Código de defesa e direitos do consumidor

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Edio Comemorativaaos 20 Anos do PROCON-PRAcompanhado de Legislao Estadualdo ConsumidorLei n 8.078, de 11 de setembro de 1990Cdigo deDefesaPARANGOVERNO DO ESTADO0800 41-1512Rua Presidente Faria, 431Centro - Curitiba - PR1do ConsumidorLei n 8.078, de 11 de setembro de 1990Cdigo deDefesaACOMPANHADO DE IEGISLAO STADUAL2GOVERNO DO ESTADO DO PARANCARLOS ALBERTO RICHASECRETARIA DA JUSTIA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOSMARIA TEREZA UILLE GOMESPROCON-PR - COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDORCLAUDIA FRANCISCA SILVANO PESQUISA, ELABORAO, TEXTO E REVISO:DIVISO DE ESTUDOS E PESQUISA - DEPBLIMA RAJZLA LORBERMARCIA IZABEL GODOY MARKSMARIA DO BELM VIRMOND RAUENDAIANE MARIA CERVINSKIPROJETO GRFICO:HECTOR SLOMP3LEGISLAO FEDERALLEI FEDERAL N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias.................................................16DECRETO FEDERAL N 2.181, DE 20 DE MARO DE 1997 Dispe sobre a organizao do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC, estabelece as nor-mas gerais de aplicao das sanes administrativas revistas na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga o Decreto n. 861, de 9 julho de 1993,e d outras providncias.............................40LEGISLAO ESTADUALALIMENTOSLEI N 15.952, DE 24 DE SETEMBRO DE 2008Obriga os restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques, ambulantes e similares a utilizarem guardana-pos e canudos de plstico individualmente e hermeticamente embalados em todo o Estado do Paran ...........................................................................................................................................58LEI N 16.085, DE 17 DE ABRIL DE 2009Dispe que os estabelecimentos que especifca, que funcionam dentro das escolas da rede particular de ensino, fcam obrigados a divulgarem informaes que menciona, referentes presena e discrimina-o de quantidades em suas tabelas nutricionais dos alimentos comercializados.............................58LEI N 16.496, DE 12 DE MAIO DE 2010 Dispe que os estabelecimentos que especifca devero acomodar, para exibio em espao nico, es-pecfco e de destaque, produtos alimentcios recomendados para pessoas com diabetes, intolerantes lactose e com doena celaca...................................................................................................59ANTIFUMOLEI N 16.239, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009Estabelece normas de proteo sade e de responsabilidade por dano ao consumidor, nos termos dos incisos V, VIII e XIIdo artigo 24, da Constituio Federal, para criao de ambientes de uso coletivo livres de produtos fumgenos, conforme especifca e adota outras providncias..............................60DECRETO N 6.352, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2010Institui a Poltica Estadual para o Controle do Tabaco e regulamenta a Lei n 16.239, de 2009, que trata da proibio do uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer produto derivado do taba-co que produza fumaa, em recinto coletivo, privado ou pblico e d providncias correlatas ..........62BLOQUEIO DO RECEBIMENTO DE LIGAES DE TELEMARKETINGLEI N 16.135, DE 24 DE JUNHO DE 2009 Institui, no mbito do Estado Paran, o Cadastro Para o Bloqueio do Recebimento de Ligaes de Tele-NDICE4marketing, conforme especifca...............................................................................................67PORTARIA N 01, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 Dispe sobre a regulamentao do Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Ligaes de Telemarke-ting, institudo pela Lei n 16.135, de 24 de junho de 2009.........................................................68CARTO DE CRDITOLEI N 16.487, DE 12 DE MAIO DE 2010 Dispe que as administradoras de cartes de crdito que atuam no Estado fcam obrigadas a incluir os dados que especifca, de forma destacada, na correspondncia enviada aos consumidores e na sua p-gina na Internet ...................................................................................................................71COMBUSTVEISLEI N 11.540, DE 27 DE SETEMBRO DE 1996Dispe sobre a fxao, em locais visveis nos postos de gasolina, dos preos dos combustveis cobrados pelo estabelecimento e adota outras providncias .....................................................................71LEI N 12.420, DE 13 DE JANEIRO DE 1999 Assegura ao consumidor o direito de obter informaes sobre natureza, procedncia e qualidade dos produtos combustveis comercializados nos postos revendedores situados no Estado do Paran.......72 Ver tambm: Lei n 16.756, de 29 de Dezembro de 2010 (Preos).............................................110FARMCIAS E DROGARIAS LEI N 16.322, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2009 Dispe que de responsabilidade das indstrias farmacuticas, das empresas de distribuio de medi-camentos e das farmcias, drogarias e drugstores, darem destinao fnal e adequada aos produtos que estejam com prazos de validade vencidos ou fora de condies de uso.........................................73LEI N 16.086, DE 17 DE ABRIL DE 2009 Dispe que os responsveis pelas farmcias e drogarias estabelecidas no Estado devero afxar placa, em local visvel ao pblico, contendo nome e nmero de inscrio no Conselho Regional de Farmcia - CRF, do tcnico (farmacutico) responsvel, bem como o seu horrio de trabalho..........................75Ver tambm: Lei n 16.638, de 25 de Novembro de 2010 (Medicamentos Genricos em Braile)......105FUNDO ESTADUAL DE DEFESA DO CONSUMIDORLEI N 14.975, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2005 Cria o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor FECON, conforme especifca e adota outras providn-cias.....................................................................................................................................76NDICE5DECRETO N 1.308, DE 15 DE AGOSTO DE 2007 Aprovado o Regulamento do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor - FECON, Secretaria de Estado da Fazenda - SEFA.................................................................................................................78FILA EM BANCOS E SUPERMERCADOSLEI N 13.400, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2001 Dispe que as instituies bancrias e outras especifcadas, devero providenciar medidas para efetivar, em tempo razovel, atendimento a seus usurios......................................................................83HABITAOLEI N 12.978, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2000 Dispe sobre o no comprometimento de mais de 20% da renda do muturio em novos contratos habi-tacionais, atravs da Companhia de Habitao do Paran COHAPAR e das COHABs, conforme especif-ca........................................................................................................................................84IDOSOLEI N 13.424, DE 07 DE JANEIRO DE 2002Garante o processamento preferencial aos procedimentos administrativos que tramitam junto a qual-quer dos Poderes do Estado, nos quais fgure como parte pessoa idosa. ........................................85LEI N 13.455, DE 11 DE JANEIRO DE 2002 Dispe sobre iseno do pagamento de taxa para confeco de segunda via de documentos de pessoas idosas, que tenham sido roubados ou furtados..........................................................................85LEI N 14.193, DE 05 DE NOVEMBRO DE 2003Dispe sobre atendimento prioritrio s pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, conforme especi-fca......................................................................................................................................86LEI N 15.138, DE 31 DE MAIO DE 2006 Assegura prioridade na tramitao dos processos e procedimentos administrativos e na execuo dos atos e diligencias em que fgure pessoa com idade igual ou superior a 60 anos..............................86LEI N 16.402, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2010 Dispequeosestabelecimentosquepromovemeventosculturais,artsticos,esportivosedelazer, pblicos e privados, no mbito do Estado, fcam obrigados a afxar placa em local visvel e prximo das bilheterias informando o direito do idoso, conforme especifca.....................................................87Ver tambm: Lei n 14.043, de 28 de Abril de 2003 (Meia Entrada).............................................89 Lei n 16.048, de 19 de Fevereiro de 2009 (Fornecimento de Cadeiras de Rodas)......103NDICE6MEIA ENTRADALEI N 11.182, DE 23 DE OUTUBRO DE 1995 Assegura o pagamento de metade do valor efetivamente cobrado para ingresso em casas de diverses, espetculos, praas esportivas e similares, aos estudantes regularmente matriculados em estabeleci-mentos de ensino, conforme especifca.....................................................................................87LEI N 13.964, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002 Concede desconto de 50% (cinqenta por cento) em Eventos Culturais Artsticos para doadores de san- gue......................................................................................................................................88LEI N 14.043, DE 28 DE ABRIL DE 2003 Institui meia-entrada para idosos em locais que menciona e d outras providncias.......................89LEI N 15.876, DE 07 DE JULHO DE 2008Assegura, aos professores da rede de ensino pblico e particular de todo o territrio do Estado do Pa-ran que estejam exercendo suas funes, o pagamento de 50% do valor realmente cobrado para o ingresso em estabelecimentos e/ou casas de diverses, praas esportivas e similares, que promovam espetculos de lazer, entretenimento e difuso cultural, conforme especifca.................................89LEI N 16.675, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010 Institui a meia entrada para defcientes fsicos nos eventos teatrais realizados em todos os locais pbli-cos de cultura, em casa de diverses, espetculos, praas esportivas e similares do Estado do Paran ...........................................................................................................................................90MEIO AMBIENTELEI N 10.182, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1992 Dispe sobre aplicao de selo-smbolo para reciclagem de materiais em produtos acondicionados em recipientes de vidro e outros conforme especifca.......................................................................90LEI N 15.851, DE 10 DE JUNHO DE 2008 Dispe que as empresas