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CLIPPING DE 21/07/2016 - Governo age para impedir cartel nas novas concessões - Cemig avalia ceder o controle da Light para novos investidores - Corte de incentivo fiscal pode parar na Justiça - "Job crafting": a nova revolução no trabalho - Projeções melhoram e barril pode chegar a US$ 60 em 2017 - Tata planeja enfrentar dificuldades aliando-se ao grupo ThyssenKrupp - Preços de locação e venda de escritórios mantêm queda - Eficiência e qualidade para casos de insolvência - MPs de Temer podem levar TCU a mudar julgamento de Dilma - Reforma trabalhista vai prestigiar a negociação coletiva - Decisão da ANP flexibiliza regras de conteúdo local para petroleiras

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CLIPPING DE 21/07/2016

- Governo age para impedir cartel nas novas

concessões

- Cemig avalia ceder o controle da Light para novos

investidores

- Corte de incentivo fiscal pode parar na Justiça

- "Job crafting": a nova revolução no trabalho

- Projeções melhoram e barril pode chegar a US$ 60

em 2017

- Tata planeja enfrentar dificuldades aliando-se ao

grupo ThyssenKrupp

- Preços de locação e venda de escritórios mantêm

queda

- Eficiência e qualidade para casos de insolvência

- MPs de Temer podem levar TCU a mudar julgamento

de Dilma

- Reforma trabalhista vai prestigiar a negociação

coletiva

- Decisão da ANP flexibiliza regras de conteúdo local

para petroleiras

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- PETROBRAS ANUNCIA VENDA DE CAMPOS DE

PETRÓLEO EM SERGIPE

- FUNDO QUE GARANTE OBRA TERÁ APORTE DO

GOVERNO

- BELO MONTE INICIA OPERAÇÃO COMERCIAL DE

NOVA TURBINA NO PARÁ

- Brasil tem a maior taxa de juro real do mundo

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Governo age para impedir cartel nas novas concessões

Por Daniel Rittner e Murillo Camarotto

O governo pretende agir com firmeza

contra a formação de carteis nos próximos

leilões de infraestrutura. Pelo menos três

iniciativas estão definidas para buscar

maior concorrência nas futuras concessões:

prazos dilatados e "road shows" para atrair

investidores estrangeiros, regras palatáveis

para a participação de grupos de médio porte

e o envolvimento direto do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

no desenho dos editais.

Em entrevista ao Valor, o secretário--

executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco,

observou que as propostas vencedoras dos leilões realizados no governo da

presidente afastada Dilma Rousseff ficaram excessivamente concentradas em

poucos grupos. "Isso gera desconfiança", afirma Moreira, ex-ministro da

Secretaria de Aviação Civil e um dos auxiliares mais próximos do presidente

interino Michel Temer.

Uma das decisões já tomadas é dar mais tempo entre a publicação dos editais

e a realização dos certames. Nos leilões de petróleo e gás, o intervalo pode

chegar a um ano. Nas rodovias, serão 90 dias antes trabalhava-se com um

mês. "Os prazos não serão tão exíguos como eram no passado", diz o

secretário. Na tentativa de buscar capital externo, ele identifica até uma falha

básica nos leilões passados: as regras só eram publicadas em português. Tudo

agora terá uma versão em inglês.

Em uma postura que marca diferença com a gestão anterior, Moreira afirma

que o Cade será procurado formalmente para opinar sobre medidas para

afastar o risco de cartel. Não se trata de um procedimento exigido por lei, mas

a ideia é garantir um ambiente de concorrência nos leilões. "Nós pegamos os

1ª PARTE: 21/07/2016

Moreira Franco, secretário-

executivo do PPI: os prazos dos

novos leilões "não serão tão

exíguos como no passado"

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atores nas mais diferentes áreas [de concessões feitas por Dilma] e você

identifica que são os mesmos.

" Para viabilizar a entrada de empresas menores, algumas ações estão em

curso. Uma delas é diminuir o aporte de capital no início dos contratos, com

duplicações de rodovias inteiras em até cinco anos. Essa exigência uma das

cláusulas pétreas do modelo adotado por Dilma foi eliminada e as obras

passarão a ser executadas por gatilho, ou seja, conforme evoluir a demanda.

Outra flexibilização ocorrerá no pagamento dos aeroportos, com cinco anos de

carência na outorga os investimentos obrigatórios se concentram na fase

inicial dos contratos.

Dessa forma, acredita-se que os projetos possam ser mais facilmente

financiados e isso incentive a montagem de consórcios formados não apenas

pelas gigantes da construção. Um caso tido como emblemático é o da MGO,

responsável pela administração da BR050, entre Minas Gerais e Goiás.

Formada por dez construtoras com experiência na prestação de serviços para

o governo, a concessionária tem os melhores indicadores de execução da

última leva de contratos.

Moreira tenta domar as expectativas sobre os próximos passos das

concessões. A intenção, segundo ele, é evitar os mesmos erros atribuídos ao

Programa de Investimentos em Logística (PIL) no governo Dilma: remendos

sucessivos no modelo que despertam incertezas entre potenciais investidores.

"Estamos ouvindo, conversando e evitando declarações oficiais. Quando se

fala publicamente, passa a ser verdade e gera um clima que caracteriza o

programa de concessões no governo passado: mudanças constantes de regras

e insegurança enorme.

" A primeira reunião do conselho do PPI, presidido por Temer, está agendada

para o dia 5 de agosto. Se tudo der certo, o encontro terá uma definição da

carteira de projetos a ser oferecida. O anúncio oficial pode ocorrer em meados

de agosto, antes da votação do impeachment de Dilma pelo Senado. Em caso

de efetivação no cargo, o pemedebista faz planos de levar à China o cardápio

de obras no plano de concessões. Ele pretende ir ao país asiático para a

cúpula do G20, no início de setembro, e pensa em aproveitar essa viagem para

vender os projetos de infraestrutura aos estrangeiros.

O governo quer que as linhas gerais do novo arcabouço de regras contemplem

todos os modais de infraestrutura, com as particularidades de cada projeto

sendo tratadas diretamente nos editais. A tendência é que a modelagem seja

regulamentada em uma medida provisória cujo texto está em fase final de

elaboração pela equipe do PPI.

Apesar do desejo de movimentar todos os segmentos, o governo tem em

mente uma ordem hierárquica para os próximos leilões. A lista é encabeçada

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pelos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis. Na

sequência aparecem as rodovias, os empreendimentos de energia elétrica, os

blocos de petróleo e gás natural e os terminais portuários. Estão mais

atrasados os procedimentos para licitações de ferrovias e de projetos de

saneamento básico.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Cemig avalia ceder o controle da Light para novos investidores

Por Rodrigo Polito e Camila Maia

A estatal mineira Cemig avalia a possibilidade de abrir mão do bloco de

controle da Light, distribuidora de energia que atende a região metropolitana do

Rio de Janeiro. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a

estratégia, ainda preliminar, faz parte dos planos da estatal mineira de vender

ativos e reduzir seu nível de endividamento, que vai privilegiar, em um primeiro

momento, a alienação de ativos que não fazem parte da atividade fim do grupo

(geração, transmissão e distribuição de energia).

"A Cemig está vendo que tem um bom negócio. Vai manter a participação na

Light, mas como minoritária", afirmou a fonte.

A Cemig detém 26% de participação direta

na distribuidora e 25% no Parati, veículo de

investimentos que possui outros 26% na

companhia elétrica fluminense e que

completa o bloco de controle. Os outros

acionistas do Parati são BTG Pactual

(10,72%), Banco do Brasil (21,44%),

Santander (21,44%) e BV Financeira, do

grupo Votorantim (21,49%) que formam o FIP Redentor.

