CNIS

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  • NDICE

    PropriedadeMinistrio do Trabalho

    e da Solidariedade Social

    EdioGabinete de Estratgia

    e Planeamento

    Centro de Informao e Documentao

    Conselho Econmico e Social

    Regulamentao do trabalho 3524

    Organizaes do trabalho 3702

    Informao sobre trabalho e emprego

    N.o Vol. Pg. 2008

    32 75 3521-3714 29 Ago

    Conselho Econmico e Social:

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:

    Regulamentos de condies mnimas:

    Aviso de projecto de actualizao do regulamento de condies mnimas para os trabalhadores administrativos . . . . . . . 3524

    Regulamentos de extenso:

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes dos CCT entre a APIM Associao Portuguesa da Indstria de Moagem e Massas e outras e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre as mesmas associaes de empregadores e a FETICEQ Federao dos Trabalhadores das Indstrias Cermica, Vidreira, Extractiva, Energia e Qumica (pessoal fabril, Norte) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3526

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a AIPAN Associao dos Industriais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros (administrativos, Norte) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3527

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a AIPAN Associao dos Industriais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedio e vendas, apoio e manuteno, Norte) . . . . . . . . . 3529

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes dos CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros e entre a mesma Confederao e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3530

    Aviso de projecto de regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Federao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril) 3531

    Aviso de projecto de regulamento de extenso do CCT entre a Associao Portuguesa de Facility Services e a FETE-SE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3533

    Convenes colectivas de trabalho:

    CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNE Federao Nacional dos Sin-dicatos da Educao e outros Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3534

    CCT entre a ASCOOP Associao das Adegas Cooperativas do Centro e Sul de Portugal e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3585

    CCT entre a Associao Comercial e Empresarial dos Concelhos de Oeiras e Amadora e outras e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . 3587

    CCT entre a APS Associao Portuguesa de Seguradores e outro e o STAS Sindicato dos Trabalhadores da Activi-dade Seguradora e outros Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3639

    ACT entre a LACTICOOP Unio das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Mondego, U. C. R. L., e outras e o Sindicato dos Profissionais de Lacticnios, Alimentao, Agricultura, Escritrios, Comrcio, Servios, Transportes Rodovirios, Metalomecnica, Metalurgia, Construo Civil, Madeiras e outro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . 3671

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    AE entre a Svitzer Lisboa Reboques Martimos, S. A., e o SITEMAQ Sindicato de Mestrana e Marinhagem da Ma-rinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3677

    AE entre o BANIF Banco Internacional do Funchal, S. A., e o Sindicato dos Bancrios do Centro e outros . . . . . . . . . . 3691

    Avisos de cessao da vigncia de convenes colectivas de trabalho:

    Acordos de revogao de convenes colectivas de trabalho:

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    II Direco:

    Sindicato dos Enfermeiros Eleio em 23 de Julho de 2008 para o quadrinio de 2008-2012 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3702

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    Associao Automvel de Portugal (ACAP) Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3703

    II Direco:

    Associao dos Comerciantes de Aprestos Martimos, Cordoaria e Sacaria de Lisboa Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . 3703

    APIC Associao Portuguesa dos Industriais de Carnes Eleio realizada em 16 de Julho de 2008 para o trinio de 2008-2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3703

    ACAP Associao Automvel de Portugal Eleio realizada em 25 de Maro de 2008 para o trinio de 2007-2009 Al-teraes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3703

    AABA Associao dos Agricultores do Baixo Alentejo Eleio realizada em 26 de Novembro de 2007 para o trinio de 2008-2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3704

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    Comisso de Trabalhadores da Rdio e Televiso de Portugal, S. A. Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3704

    II Eleies:

    Comisso de Trabalhadores da CARES Companhia de Seguros, S. A. Eleio em 4 de Agosto de 2008 para o trinio de 2008-2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3713

    Comisso de Trabalhadores da Cmara Municipal de Matosinhos Eleio em 20 e 21 de Novembro de 2007 para o mandato de quatro anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3713

    Representantes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    FATELEVA Indstria de Elevadores, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3713

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    SIGLAS

    CCT Contrato colectivo de trabalho.ACT Acordo colectivo de trabalho.RCM Regulamentos de condies mnimas.RE Regulamentos de extenso.CT Comisso tcnica.DA Deciso arbitral.AE Acordo de empresa.

    Execuo grfica: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. Depsito legal n. 8820/85.

    Nota. A data de edio transita para o 1. dia til seguinte quando coincida com Sbados, Domingos e Feriados

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    CONSELHO ECONMICO E SOCIAL

    REGULAMENTAO DO TRABALHO

    DESPACHOS/PORTARIAS

    REGULAMENTOS DE CONDIES MNIMAS

    Aviso de projecto de actualizao do regulamento de condies mnimas

    para os trabalhadores administrativosNos termos do n. 5 do artigo 579., do n. 1 do ar-

    tigo 576. do Cdigo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do Cdigo do Procedimento Administrativo, torna--se pblico ser inteno do Governo proceder actu-alizao das condies de trabalho dos trabalhadores administrativos abrangidos pelo regulamento de con-dies mnimas aprovado pela Portaria n. 736/2006, de 26 de Julho, publicada no Dirio da Repblica, 1. srie, n. 143, de 26 de Julho de 2006, e no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 27, de 22 de Julho de 2006, com rectificaes insertas no Dirio da Repblica, 1. srie, n.os 183 e 184, de 21 e de 22 de Setembro de 2006, e no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 37, de 8 de Outubro de 2006, alterado pela Portaria n. 1636/2007, de 31 de Dezembro, publicada do Dirio da Repblica, 1. srie, n. 251, de 31 de Dezembro de 2007, e no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 46, de 15 de Dezembro de 2007, ao abrigo do disposto nos artigos 577. e 578. do Cdigo do Trabalho, atravs de portaria cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes publicao deste aviso, os in-teressados no presente procedimento podem deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    As condies de trabalho dos trabalhadores administra-tivos no abrangidos por regulamentao colectiva espec-fica so reguladas por regulamento de condies mnimas aprovado pela Portaria n. 736/2006, de 26 de Julho, pu-blicada no Dirio da Repblica, 1. srie, n. 143, de 26 de Julho de 2006, e no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 27, de 22 de Julho de 2006, com rectificaes no Dirio da Repblica, 1. srie, n.os 183 e 184, de 21 e de 22 de Setembro de 2006, e no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 37, de 8 de Outubro de 2006, e alterado pela Portaria n. 1636/2007, de 31 de Dezembro, publicada do Dirio da Repblica, 1. srie, n. 251, de 31 de Dezembro de 2007, e no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 46, de 15 de Dezembro de 2007.

    Verificando -se os pressupostos de emisso de regula-mento de condies mnimas previstos no artigo 578. do Cdigo do Trabalho, concretamente a inexistncia de associaes de empregadores e circunstncias sociais e econmicas que o justificam, o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social constituiu uma comisso tcnica incumbida de proceder aos estudos preparatrios da ac-tualizao da regulamentao colectiva, por despacho de 28 de Maro de 2008, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 14, de 15 de Abril de 2008.

    As associaes sindicais representadas na comisso tc-nica pronunciaram -se sobre a actualizao das retribuies mnimas entre 3,5 % e 4 % e preconizaram, maioritaria-mente, a actualizao do subsdio de refeio para 4.

    Para as retribuies mnimas e o subsdio de refeio, a Confederao dos Agricultores de Portugal preconizou actualizao idntica adoptada para as retribuies da funo pblica, a Confederao do Comrcio e Servios de

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    Portugal props actualizao idntica ao valor da inflao prevista e a Confederao da Indstria Portuguesa consi-derou inoportuna a actualizao das referidas prestaes.

    A Confederao do Comrcio e Servios de Portugal sugeriu, tambm, a regulamentao do registo das horas de trabalho em termos idnticos lei, da noo de tempo de trabalho excluindo deste vrias interrupes legalmente consideradas tempo de trabalho, dos horrios de trabalho, dos intervalos de descanso conferindo mais possibilidades ao empregador, a regulamentao da adaptabilidade com a amplitude mxima permitida por lei, a supresso normativa do descanso semanal complementar, o alargamento do con-ceito de trabalho a tempo parcial, a reduo do perodo de trabalho nocturno e do conceito de trabalhador nocturno e o aumento do nmero anual de horas de trabalho suplemen-tar. Porm, como em anteriores revises, a Confederao no fundamentou a necessidade destas regulamentaes em funo de caractersticas das actividades abrangidas. A Confederao da Indstria Portuguesa sugeriu a reviso ou eliminao do artigo 5., sobre polivalncia funcional e direitos do trabalhador dela decorrentes, do n. 3 do artigo 7., sobre nmero anual de horas de trabalho suple-mentar, do artigo 8., sobre feriados, e do artigo 13., sobre regime de deslocaes, alegadamente porque este tipo de instrumento de regulamentao colectiva de trabalho no poderia regular as matrias em causa de modo diverso do Cdigo do Trabalho. Estas sugestes so contestadas pela Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escri-trios e Servios com fundamento no facto de, nas revises anteriores, as matrias disciplinadas por lei terem sido eliminadas do regulamento mantendo -se apenas as que, no contrariando a lei, se consideram mais favorveis.

