizantes da Petrobras. Atualmente, é permitido que o gás canalizado seja movimentado diretamente dos gasodutos de transporte para unidades industriais da Petrobras, usuárias finais do produto. Para Jarbas, mais uma vez, a manutenção do sistema invade as competências estaduais, além de permitir "favorecimento" à Petrobras, em relação às concorrentes, que dependem das distribuidoras.

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Alta das commodities - Especulação com petróleo vira alvo de políticos nos EUA: Senadores americanos querem controle dos mercados de futuros e ação contra Opep

(Valor Econômico 25.06.2008 p. A10 Internacional)

Agências internacionais

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Cresce nos EUA a pressão política para a adoção de medidas contra a especulação com petróleo. As propostas recentes vão desde a restrição à atuação de fundos de pensão até ação na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O senador Joseph Lieberman (independente, mas ligado aos democratas) apresentou ontem ao Congresso americano proposta para que fundos de pensão e outros grandes investidores institucionais não possam investir no mercado futuro das commodities energéticas e agrícolas.

Outros cinco senadores já propuseram medidas para evitar que fundos e grandes investidores contribuam para elevar os preços ao aplicar no mercado de futuros de Londres, menos regulado que o americano. Muitos políticos americanos consideram essa estratégia de investir em Londres como sendo uma brecha na legislação americana, pois seria possível influenciar o mercado do país por meio de manipulações fora dele. Grandes investidores colocaram bilhões de dólares nos mercados futuros.

Walter Lukken, diretor da agência americana reguladora do mercado de futuros (CFTC, na sigla em inglês), disse ao Congresso estar preparando um relatório sobre os investimentos em commodities, que deve apresentar "recomendações para a melhora das práticas e do controle". A CFTC já impôs, na semana passada, limites ao tamanho das posições especulativas que podem ser mantidas no mercado de futuros londrino.

Ainda na semana passada, Lieberman e outros dez senadores democratas pediram à Casa Branca que acione na OMC os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), sob a acusação de violação das regras de comércio mundiais, ao manterem baixa a produção. O pedido vem na esteira de um projeto ainda não votada no Congresso e que obrigaria o governo a acionar os países da Opep por prática anticompetitiva ao adotar quotas de produção que ele diz serem ilegais. Por motivos políticos, é muito improvável que os EUA acionem aliados árabes.

O aumento dos preços da gasolina nos EUA, que superaram a marca histórica de US$ 4 o galão (cerca de R$ 1,70 o litro), vem fazendo com que os políticos do país ataquem cada vez mais a Opep. Num ano eleitoral, o número de propostas e projetos de lei contra o cartel internacional mais do que quintuplicou em relação a 2007.

Os candidatos a presidente pelos partidos Democrata e Republicano, Barack Obama e John McCain, também prometeram medidas para combater a especulação e a manipulação dos mercados. Nenhuma das iniciativas até agora conteve a alta das commodities.

Apesar de sete audiências do Congresso americano nos últimos três meses, não há consenso sobre se a especulação é realmente a causa maior da alta de preços de energia e alimentos. Mesmo o CFTC repetidas vezes argumentou que oferta e procura vêm sendo os fatores fundamentais por trás dos recentes movimentos de preços.

Alguns analistas dizem que os legisladores ainda não conseguiram explicar de forma totalmente convincente como especuladores e fundos de pensão conseguiram influenciar o mercado ou por que motivo matérias-primas como ferro, carvão ou até mesmo arroz - sobre os quais especuladores têm acesso limitado - também continuam em escalada de preços.

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Editorial - Outras más notícias podem vir do mercado de petróleo (Valor Econômico 25.06.2008 p. A12 Opinião)

As esperanças de que a produção de petróleo cresça no curto prazo e derrube os preços foram desfeitas após a Arábia Saudita culpar os especuladores pela escalada. Esta é uma forma de dizer que há oferta suficiente, o que os números desmentem. As cotações têm oscilado um pouco acima dos US$ 135 por barril nos últimos dias e há baixa perspectiva de que possam declinar logo. O mais recente relatório da Agência Internacional de Energia não deixa dúvidas quanto a isso - a demanda ainda corre à frente da oferta e o balanço de suprimento continua mais apertado do que nunca. Não se deve tampouco esperar boas novas vindas da capacidade de refino, que não cresce como precisaria, ou dos estoques.

Os estoques dos países ricos usualmente aumentam no segundo trimestre do ano, mas não foi isso que ocorreu este ano - eles estão abaixo do seu nível médio do último qüinqüênio. Outro fator que não deixa grandes margens para alívio nos preços é a exígua capacidade adicional de produção, que voltou a se situar abaixo dos 2 milhões de barris diários nos membros do cartel da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) - responsável por 32,3 milhões de barris diários dos 86,8 milhões que foram consumidos em abril. A última vez que isso ocorreu foi no terceiro trimestre de 2006. Na melhor das hipóteses, a Arábia Saudita poderia bombear mais 1,45 milhão de barris, e não só os 200 mil barris diários que prometeu e que não comoveu os mercados. Nenhuma outra nação possui margem semelhante. A capacidade máxima extra de oferta da Argélia é de 200 mil barris, a da Indonésia é zero, a do Qatar chega apenas a 80 mil barris e a dos Emirados Árabes Unidos, a 190 mil. O poder de ampliação da oferta da Nigéria é maior, de 580 mil barris, mas as turbulências políticas indicam que é mais fácil o fornecimento nigeriano apontar para baixo do que para cima.

China e Oriente Médio são hoje responsáveis por três quartos do aumento da demanda global de petróleo, que deverá desacelerar um pouco, para 0,9%, depois de avançar 1,3% em 2007, segundo estimativas da AIE. A demanda da América Latina por petróleo foi 4,2% maior nos 12 meses encerrados em abril. As estatísticas mostram o que já se conhece há algum tempo. Os países mais ricos, reunidos na OCDE, terão um consumo 0,9% menor este ano, mas a procura permanecerá aquecida pelo apetite dos países de fora da OCDE. O consumo chinês, em 12 meses até abril, subiu 5,5% e o dos países do Oriente Médio, 5,1%.

O instável equilíbrio entre oferta e demanda no mercado de petróleo é o combustível ideal para os especuladores. As chances reais de declínio das cotações repousam mais, no horizonte previsível, em uma redução da demanda do que em medidas para conter a especulação. A demanda já começou a cair com razoável intensidade nos Estados Unidos, mas a queda só terá o poder de alterar a rota dos mercados se arrefecer na China, Índia e outros países asiáticos. Se os preços continuarem onde estão, avalia a AIE, as medidas para combater a alta da inflação puxada pelo petróleo poderão jogar a Europa em recessão e atrasar a recuperação americana para 2010. Virar este jogo dependerá da política de preços adotada pelos países onde o consumo mais cresce.

Nada se pode esperar dos países árabes, que subsidiam pesadamente os combustíveis - e têm dinheiro de sobra para bancá-los. Já na Ásia, há mudança de rumos. A China resolveu dar uma pancada nos

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preços e reajustou-os em até 25%, sem que os mercados reagissem à medida. Não é um aumento indolor e ele será certamente seguido por medidas de aperto monetário para estancar os efeitos inflacionários do reajuste. As duas coisas estão ocorrendo também na Índia, que elevou os preços domésticos e ontem voltou a subir os juros. Malásia e Indonésia optaram também por correção de defasagem ou redução dos subsídios. A China tem poderes para mudar a direção dos mercados e só o tempo dirá se esse aumento será suficiente para corrigi-la ou não.

Correção dos preços e desaceleração econômica para conter as altas das matérias-primas e alimentos têm tudo para retirar um pouco da enorme pressão de preços nos mercados. A desaceleração levará algum tempo para refletir-se nos preços. É possível que eles percam o fôlego altista, mas a volatilidade continuará alta por um bom período.

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Etanol - Stephanes: mercado derrubará barreiras(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A5 Economia)

Alexandre Inacio e Fabiola GomesDa Agência Estado

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que a eliminação da tarifa de importação sobre o etanol aplicada pelos Estados Unidos deverá ser definida pelo que ele chamou de "necessidade de mercado". Para o ministro, os americanos não terão condições de atingir as metas de mistura à gasolina estipuladas pelo governo apenas com o milho que produzem. Importar será uma necessidade. "Se os preços do petróleo e dos grãos continuarem subindo, importar etanol será necessário para o país", disse Stephanes, que participa hoje do Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2008 e 2009, da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), no Hotel Gran Meliá Mofarrej, em São Paulo.

Entretanto, o ministro disse que as possibilidades do mercado externo para o etanol brasileiro ainda não são concretas. Segundo ele, as perspectivas são muito positivas, mas ainda é preciso esperar a definição de políticas de biocombustíveis em alguns países. "Temos um mercado interno muito grande, mas o externo ainda precisa reduzir algumas barreiras. Se não se cobra imposto para a gasolina, não faz sentido cobrar para o etanol", disse, aludindo à carta enviada por multinacionais ao governo europeu solicitando revisões no programa de utilização de biocombustíveis.

Para o secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, não está descartada a possibilidade de alguns países tornarem a política de biocombustíveis opcional e não mandatória. "Existe esse risco, como está sendo sinalizado pelo Japão", disse Porto.

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Tudo ao seu tempo: O governo se precipita ao pôr em discussão a ultra-estratégica e sensível questão da apropriação de parte da riqueza das reservas de petróleo e gás na formação oceânica

do chamado pré-sal.(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A6 Economia)

O governo se precipita ao pôr em discussão a ultra-estratégica e sensível questão da apropriação de parte da riqueza das reservas de petróleo e gás na formação oceânica do chamado pré-sal.

Os números são imensos. A área se estende a 160 mil quilômetros quadrados. Ainda não há a certeza de que ela seja contínua. Mas, se for, a estimativa é que conserve o equivalente a 70 bilhões de barris, daí para mais, pondo o Brasil no sexto lugar no ranking das maiores reservas no mundo. Os royalties serão de arromba.

O risco é despertar a cobiça de governadores, parlamentares, os governos de países importadores e interesses mesquinhos em geral, travando a discussão serena sobre a destinação da dinheirama dos royalties, desconhecida à maioria até meses atrás. Ela é capaz de consolidar o desenvolvimento nacional. O próprio presidente Lula, que já manifestou a preferência pela aplicação desses recursos em educação e saúde, deveria conter o entusiasmo. Bem planejado, se fará muito mais. Mas também pode criar um mundo de horrores.

A riqueza do petróleo tem mais servido para o mal que para o bem em muitos países agraciados com esse recurso finito, condenados à chamada "maldição dos recursos naturais". Corrupção e desperdício, além de guerra e miséria, acompanham a história do petróleo.

Na Indonésia e no México caminha-se para o esgotamento sem que as elites dirigentes tenham realizado investimentos que assegurassem uma receita compensatória, ao contrário da preocupação que move os pequenos reinos de Dubai e Abu Dhabi. Eles investem em empresas no exterior e constroem internamente uma economia de serviços visando assegurar uma receita estável para quando o petróleo acabar. Cada um tem a sua estratégia. Na Noruega, a renda do petróleo do Mar do Norte é canalizada para ativos que protejam a previdência do país.

Já a Venezuela desde antes de Hugo Chávez malbarata seus recursos petrolíferos, que tanto serviu para enriquecer uma elite predadora como para alimentar os delírios geopolíticos do tal socialismo do século 21 deste aparvalhado presidente. A Venezuela tem a quinta maior reserva de petróleo do mundo, é o sexto maior exportador, e há três anos, em pleno auge do choque de preços, assiste à estatal PDVSA reduzir os embarques, investimentos e eficiência.

A doença holandesa

A literatura especializada demonstra que a exploração de recursos naturais não garante uma trajetória de crescimento sustentável na maioria dos países em que eles são abundantes. Sem um planejamento apropriado, além disso, os efeitos do ingresso abrupto de divisas podem ser desastrosos para a estabilidade cambial, portanto, para as exportações nacionais, submetidas ao que se batizou de "doença holandesa", referência à brutal valorização nos anos 60 do florim, a moeda da Holanda antes de sua adesão ao euro, com a exploração de substancial jazida de gás natural descoberta no Mar do Norte.

A riqueza amolece

Os economistas Jeffrey Sachs e Andrew Warner têm diversos estudos que remetem para outra seqüela: o dinheiro fácil, não raro, cria a ilusão de segurança e riqueza, amolecendo a disciplina fiscal dos governos e a disposição para reformas e políticas que possibilitem o maior nível de crescimento e desenvolvimento econômico.

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Aqui mesmo a renda do petróleo arrecadada pelo governo é matéria controversa. Há dois anos a média de retenção anda ao redor de R$ 17 bilhões, dos quais R$ 7,5 bilhões de royalties. Dessa parcela, o Rio fica com 86% e apenas nove municípios, com 62% do bolo.

O assunto está cru

O governo não está maduro para tal discussão, não por lhe faltar competência, mas porque o assunto está cru. Primeiro de tudo é a definição do modelo de exploração do pré-sal. Os estudos sobre o aproveitamento da nova renda do petróleo estão em curso e logo o governo os terá. Já se dissecou a experiência de outros países na gestão dos recursos da riqueza petrolífera. O que também mobiliza os técnicos envolvidos nos estudos são as maneiras de antecipar o fluxo de recursos projetado, que é o cerne de toda a discussão.

A exploração do pré-sal vai começar por volta de 2010 e aumentará aos poucos. A maior velocidade depende dos investimentos e da oferta de plataformas de exploração, hoje escassas no mundo. Mas há meios de mercado para que o governo possa trazer a valor presente parte do fluxo, securitizando a produção futura. Nada disso é simples.

Uma nova economia

Por questão de prioridades, a primeira definição é quanto ao fim que se pretende dar à tributação das reservas: ou gastos correntes ou renda futura. A primeira forma traz satisfação imediata e deixa infortúnios. A segunda, se a receita excepcional for aplicada em ativos produtivos, permite viabilizar investimentos essenciais em infra-estrutura e garante uma renda permanente para a sociedade.

Com parte dos ativos direcionada a um fundo previdenciário, pode-se, com ligeira reforma, liberar recursos fiscais hoje desviados para custear os seus déficits. O fundo soberano é peça-chave nessa equação para evitar a sobrevalorização cambial. Com o pré-sal se constrói uma nova economia, mas não se faz da noite para o dia.

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Hong Kong planeja criar bolsa de petróleo(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B2 Mercados)

Da Agência Estado

Em um esforço para participar do aumento global dos investimentos em commodities e do crescimento do papel da China na determinação dos preços mundiais do petróleo e outras matérias-primas, Hong Kong planeja criar uma nova bolsa de valores, que irá negociar contratos futuros de óleo combustível, segundo informou o Wall Street Journal.

A nova Hong Kong Mercantile Exchange, HKMEx, que deverá ser aberta no primeiro trimestre do próximo ano, vai vender contratos denominados em dólar americano para entrega de óleo combustível para a China, onde o produto é freqüentemente usado como fonte de energia. A partir dessa bolsa, Hong Kong pretende se expandir para o mercado de commodities que vão desde soja até minério de ferro.

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A bolsa atenderia aos desejos das autoridades de Hong Kong, que pretendem impulsionar o papel da região administrativa especial chinesa como um centro financeiro. Hong Kong enfrenta um crescente desafio da China, que tem crescido em importância à medida que novas classes de investidores surgem e que as empresas ocidentais crescem mais confortavelmente fazendo negócios na região.

Para ser bem-sucedido, o mercado precisa atrair os investidores e o interesse corporativo dos grandes mercados de commodities de Nova York e de outros locais, além dos cada vez mais volumosos serviços de comércio eletrônico realizados após o fechamento do mercado. Tentativas anteriores em Hong Kong falharam por falta de interesse.

Os entusiastas da HKMEx dizem que a bolsa vai se beneficiar por oferecer aos investidores globais uma janela para um dos mercados do mundo maiores e mais ávidos por energia. Eles citam a promessa de participação de empresas como Merrill Lynch, Lehman Brothers, Citic Group, Noble Group e Titan Petrochemicals Group - apesar de os compromissos com a nova bolsa ainda precisarem ser firmados.

A riqueza crescente em países como China e Índia está espalhando demanda sem precedentes por matérias-primas, uma tendência que elevou os preços dos grãos e empurrou o petróleo bruto para mais de US$ 130 por barril . Os preços têm crescido tanto que Pequim foi forçado na semana passada a aumentar os subsídios.

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UE e Opep apóiam supervisão rigorosa(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B2 Mercados)

Da Agência Estado/Dow Jones

A União Européia, ao lado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), apóia uma supervisão rígida do mercado global de petróleo, afirmou o comissário de energia da UE, Andris Piebalgs. A idéia é conter a especulação com contratos futuros.

Após encontro de representantes da Opep e da UE, Pielbags disse a jornalistas que "os dois lados apóiam maior supervisão dos mercados". O presidente da Opep, Chakib Khelil, disse ser muito importante que a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CTFC), norte-americana, e a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA), britânica, endureçam a supervisão dos mercados.

A CTFC estuda aumentar o controle sobre os investidores que podem negociar no mercado de commodities. Em busca de diversificação e de proteção contra a inflação, investidores institucionais como fundos de pensão investiram alguns de seus bilhões em contratos financeiros que acompanham passivamente índices compostos de uma cesta de futuros de commodities.

Eles costumam comprar contratos por meio de acordo de swap fechado com um grande banco de investimento. Críticos dizem que a presença destes investidores ajuda a inflar os preços das commodities porque os bancos entram no mercado futuro para isolar os riscos de seus swaps (trocas).

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Inovação a serviço da sustentabilidade: Com plástico produzido a partir de etanol, o "carro verde" será viável

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A3 Opinião)

A pertinente discussão sobre os caminhos da humanidade para vencer o aquecimento global, reduzir a poluição atmosférica, suprir a demanda de alimentos e produzir combustível renovável, abundante e mais limpo, não pode prescindir de um elemento crucial: o amálgama da inovação, tecnologia e design. É inegável, como ficou claríssimo, em Roma, na reunião de cúpula da FAO , durante a Semana do Meio Ambiente, que o Brasil é o país que apresenta o melhor conjunto de requisitos para fazer frente aos desafios da sustentabilidade. Tais virtudes, reconhecidas como jamais ocorrera antes, constituem a extensão de nosso território -- a maior área agricultável disponível em todo o mundo --, clima e solos propícios, manufatura e agronegócio avançados e, em especial, a indiscutível capacidade brasileira de destilar altos volumes de etanol sem afetar a produção de alimentos. Em meio a tantos atributos, é importante, porém, notar um detalhe essencial: o fator que transformou o etanol de cana-de-açúcar na solução até agora mais viável para suprir a demanda de combustível renovável e menos poluente foi a tecnologia do carro multicombustível, ou dos chamados motores flex. Trata-se de um exemplo conclusivo. Ou seja, não nos basta cruzar os braços e aproveitar o "berço esplêndido" de nossa riquíssima natureza para que se cumpram os prognósticos do século passado de que seríamos "o celeiro do mundo" e as expectativas do presente, de que poderemos ser "a turbina do planeta". Já passou da hora de confirmarmos as previsões contidas no livro "Brasil, país do futuro", escrito na década de 40 pelo austríaco Stefan Zweig, romancista mais lido na Europa naquele período. Para isso, há muito a ser feito. Muito! Uma das principais vertentes das lições de casa que nos competem é a inovação no design e na engenharia industrial, transcendendo às soluções mecânicas e eletrônicas. Talento humano! Capacidade criativa! Arte! Tais virtudes, patenteáveis e de inigualável valor, também viabilizam soluções importantes, na mesma proporção em que os motores flex transformaram o etanol em diferencial competitivo do Brasil e boa alternativa para reduzir a poluição ambiental (a cultura da cana-de-açúcar seqüestra carbono da atmosfera e o álcool queimado no motor dos automóveis produz 8,5 vezes menos dióxido de carbono do que a gasolina). Uma boa resposta, aliás, à meta estabelecida pela União Européia (UE), de reduzir as emissões de veículos novos para 120 gramas de por quilômetro, até 2012. A utilização de materiais plásticos, mais leves, também deve contribuir para diminuir a emissão dos veículos, pois quanto menor o seu peso, menos combustível eles consumirão. O mesmo aplica-se ao design, na busca de taxas cada vez melhores de penetração aerodinâmica, o que pode ser definido de modo mais amplo como "design for environment". Da mesma forma, não devem ser descartadas inovações como a produção de plástico a partir do etanol. O "carro verde" com a carroçaria "colhida" nos canaviais, será viável. Assim, não é ficção o anúncio feito em Roma, pelo presidente Lula, sobre as possibilidades de produção desse veículo. Porém, é preciso possuir um espírito irreverente, que sintetize tecnologia em projetos de alta inovação criativa, buscando-se formas não convencionais, que explorem as possibilidades de novos materiais e meios. Estar atento a esses "novos/velhos" movimentos é estar lúcido e consciente de que a única coisa certa é a mudança, como diz um ditado chinês: "Somente em contínua evolução é que poderemos estar imersos na realidade". O pressuposto da inventividade, enfim, coloca-se como o fator capaz de potencializar todas as vantagens competitivas do Brasil no âmbito da luta pela sustentabilidade travada pela presente civilização. Que o governo, portanto, solucione os gargalos da infra-estrutura, garanta a soberania e a integridade ecológica da Amazônia, tenha melhores políticas de investimento agrícola, industrial e em P&D e continue seu empenho em romper as resistências do mundo desenvolvido às soluções brasileiras para o desafio da alimentação e energia, além de facilitar o acesso ao crédito, inclusive, aos que já se dedicam à inventividade. À iniciativa privada, como já vem fazendo com maestria, cabe consolidar a inovação como um dos fatores do desenvolvimento nacional. Porém, há um explícito descompasso entre o seu ritmo e a letargia no setor público.

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Os desafios a serem vencidos pelo Brasil podem ser definidos por um pensamento do designer italiano Bruno Munari: "Saber ver o mundo de modo mais profundo e imaginativo significa saber pensar com maior elasticidade e liberdade". Tal consciência, infelizmente ainda ausente em muitos, é imprescindível. kicker: Com plástico produzido a partir de etanol, o "carro verde" será viável

ESTHER FAINGOLD* - CEO da Mueller

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Sucroalcooleiro - Usinas fazem acordo inédito em etanol(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C8 Agronegócios)

Os grupos Cosan, Nova América, Alcoeste e Guarani informaram ontem que anunciariam hoje o fechamento de contrato com uma empresa européia. Segundo apurou a Gazeta Mercantil, os quatro grupos fornecerão com exclusividade etanol certificado para a Sekab BioFuels & Chemicals, a maior empresa da Suécia na área de biocombustíveis. Segundo fontes do mercado, a companhia sueca possui demanda anual de importação de 200 milhões de litros de álcool. Executivos da Sekab estiveram no Brasil na semana passada para concluir o acordo de fornecimento de etanol de cana-de-açúcar com garantia de qualidade ambientais, climáticas e sociais. Segundo fontes do mercado, o critério do "etanol certificado" foi desenvolvido pela Sekab juntamente com esses quatro grupos alcooleiros e abrange todo o ciclo de produção do etanol, desde a plantação da cana-de-açúcar. Conforme apurou a reportagem, esses critérios ambientais e sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), União Européia (UE), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e diversas Organizações Não-Gover-namentais (ONGs).

Cia Sueca

A Sekab possui plantas de reprocessamento de álcool na Suécia, onde mistura álcool à gasolina. Também possui rede de distribuição do combustível no norte da Europa. Estima-se que a Sekab forneça em torno de 90% de todo o etanol na Suécia, país que possui uma frota de 490 ônibus movidos a biocombustíveis. A Sekab é também uma das líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologia e processos de produção do etanol a partir de celulose, com uma usina piloto em operação desde 2004, em Ornskoldsvik, na Suécia. As exigências do contrato com os quatros grupos brasileiros têm tolerância zero com desrespeito às leis trabalhistas e desmatamento ilegal. Segundo fontes, o acordo também inclui a exigência de colheita mecanizada em 30% e o compromisso de aumentar para 100% até 2014. Há informações ainda de que uma companhia internacional e independente de verificação irá auditar duas vezes por ano as unidades de produção para garantir o cumprimento dos critérios estabelecidos no contrato.

(Fabiana Batista)

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Petróleo - Petrobras fará sociedade para explorar pré-sal: Estatal descarta, no entanto, criação de megaempresa

(Jornal do Brasil 25.06.2008 p. A19 Economia)

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Sabrina Lorenzi

A Petrobras admite a possibilidade de formar uma grande sociedade com as companhias que já possuem concessões no pré-sal da Bacia de Santos. Mas descarta a necessidade de constituir uma megaempresa com multinacionais e a União para explorar as jazidas, como se especula no mercado. Se houver mesmo uma única e imensa reserva de petróleo e gás sob blocos abaixo da camada de sal no entorno de Tupi e Carioca, as concessionárias vão se organizar "como num condomínio", disse o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

– Cada companhia já detentora dos direitos de exploração teria, assim, uma cota de petróleo e gás para explorar segundo as participações previstas nos contratos de concessão disse o executivo.

Embora não negue a necessidade de angariar recursos para desenvolver as áreas que ficam a 5 mil metros de profundidade, Barbassa destaca que o caixa ganhará impulso no momento em que o pré-sal mais precisará de investimentos. O preço elevado do barril de petróleo e o aumento de produção elevaram em 40% as ações da petroleira nos últimos três meses.

– Vamos precisar de recursos, não sabemos quanto, porque de um lado teremos um caixa crescente e de outro os limitadores da exploração no pré-sal – disse Barbassa. – Do outro teremos que aumentar os investimentos para explorar o pré-sal. As projeções indicam que a companhia vai produzir 3,5 mil barris de petróleo por dia em 2012. Até lá, os investimentos da Petrobras deverão somar US$ 112 bilhões e a geração de caixa será de US$ 104 bilhões, sob perspectivas conservadoras.

As projeções financeiras da companhia ainda não consideram a produção efetiva dos campos situados no pré-sal, que só devem começar por volta da segunda metade da próxima década. Quando começar a produção, tudo indica que os concessionários terão de se organizar para explorar as áreas, porque há fortes indícios de que os campos se interligam.

– Se isso acontecer e ficar provado que os campos são interligados, haverá, necessariamente, unitização – disse o executivo, com base no que determina a Lei do Petróleo sobre o tema.

Petrobras, BG, Repsol, Petrogal, Exxon, Shell e Amerada Hess, concessionárias do pré-sal de Santos, deverão, neste caso, "celebrar acordo para a individualização da produção", diz a lei, para que nenhum tome o petróleo do outro.

O problema é que a Lei do Petróleo define o modelo de unitização – que é a união de cargas em um só volume para transporte – para áreas já licitadas e, no caso do pré-sal, há ainda blocos que não foram concedidos e, portanto, pertencem à União. Como se pode observar em mapas disponibilizados pela Petrobras e pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a maior parte do território onde estão as reservas ainda não foi licitado.

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Energia - Cai o risco de racionamento de energia em 2009 e 2010 (Estado de São Paulo 25.06.2008 p. B7 Economia)

Leonardo Goy, Brasília

Diminuiu o risco de racionamento de energia em 2009 e 2010, informou ontem o Instituto Acende Brasil, que representa os investidores privados do setor elétrico. Estudo feito com a Consultoria PSR indica que,

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com base nos dados atuais e em um cenário de referência, o risco de o País ter racionamento em 2009 caiu dos 7,5% divulgados na pesquisa de fevereiro para 3%. Os riscos para 2010 foram reduzidos de 9,5% para 5%.

Os riscos estão no limite da tolerância de até 5% que o governo trabalha. O cenário de referência do Acende Brasil considera um aumento da demanda por energia de 5,1% ao ano e o cumprimento no cronograma de entrada de novas usinas.

O presidente do instituto, Cláudio Sales, afirmou que a redução dos riscos reflete a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, obtida com o acionamento das usinas termoelétricas. O problema, segundo ele, é que o uso dessas usinas - movidas a gás, carvão ou óleo - teve alto custo. “Essa segurança custou R$ 1 bilhão aos consumidores brasileiros, que é o custo de as térmicas terem sido ligadas de janeiro a abril.”

Sales cobrou do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) transparência nas decisões de acionamento de térmicas. “Corremos o risco de ver politizada uma decisão que é técnica”, disse.

Para ele, o governo “passou por cima” do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) quando o Conselho Nacional de Política Energética decidiu, em 2007, que o CMSE poderia decidir, em casos excepcionais, o acionamento das térmicas. O CMSE é formado por órgãos oficiais, como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o ONS.

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Brasil tenta derrubar na UE "taxa verde" ao álcool: País ameaça ir à OMC contra lei que tenta reduzir vantagem dos biocombustíveis

(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. B11 Dinheiro)

Brasil mobiliza diplomacia para convencer europeus das vantagens ambientais do álcool, que emite menos gases do que a gasolina

MARCELO NINIODE GENEBRA

O Brasil mobilizou sua diplomacia para convencer a União Européia a não levar adiante uma lei que reduziria a vantagem ambiental dos biocombustíveis, comprometendo a imagem do álcool e a campanha do governo Lula para transformar o produto em commodity internacional. Num encontro com representantes da UE na segunda-feira, diplomatas brasileiros deixaram claro que não descartam recorrer à OMC contra a iniciativa.O projeto que está atualmente em estudo no Parlamento Europeu prevê o corte de 24% na taxa de redução de emissões de gases poluentes de cada biocombustível, tornando-os menos atraentes. O álcool brasileiro, que emite 74% menos gases do que a gasolina, teria essa taxa reduzida para 50%.A preocupação com os possíveis danos dessa lei a seus interesses levou o Brasil a reunir, em sua missão em Bruxelas, membros da CE (Comissão Européia), o braço executivo da UE, e representantes de nove países. Embora a reunião tenha sido de nível técnico, e não político, os interesses comerciais não puderam ser ignorados.Elaborado pelo deputado sueco Anders Wijkman, o projeto cria uma taxa sobre o "uso da terra", com base numa idéia polêmica: a de que mesmo os biocombustíveis mais "verdes" provocam dano ambiental

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indireto, pois forçam o deslocamento de plantações e, nos piores casos, causam desmatamento. É exatamente a idéia que o Brasil tenta combater nos fóruns internacionais.Para convencer as autoridades européias das vantagens ambientais do álcool, o Itamaraty levou a Bruxelas o professor Isaías Macedo, especialista em biocombustíveis da Unicamp. A UE respondeu convocando seu próprio expert, Robert Edwards. O Brasil mostrou números da eficiência do álcool de cana, mas não deixou de lado a ameaça velada de apresentar uma queixa à OMC.O conceito de Wijkman, membro do Comitê de Meio Ambiente do Parlamento, divide opiniões também dentro da Comissão Européia. Há uma queda-de-braço entre os setores de Energia e Transporte, que são favoráveis aos biocombustíveis, e o de Meio Ambiente, que os vê com desconfiança.Os ambientalistas não conseguiram fazer a UE rever a meta de ter, até 2020, 10% do transporte rodoviário movido a biocombustíveis. Mantida a meta, abre-se um grande mercado para o biocombustível estrangeiro, principalmente o biodiesel, o mais usado na Europa.A nova norma, se aprovada, atingiria outros biocombustíveis com mais força que o álcool, mas o Itamaraty acha que a imagem do mercado como um todo sofreria um golpe. "Seria uma pancada" nos biocombustíveis, reconhece um especialista no assunto. O Brasil também prefere manter um recurso à OMC como uma opção remota, pois acha que causar barulho em torno do assunto pode ferir seus interesses mais do que uma possível vitória.

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Tributos - Setor elétrico apresenta sugestões para reforma(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A6 Política)

Representantes de associações do setor elétrico entregaram ontem ao relator da reforma tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO), uma série de sugestões para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 233/08, o projeto de reforma tributária.

Entre as sugestões, está a que pede a vedação constitucional do cálculo "por dentro". Usado hoje no ICMS, esse cálculo é o que inclui na base de cálculo do tributo para um bem ou serviço o próprio tributo. Os empresários também querem que a Constituição defina o que é cumulatividade e que o IVA federal seja submetido ao princípio da anterioridade tributária, que exige prazo mínimo para vigência de um novo tributo.

O relator da reforma, Sandro Mabel (PR-GO), afirmou que não terá como atender uma parte, como a exclusão do cálculo por dentro. O setor elétrico tem uma receita anual de R$ 100 bilhões e alega que mais de 35% de seu faturamento é gasto em tributos. Mabel deverá entregar seu relatório na próxima terça-feira.

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Caramba and Jupiter exploration blocks clarifications(TB Petroleum - Newsletter - 24.06.2008)

1) The exploration and production concession agreements signed between the National Petroleum Agency (NPA) and the concessionaires subdivide the exploratory phase into two or three periods. In the

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case of blocks BM-S-21 (Caramba) and BM-S-24 (Jupiter), the term for this phase is 8 years, subdivided into three periods: the first and second with three-year terms each, and the third, with a two-year term. 2) During each of these periods, the companies are required to comply with a minimum exploration schedule, which is defined in the concession agreement and normally includes the acquisition of seismic programs and/or drilling wells. To advance from one period to the next, all mandatory exploratory activities must have been carried out. 3) If oil or natural gas is discovered in the exploratory period, the concessionaires have the prerogative to propose an Evaluation Plan for such discovery to the NPA. This measure, as anticipated in the contract, extends the exploratory agreements automatically and, thus, the concessionaire has the right to retain the block or part of it. After the discovery Evaluation Plan has been completed, the concessionaires have the prerogative to declare the discovery commercial and then kick-off the field’s production phase. The production phase lasts 27 years and can be extended specifically for offshore fields. 4) In the case of blocks BM-S-21 and BM-S-24, the first exploration phase periods started on 08/29/2001. The first period’s exploratory programs were strictly performed with the execution of 850 Km2 and 2,041 Km2 of 3D seismics, respectively. The original commitment for the second period called for two shallow wells being drilled in each block which would not necessarily have to reach the pre-salt layer. Based on interpretation analyses of the seismic data that were acquired, as well as on their correlation with the results obtained for wells located in other blocks in the region, the concessionaires proposed the NPA make changes to the original commitment for the second period. The new commitment approved by the NPA involved drilling a deep well to reach the pre-salt section. It must be emphasized that the costs involved in drilling a deep well in this ultradeep water region, and then through the thick salt layer, is significantly higher than those involved in drilling the two shallow wells that had been foreseen originally. 5) Although all the efforts, external hurdles faced to secure an environmental permit to drill the wells and to hire the appropriate rigs blocked Petrobras to comply with the new commitment of reaching the pre-salt layer within the second exploratory period as originally forecasted. Therefore, the concessionaires applied for an extension for the second exploratory phase at the NPA what was legally authorized by the Agency, and no change was made to the deadline for the exploratory phase the concession agreement called for, i.e., August 2009. 6) The oil and natural gas discoveries made in blocks BM-S-21 (Caramba) and BM-S-24 (Jupiter), by means of the drilling of wells 1-SPS-51 (1-BRSA-526-SPS) and 1-RJS-652 (1-BRSA-559-RJS), respectively, were made, therefore, within the exploratory phase defined in the concession agreement, and the commitments taken-on for the second period were fulfilled. The discoveries were notified to the NPA, and this allowed the concessionaires to request an Evaluation Plan for the discovery without necessarily entering the third period of the exploratory phase.

http://www.tbpetroleum.com.br/news/see/id/12852/titulo/caramba-and-jupiter-exploration-blocks-clarifications

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Bacia de Santos pode ser reserva única de petróleo(Gaspetsc: Newsletter nº 802 - 24.06.2008)

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O bloco onde foram anunciadas as descobertas dos campos de Carioca e Guará ( BMS-9), na Bacia de Santos, tem mais cinco projetos que podem comprovar a existência de uma reserva única de petróleo e gás na região. Relatório divulgado ontem pelo Banco Credit Suisse aponta que os novos prospectos, chamados de Iguaçu, Complex, Tupã, Abaré, e Abaré Oeste, podem confirmar reservas superiores às de Tupi, onde a Petrobras já identificou potencial de até 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

Na prática, segundo o geólogo Giuseppe Baccocolli, essa confirmação exigiria a reunião das reservas numa concessão única, hipótese que vem sendo levantada no mercado. Ele lembra que não haveria necessidade de novos contratos, apenas formar uma empresa internacional única, composta pela Petrobrás, BG, Shell, Repsol, Galp, Exxon e Amerada Hess.

FONTE: Gás Brasil por Agência Estadohttp://www.gaspet.com.br/retornonot.asp?iNoticia=18208&iTipo=1&page=0&idioma=1

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Sobre Blocos de Caramba e Júpiter, Petrobras esclarece(Gaspetsc: Newsletter nº 802 - 24.06.2008)

A Petrobras diz em nota: “Com relação à matéria intitulada "Petrobras explorou óleo fora do prazo", publicada na edição de 18 de junho (quinta-feira),do jornal O Estado de S. Paulo, e à matéria intitulada "Petrobras desrespeita prazo para explorar", publicada na edição de 19 de junho (sexta-feira), do jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras apresenta os seguintes esclarecimento:

1) Os contratos de concessão de exploração e produção, firmados entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e os concessionários, prevêem que a fase exploratória seja subdividida em dois ou três períodos. No caso dos blocos BM-S-21 (Caramba) e BM-S-24 (Júpiter), esta fase tem a duração de oito anos, subdividida em três períodos: o primeiro e o segundo com duração de três anos cada e o terceiro com duração de dois anos.

2) Durante cada um desses períodos, as empresas têm obrigação de cumprir um cronograma mínimo de exploração, estabelecido no contrato de concessão, que normalmente inclui aquisição de programas sísmicos e/ou perfuração de poços. A passagem de um período para o seguinte requer o cumprimento das atividades exploratórias previstas.

3) No período compreendido pela fase exploratória, caso seja realizada descoberta de petróleo ou gás natural, os concessionários têm a prerrogativa de propor à ANP um Plano de Avaliação desta descoberta. Esta medida, conforme previsto no próprio contrato, estende automaticamente os prazos exploratórios, e nesse caso o concessionário tem o direito de reter o bloco ou parte dele. Ao final da execução do Plano de Avaliação das descobertas, os concessionários têm a prerrogativa de declarar a comercialidade da descoberta e, em seguida, iniciar a fase de produção do campo. A fase de produção prevista inicialmente é de 27 anos, no caso específico dos campos marítimos, podendo ter sua duração prorrogada.

4) No caso dos blocos BM-S-21 e BM-S-24, cujos primeiros períodos da fase de exploração foram iniciados em 29/8/2001, os programas exploratórios foram cumpridos integralmente com a realização de 850 Km2 e 2.041 Km2 de sísmica 3D, no primeiro período. O compromisso original para o segundo período previa a perfuração de dois poços rasos em cada bloco, que não necessariamente deveriam

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atingir a seção pré-sal. A partir dos estudos de interpretação dos dados sísmicos adquiridos, assim como da sua correlação com resultados de poços em outros blocos da região, os concessionários propuseram à ANP a alteração do compromisso original do segundo período. O novo compromisso, aprovado pela agência, referia-se a um poço profundo que deveria atingir a seção pré-sal. É importante lembrar que o custo de perfuração de um poço profundo em águas ultra-profundas, e após espessa camada de sal, é significativamente maior que o custo dos dois poços rasos originalmente previstos.

5) Apesar de todos os esforços da Petrobras, dificuldades alheias à sua vontade inviabilizaram a obtenção de licença ambiental para perfuração dos poços, bem como a contratação de sondas adequadas ao atendimento do novo compromisso para atingir a seção pré-sal, dentro do segundo período exploratório originalmente previsto. Assim, os concessionários solicitaram à ANP o prolongamento do segundo período da fase exploratória, o que foi legalmente autorizado pela Agência, mantido o prazo final da fase de exploração (agosto de 2009).

6) As descobertas de petróleo e gás natural realizadas, nos blocos BM-S-21 (Caramba) e BM-S-24 (Júpiter), com a perfuração dos poços 1-SPS-51 (1-BRSA-526-SPS) e 1-RJS-652 (1-BRSA-559-RJS) ocorreram, portanto, dentro da fase de exploração prevista no contrato de concessão, cumprindo o compromisso do segundo período. Tais descobertas foram notificadas à ANP, permitindo que os concessionários venham a solicitar Plano de Avaliação de descoberta sem necessariamente entrar no terceiro período da fase exploratória”, conclui.

FONTE: Gás Brasil por Revista Fatorhttp://www.gaspet.com.br/retornonot.asp?iNoticia=18209&iTipo=1&page=0&idioma=1

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Especialistas estudam possibilidade de Petróleo em Mato Grosso(Gaspetsc: Newsletter nº 802 - 24.06.2008)

Os estudos ainda são incipientes, mas a possível existência de "manchas petrolíferas" e gás natural em solo mato-grossense, já começa a despertar a curiosidade dos técnicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão responsável pela regulação de projetos na área de prospecção de petróleo e gás natural no Brasil. No foco das pesquisas estão a região do Parecis e até mesmo, o Pantanal. É a primeira vez que o assunto surge diante da opinião pública e poderá transformar a realidade estadual.

Tanto que já se encontram em pleno andamento estudos voltados para a descoberta de possíveis reservas encravadas nos chapadões ou mesmo na floresta amazônica, a exemplo do que já acontece com os estados do Acre e Amazonas.

Na Bacia do Parecis, no noroeste de Mato Grosso, por exemplo, nas amostras recolhidas foram encontradas moléculas de hidrocarbonetos, que revelam a possibilidade de petróleo. No entanto, estes estudos ainda estão recentes.

Há quem diga ainda que até mesmo o Pantanal mato-grossense abriga o chorume negro ou gás em seu subsolo. Na pior das hipóteses, os técnicos apostam na existência de hidrocarbonetos, um indicador de gás natural e que dá sinais da riqueza do subsolo mato-grossense.

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A ANP diz que há 7,5 milhões de quilômetros quadrados (km²) de bacia sedimentares a serem exploradas no Brasil. Cerca de 93% da área ainda está por explorar.

Para se ter uma idéia, no ano passado, o país fez apenas 103 furos em seu território para estudos de petróleo, enquanto - em um comparativo - no Sul dos Estados Unidos, no mesmo período, foram feitos 2,75 mil furos.

FONTE: Gás Brasil por Diário de Cuiabáhttp://www.gaspet.com.br/retornonot.asp?iNoticia=18206&iTipo=1&page=0&idioma=1

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Ministro reforça plano do Brasil de aderir à Opep(Gaspetsc: Newsletter nº 802 - 24.06.2008)

No dia em que o Brasil compareceu pela primeira vez a um encontro internacional como produtor, não apenas como consumidor de petróleo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou ontem os planos de adesão ao cartel que regula os preços internacionais do produto, cuja alta vem inquietando o mundo.

Segundo o ministro, a produção nacional deve aumentar para alcançar esse objetivo.

-- Nós podemos entrar na Opep se produzirmos mais petróleo -- disse Lobão em Jeddah, na Arábia Saudita.

Convocada pela Arábia Saudita, a conferência desse domingo reuniu 35 países, 25 companhias e sete organizações internacionais, mas ofereceu poucas boas notícias para retomar os negócios com petróleo na próxima semana (veja texto nesta página).

Segundo Lobão, a produção brasileira de petróleo deve atingir 2,3 milhões de barris diários em 2009 - 500 mil barris acima do nível médio atual.

Ao falar em nome do Brasil durante a reunião, o ministro ainda fez uma candente defesa dos biocombustíveis verde-amarelos.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também presente, reiterou a condição privilegiada do país:

-- O Brasil tem perspectivas favoráveis, tanto no aumento considerável de petróleo, com as recentes descobertas da Petrobras, quanto na produção de biocombustíveis.

Desde que surgiram os primeiros sinais da existência de uma gigantesca reserva de petróleo numa região que vai do Espírito Santo ao Norte de Santa Catarina, na camada de pré-sal, o governo brasileiro cogita da hipótese de aderir à Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que o ingresso teria como objetivo reduzir a pressão sobre os preços do óleo, que na sexta-feira atingiu US$ 134,62 na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

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Especialistas advertem, porém, que essa meta contraria a própria finalidade do cartel, que adota cotas de produção para os países-membros como forma de valorizar o combustível.

Além da condição básica exigida para ingresso - ser exportador líquido de petróleo - o Brasil precisa se comprometer a seguir as orientações do cartel e formalizar o pedido de adesão, o que ainda não ocorreu. Muita preocupação, poucos resultados

Como a Arábia Saudita convocou a reunião de emergência para discutir os preços do petróleo, analistas esperavam uma ação mais agressiva para conter a alta acelerada.

No entanto, a confirmação do rei Abdullah de que o país aumentará a produção diária de 9 milhões para 9,7 milhões de barris, a partir de julho, não foi considerada suficiente para uma trégua.