O Valor apurou que pelo menos três grandes empresas de energia têm

interesse em adquirir participação na Light, cujo valor de mercado é da ordem

de R$ 3 bilhões: a brasileira Equatorial, a italiana Enel e a chinesa State Grid.

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A Equatorial chegou a iniciar conversas com a Cemig em 2015, quando o FIP

Redentor informou à companhia mineira, em setembro daquele ano, que

exerceria a opção de venda de sua participação no Parati. A medida obrigaria a

Cemig a comprar ou encontrar um comprador para a participação de 19,54%

do fundo na Light.

O negócio, porém, não avançou na época principalmente porque a estatal

mineira não queria abrir mão do controle da Light e a Equatorial só iria adquirir

o ativo se pudesse participar do bloco de controle. Segundo uma fonte com

conhecimento do assunto, a Light ainda está "no radar" da Equatorial, todavia

não há uma proposta na mesa.

Já a Enel busca aquisições de bons ativos do setor elétrico, entre eles

distribuidoras. Conta a favor da empresa o grande potencial de sinergia das

atividades da Light e da Ampla, distribuidora da italiana que atende a região

metropolitana e o interior do Rio de Janeiro.

A State Grid também quer ampliar sua participação no setor. Não se sabe,

porém, se a chinesa faria o movimento diretamente ou por meio da CPFL

Energia caso venha a assumir o controle total , que tem sido a principal

consolidadora da área de distribuição no país nos últimos anos. Neste mês, a

State fechou acordo para adquirir a fatia de 23,6% da Camargo Corrêa na

CPFL, por R$ 5,85 bilhões, com possibilidade de estender a oferta para os

demais integrantes do bloco de controle, pelo mesmo valor oferecido à

construtora.

De acordo com outra fonte, porém, qualquer movimentação relativa à Light não

deve ocorrer no curto prazo. Isso porque a Cemig está mais concentrada no

momento em vender participações em ativos de geração, entre eles a Renova

Energia, empresa da qual possui 34,15% do capital.

A Cemig tem negado que pretenda se desfazer do controle de ativos

considerados "estratégicos", como são Light e da Renova. No entanto, é de

conhecimento no mercado que a estatal mineira busca um comprador para a

Renova.

A empresa precisa se desfazer de ativos para equacionar sua situação

financeira e reduzir o elevado endividamento. A estatal mineira tem mais de R$

11 bilhões em dívidas vencendo até 2018 e um programa de investimentos

significativo. No fim de março, a relação entre dívida líquida e Ebitda da Cemig

tinha subido para 4,39 vezes, ante 2,4 vezes no fim de 2015.

Os problemas da Renova se intensificaram depois que a empresa encerrou um

acordo bilionário para venda da carteira de projetos para a americana

SunEdison, em novembro do ano passado. O acordo também previa que a

SunEdison ficaria com a participação da Light na Renova, de 15,9%. A Renova

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iria vender uma carteira de projetos de 2.204,2 megawatts (MW) em

capacidade à americana, por um total de R$ 13,4 bilhões, que seriam pagos

em ações da TerraForm Global, veículo liderado pela americana que fez sua

estreia no mercado em agosto de 2015.

Procurada, a Cemig informou que não comenta o assunto.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Corte de incentivo fiscal pode parar na Justiça

Por Marina Falcão

A criação dos fundos estaduais de equilíbrio fiscal (FEEFs), que na prática

reduzem em 10% os incentivos fiscais de ICMS para aliviar o caixa dos

Estados, é controversa no meio jurídico e pode gerar uma avalanche de ações

contra o poder público. As empresas devem apelar para o argumento de

inconstitucionalidade da medida, que estaria ferindo o princípio do direito

adquirido enquanto os Estados tentam transferir para a iniciativa privada a crise

das contas públicas.

Segundo Ricardo Varejão, sóciotitular de direito tributário da Queiroz

Cavalcanti Advocacia, de Recife, o Código Tributário Nacional só permite que

os Estados retirem benefícios fiscais que tenham sido concedidos por prazo

indeterminado. Não é caso da maioria das empresas, que receberam desconto

no ICMS mediante prazo limitado e cumprimento de exigências e

contrapartidas.

Varejão prevê um "cenário de beligerância" entre empresas e Estados por

conta da criação dos fundos, começando no Nordeste onde os três maiores

Estados (PE, BA e CE) já aprovaram as mudanças.

Para Carlos André Pereira de Lima, especialista em direito tributário do

escritório Da Fonte Advogados, a legislação que institui o fundo nos Estados

tem vícios que ferem o princípio do direito adquirido. "Estão tentando

transformar o Confaz num guarda-chuva de legalidade. Não é porque o Confaz

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autorizou que a lei deixa de ser inconstitucional. Não está prevista na

Constituição contribuição do empresário para crise econômica do Estados",

afirma o advogado. Segundo Lima, muitos clientes já autorizaram o escritório a

preparar ações contra o Estado de Pernambuco. "Estamos nos preparando,

porque simplesmente não pagar pode deixar a empresa ameaçada de perder

todo o incentivo", diz.

Presidente do Consórcio Nacional de Secretarias da Fazenda (Consefaz),

André Horta, que faz parte do Conselho de Política Fazendária (Confaz), diz

que "desconhece matéria contenciosa" a respeito do fundo. Ele afirma que o

convênio do Confaz foi criado com base em uma experiência prévia, de três

meses, que funcionou no Estado de Goiás. "Evidentemente, a área tributária é

prolixa em discussão jurídica", diz.

Após firmarem convênio no Confaz, em maio, os Estados começaram a

encaminhar às assembléias projetos de lei para a criação dos fundos. O

primeiro a aprovar foi o Estado da Bahia, que prevê, apenas neste ano,

arrecadação extra de R$ 130 milhões com a medida, que não tem prazo para

acabar.

Pernambuco também já aprovou lei semelhante, com a diferença de que o

fundo terá prazo de 24 meses, começando a valer partir do próximo mês e se

encerrando em julho de 2018. Marcelo Barros, secretário da Fazenda do

Estado, diz que somente este ano Pernambuco deve arrecadar mais de R$ 100

milhões com o fundo. "Estamos num esforço desde ano passado. Já cortamos

despesas em mais de R$ 600 milhões, mas não foi suficiente. Então,

aumentamos alíquotas dos impostos estaduais. Agora, tivemos que mexer nos

incentivos fiscais", afirmou Barros.

Em Pernambuco, a lei de criação do fundo tramitou em regime de urgência em

tempo recorde, o que foi motivo de reclamação do setor industrial, que diz não

ter sido ouvido. Ricardo Essinger, presidente da Federação das Indústrias de

Pernambuco (Fiepe), diz que o setor está em conversas com o governo para

tentar a revogação da lei, ou, pelo menos, a criação de condições melhores

para empresas com faturamento anual até R$ 20 milhões.

"Essa lei é o jogo do ganha, mas perde. O Estado ganha no curto prazo e

perde no longo, com a insegurança jurídica. Como explicar para uma

multinacional que o incentivo que foi oferecido para que ela fizesse um

investimento agora vai ser menor?", diz Essinger.

Durante a reunião do Confaz que regulamentou o fundo foi estabelecido acordo

tácito para que todos os Estados, especialmente os do Nordeste, adotariam a

medida. Dessa forma, não haveria perda de competitividade entre eles.

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Depois de Bahia e Pernambuco, o Ceará aprovou ontem a criação do fundo,

com prazo de 24 meses e previsão de arrecadar R$ 100 milhões somente

neste ano. A lei cearense trouxe algumas especificidades que foram

negociadas com o setor privado. A contribuição da empresa para o fundo pode

variar de 0% a 10%, conforme o crescimento da sua contribuição de ICMS do

ano passado para cá. "Se a contribuição cresceu 10%, a empresa já cumpriu.