    As sugestes da Confederao do Comrcio e Servios de Portugal no se mostram adequadamente fundamenta-das, atendendo, nomeadamente, a que o regulamento se aplica a um conjunto de actividades muito variadas. Por outro lado, a observao da Confederao da Indstria Portuguesa de que as disposies apontadas contrariariam o Cdigo do Trabalho no secundada por jurisconsultos que a Administrao do Trabalho consultou aps a entrada em vigor do Cdigo do Trabalho para a preparao de anterior reviso do regulamento de condies mnimas.

    As retribuies mnimas so actualizadas em 3,3 %. Este valor est alinhado com a evoluo mais recente das tabelas salariais de convenes colectivas que tiveram um ano de eficcia, uma vez que inferior em 0,1 % ao aumento mdio ponderado verificado nas convenes colectivas publicadas no 1. trimestre de 2008 e superior em 0,1 % ao das convenes publicadas no 2. trimestre de 2008.

    Tem -se ainda em considerao que o aumento apontado inferior ao acrscimo de 5,7 % da retribuio mnima mensal garantida de 2008, mas superior ao valor da inflao verificada no perodo de eficcia da tabela salarial prevista no anterior regulamento (2,5 %). Acresce que, segundo a informao estatstica mais recente baseada nos quadros de pessoal de 2005, no mbito do regulamento de condi-es mnimas, os trabalhadores de todas as profisses e categorias profissionais auferiam retribuies de base em mdia superiores s do presente projecto.

    A actualizao do subsdio de refeio segue a tendncia da contratao colectiva de actualizar essa prestao em percentagem superior das retribuies. No obstante, o

    seu valor contnua prximo dos subsdios mais reduzidos consagrados nas convenes colectivas.

    Tendo em considerao que as portarias de regulamenta-o de trabalho dos trabalhadores administrativos anterio-res ao Cdigo do Trabalho asseguravam a anualizao das tabelas salariais, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de cada ano e que este procedimento igualmente adoptado em numerosas convenes colectivas, o presente regulamento, semelhana do anterior, estabelecer que a tabela salarial, o subsdio de refeio e a actualizao das diuturnidades produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.

    A actualizao do regulamento de condies mnimas tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies de trabalho de um conjunto significativo de trabalhadores e, no plano econmico, promove, na medida do possvel, a aproximao das condies de concorrncia.

    Assim, verificando -se circunstncias sociais e econmi-cas justificativas do regulamento de condies mnimas, exigidas pelo artigo 578. do Cdigo do Trabalho, con-veniente promover a sua emisso.

    O presente regulamento aplicvel no territrio do continente, tendo em considerao que a actualizao das condies de trabalho dos trabalhadores administrativos nas Regies Autnomas dos Aores e da Madeira compete aos respectivos Governos Regionais.

    Projecto de portaria que aprova a actualizaodo regulamento de condies

    mnimas para os trabalhadores administrativos

    Manda o Governo, pelos Ministros da Administrao Interna, da Justia, da Economia e da Inovao, da Agri-cultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, das Obras Pblicas, Transportes e Comunicaes, do Trabalho e da Solidariedade Social, da Sade e da Cultura, ao abrigo do disposto nos artigos 577. e 578., ambos do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.Alteraes do artigo 11. e do anexo II

    1 O artigo 11. da Portaria n. 736/2006, de 26 de Julho, passa a ter a seguinte redaco:

    Artigo 11.[...]

    1 O trabalhador tem direito a um subsdio de re-feio no valor de 3,10 por cada dia completo de trabalho.

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    2 O anexo II da Portaria n. 736/2006, de 26 de Julho, sobre retribuies mnimas, passa a ter a redaco cons-tante do anexo da presente portaria.

    Artigo 2.Entrada em vigor e eficcia

    1 O disposto na presente portaria entra em vigor no 5. dia aps a sua publicao no Dirio da Repblica.

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    2 As retribuies mnimas, o subsdio de refeio e a actualizao das diuturnidades produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de cinco.

    ANEXO II

    Retribuies mnimas

    Nveis Profisses e categorias profissionais Retribuies

    mnimas(euros)

    IDirector de servios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretrio -geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 927

    Analista de informtica . . . . . . . . . . . . . . . . . .II Contabilista/tcnico oficial de contas . . . . . . . 904

    Inspector administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Chefe de servios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Programador de informtica . . . . . . . . . . . . . .Tesoureiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    III Tcnico de apoio jurdico III. . . . . . . . . . . . . . . 824Tcnico de computador III . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de contabilidade III . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de estatstica III . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de recursos humanos III . . . . . . . . . . .

    Tcnico de apoio jurdico II . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de computador II . . . . . . . . . . . . . . . . .

    IV Tcnico de contabilidade II . . . . . . . . . . . . . . . 752Tcnico de estatstica II . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de recursos humanos II . . . . . . . . . . . .

    Chefe de seco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de apoio jurdico I. . . . . . . . . . . . . . . .

    V Tcnico de computador I . . . . . . . . . . . . . . . . . 688Tcnico de contabilidade I . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de estatstica I . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de recursos humanos I . . . . . . . . . . . .

    Nveis Profisses e categorias profissionais Retribuies

    mnimas(euros)

    Analista de funes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Correspondente em lnguas estrangeiras . . . . .

    VI Documentalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 643Planeador de informtica de 1. . . . . . . . . . . . .Tcnico administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tcnico de secretariado . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tradutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Assistente administrativo de 1. . . . . . . . . . . . .Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    VII Operador de computador de 1. . . . . . . . . . . . . 576Operador de mquinas auxiliares de 1. . . . . . .Planeador de informtica de 2. . . . . . . . . . . . .

    Assistente administrativo de 2. . . . . . . . . . . . .Assistente de consultrio de 1. . . . . . . . . . . . .Cobrador de 1.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    VIII Controlador de informtica de 1. . . . . . . . . . . 528,50Operador de computador de 2. . . . . . . . . . . . .Operador de mquinas auxiliares de 2. . . . . . .Recepcionista de 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Assistente administrativo de 3. . . . . . . . . . . . .Assistente de consultrio de 2. . . . . . . . . . . . .Cobrador de 2.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    IX Chefe de trabalhadores auxiliares . . . . . . . . . . 489,50Controlador de informtica de 2. . . . . . . . . . .Operador de tratamento de texto de 1. . . . . . .Recepcionista de 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista de 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Assistente administrativo de 3. (at um ano)Contnuo de 1.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Guarda de 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    X Operador de tratamento de texto de 2. . . . . . . 434Porteiro de 1.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Recepcionista de 2. (at quatro meses). . . . . .Telefonista de 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Contnuo de 2.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XI Guarda de 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426

    Porteiro de 2.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Trabalhador de limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    REGULAMENTOS DE EXTENSO

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes dos CCT entre a APIM Asso-ciao Portuguesa da Indstria de Moagem e Massas e outras e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebi-das, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre as mesmas associaes de empregadores e a FETICEQ Federao dos Trabalhadores das Indstrias Cermica, Vidreira, Extractiva, Energia e Qumica (pessoal fabril, Norte).As alteraes dos contratos colectivos de trabalho entre

    a APIM Associao Portuguesa da Indstria de Moagem

    e Massas e outras e a FESAHT Federao dos Sindi-catos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre as mesmas associaes de empregadores e a FETICEQ Federao dos Trabalhado-res das Indstrias Cermica, Vidreira, Extractiva, Energia e Qumica (pessoal fabril, Norte), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 12, de 29 de Maro de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores que, nos distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, se dediquem s indstrias de moagem, massas ali-mentcias, descasque de arroz e alimentos compostos para

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    animais e trabalhadores ao seu servio representados pelas associaes que os outorgaram.

