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Jefferson Saavedra
Avanço da sífilis
Joinville também está sofrendo com a tendência nacional de avanço da sífilis. Só nos
últimos cinco anos, os casos passaram dos 101 registros ao longo de 2011 para os 986
deste ano, conforme os dados da Secretaria de Saúde de Joinville até a última terça-
feira. Um avanço impressionante de 876% no intervalo. O registro vem crescendo ano a
ano, mas o incremento mais significativo ocorreu no último triênio. O ano de 2014
terminou com 289 casos e já eram 591 no ano seguinte. Agora em 2016, será
ultrapassada a marca dos mil registros. Doença transmitida pelo sexo, a sífilis tem
avançado no País devido à falta da proteção, especialmente da camisinha. O número de
casos de sífilis congênita, de transmissão para o bebê na gestação, já chega a 33,
superando a soma do ano passado. No País, o Ministério da Saúde já trata a situação
como epidemia devido ao crescimento avassalador no número de casos.
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Sem expansão?
Há possibilidade de o projeto da LOT ser aprovado pela Câmara de Joinville sem a
inclusão da maioria das áreas de expansão urbana, dispositivo que permite maior
ocupação de áreas rurais. O corte seria uma maneira de resolver um impasse: a
dificuldade de confecção do mapeamento de tais áreas.
De casa
Para a LOT ser votada, só faltam o mapeamento e a descrição das emendas de expansão
urbana. A Câmara desistiu de contratar profissionais de fora e não há ainda
entendimento como os técnicos da casa devem fazer o trabalho. Na semana que vem, a
proposta de votação da LOT sem tais emendas será analisada pelas comissões.
Mais gente
O Ministério Público de Santa Catarina deve ouvir mais pessoas sobre a operação
Blackmail, desencadeada na terça com a prisão de sete pessoas: a divulgação do caso
levou mais pessoas que se sentiram lesadas a procurar os promotores. Até agora, já
foram ouvidas 60 pessoas, a maioria comerciantes.
Práticas
Pela avaliação inicial do Ministério Público, parte dos depoimentos confirma as práticas
dos acusados. A análise das informações coletadas em computadores e celulares dos
acusados pode levar os promotores a ouvir outras pessoas, por isso não há prazo para o
encerramento das investigações.
RECEPÇÃO
Os futuros vereadores de Joinville foram recebidos ontem na
Câmara para apresentação da estrutura do Legislativo e
sorteio dos gabinetes. A diplomação será em 19 de dezembro,
com posse em janeiro. Vereadores reeleitos também
participaram da recepção.
Área retomada
Há três anos, a Prefeitura de Joinville cedeu uma área ao Estado para instalação de um
centro-dia para idosos, no Vila Nova. Mas como a obra não saiu, o terreno está sendo
retomado.
Prioridades do Estado
A Secretaria de Estado da Assistência Social alega ter priorizado os centros de
referência de assistência social (Cras) e centros especializados (Creas). Em Joinville,
estão na fase final de construção o novo Creas do Itaum e do Cras do Parque Guarani.
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Suspensão
A 2ª Vara da Fazenda Pública de Joinville concedeu liminar a Adilson Mariano (PSOL)
e está suspensa a tramitação do projeto de mudanças na configuração da estrutura
jurídica e de consultoria da Câmara de Vereadores. Mariano considera que as a
alterações enfraquecem as avaliações “técnicas” dos projetos, privilegiando aspectos
“políticos”.
Sem publicar
Mas a liminar foi concedida porque o projeto da mesa diretora não foi submetido às
comissões técnicas após a apresentação de emendas, o que teria contratriado o
regimento interno. Os vereadores já aprovaram a mudanças, mas a medida ainda não foi
publicada. É possível recorrer da decisão.
Sem entendimento no transporte coletivo
Não houve entendimento ontem em audiência entre a Prefeitura de Joinville e as
empresas de ônibus sobre a dívida da planilha, acumulada entre 1998 e 2010 pela
defasagem da tarifa e motivo pelo qual nova licitação não é autorizada – conforme
liminar concedida às duas permissionárias. A atual administração quer nova perícia. O
MP será chamado.
Treinamento da PM Ambiental
A Polícia Militar Ambiental está fazendo programa de
treinamento para dezenas de policiais em área no Vila Nova,
em Joinville. Hoje, o dia será dedicado à gestão de riscos.
De olho em 2018
A ex-delegada Marilisa Boehm confirma a disposição de concorrer a deputada estadual
pelo PSDB de Joinville em 2018 e já articula a pré-candidatura dentro do partido, com
convite para ingresso de novas lideranças. Na eleição municipal, Marilisa foi a vice de
Marco Tebaldi – o deputado concorrerá à reeleição.
Concorrerá?
Dentro do PR de Joinville, como Nilson Gonçalves não tem aparecido muito, há a
percepção de que o ex-deputado estadual não é pré-candidato a uma vaga na
Assembleia Legislativa em 2018. Se bem que o pessoal também sabe que a eleição é
estadual e Nilson pode articular sua candidatura diretamente com a direção estadual.
A outorga
No Conselho da Cidade de Joinville, há ansiedade da considerada demora do Ippuj em
remeter as minutas dos projetos da outorga onerosa e da transferência do direito de
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construir. Os dois instrumentos permitem construir mais do que o permitido em troca de
pagamento ao poder público ou donos de imóveis.
Pós-LOT
A alegação no Conselho da Cidade é necessidade de aprovação logo dos dois projetos –
ainda precisam passar pela Câmara de Vereadores – porque assim que a LOT entrar em
vigor, o potencial construtivo de parte da cidade será reduzido em até 30% e não haverá
como “compensar” a perda se a outorga e a transferência não estiverem em vigor.
Na expectativa
O prefeito eleito de Araquari, Clenilton Pereira, não pretende fazer grande reforma
administrativa para corte de gastos. Até porque o município não estaria sofrendo muito
com a crise. Só que isso pode mudar caso ele recebe a Prefeitura com débitos.
Terceira pista
O Ministério dos Transportes ficou de analisar a proposta de alargamento da BR-280
entre o trevo do Itinga e a entrada de Barra do Sul, solução emergencial enquanto não
vem a duplicação.
Aves demais
Entre os inquéritos abertos pelo MP em Joinville, tem um apurar se não há uma criação
de número “expressivo” de galinhas no América.
