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Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Assessoria Mediática, ISCSP - Universidade de Lisboa (2014).
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Licenciatura em Ciências da Comunicação, 3º Ano
Unidade Curricular: Assessoria Mediática
Clipping sobre a CPLP
Discentes: Ana Margarida Nunes Pena – Nº214546
Bárbara de Figueiredo Martinho Gil Loureiro – Nº214907
Eliane Pires Hadergjonaj – Nº214525
Isa Rafaela Eleutério Rodrigues – Nº214540
Paula Pereira de Freitas – Nº214567
Docente: Professora Doutora Sónia Sebastião
Lisboa, 11 de Novembro de 2014
Clipping sobre a CPLP
2 | P á g i n a
Índice Geral
Introdução ......................................................................................................................... 3
1. Apresentação da CPLP e retrato das fontes de informação seleccionadas de Portugal,
Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe ................................................................................... 4
1.1. Apresentação da CPLP ......................................................................................... 4
1.2. Retrato das fontes de informação digitais seleccionadas de Portugal, Guiné-
Bissau, e São Tomé e Príncipe ........................................................................................ 6
2. O Clipping e as Teorias da Comunicação ..................................................................... 9
3. Análise Clipping e suas conclusões ............................................................................ 11
4. Social Media Release sobre a imagem mediática da CPLP ......................................... 21
Considerações Finais ........................................................................................................ 22
Bibliografia ....................................................................................................................... 23
Anexos ............................................................................................................................ 24
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Data das notícias recolhidas ............................................................................. 12
Gráfico 2: Fontes de informação das notícias recolhidas .................................................. 13
Gráfico 3: Expressão da CPLP nos meios de comunicação escolhidos ........................... 14
Gráfico 4: Estado-membro focado nas notícias recolhidas ............................................... 15
Gráfico 5: Estados-membros mencionados no corpus das notícias recolhidas .................. 16
Gráfico 6: Tema principal das notícias recolhidas ............................................................ 17
Gráfico 7: Outros temas referenciados nas notícias recolhidas ..................................... 18
Gráfico 8: Relação entre estados-membros focados e meios de comunicação
analisados ....................................................................................................................... 19
Gráfico 9: Relação entre fontes de informação das notícias e meios de comunicação
analisados ....................................................................................................................... 21
Índice de Tabelas
Tabela 1: Relação entre temas principais e meios de comunicação analisados ................. 20
Clipping sobre a CPLP
3 | P á g i n a
Introdução
O presente trabalho desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Assessoria
Mediática teve como fim a percepção da imagem mediática da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) veiculada pelos órgãos de comunicação social dos estados-
membros. Desta forma, recorreu-se à análise clipping, uma ferramenta utilizada em
Relações Públicas, que tem como propósito a percepção da imagem de uma empresa ou
organização veiculada pelos media. Para esta análise foram seleccionados seis jornais de
três estados-membros da organização: Bissau Digital e GBissau; Diário de Notícias e
Público; Jornal ST e Téla Nón, sendo que os dois primeiros são da Guiné-Bissau, os
seguintes de Portugal, e os últimos de São Tomé e Príncipe. No total foram recolhidas 77
notícias.
Este trabalho encontra-se estruturado em quatro pontos temáticos: 1º ponto) em
que é feito a apresentação da CPLP e o retrato das fontes de informação digitais dos três
estados-membros seleccionados; 2º ponto) onde é realizado a caracterização teórica do
Clipping e a explicação do processo de recolha; 3º ponto) onde se faz a análise Clipping e
se retiram as suas conclusões; e 4º ponto) onde se descreve o conteúdo produzido e o seu
objectivo.
Clipping sobre a CPLP
4 | P á g i n a
1. Apresentação da CPLP e retrato das fontes de informação seleccionadas
de Portugal, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe
1.1. Apresentação da CPLP
Constituída a 17 de Julho de 1996, na I Conferência dos Chefes de Estado e de
Governo dos Países de Língua Portuguesa, a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa, também conhecida como CPLP, é uma Organização de foro multilateral que
tem como principais objectivos: o fortalecimento da cooperação entre os seus estados-
membros em todos os domínios (político-diplomático, económico, social e cultural); o
alcance, a nível internacional, de um maior destaque/ uma maior visibilidade; e a
promoção e difusão da língua portuguesa. Dotada de personalidade jurídica e autonomia
financeira, esta comunidade veio não só promover a cooperação entre os países que a
constituem, sobretudo, a nível económico, como também veio reforçar os laços históricos
e culturais entre os mesmos (CPLP, 2014).
Como a designação da organização indica, a língua portuguesa é o elo da CPLP, que
advém do passado histórico e cultural. O facto de os estados-membros partilharem uma
língua comum, facilita o “aprofundamento da amizade mútua, da concertação político-
diplomática e da cooperação” (CPLP, 2014).
A língua portuguesa é utilizada como idioma oficial por mais de 250 milhões de
pessoas, sendo a quarta língua mais falada no mundo, como língua materna, de acordo
com o Observatório da Língua Portuguesa, o que comprova a sua importância. (As 10
Línguas mais faladas no Mundo, 2013).
