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IR/Fonte - Rendimentos para pessoas jurídicas domiciliadas no exterior - IN RFB nº 1.455/2014 Preços de transferência - Alterações - IN RFB nº 1.458/2014 Parcelamento de ICMS - SP e MT - Convênio ICMS nº 24/2014 www.pwc.com.br Clipping Legis Nº 168 Conteúdo - Atos publicados em março de 2014 - Divulgação em abril/2014 Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

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Preços de transferência - Alterações - IN RFB nº 1.458/2014

Parcelamento de ICMS - SP e MT - Convênio ICMS nº 24/2014

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Nº 168Conteúdo - Atos publicados em março de 2014 - Divulgação em abril/2014

Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

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Índice

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Federais

MP nº 634/2013 - Alterações na legislação tributária federal - Prorrogação de vigência - Ato CNa n° 10/2014Em 31 de março de 2014, foi publicado o Ato do Congresso Nacional n° 10 para prorrogar pelo período de 60 dias a vigência da Medida Provisória nº 634/2013 (DOU 27.12.2013) que, entre outras disposições, prorroga o prazo para a destinação de recursos aos Fundos Fiscais de Investimentos que especifica e altera a legislação tributária federal relativamente à contribuição previdenciária sobre receita bruta, à redução de alíquota do PIS/COFINS-Importação nas hipóteses que especifica, e ao crédito presumido de PIS/COFINS nas operações com álcool.

PIS/COFINS e PIS/COFINS - Importação - Operações com álcool Crédito presumido - Regulamentação - Decreto Federal nº 8.212/2014Em 24 de março de 2014, foi publicado o Decreto Federal nº 8.212 para regulamentar o desconto de crédito presumido de PIS/COFINS, pelas pessoas jurídicas importadoras ou produtoras, nas operações com álcool, inclusive para fins carburantes (Lei nº 12.859/2013), e dispor sobre a utilização, por essas pessoas jurídicas, do saldo de créditos de PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação apurados.

IR/Fonte - Rendimentos para pessoas jurídicas domiciliadas no exterior - IN RFB nº 1.455/2014Em 7 de março de 2014, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.455 para dispor sobre a incidência do IR/Fonte sobre os rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos para as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior nas hipóteses que menciona e revogar a IN SRF nº 252/2002, que antes tratava da matéria.

Seguem, resumidamente, as principais disposições da nova IN:

• GanhodecapitalOs ganhos de capital apurados no País, por pessoa jurídica domiciliada no exterior que alienar bens ou direitos localizados no Brasil, estão sujeitos à incidência do IR/Fonte, à alíquota de 15%, e, para a operação em que o beneficiário seja domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida, à alíquota de 25%.

O responsável pela retenção e pelo recolhimento do IR/Fonte será: (i) o adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil; ou (ii) o procurador, quando o adquirente for residente ou domiciliado no exterior.

Deverá ser observado o disposto em convenção para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em relação aos impostos sobre a renda existentes no Brasil e no país de residência do alienante.

O ganho de capital auferido no País é determinado pela diferença positiva entre o valor de alienação em reais e o custo de aquisição em reais do bem ou direito.

O valor de aquisição do bem ou direito, para fins dessas disposições, deve ser comprovado com documentação hábil e idônea. Na impossibilidade de comprovação, o custo de aquisição deve ser:

(i) apurado com base no capital registrado no BACEN vinculado à compra do bem ou direito; ou

(ii) igual a zero, nos demais casos.

• Serviçosvinculadosaosprocessosdeavaliaçãodaconformidadeedemaisprocedimentosexigidosporpaísimportador Fica reduzida a zero a alíquota do IR/Fonte sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior a título de remuneração de serviços vinculados aos processos de avaliação da conformidade, metrologia, normalização, inspeção sanitária e fitossanitária, homologação,

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Tributos e Contribuições Federais

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(DC0) Informação Pública

registros e outros procedimentos exigidos pelo país importador sob o resguardo dos acordos sobre medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras técnicas ao comércio (TBT), ambos do âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esta disposição se aplica à CIDE-Remessa. As disposições acima não se aplicam à remuneração de serviços prestados por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida ou beneficiada por regime fiscal privilegiado, de que tratam os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430/1996.

