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MÍN: 19°C MÁX: 31°C BRASÍLIA Segunda-feira, 5 de março de 2018 Edição nº 1.436, ano 6 BRASÍLIA Segunda-feira, 5 de março de 2018 Edição nº 1.436, ano 6 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_MGA QUANDO O ROCK PASSOU PELO PRISMA HÁ 45 ANOS, PINK FLOYD LANÇAVA THE DARK SIDE OF THE MOON E MUDAVA A CARA DO ROCK PÁG. 12 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pela Gráfica Moura Ltda. CNH suspensa? ‘Nem ligo, não vão me pegar...’ Pois então .... Em 2017, o Detran-DF aumentou em 111%, em relação a 2016, o número de flagrantes de motoristas dirigindo com habilitação cassada; autuações de alunos de cursos de reciclagem dirigindo na chegada ou na saída das aulas para retomar a carteira viraram rotina PÁG. 06 Santos e Corinthians empatam no Pacaembu; homem morre em briga detorcidas organizadas PÁG. 16 Diego Vitor comemora o empate do Peixe | LÉO PINHEIRO/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS Sob Temer, aumenta papel dos militares Por mais dinheiro, Embratur quer ser o ‘Sebrae do turismo’ Da retirada da categoria da reforma da Previdência à manutenção, ainda que interina, de general como ministro da Defesa, afagos à caserna crescem PÁG. 03 Projeto prevê que autarquia vire um serviço social autônomo; investimento da autarquia caiu 67% desde 2010 PÁG. 02 Tônia Carrero morre aos 95 Ícone no teatro, no cinema e na TV do Brasil, a atriz teve parada cardíaca durante cirurgia PÁG. 11 CLÁSSICO MANCHADO

CNH suspensa? ‘Nem ligo, não vão me pegar’...ligo, não vão me pegar...’ Pois então.... Em 2017, o Detran-DF aumentou em 111%, em relação a 2016, o número de flagrantes

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Page 1: CNH suspensa? ‘Nem ligo, não vão me pegar’...ligo, não vão me pegar...’ Pois então.... Em 2017, o Detran-DF aumentou em 111%, em relação a 2016, o número de flagrantes

MÍN: 19°CMÁX: 31°C

BRASÍLIA Segunda-feira,5 de março de 2018Edição nº 1.436, ano 6

BRASÍLIA Segunda-feira,5 de março de 2018Edição nº 1.436, ano 6

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_MGA

QUANDO O ROCK

PASSOU PELO PRISMA

HÁ 45 ANOS, PINK FLOYD LANÇAVA THE DARK SIDE OF

THE MOON E MUDAVA A CARA DO ROCK PÁG. 12

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CNH suspensa? ‘Nem ligo, não vão me pegar...’Pois então.... Em 2017, o Detran-DF aumentou em 111%, em relação a 2016, o número de flagrantes de motoristas dirigindo com habilitação cassada; autuações de alunos de cursos de reciclagem dirigindo na chegada ou na saída das aulas para retomar a carteira viraram rotina PÁG. 06

Santos e Corinthians empatam no Pacaembu; homem morre

em briga detorcidas organizadas PÁG. 16

Diego Vitor comemora o empate do Peixe | LÉO PINHEIRO/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS

Sob Temer, aumenta papel dos militares

Por mais dinheiro, Embratur quer ser o ‘Sebrae do turismo’

Da retirada da categoria da reforma da Previdência à manutenção, ainda que interina, de general como ministro da Defesa, afagos à caserna crescem PÁG. 03

Projeto prevê que autarquia vire um serviço social autônomo; investimento da autarquia caiu 67% desde 2010 PÁG. 02

Tônia Carrero morre aos 95Ícone no teatro, no cinema e na TV do Brasil, a atriz teve parada cardíaca durante cirurgia PÁG. 11

CLÁSSICO MANCHADO

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 02| {BRASIL}

1FOCO

EXPEDIENTEMetro Jornal. ����������� Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) E����� ������ Luiz Rivoiro (MTB 21.162) ������� �������� Rogério Domingues �������� ���������� Sara VellosoE�����-Ex������� �� ����� Vitor Iwasso

Metro Jornal Brasília. �������-������� Cláudio Humberto. E�����-Ex�������� Lourenço Flores (MTB: 8075) E������� �� ����� Cláudia Lorena e Priscila S. Belavenute. C����������� �������� Isabela Ramos Grupo Bandeirantes de Comunicação Brasília. ������� ����� Flávio Lara Resende

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3966-4607

COMERCIAL: 061/3966-4615

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A, CNPJ 07.780.914/0001-61. Endereço: SBS Quadra.02 - Bloco "Q" - Ed. João Carlos Saad - 15º andar, CEP 70070-120, Brasília, DF, Tel.: 061/3966-4615. O M���� ������ Brasília é impresso na Gráfica Moura.

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O $���� %���� circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

Lutando pela liderança em recepção de turistas estran-geiros na América do Sul, com uma média de 6,6 mi-lhões de visitantes do exte-rior por ano, o Brasil vê a concorrência de países vizi-nhos aumentar e a Embratur (Instituto Brasileiro de Turis-mo), responsável por fomen-tar o turismo no país, mira parcerias com empresas pri-vadas para crescer. A ideia é mudar o atual modelo de gestão, de autarquia, para serviço social autônomo.

O principal argumen-to a favor da mudança é a queda brutal do orçamento para investimento em pro-moção do país: se em 2010 investiu-se R$ 140,8 mi-lhões, para 2018 estão pre-vistos apenas R$ 46,4 mi-lhões, cerca de 12 milhões de dólares, uma redução de 67% em oito anos (veja ta-bela completa ao lado).

Nesse período, o número de turistas estrangeiros cres-ceu pouco menos de 30%. Em 2010, foram 5,1 milhões de visitantes. Em 2016, 6,5 milhões. Os dados de 2017

ainda não saíram, mas a Em-bratur já está preocupada – isso porque a Colômbia, que investiu só no ano passado 100 milhões de dólares em turismo, diz ter atraído mui-to mais do que 6,5 milhões de turistas, passando o Brasil como maior destino da Amé-rica do Sul em termos de vi-sitantes estrangeiros.

O presidente da Embra-tur, Vinicius Lummertz,

não vê outra solução se-não mudar a forma como o instituto trabalha. Isso só será possível com a apro-vação do Projeto de Lei 2724/2015, já em tramita-ção na Câmara dos Deputa-dos e pronto para votação.

Entenda

Hoje, como autarquia, a Em-bratur tem certas restrições próprias dos órgãos públi-

cos, como a contratação ape-nas de servidores de carrei-ra e proibições de contratar sem licitações.

“Nós não podemos con-tratar no exterior, ter escri-tório no exterior. Não po-demos oferecer planos de carreira e cargos próprios. A empresa está engessada, congelada. Os nossos concor-rentes já estão nos ultrapas-sando”, explica Lummertz.

Se a lei for aprovada, a Embratur continuaria su-bordinada ao Estado. Mas, na condição de serviço so-cial autônomo, aos moldes do Sebrae (Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas) e da Apex (Agência Brasileira de Pro-moção de Exportações e In-vestimentos), poderia fazer parcerias legais com empre-sários, inclusive empresas áereas, para oferecer voos mais baratos para o país –por exemplo.

“Ainda haveria presta-ção de contas dos recursos públicos”, esclarece o presi-dente do instituto. “Mas tem que ter mais liberdade para contratação. Com participa-ção de empresários. Temos que competir no cenário in-ternacional. E esse dinheiro não é gasto, (porque) volta como investimento.”

Na Câmara, ainda não há previsão de votação do projeto de Lei.

Turismo. Com orçamento para promoção do Brasil no exterior 67% menor que o de 2010, e vendo a concorrência em relação aos países vizinhos crescer, instituto quer aprovação de lei que modifica modelo d e gestão e dá mais liberdade

INVESTIMENTO EM QUEDAEm oito anos, orçamento da Embratur para promoção do turismo no exterior caiu 67%, em R$ milhões

FONTE: INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO

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Sem verba, Embratur quer parceria com empresários

FABIANEGUIMARÃES METRO BRASÍLIA

Legado do caso Carli Filho é pedagógicoAinda que seja um forte exemplo contra beber e di-rigir, a condenação do ex-de-putado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, que pegou 9 anos e 4 meses de prisão na últi-ma quarta-feira pela morte de dois jovens no trânsito em 2009, em Curitiba, não deve influenciar tribunais do país a tomar decisões mais duras em casos semelhantes.

Um dos motivos, segundo especialistas consultados pe-lo Metro Jornal, é uma mu-dança no Código de Trânsito Brasileiro que passará a vigo-rar em abril: o ato de matar alguém dirigindo alcoolizado

passou a ser considerado ho-micídio culposo, quando não há intenção de matar.

Para o advogado Carlos Bettes, especialista em direi-to do trânsito, será preciso ha-ver outros agravantes além da embriaguez para que o caso seja tratado como dolo even-tual – quando se assume o ris-co de matar –, o veredicto da-do a Carli Filho.

“Eu preciso ter o elemento de que o motorista assumiu o risco. Nesse caso, tomando co-mo verdade que ele foi alerta-do para não dirigir e mesmo assim assumiu a direção [um amigo de Carli Filho e o por-

teiro do restaurante disseram ter pedido para que ele dei-xasse o carro], eu teria o dolo eventual”, avalia Bettes.

Durante o julgamento, a defesa do ex-deputado tentou convencer os jurados de que só dois fatores – disputa de ra-cha ou a chamada “roleta-rus-sa”, em que o motorista sai pela rua furando sinais – indi-cam o dolo eventual; ou seja, embriaguez e excesso de ve-locidade são casos de impru-dência, enquadrados no tipo culposo. Pela nova lei, o ho-micídio culposo no trânsito prevê de 5 a 8 anos de prisão.

Para Celso Mariano, ex-se-

cretário de Trânsito de Curi-tiba, o efeito jurídico pode-rá ser mais atenção e rapidez dos tribunais. “É muito signi-ficativo, porque são poucos os casos de condenação. Um país demorar quase 9 anos pa-ra julgar um caso desse não é normal”, diz Mariano.

Segundo o movimento Não foi Acidente, que monito-ra o assunto, só 20 pessoas es-tão presas hoje, no país, cum-prindo pena por crime de trânsito após júri popular.

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Carli Filho pode recorrer em liberdade | PAULO LISBOA/FOLHAPRESS

Bancada feminina

“As matérias (da bancada feminina)

precisam avançar. A gente prefere que

sejam derrotadas em plenário do que não

sejam votadas. Porque, se não votar, é como se não enxergassem o que está acontecendo com as mulheres no Brasil, em termos de crimes

virtuais, de agressões, de violência doméstica,

e os nossos índices estão alarmantes.”

SORAYA SANTOS (MDB-RJ),

COORDENADORA DA BANCADA

FEMININA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS,

COBRANDO QUE SEJAM PAUTADOS

PROJETOS QUE TRATAM DE VÁRIOS

TEMAS DE DEFESA DAS MULHERES

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {BRASIL} 03|

Temer afirmou na semana passada, em entrevista à rádio “Jovem Pan”, que é preciso acabar com o “preconceito” com as Forças Armadas e fazer com que militares participem mais da administração pública | BETO BARATA/PR

Afago à caserna

Menos terno e gravata, mais farda. Michel Temer se cer-cou de militares e só perde para Itamar Franco, até hoje o presidente que mais recorreu às Forças Armadas na mon-tagem da equipe de governo após a redemocratização.

Em relação aos outros cin-co ex-presidentes desde 1985, Temer foi além da costumeira presença de militares na segu-rança pessoal e no comando de Marinha, Exército e Aero-náutica. Pela primeira vez em 19 anos colocou um militar, o general Joaquim Silva e Luna, como ministro – ainda que in-terino – da Defesa, órgão cria-do em 1999 para ser o elo dos civis com militares.