Fazem parte da CPLP, actualmente, nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe (1996); Timor-Leste (2002) e Guiné
Equatorial (2014), tendo todos eles a língua portuguesa como idioma oficial (sendo esse
um dos requisitos para pertencer à organização). No entanto, Timor-Leste e Guiné
Equatorial têm também outras línguas como oficiais (CPLP, 2014).
De modo a que as relações de amizade e de cooperação entre os estados-
membros sejam reguladas eficazmente, a CPLP rege-se pelos seguintes princípios:
Clipping sobre a CPLP
5 | P á g i n a
“igualdade soberana dos Estados membros”; “não-ingerência nos assuntos internos de
cada estado”; “respeito pela sua identidade nacional”; “reciprocidade de tratamento”;
“primado da paz, da democracia, do estado de direito, dos direitos humanos e da justiça
social”; “respeito pela sua integridade territorial”; “promoção do desenvolvimento”; e
“promoção da cooperação mutuamente vantajosa" (CPLP, 2014).
A CPLP é também constituída pelos seguintes órgãos e instrumentos (CPLP, 2014):
Conferência de Chefes de Estados e de Governo
Conselho de Ministros
Comité de Concertação Permanente
Secretariado Executivo
Reuniões Ministeriais Sectoriais
Reunião dos Pontos Focais de Cooperação
Instituto Internacional de Língua Portuguesa
Assembleia Parlamentar
A Comunidade tem sede em Lisboa e é regida pelo Secretariado Executivo o qual é
dirigido pelo Secretário Executivo, que é eleito para um mandato de dois anos, sendo
permitido uma reeleição. As suas competências são: implementar as decisões da
Conferência de Chefes de Estado e de Governo, do Conselho de Ministros dos Negócios
Estrangeiros e do Comité de Concertação Permanente; planificar e assegurar a execução
dos programas da CPLP; organizar e participar nas reuniões dos vários órgãos da CPLP; e
acompanhar a execução das decisões das Reuniões Ministeriais e demais iniciativas no
âmbito da CPLP (CPLP, 2014).
O actual Secretário Executivo é o moçambicano Murade Murargy, que é auxiliado
no exercício das suas funções pelo Director-Geral, cargo ocupado actualmente pela cabo-
verdiana Georgina Mello (CPLP, 2014).
Importa ainda referir que a CPLP tem presidência rotativa entre os estados-
membros, cargo assumido nos próximos dois anos por Timor-Leste (CPLP, 2014).
Para além dos estados-membros existem ainda estados com o Estatuto de
Observador Associado, isto é, estados que pretendem ser estados-membros da CPLP, mas
Clipping sobre a CPLP
6 | P á g i n a
que ainda não têm todas as condições necessárias para o ser. O número de estados como
observadores associados têm aumentando e tudo aponta para que continue a crescer,
devido à afirmação da CPLP no contexto internacional. Actualmente, os estados com o
estatuto de observador associado são: República da Ilha Maurícia (2006); Senegal (2008);
Geórgia, Japão, República da Namíbia e República da Turquia (2014) (CPLP, 2014).
À espera que a candidatura ao estatuto de observador associado seja aceita,
encontram-se os seguintes Estados e Regiões: Albânia, Andorra, Austrália, Croácia,
Filipinas, Galiza, Índia, Indonésia, Luxemburgo, Macau, Malaca, Marrocos, Peru, Roménia,
Suazilândia, Taiwan, Ucrânia e Venezuela (Geoeconomia, a nova dimensão da CPLP, 2014).
Na prossecução dos seus objectivos, a CPLP tem também atribuído o estatuto de
Observador Consultivo a organizações da sociedade civil dos países membros empenhadas
na realização dos mesmos, o que permite à Comunidade criar novos espaços de
cooperação, em vários sectores de actividade (CPLP, 2014). Este estatuto foi atribuído ao
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), este ano, a 23 de Julho de 2014, na
Cimeira da CPLP em Díli, Timor-Leste, após um “longo e exigente” processo de candidatura
(Atribuída ao ISCSP a categoria de observador consultivo da CPLP, 2014).
1.2. Retrato das fontes de informação digitais seleccionadas de Portugal, Guiné-
Bissau, e São Tomé e Príncipe
Com o objectivo primário de perceber qual a imagem da CPLP veiculada pelos
órgãos de comunicação dos estados-membros, a Guiné-Bissau foi um dos estados-
membros escolhidos para proceder-se à análise clipping. As plataformas digitais de órgãos
de comunicação social da Guiné-Bissau seleccionadas, para a análise exploratória de
notícias, foram: Bissau Digital e GBissau.