    A FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricul-tura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Por-tugal requereu a extenso da conveno por si subscrita s relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores no representados pelas associaes outorgantes e que, nos distritos referidos, se dediquem mesma actividade, enquanto os outorgantes do CCT celebrado com a FE-TICEQ Federao dos Trabalhadores das Indstrias Cermica, Vidreira, Extractiva, Energia e Qumica reque-reram a extenso da conveno por si subscrita s relaes de trabalho entre empregadores no representados pelas associaes de empregadores outorgantes e trabalhado-res ao seu servio representados pela federao sindical outorgante.

    As convenes actualizam as tabelas salariais. O estudo de avaliao do impacte da extenso das tabelas salariais teve por base as retribuies efectivas praticadas nos sec-tores abrangidos pelas convenes, apuradas pelos quadros de pessoal de 2005 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas nos anos intermdios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores abrangidos pelas convenes, com excluso dos praticantes, dos aprendizes e do residual (que inclui o ignorado), so 676, dos quais 208 (30,8 %) auferem retribuies inferiores s convencionais. So as empresas dos escales de dimenso at 10 trabalhadores, na indstria de moagem de trigo, e entre 21 a 200 traba-lhadores, nos restantes sectores, que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s das tabelas salariais das convenes.

    As convenes actualizam, ainda, outras prestaes de contedo pecunirio, nomeadamente, o subsdio de alimentao, com um acrscimo de 2,3 %, e o subsdio de turno, com um acrscimo entre 3,3 % e 4,4 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    Tendo em considerao que no vivel proceder verificao objectiva da representatividade das associa-es outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenes so substancialmente idnticos, procede -se respectiva extenso conjunta.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empresas dos sectores abrangidos pelas convenes, a extenso assegura para as tabelas salariais e para as clusulas de contedo pecunirio retroactividade idntica das con-venes.

    A extenso das alteraes das convenes tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas dos mesmos sectores.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 24, de 29 de Junho de 2008, ao qual no foi deduzida oposio por parte dos interessados.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.As condies de trabalho constantes das alteraes dos

    CCT entre a APIM Associao Portuguesa da Indstria de Moagem e Massas e outras e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hote-laria e Turismo de Portugal e entre as mesmas associaes de empregadores e a FETICEQ Federao dos Traba-lhadores das Indstrias Cermica, Vidreira, Extractiva, Energia e Qumica (pessoal fabril, Norte), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 12, de 29 de Maro de 2008, so estendidas, nos distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados nas associaes de empregadores outorgantes que se dediquem indstria de moagem, massas alimentcias, descasque de arroz e alimentos compostos para animais e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados nas associaes de empregadores outorgantes que exeram as actividades referidas na alnea anterior e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais previstas nas convenes, no representados pelas asso-ciaes sindicais signatrias.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 As tabelas salariais e as clusulas de contedo

    pecunirio produzem efeitos desde 1 de Novembro de 2007.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de cinco.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a AIPAN Asso-ciao dos Industriais de Panificao, Pastela-ria e Similares do Norte e a FEPCES Federa-o Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros (administrati-vos, Norte).As alteraes ao contrato colectivo de trabalho entre

    a AIPAN Associao dos Industriais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FEPCES Federa-o Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros (administrativos, Norte), publicadas no

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    Boletim do Trabalho e Emprego, n. 16, de 29 de Abril de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre empregado-res que nos distritos de Braga, Bragana, Porto, Viana do Castelo e Vila Real e em diversos concelhos dos distritos de Aveiro, Guarda e Viseu se dediquem actividade in-dustrial e ou comercial, em estabelecimentos simples ou polivalentes ou mistos, no mbito da panificao e ou da pastelaria e ou similares, em estabelecimentos que usam as consagradas denominaes padaria, pastelaria, padaria/pastelaria, estabelecimento especializado de venda de po e produtos afins, boutique de po quente, confeitaria, cafetaria e geladaria, com ou sem ter-minais de cozedura, e trabalhadores administrativos ao seu servio, uns e outros representados pelas associaes que as outorgaram.

    As associaes subscritoras requereram a extenso das alteraes da conveno a todos os trabalhadores e a todas as empresas que se dediquem actividade das indstrias de panificao e pastelaria.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas nos secto-res abrangidos pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2005 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas nos anos intermdios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores abrangidos pela conveno, com excluso dos praticantes, aprendizes e do residual (que inclui o ignorado), so 237, dos quais 93 (39,2 %) auferem retribuies inferiores s convencionais. So as empresas dos escales at 50 trabalhadores que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s convencionais.

    A conveno actualiza, ainda, o subsdio de refeio e o abono para falhas, com um acrscimo, respectivamente, de 2,8 % e de 2,5 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Consi-derando a finalidade da extenso e que as mesmas pres-taes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    O nvel I da tabela salarial constante do anexo III consa-gra um valor inferior retribuio mnima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribuio mnima mensal garan-tida pode ser objecto de redues relacionadas com o tra-balhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho. Deste modo, a referida retribuio da tabela salarial apenas ser objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja inferior quela.

    Os sectores da confeitaria, cafetaria, gelataria e paste-laria, nos distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, tm convenes colectivas prprias celebradas por outras as-sociaes de empregadores, objecto de extenso. Nestas circunstncias, naqueles sectores, a extenso s se aplica s relaes de trabalho em que sejam parte empresas filiadas na associao de empregadores outorgante. Tem -se, tam-bm, em considerao a existncia, na rea da conveno, de outras convenes colectivas de trabalho aplicveis indstria e comrcio de panificao, celebradas por dis-tintas associaes de empregadores.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre empresas dos

    sectores de actividade abrangidos, a extenso assegura para a tabela salarial e para as clusulas de contedo pecunirio retroactividade idntica da conveno.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas dos mesmos sectores.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 25, de 8 de Julho de 2008, ao qual no foi deduzida oposio por parte dos interessados.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes das altera-

    es do CCT entre a AIPAN Associao dos Indus-triais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros (administra-tivos, Norte), publicadas no Boletim do Trabalho e Em-prego, n. 16, de 29 de Abril de 2008, so estendidas, nos concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e Feira (distrito de Aveiro), Vila Nova de Foz -Ca (distrito da Guarda), Armamar, Cinfes, Lamego, Resende, So Joo da Pesqueira e Tabuao (distrito de Viseu) e nos distritos de Braga, Bragana, Porto, Viana do Castelo e Vila Real:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados na associao de empregadores outorgante que se dediquem indstria e comrcio de panificao e traba-lhadores ao seu servio, das profisses e categorias pro-fissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante que exeram as actividades abrangidas pela conveno e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais previstas na conveno, no representados pelas associa-es sindicais outorgantes.

    2 O disposto na alnea a) do nmero anterior no se aplica s relaes de trabalho em que sejam parte em-pregadores filiados na ACIP Associao do Comrcio e da Indstria de Panificao, Pastelaria e Similares e na Associao dos Industriais de Panificao de Lisboa.

    3 A retribuio do nvel I da tabela salarial constante do anexo III da conveno apenas objecto de extenso em situaes em que seja superior retribuio mnima mensal garantida resultante de reduo relacionada com o traba-lhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e as clusulas de contedo pecu-

    nirio produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.3 Os encargos resultantes da retroactividade podem

    ser satisfeitos em prestaes mensais, de igual valor, com

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de quatro.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a AIPAN Asso-ciao dos Industriais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e ou-tras (sectores de fabrico, expedio e vendas, apoio e manuteno, Norte).As alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a

    AIPAN Associao dos Industriais de Panificao, Pas-telaria e Similares do Norte e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expe-dio e vendas, apoio e manuteno, Norte), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 16, de 29 de Abril de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores que se dediquem actividade industrial e ou comercial, em estabelecimentos simples ou polivalentes ou mistos, no mbito da panificao e ou da pastelaria e ou similares, em estabelecimentos que usam as consagradas denominaes padaria, pastelaria, padaria/pastelaria, estabeleci-mento especializado de venda de po e produtos afins, boutique de po quente, confeitaria, cafetaria e geladaria, com ou sem terminais de cozedura, e tra-balhadores ao seu servio, uns e outros representados pelas associaes que os outorgaram.

    A FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal requereu a extenso do CCT s relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores no representados pelas associaes outorgantes e que na rea da conveno se dediquem mesma actividade.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas nos sectores abran-gidos pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2005 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas nos anos intermdios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores abrangidos pela conveno, com excluso dos praticantes, aprendizes e do residual (que inclui o ignorado), so 8228, dos quais 4313 (52,4 %) auferem retribuies inferiores s convencionais. So as empresas dos escales at 20 trabalhadores que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s convencionais.