• Remuneraçãodeserviçostécnicos,assistênciatécnicaeadministrativaeroyalties As importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas à pessoa jurídica domiciliada no exterior a título de royalties de qualquer natureza e de remuneração de serviços técnicos e de assistência técnica, administrativa e semelhantes sujeitam-se à incidência do IR/Fonte à alíquota de 15%, e, para esses rendimentos recebidos por pessoa jurídica domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida, à alíquota de 25%.

A IN considera como serviço técnico a execução de serviço que dependa de conhecimentos técnicos especializados ou que envolva assistência administrativa ou prestação de consultoria, realizado por profissionais independentes ou com vínculo empregatício ou, ainda, decorrente de estruturas automatizadas com claro conteúdo tecnológico. Cabe lembrar que a IN SRF nº 252/2002 considerava como serviço técnico o trabalho, a obra ou empreendimento, cuja execução dependia de conhecimentos técnicos especializados, prestados por profissionais liberais ou de artes e ofícios.

Instituições financeiras e assemelhadas - Crédito presumido - Normatização - IN RFB nº 1.457/2014Em 11 de março de 2014, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.457 para estabelecer às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, com as exceções nela previstas, normas sobre o ressarcimento em espécie e a dedução de ofício do crédito presumido apurado com base em créditos decorrentes de diferenças temporárias, oriundos de provisões para créditos de liquidação duvidosa (Lei nº 12.838/2013), nos termos a seguir resumidos:

As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen, exceto cooperativas de crédito e administradoras de consórcio, poderão apurar crédito presumido a partir de provisões para créditos de liquidação duvidosa, em cada ano-calendário, quando apresentarem de forma cumulativa:

(i) créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para crédito de liquidação duvidosa, existentes no ano-calendário anterior; e

(ii) prejuízo fiscal apurado no ano-calendário anterior.

Para fins de apuração dos créditos presumidos supracitados, os saldos contábeis tratados na referida IN, como o valor do prejuízo fiscal do ano calendário anterior, o saldo de créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para créditos de liquidação duvidosa, existentes no ano-calendário anterior, o saldo da conta capital social integralizado e o saldo de reservas de capital e reservas de lucros, apurados depois das destinações, serão fornecidos à RFB pelo BACEN com base nos dados disponíveis em seus sistemas de informação, nos termos de portaria conjunta da RFB e do BACEN.

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Tributos e Contribuições Federais

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O valor do crédito presumido será apurado com base na fórmula expressa na IN ora tratada.

Os créditos presumidos em comento, escriturados na forma da legislação específica, apurados e registrados na escrituração fiscal após 31.12.2013, poderão ser objeto de pedido de ressarcimento, nos moldes que especifica a IN, pelo estabelecimento matriz das pessoas jurídicas, desde que tenha sido entregue a DCTF e a DIPJ, pela pessoa jurídica cujo estabelecimento matriz tenha apurado os referidos créditos.

O pedido de ressarcimento supracitado não se aplica aos créditos presumidos apurados e registrados na escrituração fiscal da instituição até 31 de dezembro de 2013.

A IN estabelece ainda que ao referido crédito presumido não se aplica o disposto no art. 74 da Lei nº 9.430/1996 (que dispõe sobre a possibilidade de compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela RFB).

Cabe mencionar que a IN trata ainda da penalidade para os casos de pedido de ressarcimento falsos, do ajuste na escrituração fiscal, da competência para apreciar o pedido de ressarcimento e da dedução de ofício do débito do sujeito passivo, da discussão administrativa, entre outras disposições.