Itamar colocou oficiais como auxiliares diretos, no Ministério dos Transportes e na extinta Secretaria de Administração Federal.

Temer, porém, tem to-mado outras decisões que agradam a caserna. No mes-mo andar do gabinete presi-dencial está o general Sér-gio Etchegoyen, chefe do GSI (Gabinete de Seguran-ça Institucional da Presidên-cia da República), que, além da função militar, é uma es-pécie de conselheiro de Te-mer. A Secretaria Nacional de Segurança Pública tam-bém é ocupada por um mi-litar: o general de reserva do Exército Carlos Alberto

Santos Cruz – ex-comandan-te da missão de paz da ONU no Haiti –, que também acu-mula a secretaria-executiva do recém-criado Ministério da Segurança Pública.

O uso das Forças Arma-das em 11 GLOs (Garantia da Lei e da Ordem) no Rio de Janeiro, Rio Grande do Nor-te e Espírito Santo; e a no-

meação do general Walter Braga Netto como interven-tor da segurança pública do Rio também foram conside-radas demonstrações de res-peito e prestígio.

Outros governosOs ex-presidentes José Sar-ney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henri-

que Cardoso ainda contaram com ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-ca. Após a criação do Ministé-rio da Defesa e do GSI, ambos no governo FHC, a presença se restringiu a funções mili-tares, não mais civis.

Antes de Temer, Dilma Rousseff concedeu a direto-ria-geral do Dnit (Departa-mento Nacional de Infraes-trutura de Transportes) para o general Jorge Ernesto Pin-to Fraxe, aproveitando a ex-pertise na divisão de obras de engenharia do Exérci-to. O militar foi investigado acusado de facilitar a atua-ção de uma ONG em con-tratos com o Ministério dos

Transportes e deixou o cargo criticando a burocracia pela falta de resultados.

Lula foi o presidente que tomou a decisão que deixou os militares mais ressabia-dos: colocou um comunis-ta no comando da Defesa, Aldo Rebelo. A desconfian-ça, porém, se dissipou e o ex-deputado foi avaliado in-ternamente nos quartéis co-mo mais eficiente que, por exemplo, os diplomatas tam-bém nomeados pelo petista: José Viegas e Celso Amorim, considerados burocráticos.

Governo. Michel Temer prestigia militares em decisões e cargos e só fica atrás do ex-presidente Itamar Franco no uso de integrantes das Forças Armadas na equipe

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

40%da população apontam as Forças Armadas como a instituição de maior confiança do país, segundo pesquisa Datafolha

39militares ocuparam o 1º escalão após a ditadura - 21 tiveram status de ministros; 3 em áreas sem relação com as Forças Armadas

NA HISTÓRIA Sob Temer, embora o número de ministros militares seja até inferior ao de alguns outros governos pós-redemocratização, a diversidade de postos estratégicos ocupados por integrantes das Forças Armadas na administração é maior

JOSÉ SARNEY(1985 a 1990)63 ministros, quatro militares

• Henrique Saboia, ministro da Marinha• Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército• Octávio Júlio Moreira Lima, ministro da Aeronáutica• Rubens Bayma Denys, ministro-chefe da Casa Militar

FERNANDO COLLOR(1990 a 1992)39 ministros, cinco militares

• Agenor Francisco Homem de Carvalho, chefe do Gabinete Militar• Antônio Luiz Rocha Veneu, Ministro Chefe do Estado Maior

das Forças Armadas• Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, ministro do Exército• Mário César Flores, ministro da Marinha• Sócrates da Costa Monteiro, ministro da Aeronáutica

ITAMAR FRANCO(1992 a 1995)58 ministros, seis militares

• Fernando Cardoso, chefe do Gabinete Militar• Ivan da Silveira Serpa, ministro da Marinha• Lélio Viana Lobo, ministro da Aeronáutica • Romildo Canhim, ministro chefe da Secretaria da Administração Federal • Rubens Bayma Denys, ministro dos Transportes• Zenildo Lucena, ministro do Exército

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO(1995 a 2003)98 ministros, oito militares*

• Alberto Mendes Cardoso, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República• Lélio Viana Lobo, ministro da Aeronáutica• Mauro César Rodrigues Pereira, ministro da Marinha• Mauro José Miranda Gandra, ministro da Aeronáutica• Sérgio Gitirana Florêncio Chagasteles, Ministro da Marinha e Comandante da Marinha• Waldemar Nicolau Canellas Junior, ministro da Marinha• Walter Werner Bräuer, ministro da Aeronáutica e Comandante da Aeronáutica• Zenildo Lucena, ministro do Exército

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA(2003 a 2011)106 ministros, sete militares**

• Enzo Martins Peri, comandante do Exército• Francisco Roberto de Albuquerque, comandante do Exército• Jorge Armando Felix, ministro de Estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República • Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha• Juniti Saito, comandante da Aeronáutica• Luiz Carlos da Silva Bueno, comandante da Aeronáutica• Roberto de Guimarães Carvalho, comandante da Marinha

DILMA ROUSSEFF(2011 a 2016)119 ministros, quatro militares**

• Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha• Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante do Exército• Juniti Saito, comandante da Aeronáutica• José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

Em outras funções:• General Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)

MICHEL TEMERDesde maio de 201639 ministros, cinco militares***

• Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República• Joaquim Silva e Luna, ministro da Defesa• Eduardo Villas Boâs, comandante do Exército• Eduardo Leal Ferreira, comandante da Marinha• Nivaldo Rossato, comandante da Aeronáutica

Em outras funções:• Walter Souza Braga Neto, Interventor no Rio de Janeiro• Carlos Alberto Santos Cruz, Secretário Nacional de Segurança Pública e secretário-executivo do Ministério de Segurança Pública

* COM A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA, EM 1999, OS CHEFES DAS FORÇAS ARMADAS FICARAM SEM STATUS DE MINISTRO, MANTIDO APENAS PARA O GSI ** UM COM STATUS DE MINISTRO *** DOIS COM STATUS DE MINISTRO

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

AMORIM DEU PITI, MAS BRASIL REJEITOU ARMAS RUSSAS

O então ministro da Defesa Celso Amorim tentou fa-zer o Brasil comprar baterias antiaéreas russas Pantsir--S1, no valor de US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões), contra a recomendação dos militares brasileiros. Na viagem da ex-presidente Dilma a Moscou, em 2012, Amorim deu chilique em pleno saguão do hotel, quando soube que o negócio não constava do comunicado conjunto a ser assinado pelos presidentes. Ficou histérico.

CHILIQUE ESQUISITO“Se as baterias antiaéreas não aparecerem no comuni-cado conjunto, a presidenta Dilma (sic) não assina!”, gritou Amorim para os assessores.

BATERIAS ERRADASAs Forças Armadas há anos pediam a compra de bate-rias antiaéreas, mas as russas não atendiam a qualquer das especificações brasileiras.

ESPECIFICAÇÕESAs baterias deveriam “falar” com radares brasileiros, caber em aviões de carga da FAB e ser equipadas de mísseis com alcance de 30 km.

MONSTRENGO RUSSOA insistência de Celso Amorim levantou suspeitas no meio militar brasileiro. Um certo respeito inicial que ele inspirava virou decepção.

FORÇA-TAREFA INVESTIGA SEDE BAIANA DA PETROBRASApós a operação que teve como alvo o ex-ministro pe-tista Jaques Wagner, passou a chamar atenção a sede que o governo Lula adquiriu para a Petrobras em Salva-dor. O prédio “Torre Pituba” foi construído pela OAS e Odebrecht, claro, entre 2011 e 2015, quando presidia a estatal o enroladíssimo petista Sergio Gabrielli. Profes-sor de modesta reputação, Gabrielli virou presidente da maior empresa brasileira.

PROJETO PESSOAL...Gabrielli tinha sonhos eleitorais e pretendia estabele-cer uma presença rotineira na Bahia, daí a dispendiosa sede soteropolitana da Petrobras.

...DESPESA NOSSAA Petrobras transferiu o Departamento Financeiro pa-ra a Bahia em 2011, para atender ao capricho eleitorei-ro de Sérgio Gabrielli .

SOCIEDADE PETISTA A suspeita da Lava Jato é de que verbas da obra foram drenadas para a campanha de reeleição de Jaques Wag-ner ao governo baiano.

DENÚNCIA GRAVÍSSIMAA revista ‘IstoÉ’ desta semana denuncia uma romaria de figurões do PT no Supremo Tribunal Federal, para tentar livrar Lula do cumprimento de sua pena de pri-são por corrupção. A reportagem menciona uma alian-ça dos petistas com alguns ministros que ajudaram a nomear para o STF.

PAPO ESQUISITOEm Brasília para um evento, semana passada, os mé-dicos Miguel Serrouge, David Uip e Roberto Kalil jan-taram com o presidente Temer no Alvorada. Foi uma chatice: os convidados só falaram em doenças.

VÁ LAMBER SABÃO, MADAME

A primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, tratou Michel Temer com grosseria, na visita oficial a Oslo em junho de 2017, mas três semanas depois ela tentou se aproximar dele sorridente, na reunião do G-20, na Ale-manha. Temer reagiu com frieza digna do Ártico e se afastou dela.

MELHOR FECHAR DE VEZNem carteiro cumpre suas obrigações nos Correios: em Brasília, a estatal obriga uma loja a buscar as encomen-das na agência, ampliando o atraso, porque sua caixa de correspondência é “mal posicionada”.

IMPOSTO ÚNICOSerá lançada nesta terça (6), na Câmara, a Frente Parla-mentar Mista do Imposto Único Federal. É liderada pe-lo deputado Luciano Bivar (PSL-PE), e já reúne 215 se-nadores e deputados federais.

BOMBANDO NA REDEAnálise da FGV sobre os presidenciáveis no Facebook revelou que Alvaro Dias (Pode) e Manuela D’Ávila (PC-doB) têm engajamento bem maior que outros pré-can-didatos. Só Jair Bolsonaro (PSC) os supera.

BALAIO DE MPSO Congresso instalará esta semana 12 comissões mis-tas para analisar medidas provisórias do presidente Te-mer. A primeira é a que alterou a reforma trabalhista, proposta que mais recebeu emendas na história.

DINHEIRO NO LIXOEntre as medidas provisórias que vão ganhar comissão esta semana está a que autoriza a União a doar recur-sos à Palestina para a restauração da Basílica da Nativi-dade. Mas a obra já foi finalizada.

PENSANDO BEM……em semana de troca na Polícia Federal, Temer na La-va Jato e marasmo no Congresso, a operação mais im-portante é no Neymar.

“Crimes hediondos não podem ter

progressão de pena.”

DEPUTADO ALBERTO FRAGA (DEM-DF), RELATOR DO PROJETO DO SISTEMA

ÚNICO DE SEGURANÇA

PODER SEM PUDORVAIAS INESQUECÍVEIS

No fim dos anos 1970, Paulo Maluf chegou acompanhado de Cláudio Lembo, candidato da Arena a senador, a uma fes-ta no ginásio Ibirapuera, em São Paulo. Foram recebidos com uma vaia inesquecível, totalmente dedicada a Maluf. No dia seguinte, ele ligou para o organizador da festa:

- Que vaia, hein?- Pois é, doutor Paulo, queria pedir desculpas. A gente não esperava...- Não se incomode com isso – cortou Maluf – esse Lem-bo não tem mesmo prestígio nenhum. Se eu soubesse que era ruim de povo, não iria com ele.

Celso Amorim | WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

Temer e Erna Solberg | BETO BARATA/PR

CLÁUDIO HUMBERTOWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOS

Política

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {BRASIL} 05|

Com a transição de vários ti-pos de serviços do físico pa-ra o on-line, outra área a en-trar no mundo da web é a psicologia. A novidade é a realização das sessões de te-rapia por aplicativos e ende-reços on-line. A inovação tem gerado polêmica entre os psicólogos.