PORTAL JARAGUÁ
Cinthia Raasch
Escolaridade
O vereador Ademar Winter (PSDB) pediu vista ao projeto de lei da Câmara de
Vereadores de Jaraguá do Sul que prevê aumento da escolaridade exigida para
assessores parlamentares da casa. Hoje, para ocupar o cargo, o funcionário precisa ser
apenas alfabetizado. Com a proposta, sugerida pela mesa diretora, seria exigido o ensino
médio. Natália Petry (PMDB) defendeu que a alteração fique para a análise da próxima
legislatura, para que os novos vereadores tenham a liberdade de escolher seus
funcionários. Natália sugeriu ainda que o projeto preveja um período para que
assessores adquiram a escolaridade exigida. Eugênio Juraszek (PP) fez coro dizendo que
também votaria contra.
Cobrança como em uma empresa
Jeferson de Oliveira (PSD) defendeu a proposta de alteração da escolaridade. Alegou
que a população mostrou nas urnas que quer empresários na administração pública,
assim conclui que se espera uma gestão empresarial. “Que empresa paga um salário de
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quase R$ 4 mil para quem não tem ensino médio?”, destacou. Emendou ainda dizendo
que quem faz concurso não pode ter prazo para estudar depois da aprovação. “Quem já
é assessor já poderia ter se atualizado”, considerou o vereador.
Comissão ganha novo integrante
Jocimar dos Santos Lima (PSDC), presidente interino da Câmara de Jaraguá do Sul, foi
sorteado como novo integrante da comissão processante que avalia a cassação do
mandato do presidente titular, José Ozório de Ávila (PSC). Jocimar se junta a Jeferson
de Oliveira (PSD) e Arlindo Rincos (PSD) na comissão. Amarildo Sarti (PSDB) pediu
para sair.
Parceiros alemães
Uma delegação do Estado alemão de Rheinland-Pfalz visita a região de Joinville desde
ontem. Hoje, a comitiva passará pela Duas Rodas, em Jaraguá. A empresa jaraguaense
foi fundada por imigrantes de Mainz, a capital do Estado do grupo. A intenção da
viagem ao Brasil é buscar parceiros comerciais. Nas rodadas de negócios, também está
a Pericó, que se reunirá com a empresa de máquinas e equipamentos para a vinícola
Clemens GmbH & Co. KG.
Impacto
A Secretaria de Educação de Guaramirim recebeu cerca de quatro mil inscrições para o
processo seletivo que oferece 80 vagas na área de educação pelo período de um ano.
São 50 candidatos por vaga.
PAINEL NACIONAL
Carolina Bahia
Caçada aos fura-teto
Como se tivesse redescoberto a pólvora, o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), anunciou a criação de uma comissão especial para investigar o pagamento
de salários de servidores públicos acima do teto constitucional. A ideia tardia é elaborar
propostas para combater o que Renan classificou de “horror e acinte”. Os supersalários
são mesmo uma distorção e um deboche, mas não é preciso criar uma comissão especial
do Senado para encarar o problema. O Tribunal de Contas da União e a Controladoria-
geral da União já vêm alertando há anos. Basta cumprir a lei. Penduricalhos foram
agregados de propósito aos salários da elite do funcionalismo. Judiciário, Executivo e
Legislativo têm os seus representantes entre os fura-teto. O diagnóstico e as soluções já
são conhecidos. Se quiserem enfrentar o problema, precisam encarar as corporações.
Drible
Deputados da bancada da bala estão pressionando o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), para colocar em votação projeto que flexibiliza a Lei do
Desarmamento. A proposta facilita o acesso da população às armas de fogo. Consciente
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de que o tema é polêmico, Maia vem driblando os colegas, alegando que a prioridade é
o debate das questões fiscais.
Mais drible
O deputado Peninha (PMDB/SC) lidera o grupo de deputados que cobra a votação da
flexibilização da Lei do Desarmamento. Ele lembra que Maia se comprometeu a colocar
o tema em plenário no dia da eleição para a presidência da Câmara. Parlamentares
exigiram do então candidato que ele assumisse o compromisso.
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Mantra de Colombo
Diante da constante e contínuo questionamento, inclusive de colegas governadores e de
altas autoridades de Brasília, Raimundo Colombo mantém firme e repetido como
mantra, a promessa de não aumentar taxas e impostos para melhorar a combalida caixa
do Estado. O contribuinte agradece.
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Qualificação
Uma bela novidade a protagonizada pelo prefeito eleito de Caxias do Sul, no Rio
Grande do Sul, Daniel Guerra (PRB), que vai nomear para cargos comissionados em
sua gestão apenas pessoas qualificadas, com base em currículos. Fez um apelo e recebeu
2.275 deles até o último dia 4. Mesmo pessoas do seu partido precisarão passar por
seletiva.
Falta trabalho
Lauro Jardim, colunista de “O Globo” escreve que “definitivamente, deve faltar
trabalho na Câmara”. A crítica foi ao deputado Edinho Bez (PMDB-SC) por apresentar
requerimento na Comissão de Esporte, para que Tite vá à Casa participar de uma
audiência pública e “trocar ideias” sobre a convocação da Seleção Brasileira de Futebol.
Concessão de água
Depois de muito segredo, o BNDES anunciou que 18 Estados, dentre eles SC,
manifestaram interesse na concessão de serviços de água e esgoto à iniciativa privada, e
formalizaram a decisão de aderir ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do
governo federal. A Casan, que surpreendentemente não está sitiada por notórios
sindicalistas, finalmente deixará de ser massa de manobra e trampolim para políticos,
nem sempre honestos. Quem sabe,sob concessão, expanda e melhore a qualidade de
seus serviços.
Armadilha
Não digam que faltou aviso. É isso que quer dizer o governo federal ao anunciar que os
quatro aeroportos que serão privatizados em 2017 – entre eles o Hercílio Luz, de
Florianópolis – poderão cobrar tarifas de empresas aéreas até 100% maiores em horários
de pico, tendo que compensar o ganho nos horários de menor movimento com redução
de preço. Essa engenharia vai bater onde?
Duodécimo a Udesc
Parece menos complicado do que se supunha atender o pleito da Universidade do
Estado (Udesc) que quer aumentar o índice do repasse constitucional calculado a partir
da soma da arrecadação de impostos estaduais (receita líquida disponível). A
Assembleia Legislativa que, com toda a gastança que se sabe existir, recebe hoje 4,51%
de duodécimo (R$ 591 milhões em 2015, que é tanto dinheiro que até sobraram R$ 100
milhões) pode abrir mão de 0,17% para a universidade, que significaria R$ 18 milhões a
mais em 2017.