Nos discursos, houve mais comentários e promessas do que notícias capazes de aliviar o mercado.

O ministro do Petróleo saudita, Ali Naimi, disse que o país está pronto para ampliar em outros 2,5 milhões de barris por dia a produção caso seja necessário.

O país já tinha planos de elevar a capacidade até o fim de 2009 para 12,5 milhões de barris diários.

Essa quantidade pode chegar a 15 milhões de barris por dia nos próximos anos.

Mas parece não ter sido suficiente para esfriar a especulação nos mercados.

-- Nada de novo foi acrescentado.

(barril a) US$ 150, aqui vamos nós -- avaliou o analista americano Stephen Schork.

Além da Arábia Saudita, apenas Kuwait (400 mil barris/dia extras) e Emirados Árabes Unidos (acréscimo de 1,5 milhão de barris/dia) deram sinais concretos de aumento da produção, e ainda assim para um futuro incerto.

No documento final, os participantes apelaram para um "esforço concertado" de produtores e consumidores, investimentos em produção e para a maior eficiência no consumo de energia.

No sábado, o secretário de energia dos EUA, Samuel Bodman, havia afirmado que a alta se deve à insuficiência da produção, não a movimentos especulativos.

Para entrar no cartel

1. Cumprir exigência técnica

Embora o ministro Edison Lobão tenha reiterado a intenção do Brasil de se tornar membro da Opep, isso só poderá ser feito quando o país se tornar exportador líquido de petróleo - isto é, vender ao Exterior mais do que compra.

Essa é uma condição técnica para integrar o cartel que o Brasil ainda não cumpre.

Apesar da anunciada auto-suficiência, é preciso comprar petróleo do tipo leve no Exterior porque boa parte da produção nacional ainda é de óleo pesado.

Não há previsão exata do tempo necessário para atender essa exigência.

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2. Tomar decisão política

Integrar o cartel significa prestígio, poder político e econômico, mas grandes produtores - como Rússia, Estados Unidos e México, por exemplo - não estão na organização.

Um dos motivos é o fato de o cartel estabelecer cotas de produção, enquanto o Brasil tem interesse em desenvolver rapidamente suas reservas.

Na Opep, teria de aceitar limites à produção.

Além disso, no momento em que o país busca um papel influente nas negociações multilaterais, entrar para um cartel poderia comprometer esse esforço.

FONTE: Gás Brasil por Zero Hora/RShttp://www.gaspet.com.br/retornonot.asp?iNoticia=18212&iTipo=1&page=0&idioma=1

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Chuvas reduzem risco de racionamento(Valor Econômico 25.06.2008 p. A3 Brasil)

De Brasília

As fortes chuvas dos últimos meses diminuíram para menos de 5% o risco de racionamento até o fim de 2010, mas o país ainda não resolveu problemas estruturais de fornecimento e não pode considerar-se livre das ameaças de um déficit de energia em caso de uma nova estiagem prolongada. O diagnóstico é do Instituto Acende Brasil, que reúne os principais investidores privados do setor elétrico e divulgou ontem a quinta edição do "Programa Energia Transparente" - relatório periódico sobre as condições de abastecimento no país.

Simulações da PSR Consultoria, contratada pelo instituto, indicam que os reservatórios de hidrelétricas podem chegar ao fim de dezembro com apenas 42% de sua capacidade máxima, caso se repitam nos próximos meses as mesmas condições hidrológicas de 2007, quando as chuvas escassearam. Esse volume de armazenamento estaria abaixo dos 44% de estoque registrados em dezembro do ano passado. Em caso de uma seca mais severa, faltariam 900 megawatts (MW), já em 2009, para atender uma demanda que cresce 4,7% ao ano, no cenário de referência do governo.

Parece grave, mas isso representa menos de 1% de todo o parque instalado de usinas. O lado ruim do diagnóstico é que, para 2009, já não existe tempo suficiente para erguer novas unidades geradoras. De qualquer forma, graças às chuvas do primeiro semestre, o risco de racionamento caiu significativamente em relação ao boletim divulgado pelo Acende Brasil em fevereiro. Para 2009, a chance de faltar um único megawatt diminuiu de 6% para 2% - dentro da margem de segurança para uma matriz dependente de energia hídrica, como a brasileira, que é de 5%, no máximo. Para 2010, a ameaça caiu de 8,5% para 3,5%.

O instituto reconhece o cenário mais positivo, mas não deixa de apontar algumas distorções importantes. A principal delas, na avaliação do Acende Brasil, é que a estratégia adotada pelo governo para afastar a ameaça de um novo apagão no curto prazo teve custos excessivamente altos.

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Cláudio Sales, presidente do instituto, afirmou que o acionamento das térmicas já custou, apenas entre janeiro e abril, R$ 1,037 bilhão aos consumidores livres e cativos. A conta chega por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que paga a diferença entre o preço de mercado da energia elétrica e o custo de operação de usinas ligadas apenas para reforçar a segurança do sistema. Com preço de geração de R$ 150/MWh e R$ 325/MWh, respectivamente, as térmicas a gás natural e óleo combustível ficaram mais tempo do que o necessário em operação, observou. (DR)

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Risco de país ter apagão diminuiu, diz instituto: Mas acionamento de usinas termelétricas este ano custará R$1 bilhão a consumidores

(O Globo 25.06.2008 p. 27 Economia) Mônica Tavares

As projeções feitas pelo Instituto Acende Brasil para o risco de o país decretar racionamento no próximo biênio recuaram significativamente. No cenário para 2009, caiu de 7,5%, em fevereiro deste ano, para 3%. No caso de 2010, de 9,5% para 5%. No entanto, a sociedade pagará um preço alto pela tranqüilidade: R$1 bilhão, embutido na conta de luz. Esta é a fatura do acionamento das usinas termelétricas entre janeiro e maio. Foram elas que pouparam ao máximo água dos reservatórios no período de chuvas. As térmicas a gás natural só foram desligadas na semana passada.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), se fosse utilizar somente os parâmetros técnicos, deveria ter ficado com as termelétricas ligadas por no máximo quatro semanas. O prazo foi esticado pois, por uma resolução de dezembro de 2007, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), formado por vários ministros - inclusive a da Casa Civil, Dilma Rousseff -, deu poderes ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para, "em casos excepcionais", decidir quais e por quanto tempo as térmicas deverão ficar ligadas. A decisão tem que ser respaldada por estudos do ONS. O operador, porém, não quis se manifestar, bem como o Ministério de Minas e Energia.

Níveis dos reservatórios têm que estar, ao menos, em 53%

O problema, para o presidente do Acende Brasil, Claudio Salles, é que faltou transparência sobre a estratégia do governo. Ele adverte que isso impossibilita que a sociedade, mais precisamente as distribuidoras de energia, cujos controladores integram o Acende, se programem. Enquanto os valores não são repassados às tarifas, na época do reajuste anual, os custos são bancados pelas empresas.

A conta poderá ficar ainda mais alta. O CMSE, para garantir a segurança do sistema elétrico, determinou que o nível dos reservatórios tem que estar, em dezembro, em 53%, no caso do Sudeste/Centro-Oeste, e em 35% na Região Nordeste. Estes patamares dependem do comportamento das chuvas. Se os cálculos apontarem para menos do que isto, será necessário ligar novamente as usinas termelétricas. Salles defende que sejam realizadas audiências públicas antes que sejam adotadas novas medidas pelo CMSE.

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IMIGRAÇÃO EMPRESARIAL

Na Europa, o "vento frio da xenofobia"(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A7 Economia)

Elizabeth LopesDa Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem duras críticas ao "vento frio da xenofobia" dos países europeus. Para ele, o preconceito contra imigrantes é um problema sério em toda a Europa e só existe uma solução: "Não é proibindo os pobres de irem para a Europa, é ajudando a desenvolver os países pobres. Por isso falamos tanto na parceria com países do terceiro mundo para produzir etanol e biodiesel." Ele invocou o artigo 13.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos "contra os tambores do medo e da intolerância", que diz: "Todo ser humano tem o direito de circular livremente."

As duras críticas que o presidente Lula fez, na manhã de ontem, no seminário "A responsabilidade social nas empresas e os 60 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos", foram uma resposta à aprovação, na semana passada, pelo Parlamento Europeu, de uma nova lei de imigração que prevê sanções mais duras a todos aqueles que ingressarem de forma ilegal na Europa. Lula disse que o mundo "ainda não entende (a defesa que o País faz do etanol), mas vai entender."

Ao citar os 60 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Lula bateu duro: "Passadas seis décadas do mais ousado compromisso de paz, assinado por entre as rinhas da segunda guerra, fronteiras marcadas por preconceito e discriminação voltam a circundar países." E mais: "O vento frio da xenofobia sopra outra vez sua falsa resposta para os desafios da economia e da sociedade. Hoje, como ontem, o desemprego, a fome e a instabilidade financeira reclamam maiscoordenação entre as nações e solidariedade entre os povos ."

E depois das alfinetadas no Parlamento Europeu, por causa do endurecimento das leis de imigração, Lula elogiou a atitude brasileira: "Em meio a ameaças e sombras, a trajetória brasileira distingue-se positivamente no cenário internacional. Graças a uma convergência de esforços entre o Estado e as organizações da sociedade civil, acumulamos um saldo de conquistas humanistas que nos orgulha, mas redobra a responsabilidade e nos encoraja a ir além."

Lula argumentou que em seu governo os cuidados com os contingentes mais humildes da sociedade deixaram de ser encarados como ação paliativa. Para Lula, essa concepção de desenvolvimento, "indissociável do fortalecimento da cidadania, trouxe para dentro da democracia e da economia parte expressiva da população brasileira que durante séculos foi mantida na soleira da porta, praticamente do lado de fora do País".

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Política Externa - Petista chama lei de imigração de preconceituosa (Folha de São Paulo 25.06.2008 p. A6 Brasil)

DA REPORTAGEM LOCAL

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a recente lei de restrição à imigração da União Européia, que, segundo Lula, é preconceituosa. "Qual é o grande problema que nós temos no mundo desenvolvido hoje? É o preconceito contra a imigração", disse. Segundo Lula o preconceito causado pelo "medo de perder o emprego". "Isso hoje é um problema sério em toda a Europa e só tem uma solução: não é proibindo os pobres de irem para a Europa, é ajudando a desenvolver os países pobres", completou. Para o presidente "o vento frio da xenofobia sopra outra vez". A União Européia chegou recentemente a um consenso sobre um polêmico projeto de lei que estabelece regras comuns para a expulsão de imigrantes ilegais. Lula disse também que o Brasil é freqüentemente criticado sobre as condições de trabalho no plantio de cana, por exemplo, porque o país tem ocupado espaços no mundo.

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IMOBILIÁRIO

Obra Irregular - Estado pode demolir sem indenização(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B8 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

O Superior Tribunal de Justiça manteve a decisão que isentou o município do Rio de Janeiro do pagamento de indenização por obra irregular demolida pela administração municipal. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a pessoa que ergue prédio em área proibida afronta o ordenamento jurídico e assume o risco da sua conduta e do próprio prejuízo.

Para o TJ-RJ, a intervenção da Administração Municipal para determinar a demolição de obra pública realizada à margem de rio, em área pública, com risco de enchentes e desabamentos, com o intuito de canalizar e urbanizar o rio para prevenir acidentes e preservar o meio ambiente, configura ato administrativo de polícia com a finalidade de manter a ordem jurídica e proteger o interesse coletivo.

Responsável pela obra, Alexandre Brandão Francisco recorreu ao STJ, sustentando que, embora sua construção estivesse erguida em área não edificante e de proteção ambiental, o município deveria reconhecer sua boa-fé e conseqüente direito à indenização. Alegou, ainda, que a demolição sem o devido processo legal só é possível quando efetuada imediatamente após a construção e que, no caso, a demolição aconteceu mais de seis anos depois.

O relator do recurso no STJ, juiz convocado Carlos Mathias, ressaltou no voto que o acórdão do TJ-RJ afirma expressamente que o município, por diversas vezes, explicou ao recorrente a necessidade da realização das obras de canalização e urbanização do rio e o alertou quanto ao risco de enchentes e desabamentos e da impossibilidade de construir naquela área, oferecendo, inclusive, compensação pecuniária ou remoção para outro local.

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Questão Fundiária - União vai recadastrar terras de estrangeiro: Na Amazônia, ONGs também terão de legalizar situação no Incra

(Estado de São Paulo 25.06.2008 p. A11 Nacional)

Vera Rosa, BRASÍLIA

O governo vai promover o recadastramento, no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dos imóveis rurais de estrangeiros e de entidades sem fins lucrativos financiadas por recursos internacionais na Amazônia Legal. Além disso, o ingresso em território indígena e em áreas de proteção ambiental, naquela região, ficará condicionado, até o fim deste ano, à apresentação de visto temporário ou registro de permanência por parte de visitantes do exterior.

O pacote de medidas consta de relatório preparado pela Secretaria Nacional de Justiça, Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério da Defesa para controlar a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) na Amazônia e impedir a biopirataria e a venda de terras na floresta. A PF já está investigando operações realizadas ali pelo empresário sueco Johan Eliasch - que comprou 160 mil hectares na Amazônia - e fechará o cerco às ONGs. A entrada em reservas indígenas e áreas estratégicas passará pelo crivo dos ministérios da Justiça e da Defesa assim que for editado decreto presidencial sobre o assunto, previsto para setembro. A multa para quem descumprir a ordem vai variar de R$ 5 mil a R$ 100 mil.

“Não é nosso objetivo criminalizar as ONGs, mas precisamos separar o joio do trigo”, afirmou o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Embora o principal alvo do governo seja limitar a invasão estrangeira, o secretário nega que as medidas tenham esse intuito. “Isso seria discriminatório”, alegou. “O que nós queremos é controlar a entrada de entidades de fachada para comércio ilegal de terras, exploração de índios e biopirataria.”

O relatório, obtido pelo Estado, sugere que a União condicione a compra de imóvel rural situado na Amazônia - tanto por parte de estrangeiros como de brasileiros - à aprovação do Conselho de Defesa Nacional. Mais: quer que a aquisição da propriedade seja vinculada a “finalidades sociais”, como projetos agropecuários.

“É imprescindível e legítimo regular e impor restrições a entidades que recebam recursos públicos, executem funções ou políticas públicas ou, ainda, que exerçam atividades em locais sensíveis à soberania e aos interesses nacionais (como é o caso da Amazônia Legal)”, destaca o documento.

A força-tarefa promovida pelo governo constatou que a União não tem controle sobre a entrada de ONGs na região e muito menos sabe o seu número. O relatório diz, por exemplo, que o cadastro do Ministério da Justiça abriga apenas 27 entidades autorizadas a funcionar nos Estados da Amazônia Legal e 163 em todo o País. Pelos cálculos dos militares, porém, há 100 mil ONGs que atuam somente na Amazônia.

A lista dos problemas encontrados pela equipe - chamados no relatório de “condutas desviantes” - é imensa. Vai de desvio de recursos repassados às ONGs até autorizações dadas pela Funai para que estrangeiros entrem em reservas indígenas sem visto, passando por entidades de fachada, ligações nebulosas com políticos, espionagem, superfaturamento e campanhas de internacionalização da Amazônia. O governo também descobriu uma triangulação para que as terras, registradas por empresas brasileiras, permaneçam sob controle de estrangeiros.

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JUDICIÁRIO

Sistema mede produção de magistrados (Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

Agência O Globo, de Brasília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou ontem um sistema na internet com informações sobre a produtividade das varas de todo o país, o que permitirá que os cidadãos fiscalizem se os juízes de todos os municípios estão mesmo trabalhando. O sistema inaugurou com dados preliminares. As informações completas, como a quantidade de processos julgados no último mês, devem ser disponibilizadas em breve. O levantamento, chamado Justiça Aberta, foi realizado ao longo do primeiro semestre deste ano. Os dados podem ser acessados pelo site www.cnj.gov.br.

A partir das informações, é possível criar uma lista dos juízes mais operantes do país. No mês passado, o juiz Nelson Ferreira Junior, da vara de execuções criminais do Distrito Federal, liderava o ranking. Para evitar a competitividade entre os magistrados, o CNJ evitou dar publicidade aos mais produtivos. O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse que, com o acesso aos dados, os cidadãos terão a chance de verificar se o magistrado que atende sua comarca demora muito para julgar as ações. Se isso for constatado, será possível apresentar uma reclamação contra o juiz ao conselho. Eventuais desvios de conduta dos juízes podem ser punidos com uma simples advertência até a aposentadoria compulsória.

Segundo o juiz assessor da corregedoria do CNJ, Murilo Kieling, há planos de ser fazer rankings restritos do desempenho dos juízes, segundo cada comarca e por área - como cível, penal e família - para haver comparação em igualdade de condições. Mas não há planos de divulgar um ranking nacional.

(Colaborou Fernando Teixeira, de Brasília)

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STJ - Devolver processo sem sair do carro(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B8 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

Instalado no estacionamento externo em frente ao prédio da Administração, o Protocolo Judicial Avançado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) já está funcionando para a devolução de processos. A partir de agora, o advogado não precisa mais procurar vaga, estacionar e se deslocar às coordenadorias das Turmas, Seções e Corte Especial. Com o novo serviço, a devolução será feita em guichê específico, das 8h às 18 h, sem a necessidade de sair do veículo.

A cerimônia de inauguração, realizada na manhã de ontem, foi conduzida pelo presidente do STJ, ministro Humberto Gomes de Barros.

Segundo Gomes de Barros, o novo serviço é uma homenagem do STJ aos advogados, classe que justifica a existência do Poder Judiciário e o faz trabalhar, e tem um aspecto positivo, um negativo e um culpado. O positivo é que o advogado não precisará mais de longas caminhadas e da estressante

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procura por vaga no estacionamento; o negativo é que o serviço vai afastar ministros e servidores do convívio com os advogados; e o culpado é o automóvel, "essa doce praga da sociedade moderna".

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Internet - CNJ permite acesso a dados estatísticos do Judiciário(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B9 Direito & Justiça)

DA AGÊNCIA ESTADO

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou ontem, em Brasília, o Sistema Justiça Aberta, que permitirá a qualquer cidadão ter acesso aos dados estatísticos do Judiciário. Desenvolvido pela Corregedoria do CNJ, o novo sistema tem o objetivo de oferecer uma visão contextualizada do Poder Judiciário, possibilitando que a sociedade acompanhe diretamente a atuação do setor.

"Esse dados estarão disponíveis para que os mais diversos setores da sociedade brasileira possam dialogar diretamente com o CNJ e com os diversos órgãos juridicionais de forma crítica, dizendo inclusive que determinado tipo de concepção pode estar equivocado", disse o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

De acordo com o CNJ, as ferramentas do Sistema Justiça Aberta permitirão a edição de quadros comparativos entre juízos de uma mesma região ou Estado, como o cotejo de quantitativos de acervos, processos distribuídos e sentenças proferidas.O corregedor nacional de Justiça, ministro César Asfor Rocha, destacou que a preocupação do Conselho é estabelecer linhas de planejamento de gestão para o Judiciário.

"A questão disciplinar ainda é objeto das nossas preocupações (do CNJ), mas o que mais revela a ação atual é estabelecer pontos de gestão, pontos estratégicos de atuação judiciária, afirmou Asfor Rocha. "É um passo significativo no que concerne essa idéia de planejamento, de organização do Poder Judiciário, enquanto serviço público. A idéia é que nós estamos sempre prestando contas. É fundamental que nós tenhamos essa visão", disse Gilmar Mendes.

O acesso do Sistema Justiça Aberta já está disponível no site (www.cnj.jus.br) do Conselho a partir do final da tarde de hoje.

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MARÍTIMO

Infra-Estrutura - Proposta para licitar portos é absurda, diz Eike Batista: Empresário critica modelo que pode excluir idealizador do projeto da disputa

(Valor Econômico 25.06.2008 p. A3 Brasil)

Vera Saavedra Durão e Francisco Góes

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A decisão do governo de adotar licitação pública para portos privativos surpreendeu o empresário Eike Batista, cujo grupo planeja construir três terminais portuários para movimentar carga própria e de terceiros com investimentos totais estimados em US$ 3,9 bilhões. A proposta do governo pode excluir da disputa o próprio idealizador do projeto. "Se sou dono da terra e do projeto não sou obrigado a vender nada. Uma licitação para hidrelétrica tem como base o curso de um rio que pertence à União, mas, na minha casa, faço o que eu quiser. Será que voltamos a era da estatização?", indaga.

Batista desenvolve os projetos para instalar três terminais de uso privativo misto, figura jurídica que permite movimentar carga própria e de terceiros. Em todos os empreendimentos portuários de Batista, a carga própria é o minério de ferro do grupo.

O projeto mais avançado é o Porto Açu, em São João da Barra, Norte fluminense, com investimentos previstos em US$ 1,6 bilhão. O Porto Brasil, em Peruíbe, ao sul de Santos (SP), orçado em US$ 1,9 bilhão, está em fase de execução do projeto básico, a cargo das empresas Promon e Sandwell, e início dos estudos de impacto e relatório ambiental (Eima-Rima). Peruíbe começaria a operar em 2012 e poderia chegar a 2016 com capacidade anual de movimentar 3,2 milhões de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés). O grupo também desenvolve o projeto do porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ), com custo de US$ 381 milhões.

Batista supõe que se a idéia do governo não for bem elaborada pode complicar as coisas para quem está buscando investir em portos privados. Ele lembrou que o mar, assim como os rios, são de propriedade da União, diferente dos terrenos onde estão sendo desenvolvidos projetos de terminais de uso privativo misto, cujos donos são grupos privados.

"Eu estive com a Dilma (Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil) e falei para ela que é preciso deixar o Brasil competir em todas as áreas, não ter monopólio. A concorrência é saudável e quanto mais portos tiver no país, melhor. O bom é ter dono de porto concorrendo um contra o outro. Agora como vou entrar com meu projeto em uma licitação se a área é minha? Vão me expropriar? Não tem nada a ver. Estou criando um conceito de porto-indústria, um 'business' que nem existia. Que licitem em outro lugar!", criticou.

Na ótica de Batista, como o Brasil é grande, tem 8 mil quilômetros de costa, a União pode usar os terrenos que é dona, bem como os Estados e municípios, para fazer um pacote e licitar áreas para construção de portos pelo setor privado. Caso contrário, se resolver mesmo licitar os projetos de portos privados, o porto de Peruíbe poderá mudar de configuração, voltando-se exclusivamente para carga própria, o embarque de minério de ferro das minas de Corumbá (MT).

A proposta lançada por Brito deixou muitas dúvidas no setor privado. Empresários que desenvolvem projetos portuários dizem que a lei dos portos determina que a concessão de novas áreas, dentro do chamado porto organizado, tem de ser precedida de licitação. Terminais fora do porto organizado e situados em terrenos privados operam mediante autorizações.

"A dificuldade é entender como seria dada uma concessão em cima de terreno privado", questiona Carlo Bottarelli, presidente do conselho de administração da Portonave, terminal de uso privativo misto de Navegantes (SC). Executivo de uma empresa que opera contêineres disse que a questão é como adequar os terminais privativos regidos por direito privado mas que, na prática, prestam serviço público, para terceiros.

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Governo vai propor concessões por 25 anos (Valor Econômico 25.06.2008 p. A3 Brasil)

Daniel Rittner

O governo avalia que poderá atrair investimentos privados de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões para a construção e operação de novos portos, nos próximos dez anos. As concessões para esses empreendimentos serão dadas por 25 anos - com possibilidade de prorrogação por mais 25 -, segundo o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito. O novo modelo, que será instituído por meio de decreto presidencial, não imporá qualquer tipo de restrição à participação de estrangeiros. "Acho que vem gente do mundo inteiro. Por onde viajo lá fora, vejo que há empresas interessadas em investir no Brasil", afirmou o ministro.

Brito prevê que as regras sejam publicadas na primeira quinzena de julho. A primeira versão do decreto já foi encaminhada pela secretaria à Casa Civil e está em análise, até o fim desta semana, pela Subchefia de Assuntos Jurídicos. O passo seguinte é uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma última avaliação.

Como havia dito o ministro anteriormente, cairá a regra que exige que os novos terminais privativos de uso misto (cargas próprias e de terceiros) tenham uma carga própria que, por si só, justifique o investimento. Essa restrição é imposta por uma resolução de 2005 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo ele, a agência deverá readequar essa norma ao futuro decreto.

Brito disse que, até o fim de agosto, terá a modelagem das concessões pronta. Para ganhar o direito de explorar os portos, as empresas deverão obrigatoriamente disputar licitações públicas. Ele não antecipou qual será o critério para definir os vencedores. O certo, por enquanto, é que haverá leilões e os projetos deverão constar de um plano nacional de outorgas - a ser elaborado em 180 dias, contados a partir da publicação do decreto, pela Antaq. Se quiser, o setor privado poderá apresentar seus próprios projetos. O governo avaliará sua conveniência e, em caso positivo, eles serão licitados - exatamente como no setor elétrico.

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Indústria Naval - TWB desenvolve ferry-boat bicombustível (Valor Econômico 25.06.2008 p. B1 Empresas)

Guilherme Manechini

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Atenta aos impactos da alta do petróleo em suas margens operacionais, a TWB resolveu apostar suas fichas em um ferry-boat bicombustível para operar a linha Salvador - Ilha de Itamaracá, da qual é concessionária desde 2006. Além da utilização de gás natural, a busca pela redução de gastos com o óleo diesel levou o estaleiro a optar por construir a embarcação em alumínio ao invés de aço, o que significou um peso quase três vezes inferior ao de modelos tradicionais.

Batizado na Bahia de Ivete Sangalo, o equipamento entrará em operação a partir de julho. O próximo ferry-boat bicombustível da empresa tem início previsto na mesma linha até o fim de 2009. O investimento total nas duas embarcações foi de R$ 60 milhões, sendo que R$ 55,3 milhões foram financiados pelo Banco do Nordeste (BNB). Segundo Reinaldo Pinto dos Santos, presidente da TWB, a perspectiva é de que a empresa construa e comercialize para terceiros mais três embarcações semelhantes ao Ivete Sangalo até 2010. As duas primeiras serão para uso próprio.

"Nossa meta é a especialização em embarcações especiais", diz Santos, ao explicar que os potenciais mercados de modelos fabricados em alumínio são embarcações militares e empresas de transporte de passageiros.

A conversão dos motores diesel Caterpillar para gás natural foi realizada em parceria com a Petrobras, Bahia Gás e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). O resultado é a substituição de até 70% do diesel utilizado pela embarcação.

Já a escolha por um ferry-boat feito em alumínio naval ocorreu após a compra de um projeto da australiana Smart Transport Solutions (STS). A aquisição do projeto tornou a TWB a representante da STS na América do Sul. Dessa forma, qualquer encomenda na região será construída no estaleiro da TWB, em Navegantes (SC).

Mas a preferência por alumínio no lugar do aço não é novidade na empresa. "No total, produzimos dez embarcações de alumínio nos últimos três anos", informa Santos. De acordo com o executivo, os modelos fabricados em alumínio naval já foram vendidos à Marinha Mercante brasileira e à Petrobras. No caso da estatal, são dois barcos modelo catamarã utilizados na contenção de vazamentos de óleo.

O movimento de substituição de matérias-primas, nesse caso, só não é maior devido ao alto custo e a menor resistência à impactos do alumínio na comparação com modelos de aço. Paul Kempers, diretor responsável pelo estaleiro da TWB, estima que o preço de uma mesma embarcação feita em aço seria de aproximadamente 70% de uma construída em alumínio.

A concessão da linha Salvador - Ilha de Itamaracá foi conquistada em 2006 e já representa cerca de 25%, ou R$ 33,6 milhões, do faturamento do ano passado, de R$ 112 milhões. O restante do resultado é composto pelo estaleiro e pela área de locação de equipamentos marítimos da TWB. A previsão para 2008 é de um resultado de R$ 130 milhões.

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Portos - US$ 15 bi a US$ 20 bi com novas concessões: Novo regime acaba com exigência de carga própria mínima nos terminais privados; ministro Pedro Brito nega divergências com Dilma

Rousseff(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. A5 Economia)

Leonardo Goy

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Da Agência Estado

O ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, anunciou ontem que pretende criar um regime de concessões à iniciativa privada para a construção e operação de novos portos marítimos no País. "O modelo seria semelhante ao das usinas hidrelétricas", informou. Brito esclareceu que neste novo regime de concessões não haverá restrição com relação à quantidade de carga própria do investidor interessado nos portos. Segundo o ministro, esse modelo para a construção de portos deverá gerar investimentos privados de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões nos próximos dez anos.

A regra atual estabelece que, para a construção de terminais privativos, é necessário ter carga própria. No regime de concessão, o governo vai definir projetos que considera prioritários - inclusive alguns que venham a ser apresentados por investidores privados - e vai colocar essas obras em licitação. Segundo Brito, a idéia é que os vencedores construam os portos e os operem por um prazo de 25 anos, prorrogáveis por mais 25.

Esse novo modelo de gestão portuária deverá ser criado por meio de decreto. O texto da Secretaria de Portos com a proposta já foi enviado à Casa Civil, onde está sendo avaliado sob o ponto de vista jurídico. Brito disse que o governo deverá editar o decreto na primeira quinzena de julho. Na segunda-feira, porém, a Secretaria chegou a informar que o decreto sairia até o fim deste mês.

Segundo Pedro Brito, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, já se mostrou favorável à minuta do decreto ."Não há divergência quanto à proposta", garantiu. Brito afirmou que, após a publicação do decreto, será rápido o processo de definição do modelo das futuras concessões portuárias."Queremos ter tudo isso pronto até o fim de agosto", disse.

A Secretaria de Portos ainda não definiu, por exemplo, se o leilão para a escolha dos empreendedores que vão construir e operar os portos levará em conta a menor tarifa cobrada pelos serviços ou o pagamento de outorgas ao governo. "Pode até ser uma combinação das duas coisas", disse. A uma pergunta sobre a intenção do empresário Eike Batista de construir um porto em Peruíbe, Brito disse apenas que não teria como comentar porque não dispõe de dados formais sobre o projeto.

O ministro afirmou que a idéia de estabelecer um novo regime para a construção de portos é atrair o capital privado. Mas deixou claro que caberá ao governo, por meio de um plano de outorgas, determinar quais portos serão colocados em disputa. As empresas privadas que fizerem estudos de viabilidade sobre eventuais novos portos poderão enviar as propostas ao governo, que selecionará quais projetos serão leiloados.

Segundo Brito, ao selecionar quais novos portos serão construídos, a secretaria levará em conta os investimentos em logística que estão sendo desenvolvidos nas ferrovias e nas rodovias. "O papel do Estado é garantir que se respeite uma visão global da logística", disse.

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Portos - Governo flexibiliza terminais privados(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C3 Infra-Estrutura)

O governo vai permitir a abertura de terminais privados para a movimentação de cargas de terceiros, sem limites de quantidade. A construção e a administração desses terminais caberá à iniciativa privada,

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mediante concessão. Os projetos terão que passar por licitações públicas, e os vencedores dos leilões não serão obrigados a provar que possuem carga própria em quantidade suficiente para justificar o empreendimento. A medida será tomada por decreto presidencial que está sendo finalizado na Casa Civil, que, ainda nesta semana, deve encaminhar o texto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser sancionado, o que deve ser feito na primeira quinzena de julho, prevê o ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos. Com as novas regras, a previsão do governo é de que o setor receba investimentos avaliados entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões de empresas nacionais e estrangeiras. Os investidores poderão formar consórcios e contar com a participação de fundos de pensão para a concretização dos negócios. O governo espera que essa mudança no marco regulatório sirva para dirimir disputas jurídicas entre investidores, sem mexer na Lei dos Portos (número 8.630/93). O novo modelo para o setor portuário é parecido com o do setor elétrico, onde ativos da União são administrados pela iniciativa privada. Um dos critérios que deverá ser estabelecido pelo Plano de Outorgas é que os investidores poderão sugerir o local para a construção dos portos, mas quem vai definir o lugar é o governo. "O porto vai se localizar onde for de interesse da comunidade, e não de interesse exclusivamente privado", adiantou o ministro. O governo também quer maior utilização da intermodalidade no transporte de cargas. Está em estudo estabelecer um limite para cada modal na matriz de transporte, para alguns casos especiais. A concessão será por 25 anos, renováveis por mais 25. A contrapartida dos investidores ainda está em discussão. As alternativas são a de cobrar uma tarifa pela administração dos terminais ou o maior valor pela outorga. Também poderá ser criada uma alternativa intermediária entre as duas possibilidades, sinaliza Pedro Brito. Além do decreto que estabelece as novas regras para o setor portuário, o governo vai criar um Plano de Outorga no qual serão definidas as prioridades do Planalto para o setor que deverá estar concluído até o fim de agosto, projeta o ministro. O decreto vai regulamentar a lei, que não versa sobre a movimentação de contêineres, o que impede que a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) permita que portos privados movimentem cargas de terceiros. Com a regulamentação, a agência terá que adequar-se à nova legislação. "A lei de hoje não dá abrigo para terminais de contêineres. Com o decreto, isso vai acontecer", disse Brito. O governo está confiante que a nova regulamentação vai resolver as pendências jurídicas do setor. "O que não pode é ficar como está, gerando pendências e divergências entre investidores", disse Brito. Segundo o ministro, esse é o modelo predominante no mundo. "Não existe porto privado, à exceção de alguns pequenos na Inglaterra. Porto é concessão pública", reforça o ministro. Os terminais que já são operados por empresas, como é o caso de alguns administrados pela Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce, Bunge e Cargill, por exemplo, não estarão sujeitos às novas regras.

(Rivadavia Severo) Retornar ao índice de assunto

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Infra-Estrutura - Iniciativa privada terá a concessão de portos: Decreto presidencial está em fase final na Casa Civil

(Jornal do Brasil 25.06.2008 p. A18 Economia)

Rivadavia Severo - Brasília

O governo vai permitir a abertura de terminais privados para movimentação de cargas de terceiros, sem limites de quantidade. A construção e a administração desses terminais caberá à iniciativa privada, mediante concessão. Os projetos terão que passar por licitações públicas e os vencedores dos leilões não serão obrigados a provar que possuem carga própria em quantidade suficiente para justificar o empreendimento.

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A medida está em fase final na Casa Civil que, ainda nesta semana, deve encaminhar o texto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser sancionado. A previsão do ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, é que o decreto será sancionado na primeira quinzena de julho.

Com as novas regras, o setor receberá investimentos entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, segundo o governo, de empresas nacionais e estrangeiras. Os investidores poderão formar consórcios e contar com a participação de fundos de pensão para os negócios.

O governo espera que a mudança sirva para dirimir disputas jurídicas entre investidores, sem mexer na Lei dos Portos. O novo modelo para o setor portuário é parecido com o do setor elétrico, onde ativos da União são administrados pela iniciativa privada.

Um dos critérios que deverá ser estabelecido é que os investidores poderão sugerir o local para a construção dos portos, mas a palavra final será do governo.

– O porto vai se localizar onde for de interesse da comunidade e não de interesse exclusivamente privado – adiantou o ministro.

A concessão será por 25 anos renováveis por mais 25. A contrapartida dos investidores ainda está em discussão. As alternativas são a de cobrar uma tarifa pela administração dos terminais ou o maior valor pela outorga.

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Lobby faz governo criar novo modelo de concessões para setor portuário(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 5 Negócios)

O ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, anunciou que pretende criar um regime de concessões à iniciativa privada para a construção e operação de novos portos marítimos no país. "O modelo seria semelhante ao das usinas hidrelétricas", informou. Brito esclareceu que neste novo regime de concessões não haverá restrição com relação à quantidade de carga própria do investidor interessado nos portos.Segundo o ministro, esse modelo para a construção de portos deverá gerar investimentos privados de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões nos próximos dez anos.

A regra atual estabelece que, para a construção de terminais privativos, é necessário ter carga própria. No regime de concessão, o governo vai definir projetos que considera prioritários - inclusive alguns que venham a ser apresentados por investidores privados - e vai colocar essas obras em licitação. Segundo Brito, a idéia é que os vencedores construam os portos e os operem por um prazo de 25 anos, prorrogáveis por mais 25.

Esse novo modelo de gestão portuária deverá ser criado por meio de decreto. O texto da Secretaria de Portos com a proposta já foi enviado à Casa Civil, onde está sendo avaliado sob o ponto de vista jurídico. Brito disse que o governo deverá editar o decreto na primeira quinzena de julho.

Nesta segunda-feira, porém, a Secretaria chegou a informar que o decreto sairia até o fim deste mês. Segundo Pedro Brito, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, já se mostrou favorável à minuta do

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decreto. "Não há divergência quanto à proposta", garantiu. Brito afirmou que, após a publicação do decreto, será rápido o processo de definição do modelo das futuras concessões portuárias. "Queremos ter tudo isso pronto até o fim de agosto", disse.

A Secretaria de Portos ainda não definiu, por exemplo, se o leilão para a escolha dos empreendedores que vão construir e operar os portos levará em conta a menor tarifa cobrada pelos serviços ou o pagamento de outorgas ao governo. "Pode até ser uma combinação das duas coisas", disse.

Eike Batista

A uma pergunta sobre a intenção do empresário Eike Batista de construir um porto em Peruíbe, Brito disse apenas que não teria como comentar porque não dispõe de dados formais sobre o projeto.

O ministro afirmou que a idéia de estabelecer um novo regime para a construção de portos é atrair o capital privado. Mas deixou claro que caberá ao governo, por meio de um plano de outorgas, determinar quais portos serão colocados em disputa. As empresas privadas que fizerem estudos de viabilidade sobre eventuais novos portos poderão enviar as propostas ao governo, que selecionará quais projetos serão leiloados.

Segundo Brito, ao selecionar quais novos portos serão construídos, a secretaria levará em conta os investimentos em logística que estão sendo desenvolvidos nas ferrovias e nas rodovias. "O papel do Estado é garantir que se respeite uma visão global da logística", disse.

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Publicada lei que prorroga regime tributário para modernização da estrutura portuária (Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

Com o nova legislação, as vendas de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado interno ou a sua importação, ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto de Importação.

O dispositivo se aplica a compras no mercado nacional ou internacional diretamente pelos beneficiários do Reporto e destinados à utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, na execução dos serviços de dragagem e nos Centros de Treinamento Profissional, na execução do treinamento e formação de trabalhadores.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18695&data=25/6/2008

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Porto privado: regras saem em agosto: Previsão é da secretaria que trata do tema. Antaq e empresários temem atraso

(O Globo 25.06.2008 p. 27 Economia) Henrique Gomes Batista

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Britto, espera que a regulamentação da construção de portos privados de contêineres no Brasil - que deve ser liberada por decreto até a primeira quinzena de julho - esteja pronta em agosto, pavimentando o caminho para que o país atraia entre US$15 bilhões e US$20 bilhões de investimentos para o setor em dez anos. O governo esteve dividido sobre a liberação, o que adiou a definição do modelo proposto para o setor, que ainda precisa ser aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Empresários e o presidente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, acreditam que este processo não estará pronto em agosto. Ao contrário, pode demorar bastante, por não haver precedentes, e afugentar os investimentos que o Executivo quer atrair.

Modelo de licitação ainda não foi definido

A proposta de decreto presidencial elaborada pela secretaria já está em análise na Casa Civil e prevê a permissão para a criação de portos privados. Estes terminais terão de ser licitados e serão assumidos pela União após 50 anos. A proposta também libera os investimentos para empresas de todos os setores e nacionalidades, ou seja, não haverá restrição ao capital estrangeiro.

- A nossa proposta é técnica e está em análise no jurídico da Casa Civil. Depois disso ainda precisa de aprovação do presidente da República, mas acredito que ela será da forma como está, sem alterações, pois estamos trabalhando em linha com que o governo pediu - afirmou Britto, adiantando que os critérios para a aprovação das propostas dos empresários e o formato de licitação ainda não estão definidos.

Para o vice-presidente-executivo da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), Ralph Lima Terra, é necessária uma rápida regulamentação das novas normas para atrair recursos.

- Nós tememos que a demora na regulamentação afaste investimentos. Este decreto precisa responder todas as questões sobre formas da iniciativa atuar no setor: o como, quando, onde e de que forma.

Já o vice-presidente de transporte aquaviário, ferroviário e aéreo da Confederação Nacional de Transportes, Meton Soares Júnior, afirma que o importante é haver discussão:

- Ainda estamos discutindo sobre algo a que não tivemos acesso. Mas é claro que este decreto pode gerar anos de discussões, parar na Justiça. Vamos torcer para que a resolução seja rápida.

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MINERAÇÃO

Minéio de Ferro - Demanda mundial vai se manter forte, diz Vale (Valor Econômico 25.06.2008 p. B8 Empresas)

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André Vieira

O recente reajuste de 85% obtido pela mineradora anglo-australiana Rio Tinto com usinas de aço chinesas para o minério de ferro indica que a demanda pela matéria-prima continua forte, principalmente na Ásia, disse ontem o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, em evento realizado em São Paulo.

Agnelli disse que é provável que as negociações futuras de preços a serem fechadas pela Vale sejam influenciadas pela decisão da mineradora australiana. Ele indicou também que o modelo de reajuste de preços tradicionalmente realizado pelas mineradoras deverá mudar.

A Rio Tinto anunciou na segunda-feira que firmou contrato de reajuste de 85%, na média, com a gigante siderúrgica Baosteel, da China - índice maior do que os 65% a 71% contratadas pela Vale em fevereiro último. A baosteel liderou as negociações do setor do aço chinês.

Ele descartou a hipótese de rever os preços do minério vendido pela Vale. Para Agnelli, o mais importante para a empresa é a visão de longo prazo e o relacionamento com seus clientes, e não ganhos imediatos. "A Vale, sozinha, é maior do que as outras mineradoras juntas em minério de ferro. É praticamente impossível ignorar a força da Vale neste mercado. "

É a primeira vez que os compradores chineses concordam em pagar mais pelo minério australiano produzido pela Rio Tinto do que pelo minério procedente do Brasil, cujo frete é mais caro. A mineradora BHP Billiton, por sua vez, disse que os preços negociados pela Rio Tinto não são suficientemente elevados para cobrir a diferença dos custos com frete marítimo.

"Estamos encantados por ver esse avanço", disse Marcus Randolph, principal executivo das divisões de metais ferrosos e carvão da BHP, em apresentação realizada em Londres. "Mas ele não cobre totalmente a diferença do frete, de US$ 40 a US$ 50." A BHP, sediada em Melbourne, apresentou oferta hostil de US$ 172 bilhões pela compra do Rio Tinto.

A BHP informou ainda que elevou a estimativa de suas reservas de minério de ferro na Austrália Ocidental em 3,7 bilhões de toneladas não-drenadas, para 11,7 bilhões de toneladas. "Um aumento de 46% nos recursos minerais é um indicador do potencial futuro desses ativos", disse Randolph em teleconferência realizada algumas horas antes em Londres. A empresa também elevou sua disponibilidade calculada de manganês na divisão Samancor e em sua joint-venture Samarco. O manganês, como o minério de ferro, também é uma matéria-prima do aço.

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Mineração - BHP diz que reajuste do minério é insuficiente(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C5 Indústria)

A BHP Billiton informou ontem que o acordo sobre a elevação do preço do minério de ferro que a Rio Tinto fechou com a chinesa Baosteel não garantiu um prêmio adequado para o frete, sinalizando que a empresa pode tentar um novo aumento de preço. A Rio Tinto garantiu um aumento de preço de até 96,5% com a Baosteel na segunda-feira, o maior em ao menos uma década, pressionando ainda mais as siderúrgicas ao abrir um precedente para a indústria e aumentar os temores com a inflação.

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O valor conseguido pela Rio Tinto ofusca os reajustes 65% a 71% fechados em fevereiro entre usinas asiáticas e a Companhia Vale do Rio Doce (Vale), mas a BHP - única grande produtora que ainda negocia - indicou que isso pode ainda não ser suficiente. "Estamos muito contentes em ver o avanço", disse Marcus Randolph, chefe-executivo para ferrosos e carvão da BHP Billiton, referindo-se ao aumento do preço. "Mas ele na verdade não cobre a diferença total", afirmou. Custa US$ 55 a US$ 60 por tonelada a menos para embarcar minério para a China proveniente da Austrália em relação ao Brasil, disse o executivo. "O que está de fato acontecendo é que não estamos sendo pagos pelo nosso produto o mesmo preço que outros estão recebendo por um produto similar entregue à China. Estamos com uma desvantagem substancial em relação ao preço", disse Randolph.