Preços de transferência - Alterações - IN RFB nº 1.458/2014Em 19 de março de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.458 para alterar a IN RFB nº 1.312/2012 que dispõe sobre os preços a serem praticados nas operações de compra e venda de bens, serviços ou direitos efetuados por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, com pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, consideradas vinculadas, conforme resumidamente exposto a seguir:

• PCIDe acordo com a nova IN, relativamente ao Método do Preço sob Cotação na Importação (PCI), o valor do prêmio é decorrente de avaliação de mercado, positiva ou negativa, que deve ser adicionado ou diminuído (antes: somado) à cotação de bolsas internacionais ou de instituições de pesquisa setoriais para se obter o preço pago pelo importador, observadas as suas demais disposições.Os ajustes relativos ao valor da commodity, cujas variáveis estão relacionadas na IN, deverão levar em conta as diferenças existentes entre o preço pago pelo importador (antes: recebido pelo exportador) e a composição do preço de bolsa de mercadorias e

futuros internacionalmente reconhecida, conforme consta no regulamento da instituição negociadora, que poderá servir como prova documental da necessidade de ajuste.

• PECEX Relativamente ao Método do Preço sob Cotação na Exportação (PECEX), a nova IN determina que, no caso de commodities que têm preços de referência regionais, a pessoa jurídica exportadora deverá escolher, como preço parâmetro, o preço de cotação dos bens no mercado de destino do bem exportado nos termos da IN ora alterada, e, na falta desse preço, a pessoa jurídica exportadora deverá escolher o preço de cotação do mercado mais próximo.

• PIC,PCI,receitasdeexportaçõesePECEX-OutrasdisposiçõesRelativamente ao PECEX e ao PCI, a nova IN determina que, além do prêmio o valor da commodity poderá sofrer ajustes correspondentes às diferenças entre o valor suportado pelo vendedor e as especificações de contrato-padrão estabelecidas pela bolsa de mercadorias e futuros internacionalmente reconhecidas ou em instituições de pesquisa setoriais, tendo em vista as condições específicas de negócios, as condições de venda - Incoterm, de conteúdo e de natureza física.

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Tributos e Contribuições Federais

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Entre as variáveis que podem ser utilizadas nos ajustes relativos ao PIC, PCI, PECEX e às receitas de exportações, foram incluídos os custos de desembarque no porto, de transporte interno, de armazenagem e de desembaraço aduaneiro, incluídos os impostos e as taxas de importação, todos no mercado de destino do bem ou, no caso do PCI e do PECEX, de destino da commodity.

Parcelamento e pagamento de débitos tributários - Lucros auferidos no exterior Alterações - Portaria PGFN/RFB nº 4/2014Em 17 de março de 2014, foi publicada a Portaria PGFN/RFB nº 4 para alterar a Portaria PGFN/RFB nº 9/2013 que dispõe sobre o pagamento e o parcelamento de débitos junto à RFB e à PGFN, relativos a lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior, na forma do art. 40 da Lei nº 12.865/2013, nos termos a seguir, resumidamente, expostos:

A nova portaria estabelece as formas da liquidação dos valores correspondentes a multas de mora ou de ofício, a juros moratórios e a até 30% do valor principal do tributo, inclusive inscrito em DAU, com utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL próprios e de sociedades controladoras ou controladas em 31.12.2012, domiciliadas no Brasil, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção pelo parcelamento.

A portaria também estabelece que o sujeito passivo que solicitou, até 29.11.2013, o referido parcelamento e não observou, no pagamento da entrada de 20%, as regras estabelecidas, poderá, no prazo de 90 dias contados da data de publicação dessa portaria (17.03.2014), regularizar a sua situação sob pena de exclusão do parcelamento.

IPI - Valor tributável e créditos Pareceres Normativos COSITEm 26 de março de 2014, foram publicados os Pareceres Normativos COSIT nº 1 a nº 4, que tratam do valor tributável e de créditos de IPI, conforme ementas a seguir, resumidamente, expostas:

• PN COSIT nº 1: estabelece que o valor tributável de um conjunto de várias unidades acondicionadas em uma só embalagem, e, dessa forma, vendido, é o preço do conjunto.

• PN COSIT nº 2: dispõe que o estabelecimento industrial poderá creditar-se do imposto relativo à documentação técnica que acompanha o produto final, quando destinada a instruir a sua instalação, operação, utilização ou consumo, tanto a adquirida de terceiros quanto a de fabricação própria, no que se refere aos insumos nela utilizados. Sendo fornecidas em conjunto com o produto, compõem o seu custo o valor tributável.