    A conveno actualiza, ainda, o abono para falhas e o subsdio de refeio, com um acrscimo, respectivamente, de 2,5 % e de 2,8 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte desta prestao. Conside-rando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes

    foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu--las na extenso.

    O nvel I do horrio normal e do horrio especial da tabela salarial constante do anexo III consagra valores inferiores retribuio mnima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho. Deste modo, as referidas retribuies da tabela sala-rial apenas so objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja inferior quelas.

    Os sectores da confeitaria, cafetaria e da pastelaria, nos distritos de Aveiro, Braga, Bragana, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, tm convenes colectivas prprias celebradas por outras associaes de empregadores. Duas das convenes tm sido objecto de extenso. Nestas circunstncias, naqueles sectores, a ex-tenso s se aplica s relaes de trabalho em que sejam parte empresas filiadas na associao de empregadores outorgante. Tem -se, tambm, em considerao a existncia, na rea da conveno, de outras convenes colectivas de trabalho aplicveis indstria e comrcio de panificao, celebradas por distintas associaes de empregadores.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre empresas dos sectores de actividade abrangidos, a extenso assegura para a tabela salarial e para as clusulas de contedo pecunirio retroactividade idntica da conveno.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas dos mesmos sectores.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 24, de 29 de Junho de 2008, ao qual no foi deduzida oposio por parte dos interessados.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes das altera-

    es do CCT entre a AIPAN Associao dos Indus-triais de Panificao, Pastelaria e Similares do Norte e a FESAHT Federao dos Sindicatos da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedio e vendas, apoio e manuteno, Norte), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 16, de 29 de Abril de 2008, so estendidas, nos concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e Feira (distrito de Aveiro), Vila Nova de Foz -Ca (distrito da Guarda), Armamar, Cinfes, Lamego, Resende, So Joo da Pesqueira e Tabuao (distrito de Viseu) e nos distritos de Braga, Bragana, Porto, Viana do Castelo e Vila Real:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados na associao de empregadores outorgante que se dediquem indstria e comrcio de panificao e traba-lhadores ao seu servio, das profisses e categorias pro-fissionais nelas previstas;

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante que exeram as actividades abrangidas pela conveno e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais previstas na conveno, no representados pelas associa-es sindicais outorgantes.

    2 O disposto na alnea a) do nmero anterior no se aplica s relaes de trabalho em que sejam parte em-pregadores filiados na ACIP Associao do Comrcio e da Indstria de Panificao, Pastelaria e Similares e na Associao dos Industriais de Panificao de Lisboa.

    3 As retribuies do nvel I da tabela salarial constante do anexo III da conveno apenas so objecto de extenso em situaes em que sejam superiores retribuio mnima mensal garantida resultante de reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e as clusulas de contedo pecu-

    nirio produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.3 Os encargos resultantes da retroactividade podem

    ser satisfeitos em prestaes mensais, de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de quatro.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes dos CCT entre a CNIS Confe-derao Nacional das Instituies de Solidarie-dade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros e entre a mesma Confederao e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica.As alteraes dos contratos colectivos de trabalho en-

    tre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Servios e outros e entre a mesma Confederao e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 47, de 22 de Dezembro de 2007, e 6, de 15 de Fevereiro de 2008, estas ltimas objecto de rectificao publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 29, de 8 de Agosto de 2008, abrangem as relaes de trabalho entre instituies particulares de solidariedade social que exeram a sua actividade no territrio nacional, com excepo da Regio Autnoma dos Aores, e traba-lhadores ao seu servio, representados pelas associaes que as outorgaram.

    Os outorgantes da primeira conveno solicitaram opor-tunamente a sua extenso a todas as instituies particu-

    lares de solidariedade social no filiadas na confederao outorgante e aos trabalhadores ao seu servio. As partes celebrantes da ltima conveno no formularam pedido da emisso de regulamento de extenso.

    As convenes actualizam as tabelas salariais. O estudo de avaliao do impacte da extenso das tabelas salariais teve por base as retribuies efectivas praticadas nos sec-tores abrangidos pelas convenes, apuradas pelos quadros de pessoal de 2005 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas nos anos intermdios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores abrangidos pelas convenes, com excluso dos aprendizes, praticantes e do residual (que in-clui o ignorado), so 78 864, dos quais 22 656 (28,7 %) au-ferem retribuies inferiores s fixadas pelas convenes, sendo que 8650 (11 %) auferem retribuies inferiores s das convenes em mais de 6,9 %. So as instituies dos escales de dimenso entre 21 e 200 trabalhadores que em-pregam o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s convencionais.

    As convenes actualizam, ainda, outras prestaes de contedo pecunirio, como as diuturnidades, o abono para falhas e o subsdio de refeio com acrscimos, res-pectivamente, de 2,4 %, 2,3 % e 2,7 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a finalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    As tabelas salariais das convenes contm retribuies inferiores retribuio mnima mensal garantida para 2008. No entanto, a retribuio mnima mensal garantida pode ser objecto de redues relacionadas com o trabalhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho. Deste modo, as referidas retribuies apenas so objecto de extenso para abranger situaes em que a retribuio mnima mensal garantida resultante da reduo seja inferior quelas.

    No CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Ser-vios e outros determina -se que as tabelas salariais e os valores das clusulas de contedo pecunirio retroagem a 1 de Janeiro de 2007. No CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica, para alm das tabelas salariais e dos valores das clusulas de contedo pecunirio com retroactividade a 1 de Janeiro de 2007, consagram -se tabelas salariais e valores das clusulas de contedo pecunirio que retroagem a 1 de Janeiro de 2006. Com vista a aproximar os estatutos laborais dos trabalha-dores e as condies de concorrncia entre as instituies de solidariedade social, a extenso assegura para as tabelas salariais e para as clusulas de contedo pecunirio retro-actividades idnticas s das convenes.

    Foi publicado o aviso relativo presente extenso no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 20, de 29 de Maio de 2008, na sequncia do qual a Unio das Misericrdias Portuguesas e a FITI Federao das Instituies da Terceira Idade deduziram oposio.

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    A Unio das Misericrdias Portuguesas, alegando sal-vaguarda da autonomia negocial, pretende que as Santas Casas da Misericrdia sejam excludas do mbito do pre-sente regulamento invocando, ainda, o facto de o anterior regulamento, publicado no Boletim do Trabalho e Em-prego, n. 32, de 29 de Agosto de 2006, que exclui as Santas Casas da Misericrdia, ter promovido a extenso de textos completos, enquanto as actuais convenes apenas proce-dem a actualizaes parciais, pelo que seria incongruente estender apenas estas alteraes quelas instituies.

    Por sua vez, a FITI Federao das Instituies da Terceira Idade, que no uma associao de emprega-dores, fundamenta a sua oposio em motivos de ordem econmica, porquanto alega ser incomportvel para as 307 associaes e fundaes de solidariedade social na rea da terceira idade que representa por todo o Pas suportarem os encargos decorrentes dos aumentos consagrados nas convenes ora a estender, em virtude de as suas asso-ciadas serem as mais vulnerveis no actual contexto de abrandamento econmico.

    Considerando o direito de defesa dos direitos e interes-ses das instituies que representam, d -se acolhimento s pretenses das oponentes, pelo que a extenso ter um mbito mais restrito que o referido no aviso, uma vez que exclui as Santas Casas da Misericrdia no filiadas na confederao outorgante e as associaes e fundaes de solidariedade social na rea da terceira idade associadas da FITI Federao das Instituies da Terceira Idade e trabalhadores ao seu servio, sem prejuzo de se remeter, para momento posterior, a ponderao e deciso quanto extenso das convenes s referidas instituies.

    Tendo em considerao que no vivel proceder verificao objectiva da representatividade das associa-es outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas convenes so substancialmente idnticos procede -se, conjuntamente, respectiva extenso.

    A extenso das convenes tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos tra-balhadores e, no plano econmico, o de aproximar as con-dies de concorrncia entre instituies do mesmo sector.

    Embora as convenes se apliquem na Regio Aut-noma da Madeira, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Gover-nos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    Assim:Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-

    lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.

    1 As condies de trabalho constantes das alteraes dos CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FEPCES Federao Portuguesa dos Sindicatos do Comrcio, Escritrios e Ser-vios e outros e entre a mesma Confederao e a Federao Nacional dos Sindicatos da Funo Pblica, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 47, de 22 de Dezembro de 2007, e 6, de 15 de Fevereiro de 2008, estas ltimas

    objecto de rectificao publicada no Boletim do Trabalho e Empreg, n. 29, de 8 de Agosto de 2008, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre instituies particula-res de solidariedade social que prossigam as actividades reguladas pelas convenes no filiadas na confederao outorgante e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre instituies particulares de solidariedade social filiadas na confederao outorgante que prossigam as actividades reguladas pelas convenes e trabalhadores ao seu servio, das referidas profisses e categorias profissionais, no representados pelas associa-es sindicais outorgantes.