Relativamente, à análise das notícias sobre a CPLP realizada ao Bissau Digital, que
comporta o período de Janeiro a Junho de 2014, foram somente identificadas seis notícias,
sendo este um número consideravelmente baixo. Os temas abordados nessas notícias
foram sobretudo a colaboração da CPLP nas eleições gerais da Guiné-Bissau, após dois
anos de um governo de transição, na sequência de um golpe de Estado; a Cimeira da CPLP,
em Díli, Timor-Leste; e para além disso, os Jogos da CPLP e o possível estabelecimento de
Clipping sobre a CPLP
7 | P á g i n a
uma parceria de exploração petrolífera entre Timor-Leste e a Guiné-Bissau, no quadro da
CPLP. As notícias são todas informativas e transparecem uma imagem bastante positiva da
CPLP, de uma organização que realmente está empenhada na colaboração entre os
estados-membros, de forma a, que os seus princípios e objectivos sejam cumpridos.
No que concerne, à análise efectuada ao GBissau, durante o mesmo período de
tempo, foi possível detectar treze notícias sobre a CPLP. Em consequência do número de
notícias ser maior, verificou-se igualmente um maior número de temas abordados. Os
principais temas debatidos foram novamente a Cimeira da CPLP, em Díli; o apoio da CPLP
à Guiné-Bissau durante as eleições gerais; mas também assuntos relacionados com a
adesão da Guiné-Equatorial à CPLP; a luta contra a fome nos países da CPLP, entre outros.
Contudo, o GBissau é uma fonte de informação cujas notícias são mais abrangentes, ou
seja, informam sobre diversos assuntos e numa perspectiva tanto positiva como negativa
para a CPLP, havendo várias notícias em que personalidades intervenientes na CPLP
apontam problemas e medidas que a organização deve resolver e seguir,
respectivamente.
Portugal foi outro dos estados-membros escolhidos para a análise clipping. As
plataformas digitais de órgãos de comunicação social de Portugal seleccionadas, para a
análise exploratória de notícias, foram: Diário de Notícias e Público.
Da análise efectuada ao Diário de Notícias, no mesmo período de tempo, foi
possível apurar vinte e seis notícias sobre a CPLP. Apesar do número de notícias ser
consideravelmente maior em relação aos das plataformas de informação digitais da
Guiné-Bissau, não houve uma grande exploração de temas, verificando-se uma grande
incidência nos mesmos temas. Os temas abordados nessas notícias foram sobretudo a
entrada da Guiné Equatorial na CPLP, existindo um grande número de notícias sobre este
tema em comparação com os outros (quinze notícias das vinte e seis); a Cimeira da CPLP,
em Díli; e as eleições gerais da Guiné-Bissau. As notícias são na sua grande maioria críticas
à CPLP, devido à adesão da Guiné Equatorial na Comunidade, uma vez que o país não se
enquadrava na maior parte dos requisitos necessários para a sua aceitação,
principalmente, no que diz respeito aos Direitos Humanos, pressupondo que possíveis
interesses políticos e económicos estivessem por detrás da mesma.
Clipping sobre a CPLP
8 | P á g i n a
Quanto à análise das notícias sobre CPLP no Público, entre os meses seleccionados,
foi possível detectar, tal como no Diário de Notícias, vinte e seis notícias. Há semelhanças
entre as notícias das duas plataformas de informação digitais portuguesas. Por exemplo, o
tema mais abordado foi também a adesão da Guiné Equatorial à CPLP e a abordagem foi
igualmente idêntica, tal como o número de notícias sobre o tema (quinze notícias das
vinte e seis), todas elas transmitindo uma imagem um pouco negativa da CPLP. As
restantes notícias são sobre diversos assuntos, mas estão sobretudo relacionadas com
aspectos económicos, língua e cultura, livre-circulação e ainda sobre desporto. Estas
últimas transparecem a imagem da CPLP como organização empenhada na concretização
dos seus objectivos.
São Tomé e Príncipe foi igualmente um dos estados-membros escolhidos para a
análise clipping. As plataformas digitais de órgãos de comunicação social de São Tomé e
Príncipe seleccionadas, para a análise exploratória de notícias, foram: Jornal ST e Téla Nón.
Em relação, ao Jornal ST foram somente identificadas duas notícias sobre a CPLP,
durante o período em análise, o que pode ser assumido como uma falta de interesse pela
organização. Dentro dessas duas notícias os temas abordados foram sobre o apoio de São
Tomé e Príncipe a uma possível criação de um consórcio entre a CPLP para exploração de
petróleo em Timor-Leste e sobre o facto de a cooperação de S. Tomé e Príncipe com a
CPLP e com a UE ser uma primazia na política externa do país. Ou seja, ambas as notícias
dão primazia ao país e não a algo sobre a CPLP em si. Desta forma, é possível concluir que
o retrato que é feito da CPLP pelo jornal é fraco, mas ainda assim positivo, uma vez que,
dá-lhe alguma importância ao dizer que a cooperação com a CPLP é prioritária na política
externa do país.