produtoras, distribuidoras e que comercializam equipamentos de informtica, instaladas no Estado do Paran, fcam obrigadas a criar e manter o Programa de Recolhimento, Recicla-gem ou Destruio de Equipamentos de Informtica, sem causar poluio ambiental, conforme especif-ca........................................................................................................................................91LEI N 16.075, DE 01 DE ABRIL DE 2009Probe o descarte de pilhas, lmpadas fuorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham mercrio metlico em lixo domstico ou comercial, conforme especifca e adota outras provi-dncias................................................................................................................................92NDICE7OUTROS ASSUNTOSLEI N 15.614, DE 04 DE SETEMBRO DE 2007Dispe sobre a incluso do endereo www.pr.gov.br/proconpr - 0800-41-1512 - Rua Alameda Cabral, 184 Centro, Curitiba/PR CEP 80410-210 Fax: (41) 3219-7400, nos documentos fscais emitidos pelos estabelecimentos comerciais no Estado do Paran ............................................................93LEI N 15.967, DE08 DE OUTUBRO DE 2008Obriga o Servio de Proteo ao Crdito - SPC, a Centralizao de Banco S/A - SERASA e quaisquer ou-tros rgos de bancos de dados, a retirar o nome do cidado da relao de cadastro negativo, no prazo mximo de 48 horas, aps a confrmao do pagamento do dbito...............................................93LEI N 16.136, DE 24 DE JUNHO DE 2009Dispe que os estabelecimentos comerciais situados no Estado mantero, conforme especifca exemplar do Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor, Lei n 8.078/1990, disponvel para consulta..........94LEI N 16.671, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe que as empresas que especifca tm responsabilidade direta e objetiva por descumprimento con-tratual, prtica abusiva e qualquer dano causado ao consumidor..................................................94PORTADORES DE DEFICINCIALEI N 11.911, DE 01 DE DEZEMBRO DE 1997 Assegura, conforme especifca, transporte gratuito em linhas de transporte intermunicipal, aos portado-res de defcincia, quando estiverem se submetendo a processo de reabilitao e/ ou de capacitao pro-fssional...............................................................................................................................96LEI N 13.409, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2001 Dispe que as agncias e os postos bancrios estabelecidos no Estado fcam obrigados a emitir docu-mentos em braile e a instalar equipamentos de informtica adequados ao atendimento dos portadores de defcincia visual...............................................................................................................99LEI N 13.450, DE 11 DE JANEIRO DE 2002 Dispe que os defcientes visuais acompanhados por ces guias, especialmente treinados para este fm, tm direito ao acesso e permanncia em qualquer local aberto ao pblico, conforme especifca........99LEI N 14.271, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2003Dispe sobre fornecimento de cadeira de rodas para defcientes fsicos e idosos, nos estabelecimentos que especifca.....................................................................................................................100LEI N 15.427, DE 15 DE JANEIRO DE 2007 Fica obrigatrio para as empresas de energia eltrica, gua e esgoto, telefone fxo e telefonia celular a utilizao de informaes bsicas no sistema braile conforme especifca......................................100NDICE8LEI N 15.430, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Obrigatoriedade das embalagens de produtos industrializados terem inscrio em Braile...............101LEI N 15.432, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Dispe sobre a obrigatoriedade do cardpio em linguagem braille em hotis, restaurantes e similares ............................................................................................................................................102LEI N 15.441, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Torna obrigatria, no mbito do Estado do Paran, a disponibilidade de cadeiras de rodas para defcien-tes fsicos e idosos nas agncias bancarias..............................................................................102LEI N 16.005, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2008Dispe sobre a obrigatoriedade de empresas que mantm guichs em terminais rodovirios e aeropor-tos, bem como os estabelecimentos bancrios de disponibilizarem cadeira de rodas e d outras providn-cias...................................................................................................................................103LEI N 16.048, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2009Obriga o fornecimento de cadeiras de rodas para defcientes fsicos e idosos, pelos centros comerciais, shopping-centers ou estabelecimentos similares, em todo Estado do Paran, conforme especifca...103LEI N 16.087, DE 23 DE ABRIL DE 2009Dispe sobre adequao dos guichs de atendimento no Estado do Paran s pessoas portadoras de defcincia que utilizem cadeiras de roda.................................................................................104LEI N 16.629, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2010Torna obrigatrio caixa eletrnico em braille e udio para defcientes visuais em todas as agncias ban-crias do Estado do Paran...................................................................................................105LEI N 16.638, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2010Obriga as farmcias e drogarias situadas no Estado do Paran a manter disposio do pblico, para consulta, lista de medicamentos genricos, em braile...............................................................105DECRETO N 4.742, DE 15 DE MAIO DE 2009Regulamenta a Lei n 11.911/97, com as alteraes das Leis n 13.120/2001 e n 15.051/2006, que assegura transporte gratuito nas linhas comuns do transporte intermunicipal de passageiros aos porta-dores de defcincia comprovadamente carentes......................................................................106Ver tambm: Lei n 16.675, de 20 de Dezembro de 2010 (Meia Entrada)......................................90PREOSLEI N 16.721, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe que direito de o consumidor saber, antes, durante a negociao e depois da compra, o valor dos impostos embutidos no preo do produto ou do servio, conforme especifca..........................108NDICE9LEI N 16.723, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe que os estabelecimentos que especifca, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem interveno do comerciante, fcam obrigados a expor o preo por unidade de medida...................109LEI N 16.756, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe que os proprietrios de postos de combustvel fcam obrigados a afxar, nesses estabelecimentos, cartaz informando aos consumidores a diferena entre os preos da gasolina e do lcool (etanol)...110LEI N 16.785, DE 11 DE JANEIRO DE 2011 Dispe sobre a cobrana proporcional ao tempo efetivamente utilizado pelos servios de estacionamen-to de veculos em estabelecimentos destinados ao aluguel de vagas...........................................110SADELEI N 12.970, DE 25 DE OUTUBRO DE 2000Probe a exigncia de depsito prvio para possibilitar internao hospitalar, de doente em situao de emergncia, que resulte em estado de sofrimento intenso e/ou risco de vida ao paciente..............111LEI N 13.556, DE 14 DE MAIO DE 2002Dispe sobre obrigatoriedade de expedio de receitas mdicas e odontolgicas digitadas em computa-dor, datilografadas ou escritas manualmente em letra de imprensa............................................111LEI N 14.254, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2003Prestao de servio e aes de sade de qualquer natureza aos usurios do Sistema nico de Sade SUS e d outras providncias................................................................................................112LEI N 14.427, DE 07 DE JUNHO DE 2004 Obriga, conforme especifca, sejam mantidos aparelhos desfribiladores em eventos de grande concen-trao de pessoas................................................................................................................116LEI N 14.523, DE 26 DE OUTUBRO DE 2004Determina o direito da gestante, atendida pelo Sistema nico de Sade, no Paran, a exames de detec-o do HIV e/ou parto e d outras providncias.......................................................................117LEI N 14.588, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004Dispe que as maternidades e os estabelecimentos hospitalares pblicos e privados do Estado do Pa-ran fcam obrigados a realizar, gratuitamente, o exame de Emisses Otoacsticas Evocadas (Teste da Orelhinha) para o diagnstico precoce de surdez nos bebs nascidos nestes estabelecimentos.......117LEI N 14.922, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2005Permite a presena de acompanhantes nas dependncias das enfermarias e das unidades de terapia intensiva (UTI) dos hospitais, conforme especifca....................................................................119LEI N 15.442, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Dispe sobre a proteo da sade dos consumidores nos estabelecimentos comerciais que ofertam a lo-NDICE10cao e respectivo acesso a jogos de computador em rede local, conhecidos como Lan House local de rea network, e seus correlatos, e d outras providncias.........................................................119LEI N 15.458, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Dispe sobre a fxao de orientao sobre o DPVAT (Seguro Obrigatrio de Danos causados por vecu-los automotores de vias terrestres) em estabelecimentos de servio de sade pblica ou privada e servi-os funerrios e d outras providencias..................................................................................121LEI N 16.107, DE 18 DE MAIO DE 2009Prev a entrega voluntria, por pessoas fsicas ou jurdicas, de medicamentos fora do prazo de validade, conforme especifca..............................................................................................................121LEI N 16.724, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010Obriga a colocao de cartazes Smula: vista da populao nas dependncias dos hospitais, maternida-des e postos de sade da rede ofcial, particular e conveniados, informando que direito do pai, me ou responsvel legal permanecer com seus flhos em caso de