Rui Brandão, médico e CEO do Zenklub – um dos aplicativos que oferecem orientação psicológica vir-tual –, alega que a intenção é “ser o lugar de referên-cia para aqueles que dese-jam explorar seu potencial emocional”.

Para ele, a ferramenta tecnológica beneficia prin-cipalmente o paciente tí-mido, que teria dificuldade de se apresentar na recep-ção de um consultório, mas não teria dificuldade em participar do atendimento por videochamada no com-putador da sua casa.

A plataforma é reconhe-cida pelo Conselho Federal de Psicologia e, de acordo com a startup, o trabalho é feito dentro das especifi-cações dos órgãos regulado-res da profissão.

Apesar da boa intenção do aplicativo, a psicóloga

Adriana Spadoni sustenta que o atendimento on-line não é o suficiente. Segundo ela, a alternativa não é reco-nhecida como acompanha-mento terapêutico, mas ape-nas como aconselhamento ou apoio de urgência.

A psicóloga Juliana Ribei-ro também reprova o servi-ço digital na forma de acom-

panhamento terapêutico. “O atendimento em consul-tório é o ideal. Nesse caso, não há como substituir o ‘ao vivo’”, afirma Juliana.

A profissional lembra que a alternativa poderia ser de certa forma útil para assun-tos rápidos: “Se ficar apenas nas consultas breves, como imagino que seja a maioria

dos casos, pode ser”.Além do suporte ser fei-

to em vídeoconsultas, há ou-tras empresas, que oferecem o mesmo tipo de serviço, mas trabalham apenas com a possibilidade de troca de mensagens, como o Talkspa-ce, lançado há alguns anos nos Estados unidos.

Nesse sentido, Adria-

na vê outro fator que impe-de a melhor análise do ca-so. “Existem outras questões no procedimento terapêuti-co além da linguagem. Nas sessões, são trabalhadas ex-pressões, comportamentos e emoções”, explica.

Opinião reforçada por Juliana, que diz que dentro da psicologia há de se ana-lisar vários movimentos do corpo humano na hora da sessão. “A psicanalítica é complicada para que ape-nas o virtual sustente as sessões”, completa.

Adriana ainda relata que os colegas de trabalho mais tradicionais, com experiên-cia na área, têm muita resis-tência a esse método e, no geral, são contra. Já os re-cém-formados muitas vezes têm uma visão um pouco di-ferente. Enxergam uma for-ma mais facilitadora para a iniciação profissional.

Apesar dessa reprovação, Juliana crê que os dois tipos de consultas dividam prefe-rências futuramente.

Aprovado, com exceçõesCom o fortalecimento da nova forma de atendimen-to, o Conselho Federal de Psicologia se reuniu em de-zembro, em assembleia, em Brasília, para criar no-va regulamentação sobre a prática do serviço on-line e também a distância, que passará a entrar em vigor no segundo semestre.

A nova norma inclui, entre outras coisas, que a atividade seja feita de for-ma apropriada, com qua-lidade, fundamentada na ciência psicológica e tam-bém sob a norma ética dos meios a serem utiliza-dos. A internet segundo o texto, pode ser ferramen-ta útil no tratamento. Po-rém ressalta que em casos de urgência ou emergência o método on-line é veta-do, necessitando assim do atendimento presencial.

Para realizar a assistên-cia virtual é necessário um cadastro junto ao conselho.

METRO CAMPINAS

Tecnologia. Serviços de atendimento virtual ao paciente começam a ganhar espaço na psicologia. Opiniões de especialistas divergem

Uso de terapia on-line gera polêmica entre psicólogos

Plataforma on-line de atendimento virtual | REPRODUÇÃO

“O acolhimento feito de forma breve e on-line ajuda, mas não vai substituir o atendimento ‘ao vivo’ (presencial).”JULIANA RIBEIRO, PSICÓLOGA CLÍNICA

Pacientes com febre amare-la em Minas Gerais têm um novo aliado para combater a doença. Em parceria com pesquisadores da USP (Uni-versidade de São Paulo), o Hospital Eduardo de Mene-zes, em Belo Horizonte, co-meçou a testar, no mês passa-do, um medicamento usado para a hepatite C. O remédio foi aprovado no Brasil há três anos e será estudado em MG e em São Paulo.

Segundo a Secretaria de Saúde, o procedimento foi adotado em razão “da seme-lhança observada entre o ví-rus da hepatite C e o da fe-bre amarela”. Os trabalhos acontecem por uso compas-sivo, que é “a utilização de um medicamento com in-

dicação de uso para um ti-po de doença, mas, median-te análise da equipe médica e autorização dos familiares do paciente, ele é emprega-do em outras doenças, co-mo alternativa de tratamen-to”, enfatizou a pasta. Ainda não hádetalhes sobre quan-tas pessoas serão tratadas com a medida.

O antiviral também foi testado pela Fiocruz (Funda-ção Oswaldo Cruz) no ano passado contra o zika vírus e, conforme a entidade, é eficaz para tratar a doença

transmitida pelo Aedes aegyp-ti. O uso de uma medicação em tratamento alternativo precisa de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por no-ta, o órgão alegou que não recebeu solicitação para os estudos.

‘Medida de desespero’Para o patologista da Bene-ficência Portuguesa de São Paulo Rogério Alves, a no-va medicação é uma medida de desespero. “É uma doença grave, que pode se alojar no

fígado, no coração e no siste-ma nervoso. O correto seria testar o medicamento primei-ro em não humanos, fazer es-tudos e saber a real ação dele no organismo infectado. A he-patite é mais crônica, a febre amarela, mais aguda”, alega.

A professora do Instituto de Ciências Biológicas Gilia-ne Trindade, entretanto, ava-lia que o medicamento ajuda a bloquear a replicação do ví-rus da doença. “Eles perten-cem à mesma família da he patite C e, provavelmente, é por esse motivo que o re-médio vem sendo usado. É o mesmo caso dos humanos e dos macacos, que são prima-tas. Apesar de serem espécies distintas, têm várias seme-lhanças.” METRO BH

Em parceria com a USP, hospital de Belo Horizonte testa aposta contra febre amarela

Vacina: melhor forma de prevenção contra a febre amarela | NETO TALMELI/FOLHAPRESS

“O que acontece é uma ação de emergência. O vírus tem a mesma classe da hepatite, da zika.” ROGÉRIO ALVES, PATOLOGISTA

Page 6: CNH suspensa? ‘Nem ligo, não vão me pegar’...ligo, não vão me pegar...’ Pois então.... Em 2017, o Detran-DF aumentou em 111%, em relação a 2016, o número de flagrantes

BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 06| {BRASÍLIA}

Em um ano, o número de ocorrências de motoris-tas dirigindo com a cartei-ra cassada ou suspensa do-brou no DF: em 2016, foram 547 multas. No ano passa-do, este número saltou pa-ra 1.157, um aumento de 111%. A infração é gravíssi-ma e rende multa de R$ 880.

Motoristas podem ter a CNH suspensa por vários motivos. O mais comum deles, segundo o Detran, é por dirigir alcoolizado. A suspensão dura um ano. Também podem perder temporariamente a cartei-ra aqueles que atingem mais do que 20 pontos em multas; que ultrapassam a velocidade da via em até 50%, entre outras previsões listadas no Código Brasilei-ro de Trânsito.

Em todos esses casos, ao ter o direito de dirigir sus-penso, os condutores preci-sam fazer um curso de re-ciclagem, de 40 horas, no qual relembram detalhes sobre a conduta correta no trânsito. Se forem pegos di-rigindo neste período, têm a habilitação cassada e pre-cisam ficar longe do volan-te por dois anos.

O problema, segundo o diretor do Detran, Silvain

Fonseca, é que os conduto-res não respeitam o período de punição, muito menos o curso de reciclagem. Só na semana passada, por exem-plo, ao menos três motoris-tas foram pegos dirigindo para as aulas nas quais de-veriam aprender a ter cons-ciência no trânsito.

“Temos pessoas que são

até 14 vezes reincidentes. Ainda há aqueles que apos-tam na impunidade: a pes-soa está indo para passar por uma reciclagem, mudar de cultura, e vai para o De-tran conduzindo um carro”, lamenta o diretor.

FiscalizaçãoO diretor atribui o aumen-

to de flagrantes à operação específica feita pelo Detran contra os motoristas reinci-dentes, o programa Pontos para a Vida.

Segundo Silvain, o ál-cool é o principal responsá-vel pelas novas ocorrências. “Tem casos que nos deixam preocupados, muitas dessas pessoas são dependentes do

álcool, é uma questão de a família participar do pro-cesso. Temos casos em que a própria família denuncia que a pessoa pegou o car-ro”, explica.

O Detran está de olho nos que insistem em dirigir sem a carteira. Inclusive, rastreia motoristas com histórico ruim. “Temos um segredinho

profissional, uma ferramen-ta, que consegue traçar o iti-nerário de motoristas contu-mazes. Chega a um ponto de impunidade e falsidade em que é preciso monitorar”, afirma Silvain.

Trânsito. De 547 ocorrências, em 2016, o número subiu para 1.157 em 2017. Dirigir com a carteira suspensa ou cassada é infração gravíssima

Detran monitora motoristas reincidentes | TONY WINSTON/AGÊNCIA BRASÍLIA

Em 1 ano, flagras a motoristas com CNH cassada sobem 111%

“Muitos dos motoristas reincidentes são dependentes do álcool, é uma questão de a família participar do processo. Temos casos em que a própria família denuncia.”

SILVAIN FONSECA, DIRETOR DO DETRAN

Infração pode levar à prisão do condutorViolar a suspensão ou cas-sação da carteira de ha-bilitação, além de render multa de R$ 880, também pode levar à prisão do condutor. Segundo o arti-go 307 do Código Brasilei-ro de Trânsito, o período

de detenção pode variar de seis meses a um ano.

Hoje, o Detran já tem encaminhado motoristas reincidentes às delega-cias da Polícia Civil, on-de são autuados. Segun-do o órgão, muitos dos condutores são pegos não apenas sem a habili-tação, mas dirigindo com efeito de álcool no san-gue, um grande agravan-te. METRO BRASÍLIA

Punição

Rollemberg promete fim do racionamento ainda em 2018

Durante o Congresso Nacio-nal do PSB, no último sába-do, o governador Rodrigo Rollemberg admitiu que co-locará fim ao racionamento de água ainda neste ano. Foi a primeira vez em que Rol-lemberg falou a respeito da interrupção do rodízio.

O governador atribuiu a melhora da crise hídrica às obras de abastecimento fei-tas pelo governo, como a es-tação emergencial no Lago Paranoá, o Subsistema Ba-nanal e as obras de Corum-bá IV, que devem ser entre-gues até o fim do ano.

Pé no freioApesar do otimismo mos-trado pelo governador, a

Caesb (Companhia de Abas-tecimento e Saneamento Ambiental do DF) evita falar em suspensão do rodízio de água. Segundo o presidente da companhia, Maurício Lu-duvice, isso só será avalia-do ao fim da temporada de chuvas, no fim de março.

Os reservatórios, é cer-to, mostram boa recupera-ção. Ontem, o nível de água da barragem do Descoberto chegou a 57,6%, quase atin-gindo o cenário mais oti-mista possível previsto pela Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Sanea-mento Básico) para o mês, que é de 58%. O reservató-rio de Santa Maria registra-va 42,4%. METRO BRASÍLIARollemberg mostrou otimismo em Congresso do PSB | HUMBERTO PRADERA/DIVULGAÇÃO

FABIANEGUIMARÃES METRO BRASÍLIA

Mesmo com uma liminar ex-pedida pelo TRT (Tribunal Re-gional do Trabalho) da 10ª Região na última sexta, de-terminando a volta dos vigi-lantes ao trabalho, a catego-ria decidiu manter a greve e recorreu da decisão.

Hoje, às 19h30, os traba-lhadores fazem assembleia, mas é pouco provável que o movimento seja encerrado.