No que concerne ao Téla Nón, foi possível detectar entre os meses analisados,
quatro notícias sobre a CPLP, continuando este a ser um número demasiado reduzido,
mas pode considerar-se que os temas abordados foram de certa forma abrangentes:
adesão da Guiné Equatorial à CPLP; entrada de São Tomé e Príncipe como membro da
Plataforma – Museu Virtual da CPLP; o interesse de São Tomé e Príncipe em participar no
consórcio da CPLP para exploração de petróleo em Timor-Leste, em caso de concretização;
e por último o interesse da Guiné Equatorial na cooperação económica com S. Tomé e
Clipping sobre a CPLP
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Príncipe caso fosse admitida na CPLP. Como se pode verificar, os temas mais abordados
estão relacionados com cooperação económica, o que comprova a importância da CPLP,
neste domínio. Para além disso, existe ainda uma notícia de nível histórico e cultural. Estas
notícias transparecem uma imagem positiva da CPLP. Mesmo a notícia relacionada com a
entrada da Guiné Equatorial é abordada de uma forma neutra, sem negatividade em
relação ao assunto. Importa ainda referir que tal como acontece no Jornal ST, a maioria
das notícias apesar de serem poucas e a CPLP intervir, estão principalmente relacionadas
com o estado-membro de origem do órgão de comunicação em análise.
2. O Clipping e as Teorias da Comunicação
As Relações Públicas conseguem influenciar atitudes, comportamentos e crenças
tendo para tal de utilizar diversos instrumentos a fim de conseguir uma melhor
comunicação. Dentro da variedade de instrumentos que existem, a monotorização dos
media e a análise de conteúdo são as abordadas neste trabalho. O primeiro é utilizado
para avaliar a quantidade de cobertura, enquanto o segundo se prende com a
identificação de matérias de importância crescente e com a identificação do sentido em
que a opinião pública se move (Theaker, 2004, pp. 312; 315; 317).
O Clipping, do original inglês clip e em português recorte é uma dessas
ferramentas, inserida na monotorização dos media, muito utilizado na Assessoria
Mediática, especificamente. Trata-se de um ‘’recorte’’ dos textos das revistas e jornais, ou
seja, uma compilação de todas as matérias publicadas na imprensa sobre o cliente da
assessoria de imprensa. Trata-se pois de material veiculado nos diferentes canais
mediáticos (jornais, revistas, televisão, rádio e sites da net) (Carvalho & Reis, 2009, p. 23).
A principal função do clipping é a avaliação da exposição de indivíduos e do seu
sector de actuação com as devidas percepções de quando e porque é que ela se altera,
podendo ser útil para a construção de uma imagem melhor (Mauad, 2009, p. 7).
Uma das tarefas mais importantes do clipping é organizar a informação uma vez
que é assim que as notícias são contextualizas: dados como a fonte, o meio, a data, as
personagens intervenientes e o assunto geral da notícia são-nos essenciais para podermos
Clipping sobre a CPLP
10 | P á g i n a
compreender o que tem sido mencionado nos media acerca de determinados temas,
pessoas ou organizações, e que são de interesse público (Mauad, 2009, p. 7).
Actualmente, o clipping vem acompanhado de análises técnicas com um grau de
sofisticação maior que foi proporcionado pelo desenvolvimento da tecnologia e do
despontar da internet (Mauad, 2009, p. 49).
É através do clipping que conseguimos deduzir o modo como as notícias são
construídas, quais os seus temas e abordagens. É a partir deste instrumento que se verifica
a prática do gatekeeping, do agenda-setting, do agenda-building, e do newsmaking.
O conceito de gatekeeper foi elaborado por Kurt Lewin num estudo de 1947 sobre
as dinâmicas que agem no interior dos grupos sociais. Este identificou nos canais (por
onde flui a comunicação) zonas que podem funcionar como cancela (ou ‘’porteiro’’
tradução de gatekeeper). Essas zonas chamadas de ‘’filtro’’ são controladas por ‘’sistemas
objectivos de regras ou por gatekeepers’’: há um indivíduo ou um grupo que tem o poder
de decidir se deixa passar informação ou se a bloqueia (Wolf, 2009, pp. 180-181). Esta
teoria pode explicar a ausência ou adulteração de informação sobre a CPLP, pelo menos
em alguns países.
Por outro lado, a construção da agenda, ou agenda-building, estuda como e quem
determina as agendas, quem tem o poder de controlar a agenda e como isso é realizado
(Cobb & Elder, 1971). Teoria a partir da qual se desenvolve o agenda-setting. Este
preocupa-se com a saliência dos assuntos (Tewksbury & Scheufele, 2007, p. 298) e
apresenta um modelo conceptual que aponta para a construção da imagem como um dos
efeitos da comunicação mediática. As agendas são definidas por um conjunto objectos,
com atributos e características próprias que os definem como tal. Assim, quando os media
e os públicos falam ou pensam acerca de um objecto, alguns atributos são enfatizados,
enquanto outros são mencionados apenas como informação acessória (de
contextualização).
‘’Enquadrar’’ é seleccionar alguns aspectos de uma realidade percepcionada e
torná-los mais salientes num texto comunicativo, “de forma a promover particularmente a
definição de um problema, uma interpretação causal, uma avaliação moral e/ou uma
Clipping sobre a CPLP
11 | P á g i n a
recomendação de tratamento para o item descrito” (Entman, 1993, p.52 apud McCombs,
2005, p.546). McCombs afirma que “os elementos proeminentes na agenda mediática,
com o passar do tempo, acabam por se tornar proeminentes na agenda pública” (2005,
546). Neste sentido, o autor acrescenta ainda que “os media têm de ser bem-sucedidos
não só a dizer-nos sobre o que devemos pensar, mas também sobre a forma como
pensamos acerca de determinado objecto” (McCombs, 2005, p. 546). Através destas
teorias conseguimos perceber o que é que as redacções acham que o público quer ler e a
forma como abordam os temas (com mais ou menos sensacionalismo, mais ou menos
importância), neste caso se a CPLP é parte integrante da agenda pública e mediática.
