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Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 3ID: 72131744 09-11-2017
MAFIA NA FORÇA AÉREA
MESSE MILITARES
A DIVISÃO DO DINHEIROPARTE
EMPRESÁRIOS PART
E
BA5 1.-) OÍS.:7;,i7< 146 101,23 £ 40 982,54 e 50 088,82 € Ota i84S, 198563,96£
BA1 23-"i,20 164 890,90 £ 31 875,48 BA4 78 050,10 €: 69 976,59 £ 8073,52 £ BA6 249 2±,:,5,30 € 200 033,23 £ 49 222,05 £ BAli 332 468,37 C 232 724,66 99 74.5,61 £ AT1 61934,31 C 48 489,01 13 464,98 £ Lumiar 120 783,34 C 93 184,05 £ 31 327,89 £ Alfragide 751830,42 C 702 368,19 £ 50 357,41£ Monsanto 270 022,89 C 202 098,77 £ 71 523,11£ Aiverca 50 380,00 C 44 616,36 £ 5764,04 £ Campo de Tiro 70 537,92 6 62 593,73 £ 8652,58 £ TOTAL 2 552 436,55 C 2 167 620,68 £ 470 078,03
HIERARQUIA DO ESQUEMA DAT
DIREÇÃO DE ABASTECIMENTO General
Carvalho E TRANSPORTES
Coronéis Lima e Fernandes
Capitães Dias e Oliveira
Oficiais da messe ou sargento mais graduado
Demais elementos da messe
CRIMES1 PROIBIÇÃO DE FUNÇÔES
o s 40 militares estão acusados de cor-rupção passiva agravada, falsificação
de documento, falsidade informática e asso-ciação criminosa. O Ministério Público quer que, caso venham a ser condenados, sejam ainda sujeitos a proibição do exercício de funções em instituições públicas.
ACUSAÇÃO O Milhais de Carvalho recebia cerca de 1500 euros por mês dos graduados das messes ESQUEMA O Chegou a ser ele a recolher em mãos o dinheiro ao suspeitar estar a ser investigado
General
cobra luvas em doze messes
Mil3i O
S Rf RV
AOOS
SÉRGIO A. VITORINO/ /HENRIQUE MACHADO
Raul Milhais de Carvalho, o major-general que che-fiava a Direção de Abas-
tecimento e Transportes (DAT) do Estado-Maior da Força Aé-rea, era a cabeça do polvo de corrupção instalado em doze messes daquele ramo, diz o Mi-nistério Público. No despacho de acusação, a que o CM teve acesso, é descrito como o oficial general, em prisão preventiva desde julho, recebia 1500 euros por mês de luvas na compra de bens alimentares, e que chegou a ir recolher em mãos o dinhei-ro de forma a eliminar interme-diários numa fase em que já sus-peitava estar sob investigação.
Estão acusados- 40 militares e 46 empresários e empresas, pelo desvio de 2,5 milhões de euros "pelo menos desde 2011".
O general contava com o apoio dos coronéis Lima e Fernandes, que tinham como "homens de mão" os capitães Dias e Olivei-ra, todos do topo da DAT, em Alfragide. Estes transmitiam as
ordens para as messes: tinham de entregar 150 a 1500 € / mês aos chefes da rede. "Impuseram um esquema criminoso" - que passava pela sobrefaturação das compras de alimentos (ver peça
O Major-ge-neral Milhais de Carvalho foI a mais alta pa-tente detida na operação Zeus da PJ O Colo-cado no Estado-Maior em Alfragi-de, deveria con-trolar as com-pras das messes
secundária) e "usaram a sua au-toridade dentro da hierarquia militar" para o impor, acusa o DIAP de Lisboa, depois da in-vestigação da Unidade de Com-bate à Corrupção da Judiciária.
O general e os dois coronéis são indiciados como "chefes" da rede. Eram avisados os gra-duados das messes: se dessem a `mensalidade' não havia con-trolo de faturação e stock. Estes conseguiam o dinheiro em "re-gularizações de stock", que o coronel Fernandes e depois o general autorizavam sem con-trolo. Entre janeiro de 2012 e se-tembro de 2016, os elementos de topo da DAT receberam pelo menos 353 mil euros: 1/3 era para o general; 1/3 para o coro-
CHEFIAVA A DIREÇÃO E VALIA-SE DE OFICIAIS PARA CONTROLAR REDE
_'1.!kikH14 O DINHEIRO COM CORONÉIS E CAPITÃES SEUS SUBALTERNOS
nel Fernandes; 1/ 6 para o coro-nel Lima; e 1 / 6 para o capitão Oliveira - e antes deste para o capitão Dias. Nos casos de Al-fragide, Alcochete e Monsanto, as notas iam "diretamente" ao general Milhais de Carvalho, que depois as distribuía em três partes entre ele e os coronéis. • NOTÍCIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL
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Em Monte Real, os responsáveis da base recebiam caixas de camarão
Ordenado de 3724 euros O general Milhais de Carvalho -que recebia de ordenado bruto 3724 £/mês, mais benesses -deu, segundo a acusação, mil euros ao tenente-coronel Luís Reis para o "iniciar no esquema e assegurar o seu silêncio".