Continuam prejudicados o funcionamento de bancos, agências do INSS (Instituto Nacional de Seguridade So-cial), entre outros órgãos pú-blicos. Neste fim de sema-na, o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) precisou recorrer à Polícia Militar para abrir parques públicos, como o de Águas Claras. METRO BRASÍLIA

Impasse. Vigilantes do DF descumprem ordem do TRT e greve continua

Por que os vigilantes estão

em greve no DF? São duas

reivindicações principais. Os

trabalhadores pedem au-

mento de 7% e protestam

contra redução de benefí-

cios. O tíquete-alimentação,

por exemplo, seria reduzido

de R$ 34 para R$ 17 por dia.

O trabalho em feriados não

seria mais pago extra, pla-

nos de saúde sofreriam cor-

reção, entre outras coisas. O

Sindicato dos Empresários

nega retirada de direitos e

diz que novos valores são

“atualização conforme va-

lor de mercado”. Não houve

consenso na última reunião

de negociação, na sexta.

Entenda

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} 07|

A busca da compra de um imóvel pelo sistema de con-sórcios cresceu 26,4% no Brasil em 2017 em compa-ração com 2016. No mes-mo período, o financiamen-to de imóveis novos caiu 17%. Segundo o presidente do portal de orientação fi-nanceira “GuiaBolso”, Thia-go Alvarez, em um financia-mento no banco ou direto nas construtoras o imóvel acaba custando no final, em média, o dobro do valor do pagamento à vista. “Apesar de o consórcio ter a taxa de administração, acredito que ainda seja melhor do que pagar os juros do financia-mento”, afirma Alvarez.

Ele explica que, no con-sórcio, o valor é dividido em parcelas pré-estabelecidas,

e o cotista não precisa ter uma quantia significativa para dar de entrada, como ocorre no financiamento. Uma segunda vantagem é a flexibilidade de usar o cré-dito no imóvel que quiser. “Com o tempo, o consumi-dor pode mudar de ideia so-bre o tamanho e as caracte-rísticas do imóvel. Como no consórcio a compra só ocor-rerá no futuro, a pessoa ga-nha tempo para avaliar suas necessidades”, diz Alvarez.

Há, porém, desvantagens nesse modelo de aquisição da casa própria às quais o candidato a consorciado de-ve estar atento. Uma delas é a falta de garantia do prazo em que ele poderá fechar a compra do imóvel, diz An-dré Bona, educador finan-

ceiro do “Blog de Valor”. Ou seja, não pode haver pressa.

“O consorciado deve ter em mente que não é possí-vel saber quando será con-templado. Mesmo que ele possa dar um lance, outros consorciados também fa-rão isso, e nada garante que, mesmo por lance, ele rece-ba sua carta de crédito para comprar o imóvel que qui-ser”, afirma o educador. E, enquanto não for contem-plado, terá de continuar ar-cando com as despesas do consórcio e, provavelmente, do aluguel de onde mora.

“E, em caso de desistên-cia, existem regras que po-dem também travar o di-nheiro até o fim do prazo do grupo, além de multas”, diz Bona. METRO

Casa própria. Modalidade de compra registrou crescimento de 26,4% entre 2016 e 2017. Candidatos a cotistas não podem ter pressa

2016 X 2017

FONTE: ABAC

TOTAL DE CONSORCIADOS DE IMÓVEIS NO BRASIL (EM MIL)

Entrada de novos consorciados, mês a mês (em mil)

2 0 1 7

0

12,5

25

37,5

DEZNOVOUTSETAGOJULJUNMAIABRMARFEVJAN

1 7 , 2 1 6 , 71 7 , 5

2 4 , 3

1 9 , 02 0 , 0

2 7 , 02 8 , 5

3 1 , 5 3 0 , 03 2 , 0

2 1 , 0

1 5 , 0 1 4 , 61 6 , 3

1 7 , 6

2 0 , 5 2 1 , 5

2 2 , 8 1 6 , 11 4 , 2

1 6 , 6

2 0 , 7

2 9 , 5 2 0 1 6

2 0 1 7

2 0 1 6

8 3 2

7 9 2 , 7

TOTA L

2 8 4 , 7

2 2 5 , 2

Brasileiro volta a buscar

os consórcios de imóveis

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 08| {MUNDO}

Pesquisas de boca de urna indicaram ontem que ne-nhum partido ou coalizão te-rá maioria no Parlamento da Itália. De acordo com levan-tamento feito pelo consór-cio “Opinio Italia”, a aliança de centro-direita, que reúne o moderado FI (Força Itália), do ex-premiê Silvio Berlus-coni, e os ultranacionalistas Liga Norte e FDI (Irmãos da Itália), alcançou entre 33,5% e 36,5% dos votos no Senado, e 33% e 36% na Câmara. O antissistema M5S (Movimen-to 5 Estrelas) teve 29% a 32% no Senado e entre 29,5% e 32,5% na Câmara. Já a alian-ça do governista PD (Parti-do Democrático), de centro--esquerda, teria sofrido uma dura derrota e ficado com 25% a 28% no Senado e 24,5% e 27,5% na Câmara.

Não bastasse o clima de incerteza política, a Itá-lia enfrentou problemas no dia da eleição, entre eles fi-las que chegaram a mais de uma hora de espera em al-

guns centros eleitorais e cé-dulas de votação erradas

O episódio que chamou mais atenção, porém, ocor-reu em Milão, quando Sil-vio Berlusconi foi votar. A

ativista francesa de origem iraniana Melodie Mousavi Nameghi, 29 anos, do mo-vimento “Femen”, subiu em uma mesa, tirou a blu-sa e mostrou uma mensa-gem de protesto pintada em seu corpo: “Berlusconi, você já era”. As confusões obri-garam o governo italiano a fazer um apelo para que os eleitores fossem votar o quanto antes.

Se os números da bo-ca de urna se confirma-rem, nenhuma aliança te-rá maioria dos assentos no Parlamento, condição ne-cessária para formar um go-verno. Caso isso ocorra, a Itália poderá ter uma “gran-de coalizão”, aos moldes da Alemanha, ou o presidente Sergio Mattarella convoca-rá novas eleições. METRO

Eleições parlamentares. Nenhum partido consegue 40% dos votos para formar governo

Berlusconi vota em Milão, após protesto de ativista do Femen (destaque) | REUTERS

Itália tem impasse, diz boca de urna

Andrea Nahles e Olaf Scholz, do SPD: juntos com Merkel | H. HANSCHKE / REUTERS

Os filiados do SPD (Parti-do Social-Democrata) apro-varam ontem com 66% dos votos o acordo de coalizão com a CSU (União Social Cristã) e a CDU (União De-mocrata Cristã, permitindo o quarto mandato da chan-celer Angela Merkel. Cerca de 240 mil pessoas votaram no “sim”, enquanto 123 mil no “não”.

De acordo com o social--democrata Olaf Scholz – que com o resultado assumirá o cargo de ministro de Finan-ças –, o SPD agora tem “força

para governar e trazer o país na direção certa”.

Com a coalizão, Merkel respira, porque garante o quarto mandato, assim co-mo a União Europeia, pelo fato de a Alemanha repre-sentar o “motor” econômi-co-financeiro do bloco.

A chanceler já havia ven-cido as eleições de setembro de 2017, mas não conseguiu garantir a maioria suficiente no parlamento alemão para governar sozinha. Ela deve-rá oficializar o resultado no próximo dia 14. METRO

Alemanha. Socialistas aprovam coalizão; Merkel garante quarto mandato

Cinco pessoas são resgatadas após avalanche

Cinco pessoas foram resgatadas depois de uma avalanche ocorri-da na última sexta-feira no Squaw Valley Ski Re-sort, estação de esqui na Califórnia, perto do La-go Tahoe. A estação fe-chou temporariamen-te após o incidente. Uma das vítimas resgatadas foi levada para o hospi-tal com ferimentos gra-ves. METRO

Italianos sumidos foram vendidos a cartel criminoso

Autoridades abriram processos criminais con-tra quatro policiais de Tecalitlán envolvidos no caso dos três italianos desaparecidos desde 31 de janeiro último. Todos os acusados confessaram que prenderam e entre-garam os três homens napolitanos ao cartel Ja-lisco Generación, que controla o crime organi-zado da região. METRO

Papa cria ‘Diade Maria, Mãeda Igreja’

Pelo decreto “Ecclesia Mater”, o papa Francis-co decidiu incluir no ca-lendário romano como uma data festiva o “Dia de Maria, Mãe da Igreja”. De acordo com o decreto publicado no Vaticano, a comemoração aconte-cerá obrigatoriamente na primeira segunda-fei-ra depois do Pentecostes. Neste ano, será no dia 21 de maio. METRO

Comissária quer tirar do hino os termos masculinos

A comissária da igualda-de da Alemanha, Kristin Rose-Moehring, quer reti-rar palavras como “Vater-land” (pátria) do hino na-cional do país porque ela é masculina. A proposta é substituir este e demais termos do hino com re-ferência masculina por outros de gênero neu-tro. Sairia “Vaterland” e no lugar entraria “Hei-matland”. METRO

Delegação de Seul chega hoje para visita a Pyongyang

A Coreia do Sul irá despa-char uma delegação lide-rada por autoridades de segurança para uma visi-ta de dois dias à Coreia do Norte, começando hoje. O presidente norte-ame-ricano, Donald Trump, sugeriu estar pronto pa-ra conversar com Pyong-yang, mas a Coreia do Norte afirmou não estar implorando para dialogar com Washington. METRO

Centenas fogem das forças pró-Assad em Ghouta

Centenas de pessoas es-tão fugindo dos avanços das forças do governo sí-rio em Ghouta Oriental, conforme Damasco toca uma ofensiva para esma-gar a última grande for-taleza da oposição perto da capital. A Síria, com apoio da Rússia e do Irã, vem travando uma das ofensivas mais mortífe-ras da guerra civil em Ghouta Oriental. METRO

Síria EUA México Vaticano Alemanha Coreias

‘Devemos tentar isso algum dia’, diz Trump sobre presidência vitalícia de Xi JinpingO presidente norte-america-no, Donald Trump, elogiou o presidente chinês, Xi Jinping, após o Partido Comunista anunciar a eliminação do li-mite de dois mandatos para a presidência, abrindo cami-nho para que Xi sirva inde-finidamente, de acordo com um áudio veiculado pela re-de “CNN”.

“Ele agora é presidente para a vida toda, presidente para a vida toda. E ele é óti-

mo”, disse Trump, de acordo com o áudio, com trechos de discurso feito na Flórida, em evento a portas fechadas de arrecadação de fundos. “E ve-ja, ele foi capaz de fazer isso.

Eu acho que é ótimo. Talvez devamos tentar isso algum dia”, disse Trump em meio a aplausos de apoiadores.

Não ficou claro se Trump, de 71 anos, fez o comentário

sobre ampliar o serviço presi-dencial em tom de brincadei-ra. Por tradição, presidentes norte-americanos serviram um máximo de dois manda-tos de quatro anos cada um, até o presidente Franklin Roosevelt ser eleito um recor-de de quatro vezes, começan-do em 1932. Uma emenda à Constituição norte-america-na aprovada em 1951 limita a presidência a dois manda-tos no cargo. METRO

“Falar sobre ser presidente para sempre como Xi Jinping é o sentimento mais não americano expressado por um presidente norte-americano”

RO KHANNA, DEPUTADO DEMOCRATA

Milhares de moradores de Barcelona foram ontem às ruas para protestar contra a independência da Catalunha e seus defensores. A mobili-zação encorajou “todos os ci-dadãos” a “exaltar a fraterni-dade e o otimismo diante da busca pela ruptura”. Nas elei-ções parlamentares de de-zembro passado, os partidos separatistas fizeram o maior número de cadeiras no par-lamento catalão, atiçando o movimento independentista da região. METRO

Participante de protesto contra a

separação da Catalunha | A. GEA / REUTERS

Barcelona. Moradores saem às ruas para defender união

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {TURISMO} 09|

Overdose de paisagens. Percorrerde cabo a rabo o maior país do

mundo, a Rússia, tem suaspeculiaridades. Neve, montanhas, gente e línguas diferentes: tudo éinóspito na mítica Transiberiana,

ferrovia cuja construção começou há 125 anos e foi finalizada há um século

ma das viagens mais míticas do mundo é a da fer-rovia Transiberia-na. São de seis a se-te dias de trem (se o

viajante decidir não fazer pa-radas) entre Moscou e Vladi-vostok (ou Pequim), em mais de 9 mil quilômetros. Lá fora, um gelo. Dentro do trem, cli-ma para ficar só de camiseta. Ótimo para o melhor passa-tempo do trajeto: apreciar as paisagens surpreendentes e interagir com os demais pas-sageiros – ainda que a maio-ria seja de russos e não fale nem uma vírgula de inglês.