(Reuters)

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Rio Tinto fecha aumento de 100%(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 2 Financeiro)

A Nippon Steel Corp e outras grandes siderúrgicas japonesas aceitaram um aumento de 100% no preço do minério de ferro produzido pela anglo-australiana Rio Tinto para o ano fiscal de 2008. Na segunda-feira, a Baosteel Group Corp, maior siderúrgica da China, já havia concordado em pagar até 96,5% a mais pelo minério da Rio Tinto, contrato que superou o aumento anunciado pela Vale no início de 2007, de 71%.As demais siderúrgicas japonesas já teriam aceitado o aumento de preço, mas ainda não oficializaram sua posição. Entre elas estão Nippon Steel, JFE Steel Corp., Sumitomo Metal Industries Ltd., Kobe Steel Ltd.e Nisshin Steel Co.

O minério de ferro australiano responde cerca de 60% do total das importações japonesas. As siderúrgicas de lá também devem aceitar o aumento da BHP Billiton, outra mineradora anglo-australiana.

US$ 5 bilhões em bônus

A Rio Tinto emitiu US$ 5 bilhões em bônus de cinco, dez e vinte anos, em uma operação liderada pelo Deutsche Bank, JPMorgan e o Morgan Stanley, segundo uma fonte próxima à operação ouvida pela Dow Jones.

Os recursos serão usados para pagar a dívida com bancos originada com a aquisição da Alcan. Os termos da emissão da primeira parte foram os seguintes: volume de US$ 2,5 bilhões em notas de cinco anos, com vencimento em 2013, cupom de 5,875%, preço de emissão de 99,625 cents, yield de 5,961%, spread de 240 pontos-base sobre os Treasuries comparáveis e ratings A3 da Moody"s Investors Service e BBB+ da Standard & Poor"s.

Termos da segunda parte: volume de US$ 1,75 bilhão, em notas de dez anos, com vencimento em 2018, cupom de 6,5%, preço de emissão de 99,131 cents, yield de 6,619%, spread de 250 pontos-base sobre os Treasuries comparáveis e ratings A3 da Moody"s e BBB+ da S&P.

Termos da terceira parte: volume de US$ 750 milhões, em notes de vinte anos, com vencimento em 2028, cupom de 7,125%, preço de emissão de 99,319 cents, yield de 7189%, spread de 252 pontos-base sobre os Treasuries e ratings A3 da Moody"s e BBB+ da S&P.

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Vale vai explorar nas Filipinas(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 2 Financeiro)

A Vale vai explorar sete áreas de mineração na região central das Filipinas. A Geograce Resources Philippines informou que fechou um acordo com a subsidiária da empresa brasileira no país.A Geograce tem o direito exclusivo de comprar todas as áreas das companhias que possuem direitos de mineração sobre um total de 84.046 hectares na província de Masbate. Em comunicado enviado à Bolsa de Manila, a companhia filipina informou que a Vale Exploration Philippines realizará uma exploração preliminar para avaliar as áreas da província.

A Vale se comprometeu a investir até US$ 6 milhões no financiamento da exploração e a avaliação dos locais. A Geograce será responsável pela obtenção de licenças e pela manutenção da área.

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

Veículos - Hummer, da GM, poderá ser vendida: Financial Times diz que montadora contratou Citibank para ajudar na definição do futuro da marca

(Valor Econômico 25.06.2008 p. B8 Empresas)

Marli Olmos

O "Financial Times" informa na sua edição de hoje que dentro de três meses o Citibank deverá começar a procurar clientes em potencial para comprar a Hummer, uma marca de veículos utilitário esportivos grandes que pertence à General Motors. A Hummer é um símbolo de orgulho da equipe de engenharia da GM do Brasil, responsável pelo desenvolvimento da versão desse projeto produzida na África e vendida na Europa.

Há cerca de dois anos a direção mundial da GM decidiu deslocar a criação das próximas gerações de veículos para cinco subsidiárias com equipe de engenharia melhor estruturadas. À filial brasileira coube o desenvolvimento dos projetos de picapes. Antes mesmo dessa reorganização, o Hummer foi a primeira experiência da equipe de engenharia da GM do Brasil em conceber um modelo que seria produzido em outro país para ser vendido em diversos outros mercados.

O modelo Hummer foi projetado no Brasil, é fabricado na África do Sul e vendido na Europa e também no Oriente Médio. A transferência para a filial brasileira dos projetos de veículos grandes contrariou expectativas de que a equipe brasileira ficaria com a criação carros de pequeno porte. Esse segmento ficou com a subsidiária da GM da Coréia do Sul, também especializada nos veículos pequenos.

Resultado da elevação dos preços do petróleo, os fabricantes americanos enfrentam uma súbita e drástica queda de demanda por veículos grandes nos Estados Unidos. A venda da marca Hummer seria, para a GM, uma maneira de reorganizar a estrutura da sua atividade.

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A General Motors anunciou, na segunda-feira, à rede de concessionários da marca Hummer a escolha do Citibank para ser conselheiro da eventual venda.

Segundo uma fonte do mercado financeiro familiarizada com a negociação revelou ao "Financial Times", é ainda cedo para esperar novidades nessa negociação. Os compradores em potencial começarão a ser contatados por volta de agosto e setembro. A mesma fonte lembrou que a venda das marcas Jaguar e Land Rover, que pertenciam à Ford, levou oito meses.

Ainda segundo informações do "Financial Times", a GM insiste em conduzir uma "revisão" na Hummer e não tomou nenhuma decisão sobre a venda. Outras opções seriam uma parceria com outro fabricante de veículos ou mesmo a extinção da marca.

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Extensão de patente ganha voto contrário no STJ (Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

Luiza de Carvalho, De São Paulo

Um voto da ministra Nancy Andrighi sinaliza uma possível mudança de entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação à extensão de patentes concedidas antes de 1996, quando entrou em vigor a atual Lei de Propriedade Industrial. A corte iniciou ontem o julgamento de uma disputa judicial entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a DuPont, que tenta reconhecer a vigência do prazo de 20 anos da patente de um produto agroquímico depositada em 1983. A ministra, relatora do processo, votou favoravelmente ao INPI, ao entender que a vigência de 20 anos só é dada às patentes concedidas após a criação da lei. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista.

Até a entrada em vigor da Lei nº 9.279, em 1996, as patentes expiravam em 15 anos. Com a nova lei esse prazo passou a ser de 20 anos. Quando a patente da DuPont completou 15 anos de vigência, em 1998, a empresa entrou na Justiça contra o INPI para prorrogar o direito até 2003, tentando fazer valer o prazo da nova lei. A empresa perdeu nas primeiras instâncias e recorreu ao STJ, que em fevereiro decidiu a favor da extensão do prazo. O INPI e a Nortox, que comercializa o produto, entraram com um agravo regimental que fez a ministra reconsiderar a decisão e encaminhar o recurso para novo julgamento, iniciado ontem. E, em um novo voto, a ministra entendeu que a patente concedida na vigência da antiga lei de propriedade industrial não pode ter a vigência de 20 anos.

De acordo com Mauro Sodré Maia, procurador-chefe do INPI, a ministra não acatou o argumento até então aceito pela corte de que o Brasil aderiu ao acordo TRIPS - que determina os requisitos mínimos de proteção dos titulares de direitos de propriedade intelectual nos países signatários - em 1995, e que, portanto, as patentes em vigência nesta data teriam o direito à extensão. Já para Jacques Labrunie, do escritório Gusmão & Labrunie, que defende a DuPont, o voto foi fundamentado no acordo TRIPs e não nas determinações da lei brasileira, e por isso deve ser revertido pelos outros ministros.

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Decisão - Empresa multada por usar marca registrada(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) multou uma empresa do Sul do País por usar indevidamente a marca da Air Company Peças Equip. Refrigeração. A empresa atua no mercado brasileiro há mais de 20 anos, no entanto, nos últimos tempos constatou que outras organizações concorrentes vinham se utilizando de seu nome empresarial e de sua marca. O advogado Sérgio Emerenciano, do escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados, explica que a Sétima Vara Civil do Foro de Santo Amaro (SP) concedeu, em março, liminar para que a empresa do Sul se abstivesse do uso da marca e da página da internet e que fizesse a alteração do nome na junta comercial e a mudança em suas notas fiscais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. "No entanto, ao acompanhar o caso, percebemos que a empresa ré havia mantido a utilização da marca, mesmo que discretamente", diz o advogado. "Recorremos novamente à Justiça e obtivemos a determinação judicial para a expedição de ofício à Secretaria da Fazenda (RS), para apuração e fiscalização de uso indevido de notas fiscais em dissonância com o que prevê a legislação tributária". A inovação, diz o advogado, é que o processo versa sobre o uso indevido de marca, nome empresarial, nome de domínio na internet e concorrência desleal. "E após a demonstração de descumprimento do que prevê o regulamento do ICMS, considerando a liminar que já havíamos obtido, solicitamos a execução provisória da multa diária", complementa. A empresa recorreu então ao TJ-SP e argumentou que havia cumprido a decisão, portanto, não havia motivos para pagar a multa. O tribunal manteve a decisão, mas reduziu o valor da multa diária para R$ 500. "Hoje a multa já gira em torno de R$ 100 mil", diz Emerenciano.

INPI X DuPont

Um pedido de vista adiou o julgamento da disputa judicial envolvendo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e a DuPont, que procura reconhecer a vigência de 20 anos da patente depositada em 1983. A empresa tenta fazer valer também para a sua patente uma lei de 1996, que prevê os 20 anos para patentes depositadas. À época do depósito de sua patente, em 1983, valia por 15 anos.

(Gilmara Santos)

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Marketing - Johnson tira marca Modess do mercado: Sinônimo de categoria, produto perdeu força, foco da empresa agora, é Sempre Livre

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C7 Comunicação)

O setor de absorventes externos passa por um momento de ebulição. A principal notícia agora é a saída de uma marca que revolucionou esse segmento no Brasil há alguns anos, Modess, da Johnson & Johnson. Ele foi o primeiro absorvente descartável lançado no Brasil e virou "nome" de categoria. Durante muitos anos as mulheres utilizaram outras formas para se protegerem no período menstrual, como a conhecida "toalinha". Foi por meio de Modess que o uso do absorvente descartável tornou-se uma benção para muitas gerações. Depois dele surgiram os descartáveis com fita auto-adesiva, internos, com abas, sem abas, até chegarmos aos atuais absorventes com o que existe de mais moderno em fibras e tecnologia para evitar vazamentos e abafamentos durante o período menstrual. Modess foi lançado no Brasil em 1933, inaugurando a categoria de absorventes externos. Nos primeiros anos de Modess no País, o absorvente era importado dos EUA. A partir de 1945, o produto passou a ser fabricado no mercado brasileiro. Modess construiu uma história ao longo dos anos e revolucionou os

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hábitos da mulher brasileira, até então marcada por tabus e preconceitos sobre menstruação. Nos últimos dez anos, a J&J focou todas as inovações tecnológicas na marca Sempre Livre. Em virtude dessa decisão estratégica da companhia, a marca Modess não acompanhou a evolução do setor, o que acabou selando o fim da marca. Dados do mercado mostram que a participação de Modess é muito pequena. Segundo a leitura do setor feita pelo o Instituto AC Nielsen em maio de 2008, por exemplo, enquanto Sempre Livre detém 25,9% de participação, Modess fechou o mês com 0,1%, em volume. Em valor os números não mudam muito. Enquanto Sempre Livre fechou com 29,4%, Modess ficou com 0,3%. "A estratégia da companhia é focar esforços em Sempre Livre, que está entre as três principais marcas da J&J no Brasil", afirma o gerente de marketing para Sempre Livre, Ricardo Wolff - as outras são Johnson’s Baby e Sundown. Seguindo esse plano, a linha Sempre Livre possui agora a tecnologia TermocontrolTM. "Essa tecnologia suaviza a sensação de abafamento, um dos fatores que provoca irritação e desconforto às mulheres durante o período menstrual", explica Wolff. O produto é confeccionado com fibras exclusivas que, além de absorver o fluxo mais rapidamente, permitem maior circulação de ar entre o corpo e o absorvente, reduzindo, assim, a sensação de abafamento. Por sua vez, Always, da Procter & Gamble, divisão Beauty, apresenta a tecnologia Duo Protect, que resulta em uma dupla proteção, resultando em uma total capacidade de absorção do fluxo menstrual. As duas companhias estão na mídia com novas campanhas e de olho num mercado que movimentou, de julho de 2006 a julho de 2007, cerca de R$ 1 bilhão, segundo dados do Instituto AC Nielsen. Always aposta na imagem da modelo Fernanda Lima para ultrapassar os 30% de participação no mercado. "Na verdade, o objetivo é elevar a marca a um produto de beleza. Cada vez mais a mulher se preocupa com o seu absorvente da mesma forma que se preocupa com os produtos de beleza que consome", afirma a diretora de marketing da P&G Beauty, Juliana Azevedo Schahin. A campanha é assinada pela Leo Burnett e prevê filme para TV, além de mídia impressa, internet e ações nos pontos-de-venda. "A escolha da Fernanda como garota-propaganda tem o objetivo de associar a marca à modernidade, praticidade e beleza também", afirma a executiva. Um fato curioso é que toda a campanha foi feita ainda no início da gravidez da modelo, que teve gêmeos recentemente. "Mesmo com a gravidez, apostamos na Fernanda por acharmos que ela tinha tudo a ver com o nova proposta de Always", conta Juliana. A disputa por cada ponto percentual nesse mercado é acirrada. Em maio de 2008, em volume, a J&J teve uma participação de 26%, sendo 25,9% com a marca Sempre Livre e 0,1% com Modess. Já a P&G Beauty é líder quando somadas as duas marcas da companhia: Always, com 24,4%, e Ella, com 3,5%, o que dá à empresa um total de 27,9%. Já quando o mercado é avaliado em valor, a liderança vai para a J&J, com 29,7%, enquanto P&G Beauty fica com 29,1%. "O objetivo da companhia é crescer pelo menos 10% e consolidar a liderança que hoje é em valor, também na medição em volume", afirma Wolff. Para conquistar as consumidoras, as duas empresas apostam cada vez mais em tecnologia. "Segundo pesquisas, a maior preocupação das mulheres em relação aos absorventes é o vazamento", conta Juliana. Daí a necessidade de inovar sempre em busca da maior segurança para a mulher. Juliana conta que a verba destinada para as ações de marketing da marca para este ano é 40% superior ao montante do ano passado - o valor investido não é revelado. "Há cerca de seis anos não fazíamos uma campanha importante como esta para a marca Always", comenta a executiva. Por sua vez, a J&J investiu R$ 15 milhões em marketing, incluindo aí campanha publicitária e também ações nos pontos-de-venda. A campanha contempla filmes para TV em canais abertos e por assinatura, mídia impressa e internet. Esta é a primeira campanha da marca assinada pela AlmapBBDO. São dois filmes. Um deles mostra toda a tecnologia que envolve o novo produto, enquanto que o segundo possui uma mensagem institucional da marca para as consumidoras.

(Sheila Horvath)

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Internet - Cerco ao download ilegal(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C7 Comunicação)

O gabinete do presidente francês Nicolas Sarkozy aprovou um projeto de lei que introduz novas sanções contra pessoas físicas que fizerem downloads ilegais de conteúdos na internet. O projeto "tem uma dimensão que é principalmente educativa e preventiva", disse recentemente a ministra da cultura da França, Christine Albanel, a repórteres após uma reunião do gabinete francês. A legislação proposta estipula a criação de um órgão regulador para a rede mundial de computadores , que enviará mensagens e cartas de alerta aos cidadãos que infringirem os direitos autorais e, no futuro, solicitará a provedoras de serviços de internet como a Orange SA, a Neuf, divisão da Vivendi SA, e a Free, da Iliad SA, a suspensão do acesso on-line para quem praticar pirataria. Custos Os downloads ilegais realizados em todo o mundo custam às gravadoras norte-americanas uma bela quantia: US$ 3,7 bilhões, segundo informou o Instituto de Inovações Políticas em relatório de agosto de 2007. Dezenas de bilhões de arquivos ilegais foram trocados entre internautas em 2007, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, sediada em Londres.

(François de Beaupuy)

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Patentes são improdutivas, afirma autor(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. F2 Informática)

DO ENVIADO ESPECIAL A BOSTON

O sistema de patentes norte-americano só traz vantagens para a indústria químico-farmacêutica. Mais: a indústria do software é uma das que mais perdem dinheiro ao tentar determinar um arcabouço legal que supostamente proteja os direitos autorais de suas criações. A tese, de Michael Meurer, professor de direito da Universidade de Direito de Boston, é apresentada no livro "Patent Failure". Meurer é co-autor da obra. Em palestra no Red Hat Summit, que aconteceu na semana passada, em Boston, Meurer mostrou argumentos -e números- para sustentar a teoria. Um dos motivos apontados é que, nos EUA, as patentes lidam com a criação intelectual como se fosse uma propriedade física. "Também é improdutivo pesquisar para saber o que já foi patenteado."Existe, ainda, uma dificuldade com a linguagem para definir uma função. Segundo Meurer, do jeito como foi escrita, a patente do telefone, feita por Graham Bell em 1876, poderia abranger até a internet.

O jornalista GUSTAVO VILLAS BOAS viajou a convite da Red Hat

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STJ decide hoje extensão de patente anterior à lei da PI(STJ - 24.06.2008)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode mudar hoje seu tradicional entendimento em relação à extensão de patentes depositadas antes de 1996. Quatro ministros do STJ irão julgar, hoje (dia 24 de junho), a partir das 14h, o recurso especial de extensão das patentes fundamentadas no acordo Trips (acordo internacional sobre direitos de propriedade industrial relacionados ao comércio) .

A disputa judicial ocorre entre o INPI e a DuPont, que procura reconhecer a vigência de 20 anos da patente depositada em 1983, de um produto agroquímico utilizado para combater pragas nas lavouras de soja e milho. Embora a empresa tenha perdido nas primeiras instâncias, este reconhecimento foi concedido, no primeiro momento, por uma decisão monocrática da ministra Nancy Andrigui, do STJ. No entanto, após a análise de agravos regimentais interpostos pelo INPI, a ministra reconsiderou sua decisão anterior e encaminhou recurso para novo julgamento do STJ.

As reivindicações de extensão das patentes partem do entendimento de que, com a internalização de Trips, a Lei da Propriedade Industrial (LPI) nº 9.279 de 1996, ampliou de 15 para 20 anos o prazo de vigência das patentes. No entanto, esta lei não esclareceu se o novo prazo valeria somente para as patentes depositadas a partir de sua entrada em vigor. Esta imprecisão motivou empresas detentoras de patentes depositadas antes de 1996 a recorrerem à Justiça para reclamar o direito de vigência por mais cinco anos.

Entre outros argumentos, o INPI sustenta que Trips é um tratado com parâmetros mínimos para que os Estados adaptem suas legislações e a LPI, no artigo 229, estabelece que somente aos pedidos em andamento seriam aplicadas suas disposições e, assim, afastando qualquer possibilidade de aumento de prazo de vigência daquelas patentes concedidas na lei anterior.

De acordo com a maioria das decisões do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, esta extensão não deve ser reconhecida para patentes concedidas antes da nova lei. No entanto, quando os recursos começaram a chegar no STJ, a corte se posicionou em sentido contrário aos argumentos do INPI, considerando que o Brasil deveria ter comunicado a sua intenção de fazer uso do prazo de cinco anos de transição establecido em Trips.

Desta vez a expectativa é que o STJ siga o entendimento do TRF, que mantém turmas especializadas em propriedade industrial, negando a extensão desta patente. Para o INPI esta decisão representaria um significativo avanço jurídico e iria privilegiar, sobretudo, o interesse público e o desenvolvimento tecnológico do país, uma vez que nenhuma empresa irá investir em patentes submetidas à ação judicial.

Nos próximos meses, um novo desafio se apresenta com relação à extensão das patentes. Trata-se dos pedidos referentes aos produtos farmacêuticos, cujas patentes foram revalidadas no Brasil na forma do dispositivo conhecido como pipeline, prevista na LPI. Também neste caso, o TRF da 2ª Região tem acompanhado o entendimento do INPI sobre a matéria.

O presidente do INPI declarou estar convicto de que as decisões do TRF, quanto ao pipeline, refletem adequadamente a intenção do legislador. Esta se deu no sentido de assegurar a vigência dessas patentes no Brasil por 20 anos, a partir da primeira prioridade obtida, sem levar em consideração eventuais extensões que o período da patente venha a receber no país de origem, em virtude de particularidades legais ou atrasos burocraticos lá verificados.

http://www.inpi.gov.br/principal?navegador=IE&largura=800&altura=600

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Novela dos direitos: Autor de Pantanal tenta barrar novamente sua exibição(Conjur – 25.06.2008)

por Gláucia Milicio

O autor de novelas Benedito Ruy Barbosa entrou com nova ação contra o SBT na tentativa de barrar a exibição da novela Pantanal pela emissora. Barbosa exige que o SBT apresente os documentos sobre os direitos de exibição da trama produzida pela Rede Manchete e exibida originalmente há 18 anos.

Há pouco mais de uma semana, a Justiça negou pedido de suspensão da novela e de danos morais e materiais. Agora, o autor da novela exige que a emissora de Silvio Santos prove a compra dos direitos de sua obra.

A defesa de Benedito Ruy Barbosa, representada pelos advogados José Carlos Costa Netto e Maria Luiza de Freitas Valle Egea, ajuizou pedido de Medida Cautelar na Justiça de Osasco (SP). “Nós [advogados] queremos que essa documentação seja apresentada pelo SBT para então saber se a emissora tem mesmo legitimidade para fazer a exibição”, afirmou Costa Netto.

A emissora de Silvio Santos alega que comprou a novela de um empresário que arrematou a obra há cinco anos em leilão da massa falida da TV Manchete. O leilão foi promovido pela Justiça para pagar direitos trabalhistas dos funcionários da emissora que faliu.

De acordo com os advogados, a aquisição das fitas pelo SBT não dão o direito à exibição. Eles ressaltaram que a emissora deveria consultar o autor da novela antes de começar a reprisar a estória. “O autor tem direito garantido pela Constituição. O artigo 5º inciso XXVII diz que: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”, sustenta a defesa.

No primeiro pedido, o autor solicitou produção de prova pericial para saber detalhes da aquisição dos direitos de veiculação da novela pela emissora e indenização por dano material e moral por causa da violação do direito autoral. E pediu, também, que a exibição fosse proibida. Não conseguiu.

Na ocasião, o juiz Baccarat Filho, da 1ª Vara Civil de Osasco, entendeu que o autor não tinha interesse de agir na causa. De acordo com o juiz, suspender a exibição seria um ato de censura, o que afronta o disposto no inciso IX do artigo 5º da Constituição Federal: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Por fim, os advogados alegam que a violação do direito autoral vem sendo perpetrada desde o dia 9 de junho, início da exibição da novela. Para eles, o ilícito civil deve ser restringido e não simplesmente transformado em indenização.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/67506,1

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Sociedades anônimas: Valor da marca permite controle da empresa(Conjur – 25.06.2008)

por Gustavo Bahuschewskyj Corrêa

As marcas, conforme disposição legal, são consideradas bens móveis e fazem parte dos ativos das empresas. Tendo em vista o desenvolvimento do mercado atual, em que as marcas, em alguns casos, são mais valiosas que a própria estrutura física das organizações, nada mais correto que elas, que tem por natureza uma pluralidade de sócios desconhecidos, como as Sociedades Anônimas (“SA’s”), avaliem suas marcas para que se dimensione o real valor deste bem e sua influência no valor da empresa, proporcionando assim uma informação transparente aos acionistas.

Na verdade, a avaliação da marca é uma importante ferramenta não só para as SA’s, mas para todas as empresas que ambicionam ter um controle efetivo sobre o valor da empresa.

No caso das S.A.s, a Lei 11.638/2007, promulgada em 28 de dezembro de 2007, alterou dispositivos da Lei 6.404/76 que regulamenta a atividade das Sociedades Anônimas, dispondo que a empresa deve tornar público no final de cada exercício social seu balanço patrimonial (artigo 176, I), fazendo constar o ativo permanente dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido (artigo 178, parágrafo 1º, “c”). Aqui, o que nos interessa é o ativo intangível, onde incluímos as marcas, que são bens incorpóreos da empresa.

A necessidade de fazer constar o valor atual da marca no balanço patrimonial da empresa é extremamente oportuna, visto que a marca é um importante elemento valorativo do patrimônio da empresa e tal informação deve ser disponibilizada junto com o balanço patrimonial da organização, observando o princípio da transparência, que é um dos fundamentos das S.A.s, principalmente no casos daquelas com capital aberto, quando as informações dos balanços patrimoniais são essenciais na formação do valor de mercado da empresa.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/67508,1Retornar ao índice de assunto

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SEGURO

Medicina - Samcil compra plano de saúde Serma e Hospital Campos Salles (Valor Econômico 25.06.2008 p. B4 Empresas)

Beth Koike

Após fechar o ano de 2007 com quatro aquisições, a Samcil e seu proprietário, o médico Luiz Roberto Silveira Pinto, acabam de comprar o plano de saúde Serma Assistência Médica, a Serma Clínicas e o Hospital e Maternidade Campos Salles, com atuação em São Paulo, em um negócio avaliado em R$ 30 milhões.

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"São as nossas primeiras aquisições neste ano. Cerca de 50% dos recursos são provenientes de caixa próprio e a outra metade de financiamento bancário de longo prazo", explica Mauro Bernacchio, diretor-geral da Samcil. A chegada da Serma e do Hospital Campos Salles vão contribuir para que a empresa encerre o ano com uma receita de R$ 550 milhões, contra os R$ 330 milhões registrados em 2007.

Com faturamento de R$ 60 milhões, a Serma foi adquirida pelo proprietário da Samcil e atuará como empresa independente. "O foco de atuação da Serma é a classe B, diferentemente da Samcil, que é voltada para as classes C e D", explica Bernacchio. Os clientes da Serma poderão usar a rede Samcil e vice-versa. A operação, que ainda depende de aprovação da ANS (Agência Nacional de Saúde), envolve a carteira de 53 mil beneficiários do plano de saúde e os seis centros de atendimento médico. Hoje a Samcil tem aproximadamente 720 mil clientes.

Localizado em Suzano, na região do Alto Tietê, o Hospital Campos Salles fechou o ano passado com um faturamento de R$ 30 milhões. "Hoje, temos cerca de 50 mil beneficiários no Alto Tietê e a nossa meta é dobrar para 100 mil em um ano", diz o diretor da operadora, que já possui outros 11 hospitais próprios.

Ainda este ano, a Samcil planeja comprar ou construir outros dois hospitais. A fonte de recursos para aquisição desses empreendimentos continuará sendo o financiamento em banco. Bernaccchio informou que postergou para o próximo ano o projeto de abrir capital, previsto inicialmente para este primeiro semestre. "O mercado de capitais não está propício. Vamos postergar o IPO", disse o diretor geral da Samcil, que em 2007 contratou a empresa de auditoria Ernst & Young para arrumar a casa para entrada na bolsa.

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Seguros - Mercado brasileiro cresce acima da média, diz Swiss Re: País ocupa a 19a. posição do ranking do setor e projeta crescimento da modalidade não-vida

(Valor Econômico 25.06.2008 p. C8 Finanças)

Assis Moreira, De Genebra

O mercado brasileiro de seguros cresceu três vezes mais que a média global em termos reais em 2007, é o 19º no mundo em volume de prêmios e tem amplo potencial de mais crescimento. É o que mostra a companhia suíça Swiss Re, uma das maiores resseguradoras do planeta, em estudo publicado ontem.

Enquanto o volume de prêmios (o equivalente à receita das seguradoras) cresceu 3,3% globalmente, no Brasil essa expansão foi de 10,3% (14,3% antes de descontada a inflação), com total de R$ 75,5 bilhões.

Os prêmios de seguro vida alcançaram R$ 35,6 bilhões no país, numa alta de 15,5% em termos reais. O mercado brasileiro é o 22º maior nessa modalidade de seguro, com fatia de 0,76% do mercado mundial.

Quanto aos prêmios de não-vida, o montante do mercado brasileiro foi de R$ 39,9 bilhões, com alta real de 6,1%. O país representa 1,23% do mercado global e está na 14ª posição do ranking global do setor.

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Swiss Re prevê que este ano os prêmios de não-vida continuarão a aumentar, graças ao dinamismo do mercado brasileiro de seguros. Mas, de maneira geral, a expansão pode ser menor, por causa da desaceleração econômica global que atinge também a América Latina.

A densidade e a penetração dos seguros no Brasil é ainda bem modesta; os prêmios por habitante alcançaram US$ 202, dos quais US$ 95,2 para seguro vida e US$ 107 para o segmento de não-vida. Em comparação, nas economias industrializadas o montante de prêmios por habitante chegou a US$ 3.577.

Globalmente, a indústria de seguros teve forte crescimento e alta rentabilidade, embolsando prêmios de US$ 4 trilhões no ano passado. O impulso maior veio das economias emergentes. Na China, o negócio cresceu 19%, na Rússia 16,6%.

Os prêmios de seguros de vida continuaram em alta em 2007, acelerando nos países industrializados, empurrado pelas vendas de produtos de aposentadoria e de gestão de patrimônio. Já o crescimento de não-vida mostrou-se maior nas economias emergentes. A rentabilidade dos capitais próprios foi de

9,4% nesse ramo, comparado a 12% em 2006.

Para 2008, O crescimento dos prêmios do ramo vida pode diminuir, já que as turbulências financeiras reduzem a demanda. Mas em médio prazo, as perspectivas são consideradas especialmente boas para seguro-aposentadoria.

Em termos de catástrofes e grandes sinistros, 2007 foi um ano médio, com US$ 4 28 bilhões de riscos segurados. Na Europa, somente um dos sinistros, provocado pela temperatura, resultou em prejuízo de US$ 6 bilhões.

A Swiss Re prevê persistentes pressões sobre as taxas de prêmio. Mas reitera que a indústria está em boa forma, e que a crise financeira provocada pelos subprime nos EUA teve impacto no setor. França e Alemanha são os dois únicos países onde o capital-risco das seguradoras diminuiu desde 2005.

A expectativa é de que o modelo de seguro na Europa ocidental evoluirá do modelo econômico de seguro vida tradicional para um modelo pilotado pelas aposentadorias.

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Seguro milionário da Petrobras fica com Itaú

(Valor Econômico 25.06.2008 p. C8 Finanças)

Altamiro Silva Júnior, De São Paulo

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A Petrobras tem uma nova seguradora desde o começo do mês. A Itaú XL venceu a licitação da empresa e ficou com o programa de seguros da estatal, que cobre ativos estimados em mais de US$ 40 bilhões e inclui refinarias, plataformas marítimas, transporte de produtos e responsabilidade civil.

O Itaú, junto com a corretora Aon, foi o primeiro colocado em uma licitação da Petrobras que teve a participação das maiores seguradoras do mercado. Ganhou quem ofereceu o menor preço. Segundo o Valor apurou, a proposta vencedora previa prêmios de US$ 26 milhões para todo o programa de seguro da Petrobras, uma redução de quase 50% em relação à apólice do ano passado, que estava com a seguradora Unibanco AIG.

Por conta desta queda, a Itaú XL teve dificuldades para colocar a apólice no mercado ressegurador, segundo fontes do setor. As resseguradoras consideram o risco alto em relação ao preço proposto. Pelas regras da licitação, caso o vencedor não conseguisse, a apólice passaria para a segunda colocada, a SulAmérica (em conjunto com a corretora JLT), que tinha proposta de prêmio em torno de US$ 32 milhões. A SulAmérica, porém, abriu mão. O Valor procurou a seguradora, que não comentou o assunto.

Com isso, o Itaú teria aumentado o valor do prêmio para uma quantia ainda desconhecida pelo mercado. Procurada pelo Valor, a seguradora informou que não comenta o contrato. A Petrobras afirmou que desde 1º de junho é segurada pela Itaú XL, mas não revela o valor do prêmio.

No mercado, fala-se ainda que a seguradora não conseguiu colocar todo o risco da estatal no mercado ressegurador. Por conta dos altos valores envolvidos no contrato, mais de 90% do risco fica com resseguradoras.

Os especialistas esperavam uma redução de cerca de 10% nos prêmios do seguro da Petrobras este ano e acharam agressiva a proposta do Itaú/Aon. O contrato envolve quatro apólices, que cobrem os riscos nacionais da Petrobras: riscos operacionais (as refinarias e plataformas), riscos de petróleo (incluem as plataformas marítimas), transporte de carga e Responsabilidade Civil (RC), que cobre os riscos de danos que a estatal possa causar a terceiros.

A apólice da Petrobras há anos é renovada em junho e é uma das maiores feitas no Brasil. A licitação é uma das mais disputadas e envolve grandes seguradoras e corretoras. Nos últimos dois anos, a Unibanco AIG ficou com o contrato. Em anos anteriores, SulAmérica e Bradesco ficaram com os seguros.

(Colaborou Claudia Schuffner, do Rio de Janeiro)

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IRB recua e CSN está perto de fechar seu resseguro (Valor Econômico 25.06.2008 p. C8 Finanças)

De São Paulo

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está prestes a conseguir fechar o resseguro de sua milionária apólice de seguro, que cobre ativos avaliados em mais de US$ 9 bilhões. O IRB-Brasil Re desistiu anteontem de um recurso na batalha judicial que trava há dois meses com a CSN.

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A decisão abre caminho para a conclusão do programa de resseguro da CSN, que está em aberto desde fevereiro. Como o IRB se negou naquele momento a aceitar a apólice da empresa, que está com a seguradora Mapfre, a CSN entrou na Justiça. Até agora, foram sete decisões em um vai-e-vem de liminares, hora favorável a um lado, hora ao outro.

Segundo Ernesto Tzirulnik, advogado que representa a CSN, o IRB alegava que não poderia participar da renovação, pois não teria condições de reter responsabilidade pelo seguro da CSN, com prêmios na casa dos US$ 25 milhões. Mas a empresa quer apenas que o IRB participe da renovação do contrato, para que seja possível com isso a formalização do seguro contratado com a Mapfre. "Não há a necessidade de o IRB reter responsabilidade."

Segundo ele, já existem várias resseguradoras, liderada pela Berkshire Hattaway, dispostas a participar do contrato. A Berkshire reservou para si uma fatia de responsabilidades de US$ 250 milhões. O IRB havia entrado com recurso contra a decisão de um desembargador, que o obrigava a aceitar o contrato da CSN. (ASJ)

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Carregamento de peso: Taxa cobrada a cada novo aporte de recursos pode comprometer a rentabilidade, principalmente no curto prazo, mas seguradoras têm baixado o custo

(Valor Econômico 25.06.2008 p. D1 Eu& Investimentos)

Por Danilo Fariello, de São Paulo

Uma parte dos recursos aplicados na previdência privada em dezembro deverá chegar ao fim do primeiro semestre de 2008 sem um centavo de rendimento. Apesar da rentabilidade média de 4,3% dos planos de renda fixa até maio, segundo dados do site Fortuna, e a possível chegada a um ganho de médio de 5% no semestre, esse lucro pode ter sido corroído pelas taxas de carregamento, percentual que incide a cada novo aporte. Algumas seguradoras chegam a cobrar até 5% de encargo sobre qualquer depósito - em geral, quanto menor o valor aplicado e o patrimônio acumulado, maior tende a ser o custo.

Mas isso, a princípio, não é motivo para descartar o PGBL ou VGBL de qualquer portfólio de investimento. Em prazos de décadas, a taxa de carregamento pode ter peso relativo menor em relação ao retorno, pois as vantagens tributárias da previdência tendem a superar esse encargo.

Numa simulação que projeta o retorno líquido segundo a Selic atual de 12,25% ao ano, por exemplo, o aplicador que investir R$ 500 por mês, pagar taxa de carregamento de 5% e ficar no plano apenas seis meses, chegará ao fim com rentabilidade bruta de R$ 2.919,84, ou seja, menos do que os R$ 3 mil que teria aplicado.

A boa notícia é que cada vez mais as seguradoras têm planos alternativos para a cobrança da taxa de carregamento - que banca a distribuição dos fundos - e que, muitas vezes, o aplicador pode até ficar isento da taxa, dependendo do plano que encontrar. A competição do mercado e a redução dos ganhos quando o juro estava em queda têm feito mais e mais companhias oferecerem descontos ou pacotes especiais para aliviar o encargo.

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Antes, era padrão a seguradora apresentar uma tabela de taxas decrescentes, conforme o aporte ou o patrimônio acumulado pelo cliente. Diversas seguradoras, por exemplo, têm planos em que essa taxa é cobrada no momento dos resgates, em vez dos aportes, e apenas se o participante ficar no plano por pouco tempo. Em geral, as taxas cobradas na saída decrescem conforme o período da aplicação e tornam-se nulas após alguns anos. "É um estímulo e, ao mesmo tempo, uma vantagem para o investidor de longo prazo", diz Renato Russo, diretor da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e vice-presidente de previdência e vida da SulAmérica. Para ele, essa é uma tendência para qual deve seguir todo o mercado.

O motivo dessa agitação para se rever as taxas é simples. O investidor de um VGBL de renda fixa popular de uma das grandes seguradoras do mercado, por exemplo, viu sua rentabilidade nominal cair de 15,93% em 2005, para 12,02% em 2006 e 8,20% no ano passado. Nos últimos 12 meses até março, o ganho caía a 7,75%, segundo o extrato enviado pela seguradora. Esse investidor deu-se conta de que, pagando carregamento de 5%, sobrava um retorno líquido muito pequeno para ele ao fim do ano. Assim, ele decidiu optar por outro plano, que lhe cobrava taxa de carregamento menor.

Segundo as seguradoras, o carregamento varia conforme o saldo porque pesam mais os custos de distribuição para os clientes menores. Se é cobrada taxa de carregamento de 4% de alguém que investe R$ 20, isso vai equivaler a R$ 0,80. O valor absoluto é menor do que o custo de postagem de uma fatura. Por isso, quando se investe mais, obtêm-se taxas menores.

O mesmo pode acontecer com o participante que já acumula bom patrimônio no fundo. As seguradoras costumam baratear o carregamento conforme o saldo sobe, independentemente de mantidos os valores dos aportes mensais. Se a seguradora não fizer isso, o participante poderá usar o saldo para barganhar taxas menores entre as concorrentes. Nessa comparação, ele deve levar em conta também a taxa de administração cobrada anualmente nos planos, que banca a gestão dos recursos aplicados. A taxa de carregamento, embora muitas vezes salgada, tem um caráter educativo e punitivo para aqueles que aplicam por prazos curtos.

No longo prazo, mesmo com uma taxa de carregamento elevada, a previdência privada pode ter bom retorno, principalmente por conta dos benefícios fiscais. Mas o aplicador deve estar atento para o quanto vai gastar para bancar esse encargo. Em dez anos, por exemplo, nas mesmas condições de aplicação, o participante que bancar 5% de taxa de carregamento terá retorno bruto de R$ 106.810,73. Se nunca tivesse pago carregamento, a quantia subiria a R$ 112.432,34. A diferença pode parecer pequena, olhando-se lado a lado quantias tão altas, mas o aplicador que bancou pedágio de 5% tem de se dar conta de que a diferença de R$ 5.621,62 se deve apenas ao carregamento. Em vinte anos, o preço cobrado do aplicador subiria a R$ 23 mil.

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Ao começar a aplicar e, principalmente, para quem já investe, Antonio Cássio dos Santos, presidente da Fenaprevi e da Mapfre Seguros, diz ser necessário que se pergunte o custo dessa taxa para a segurador. "Na medida em que os aportes crescem, as taxas de carregamento tendem a cair."

Na entrada ou na saída, é fato que as taxas de carregamento têm caído, ratifica Renato Russo, da SulAmérica. Hoje já se encontra planos que cobram carregamento nos resgates e apenas se o dinheiro ficar no planos por período muito curto, como uns dois anos, por exemplo.

Juvêncio Braga, também diretor da Fenaprevi e executivo à frente da área de previdência da Caixa, diz que o mercado todo tem se alinhado para cobrar menos dos aplicadores. A Caixa, assim como no caso da SulAmérica e da Mongeral, lançou nos últimos meses uma família diferenciada de planos de previdência com cobranças alternativas, que podem sair mais baratas.

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SOCIETÁRIO

Trabalho inacabado: dúvidas sobre a publicação de balanço são um desserviço ao mundo jurídico

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 45)

A Lei 11.638/07 vem gerando muita divergência e polêmica no meio jurídico, principalmente no tocante à obrigação de publicação de demonstrações financeiras na imprensa pelas “empresas de grande porte”. Conforme o artigo 3º, aplicam-se às “sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre a escrituração e a elaboração de demonstrações financeiras”. São consideradas sociedades de grande porte, para os fins exclusivos desta lei, aquelas com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões no ano anterior.

No artigo, não consta menção expressa ao termo “publicação” ou sequer “divulgação” das demonstrações financeiras. A redação original do Projeto de Lei 3.741, de 2000, que resultou na Lei 11.638, continha expressamente a obrigatoriedade da publicação das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande porte. Mas foi modificada nos “bastidores” da promulgação da nova lei, tendo sido, afinal, excluída a palavra “publicação”, para surpresa geral. Com base nas informações disponibilizadas ao mercado pela pesquisa da revista Exame “1000 maiores empresas” de 2006, das 1000 empresas divulgadas, pode-se identificar um percentual de 20% de sociedades limitadas que se enquadram no novo parâmetro legal de sociedade de grande porte.

A lógica do dispositivo é que as sociedades limitadas passem não só a atender aos requisitos de escrituração, elaboração e auditoria de suas demonstrações financeiras, mas também a publicá-las. Não faz o menor sentido exigir a produção de tais informações para que sejam, ao final, guardadas ou, pior, apenas usadas para decorar as gavetas de seus controladores (na maioria das vezes um único), que obviamente já possuem tais dados.

Apesar dos avanços que virão, muito se perdeu durante a longa tramitação do projeto de lei no legislativo nacional. Assim, como sempre ocorre em uma “democracia” onde os grandes grupos empresariais ditam as regras, o desinteresse (não oficialmente revelado) das grandes multinacionais, constituídas em sua maioria sob a forma de limitadas, em terem seus números publicados, fez com que a redação final fosse

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modificada em seu benefício e em prejuízo dos investidores, credores, Fisco e demais participantes do mercado. No limite, até mesmo os consumidores destes grandes grupos econômicos têm interesse — e direito — em obter tais informações.

Não cabe aqui maiores elucubrações sobre o ocorrido durante o processo legislativo e de sanção da Lei 11.638. Ainda que o justo seja que todas as empresas de grande porte publiquem suas demonstrações, em linha com o panorama geral internacional, nem sempre o que é “justo” é jurídico ou legal, sendo somente válido e obrigatório quando se torna lei. Portanto, é necessário que haja uma regulamentação do artigo 3º da nova lei por parte das autoridades competentes. Não basta que advogados e juristas renomados se manifestem na imprensa, mostrando o quanto há de dúvidas. Não podemos mais aceitar nem conviver com essa situação de indefinição e insegurança jurídica. Faz-se urgente que o Congresso Nacional conclua seu trabalho, dando completo e claro posicionamento à situação. Ou que ao menos a CVM, dentro de seu novo poder regulamentar, normatize claramente a definição da amplitude da efetiva obrigação de publicidade das demonstrações financeiras pelas empresas constituídas sob a forma de sociedades limitadas.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=21&i=1974

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Projeções guiadas: fizemos um raio-X do guidance praticado no Brasil e concluímos que, por enquanto, ele tem dado só alegria para investidores

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 46 -49)

Com a rápida transformação do mercado de capitais brasileiro nos últimos anos, algumas práticas antigas do ambiente internacional começaram a ser desenvolvidas por aqui. Um exemplo é o guidance, vocábulo cada vez mais freqüente no glossário dos profissionais de Relações com Investidores (RI), que significa a orientação formal e sistemática de analistas e investidores sobre os resultados futuros ou operacionais da companhia. Controversa e alvo de críticas lá fora, essa prática vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Seus propulsores são, principalmente, as empresas novatas da Bovespa, que abriram o capital de 2003 para cá. Para entender como essa prática está sendo construída no País, a CAPITAL ABERTO fez um levantamento a partir dos comunicados de guidance divulgados pelas 64 companhias que fizeram uma oferta pública inicial de ações (IPO) no ano passado.

A primeira descoberta é que cada vez mais companhias ousam divulgar projeções de dados financeiros, como receita líquida ou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Marfrig e Cruzeiro do Sul são alguns exemplos (veja quadro na próxima página). A maioria, contudo, divulga somente o guidance operacional, cujas projeções variam de acordo com o segmento de atuação. No setor de construção civil, o guidance é baseado no Volume Geral de Vendas (VGV), que corresponde à soma do valor de lançamentos de um empreendimento imobiliário ou de vendas das suas unidades. Empresas do setor agrícola, a exemplo da Açúcar Guarani, fazem estimativas baseadas na safra de suas matérias-primas. Já holdings educacionais, como a Anhanguera, projetam o número de alunos matriculados em seus cursos. Como a divulgação de estimativas é uma opção de cada empresa, os indicadores adotados variam bastante, inclusive no mesmo segmento. No setor financeiro, enquanto o banco Cruzeiro do Sul expõe a projeção de seu lucro líquido, o Panamericano prefere o volume da carteira de crédito.