Devedores
Não raro, a Receita Federal manda notificações para contribuintes pagarem ninharias,
normalmente por pequenos erros nas declarações ou faturas de tributos federais. A
Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN) divulgou que pelo menos de 13 mil pessoas
físicas e empresas devem quase R$ 900 bilhões de tributos à União. Detalhe: 9.500
empresas, grandes contribuintes, que representam 0,01% do total dos contribuintes,
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detém 61% dos pagamentos de impostos. E o Leão correndo atrás de dezenas de
centavos…
“Voz” flexibilizada
A Câmara dos Deputados finalmente aprovou a Medida Provisória 742/16, que permite
às emissoras de rádio transmitirem a Voz do Brasil entre as 19 horas e as 21 horas do
mesmo dia. A primeira tentativa de mudança do horário do programa é de 2003. Desde
então projetos tem sido incluídos na pauta de votações da Câmara diversas vezes, em
2015 e 2016, sem ser votados. É o programa radiofônico mais antigo do hemisfério Sul,
criado no governo de Getúlio Vargas, em 1935 com o nome de “Programa Nacional”.
Tensão pós-Trump
Se durante a campanha à presidência dos Estados Unidos milhares de catarinenses da
região sul que vivem ilegalmente nos Estados Unidos nutriam extrema antipatia por
Donald Trump, a eleição do magnata se tornou um pesadelo. Uma das bandeiras de
campanha do bilionário foi expulsar do país os imigrantes indocumentados,
especialmente os ilegais e latinos, que inclui os brasileiros.
Novas CPIs
Acabam de ser abertas no Congresso Nacional duas novas CPIs, da Funai e do Incra,
que já funcionaram no ano passado, mas sem relatório aprovado e inconclusas. Em
ambas, novamente estará presente o vigilante deputado federal Valdir Colatto (PMDB-
SC) como um dos sub-relatores. A aposição protestou, mas não conseguiu barrá-las.
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Presidência da Câmara
Nada ainda está definido em relação ao comando da Câmara de Tubarão para a próxima
legislatura, ao contrário de muitos boatos que se ouvem pela cidade. Certo é que a base
governista tem maioria e, mantendo-se unida na votação do dia 1º de janeiro, é ela quem
vai definir a composição completa da mesa diretora. Os dois principais partidos da
bancada governista, PP e PSD, tendem dividir a presidência, cabendo a cada partido um
biênio. Regimentalmente, o mandato do presidente é de dois anos, mas não está
descartada a divisão na forma como ocorreu nesta legislatura, ou seja, um ano para cada
presidente.
Reforma Política
O Senado Federal aprovou em primeiro turno mais uma ‘reforma política’. As
principais mudanças nesta nova proposta são a instituição de cláusula de barreira e o fim
das coligações proporcionais (esta última alteração deve valer somente para o pleito de
2022).
Reforma 2
Já a cláusula de barreira valerá para o pleito de 2018. As siglas que não alçarem 2% dos
votos válidos em todo o país, divididos em ao menos 14 estados (em cada um deles
deverá ter ao menos 2% dos votos), perderão o direito ao fundo partidário e ao tempo de
rádio e TV.
Cargos
O presidente do PPS, Flávio Alves, entrou em contato conosco para explicar que, até o
momento, não houve conversa com o futuro prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli,
sobre cargos, seja no primeiro escalão ou no segundo ou sobre a presidência da Câmara.
Mas que isso deverá acontecer, porque o partido trabalhou para a aliança que elegeu o
prefeito e vice.
Jogos de Azar
A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional do Senado Federal aprovou
proposta que visa legalizar a exploração de jogos de azar no Brasil. O projeto, que agora
segue para análise do plenário do Senado, se aprovado definitivamente, vai permitir a
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criação de cassinos, bingos e fará com que o jogo do bicho deixe de ser contravenção
penal.
Azar 2
A proposta em análise pelo Congresso define como jogos de azar aqueles que envolvem
apostas em dinheiro e que o resultado depende, preponderantemente, da sorte. O projeto
prevê, por exemplo, que o jogo do bicho seja regulamentado pelos municípios.
Acareação
O ministro Herman Benjamin, relator do processo que pede a cassação da chapa de
Dilma e Temer, em trâmite no TSE, determinou a realização de uma acareação entre um
dos delatores da Lava-Jato, Marques Azevedo (ex-presidente da Construtora Andrade
Gutierrez), e o ex-tesoureiro da campanha de Dilma/Temer, Edinho Silva.
Acareação 2
Eles terão que explicar a doação de R$ 1 milhão que a empreiteira fez para a campanha.
O delator disse que dinheiro foi repassado ao PT, mas a defesa da Dilma Rousseff
juntou no processo um cheque que supostamente comprova que os valores foram para o
PMDB e, posteriormente, a sigla fez uma doação para o então candidato Michel Temer.
DIZEM MAS EU NÃO AFIRMO
Que vai dar ‘Zebra’....
Voltou assustado
Depois de participar em Brasília do 3º Encontro do Seminário Novos Gestores da região
Sul do país, organizado pela Confederação Nacional de Municípios e que teve o
objetivo de dar orientações para a gestão 2017-2010, o prefeito eleito de Tubarão,
Joares Ponticelli, voltou assustado. Ele não esperava ter um quadro tão pessimista com
relação ao próximo ano e ficou ainda mais preocupado com o montante da dívida que
terá que assumir em sua administração, beirando os R$ 200 milhões. Ponticelli hoje se
reúne com o seu vice, Caio Tokarski, e com a equipe de transição. Irá receber dados e
números oficiais sobre a máquina administrativa atual. Na semana que vem, pretende
iniciar as conversações sobre a sua equipe e está propenso a não indicar todos os
secretários no primeiro momento. Já deixou claro também que não existe nenhum nome
convidado para o governo e que as especulações só atrapalham.
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Entrelinhas
Deve cair na conta da prefeitura de Tubarão, nos próximos dias, aproximadamente R$ 5
milhões referentes aos recursos da repatriação e outras verbas federais. Com esse valor,
a administração poderá respirar um pouco mais aliviada e resolver pendências que já
estavam sendo consideradas fora dos planos.