Mesmo longa, a viagem é instigante a cada momento.

A opinião é do editor-chefe do guia “O Viajante”, o gaú-cho Zizo Asnis. Ele embar-cou em 2016 na rota Trans-mongoliana, que vai até Pequim, atravessando a Si-béria e a Mongólia. Na ver-dade, o Transiberiano tem três circuitos. Além desse pela Mongólia, há a Trans-manchuriana, da Sibéria até Pequim por um trecho maior do território russo e sem passar pela Mongólia, e a Transiberiana, que, apesar de ter legado o nome gené-rico ao percurso, é a menos procurada – acaba na ponta oriental da Rússia.

“Toda minha viagem, com as paradas, durou 11

dias. Mas em nenhum mo-mento fiquei entediado. As ocupações? Ler, dormir, to-mar chá, comer, escrever, ‘conversar’ com os russos e, acima de tudo, apreciar a in-variavelmente excepcional vista da janela, que desven-da a grande Rússia siberiana e continental”, atesta Zizo.

Tomaram seu tempo os inúmeros cenários que pas-savam pela janela e os di-versos viajantes com quem interagiu – e a comida, e os atrativos de cada parada em locais no caminho... “Levei ‘Crime e Castigo’, achei que a leitura ocuparia meu ócio, mas, confesso, não consegui terminá-lo. Não pela even-

tual dificuldade do texto de Dostoiévski, mas porque a janela do trem sempre rou-bava minha atenção.”

Os passeios pelas cidades do percurso esticaram a via-gem. É possível descer em algum lugar que você achou interessante e depois pegar o trem seguinte.

E, diferente do que se pensa, fazer a Transiberia-na não exige grandes es-forços burocráticos. A pas-sagem pode ser comprada pela internet, no site http://pass.rzd.ru/main-pass/pu-blic/en. Confira nesta pá-gina alguns cenários des-sa instigante viagem.

METRO POA

Zizo Asnis é autor do “Guia O Viajante Europa” 10ª edição (box com 3 volumes), que contém capítulo sobre a Transiberiana• www.oviajante.uol.com.br

ATRAVESSANDO A

125 ANOS DEPOIS

instigante a cada momento. instigante a cada momento. instigante a cada momento. com as paradas, durou 11 terminá-lo. Não pela even- www.oviajante.uol.com.brinstigante a cada momento.

Yaroslavl

ULAN BATOR

PEQUIM

KirovPerm

Yekaterinburg

Tyumen

Omsk NovosibirskKrasnoyarsk

Irkutsk

Baikalsk

Ulan-Ude Chita

Manzhouli

Harbin

Shenyang

Khabarovsk

Vladivostok

600 km

1.200 kmRÚSSIA

CAZAQUISTÃO

UZBEQUISTÃO QUIRGUISTÃO

CHINAMONGÓLIA

UCRÂNIA

BIELORRÚSSIA

MOSCOU TRANSIBERIANA

TRANSMANCHURIANA

TRANSMONGOLIANA

Birobidzhan

Provod... o quê?

Mãezonas

do tremSão elas que fazem

os serviços dentro do Transiberiano, mas

não enrole a língua ao falar o nome do cargo:

provodnitsa. É como se fosse a “aeromoça ferroviária”. Cabe às provodnitsas (há um

ou outro rapaz fazendo a função) entregar a

roupa de cama, servir chá... Algumas são meio brabas, mas

outras podem ser bem mãezonas e arrumar

sua cama, guardar sua passagem, acordá-

lo pela manhã. Enfim, manter contato com elas

no Transiberiano será inevitável. Torça para que vejam um filho em você.

Lago Baikal

FOTOS ZIZO ASNIS/O VIAJANTE/DIVULGAÇÃO

Irkutsk Gulag, prisão de

trabalhos forçados

Ulan Bator, capitalda Mongólia

PLUS

+

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 10| {CULTURA}

2CULTURA

Banda carioca nascida na Ti-juca, em 1985, Picassos Fal-sos foi pioneira em misturar rock, soul, funk e samba, coi-sa que só seria feita na cena musical brasileira nos anos 1990. A banda fez sucesso com canções como “Carne e Osso” e “Quadrinhos”. A for-mação atual conta com Luiz Henrique Romanholi (baixo), Humberto Effe (voz) e Gusta-vo Corsi (guitarra).

“Nem Tudo Pode Se Ver” é o mais recente álbum da ban-da e vem com a mistura carac-terística do grupo. Com pro-dução de Jr. Tolstoi, que toca guitarra e baixo em algumas faixas, a gravação foi inde-pendente e feita ao longo de 2016. O disco reúne dez faixas – nove inéditas e a regravação de “Pavão Mysteriozo”, clássi-co de Ednardo, de 1974. Algumas músicas, como, “Nunca Fui a Paris”, “Vou à Vila” e “Misturando”, já es-tavam prontas. “Enigma” e “Nem Tudo Pode se Ver” fo-ram compostas ao longo do ano de produção.

O grupo entrou em hia-to em 1990, mesma época em que outras bandas com proposta musical semelhan-

te começaram a fazer suces-so, e, 16 anos depois, o Picas-sos Falsos voltou com o disco “Novo Mundo” (2004), que sofreu com mudanças na in-dústria musical.

Segundo Romanholi, ven-der música hoje é muito dife-rente do que nos anos 1980. “Antes, o mercado era ho-mogeneizado pelas gravado-ras e casas de show. Era mais simples. As vitrines eram o rádio, as trilhas sonoras de novela. Hoje em dia, com a internet, é mais democráti-co, mas também mais difícil; a vitrine é imensa”, avalia.

METRO RIO

Romanholi, Humberto Effe e Gustavo Corsi integram a banda | DIVULGAÇÃO

“NEM TUDO PODE SE VER”

PICASSOS FALSOS

INDEPENDENTEDISPONÍVEL EM

STREAMING

Picassos Falsos confirma seu lugar no rock nacional

Está à venda nas livrarias de todo o país o livro recém con-cluído pelo escritor Toninho Vaz contando a história de um dos artistas mais completos da Música Popular Brasileira. José Rodrigues Trindade, o Zé Rodrix, cantou, compôs, to-cou vários instrumentos, foi arranjador, escreveu livros e deixou um legado importan-te como um dos criadores do chamado rock rural, numa es-pécie de flerte da MPB com o rock progressivo.

Editado em conjunto pe-la Editora Olhares e a Cara-vela Filmes (que prepara um documentário com o mesmo título), o livro conta em 324 páginas a trajetória de Zé Ro-drix, da descoberta da mu-sicalidade precoce, passan-do pelos grupos Momento4 e Som Imaginário, até a criação do trio Sá, Rodrix & Guaraby-ra, de grande repercussão na virada dos anos 1960 para os 1970. E a retirada do mundo da música, após a morte de Elis Regina, que ele conside-rava a grande responsável pe-lo seu sucesso profissional, ao

gravar “Casa no Campo”.Zé Rodrix dedicou-se então

à publicidade, principalmen-te com a criação de jingles, mas ainda voltaria à música com participação no grupo Joelho de Porco e um breve retorno ao lado de Sá & Gua-rabyra a partir do Rock in Rio de 2001. Ele morreu em 2009.

Escritor e maçomToninho Vaz descreve Zé Ro-drix como um artista mul-titalentoso, que não apenas compunha, tocava e canta-va, como se atrevia a fazer incursões por outras áreas das artes. Escreveu uma tri-logia contando a história da Maçonaria e revelou-se ele próprio um maçom.

“Se ele fosse apenas um grande músico, que tocava todos os instrumentos, fazia composições, isso já seria ex-

cepcional. Mas ele ia além. Quem leu os livros da sua trilogia, cada um com 800 páginas, viu que era tam-bém um escritor calejado, escrevia muito bem, domi-nava a literatura”, diz o bió-grafo. Leitor inveterado, Zé Rodrix tinha 12 mil livros. “E sabia o conteúdo de cada um deles”, jura Toninho Vaz.

Três mortesNo livro, o biógrafo fala que

Zé Rodrix teve três mortes. A primeira delas aconteceu após a morte de Elis Regina. “Ele entrou em uma depres-são profunda”, relata Vaz. “Ele era completamente ca-reta, não usava nenhuma dro-ga, nem gostava de beber. Es-tava na festa com Elis na noite anterior à sua morte. Aquilo o levou a comunicar a família que não queria mais partici-par do mundo da música.”

A segunda morte de Ro-

drix, segundo o autor, ocor-reu no início dos anos 2000, quando seu parceiro na pro-dução de jingles e no grupo Joelho de Porco Tico Terpins morreu subitamente. “Teve outra depressão fortíssima, fi-cou isolado, se refugiou na in-ternet”, relata Vaz.

Finalmente, a morte der-radeira ‘foi suave”, segundo o biógrafo. “Passou mal e mor-reu. Acabou se tornando uma referência. “O Nasi (IRA!) usou a expressão ‘quero mor-rer como o Zé Rodrix’”.

Nas livrarias. Toninho Vaz conclui biografia do cantor, compositor e multi-instrumentista, um dos criadores do rock rural

Zé Rodrix tinha sólida formação musical | DIVULGAÇÃO

‘O fabuloso Zé Rodrix’

MARTHAFELDENS METRO CURITIBA

“Zé Rodrix era um mitômano. Tudo para ele era fabuloso. Não existia nada comum. Foi o que despertou meu interesse em fazer a biografia.”

TONINHO VAZ, ESCRITOR

“O FABULOSO ZÉ RODRIX”

TONINHO VAZ

EDITORA OLHARES E CARAVELA FILMES

RS 68

Brad Pitt

Mais um com

TarantinoO ator Brad Pitt vai

se juntar a Leonardo

DiCaprio em “Once Upon

a Time in Hollywood”,

próximo filme do diretor

Quentin Tarantino, que

vai abordar a série de

assassinatos cometidos

por Charles Manson e

seus seguidores, em Los

Angeles, em 1969. O

longa tem estreia prevista

para 9 de agosto de 2019.

‘S.W.A.T.’ mostra cotidiano da tropa de elite da polícia de Los Angeles | DIVULGAÇÃO

Racismo, terrorismo, polí-tica e corrupção são alguns dos temas que embalam a sé-rie “S.W.A.T.”, que está sendo exibida pelo canal pago Fox. A produção é um remake da série homônima de grande sucesso criada em 1975 por Aaron Spelling e Leonard Goldberg, que também ge-rou um filme em 2003.

Ambientada na cidade de Los Angeles, a trama po-licial atualizada tem como centro as dinâmicas entre a comunidade local e os poli-ciais que integram a tropa de elite S.W.A.T.

O protagonista é o ex-

-infante da Marinha Da-niel “Hondo” Harrelson (Shemar Moore). Nascido e criado na periferia da me-trópole, Hondo assume a li-derança da S.W.A.T após um incidente envolvendo o an-tigo líder. Dividido entre a lealdade a seu local de ori-gem e aos seus colegas de equipe, Hondo precisa criar um equilíbrio entre os dois mundos que o cercam.