    2 O disposto na alnea a) do nmero anterior no se aplica s relaes de trabalho entre Santas Casas da Misericrdia, bem como associaes e fundaes de so-lidariedade social na rea da terceira idade associadas da FITI Federao das Instituies da Terceira Idade e trabalhadores ao seu servio.

    3 As retribuies das tabelas salariais inferiores retribuio mnima mensal garantida para 2008 apenas so objecto de extenso em situaes em que sejam supe-riores retribuio mnima mensal garantida resultante de reduo relacionada com o trabalhador, de acordo com o artigo 209. da Lei n. 35/2004, de 29 de Julho.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 As tabelas salariais e os valores das clusulas de

    contedo pecunirio que as convenes determinam que produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2006 e a partir de 1 de Janeiro de 2007 retroagem no mbito da presente extenso a partir das mesmas datas.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade da pre-sente extenso podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da sua entrada em vigor, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de seis.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Aviso de projecto de regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a APCOR As-sociao Portuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Federao Portuguesa dos Sin-dicatos da Construo, Cermica e Vidro e ou-tros (pessoal fabril).Nos termos e para os efeitos do artigo 576. do C-

    digo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do Cdigo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    Social proceder emisso de regulamento de extenso das alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Federao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 41, de 8 de Novembro de 2007, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, atravs de portaria cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes ao da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    As alteraes ao contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Associao Portuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Federao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 41, de 8 de Novembro de 2007, abrangem as relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores representados pelas associaes que as outorgaram.

    Uma das associaes sindicais subscritoras requereu a extenso das alteraes s relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores no representados pelas associaes outorgantes que se dediquem mesma acti-vidade.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abran-gido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2005, actualizadas com base no aumento percentual mdio da tabela salarial das convenes publicadas no ano de 2006.

    Os trabalhadores a tempo completo deste sector, com excluso dos aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ignorado), so cerca de 7083, dos quais 4930 (69,6 %) auferem retribuies inferiores s convencionais, sendo que 473 (6,7 %) auferem remuneraes inferiores s da conveno em mais de 6,7 %. nas empresas at 10 trabalhadores e entre 51 e 200 trabalhadores que se encontra o maior nmero de trabalhadores com retribuies inferiores s da conveno.

    A conveno actualiza, ainda, outras prestaes de con-tedo pecunirio como o subsdio de refeio, em 4,2 % e as refeies para motoristas e ajudantes, em 4,1 % e 4,2 %. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte destas prestaes. Considerando a fi-nalidade da extenso e que as mesmas prestaes foram objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -las na extenso.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre as empresas do sector de actividade abrangido, a extenso assegura para

    a tabela salarial e para as clusulas de contedo pecunirio, retroactividade idntica da conveno.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Embora a conveno tenha rea nacional, a extenso de convenes colectivas nas Regies Autnomas compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extenso apenas aplicvel no territrio do continente.

    Assim, verificando -se circunstncias sociais e econ-micas justificativas da extenso, exigidas pelo n. 3 do ar-tigo 575. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso da conveno em causa.

    Projecto de portaria que aprova o regulamento de extenso das alteraes do CCT entre a APCOR Associao Por-tuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Federao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril).

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.

    As condies de trabalho constantes das alteraes do contrato colectivo de trabalho entre a APCOR Associa-o Portuguesa de Cortia e outra e a FEVICCOM Fede-rao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril), publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 41, de 8 de Novembro de 2007, so estendidas, no territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no fi-liados nas associaes de empregadores outorgantes que exeram a actividade corticeira e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nelas previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados nas associaes de empregadores outorgantes que prossi-gam a actividade referida na alnea anterior e trabalhadores ao seu servio, das profisses e categorias profissionais previstas na conveno, no representados pelas associa-es sindicais outorgantes.

    Artigo 2.

    1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps a sua publicao no Dirio da Repblica.

    2 A tabela salarial e as clusulas de contedo pecu-nirio previstas na conveno produzem efeitos desde 1 de Junho de 2007.

    3 Os encargos resultantes da retroactividade podem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de cinco.

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    Aviso de projecto de regulamento de extenso do CCT entre a Associao Portuguesa de Fa-cility Services e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros.

    Nos termos e para os efeitos do artigo 576. do C-digo do Trabalho e dos artigos 114. e 116. do Cdigo do Procedimento Administrativo, torna -se pblico ser inteno do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social proceder emisso de regulamento de extenso do contrato colectivo de trabalho entre a Associao Portuguesa de Facility Services e a FETESE Fede-rao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 15, de 22 de Abril de 2008, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, atravs de portaria cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam em anexo.

    Nos 15 dias seguintes ao da publicao do presente aviso, podem os interessados no procedimento de extenso deduzir, por escrito, oposio fundamentada ao referido projecto.

    Lisboa, 12 de Agosto de 2008. O Ministro do Tra-balho e da Solidariedade Social, Jos Antnio Fonseca Vieira da Silva.

    Nota justificativa

    O contrato colectivo de trabalho celebrado entre a Asso-ciao Portuguesa de Facility Services e a FETESE Fe-derao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 15, de 22 de Abril de 2008, abrange as relaes de trabalho entre empregadores e trabalhadores representados pelas associaes que o outorgaram.

    A conveno actualiza a tabela salarial. O estudo de avaliao do impacte da extenso da tabela salarial teve por base as retribuies efectivas praticadas no sector abran-gido pela conveno, apuradas pelos quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no aumento percentual mdio das tabelas salariais das convenes publicadas em 2007.

    Os trabalhadores a tempo completo do sector, com ex-cluso de aprendizes, praticantes e do residual (que inclui o ignorado) so cerca de 18 364, dos quais 14 949 (81,4 %) auferem retribuies inferiores s da tabela salarial da conveno, sendo que 2480 (13,5 %) auferem retribuies inferiores s convencionais em mais de 6,5 %. So as empresas do escalo com mais de 200 trabalhadores que empregam o maior nmero de trabalhadores com retribui-es inferiores s da conveno.

    A conveno actualiza, ainda, o subsdio de alimentao, inalterado desde 2001. No se dispe de dados estatsticos que permitam avaliar o impacte desta prestao. Conside-rando a finalidade da extenso e que a mesma prestao foi objecto de extenses anteriores, justifica -se inclu -la na extenso.

    Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-lhadores e as condies de concorrncia entre empresas

    do sector abrangido pela conveno, a extenso assegura para a tabela salarial e para o subsdio de alimentao retroactividade idntica da conveno.

    A extenso da conveno tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condies mnimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano econmico, o de aproximar as condies de concorrncia entre empresas do mesmo sector.

    Assim, verificando -se circunstncias sociais e eco-nmicas justificativas da extenso, exigidas pelo n. 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, conveniente promover a extenso das alteraes da conveno em causa.

    Projecto de portaria que aprova o regulamento de exten-so do CCT entre a Associao Portuguesa de Facility Services e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros.

    Manda o Governo, pelo Ministro do Trabalho e da So-lidariedade Social, ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575. do Cdigo do Trabalho, o seguinte:

    Artigo 1.1 As condies de trabalho constantes do contrato

    colectivo de trabalho entre a Associao Portuguesa de Facility Services e a FETESE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores de Servios e outros, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n. 15, de 22 de Abril de 2008, so estendidas, nos territrio do continente:

    a) s relaes de trabalho entre empregadores no filiados na associao de empregadores outorgante que exeram a actividade econmica abrangida pela conveno e trabalhadores ao seu servio das profisses e categorias profissionais nele previstas;

    b) s relaes de trabalho entre empregadores filiados na associao de empregadores outorgante que exeram a actividade econmica referida na alnea anterior e traba-lhadores ao seu servio das mesmas profisses e categorias profissionais no representados pelas associaes sindicais outorgantes.

    2 No so objecto de extenso as clusulas contrrias a normas legais imperativas.

    Artigo 2.1 A presente portaria entra em vigor no 5. dia aps

    a sua publicao no Dirio da Repblica.2 A tabela salarial e o valor do subsdio de alimenta-

    o, produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2008.3 Os encargos resultantes da retroactividade po-

    dem ser satisfeitos em prestaes mensais de igual valor, com incio no ms seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, correspondendo cada prestao a dois meses de retroactividade ou fraco e at ao limite de cinco.