internao, conforme especifca............122SERVIOSLEI N 14.164, DE 29 DE OUTUBRO DE 2003Dispe sobre servios funerrios, conforme especifca...............................................................122LEI N 15.627, DE 18 DE SETEMBRO DE 2007Dispe que os prestadores de servios continuados fcam obrigados a assegurar aos consumidores a faculdade de solicitar o cancelamento do servio pelos mesmos meios com os quais foi solicitada a aqui-sio, conforme especifca.....................................................................................................123LEI N 15.852, DE 10 DE JUNHO DE 2008Probe a cobrana prvia de taxa para cadastramento de curriculum vitae em agncias de empregos, inclusive as virtuais, no mbito do Estado, conforme especifca..................................................123LEI N 15.979, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2008Dispe que os fornecedores de servios de qualquer natureza, no mbito do Estado do Paran, fcam obrigados a disponibilizarem nas faturas ou boletos mensais de cobrana, o endereo completo de suas instalaes comerciais, conforme especifca.............................................................................124LEI N 16.088,DE 23 DE ABRIL DE 2009Dispe sobre a divulgao da advertncia Se beber, no dirija em cardpios e panfetos de propagan-da de bares, restaurantes e casas de evento...........................................................................125LEI N 16.400, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2010Dispe que, no mbito do Estado do Paran, as empresas prestadoras de servio de acesso internet via banda larga, fcam proibidas de exigir a contratao de provedor de contedo como condio ao acesso internet.................................................................................................................125NDICE11LEI N 16.486, DE 12 DE MAIO DE 2010Probe a venda a menores de 18 anos e a exposio pblica de Revistas, DVDs, CDs e cartazes em bancas, livrarias, locadoras de flmes por qualquer meio ou congneres, com contedo ertico ou porno-grfco...............................................................................................................................126LEI N 16.503, DE 19 DE MAIO DE 2010Probe no mbito do Estado do Paran a emisso de quaisquer comprovantes de operaes feitos em papis termossensveis.........................................................................................................126LEI N 16.649, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2010Determina que os hipermercados e supermercados estabelecidos no Estado do Paran, coloquem dis-posio do consumidor um empacotador para cada caixa e d providncia correlatas....................126LEI N 16.651 DE 08 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe sobre a proibio de cobrana de consumao mnima em bares, danceterias, restaurantes e casas noturnas no Estado do Paran e d outras providncias....................................................127LEI N 16.685, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2010Dispe que todas as empresas atuantes no Estado do Paran fcam obrigadas a encaminhar por escrito aos contratantes, contratos frmados, verbalmente, por meio de call center ou outras formas de vendas a distncia..........................................................................................................................127SERVIOS - BANCOSLEI N 14.430, DE 07 DE JUNHO DE 2004Veda aos estabelecimentos comerciais a exigncia de tempo mnimo de abertura de conta corrente para aceitao de cheques como forma de pagamento.....................................................................128LEI N 14.856, DE 19 DE OUTUBRO DE 2005Dispe que as agncias bancrias do Estado do Paran devem ter sanitrios em suas instalaes, con-forme especifca..................................................................................................................128LEI N 15.136, DE 31 DE MAIO DE 2006Obriga os estabelecimentos bancrios em que estejam em operaes equipamentos detectores de me-tais, a colocar avisos alertando as pessoas portadoras de marcapasso cardaco........................129LEI N 15.453, DE 15 DE JANEIRO DE 2007Dispe sobre a obrigatoriedade das instituies bancarias instalarem biombos, tapumes ou estruturas similares nos locais de atendimento ao pblico no Estado do Paran, como forma de preservar a segu-rana dos clientes destas instituies......................................................................................129NDICE12LEI N 16.392, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2010 Dispequeasinstituiesfnanceirasqueespecifca,manteroafxadosemseuinterior,placasou cartazes informando que a Lei Federal n 8.078/1990, em seu art. 52, 2, garante a quem efetuar a liquidao antecipada do dbito, total ou parcial, a reduo proporcional de juros e demais acrscimos .........................................................................................................................................130LEI N 16.752, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2010DispequeasinstituiesfnanceirasnombitodoEstadodoParandeveroinformaratodosos consumidores,anteriormenteaprestaodosserviostarifados,emcaixaseletrnicos,telefoneou internet, o valor da cobrana.................................................................................................130SERVIOS PBLICOSLEI N 10.238, DE 05 DE JANEIRO DE 1993Fica estabelecida a suspenso do pagamento de gua, esgoto e luz aos trabalhadores desempregados, nos termos desta lei.............................................................................................................131LEI N 13.051, DE 16 DE JANEIRO DE 2001Dispe sobre dados obrigatrios nas faturas telefnicas e adota outras providncias.....................132LEI N 13.755, DE 09 DE SETEMBRO DE 2002Veda a cobrana de tarifa mnima pelas concessionrias de servios pblicos no Estado do Paran..133LEI N 13.802, DE 20 DE SETEMBRO DE 2002Dispe sobre a proibio de cobrana de taxa pelos servios de religao dos servios pblicos de sane-amento e de energia eltrica, e d outras providncias.............................................................133LEI N 13.962, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2002Estabelece, para as concessionrias de abastecimento de gua, a obrigatoriedade de instalao de dis-positivo que elimine o ar na medio do consumo de gua, e d outras providncias....................133LEI N 14.040, DE 28 DE ABRIL DE 2003Probe que as empresas de concesso de servios pblicos de gua, luz e telefonia faam o corte do fornecimento residencial de seus servios por falta de pagamento de contas em dias especfcos e d outras providncias. .............................................................................................................134LEI N 14.471, DE 26 DE JULHO DE 2004Probe a SANEPAR de interromper a continuidade dos servios aos consumidores residenciais inadim-plentes, conforme especifca..................................................................................................134LEI N 15.008, DE 26 DE JANEIRO DE 2006Dispe sobre a proibio da interrupo no fornecimento de energia eltrica aos consumidores residen-ciais em inadimplncia no Estado do Paran nas datas que especifca e normatiza a suspenso nas se-guintes condies................................................................................................................135NDICE13LEI N 15.511, DE 31 DE MAIO DE 2007Obriga as empresas prestadoras de servio de telefonia fxa a discriminarem nas faturas de cobrana, os dados que especifca............................................................................................................135LEI N 15.850, DE 10 DE JUNHO DE 2008Probe o envio, aos usurios do servio de telefonia celular, de mensagens promocionais de texto ou de correio de voz, pelas operadoras de servio de telefonia celular no Estado do Paran, conforme especif-ca......................................................................................................................................136DECRETO N 953, DE 12 DE JUNHO DE 2007Regulamenta a Lei 13.962, de 20/12/2002, que autoriza a empresa concessionria do servio de abas-tecimento de gua no Estado do Paran, a instalar equipamento eliminador de ar........................136DECRETO N 5.099, DE 14 DE JULHO DE 2009Companhia de Saneamento do Paran SANEPAR, s poder instituir cobrana pela prestao de servios pblicos de abastecimento de gua, de saneamento e de resduos slidos, se efetivamente executar tais servios, fcando vedada a contratao de cobrana por servios prestados por terceiros...............138NDICE1415LEGISLAOFEDERAL16LEI N 8.078,DE 11 DE SETEMBRO DE 1990Dispe sobre a proteo do consumi-dor e d outras providncias.O Presidente da Repblica, fao saber que o congresso nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:TTULO IDOS DIREITOS DO CONSUMIDORCAPTULO IDISPOSIES GERAISArt. 1. O presente cdigo estabelece normasdeproteoedefesadocon-sumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5., inciso XXXII,170,incisoV,daConstituio Federaleart.48desuasDisposies Transitrias.Art. 2. Consumidor toda pessoa f-sicaoujurdicaqueadquireouutiliza produtoouserviocomodestinatrio fnal.Pargrafo nico. Equipara-se a con-sumidoracoletividadedepessoas, aindaqueindeterminveis,quehaja intervindo nas relaes de consumo.Art. 3. Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacio-nal ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,quedesenvolvem atividadedeproduo,montagem, criao,construo,transformao, importao,exportao,distribuio oucomercializaodeprodutosou prestao de servios.1.Produtoqualquerbem,mvel ou imvel, material ou imaterial. 