São exceções as companhias que optam pelo anúncio de resultados trimestrais, como a Camargo

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Corrêa. A preferência é por guidances que contemplem o período de um ano. Também não há uma padronização quanto à forma de publicação do guidance, que pode ser divulgado como Comunicado ao Mercado, Fato Relevante, dentro do press release de resultados ou até em uma teleconferência com analistas.

Por esse levantamento, todas as novatas que optaram pela divulgação conseguiram cumprir ou até superar suas metas. “É natural que, no início, as empresas divulguem projeções menores. À medida que seus fundamentos de controladoria vão melhorando, elas ampliam o leque de informações”, afirma Geraldo Soares, presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e coordenador do Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim). Em sua opinião, é até melhor uma projeção mais conservadora para evitar estimativas que não correspondam ao resultado. Composto por dez entidades do mercado de capitais, o Codim apresentou um pronunciamento de orientação sobre o guidance em abril.

O mercado costuma punir desempenhos inferiores ao divulgado, por menor que sejam. Exemplo disso é a Company, empresa do setor de construção civil, cujas projeções para 2007 bateram na trave. Embora o volume geral de vendas de lançamentos tenha aumentado 145% em relação ao ano anterior, o resultado foi de R$ 1,579 bilhão, cerca de R$ 21 milhões abaixo do guidance de R$ 1,6 bilhão. “Muitas empresas do setor de construção civil estrearam na Bolsa em 2007, o que aumentou a demanda pela regulamentação dos projetos pelos órgãos governamentais competentes, como a Prefeitura Municipal de São Paulo, que não tiveram tempo hábil para aprová-los até o fim do ano”, explica César Saraiva, gerente de Relações com Investidores (RI) da Company. “Muitas empresas do setor lançaram empreendimentos em dezembro com o objetivo de cumprir o guidance. Nós preferimos deixar os lançamentos para março deste ano”.

As ações da empresa sentiram o impacto e caíram 4%, de R$ 16,60 para R$ 15,94, no dia da apresentação dos resultados, em 21 de fevereiro. Desde então, os papéis da Company vêm acumulando perdas e fecharam com cotação de R$ 12,30 no pregão de 28 de maio, o que corresponde a uma queda em torno de 25% em relação às cotações de fevereiro. Segundo o gerente de RI da Company, o resultado inferior ao guidance não contribuiu para a desvalorização dos papéis, já que o mercado compreendeu que o fato não foi causado por falta de estrutura da companhia. “A queda no preço das ações está mais atrelada à demora em reverter os lançamentos em resultados financeiros efetivos para a empresa. Além disso, os papéis do setor de construção civil como um todo apresentaram queda”, diz. Para este ano, a meta de VGV da Company é de R$ 1,5 bilhão, R$ 100 milhões a menos que no ano passado. “Nossa estimativa para este ano foi um pouco mais conservadora. Se conseguirmos superar, daremos uma boa notícia ao mercado”, diz.

NA RETA FINAL — Algumas companhias conseguiram atingir suas projeções nos últimos minutos do segundo tempo. Tecnisa, Rodobens e Camargo Corrêa, por exemplo, cumpriram o guidance no finzinho do ano. A InPar alcançou a meta de R$ 1,5 bilhão em dezembro, com o lançamento de dois empreendimentos. “Há sempre um receio, pois o mercado sempre espera que a companhia consiga cumprir o guidance”, diz Gustavo Fillizola, diretor financeiro e de Relações com Investidores (RI) da InPar.

Ricardo Tadeu Martins, gerente do departamento de pesquisa da Planner Corretora, pondera que a conquista dos resultados não se deve apenas à cobrança decorrente do guidance. A sazonalidade no setor de construção civil também contribui para a concentração de lançamentos no fim do ano. “Neste período, diversos fatores favorecem o aquecimento nas vendas, como o recebimento do 13º salário e das férias, o que acelera os lançamentos”, avalia.

Com a boa maré no setor imobiliário brasileiro, incorporadoras como Agra e MRV revisaram suas projeções para 2008, apostando em estimativas mais agressivas. Para este ano, a projeção do VGV da InPar é de R$ 2,5 bilhões, e chega a R$ 3,0 bilhões para 2009. “A demanda por imóveis é muito forte, principalmente no segmento de baixa renda, devido ao aumento da renda do brasileiro e à oferta de crédito imobiliário”, analisa Filizola.

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MAIS SURPRESAS, MAIS RISCO — Resultados muito acima do projetado, porém, têm seus efeitos colaterais. Eles podem aumentar a percepção de risco do investidor. “A princípio, é uma boa notícia, pois significa que a empresa cresceu mais do que o previsto. No entanto, o próprio mercado cria um fator de correção para a companhia”, considera Rodolfo Zabisky, CEO da MZ Consult. Nesse caso, o guidance tem efeito inverso, já que deixa o mercado mais apreensivo quanto às estimativas futuras. Segundo ele, o ideal é divulgar uma faixa de projeção com tendência bastante realista.

Outra técnica para diminuir possíveis erros é a revisão das perspectivas ao longo do ano, levando em conta as variáveis que podem afetar diretamente os resultados, além de fatores macroeconômicos como as perspectivas da economia brasileira e mundial, o câmbio e a taxa básica de juros. Se a empresa enxergar a possibilidade de seu desempenho ficar abaixo do guidance, deve fazer uma nova divulgação das projeções.

A rápida adesão das novatas à prática de orientação sobre resultados tem uma explicação. Ao oferecer um monitoramento das previsões, essas companhias pretendem atrair analistas que se proponham a cobrir seus papéis. “A entrega dos resultados prometidos diminui a percepção de risco e cria valor para a companhia, atraindo o investidor”, afirma Zabisky, da MZ. Consultor de várias das empresas que abriram recentemente o capital, ele foi um importante incentivador do uso do guidance.

Para aquelas que pretendem começar a fazê-lo, Geraldo Soares entende que o guidance operacional seja o mais indicado, já que o risco de incorrer em erros é menor do que o guidance financeiro. “De acordo com a legislação, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode requerer as premissas conceituais ou numéricas que levaram a empresa a apresentar determinada projeção”. O coordenador do Codim acredita na tendência de aumento de empresas que adotem a prática. E ressalta: antes de embarcar nessa, é fundamental ter uma boa estrutura de controladoria. Tomada a decisão, o RI terá de manter sempre um olho no guidance e outro na realidade. Sem descuidos.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=4&i=1975

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Acionistas rebeldes : com ou sem razão, investidores aproveitam as assembléias para cutucar o alto comando das corporações. Estaríamos próximos de transformá-las em espaço para bate-

boca?(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 50 -52)

É poética a comparação de assembléias de acionistas com as assembléias da Grécia Antiga, onde cidadãos manifestavam livremente sua opinião sobre o futuro da pólis. No entanto, em tempos de crise e fraudes bilionárias, alguns desses encontros societários trazem ecos é do pancrácio, a mitológica luta corpo-a-corpo que servia de treinamento para os soldados gregos. Em assembléias recentes de grandes corporações, faltaram só socos e pontapés. Marcel Ospel, o ex-todo-poderoso chairman do UBS, que o diga. Raivosos com perdas de US$ 18,4 bilhões, em 2007, ligadas aos títulos subprime norte-americanos, acionistas pediram a cabeça do presidente do conselho de administração do maior banco da Suíça, na assembléia de 27 de fevereiro. Um deles, mais exasperado, chegou a correr na direção de Ospel, mas foi barrado e retirado do palco por seguranças. Durante cerca de sete horas, investidores formaram fila para falar no microfone. Cada um tinha cinco minutos para se pronunciar. Reclamaram da remuneração elevada dos executivos e demonstraram indignação diante da incapacidade da

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administração de evitar tamanhos rombos. Um mês depois, pressionado, Ospel anunciou a renúncia à reeleição ao cargo de presidente do conselho.

Na vizinha França, o clima também foi hostil na assembléia do Société Générale (SocGen) realizada no fim de maio, refletindo a indignação provocada pela fraude que custou ao banco € 4,9 bilhões. Um relatório publicado dias antes do encontro revelou má qualidade nos controles internos — brechas que permitiram ao trader Jérôme Kerviel negociar, sem autorização, assombrosos € 50 bilhões. As falhas nos processos deixaram investidores pasmos, de acordo com o diário britânico Financial Times. O chairman Daniel Bouton teve de se defender das acusações de que tinha transformado o banco francês num “cassino”. Um acionista chegou a dizer que o executivo deveria abdicar de mais de seis meses de salário. Além do escândalo financeiro, os acionistas do SocGen tinham outros motivos para expressar descontentamento. As ações da instituição caíram mais de 50% em um ano. O banco teve baixas contábeis de € 2,6 bilhões por causa do subprime.

Mas não é só quando a dor atinge o bolso que o investidor aproveita a celebração da assembléia para mostrar os dentes. Questões polêmicas, muitas vezes distantes das matérias sujeitas à deliberação, afloram inesperadamente nesse tipo encontro. Principalmente se ele for o maior e mais midiático do mundo. Na assembléia-geral de 2007 da Berkshire Hathaway, uma acionista propôs a venda das ações da Petrochina detidas pela companhia de investimentos de Warren Buffett. A estatal chinesa explora reservas de petróleo no Sudão, a principal fonte de receitas do país conhecido pelo genocídio — comandado pelo governo —, que já matou milhares de civis. O pedido da acionista Judith Porter foi recusado, mas ela ficou satisfeita com a repercussão do assunto. Outro investidor, acompanhado de sua filha de oito anos, chamou atenção. Ele quis saber de Buffett por que o homem mais rico do planeta havia decidido doar parte de sua fortuna para instituições pró-aborto. Com a classe de costume, Buffett defendeu o direito de escolha das mulheres, alertando para as “terríveis conseqüências” da gravidez não-planejada.

CONSTRANGIMENTOS IMPREVISÍVEIS — No Brasil, onde as assembléias estão longe de atrair muita gente, uma mulher ganhou notoriedade ao fazer perguntas inusitadas numa das assembléias mais importantes da história do mercado de capitais nacional, que aprovou a formação da BM&F Bovespa. Mas não exatamente por inquirir sobre pontos tão críticos como fraudes ou perdas bilionárias. Elizabeth Cruz de Oliveira, de 72 anos, questionou o nome da nova companhia. Por que “BM&F” vinha antes de “Bovespa”? Manoel Félix Cintra Neto, então presidente do conselho da Bolsa de Mercadorias & Futuros, respondeu que a opção baseou-se na sonoridade das palavras, com o aval de uma consultoria especializada.

Há várias maneiras de aplacar a fúria de acionistas. Uma delas é a comunicação transparente, com informações de qualidade Não é a primeira vez que Elizabeth bagunça o coreto em encontros de acionistas. Como ela mesma diz, quer “colocar a boca no trombone”. Já se desentendeu com um advogado na assembléia de um dos maiores bancos privados do País, do qual é acionista. Participante de várias das últimas ofertas iniciais de ações (IPOs), começou a investir em renda variável há cerca de dois anos. Após ficar viúva, precisava de uma maneira de fazer seu patrimônio rentabilizar. Foi aí que tomou conhecimento do potencial de retorno no pregão, assistindo a uma palestra sobre finanças pessoais. Estudiosa — fez faculdade de filosofia e de psicologia —, tomou tanto gosto pela coisa que agora quer saber tudo tintim por tintim. “A minha melhor qualidade é ser curiosa”, afirma.

Elizabeth queixa-se do descaso de que tem sido alvo nas empresas. Diz que começou a ganhar respeito só depois de ter aparecido na imprensa. Num momento em que cada vez mais pessoas físicas engrossam a base acionária das companhias brasileiras, crescem as chances de administradores enfrentarem saias-justas com acionistas enfezados. As companhias devem estar preparadas para lidar com toda espécie de manifesto, seja ele pertinente ou não. A psicóloga Vera Rita Ferreira, representante no Brasil da Associação Internacional para a Pesquisa em Psicologia Econômica, compara essas situações de combate às reuniões de condomínio. “As assembléias de condomínio deveriam ser objetivas. Há uma pauta enviada para os condôminos, mas raramente as pessoas se restringem a ela.”

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ESCLARECIMENTO VERSUS FÚRIA — Moradores carregam suas frustrações e estados emocionais às reuniões de condomínio. Problemas de saúde, no trabalho ou afetivos. Tudo pode ser motivo para transformar qualquer indivíduo num barril de pólvora, prestes a ser aceso num debate mais acalorado. Acionistas, acima de tudo seres humanos, também podem agir assim. “À medida que se multiplica a presença de pessoas nas assembléias, aumentam as possibilidades de explosão de conteúdos emocionais”, explica Vera.

Numa coletividade, todo tipo de pessoa pode aparecer. Elizabeth, por exemplo, não tem nada a ver com a imagem da velhinha simpática que investe sua poupança em ações. Na conversa com esta reportagem, queria a todo custo convencer sobre suas teorias, entre as quais a de que “roupa suja se lava fora de casa”. Insistente, é capaz de tirar do sério até os administradores mais pacientes. Estaríamos próximos de presenciar nossas assembléias se transformando em espaço para bate-boca?

Para os empresários e executivos que, a esta altura, estiverem assustados, uma dica: há várias maneiras de se aplacar a fúria de acionistas. Uma delas, sem dúvida, é a comunicação transparente, objetivo primordial da governança. Para Vera, o aumento da participação de investidores pessoas físicas nas assembléias pode ser uma ótima oportunidade para as companhias refletirem sobre a qualidade das informações disponíveis. “Não é impossível imaginarmos que uma pessoa comum se sinta excluída desse mundo porque a linguagem usada é muito hermética.”

Quando não é bem informado, o acionista tem duas opções: ou se cala, numa atitude apática, ou agride a empresa, tanto à moda antiga quanto por meio de disputas judiciais. Para dissipar eventuais conflitos, a psicóloga aconselha aos administradores investir em canais de comunicação. Sugere, por exemplo, que sejam montadas equipes para atendimento específico a pessoas físicas antes do início das assembléias. Assim, dúvidas básicas sobre os procedimentos desses encontros poderiam ser dizimadas. O treinamento dos executivos para esse fim também é uma boa pedida.

De acordo com advogados, a área de RI é a melhor porta de pronto-atendimento de acionistas para questões diversas. Na assembléia, cabe ao administrador prestar esclarecimentos somente sobre assuntos diretamente ligados às matérias previstas para deliberação no edital de convocação, ressalta Marcelo Barbosa, sócio do escritório Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiros Advogados. Na Lei das S.As, esse é o único papel sugerido para a assembléia-geral, um fórum que tem “poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes...”. Não se trata, pois, de um fórum de discussão com os administradores, como acionistas no mundo todo parecem desejar a exemplo do que se viu nos encontros do UBS, SocGen e Berkshire.

Para Moacir Zilbovicius, sócio do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga, é “extremamente salutar” a participação de investidores de varejo nas assembléias do País. “Porém, vivemos um período de transição. Nesse contexto, vai se entender que, numa assembléia, acionistas têm o direito de fazer perguntas apenas sobre os itens apresentados.” Mas será esse mesmo o modelo que se pretende ter? No Brasil, que começa tardiamente a experimentar assembléias mais movimentadas, eis uma pergunta que, muito provavelmente, os próprios acionistas vão se encarregar de responder.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=4&i=1976

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Por que empresas que abriram seu capital recentemente estão recolhendo seus papéis?(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 53)

Nos últimos meses, várias companhias anunciaram programas de recompra. De acordo com pesquisa da Stern Stewart, de julho de 2007 (mês da primeira grande queda da bolsa devido à crise norte-americana) a abril deste ano (anterior ao comunicado do investment grade), houve uma considerável concentração de avisos. Foram 56 empresas, das quais 20 tinham realizado IPO nos últimos 18 meses. Isso nos levou a investigar os motivos do crescimento no número de anúncios de recompra, e o fato de muitas companhias que estrearam no mercado há pouco tempo já realizarem tais programas. A análise dos fatos relevantes divulgados pelas organizações para justificar essa decisão cita fatores como aplicação eficiente do caixa e oportunidade de investimento em suas próprias ações, que elas julgam desvalorizadas.

A literatura de finanças lista uma série de razões para essa iniciativa, entre as quais destacam-se: 1) ajuste na estrutura de capital, em que a empresa busca um rebalanceamento entre dívida e capital próprio para reduzir o custo de capital; 2) redução do custo de agência, pois o excesso de caixa pode induzir os administradores a realizarem investimentos com retorno abaixo de seu custo de oportunidade; 3) sinalização de subvalorização das ações — de posse de informações mais detalhadas que o mercado, a administração pode concluir que os papéis estão sendo negociados abaixo de seu valor justo. Ao perceber esse fato, o mercado pode corrigir o preço da ação; 4) flexibilidade, pois a recompra não possui periodicidade nem montante obrigatórios; 5) questões tributárias: o tratamento fiscal para dividendos e ganhos de capital pode favorecer um modo de distribuição em detrimento de outro.

Em análise realizada internamente, obtivemos alguns dados para levantar hipóteses para as recompras. A razão caixa sobre ativos das companhias (dezembro de 2007) era de 36% nas que realizaram IPO recentemente e 19% nas demais. É natural que as primeiras tenham maior volume de caixa, porém a hipótese de elas terem aproveitado a liquidez disponível na época do lançamento de ações, captando mais que o necessário, não pode ser descartada. Seria então o momento de ajustar a estrutura de capital, eliminando algum possível excesso? Infelizmente, não existem instrumentos para validar ou rejeitar essa hipótese.

Outro ponto de destaque foi que o retorno das ações entre seu valor máximo e o do dia do anúncio foi de -27,5%, em média, sendo -36% nas empresas que realizaram IPO recentemente. Além disso, o retorno entre o IPO e a data de anúncio da recompra foi de -23% em média. Nessa situação, é natural que os administradores das companhias proponham o resgate e apresentem a subvalorização como uma das justificativas.

Entretanto, os investidores capturaram o efeito de sinalização desejado? A análise dos retornos das ações em relação ao do Ibovespa em diferentes janelas de três dias em torno da data do anúncio constatou retornos com médias que não ultrapassaram 1%, ainda que algumas empresas tenham apresentado expressiva valorização.

Esses retornos relativos pouco expressivos podem indicar uma sinalização fraca aos investidores. Uma das razões poderia ser o método utilizado para recompra, pois as compras no mercado aberto não implicam compromisso firme de recompra. Geralmente, ofertas com preço fixo (tender offers) carregam um efeito sinalizador mais forte.

Após o investment grade, as ações dessas companhias obtiveram grande valorização — retorno médio de 15,6%, entre 29 de abril e 15 de maio deste ano, para as que realizaram IPO recentemente. Nesse novo quadro, os programas de recompra serão executados, ou este novo patamar já terá eliminado o gap de valuation entre o mercado e as administrações das companhias?

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=25&i=1997

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Notice and Access espanta pessoa física das assembléias(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 55)

Em vez de estimular a participação de acionistas pessoas físicas nas assembléias, o Notice and Access (N&A) está afugentando os investidores de varejo das deliberações. Permitido pela Securities and Exchange Commission (SEC) desde julho de 2007, o sistema permite às companhias apenas avisar aos investidores em qual site estão disponíveis os materiais informativos sobre as assembléias (proxy materials), dispensando o envio da versão impressa desses documentos.

Segundo a consultoria Broadridge Financial, que processa votos por procuração da maioria das empresas adeptas do N&A, 164 emissores realizaram encontros de acionistas com o uso desse modelo até 30 de abril de 2008. Nessas companhias, a votação de pessoas físicas caiu mais da metade (veja quadro).

A hipótese de queda na participação de acionistas individuais nas assembléias foi levantada ainda em 2006, quando a SEC propôs a regra. De acordo com o blog sobre governança do grupo RiskMetrics, pesquisas indicavam que 38% dos acionistas que costumam votar estariam pouco dispostos a acessar proxy materials online e a votar sob o modelo do Notice and Access.

Os números apontados pela Broadridge podem ser uma confirmação dessas previsões iniciais. Investidores ouvidos pelo blog indicam ainda outras razões para o declínio. Entre elas, está a crise norte-americana, que poderia ter diminuído o interesse de investidores em participar das deliberações, e a pouca familiaridade de algumas pessoas com a nova ferramenta. Mas a Broadridge trouxe também uma boa notícia: as companhias deixaram de gastar, no total, cerca de US$ 132 milhões em impressão e postagem de proxy materials.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=20&i=1980

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SEC faz consulta pública sobre adoção de XBRL obrigatório(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 56)

A Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou, no dia 14 de maio, a formalização de uma audiência pública em torno da implementação do XBRL — sigla para Extensible Business Reporting Language, tecnologia que promove a integração de informações contábeis e financeiras.

O órgão regulador do mercado de capitais norte-americano propõe que as grandes empresas — com free float superior a US$ 5 bilhões — passem a fornecer suas informações financeiras em XBRL a partir do período fiscal que termina em 2008. As companhias restantes teriam mais dois anos para adotar a tecnologia.

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“Tudo isso significa trazer ao investidor informações melhores e mais rápidas a respeito de suas companhias. Nosso disclosure financeiro, cuja estrutura remonta à década de 1930, precisa de um modelo verdadeiramente moderno, que aproveite o que a tecnologia tem de melhor”, disse Christopher Cox, chairman da SEC, no site oficial da agência.

Se aprovado, o disclosure sobre a adoção do XBRL deverá ser feito através de anexos nos relatórios trimestral e anual ou no pedido de registro de oferta. O anúncio também deverá ser feito nos sites das companhias.

O XBRL, derivado do XML — uma linguagem de internet —, cria uma espécie de “etiqueta” eletrônica que se associa a cada informação contábil. Isso permite, por exemplo, que dados de um balanço financeiro recente de qualquer empresa seja rapidamente encontrado na internet. Se quiser, o investidor pode baixar os números em planilhas, arquivos de texto ou pdf, e organizá-los da forma que lhe for mais conveniente.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=20&i=1982

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IPO: aumento da arrecadação(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 57)

As ofertas de ações no mercado de capitais têm levado à formalização de empresas que, até pouco tempo atrás, eram consideradas pouco organizadas no que se refere à reunião dos assuntos tributáveis, ou não, dentro de cada corporação. A cada ano a Receita Federal registra aumento na arrecadação, o que pode ser justificado por diversas ações, como melhora na fiscalização, na automatização da centralização dos dados e na governança corporativa. O ingresso de impostos e contribuições federais apresentou crescimento real de 11,03% e chegou a R$ 537,16 bilhões em 2007.

As ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) ficaram entre as dez maiores do mundo em 2007. Entre as mais de 1,7 mil operações em bolsas internacionais, a da Bovespa aparece em quinto lugar e a da BM&F fica em oitavo. Isso põe o Brasil em posição de destaque no mercado financeiro global, haja vista a conquista do selo de investment grade, concedido pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s.

O grau de investimento deverá favorecer a entrada de capital estrangeiro no país. Há expectativa de aumento no número de IPOs e de arrecadação fiscal Para ofertar ações no mercado de capitais, uma empresa precisa ser muito bem assessorada na preparação de sua governança corporativa, de acordo com regras exigidas por órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso a torna mais transparente e atrativa para investimentos, além de trazê-la para a formalidade. Alguns setores vêm registrando aumentos significativos na arrecadação tributária, acima do crescimento do PIB setorial, o que mostra efetivamente que a ampliação da formalização resulta também em alta no recolhimento de impostos.

Grandes investidores e acionistas de empresas manifestaram preocupação em economizar no pagamento de impostos, e isso vem dando muito trabalho aos tributaristas. Os IPOs já permitiram a dezenas de companhias que recentemente abriram o capital até triplicar o tamanho de seu patrimônio

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líquido. De acordo com o consenso de muitos especialistas em tributos, o ágio gerado nessas operações deve ser aproveitado como economia fiscal por essas organizações.

Com a conquista do investment grade, analistas esperam um aumento no número de empresas que buscarão recursos através da oferta pública de ações. O selo também deverá favorecer a entrada de capital estrangeiro de curto prazo no País, que, para alguns especialistas, não é muito saudável para a balança comercial. Em maio, o governo federal apresentou o Plano de Desenvolvimento Industrial, com medidas e restrições fiscais que visam evitar uma forte desvalorização do dólar e conter a entrada desse capital externo de curto prazo. O objetivo do novo plano é o de aumentar a lucratividade dos exportadores e tentar evitar uma deterioração do saldo da balança.

Entre as medidas estão a cobrança de 1,5% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no ingresso de investimentos estrangeiros em renda fixa, como títulos públicos; isenção de IOF para as operações de câmbio dos exportadores; e autorização para que toda a receita com vendas externas seja deixada fora do País. Tudo isso colabora para o aumento da arrecadação tributária.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=54&i=1999

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IBGC lança modelo para regimento do conselho(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 58)

Em sua missão de aprimorar as melhores práticas, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) trará em seu 5º Caderno de GC, a ser lançado no dia 12 de junho, um modelo-padrão para o regimento interno do conselho de administração. Trata-se de um conjunto de normas que aponta as responsabilidades, atribuições e rotinas de trabalho do órgão.

Para Paulo Toledo, coordenador do comitê jurídico do IBGC, a iniciativa visa suprir uma necessidade do mercado em relação ao tema. “Ainda há empresas no Brasil sem um regimento interno para o seu conselho. Isso, para o instituto, foge das melhores práticas. Para que um conselho atue efetivamente, é preciso que tenha regras próprias, como um clube ou um condomínio”, diz Toledo.

Para ele, a ausência de regimentos em algumas companhias é mais uma conseqüência da imaturidade do que de má-vontade do mercado. “Mesmo com a aumento da importância do conselho de administração em nosso universo corporativo, ele ainda precisa ser mais disseminado. E o regimento interno é um reflexo dessa situação”, explica.

O modelo foi idealizado segundo o código das melhores práticas do IBGC e o manual prático de recomendações estatutárias — tema do segundo caderno do instituto, publicado em 2006. Os principais itens abordados serão a missão do conselho e o escopo de sua atuação, normas de funcionamento das reuniões, sistema de votação, comunicação entre o conselho e a diretoria e a interação com o conselho fiscal.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=18&i=1984

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Acabou a festa: BC vai questionar instituições que usaram suas empresas de leasing para fugir do compulsório

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 59)

Bancos que levantaram recursos por meio de debêntures das suas empresas de leasing a partir de 1999 correm o risco de responder a um processo administrativo no Banco Central (BC). Conforme a CAPITAL ABERTO apurou, o regulador pretende tomar uma decisão definitiva sobre o assunto em junho, mas a chance de essas operações serem entendidas como irregulares é grande.

O BC já havia interferido nesse tipo de captação no fim de janeiro. Por meio da circular 3.375, introduziu o depósito compulsório na transferência de recursos das empresas de leasing para os bancos através da modalidade depósito interfinanceiro. Como são proibidos de lançar debêntures, os bancos usavam as leasings do mesmo grupo para levantar recursos que eram depois aplicados em suas próprias operações, como as de crédito. A vantagem estava no custo. Ao contrário dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), tradicionalmente utilizados pelos bancos para captações, os recursos que vinham das leasings não sofriam a incidência do compulsório. Para se ter uma idéia da importância dessa economia, 23% do volume levantado através de CDBs pelos bancos é esterilizado pelo compulsório do BC.

Ao introduzir o recolhimento, a circular 3.375 veio para criar isonomia entre as formas de funding dos bancos. Sua incidência é progressiva. Iniciou em maio, tomando 5% do saldo existente nas contas em 31 de janeiro, e crescerá cinco pontos percentuais a cada dois meses. Em janeiro de 2009, chegará a 25%, o limite máximo.

A parte da operação que o BC questiona é a subscrição das debêntures das leasings pelos bancos controladores. A compra desrespeita a resolução 2.595-99, do Conselho Monetário Nacional. O documento alterou o artigo 21 de outra resolução, a 2.309-96, que permitia à instituição conceder “empréstimos, financiamentos, repasses de recursos e prestação de garantias” a uma empresa de leasing, inclusive quando for sua controladora. Na resolução 2.595, o termo “controladora” foi suprimido do texto. Segundo fontes do Banco Central, a subscrição das debêntures pode ser configurada como uma das quatro modalidades acima. Por isso, a ausência da palavra “controladora” coloca em xeque todas as operações realizadas nesses moldes desde 1999.

A medida a ser tomada pelo Banco Central visa apenas corrigir essa prática de mercado. Não haverá, portanto, impacto sobre os valores já captados. O BC acredita que a circular 3.375 já foi suficiente para desincentivar as captações com debêntures por meio das leasings. Na prática, o depósito compulsório inviabilizou a captação dos bancos nesse formato. Após 31 de janeiro, apenas duas ofertas de empresas de arrendamento mercantil ganharam registro e nenhuma delas foi negociada. As razões para a atuação tardia do BC são claras. Preocupado com a inflação e com o elevado nível de crédito, o regulador represou a sedutora fonte de recursos dos bancos, que dominava o mercado de debêntures há cerca de quatro anos.

Em novembro de 2005, o estoque das debêntures emitidas pelas empresas de arrendamento mercantil chegou a R$ 44,2 bilhões ante R$ 39 bilhões de todas as outras empresas. Segundo acompanhamento feito pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), a diferença vem crescendo desde então. Em abril de 2008, o estoque das debêntures de leasings atingiu R$ 174 bilhões contra R$ 54 bilhões das demais companhias. No que depender da nova política do BC, estes volumes estão com os dias contados.

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O verdadeiro risco: companhias sem presença de private equity sofrem desconto por maquiar balanços antes do IPO

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 60)

É de se esperar que as empresas com participação de fundos de private equity e venture capital tenham suas ações mais valorizadas após uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Afinal, a técnicas de gestão injetadas por esses investidores tendem a promover um desempenho mais robusto. Menos intuitivas, porém, são as outras razões que levam à diferença de comportamento entre as ações de companhias pós-private equity e aquelas sem essa experiência. É nelas que se foca o estudo The Dynamics of Earnings Management in IPOs and the Role of Venture Capital: Evidence from Brazil.

Os pesquisadores Sabrina Gioielli, do Banco Central, e Antônio Gledson de Carvalho, da Fundação Getúlio Vargas, concluem que uma justificativa para esse disparate está na melhora artificial dos balanços antes do lançamento das ações pelas empresas que não tiveram um investidor de risco. Essa manipulação — que os autores chamam de “contabilidade agressiva” — ocorreria por meio de brechas na regulação contábil. De acordo com a pesquisa, o trimestre anterior ao IPO é o que apresenta os maiores indícios de desvios. Intervenções como o registro de pagamentos ainda não efetuados e a desaceleração da depreciação fazem com que o valor de uma ação no lançamento seja irreal, o que se comprova com a desvalorização dos papéis já no trimestre posterior à abertura de capital.

Foram analisados os balanços de 66 companhias que fizeram seus IPOs na Bovespa entre 2004 e 2007. Dessas, 37 não tinham participação de capital de risco na gestão. As demais, segundo os autores, tinham o perfil para executar mudanças cosméticas em seus balanços, mas não o fizeram pela presença dos gestores dos fundos. A razão para os números corretos, avaliam, é a manutenção do que esses grupos têm de mais valioso: o sistema de governança. Como o retorno do investimento vem na abertura de capital das investidas, os fundos de private equity e venture capital não podem se descuidar dos balanços para não ter a reputação abalada. Isto poria em cheque todas as outras operações do grupo. Um risco grande demais até para eles.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=23&i=1987

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Em defesa dos minoritários: CVM exige tratamento equitativo para todos os acionistas e determina taxa de atualização em tag along

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 61)

Pela primeira vez, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a taxa que seria mais apropriada para a atualização do preço pago em uma oferta pública de aquisição de ações (OPA). A oferta em questão decorre do tag along concedido aos minoritários da Suzano Petroquímica após a aquisição do seu controle pela Petrobras, em agosto de 2007. A autarquia exigiu que a Petrobras adotasse a variação de 100% do CDI para atualizar o valor da oferta no período que vai da aquisição do controle até o pagamento aos minoritários.

No primeiro ofício enviado ao regulador, a estatal afirmava que o valor pago aos investidores seria atualizado conforme a Taxa Referencial (TR). A CVM recusou o pedido de registro por considerar esse fator injusto. Desde a alienação de controle da Trafo pela Weg em 2007, o colegiado da autarquia entende que a TR é insuficiente para cobrir o custo de oportunidade do investidor. Naquela operação, a Weg acabou optando pela taxa de 100% do CDI.

Na segunda proposta, a Petrobras tentou emplacar outro critério de atualização. Seria adicionado ao preço por ação um montante equivalente a 100% da variação do CDI, porém, com um detalhe: líquido de impostos. Novamente, a CVM recusou a proposta ao verificar que, no contrato da Petrobras com a família Feffer, controladora da petroquímica, havia uma taxa de atualização de 100% do CDI, sem qualquer menção aos impostos.

No terceiro ofício, a petrolífera sugeriu mais uma taxa. Desta vez, para surpresa da CVM, menor: 36,47% do CDI. Seu argumento baseou-se na mesma eqüidade defendida pela autarquia. Na negociação com os Feffer, não houve correção desde a data da assinatura do contrato (3 de agosto) até a liquidação da operação (30 de novembro), mas, sim, a partir do dia 16 de outubro. Já no caso dos minoritários, a atualização compreenderia o período completo, de 3 de agosto até a liquidação. Para compensar essa diferença de tratamento, a Petrobras fez as contas e concluiu que os minoritários mereceriam 36,47% do CDI. “Esse cálculo até pode fazer algum sentido matemático, mas, como os controladores receberam 100% do CDI, concluímos que os minoritários não estavam sendo devidamente compensados”, diz Flavia Mouta, gerente da superintendência de registro da CVM.

A taxa de 100% do CDI não é a única métrica que a CVM considera justa, ressalva Flavia. Na alienação de controle da Calçados Azaléia foi usada a Selic. Na da Magnesita, a variação do IPCA mais 6% e, no caso da Eleva Alimentos, 100% do CDI líquidos de impostos — exatamente como proposto pela Petrobras. O fundamental é que, além de compensar o custo de oportunidade do investidor, o tratamento dado ao minoritário seja o mesmo do controlador.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=23&i=1989

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O próximo passo:dinâmica do mercado de capitais renova os desafios para a governança corporativa

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 62)

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A mercado financeiro e de capitais é uma indústria dinâmica, caracterizada por fluxo e transformação. Em época recente, no Brasil e no mundo, o perfil de propriedade de empresas e os instrumentos financeiros tornaram-se mais complexos e os agentes, mais competitivos.

O que assistimos foi uma evolução em velocidade difícil de ser acompanhada. Especificamente em nosso ambiente, se voltarmos ao ano de 2001, momento no qual o Brasil parecia estar pronto para adentrar um longo ciclo de crescimento. Ao se fazer uma análise da disponibilidade de instrumentos e recursos no mercado financeiro e de capitais para financiar esse esperado ciclo, concluía-se que muito faltava para tornar isso viável. O capital de altíssimo risco representado por venture capital ou mesmo private equity, estava ausente de nosso ambiente. As estruturas de dívida híbrida, do tipo securitização ou conversíveis, também não eram utilizadas. As ofertas de ações, iniciais ou não, não aconteciam. O crédito, como proporção da produção nacional, era quase insignificante.

Os acontecimentos ocorridos logo após a turbulência do período eleitoral de 2002 transformaram radicalmente esse cenário. Hoje existe capital de alto risco em abundância. As dificuldades para emissão de títulos híbridos de dívida foram removidas, e os volumes cresceram para vários tipos de instrumento. As ofertas públicas de ações tiveram o mais importante ciclo em sua história. O crédito, embora ainda não tão representativo em relação ao tamanho da atividade econômica, cresceu de forma substancial.

A capacidade de adaptação a um ambiente em dramática mutação como esse e a necessidade de inovar de forma continuada têm sido fundamentais para quem deles participa. Daí termos assistido, nestes últimos cinco anos, à chegada de elementos que normalmente estão presentes e são constitutivos de um mercado de capitais desenvolvido.

Transações realizadas nesse período criaram um número importante de empresas de capital pulverizado. Suas ofertas vieram acompanhadas de cláusulas de proteção estatutária que, provavelmente, mais se devem ao receio de adentrar ao mundo desconhecido do capital aberto com a totalidade de ações votantes, do que ao desejo de perpetuação de gestores entrincheirados em companhias — até porque a maioria delas tem um ou mais controladores que não permitiriam entrincheiramento de qualquer espécie. Tivemos as ofertas de empresas do tipo “blind pool”, tipicamente baseadas em planos de negócio. Algumas empresas estruturaram suas holdings fora do país e emitiram BDRs. As bolsas se desmutualizaram e criaram uma nova estrutura de governança. A participação de indivíduos cresceu de forma surpreendente no capital de empresas; E a participação de grandes investidores internacionais tomou proporções significativas. Isso tudo só para citar alguns aspectos marcantes desta fase recente.

Paralelamente, as empresas brasileiras lançaram-se no mais importante ciclo de internacionalização em nossa história. Passaram a considerar a participação em mercados externos de capitais, o que as colocou diante de um conjunto de exigências e demandas regulatórias adicional àquele com que se defrontavam em âmbito doméstico. Em meio a tudo isso, há ainda a tendência à convergência global. Não só nos padrões de governança, mas também, e de forma importante, o esforço na área da contabilidade, com a desejada padronização das demonstrações financeiras.

É preciso ajustar os programas de formação de profissionais hoje disponíveis para o exercício da governança As empresas brasileiras lançaram-se no mais importante ciclo de internacionalização da nossa história O fato é que estamos todos crescentemente conscientes de que o mercado de capitais, mais particularmente o de ações, é hoje substancialmente diferente do que era há poucos anos. Não se pode ignorar as mudanças, pois elas impactam de forma definitiva a eficiência da economia como um todo. Como diz Ira Millstein, “os mercados de capitais não são um fim em si mesmo; o jogo final é prover ‘energia’, o combustível, para a performance das empresas; a performance das empresas é o que determina o sucesso das economias”.

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Assim, no âmbito da governança, ganha prioridade o debate, a reflexão e, mais do que isso, a geração e a divulgação dos seus resultados, de forma a orientar todos os agentes que participam desse importante mecanismo de criar riqueza em nossa economia. As questões a serem visitadas incluem aspectos da legislação existente, dos regulamentos em vigor, das práticas adotadas pelos mecanismos de auto-regulação.

Um exemplo recente da busca do aperfeiçoamento de nosso arcabouço institucional foi a emissão da primeira Carta Diretriz sobre governança, preparada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Esse trabalho incorpora elementos de grande valia para legisladores, reguladores e órgãos de auto-regulação, além de orientar empresas e conselheiros sobre a melhor forma de se posicionar diante das prescrições legais hoje existentes.

Essa é uma prática contemporânea, adaptada à cena em que a inovação continua, a velocidade das mudanças aumenta, a interconexão de mercados se amplia e as empresas e seus stakeholders procuram entregar o que de melhor conseguem realizar.

Os agentes da governança devem, então, se empregar neste novo ciclo que sucede o de divulgação das melhores práticas e o de ampliação do debate. Este é o momento de aprofundar a análise sobre essas diversas situações de governança, com base em elementos técnicos bastante objetivos, e oferecer sugestões e orientação de forma clara e freqüente.

Haverá também a necessidade de se ajustar os programas hoje disponíveis de formação de profissionais para o exercício da governança. Além das questões que hoje temos de enfrentar — e que são diferentes daquelas de pouco tempo atrás —, eles deverão avançar em conhecimento sobre as economias e mercados que alcançaram a maturidade e a complexidade que o nosso está adquirindo.

Esses agentes incluem os investidores, os gestores, os conselheiros, os auditores, os analistas. A eles todos compete entender a natureza dinâmica da evolução dos sistemas de governança para que continuem contribuindo de forma objetiva para a perenidade das sociedades empresariais. A pauta de itens a serem analisados é extensa e crescerá ainda mais. Sua execução dependerá muito do apoio e da participação de um amplo contingente de pessoas nesse debate.

Nosso mercado e seus agentes estão se beneficiando da vantagem de, por estarmos nos desenvolvendo um pouco tardiamente, aprender com os erros dos outros. O importante é ter esse tipo de atitude presente. É preciso que adaptemos nossas práticas e evitemos a destruição de patrimônios construídos, na maioria das vezes, ao longo de muito tempo e depois de intenso esforço.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=3&i=1991

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Separação de cargos na Exxon Mobil não é aprovada(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 64)

No dia 28 de maio, ocorreu uma das batalhas acionistas versus executivos e conselhos de administração mais importantes da temporada de assembléias nos Estados Unidos. No encontro da Exxon Mobil, 39,5% dos acionistas votaram a favor da separação dos cargos de presidente do conselho e diretor presidente (CEO), com a subseqüente eleição de um presidente do conselho independente — uma

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resolução que vem sendo proposta há seis anos consecutivos pelo lendário ativista da governança corporativa Robert Monks.

O percentual não foi suficiente para a aprovação da matéria, resultando em uma vitória da gestão da empresa, que chegou a enviar diversas cartas aos acionistas — com recursos da companhia — solicitando a rejeição da matéria e a manutenção do status quo de cargos unificados na figura do atual CEO Rex Tillerson. De acordo com Monks, em entrevista à The Economist, a companhia é também a mais hostil aos acionistas, “com sua assembléia anual representando um vigoroso exercício do mínimo exercido pela Lei”.

Nos anos anteriores, um ponto importante foi o apoio da família Rockefeller — fundadora da Standard Oil, cuja cisão resultou na Exxon Mobil — para a proposta de Monks. Embora possuam atualmente uma pequena fração das ações da companhia, os Rockefellers permanecem como seus maiores acionistas individuais. De acordo com a revista The Economist, dos 78 descendentes diretos do fundador John D. Rockefeller, 72 apoiaram a resolução para separação dos cargos de presidente do conselho e CEO.

Em comunicado oficial, a gestão da Exxon argumentou que seu conselho está mais apto do que os acionistas da companhia para determinar sua estrutura de alta gestão e que, no momento, a melhor decisão é manter Rex Tillerson simultaneamente como CEO e presidente do conselho de administração.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=13&i=1993

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Padrões trabalhistas para fornecedores entram na pauta(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 64)

A agência de serviços em governança corporativa e gestão de riscos RiskMetrics resolveu investigar um tema cada vez mais importante para a reputação das empresas de grande porte: a presença de códigos ou regras formais para a adoção de padrões trabalhistas mínimos por parte dos seus fornecedores.

Os resultados da pesquisa, realizada com mais de 1,8 mil companhias globais pertencentes aos índices S&P 500, Toronto Stock Exchange 300 e Morgan Stanley EAFE, foram divulgados recentemente e considerados insatisfatórios. Constatou-se que apenas 20% das maiores empresas do mundo possuem códigos ou regras formais para assegurar a conformidade dos seus fornecedores com padrões trabalhistas mínimos.

O estudo verificou que uma parcela ainda menor de empresas (cerca de 14%) monitora a aderência de seus fornecedores aos padrões trabalhistas estabelecidos. As questões trabalhistas mais presentes nos códigos das companhias são relacionadas à discriminação no ambiente de trabalho e ao trabalho infantil ou forçado — perto de 15% do total de empresas possuem regras formais relativas a esses assuntos. Como outro resultado negativo, apenas 12% prevêem conseqüências para os fornecedores que violarem as regras trabalhistas definidas.

Segundo a RiskMetrics, os investidores devem se preocupar mais com empresas de setores considerados de alto risco e sem regras formais ou procedimentos de monitoramento dos seus fornecedores. Os cinco setores considerados de mais alto risco foram os de varejo, alimentos, bens de consumo duráveis, utensílios domésticos e bebidas e tabaco.

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Apesar desse rótulo, o setor de varejo foi o que apresentou maior percentual de empresas com códigos formais para as questões trabalhistas, cerca de 50%. O relatório alerta que os eventuais problemas trabalhistas na cadeia de suprimento das empresas desses setores podem afetar seriamente a sua imagem e, em última instância, seus investidores.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=13&i=1995

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A punição à atuação dos flippers nas ofertas iniciais de ações (IPOs) é boa para o mercado de ações brasileiro?

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 24 – 25)

Não - Contra o mercado: Restrição aos flippers é nociva porque reduz o interesse dos investidores individuas por IPOs

Por Clodovil gabriel Vieira

O ato de “flippar”, ou seja, comprar uma ação na oferta de abertura de capital de uma empresa e vender no primeiro dia de negociação, virou pecado grave no mercado de capitais. Mas proibir a especulação, mesmo que para reduzir a volatilidade das ações destas novas empresas, pode ser prejudicial para o volume de negócios com estes ativos. Existem alertas e alertas sobre os riscos de ir contra a lei do livre mercado. Proibir o vai-e-vem dos investidores significa reduzir a liquidez dos negócios e, por conseqüência, o interesse do mercado por novas ações.