Se cresceu 6%, a empresa só paga a diferença, 4%", explica o secretário de

Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho.

O projeto ainda tramita nas assembléias do Rio Grande do Norte, que pretende

arrecadar R$ 90 milhões, e de Alagoas, que visa atingir R$ 18 milhões. Em

Sergipe, ainda não houve finalização do projeto de lei a ser encaminhado ao

Legislativo. A Secretaria da Fazenda do Estado diz que está "em fase de

conclusão dos estudos", mesma situação do Estado da Paraíba.

Até agora, o Maranhão não implementou o fundo. O Piauí informou que não

encontrou porta-voz para comentar o assunto. Fora da região Nordeste, o Rio

de Janeiro foi o primeiro Estado a encaminhar projeto de lei para criação do

FEEF para Assembleia Legislativa, com pretensão de reforçar o caixa em até

R$ 1 bilhão por ano.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- "Job crafting": a nova revolução no trabalho

Por Rafael Souto

Tenho sido um crítico feroz do mundo corporativo. Escrevi alguns artigos nesta

coluna sobre a complexa vida dos executivos e os dramas organizacionais. O

jogo de mentiras empresariais e a tirania dos resultados de curtíssimo prazo

também fazem parte do conjunto das minhas inquietudes.

Desta vez, escrevo sobre um fenômeno positivo que não resolve plenamente

essas questões, mas pode ser um atenuador dos tormentosos ambientes

empresariais.

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O conceito de 'job crafting' foi desenvolvido pelas pesquisadoras norte--

americanas Amy Wrzesniewski e Jane Dutton, em 2001. Embora não seja

novo, está mais atual do que nunca. Diz respeito às ações que os profissionais

fazem para alterar as atividades, as relações no trabalho ou o significado do

que fazem, em busca de realização e entrega de melhores resultados.

O 'job crafting' é a antítese do 'job description'. Ou seja, fazer 'job crafting' é

agir de forma diferente ao que está descrito nas atividades, interagir com outras

pessoas na empresa e buscar um sentido mais amplo para aquilo que se faz.

Essa forma de realizar atividades também tem relação direta com o nível de

engajamento. O pesquisador europeu Wilmar Schaufeli ilustra o assunto. Os

estudos apontam que os profissionais que conseguem organizar suas

atividades com maior autonomia são mais engajados. A relação parece

evidente. Aqueles que sentem mais espaço para criar e construir sua

arquitetura de trabalho tendem a se conectar mais com a organização pelo fato

de serem mais donos de suas atividades. O protagonismo na carreira tem

relação direta com o 'job crafting'.

O tema ganha mais importância se analisarmos os movimentos econômicos

das últimas décadas. A pressão competitiva a qual as empresas estão

submetidas reduziu sensivelmente os níveis hierárquicos e os recursos

disponíveis. O mantra da competitividade é fazer mais com menos. Essa

escassez de recursos exige que os profissionais façam adaptações nas suas

rotinas e na forma de executar atividades para alcançar resultados. Nesse

contexto, fazer 'job crafting' é questão de sobrevivência. Sem ele, torna-se

muito difícil a concretização dos resultados.

Conectando o tema com o Brasil, tivemos uma mudança importante iniciada

nos anos de 1990. A economia brasileira, até então isolada do mundo,

começou a ser aberta. Essa alteração iniciou uma nova fase nas relações de

trabalho. A competição mudou a lógica do emprego. Longos períodos na

mesma empresa foram substituídos por ciclos mais curtos. Os profissionais

tiveram que aprender a competir no mercado e a lidar com sua

empregabilidade. Os mais adaptáveis tiveram melhor sorte. A reengenharia

que as empresas sofreram fez surgir um novo pensar sobre a gestão da vida

profissional. Foi o início da caminhada para a autogestão de carreira. Essa pro-

atividade tem relação direta com o 'job crafting'.

Os estudos de Wrzesniewski e Dutton mostram que o 'job crafting' incrementa

a satisfação no trabalho. As análises de outro pesquisador, Arnold Bakker,

afirmam que os mais engajados tendem a fazer mais modificações no seu

trabalho em busca dos resultados. Ou seja, existe uma relação bidirecional. O

'job crafing' aumenta a satisfação e os mais felizes fazem mais essas

customizações no trabalho. É um ciclo virtuoso de trabalho e satisfação.

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Com isso, podemos afirmar que o 'job crafting' é desenvolvido em ambientes

de alta exigência por pessoas proativas, motivadas pelo crescimento

profissional e que percebem a necessidade de fazer essas mudanças no seu

trabalho.

As empresas enfrentam um cenário feroz de competição com desafios

crescentes. Portanto, contar com 'job crafters' deveria ser uma benção

corporativa. Porém, quando verificamos a forma de gerir de boa parte das

empresas que clamam por profissionais criativos e inovadores, nos deparamos

com estruturas controladoras e com executivos com dificuldade de lidar com o

contraditório.

Sou um entusiasta da ideia do 'job crafting'. Acredito que é uma prática

inteligente para lidar com os desafios contemporâneos. Mas finalizo com certo

receio de que esses raros profissionais sejam extintos no buraco negro entre o

discurso e a prática das organizações.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Projeções melhoram e barril pode chegar a US$ 60 em 2017

Por Renato Rostás

Após subirem mais de 26% no acumulado deste ano, os preços do petróleo

têm fôlego para se recuperarem ainda mais até o fim de 2017, ao menos na

opinião de analistas que acompanham o desempenho da commodity. O Valor

consultou dez instituições financeiras, entre consultorias, bancos de

investimentos, corretoras e agências de risco, e a média estimada para a

cotação do Brent é de US$ 44,25 por barril em 2016, sendo cerca de US$ 47

no recém-iniciado segundo semestre. Para 2017, os analistas aguardam nível

de US$ 57,30 mas com possibilidade de encerrar o ano acima de US$ 60.

O Brent para entrega em setembro o contrato futuro mais negociado na ICE

Futures de Londres terminou ontem em US$ 47,17, alta de 1,1%.

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O grande motivador para essa expectativa é o largo corte de investimentos que

as grandes e médias petroleiras internacionais realizaram nos últimos anos,

quando o petróleo começou a cair. Desde 2014, quando se iniciou esse

colapso dos preços, a consultoria Wood Mackenzie calcula que US$ 1 trilhão

em investimentos das empresas do setor foi represado. Isso levou o

crescimento da oferta, que se encontrava em aceleração, a perder forçar e

começar a apontar para uma queda na produção.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), a oferta

global subiu 2,7% de 2013 para 2014 e no ano seguinte no mesmo ritmo. Até o

fim do primeiro semestre, entretanto, esse volume já caiu 0,7%, para 95,8

milhões de barris por dia. As projeções da AIE são de um recuo de 1,6% fora

da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Enquanto isso, a demanda pelo petróleo seguiu saudável. A mesma agência

mostra que a compra subiu 1,1% em 2014, 1,8% no ano passado e deve

avançar mais 1,5% em 2016. No ano que vem, a projeção é de crescimento em

1,4%.

"As reduções orgânicas de oferta fora dos EUA estão mais rápidas do que o

esperado e vimos muitas paradas de produção não programadas

surpreendentes", escreve o banco Raymond James, o mais otimista na

compilação do Valor, em relatório. A instituição acredita que o petróleo fecha o

ano perto dos US$ 70, atinge o pico de US$ 85 no terceiro trimestre do próximo

ano e termina 2017 em US$ 80 média de US$ 83 o ano que vem.

A previsão do Raymond James é que a demanda suba em 1,5 milhão de barris

diários neste ano e a oferta, caia 400 mil barris por dia. No ano que vem, as

projeções encontram-se em 500 mil barris e 900 mil barris por dia,

respectivamente.