Recebemos e agradecemos o convite do governador de Santa Catarina, Raimundo
Colombo, para entrevista coletiva hoje, às 10h, na Casa da Agronômica. Participarão
também os secretários da Fazenda, Antonio Gavazzoni, da Casa Civil, Nelson Serpa, e
da Administração, João Matos.
Apesar de ter recebido a cadeira de João Paulo Kleinubing (PSD), o deputado federal
Edson Bez de Oliveira não vai deixar a Câmara como foi informado. A segunda
suplente da coligação, Ângela Albino, é quem deixará Brasília caso, na reforma política,
o governador Colombo não chame nenhum deputado federal.
Ontem, por erro de digitação, saiu na coluna que Leonel Pavan pertence ao PSD. Na
verdade, o ex-governador e hoje deputado estadual está ligado ao PSDB. Pavan foi
convidado a entrar no PDT e ser candidato a governador em 2018. Desconversou
porque sabe que seu partido não tem muitos nomes para a disputa.
Diversas pessoas com cargos de comissão na prefeitura de Tubarão já passaram pelo
setor de pessoal e assinaram suas exonerações. A ideia do prefeito Olavio Falchetti é
deixar apenas trabalhando os secretários para que, no mês que vem, todos entreguem
seus cargos com o balanço das suas pastas fechado completamente.
Empresário Luciano Menezes foi eleito recentemente presidente da Apae de Tubarão
por aclamação. A atual presidente, Noilda Domingos, deverá marcar em breve a posse
da nova diretoria, que iniciará o mandato em janeiro do ano que vem. Luciano agora é
presidente da CDL, da Apae e do PSD.
Servidores da Justiça Federal deverão realizar uma mobilização nacional hoje contra a
PEC 55/2016, que limita os gastos públicos. Em Tubarão, os servidores da 1ª e 2ª varas
paralisarão suas atividades das 13h às 15h. O grupo é composto de 35 servidores que
disponibilizarão informações sobre a questão à população.
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O que espera pelo novo prefeito de Anita?
Em momento algum o prefeito eleito João Cidinei disputou a eleição pensando que
administrar Anita Garibaldi seria uma chimia de abóbora com apojo. Sempre houve
consciência que a empreitada que o espera é pior que atravessar coivara quente. O estilo
fechadão do atual prefeito Ivonir Fernandes se esparramou pelas contas municipais
dificultando conhecimento mais minucioso das coisas do Paço. Não dá para falar em
situação equilibrada, mas nem em caos contábil. Carece ir comendo pelas beiradas, sem
queimar os beiços, à medida que é servido o prato da transição com os dados para
consumo.
De antemão é preciso estar preparado para a situação herdada. Hipótese de a coisa estar
redonda é zero. Não por culpa ou nem só por culpa de Ivonir Fernandes. Municípios
passam por dificuldades. E a situação é pior nas prefeituras que, sistematicamente, não
fazem o dever de casa. Anita Garibaldi, por exemplo, é citada até nacionalmente como
exemplo do que não deve ser feito. Na peregrinação em Brasília, o prefeito eleito soube
que há oito meses Anita não recebe FPM. Não sei se por falta de CND (certidões
negativas) ou porque o montante é retido para pagar dívidas garantidas pela verba desse
Fundo.
De qualquer forma, a situação chega a envergonhar. E a única coisa que João Cidinei e
seus futuros ajudantes devem é não desacorçoar. Considere-se ainda que o momento de
dizer ‘NÃO’ e evitar o inchaço, impedindo o gasto maior que a arrecadação, é no
começo da administração. E quem é parceiro mesmo entende e aguarda. De tudo isso o
compromisso é fazer uma boa administração. O anitense espera isso e não quer
descobrir que nada é tão ruim que não possa piorar. Até porque, dias melhores virão.
Veremos!
EM BRASÍLIA – Ademilson Conrado (PP), João Cidinei (PR) e Padre Edilson
(PMDB), este reeleito e os dois primeiros eleitos, integram a comitiva de prefeitos no
seminário promovido pela CNM em Brasília. Os gestores municipais para o próximo
mandato foram ouvir dados e informações daquilo que os espera pela frente no
comando das respectivas prefeituras.
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INGRATO – Presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, é mesmo ingrato. Quando
concorreu a deputado estadual teve aqui em Anita o trabalho de coordenação feito pelo
Júlio Pinheiro. No ato da Ordem de Serviços da SC-390 entre Anita e Celso, Agostini
nem fez referência a Pinheiro, optando por destacar Beto Marin, o algoz de Júlio na
definição de candidaturas neste ano. Ingrato esse primo do Colombo!
RAZÕES DA CRISE – Dados mostrados aos prefeitos em Brasília apontam que o custo
médio com merenda escolar é de R$ 4,50 por aluno a cada dia. E o Governo Federal
ajuda com o equivalente a R$ 0,30 por dia. No transporte escolar também a conta não
fecha. O custo mensal de cada aluno é de R$ 114,00. E a União ajuda com R$ 12,00.
Uma equipe de PSD custa R$ 48 mil por mês. E a ajuda do Governo Federal não
ultrapassa R$ 10.695,00. É por causa dessa conta que não fecha que a tendência é a
crise se agravar ainda mais nas prefeituras.
DIPLOMAÇÃO NOS LAGOS – João Cidinei e seu vice, Tadeu Furtado (ambos de
Anita), os reeleitos de Campo Belo, Padre Edilson e Doutor Tadeu e os estreantes do
Cerro Negro, Ademilson Conrado e Lai Moraes, todos serão diplomados juntamente
com os vereadores eleitos e reeleitos no dia 14 de dezembro. Pela legislação, a
diplomação constitui o último passo do processo eleitoral, evidenciando que não há
nada que impeça que os eleitos assumam os respectivos cargos para os quais foram
escolhidos pelo povo. A diplomação dos eleitos desses três municípios ocorre na Escola
Padre Antônio Vieira, aqui em Anita.
E OS SUPLENTES? – Além dos vereadores eleitos e reeleitos, a Justiça Eleitoral
diploma os primeiros suplentes. É que em caso de necessidade desses substituírem os
titulares já estarão com o diploma na mão. Tito Freitas e Zezo Pires do Capão Alto e os
respectivos vereadores eleitos serão diplomados no dia 12 de dezembro em evento na
Uniplac de Lages.