Por fim, a teoria do newsmaking aborda a relação entre ‘’cultura profissional dos
jornalistas’’ (diz respeito a aprendizagens ao longo da vida pessoal e também as suas
características pessoais, por exemplo como determinada pessoa olha para um fenómeno)
e a ‘’organização dos trabalhos e processos produtivos’’ (a forma como a redacção se
organiza, aquilo que é ou não noticiável, e tipos de escrita e confecção onde são definidos
determinados critérios de noticiabilidade, que aplicados a cada acontecimento, definem
se este está ou não apto para ser transformado em noticia (Wolf, 2009, p. 188). O
contributo teórico do newsmaking para o clipping é importante uma vez que nos ajuda a
percepcionar quais os critérios adoptados e de que forma é que as redacções escolheram
os conteúdos para publicar na agenda mediática em relação à CPLP.
Para fazer este trabalho foram analisados seis jornais online no semestre relativo
ao período de Janeiro de 2014 a Junho de 2014: Bissau Digital, GBissau, Diário de Notícias,
Público, Jornal ST e Téla Nón, dos quais foram recolhidas 77 notícias consideradas
relevantes e que incidiam directamente sobre a CPLP. As categorias analisadas foram:
Data, Fonte, Meio, Actor(es)/Pessoas, Estado-Membro em foco, Outros Estados-Membros
mencionados, Tema Principal e Outros temas. Após a recolha e preenchimento da tabela
clipping com as categorias referidas, procedeu-se à execução de gráficos e respectiva
análise.
3. Análise Clipping e suas conclusões
A análise clipping desenvolvida, entre os meses de Janeiro e Junho de 2014,
permitiu a recolha de dados quantitativos e qualitativos necessários para compreender a
Clipping sobre a CPLP
12 | P á g i n a
imagem da CPLP veiculada pelos órgãos de comunicação social dos três estados-membros
seleccionados – Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe. Os objectivos específicos
subjacentes a esta análise foram a aferição dos eixos de intervenção da CPLP mais
destacados nas notícias e a evidenciação da importância dos eventos como instrumento
de relações públicas no âmbito da projecção mediática da CPLP.
Relativamente à data, o mês de Fevereiro foi o período de tempo em que surgiram
mais notícias acerca da CPLP nos meios de comunicação analisados, enquanto Janeiro,
Abril e Junho foram meses em que a Comunidade foi pouco retratada. Esta diferença
exponencial do mês de Fevereiro, em comparação com os outros meses, está
directamente relacionada com a decisão, dos estados-membros da CPLP, de
recomendarem à conferência dos Chefes de Estado e de Governo a adesão da Guiné
Equatorial como membro de pleno direito da CPLP, após o anúncio, por parte do país, de
uma moratória da pena de morte. Tal acontecimento suscitou naquele mês um número
elevado de notícias sobre a CPLP, sobretudo, notícias que continham críticas de que
possíveis interesses políticos e económicos estariam por detrás da possível aceitação da
Guiné Equatorial na Comunidade (ver gráfico 1).
Gráfico 1: Data das notícias recolhidas
Base: 77 notícias
Quanto à fonte, a agência Lusa foi a principal fonte de informação para a
concepção das notícias, o que deve-se ao facto de terem sido os jornais portugueses a dar
Clipping sobre a CPLP
13 | P á g i n a
maior visibilidade à CPLP. As notícias sem fonte de informação identificada assumiram
também grande expressão. Podemos ainda concluir que a CDAG e a Redsan (por não ser
uma agência de informação, mas sim a Rede da Sociedade Civil para a Segurança
Alimentar e Nutricional da CPLP) assumem pouca relevância na informação prestada (ver
gráfico 2).
Gráfico 2: Fontes de informação das notícias recolhidas
Base: 77 notícias
Segundo o gráfico 3, que diz respeito à expressão da CPLP nos meios de
comunicação analisados, os jornais portugueses, Diário de Notícias e Público, foram os que
mais noticiaram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, com um total de 26
notícias cada. A CPLP teve menor expressão nos jornais Jornal ST e Téla Nón, ambos de
São Tomé e Príncipe, o que pode significar o pouco interesse do país na Comunidade (ver
gráfico 3).