Os analistas em geral, e até mesmo a Opep, vêem falta de petróleo no

mercado nos últimos meses deste ano. O déficit se arrastaria, então, para

2017. "Mas suspeitamos que o repique dos preços provavelmente impedirá que

a oferta caia em 2016 como se projetava", afirma Thomas Pugh, da consultoria

Capital Economics. Isso adiaria o déficit para o ano que vem, acrescenta.

Mas o Credit Suisse, o mais pessimista dos bancos quanto à commodity,

alerta: "o Brexit é o mais recente e provavelmente mais forte catalisador para

uma desaceleração do crescimento global", escreve, em relatório. Isso levaria a

demanda a ficar menor que os cálculos dos analistas e impediria o equilíbrio do

mercado. A instituição prevê um preço médio de US$ 44,53 e m 2 0 1 6 e d e U

S $ 5 6 , 2 5 e m 2 0 1 7 .

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Tata planeja enfrentar dificuldades aliando-se ao grupo ThyssenKrupp

Por Michael Pooler e Patrick McGee

Estão em andamento conversações visando a formação de um

empreendimento europeu que representaria a maior mudança no setor

siderúrgico em uma década.

Seria necessária uma pilha de 1.087 latas de aço de bebidas ao fim para

igualar a altura da London Eye, ou 2.818 para nivelarse com o cume da torre

Eiffel.

Esse tipo de referências a famosos marcos europeus usados para "apimentar"

o site da Tata Steel, refletem a elevada ambição da empresa indiana de tornar-

se a segunda maior produtora de aço do mundo. Mas a seção "fatos e

números" desapareceu talvez um sinal revelador de como a Tata vem

moderando suas aspirações, na esteira de um colapso dos preços do aço

resultante de um excesso de oferta que foi consequência de uma torrente de

exportações baratas da China. A confirmação da retração da Tata ocorreu em

março, quando a companhia pôs à venda suas operações deficitárias no Reino

Unido.

Então, numa mudança de atitude após dificuldades para atrair lances

aceitáveis para a operação britânica, a Tata revelou neste mês estar em

conversações "preliminares" com a ThyssenKrupp, sua concorrente alemã,

sobre uma possível joint venture no setor siderúrgico europeu.

Uma fusão das operações siderúrgicas europeias da Tata com a

ThyssenKrupp criaria o segundo maior produtor na UE depois da ArcelorMittal,

com três grandes usinas espalhadas por toda a Alemanha, Países Baixos e

Reino Unido, e receitas anuais estimadas de € 18 bilhões, com base nos

relatórios de resultados financeiros de 2014-2015.

Uma fusão equivaleria ao maior abalo no setor em uma década e poderia em

alguma medida solucionar o velho problema de excesso de capacidade de

produção da indústria siderúrgica europeia, fechando usinas desnecessárias.

Isto poderia aumentar o poder de fixação de preços das demais operadoras no

setor e, portanto, sua capacidade de gerar lucros sustentados.

A Europa está consumindo cerca de 25% menos aço, hoje, do que em 2007,

segundo a Eurofer, uma associação comercial que representa as siderúrgicas

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europeias. "Para termos operações sustentáveis na Europa, precisaremos

fechar usinas", diz Mike Shillaker, do Credit Suisse.

Cyrus Mistry, presidente da Tata Steel, diz em novo relatório anual da empresa

que a consolidação da indústria siderúrgica mundial é importante em meio a

um excesso de oferta, baixos preços das commodities e esfriamento do

crescimento econômico. "A consolidação de empresas proporcionaria uma

oportunidade para a indústria siderúrgica permanecer relevante e competitiva

em termos de custos e de valor para os clientes, e de permitir investimentos em

inovação de produtos, tecnologia e eficiência da cadeia de suprimentos",

acrescenta ele.

Uma joint venture envolvendo Tata e ThyssenKrupp teria uma participação de

25% da capacidade no mercado europeu de aços planos, usados em

automóveis, embalagens, obras de engenharia e aparelhos de uso doméstico,

segundo analistas da Jefferies

As duas empresas estão sob pressão da ArcelorMittal, cuja participação nesse

mercado subiria de 33% para 40% caso tenha sucesso em uma oferta conjunta

com o grupo Marcegaglia visando a aquisição da Ilva, uma siderúrgica italiana.

"Uma joint venture [envolvendo a Tata e a ThyssenKrupp] evitaria uma série

de dificuldades processuais necessárias a um pleno negócio de fusão e/ou

aquisição", diz Alessandro Abate, analista da Berenberg.

Para a Tata, forjar uma aliança com a ThyssenKrupp seria uma maneira de o

grupo indiano desfazer-se de seu braço no Reino Unido, conquistado, mediante

um negócio envolvendo € 6,7 bilhões na compra da Corus, siderúrgica anglo-

holandesa, que foi adquirida em 2007.

À época, essa foi a maior aquisição estrangeira por uma empresa indiana,

elevando a Tata da posição 56, entre as maiores siderúrgicas do mundo, para

o sexto lugar. Mas esse negócio, que envolveu um prêmio substancial, é agora

visto como tendo sido concretizado em momento inoportuno, e freou os lucros

das operações siderúrgicas da Tata em seu mercado doméstico.

Para a alemã ThyssenKrupp, uma joint venture com a Tata poderia ser um

primeiro passo significativo para concentrar-se em seus negócios com bens de

capital, mais rentáveis e estáveis, envolvendo a fabricação de elevadores,

escadas rolantes e o suprimento de componentes para várias indústrias, entre

elas as fabricantes de carros e turbinas eólicas.

Em meio à sua migração da siderurgia para o setor de tecnologia, a

ThyssenKrupp está "desesperada por uma fusão", afirma Carsten Riek,

analista do UBS. "Se eles conseguem uma joint venture 50%50%, eles

poderiam remover a [divisão] siderúrgica do balanço patrimonial".

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O grupo alemão há muito tempo cobiça a usina Ijmuiden, da Tata, na Holanda,

considerada um das mais eficientes da Europa. Ela está localizada a cerca de

200 km da siderúrgica da ThyssenKrupp em Duisburg, e, portanto, poderia

proporcionar reduções de custos através de sinergias de suas operações.

"Em Duisburg, há escala; Ijmuiden pode produzir 7 milhões de toneladas por

ano e usar [um porto de] águas profundas, tendo, efetivamente, escala", diz

Shillaker. "Ambas estão localizados a distâncias razoáveis, através de rodovias

e ferrovias, do coração industrial da Europa".

Estatísticas do setor evidenciam algum alívio proporcionado pelo

endurecimento da postura da União Europeia contra o dumping de aço por

outros países, principalmente a China, que está enfrentando significativo

excesso de capacidade após esfriamento econômico do país.

Menos óbvio é como as persistentemente deficitárias operações britânicas da

Tata nas quais a ThyssenKrupp já havia demonstrado desinteresse poderiam

se encaixar em alguma joint venture europeia.

A Tata descreveu as operações no Reino Unido como quase inúteis e estimou

que seriam necessários 2 bilhões de libras em novos investimentos para

transformar a maior usina de aço no Reino Unido, em Port Talbot, no sul do

País de Gales, em uma produtora de alta qualidade.

Um problema para os negócios da Tata no Reino Unido é um grande fundo de

pensões com passivos de 14 bilhões de libras, um déficit estimado de 700

milhões de libras e 130 mil membros mais que 10 vezes o contingente ativo de

mão de obra.

"A ideia de que alguém estaria disposto a assumir uma empresa difícil, e

[vinculada a] um grandes esquema de pensões, simplesmente não faz nenhum

sentido", diz John Ralfe, um consultor no setor de pensões. "A ThyssenKrupp

estaria maluca".