Medidas de coação O Ministério Público pede que se mantenham as medidas de coação aos arguidos (ver ao lado), sustentando que "conti-nuam a subsistir os perigos".
Podem condicionar Entre outros, há "perigo para a conservação e veracidade da prova pela capacidade de condicionamento no seio mili-
4ar, assim como receio de conti- nuação da atividade criminosa".
Proibidos de ira bases Três empresários estão proibi-dos de "aceder a instituições militares e de contactar por qualquer meio com militares".
Empresários e empresas Os 46 empresários e empresas estão indiciados por corrupção ativa, falsificação de documen-to e associação criminosa.
MILITARES ACUSADOS PP Prisão preventiva C7:k3 Pulsara eletrónica
[111 Liberdade 'na reserva
DIREÇAO DE ABASTECIMENTO
E TRANSPORTES (DAT)
Raul de Carvalho major-general`
Jorge Lima coronel Alcides Fernandes coronel*
Luís Reis tenente-coronel
Luís Oliveira capitão 114 BASE AÉREA 9 (MONTE REAL)
Rogério Martinho major Usl António Gouveia sargento
Jorge Gonçalves sargento-ajudante
António S. Paulo sargento-ajudante
Virgílio Ribelrete tenente-coronel IV BASE AÉREA DA OTA
António Pinto capitão
Orlando Pinheiro major
António Mateus sargento
António Rego sargento
José Alves sargento Paulo Sousa major Rui Oliveira tenente-coronel
BASE AÉREA 1, SINTRA
Carlos Dias capitão
Joaquim Pinela sargento-ajudante"
José Prata sargento César Sanches sargento
BASE AÉREA 4, AÇORES
Manuel Nunes capitão
BASE AÉREA 6, MONTIJO
Bruno Prazeres capitão
José Costa major
Jegues Tiago tenente-coronel
BASE AÉREA 11, BEJA
Nuno Neves capitão
AERODR. TRÂNSITO 1, FIGO MADURO
Rui Dias sargento-ajudante
Francisco Garcia sargento
AERÓDROMO DE MANOBRA 1, OVAR
João Mesquita capitão LV
HOSP. FORÇAS ARMADAS, LISBOA
PP EU PP
PP
PP
António Calado major
Liga Ferreira sargento
Carlos Vicente sargento
COMPLEXO DE ALVERCA
José Barbacena sargento-ajudante"
MESSE DE ALFRAGIDE
António Botão major
José Coelho sargento
BASE MONSANTO, LISBOA
Rui Coroa tenente-coronel Victor Lourenço sargento
Sérgio Bravo sargento
CAMPO DE TIRO ALCOCHETE
Paulo Pequito sargento-mor
António Polido sargento
1 PP
PP De PP PP IR
IR
PP
IR
PP
1 PP Investigação da PJ
e duas operações I Mal o caso foi denuncia-
do avançou uma complexa mas rápida investigação da Unidade de Combate à Corrupção da Judiciária, articulada com o DIAP de Lisboa, com duas opera-ções e dezenas de presos, uma no final de 2016 e ou-tra já em julho deste ano. •
Almeida Rodrigues, diretor da PJ, e Marques Vidal, PGR
Beja é uma das 12 bases afetadas
Suspeitas em Beja desde 2009 EI Desde 2009 que havia indícios de sobrefaturação na messe de Beja. Um pro-cesso disciplinar foi minimi-zado pelo coronel Lima, nomeado instrutor do caso. O "fundo secreto" acabou arquivado sem punições. •
PASSAGEM DE ESQUEMA ENTRE OS DOIS CAPITÃES 13 O capitão Luís Oliveira era chefe da Secção de Subsistên-cias da DAT desde 2012, ten-do substituído o capitão Dias - que lhe transmitiu todos os conhecimentos do esquema, diz o Ministério Público. •
_ Luís Oliveira está preso em casa
FORTUNA 1 ESTADO QUER OS 570 MIL EUROS
n Ministério Público quer que sejam decla-
radosU perdidos a favor do Estado os 570 mil euros em dinheiro vivo e certificados de aforro apreendidos aos arguidos durante as buscas. São "produto do crime". Os acusa-dos devem também devolver ao Estado os 2 552 436,55E que desviaram no esquema.