A proibição da atuação dos flippers é uma das causas do menor interesse dos investidores nos IPOs. Nestas ofertas, as empresas abrem o capital para obter recursos junto aos investidores. Desta forma, para a companhia que está ingressando, não importa a origem dos recursos, mas que estes recursos venham e valorizem a ação.

O flipper amplia o interesse inicial nos papéis. É um “especulador”, um “jogador” como qualquer um que toma o risco do mercado. Proibir o flipper é o mesmo que vetar o especulador diário. Qualquer investidor pode ser um flipper. Sim, você pode ser um. Mas as empresas que estão abrindo o capital estão tentando barrar os flippers. Por quê?

Há quem diga que isso prejudica a oferta pública. Mas se isso é verdade, então vamos proibir os day traders ou os especuladores que entram e saem todos os dias da bolsa. Se estes forem prejudiciais ao mercado, concordo que os flippers sejam vetados também.

Será que esse pecado capital serve só para as empresas que têm boa rentabilidade após o IPO, ou para as que caem também? As ações da BM&F subiram 22% no primeiro dia, sem a participação dos flippers tradicionais. Já os papéis da Le Lis Blanc não tiveram a mesma sorte e cederam 20% no primeiro dia. Para não ser considerado flipper, um investidor da BM&F teria que esperar um dia para vender o papel e

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realizar o lucro. E o investidor da Le Lis Blanc precisaria aguardar um dia para vender o papel e realizar o prejuízo de 20%.

Investir em um IPO é muito arriscado. Como se viu nas experiências recentes, há uma boa chance de perder no primeiro dia. Qual a decisão a tomar? Independente de ser especulador ou não, o investidor deve fazer o que lhe convém no momento, mesmo que seja para ser considerado um flipper e ficar fora das próximas ofertas. Quanto mais tirarmos a liberdade do investidor, mais medo ele vai ter na hora de decidir entrar em novos IPOs.

A frustração com o desempenho das ações que ingressaram na Bovespa através de IPOs no último ano pode ser explicada por diversos fatores, mas uma coisa é certa: a maior parte das perdas está relacionada aos exageros proporcionados pela alta liquidez do mercado. Desconsiderando o dia de estréia, o volume negociado decresce em média 39,2% na primeira semana e, pior, mais da metade dos papéis ofertados mostrou uma redução de volume superior a 58%.

Quando o assunto é rentabilidade, são muitas as razões para o investidor ficar com o pé atrás. Das 46 ações mais líquidas, 29 ou 63% registraram ganho no primeiro dia. Num prazo um pouco maior, o desempenho é mais frustrante. O número cai para 26 (57% do total) ao final da primeira semana e para 11 (24%) entre a data da abertura de capital e o dia 15 de fevereiro deste ano.

Sim: Disciplina salutar: Filtro anti-flipper evita movimentação desordenadas e deletérias e mantém o equilíbrio do mercado

Por Luiz Jurandir Simões de Araújo

Toda discussão disciplinar sempre estará vinculada a duas vertentes conceituais: a visão keynesiana, de interferir e regulamentar, e a neoclássica mais liberal, onde os agentes encontram seus equilíbrios. As restrições de flipping permitidas pela Bovespa podem ser consideradas como uma forma de interferência ou uma medida salutar de disciplina no mercado de ações.

Em geral, os mercados têm seus mecanismos internos de ajustamento. Convergem para preços e padrões adequados às expectativas dos investidores e demais agentes ao longo de um processo de amadurecimento. Em suma, as próprias forças do mercado o organizam.

Sem a regra da limitação do flipping, o mercado pode sofrer interferências iniciais em intensidades indesejáveis. É possível que a normalidade das negociações com ações da empresa seja prejudicada num de seus momentos mais importantes — a estréia no mercado de capitais.

A limitação do flipping cria um instrumento que procura disciplinar a entrada dos títulos no mercado. Sua finalidade é resguardar a atratividade das ações das estreantes, evitando um movimento de volatilidade artificial, inadequado e prejudicial à precificação mais justa. Quando optam por ingressar no mercado de capitais, as empresas almejam ter acionistas que sejam também parceiros.

Assim, apesar de sua influência sobre a liberdade de escolha dos investidores, a visão do filtro anti-flipper como um meio salutar e disciplinar é mais adequada do que a de interferência. A liberdade plena pode ter como conseqüência, como já ocorrido em alguns IPOs, o desencadeamento de distorções e processos deletérios. Um exemplo são as reservas de ações por investidores que o fazem em nome de todos os membros da família (pai, mãe e outros), sem que estes tomem conhecimento, apenas para obter um lote maior de papéis. Também resultam dessa liberdade o incentivo das corretoras à ação de flipping e a atração de pessoas físicas totalmente despreparadas para a bolsa de valores.

Evidentemente, a não limitação do flipping acabará sendo mitigada pelo próprio movimento de ajuste que

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os mercados propiciam. No entanto, até que esse processo amadureça, há um intervalo de tempo desconfortável, que acaba enfraquecendo o compromisso de pulverização e ampliação do mercado de capitais.

Metaforicamente, o IPO pode ser considerado um portão que separa dois momentos. No instante anterior, do lado de dentro do portão, está uma empresa com uma estrutura de capital e uma dinâmica de relações com seus agentes externos razoavelmente dimensionadas. No instante imediatamente posterior ao IPO, do lado de fora do portão, há outro cenário, com inúmeras exigências e pressões nem sempre possíveis de serem previstas. Portanto, a suavização dos impactos dessa mudança é fundamental para o sucesso da empresa no novo contexto.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com sua qualificação e responsabilidade, possui todas as condições de procurar ordenamentos de forma pró-ativa, com o objetivo de evitar movimentações desordenadas e deletérias e manter o equilíbrio do mercado. Ao ser um pólo de convergência de tantos interesses distintos — corretoras, investidores institucionais, bancos de investimentos, companhias abertas, pequenos investidores e outros tantos —, sempre terá um papel disciplinador necessário ao mercado de capitais.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=55&i=1967

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Modelo Hídrico - Bovespa Mais promete ser um mix de private equity com bolsa de valores. Resta saber se a baixa liquidez não será um problema

(Revista Capital Aberto n° 58 Junho de 2008 p. 26 - 29)

Por Verônica Mambrini

Em meados de 2004, quando o mercado de acesso da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganhava forma na mente de seus idealizadores, o plano era claro: o segmento de listagem que viria a se chamar Bovespa Mais atrairia, principalmente, investidores como os fundos de ações voltados a companhias de baixa capitalização (as small caps) e aplicadores pessoa física. Em fevereiro de 2008, mês em que o mercado de acesso finalmente debutou puxado pelas mãos da Nutriplant, esses investidores até apareceram, mas não na quantidade prevista. Foram quatro fundos e uma pessoa física qualificada — além de um órgão público, um institucional estrangeiro e um clube de investimentos nacional. Apenas oito no total, para uma emissão de R$ 20,7 milhões, que pôs no mercado 40% do capital da companhia. Mas, espere um momento: mercado? Será que podemos usar esse termo quando os investidores em questão somam oito?

Com ou sem essa nomenclatura, é assim que os bancos de investimento interessados no Bovespa Mais imaginam o segmento. No lugar dos investidores pessoas físicas sonhados inicialmente pela Bovespa, eles gostam muito mais de um formato em que as ações são vendidas, inicialmente, para poucos investidores. O resultado da operação torna-se mais previsível e fácil de controlar, uma vez que os potenciais investidores, em pequeno número, estão claramente identificados. O contraponto da escolha pela baixíssima dispersão é a liquidez. Três meses após a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e com um incremento de oito para 20 investidores, a ação da Nutriplant não está nem entre as 400 mais líquidas da bolsa (ocupa o 464º lugar, segundo um levantamento que considera a movimentação desde

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a primeira cotação até o dia 9 de maio). A grande maioria das empresas que abriram o capital nos últimos anos está, pelo menos, entre as 200 ações mais líquidas da Bovespa.

No AIM, de Londres, não faltou liquidez. No primeiro ano, 300 empresas foram listadas, o que atraiu investidores para o segmento Antes de optar pela bolsa, a Nutriplant considerou outras opções, como os fundos de private equity. Preferiu o Bovespa Mais, por avaliar que suas práticas de governança eram suficientes para ir direto ao pregão, conta Gilson Granzier, diretor financeiro e de Relações com Investidores. Para o executivo, uma base de poucos investidores tem lá suas vantagens. “Por ser pequeno, o Bovespa Mais cria um vínculo com os acionistas. Você vai falar todos os meses com essas pessoas, é mais simples.” De vez em quando, conta, é normal haver uns “pitacos” na gestão. Para quem está acostumado com o modelo tradicional, em que uma oferta na bolsa de valores envolve, no mínimo, algumas centenas de investidores, a proposta soa estranha. Do ponto de vista do emissor, parece um híbrido de private equity com capital aberto. E a liquidez? Ninguém está preocupado com ela?

Na opinião do diretor de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga, o modelo adotado tem o seu papel. Proporciona a cultura de transparência e a pavimentação de um crescimento sólido para o emissor no mercado de capitais. “As companhias têm várias alternativas para buscar recursos, e algumas não trazem liquidez nenhuma, como o private equity”, afirma. Ao reger o segmento, a Bolsa mostrou preocupação com a liquidez, embora com foco no longo prazo. Entre as normas que visam estimular o giro das ações, está a que exige atingir, em sete anos a partir da listagem, o mínimo de 25% de ações em circulação ou dez negociações por mês, além da presença em 25% dos pregões.” Desde sua listagem até 26 de maio, a Nutriplant esteve presente, na média, em 30% dos pregões, de acordo com a Economática.

EXEMPLOS DE FORA — O modelo do Bovespa Mais foi inspirado em bolsas de acesso bem sucedidas, como o TSX Venture, ligado à Bolsa de Toronto, e o AIM, da Bolsa de Londres (LSE, na sigla em inglês), lançado em 1995. Neste último, a liquidez não chegou a ser um problema. A adesão das companhias foi rápida — na casa de 300 no primeiro ano —, o que gerou maior interesse dos investidores e mais movimentação dos papéis. De acordo com o advogado Leonardo Neves, do escritório Fasken Martineau, um dos motivos para esse sucesso foi o bom momento do mercado inglês, que passava por privatizações. “Lógico que demora um pouco para um segmento novo se firmar, mas não foi uma luta para se chegar a um nível de boa liquidez”, conta Neves. Hoje em dia, “qualquer investidor que se preze tem no portfólio empresas do mercado principal e do AIM”, afirma.

No exemplo canadense, só em abril de 2008, 35 empresas aderiram à TSX Venture — 15 a mais que no mesmo período do ano anterior. A média diária de transações em abril foi de 28.154. Para manter a liquidez, Kevan Cowan, presidente do TSX Venture Exchange, acredita que o caminho seja um ambiente amigável para as companhias. “Criar uma estratégia com redução de taxas e mais flexibilidade regulatória é indispensável”, diz Cowan. Ferramentas tecnológicas que tornem as negociações mais eficientes fazem parte do pacote da TSX Venture para aumentar o giro das ações.

Há três anos, o mercado de acesso inglês ganhou um concorrente direto. Lançado por Simon Brickles, um dos criadores das regras de funcionamento do AIM , o Plus Markets é uma bolsa certificada pela Financial Services Authority como “recognised Investment Exchange” (o mesmo status da LSE). Seu foco é em empresas pequenas e médias que pretendam se diferenciar com o apelo da liquidez. Para isso, o Plus trouxe novidades como formadores de mercado (market makers) subsidiados, que mantêm cotações de compra e venda para os papéis. “Muitas empresas têm saído do AIM, seja para migrar para o mercado principal da Bolsa de Londres, quando são grandes, seja para o Plus, no caso das menores”, afirma Nemone Wynn-Evans, diretora comercial do Plus Market. Em sua opinião, ainda que a liquidez dependa de fatores como o tamanho da empresa e o seu free float, é obrigação do mercado criar um ambiente que facilite a negociação. “Investidores vêem a falta de liquidez como uma barreira para negociar as ações de uma companhia, uma vez que podem ter dificuldade de vendê-las quando acharem conveniente. Um mercado mais líquido leva a preços mais precisos e a um menor custo do capital.”

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A concorrência obrigou o AIM a reagir. Para tentar tornar seus índices mais competitivos nesse quesito, o mercado de acesso da LSE anunciou, em 19 de maio, que iria rever os custos associados ao registro de market maker e buscar formas de reduzir ou eliminar as despesas de listagem de ações pouco líquidas. Outra novidade é a criação da PSQ Analytics. Por meio de convênio, as casas de pesquisa Argus Research, Independent International Investment Research Plc e Pipal Research vão cobrir as empresas de menor porte. Embora o serviço tenha de ser pago pelas empresas, a vantagem está no fato de que, sem a ajuda da bolsa, essas companhias provavelmente não teriam acesso às análises desses profissionais.

CETICISMO — A perspectiva de um mercado com liquidez reduzida no Brasil não convenceu os bancos de investimento que coordenaram os IPOs brasileiros nos últimos anos. A desconfiança — aliada ao desinteresse comercial desses bancos por ofertas de volumes pequenos — é uma das razões para o Bovespa Mais ter ficado órfão por tanto tempo, à procura de instituições interessadas em desenvolvê-lo. Um dos críticos desse modelo é Rodolfo Riechert, diretor do UBS Pactual. “De certa forma é bom para as empresas, para formar uma cultura de capital aberto. Mas de que adianta se não tem negociação?”, questiona. Para o executivo, se a operação é restrita a poucos investidores, não faz sentido a companhia abrir os números para o mercado. “Com oito investidores, dá para juntar todos e fazer um fundo.”

Já o Modal, que pretende entrar no mundo dos IPOs pela porta do Bovespa Mais, não vê problema em um mercado de liquidez reduzida num primeiro momento. Para o diretor Humberto Tupinambá, o sucesso do segmento depende muito mais da qualidade das companhias levadas ao mercado de acesso. “Vai ser um mercado concentrado em liquidez baixa, com foco no longo prazo e seis a oito investidores em cada emissão”, afirma. O objetivo é elevar o número de aplicadores conforme a experimentação do novo segmento. “Claro que nosso objetivo é ter um IPO com 300 investidores, mas hoje isso é impossível.”

Para o Modal, o Bovespa Mais é estratégico. Representa a oportunidade de um relacionamento duradouro com companhias que exibem forte potencial de crescimento. O Banco Brascan, outro interessado no Bovespa Mais, também acredita que o maior volume de negociações virá com o tempo. Sua expectativa é de que surjam fundos lastreados nas empresas do segmento, quando houver um número expressivo delas. “Isso vai trazer liquidez”, avalia Isacson Casiuch, diretor executivo do banco. O BES Securities tem uma visão parecida. Segundo Alberto Kiraly, diretor executivo de mercado de capitais, falta no Brasil um público especializado em empresas desse perfil.” Para ele, conforme o Bovespa Mais ganhe adesões, a liquidez será uma questão de tempo.

A velocidade com que novas empresas vão entrar no segmento é a grande interrogação. Há interessadas que já se manifestaram publicamente, como Esporte Interativo, Le Biscuit e Sênior Solution. Mas, até o momento, a Nutriplant está sozinha. Marcos Elias, gestor do fundo Galleas Partners, acredita no potencial dos fundos de private equity de levarem suas investidas para o Bovespa Mais. “Se você compra ações da GP Investimentos, apenas imagina que as empresas estão bem. Mas se essas empresas estivessem listadas no Bovespa Mais, seria possível ver claramente o quanto elas valem”, afirma. Sua análise é que a listagem no mercado de acesso pode agregar valor durante o investimento e no momento da saída do fundo. Outros acreditam que o Bovespa Mais receberá um número maior de empresas quando mais analistas começarem a cobri-las. Duas corretoras, a Theca e a Lopes Filho, já têm profissionais que incluem Nutriplant em seus estudos. Questionados, os bancos atentos ao segmento prometem fazer a sua parte. Esperam, logo, logo, arrumar companhia para a fabricante de insumos agrícolas.

http://www.capitalaberto.com.br/ler_artigo.php?pag=2&sec=4&i=1970

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Medicina - Samcil compra plano de saúde Serma e Hospital Campos Salles (Valor Econômico 25.06.2008 p. B4 Empresas)

Beth Koike

Após fechar o ano de 2007 com quatro aquisições, a Samcil e seu proprietário, o médico Luiz Roberto Silveira Pinto, acabam de comprar o plano de saúde Serma Assistência Médica, a Serma Clínicas e o Hospital e Maternidade Campos Salles, com atuação em São Paulo, em um negócio avaliado em R$ 30 milhões.

"São as nossas primeiras aquisições neste ano. Cerca de 50% dos recursos são provenientes de caixa próprio e a outra metade de financiamento bancário de longo prazo", explica Mauro Bernacchio, diretor-geral da Samcil. A chegada da Serma e do Hospital Campos Salles vão contribuir para que a empresa encerre o ano com uma receita de R$ 550 milhões, contra os R$ 330 milhões registrados em 2007.

Com faturamento de R$ 60 milhões, a Serma foi adquirida pelo proprietário da Samcil e atuará como empresa independente. "O foco de atuação da Serma é a classe B, diferentemente da Samcil, que é voltada para as classes C e D", explica Bernacchio. Os clientes da Serma poderão usar a rede Samcil e vice-versa. A operação, que ainda depende de aprovação da ANS (Agência Nacional de Saúde), envolve a carteira de 53 mil beneficiários do plano de saúde e os seis centros de atendimento médico. Hoje a Samcil tem aproximadamente 720 mil clientes.

Localizado em Suzano, na região do Alto Tietê, o Hospital Campos Salles fechou o ano passado com um faturamento de R$ 30 milhões. "Hoje, temos cerca de 50 mil beneficiários no Alto Tietê e a nossa meta é dobrar para 100 mil em um ano", diz o diretor da operadora, que já possui outros 11 hospitais próprios.

Ainda este ano, a Samcil planeja comprar ou construir outros dois hospitais. A fonte de recursos para aquisição desses empreendimentos continuará sendo o financiamento em banco. Bernaccchio informou que postergou para o próximo ano o projeto de abrir capital, previsto inicialmente para este primeiro semestre. "O mercado de capitais não está propício. Vamos postergar o IPO", disse o diretor geral da Samcil, que em 2007 contratou a empresa de auditoria Ernst & Young para arrumar a casa para entrada na bolsa.

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Modal vê atrativo a pequenas na bolsa (Valor Econômico 25.06.2008 p. C8 Finanças)

Rafael Rosas, Valor Online, do Rio

O diretor da Modal Asset, Alexandre Póvoa, acredita que o grau de investimento, o aumento das aplicações dos fundos de pensão em renda variável e a tendência do aumento da indústria de fundos no

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país serão alavancas importantes para o desenvolvimento do Bovespa Mais, ferramenta criada para atrair empresas de menor porte para o mercado de capitais.

Segundo o economista, a indústria de fundos de investimentos no país movimentou R$ 1,2 trilhão no ano passado, o equivalente a 32%, muito abaixo da média de países desenvolvidos. Outro fator que pode ajudar na entrada de outras empresas no mercado de capitais é a maior necessidade dos fundos de pensão investirem em ativos de risco para contrabalançar os efeitos da inflação em alta. Com metas atuariais baseadas em rentabilidade fixa acima de determinado índice de preços, os fundos precisam buscar rentabilidades maiores neste ano de inflação em alta.

"As metas atuariais estão mais difíceis de serem cumpridas, o que obriga a uma busca por ativos de maior risco ao longo do tempo", diz Povoa.

Para o sócio-diretor do Banco Modal, Humberto Tupinambá, o Bovespa Mais não rivaliza com fundos de private equity ou de venture capital, especializados em apostar em companhias de menor porte ou especializadas em processos inovadores. Tupinambá lembra que, dos 133 que possuem bolsas de valores, 39 têm sistemas especializados na negociação de empresas menores, com destaque para a americana Nasdaq e britânica AIM.

Opinião semelhante tem o diretor de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga. Para ele, o Bovespa Mais proporciona uma porta de saída com maior liquidez para os sócios interessados em aplicar nas empresas.

"Além disso, há uma melhora na imagem institucional da empresa", garante Fraga, que participou ontem do Modal Bovespa Mais Day, no Rio de Janeiro.

Outro fator que pode impulsionar a abertura de capital de empresas de menor porte é a possibilidade de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dispensar de registro a ofertas de papéis para um número restrito de investidores. O superintendente de Registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Felipe Claret da Mota, afirmou que a autarquia estuda uma medida neste sentido, nos moldes do que já é prática nos Estados Unidos, onde a instrução 144A prevê a liberação de registro em alguns casos.

"Tal como nos Estados Unidos, a norma poderia dispensar de registro ofertas para um público altamente qualificado, com número restrito de investidores e com valor unitário de ação elevado", frisou Mota, que participou do Modal Bovespa Mais Day, no Rio de Janeiro.

O superintendente afirmou ainda que a CVM já sente uma melhora na redação dos prospectos de oferta pública enviados para registro. De acordo com Mota, a melhora é resultado direto da campanha da autarquia para que os documentos tenham uma linguagem mais palatável para o pequeno investidor. "Queremos disseminar a cultura de que o prospecto precisa ser lido, nossa luta é essa", disse Mota, acrescentando que no trabalho diário da autarquia os técnicos pedem eventualmente para que prospectos sejam reescritos para facilitar a leitura.

O Bovespa Mais teve o primeiro IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) feito este ano, pela Nutriplant. A empresa entrou na Bolsa com valor de mercado de R$ 52 milhões e com uma oferta que envolveu oito investidores qualificados.

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Fundos - Saques somam R$ 18 bi nas principais categorias no ano: Saldo total em 2008 está positivo em R$ 35 bi, graças a carteiras destinadas ao poder público, a de recebíveis e aos planos

de previdência(Valor Econômico 25.06.2008 p. D2 Eu& Investimentos)

PorAdriana Cotias, de São Paulo

O setor de fundos de investimentos caminha para fechar o primeiro semestre com resgates de R$ 18 bilhões nas categorias DI, renda fixa, multimercado e ações. Segundo as estatísticas do site financeiro Fortuna, até 20 de junho, trata-se do pior desempenho desde a crise da marcação a mercado (a atualização de ativos em carteira a preços correntes) de 2002, quando R$ 29 bilhões deixaram o segmento nesse mesmo intervalo. No ano, o saldo total ficou positivo em R$ 35 bilhões graças à captação observada nas carteiras destinadas a estados e municípios (classificados como poder público), que atraíram R$ 31 bilhões; pela distribuição de cotas de fundos de recebíveis, com entradas de R$ 19 bilhões, e, pelo ingresso de R$ 5 bilhões em planos de previdência.

Não por outra razão, são os bancos públicos que se destacam no quesito captação em 2008. O Banco do Brasil lidera o ranking do ano, com R$ 31,4 bilhões. Nas primeiras posições ainda estão o Banco Nossa Caixa (terceiro lugar), com R$ 4,1 bilhões e Caixa Econômica Federal (quinto lugar) com R$ 3,6 bilhões. Entremeando as cinco primeiras posições estão os privados Unibanco (segundo lugar), que atraiu R$ 11,9 bilhões de janeiro a junho, e, o Banco Safra de Investimentos (quarto), com aportes de R$ 3,6 bilhões no período.

"DI e ações até captaram, mas multimercados e renda fixa perderam e, no todo, saiu dinheiro do mercado de fundos", diz o economista Marcelo D'Agosto, diretor do Fortuna. "Na alta renda, houve a concorrência dos CDBs e das operações compromissadas, enquanto no varejo o investidor migrou para a poupança, saindo de produtos com taxas de administração alta."

Com a crise de liquidez internacional deflagrada pela inadimplência das hipotecas americanas de alto risco ("subprime"), os bancos brasileiros deslocaram os

esforços de captação dos fundos para os CDBs, elevando a remuneração garantida aos aplicadores. Foi

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a forma encontrada pelas instituições, especialmente as privadas, para dar suporte à vigorosa oferta de crédito. De janeiro a maio, o volume total emprestado pelo sistema financeiro atingiu R$ 1,044 trilhão, um crescimento de 32,4% em relação ao mesmo intervalo de 2007, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC).

Nos bancos públicos, a necessidade de fazer caixa para ampliar a base de empréstimos é menos premente, já que as instituições detêm, historicamente, boa parcela dos ativos em títulos públicos federais. São posições que se transformam rapidamente em dinheiro, explica o diretor de gestão de recursos de terceiros do Nossa Caixa, Joaquim Elói Cirne de Toledo. "Nós também temos uma base muito forte de poupança e depósitos judiciais, e, portanto não há esse conflito ou qualquer necessidade de captação adicional para expandir o crédito com vigor vontade."

Do patrimônio de R$ 24,3 bilhões administrados pela área de gestão do banco estadual, cerca de R$ 6,3 bilhões são provenientes do varejo. O grosso está em carteiras que reúnem recursos do Tesouro do Estado de São Paulo, governos e estatais. Nos portfólios disponíveis na rede, a captação no ano chega a R$ 600 milhões. "O banco é muito forte na categoria DI e, na turbulência, os investidores saíram dos fundos mais arriscados como os multimercados", acrescenta Toledo.

No ano, até o dia 20, os multimercados já perderam R$ 24,9 bilhões. Os DIs atraíram R$ 7,8 bilhões, enquanto nas carteiras de renda fixa os resgates superaram as aplicações em R$ 3,7 bilhões. Os portfólios de ações, apesar de todo o revés, esboçam saldo positivo de R$ 3,3 bilhões.

Em junho, o Itaú é que aparece como um dos grandes captadores do setor de fundos, com R$ 6,3 bilhões. Os números foram particularmente inflados pelos recursos que ingressaram no FI Multimercado Crédito Privado OGX 63, um fundo exclusivo da OGX Petróleo e Gás, administrado pelo banco. Dos R$ 6,7 bilhões levantados pela empresa na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) concluída na semana passada, R$ 6,49 bilhões foram depositados nessa carteira. Pelo que consta nas notas explicativas referentes ao balanço do primeiro trimestre, no fim de março, o portfólio integrava a conta de disponibilidades da OGX, tinha um saldo de R$ 795,5 milhões, distribuído em títulos de renda

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Operação Influenza - CVM investiga negociação com BDRs: Credit Suisse, que recomendava compra, suspende acompanhamento dos papéis

(Valor Econômico 25.06.2008 p. D4 Eu& Investimentos)

Por Angelo Pavini e Luciana Monteiro, de São Paulo

O volume de negociação com os BDRs (recibos de ações) da Agrenco disparou exatamente uma semana antes da operação da Polícia Federal no dia 20. O número de negócios salta de menos de 50 por dia para 530 no dia 13 de junho, mantendo-se perto de mil nos dias seguintes. No dia 16, o volume negociado chegou a R$ 13 milhões, um dos mais altos desde o lançamento do papel em outubro. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que está analisando as operações para ver se houve uso de informação privilegiada.

Ontem, quatro dias depois do escândalo envolvendo a prisão dos controladores e principais executivos da Agrenco, a Credit Suisse Corretora enviou relatório aos clientes retirando a recomendação de compra ("outperform") para os BDRs (recibos de ações) da empresa e anunciou a suspensão da cobertura do papel. A corretora, que pertence ao banco que coordenou a oferta de ações e era a única casa a

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acompanhar a Agrenco, mantinha preço alvo de R$ 19,00 para o BDR, o dobro do preço de lançamento, e quase 20 vezes maior que a última cotação do BDR antes de ser suspensa na tarde de sexta-feira, a R$ 1,25.

Em relatório enviado aos clientes, com data de 24 de junho, o analista Luiz Otávio Campos informa que suspendeu a cobertura da Agrengo até que se torne mais clara a investigação sobre os três executivos da companhia. "Nossa mais recente classificação ('outperform') não deve ser mais considerada", diz o relatório, acrescentando que a corretora "continuará a monitorar o BDR durante a investigação e manterá os investidores informados de qualquer notícia".

A suspensão da cobertura não significa que a corretora recomenda a compra ou a venda do papel, explica um executivo do mercado que pediu para não ser citado. Ela é uma prática comum das corretoras quando há um fato muito grave e não há condições de entender o que está acontecendo com uma empresa em determinado momento. "Se os próprios executivos da companhia não podem dar informações, emitir uma ordem de compra ou venda seria especulação", diz esse executivo. Além disso, a negociação do papel está suspensa, o que tornaria inútil uma recomendação. A suspensão também não significa que a corretora deixará de cobrir o papel.

Uma visita aos fóruns de discussão de investidores mostra a força que a recomendação da Credit Suisse tinha sobre os aplicadores. No fórum do site financeiro ADVFN, é possível ver várias histórias de aplicadores que acreditavam na empresa, citando a avaliação da corretora.

No dia 11, por exemplo, quando os BDRs da Agrenco chegaram a R$ 3,50, um investidor se animou e escreveu: "Agora é meu preço, esperei e chegou agora. Vou dobrar o capital nela." E continuou: "Vamos acompanhar, essa malvada não vai apanhar mais não", escreveu o investidor, lembrando ainda da estimativa de "outperform" para os papéis feita pelo Credit Suisse.

Já no dia 16, outro investidor ressaltava o papel, lembrando que a ação era "considerada 'outperform' pela Credit Suisse". "Com projeção de valorização de 165% em 365d. Comprei mais um pouquinho a 2,76 hoje e to vendo o negócio despencar." (sic)

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Operação Influenza - Minoritários da Agrenco buscam meios para compensar prejuízos: Escritório de advogados recebe consultas

(Valor Econômico 25.06.2008 p. D5 Eu& Investimentos)

Por Graziella Valenti, Silvia Fregoni e Angelo Pavini, de São Paulo

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Os acionistas da Agrenco já estudam meios de buscar compensação para os prejuízos que tiveram com o investimento na companhia. O ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Francisco da Costa e Silva conta que seu escritório, o Bocater, Camargo, Costa e Silva Advogados, recebeu algumas consultas, inclusive de investidores estrangeiros. Na próxima semana, terá uma reunião para avaliar a questão.

Os fóruns de investidores na internet deixam claro a ansiedade dos minoritários. Há casos de acionistas que enfatizam a importância de se reunirem em busca de uma defesa comum. Costa e Silva evitou comentar o caso, pois ainda não estudou o tema.

Na oferta de estréia na praça paulista, os papéis da empresa foram avaliados em R$ 10,40 e, pouco antes do bloqueio das negociações pela Bovespa, na sexta-feira, valiam R$ 1, 25.

As ações seguem suspensas, no aguardo de esclarecimentos sobre a prisão dos controladores da empresa sob acusações de crimes apontados pela Polícia Federal (PF), segundo a Bovespa.

Na sexta-feira, foram presos em Santa Catarina, Antônio Iafelice, Antônio Augusto Pires Junior e Francisco Carlos Ramos na Operação Influenza. Tratam-se dos sócios fundadores, executivos e conselheiros. As acusações contra eles vão desde desvio de dinheiro da empresa até fraude de balanços e sonegação fiscal. Segundo a PF, uma das acusações contra os sócios é a de que simulavam negócios com produtores de soja e depois dividiam o dinheiro.

O caso da Agrenco é emblemático para o mercado de capitais, pois atinge em cheio a febre das aberturas de capital, que trouxe à Bovespa 106 novas empresas nos últimos quatro anos. Além disso, as questões são complexas. O debate envolve a discussão dos direitos dos BDRs, recibos de ações, pois a companhia tem sede nas Bermudas e seus papéis estão listados na Bolsa de Luxemburgo - onde despencaram ontem.

Para completar, o nome de grandes instituições estão ligados à ida da companhia à Bovespa e a responsabilidade delas será questionada por aquelas que buscarem ressarcimento para suas perdas. O Credit Suisse emprestou dinheiro à Agrenco e depois coordenou a oferta. A KPMG é auditora independente do negócio e assina os números. Além disso, dois dos maiores escritórios de direito societário do país assinam os documentos da distribuição: Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados.

Os investidores que se sentirem prejudicados pela Agrenco podem entrar na Justiça contra a companhia ou contra os coordenadores da oferta, acredita o advogado Frederico Stacchini. Ele lembra que, nas ofertas públicas, tanto a companhia emissora quanto coordenador líder têm responsabilidade civil sobre as informações divulgadas ao mercado durante o período de distribuição. "A própria Instrução 400 da CVM prevê isso no artigo 56, sobre a responsabilidades em níveis diferentes da companhia e do coordenador." Ambos são responsáveis pela veracidade, consistência e suficiência das informações. "Se provar que a empresa ou o organizador foram omissos ou forneceram informações incompletas, o investidor pode pleitear uma indenização."

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Quanto estreou na Bovespa, os controladores da empresa já estavam sob investigação da PF. Na prática, significa dizer que tanto a CVM como a Bovespa permitiram, sem saber, a listagem de uma companhia com alto potencial de escândalo. Os trabalhos da polícia começaram em agosto do ano passado e os BDRs da companhia estrearam no pregão em 25 de outubro. Consultada, a assessoria de imprensa da superintendência da PF em Santa Catarina explicou que, inicialmente, as investigações são tratadas como suspeitas e, por isso, as ações práticas só ocorrem após a obtenção de dados mais consistentes pela PF.

Questionada, a CVM informou que mantém permanente relacionamento institucional com todos os órgãos públicos que guardam relação com suas atribuições legais, o que inclui a Polícia Federal. Nesse sentido, a autarquia explica que o intercâmbio de informações do mútuo interesse da CVM e das autoridades policiais faz parte da rotina das atividades. "Não obstante, não se pode afirmar, com os elementos ora disponíveis e à luz da legislação aplicável, que a CVM deveria ter sido informada anteriormente acerca dos fatos."

João Batista Fraga, superintendente de relações com empresas da Bovespa, acredita que não há meios legais de a bolsa ser alertada pela PF em casos como o da Agrenco. "Se pudesse haver algum convênio de informações, seria ótimo. Mas não sei se isso é possível." No momento, a preocupação da bolsa, segundo ele, é dar transparência aos acionistas sobre os processos envolvendo os executivos.

Agrenco infringia regras de governança

Graziella Valenti, De São Paulo

João Batista, do IBGC, e a lição da Agrenco: governança não é só papel assinado O caso da Agrenco tem um tempero adicional pela presença de José Guimarães Monforte, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), no conselho de administração da companhia. Ele foi eleito, no ano passado, membro independente do colegiado, ao lado de James Wright. O mandato oficial vai até 2009.

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Monforte é largamente conhecido no mercado de capitais brasileiro justamente pelo seu trabalho de divulgação e desenvolvimento das boas práticas de governança corporativa pelas companhias abertas nacionais.

Procurado pelo Valor, o executivo não retornou às ligações para comentar os recentes acontecimentos e os possíveis trabalhos de governança que vinha desenvolvendo na empresa. Em reunião na segunda-feira, ele assumiu, junto com Wright e Theodorus Antonius Zwijnenberg, que também é diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, a co-coordenação do conselho da Agrenco.

A Agrenco infringia umas das regras básicas da boa governança: o presidente executivo era também presidente do conselho de administração - além de sócio controlador do negócio. Ao ser preso, Antonio Iafelice, que ocupava tais postos, deixou um vazio na condução dos negócios. Conforme a empresa informou, Fabio Russo, então diretor comercial, assumiu as funções executivas do presidente.

Outro pecado de governança da Agrenco era a ausência de um conselho fiscal. Poucas companhias listadas no Novo Mercado têm tal colegiado instalado. O conselheiro profissional, Jorge Lepeltier, que atua no mercado há cerca de 15 anos, explica que um profissional desse colegiado - caso houvesse um instalado - poderia ter condições de averiguar algumas das irregularidades cometidas pelos controladores da Agrenco. Ele conta que, entre suas atribuições, está o acompanhamento de balancetes trimestrais das empresas nas quais é conselheiro fiscal. Não é raro, de acordo com Lepeltier, as vezes em que pede esclarecimentos adicionais sobre despesas e receitas da empresa que chamam sua atenção.

Mesmo que Monforte estivesse trabalhando na melhoria das práticas da Agrenco, não houve tempo para que fossem implantadas.

O vice-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), João Nogueira Batista, destaca que o caso da Agrenco deixa algumas lições. A instituição tem como política não comentar casos específicos. No entanto, disse ele, nada impede que o ocorrido com a companhia seja estudado e alimente futuras orientações do instituto ao mercado.

Segundo ele, uma das lições que o escândalo deixa é que o discurso de governança das companhias abertas e os eventuais regulamentos de boas práticas assinados não são garantias de boa fé aos investidores. Portanto, é preciso que os investidores façam seu trabalho de avaliação do negócio e dos acionistas antes de decidirem aplicar seus recursos no negócio. "É claro que é ruim tudo isso. Mas o lado positivo é chamar atenção dos investidores para seu papel de cobrarem melhoria na gestão. Governança é um processo permanente, não um papel assinado."

Mais uma lição que o escândalo da companhia de agronegócios traz é o cuidado que os conselheiros devem ter ao assumir uma posição em uma nova empresa aberta. A sugestão de Batista, do IBGC, é que o histórico da companhia e de seus acionistas seja estudado. Lepeltier recomenda ainda que aquele que for convidado a assumir postos com tal responsabilidade consultem os auditores independentes da companhia.

Consultada, a Agrenco não informou claramente quais medidas adicionais que os atuais administradores tomarão para isolar o negócio das denúncias dos sócios. Também não esclareceu se nova auditoria será contratada para averiguar os contratos comerciais.

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Falências - Credores acionam BenQ na Justiça: Safra e Sanyo estraram com ações no Amazonas, Unibanco e Morgan Stanley em SP

(Valor Econômico 25.06.2008 p. E1 Legislação)

Josette Goulart, De São Paulo

Os principais credores da fabricante de celulares BenQ Eletroeletrônicos começaram a acionar a empresa na Justiça numa tentativa de recuperar pelo menos parte dos mais de R$ 250 milhões que a empresa deve. Dois pedidos de falência foram feitos na Justiça do Amazonas, pelo Banco Safra e pela Sanyo da Amazônia, e uma série de execuções judiciais tiveram início neste mês de junho, em São Paulo. Nomes de bancos importantes - como Unibanco e Morgan Stanley - estão por trás desses processos. A situação da empresa é crítica e desconhecida de muitos credores, que sequer sabem, por exemplo, que o controle foi transferido em março deste ano para o brasileiro Bianco Arrighi.

A BenQ era a fabricante de celulares Siemens que faliu na Alemanha e por isso entrou em crise também no Brasil. Ela foi adquirida em meados do ano passado pelos acionistas da griffe Zoomp, Enzo Monzani e Conrado Will, que tinham um projeto de vender celulares fashion. Hoje a BenQ se chama Jutaí 661 Equipamentos Eletrônicos e está instalada em Manaus. Apesar de terem transferido o controle para Bianco Arrighi, Monzani e Will constam como parte de todos os processos de execução que correm na Justiça de São Paulo. Alguns credores menores, que iniciaram a jornada mais cedo, já descobriram, entretanto, que esta é uma estratégia que não traz grandes resultados. Os dois executivos não possuem nada em suas contas bancárias.

A pressão de alguns credores ao iniciar a execução é tentar pelo menos recuperar os bens que foram dados em garantia, como maquinário da fábrica de Manaus. Com a execução da dívida, é possível determinar um depositário judicial dos bens, que pode ser preso caso não zele pelo patrimônio. O fundo em direitos creditórios America Multicarteira, que tem como cotista um fundo do Morgan Stanley, entrou com o pedido de execução de uma dívida superior a R$ 17 milhões na semana passada. O Unibanco cobra cerca de R$ 40 milhões. Em algumas execuções iniciadas em maio, como as promovidas pelo IGC Partners Assessoria Empresarial e o Banco Industrial, o oficial de Justiça informa que não teve como notificar a empresa, pois não possui mais o escritório em São Paulo.

O ex-diretor financeiro da BenQ, Claudio Laranjeiras, é atualmente uma espécie de consultor que ajuda na transição do controle da empresa, segundo sua própria definição. Ele diz que a empresa está hoje melhor do que há dois meses. Está operando e pagando salários dos 120 funcionários que ainda fazem parte dos quadros da empresa. A produção está focada basicamente em "pen-drives" e o atual comandante, Bianco Arrighi, tenta conseguir parceiros, segundo conta Laranjeiras. Um destes parceiros é uma empresa chamada Caribbean Telecom. Uma empresa chinesa também estaria interessada em participar da recuperação.

Segundo informações da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a empresa hoje não pode fazer importações de matéria-prima com os benefícios oferecidos pela Zona Franca porque não renovou o seu cadastro. Laranjeiras diz que, de fato, a empresa não pode usufruir dos benefícios, mas que isso não tem atrapalhado o andamento das atividades. Por mês, o faturamento tem ficado em torno de R$ 1,5 milhão, segundo o ex-diretor financeiro. Ele afirma ainda que a empresa vai contestar os pedidos de falência e que vai apresentar um plano de recuperação que mostra a capacidade da empresa. "A foto de hoje da empresa é muito melhor do que de dois meses atrás", diz Laranjeiras.

O Valor tentou entrar em contato com o atual comandante da empresa, Bianco Arrighi, mas a ligação para seu telefone celular não foi completada. Os ex-donos da BenQ, Enzo Monzani e Conrado Will, também foram procurados e não retornaram as ligações. Enzo Monzano e Conrado Will são os principais alvos dos credores. Os dois estão desacreditados no mundo da moda: tiveram que entregar a Zoomp para um dos credores, o Global Capital, que colocou a saída deles da administração da empresa como

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condição para que um novo aporte de recursos. Além disso, tinham acordos a serem fechados ou já fechados com outras grifes famosas como Fause Haten e Alexandre Herchcovitch. Este último anunciou o fim do acordo durante a São Paulo Fashion Week, que terminou nesta semana na capital paulista.

Enzo Monzani e Conrado Will são egressos de uma administradora de recursos chamada Patrimônio Private Equity. Segundo investigação feita por alguns credores, os dois se especializaram em comprar empresas quebradas e sem recursos próprios. Em 2002, Monzani tentou conseguir uma licença da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para administrar um fundo de investimento que se chamaria Biomassa Fundo Mútuo de Empresas Emergentes, mas não conseguiu o registro. Segundo consta do processo da CVM, Monzani prestou informações falsas: disse que tinha se graduado em engenharia, mas não tinha o curso superior completo.

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Negócio - Caterpillar compra MGE e ingressa em trens no Brasil: Fabricante de motores, locomotivas e outros componentes para ferrovias expande pela 1a. vez Progress Rail Services

fora dos EUA, Canadá e México(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B4 Empresas)

Nick Zieminski e Alberto Alerigi Jr.Da agência Reuters

A Caterpillar anunciou ontem a compra da brasileira MGE Equipamentos & Serviços Ferroviários Ltda, fabricante de motores e outros componentes e serviços para locomotivas e trens, como parte do objetivo de expandir sua divisão Progress Rail Services na América do Sul.

O acordo marca a primeira expansão da Progress Rail fora dos Estados Unidos, Canadá e México.A operação foi concluída na segunda-feira com a compra das cotas dos quatro sócios da MGE, disse Ronaldo Moriyama, diretor-geral da companhia, que continuará no cargo após a operação, por telefone.

A MGE foi fundada em 1991 e tem cerca de 400 funcionários e as conversas com a Caterpillar já duravam cinco meses."Esse mercado de serviços ferroviários tem crescido principalmente após 1997, quando houve privatizações da parte de carga por locomotiva. Hoje tem havido um grande investimento para transporte de grãos, commodities nessa área ferroviária de carga e também de passageiros", disse Moriyama.

Segundo ele, somente o Estado de São Paulo até 2010 vai investir R$16 bilhões nessa área, e ainda se está falando em trem rápido entre Rio de Janeiro e São Paulo e há grandes expectativas de investimento em transporte em Minas Gerais e Salvador.

A MGE investiu em 2007 cerca de US$ 2 milhões para aumentar capacidade de produção e espera um aumento desse volume a partir do acordo.

Segundo o executivo, a Progress tem muitas locomotivas usadas nos Estados Unidos e elas podem ser modernizadas no Brasil, usando motores Caterpillar. Interessados nessas máquinas poderiam então fazer leasing delas no Brasil e Cone Sul, acelerando o prazo de entrega em relação a uma locomotiva nova, disse o executivo.

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"Hoje nova locomotiva pode ser entregue em cerca de 14 meses e uma usada pode estar rodando em 90 dias", disse Moriyama.