Para tentar amenizar essas preocupações, o governo britânico ofereceu um

pacote financeiro significativo a qualquer proprietário futuro das operações

britânicas da Tata, inclusive uma proposta para isolar o regime de pensões.

Independentemente do resultado das negociações entre a indiana Tata e a

ThyssenKrupp, uma reformulação do setor parece provável, agora que as

siderúrgicas europeias começam a atacar os problemas que as afligem desde

a crise financeira.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Preços de locação e venda de escritórios mantêm queda

Por Chiara Quintão

Os preços de locação, no segmento de escritórios comerciais tiveram redução

de 11,35%, para R$ 45, e os preços de venda caíram 3,05%, para R$ 10.521

nos 12 meses encerrados em junho, conforme o Índice FipeZap Comercial, que

será lançado hoje. Considerando-se a inflação de 8,84%, houve queda real de

18,56% em locação e de 10,92% no preço de venda no período. A queda dos

valores de venda e locação de escritórios comerciais começou em 2013.

Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) em parceria com o

portal Zap, o indicador inclui salas e conjuntos comerciais de até 200 metros

quadrados em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e Porto Alegre.

Os dados da capital gaúcha começaram a ser apurados em janeiro e não

compõem o índice anual, mas somente o mensal e o acumulado de 2016.

Ainda não está claro quando ocorrerá a retomada do segmento de escritórios

comerciais. "O clima de incertezas do país prejudica qualquer decisão em um

mercado que depende da atividade econômica", diz o economista da Fipe

Eduardo Zylberstajn. Segundo ele, os preços vêm caindo, no segmento

comercial, há mais tempo do que no residencial e, em boa parte das praças, há

excesso de oferta.

"No residencial, a redução de preços, eventualmente, resolve. No comercial,

mesmo que se chegue ao valor correto, não significa que o proprietário vai

conseguir alugar o imóvel", diz o presidente do Zap, Eduardo Schaeffer.

Zylberstajn acrescenta que, no mercado imobiliário, os ajustes não se refletem,

necessariamente, no preço, mas na quantidade de transações. "Diante de

menos negócios, a referência de preços fica distorcida", afirma Schaeffer.

No primeiro semestre, o Índice FipeZap Comercial de venda caiu 1%, enquanto

o de locação teve retração de 4,4%. Em junho, o indicador de vendas

apresentou leve alta de 0,08%. São Paulo e Porto Alegre tiveram variação

positiva, enquanto Rio e Belo Horizonte apresentaram redução. Na locação,

houve queda de 0,77%, no mês, com retração em São Paulo, no Rio e em Belo

Horizonte, e aumento em Porto Alegre.

Os maiores valores de locação e venda por metro quadrado foram registrados

no Rio R$ 51 e R$ 12.274, respectivamente. Na capital fluminense, foram

registradas, porém, as quedas mais acentuadas do preço de aluguel comercial,

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em 12 meses, de 13,52% e de venda, de 4,92%. Em São Paulo, o preço de

venda ficou em R$ 10.826, e o valor de locação foi de R$ 48 por metro

quadrado.

Na média, em 12 meses, proprietários de saletas alugadas obtiveram retorno

médio de 2,5%, se considerado o valor recebido por locação e a

desvalorização de 3% dos ativos, segundo o FipeZap.

No segmento residencial, os preços ficaram estáveis, nominalmente, no

primeiro semestre, o que "pode passar para o vendedor a sensação de que não

está perdendo dinheiro", segundo o presidente do Zap. "Mas há queda em

relação à inflação", diz Schaeffer, acrescentando que são os lançamentos que

puxam os preços para cima, mas novos projetos não têm sido apresentados,

ao mesmo tempo em que os feirões de vendas contribuem para a queda dos

valores.

De acordo com o executivo do Zap, ainda não se pode falar em retomada, até

porque os estoques continuam elevados, mas há sinalizações de mudança da

percepção das incorporadoras. Schaeffer conta que costumava ser procurado

pelas empresas sobre como seria possível gerar mais contatos, mas tem sido

consultado, atualmente, quando decidem buscar um terreno para incorporação

e querem suporte de dados de que tipo de produto e área são mais adequados

à demanda de determinada região. "As incorporadoras vão ficar mais eficientes

e pensar os lançamentos com mais parcimônia", diz.

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Fonte: Valor Econômico

21/07/2016

- Eficiência e qualidade para casos de insolvência

Por Paulo Henrique de Almeida Carnaúba

No atual momento econômico em que o excesso de endividamento atinge as

empresas no Brasil e seguindo as boas práticas ao redor do mundo, é

imperativo que cada vez mais haja magistrados especializados em

recuperações judiciais e falências. Sem esta especialização o nosso sistema

de insolvências corre o risco de não ter bom desempenho em um momento tão

crítico frustrando assim a sua principal função social: corrigir o excesso de

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dívida nos momentos de crise econômica e permitir que um novo ciclo de

crédito saudável se inicie.

Na última década experimentamos uma falsa euforia de prosperidade e

consumo suportado por crédito farto e fácil. Em 2003 o crédito correspondia a

25% do PIB enquanto em 2015 perfaz 54% do PIB. Isto sem contar com a

dívida tributária atual em mais outros 24% do PIB. Entretanto esta euforia não

foi causada por um real crescimento fundado em desenvolvimento econômico e

social e hoje atravessamos o maior endividamento já visto. Quase 20% dos

brasileiros não conseguem sequer pagar as suas contas prioritárias como

água, luz e telefone.

Não por acaso o número de recuperações judiciais vem crescendo

exponencialmente e provavelmente será seguido por uma maré de falências,

pois os principais elementos para resolver uma crise econômica não estão

presentes no Brasil. Somente mencionando alguns: juros baixos, poupança

robusta, PIB não negativo, inflação controlada, governo central estável e com

recursos, credibilidade internacional e um sistema de crédito difuso e com

concorrência.

É imperativo que os magistrados que lidam com recuperações judiciais e

falências possuam foco exclusivo neste ramo do direito

E para corrigir o excesso de endividamento nacional através de reestruturações

judiciais e resolver falências maximizando a recuperação aos credores é

necessário fundamentalmente que haja um sistema legal de insolvências

corporativas sólido e eficaz, sob a regência insubstituível de magistrados

especializados e experientes na matéria.

Nem se diga que bastaria a criação de varas ou câmaras empresariais que as

recuperações judiciais e as falências estariam bem endereçadas por serem

matérias afetas. Quem labora no dia a dia na área de insolvências bem sabe

que esta seara é multidisciplinar e transborda em muito as fronteiras do direito

empresarial, indo para as searas trabalhista, ambiental, tributária,

administrativa, civil, dentre outras tantas.

Ora, os magistrados bem como os seus auxiliares para conseguirem conferir

bom andamento não somente ao processo principal bem como à enorme gama

de incidentes derivados nas recuperações judiciais e nas falências, e ainda dar

atenção à usual grande quantidade de interessados envolvidos, demanda

exclusivo foco, assim como requer alto domínio teórico e prático do assunto.

Como reflexo, um juiz de primeira instância atuando em uma comarca de

expressiva relevância econômica não pode se dar ao luxo de tratar com

vultosos, complexos e intrincados casos de recuperações judiciais e falências

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envolvendo milhares de credores e ao mesmo tempo lidar com questões

corriqueiras de direito empresarial tal qual uma briga entre sócios.

Note-se que o nível de especialização e complexidade do nosso jovem

sistema de insolvências tende somente a aumentar, pois as questões

envolvendo finanças corporativas vão em um futuro próximo inexoravelmente

adentrar no palco de discussões judiciais como ocorre nos demais países com

legislações recuperacionais semelhantes.