• PN COSIT nº 3: determina que o valor da cobrança ou do débito ao autor da encomenda de ferramentas fabricadas e utilizadas, pelo próprio executor da encomenda, na industrialização de produtos encomendados por terceiros na forma que especifica, deverá ser acrescido como despesa acessória, no valor da operação para efeito do cálculo do imposto.

• PN COSIT nº 4: concluiu-se que as etiquetas que se empregam na industrialização de produtos tributados, seja qual for o material de que são confeccionadas e seja qual for a sua função, constituem produtos intermediários, pelo que há o direito ao crédito do IPI na sua aquisição, desde que para aplicação em produtos tributados.

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Tributos e Contribuições Federais

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Poder Judiciário Informativo de Jurisprudência do STJ nº 535STJ - Incidência de IPI na revenda de produtos importados Não é ilegal a nova incidência de IPI no momento da saída de produto de procedência estrangeira do estabelecimento do importador, após a incidência anterior do tributo no desembaraço aduaneiro.

Seja pela combinação dos arts. 46, II e 51, parágrafo único, do CTN - que compõem o fato gerador do referido imposto -, seja pela combinação dos arts. 51, II, do CTN, 4º, I, da Lei 4.502/1964, 79 da MP 2.158-35/2001 e 13 da Lei 11.281/2006 - que definem a sujeição passiva -, os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda.

Essa interpretação não ocasiona a ocorrência de bis in idem, dupla tributação ou bitributação, pois a lei elenca dois fatos geradores distintos: o desembaraço aduaneiro proveniente da operação de compra do produto industrializado do exterior e a saída do produto industrializado do estabelecimento importador equiparado a estabelecimento produtor, isto é, a primeira tributação recai sobre o preço da compra, na qual já está embutida a margem de lucro da empresa estrangeira, e a segunda tributação recai sobre o preço da venda, na qual já está embutida a margem de lucro da empresa brasileira importadora.

Além disso, a nova incidência do IPI não onera a cadeia além do razoável, pois o importador, na primeira operação, apenas acumula a condição de contribuinte de fato e de direito em razão da territorialidade, já que o estabelecimento industrial produtor estrangeiro não pode ser eleito pela lei nacional brasileira como contribuinte de direito do IPI - os limites da soberania tributária o impedem -, e a empresa importadora nacional brasileira acumula o crédito do imposto a ser pago na saída do produto como contribuinte de direito - não-cumulatividade -, mantendo-se a tributação apenas sobre o valor agregado.

Precedentes citados: REsp 1.386.686-SC, Segunda Turma, DJe 24/10/2013 e REsp 1.385.952-SC, Segunda Turma, DJe 11/9/2013.

REsp 1.429.656-PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, julgado em 11/2/2014. Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 535.

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais

Parcelamento de ICMS - SP e MT - Convênio ICMS nº 24/2014Em 26 de março de 2014, foi publicado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, o Convênio ICMS nº 24 para alterar o Convênio ICMS nª 108/2012 que autoriza o Estado de São Paulo a dispensar ou reduzir multas e demais acréscimos legais mediante parcelamento de débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS, conforme segue, resumidamente:

Nos termos do novo Convênio, ficam os Estados do Mato Grosso e de São Paulo autorizados a instituir programa de parcelamento de débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS e a dispensar ou reduzir suas multas e demais acréscimos legais, vencidos até 31.12.2013 (antes: 31.07.2012), constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, inclusive ajuizados, observadas as condições e os limites estabelecidos neste convênio.

Poderão ser incluídos na consolidação (que ocorrerá na data do pedido de ingresso no programa com todos os acréscimos legais) os valores espontaneamente denunciados ou informados pelo contribuinte à repartição fazendária, decorrentes de infrações relacionadas a fatos geradores do ICM e do ICMS, ocorridos até 31.12.2013 (antes: 31.07.2012).