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Aviação - Anac proíbe vôo de metade da VarigLog(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu metade da frota da transportadora aérea de cargas VarigLog de voar, alegando falta de segurança dos aviões. Segundo a assessoria da agência, após realizar uma inspeção não-programada no centro de manutenção da empresa, em Guarulhos (SP), técnicos da Superintendência de Segurança Operacional do órgão encontraram problemas em seis das 12 aeronaves em operação. De acordo com a assessoria, desde o dia 20, estão impedidos de voar um DC 10; dois MD 11; dois Boeings 727 e um Boeing 757. Além da manutenção das aeronaves ter sido feita em oficinas que, apesar de homologadas pela Anac, não estão credenciadas para fazer o tipo de serviço exigido, um dos aviões estava com o seguro obrigatório vencido. A empresa ficará impedida de usar qualquer um dos seis aviões até que corrija os problemas encontrados e submeta as aeronaves à nova inspeção dos técnicos da Anac. Procurada, a VarigLog preferiu não se pronunciar. Em 2005, o antigo grupo Varig vendeu a VarigLog para a Volo do Brasil - consórcio composto pelo fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e por três empresários brasileiros: Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel. Em 1º de abril deste ano, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, afastou os três brasileiros da administração da empresa, determinando que a Volo Logistics, controlada integralmente pelo Matlin Patterson, assumisse a gestão da VarigLog. Como o Código Brasileiro de Aeronáutica proíbe estrangeiros de serem proprietários de mais de 20% das ações de uma companhia aérea nacional, o juiz determinou que a empresa buscasse, em 60 dias, uma nova composição societária. O prazo venceu no dia 30 de maio e a Anac notificou a empresa da irregularidade, concedendo mais 30 dias para que a VarigLog regularizasse a situação.

(Agência Brasil)

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Processo Civil - Fusão entre Huntsman e Hexion vai parar na Justiça: Huntsman processa Hexion e executivo pede mais de US$ 3 bi por danos causados

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

Em seus mais de três anos em Wall Street, Leon D. Black teve muitos papéis, inclusive o de banqueiro de investimento prodígio e de magnata dos negócios de private equity. Contudo, na segunda-feira, ele assumiu um papel completamente diferente: o de réu em um processo civil. A Apollo Management e dois de seus fundadores, Black e Joshua J. Harris, foram processados pela Huntsman, acusados de interferir

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na fusão desta com uma companhia da Apollo, a Hexion Specialty Chemicals, avaliada em US$ 10,6 bilhões. A Huntsman, fabricante de químicos, está pedindo mais de US$ 3 bilhões por danos. As ações da companhia fecharam em US$ 12,80, caindo cerca de 0,3% e longe dos US$ 28 que a Hexion concordou em pagar em julho. O processo é a última ressalva legal em um dos poucos grandes negócios iniciados no ano passado e que continuam neste ano. A Apollo e a Hexion processaram a Huntsman no tribunal de eqüidade de Delaware na semana passada, solicitando o término do acordo de fusão. As duas disseram que, dados os ganhos mais baixos da Huntsman e as dívidas maiores, completar o negócio lançaria a companhia recém-associada na insolvência. Dado esse fato, a Apollo e a Hexion argumentaram que era improvável que os bancos que haviam concordado em financiar o negócio, o Deutsche Bank e o Credit Suisse, emprestassem os US$ 15,35 bilhões necessários. E dado também o estado dos mercados de crédito, um financiamento alternativo provavelmente não estaria disponível. O processo movido na segunda-feira no condado de Montgomery, Texas, lar da Huntsman, não é uma resposta direta a essa ação legal. Ao contrário, a Huntsman argumenta que a Apollo fez falsas promessas conforme buscava desmanchar um negócio prévio entre a Huntsman e a Basell, uma companhia holandesa. A Apollo, por meio da Hexion, finalmente fez uma oferta de US$28 por ação, persuadindo a Huntsman a abandonar o seu acordo de fusão prévio.Tendo eliminado a Basell como rival, a Apollo então procurou atrasar o fechamento do negócio enquanto tentava forçar a Huntsman a abaixar seu preço de venda final, argumentou a Huntsman. O processo diz que a estratégia foi aprovada pessoalmente por Black e Harris, sócios da Apollo, uma firma de private equity. "Apesar de suas representações, agora está aparente que Leon Black e Joshua Harris nunca pretenderam permitir que a Hexion consumasse a fusão a um preço de US$ 28 por ação", disse a Huntsman na reclamação. "Eles nunca quiseram que a Hexion pagasse um preço tão alto." A Huntsman chamou a atenção para a contratação feita pela Apollo de um conselheiro financeiro externo, sem consultar a Huntsman, a fim de fornecer uma avaliação da companhia química. A Apollo, então, tornou pública a avaliação sem deliberar com a Huntsman, disse a reclamação, exigindo aquela prova de ação que ela estava procurando obter só para forçar conversações, a fim de tentar conseguir preços mais baixos. Um porta-voz da Hexion afirmou em nota que a ação da Huntsman não está em contradição com as alegações anteriores do processo. "É lamentável que a Huntsman tenha escolhido entrar com uma ação sem bases sólidas contra a Apollo e decidido processar pessoalmente dois dos seus principais executivos", informou. "Na verdade, a ação da Huntsman não discute a insolvência das companhias que fundiram-se." Firmada durante o auge do "boom" das incorporações, a fusão entre a Huntsman e a Hexion começou a cambalear depois que o mercado de crédito entrou em colapso. A Huntsman parece estar seguindo o exemplo de uma aquisição que quase entrou em colapso após uma decisão judicial, o caso da Clear Channel Communications, gigante do rádio e outdoors. A Clear Channel fez alegações similares em um processo movido no estado do Texas contra os bancos que haviam se comprometido em financiar a sua aquisição por duas companhia de private equity.

(New York Times)

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Mercado Acionário - Nyse Euronext compra 25% de participação na bolsa do Catar(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B1 Finanças)

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A Nyse Euronext fechou um acordo ontem para comprar uma participação de 25% no mercado de valores mobiliários do Catar, ganhando vantagem na corrida contra suas concorrentes britânica e alemã para ser uma bolsa verdadeiramente global no momento em que o crescimento desacelera nos seus mercados domésticos. A Nyse, que tem sede em Nova York e é proprietária de diversas bolsas européias, vai pagar US$ 250 milhões à vista pela participação no Mercado de Valores Mobiliários de Doha e ganhará uma base na economia que mais cresce no Oriente Médio. A Nyse Euronext venceu a Bolsa de Londres, que conta com a Autoridade de Investimento do Catar entre seus acionistas, e a Deutsche Börse numa disputa pela aquisição que durou seis meses. "Não há dúvida que no médio e no longo prazos as bolsas do Oriente Médio crescerão mais rápido do que as ocidentais, e idéia de adquirir uma participação é boa, mas também tem de fazer sentido econômico", disse Colin Morton, gestor de fundos da Rensburg Fund Management, em Leeds, Inglaterra. As bolsas de valores estão combinando suas operações ou comprando participações umas das outras para atender as necessidades dos clientes quanto a negociar ações em qualquer lugar do mundo e a um ritmo mais acelerado. A recente turbulência nos mercados de crédito aumentou a pressão pela procura de crescimento em bolsas menos desenvolvidas quando as negociações em muitas das mais estabelecidas diminuíram e menos empresas emitiram ações em ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês). A Nyse anunciou em janeiro que pagará US$ 115 milhões por 5% das ações da National Stock Exchange, na Índia, e a Bolsa de Dubai terminou com participações minoritárias na Nasdaq e na Bolsa de Londres como parte da batalha de aquisição. Como parte do investimento na Bolsa de Doha, a Nyse Euronext ajudará a bolsa de valores do Catar a organizar uma bolsa de produtos derivativos e em moeda corrente de integração internacional e fornecer tecnologia e experiência administrativa. O investimento tem por intuito ajudar a Bolsa do Catar a competir com a Bolsa de Doha na batalha para ser o centro financeiro da região quando os países na área prometem reduzir a dependência deles em recursos naturais. O governo do Catar planeja emitir uma participação minoritária da Bolsa de Doha num IPO nos próximos três anos. "Essa sociedade assenta a base para transformar a Bolsa de Doha num centro financeiro de categoria mundial", disse o Xeque Hamad bin Jassim bin Jabor Al-Thani, primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, numa nota. A Nyse Euronext ocupará 3 das 11 cadeiras do conselho da Bolsa de Doha, que por sua vez será um eixo de negócios para a Nyse Euronext no Oriente Médio, informou a bolsa. "É um grande privilégio alinhar a Nyse Euronext com o mercado financeiro do Catar e de Doha, cuja operação é cada vez mais importante na região do Golfo e globalmente", disse o presidente da Nyse Euronext, Duncan L. Niederauer, em nota.

(Julia Werdigier)

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Clasificação de risco - SEC divulga regras para agência de rating(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B3 Gazeta Investe)

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) apresentará hoje novas regras que apontam para uma redução da importância das agências de classificação nas decisões dos investidores, informou ontem o Wall Street Journal. A reforma, que abrange uma dúzia de pontos, prevê principalmente diminuir a importância das classificações atribuídas pelas agências de classificação de risco no cálculo do total de fundos que os bancos de investimento devem ter em seu poder, informou o jornal, citando fontes ligadas ao processo.

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Assim, a SEC deseja oferecer aos administradores de fundos de investimentos em títulos mais liberdade para decidir as suas colocações. A entidade exige hoje que eles invistam em títulos de curto prazo que beneficiam as colocações mais elevadas. O regulador já havia formulado no dia 11 de junho propostas para reformar o funcionamento das agências de classificação, fortemente criticadas por terem contribuído no agravamento da crise de crédito de alto risco (subprime).

(AFP)

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Capital Aberto - CVM e Lembo formalizam acordo(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B3 Gazeta Investe)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais brasileiro, anunciou ontem a assinatura de um termo de compromisso com Claudio Lembo. O ex-governador do Estado de São Paulo era acusado de ter divulgado, de forma inadequada, o cancelamento de uma oferta de ações que a Nossa Caixa, instituição cujo controle pertence ao governo paulista, na época em que esteve à frente do governo paulista, em 2006. Para extinguir o processo, Lembo comprometeu-se a enviar declaração aos governadores de Estado. No documento, reconhecerá a importância de informações sensíveis e relevantes, capazes de influenciar a cotação das ações de empresas listadas, serem feitas de forma transparente e equilibrada. Nas cartas, Lembo ressaltará a necessidade de agentes públicos em exercício estarem atentos a eventos desse tipo quando o Estado controlar companhias. Com a aceitação da proposta pelo colegiado da autarquia federal, o processo fica suspenso. Após o cumprimento das obrigações previstas pelas partes o processo será extinto.

(Luciano Feltrin)

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Balanços - IFRS pode surpreender construtoras: Empresas devem antecipar impacto da norma contábil para tanquilizar investidor

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. B4 Governança Corporativa)

O desafio de entender e executar as regras contábeis internacionais, o chamado padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), pode ser mais acentuado para as empresas do setor de construção civil. As especificidades do negócio de incorporação e construção e a falta de regras atuais sobre aspectos como contabilização de gastos com publicidade e reconhecimento de permutas terão impacto direto na receita, lucro e patrimônio das companhias - e até mesmo na contabilização de stock option.

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Por isso a sugestão de auditorias, diretores de relação com investidores e também das entidades reguladoras do mercado é que as empresas não deixem as mudanças para a última hora ou podem espantar os investidores. "A primeira diferença é o reconhecimento da função do ativo, com distinção da propriedade que é destinada a locação ou ganho por valorização de terreno e imóvel", diz Ederson Rodrigues de Carvalho, diretor da KPMG, que participou ontem de seminário sobre o tema na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo. O tratamento contábil do investimento poder ser definido pelo modelo de valor de mercado, não depreciado, ou pelo modelo de custo da compra, este depreciado por eventual perda de valor do bem. No reconhecimento das receitas de incorporação, a atual regra do Conselho Federal de Contabilidade define que o valor dos imóveis vendidos na planta pode ser reconhecido conforme o andamento da obra - se 10% da obra está feita, esse mesmo percentual sobre o preço do imóvel entra na conta de receitas. Mas no IFRS há diferença na atribuição de risco conforme o contrato de construção. "Hoje a incorporadora e construtora tem a receita na venda conforme percentual da obra, mas no IFRS será na transferência do risco para o comprador. Ou seja, na entrega das chaves", detalha o executivo. Para a prestadora do serviço (a empresa que é apenas construtora), o reconhecimento continua sendo no andamento de obra, já que o risco é da contratante. "A menos que a incorporadora encarregue a contratada desse projeto, como passar a demanda de um shopping que ainda não está desenhado. Nesse caso o risco é da contratada, que só reconhecerá receita quando entregar o empreendimento", explica. No padrão internacional, os gastos com publicidade são registrados em despesas e não em ativo, como é possível no BR Gaap. Hoje o padrão nacional gera diferentes interpretações, como reconhecer essa despesa amortizada à medida em que a obra é construída ou no momento de veiculação da propaganda. "No IFRS está atrelado à veiculação, já que não dá para vincular claramente o retorno em vendas", pondera Carvalho. Para Diego Barreto, coordenador de relação com investidores da imobiliária Lopes, apesar das dificuldades iniciais, a conversão de balanços trará muito mais clareza às companhias e ao mercado. "Nossa equipe identificou nas companhias abertas de construção 21 práticas diferentes de contabilização de receitas nas normas atualmente vigentes. Dificulta a noção de custo de capital, nota de ratings e comparação de desempenho, que com o IFRS será mais fácil", avalia. Barreto cita um levantamento feito pela PricewaterhouseCoopers com bancos europeus que mostra que de 15 instituições, seis tiveram o patrimônio líquido reduzido com a conversão contábil, o que pode pegar de surpresa muitos investidores. Na Lopes, ele garante que os impactos não serão tão agressivos por ser apenas comercializadora, mas já se organizou. Dividido em três fases, desde identificação de diferenças à divulgação das demonstrações financeiras na nova norma, o processo terá início neste segundo semestre e deve durar 18 meses. "Apresentaremos ao investidor seis meses antes da consolidação, para que possam entender as diferenças com tempo suficiente", diz. A determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é que as companhias apresentem os balanços consolidados em 31 de dezembro de 2010 já em IFRS - mas os executivos lembram que este demonstrativo terá que trazer o comparativo com o exercício anterior, também ajustado. Além das diferenças pontuais no negócio de construção, alterações genéricas também podem surpreender. "Poucas pessoas estão se atentando para o impacto sobre amortização de ágio e stock option, por exemplo", destaca Barreto. O plano de remuneração por ações não impacta hoje a linha de lucro das empresasas pois os registros são separados - mas no IFRS deve ser descontado, o que reduzirá significativamente a cifra e pode até levar algumas empresas a rever esses planos de remuneração. Apesar de oneroso e trabalhoso, a padronização deve ter papel fundamental na atração de estrangeiros e acesso ao mercado externo, avalia Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP. "Somando ADRs (recibo de ação brasileira listada nos EUA) e participação na Bovespa, vemos que esse público é responsável por 70% da movimentação diária nas companhias brasileiras", afirma. "Quanto maior a transparência, menor o custo do capital externo".

(Maria Luíza Filgueiras)

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Material ferroviário - Caterpillar compra a brasileira MGE(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C3 Infra-Estrutura)

A Caterpillar anunciou ontem a compra da brasileira MGE Equipamentos & Serviços Ferroviários Ltda., instalada em Diadema, ABC paulista e Hortolândia, interior paulista. A empresa é especializada em produção de motores elétricos de tração (de até 500 hp) e reforma de locomotivas e carros de passageiros. A MGE fatura R$ 60 milhões e prevê triplicar este volume em cinco anos, disse a este jornal Ronaldo Moriyama, diretor-geral, que continuará no cargo. Ele e Carlos Roso (seu sócio) detinham 62% do controle. . "Vendemos integralmente a MGE para a Caterpillar). A aquisição faz parte do objetivo da Caterpillar de expandir a divisão Progress Rail Services na América do Sul. O acordo- marca a primeira expansão da Progress Rail fora dos EUA, Canadá e México. A operação foi concluída na segunda-feira. A MGE foi fundada em 1991 e tem cerca de 400 funcionários e as conversas com a Caterpillar já duravam cinco meses. "Esse mercado de serviços ferroviários tem crescido principalmente após 1997, quando houve privatizações da parte de carga por locomotiva", disse Moriyama. "Somente o estado de São Paulo vai investir até 2010 R$ 16 bilhões nessa área, e ainda se está falando em trem rápido entre Rio de Janeiro e São Paulo e há grandes expectativas de investimento em transporte em Minas Gerais e Salvador." A MGE investiu em 2007 cerca de US$ 2 milhões para aumentar capacidade de produção e espera um aumento desse volume a partir do acordo. Segundo o executivo, a Progress tem muitas locomotivas usadas nos Estados Unidos e elas podem ser modernizadas no Brasil, usando motores Caterpillar. Interessados nessas máquinas poderiam então fazer leasing delas no Brasil e Cone Sul, acelerando o prazo de entrega em relação a uma locomotiva nova, disse o executivo. "Hoje uma nova locomotiva pode ser entregue em cerca de 14 meses e uma usada pode estar rodando em 90 dias", disse Moriyama.

(Ariverson Feltrin e Reuters)

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Agrenco - CVM e Bovespa não podem lavar as mãos: Ex-presidente diz que órgão fiscalizador tem poder e o dever de atuar

(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 1 Financeiro)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem poder para atuar no caso Agrenco. A empresa, com sede nas Bermudas, listou BDRs (Brazilian Depositary Receipts) no Brasil e desta forma está submetida à legislação local.

A avaliação é do ex-presidente da CVM e advogado da Motta Fernandes Rocha, Luiz Leonardo Cantidiano. "O que a CVM não pode fazer é ir punir a companhia lá fora, mas a empresa deve cumprir as

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normas da CVM e é passível de ser punida. Estou surpreso com as declarações da comissão na mídia", afirma.

Na sexta-feira, a Polícia Federal prendeu executivos da Agrenco junto com os sócios fundadores Antônio Augusto Pires Júnior e Antônio Iafelice, sob a acusação de terem maquiado balanços financeiros da companhia, para esconder desvios de recursos em benefício próprio.

A CVM declarou que "está promovendo uma avaliação preliminar do assunto". O estudo envolve descobrir qual o seu poder de atuação no caso de BDRs. Nenhuma outra informação foi divulgada depois.

Cantidiano explica que a atuação da CVM no mercado de BDRs deve ser similar ao que ocorre com a SEC, órgão regulador do mercado norte-americano no caso das ADRs. "Quando uma companhia brasileira lista uma ADR, se submete às normas dos EUA."

Completamente solto

O economista, Henrique Campos, especialista em Mercado de Capitais da BDO Trevisan tem a mesma visão. "Quando a empresa emite um título no Brasil está oficialmente submissa ao órgão legislador local. Se não fosse assim, o mercado norte-americano de ADRs não funcionaria", ressalta.

Campos acredita que novos mecanismos devem surgir para fiscalizar o mercado de BDRs, nem que seja por auto-regulação. "É importante para o Brasil que haja mecanismos mais rígidos para fiscalizar as BDRs, assim como surgiu o Novo Mercado. Mas entre a governança do Novo Mercado e a das BDRs o abismo ainda é enorme."

"As BDRs mostram que estão no extremo oposto em termos de governança. Um está submisso a regras rígidas e o outro está completamente solto", observa Cantidiano.

Na avaliação de Campos, que está participando da estruturação de dois novos lançamentos de BDRs, esse mercado mostra que a Bovespa é bem vista no mercado externo. "O caso Agrenco é pontual e não deve prejudicar a emissão de novos papéis", acredita.

A posição da Bovespa de que os riscos da operação da Agrenco estavam contidos no prospecto foi vista como uma ironia pelo mercado. "Não tinha nada no documento que alertava para a possibilidade de desvio de verba por parte dos controladores. Como fico, no prejuízo?", reclama um acionista.

Na ocasião do lançamento (24 de outubro do ano passado), as ações da Agrenco valiam R$ 10,40; na sexta-feira passada, desabaram para R$ 1,25. Somente na sexta, a queda foi de 47%, até a suspensão dos negócios pela Bovespa.

Novos executivos

Após três de seus executivos serem presos pela Polícia Federal, acusados de fraude, a Agrenco anunciou novo comando. Em comunicado enviado ao mercado, três conselheiros externos assumirão a copresidência do Conselho de Administração.

O diretor Comercial da companhia, Fábio Russo, acumulará as funções de presidente e diretor Operacional. Já o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Theodorus Antonius Zwijnenberg, manterá suas funções.

O cargo de diretor de Relações Institucionais ficará temporariamente vago. O novo comando foi em conjunto com a renúncia dos executivos presos na última sexta-feira.

Ana Borges

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Registro em ofertas pode deixar de ser exigido(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 1 Financeiro)

O superintendente de Registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Felipe Claret da Mota, durante evento realizado no Rio de Janeiro, afirmou que a autarquia estuda dispensar da exigência de registro ofertas de ações em algumas emissões direcionadas a um número restrito de investidores, num esquema semelhante ao adotado nos Estados Unidos pela instrução 144A, que prevê a liberação de registro em alguns casos.Assim, haveria a dispensa do registro para as ofertas destinado ao público altamente qualificado, com número restrito de investidores e valor unitário elevado.

Para o superintendente, a CVM já sente uma melhora na redação dos prospectos de oferta pública enviados para registro, o que significa que esse avanço é resultado da campanha da autarquia para que os documentos tenham uma linguagem mais fácil para o pequeno investidor.

O objetivo é disseminar a cultura de que o prospecto precisa ser lido. E adiantou que, em determinados casos, os técnicos da autarquia pedem para que os prospectos sejam reescritos para facilitar a leitura.

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Protecionismo Norte-Americano - Senador pede bloqueio de compras do JBS nos EUA: Senador pede bloqueio de compras do JBS nos EUA

(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 3 Financeiro)

O chefe do subcomitê antitruste do Senado dos Estados Unidos enviou uma carta ao Departamento de Justiça, nesta terça-feira, pedindo que seja bloqueada a compra de duas processadoras de carne bovina norte-americanas pela companhia brasileira JBS, para garantir que os produtores recebam pagamentos justos por seus animais. O JBS, maior produtor mundial de carne bovina e que comprou recentemente a norte-americana Swift, disse em março que fechou acordos para adquirir o Smithfield Beef Group e o National Beef Packing Co, assim como o australiano Tasman Group, por um total de 1,3 bilhão de dólares. O senador Herb Kohl, em sua carta ao Departamento de Justiça, afirmou que o acordo deixaria três processadoras de carne bovina dos EUA com mais de 80 por cento do mercado. "Ao reduzir o número de grandes compradores de bois de cinco para três --e em algumas regiões mesmo para um ou dois-- esse acordo dará aos processadores de carne restantes um enorme poder de compra", disse ele a Thomas Barnett, procurador-geral assistente em temas antitruste. "As leis antitruste não devem favorecer um resultado tão perigoso. Eu, portanto, peço ao Departamento de Justiça que tome uma ação para bloquear essas aquisições", disse Kohl. Apesar de o subcomitê de Kohl monitorar a divisão antitruste do Departamento de Justiça, ele não tem poder de decisão. O JBS e o Departamento de Justiça não puderam ser contatados para comentar. Se o Departamento de Justiça aprovar o acordo, Kohl disse que o órgão deve ao menos exigir que o JBS renuncie ao Five Rivers Ranch Cattle Feeding LLC, da Smithfield. A empresa produz dois milhões de cabeças de gado anualmente e pode permitir ao JBS que reduza o preço que paga pelo gado, disse o senador. Isso pressionaria ainda mais os pecuaristas norte-americanos, que já sofrem com os altos preços das rações e dos combustíveis. "O JBS

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Swift pode estrategicamente abater essa oferta em certos momentos sem precisar comprar gado no mercado à vista. Tal conduta pode enfraquecer substancialmente os preços pagos a produtores independentes", escreveu Kohl. O JBS S.A. disse em março que pagaria 565 milhões de dólares pelo Smithfield; 560 milhões pelo National Beed e 150 milhões pelo Tasman. O Tyson Foods Inc é o maior produtor de carne bovina dos EUA, com cerca de 30 por cento do mercado norte-amercano, enquanto o National Beef é quarto maior e o Smithfield o quinto, de acordo com estatísticas da indústria.

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Lei deixa as bolsas livres de aumento da CSLL (Valor Econômico 25.06.2008 p. D6 Eu& Investimentos)

Fernando Torres, Do Valor Online, de São Paulo

Foi sancionada anteontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na edição de ontem do "Diário Oficial da União" a lei 11.727 que, entre outras determinações, exclui as bolsas de valores e de futuros do aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 9% para 15%.

No início do ano, como forma de compensar a perda de arrecadação com extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo federal enviou uma medida provisória ao Congresso elevando a CSLL para as instituições financeiras.

No texto da medida, no entanto, o governo falava que a nova alíquota valeria para as entidades listadas no Artigo 1º da Lei Complementar número 105.

A Bovespa e a BM&F, no entanto, argumentaram que não deveriam ser enquadradas como instituições financeiras tradicionais que integram tal artigo, já que atuariam como prestadoras de serviço.

Com a redação publicada, ficam excluídas desta elevação as bolsas de valores de futuros e mercadorias, as administradoras de mercados de balcão organizados, como é o caso da Câmara de Custódia e Liquidação de títulos privados (Cetip), e as entidades de liquidação e compensação.

Ontem, as ações ordinárias (ON, com voto) da BM&F subiram 3,02%, para R$ 15,35. A ON da Bovespa Holdings ganhou 2,33%, para R$ 21,90. Como a medida deve aumentar o ganho da BM&F Bovespa, a bolsa divulgou ontem fato relevante sobre a mudança.

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Energia - Terna troca comando no Brasil e mira aquisições: Giovani Giovanelli deixa o posto de diretor-geral após seis anos

(Valor Econômico 25.06.2008 p. B6 Empresas)

Maurício Capela

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A Terna Participações, uma das gigantes do setor de linhas de transmissão no Brasil, trocou de comando. Controlada pela italiana Terna SpA, a empresa estava sob a direção de Giovani Giovanelli há seis anos. No posto de diretor-geral e de relações com investidores, Giovanelli participou ativamente dos processos de aquisições e também do lançamento de ações realizado em outubro de 2006.

Giovanelli conta que sua saída foi planejada e será gradual. "Só me desligarei da Terna em 31 de julho. Até lá, participo da transição, mesmo porque o caminho é de continuidade", conta. No cargo de diretor-geral, o executivo será substituído por Alessandro Fiocco, que ocupava a diretoria de desenvolvimento de negócios internacionais da Terna SpA. Já Paulo Seidel, que era gerente-financeiro e de relações com investidores no país, ficará com o posto de diretor de relações com investidores.

Os novos executivos asseguram que a trajetória de crescimento da Terna será mantida no futuro. Às portas de leilões importantes, como o das linhas de transmissão do complexo do rio Madeira, Alessandro Fiocco afirma que manterá a seleção criteriosa de oportunidades. "Ainda é cedo para falarmos sobre a licitação do Madeira", conta o novo diretor-geral da Terna no país. Mas na apresentação sobre os resultados da empresa em 2007, no início de 2008, a Terna já fazia suas contas. Naquela época, a empresa estimava um investimento total de R$ 7,6 bilhões para colocar o empreendimento de pé.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, contou ao Valor recentemente que o governo federal pretende realizar o leilão das linhas do Madeira em 30 de setembro. São aproximadamente 2,45 mil quilômetros de linhas, que serão vendidos em lotes. E ficará com cada bloco quem oferecer o maior deságio em relação ao preço-teto estabelecido pelo governo federal. O valor ainda não foi divulgado pela EPE, que pertence ao Ministério de Minas e Energia.

Hoje, a Terna no Brasil é dona de 3,7 mil quilômetros de linhas de transmissão. E para atingir essa rede a empresa não economizou recursos para aquisição, tanto que foi protagonista da maior compra entre grupos privados no país. Por R$ 562,2 milhões, a controlada do grupo italiano arrematou 502 quilômetros de linhas da Empresa de Transmissão de Energia do Oeste (Eteo), que pertencia ao grupo americano Tyco International. As linhas estão em operação desde 2001.

Com esse tamanho, o faturamento da companhia também começou a crescer no país. No ano passado, a receita líquida consolidada da Terna foi de R$ 508,7 milhões, um incremento de 3,1% em relação a igual período de 2006. Já o lucro líquido deu um salto de 47% em 2007, fechando em R$ 214,3 milhões.

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Mercado - BM&F Bovespa fica livre de alíquota maior da CSLL(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. B13 Dinheiro)

TONI SCIARRETTADA REPORTAGEM LOCAL

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A BM&F Bovespa ficou livre de recolher a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) na alíquota de 15%, como os bancos, empresas de seguros, capitalização e outras instituições do sistema financeiro.O texto da lei sancionada na segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faz menção às Bolsas que, assim, deverão recolher a contribuição de 9%, segundo a própria BM&F Bovespa."Estão excluídas do aumento de 9% para 15% as entidades administradoras de mercado de balcão organizado, as Bolsas de valores e de mercadorias e futuros, e entidades de liquidação e compensação", afirma em nota.Em janeiro, o governo decidiu aumentar a CSLL para instituições financeiras, para cobrir a perda de arrecadação com o fim da CPMF. Desde então, havia dúvida se as Bolsas seriam consideradas ou não instituições financeiras.O mercado financeiro descobriu tardiamente que as Bolsas também deveriam recolher a contribuição na alíquota maior e penalizou os papéis tanto da BM&F quanto da Bovespa Holding em janeiro e fevereiro.Ontem, dia em que o Ibovespa recuou 0,71%, as ações da BM&F subiram 3,02% e as da Bovespa Holding, 2,33%.

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Simplificação - CVM estuda isenção de registro para qualificados: Autarquia estuda projeto que isente empresas do registro de ações destinadas a investidores de maior parte, tendo com base a

lei 144A da SEC americana(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B1 Mercados)

ANA PAULA CARDOSODO JORNAL DO COMMERCIO

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda projeto de criar uma nova instrução que isente as empresas do registro em ofertas públicas de ações, desde que a emissão seja destinada apenas à adesão de investidores qualificados. A afirmação foi feita ontem por Felipe Claret Mota, superintendente da área de registro da autarquia, em evento sobre o Bovespa Mais, promovido pela Modal Asset, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. A nova regulamentação em estudo tomará como base a lei de número 144A, da SEC (Security and Exchange Comission, a CVM americana).

O projeto é embrionário e está em fase de avaliação. "Ainda vai estar em audiência pública e serão dadas todas as possibilidade de o mercado se manifestar sobre isso", ressaltou Mota. A idéia é que, tal como acontece nos Estados Unidos, haja uma dispensa automática na CVM. "para as (ofertas) que se enquadrem nas condições: voltadas para investidores totalmente qualificados, com número restrito de investidores e com valor unitário elevado, provavelmente de R$ 1 milhão ", exemplificou o superintendente.

Mota foi um dos palestrantes do evento. Durante sua apresentação, lembrou que os investidores, especialmente os de varejo, devem escolher em quais ofertas participar usando como única fonte confiável os prospectos, preliminares e definitivos, exigidos pela reguladora para empresas que lancem valores mobiliários no mercado. No entanto, o superintendente da CVM reconhece a falta de clareza da linguagem destes documentos para o investidor médio.

"A CVM trabalha visando à conscientização das empresas para facilitar a linguagem dos prospectos, especialmente para o público de varejo. Com o investidor qualificado, nossa preocupação já reduz.

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Temos que disseminar a cultura de que o prospecto seja lido realmente e não exista apenas para constar", completou o superintendente da CVM.

Advogados presentes no evento assumiram que os prospectos hoje funcionam mais como garantia para as próprias empresas lançadoras de ações. Mota descartou completamente a possibilidade de se fazer duas versões de prospectos ou de se criar qualquer instrução para exigir uma linguagem menos técnica nos prospectos. "É bom deixar claro que não queremos modificar o prospecto e sim torná-lo um instrumento de fácil leitura, que o investidor possa, com ele, tomar uma decisão consciente", disse Mota.

Todas as informações contidas atualmente nos prospectos são importantes de serem mantidas e a autarquia não pretende criar nenhuma norma ou instrução para reorientar as empresas a modificarem a forma como o conteúdo é apresentado. O número de informações será mantido, mas a CVM incentiva que as empresas tenham a preocupação de transformar a linguagem técnica em texto mais "palatáveis".

A escolha de um investimento deve ser tomada com base na razão e, para a CVM, o documento mais instrutivo para essa tomada de decisão é o prospecto. "Quando chega lá na CVM algum prospecto com linguagem muito técnica a gente solicita que seja reescrito. A análise da CVM é feita com os olhos do investidor", concluiu Mota .

Instrução número 409

Segundo a Instrução CVM n.º 409 em seu artigo 109, que regula os fundos de investimento, o conceito de investidor qualificado abrange instituições financeiras; companhias seguradoras e sociedades de capitalização; entidades abertas e fechadas de previdência complementar; pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 300 mil e que atestem por escrito sua condição de investidor qualificado; fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados; e administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM.

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Incorporação - BG lança oferta hostil para a Origin(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C1 Empresas)

A produtora britânica de gás BG Group lançou uma oferta hostil de aquisição da australiana Origin Energy por US$ 13,1 bilhões (13,8 bilhões de dólares australianos) enquanto busca ampliar sua posição no mercado asiático de gás que atravessa rápido crescimento. A BG está levando sua oferta direito para os acionistas da Origin, depois que o conselho da companhia rejeitou na semana passada a proposta que avalia a empresa a 15,50 dólares australianos por ação. A Origin afirmou na ocasião que suas reservas de gás de carvão sozinhas valem mais de US$ 15 bilhões depois que dobrou sua estimativa de reservas. As ações da Origin, que saltaram mais de 85% este ano, subiram 6,2% ontem, para um recorde de 16,48 dólares australianos por ação, indicando que os investidores esperam uma oferta maior. Se bem sucedido, um acordo será a segunda maior aquisição estrangeira de uma companhia australiana depois que a mexicana Cemex, maior produtora de cimentos da América do Norte, comprou o Rinker Group por US$ 14,2 bilhões em 2007. A BG informou que a oferta, que representa um ágio de 48% sobre o fechamento da ação da Origin em 29 de abril - quando a proposta foi anunciada pela primeira vez -, reflete o valor dos negócios integrados de energia da Origin e as perspectivas de longo prazo das reservas de gás obtido a partir de carvão.

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(Reuters)

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Internet - Ações do Yahoo sobem com boatos(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C2 TI & Telecom)

A informação de que a Microsoft teria voltado a negociar com o Yahoo sobre sua aquisição, divulgada pelo blog de tecnologia TechCrunch ontem, citando fontes não identificadas de ambas as empresas, levou as ações da empresa de internet a subirem 11%. Tanto a Microsoft quanto o Yahoo preferiram não comentar o assunto. "A informação que temos é escassa, mas uma fonte está afirmando que a Microsoft está negociando um preço abaixo dos US$ 33 por ação que eles ofereciam quando as negociações se encerraram em maio", afirma o blog. Depois que a emissora de televisão CNBC divulgou que as conversas não estavam ocorrendo, as ações do Yahoo perderam muito do valor ganho durante o dia. No começo da tarde, os papéis estavam em alta de 1,9%, valendo US$ 21,86. Uma fonte não identificada com conhecimento sobre o assunto também disse para a agência de notícias Bloomberg News que as negociações não voltaram.

(Redação)

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Minas sai na frente e implanta livro contábil digital(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

Minas Gerais sai na frente e será o primeiro Estado a implantar o livro contábil digital, em solenidade marcada para esta quarta-feira (25), às 14 horas, no plenário da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), na avenida Santos Dumont, 380, 7º andar, no Centro de Belo Horizonte.O projeto pioneiro começou a ser desenvolvido em Minas Gerais há três anos, em um trabalho entre a Jucemg, Receita Federal, Serpro e Prodemge, e faz parte do Projeto Descomplicar da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).De sua casa ou de seu escritório, o empresário ou seu contabilista poderrão montar, assinar, utilizando certificação digital, e enviar o livro eletrônico para o Sped Contábil, além de receber informações do andamento do trabalho. O primeiro livro a ser autenticado será o da Usiminas, uma das parceiras do sistema.VantagensO Sped Contábil (Sistema Público de Escrituração Digital) é um dos três pilares do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) para informatizar e interligar a arrecadação de tributos no País. Os outros sistemas são a Nota Fiscal Eletrônica e o Sped Fiscal.O lançamento do livro digital contará com as presenças dos secretários de Planejamento e Gestão,  Renata Vilhena, e de Desenvolvimento Econômico, Raphael Guimarães Andrade, da superintendente da

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Receita Federal do Brasil em Minas Gerais, Lêda Domingos Alves, e do presidente da Jucemg, Ayres Mascarenhas, além de representantes de entidades empresariais e de classe.À Junta Comercial do Estado de Minas Gerais caberá autenticar o documento eletrônico. O Saed (Sistema de Autenticação da Escrituração Digital), desenvolvido pela Prodemge, já foi testado e fará a interface entre a Jucemg e a Receita Federal.A principal vantagem será o custo menor para as empresas, já que elas não terão de imprimir e encadernar os livros fiscais, evitando acúmulo de papéis e seu armazenamento, além do vai-e-vem dos documentos. Há empresas que mandam centenas de livros, de uma vez, para serem autenticados na Junta Comercial. “O livro contábil impresso vai virar peça de museu”, segundo o diretor Técnico-Operacional da Jucemg, Alex Barbosa.ArquivosA legislação federal exige que, além do Livro Diário, o contribuinte escriture o Livro Razão. Obriga também as pessoas jurídicas, não optantes pelo Simples, a apresentar os arquivos eletrônicos que representem a contabilidade. São assim três formas de representar uma mesma realidade, sujeitas a formalidades distintas.O Livro Diário é escrituração em papel, lançamentos em ordem cronológica, termos de abertura e encerramento e transcrição das demonstrações contábeis. Livro Razão: escrituração em papel, lançamentos em ordem de conta e data. Arquivos eletrônicos: composto por plano de contas, lançamentos e saldos.O Sped Contábil visa a substituição da emissão de livros contábeis (Diário e Razão), em papel, pela sua existência apenas digital. Os livros Diário e Razão serão gerados a partir de um mesmo conjunto de informações digitais.O sistema abrange os fiscos federal, estadual e, futuramente, municipais; o DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; o CFC (Conselho Federal de Contabilidade); Banco Central; Susep (Superintendência de Seguros Privados) e CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquias do Ministério da Fazenda; além de contribuintes, que vão fornecer informações para a composição da base de dados. A entrega (autenticação) dos livros deverá seguir a periodicidade atual. Para o Sped Contábil foi construído um programa para leitura e validação do arquivo com a escrituração contábil. Esse aplicativo também exibirá na tela a contabilidade da empresa, nos formatos de Diário ou Razão, inclusive as Demonstrações Contábeis. AssinaturasA Junta fará uma série de validações próprias e depois autenticará o livro eletrônico entregue. Essa informação de autenticação é fornecida ao titular da escrituração por intermédio do Sped, pela Internet.             O arquivo deverá ser assinado digitalmente pelo empresário ou representante legal da sociedade empresária e pelo contabilista responsável pela escrituração. O aplicativo conterá, também, funcionalidades para a realização das assinaturas. Depois de assinado, o arquivo será encaminhado para o Sped, que vai disponibilizar para a Junta Comercial as informações necessárias à autenticação. A Junta fará uma série de validações próprias e depois autenticará o livro eletrônico entregue. Essa informação de autenticação é fornecida ao titular da escrituração  por intermédio do Sped, pela Internet. 

http://www.noticiasfiscais.com.br/contabeis1.asp?preview=18703&data=25/6/2008

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Sociedades anônimas: Valor da marca permite controle da empresa(Conjur – 25.06.2008)

por Gustavo Bahuschewskyj Corrêa

As marcas, conforme disposição legal, são consideradas bens móveis e fazem parte dos ativos das empresas. Tendo em vista o desenvolvimento do mercado atual, em que as marcas, em alguns casos, são mais valiosas que a própria estrutura física das organizações, nada mais correto que elas, que tem por natureza uma pluralidade de sócios desconhecidos, como as Sociedades Anônimas (“SA’s”), avaliem suas marcas para que se dimensione o real valor deste bem e sua influência no valor da empresa, proporcionando assim uma informação transparente aos acionistas.

Na verdade, a avaliação da marca é uma importante ferramenta não só para as SA’s, mas para todas as empresas que ambicionam ter um controle efetivo sobre o valor da empresa.

No caso das S.A.s, a Lei 11.638/2007, promulgada em 28 de dezembro de 2007, alterou dispositivos da Lei 6.404/76 que regulamenta a atividade das Sociedades Anônimas, dispondo que a empresa deve tornar público no final de cada exercício social seu balanço patrimonial (artigo 176, I), fazendo constar o ativo permanente dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido (artigo 178, parágrafo 1º, “c”). Aqui, o que nos interessa é o ativo intangível, onde incluímos as marcas, que são bens incorpóreos da empresa.

A necessidade de fazer constar o valor atual da marca no balanço patrimonial da empresa é extremamente oportuna, visto que a marca é um importante elemento valorativo do patrimônio da empresa e tal informação deve ser disponibilizada junto com o balanço patrimonial da organização, observando o princípio da transparência, que é um dos fundamentos das S.A.s, principalmente no casos daquelas com capital aberto, quando as informações dos balanços patrimoniais são essenciais na formação do valor de mercado da empresa.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/67508,1

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Redirecionamento da execução - A responsabilidade do sócio nas execuções fiscais(Conjur – 25.06.2008)

por Pedro Benedito Maciel Neto

Há uma demanda de consultas de empresários os quais, por força da natureza e circunstâncias próprias do processo de execução fiscal, acabaram incluídos no pólo passivo por determinação judicial, ou seja, tornaram-se executados na sua pessoa física. Trata-se do chamado redirecionamento da execução contra sócio quando não é possível realizar com eficiência a penhora ou a venda dos bens, porventura, penhorados.

É verdade que, a responsabilidade dos sócios, especialmente o sócio administrador e dos próprios administradores, está prevista na lei, mas devemos observar algumas questões que podem determinar a declaração de prescrição intercorrente em relação ao sócio e ao administrador.

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Uma delas é a regra, pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o redirecionamento da execução fiscal contra um dos sócios coobrigados somente é possível se isso ocorre antes de cinco anos contados da citação da pessoa jurídica.

Na prática isso significa dizer que se o redirecionamento da execução ocorreu ou ocorrer após cinco anos, desde a citação da empresa, a declaração da ocorrência da prescrição intercorrente é possível.

As fazendas vão resistir, pois pretendem a aplicação do disposto no artigo 40 da Lei 6.830/80 (o qual prevê a suspensão da execução fiscal), mas essa hipótese é inaplicável quando presente a prescrição intercorrente, afinal o artigo 40 da LEF deve harmonizar-se com as hipóteses de suspensão previstas no artigo 174 do Código Tributário Nacional, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal.

Por isso é necessária muita atenção dos contribuintes e de seus advogados na defesa dos direitos e interesses.

http://conjur.estadao.com.br/static/text/67464,1

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Falta consenso sobre obrigação de publicação de demonstrações financeiras por sociedades de grande porte

(Esp. Jurídico Bovespa – 25.06.2008) Por Fabiana Fagundes e Luciana Ernanny Legey*

Após sete anos de tramitação, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, trazendo alterações à Lei nº 6.404/76 (“Lei das S.A.”) e criando obrigações a serem observadas pelas sociedades que denominou “de grande porte”, definidas como “sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiverem, no exercício social anterior, ativo total superior a R$240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$300.000.000,00”.

A Lei nº 11.638/07 vem suscitando polêmica em relação às obrigações criadas para as sociedades de grande porte. Isto porque, de um lado, o art. 3º da nova lei determinou serem aplicáveis às sociedades de grande porte as disposições da Lei das S.A. “sobre a escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”; de outro, a ementa da norma faz alusão apenas à “elaboração e divulgação” das referidas demonstrações financeiras. Estariam, então, as sociedades de grande porte obrigadas apenas a escriturar e elaborar suas demonstrações financeiras de acordo com o disposto na Lei das S.A., ou a norma em referência teria criado também a obrigação de publicar ou divulgar, de alguma forma, tais demonstrações?

Há quem argumente que uma interpretação sistemática e lógica da norma levaria à conclusão de que a publicação é necessária sob o argumento de que a escrituração e a elaboração das demonstrações financeiras necessariamente implicariam a sua divulgação por meio de publicação, na forma do disposto nos arts. 176 e 289 da Lei das S.A. Defende-se, ainda, que a intenção do legislador em inserir esse dispositivo teria sido fazer com que tais demonstrações fossem escrituradas e elaboradas justamente com a finalidade de serem publicadas.