Outrossim, é imperativo que os magistrados que lidam com recuperações

judiciais e falências possuam foco exclusivo neste ramo do direito para

poderem responder com eficiência e qualidade aos desafios e a magnitude que

esta área demanda atualmente. E muito mais ainda demandará no futuro

próximo, pois a recuperação judicial vai se tornar uma vera ferramenta de

reestruturação empresarial doravante.

É justamente desta forma que se estrutura a nação que mais crises financeiras

e sociais atravessou e sempre saiu mais forte: os EUA. Com a grande reforma

de 1978 foi criado nos Estados Unidos um sistema de insolvências

recuperacional somente composto por varas exclusivamente especializadas e

distribuídas em 94 distritos de competência federal.

Com os claros resultados positivos desta especialização na primeira instância,

os Estados Unidos não somente vêm fortalecendo este modelo de estrutura

judiciária como também está criando câmaras nos tribunais exclusivamente

dedicadas aos casos de insolvências. São os chamados "Bankruptcy Appellate

Panels" (BAP's).

Não por acaso um dos princípios gerais para a avaliação dos sistemas de

insolvências que o Banco Mundial vem adotando há décadas em suas

pesquisas ao redor do globo é a especialização dos próprios juízes, das varas

e dos tribunais acima.

Penso que devemos seguir o comprovado sucesso da especialização dos

magistrados e das cortes ao redor do mundo e nos atentarmos para a extrema

importância deste instrumento na solução da atual crise econômica. Desta

forma poderemos contar com um sistema de insolvências empresariais apto a

resolver o presente excesso de crédito ruim e recolocar o Brasil no caminho

futuro do desenvolvimento econômico e social.

Paulo Henrique de Almeida Carnaúba é advogado com pós-graduações em

administração e finanças, professor-assistente em recuperação de empresas

do Insper, membro da Turnaround Management Association no Brasil e vice-

presidente da Comissão de Estudos em Falências e Recuperações Judiciais da

OABCampinas

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Fonte: O Globo

20/07/2016

- MPs de Temer podem levar TCU a mudar julgamento de Dilma

Tribunal, por três vezes, já deu aval a gastos extras do novo

governo

POR VINICIUS SASSINE

Meirelles voltou a consultar o TCU sobre a possibilidade de usar MPs para abrir crédito extra -

André Coelho/13-7-2016

BRASÍLIA — O Tribunal de Contas da União (TCU) deve dar nesta quarta-feira,

em sessão plenária, o quarto aval para o presidente interino, Michel Temer,

editar medida provisória (MP) autorizando gastos extras, o que pode levar a

uma revisão sobre irregularidades na edição desse tipo de medida pela

presidente afastada, Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Henrique

Meirelles, voltou a consultar o TCU sobre a possibilidade de usar uma medida

provisória para abrir créditos extraordinários, desta vez destinados ao

Ministério da Integração Nacional. O voto do ministro relator, Bruno Dantas,

será a favor dessa operação.

2ª PARTE: 20/07/2016

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Ministros do TCU vêm manifestando, reservadamente, não haver diferença

substancial entre as medidas provisórias editadas por Dilma e as que o

governo Temer defende. Pelo menos três ministros entendem ser uma

fragilidade considerar o uso desse instrumento como indício de irregularidade

no julgamento das contas de 2015 da presidente afastada.

Em 15 de junho, o plenário do TCU deu 30 dias para Dilma explicar 23 indícios

de irregularidades, dos quais cinco estão associados à edição de quatro

medidas provisórias que criaram gastos extras de R$ 49,6 bilhões sem levar

em conta critérios de urgência e imprevisibilidade. O problema foi detectado

pelo Ministério Público junto ao TCU e incluído no relatório aprovado em

plenário pelo ministro relator, José Múcio Monteiro.

MINISTROS TÊM DÚVIDA SOBRE MEDIDAS

Ministros manifestam dúvida sobre a manutenção desses indícios, na análise

definitiva das contas da presidente afastada. Múcio ainda não decidiu se

manterá essas acusações na votação do parecer pela aprovação ou pela

rejeição das contas de Dilma.

Depois que o tribunal considerou como indício de irregularidade a edição de

medidas provisorias para créditos extraordinários, sem critérios de urgência e

imprevisibilidade, o governo Temer passou a consultar o TCU sobre a

regularidade dessas medidas que pretendia editar. Temer ganhou o aval do

tribunal para assinar medidas provisórias que liberaram R$ 2,9 bilhões ao

governo do Rio, com foco na Olimpíada; R$ 1,2 bilhão em auxílios nas taxas de

juros de financiamentos do BNDES, situação em que se corria o risco de

repetição da prática das ―pedaladas‖ fiscais; e R$ 353,7 milhões para

pagamento de despesas da Justiça do Trabalho.

Tribunais do Trabalho ameaçaram parar de funcionar por falta de recursos,

diante de cortes promovidos no Orçamento deste ano. A Associação Nacional

dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) chegou a recorrer ao

Supremo Tribunal Federal (STF) contra os cortes orçamentários, mas foi

derrotada. O relator do Orçamento que promoveu os cortes foi o deputado

Ricardo Barros (PP-PR), hoje ministro da Saúde de Temer. Foi preciso que o

mesmo governo Temer recorresse ao TCU para garantir os repasses à Justiça

do Trabalho, via medida provisória.

A nova consulta, a ser votada nesta quarta-feira em plenário, foi formulada por

Meirelles e pelo ministro de Integração Nacional, Helder Barbalho. Os ministros

querem a edição de uma medida provisória para abrir crédito extraordinário

destinado a ações de socorro, assistência a vítimas e recuperação de áreas de

desastres.

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Os ministros alegaram que são medidas urgentes e que as ações devem ser

imediatas. O ministro relator da consulta deve concordar com o argumento,

mas fazer uma objeção: se não ficar comprovada a urgência dos gastos, as

despesas precisam estar previstas na elaboração do orçamento.

MEC QUER CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO

Na sessão em plenário de quarta-feira passada, o TCU começou a analisar

uma outra consulta do governo Temer, especificamente do Ministério da

Educação, sobre a regularidade de edição de medida provisória para abrir

crédito extraordinário destinado à área. Entre os gastos previstos está o Fundo

de Financiamento Estudantil (Fies). O ministro Raimundo Carreiro pediu vista.

Ainda não houve uma decisão.

Entre as medidas provisórias de Dilma questionadas no julgamento das contas

de 2015, estão gastos autorizados para o Fies (R$ 5,1 bilhões); para o

pagamento de auxílio nas taxas de juros de financiamentos do BNDES (R$

19,7 bilhões); para demandas de média e alta complexidade no SUS (R$ 2,5

bilhões); entre outros. Todas as MPs foram convertidas em lei no Congresso.

— Quem tem de fiscalizar MPs é o Congresso, devolvendo uma MP, por

exemplo. E se o TCU decidir analisar urgência e relevância de MPs, daqui para

frente, vai virar uma loucura. Este papel é da oposição no Congresso — afirma

o ministro Bruno Dantas.

O ministro diz que as consultas feitas não são culpa do governo:

— O TCU não pode paralisar o governo. E as consultas são legítimas porque

houve, no julgamento das contas de 2015, um apontamento de irregularidade.

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Fonte: O Globo

20/07/2016

- Reforma trabalhista vai prestigiar a negociação coletiva

Proposta será enviada ao Congresso este ano e tratará também de

salário

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POR GERALDA DOCA

Carteira de Trabalho e Previdência Social - Paulo Fridman / Paulo Fridman/Bloomberg

BRASÍLIA - O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, confirmou que o

governo interino pretende enviar a reforma trabalhista ao Congresso até o fim

deste ano. Ele disse que a proposta vai valorizar a negociação coletiva e tratar

de salário e jornada. Nogueira comparou a CLT a uma ―colcha de retalhos‖ por

ter incorporado uma infinidade de decisões e súmulas ao longo dos anos, o

que tem gerado interpretações divergentes para juízes, empregadores e

trabalhadores.