Clipping sobre a CPLP
14 | P á g i n a
Base: 77 notícias
No que concerne aos actores, as figuras mais retratadas foram Teodoro Obiang
Nguema (Presidente da Guiné Equatorial), Rui Machete (Ministro português dos Negócios
Estrangeiros), Xanana Gusmão (Primeiro-Ministro de Timor-Leste) e Pedro Passos Coelho
(Primeiro-Ministro de Portugal), as quais assumem uma posição de destaque
relativamente às restantes, sobretudo o primeiro referido com um total de 26 notícias
onde foi figura principal. Na concepção deste gráfico foram excluídos os actores que
tinham apenas uma referência. Importa mencionar que Murade Murargy, Secretário
Executivo da CPLP, foi a quinta figura mais retratada, sendo referido em seis notícias). Há
que referir ainda, o facto de cinco notícias não fazerem referência a qualquer figura (ver
tabela 1).
Teodoro Obiang Nguema foi muito referido nas notícias por ser líder da Guiné-
Equatorial cuja entrada na CPLP despoletou uma controvérsia sobre os Direitos Humanos,
comprovando dois factos sobre a noticiabilidade internacional: primeiro que só os líderes
aparecem retratados (como Primeiros-Ministros, Presidentes, líderes de oposição) e
segundo que quanto menor a classificação de uma pessoa (no sentido empático) mais
negativas as suas acções terão sido (defesa da pena de morte não é bem-vista pelo
mundo) (Galtung & Ruge, 1965, pp. 81-83) (ver anexo 1).
Analisando o gráfico, podemos concluir que a Guiné Equatorial foi o Estado-
membro da CPLP mais focado, devido à sua adesão polémica, principalmente, por causa
do desrespeito do país pelos Direitos Humanos. Portugal foi o segundo país mais focado
uma vez que foram os jornais portugueses que mais noticiaram a CPLP. Esse facto pode
Gráfico 3: Expressão da CPLP nos meios de comunicação escolhidos
Clipping sobre a CPLP
15 | P á g i n a
ser explicado pela tentativa de aproximação cultural de Portugal às suas nações
‘’subordinadas’’ pois há uma compensação entre a posição dos restantes países da CPLP e
Portugal (Galtung & Ruge, 1965, pp. 81-83). Outra hipótese é que Portugal tenha os órgãos
de comunicação mais desenvolvidos do que nos países da CPLP em análise neste trabalho,
facto que pode ser comprovado pelas suas plataformas digitais, que ainda são um pouco
retrógradas. O terceiro estado-membro mais focado foi Timor-Leste, estando isto
relacionado com a organização da Cimeira da CPLP, que este ano realizou-se em Díli (ver
gráfico 4). Pode-se também verificar que o Brasil nunca foi focado, talvez porque durante
o período analisado, não houve nenhum acontecimento relacionado com o Brasil e com a
CPLP que merece ser notícia segundo os seguintes processos: gatekeeping, agenda-
setting, agenda-building, e newsmaking (ver gráfico 4).
Gráfico 4: Estado-membro focado nas notícias recolhidas
Base: 77 notícias
Relativamente aos membros apenas mencionados, todos os estados-membros
foram referidos de forma mais ou menos igualitária, com excepção da Guiné Equatorial
que teve pouca expressão, visto ter tido um grande destaque como tema principal (ver
gráfico 5).
Clipping sobre a CPLP
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Gráfico 5: Estados-membros mencionados no corpus das notícias recolhidas
Base: 77 notícias
Através do gráfico 6, podemos observar que os temas mais mediatizados pelos
jornais analisados foram: a Organização da CPLP, com 39 notícias; a Cooperação
Económica entre os estados-membros, com 15 notícias; a Justiça, com 10 notícias; e a
política, com 9 notícias. Segundo, Galtung & Ruge (1965, pp. 81-83) podemos concluir que
se verifica uma continuidade em relação aos temas. Os temas Organização da CPLP e
Justiça, estão na sua grande maioria relacionados com a adesão da Guiné Equatorial à
CPLP, a qual suscitou muita polémica. É também notória uma grande discrepância entre o
tema mais referenciado e os restantes, demonstrando que a maior parte dos eixos de
intervenção da CPLP são desvalorizados, como por exemplo, a Comunicação Social, os
Observadores Associados e Consultivos, Saúde, Educação e Formação Técnica, entre
outros (ver gráfico 6).
Clipping sobre a CPLP
17 | P á g i n a
Gráfico 6: Tema principal das notícias recolhidas
Base: 77 notícias
No que concerne, aos temas que foram apenas mencionados nas notícias, mas que
não surgiram como tema principal, são: os Eventos, a Língua, a Cooperação Político-
Diplomática e a Justiça, que aparecem mais vezes. O destaque para a temática “Eventos”
poderá explicar-se pelo facto destes criarem visibilidade e de alguma forma mudarem a
percepção do público sobre o que está a acontecer, neste caso com a CPLP. Estes
‘’eventos’’ dizem sobretudo respeito a conferências (ver gráfico 7).
Clipping sobre a CPLP
18 | P á g i n a
2
23
9
2
7
5
6
23
1
20
1
2
18
16
9
30
0 5 10 15 20 25 30 35
Organização da CPLP
Língua
Cultura
Comunicação Social
Desporto
Educação e Formação Técnica
Ciência e Tecnologia
Cidadania e Livre-Circulação
Cooperação Económica
Cooperação Político-Diplomática
Saúde
Defesa
Justiça
Segurança Pública
Observadores Associados e Consultivos
Economia
Política
Diplomacia
Eventos
Outros Temas
Base: 77 notícias
Quanto aos estados-membros focados nos meios de comunicação analisados,
verifica-se com excepção do Diário de Notícias, que a maior parte das notícias estão
relacionadas com o estado-membro de origem do órgão de comunicação em análise.