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    CONVENES COLECTIVAS DE TRABALHO

    CCT entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNE Fede-rao Nacional dos Sindicatos da Educao e outros Reviso global.

    CAPTULO I

    mbito pessoal, geogrfico, sectorial e vigncia

    Clusula 1.mbito e rea de aplicao

    1 A presente conveno regula as relaes de trabalho entre as instituies particulares de solidariedade social representadas pela CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade, doravante tambm abreviada-mente designadas por instituies e os trabalhadores ao seu servio que sejam ou venham a ser membros das associaes sindicais outorgantes, sendo aplicvel em todo o territrio nacional com excepo da Regio Autnoma dos Aores.

    2 Para cumprimento do disposto na alnea h) do ar-tigo 543., conjugado com os artigos 552. e 553., do Cdigo do Trabalho refere -se que sero abrangidos por esta conveno 4000 empregadores e 70 000 trabalhadores.

    Clusula 2.Vigncia

    1 A presente conveno entra em vigor no 5. dia posterior ao da sua publicao no Boletim do Trabalho e Emprego e ter uma vigncia de dois anos, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.

    2 As tabelas salariais e clusulas de expresso pecu-niria vigoram pelo perodo de um ano e produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de cada ano.

    3 A denncia pode ser feita por qualquer das partes com a antecedncia de, pelo menos, trs meses em relao ao termo do prazo de vigncia ou de renovao e deve ser acompanhada de proposta negocial.

    4 No caso de no haver denncia a conveno renova--se sucessivamente por perodos de um ano.

    5 A denncia far -se - com o envio contratante de pro-posta de reviso, atravs de carta registada com aviso de recep-o, protocolo ou outro meio que faa prova da sua entrega.

    6 A contraparte dever enviar denunciante uma contraproposta at 30 dias aps a recepo da comunicao de denncia de reviso.

    7 Ser considerada como contraproposta a declarao expressa da vontade de negociar.

    8 A parte denunciante dispor at 20 dias para exa-minar a contraproposta e as negociaes iniciar -se -o, sem qualquer dilao, nos primeiros 10 dias teis a contar do termo do prazo acima referido

    9 Havendo denncia as partes comprometem -se a iniciar o processo negocial utilizando as fases processuais que entenderem incluindo a arbitragem voluntria.

    CAPTULO II

    Disposies gerais

    Clusula 3.Responsabilidade social das instituies

    As instituies devem, na medida do possvel, organizar a prestao de trabalho, de forma a obter o maior grau de compatibilizao entre a vida familiar e a vida profissional dos seus trabalhadores.

    Clusula 4.Objecto do contrato de trabalho

    1 Cabe s partes definir a actividade para que o tra-balhador contratado.

    2 A definio a que se refere o nmero anterior pode ser feita por remisso para uma das categorias profissionais constantes do anexo I.

    Clusula 5.Admisso

    1 So condies gerais de admisso:a) Idade mnima no inferior a 16 anos;b) Escolaridade obrigatria.

    2 So condies especficas de admisso as discrimi-nadas no anexo II, designadamente a formao profissional adequada ao posto de trabalho ou a certificao profissio-nal, quando exigidas.

    3 Para o preenchimento de lugares nas instituies e desde que os trabalhadores renam os requisitos neces-srios para o efeito, ser dada preferncia:

    a) Aos trabalhadores j em servio, a fim de propor-cionar a promoo e melhoria das suas condies de tra-balho;

    b) Aos trabalhadores com capacidade de trabalho redu-zida, pessoas com deficincia ou doena crnica.

    4 Os trabalhadores com responsabilidades familiares, com capacidade de trabalho reduzida, com deficincia ou doena crnica, bem como os que frequentem estabeleci-mentos de ensino secundrio ou superior tm preferncia na admisso em regime de tempo parcial.

    5 Sem prejuzo do disposto nas normas legais aplic-veis, o contrato est sempre sujeito forma escrita e dele deve constar as seguintes indicaes:

    a) A assinatura das partes:b) Nome ou denominao e domiclio ou sede dos con-

    traentes;c) Modalidade de contrato e respectivo prazo ou durao

    previsvel, quando aplicvel;

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    d) Actividade contratada, carreira, categoria e remune-rao do trabalhador;

    e) Local e perodo normal do trabalho;f) Data de incio da actividade;g) Data da celebrao do contrato;h) Indicao do tempo de servio prestado pelo traba-

    lhador em outras IPSS.

    Clusula 6.Categorias e carreiras profissionais

    1 Os trabalhadores abrangidos pela presente con-veno so classificados nas profisses e nas categorias profissionais constantes do anexo I, tendo em ateno a actividade principal para que sejam contratados.

    2 As carreiras profissionais dos trabalhadores abran-gidos pela presente conveno so regulamentadas no anexo II, sendo que a fixao de perodos de exerccio profissional para efeitos de progresso na carreira no impede que as instituies promovam os seus trabalhadores antes do seu decurso.

    Clusula 7.Avaliao do desempenho

    1 Com vista melhoria de qualidade dos servios e da produtividade do trabalho, bem assim como, designa-damente, para efeitos de progresso na carreira profissio-nal, as entidades patronais podem instituir um sistema de avaliao do desempenho dos seus trabalhadores, devendo dar adequada publicidade aos parmetros a utilizar na deciso.

    2 Para efeito da avaliao de desempenho, as ins-tituies tero em conta, nomeadamente, a quantidade e a qualidade do trabalho desenvolvido, a assiduidade e a pontualidade, o domnio da funo e o grau de autonomia e de iniciativa, o interesse demonstrado no aperfeioamento profissional, a dedicao e a disponibilidade reveladas na consecuo dos objectivos estatutrios, bem como o esprito de colaborao com os restantes trabalhadores e superiores hierrquicos.

    3 A fixao dos parmetros de avaliao de desem-penho ser objecto de audio prvia dos sindicatos ou-torgantes da presente conveno.

    Clusula 8.Enquadramento e nveis de qualificao

    As profisses previstas na presente conveno so en-quadradas em nveis de qualificao de acordo com o anexo III.

    Clusula 9.Perodo experimental

    1 Durante o perodo experimental, salvo acordo es-crito em contrrio, qualquer das partes pode rescindir o contrato sem aviso prvio e sem necessidade de invocao de justa causa, no havendo direito a qualquer indemni-zao.

    2 Tendo o perodo experimental durado mais de 60 dias, para denunciar o contrato nos termos previstos

    no nmero anterior, a instituio tem de dar um aviso prvio de 7 dias.

    3 O perodo experimental corresponde ao perodo inicial de execuo do contrato, compreende as aces de formao ministradas pelo empregador ou frequentadas por determinao deste, nos termos legais, e tem a seguinte durao:

    a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores ou, se a instituio tiver 20 ou menos trabalhadores, 90 dias;

    b) 180 dias para o pessoal de direco e quadros supe-riores da instituio, bem assim como para os trabalhadores que exeram cargos de complexidade tcnica, elevado grau de responsabilidade ou funes de confiana.

    4 Salvo acordo em contrrio, nos contratos a termo o perodo experimental tem a seguinte durao:

    a) 30 dias para os contratos com durao igual ou su-perior a seis meses;

    b) 15 dias nos contratos a termo certo de durao inferior a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja durao se preveja no vir a ser superior quele limite.

    5 A antiguidade do trabalhador conta -se desde o incio do perodo experimental.

    6 A admisso do trabalhador considerar -se - feita por tempo indeterminado, no havendo lugar a perodo experimental, quando o trabalhador haja sido convidado para integrar o quadro de pessoal da instituio, tendo para isso, com conhecimento prvio da mesma, revogado ou rescindido qualquer contrato de trabalho anterior.