PARA QUE A COISA ANDE... – “Essa é uma obra muito importante e sonhada por
todos”, disse o secretário João Alberto Duarte (ADR) na entrega da Ordem de Serviços
para as obras da SC-390 até Celso Ramos. João Alberto deveria ser nomeado o
embaixador de Anita para essa obra para que ela não se transforme numa novela igual o
trecho de Campo Belo. Com investimentos de R$ 38 milhões, os 25 quilômetros devem
receber pavimentação moderna. Mas carece ficar atento para que a coisa ande!
TRECHO EM OBRAS – Secretário João Alberto, faça-se justiça, informou que as obras
do trecho Campo Belo a Capão Alto haviam sido retomadas. Mas como não havia
máquina em ação, houve quem duvidasse dele. Mas conversando com o empresário
Francisco Pereira Filho (CCL), tudo ficou às claras. O problema foi o fornecedor de
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base (Britaplan) que teve problema em uma máquina. “Tão logo regularize a entrega do
material, retomamos o ritmo e só paramos quando a obra for concluída”, garantiu
Francisco Pereira. Indagamos se dá para cumprir o cronograma anunciado pelo
governador Colombo da entrega da obra no dia 18 de fevereiro de 2017. “Acredito que
seja possível”, apontou o dono da empreiteira CCL.
IMPUGNAÇÃO EM CAPÃO ALTO? – Não deu para entender direito ainda o teor da
peça jurídica, mas o PSD de Capão Alto está impugnando a prestação de contas da
eleição de Tito Freitas. O Juiz Eleitoral Luiz Neri Oliveira de Souza despachou
determinando que o partido impugnante emende a peça inicial da ação protocolada para
que Tito seja citado a respeito. Adiante teremos novidades!
UMA DÉCADA – Está localizada em Campo Belo, localidade de Travessão, a Vinícola
Abreu Garcia que comemorou 10 anos de existência. Para celebrar a data lá estiveram
autoridades e convidados. Oftalmologista Ernani Abreu fez questão de convidar os
prefeitos Padre Edilson (Campo Belo) e Sirlei Varela (Cerro Negro) para se integrar às
comemorações.
MISTURA – O evento da Vinícola Abreu Garcia reuniu políticos de todas as siglas. O
próprio presidente do PMDB, deputado Cobalchini apareceu por lá. Destaque ainda
para o casal Amin, integrado ao evento, na primeira aparição na Serra de Ângela Amin
depois que perdeu a eleição em Floripa exatamente para o PMDB.
FEDERAL DE ANITA? – Vice-governador Pinho Moreira e o possível candidato a
governador Mauro Mariani fizeram um apelo a Juarez Mattos. Querem que ele concorra
a deputado federal pelo PMDB. De São Joaquim a Concórdia o PMDB não tem nome a
Federal. Já imaginaram um deputado federal de Anita?
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Brasileiros agora viraram experts em política internacional, mesmo sem saber
votar até mesmo para líder de classe.
Vendem o voto por dentadura e falam do Trump
Povo brasileiro é muito engraçado quando o assunto é política. Nos últimos dias, por
exemplo, nossa Nação fixou expert em política americana. Teve gente que conseguiu
até entender como funciona o sistema de votação dos Estados Unidos. Anunciada a
vitória de Donald Trump, foi aquela nostalgia. Parecia o pós 7 a 1 que o Brasil levou da
Alemanha em 2014. Interessante notar que os entendidos em política internacional são
os mesmos que elegem a vida toda uma corriola que está encastelada em Brasília
carcomendo o futuro de nosso país há décadas. Na prática o cidadão não sabe nem votar
por aqui e se dá o direito de querer saber como os americanos devem votar.
Brasileiro, aliás, não sabe votar nem para líder de classe. Vota sempre no mais
bagunceiro que é só para ver se ele fica quieto na sala de aula. Não é à toa, que pela
média, nosso sistema político é uma vergonha. Sistema político, aliás, que nem existe.
Afinal de contas, nós vivemos em um regime presidencialista, parlamentarista, em uma
democracia, ou em uma ditadura disfarçada? Até agora não descobri. A única coisa que
sei, com absoluta certeza, é que estamos longe de sermos uma democracia republicana,
que é o que apregoa nossa Constituição.
Ao contrário deste preceito, o Brasil está muito próximo de ser uma ditadura
parlamentar. Um fato que corrobora, e muito, para esta afirmação é a recente cassação
do mandato da então presidenta Dilma Rousseff (PT). O parlamento se reuniu, e mesmo
sem provas convincentes cassou o mandato de Dilma por improbidade administrativa,
tendo como base as tais pedaladas fiscais. Mesma suposta improbidade cometida por
todos os governadores de Estados do país, que, no entanto, não sofreram qualquer
sanção.
Vivemos em um país em que a política é feita para a ocasião. Não há qualquer tipo de
planejamento. As prefeituras, por exemplo, tem que repassar 25% de seus orçamentos
para a educação. No entanto, não há uma política pública que normatize o investimento
destes 25% de forma criteriosa e minuciosa, como deveria ser. Se um prefeito quiser
construir uma escola em um bairro onde simplesmente não existam alunos para estudar
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no local, ele pode fazer isto, sem consequências. E isto é uma realidade para quaisquer
outros setores da administração pública.
Mas o Brasil só chegou a este ponto, ou melhor, o Brasil nunca saiu deste ponto,
exclusivamente porque nossa população não se interessa em participar dos processos
políticos. O brasileiro não discute política. Em compensação, quando o assunto é
politicagem, não há ninguém que consiga ganhar da malandragem brasileira. Para fazer
intriga política, para dizer que não é para votar no fulano porque ele tem amante, para
inventar inverdades objetivando proteger os seus e macular os outros, nisso no brasileiro
é campeão. Da liquidificação disto temos o Estado brasileiro.
E não tem como ser diferente. Se você semear espinhos, regar espinhos, cultivar
espinhos, não há como colher flores. Sendo assim, não há como termos, pela média,
políticos descentes, se não nos preocuparmos com a semeadura da futura colheita.
Falar mau do Trump é fácil. Quero ver é parar de vender o voto em troca de dentadura.