— Vamos buscar construir um formato que prestigie a negociação, a

convenção coletiva e que vai tratar da questão do salário e da jornada — disse

o ministro, durante café da manhã com jornalistas.

Ele destacou que a reforma não vai ―revogar direitos‖. Sem entrar em detalhes,

disse que a proposta não vai permitir parcelar férias e 13º salário, por exemplo.

Questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador também não

deverão ser flexibilizadas. Nogueira fez questão de ressaltar que o governo não

apresentará uma proposta fechada e que pretende construí-la a quatro mãos

com os representantes dos trabalhadores.

O ministro disse ainda que o governo quer ―aperfeiçoar‖ o projeto que trata da

terceirização, que foi aprovado pela Câmara e que está no Senado. Ele

explicou que será criado um grupo de trabalho para definir o que são serviços

especializados e que poderão ser terceirizados em contratos específicos —sem

entrar na discussão sobre atividade fim ou atividade meio. Atualmente, a

Justiça proíbe a terceirização na atividade fim.

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— Você precisa definir primeiro o que são serviços especializados. Essa

discussão de atividade fim e atividade meio é irrelevante nesse momento —

disse o ministro, defendendo que o tema precisa ser enfrentado porque existem

mais de 10 milhões de trabalhadores terceirizados e que na maioria dos casos,

não há proteção e garantias.

Ao ser perguntado sobre o resultado do emprego formal em junho e que será

divulgado nos próximos dias, respondeu que o saldo líquido virá negativo

novamente, mas inferior ao registrado em igual período do ano passado,

quando foram eliminados 111,2 mil postos de trabalho, de acordo com dados

do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para ele, o

desemprego já atingiu o fundo do poço e que a tendência será de reversão.

Ele antecipou que o governo pretende tornar permanente o Programa de

Proteção ao Emprego (PPE), que permite redução de jornada e de salário, com

contrapartida da União (PPE). O programa termina em dezembro de 2017 para

adesões ao longo deste ano. Nogueira anunciou também que vai criar um

programa de qualificação de trabalhadores, com iniciativas para beneficiar

quem trabalha por conta própria.

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Fonte: Estadão

20/07/2016

- Decisão da ANP flexibiliza regras de conteúdo local para petroleiras

Agência decidiu isentar de multa petroleiras que descumpriram regras de

compra de equipamento nacional para um item específico, as embarcações de

apoio

Antonio Pita,

RIO - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) abriu um precedente para isentar

de multas petroleiras que descumprirem as regras de conteúdo local – um dos

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principais pilares dos governos petistas no setor de petróleo. Em decisão

inédita, a agência reconheceu que não há no País embarcações de apoio que

atendam às exigências aplicadas desde 2008. A medida atende a 22 pedidos

de isenção das regras feitos por petroleiras e poderá gerar, segundo analistas,

um ―efeito cascata‖ sobre outros itens da política de conteúdo nacional.

A decisão foi tomada na última semana, em reunião de diretoria. A agência

acatou a alegação das empresas de ―inexistência de embarcações construídas

ou reformadas no Brasil e com certificado de conteúdo local‖. As solicitações se

referem a um único item, de embarcações utilizadas para análises geológicas

contratadas entre 2008 e 2015.

Foto: Marcos de Paula/Estadão

Avaliação é que determinação abre caminho para mudança nas exigências

A nova postura ocorre após audiência pública realizada em abril. ―A ANP fez

uma resolução guarda-chuva sobre um item que era objeto de diversos pedidos

parados. Isso tem efeito cascata em diversos processos‖, avalia Fernando

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Villela, sócio do setor regulatório do escritório Siqueira Castro Advogados. ―Ela

deve identificar novos itens e conduzir processos idênticos.‖

Até então, apenas um pedido da empresa norueguesa Statoil havia sido

acatado pela agência. Ao todo, a ANP analisa mais de 100 pedidos de isenção

para diferentes itens da política de conteúdo local. Em 2014, ainda sob a

gestão da presidente Dilma Rousseff, a agência havia rejeitado 37 pedidos,

alegando ―intempestividade‖.

Criada em 1999 como uma tentativa de incentivar a indústria brasileira de

petróleo, a política de conteúdo local – que exige de quem arremata um bloco

de petróleo a contratação de uma quantia mínima de equipamentos de

empresas brasileiras – foi endurecida a partir de 2005, com mais exigências.

Nos leilões, a regra passou a valer como critério de pontuação para as ofertas

pelas áreas de concessão. Na última rodada, realizada em outubro, as regras

foram apontadas como uma das causas do fracasso – apenas 14% das áreas

foram arrematadas.

As regras mais rígidas eram defendidas pela presidente Dilma Rousseff como

medida de apoio à indústria nacional, sobretudo no setor naval. Em 2015, após

sinais favoráveis à mudanças nas regras, a presidente afastada afirmou que as

regras ―vieram para ficar‖ e desmentiu ministros e assessores que defendiam

uma revisão.

As empresas argumentam que não há fornecedores competitivos para alguns

itens exigidos, o que encarece os projetos e retira atratividade do País.

―Esperamos que o mecanismo seja aplicado a outros equipamentos e serviços

que não estão disponíveis no mercado brasileiro a fim de facilitar os

investimentos‖, afirma Antônio Guimarães, secretário executivo do Instituto

Brasileiro de Petróleo (IBP).

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Fonte: portosenavios.com.br

20/07/2016

- PETROBRAS ANUNCIA VENDA DE CAMPOS DE PETRÓLEO EM SERGIPE

A Petrobras iniciou um processo de cessão dos direitos de exploração,

desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural de um conjunto de

campos em águas rasas, localizados nos estados do Ceará e de Sergipe.

Estão sendo oferecidas nove concessões. Segundo a Petrobras, a produção

média de 2015 foi de 13 mil barris diários de óleo equivalente, o que

corresponde a 0,5% da produção total da companhia.

A Petrobras informa que os campos foram agrupados em polos de produção,

com instalações integradas, de forma a proporcionar aos novos

concessionários plenas condições de operação.

Em Sergipe, são as plataformas Caioba, Camorim, Dourado, Guaricema e

Tatu. E no Ceará Curimã, Espada, Atum e Xaréu.

A venda será realizada por meio de processo competitivo e a Petrobras

avaliará os termos e condições das propostas que venham a ser recebidas.

A estatal ressalta que a venda desses ativos faz parte da estratégia de

desinvestimento da Petrobras, cujos objetivos e metas estão definidos no Plano

de Negócios e Gestão 2015-2019.

O Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos

e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro) informou que é

contra a privatização dos polos e pretende fazer uma mobilização para reverter

a situação.

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―Enxergamos de forma negativa essa posição. Provavelmente empresas

estrangeiras irão comprar essas plataformas‖, afirma Toeta Chagas,

componente da diretoria do Sindipetro.

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Fonte: portosenavios.com.br

20/07/2016

- FUNDO QUE GARANTE OBRA TERÁ APORTE DO GOVERNO

Visto como fundamental para viabilizar o financiamento privado do programa de

concessões, o Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) receberá em agosto

um aporte de R$ 500 milhões. Com esse dinheiro, o fundo dará garantias tanto

para os riscos das obras quanto para as debêntures que o governo pretende

incentivar para o financiamento dos projetos de infraestrutura. A expectativa é

que o fundo alcance os R$ 2 bilhões ao final de 2018.

O cálculo é que as garantias viabilizem um volume de investimentos 20 vezes

maior - assim, os R$ 500 milhões viabilizariam R$ 10 bilhões de investimentos.