    Clusula 10.Deveres da instituio

    So deveres da instituio:a) Cumprir o disposto no presente contrato e na legis-

    lao de trabalho aplicvel;b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o

    trabalhador;c) Pagar pontualmente a retribuio;d) Proporcionar boas condies de trabalho, tanto do

    ponto de vista fsico como moral;e) Contribuir para a elevao do nvel de produtividade

    do trabalhador, nomeadamente, proporcionando -lhe for-mao profissional;

    f) Respeitar a autonomia tcnica do trabalhador que exera actividades cuja regulamentao profissional a exija;

    g) Possibilitar o exerccio de cargos em organizaes representativas dos trabalhadores bem como facilitar o exerccio, nos termos legais, de actividade sindical na instituio;

    h) Prevenir riscos e doenas profissionais, tendo em conta a proteco da sade e segurana do trabalhador, devendo indemniz -lo dos prejuzos resultantes de aci-dentes de trabalho e doenas profissionais, transferindo a respectiva responsabilidade para uma seguradora;

    i) Adoptar, no que se refere higiene, segurana e sade no trabalho, as medidas que decorram para a instituio da aplicao das prescries legais e convencionais vi-gentes;

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    j) Fornecer ao trabalhador a informao e formao adequadas preveno de riscos de acidente e doena e proporcionar aos trabalhadores as condies necessrias realizao do exame mdico anual;

    k) Manter permanentemente actualizado o registo do pessoal em cada um dos seus estabelecimentos, com indi-cao dos nomes, datas de nascimento e admisso, moda-lidades dos contratos, categorias, promoes, retribuies, datas de incio e termo das frias e faltas que impliquem perda da retribuio ou diminuio dos dias de frias.

    Clusula 11.Deveres do trabalhador

    1 Sem prejuzo de outras obrigaes, o trabalhador deve:

    a) Observar o disposto no contrato de trabalho e nas disposies legais e convencionais que o regem;

    b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empregador, os superiores hierrquicos, os companheiros de trabalho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relao com a instituio;

    c) Comparecer ao servio com assiduidade e pontua-lidade;

    d) Realizar o trabalho com zelo e diligncia;e) Cumprir as ordens e instrues do empregador em

    tudo o que respeite execuo e disciplina do trabalho, salvo na medida em que se mostrem contrrias aos seus direitos e garantias;

    f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente no negociando por conta prpria ou alheia em concorrncia com ele, nem divulgando informaes relativas institui-o ou seus utentes, salvo no cumprimento de obrigao legalmente instituda;

    g) Velar pela conservao e boa utilizao dos bens, equipamentos e instrumentos relacionados com o seu tra-balho;

    h) Contribuir para a optimizao da qualidade dos servios prestados pela instituio e para a melhoria do respectivo funcionamento, designadamente, promovendo ou executando todos os actos tendentes melhoria da produtividade e participando de modo diligente nas aces de formao que lhe forem proporcionadas pela entidade patronal;

    i) Cooperar com a instituio na melhoria do sistema de segurana, higiene e sade no trabalho, nomeadamente, por intermdio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim;

    j) Cumprir as prescries de segurana, higiene e sade no trabalho estabelecidas nas disposies legais ou con-vencionais aplicveis, bem como as ordens dadas pelo empregador;

    k) Zelar pela sua segurana e sade, submetendo -se, nomeadamente, ao exame mdico anual e aos exames mdicos, ainda que ocasionais, para que seja convocado.

    2 O dever de obedincia, a que se refere a alnea e) do nmero anterior, respeita tanto s ordens e instrues dadas directamente pelo empregador como s emanadas dos superiores hierrquicos do trabalhador, dentro dos poderes que por aquele lhes forem atribudos.

    Clusula 12.Garantias dos trabalhadores

    proibido ao empregador:a) Opor -se, por qualquer forma, a que o trabalhador

    exera os seus direitos, bem como despedi -lo, aplicar -lhe outras sanes, ou trat -lo desfavoravelmente por causa desse exerccio;

    b) Obstar, injustificadamente, prestao efectiva do trabalho;

    c) Exercer presso sobre o trabalhador para que actue no sentido de influir desfavoravelmente nas condies de trabalho dele ou dos companheiros;

    d) Diminuir a retribuio, baixar a categoria ou transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos legal ou convencionalmente previstos;

    e) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal prprio para utilizao de terceiros, salvo nos casos especialmente previstos;

    f) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar servios fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele indicada;

    g) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refeitrios, economatos ou outros estabelecimentos direc-tamente relacionados com o trabalho, para fornecimento de bens ou prestao de servios aos trabalhadores;

    h) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu acordo, havendo o propsito de o pre-judicar em direitos ou garantias decorrentes da antigui-dade.

    Clusula 13.Remisso

    s matrias relativas a frias, ao contrato a termo, ao exerccio do direito de desenvolver actividade sindical na instituio, ao exerccio do direito greve, suspenso do contrato de trabalho por impedimento respeitante entidade patronal ou ao trabalhador e cessao dos con-tratos de trabalho, entre outras no especialmente reguladas nesta conveno, so aplicveis as normas legais em vigor a cada momento.

    CAPTULO IV

    Prestao do trabalho

    Clusula 14.Poder de direco

    Compete s instituies, dentro dos limites decorrentes do contrato e das normas que o regem, fixar os termos em que deve ser prestado o trabalho.

    Clusula 15.Funes desempenhadas

    1 O trabalhador deve, em princpio, exercer funes correspondentes actividade para que foi contratado.

    2 A actividade contratada, ainda que descrita por remisso para uma das categorias profissionais previstas no anexo I, compreende as funes que lhe sejam afins ou

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 32, 29/8/2008

    funcionalmente ligadas, para as quais o trabalhador detenha a qualificao profissional adequada e que no impliquem desvalorizao pessoal e profissional.

    3 Para efeitos do nmero anterior consideram -se afins ou funcionalmente ligadas, designadamente, as actividades compreendidas no mesmo grupo ou carreira profissional bem como aquelas que se enquadrem num patamar que no exceda em um grau o nvel de qualificao previsto no anexo III para a actividade contratada.

    4 O disposto nos nmeros anteriores confere ao tra-balhador, sempre que o exerccio das funes acessrias exigir especiais qualificaes, o direito a formao pro-fissional no inferior a dez horas anuais.

    5 As instituies devem procurar atribuir a cada tra-balhador, no mbito da actividade para que foi contratado, as funes mais adequadas s suas aptides e qualificao profissional.

    6 A determinao pelo empregador do exerccio, ainda que acessrio, das funes referidas no n. 2 a que corresponda uma retribuio, ou qualquer outra regalia, mais elevada, confere ao trabalhador o direito a estas en-quanto tal exerccio se mantiver.

    Clusula 16.Reclassificao profissional

    1 Sempre que haja alterao consistente da actividade principal para a qual o trabalhador foi contratado, dever a Instituio proceder respectiva reclassificao profissio-nal, no podendo da resultar a baixa de categoria.

    2 Presume -se consistente a alterao da actividade principal para a qual o trabalhador foi contratado, sempre que decorra um perodo superior a seis meses sobre o incio da mesma.

    3 A presuno a que se reporta o nmero anterior pode ser ilidida pela instituio, competindo -lhe a prova da natureza transitria da alterao.

    4 A reclassificao produz efeitos por iniciativa da instituio ou, sendo caso disso, a partir da data de reque-rimento do trabalhador interessado nesse sentido.

    Clusula 17.Mobilidade funcional

    1 Salva estipulao escrita em contrrio, a entidade patronal pode, quando o interesse da instituio o exija, encarregar temporariamente o trabalhador de funes no compreendidas na actividade contratada, desde que tal mudana no implique modificao substancial da posio do trabalhador.

    2 O disposto no nmero anterior no pode implicar diminuio da retribuio, tendo o trabalhador direito a usufruir das vantagens inerentes actividade temporaria-mente desempenhada, ficando, no entanto, obrigado ao desempenho das tarefas que vinha exercendo.

    Clusula 18.Mudana de categoria

    1 O trabalhador s pode ser colocado em categoria inferior quela para que foi contratado ou a que foi pro-movido quando tal mudana, imposta por necessidades prementes da instituio ou por estrita necessidade do

    trabalhador, seja por este aceite e autorizada pela Inspeco--Geral do Trabalho.

    2 Salvo disposio em contrrio, o trabalhador no adquire a categoria correspondente s funes que exera temporariamente.

    Clusula 19.Local de trabalho

    1 O trabalhador deve, em princpio, realizar a sua prestao no local de trabalho contratualmente definido.

    2 Na falta de indicao expressa, considera -se local de trabalho o que resultar da natureza da actividade do trabalhador e da necessidade da instituio que tenha le-vado sua admisso, desde que aquela fosse ou devesse ser conhecida do trabalhador.

    3 O trabalhador encontra -se adstrito s deslocaes inerentes s suas funes ou indispensveis sua formao profissional.

    Clusula 20.Trabalhador com local de trabalho no fixo

    1 Nos casos em que o trabalhador exera a sua ac-tividade indistintamente em diversos lugares, ter direito ao pagamento das despesas e compensao de todos os encargos directamente decorrentes daquela situao, desde que tal tenha sido expressamente acordado com a instituio.

    2 Na falta de acordo haver reembolso das despesas realizadas impostas directamente pelas deslocaes, desde que comprovadas e observando -se critrios de razoabili-dade.