2. Servio qualquer atividade for-necidanomercadodeconsumo,me-dianteremunerao,inclusiveasde naturezabancria,fnanceira,decr-dito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.CAPTULO IIDA POLTICA NACIONAL DE RELAES DE CONSUMOArt.4.APolticaNacionaldasRela-esdeConsumotemporobjetivoo atendimentodasnecessidadesdos consumidores,orespeitosuadigni-dade,sadeesegurana,aproteo de seus interesses econmicos, a me-lhoriadasuaqualidadedevida,bem como a transparncia e harmonia das relaes de consumo, atendidos os se-guintes princpios: (Nova redao dada pela Lei n 9.008, de 21/03/95).I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consu-mo;II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:a) por iniciativa direta;b) por incentivos criao e desenvol-vimentodeassociaesrepresentati-vas;c) pela presena do Estado no mercado de consumo;d) pela garantia dos produtos e servi-oscompadresadequadosdequa-lidade,segurana,durabilidadeede-sempenho.III - harmonizao dos interesses dos participantesdasrelaesdeconsu-mo e compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de de-senvolvimento econmico e tecnolgi-co,demodoaviabilizarosprincpios nos quais se funda a ordem econmi-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR17ca (art. 170, da Constituio Federal), semprecombasenaboa-feequil-brionasrelaesentreconsumidores e fornecedores;IV-educaoeinformao deforne-cedoreseconsumidores,quantoaos seusdireitosedeveres,comvistas melhoria do mercado de consumo;V-incentivocriaopelosfornece-doresdemeiosefcientesdecontrole de qualidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de confitos de consumo;VI - coibio e represso efcientes de todos os abusos praticados no mercado deconsumo,inclusiveaconcorrncia desleal e utilizao indevida de inven-tos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos con-sumidores;VII - racionalizao e melhoria dos ser-vios pblicos;VIII-estudoconstantedasmodifca-es do mercado de consumo.Art.5.ParaaexecuodaPoltica NacionaldasRelaesdeConsumo, contar o poder pblico com os seguin-tes instrumentos, entre outros:I - manuteno de assistncia jurdica, integralegratuitaparaoconsumidor carente;II - instituio de Promotorias de Justi-a de Defesa do Consumidor, no mbi-to do Ministrio Pblico;III-criaodedelegaciasdepolcia especializadas no atendimento de con-sumidores vtimas de infraes penais de consumo;IV-criaodeJuizadosEspeciaisde PequenasCausaseVarasEspecializa-dasparaasoluodelitgiosdecon-sumo;V-concessodeestmuloscriao e desenvolvimento das Associaes de Defesa do Consumidor. 1. (Vetado). 2. (Vetado).CAPTULO IIIDOS DIREITOS BSICOS DO CONSUMIDORArt.6.Sodireitosbsicosdocon-sumidor:I - a proteo da vida, sade e segu-rana contra os riscos provocados por prticasnofornecimentodeprodutos eserviosconsideradosperigososou nocivos;II-aeducaoedivulgaosobreo consumoadequadodosprodutose servios,asseguradasaliberdadede escolhaeaigualdadenascontrata-es;III - a informao adequada e clara so-bre os diferentes produtos e servios, com especifcao correta de quantida-de, caractersticas, composio, quali-dade e preo, bem como sobre os ris-cos que apresentem;IV-aproteocontraapublicidade enganosaeabusiva,mtodoscomer-ciais coercitivos ou desleais, bem como contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servios;V - a modifcao das clusulas contra-tuais que estabeleam prestaes des-proporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR18VI-aefetivaprevenoereparao de danos patrimoniais e morais, indivi-duais, coletivos e difusos;VII-oacessoaosrgosjudicirios e administrativos com vistas preven-ooureparaodedanospatrimo-niais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo Jurdi-ca, administrativa e tcnica aos neces-sitados;VIII-afacilitaodadefesadeseus direitos,inclusivecomainversodo nus da prova, a seu favor, no proces-so civil, quando, a critrio do juiz, for verossmilaalegaoouquandofor ele hipossufciente, segundo as regras ordinrias de experincias;IX - (Vetado);X - a adequada e efcaz prestao dos servios pblicos em geral.Art. 7. Os direitos previstos neste c-digonoexcluemoutrosdecorrentes de tratados ou convenes internacio-naisdequeoBrasilsejasignatrio, dalegislaointernaordinria,dere-gulamentos expedidos pelas autorida-des administrativas competentes, bem comodosquederivemdosprincpios gerais do direito, analogia, costumes e eqidade.Pargrafonico.Tendomaisdeum autor a ofensa, todos respondero so-lidariamente pela reparao dos danos previstos nas normas de consumo.CAPTULO IVDA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIOS, DA PREVENO E DA REPARAO DOS DANOSSEO IDA PROTEO SADE E SEGURANAArt. 8. Os produtos e servios coloca-dos no mercado de consumo no acar-retaro riscos sade ou segurana dos consumidores, exceto os considerados normaiseprevisveisemdecorrncia de sua natureza e fruio, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hip-tese, a dar as informaes necessrias e adequadas a seu respeito.Pargrafonico.Emsetratandode produtoindustrial,aofabricantecabe prestar as informaes a que se refe-reesteartigo,atravsdeimpressos apropriados que devam acompanhar o produto.Art.9.Ofornecedordeprodutose serviospotencialmentenocivosou perigosossadeouseguranade-ver informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocivida-de ou periculosidade, sem prejuzo da adoo de outras medidas cabveis em cada caso concreto.Art. 10. O fornecedor no poder co-locar no mercado de consumo produto ouservioquesabeoudeveriasaber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade sade ou segurana. 1. O fornecedor de produtos e ser-vios que, posteriormente sua intro-duonomercadodeconsumo,tiver conhecimentodapericulosidadeque apresentem,devercomunicarofato imediatamente s autoridades compe-tenteseaosconsumidores,mediante anncios publicitrios.2.Osannciospublicitriosaque serefereopargrafoanteriorsero veiculadosnaimprensa,rdioetele-viso,sexpensasdofornecedordo produto ou servio.3.Semprequetiveremconheci-mentodepericulosidadedeprodutos ou servios sade ou segurana dos consumidores,aUnio,osEstados,o CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR19DistritoFederaleosMunicpiosdeve-ro inform-los a respeito.Art. 11. (Vetado).SEO IIDA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIOArt.12.Ofabricante,oprodutor,o construtor,nacionalouestrangeiro,e o importador respondem, independen-tementedaexistnciadeculpa,pela reparaodosdanoscausadosaos consumidorespordefeitosdecorren-tes de projeto, fabricao, construo, montagem,frmulas,manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informa-esinsufcientesouinadequadasso-bre sua utilizao e riscos.1.Oprodutodefeituosoquando noofereceaseguranaquedelele-gitimamente se espera, levando-se em consideraoascircunstnciasrele-vantes, entre as quais:I - sua apresentao;II - o uso e os riscos que razoavelmen-te dele se esperam;III - a poca em que foi colocado em circulao. 2. O produto no considerado de-feituosopelofatodeoutrodemelhor qualidade ter sido colocado no merca-do. 3. O fabricante, o construtor, o pro-dutorouimportadorsnoserres-ponsabilizado quando provar:I - que no colocou o produto no mer-cado;II - que, embora haja colocado o pro-duto no mercado, o defeito inexiste;III-aculpaexclusivadoconsumidor ou de terceiro.Art.13.Ocomercianteigualmente responsvel, nos termos do artigo an-terior, quando:I - o fabricante, o construtor, o produ-torouoimportadornopuderemser identifcados;II - o produto for fornecido sem identi-fcao clara do seu fabricante, produ-tor, construtor ou importador;III - no conservar adequadamente os produtos perecveis.Pargrafo nico. Aquele que efetivar opagamentoaoprejudicadopoder exercerodireitoderegressocontra osdemaisresponsveis,segundosua participaonacausaodoevento danoso.Art. 14. O fornecedor de servios res-ponde,independentementedaexis-tnciadeculpa,pelareparaodos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos ser-vios,bemcomoporinformaesin-sufcientesouinadequadassobresua fruio e riscos.1.Oserviodefeituosoquando no fornece a segurana que o consu-midordelepodeesperar,levando-se em considerao as circunstncias re-levantes, entre as quais:I - o modo de seu fornecimento;II - o resultado e os riscos que razoa-velmente dele se esperam;III - a poca em que foi fornecido. 2. O servio no considerado de-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR20feituosopelaadoodenovastcni-cas. 3. O fornecedor de servios s no ser responsabilizado quando provar:I - que, tendo prestado o servio, o de-feito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.4.Aresponsabilidadepessoaldos profssionais liberais ser apurada me-diante a verifcao de culpa.Art. 15. (Vetado).Art. 16. (Vetado).Art.17.ParaosefeitosdestaSeo, equiparam-se aos consumidores todas as vtimas do evento.SEO IIIDA RESPONSABILIDADE POR VCIO DO PRODUTO E DO SERVIOArt. 18. Os fornecedores de produtos de consumo durveis ou no durveis respondem solidariamente pelos vcios dequalidadeouquantidadequeos tornem imprprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes di-minuam o valor, assim como por aque-les decorrentes da disparidade, com a indicaes constantes do recipiente, da embalagem,rotulagemoumensagem publicitria,respeitadasasvariaes decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituio das partes viciadas. 1. No sendo o vcio sanado no pra-zo mximo de trinta dias, pode o con-sumidorexigir,alternativamentee sua escolha:I - a substituio do produto por outro damesmaespcie,emperfeitascon-dies de uso;II-arestituioimediatadaquantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do pre-o.2.Poderoaspartesconvencionar a reduo ou ampliao do prazo pre-visto no pargrafo anterior, no poden-doserinferiorasetenemsuperiora cento e oitenta dias. Nos contratos de adeso, a clusula de prazo dever ser convencionada em separado, por meio de manifestao expressa do consumi-dor.3.Oconsumidorpoderfazeruso imediato das alternativas do 1. des-teartigosempreque,emrazoda extensodovcio,asubstituiodas partesviciadaspudercomprometera qualidade ou caractersticas do produ-to, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 4. Tendo o consumidor optado pela alternativadoincisoIdo1.deste artigo, e no sendo possvel a substitui-o do bem, poder haver substituio por outro de espcie, marca ou modelo diversos,mediantecomplementao ou restituio de eventual diferena de preo, sem prejuzo do disposto nos in-cisos II e III do 1. deste artigo.5.Nocasodefornecimentode produtosinnatura,serresponsvel peranteoconsumidorofornecedor imediato,excetoquandoidentifcado claramente seu produtor. 6. So imprprios ao uso e consu-mo:I - os produtos cujos prazos de valida-de estejam vencidos;CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR21II-osprodutosdeteriorados,altera-dos,adulterados,avariados,falsifca-dos,corrompidos,fraudados,nocivos vida ou sade, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentaresdefabricao,distri-buio ou apresentao;III - os produtos que, por qualquer mo-tivo, se revelem inadequados ao fm a que se destinam.Art.19.Osfornecedoresrespondem solidariamentepelosvciosdequanti-dadedoprodutosempreque,respei-tadas as variaes decorrentes de sua natureza,seucontedolquidoforin-feriorsindicaesconstantesdore-cipiente, da embalagem, rotulagem ou demensagempublicitria,podendoo consumidorexigir,alternativamentee sua escolha:I-oabatimentoproporcionaldopre-o;II-complementaodopesooume-dida;III - a substituio do produto por ou-tro da mesma espcie, marca ou mo-delo, sem os aludidos vcios;IV-arestituioimediatadaquantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos. 1. Aplica-se a este artigo o disposto no 4. do artigo anterior. 