Junto e misturado
Deputados estaduais Silvio Dreveck (PP) e Aldo Schneider (PMDB) anunciaram
acordo entre seus partidos, para que cada um presida a mesa diretora da Assembleia
Legislativa por um ano, em 2017 e 2018. O anúncio foi feito como se fosse a descoberta
de água em Marte. Só faltaram chamar a imprensa do Brasil para noticias a boa nova. É
provável que ambos tenham se esquecido que eles próprios participaram de um acordo
similar a este, que levou o então deputado Joares Ponticelli (PP) a ser presidente da
Assembleia em 2013 e Romildo Titon (PMDB) em 2014. Titon, aliás, chegou a ser
afastado judicialmente da presidência, por suposto envolvimento com atos de corrupção,
o que fez com que Ponticelli estendesse sua estada. PMDB e PP, aliás, gostam muito de
se brigar, mas só aqui em baixo. Lá em cima é tudo junto e misturado, como manda a
boa e velha política mundial.
Mais Saúde
Deputado estadual José Milton Scheffer (PP) comemorou a promulgação da PEC da
Saúde, do qual é um dos principais articuladores. Pela lei em vigor, o Governo do
Estado é obrigado a investir 12% de seu orçamento na área da saúde. Por conta da PEC,
a partir do ano que vem o investimento terá que ser de 13%, até chegar a 15% em
definitivo a partir de 2019. Em valores atuais, este acréscimo representará cerca de R$
700 milhões a mais, todos os anos, na saúde catarinense, depois que os 15% estiverem
consolidados. Já em 2017 o valor a mais será de R$ 100 milhões. “Esta conquista é
fruto de um esforço coletivo muito grande, que tive a honra de estar inserido. Nossa
expectativa é que gradativamente consigamos ir em socorro daqueles casos mais graves
da saúde de nosso Estado, como os hospitais filantrópicos, que tanto penam para
manterem suas portas abertas”, comentou o deputado. De acordo com o governador
Raimundo Colombo (PSD), o aumento do percentual da receita do Estado que será
repassado para a saúde só foi possível graças a um ajuste administrativo rigoroso.
“Apertamos em tudo quanto é lugar para sobrar estes 3% a mais. Deu certo”, disse.
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Briga interna
Depois de brigar com meio mundo, agora PT Nacional está brigando consigo mesmo.
As correntes de esquerda do partido, capitaneadas por Carlos Henrique Árabe, um dos
caciques da sigla, estão se unindo na tentativa de derrubar o ex-presidente Lula da Silva
de seu califado. As correntes mais moderadas, que são liderada por Lula, têm a maioria
dos diretórios municipais em todo o país, mas estão enfraquecidas diante de tantas
denúncias contra os chefões do partido. De forma bem curta e grossa, a esquerda petista
tem dito que é preciso passar o partido a limpo, independente de quem tenha que pagar
por isto. A ideia seria refundar o PT, para que o partido voltasse a ser o que era
originalmente, no início da década de 1980. Para isto, no entanto, Lula e seus asseclas
mais próximos teriam que ser descartados do processo. O movimento rebelde já conta
com 25 deputados federais e dois senadores, que ameaçam deixar a sigla caso as coisas
permaneçam como estão.
Só um
Ampliação do número de linhas aéreas no aeroporto de Jaguaruna já vinha soando como
uma espécie de adeus ao aeroporto Diomício Freitas, que fica em Forquilhinha, mas que
popularmente é conhecido como se fosse de Criciúma. Ontem, durante ato de
inauguração das operações da Azul Linhas Aéreas em Jaguaruna, governador Raimundo
Colombo (PSD) acabou sentenciando o que já estava rascunhado: “O Diomício Freitas
tende a se transformar em um aeroporto particular”. A sempre impávida população
criciumense deve ter ficado tiririca com Colombo. Todavia, não há como negar que o
aeroporto de Jaguaruna é disparadamente melhor que o Diomício Freitas, a começar
pela acessibilidade. A mudança do aeroporto do Sul do Estado de Forquilhinha para
Jaguaruna, aliás, foi uma das causas que levou o então deputado federal Leodegar
Tiscoski a não se reelegem em 2006. A época em que era secretário de Estado de Obras,
Tiscoski defendia a mudança por questões técnicas. Por conta disto, a votação alcançada
em 2002 na região de Criciúma acabou caindo pela metade em relação a 2006, o que lhe
levou a amargar a primeira suplência de sua coligação naquele pleito.
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Na tribuna da Assembleia, presidente da UCE defende
movimento de ocupação de escolas
A legitimidade do movimento estudantil de
ocupação de escolas e universidades públicas
em todo o país foi defendida pelo presidente
da União Catarinense dos Estudantes (UCE) e
integrante do Conselho Estadual de Educação
(CEE-SC), Yuri Becker (foto), na tribuna da
Assembleia Legislativa na quinta-feira (10).
A mobilização nacional é feita em protesto à
Medida Provisória (MP) 746/2016, que
propõe a reforma do ensino médio no Brasil,
e à Proposta de Emenda à Constituição do “Teto de Gastos” (PEC 55, que tramitou na
Câmara dos Deputados como PEC 241). A manifestação foi feita após a suspensão da
sessão ordinária, a pedido da deputada Luciane Carminatti (PT).
O representante da UCE afirmou que o ensino médio precisa ser reestruturado
respeitando os anseios da sociedade brasileira. Becker criticou as condições impostas
pelo governo de Michel Temer (PMDB), que excluíram do debate os atores
educacionais. Na ocasião, ele comentou sobre os protestos que resultaram no
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encerramento antecipado de uma audiência pública promovida pela Comissão de
Educação da Casa para discutir a reforma do ensino médio, na última segunda-feira (7).
Audiencia sobre MP do ensino médio
“A MP 746 não dialoga com o movimento estudantil do nosso país. Quando o faz,
infelizmente é por mão única. Os estudantes até podem ser ouvidos, mas suas sugestões
não são acatadas. Foi o que houve na audiência pública. O MEC (Ministério da
Educação) simplesmente apresentou uma medida provisória, sem debater com a
sociedade, para ser analisada num prazo de 120 dias. A discussão da MP não chegou
nem ao Conselho Estadual de Educação. Estudantes e professores precisam realmente
ser ouvidos. O MEC precisa ouvir as pessoas que fazem com que a escola exista no
Brasil”, disse.