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Em sentido divergente, há o entendimento de que o art. 3º teria estendido às empresas de grande porte apenas as normas relativas à escrituração e elaboração das demonstrações financeiras (bem como aquela relativa à necessidade de auditoria independente), nada tendo dito sobre a obrigatoriedade de sua publicação. Esta corrente sustenta, ainda, que se o legislador quisesse ter estendido a essas sociedades também a obrigatoriedade da publicação das demonstrações deveria tê-lo feito expressamente.

A CVM, em comunicado ao mercado, salientou que “embora não haja menção expressa à obrigatoriedade de publicação dessas demonstrações financeiras, qualquer divulgação voluntária, ou mesmo para o atendimento de solicitações específicas (credores, fornecedores, clientes, empregados, etc.) as referidas demonstrações deverão ter o devido grau de transparência e estar totalmente em linha com a nova lei”.

Buscando compreender a intenção do legislador, mas sem deixar de observar as limitações tradicionalmente feitas em relação à interpretação extensiva de dispositivos legais que geram obrigações, é necessário notar que a redação original do art. 2º do Projeto de Lei nº 3.741 de 2000, transformado – após diversas emendas e substitutivos – na Lei nº 11.638/07, de fato previa, expressamente, não apenas a aplicação às sociedades de grande porte das regras relativas à elaboração das demonstrações, mas também de sua publicação. Naquela oportunidade, a ementa do Projeto também fazia referência à publicação destas demonstrações.

No entanto, ao longo da apreciação das emendas e substitutivos apresentados durante o trâmite na Câmara dos Deputados, suprimiu-se do Projeto a obrigatoriedade de publicação. Na ocasião, inseriu-se um novo parágrafo ao art. 3º, determinando a divulgação das demonstrações na “rede mundial de computadores”, aditivo este que igualmente não prosperou na redação final do texto submetido ao Congresso Nacional.

Oportuno esclarecer que o assunto mereceu discussão em várias das comissões parlamentares por que transitou, donde se observa que não havia consenso sobre o tema, tendo ocorrido, inclusive, debates sobre a própria obrigatoriedade de publicação de demonstrações para as sociedades por ações contida no artigo 289 da Lei das S.A. – que também chegou a ser objeto de proposta de alteração, mas que igualmente não constou do texto final submetido à apreciação do Congresso Nacional.

Ora, se tanto a publicação quanto a divulgação das demonstrações financeiras na Internet chegaram a ser objeto de proposta expressa, mas ao final não constaram da parte normativa do Projeto de Lei submetido à apreciação do legislativo, há que se indagar se realmente a vontade do legislador teria sido a de criar esta obrigação para aquelas sociedades.

Ressalte-se, ainda, que a Lei Complementar nº 95/98, que versa sobre técnica legislativa, ao determinar que a lei deve ser estruturada em parte preliminar (ementa, preâmbulo, etc.), parte normativa e parte final, indicou que é a parte normativa que deve compreender o texto das normas de conteúdo substantivo, relacionadas com a matéria ali regulada, pelo que se deve questionar se a existência de menção sobre a “divulgação” na ementa do texto legal, sem nenhuma referência a ela na parte normativa, teria o condão de tornar obrigatória a divulgação das demonstrações financeiras, ou mesmo sua publicação.

Embora o entendimento não esteja totalmente firmado, na opinião de boa parte daqueles que já tiveram a oportunidade de se manifestar sobre o assunto, a obrigação de publicação das demonstrações financeiras não teria sido criada pela Lei nº 11.638/07.

Este parece, realmente, ser o melhor entendimento, embora seja necessário acompanhar a evolução das discussões.

* Advogadas associadas do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão

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A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – Lei Complementar 123/06 e as Licitações(Correio Forense – 25.06.2008)

Fernando Quércia

Já é fato: 6,5 milhões de microempresas e empresas de pequeno porte existentes no país passaram a ter maior competitividade nas compras públicas, após a entrada em vigor da Lei Geral. Essas empresas começam agora a ocupar o espaço aberto pela norma. De acordo com um levantamento do Ministério do Planejamento, as micro e pequenas venderam 25% de tudo o que o Governo Federal comprou no ano passado, percentual oito pontos maior do que o registrado em 2006*.

De acordo com Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, a maior participação dos pequenos empreendimentos nas compras públicas ocorre em razão das vantagens competitivas trazidas pela Lei Geral, como a exclusividade nos contratos que envolvam até R$ 80 mil e o maior prazo para a apresentação dos documentos exigidos. "Os aumentos são evidentes mesmo com apenas quatro meses, desde que as vantagens passaram a valer", afirma.

Embora a Lei Geral seja válida desde 2006, a norma que regulamentou as compras - o Decreto nº 6.204, de 2007 - só entrou em vigor em setembro do ano passado. E, além disso, a lei geral somada ao pregão eletrônico efetivamente ajudou a descomplicar os processos para que as pequenas empresas pudessem efetivamente buscar maior participação no mercado.

A lei 123/06 apresenta várias vantagens competitivas as pequenas empresas para que estas participem dos certames licitatórios, dentre as quais a possibilidade de dilação de prazo para negociação de dívidas tributárias mesmo após a realização da licitação e, além disso, uma vantagem que efetivamente é crucial no momento da licitação. Trata-se do disposto nos artigos 44 e 45 da citada lei transcrita a seguir:

Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. § 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.

Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma:

I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;

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III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.

§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame. § 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte. § 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de preclusão.

Basicamente o que se extrai do texto legal é na verdade um privilégio dado as pequenas empresas que, no decorrer do processo licitatório tem o poder de apresentar a última proposta, garantindo-lhes a vitória do certame, desde que vislumbrados todos os requisitos propostos nos artigos. Este capítulo vem tangido pelo título de "Acesso aos Mercados".

O princípio básico para que uma empresa seja enquadrada como empresa de pequeno porte é de que seu faturamento anual não ultrapasse R$2.400.000,00 e além das vantagens citadas sobre o acesso aos mercados, fica claro que o regime tributário simplificado atribuído a estas empresas é sem dúvida o que garante o sucesso das empresas nela inseridas.

Pois bem, todos estes fundamentos até agora explanados têm a intenção de mostrar que foram criadas ferramentas que visam favorecer a um tipo de empresa que sem dúvida hoje é a grande empregadora do país, responsável por 52% dos empregos formais, segundo o SEBRAE. Porém isso também criou uma zona nebulosa por onde hoje perambulam os espertalhões, sempre atentos aos deslizes e brechas legais, senão vejamos:

A lei 123/06 cria em seu bojo situações em que a empresa, caso ultrapasse os valores de faturamento perdem a sua condição legal de estarem enquadradas no regime tributário especial criado pela lei. Em alguns casos ainda a lei vai mais longe, trazendo efeitos retroativos (fiscais) para alguns casos de "desenquadramento". O efeito prático dessa exclusão é meramente tributário, ou seja, a empresa, seja no ano-calendário seguinte ou em efeitos retroativos, em caso de exclusão fica obrigada a voltar ao regime de tributação tido como o usual para seu tipo de atividade, mas não se criou na legislação qualquer penalidade aos contratos adquiridos nos certames licitatórios onde se utilizou o empresário das benesses previstas na lei saírem-se vencedores, não existe restrição inclusive para que empresas enquadradas como de pequeno porte participem dos certames licitatórios, mesmo que estes certames digam respeito a contratos que somados ou não ultrapassem o faturamento anual permitido.

Concluindo: Eu, proprietário de uma empresa de pequeno porte poderei no meu primeiro ano de vida entrar em incontáveis licitações e pregões, com valores que certamente me farão ultrapassar já no primeiro ano o faturamento permitido, poderei utilizar todas as vantagens inerentes a minha participação na licitação como empresa de pequeno porte para vencer e como pena, mesmo agindo com dolo, terei que posteriormente voltar a recolher os tributos na forma usual para meu tipo de atividade, sem prejuízo nenhum com relação ao contrato e a forma como venci a licitação. Pior que isso, citando outro exemplo não existe vedação legal da Lei Complementar 123/06 - art. 3º, § 4º - que impeça o benefício concedido às MPEs a empresas cuja atividade seja regulamentada por entidade profissional competente; todavia, as empresas que exerçam atividade cuja profissão seja regulamentada, não poderão ingressar ao Simples Nacional, sendo assim as empresas que exerçam atividades cuja profissão seja regulamentada poderão requerer os benefícios concedidos às MPEs (para participar em licitações), contudo, não poderão ingressar no Simples Nacional.

Mas não paramos por ai, pois a lei 123/06 traz ainda a seguinte redação no parágrafo terceiro do seu Artigo 3.:

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§ 3o O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados. Cabe lembrar aqui os princípios legais que devem permear o ato licitatório com maior destaque para Impessoalidade onde todos os licitantes devem ser tratados de maneira uniforme, em termos de direitos e obrigações, a Igualdade ou Isonomia que veda o estabelecimento de condições que impliquem preferência em favor de determinados licitantes em detrimento dos demais, intimamente ligado ao da impessoalidade além da Probidade administrativa que busca a promoção da seleção de forma mais acertada e transparente possível, agindo assim com a Administração e com os licitantes.

Ou seja, a lei, ainda que involuntariamente, criou possibilidades concretas de se alquebrar princípios básicos dos atos administrativos dando inclusive respaldo legal e concreto para isso, o que certamente traz efeitos devastadores para aquelas empresas que não estão incluídas no regime da lei 123/06 quando da concorrência nas licitações e pregões. Mais do que incentivar a empresa de pequeno porte a nova lei cria aos poucos a máxima de que errado é crescer, é tornar-se empresa grande. A lei de mercado livre, de licitações onde o melhor vence, e fato comprovado é o de que nem sempre o menor preço é sinônimo de melhor negócio, esta lei vem aos poucos dando lugar aos espertalhões que, como sempre rápidos já vem se utilizando dessas ferramentas para vencer licitações sabendo que, caso haja o desenquadramento, a pena será a de recolher tributos de forma usual, mas não perderão seus contratos, e sabedores das suas vantagens vem atropelando e desanimando as empresas que até hoje se valiam de sua qualidade de prestação de serviço para crescer e florescer.

As leis não nascem sempre perfeitas, e para isso existem mecanismos para aprimorá-las, pois então é isso que esperamos que aconteça, pois a lei no seu caráter geral é boa e bem vinda, porém não pode criar distorções que transformem os processos licitatórios em oportunidades de se manchar a lei de mercado da livre e sadia concorrência.

http://www.correioforense.com.br/revista/coluna_na_integra.jsp?idColuna=909

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O dilema da inflação para o mercado de capitais(Valor Econômico 25.06.2008 p. D2 Eu& Investimentos)

Gabriel Cintra

A pauta da vez é a inflação. O fenômeno econômico que assolou o país nos anos 70, 80 e início dos 90 volta a preocupar investidores de todos os portes no Brasil e no mundo. Paralelamente ao aumento de preços, destacamos o tão esperado e comentado grau de investimento, que tem contribuído para a excelente performance, embora em meio a oscilações, do mercado de capitais. A elevação da qualificação da dívida brasileira por duas agências de risco certamente direcionará mais recursos para o Brasil e o mercado de capitais será um dos destinos.

Mas o que fazer nesse cenário? Há um dilema que necessita atenção, principalmente dos jovens e arrojados investidores, que nunca conviveram com este fenômeno. Deve-se ressaltar que o impacto da inflação sobre os investimentos não é tão óbvio e, para tentar desvendá-lo, retomamos um pouco de suas causas, tão abordadas nas últimas semanas.

Nos últimos anos, o mundo passou a vivenciar uma nova experiência com a China se tornando um grande "player" mundial, pelo fato de o país mais populoso do mundo registrar crescimento vigoroso, de

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dois dígitos ao ano. Naturalmente, a demanda por produtos, especialmente commodities, aumentou. Tal mudança consolidou-se, para sorte do Brasil, que tem se beneficiado diretamente da alta de preços desses produtos.

Somando-se a isso, o mundo tem atravessado um excesso de liquidez provocado por uso excessivo de taxas de juros reais baixas, principalmente nos países industrializados. A inflação acabou sendo o preço a ser pago e há uma preocupação crescente dos bancos centrais ao redor do mundo sinalizando que é necessário conter o processo.

No Brasil, o regime vigente de metas de inflação exige que a autoridade monetária aja no sentido de ancorar expectativas e evitar que a inflação fuja da banda estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Atualmente, a meta oficial é de 4,5% para 2008 e 2009, sendo que há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para acomodar choques inesperados de oferta.

Como citado anteriormente, há certamente uma pressão advinda dos preços internacionais, principalmente em alimentos e matérias-primas, mas também há claros sinais de que a demanda interna está aquecida e vem crescendo em descompasso com a oferta. Nesse sentido, cabe ao Banco Central brasileiro aumentar a taxa de juros para fazer com que a inflação volte para a meta, como o fez nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Analistas já trabalham com a taxa básica de juros (Selic) retornando a um patamar superior a 14% até o final deste ano.

O que acontece com os investimentos? A decisão de investimento de um cidadão nos remete a pensar em rendimento e em custo de oportunidade, logo, é preciso ser mais criterioso ao selecionar qual será a melhor alternativa neste momento.

Existem setores que conseguem melhorar seus resultados com a alta de preços, especialmente aqueles com mais margem para repassar aumentos - como, por exemplo, o setor de siderurgia, que se beneficia de uma demanda forte, principalmente pelas vendas recordes de automóveis e outros bens duráveis. O setor imobiliário é outro que tem sido pouco afetado. Enfim, possibilidades de ganhos continuarão aí, apesar de aparentemente mais escassas.

Embora continuemos acreditando que os investimentos em renda variável ainda vão se mostrar bastante atrativos, há outras modalidades que devem passar a constar no rol de decisões de investimento, dependendo do perfil do investidor, da aversão ou propensão a risco. Temos de fazer um exercício de comparação criteriosa, não nos esquecendo também da diversificação de portfólio. Aqui vale a regra básica de investimento, muito mais valiosa em uma época de dúvidas - não coloque todos os ovos em uma cesta só.

As alternativas dentro da BM&F também são cada vez mais importantes para o pequeno investidor proteger os seus investimentos em bolsa, operando no minicontrado de índice, que pode proteger sua carteira de ações em períodos desfavoráveis ou nos mínis de dólar. Uma boa ferramenta de aprendizado é o simulador BM&F, onde o investidor pode reproduzir operações de investimento ou proteção nos mínis de índice antes de colocar em prática na vida real. E há também mecanismos para se proteger da inflação, fenômeno que exige atenção não só do Banco Central, mas do investidor pessoa física também. (Colaborou Alexandre Girard, conselheiro do Ação Jovem)

Gabriel Cintra é presidente do Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais - E-mail [email protected]

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

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TABACO

Saúde em fumaça: Uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avaliou em que medida o tabaco é causa importante de perda

de qualidade de vida na população.(IDEC – 25.06.2008)

Uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avaliou em que medida o tabaco é causa importante de perda de qualidade de vida na população. O estudo constatou que 7% da carga de doença é atribuível ao hábito de fumar.

O estudo, publicado na revista Clinics, aplicou o Daly (Disability-Adjusted Life Years), um indicador que mede simultaneamente a mortalidade e a morbidade, avaliando os anos de vida perdidos por mortes prematuras com ajuste de incapacidade. Entre a população com mais de 30 anos, a proporção de Daly atribuível ao tabaco ultrapassa 13% em homens e 7% em mulheres.

De acordo com Andreia Ferreira Oliveira, uma das autoras do artigo, o trabalho teve o objetivo de estimar a carga de doença atribuível ao tabagismo no Rio de Janeiro, no ano 2000. A partir de estimativas de prevalências de fumantes e riscos relativos de morte, foi calculada a fração respondida pelo tabaco por causa, idade e sexo.

"O conhecimento da carga global de doença atribuível ao tabagismo é importante para que as iniciativas dirigidas ao controle do tabaco se multipliquem e se consolidem, de modo que venham a se transformar em políticas públicas articuladas e permanentes de promoção da saúde", disse à Agência FAPESP.

Segundo a pesquisadora, as informações sobre mortalidade são insuficientes para dar um panorama da qualidade de vida. Para superar essa limitação, o indicador Daly envolve também dados sobre a morbidade. Ele permite ainda avaliar a gravidade de doenças que são altamente incapacitantes, mas nem sempre letais.

"A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a doença isquêmica do coração, a doença cerebrovascular e o câncer de traquéia, brônquios e pulmões foram responsáveis por, respectivamente, 32,2%, 15,7%, 13,2% e 11,1% do total estimado de Daly, totalizando 72,2% da carga de doença atribuível ao fumo", afirmou.

Os resultados indicaram que as doenças relacionadas aos cânceres e às doenças respiratórias crônicas apresentam alta prevalência e riscos de morte. "Concluímos que é imprescindível que medidas de prevenção e controle do hábito tabágico sejam efetivamente implementadas", disse a pesquisadora, que trabalha na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Entre as principais patologias associadas à diminuição da qualidade de vida, as doenças cardiovasculares foram as mais significativas, com destaque para a doença isquêmica do coração (20,4%), na população acima de 30 anos. Mas, de acordo com o estudo, essa proporção não aumenta de acordo com a idade.

"Evidenciamos que a obstrução aérea crônica e as doenças isquêmica do coração e cerebrovasculares foram responsáveis por 61% do total de Daly na população de 30 anos e mais", afirmou Andreia.

Estratégias preventivasO estudo constatou que os homens apresentam cargas atribuíveis maiores em relação às mulheres. O maior número se explica, segundo a pesquisadora da Fiocruz, não só pela prevalência maior do fumo, mas também "porque essas doenças acometem mais o homem".

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A pesquisa estabelece também comparações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. "Assim como no Brasil, o tabaco é causa importante de anos de vida perdidos prematuramente ou por incapacidades nos países desenvolvidos. Mas aqui a carga atribuível ao tabaco é maior se comparada aos países mais ricos", apontou.

"O hábito tabágico se inicia ainda na adolescência. Por conta disso, estratégias preventivas maciças devem ser veiculadas pela mídia, por exemplo, para evitar que milhões de jovens iniciem esse hábito ainda precocemente e, com isso, venham a se tornar dependentes dessa droga", disse Andreia.

Apesar de ter focado o Rio de Janeiro, o trabalho aponta que o padrão de morbidade observado no estado é semelhante ao da região Sudeste e que essa relação não se modificou entre 1998 e 2000.

O estudo apresenta algumas limitações, segundo a autora. "A mais importante se refere à utilização de prevalências de exposição atuais, não levando em consideração o período de latência entre a exposição ao tabaco e o aparecimento das doenças. Não foi uma decisão inédita, pois tem sido apontada, consistentemente, por outros autores", disse Andreia, que assina o artigo com Joaquim Gonçalves Valente e Iuri Costa Leite, também da ENSP.

De acordo com Andreia, o estudo pode prosseguir tentando estimar a prevalência do fumo no interior por meio de indicadores socioeconômicos. "Assim, teríamos uma estimativa mais próxima da realidade desses locais e com estratégias preventivas bem localizadas", destacou.

http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=10404

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TECNOLOGIA

Software - Novo Firefox está mais rápido e leve: Velocidade do novo navegador em sites como o Gmail é notável, mas primeira falha de segurança já apareceu

(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. F3 Informática)

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo navegador Firefox 3 está mais rápido, com mais ferramentas de segurança, de organização pessoal e de down- loads do que seu antecessor (www.firefox.com; grátis; em português).Uma das mudanças mais visíveis é na organização da navegação. Um índice, que aparece quando o internauta clica em um ícone de pasta, mostra os sites mais visitados e os acessados recentemente. Ou seja, ainda que não marque páginas favoritas, o internauta vai poder voltar facilmente àquelas mais utilizadas de fato.Ficou mais intuitivo marcar um site como preferido. Basta clicar uma vez na estrela que fica ao lado do endereço do local visitado. Ela é preenchida de amarelo, e o site fica guardado.Caso o usuário queira colocar detalhes na página marcada, é preciso clicar de novo sobre a estrelinha amarela.Uma novidade é colocar etiquetas (tags) no endereço virtual. Por exemplo, em um portal sobre culinária indiana, coloque as tags "receita", "Índia" e outras palavras relacionadas.A barra onde você digita o endereço de uma página serve como um buscador personalizado. Você começa a digitar, e o browser mostra uma lista de resultados baseada em sites favoritos, mais freqüentados, visitados recentemente e tags.

Teste

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O navegador está com um bom desempenho para lidar com JavaScript, o que dá um ganho de velocidade em sites como o Gmail. Em um teste feito com o SunSpider JavaScript Benchmark, ele foi 9,26 vezes mais veloz que o Explorer 7.Na comparação de uso de memória, a Folha abriu dez sites em cada navegador. O Internet Explorer consumiu 2% a mais de RAM em um micro com 2 Gbytes de memória, de acordo com o CPU Meter.

Primeira falhaPoucas horas depois do lançamento, a F-Secure encontrou um problema de segurança no navegador. A falha demanda a interação do internauta com uma página maliciosa para ser explorada. Até o fechamento desta edição, ela não havia sido corrigida.Outro problema é que, às vezes, os botões de voltar e avançar página somem. Uma solução é clicar com o botão direito sobre a barra onde fica o menu, em Personalizar e em Restaurar as barras padrões.

Milhões em um diaUma campanha quer colocar o Firefox 3 no "Guiness" como o software mais baixado em 24 horas. O browser teve 8 milhões de downloads no dia do lançamento. As várias versões do Firefox representam 18,41% do mercado de navegadores, segundo a NetApplications. O Explorer domina esse mercado, com 73,75%. (GVB)

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XP sai do mundo top, mas continua nos PCs baratos(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. F3 Informática)

EMERSON KIMURACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você pensa em comprar uma nova licença para o Windows XP -para usar em um computador novo, por exemplo-, é bom correr. O sistema operacional da Microsoft só será distribuído para varejo e grandes fabricantes de PCs até o final deste mês.A partir de então, restará apenas o que houver em seus estoques. Será cada vez mais difícil encontrar o XP em caixinhas nas prateleiras das lojas ou pré-instalado em micros de empresas como HP, Dell, Lenovo, Positivo e CCE.Mas não precisa ter muita pressa caso pretenda adquirir um micro de um pequeno fabricante -que a Microsoft chama de integrador ou "system builder" (montador de sistema)-, para quem o XP estará disponível até 31 de janeiro de 2009.A pressa é ainda menos necessária para quem procura PCs de baixo custo -para os quais edições do XP Home Edition serão distribuídas para pré-instalação até 30 de junho de 2010.Essa categoria inclui os netbooks ou subnotebooks, ultraportáteis com hardware limitado cuja popularidade tem crescido. É uma "categoria emergente de produtos" que, mesmo para os próprios fabricantes, ainda não está bem definida, diz Ricardo Wagner, gerente de produto do Windows.A forte presença do Linux em subnotebooks pode ter colaborado para que a Microsoft estendesse a vida do XP neles. "Um processo natural da concorrência", diz Wagner.Devem se preocupar menos ainda o donos de PCs com o Vista Business ou Ultimate pré-instalado, que têm direito ao downgrade para o XP até o Vista deixar de ser vendido."Caso o consumidor não tenha o CD [do XP], é possível adquiri-lo por meio do serviço de atendimento da Microsoft pelo valor aproximado de R$ 49", explica Wagner. A variação do dólar pode mudar o preço.

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Mas será que, diante dos pedidos para que o XP continue a ser vendido normalmente, a Microsoft não poderia mudar sua decisão? Improvável, diz Wagner. Ele afirma que não foi um processo rápido e houve muitas conversas com "grandes fabricantes globais".

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A tecnologia dos movimentos: touchscreen, fio e controle remoto são coisas do passado. Surge a nova máquina que obedece aos nossos gestos

(Revista Isto É n° 2016 – 25.06.2008 p. 106)

Tatiana de Mello

TRANSPARÊNCIA O teclado No-key é feito em vidro, sem teclas e com sensoresIniciou-se uma grande revolução tecnológica que atende pelo nome de Zcam - parece uma webcam normal, até pelo baixo preço de US$ 100, mas não é. Além de gravar imagens, ela capta imagens em três dimensões e as transporta através de nossos movimentos para o campo virtual. Imagine, por exemplo, jogar pingue-pongue no computador utilizando uma raquete de verdade ou acender a luz de um ambiente apenas movimentando as mãos no ar, sem nenhum tipo de controle. Criada pela empresa

israelense 3DV Systems, a Zcam parece obedecer a passes de mágica: funciona sem controles, sem fios, sem nada, atendendo tão-somente a nossos gestos. Trata-se de uma evolução do conceito do videogame Nintendo Wii, lançado em 2006. Ele revolucionou o mercado porque substituiu os tradicionais controles e botões por objetos interativos bem mais modernos, como raquetes com sensores que dão aos jogadores a sensação de estar "imersos no jogo". Para se jogar com a Zcam não é preciso nenhum tipo de ferramenta, basta se posicionar diante da câmera e se mover. O equipamento funciona com uma tecnologia batizada de "tempo de vôo" (TOF, na sigla em inglês), aplicada em exames modernos como os de ressonância magnética.

Foram quatro gerações de câmera até a empresa israelense 3DV chegar à atual tecnologia. A Zcam mede a distância de cada pixel da imagem e constrói com infravermelhos um "mapa de profundidade" em três dimensões, conseguindo, dessa forma, "apanhar" as cenas praticamente em tempo real (60 frames por segundo) e com alta precisão de profundidade. "O Wii nos mostrou o caminho, mas podemos fazer muito mais coisas e essa é uma delas", diz Zvi Klier, chefe-executivo da 3DV. Os israelenses abriram uma porta que provavelmente nunca mais se fechará: a interação homemmáquina. O jogador deixa de ser passivo e participa, com o seu próprio corpo, da atividade que desejar. As telas touchscreen, que recolhem sinais com toques, já eram uma evolução do processo de interação e a tecnologia caminha cada vez mais para rotular de obsoletos suportes e complementos tradicionais. Prova disso é que na semana passada o designer chinês Kong Fanwen (rival em seu país do designer da Apple) apresentou um teclado que nem poderia levar esse nome - simplesmente porque não tem teclas. Ele se chama No-key Keyboard, é feito de vidro e "adivinha" a digitação com câmeras e luz. Para escrever é só aproximar os dedos.

 http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2016/a-tecnologia-dos-movimentos-touchscreen-fio-e-controle-remoto-sao-93449-1.htm

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Serviços - Internet dinamiza escolas de idiomas: Redes apostam em videoconferências, chats, jogos educativos e simuladores para conquistar alunos

(Valor Econômico 25.06.2008 p. F4 Especial - Franquias)

Lizete Teles de Menezes

Sessenta redes de escolas de idiomas disputam acirradamente o número crescente de pessoas, especialmente das classes B e C, que querem aprender mais uma língua, para usar no cotidiano, em viagens, cursos no exterior e, principalmente, concorrer no mercado de trabalho. No primeiro trimestre do ano, o segmento, inscrito na rubrica educação e treinamento, registrou crescimento de 1,96% no número de unidades e de 3,49% no faturamento em relação a igual período de 2007, conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Franchising (ABF) em parceria com o Provar - Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Felisoni & Associados. Para os meses de abril a junho, o estudo prevê uma variação de 19,05% na receita sobre o mesmo período ano passado.

As estratégias para conquistar os alunos envolvem a renovação de metodologias e o uso de novas tecnologias. Com suporte da internet, as redes apostam em videoconferências, chats, jogos educativos, exames simulados e fóruns, arsenal comum a quase todas as escolas que, para acelerar o aprendizado, combinam aulas presenciais com recursos on-line. Sala de vídeo, home theater e laboratórios de áudio e multimídia complementam a operação da Wizard Idiomas, maior rede do segmento, com 1.210 unidades no Brasil e 70 no exterior, implantadas nos Estados Unidos, Japão, Portugal, Paraguai, México e Irlanda do Norte.

Fundada em Campinas (SP), no ano de 1987, a empresa reforçou sua presença no mercado nacional adquirindo as concorrentes Skill, Yeski e People. "No total, o grupo soma cerca de 2 mil unidades, produz mais de 4 milhões livros para o ensino de inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, chinês, português para estrangeiros, e é a única que oferece o curso de inglês em Braille", informa Juzeli Lopes, gerente de expansão de marcas.

Segundo ele, os cursos in company são um filão promissor. "Atualmente, muitas empresas exigem que todos os seus empregados, do porteiro ao presidente, tenham conhecimentos de inglês", afirma. "Outra importante fonte de negócios são os colégios e universidades, onde cerca de 300 franqueados Wizard marcam presença."

Este filão é explorado com vigor pelas Escolas Fisk, cujas franquias estão em 50 escolas da rede de ensino privada. No total, a atual Fundação Richard H. Fisk, segunda no ranking da ABF, contabiliza 966 unidades - 31 próprias, 105 no exterior e 830 franqueadas, freqüentadas por cerca de 500 mil alunos espalhados por todos os Estados. Encerrou 2007 com faturamento de R$ 600 milhões, com 10% de alta sobre 2006, e projeta para o corrente ano crescer entre 10% e 15%. Ao comentar a forte atuação da rede em colégios e universidades, Christian Alberto Ambros, diretor de marketing, aponta o preço da mensalidade como um dos principais atrativos. "Como o franqueado usa a estrutura do colégio ou da universidade, seu custo é reduzido e a mensalidade pode cair até 20%", diz. "Nosso objetivo é consolidar a liderança junto ao nosso público-alvo, jovens de 13 a 25 anos, das classes B e C", declara Ambros, que trabalha com a expectativa de fechar o ano com um total de mil unidades. Presente no Brasil, Argentina, Angola, EUA, Japão e Paraguai, o grupo Fisk já viu passar por seus bancos cerca de 10 milhões de alunos.

"A internet dinamizou e qualificou as aulas, ficou mais fácil difundir os métodos e conteúdos porque a comunicação é instantânea e há uma quantidade imensa de sites que ajudam na formação do aluno", diz

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Luiz Otávio Gagliardi, diretor de marketing da Escola de Idiomas Centro Britânico. Gagliardi destaca entre as inovações promovidas pelo Centro Britânico o Phone Testing, para crianças e adolescentes, o Chit Chat, encontro semanal para conversação, aberto à participação de não-alunos, além da videoconferência. Com 39 anos de tradição no ensino de inglês e espanhol, a instituição conta com seis unidades na capital paulista, duas próprias, freqüentadas por cerca de 4.800 alunos. "Em 2005 ampliamos a operação por meio do franchising, sistema que reforça a marca e facilita a gestão, tornando-a mais ágil, enxuta e transparente", afirma. A rede firmou parceria com a editora Nobel para incrementar a comercialização das franquias em todo o país.

Fundada em 1950, a Yazigi Internexus, com 280 franqueados e 393 unidades, faturou R$ 193 milhões em 2007, alta de 6% sobre o exercício anterior. A expectativa é crescer 10% até o final do ano. Pretende agregar mais 40 pontos até dezembro, com foco no eixo Rio/São Paulo, informa Marcia Pires, diretora de marketing e vendas. Segundo ela, a rede é pioneira no ramo do franchising. "No final dos anos 70, Ricardo Young (hoje presidente do Instituto Ethos), fundador da ABF, implantou na empresa o sistema de licenciamento e uso da marca, envolvendo cerca de 80 parceiras, que no começo dos anos 60 transformaram-se em franquias", explica. "Alguns de nossos franqueados já são da quarta geração". A escola oferece tecnologia de ponta para acelerar o aprendizado, mas enfatiza a importância da sala de aula, como porta de ingresso na sociabilidade. "Além de um idioma, se aprende a construir a cidadania."

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TELECOMUNICAÇÃO

Symbian - Nokia investe em sistema operacional(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B10 Tecnologia)

TARMO VIRKIDA AGÊNCIA REUTERS

A Nokia está adquirindo as participações de outros acionistas na produtora britânica de software Symbian e permitirá o uso de seus programas livre de royalties para responder a novos rivais como o Google.

O software da Symbian é usado em dois terços dos celulares inteligentes - aparelhos com capacidades semelhantes às dos computadores - e em 6% dos celulares como um todo, mas novas plataformas como a Android, do Google, e o iPhone, da Apple, podem desafiar seu domínio.

"A decisão é uma resposta astuta às crescentes ameaças de outros provedores de software para celulares", disse Geoff Blaber, do grupo britânico de pesquisa CCS Insight, mencionando a LiMo Foundation, que produz software de código aberto para celulares, além do Google e Apple.

No momento, o rival mais próximo da Symbian é o sistema operacional Windows Mobile, da Microsoft. "Isso coloca muita pressão sobre a Microsoft no exato momento em que eles estão tentando encontrar espaço no mercado de consumo", disse Carolina Milanesi, do Gartner Group.

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"Preços mais baixos são aquilo que as operadoras de telefonia móvel e o mercado precisam para promover maior adoção dos celulares inteligentes e o corte do royalty é um avanço nessa direção. Para as operadoras, é uma boa alternativa ao Android".

A empresa finlandesa também anunciou que ela e outros grandes fabricantes de celulares, bem como operadoras de telefonia móvel tais como AT&T, NTT DoCoMo e Vodafone, e fabricantes de chips como a Texas Instruments e a STMicroelectronics, formaram a Symbian Foundation para desenvolver ainda mais o software.

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IPhone custará US$ 173 para a Apple produzir(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C2 TI & Telecom)

O novo iPhone, aparelho móvel com acesso à internet que a Apple começará a vender por US$ 199 no próximo mês, custará US$ 173 por unidade produzida, segundo a empresa de pesquisas ISuppli. A estimativa inclui o custo dos materiais e de fabricação, divulgou a ISupply, por comunicado. A empresa fez um "desmonte virtual" do dispositivo, usando informações de seus analistas para identificar os componentes, fornecedores e custos de cada peça. A Apple anunciou a nova versão do iPhone este mês, com preço US$ 200 inferior que o do modelo anterior para ampliar o número de usuários. Diferente da primeira versão, a Apple conseguirá US$ 300 em subsídios das operadoras de telefonia por cada dispositivo, estima a ISuppli. O subsídio, combinado com o custo mais baixo, farão mais margem de lucro à Apple, revelou. As ações da fabricante subiram US$ 0,09 para US$ 173,25 ontem na bolsa de valores Nasdaq. Os papéis caíram 13% este ano. O iPhone original custava à empresa US$ 226 e o seu preço de varejo era US$ 399 para um modelo com 8 gigabytes de capacidade de memória. A nova versão pode ter preço baixado para US$ 148 em 2009 e para US$ 126 em 2012, disse a ISuppli.

(Bloomberg News)

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Infra-Estrutura - Telefonia celular com uso social promove desenvolvimento: Saúde, educação e serviços públicos; as redes de voz e dados a serviço da população

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C2 TI & Telecom)

Como a China e a Índia, o Brasil tem continente extenso e abismo digital, tornando-se parceiro ideal para compartilhar soluções de telefonia celular, especialmente considerando a terceira geração já em uso pela TIM e Claro e em fase de implantação pela Vivo, Oi e Brasil Telecom, e que permite que a banda larga seja levada aos locais mais distantes do território nacional.

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Apesar da importância das aplicações sociais na telefonia celular, o Brasil corre o risco de construir uma infra-estrutura de telefonia cara e pouco utilizada, alertou o deputado federal Júlio Semeghini (PMDB-SP), ao abrir o seminário realizado ontem pela Momento Editorial intitulado "Como o celular pode revolucionar as aplicações sociais". Exemplo do mau uso dos recursos, lembrou o parlamentar, é o contingenciamento do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), para o qual as operadoras telefônicas contribuem com 1% de suas receitas e cujo total já ultrapassa R$ 6 bilhões. Muitas ações poderiam ser financiadas com esse dinheiro, segundo Semeghini. No entanto, conforme comentou o gerente geral de comunicação pessoal terrestre da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nelson Takayanagi, o programa Bolsa Família precisa de dinheiro e o Executivo acaba dando preferência por lhe dar continuidade, mesmo que para isso tenha de postergar o contingenciamento do FUST. Encaminhar o desenvolvimento das regiões mais carentes é tarefa de todos - operadoras, parlamentares, governo e sociedade - e os outros países dão vários exemplos que poderiam ser trazidos ao País. A diretora comercial de Wireless da Alcatel-Lucent para América Latina, Mercedes Martinez, afirma que apesar da comunicação ser comprovadamente uma maneira de desenvolver os países, o tráfego de voz é ausente em muitos locais , problema que poderia ser reduzido se a receita média por usuário (ARPU) baixasse dos atuais US$ 20 para US$ 3.Mercedes citou um "case" que se passou no Egito e que demonstra como o uso da telefonia cresceria com o seu barateamento. "A operadora local decidiu atacar algumas áreas onde não atuava e fez pesados investimentos. A clientela dobrou em quatro anos mas a receita média por cliente caiu de US$ 25 para US$ 12. Será que valeu a pena?", perguntou. "Sim, porque a receita total da operadora cresceu e continua evoluindo", afirmou. Na África do Sul, a Vodacom implantou a terceira geração e conquistou 40% de fatia de penetração da banda larga celular, ao lado do ADSL (40%) e do Wi-Fi (10%). Uma experiência que não teve êxito no Senegal acabou dando certo em Mali, onde a mortalidade infantil alcançava a terrível taxa de 20% em crianças de até cinco anos. "Com um único médico por grupo de dez mil crianças, o atendimento era escasso", disse Mercedes. Mas uma aplicação de saúde desenvolvida por operadoras celulares e universidade colocou as famílias e o médico em contato por meio de troca de dados pelo celular. "As famílias pesavam as crianças e mandavam o peso pela internet. Conforme os dados coletados, o médico chamava a criança em estado crítico. O resultado é visível e muitas crianças sobrevivem", relatou a executiva. Naturalmente esse exemplo poderia ser absorvido no Brasil. Na Índia, a tecnologia Wi-Max conectou 4 mil centros comunitários, numa iniciativa de governo eletrônico, que entrega formulários, certidões que antes exigiam grande burocracia. No Senegal, ainda segundo a executiva da Alcatel, produtores agrícolas trocam informações que facilitam a comercialização de produtos da terra, ajudando inclusive a aumentar o comércio justo, uma das finalidades da telefonia celular. Madagascar, onde não chega cabo submarino, sendo dependente da banda larga por satélite, teve a implantação de WiMax, o que permitiu a conexão de escolas e comunidades de produtos. Mercedes, da Alcatel-Lucent, está convencida de que o negócio só se transforma em sustentável se houver ganhos e investimentos de todos - governo, iniciativa privada e sociedade. Mercedes disse sim, é possível prestar serviços a US$ 3 de ARPU e ser rentável.

(Thaís Costa)

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Redes mais potentes reduzem distância digital(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. C2 TI & Telecom)

A Huawei, fabricante chinesa de infra-estrutura de telefonia celular presente no País há nove anos, considera que o jeito de superar o "gap" da conexão celular é investir na capacidade das coberturas e no rebaixamento do custo dessas redes, atingindo áreas rurais e instalando painéis solares onde não houver energia. "Trabalhamos na busca do terminal de baixo custo porque está comprovado que o terminal barato é fator de sucesso", disse o diretor de marketing da Huawei, Marcelo Mota. Ainda segundo o executivo, o custo da mensagem curta de texto (SMS) também fomenta o uso. E na China, o tráfego de SMS é o mais barato do mundo. "No Brasil é 15 vezes mais caro", comparou. Aliás, Mota comentou que, de tão disseminado, o SMS acabou gerando a profissão bem-remunerada de escritor de SMS. O gerente de comunicação pessoal da Anatel, Nelson Takayanagi, alertou para a necessidade de o País repensar suas prioridades, hoje isoladas e residuais. "Primeiro construímos uma hidrelétrica e deixamos para depois o que fazer com a questão social". É preciso inverter isso. Takayanagi acredita que a sociedade precisa vislumbrar os próximos vinte anos. "Não se pode picar a estrada eletrônica sob risco de o Brasil ser um país periférico", alertou. "Nossa função é criar redes nacionais e internacionais" Nos Estados Unidos, há mais de 300 mil chamadas ao 9-11 por dia, em busca de ambulância ou polícia, sendo que 50% delas vêm de telefones celulares.

T.C.

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Celular: operadoras descumprem novas regras

(Monitor Mercantil 25.06.2008 p. 5 Negócios)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) constatou que as novas regras de telefonia celular, que entraram em vigor no dia 13 de fevereiro de 2008, não estão sendo cumpridas. Segundo o superintendente de radiofrequência e fiscalização da Anatel, Edilson dos Santos, a constatação veio depois de um trabalho de fiscalização relâmpago, em que foram verificadas questões como o desbloqueio, a devolução de cobrança indevida e a publicidade nas lojas sobre os direitos do cidadão.Edilson dos Santos revelou que as nove operadoras de celular que atuam no país apresentaram falha quanto ao cumprimento das regras. "Instauramos nove processos administrativos para cada uma das operadoras. Esses processos estão em tramitação aqui na Anatel e espero que, o mais rapidamente possível, eles estejam sendo processados e julgados para punir as operadoras", disse.

Segundo ele, pela Lei Geral de Telecomunicações, as sanções para as operadoras vão desde de advertência à suspensão. Ele descartou a possibilidade de que as operadores tenham entrado em acordo para descumprir as regras. Não estamos vendo nesse sentido, mesmo porque se estivéssemos imaginando isso, outras providências já teriam sido tomadas. Na verdade, há um processo de transição entre a vigência do regulamento e a adequação das empresas para que possam estar atendendo essas regras", explicou.

A Anatel comprovou que um das regras que vem cumprida pelas operadoras é a do cancelamento da linha em até 24 horas. Se as empresas não cancelarem , com 24 horas, a pessoa passa a não pagar mais nada e, consequentemente, o prejuízo é para as operadoras, relatou o superintendente.

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A central de atendimento da Anatel, que recebe reclamações e sugestões de usuários de telefonia, funciona de segunda à sexta-feira, nos dias úteis, das 8h às 20h. O número é 0800 33 200.

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Megadiferenças da supertele: Um observador desatento poderia comparar a compra da Brasil Telecom pela Oi com a onda de concentração das Baby Bells, ocorrida nos EUA na década de 90.

(Estado de São Paulo 25.06.2008 p. B2 Economia)

Luis Cuza*

Um observador desatento poderia comparar a compra da Brasil Telecom pela Oi com a onda de concentração das Baby Bells, ocorrida nos EUA na década de 90. As discrepâncias, porém, saltam aos olhos. Em essência, nos EUA foi criado um ambiente de concorrência, o que nem de longe lembra o que acontece atualmente no Brasil.

Vale relembrar o que aconteceu nos EUA. Em 1974, o Departamento de Justiça (DoJ) abriu uma ação contra a AT&T, detentora das redes de acesso local, por práticas anticoncorrenciais nos mercados de chamadas locais, longa distância e de equipamentos. Após julgamento, em 1982, a empresa aceitou a proposta do DoJ e abdicou de seus 22 monopólios regionais, conhecidos por Baby Bells. Em 1984, estes se consolidaram em sete companhias independentes, as Bells regionais, que operavam apenas com serviços locais e intra-regionais. Importante notar que ainda havia outras empresas no setor, algumas operando simultaneamente os serviços locais e de longa distância.

Em 1994, as Bells solicitaram a anulação da proposta do DoJ, o que desencadeou a publicação da lei de 1996, que continha um forte conteúdo de estímulo à competição. A lei estabeleceu diversas obrigações, que foram efetivamente implementadas, das quais podemos destacar: a desagregação das redes, onde as concessionárias deveriam permitir a utilização de suas redes por outras empresas; a obrigação de revenda de seus serviços a preço de atacado; a portabilidade numérica, que permite ao consumidor a escolha de sua operadora sem mudar seu número de telefone; e a paridade numérica que não desencoraja o consumidor a mudar de empresa apenas pelo fato de ter de teclar dígitos adicionais para a sua utilização. A lei permitiu também a entrada das Bells regionais no mercado de longa distância.

Após a implantação desta forte base de instrumentos pró-competição, reforçados pela presença de uma extensa rede de TV a cabo, que compete diretamente com o sistema de telefonia e de outros prestadores competitivos, as condições já eram propícias à fusão entre concessionárias sem grandes prejuízos ao consumidor. De fato, em três anos, nove se consolidaram em quatro empresas. As operações ocorreram por meio de fusões e aquisições predominantemente intra-plataforma, ou seja, local com local, longa distância com longa distância.

Em suma, as diferenças são significativas. Em primeiro lugar, o processo de concentração das Bells só foi permitido após a garantia da presença de elementos pró-competitivos instituídos pela lei de 1996. Foi estabelecido um padrão de concorrência bastante elevado, reduzindo o potencial impacto negativo das concentrações.