Pode-se também afirmar, que nos jornais em que o número de notícias foi maior (Público,
Diário de Notícias e GBissau), o número de países abordados também aumentou. Para
além disso, constata-se que a Guiné Equatorial foi o estado-membro mais focado no Diário
de Notícias, que o Público também lhe deu relevância especial, e que o GBissau e o Téla
Nón também lhe deram alguma importância. Tal deve-se à polémica que a sua adesão à
Comunidade suscitou. É possível observar ainda que Timor-Leste foi noticiado como
Gráfico 7: Outros temas referenciados nas notícias recolhidas
Clipping sobre a CPLP
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53
4
12
4
17
2 211 1
2 2
1516
12
1 1
65
1 1 13
02468
1012141618
Bissau Digital GBissau Jornal ST Téla Nón Diário de
Notícias
Público
Guiné-Bissau Portugal São Tomé e Príncipe
Angola Guiné Equatorial Timor-Leste
Cabo-Verde Brasil Moçambique
estado-membro principal em todos os jornais analisados, estando isto associado ao facto
de ter sido o organizador da Cimeira da CPLP, deste ano (ver gráfico 8).
Base: 77 notícias
Relacionando os temas mais focados com os jornais analisados, percebemos que a
Organização da CPLP foi o tema em destaque no Diário de Notícias e no Público, tendo
tido alguma expressão no GBissau. Dado que a organização da CPLP sofreu uma mudança,
com a entrada da Guiné Equatorial, o acontecimento foi fortemente noticiado pelos meios
de comunicação portugueses, informando a população do que se passa no mundo e,
sobretudo, do que se passa em contextos próximos e que afectam o país (Galtung & Ruge,
1965, pp. 81-83). Claro está que temas actuais e com um grau de importância e relevância
superior, como é o caso, são mais mediatizados. Os restantes temas foram retratados
praticamente da mesma forma em todos os outros meios (ver tabela 2).
Gráfico 8: Relação entre estados-membros focados e meios de comunicação analisados
Clipping sobre a CPLP
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Tabela 1: Relação entre temas principais e meios de comunicação analisados
Base: 77 notícias
Como podemos verificar através do gráfico 9, de todos os jornais, o Público foi o
que teve mais notícias cuja fonte não foi identificada. O mesmo aconteceu com o jornal
Téla Nón e com o Diário de Notícias, onde três notícias não tinham fonte. O Diário de
Notícias foi o meio de comunicação que mais noticiou com base na informação da agência
Lusa. O Jornal ST e o Bissau Digital apenas tiveram como fonte o PNN. Num total de 77
notícias recolhidas apenas duas foram fornecidas pela CDAG e a Redsan. Podemos ainda
destacar o jornal Gbissau por ser o com maior variedade de fontes. Com a análise
concluímos que as notícias dos dois meios de cada país são muito semelhantes no que
toca a temas e estados-membros noticiados. Isto pode acontecer, devido às fontes serem
muitas vezes as mesmas nos diferentes meios (ver gráfico 9).
Tema Principal Bissau Digital GBissau Jornal ST
Téla Nón
Diário de
Notícias Público
Organização da CPLP
5
1 17 16
Língua
2
Cultura
1
1
Comunicação Social Desporto 1
1
Educação e Formação Técnica
1
Ciência e Tecnologia Cidadania e Livre-Circulação
1
Cooperação Económica 1 4 1 2 1 6
Cooperação Político-Diplomática 1 3
2 1
Saúde
1 Defesa
2
1
Justiça
1
5 4
Segurança Pública
1 Observadores Associados e
Consultivos Economia
2 2
Política 3
1
4 1
Diplomacia
1
Clipping sobre a CPLP
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Base: 77 notícias
4. Social Media Release sobre a imagem mediática da CPLP
Numa fase final do trabalho, a produção de conteúdo sobre a imagem mediática
da CPLP foi realizada através de um Social Media Release. O principal objectivo deste
projecto multimédia é informar as pessoas acerca do retrato que é feito por cada fonte de
informação dos estados-membros analisados. A escolha deste meio contempla os
seguintes objectivos específicos:
mostrar a valorização dada ao trema tratado, especificamente, por cada jornal
representante do país em estudo;
estruturar os conteúdos para uma leitura fácil, sintética, clara e atractiva;
utilizar as ferramentas disponíveis online para apresentação de dados
quantitativos de uma forma gráfica, acompanhada de uma análise demonstrativa
e compreensiva.
A plataforma usada para a publicação do Social Media Release foi o Wix
(http://pt.wix.com/). O website permitiu a definição das categorias por: a) “página inicial”
para apresentação do projecto e do relatório que é a fonte de toda a informação
disponível; b) “Guiné-Bissau”, “Portugal”, “São Tomé e Príncipe”, respectivamente, para
agregar as análises feitas a cada jornal; c) ficha de contactos das autoras do projecto.