2. O fornecedor imediato ser res-ponsvel quando fzer a pesagem ou a medio e o instrumento utilizado no estiver aferido segundo os padres of-ciais.Art. 20. O fornecedor de servios res-pondepelosvciosdequalidadeque ostornemimprpriosaoconsumoou lhes diminuam o valor, assim como por aquelesdecorrentesdadisparidade com as indicaes constantes da ofer-ta ou mensagem publicitria, podendo oconsumidorexigir,alternativamente e sua escolha:I-areexecuodosservios,sem custo adicional e quando cabvel;II-arestituioimediatadaquantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos;III - o abatimento proporcional do pre-o.1.Areexecuodosserviospo-derserconfadaaterceirosdevida-mentecapacitados,porcontaerisco do fornecedor.2.Soimprpriososserviosque semostreminadequadosparaosfns querazoavelmentedelesseesperam, bemcomoaquelesquenoatendam asnormasregulamentaresdepresta-bilidade.Art.21.Nofornecimentodeservios quetenhamporobjetivoareparao dequalquerprodutoconsiderar-se- implcita a obrigao do fornecedor de empregarcomponentesdereposio originaisadequadosenovos,ouque mantenham as especifcaes tcnicas dofabricante,salvo,quantoaestes ltimos,autorizaoemcontrriodo consumidor.Art. 22. Os rgos pblicos, por si ou suasempresas,concessionrias,per-missionriasousobqualqueroutra formadeempreendimento,soobri-gadosafornecerserviosadequados, efcientes,segurose,quantoaoses-senciais, contnuos.Pargrafonico.Noscasosdedes-cumprimento,totalouparcial,das obrigaesreferidasnesteartigo,se-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR22roaspessoasjurdicascompelidasa cumpri-las e a reparar os danos causa-dos, na forma prevista neste cdigo.Art.23.Aignornciadofornecedor sobre os vcios de qualidade por inade-quao dos produtos e servios no o exime de responsabilidade.Art. 24. A garantia legal de adequao doprodutoouservioindependede termo expresso, vedada a exonerao contratual do fornecedor.Art.25.vedadaaestipulaocon-tratualdeclusulaqueimpossibilite, exonere ou atenue a obrigao de in-denizarprevistanestaenassees anteriores. 1. Havendo mais de um responsvel pela causao do dano, todos respon-derosolidariamentepelareparao previstanestaenasseesanterio-res. 2. Sendo o dano causado por com-ponenteoupeaincorporadaaopro-dutoouservio,soresponsveisso-lidriosseufabricante,construtorou importador e o que realizou a incorpo-rao.SEO IVDA DECADNCIA E DA PRESCRIOArt. 26. O direito de reclamar pelos v-cios aparentes ou de fcil constatao caduca em:I-trintadias,tratando-sedeforne-cimento de servio e de produtos no durveis;II-noventadias,tratando-sedefor-necimentodeservioedeprodutos durveis.1.Inicia-seacontagemdoprazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do trmino da execuo dos servios. 2. Obstam a decadncia:I-areclamaocomprovadamente formuladapeloconsumidorperanteo fornecedor de produtos e servios at arespostanegativacorrespondente, que deve ser transmitida de forma ine-quvoca;II - (Vetado);III-ainstauraodeinquritocivil, at seu encerramento.3.Tratando-sedevciooculto,o prazo decadencial inicia-se no momen-to em que fcar evidenciado o defeito.Art.27.Prescreveemcincoanosa pretensoreparaopelosdanos causadosporfatodoprodutooudo servio prevista na Seo II deste Ca-ptulo, iniciando-se a contagem do pra-zo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.Pargrafo nico. (Vetado).SEO VDA DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICAArt.28.Ojuizpoderdesconsiderar apersonalidadejurdicadasociedade quando, em detrimento do consumidor, houverabusodedireito,excessode poder, infrao da lei, fato ou ato ilcito ouviolaodosestatutosoucontra-tosocial.Adesconsideraotambm ser efetivada quando houver falncia, estadodeinsolvncia,encerramento ou inatividade da pessoa jurdica pro-vocados por m administrao. 1. (Vetado).CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR232.Associedadesintegrantesdos grupossocietrioseassociedades controladas, so subsidiariamente res-ponsveispelasobrigaesdecorren-tes deste cdigo.3.Associedadesconsorciadasso solidariamenteresponsveispelas obrigaes decorrentes deste cdigo.4.Associedadescoligadassres-pondero por culpa. 5. Tambm poder ser desconside-rada a pessoa jurdica sempre que sua personalidadefor,dealgumaforma, obstculoaoressarcimentodepreju-zos causados aos consumidores. CAPTULO VDAS PRTICAS COMERCIAISSEO IDAS DISPOSIES GERAISArt. 29. Para os fns deste Captulo e do seguinte, equiparam-se aos consu-midorestodasaspessoasdetermin-veis ou no, expostas s prticas nele previstas.SEO IIDA OFERTAArt.30.Todainformaooupublici-dade,sufcientementeprecisa,veicu-ladaporqualquerformaoumeiode comunicaocomrelaoaprodutos e servios oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fzer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.Art.31.Aofertaeapresentaode produtos ou servios devem assegurar informaes corretas, claras, precisas, ostensivas e em lngua portuguesa so-bresuascaractersticas,qualidades, quantidade, composio, preo, garan-tia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os ris-cosqueapresentamsadeesegu-rana dos consumidores.Pargrafonico.Asinformaes de que trata este artigo, nos produtos refrigeradosoferecidosaoconsumi-dor,serogravadasdeformaindel-vel.(IncludopelaLein11.989,de 27/07/09).Art. 32. Os fabricantes e importadores devero assegurar a oferta de compo-nentes e peas de reposio enquanto no cessar a fabricao ou importao do produto.Pargrafonico.Cessadasaprodu-o ou importao, a oferta dever ser mantida por perodo razovel de tem-po, na forma da lei.Art.33.Emcasodeofertaouvenda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e ende-reo na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na tran-sao comercial.Pargrafo nico. proibida a publi-cidade de bens e servios por telefone, quando a chamada for onerosa ao con-sumidorqueaorigina.(Includopela Lei n 11.800, de 29/10/08).Art.34.Ofornecedordoprodutoou serviosolidariamenteresponsvel pelos atos de seus prepostos ou repre-sentantes autnomos.Art. 35. Se o fornecedor de produtos ouserviosrecusarcumprimento oferta, apresentao ou publicidade, o consumidorpoder,alternativamente e sua livre escolha:I-exigirocumprimentoforadoda obrigao, nos termos da oferta, apre-sentao ou publicidade;CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR24II - aceitar outro produto ou prestao de servio equivalente;III-rescindirocontrato,comdireito restituio de quantia eventualmente antecipada,monetariamenteatualiza-da, e a perdas e danos.SEO IIIDA PUBLICIDADEArt.36.Apublicidadedeveservei-culada de tal forma que o consumidor, fcileimediatamente,aidentifque como tal.Pargrafonico.Ofornecedor,na publicidadedeseusprodutosouser-vios,manter,emseupoder,para informao dos legtimos interessados, os dados fticos, tcnicos e cientfcos que do sustentao mensagem.Art.37.proibidatodapublicidade enganosa ou abusiva.1.enganosaqualquermodalida-dedeinformaooucomunicaode carterpublicitrio,inteiraouparcial-mentefalsa,ou,porqualqueroutro modo,mesmoporomisso,capazde induzir em erro o consumidor a respei-todanatureza,caractersticas,quali-dade,quantidade,propriedades,ori-gem,preoequaisqueroutrosdados sobre produtos e servios. 2. abusiva, dentre outras a publi-cidade discriminatria de qualquer na-tureza, a que incite violncia, explore o medo ou a superstio, se aproveite dadefcinciadejulgamentoeexpe-rinciadacriana,desrespeitavalo-resambientais,ouquesejacapazde induziroconsumidorasecomportar de forma prejudicial ou perigosa sua sade ou segurana.3.Paraosefeitosdestecdigo,a publicidadeenganosaporomisso quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou servio. 4. (Vetado).Art.38.Onusdaprovadaveraci-dade e correo da informao ou co-municao publicitria cabe a quem as patrocina.SEO IVDAS PRTICAS ABUSIVASArt.39.vedadoaofornecedorde produtosouservios,dentreoutras prticas abusivas: (Nova redao dada pela Lei n 8.884, de 11/06/94).I - condicionar o fornecimento de pro-duto ou de servio ao fornecimento de outroprodutoouservio,bemcomo, semjustacausa,alimitesquantitati-vos;II - recusar atendimento s demandas dos consumidores, na exata medida de suasdisponibilidadesdeestoque,e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;III - enviar ou entregar ao consumidor, semsolicitaoprvia,qualquerpro-duto, ou fornecer qualquer servio;IV-prevalecer-sedafraquezaouig-norncia do consumidor, tendo em vis-ta sua idade, sade, conhecimento ou condio social, para impingir-lhe seus produtos ou servios;V-exigirdoconsumidorvantagem manifestamente excessiva;VI-executarserviossemaprvia elaborao de oramento e autorizao expressadoconsumidor,ressalvadas asdecorrentesdeprticasanteriores entre as partes;VII - repassar informao depreciativa, CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR25referenteaatopraticadopeloconsu-midor no exerccio de seus direitos;VIII-colocar,nomercadodeconsu-mo,qualquerprodutoouservioem desacordocomasnormasexpedidas pelosrgosofciaiscompetentesou, senormasespecfcasnoexistirem, pelaAssociaoBrasileiradeNormas Tcnicas ou outra entidade credencia-da pelo Conselho Nacional de Metrolo-gia,NormalizaoeQualidadeIndus-trial (Conmetro);IX-recusaravendadebensoua prestaodeservios,diretamentea quemsedisponhaaadquiri-losme-diante pronto pagamento, ressalvados oscasosdeintermediaoregulados em leis especiais; (Nova redao dada pela Lei n 8.884, de 11/06/94).X - elevar sem justa causa o preo de produtosouservios;(Novaredao dada pela Lei n 8.884, de 11/06/94).XI-dispositivoincludopelaMedida Provisria n 1.890/67, de 22/10/1999 e transformada em inciso XIII, quando de sua converso pela Lei n 9.870, de 23/11/1999;XII-deixardeestipularprazoparao cumprimento de sua obrigao ou dei-xar a fxao de seu termo inicial a seu exclusivo critrio; (Nova redao dada pela Lei n 9.008, de 21/03/95).XIII - aplicar frmula ou ndice de re-ajustediversodolegaloucontratual-menteestabelecido.(Novaredao dada pela Lei n 9.870, de 23/11/99).Pargrafonico.Osserviospres-tados e os produtos remetidos ou en-treguesaoconsumidor,nahiptese prevista no inciso III, equiparam-se s amostras grtis, inexistindo obrigao de pagamento.Art. 40. O fornecedor de servio ser obrigado a entregar ao consumidor or-amentoprviodiscriminandoovalor da mo-de-obra, dos materiais e equi-pamentosaseremempregados,as condiesdepagamento,bemcomo asdatasdeincioetrminodosser-vios.1.Salvoestipulaoemcontrrio, o valor orado ter validade pelo pra-zo de dez dias, contado de seu recebi-mento pelo consumidor. 2. Uma vez aprovado pelo consumi-dor, o oramento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociao das partes. 