Em segundo lugar, enquanto nos EUA os usuários de banda larga via cabo já são mais numerosos que os de telefonia fixa, no Brasil as redes concorrentes por esse sistema têm alcance geográfico restrito e as empresas que usam o satélite (DTH) focam em aplicações onde suas tecnologias significam um

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diferencial. Isso sem falar na presença de prestadores em várias áreas, que competem diretamente com as concessionárias de telefonia.

Em terceiro lugar, o ambiente regulatório brasileiro é pobre em concorrência. Não há ainda no País, e apesar de previstos na Lei Geral de Telecomunicações, vestígios de implantação efetiva de instrumentos de desagregação de redes, por exemplo. Os usuários nem sequer experimentam a forte queda de preços dos serviços que, por causa da rápida dinâmica tecnológica, vem sendo experimentada por consumidores de outros países. Este é um sintoma evidente da falta de concorrência.

Parece, portanto, absurdo comparar a operação de compra da Brasil Telecom pela Oi com as operações de reconcentração das Baby Bells norte-americanas. Mas ainda há tempo de aparar as megadiferenças que separam a nossa supertele daquele paradigma.

Os instrumentos legais disponíveis são suficientes para um avanço significativo no ambiente de competição do País. Está, portanto, ao alcance das políticas públicas e, especialmente, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a criação do ambiente de concorrência que poderia converter a operação em uma fonte eficiente que beneficie o usuário brasileiro, em defesa do verdadeiro interesse nacional. O momento atual oferece a oportunidade extraordinária para sanar os problemas regulatórios e de concorrência existentes no setor no País. Mas é preciso abrir os olhos para as megadiferenças da nossa supertele!

*Luis Cuza é presidente-executivo da TelComp

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Ligação Estatal: em meio à alteração da lei para se criar o maior grupo privado de telefonia do Brasil, acordo de acionistas da Oi-Brasil Telecom mostra que as grandes decisões da empresa

dependerão dos fundos de pensão(Revista Isto É n° 2016 – 25.06.2008 p. 100 -101)

Sérgio Pardellas

O governo tem feito de tudo para mudar a legislação e, assim, concretizar a fusão da Brasil Telecom com a Oi. Na visão do Palácio do Planalto, é preciso criar um grande grupo privado nacional no setor de telefonia com o objetivo de enfrentar, em pé de igualdade, os dois gigantes internacionais que atuam no Brasil, a Telefônica, da Espanha, e a Telmex, do México, dona da Embratel e da Claro. Mas, na prática, o que está nascendo não é propriamente um grupo privado. Embora formalmente não possa ser considerada uma empresa estatal, a supertele que deverá surgir estará fortemente atrelada ao Estado, graças aos termos previstos no acordo de acionistas que aprovou a fusão, em abril.

Segundo relatos dos envolvidos e documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, os fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros) terão um efetivo controle na nova empresa. Os três fundos consideram o setor de telefonia estratégico e não querem abandoná-lo nem perder a ascendência sobre decisões estratégicas, como, hoje, por exemplo, têm na Brasil Telecom. O novo acordo está redigido em um documento com 38 páginas e estabelece que temas relacionados a aquisições, definição de grandes investimentos e até à confecção do orçamento anual estarão submetidos aos chamados quóruns especiais, dos quais participarão, com voz ativa, todos os sócios. Quer dizer: essas decisões não dependerão necessariamente do núcleo que detém o controle da empresa - Andrade Gutierrez (19,34%), La Fonte (19,34%) e Fundação Atlântico

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(11,50%). Para decisões de grande relevância, será necessário o aval de pelo menos 66,67% da estrutura societária de controle da futura BrOi, formada por Andrade Gutierrez, La Fonte, BNDESPar, Fundação Atlântico e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef.

Quando os executivos se sentarem à mesa para discutir a distribuição de lucros e dividendos, por exemplo, será exigido um quórum mínimo de 70%. Definições sobre abertura ou fechamento de capital da companhia e alienação de ações só ocorrerão se passarem pelo crivo de 84% dos que assinaram o acordo de acionistas. Para especialistas no setor, a exigência de quórum elevado só aumenta o poder e a influência dos acionistas que não possuem os 50% mais 1 das ações, que é o caso dos fundos de pensão. Um dos instrumentos legais que conferem plenos poderes aos fundos é o que garante a eles, e também ao BNDESPar, exercer o direito de preferência de compra em caso de venda de ações. O dispositivo também é uma maneira de o governo evitar que, no futuro, a supertele possa cair nas mãos de estrangeiros.

AGENDA DA NEGOCIAÇÃO

O peso da participação dos fundos de pensão, liderados pela Previ, foi o último impasse nas negociações para a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (ex-Telemar). O negócio sempre sofreu forte resistência dos fundos de pensão de estatais que participam do controle das duas teles. Depois de ampliar seu poder na nova empresa eles avalizaram o negócio. A Previ, do presidente Sérgio Rosa, é a que terá mais assentos no novo conselho de administração. Há duas semanas, após pressões do governo, foi aprovada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a proposta de mudança no PGO (Plano Geral de Outorgas), que será submetida a consulta pública e é o primeiro passo para a aprovação oficial da fusão entre a Brasil Telecom e a Oi. "É um fato importante que coloca o Brasil na vanguarda de telecomunicações, tornando o País mais competitivo no setor, principalmente nos mercados da América Latina e África", diz o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

O texto aprovado passará por consulta pública para receber sugestões, a partir das quais a Anatel vai redigir a proposta final que será encaminhada ao presidente Lula. Concretizada a união, o novo grupo de telefonia já surgiria como o maior do setor, com 22,6 milhões de linhas fixas em funcionamento - 62% dos 36,5 milhões em todo o País -, 17 milhões de celulares em operação e um valor de mercado de quase R$ 34 bilhões. "A operadora quer crescer dentro e fora do País, tendo como meta atingir, em cinco anos, 110 milhões de clientes", afirma o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco.

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2016/artigo93550-1.htm

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TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO

Contas Públicas - Estados ainda devem unificação à Previdência: Prazo vence em 30 de junho e três Estados não aprovaram as respectivas leis

(Valor Econômico 25.06.2008 p. A14 Especial)

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Marta Watanabe, Sérgio Bueno, Ana Paula Grabois e Vanessa Jurgenfeld, De São Paulo, Porto Alegre, Rio e Florianópolis

Dos oito Estados que no início do ano estavam em situação pendente frente ao Ministério da Previdência porque não unificaram a gestão dos seus regimes previdenciários - Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina - três ainda não têm a lei aprovada. O Distrito Federal aprovou sua lei ontem à noite. O prazo para essa unificação - prevista na emenda constitucional que reformou a previdência em 2003 - acaba em 30 de junho, e a sanção é o bloqueio de transferências de verbas voluntárias da União para o respectivo Estado.

Entre os retardatários (RN, AL, MS), apenas dois estão em situação mais complicada: Alagoas e Rio Grande do Norte. O primeiro informa que não conseguirá cumprir o prazo e o segundo ainda não enviou seu projeto de lei de unificação para a Assembléia Legislativa. O Mato Grosso do Sul espera aprovar a lei esta semana ou antes que expire a validade de seu certificado de regularidade previdenciária.

Os demais Estados já aprovaram os projetos de lei para unificar a previdência do Estado, colocando sob o mesmo regime os funcionários dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Apesar da aprovação, Rondônia e Rio de Janeiro ainda não possuem todos os dados necessários para fazer a conta básica de qualquer sistema previdenciário: qual o gasto atual e o do futuro, qual o volume de contribuições de hoje e o de amanhã. No Amapá alguns cenários já chegaram a ser traçados, mas não se sabe ainda como evitar o déficit que deverá surgir em alguns anos. O Rio Grande do Sul já tem déficit representativo e ainda não conseguiu aprovar um projeto de aposentadoria complementar.

O Ministério da Previdência estabeleceu prazo até 30 de junho para que os governos estaduais e o DF aprovassem leis próprias reunindo a gestão e o pagamento dos aposentados e pensionistas. Quem não cumprir o prazo deixará de renovar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). Emitido pelo Ministério da Previdência, o documento é necessário para receber recursos voluntários da União.

Alagoas entrou na justiça - e por enquanto tem uma liminar que lhe é favorável - enquanto o Rio Grande do Norte espera enviar esta semana o projeto de lei à Assembléia. A situação do Estado é crítica porque a validade de seu certificado expira em 30 de junho, informa Nereu Batista Linhares presidente-substituto do Ipern, instituto de previdência potiguar. Segundo ele, os repasses voluntários federais são significativos para o Estado. "Nossa rede de saneamento é mantida com os recursos de convênios com a União."

Alagoas ainda não tem sequer projeto de lei para a unificação. Mesmo assim, Ortegal Jucá, presidente da AL Previdência, instituto de previdência do Estado, defende que o descumprimento do prazo não deverá impedir o envio de recursos voluntários pela União. Segundo ele, o Estado mantém o CRP com base em liminar judicial. "Temos o certificado com validade até dezembro de 2008."

Atualmente, a AL Previdência unifica apenas os funcionários dos três poderes aposentados a partir de 2005. Os anteriores têm os benefícios pagos separadamente e Jucá não sabe informar quantos aposentados estão nesse grupo e nem o déficit atual. Os pensionistas estão todos unificados e Jucá alega que o Estado ainda fará o recadastramento dos inativos.

No Rio Grande do Norte o pagamento dos aposentados dos três poderes é unificado, mas a gestão é separada. "A concessão das aposentadorias e controle do tempo de trabalho é feita separadamente. Inclusive cada poder arrecadada a contribuição e depois repassa os valores para o instituto de

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previdência", diz Nereu Linhares. Ele conta que um projeto de lei chegou a propor a unificação de gestão em 2005, mas foi questionado pelos magistrados e ainda não há decisão judicial definitiva. Segundo Linhares, o Estado possui 24 mil aposentados e um déficit mensal em torno de R$ 4 milhões.

Em muitos Estados, a mudança no regime previdenciário é importante para sanear as contas do Estado. Considerado pelo governo do Rio Grande do Sul como fundamental para o reequilíbrio das finanças públicas, ainda que num horizonte de longo prazo, o projeto de criação do regime de previdência complementar ainda espera pela apreciação da Assembléia. Até o fim de março governo ainda pretendia colocar o regime complementar na pauta em maio ou junho, mas com a crise política enfrentada pela governadora Yeda Crusius (PSDB) a partir de uma CPI sobre desvios de recursos do Detran já não há prazo previsto.

O projeto gaúcho determina um novo regime previdenciário. Hoje os servidores gaúchos recebem aposentadoria integral e a proposta do Executivo limita os benefícios dos que forem contratados após a aprovação da nova lei ao teto do regime geral de previdência social, de R$ 3.096. Quem quiser ganhar mais terá que contribuir com um adicional.

Os cálculos do governo indicam que mesmo com o novo regime o déficit da previdência gaúcha vai crescer até 2020, para só então iniciar uma trajetória descendente. Em 2007, a diferença entre benefícios pagos e contribuições recebidas pelo sistema chegou a R$ 4,6 bilhões, o equivalente a 18 vezes os investimentos públicos.

O tamanho do déficit ou a forma de resolvê-lo ainda continuam sendo incógnitas em outros Estados com previdência unificada. No Rio a lei foi aprovada em 11 de junho, mas segundo o presidente do RioPrevidência, o fundo de pensão do Estado, Wilson Risolia, os números só devem estar de fato unificados em 2009. Até o momento, o Estado do Rio paga os servidores do Tribunal de Contas, Ministério Público, Judiciário e Legislativo estaduais sem ter os dados abertos. O Estado só tem os valores dos salários, idade e tempo de serviço dos funcionários do poder Executivo. "Os demais poderes nos passam apenas o valor da folha. Não tínhamos como fazer o cálculo atuarial das aposentadorias futuras de todo do funcionalismo", diz.

Com a lei, Risolia prevê que até o final do ano terá todos os dados em separado, o que permitirá a realização da previsão dos gastos futuros com aposentadorias. Atualmente, o déficit atuarial do RioPrevidência corresponde a R$ 15 bilhões, mas Risolia diz que a diferença deve aumentar.

Em Santa Catarina, cuja lei de unificação foi aprovada neste mês, também já há um déficit. As contribuições previdenciárias somam R$ 40 milhões por mês enquanto as despesas chegam a R$ 120 milhões, com déficit de R$ 80 milhões coberto pelo Tesouro. Com a unificação, Santa Catarina terá dois regimes. Um deles é o fundo financeiro onde ficarão os servidores que hoje já trabalham e contribuem, além dos inativos. Outro é um fundo previdenciário para os que ingressarem no serviço público a partir da publicação da lei.

Em Estados mais novos, como Rondônia e Amapá, não há déficit ainda porque a quantidade de aposentados e pensionistas é baixa em relação aos funcionários ativos. A preocupação é com o futuro, quando crescer o número de inativos. Em Rondônia, onde já há lei de unificação aprovada, o cálculo atuarial com todos os inativos já unificados deve ser feito até o fim de julho. Os três poderes rondonienses reúnem hoje cerca de 4,5 mil aposentados e pensionistas. Com o desconto de 11% pago

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pelos servidores e 11% patrocinado pelo Estado, a receita do Iperon, fundo de previdência do Estado, é de R$ 12 milhões ao mês para uma despesa mensal de R$ 8 milhões com os benefícios.

Cálculos atuariais preliminares mostram, contudo, que será necessário aumentar a participação patronal e contar com outras fontes de financiamento para a previdência porque dentro de um ano e meio ou dois a receita gerada estará empatada com as despesas. Segundo César Licório, presidente do Iperon, a idéia é que o Estado aumente sua contribuição paulatinamente. O financiamento do déficit futuro é também um dos pontos em estudo no Amapá, Estado no qual os inativos já estão considerados unificados embora falte agregar ao regime único 32 funcionários que se aposentaram antes de 1999, quando foi criado o sistema com a união dos três poderes.

Segundo Ivana Contente Gonçalves, diretora de benefícios e fiscalização da Amprev, na previdência amapaense ainda há espaço para fazer caixa com a arrecadação de 23% sobre os salários - 11% dos servidores e 12% do Estado. O Estado paga R$ 587 mil mensais a 418 aposentados e pensionistas. Ivana diz que hoje a arrecadação cobre perfeitamente as despesas, mas deverá haver déficit em cerca de 30 anos. O governo já estuda formas de cobrir a diferença no futuro.

Distrito Federal aprovou lei ontem e Mato Grosso do Sul espera até dia 30

De São Paulo e Brasília

O Distrito Federal aprovou ontem o projeto de lei complementar que unifica seu regime previdenciário. A nova lei deve ser sancionada em 72 horas.

Na capital federal o projeto de lei cria o Iprev-DF, que deverá fazer a gestão única. O governo nomeou como responsável pela implantação do novo órgão o ex-deputado distrital Odilon Aires, atual presidente do Instituto de Saúde e Assistência do DF. Segundo ele, a centralização de todos os dados no novo órgão deverá levar, no máximo, um ano. Hoje, a gestão do sistema está dispersa entre governo, Tribunal de Contas e Câmara Legislativa do DF. O projeto resultou de acordo entre o governador José Roberto Arruda (DEM) e o Ministério da Previdência, em dezembro.

No Mato Grosso do Sul, Moacyr Roberto Salles, superintendente do MS-Prev, diz que o Estado cumprirá o prazo para não perder o CRP. Ele acredita que o projeto de unificação, enviado à Assembléia Legislativa no início do mês, será aprovado até o dia 30. O Estado tem total de 14,8 mil aposentados e pensionistas, que representam benefícios de R$ 600 milhões anuais com a reunião dos três poderes. Hoje eles ainda são pagos separadamente.

A lei em trâmite faz uma distinção de tratamento entre os aposentados até 2000, que não fizeram contribuições à Previdência, e os aposentados a partir de 2001. A gestão de todos deverá ser feita pelo MS Prev, mas os benefícios dos que se aposentaram até 2000 serão pagos com receitas do Tesouro. Os demais terão benefícios sustentados pelas contribuições. São atualmente 11% do servidor e contrapartida do Estado de 20%.

Salles diz que ainda não sabe qual parcela dos 14,8 mil funcionários são aposentados antes de 2001 e nem o valor de arrecadação para previdência. Segundo ele, os dados estão sendo levantados para elaboração do cálculo atuarial do novo sistema assim que a lei for aprovada. As contas devem ficar prontas 90 dias após a aprovação da lei de unificação. (MW e MI)

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Repasses podem ser cancelados em julho

Mônica Izaguirre

O Ministério da Previdência considerará irregular, a partir de 1º de julho, a situação de todos os Estados sem uma lei que centralize num único órgão a gestão do regime próprio de Previdência de seus servidores. O alerta foi feito pelo secretário de Políticas de Previdência Social do ministério, Helmut Schwarzer, diante da proximidade do fim do prazo para aprovação dessas leis, negociado com os governadores para 30 de junho.

A perda do prazo não impede que esses Estados venham a regularizar sua situação depois. O problema é que, a partir de julho, enquanto a lei estadual exigida não for aprovada e sancionada, eles não conseguirão mais renovar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), que vence a cada 90 dias. Emitido pelo ministério, o CRP é necessário para receber os repasses voluntários da União (verbas de convênio) e ter acesso a avais do Tesouro Nacional para contratação de empréstimos e a crédito de bancos federais.

A centralização da gestão dos regimes próprios da Previdência do setor público é uma exigência da reforma previdenciária promovida pela Emenda Constitucional 41, em 2003. Em alguns Estados e também na União, essa gestão, hoje, é descentralizada. Cada Poder cuida de recolher a contribuição de seus servidores ativos e pagar seus aposentados, o que dificulta o controle atuarial e a fiscalização do cumprimento de normas relacionadas à concessão de benefícios, para evitar abusos.

Em fins de 2007, o ministério negociou com os governadores o prazo de 30 de junho de 2008 para adaptação à Emenda 41, das 27 unidades da federação, nove ainda não tinham lei local centralizando a gestão dos respectivos regimes de previdência. Além do Distrito Federal, estavam na lista os Estados de Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina. Desde então, informa Helmut Schwarzer, somente Rondônia já encaminhou oficialmente ao ministério documento comprovando aprovação e sanção da lei exigida. Mas o secretário destaca que outros Estados também cumpriram a exigência e só não comunicaram ainda. Ele cita como exemplo Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Ainda que algum Estado se atrase um pouco, as conseqüências práticas da não aprovação da lei só serão sentidas na medida em que vencerem os atuais CRPs. O do Rio Grande do Sul, por exemplo, só precisa ser renovado em 6 de agosto. O do DF venceu dia 16 passado, mas, até o dia 30, o governo pode tirar outro, que valerá por mais três meses.

O caso mais complicado é o de Alagoas, cujo governo se recusou a assinar com o Ministério da Previdência termo de compromisso para providenciar a centralização exigida. O ministério vem renovando o CRP do Estado, mas exclusivamente por força de ordem judicial. O último CRP emitido para Alagoas vence em 11 de setembro.

O governo federal, por sua vez, planeja apresentar o projeto referente ao regime dos servidores da União até fim do ano. É que a exigência de um único órgão gestor vale para todos os entes da federação com regimes previdenciários próprios. Segundo Helmut, o mais provável é que, no caso da União, esse órgão seja uma nova secretaria, que seria criada no âmbito do Ministério da Previdência.

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No caso dos municípios, a exigência da Emenda 41 não abrange todos, pois a maioria não tem regime próprio, preferindo contribuir com o Regime Geral de Previdência Social, o mesmo dos trabalhadores do setor privado. Mesmo nos municípios com regime próprio, a centralização é mais fácil, pois só envolve Executivo e Legislativo, já que não existe Judiciário municipal.

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Arquivada ação do governo do Rio Grande do Sul contra cobranças do INSS(Correio Forense – 25.06.2008)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie determinou o arquivamento de Ação Cível Originária (ACO 1182) em que o governo do Rio Grande do Sul contesta cobranças do INSS, relativas a contribuições previdenciárias incidentes em folhas de pagamento da Secretaria da Agricultura do estado.

Segundo a ministra, o processo não é de competência do STF. Por isso, ela determinou o envio dele para a 2ª Vara Federal da capital gaúcha, onde foi originalmente ajuizado pelo governo do Rio Grande do Sul.

O processo subiu ao STF por determinação de magistrado daquela vara federal, sob o argumento de que a matéria seria de competência da Suprema Corte, em respeito à alínea ´f` do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal. Esse dispositivo determina que o STF é competente para julgar causas que envolvem conflitos federativos.

Ellen Gracie explica na decisão que o STF, ao interpretar o dispositivo, “não tem reconhecido a possibilidade de conflito federativo quando a controvérsia instaurada nos autos não caracteriza, por si só, ´conflito de interesses capaz de pôr em risco a harmonia federativa´”.

Ela disse não ver, na controvérsia entre o estado do Rio Grande do Sul e o INSS, “conflito apto a vulnerar os valores que informam o princípio federativo e a afetar o convívio institucional no âmbito da federação brasileira”.

Histórico O objetivo do governo gaúcho é suspender o pagamento desses créditos tributários ou impedir que o estado seja incluído no Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal), fato que inviabiliza o recebimento de verbas federais. No mérito, o governo gaúcho pretende que os créditos fiscais em benefício do INSS sejam anulados, alegando que eles são ilegais e estão em desacordo com parecer da Advocacia Geral da União (AGU) e da Procuradoria Federal.

http://www.correioforense.com.br/noticias/noticia_na_integra.jsp?idNoticia=32437

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TRIBUTÁRIO

Bebidas - Tributação vai considerar preço: Governo sanciona novo regime, que agradou pequenos fabricantes do setor

(Valor Econômico 25.06.2008 p. B6 Empresas)

Arnaldo Galvão

As fabricantes de cervejas, refrigerantes e outras bebidas frias serão submetidas a um novo regime tributário que considerará como base de cálculo a quantidade produzida e também os preços praticados no varejo. A adesão às novas normas da Lei 11.727, publicada ontem no Diário Oficial da União, não está condicionada à instalação de medidor de vazão. Essa é a conversão da polêmica Medida Provisória (MP) 413, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um único veto.

Segundo a mensagem do presidente, o Ministério da Fazenda defendeu o veto à obrigatoriedade de instalação do medidor de vazão porque essa exigência, aprovada pelo Congresso, poderia provocar "desequilíbrio concorrencial" se ocorresse atraso na operação desses equipamentos, o que é "contrário ao interesse público".

O veto não derruba as outras previsões legais que obrigam as indústrias do setor a submeterem-se aos medidores de vazão. Fontes do governo admitem que está sendo negociado um adiamento, para janeiro, da entrada em vigor do novo regime tributário. Além disso, o medidor de vazão seria substituído por um sistema chamado medidor de produção, que identificaria quantidade, marcas e embalagens.

Desde a publicação da MP 413, em 3 de janeiro, foi intensa a atuação dos "lobbies" do setor de bebidas no Congresso e no governo. A pressão aumentou quando os deputados aprovaram uma emenda que estabeleceu as mudanças na atual tributação. Pelas normas vigentes, as contribuições PIS e Cofins e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) têm como base de cálculo apenas a quantidade produzida.

Em 28 de maio, os senadores aprovaram, sem alterações, o texto do projeto de conversão da MP que veio da Câmara. Além das novas normas para bebidas, o governo tinha interesse na elevação, de 9% para 15%, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras, para compensar parte das perdas com o fim da CPMF.

Mas a sucessora da CPMF - a Contribuição Social para a Saúde (CSS) - cruzou o caminho do governo e da indústria de bebidas. Parte expressiva dos parlamentares do PMDB defendeu a mudança em bebidas e, sem os votos deles, o Planalto sabe que será difícil ganhar a votação dos destaques da CSS.

A Receita Federal também atuou contra o veto à mudança sobre as bebidas. Dois documentos da Receita, obtidos pelo Valor, foram levados ao Senado e rebateram os argumentos do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). Sem a alegação da abertura de uma brecha para os sonegadores, ficou enfraquecido o "lobby" das grandes indústrias para o veto à mudança.

O Valor procurou ouvir, sem sucesso, representantes do Sindicerv, da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir) e da Coca-Cola. A assessoria da AmBev limitou-se a comentar que a empresa aguardará a regulamentação das normas para avaliar seus impactos.

A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) afirmou em nota que, "para os pequenos produtores, o maior benefício que a MP 413 trouxe foi o pagamento com base no preço praticado e não mais por litro (...) o que dará condições para que as empresas invistam em negócios, aumentem o faturamento e criem empregos".

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Lei deixa as bolsas livres de aumento da CSLL (Valor Econômico 25.06.2008 p. D6 Eu& Investimentos)

Fernando Torres, Do Valor Online, de São Paulo

Foi sancionada anteontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na edição de ontem do "Diário Oficial da União" a lei 11.727 que, entre outras determinações, exclui as bolsas de valores e de futuros do aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 9% para 15%.

No início do ano, como forma de compensar a perda de arrecadação com extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo federal enviou uma medida provisória ao Congresso elevando a CSLL para as instituições financeiras.

No texto da medida, no entanto, o governo falava que a nova alíquota valeria para as entidades listadas no Artigo 1º da Lei Complementar número 105.

A Bovespa e a BM&F, no entanto, argumentaram que não deveriam ser enquadradas como instituições financeiras tradicionais que integram tal artigo, já que atuariam como prestadoras de serviço.

Com a redação publicada, ficam excluídas desta elevação as bolsas de valores de futuros e mercadorias, as administradoras de mercados de balcão organizados, como é o caso da Câmara de Custódia e Liquidação de títulos privados (Cetip), e as entidades de liquidação e compensação.

Ontem, as ações ordinárias (ON, com voto) da BM&F subiram 3,02%, para R$ 15,35. A ON da Bovespa Holdings ganhou 2,33%, para R$ 21,90. Como a medida deve aumentar o ganho da BM&F Bovespa, a bolsa divulgou ontem fato relevante sobre a mudança.

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Posição - Doações e subvenções sujeitas a tributação: Receita do RS abre precedentes para que órgão passe a cobrar Imposto de Renda e CSLL de incentivos governamentais

(Jornal do Commercio 25.06.2008 p. B9 Direito & Justiça)

GISELLE SOUZADO JORNAL DO COMMERCIO

Tem causado preocupação nas grandes companhias a resposta da Superitendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul a uma consulta de empresa local quanto à tributação de doações governamentais e subvenções de investimentos. O escritório Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, por exemplo, foi procurado por três empreendimentos interessados em saber quais seriam as medidas possíveis no caso de o entendimento vir a ser adotado em âmbito nacional. A posição do órgão, publicada no Diário Oficial, é de que incidem, sobre esses valores, os 34% de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).

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O tributarista Luiz Felipe Gonçalves de Carvalho, sócio da banca, explicou que as doações ou subvenções eram creditadas como reserva de capital no patrimônio líquido das companhias. Com a Lei 11.638, aprovada em dezembro do ano passado, o procedimento foi alterado. A norma, que modificou a Lei das Sociedades por Ações, estabeleceu que esses valores passassem a ser registrados como resultado.

A dúvida da empresa gaúcha era se essa modificação implicaria na inclusão desses incentivos no lucro que serve base de cálculo dos tributos. A resposta da Receita é de que não há mais nenhum dispositivo assegurando a exclusão das doações e dos incentivos da base de cálculo do IRPJ. "A partir de 1º de janeiro, doações feitas pelo Poder Público obrigatoriamente serão registradas pelas pessoas jurídicas donatárias como receitas líquidas do período a que competirem, não havendo previsão legal para sua exclusão do lucro líquido para apuração do lucro real", manifestou-se o Fisco.

Por enquanto, a posição da Receita do Rio Grande do Sul só vale para aquele Estado. O receio das companhias, porém, é de que superitendências de outras regiões passem a adotar o mesmo entendimento, ou mesmo que a coordenação da Receita, em Brasília, venha a normatizá-lo. Segundo Luiz de Carvalho, uma saída para as empresas, no caso de isso realmente ocorrer, seria ingressar no Judiciário com mandado de segurança preventivo.

critério contábil. De acordo com o advogado, "ao condicionar a não tributação da subvenção ou doação governamental ao seu registro em reserva de capital, o legislador apenas se valeu do critério contábil então previsto na legislação para assegurar que tais recursos fossem mantidos no patrimônio da companhia beneficiadas, que ficaria obrigada a utilizá-los tão somente no desenvolvimento de sua atividade".

Outra solução seria a inclusão desses benefícios na reserva de incentivo fiscal. Segundo o advogado, o artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações abre brecha para que "as subvenções para incentivos ou doações governamentais sejam registradas em reserva de incentivo fiscal, que, em razão de poderem ser excluídas do cálculo do dividendo obrigatório, atendem à condição imposta pela legislação tributária para a sua não tributação pelo IRPJ".

Na avaliação de Luiz de Carvalho, o posicionamento da Receita gaúcha é um retrocesso. "Nenhum sentido teria o governo fazer doações a pessoas jurídicas ou subvencioná-las para, em seguida, tributar os respectivos recursos. Exemplo mais evidente desse descalabro é o das reduções de IR que pessoas jurídicas usufruem por estarem em áreas que necessitam ser incentivadas. Como tais reduções configuram subvenções para investimento, a tributação dessas, pelo IR, tornaria inócuas aquelas", afirmou.

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CSS, um projeto de lei inconstitucional(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A9 Política)

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei manifestamente inconstitucional. Trata-se da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), agora com o apelido de Contribuição Social para a Saúde (CSS), incluída no bojo do projeto que cuida da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 13.09.2000, que criara vinculações orçamentárias destinadas à saúde. Parece-nos que a Contribuição Social para a Saúde (CSS), em discussão no Congresso Nacional, é inconstitucional por conflitar com o art. 154, I, combinado com o art. 195, § 4º, da Constituição, que proíbem a instituição de tributo cumulativo (imposto ou contribuição social para a seguridade) mediante

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lei complementar. A cumulatividade do novo tributo decorre das inúmeras incidências sobre as mesmas bases de cálculo, que, afinal de contas, se sintetizam no patrimônio do contribuinte, repetidamente agredido pela cobrança exacerbada. No sistema da seguridade (previdência, assistência social e saúde) a instituição de contribuições já previstas na Constituição (sobre o faturamento ou a receita, o lucro e a receita de concursos de prognósticos) pode se fazer por lei ordinária; outras fontes não nomeadas em normas constitucionais, destinadas a garantir a manutenção ou a expansão da seguridade social, todavia, deverão ser instituídas por lei complementar, desde que sejam não-cumulativas e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos (art. 154, I, da CF). Prevaleceu, entretanto, na Câmara dos Deputados, a inusitada interpretação do Relator do PLP 306/2008, jamais adotada pelo Supremo Tribunal Federal, de que às contribuições só se aplica parte do dispositivo constitucional (não ter o novo tributo fato gerador e base de cálculo próprios de impostos), mas não a vedação de cumulatividade. A nosso ver é tão importante vedar a superposição de tributos quanto proibir a cumulatividade de impostos ou contribuições. Quando o Governo Federal resolveu recriar o tributo provisório sobre movimentação financeira, por insistência do ex-Ministro da Saúde, Dr. Adib Jetene, utilizou-se sucessivamente de várias emendas constitucionais (nos 12/96, 21/99, 37/02 e 42/03) com a intenção nítida de ladear a proibição constitucional de exercício da competência residual da União mediante a criação de tributos cumulativos. A EC 37/2002, ao prorrogar a CPMF, introduziu a não-cumulatividade com referência a alguns aspectos do anômalo tributo, o que, todavia, não foi suficiente para retirar a nódoa de cumulatividade que o marcava. Se não fosse necessária a emenda constitucional os últimos governos brasileiros não teriam recorrido ao instrumento legislativo mais complexo, sujeito a quórum maior. É claro que a simples alteração do nome do tributo, de CPMF para CSS, não justificaria a perda da sua estatura constitucional. A contribuição sobre a movimentação financeira era exação anômala no sistema tributário, sem paralelo de monta no direito comparado e foi em boa hora extirpada do nosso ordenamento. O próprio fato de ter sido instituída provisoriamente e também provisoriamente prorrogada já denotava a insegurança do legislador no introduzir no Brasil incidência tão bizarra. O seu retorno ao sistema tributário brasileiro, sobre representar um retrocesso, pelo desnecessário aumento da carga tributária, ainda exibe sério déficit de legitimidade constitucional.

* Presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF)

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Barreira constitucional para criação da CSS: O governo, como dependente químico de tributos, precisa cada vez de mais tributos para saciar seu vício

(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A10 Direito Corporativo)

O projeto de criação de uma nova CPMF por lei complementar esbarra, a meu ver, em barreiras jurídicas, que me parecem intransponíveis. Pretende, o governo, no projeto enviado, instituir uma contribuição nova à luz do parágrafo 4º do art. 195, assim redigido: "parágrafo 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I". Remete o dispositivo para o artigo 154, inciso I, cuja dicção é a seguinte: "Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição". Por outro lado, ao considerar constitucional a LC 84, que conformou a contribuição para autônomos, o STF declarou, no RE 228.321-0 do Rio Grande do Sul, que a contribuição poderia ter base de cálculo e fato gerador idênticos a de impostos. Nesse julgado, não se cuidou da "não cumulatividade". Embora para mim as "outras fontes" a que se refere o § 4º só possam ser "impostos vinculados" - pois o próprio

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artigo 195 declara que a seguridade seria financiada "pelas seguintes contribuições", e as elenca todas, razão pela qual as outras fontes só poderiam ser impostos, e não contribuições, daí decorrendo a referência ao art. 154, inciso I - não insistirei nessa exegese. Ficarei com a inteligência do STF. A referida decisão não cuidou, todavia, do princípio da "não cumulatividade". Este independe da natureza do tributo. É obrigatório para determinados impostos (IPI e ICMS) e facultativo para outros tributos, lembrando-se que o PIS e a Cofins são também não-cumulativos. Ora, para o exercício de sua competência residual na criação de novos tributos, impostos ou contribuições, o artigo 154, inciso I impôs à União observar "a não cumulatividade" e utilizar a "lei complementar", razão pela qual a referida decisão é imprestável para o caso da CSS, pois o tema da "cumulatividade" nela não foi tratado. Outro aspecto relevante é que remanescem, apenas, dois ministros dos que proferiram aquele acórdão, tendo um deles (Marco Aurélio) considerado a lei inconstitucional e o outro (José Celso de Mello), não comparecido à sessão. Vale dizer, não há, no momento, nenhum ministro comprometido com a decisão então proferida, a favor da constitucionalidade da criação de um novo tributo cumulativo, e pelo menos um deles comprometido está com a sua inconstitucionalidade. Creio, portanto, que, fatalmente, se aprovada esta acintosa contribuição – o adjetivo é da Folha de S. Paulo, em editorial-, a oposição recorrerá ao Pretório Excelso, tendo eu a esperança de que a Corte declarará inconstitucional a nova imposição - que desatende o art. 154, I da CF - criada por um governo que não cansa de bater recordes de arrecadação e que, como dependente químico de tributos, precisa cada vez de mais impostos e contribuições, para saciar seu vício incorrigível. kicker: O governo, como dependente químico de tributos, precisa cada vez de mais tributos para saciar seu vício

Ives Gandra da Silva Martins - Professor e presidente do Centro de Extensão Universitária (CEU

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Mercado - BM&F Bovespa fica livre de alíquota maior da CSLL(Folha de São Paulo 25.06.2008 p. B13 Dinheiro)

TONI SCIARRETTADA REPORTAGEM LOCAL

A BM&F Bovespa ficou livre de recolher a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) na alíquota de 15%, como os bancos, empresas de seguros, capitalização e outras instituições do sistema financeiro.O texto da lei sancionada na segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faz menção às Bolsas que, assim, deverão recolher a contribuição de 9%, segundo a própria BM&F Bovespa."Estão excluídas do aumento de 9% para 15% as entidades administradoras de mercado de balcão organizado, as Bolsas de valores e de mercadorias e futuros, e entidades de liquidação e compensação", afirma em nota.Em janeiro, o governo decidiu aumentar a CSLL para instituições financeiras, para cobrir a perda de arrecadação com o fim da CPMF. Desde então, havia dúvida se as Bolsas seriam consideradas ou não instituições financeiras.O mercado financeiro descobriu tardiamente que as Bolsas também deveriam recolher a contribuição na alíquota maior e penalizou os papéis tanto da BM&F quanto da Bovespa Holding em janeiro e fevereiro.Ontem, dia em que o Ibovespa recuou 0,71%, as ações da BM&F subiram 3,02% e as da Bovespa Holding, 2,33%.

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Tributos - Setor elétrico apresenta sugestões para reforma(Gazeta Mercantil 25.06.2008 p. A6 Política)

Representantes de associações do setor elétrico entregaram ontem ao relator da reforma tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO), uma série de sugestões para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 233/08, o projeto de reforma tributária.

Entre as sugestões, está a que pede a vedação constitucional do cálculo "por dentro". Usado hoje no ICMS, esse cálculo é o que inclui na base de cálculo do tributo para um bem ou serviço o próprio tributo. Os empresários também querem que a Constituição defina o que é cumulatividade e que o IVA federal seja submetido ao princípio da anterioridade tributária, que exige prazo mínimo para vigência de um novo tributo.

O relator da reforma, Sandro Mabel (PR-GO), afirmou que não terá como atender uma parte, como a exclusão do cálculo por dentro. O setor elétrico tem uma receita anual de R$ 100 bilhões e alega que mais de 35% de seu faturamento é gasto em tributos. Mabel deverá entregar seu relatório na próxima terça-feira.

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Lei Rouanet pode abranger inclusão social de crianças(Câmara – 24.06.2008)

O Projeto de Lei 2948/08, do deputado Valadares Filho (PSB-SE), estende os benefícios do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), regulados pela Lei Rouanet (8.313/91), aos artistas locais e regionais que desenvolvem atividades voltadas para alunos do ensino básico, em escolas sem fins lucrativos ou em projetos de inclusão social de crianças, promovidos por entidades também sem fins lucrativos.

A intenção, segundo o autor, é permitir que essas escolas e entidades recebam doações estimuladas pela Lei Rouanet (que podem ser deduzidas do Imposto de Renda) para contratar artistas e promover a divulgação da cultura local entre as crianças e os adolescentes.

Valadares Filho afirma que o projeto atrairá investimentos de pequenos e médios estabelecimentos comerciais e industriais. Além disso, o deputado acredita que a proposta possa fortalecer os valores artísticos e culturais e promover a integração dos jovens à comunidade artística. "Os jovens das comunidades carentes terão contato direto com o mundo das artes, desenvolvendo seus talentos, e poderão, no futuro, explorar economicamente suas habilidades artísticas", disse.

TramitaçãoO projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Íntegra da proposta:- PL-2948/2008

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=123966

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Taxa de franquia na base de cálculo do ICMS É Inconstitucional(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

Paula Maranhão de Aguiar Bove

Protocolos de alguns estados das regiões Sul e Sudeste do país são inconstitucionais por incluir indevidamente na base de cálculo do ICMS as taxas de franquia, aumentando de forma significante a carga tributária dos franqueadores.

As taxas de franquia não devem ser incluídas na base de cálculo do ICMS, uma vez que englobam não apenas os valores das mercadorias fornecidas pelos franqueadores aos seus franqueados, mas também os royalties pagos e uma verba destinada ao fundo de propaganda das redes franqueadas.

O regime de substituição tributária está previsto na Constituição Federal em seu artigo 150, parágrafo 7º, introduzido pela Emenda Constitucional 03/2003, e pode ser definido como uma modalidade de responsabilidade tributária de terceiros. Este terceiro (substituto) é pessoa vinculada indiretamente ao fato gerador do crédito tributário que será escolhido como responsável pelo recolhimento do imposto que incidirá na cadeia produtiva.

O artigo 6º da Lei Complementar 87/96, com redação dada pela Lei Complementar 114/02, regula a matéria do ICMS deixando a cargo da legislação estadual a escolha do substituto para cada caso. No caso específico da substituição tributária progressiva do ICMS, as leis estaduais elegem, em geral, como responsável pelo recolhimento do tributo incidente nas operações futuras o industrial, fabricante ou produtor, por ser quem encabeça a longa cadeia de circulação de mercadorias.

De acordo com o Protocolo ICMS 92/07, firmado entre os estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, e Protocolo ICMS 101/07, firmado entre São Paulo e Rio Grande do Sul, os importadores e fabricantes de cosméticos, perfumarias, artigos de higiene pessoal e toucador estarão sujeitos ao regime de substituição tributária progressiva nas operações internas e interestaduais.

A base de cálculo do ICMS é composta por diversos elementos, sendo regra geral o valor da mercadoria acrescido de seguro e frete e demais impostos.

O cerne da questão e que traz a inconstitucionalidade perpetrada nos referidos protocolos, é que neste caso os estados incluíram indevidamente na base de cálculo do ICMS as taxas de franquia.

A adoção destes valores como parcela da base de cálculo do ICMS é inconstitucional, de modo que deve ser discutida pelos contribuintes. Cabe destacar, que existem fundamentos de peso para amparar estas ações, sendo perfeitamente possível se obter sucessos nas demandas.

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Esse sistema de arrecadação já está em vigor desde início de fevereiro, e os franqueadores que não atuarem de acordo com os protocolos estará sujeito à lavratura de autos de infração e demais penalidades.

Paula Maranhão de Aguiar Bove é advogada tributarista do escritório Correia da Silva Advogados e especialista em Direito Tributário pela PUC-SP - [email protected]

http://www.noticiasfiscais.com.br/artigos1.asp?preview=18704&data=25/6/2008

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O ICMS referente a créditos constituídos ao longo da cadeia produtiva(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

As indústrias gaúchas do setor de alimentação - incluindo cooperativas e empresas - em muitos casos estão deixando de aproveitar corretamente o ICMS referente a créditos constituídos ao longo da cadeia produtiva. As providências para esse aproveitamento podem retroagir cinco anos. A avaliação é do advogado tributarista gaúcho Romeu João Remuzzi. O direito está previsto na legislação, mas a grande maioria das cooperativas e empresas não fazem uso dele. "Existe muito ICMS enterrado e que está pesando nos custos, sem que para isto houvesse necessidade", afirma o advogado. "O adequado aproveitamento dos créditos referidos é um caminho legal para a redução dos custos e maximização da rentabilidade dessas indústrias", completa Remuzzi.

http://www.noticiasfiscais.com.br/administracao1.asp?preview=18705&data=25/6/2008

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Publicada lei que prorroga regime tributário para modernização da estrutura portuária (Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

Com o nova legislação, as vendas de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado interno ou a sua importação, ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto de Importação.

O dispositivo se aplica a compras no mercado nacional ou internacional diretamente pelos beneficiários do Reporto e destinados à utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, na execução dos serviços de dragagem e nos Centros de Treinamento Profissional, na execução do treinamento e formação de trabalhadores.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18695&data=25/6/2008

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Microempresas podem ser isentas de tributos federais(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP) 267/08, do deputado Silas Câmara (PSC-AM), que isenta as micro e pequenas empresas de tributos federais incluídos no Simples Nacional por um período de quatros anos, a partir de sua abertura. De acordo com Silas Câmara, o objetivo da proposta é "assegurar a maturação do empreendimento e o incentivo à geração de empregos".

Nos termos do projeto, as micro e pequenas empresas serão dispensadas de recolher os seguintes tributos:- Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ);- Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep);- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); - Contribuição para a Seguridade Social a cargo da pessoa jurídica - contribuição previdenciária patronal.

TramitaçãoO projeto está sujeito à votação do Plenário, mas antes será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18693&data=25/6/2008

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Proposta institui IR sobre distribuição de lucros(Res. Notícias Fiscais – 25.06.2008)

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3007/08, do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), que determina que pessoas físicas e jurídicas que recebam lucros e dividendos de empresas paguem o Imposto de Renda (IR) incidente sobre esse valores. Hoje, a empresa paga o IR na apuração do lucro, mas seus sócios são isentos do tributo na distribuição do lucro.

Como pessoa física, o sócio residente no Brasil estará sujeito a alíquotas de 15% ou 27,5% de IR. Caso o sócio seja domiciliado no exterior, a alíquota do IR será sempre de 15%.

O objetivo da proposta, segundo Chico Alencar, é favorecer o Balanço de Pagamentos brasileiro, já que os sócios remetem lucros ao exterior sem pagar impostos. "Nunca na história as multinacionais instaladas no Brasil enviaram tanto dinheiro ao exterior. Conforme dados do Banco Central, as montadoras enviaram 2,702 bilhões de dólares (cerca de R$ 4,3 bilhões) às sedes no ano passado", disse.

"Essa isenção, longe de beneficiar a economia do País, é mais um estímulo à sangria de recursos para o exterior, além de propiciar enorme vantagem para o país receptor do lucro ou dividendo, que passa a

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dispor da prerrogativa de cobrar o imposto na sua totalidade, e não mais compensando-o com o que tiver sido pago no Brasil", explica Alencar.

TramitaçãoO projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:- PL-3007/2008

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18691&data=25/6/2008

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