A cobertura será concentrada nos riscos não gerenciáveis das obras, como

mudanças políticas ou desastres naturais. A cobertura de riscos gerenciáveis,

como engenharia e performance, já é oferecida pelo mercado.

Outra iniciativa em estágio avançado é o aumento do limite a ser segurado nas

grandes obras. Atualmente, as seguradoras cobrem no máximo 10% do valor

do contrato para reparar eventuais danos resultantes de atrasos na construção.

Um projeto de lei em tramitação no Senado propõe o aumento desse teto para

30%.

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A falta de garantias para os frequentes problemas na fase de construção é um

dos principais fatores que afasta os bancos privados e o mercado de capitais

das grandes obras de infraestrutura. Porém, como há restrição para continuar

financiando as obras apenas via BNDES, não resta ao governo outra opção

senão incentivar a entrada de capital privado. O ideal para o Palácio do

Planalto é que a fatia do BNDES não ultrapasse os 50% do valor do projeto,

ainda assim em condições menos vantajosas do que as oferecidas no passado.

O FGIE foi criado em novembro de 2014 com o objetivo de cobrir lacunas

deixadas pela indústria de seguros. As empresas não cobrem alguns riscos,

como os de natureza política, e não dispõem de produtos competitivos para

cobertura de prejuízos resultantes de atrasos na fase inicial das obras, quando

os projetos não estão gerando receita.

A crise fiscal atrasou o repasse de recursos para o FGIE, o que vinha

dificultando as negociações com potenciais financiadores das obras de

infraestrutura. O aporte foi finalmente viabilizado por meio de uma transferência

do Fundo Garantidor de Habitação Popular (FGHab), criado para cobrir

sinistros relacionados ao programa Minha Casa, Minha Vida e que há cerca de

dois meses passou a ter como cotista a Agência Brasileira Gestora de Fundos

Garantidores (ABGF). Após uma consulta do governo, a Caixa Econômica

Federal, que é gestora do fundo, informou a disponibilidade de R$ 500 milhões

"passíveis de resgate". Trata-se de recursos que já cumpriram seu papel

segurador, ou seja, que não estão mais compromissados com a função

principal do FGHab.

O presidente da ABGF, Marcelo Franco, disse ao Valor que a transferência dos

recursos foi aprovada no início de julho pelo conselho do FGIE e que o dinheiro

deve estar disponível em agosto. Ele garante que os R$ 500 milhões são

suficientes para sustentar o pontapé inicial da próxima rodada de concessões,

mas que o patrimônio do fundo crescerá, atingindo R$ 1 bilhão no próximo ano

e chegando a R$ 2 bilhões ao final de 2018.

O plano é incluir as receitas resultantes da venda dos imóveis da União. O

primeiro lote deve ser colocado à venda ainda este ano. A depender do

resultado, explicou Franco, a estratégia será intensificada ao longo de 2017.

Há ainda a possibilidade de que o fundo ajude também a cobrir alguns riscos

que são considerados gerenciáveis, mas que não encontram cobertura no

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mercado de seguros. Um exemplo são os riscos geológicos, muito comuns em

obras de infraestrutura, mas cujos seguros são excessivamente custosos e, na

maioria das vezes, inviáveis. A prioridade da ABGF é que os recursos do fundo

também sejam usados como garantia para as debêntures de infraestrutura. O

governo já tentou incentivar esse tipo de instrumento no passado, mas o

mercado não se empolgou. A ideia agora é que o FGIE ofereça cobertura de

até 50% na chamada "primeira perda", como é conhecido o sobrepreço

resultante de problemas na fase inicial de obras.

Para o presidente da ABGF, os 50% cobrem com folga esses riscos, já que a

média de sobrepreço verificada nessa fase das obras tem ficado historicamente

ao redor dos 22%. Franco ressalta, entretanto, que as debêntures só serão

realmente competitivas em um cenário com taxas de juros menores do que as

atuais.

Outra necessidade identificada pelo governo é a elevação do limite de

cobertura das apólices de seguro. Na semana passada, o senador Fernando

Bezerra (PSB-PE) apresentou o relatório do Projeto de Lei 559, que trata da

modernização da Lei de Licitações. Um dos pontos mais importantes da

matéria é o aumento da cobertura dos seguros. Atualmente, as seguradoras

cobrem de 5% a 10% do valor da obra, patamar considerado insuficiente pelos

potenciais financiadores e pelas empresas do setor.

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base

(Abdib), Venilton Tadini, acredita que o ideal seria uma cobertura de 100%,

mas há quase um consenso de que a indústria de seguros não comporta esse

patamar. Ele salienta, entretanto, que a elevação para 30% deve ser

considerada. O texto atual do projeto de lei prevê, inclusive, a possibilidade de

que a cobertura seja superior aos 30% "em situações excepcionais".

Com relação ao funding para as concessões, o governo também está

debruçado na busca de uma alternativa para o uso dos depósitos judiciais no

financiamento dos projetos. A ideia atualmente em análise é que 25% dos

cerca de R$ 150 bilhões depositados no sistema financeiro sejam deslocados

para crédito. Metade desse valor poderia ser direcionado para o programa de

concessões, mas ainda busca-se um amparo legal para a medida.

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Fonte: petronoticias.com.br

20/07/2016

- BELO MONTE INICIA OPERAÇÃO COMERCIAL DE NOVA TURBINA NO PARÁ

Demorou, mas está avançando. A Usina de Belo

Monte, que foi alvo de muitas polêmicas e

manifestações nos últimos anos, está

acelerando o ritmo da operação, e acaba de

iniciar a geração comercial de sua segunda

turbina no Pará, adicionando mais 611 MW de

potência ao Sistema Integrado Nacional.

O despacho já foi autorizado pela Aneel e faz

parte do planejamento de entrada em operação das novas turbinas, que

contempla 18 unidades ao todo até 2019, com a previsão de uma nova em

atividade a cada dois meses neste período.

A hidrelétrica, quando estiver totalmente pronta, terá uma capacidade instalada

de 11.233,1 MW, dos quais 11 mil MW na Casa de Força Principal e 233,1

MW na Casa de Força Complementar.

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Fonte: O Globo

20/07/2016

- Brasil tem a maior taxa de juro real do mundo

Levantamento mostra que para sair da liderança, Selic precisaria

cair 4,5 pontos

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POR ROBERTA SCRIVANO

Notas de real - Dado Galdieri / Bloomberg

SÃO PAULO — Mesmo com a decisão desta quarta-feira do Banco Central

de manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, o Brasil continua

sendo o país com os juros reais mais altos entre 40 países pesquisados pelo

economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management. O juro real

(descontada a inflação) brasileiro está em 8,00% ao ano. Em segundo lugar da

listagem está a Rússia, com taxa de 2,98%, na sequência vem a Indonésia,

com juro real de 2,38%

Segundo Vieira, o Brasil está no topo do ranking desde 2013, quando o Banco

Central iniciou um ciclo de alta de juros. Em seus cálculos, para o país seria da

liderança seria necessário um corte de 4,5 pontos percentuais na Selic.

Por um breve período, em dezembro de 2014, a Rússia ocupou o primeiro

lugar depois de elevar os juros de 10,5% ao ano para 17%, numa manobra

para evitar fuga de capitais. Mas, logo em seguida, o BC russo baixou a taxa e

o Brasil voltou a ser o país com o maior juro real.

Veja o ranking dos juros reais pelo mundo:

1) Brasil: 8,00%

2) Rússia: 2,98%

3) Indonésia: 2,38%

4) China: 2,30%

5) Polônia: 2,06%

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6) Índia: 1,53%

7) México: 1,31%

8) Filipinas: 1,08%

9) Tailândia: 1,00%

10) Singapura: 0,84%

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