3. O consumidor no responde por quaisquernusouacrscimosdecor-rentesdacontrataodeserviosde terceirosnoprevistosnooramento prvio.Art.41.Nocasodefornecimentode produtosoudeserviossujeitosao regimedecontroleoudetabelamen-to de preos, os fornecedores devero respeitaroslimitesofciaissobpena denoofazendo,responderempela restituiodaquantiarecebidaem excesso,monetariamenteatualizada, podendo o consumidor exigir sua es-colha, o desfazimento do negcio, sem prejuzo de outras sanes cabveis.SEO VDA COBRANA DE DVIDASArt.42.Nacobranadedbitos,o consumidor inadimplente no ser ex-postoaridculo,nemsersubmetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa.Pargrafonico.Oconsumidorco-brado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual aodobrodoquepagouemexcesso, CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR26acrescido de correo monetria e ju-roslegais,salvohiptesedeengano justifcvel.Art. 42-A. Em todos os documentos de cobranadedbitosapresentadosao consumidor,deveroconstaronome, o endereo e o nmero de inscrio no CadastrodePessoasFsicasCPFou noCadastroNacionaldePessoaJur-dicaCNPJdofornecedordoprodu-toouserviocorrespondente.(Nova redaodadapelaLein12.039,de 01/10/09).SEO VIDOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORESArt.43.Oconsumidor,semprejuzo do disposto no art. 86, ter acesso s informaesexistentesemcadastros, fchas, registros e dados pessoais e de consumoarquivadossobreele,bem comosobreassuasrespectivasfon-tes. 1. Os cadastros e dados de consu-midoresdevemserobjetivos,claros, verdadeiroseemlinguagemdefcil compreenso, no podendo conter in-formaes negativas referentes a per-odo superior a cinco anos. 2. A abertura de cadastro, fcha, re-gistro e dados pessoais e de consumo deversercomunicadaporescritoao consumidor, quando no solicitada por ele.3.Oconsumidor,semprequeen-contrarinexatidonosseusdadose cadastros,poderexigirsuaimedia-tacorreo,devendooarquivista,no prazo de cinco dias teis, comunicar a alteraoaoseventuaisdestinatrios das informaes incorretas. 4. Os bancos de dados e cadastros relativosaconsumidores,osservios deproteoaocrditoecongneres so considerados entidades de carter pblico. 5. Consumada a prescrio relativa cobrana de dbitos do consumidor, noserofornecidas,pelosrespecti-vosSistemasdeProteoaoCrdito, quaisquerinformaesquepossam impediroudifcultarnovoacessoao crdito junto aos fornecedores.Art.44.Osrgospblicosdedefe-sa do consumidor mantero cadastros atualizados de reclamaes fundamen-tadas contra fornecedores de produtos e servios, devendo divulg-lo pblica e anualmente. A divulgao indicar se a reclamao foi atendida ou no pelo fornecedor. 1. facultado o acesso s informa-eslconstantesparaorientaoe consulta por qualquer interessado. 2. Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas noartigoanterioreasdopargrafo nico do art. 22 deste cdigo.Art. 45. (Vetado).CAPTULO VIDA PROTEO CONTRATUALSEO IDISPOSIES GERAISArt. 46. Os contratos que regulam as relaes de consumo no obrigaro os consumidores,senolhesfordadaa oportunidadedetomarconhecimento prvio de seu contedo, ou se os res-pectivos instrumentos forem redigidos de modo a difcultar a compreenso de seu sentido e alcance.Art. 47. As clusulas contratuais sero CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR27interpretadas de maneira mais favor-vel ao consumidor.Art.48.Asdeclaraesdevontade constantesdeescritosparticulares, recibosepr-contratosrelativoss relaesdeconsumovinculamofor-necedor, ensejando inclusive execuo especfca, nos termos do art. 84 e pa-rgrafos.Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebi-mento do produto ou servio, sempre que a contratao de fornecimento de produtos e servios ocorrer fora do es-tabelecimento comercial, especialmen-te por telefone ou a domiclio.Pargrafonico.Seoconsumidor exercitarodireitodearrependimento previsto neste artigo, os valores even-tualmente pagos, a qualquer ttulo, du-rante o prazo de refexo, sero devol-vidos,deimediato,monetariamente atualizados.Art. 50. A garantia contratual com-plementar legal e ser conferida me-diante termo escrito.Pargrafo nico. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer,demaneiraadequadaem queconsisteamesmagarantia,bem comoaforma,oprazoeolugarem quepodeserexercitadaeosnusa cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue,devidamentepreenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimen-to, acompanhado de manual de instru-o, de instalao e uso do produto em linguagem didtica, com ilustraes.SEO IIDAS CLUSULAS ABUSIVASArt.51.Sonulasdeplenodireito, entreoutras,asclusulascontratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que:I-impossibilitem,exoneremouate-nuemaresponsabilidadedofornece-dorporvciosdequalquernatureza dos produtos e servios ou impliquem renncia ou disposio de direitos. Nas relaes de consumo entre o fornece-dor e o consumidor pessoa jurdica, a indenizaopoderserlimitada,em situaes justifcveis;II - subtraiam ao consumidor a opo de reembolso da quantia j paga, nos casos previstos neste cdigo;III-transframresponsabilidadesa terceiros;IV-estabeleamobrigaesconside-radas inquas, abusivas, que coloquem oconsumidoremdesvantagemexa-gerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a eqidade;V - (Vetado);VI - estabeleam inverso do nus da prova em prejuzo do consumidor;VII - determinem a utilizao compul-sria de arbitragem;VIII-imponhamrepresentantepara concluir ou realizar outro negcio jur-dico pelo consumidor;IX - deixem ao fornecedor a opo de concluirounoocontrato,embora obrigando o consumidor;X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente,variaodopreode maneira unilateral;XI - autorizem o fornecedor a cancelar ocontratounilateralmente,semque igualdireitosejaconferidoaoconsu-midor;CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR28XII - obriguem o consumidor a ressar-cir os custos de cobrana de sua obri-gao,semqueigualdireitolheseja conferido contra o fornecedor;XIII - autorizem o fornecedor a modi-fcarunilateralmenteocontedooua qualidadedocontrato,apssuacele-brao;XIV - infrinjam ou possibilitem a viola-o de normas ambientais;XV - estejam em desacordo com o sis-tema de proteo ao consumidor;XVI - possibilitem a renncia do direito de indenizao por benfeitorias neces-srias. 1. Presume-se exagerada, entre ou-tros casos, a vontade que:I-ofendeosprincpiosfundamentais do sistema jurdico a que pertence;II-restringedireitosouobrigaes fundamentais inerentes natureza do contrato,detalmodoaameaarseu objeto ou equilbrio contratual;III - se mostra excessivamente onero-sa para o consumidor, considerando-se anaturezaecontedodocontrato,o interesse das partes e outras circuns-tncias peculiares ao caso. 2. A nulidade de uma clusula con-tratual abusiva no invalida o contrato, exceto quando de sua ausncia, apesar dosesforosdeintegrao,decorrer nus excessivo a qualquer das partes. 3. (Vetado). 4. facultado a qualquer consumi-dorouentidadequeorepresentere-querer ao Ministrio Pblico que ajuze a competente ao para ser declarada anulidadedeclusulacontratualque contrarie o disposto neste cdigo ou de qualquerformanoassegureojusto equilbrioentredireitoseobrigaes das partes.Art. 52. No fornecimento de produtos ouserviosqueenvolvaoutorgade crditoouconcessodefnanciamen-toaoconsumidor,ofornecedordeve-r, entre outrosrequisitos,inform-lo prvia e adequadamente sobre:I - preo do produto ou servio em mo-eda corrente nacional;II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;III - acrscimos legalmente previstos;IV - nmero e periodicidade das pres-taes;V - soma total a pagar, com e sem f-nanciamento.1.Asmultasdemoradecorrentes doinadimplementodeobrigaesno seu termo no podero ser superiores a dois por cento do valor da prestao. (Nova redao dada pela Lei n 9.298, de 01/08/96).2.asseguradoaoconsumidora liquidaoantecipadadodbito,total ouparcialmente,mediantereduo proporcional dos juros e demais acrs-cimos. 3. (Vetado).Art.53.Noscontratosdecomprae venda de mveis ou imveis mediante pagamento em prestaes, bem como nasalienaesfduciriasemgaran-tia,consideram-senulasdeplenodi-reitoasclusulasqueestabeleama perdatotaldasprestaespagasem benefciodocredorque,emrazodo inadimplemento,pleiteararesoluo CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR29docontratoearetomadadoproduto alienado. 1. (Vetado). 2. Nos contratos do sistema de con-srciodeprodutosdurveis,acom-pensao ou a restituio das parcelas quitadas,naformadesteartigo,ter descontada, alm da vantagem econ-mica auferida com a fruio, os preju-zos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. 3. Os contratos de que trata o caput deste artigo sero expressos em moe-da corrente nacional.SEO IIIDOS CONTRATOS DE ADESOArt. 54. Contrato de adeso aquele cujas clusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabe-lecidasunilateralmentepelofornece-dor de produtos ou servios, sem que o consumidor possa discutir ou modifcar substancialmente seu contedo. 1. A insero de clusula no formu-lrio no desfgura a natureza de ade-so do contrato. 2. Nos contratos de adeso admite-seclusularesolutria,desdequea alternativa, cabendo a escolha ao con-sumidor, ressalvando-se o disposto no 2. do artigo anterior. 3. Os contratos de adeso escritos seroredigidosemtermosclarose comcaracteresostensivoselegveis, cujo tamanho da fonte no ser inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensopeloconsumidor.(Nova redaodadapelaLein11.785,de 22/09/08). 4. As clusulas que implicarem limi-tao de direito do consumidor devero ser redigidas com destaque, permitin-do sua imediata e fcil compreenso. 5. (Vetado).CAPTULO VIIDAS SANES ADMINISTRATIVASArt. 55. A Unio, os Estados e o Dis-tritoFederal,emcarterconcorrente enassuasrespectivasreasdeatu-aoadministrativa,baixaronormas relativasproduo,industrializao, distribuioeconsumodeprodutose servios.1.AUnio,osEstados,oDistrito FederaleosMunicpiosfscalizaroe controlaroaproduo,industriali-zao,distribuio,apublicidadede produtoseservioseomercadode consumo, no interesse da preservao davida,dasade,dasegurana,da informao e dobem-estar doconsu-midor, baixando as normas que se fze-rem necessrias. 2. (Vetado).3.Osrgosfederais,estaduais, doDistritoFederalemunicipaiscom atribuiesparafscalizarecontrolar omercadodeconsumomanteroco-misses permanentes para elaborao, revisoeatualizaodasnormasre-feridasno1.,sendoobrigatriaa participaodosconsumidoresefor-necedores. 