Gráfico 9: Relação entre fontes de informação das notícias e meios de comunicação analisados
Clipping sobre a CPLP
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O recurso aos infográficos produzidos no website Pictochart
(http://piktochart.com/) permitiu apresentar a análise do Clipping e responder à questão
“como é que as fontes escolhidas noticiaram a CPLP (por temas principais, tipo e número
de notícias) durante período de tempo seleccionado?”
Endereço do website: http://assessoriam14.wix.com/cplp
Considerações Finais
A análise feita ao clipping levou-nos a concluir que, em primeiro lugar, a CPLP não
é dos temas mais noticiados. Foram encontradas muitas notícias sobre os estados-
membros constituintes, mas estes não falavam sobre a comunidade. Podemos considerar
que dos temas de debate, a CPLP não é dos temas mais destacados não constituindo parte
da agenda mediática nem da pública.
Outra das conclusões retiradas é que Portugal é o país que confere mais destaque
dos três países escolhidos para análise. Também as notícias relativas a eventos, sobretudo
as conferências em relação à entrada da Guiné-Equatorial e questões de justiça, com a
polémica da pena de morte são as mais noticiadas. Polémicas e choques, eventos
internacionais assim como líderes dos estados-membros e as suas acções merecem
grande parte da cobertura mediática.
O número de notícias recolhidas neste período foi substancial apenas pela celeuma
despoletada pela entrada da Guiné-Equatorial na comunidade.
Outro ponto que precisa de ser aprofundado incide sobre os eventos: dado que
foram dos mais noticiados fica claro que são de grande importância. Uma das funções das
Relações Públicas é gerir a imagem dos seus clientes, podendo recorrer a esse instrumento
para o efeito pois são os eventos que atraem a atenção do público pela sua grande
projecção. No caso da CPLP essa atenção é necessária para o tema passar a ser parte
integrante da agenda pública.
Clipping sobre a CPLP
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Bibliografia
(21 de Novembro de 2014). Obtido em 21 de Novembro de 2014, de CPLP:
http://www.cplp.org
As 10 Línguas mais faladas no Mundo. (3 de Julho de 2013). Obtido em 26 de Novembro
de 2014, de Observatório da Língua Portuguesa: http://observatorio-
lp.sapo.pt/pt/dados-estatisticos/as-linguas-mais-faladas/10-linguas-mais-faladas-
no-mundo
Atribuída ao ISCSP a categoria de observador consultivo da CPLP. (24 de Novembro de
2014). Obtido de Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - Universidade de
Lisboa:
http://www.iscsp.utl.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1664:a
tribuida-ao-iscsp-a-categoria-de-observador-consultivo-da-cplp-
&catid=157:noticias&Itemid=396
Carvalho, C., & Reis, L. (2009). Manual Prático de Assessoria. Rio de Janeiro: Elsevier.
Cobb, R. W., & Elder, C. D. (1971). The Politics of Agenda-Building: An Alternative
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Galtung, J., & Ruge, M. H. (1965). The Structure Of Foreign News. Journal of Peace
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Geoeconomia, a nova dimensão da CPLP. (12 de Agosto de 2014). Obtido de Ceo
Lusófono: http://ceolusofono.com/2014/08/12/geoeconomia-a-nova-dimensao-
da-cplp-3/
Mauad, S. (2009). Os Segredos de um Bom Assessor de Imprensa. Recensio: Revista de
Recensões de Comunicação e Cultura, 1-12. Obtido de
http://bocc.ubi.pt/pag/bocc-muad-os-segredos.pdf
McCombs, M. (2005). A Look at Agenda-setting: past, present and future. Journalism
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Tewksbury, D., & Scheufele, D. A. (2007). Framing, Agenda Setting, and Priming: The
Evolution of Three Media Effects Models. Journal of Communication, 9-20.
Theaker, A. (2004). The Public Relations Handbook. London: Routledge.
Wolf, M. (2009). Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença.
Clipping sobre a CPLP
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Anexos
Clipping sobre a CPLP
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Anexo 2: Actores retratados nas notícias recolhidas
Actores Número de Notícias
Sem actores 5
Gualdino da Silva 3
Leonardo Simão 2
Xanana Gusmão 15
Mari Alkatiri 3
Georgina Mello 3
Murade Murargy 6
Rui Machete 16
Teodoro Obiang Nguema 26
Francisco Guterres Lu Olo 3
Ana Gomes 4
Pedro Passos Coelho 12
Efua Asangono 3
Pedro Krupenski 2
José Luís Guterres 2
Carlos Moura 3
José Mário Vaz 2
Oldemiro Balói 3
Luís Amado 5
Armando Guebuza 2
António Monteiro 2
Domingos Simões Pereira 2
José Pedro Aguiar-Branco 2
Helena Pinto 2
Manuel Alegre 2
Agapito Mba Mokuy 3
Luís Campos Ferreira 3
Rui Barros 2
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