CHEFES I PENAS AGRAVADAS
PARA O GENERAL CARVALHO
E OS CORONÉIS LIMA E
FERNANDES, O MINISTÉRIO
PÚBLICO PEDE AGRAVAMENTO
DA PENA POR CHEFIAREM
O ESQUEMA CORRUPTO.
INVESTIGAÇÃO ImAGENTE ENCOBERTO"
Polícia Judiciária utilizou um "agente enco-P111 berto" na investigação. Isso mesmo vem re-velado no despacho de acusação do Ministério Pú-blico, dando conta de que o mesmo produziu "prova testemunhal" e, caso venha a ser chamado a depor em julgamento, deverá.ser notificado através da PJ e a sua identidade ocultada e a voz distorcida.
Guarda em casa 41750 € em certificados de aforro
PORMENORES
APLICAÇÕES O Verba foi apreendida pela PJ. Sobrefaturação era a forma de financiar o esquema corrupto 13 Quando foi apanhado, a 4 de julho, o major-general Milhais de Carvalho tinha em casa 41750,69 C em oito certificados de aforro movimentados por si. O capitão Oliveira tinha 48 500 € também em aplicações de certificados de aforro "resul-tantes do dinheiro entregue pe - los empresários como compen-
ALMOÇO COM MARCELO
USADO PELO CHEFE DA MESSE DE MONTE REAL
sação pela sobrefaturação" das compras de alimentação.
Essa sobrefaturação era a for-ma de os graduados nas messes conseguirem o dinheiro exigido pela DAT. Aliciaram as empre-sas fornecedoras de bens ali-mentares para que faturassem
tos foi um almoço na Base Aérea 5 (Monte Real) com o Presiden-
te da República, Marcelo Rebe-lo de Sousa. O responsável des-sa messe, sargento-ajudante Jorge Gonçalves, pediu "emen-ta especial" para 56 pessoas, quando só estavam previstas 40. E recebeu faturas acima dos bens realmente entregues. •
mais do que realmente era en-
tregue. O dinheiro sobrante dava para todos: chefes na DAT; graduados e oficiais nas bases e messes; e empresários. Os res-ponsáveis das messes também enganavam com eventos orga-nizados ali, "dos quais retira-vam indevidamente quantias em numerário". Um dos even -
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ENERGIA SOLAR
CONTRATO ILEGAL DÁ 350 MILHÕES A EMPRESAS P.23
CRIME NO ALGARVE P.12
EX MANDA ATACAR MEIE' COM ÁCIDO Vitima antes de ficar desfigurada
QUINTA-FEIRA 09/11/20171D1ÁR101€1(C/IVA)
CORREIO www.cmjornal.pt da manhã DIRETOR: OCTAVIO RIBEIRO DIR, ADJ.: ARMANDO ESTEVES PEREIRA, CARLOS ROORISUES E JOSE CARLOS CASTRO
()Comissão Liquidatária aponta dedo a banqueirosill CULPADOS NA FALÊNCIA DO BES
013 ex-administradores visados em buraco de 5,9 mil milhões P.10
SALGADO E MORAIS PIRES
MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA
EM ERAL COBRA LUVA DINHEIRO VIVO
CORRUPÇÃC NA FORÇA AÉREA RECOLHIA NOTAS EM 12 MESSES OFICIAL SUPERIOR suspeito de REDE de empresários e militares
liderar esquema com abastecimentos desvia 2,5 milhões P.4 E 5
REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA P.24 E 25
REALIDADE VIRTUAL
MUDA NEGÓCIO DO SEXO LESIONADO P.34
SPORTING TRÊS SEMANAS SEM ACUN A
DESTAQUE EM CONFERÊNCIA NA WEB SUMMIT
M FIA DA NOITE
JESSICA AMEAÇADA POR SEGURANÇAS
DO URBAN
P 42A45
BOMBA GREGA REVELA CASO COM CRISTIANO RQNALDQ
LEGIONELLA P.6 E 7
Família de vítima faz queixa na Justiça contra hospitais
SAÚDE P.19
Greve dos médicos cancela consultas e cirurgias
ENTREVISTA P.26
RIO CRITICA ALMOÇO DE MARCELO E SANTANA
INVESTIGAÇÃO P.32
PJ OUVE FERNANDO GOMES
SOBRE VENDA DE LUCHO GONZÁLEZ
Presidente da FPF foi gestor dos dragões
SEIS MESES P.33
MACACO' CASTIGADO POR CÂNTICO CONTRA O BENFICA
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