4. Os rgos ofciais podero expe-dir notifcaes aos fornecedores para que, sob pena de desobedincia, pres-tem informaes sobre questes de in-teresse do consumidor, resguardado o segredo industrial.Art.56.Asinfraesdasnormasde defesadoconsumidorfcamsujeitas, conforme o caso, s seguintes sanes administrativas,semprejuzodasde CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR30naturezacivil,penaledasdefnidas em normas especfcas:I - multa;II - apreenso do produto;III - inutilizao do produto;IV-cassaodoregistrodoproduto junto ao rgo competente;V-proibiodefabricaodoprodu-to;VI-suspensodefornecimentode produtos ou servio;VII - suspenso temporria de ativida-de;VIII - revogao de concesso ou per-misso de uso;IX - cassao de licena do estabeleci-mento ou de atividade;X - interdio, total ou parcial, de esta-belecimento, de obra ou de atividade;XI - interveno administrativa;XII - imposio de contrapropaganda.Pargrafonico.Assanesprevis-tasnesteartigoseroaplicadaspela autoridadeadministrativa,nombito desuaatribuio,podendoserapli-cadascumulativamente,inclusivepor medidacautelar,antecedenteouinci-dente de procedimento administrativo.Art.57.Apenademulta,graduada deacordocomagravidadedainfra-o, a vantagem auferida e a condio econmica do fornecedor, ser aplica-da mediante procedimento administra-tivo,revertendoparaoFundodeque trataaLein7.347,de24/07/1985, osvalorescabveisUnio,oupara os Fundos estaduais ou municipais de proteoaoconsumidornosdemais casos. (Nova redao dada pela Lei n 8.656, de 21/05/93).Pargrafonico.Amultaserem montantenoinferioraduzentase no superior a trs milhes de vezes o valordaUnidadeFiscaldeReferncia (UFIRs), ou ndice equivalente que ve-nha a substitu-lo. (Includo pela Lei n 8.703, de 06/09/93).Art.58.Aspenasdeapreenso,de inutilizaodeprodutos,deproibio defabricaodeprodutos,desus-pensodofornecimentodeproduto ou servio, de cassao do registro do produto e revogao da concesso ou permisso de uso sero aplicadas pela administrao,medianteprocedimen-toadministrativo,asseguradaampla defesa, quando forem constatados v-cios de quantidade ou de qualidade por inadequao ou insegurana do produ-to ou servio.Art. 59. As penas de cassao de al-var de licena, de interdio e de sus-pensotemporriadaatividade,bem como a de interveno administrativa, sero aplicadas mediante procedimen-toadministrativo,asseguradaampla defesa,quandoofornecedorreincidir na prtica das infraes de maior gra-vidade previstas neste cdigo e na le-gislao de consumo. 1. A pena de cassao da concesso ser aplicada concessionria de ser-viopblico,quandoviolarobrigao legal ou contratual. 2. A pena de interveno adminis-trativaseraplicadasemprequeas circunstnciasdefatodesaconselha-rem a cassao de licena, a interdio ou suspenso da atividade. 3. Pendendo ao judicial na qual se CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR31discuta a imposio de penalidade ad-ministrativa,nohaverreincidncia at o trnsito em julgado da sentena.Art. 60. A imposio de contrapropa-ganda ser cominada quando o forne-cedor incorrer na prtica de publicida-deenganosaouabusiva,nostermos doart.36eseuspargrafos,sempre s expensas do infrator. 1. A contrapropaganda ser divulga-da pelo responsvel da mesma forma, freqncia e dimenso e, preferencial-mente no mesmo veculo, local, espao e horrio, de forma capaz de desfazer o malefcio da publicidade enganosa ou abusiva. 2. (Vetado). 3. (Vetado).TTULO IIDAS INFRAES PENAISArt.61.Constituemcrimescontraas relaesdeconsumoprevistasneste cdigo,semprejuzododispostono Cdigo Penal e leis especiais, as condu-tas tipifcadas nos artigos seguintes.Art. 62. (Vetado).Art.63.Omitirdizeresousinaisos-tensivos sobre a nocividade ou pericu-losidade de produtos, nas embalagens, nosinvlucros,recipientesoupublici-dade:Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa.1.Incorrernasmesmaspenas quemdeixardealertar,mediantere-comendaesescritasostensivas,so-breapericulosidadedoservioaser prestado. 2. Se o crime culposo:Pena-Detenodeumaseismeses ou multa.Art. 64. Deixar de comunicar autori-dadecompetenteeaosconsumidores a nocividade ou periculosidade de pro-dutos cujo conhecimento seja posterior sua colocao no mercado:Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa.Pargrafo nico. Incorrer nas mes-maspenasquemdeixarderetirardo mercado,imediatamentequandode-terminadopelaautoridadecompeten-te,osprodutosnocivosouperigosos, na forma deste artigo.Art. 65. Executar servio de alto grau de periculosidade, contrariando deter-minao de autoridade competente:Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa.Pargrafo nico. As penas deste ar-tigosoaplicveissemprejuzodas correspondenteslesocorporale morte.Art. 66. Fazer afrmao falsa ou en-ganosa, ou omitir informao relevante sobre a natureza, caracterstica, quali-dade,quantidade,segurana,desem-penho, durabilidade, preo ou garantia de produtos ou servios:Pena-Detenodetrsmesesaum ano e multa.1.Incorrernasmesmaspenas quem patrocinar a oferta. 2. Se o crime culposo:Pena-Detenodeumaseismeses ou multa.Art. 67. Fazer ou promover publicida-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR32de que sabe ou deveria saber ser en-ganosa ou abusiva:Pena-Detenodetrsmesesaum ano e multa.Pargrafo nico. (Vetado).Art. 68. Fazer ou promover publicida-dequesabeoudeveriasaberserca-paz de induzir o consumidor a se com-portar de forma prejudicial ou perigosa a sua sade ou segurana:Pena - Deteno de seis meses a dois anos e multa:Pargrafo nico. (Vetado).Art.69.Deixardeorganizardados fticos,tcnicosecientfcosquedo base publicidade:Pena-Detenodeumaseismeses ou multa.Art.70.Empregarnareparaode produtos,peaoucomponentesde reposio usados, sem autorizao do consumidor:Pena-Detenodetrsmesesaum ano e multa.Art.71.Utilizar,nacobranaded-vidas,deameaa,coao,constran-gimentofsicooumoral,afrmaes falsasincorretasouenganosasoude qualqueroutroprocedimentoqueex-ponha o consumidor, injustifcadamen-te, a ridculo ou interfra com seu tra-balho, descanso ou lazer:Pena-Detenodetrsmesesaum ano e multa.Art. 72. Impedir ou difcultar o acesso do consumidor s informaes que so-breeleconstememcadastros,banco de dados, fchas e registros:Pena-Detenodeseismesesaum ano ou multa.Art.73.Deixardecorrigirimediata-menteinformaosobreconsumidor constantedecadastro,bancodeda-dos,fchasouregistrosquesabeou deveria saber ser inexata:Pena-Detenodeumaseismeses ou multa.Art. 74. Deixar de entregar ao consu-midor o termo de garantia adequada-mente preenchido e com especifcao clara de seu contedo:Pena-Detenodeumaseismeses ou multa.Art.75.Quem,dequalquerforma, concorrerparaoscrimesreferidos nestecdigo,incideaspenasaesses cominadas na medida de sua culpabili-dade, bem como o diretor, administra-dor ou gerente da pessoa jurdica que promover,permitirouporqualquer modoaprovarofornecimento,ofer-ta, exposio venda ou manuteno emdepsitodeprodutosouaoferta e prestao de servios nas condies por ele proibidas.Art. 76. So circunstncias agravantes dos crimes tipifcados neste cdigo:I - serem cometidos em poca de gra-vecriseeconmicaouporocasiode calamidade;II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;III - dissimular-se a natureza ilcita do procedimento;IV - quando cometidos:a) por servidor pblico, ou por pessoa cujacondioeconmico-socialseja CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR33manifestamente superior da vtima;b) em detrimento de operrio ou rur-cola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portado-rasdedefcinciamentalinterditadas ou no.V - serem praticados em operaes que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou servios essenciais.Art.77.Apenapecuniriaprevis-tanestaSeoserfxadaemdias-multa, correspondente ao mnimo e ao mximodediasdeduraodapena privativa da liberdade cominada ao cri-me. Na individualizao desta multa, o juiz observar o disposto no art. 60, 1. do Cdigo Penal.Art. 78. Alm das penas privativas de liberdadeedemulta,podemserim-postas,cumulativaoualternadamen-te, observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Cdigo Penal:I - a interdio temporria de direitos;II - a publicao em rgos de comu-nicao de grande circulao ou audi-ncia,sexpensasdocondenado,de notcia sobre os fatos e a condenao;III-aprestaodeservioscomu-nidade.Art.79.Ovalordafana,nasinfra-esdequetrataestecdigo,ser fxadopelojuiz,oupelaautoridade quepresidiroinqurito,entreceme duzentasmilvezesovalordoBnus doTesouroNacional(BTN),oundice equivalente que venha a substitu-lo.Pargrafo nico. Se assim recomen-dar a situao econmica do indiciado ou ru, a fana poder ser:a) reduzida at a metade do seu valor mnimo;b)aumentadapelojuizatvinteve-zes.Art.80.Noprocessopenalatinente aos crimes previstos neste cdigo, bem como a outros crimes e contravenes queenvolvamrelaesdeconsumo, poderointervir,comoassistentesdo Ministrio Pblico, os legitimados indi-cadosnoart.82,incisoIIIeIV,aos quais tambm facultado propor ao penalsubsidiria,seadennciano for oferecida no prazo legal.TTULO IIIDA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUZOCAPTULO IDISPOSIES GERAISArt. 81. A defesa dos interesses e di-reitos dos consumidores e das vtimas poder ser exercida em juzo individu-almente, ou a ttulo coletivo. Pargrafonico.Adefesacoletiva ser exercida quando se tratar de:I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste Cdigo, os transindividuais, de natureza indivi-svel,dequesejamtitularespessoas indeterminadaseligadasporcircuns-tncias de fato;II-interessesoudireitoscoletivos, assimentendidos,paraefeitosdeste Cdigo, os transindividuais de nature-za indivisvel de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entresioucomapartecontrriapor uma relao jurdica base;III-interessesoudireitosindividuais homogneos, assim entendidos os de-correntes de origem comum. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR34Art.82.Paraosfnsdoart.81,pa-rgrafo nico, so legitimados concor-rentemente: (Nova redao dada pela Lei n 9.008, de 21/03/95).I - o Ministrio Pblico;II - a Unio, os Estados, os Municpios e o Distrito Federal;III-asentidadesergosdaAdmi-nistraoPblica,diretaouindireta, ainda que sem personalidade jurdica, especifcamentedestinadosdefesa dosinteressesedireitosprotegidos por este Cdigo;IV-asassociaeslegalmentecons-titudashpelomenosumanoeque incluamentreseusfnsinstitucionais a defesa dos interesses e direitos pro-tegidos por este Cdigo, dispensada a autorizao assemblear. 1.Orequisitodapr-constituio podeserdispensadopelojuiz,nas aes previstas no art. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimenso ou caracte-rsticadodano,oupelarelevnciado bem jurdico a ser protegido. 2.(Vetado). 3.(Vetado).Art.83.Paraadefesadosdireitose interessesprotegidosporesteCdigo soadmissveistodasasespciesde aescapazesdepropiciarsuaade-quada e efetiva tutela. Pargrafo nico. (Vetado).Art.84.Naaoquetenhaporob-jetoocumprimentodaobrigaode fazer ou no fazer, o juiz conceder a tutelaespecfcadaobrigaooude-terminar providncias que assegurem oresultadoprticoequivalenteaodo adimplemento. 