    3 O tempo normal de deslocao conta para todos os efeitos como tempo efectivo de servio

    Clusula 21.Deslocaes

    1 O trabalhador encontra -se adstrito s deslocaes inerentes s suas funes ou indispensveis sua formao profissional.

    2 Designa -se por deslocao a realizao transitria da prestao de trabalho fora do local de trabalho.

    3 Consideram -se deslocaes com regresso dirio residncia, aquelas em que o perodo de tempo despendido, incluindo a prestao de trabalho e as viagens impostas pela deslocao, no ultrapasse em mais de duas horas o perodo normal de trabalho, acrescido do tempo consumido nas viagens habituais.

    4 Consideram -se deslocaes sem regresso dirio residncia as no previstas no nmero anterior, salvo se o trabalhador optar pelo regresso residncia, caso em que ser aplicvel o regime estabelecido para as deslocaes com regresso dirio mesma.

    Clusula 22.Deslocaes com regresso dirio residncia

    1 Os trabalhadores deslocados nos termos do n. 2 da clusula anterior tero direito:

    a) Ao pagamento das despesas de transporte de ida e volta ou garantia de transporte gratuito fornecido pela

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    instituio, na parte que v alm do percurso usual entre a residncia do trabalhador e o seu local habitual de tra-balho;

    b) Ao fornecimento ou pagamento das refeies, con-soante as horas ocupadas, podendo a instituio exigir documento comprovativo da despesa efectuada para efeitos de reembolso;

    c) Ao pagamento da retribuio equivalente ao perodo que decorrer entre a sada e o regresso residncia, dedu-zido do tempo habitualmente gasto nas viagens de ida e regresso do local de trabalho.

    2 Os limites mximos do montante do reembolso previsto na alnea b) do nmero anterior sero previa-mente acordados entre os trabalhadores e a instituio, observando -se critrios de razoabilidade.

    Clusula 23.Deslocaes sem regresso dirio residncia

    O trabalhador deslocado sem regresso dirio residncia tem direito:

    a) Ao pagamento ou fornecimento integral da alimen-tao e do alojamento;

    b) Ao transporte gratuito ou reembolso das despesas de transporte realizadas, nos termos previamente acordados com a instituio;

    c) Ao pagamento de um subsdio correspondente a 20 % da retribuio diria.

    Clusula 24.Mobilidade geogrfica

    1 A instituio pode, quando o seu interesse assim o exija, proceder mudana definitiva do local de tra-balho, desde que tal no implique prejuzo srio para o trabalhador.

    2 A instituio pode ainda transferir o trabalhador para outro local de trabalho se a alterao resultar da mu-dana, total ou parcial, do estabelecimento onde aquele presta servio.

    3 No caso previsto no nmero anterior, o trabalha-dor pode resolver o contrato com justa causa se houver prejuzo srio, tendo nesse caso direito indemnizao legalmente prevista.

    4 A instituio custear as despesas do trabalhador im-postas pela transferncia decorrentes do acrscimo dos custos de deslocao e resultantes da mudana de residncia.

    5 A transferncia do trabalhador entre os servios ou equipamentos da mesma instituio no afecta a respec-tiva antiguidade, contando para todos os efeitos a data de admisso na mesma.

    6 Em caso de transferncia temporria, a respectiva ordem, alm da justificao, deve conter o tempo previs-vel da alterao, que, salvo condies especiais, no pode exceder seis meses.

    Clusula 25.Comisso de servio

    1 Podem ser exercidos em comisso de servio os cargos de administrao ou equivalentes, de direco tc-

    nica ou de coordenao de equipamentos, bem como as funes de secretariado pessoal relativamente aos titulares desses cargos e ainda as funes de chefia ou outras cuja natureza pressuponha especial relao de confiana com a instituio.

    2 Gozam de preferncia para o exerccio dos cargos e funes previstos no nmero anterior os trabalhadores j ao servio da instituio, vinculados por contrato de trabalho por tempo indeterminado ou por contrato de trabalho a termo, com antiguidade mnima de trs meses.

    3 So directamente aplicveis, ao exerccio da ac-tividade em comisso de servio, as normas legais em vigor relativas s formalidades, cessao e efeitos da cessao da comisso de servio, bem como contagem de tempo de servio.

    CAPTULO V

    Durao do trabalho

    Clusula 26.Perodo normal de trabalho

    1 Os limites mximos dos perodos normais de traba-lho dos trabalhadores abrangidos pela presente conveno so os seguintes:

    a) Trinta e cinco horas para mdicos, psiclogos e socilogos, trabalhadores com funes tcnicas, enfer-meiros, trabalhadores de reabilitao e emprego protegido e de diagnstico e teraputica, bem como para os assis-tentes sociais, educadores sociais e tcnicos de animao sociocultural;

    b) Trinta e seis horas para os restantes trabalhadores sociais;

    c) Trinta e oito horas para trabalhadores adminis-trativos, trabalhadores de apoio, auxiliares de educao e prefeitos;

    d) Quarenta horas para os restantes trabalhadores.

    2 O limite mximo do horrio de trabalho dos aju-dantes de aco directa de trinta e sete horas.

    3 So salvaguardados os perodos normais de traba-lho com menor durao praticados data da entrada em vigor da presente conveno.

    Clusula 27.Fixao do horrio de trabalho

    1 Compete s entidades patronais estabelecer os ho-rrios de trabalho, dentro dos condicionalismos da lei e do presente contrato.

    2 Na elaborao dos horrios de trabalho devem ser ponderadas as preferncias manifestadas pelos traba-lhadores.

    3 Sempre que tal considerem adequado ao respectivo funcionamento, as instituies devero desenvolver os horrios de trabalho em cinco dias semanais, entre segunda--feira e sexta -feira.

    4 As instituies ficam obrigadas a elaborar e a afi-xar anualmente, em local acessvel, o mapa de horrio de trabalho.

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    5 A prestao de trabalho deve ser realizada nos termos previstos nos mapas de horrio de trabalho.

    6 O perodo normal de trabalho pode ser definido em termos mdios, tendo como referncia perodos de quatro meses.

    7 O perodo normal de trabalho dirio pode ser au-mentado at ao limite mximo de duas horas, sem que a durao semanal exceda cinquenta horas, s no contando para este limite o trabalho suplementar prestado por motivo de fora maior, salvo nas seguintes situaes:

    a) Pessoal operacional de vigilncia, transporte e trata-mento de sistemas electrnicos de segurana, designada-mente quando se trate de guardas ou porteiros;

    b) Pessoal cujo trabalho seja acentuadamente intermi-tente ou de simples presena;

    c) Pessoal que preste servio em actividades em que se mostre absolutamente incomportvel a sujeio do seu perodo de trabalho a esses limites.

    8 As comisses de trabalhadores ou os delegados sindicais devem ser consultados previamente sobre orga-nizao e definio dos mapas de horrio de trabalho.

    9 Nas situaes de cessao do contrato de trabalho no decurso do perodo de referncia, o trabalhador ser compensado no montante correspondente diferena de remunerao entre as horas que tenha efectivamente traba-lhado naquele mesmo perodo e aquelas que teria praticado caso o seu perodo normal de trabalho no tivesse sido definido em termos mdios.

    Clusula 28.Perodo normal de trabalho dos trabalhadores

    com funes pedaggicas

    1 Para os trabalhadores com funes pedaggicas o perodo normal de trabalho semanal o seguinte:

    a) Educador de Infncia trinta e cinco horas, sendo trinta horas destinadas a trabalho directo com as crianas e as restantes a outras actividades, incluindo estas, de-signadamente, a preparao daquele trabalho e, ainda, o acompanhamento e a avaliao individual das crianas, bem como o atendimento das famlias;

    b) Professor do 1. ciclo do ensino bsico vinte e cinco horas lectivas semanais e trs horas para coorde-nao;

    c) Professor dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico vinte e duas horas lectivas semanais, mais quatro horas mensais destinadas a reunies;

    d) Professor do ensino secundrio vinte horas lec-tivas semanais mais quatro horas mensais destinadas a reunies;

    e) Professor do ensino especial vinte e duas horas lectivas semanais, acrescidas de trs horas semanais ex-clusivamente destinadas preparao de aulas.

    2 Para alm dos tempos referidos no nmero anterior, o perodo normal de trabalho dos trabalhadores com fun-es pedaggicas inclui, ainda, as reunies de avaliao, uma reunio trimestral com encarregados de educao e, salvo no que diz respeito aos educadores de infncia, o servio de exames.

    Clusula 29.Particularidades do regime de organizao do trabalho