Composta de 22 episó-dios de uma hora, “S.W.A.T” tem ainda no elenco os ato-res Alex Russell, Lina Esco, Kenneth Johnson e Jay Har-rington. METRO

Remake. ‘S.W.A.T.’ está de volta, com tramas que vão de racismo a terrorismo

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

Nome dos mais emblemáti-cos das artes performáticas brasileiras, Tônia Carrero morreu na noite do último sábado, aos 95 anos, após sofrer uma parada cardía-ca durante um procedimen-to cirúrgico em uma clínica particular no Rio de Janeiro.

A atriz carioca sofria de hidrocefalia oculta, que pro-voca acúmulo de líquido na cabeça e compromete a fala e os movimentos do corpo.

Por causa da doença, es-tava ausente da vida pública desde 2007, quando fez seu último trabalho, o longa--metragem “Chega de Sau-dade”, de Laís Bodanzky.

A falta de trabalhos mais recentes, no entanto, não mi-nimiza em nada a extensão e a importância de sua carrei-ra no cenário teatral do país.

Batizada como Maria An-tonieta Portocarrero Thedim, Tônia formou-se em educa-ção física, nos anos 1940, e começou a atuar após se sub-meter a um breve curso com Jean Louis Barrault, em Paris.

De volta ao Rio, fez pon-tas no cinema até estrelar em “Um Deus Dormiu Lá em Ca-sa”, em 1949, sob a direção de Guilherme Figueiredo e ao lado de Paulo Autran. Pe-lo papel, foi apontada como atriz revelação pela Associa-ção de Críticos Cariocas, que, na ocasião, destacam sua be-leza e malícia.

A partir daí, sua carreira deslanchou. Mudou-se para São Paulo no início dos anos 1950, onde assinou contra-to com a Companhia Cine-matográfica Vera Cruz. Pelo estúdio, rodou “Tico-Tico no Fubá” (1952), dirigido por seu futuro marido, Adolfo Celi, e “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros.

Ainda na capital paulista, integrou o elenco do semi-nal Teatro Brasileiro de Co-média (TBC) antes de voltar ao Rio e fundar a Compa-nhia Tônia-Celi-Autran (CT-CA), ao lado do esposo e do colega Paulo Autran.

Nos anos 1960, cria a Companhia Tônia Carre-ro, que servia de supor-te a montagens estreladas por ela mesma. Com ela, protagonizou desde clássi-cos, como “Casa de Bone-cas” (1971) e “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf ?” (1978), ao papel de Sarah Bernhardt, em “A Divina Sa-rah” (1984), de John Murrel.

Em paralelo, seguiu uma

carreira na televisão, atuan-do em novelas como “Água Viva” (1980) e “Sassarican-do” (1987), o que lhe confe-riu grande popularidade por todo o Brasil. Sua última apa-rição na TV foi na novela “Se-nhora do Destino” (2004). Ao todo, participou de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.

Com seu primeiro marido, Carlos Thiré, Tônia teve seu único filho, Cecil Thiré, que

seguiu os passos da mãe e, aos 74 anos, é ator e diretor.

O velório de Tônia ocorreu na tarde de ontem, no Thea-tro Municipal do Rio. Atores como Ney Latorraca, Nicette Bruno, Antonio Pitanga e Ed-win Luisi passaram pelo local.

O corpo da atriz será cre-mado hoje no Memorial do Carmo, às 15h, no Rio, em cerimônia restrita à família.

METRO

Luto. Presença marcante no teatro, no cinema e na TV brasileira, Tônia Carrero morre aos 95 anos, no Rio, após parada cardíaca durante cirurgia

Artista em retrato feito em sua casa, no Rio, em 2002 | CLAÚDIA MARTINS/FOLHAPRESS

Despedida da atriz total

REPERCUSSÃO

“Tônia Carrero sobe… voa! Esse lindo céu está aberto pra você.”GERALD THOMAS, DIRETOR, NO INSTAGRAM

“Que você descanse em paz, minha amada amiga Tônia Carrero. Luz e muita gratidão por sua existência. Estrela, diva e esplêndida. O mundo perde Tônia.”ZEZÉ MOTTA, ATRIZ, PELO INSTAGRAM

“Tônia é um pedaço da história do Brasil. Uma mulher que muito antes destes tempos de empoderamento, lutou para não ser escrava da maldição da beleza. Venceu.”LÚCIO MAURO FILHO, ATOR, PELO INSTAGRAM

“Uma das mulheres mais ‘incrivelands’ que já passaram pelas telas e palcos do Brasil! Seu brilho está eternizado em cada personagem, cada emoção, cada vez que você mostrou a força de ser mulher.”LEANDRA LEAL, ATRIZ, PELO INSTAGRAM

Trajetória

Relembre atuações marcantes de Tônia Carrero

Ao lado de Anselmo Duarte no filme

‘Tico-Tico no Fubá’ (1952)

Com Paulo Autran, na peça

‘Um Deus Dormiu Lá em Casa’ (1949)

Na pele de Rebeca, na novela

‘Sassaricando’ (1987)Com Cássia Kis Magro, no filme

‘Chega de Saudade’ (2007)

CEDOC/FUNARTE REPRODUÇÃO

DIVULGAÇÃO

Com Nelson Xavier na peça

‘Navalha na Carne’ (1968)

DIVULGAÇÃO

CEDO

C/FUN

AR

TE

“Quando cheguei no Rio ela morava na casa em frente à da minha tia, ali na Barão de Jaguaribe. Adolescente, vi da janela o casamento dela com Cesar Tedim! Linda! Inesquecível no seu desempenho em “Navalha na carne”!”GLÓRIA PEREZ, NOVELISTA, PELO TWITTER

“O Brasil se entristece com a morte de Tônia Carrero. A TV, o cinema e o teatro ficam com a marca indelével de seu grande talento.”MICHEL TEMER, PRESIDENTE DO BRASIL

Artista se provou para além da belezaExaltada no início de carrei-ra por sua beleza meio nór-dica, Tônia Carrero driblou o caminho fácil do rostinho bonito para se firmar como um dos principais talentos em atuação já vistos no país.

Logo após seus primeiros trabalhos, no fim dos anos 1940 e início dos anos 1950, ela puxou uma companhia particular e não temeu a em-

preitada solo de um grupo que levava seu próprio nome.

Arriscou-se por textos de Sartre, Pirandello e Shakes-peare e não se fez de roga-da ao desafiar a ditadura, em 1967, para viver a polêmica prostituta Neuza Suely em “Navalha na Carne”, espetá-culo considerado um divisor de águas em sua trajetória.

Mesmo consagrada, ela se

reinventou nos anos 1980, ao abandonar clássicos para se arriscar na interpretação de textos modernos, como foi o caso de “Quartett” (1986), sob a direção de Gerald Tho-mas, que lhe conferiu o prê-mio Molière de melhor atriz.

“Ela foi afiando pacien-temente o seu instrumen-tal interpretativo, revelan-do progressivamente uma

sensibilidade, uma intuição e uma gama de recursos que lhe permitem abordar pa-péis frontalmente opostos à sua imagem padronizada. E a maturidade trouxe-lhe uma ousadia que tem am-pliado sua dimensão de ar-tista”, escreveu o crítico Yan Michalski em “Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contem-porâneo”, de 1989. METRO

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 12 CULTURA

Existem discos que marcam a his-tória por terem êxito não só com a crítica, mas com o público. “The Dark Side of The Moon” –

da banda britânica Pink Floyd – com cer-teza é um exemplo disso.

O disco, que completou 45 anos de lançamento no dia 1º, marcou a ascen-são da banda do sucesso no Reino Unido

para o sucesso mundial. Rentável, a pro-dução propiciou à banda a formulação de shows mais imersivos e sensoriais.

Quem ouve o “The Dark Side Of The Moon” passeia por múltiplas emoções di-retamente ligadas aos efeitos sonoros – “Time” e “Money”, são exemplos –, ins-trumentais bem elaborados e letras com forte abordagem crítica. METRO MARINGÁ

A DISCOGRAFIAThe Piper At The Gates of Dawn1967

The Division Bell

A MomentaryLapse of Reason

The Final Cut

The Wall

Animals

Wish You Were Here

The Dark Sideof the Moon

Obscured byClouds

Meddle

Atom HeartMother

Ummagumma

More

A Saucerfulof Secrets

1994

2014

1987

1983

1979

1977

1975

1973

1972

1971

1970

1969

1969

1968

The Endless River

FAIXAS

LADO A

Speak To Me

Breathe

On The Run

Time

The Great Gig In The Sky

LADO B

Money

Us and Them

Any Colour You Like

Brain Damage

Eclipse

COMPOSITORES

Nick Manson

Roger Waters

David Gilmour

Richard Wright

Clare Torry

FICHA TÉCNICA

DURAÇÃO42’30”

LANÇAMENTO01/03/1973

INTEGRANTES DA BANDARoger Waters, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason

ENGENHEIRO DE SOMAlan Parsons

GRAVADORACapitol Records (EUA)/Harvest Records (UK)

CÓPIAS VENDIDAS15 milhões no mundo todo

DO ROCK O PRISMA O MÁGICO DE OZ

Apesar de a banda afirmar que são meras coincidências, quando o disco é tocado de maneira simultânea ao clássico filme dos anos 1930, O Mágico de Oz, existem diversas convergências entre o enredo do filme, com as letras das canções, bem como sincronia de cenas ao início das músicas. O som da caixa registradora no começo de “Money”, por exemplo, aparece exatamente quando Dorothy pisa pela primeira vez na estrada dos tijolos amarelos – que é também o momento em que o filme passa de preto e branco para cores. Outra referência é a aparição da fada dourada.

PINK FLOYD?Ainda na primeira metade da década de 1960, a banda, que tinha em sua composição Syd Barret, levava a alcunha de os Tea Set. Quando eles descobriram que outra banda tinha esse mesmo nome, Barrett deu a ideia de um nome alternativo, The Pink Floyd Sound, em homenagem aos músicos de blues Pink Anderson e Floyd Council. Por um tempo a banda oscilou entre os dois nomes até se decidir pelo segundo. Não demorou para que o “Sound” caísse em desuso. O “The” permaneceu no nome da banda até 1968.

Richard Wright

(teclado e vocal)

Roger Waters

(baixo e vocal)Nick Mason

(bateria)

David Gilmour

(guitarra e vocal)

A FAMOSA CAPA

A ideia do prisma em que um feixe de luz se distribui nas cores do arco-íris, foi elaborada pelo designer Storm Thorgerson. A ideia foi de transmitir os anseios e dúvidas da humanidade em uma metáfora visual.Há, também, uma associação com “O Mágico de Oz”, já que o filme começa preto e branco e acaba colorido. Ideia parecida com a das luzes e do prisma.

Clássico.

‘The Dark Side of The

Moon’, um dos discos mais icônicos

da banda britânica Pink Floyd, acaba de completar

45 anos

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Leitor fala

Ônibus lotadosÉ necessário aumentar os ônibus na parte da manhã. Muita gente está in-do trabalhar e indo para faculdade, não tem ônibus suficiente para todos. Pas-sam sempre muito lotados e o proble-ma principal são os poucos veículos pa-ra Sobradinho 2. Domingo quase não passa e quando passa é só para o eixo, não tem nem W3. É complicado, já tem anos isso e ninguém nunca fez nada. Fora que no Grande Colorado tem que andar muito até chegar na parada. CARLOS ADILSON - GRANDE COLORADO (DF)

Falta segurança para ciclistasDepois de vários acidentes com ci-clistas o governo decidiu investir, mas antes não tinha segurança ne-nhuma. Uma vez eu estava pedalan-do com meu grupo e a pista estava cheia de óleo, muita gente que esta-va comigo se machucou. A bicicleta se tornou um meio ecológico e alter-nativo no trânsito, mas não tem se-gurança. Quantas vezes a gente não vê pessoas alcoolizadas atropelando ciclistas por aí. Agora que as ciclofai-xas estão sendo construídas até ajuda a fortalecer o esporte.ROBSON CARDOSO - CRUZEIRO (DF)

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O momento é indicado para pesquisas e cautela antes de decisões financeiras. Dia propício para se

dedicar a crenças e temas espirituais.