Observadas as demais disposições do Convênio ora alterado, a legislação do Estado fixará o prazo máximo de opção do contribuinte para ingresso no programa, que não poderá exceder a 30.06.2014 (antes: 31.07.2013).

Parcelamento de ICMS - RJ, GO, DF e TO - Convênios Em 26 de março de 2014, foram publicados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ convênios ICMS dispondo sobre benefícios fiscais a serem concedidos pelos Estados especificados para o pagamento de débitos de ICMS, nos termos a seguir, resumidamente, dispostos:

• Convênio ICMS nº 21/2014: Altera o convênio ICMS nº 128/2013, para autorizar o Estado do Rio de Janeiro a instituir programa de parcelamento de débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS e dispensar ou reduzir multas e demais acréscimos legais, vencidos até 31.12.2013 (antes: 30.09.2013). Poderão ser incluídos na consolidação os valores espontaneamente denunciados ou informados pelo contribuinte à repartição fazendária, decorrentes de infrações relacionadas a fatos geradores do ICM e do ICMS, ocorridos até 31.12.2013 (antes: 30.09.2013).

• Convênio ICMS nº 26/2014: Altera o convênio ICMS nº 107/2013, para autorizar os Estados de Goiás e do Distrito Federal a instituir programa de recuperação de créditos tributários destinado a dispensar ou reduzir multas, juros e demais acréscimos legais relacionados com o ICMS, cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31.12.2013 (antes: 31.07.2013), bem como conceder parcelamento para o respectivo pagamento. Poderão ser incluídos no programa de parcelamento de que trata o convênio os valores espontaneamente denunciados pelo contribuinte à repartição fazendária, relacionados aos fatos geradores de ICMS ocorridos até 31.12.2013 (antes: 31.07.2013).

• Convênio ICMS nº 31/2014: Autoriza o Estado de Tocantins a instituir programa de recuperação de créditos tributários destinado a dispensar ou reduzir multas e juros relacionados ao ICMS, cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31.12.2013.

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais-

Poder JudiciárioSTJ - ICMS de nota fiscal inidônea - Súmula nº 509 A Primeira Seção do STJ aprovou em 26.03.2014 a Súmula nº 509, baseada em tese firmada em recurso representativo de controvérsia repetitiva o que segue:

O comerciante que compra mercadoria com nota fiscal que depois se descobre ter sido fraudada pela vendedora tem direito ao aproveitamento de crédito do ICMS, desde que comprove ser real a aquisição.

Para o STJ, o comprador de boa-fé não pode ser penalizado pela verificação posterior de inidoneidade da documentação, atividade cuja atribuição é da Fazenda. Fonte: Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ

Informativo de Jurisprudência do STF nº 734

STF - ICMS e habilitação de celular O serviço de habilitação de celular configura atividade preparatória ao serviço de comunicação, não sujeito à incidência do ICMS. Essa a orientação firmada pelo Plenário, que, em conclusão de julgamento e por maioria, desproveu recurso extraordinário no qual se discutia a possibilidade de cobrança da referida exação - v. Informativo 643.

Aduziu-se que, consoante se poderia inferir da Lei Geral de Telecomunicações, o serviço de habilitação de telefonia móvel não seria atividade-fim, mas atividade-meio para o serviço de comunicação.

Asseverou-se que a atividade em questão não se incluiria na descrição de serviços de telecomunicação constante do art. 2º, III, da LC 87/1996, por corresponder a procedimento tipicamente protocolar, cuja finalidade referir-se-ia a aspecto preparatório.

Ademais, destacou-se que, no ato de habilitação, não ocorreria qualquer serviço efetivo de telecomunicação, mas ele apenas seria disponibilizado, de sorte a assegurar ao usuário a possibilidade de seu uso.

Vencidos os Ministros Marco Aurélio, relator, e Ricardo Lewandowski, que davam provimento ao recurso por considerarem a habilitação indispensável para que se utilizasse o telefone móvel. Assim, existente cobrança pelo serviço de forma específica, cabível a tributação.

RE 572020/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux. 6.2.2014. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 734.

