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FEMININO & MASCULINO ESTADO DE MINAS D O M I N G O , 2 D E J U N H O D E 2 0 1 3 6 Afeto pelo correio CRIATIVIDADE Banco Mercantil do Brasil comemora 70 anos A direção do Banco Mercantil do Brasil comemorou seus 70 anos de funcionamento com um belo concerto da Orquestra Sinfônica do Palácio das Artes. Depois da audição, realizada no Grande Teatro, um coquetel de confraternização foi servido aos convidados. Luiz Henrique de Araújo, André Brasil e Marco Antônio de Araújo Romenel Fernandes, Analine e Marcos Arakaki, Cláudia Garcia Elias e Diomar Silveira Carla Madeira, Tamara Reis, Pedro Sampaio e Marciana Toledo Luiz e Márcia Nicácio, Taise Cruz e Ricardo Costa Marco Antônio e Beatriz de Araújo, Gláucia e Luiz Henrique Araújo Amadeu e Mariangela de Oliveira, Ulquies Almeida e Roberto Pereira Rosina Mansur, José Ribeiro Vianna, Ana Luiza e Antônio Grossi Márcio e Maria Luiza Cota Álvaro Teixeira da Costa, Emília Cardoso e Glaybson Cardoso Marco Campos, Márcio Ferreira, Celso Filho, Marcelo Cotta e Ricardo Braga Marco Antônio de Araújo e Roberto Assumpção FOTOS MARCOS VIEIRA/EM/D.A PRESS Márcia e André Grossi Henrique e Andréa Araújo Luiz Ramos, Walter Cançado e Carlos Silva Sandra Mara Carneiro Costa, Carlos Carneiro Costa, Eliana e Gilmar Santos Italo Gaetani, Daniel e Emília Portugal, Gláucia e Luiz Henrique Araújo Maestro Marcos Arakaki regendo o concerto ABRAÇO DE PAPEL As cartas criadas procuram explorar to- dos os sentidos. Para a jovem, a carta é uma espécie de abraço expresso pelo toque do papel. “Sou uma pessoa que estuda tu- do o que está ao meu entorno usando todos os sentidos. Apli- co em meu trabalho uma con- vergência criativa.” Segundo ela, o Beijo no carteiro propõe uma reflexão sobre a importância das pessoas com quem se convive. Parar para escrever uma carta é uma maneira de materializar es- se afeto. “É dedicar um tempo para mim e para o outro, o opos- to da conversa de elevador.” A partir dessa experiencia Ma- riana realiza oficinas de sensibili- dade criativa. Pós-graduada em moda, Mariana foi assistente do estilista Ronaldo Fraga por três coleções. Trabalhou com o desen- volvimento de estampas e peças gráficas. Atuou em agências de publicidade em Belo Horizonte e em Turim, na Itália. Em meio à proliferação das mensagens virtuais, a designer Mariana Guedes resolveu retomar o hábito de enviar correspondências. Dentro do projeto Beijo no Carteiro, ela manda cartas com cuidado gráfico MÁRCIA MARIA CRUZ A expectativa do carteiro, a sensação de abrir a carta, de reparar nos detalhes do selo, de enviar uma resposta já não fazem tantas pessoas suspira- rem. Depois do advento da in- ternet, o hábito de se corres- ponder ficou cada vez mais raro. Muitos da chamada ge- ração Y, aquela que nasceu no início da década de 1990, po- dem até desconhecer essa ex- periência. Não é o caso da de- signer Mariana Guedes, de 30 anos, que sempre apreciou enviar e receber cartas. Em vez de mandar mensagens pe- las redes sociais, a jovem pre- fere gastar parte de seu dia pa- ra criar cartas customizadas. Cada detalhe, cada palavra é pensada para atingir um dos sentidos do destinatário. Des- de 2012, ela escreve missivas elaboradas com direito a cola- gens e outros recursos gráficos para torná-las únicas. “Quan- do viajava, gostava de enviar cartas. Depois, passei mandar até mesmo para os amigos que estavam na mesma cida- de. Gosto de parar, sentar e criar”, diz. No período em que fez uma viagem pela Europa, pas- sando pela Alemanha, Áustria, Itália, Bélgica, França e Repú- blica Tcheca, mandava notí- cias para os amigos pelo cor- reio. Durante a viagem, en- cantou-se por um vaso de ce- râmica que havia comprado. “Despachei o vaso, porque não tinha outra coisa a fazer. Mas duvidava que iria chegar inteiro”, lembra. A dúvida se a encomenda chegaria ou não motivou até uma brincadeira: “Se o vaso chegasse inteiro, eu daria um beijo no carteiro”. Não é que a peça chegou intacta? A partir de então, ela resolveu denomi- nar o hábito de enviar cartas com a expressão Beijo no car- teiro. Criou uma hashtag (uma marca usada na internet para indexar os temas – #beijono- carteiro) que coloca em fotos e outros produtos que cria. Tudo que Mariana observa pode virar tema para uma car- ta. Pode ser uma peça de mu- seu ou algo que observa na rua. “Mandei para uma amiga que estuda moda uma peça que me chamou atenção em uma ex- posição. Depois ao fazer uma pesquisa, identifiquei que se tratava do designer da Louis Vuitton.” Ao longo de um ano, Mariana deve ter enviado cerca de 40 cartas. “Algumas pessoas respondem, mas nem todas.” Mariana dedica horas para criar as mensagens artísticas que enviará para amigos ARQUIVO PESSOAL MARIANA GUEDES/DIVULGAÇÃO

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Projeto #beijonocarteiro Matéria de Márcia Maria Cruz | Caderno Feminino&Masculino | Imprensa: (Maritaca Comunicação) Michelle Manrique

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FEMININO& MASCULINO

E S T A D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 2 D E J U N H O D E 2 0 1 3

6

Afeto pelo correio

❚ CRIATIVIDADE

Banco Mercantil do Brasilcomemora 70 anos

A direção do Banco Mercantil do Brasil comemorou seus 70 anos defuncionamento com um belo concerto da Orquestra Sinfônicado Palácio das Artes. Depois da audição, realizada no Grande Teatro,um coquetel de confraternização foi servido aos convidados.