O presidente da UCE manifestou preocupações referentes à atual proposta de reforma
do ensino médio. “Ela traz inúmeros problemas. A MP fala que haverá fomento de
escolas em tempo integral. De que forma o governo federal pretende fazer isso, se temos
uma PEC que prevê o congelamento de investimentos em educação pelos próximos 20
anos? Sem que os professores tenham aumento de salário? Com escolas sucateadas?”,
questionou.
A análise de Becker também contemplou a questão do acesso às universidades públicas.
“A partir do momento em que as escolas puderem escolher qual ênfase darão além da
Base Nacional Comum Curricular, se não aumentarem os investimentos no setor
público, vai fazer com que as públicas tenham, principalmente, ênfase no ensino
profissionalizante e técnico. Enquanto isso, nas escolas particulares todas as outras
quatro ênfases serão colocadas à disposição dos estudantes”, falou. “O ministro da
Educação já entrou com ações contra as cotas no sistema de ingresso das universidades
públicas. Se essas cotas forem eliminadas, quem vai poder entrar nas universidades
federais, aquele que teve a ênfase do ensino profissionalizante ou aquele que teve acesso
a todas as outras áreas do conhecimento que caem nas provas?”, acrescentou.
Na avaliação de Becker, a MP 746 representa um retrocesso. “A MP reproduz aquilo
que o governo de Michel Temer, por meio do ministro da Educação, Mendonça Filho,
quer para o Brasil nos próximos anos: sucatear o serviço público e beneficiar o serviço
privado. Se não tivermos esse tipo de preocupação, acredito que teremos um retrocesso
gigante, não apenas no acesso à universidade, mas na educação como um todo.”
Becker aproveitou a oportunidade para convidar os deputados estaduais a conhecerem o
trabalho de conscientização e politização desenvolvido nas escolas e universidades
ocupadas em Santa Catarina. “Por que alguns integrantes desta Casa Legislativa, ao
invés de tentarem entender o movimento que acontece nas ruas, simplesmente o
rechaçam? A juventude quer a reforma do ensino médio, desde que seja debatida,
positiva, que traga ainda mais investimentos para a educação brasileira.”
Nota oficial: Udesc solicita que manifestantes desocupem Hall da Reitoria até 10h
desta sexta
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Sobre a ocupação de estudantes e outras pessoas no Hall da Reitoria da Universidade do
Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis, em protesto contra a PEC 241/55 e
a reforma do ensino médio, a gestão da universidade informa:
1. A ocupação começou na noite de 25 de outubro e, desde então, a universidade buscou
o diálogo todos os dias com os estudantes. Foram várias conversas realizadas entre o
reitor, o vice-reitor, pró-reitores, gestores e docentes da instituição com os integrantes
do movimento.
2. A Reitoria solicitou a desocupação do prédio, por via judicial, em 26 de outubro – e a
Justiça concedeu a liminar – por não considerar o movimento pacífico (ao contrário de
outras entidades). Isso porque, além de impedir o acesso dos servidores ao seu local de
trabalho, invadir e alterar a programação da Rádio Udesc Florianópolis, na ocasião, os
manifestantes estavam encapuzados e pedras foram vistas dentro do prédio da Reitoria,
entre outras situações de constrangimento. Além disso, um servidor foi retirado de
forma violenta do hall pelos manifestantes.
3. Ressalta-se ainda que a ocupação não é somente de alunos da Udesc. Há estudantes
de outras universidades e outras pessoas dando suporte ao movimento, como figuras
políticas locais ligadas a partidos.
4. Em 27 de outubro, o reitor, o vice-reitor, pró-reitores, gestores e professores dos
centros de Artes (Ceart) e de Ciências Humanas e da Educação (Faed), além de
representantes da Associação dos Professores (Aprudesc) e do Sindicato dos Técnicos
(Sintudesc), conversaram com os manifestantes no Hall da Reitoria. Os alunos pediram
ao reitor a retirada da liminar (evitando assim a presença da Polícia Militar na Reitoria)
e, em troca disso, garantiram livre acesso e portas abertas para todos os servidores da
Reitoria, sem nenhum constrangimento para ambos os lados.
Um vídeo gravado pela Reitoria mostra o momento em que os alunos e manifestantes
decidiram (de forma horizontal, como, segundo eles, é o movimento) que garantiriam o
livre acesso para os servidores e fornecedores, sem constrangimento, em acordo com o
reitor, o que infelizmente não está ocorrendo.
5. Outros pedidos foram feitos aos manifestantes durante a ocupação para garantir o
bom convívio entre servidores e estudantes, como não ter som alto no local; respeitar a
bandeira do Brasil; e o não constrangimento aos servidores. Essas questões têm sido
desrespeitadas pelos manifestantes. Há registros como o da noite desta terça-feira, 8,
quando alunos retiraram a bandeira do Brasil do seu local e violaram o símbolo, o que
configura um crime.
6. A ocupação teve impacto também no cancelamento de importantes eventos da
universidade, como o 12º Encontro de Extensão e provas do exame do Toefl, que seriam
realizados no prédio da Reitoria e da Udesc Esag nesta semana.
7. Outros fatos que estão ocorrendo na Reitoria durante a ocupação:
– A porta da frente da Reitoria não foi mantida aberta, conforme o acordo com o reitor,
o que impede o livre acesso dos servidores e fornecedores, entre outras pessoas.
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– Servidores da Reitoria que trabalham pela manhã, com início às 7h, estão
constrangidos ao entrar no prédio devido ao mau cheiro e à dificuldade de acesso ao
ponto biométrico, em virtude de muitas pessoas estarem dormindo em colchões no
chão. Em alguns casos, os servidores que precisam bater o ponto no andar de cima do
prédio são acompanhados por um estudante, o que é totalmente reprovável.
– Os manifestantes insistem em escutar música alta e promover shows no Hall da
Reitoria, o que atrapalha as atividades dos servidores. Vizinhos da universidade também
já reclamaram do barulho durante a noite e nos finais de semana.
– Funcionários da empresa de vigilância terceirizada contratada pela Reitoria relataram
que, durante o fim de semana e no período noturno, muitas pessoas estranhas e sem
identificação estão entrando no campus, o que coloca em risco a segurança dos próprios
alunos na ocupação.
– Os alunos estão cozinhando com botijão de gás no Hall da Reitoria, o que é altamente
perigoso devido ao risco de explosões. Há preocupação quanto à insalubridade do
ambiente e à saúde dos alunos que estão na ocupação, uma vez que são realizadas
refeições de forma improvisada no local.