Cuide para que a atenção aos problemas de pessoas não tire o foco dos seus assuntos. Solidariedade é

importante, mas com bom senso.

Período de atenção dobrada para evitar críticas e esclarecer equívocos nas relações. Gestos prestativos são

sempre bem-vindos. 

Às vezes expressar sentimentos é necessário para que a pessoa amada ou a qual paquera não tenha

que adivinhar tudo o que você gosta.

O empenho a assuntos domésticos será mais frequente, tanto para ajustes do lar ou de questões junto

a familiares.

A dedicação a novos círculos sociais tende a ser mais intensa. Ocasiões que envolvam

amizades e grupos farão bem ao dia.

Tenha mais atenção com seu ritmo para não sobrecarregar a mente, o corpo e a saúde. Terapia, temas

espirituais e exercícios farão bem. 

Atente-se para que a dedicação com suas obrigações cotidianas não impeça os momentos

especiais da vida afetiva.

Momento propício para esclarecer pendências jurídicas, assim como burocracias que envolvam temas

materiais e negociações.

O envolvimento com estudos, leitura, atividades culturais e temas diferentes que façam bem ao

intelecto fará muito bem ao seu dia.

Momento para valorizar o que tem e evitar consumismo com interesses apenas pela aparência ou por falsa

impressão de eficiência.  

Tendências a resgatar lembranças especiais e a retomar assuntos afetivos,

esteja solteiro (a) ou mesmo se for comprometido (a).   

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Você acorda e a primeira coi-sa que faz é ver suas notifi-cações nas redes sociais e se-gue assim pelo resto do dia? Para um número cada vez maior de pessoas passar o tempo todo em frente às te-las de smartphones é a coi-sa mais normal e natural do mundo. Mas não é. É bom fi-car atento porque você pode estar viciado em seu celular. E saiba que a cura pode estar nele mesmo.

Combinando tecnolo-gia e inteligência artifi-cial, o aplicativo Onward, disponível para sistema iOS, aponta quanto tempo você passa por dia usan-do o celular e quais apli-cativos mais usa. Desta forma, o app espera ser um aliado importante no combate ao uso excessi-vo de dispositivos móveis que, aliás, pode trazer sé-rios prejuízos ao usuário, como perda de produtivi-dade no trabalho e proble-mas comportamentais.

O app começa o “trata-mento” enviando ao usuá-rio um gráfico que mostra os principais usos (redes so-ciais, mensagens, compras, entretenimento, notícias e outros). E a partir desse

diagnóstico, a pessoa pode definir como prefere conti-nuar utilizando seu celular.

Essa tecnologia é cha-mada de filtro inteligen-te. Por exemplo, é possível bloquear sites e aplicativos por um determinado ho-rário, durante a escola ou trabalho. E também defi-nir o tempo de uso de ca-da aplicativo, como twee-tar por 15 minutos por dia. Contudo, é possível desblo-quear essas funções a qual-quer momento.

A ideia de criar o On-ward foi de Gabe Zicher-man, cofundador e CEO da empresa ao perceber que, mesmo dividindo o espaço, amigos e familiares só fica-vam no celular. “A ideia é ajudar a alcançar o equi-libro da vida digital. Não acreditamos que o uso da tecnologia seja ruim, mas sim que cada pessoa deve estabelecer seus próprios limites e usar como quise-rem e não como as redes sociais querem”, afirma.

O app Onward também oferece um teste que de-tecta se a pessoa é vicia-da no celular. Para checar, acesse www.onward.org/quiz. METRO INTERNACIONAL

App combate o uso excessivo de celular Sob controle. Aplicativo permite filtrar, bloquear e definir horários de utilização

Gráficos apontam tempos de usos

para combater excessos

DIVULGAÇÃO/ONWARD

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {ESPORTE}

3ESPORTE

O atacante Neymar recebeu alta ontem do hospital Ma-ter Dei, em Belo Horizon-te, onde foi submetido na véspera à cirurgia para co-locação de um parafuso no quinto metatarso do pé di-reito. O jogador deixou o hospital de muletas e acom-panhado pela namorada, Bruna Marquezine. Foi de helicóptero até a Pampulha, onde embarcou em seu jati-nho particular rumo à sua casa em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, onde esco-lheu se recuperar.

A reabilitação começou imediatamente no pós-ope-ratório e será acompanhada a partir de agora por um fi-sioterapeuta de seu clube, o Paris Saint-Germain.

A cirurgia foi realizada pelo médico da Seleção Bra-sileira Rodrigo Lasmar, que afirmou que o atacante se-rá avaliado nas próximas se-manas, sempre em parceria entre profissionais da sele-ção e do clube. O cirurgião francês Gérard Saillant, de-signado pelo PSG, clube que comprou o atacante por

222 milhões de euros no ano passado, acompanhou o procedimento.

“Em seis semanas realiza-remos nova avaliação, com exames de imagem, para que possamos observar a resposta e a evolução de sua recupera-ção”, declarou Lasmar.

O brasileiro ficou inter-nado por cerca de 37 horas. Além da mudança na rotina por conta da grande presen-ça de jornalistas e fãs, o hos-pital recebeu cartas, buquês de flores, pedidos de ajuda e tentativas de visitas, tudo endereçado ao 16º andar, fe-chado para o jogador e seus acompanhantes no período.

Neymar sofreu uma fis-sura no quinto metatarso do pé direito causada por uma torção no tornozelo em partida do PSG em 25 de fevereiro, contra o Olympi-que de Marselha, pelo Cam-peonato Francês.

Principal jogador do Bra-sil, Neymar deverá retornar aos gramados pouco antes da Copa do Mundo na Rús-sia, que começa em junho. METRO COM REUTERS

Pós-operatório. De jatinho e com a namorada, Neymar foi para o Rio iniciar reabilitação

Depois da cirurgia, Neymar seguiu para o Rio | PAULO WHITAKER/REUTERS

Melhore logo, parça!Holanda

Meia Sneijder, 33, se aposenta da Seleção

A Federação Holandesa de Futebol revelou que o meia Wesley Sneijder se aposentou da Seleção. A decisão ocorre em meio a um processo de reformu-lação do time, depois da não classificação para a Copa. Contratado recen-temente pelo Al-Gharafa, do Catar, o atleta ganhou 85 jogos e marcou 31 gols nos 15 anos que de-fendeu o time. METRO

De outro mundo

Messi marca e chega aos 600 gols na carreira

O Barcelona derrotou o vi-ce-líder, Atlético de Ma-drid, por 1 a 0 e aumen-tou a vantagem para 8 pontos no topo do Cam-peonato Espanhol. O gol foi de Lionel Messi – de falta, no ângulo –, que chegou aos 600 gols na carreira na 21ª vitória do Barça, ainda invicto na competição. METRO

Uma tragédia abalou o fu-tebol italiano na manhã de ontem. Capitão, zaguei-ro da Fiorentina e jogador com passagens pela seleção italiana, Davide Astori foi encontrado morto em um quarto de hotel em Udine, onde a equipe estava con-centrada para enfrentar a Udinese, pelo Campeonato Italiano. O atleta tinha ape-nas 31 anos e negociava sua ampliação de contrato.

Embora o clube não te-

nha fornecido detalhes, a mídia italiana informou que o atleta morreu en-quanto dormia, vítima de um ataque cardíaco. Os de-mais jogadores do clube te-riam descido para o café da manhã e, ao não verem a presença de Astori, subiram para chamá-lo em seu quar-to. Descobriram, então, que ele havia morrido.

Em virtude da tragédia, toda a rodada deste domin-go foi adiada METRO

Luto. Zagueiro italiano é encontrado morto em hotel

Zagueiro estava concentrado com a equipe | GABRIELE MALTINTI/GETTY IMAGES

Mas oi?

IbrahimovicRecentemente, Zlatan

Ibrahimovic tinha

levantado a possibilidade

de participar da Copa

da Rússia deste ano,

defendendo a Seleção da

Suécia. Ontem, publicou

uma imagem em suas

redes sociais e escreveu:

‘Estamos prontos para a

Copa do Mundo’. Maior

artilheiro da seleção com

62 gols em 116 jogos, o

atacante se aposentou da

equipe após a eliminação

na Eurocopa de 2016.

Em sua quinta tentativa na final do salto triplo, Almir Júnior passou 17,41 metros da tábua de salto, distância que já mais havia alcança-do na sua carreira. O feito inédito rendeu ao brasilei-ro o segundo lugar mais al-to do pódio na sua primeira participação no mundial de atletismo indoor.

Por pouco, bem pouco mesmo, a conquista não foi ainda maior. O medalhista de ouro, o americano Will Clayne, foi apenas dois cen-tímetros mais longe que Al-mir. Mesmo assim, o re-sultado foi suficiente para encher o jovem de 24 anos de orgulho. “Eu queria dar o meu melhor e consegui. Estou muito feliz, pois eu trabalhei para isso. Treinei muito. Acertamos o salto no lugar e na hora que precisá-vamos”, disse, emocionado.

O atleta brasileiro foi melhorando suas marcas ao longo da disputa e liderava a competição após a sua se-gunda tentativa, quando al-cançou 17,22m. Mas foi su-perado na quarta rodada, pelo campeão olímpico de

2008, o português Nelson Évora, que saltou 17,40m.

Almir teve que terminar a corrida de impulso ainda mais perto da tábua de sal-to, marcação limite para dar o primeiro dos três sal-tos da modalidade e acabou queimando o quarto salto, por ultrapassar essa faixa. Clayne não cometeu o mes-

mo erro e fez 17,43m nesta oportunidade.

A superação veio logo em seguida. Na quinta vez, ele fez história e alcançou sua me-lhor marca. Na último, arris-cou tudo novamente e acabou queimando, mas o salto ante-rior já havia o colocado entre os grandes nomes do salto tri-plo brasileiro. METRO POA

Almir Júnior leva prata no mundial de atletismo indoor

Almir registrou marca de 17,41 no salto triplo | JOHN SIBLEY/REUTERS

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

O primeiro encontro entre Atlético-MG e Cruzeiro na temporada deste abi foi quen-te e recheado de polêmicas, como era de se esperar. Quem se deu melhor no duelo de ontem, às 11h, no Horto, foi a Raposa, que jogou de for-ma segura e, com um gol da surpresa Raniel – que não es-tava cotado para começar en-tre os titulares –, conquistou a vitória sobre o Galo. O clube alvinegro ainda busca se fir-mar sob o comando do intei-ro Thiago Larghi.

Ainda restam duas roda-das para o fim da primeira fa-se do Campeonato Mineiro, mesmo assim, a Raposa não pode mais ser ultrapassada, garantindo vantagem para a fase de mata-mata.

Clássico equilibradoSob o forte calor da manhã no Independência, nenhum lado se sobressaiu muito na primeira etapa. O Atlético--MG jogava em casa e, por is-so, buscava o ataque com mais velocidade, principal-mente quando conseguia rou-bar uma bola ou encaixar al-gum contra-ataque. Mas era o Cruzeiro quem ditava o ritmo do jogo.

O Galo repetiu sua escala-ção habitual, enquanto o Cru-zeiro apostava no jovem Ra-niel para a vaga de Fred.

As chances de gol foram raras na primeira etapa. Na melhor delas pelo lado alvi-negro, Otero quase conseguiu abrir o placar em uma perigo-sa cobrança de falta. Mesmo de muito longe, o meia colo-cou toda curva possível na bo-la, obrigando Fábio a realizar uma bela defesa com os pés.