Luiz Henrique de Araújo, André Brasil e Marco Antônio de Araújo

Romenel Fernandes, Analine e Marcos Arakaki,

Cláudia Garcia Elias e Diomar Silveira

Carla Madeira, Tamara Reis, Pedro Sampaio

e Marciana Toledo

Luiz e Márcia Nicácio, Taise Cruz e Ricardo Costa

Marco Antônio e Beatriz de Araújo, Gláucia e Luiz Henrique Araújo

Amadeu e Mariangela de Oliveira,

Ulquies Almeida e Roberto Pereira

Rosina Mansur, José Ribeiro Vianna,

Ana Luiza e Antônio Grossi

Márcio e Maria Luiza Cota

Álvaro Teixeira da Costa, Emília Cardoso e Glaybson Cardoso

Marco Campos, Márcio Ferreira, Celso Filho,

Marcelo Cotta e Ricardo Braga

Marco Antônio de Araújo e Roberto Assumpção

FOTOS MARCOS VIEIRA/EM/D.A PRESS

Márcia e André Grossi Henrique e Andréa AraújoLuiz Ramos, Walter Cançado

e Carlos Silva

Sandra Mara Carneiro Costa,

Carlos Carneiro Costa,

Eliana e Gilmar Santos

Italo Gaetani, Daniel e

Emília Portugal, Gláucia

e Luiz Henrique AraújoMaestro Marcos Arakaki

regendo o concerto

ABRAÇO DE PAPEL As cartascriadas procuram explorar to-dos os sentidos. Para a jovem, acarta é uma espécie de abraçoexpresso pelo toque do papel.“Sou uma pessoa que estuda tu-do o que está ao meu entorno

usando todos os sentidos. Apli-co em meu trabalho uma con-vergência criativa.” Segundo ela,o Beijo no carteiro propõe umareflexão sobre a importância daspessoas com quem se convive.Parar para escrever uma carta é

uma maneira de materializar es-se afeto. “É dedicar um tempopara mim e para o outro, o opos-to da conversa de elevador.”

A partir dessa experiencia Ma-riana realiza oficinas de sensibili-dade criativa. Pós-graduada em

moda, Mariana foi assistente doestilista Ronaldo Fraga por trêscoleções. Trabalhou com o desen-volvimento de estampas e peçasgráficas. Atuou em agências depublicidade em Belo Horizonte eem Turim, na Itália.

Em meio à proliferação das mensagens virtuais, a designer Mariana Guedes resolveu retomar o hábito deenviar correspondências. Dentro do projeto Beijo no Carteiro, ela manda cartas com cuidado gráfico

MÁRCIA MARIA CRUZ

A expectativa do carteiro, asensação de abrir a carta, dereparar nos detalhes do selo,de enviar uma resposta já nãofazem tantas pessoas suspira-rem. Depois do advento da in-ternet, o hábito de se corres-ponder ficou cada vez maisraro. Muitos da chamada ge-ração Y, aquela que nasceu noinício da década de 1990, po-dem até desconhecer essa ex-periência. Não é o caso da de-signer Mariana Guedes, de 30anos, que sempre apreciouenviar e receber cartas. Emvez de mandar mensagens pe-las redes sociais, a jovem pre-fere gastar parte de seu dia pa-ra criar cartas customizadas.

Cada detalhe, cada palavraé pensada para atingir um dossentidos do destinatário. Des-de 2012, ela escreve missivaselaboradas com direito a cola-gens e outros recursos gráficospara torná-las únicas. “Quan-do viajava, gostava de enviarcartas. Depois, passei mandaraté mesmo para os amigosque estavam na mesma cida-de. Gosto de parar, sentar ecriar”, diz.

No período em que fezuma viagem pela Europa, pas-sando pela Alemanha, Áustria,

Itália, Bélgica, França e Repú-blica Tcheca, mandava notí-cias para os amigos pelo cor-reio. Durante a viagem, en-cantou-se por um vaso de ce-râmica que havia comprado.“Despachei o vaso, porquenão tinha outra coisa a fazer.Mas duvidava que iria chegarinteiro”, lembra.

A dúvida se a encomendachegaria ou não motivou atéuma brincadeira: “Se o vasochegasse inteiro, eu daria umbeijo no carteiro”. Não é que apeça chegou intacta? A partirde então, ela resolveu denomi-nar o hábito de enviar cartascom a expressão Beijo no car-teiro. Criou uma hashtag (umamarca usada na internet paraindexar os temas – #beijono-carteiro) que coloca em fotos eoutros produtos que cria.

Tudo que Mariana observapode virar tema para uma car-ta. Pode ser uma peça de mu-seu ou algo que observa na rua.“Mandei para uma amiga queestuda moda uma peça que mechamou atenção em uma ex-posição. Depois ao fazer umapesquisa, identifiquei que setratava do designer da LouisVuitton.” Ao longo de um ano,Mariana deve ter enviado cercade 40 cartas. “Algumas pessoasrespondem, mas nem todas.”

Mariana dedicahoras para criaras mensagensartísticas queenviará paraamigos

ARQUIVO PESSOAL

MARIANA GUEDES/DIVULGAÇÃO