– Outro fato desrespeitoso do movimento foi a retirada das bandeiras do Brasil, do
Estado de Santa Catarina e da Udesc em frente ao prédio. No lugar, foi colocada uma
faixa do protesto. Além disso, o painel com a bandeira do País dentro do hall (uma obra
de arte e um patrimônio da instituição) também recebeu dezenas de colagens dos
manifestantes.
8. A Reitoria já recebeu oficialmente da Udesc Esag (centro de ensino que funciona no
mesmo prédio), via ofícios (1 e 2), reclamação em virtude do barulho da ocupação, que
está atrapalhando as atividades de ensino, pesquisa e extensão do centro, além de que
"diferentes cursos da Esag estão se sentindo ameaçados, haja vista que houve relato de
ameaça a estudantes da Esag em horário de aula" por parte dos manifestantes da
ocupação.
Ainda de acordo com o documento, "tal solicitação deve-se ao fato de estarmos no
último mês letivo, propriamente dito, em que os alunos dos três turnos são afetados,
haja vista que professores não conseguem ministrar suas aulas. Nesse sentido
solicitamos providências para que o centro possa desenvolver suas atividades
regularmente".
9. Também nesta quarta-feira, 8, mais de 110 servidores da Reitoria assinaram um
abaixo-assinadomanifestando seu descontentamento e seu constrangimento com a
ocupação desse grupo de estudantes. O documento foi entregue ao Gabinete do Reitor e
ao Sintudesc.
10. A Reitoria reforça ainda que é necessário o cumprimento do Regimento Geral da
Udesc, que prevê, no seu regime disciplinar (a partir do art. 218), penalidades
disciplinares a alunos, como advertência, repreensão, suspensão e até expulsão em casos
de desrespeito a qualquer membro da comunidade universitária; por desobediência às
determinações de autoridades universitárias; por perturbação da ordem em recinto
acadêmico; por ofensa ou agressão a outro discente; por ofensa ou agressão a docente
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ou técnico universitário; por danos ao patrimônio ou bens sob responsabilidade da
Udesc; por delitos leves sujeitos a ação penal; por atos desonestos incompatíveis com a
dignidade da comunidade acadêmica.
Por todo o exposto, a Udesc, após reunião com membros da ocupação na manhã desta
quinta-feira, 10, comunica que o pedido de reintegração de posse será reativado caso a
desocupação do Hall da Reitoria não ocorra até as 10h desta sexta-feira, 11.
A Reitoria da Udesc ratifica ainda que buscou incansavelmente o diálogo durante todo o
movimento e que assinou uma petição pública contra a PEC mesmo antes da ocupação.
Reitera também que a causa é legítima, já que a medida pode afetar recursos para a
educação, mas não concorda com a forma como o movimento se comportou antes e
após o acordo entre as partes.
Lembra ainda que a instituição tem mais de 15 mil alunos e que os que estão na
ocupação representam menos de 1% desse total, mas prejudicam a todos, seja a
comunidade acadêmica, seja a comunidade externa, já que a Reitoria gerencia boa parte
das ações de ensino, pesquisa e extensão da universidade, que são financiadas com
impostos dos catarinenses.
A Udesc reafirma seu compromisso de oferecer um ensino público, gratuito e de
qualidade a todos os catarinenses e aos que escolheram a instituição para estudar, além
de manter um ambiente adequado de trabalho a todos os servidores da instituição.
Seminário promove certificação a empresas e gestores de
práticas exitosas
O II Seminário Estadual de Práticas
Exitosas, realizado na quinta-feira (10), na
Assembleia Legislativa (foto), foi marcado
pela entrega de certificados a gestores
governamentais e não governamentais que
praticam a ação. Promovido pela Comissão
de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente, em parceria com a Escola do
Legislativo Deputado Lício da Silveira, o
evento tem por finalidade reconhecer o
trabalho desenvolvido por cada entidade,
órgão ou profissional, no que tange ao tema.
Voltado a gestores, conselhos municipais dos direitos, promotores de justiça e juízes
com atuação na área da infância e adolescentes de referência, o seminário busca através
de uma reflexão reconhecer e incentivar novos projetos, programas ou serviços de
relevância, nas áreas de assistência social, educação, saúde e sistema de justiça.
À frente da comissão, o deputado Vicente Caropreso (PSDB) destacou que o objetivo
da certificação é difundir e propagar o valor das entidades atuantes na proteção da
criança e do adolescente. Segundo ele, a certificação vai proporcionar uma criação de
um banco de dados sobre o tema, que possa oferecer informação. "Criado pela
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comissão, o banco de dados será disponibilizado para troca de experiências entre os
gestores e entidades com integrantes do Sistema dos Direitos da Criança e do
Adolescente", explica.
Na visão da juíza Ana Cristina Borba Alves, que há nove anos atua na Vara da Infância
e da Juventude da Comarca de São José, a certificação é uma forma de incentivo ao
trabalho, às conquistas e evoluções no que tange ao assunto. "São muitas as ações
positivas que cada entidade vem realizando, mas para dar continuidade a isso é sempre
fundamental um pouco de incentivo. "Esta é uma área onde as coisas acontecem com
dificuldades, por isso é essencial reconhecer sempre que alcançamos um bom resultado.
Isso fortalece o trabalho."
Projetos Cidades Invisíveis
Entre os certificados entregues, destaque para o Projeto Cidades Invisíveis do professor
Samuel Schmidt dos Santos, apresentado ao longo do seminário. Representando as
inúmeras ações que dão certo, o projeto, classificado pelo seu inspirador como simples e
objetivo, tem ajudado de maneira eficiente muitas famílias carentes.
Samuel explica que exatamente há cinco anos deu início ao projeto através da fotografia
em comunidades carentes. "Deste processo fotográfico eu passei a contar com o apoio
de artistas da região, onde o retrato era transformado em arte, e esta arte aplicada em
uma camisa para ser comercializada. A partir deste trabalho, desta renda, passamos a
ajudar as famílias a suprirem as necessidades mais básicas. Eu sempre acreditei na
potência da fotografia para se enxergar a invisibilidade social. Busco esse despertar das
pessoas para com o próximo, não apenas com a fotografia, mas de maneira geral". No
vídeo, o professor Samuel Schmidt dos Santos presta homenagem a Antonieta de
Barros, a primeira mulher deputada em Santa Catarina e a primeira mulher negra eleita
deputada no país.
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