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais-

Informativo de Jurisprudência do STF nº 736STF - Zona Franca de Manaus e isenção de ICMS O Plenário julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade dos Convênios ICMS 1, 2 e 6, de 1990, do Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz.

O Convênio 1/1990 exclui o açúcar de cana do benefício da não incidência do ICMS quando da remessa para comercialização ou industrialização na Zona Franca de Manaus - ZFM; o Convênio 2/1990 revoga isenção concedida anteriormente e fixa níveis de tributação na remessa de produtos industrializados semielaborados para o Município de Manaus; e o Convênio 6/1990 cancela o benefício da manutenção de crédito resultante da não incidência do ICMS nas operações de remessa de mercadoria nacional para a ZFM. (...) A Corte registrou que todos os produtos industrializados destinados à ZFM, semi-elaborados ou não, estariam cobertos pela não incidência de ICMS incorporada pelo art. 40 do ADCT e que excluir alguns significaria restringir o alcance da garantia constitucional.

Sob esse enfoque, a determinação expressa de manutenção do conjunto de incentivos referentes à ZFM, extraídos da legislação pré-constitucional, exigiria a não incidência do ICMS sobre as operações de saída de mercadorias para aquela área de livre comércio, sob pena de se proceder a uma redução do quadro fiscal expressamente mantido por dispositivo constitucional específico.

Realçou, ainda, o advento da EC 42/2003, que tornara explícito o reconhecimento da não incidência sobre serviços prestados a destinatários no exterior, e abandonara a subdivisão dos produtos industrializados presente na Constituição (art. 155, § 2º, X, a).

Além disso, a aludida emenda assentara a não incidência do ICMS sobre mercadorias destinadas ao exterior, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei 288/1967. (...) Por fim, concluiu que a incidência do ICMS determinada nas situações previstas nos convênios questionados gerara redução da eficácia real do art. 40 do ADCT.

ADI 310/AM, rel. Min. Cármen Lúcia, 19.2.2014. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 736.

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Tributos e Contribuições Federais

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Trabalhistas e Previdência Social

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Poder Judiciário

Informativo de Jurisprudência do STJ nº 536STJ - Contribuição previdenciária - Salário maternidade e outras verbas Recursos repetitivos

• Salário-maternidade-Incidência Incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre os valores pagos a título de salário-maternidade. Precedentes citados: AgRg nos EDcl no REsp 1.040.653-SC, Primeira Turma, DJe 15/9/2011; e AgRg no Ag 1.424.039-DF, Segunda Turma, DJe 21/10/2011. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

• Salário-paternidade-Incidência Incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre os valores pagos a título de salário paternidade. Precedente citado: AgRg nos EDcl no REsp 1.098.218-SP, Segunda Turma, DJe 9/11/2009. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

• Terçoconstitucionaldefériasgozadas-Nãoincidência Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a título de terço constitucional de férias gozadas. Precedentes citados do STJ: AgRg nos EREsp 957.719-SC, Primeira Seção, DJe de 16/11/2010; e EDcl no AgRg no AREsp 16.759-RS, DJe 19/12/2011. Precedentes citados do STF: AgR no AI 710.361-MG, Primeira Turma, DJe 8/5/2009; e AgR no RE 587.941-SC, Segunda Turma, DJe 21/11/2008. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

• Terçoconstitucionaldefériasindenizadas–Nãoincidência Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a título de terço constitucional de férias indenizadas. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

• Avisoprévioindenizado–Nãoincidência Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a título de aviso prévio indenizado.

Precedentes citados: AgRg no REsp 1.218.883-SC, Primeira Turma, DJe de 22/2/2011; e AgRg no REsp 1.220.119-RS, Segunda Turma, DJe de 29/11/2011. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

• INSSsobreaimportânciapaganos15diasqueantecedemoauxílio-doença-Nãoincidência Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre a importância paga nos 15 dias que antecedem o auxílio-doença. Precedentes citados: AgRg no REsp 957.719-SC, Primeira Turma, DJe 2/12/2009; e AgRg no REsp 1.100.424-PR, Segunda Turma, DJe 18/3/2010. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014. Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 536.

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