A resposta cruzeirense foi na mesma arma: Robinho co-brou muito bem falta e acer-tou o travessão. Nos minu-tos finais da primeira etapa, o clássico foi mais discutido do que jogado. O árbitro teve muito problema para conse-guir levar a partida.

A volta do intervalo foi agi-

tada. Logo no primeiro minu-to, o atacante Ricardo Oliveira recebeu livre na pequena área e chutou na rede pelo lado de fora. No lance seguinte, a res-posta do Cruzeiro veio com o gol da aposta Raniel, que re-cebeu com liberdade no meio da zaga para abrir o placar e decidir o jogo.

Só que não muito depois, Edílson fez falta, recebeu o segundo amarelo e deixou o Cruzeiro com um a menos. A partir daí, a pressão atletica-na foi grande. Mano Menezes tentou arrumar sua defesa sa-cando Raniel, que já tinha car-tão, e provendo a entrada de Lucas Romero. A estratégia deu certo, mas não evitou o sufoco.

Em meio ao caldeirão de emoções, os atletas da Rapo-sa apelaram para faltas e lan-ces mais duros para travar o jogo. No pior deles, Léo acer-tou uma cotovelada na nuca de Ricardo Oliveira. O lance poderia render facilmente um cartão vermelho, mas como o árbitro Cleisson Veloso Pereira não viu, ficou por isso mesmo.

Campeonato Mineiro. Em duelo quente, Raposa garante liderança absoluta da competição estadual. Marcações do juiz incomodaram

Raniel ganhou a vaga de Fred e não decepcionou, marcando o gol que decidiu o clássico | WASHINGTON ALVES/LIGHT PRESS

Cruzeiro vence o Galo em clássico polêmico

PEDRO NASCIMENTOMETRO BELO HORIZONTE

“O titular da posição é o Fred, tem que ter calma, cautela. Sei que sou novo, mas não posso deixar de brigar pela minha posição. Mas é uma briga sadia”

RANIEL, ATACANTE DO CRUZEIRO

A cada rodada, a briga pe-la liderança do Campeonato Candango fica mais acirra-da. Após os jogos deste fim de semana, quem se deu bem foi o Brasiliense, que venceu o Sobradinho por 2 a 1 e assumiu a ponta. O Ceilândia goleou o Paracatu por 3 a 0 e ficou em segun-do lugar.

Tudo pode mudar, con-tudo, uma vez que o Gama, atualmente em terceiro, só joga na quarta, em partida atrasada desta 10ª rodada – o alviverde enfrenta o Lu-ziânia, às 20h.

Também ontem, o For-mosa venceu o Bolamense por 1 a 0 e o Samambaia e Santa Maria empataram em 2 a 2. METRO BRASÍLIA

Candangão. Brasiliense assume a liderança O tropeço para o Avaí na Co-

pa do Brasil, na quinta-feira – que quebrou uma sequência de vitórias com goleadas –, fi-cou para trás e não abateu o Fluminense. Ontem, o time do técnico Abel Braga voltou a vencer e manteve os 100% de aproveitamento na Taça Rio do Campeonato Estadual.

No estádio Los Larios, em Xerém, que contou com ape-nas 632 torcedores pagantes, o Tricolor derrotou o Volta Redonda, por 2 a 1, em um jogo no qual as redes só fo-ram balançadas em cobran-ças de pênaltis.

O Fluminense saiu na frente com Pedro, que ano-tou após pênalti sofrido por Ayrton Lucas. O lateral, aliás, foi o nome do jogo. O segun-do gol tricolor, marcado por Robinho, veio depois de mais uma penalidade sofrida pelo

jogador. Só que foi também Ayrton quem cometeu o pê-nalti que gerou o gol do Vol-taço, feito por Marcelo.

Com a terceira vitória na Taça Rio, o time das Laranjei-ras está na liderança do Gru-po C, com 9 pontos – já o Vol-ta Redonda, com 1, é o último do Grupo B. O próximo com-promisso do Flu é clássico contra o Vasco, às 19h30 de quarta-feira. METRO RIO

Robinho comemora seu gol

| MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Carioca 1. Fluminense vence e permanece 100%

Carioca 2. Vasco vira sobre o Boavista nos acréscimos

A vitória confortável sobre o Juventude, ontem, pelo Cam-peonato Gaúcho colocou o tricolor entre os oito que pas-sam para as quartas de final do torneio, praticamente clas-sificado. O placar foi de 2 a 0

Apesar dos três pontos, Re-nato Portaluppi terá bastante trabalho para fazer seu time se aproximar do futebol do ano passado. Novamente, fal-tou produção ofensiva ao Grê-mio, que criou pouco.

Após a péssima arrancada, falta apenasmais uma vitória para confirmar a equipe de nas quartas da competição. “Prometi que o Grêmio ia se classificar. Não estamos ain-da, mas o torcedor pode fi-car tranquilo”, afirmou o treinador. METRO POA

Gaúcho. Grêmio vence e entra na zona do mata-mata

Em um jogo maluco, com sete gols, três viradas e um frango inacreditável do goleiro Martín Silva, o Vasco não desistiu e ven-ceu o jogo contra o Boavis-ta nos acréscimos, no es-tádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES). pela tercei-ra rodada da Taça Rio do Campeonato Estadual.

A vitória rendeu a lide-rança do Grupo B ao Gigan-te da Colina, que assumiu o lugar do Flamengo. Os dois somam 6 pontos, mas o Vasco tem um gol a mais.

O cruzmaltino saiu na frente com Pikachu, que

aproveitou falha na zaga do adversário. Mas, três minutos depois, o time do técnico Zé Ricardo deu o empate de presente ao Boa-vista. Martín Silva falhou feio em um chute de Julio Cesar e deixou escapar a bola praticamente em sua mão. Depois, Elivelton au-mentou para o rival.

EmoçãoNa volta do intervalo, mais emoção. Thiago Ga-lhardo fez o dele depois de aproveitar um rebote den-tro da área. Em seguida, porém, o Boavista virou de novo com um chute colo-cado de Lucas. Na base da pressão, os vascaínos igua-laram novamente aos 37, com Wagner. Aos 46, Era-zo deu um peixinho para virar. METRO RIO

VASCO BOAVISTA

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BRASÍLIA, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

São Paulo vence o Linense e respira no Paulistão

Reinaldo fez o primeiro gol tricolor | CELIO MESSIAS/FOLHAPRESS

Ainda na luta para se clas-sificar para as quartas de final do Campeonato Pau-lista, o São Paulo visitou o Linense na 10ª rodada e conseguiu a vitória, de vira-da, por 2 a 1.

Apesar de ter derrotado o CRB no meio de semana pela Copa do Brasil, o Trico-lor entrou em campo pres-sionado por não ter venci-do nos últimos três jogos do Estadual.

A chance era boa, já que, apesar de ter um dos pio-res ataques da competição, com apenas sete gols mar-

cados, o adversário iniciou contra o time de pior defe-sa: 17 gols tomados.

Dorival Júnior colocou o time para frente e, mesmo atuando fora dos seus do-mínios, o São Paulo era do-no do jogo, em especial pe-los pés de Valdívia. Só que quem fez o gol foi o Linen-

se. Aos 37 minutos, Murilo passou pela zaga e balan-çou a rede. A resposta veio em seguida, com Reinaldo aproveitando passe de Cue-va para igualar.

Na etapa final, o panora-ma seguiu o mesmo, com o São Paulo indo para cima e deixando espaços para os contra-ataques do rival.Parecia que o Tricolor não conseguiria acabar com o jejum. Só que, no final, Ro-drigo Caio subiu após es-canteio para garantir a vi-rada e dar números finais ao confronto. METRO

O Santos recebeu o Corin-thians no Pacaembu, em jo-go válido pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, e, de-pois de muita insistência, conseguiu o empate por 1 a 1 nos minutos finais.

O Santos foi o único que conseguiu derrotar o técni-co Fábio Carille em clássicos estaduais, já que Palmeiras e São Paulo ainda não bateram o Timão sob seu comando. A vitória foi em setembro do ano passado, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão, por 2 a 0.

Com Gabigol suspenso, Jair Ventura deu chance ao ga-roto Rodrygo, de 17 anos. Na camisa, mensagens de apoio a Neymar, que passou por ci-rurgia no pé. Já o Timão repe-tiu o que fez na vitória contra o Palmeiras e atuou sem um centroavante.

Apenas santistas foram ao estádio – 37 mil pessoas – e o time começou o jogo ligado, indo para cima, desafiando o forte sistema de marcação co-rintiano. O Timão, também, tem a eficiência como arma. E foi assim que, apesar de o Santos pressionar, criava as melhores chances. Romero e Rodriguinho tiveram as me-lhores chances, mas tinham um Vanderlei no meio do ca-minho. Do outro lado, era Cássio quem garantia o outro zero do placar, quando Lucas Veríssimo e Copete tentaram.

A partida era disputada, até com algumas entradas mais fortes, mas de muita im-posição física. Só que, aos 20 minutos, Vanderlei não con-seguiu parar o chute de lon-ge de Renê Júnior, que des-viou em Cittadini. Atrás no placar, o Peixe tentava pres-sionar ainda mais, mas para-va na sólida defesa do Corin-thians, que passou a usar os

contra-ataques como princi-pal fonte de perigo.

Na etapa final, o Santos iniciou novamente tentan-do pressionar o Corinthians, que se fechava. As tentativas do Peixe, que saíam especial-mente com cruzamentos na área, não davam resultado. Na melhor delas, de cabeça, Alison desperdiçou.

O Timão praticamente não

dava as caras no ataque. Aos 21, os refletores do Pacaembu apagaram – algo recorrente.

A luz voltou 50 minutos depois com o Peixe aceso, do jeito que estava antes da para-da, com bastante velocidade e criando chances. De tanto martelar, o Santos chegou lá aos 42, com Diogo Vitor apro-veitando rebote de Cássio pa-ra igualar. METRO

É clássico! Corinthians larga na frente, mas Peixe fura retranca rival no final e arranca o empate por 1 a 1

Corintiano Balbuena e santista Jean Mota dividem lance no Pacaembu | MAURO HORITA/FOLHAPRESS

Forças divididas

Um carro e uma moto foram

incendiados | BAND

Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David

Braz e Jean Mota; Alison, Léo Cittadini e Vecchio (Vitor Bueno); Rodrygo (Diogo Vitor ), Copete (Arthur Gomes) e Eduardo Sacha. Técnico: Jair Ventura

Cássio; Fágner, Henrique, Balbuena e Maycon;

Gabriel , Renê Júnior, Jadson (Emerson Sheik) e Rodriguinho; Clayson (Júnior Dutra) e Romero. Técnico: Fábio Carille

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• Gols. Renê Júnior, aos 20 do 1º e Diogo Vitor aos 32 do 2º tempo.• Arbitragem. Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado por Tatiane Sacilotti

dos Santos Camargo e Evandro de Melo Lima

SANTOS

CORINTHIANS

Homem morre após ser espancado por organizada Mais uma vez as torcidas organizadas protagoniza-ram cenas de violência e barbárie antes de uma par-tida de futebol. Desta vez, foi a Torcida Jovem, do Santos. Ao todo, 21 mem-bros da organização – in-cluindo dois menores de idade – foram detidos na manhã de ontem, em Ita-quaquecetuba, São Paulo, por agredir até a morte um homem. As informações são da Polícia Militar.

A vítima, de 31 anos, um torcedor do Corinthians, foi levada para o hospital Santa Marcelina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tar-de. Além de espancar uma pessoa que torcia para ou-tra equipe, eles colocaram fogo e quebraram veículos na estrada de Santa Isabel. Outras quatro pessoas fica-ram feridas.

De acordo com a PM, os suspeitos disseram que foram surpreendidos por veículos com torcedores do Corinthians enquanto se deslocavam para uma confraternização antes do clássico, que aconteceu às 17h, no estádio do Pacaem-bu. METRO

LINENSE SÃO PAULO

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