1.Aconversodaobrigaoem perdasedanossomenteseradmis-svelseporelasoptaroautorouse impossvel a tutela especfca ou a ob-teno do resultado prtico correspon-dente. 2.Aindenizaoporperdaseda-nos se far sem prejuzo da multa (art. 287, do Cdigo de Processo Civil). 3.Sendorelevanteofundamento da demanda e havendo justifcado re-ceio de inefccia do provimento fnal, lcitoaojuizconcederatutelalimi-narmenteouapsjustifcaoprvia, citado o ru. 4. O juiz poder, na hiptese do 3 ou na sentena, impor multa diria ao ru, independentemente de pedido do autor,seforsufcienteoucompatvel com a obrigao, fxando prazo razo-vel para o cumprimento do preceito. 5.Paraatutelaespecfcaoupara aobtenodoresultadoprticoequi-valente,poderojuizdeterminaras medidasnecessrias,taiscomobus-caeapreenso,remoodecoisase pessoas, desfazimento de obra, impe-dimentodeatividadenociva,almde requisio de fora policial. Art. 85. (Vetado).Art. 86. (Vetado).Art.87.Nasaescoletivasdeque trata este Cdigo no haver adianta-mento de custas, emolumentos, hono-rrios periciais e quaisquer outras des-pesas, nem condenao da associao autora,salvocomprovadam-f,em honorriosdeadvogados,custase despesas processuais. Pargrafo nico. Em caso de litign-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR35cia de m-f, a associao autora e os diretores responsveis pela propositu-radaaoserosolidariamentecon-denados em honorrios advocatcios e ao dcuplo das custas, sem prejuzo da responsabilidade por perdas e danos. Art. 88. Na hiptese do art. 13, par-grafo nico deste Cdigo, a ao de re-gresso poder ser ajuizada em proces-so autnomo, facultada a possibilidade deprosseguir-senosmesmosautos, vedada a denunciao da lide. Art. 89. (Vetado).Art. 90. Aplicam-se s aes previstas nesteTtuloasnormasdoCdigode Processo Civil e da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que res-peita ao inqurito civil, naquilo que no contrariar suas disposies. CAPTULO IIDAS AES COLETIVAS PARA A DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGNEOSArt. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 podero propor, em nome pr-prio e no interesse das vtimas ou seus sucessores,aocivilcoletivaderes-ponsabilidadepelosdanosindividual-mente sofridos, de acordo com dispos-to nos artigos seguintes. (Nova redao dada Lei n 9.008, de 21/03/95).Art.92.OMinistrioPblico,seno ajuizaraao,atuarsemprecomo fscal da lei. Pargrafo nico. (Vetado).Art. 93. Ressalvada a competncia da JustiaFederal,competenteparaa causa a justia local:I-noforodolugarondeocorreuou devaocorrerodano,quandodem-bito local;II - no foro da Capital do Estado ou no Distrito Federal, para os danos de m-bito nacional ou regional, aplicando-se asregrasdoCdigodeProcessoCivil aoscasosdecompetnciaconcorren-te. Art.94.Propostaaao,serpubli-cadoeditalnorgoofcial,afmde que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem pre-juzo de ampla divulgao pelos meios decomunicaosocialporpartedos rgos de defesa do consumidor.Art.95.Emcasodeprocednciado pedido,acondenaosergenrica, fxando a responsabilidade do ru pe-los danos causados. Art. 96. (Vetado).Art. 97. A liquidao e a execuo de sentena podero ser promovidas pela vtima e seus sucessores, assim como peloslegitimadosdequetrataoart. 82.Pargrafo nico. (Vetado).Art. 98. A execuo poder ser coleti-va, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vtimascujasindenizaesjtiverem sido fxadas em sentena de liquidao sem prejuzo do ajuizamento de outras execues.(Novaredaodadapela Lei n 9.008, de 21/03/95). 1. A execuo coletiva far-se- com base em certido das sentenas de li-quidao,daqualdeverconstara ocorrnciaounodotrnsitoemjul-gado. 2.competenteparaaexecuo o juzo:I-daliquidaodasentenaouda ao condenatria, no caso de execu-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR36o individual;II - da ao condenatria, quando co-letiva a execuo. Art. 99. Em caso de concurso de crdi-tos decorrentes de condenao previs-ta na Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985,edeindenizaespelospreju-zosindividuaisresultantesdomesmo evento danoso, estas tero preferncia no pagamento. Pargrafonico.Paraefeitododis-postonesteartigo,adestinaoda importnciarecolhidaaofundocriado pelaLein7.347,de24dejulhode 1985,fcarsustadaenquantopen-dentes de deciso de segundo grau as aes de indenizao pelos danos indi-viduais,salvonahiptesedeopatri-mnio do devedor ser manifestamente sufciente para responder pela integra-lidade das dvidas. Art.100.Decorridooprazodeum anosemhabilitaodeinteressados em nmero compatvel com a gravida-de do dano, podero os legitimados do art. 82 promover a liquidao e execu-o da indenizao devida. Pargrafo nico. O produto da inde-nizao devida reverter para o fundo criado pela Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985. CAPTULO IIIDAS AES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIOSArt.101.Naaoderesponsabilida-decivildofornecedordeprodutose servios, sem prejuzo do disposto nos Captulos I e II deste Ttulo, sero ob-servadas as seguintes normas:I - a ao pode ser proposta no domi-clio do autor;II - o ru que houver contratado segu-ro de responsabilidade poder chamar ao processo o segurador, vedada a in-tegrao do contraditrio pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipte-se,asentenaquejulgarprocedente opedidocondenarorunostermos do art. 80 do Cdigo de Processo Civil. Se o ru houver sido declarado falido, osndicoserintimadoainformara existncia de seguro de responsabilida-de, facultando-se, em caso afrmativo, o ajuizamento de ao de indenizao diretamente contra o segurador, veda-daadenunciaodalideaoInstituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsrcio obrigatrio com este. Art. 102. Os legitimados a agir na for-ma deste Cdigo podero propor ao visando compelir o Poder Pbico com-petente aproibir,em todooterritrio nacional, a produo, divulgao, dis-tribuio ou venda, ou a determinar al-terao na composio, estrutura, fr-mula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso sade pblica e incolumidade pessoal. 1. (Vetado). 2. (Vetado).CAPTULO IVDA COISA JULGADAArt.103.Nasaescoletivasdeque trata este Cdigo, a sentena far coi-sa julgada:I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insufcincia deprovas,hipteseemquequalquer legitimado poder intentar outra ao, comidnticofundamento,valendo-se de nova prova, na hiptese do inciso I do pargrafo nico do art. 81;II-ultrapartes,maslimitadamen-CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR37teaogrupo,categoriaouclasse,sal-voimprocednciaporinsufcinciade provas, nos termos do inciso anterior, quandosetratardahipteseprevista no inciso II do pargrafo nico do art. 81; III-ergaomnes,apenasnocasode procedncia do pedido, para benefciar todas as vtimas e seus sucessores, na hiptese do inciso III do pargrafo ni-co do art. 81. 1. Os efeitos da coisa julgada pre-vistos nos incisos I e II no prejudica-ro interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe. 2. Na hiptese prevista no inciso III, em caso de improcedncia do pedido, os interessados que no tiverem inter-vindo no processo como litisconsortes podero propor ao de indenizao a ttulo individual. 3.Osefeitosdacoisajulgadade que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, no prejudicaro as aes de indenizaopordanospessoalmente sofridos, propostas individualmente ou naforma previstanesteCdigo,mas, seprocedenteopedido,benefciaro as vtimas e seus sucessores, que po-dero proceder liquidao e execu-o, nos termos dos arts. 96 a 99. 4. Aplica-se o disposto no pargrafo anteriorsentenapenalcondenat-ria. Art. 104. As aes coletivas, previstas nosincisosIeIIdopargrafonico doart.81,noinduzemlitispendn-ciaparaasaesindividuais,masos efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II eIIIdoartigoanteriornobenefcia-roosautoresdasaesindividuais, se no for requerida sua suspenso no prazo de trinta dias, a contar da cin-cia nos autos do ajuizamento da ao coletiva. TTULO IVDO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOrArt. 105. Integram o Sistema Nacional deDefesadoConsumidor(SNDC),os rgos federais, estaduais, do Distrito Federalemunicipaiseasentidades privadas de defesa do consumidor. Art.106.ODepartamentodeProte-oeDefesadoConsumidor,daSe-cretaria de Direito Econmico (MJ), ou rgofederalquevenhasubstitu-lo, organismodecoordenaodapol-tica do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: I-planejar,elaborar,propor,coorde-nareexecutarapolticanacionalde proteo ao consumidor;II-receber,analisar,avaliareenca-minhar consultas, denncias ou suges-tesapresentadasporentidadesre-presentativasoupessoasjurdicasde direito pblico ou privado;III-prestaraosconsumidoresorien-taopermanentesobreseusdireitos e garantias;IV-informar,conscientizaremotivar oconsumidoratravsdosdiferentes meios de comunicao;V - solicitar polcia judiciria a instau-rao de inqurito policial para a apre-ciao de delito contra os consumido-res, nos termos da legislao vigente;VI-representaraoMinistrioPbli-cocompetenteparafnsdeadoo de medidas processuais no mbito de CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR38suas atribuies;VII - levar ao conhecimento dos rgos competentes as infraes de ordem ad-ministrativa que violarem os interesses difusos,coletivos,ouindividuaisdos consumidores;VIII - solicitar o concurso de rgos e entidadesdaUnio,Estados,doDis-tritoFederaleMunicpios,bemcomo auxiliar a fscalizao de preos, abas-tecimento, quantidade e segurana de bens e servios;IX - incentivar, inclusive com recursos fnanceiroseoutrosprogramasespe-ciais, a formao de entidades de de-fesadoconsumidorpelapopulaoe pelos rgos pblicos estaduais e mu-nicipais;X - (Vetado);XI - (Vetado);XII - (Vetado);XIII-desenvolveroutrasatividades compatveis com suas fnalidades. Pargrafonico.Paraaconsecuo deseusobjetivos,oDepartamento deProteoeDefesadoConsumidor podersolicitaroconcursodergos eentidadesdenotriaespecializao tcnico-cientfca. TTULO VDA CONVENO COLETIVA DE CONSUMOArt.107.Asentidadescivisdecon-sumidoreseasassociaesdefor-necedoresousindicatosdecategoria econmica podem regular, por conven-oescrita,relaesdeconsumoque tenhamporobjetoestabelecercondi-es relativas ao preo, qualidade, quantidade,garantiaecaractersti-cas de produtos e servios, bem como reclamao e composio do confito de consumo. 1. A conveno tornar-se- obriga-tria a partir do registro do instrumento no cartrio de ttulos e documentos. 2. A conveno somente obrigar os fliados s entidades signatrias. 3. No se exime de cumprir a con-veno o fornecedor que se desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento. Art. 108. (Vetado).TTULO VIDISPOSIES FINAISArt. 109. (Vetado).Art. 110. Acrescente-se o seguinte in-ciso IV ao art. 1 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985: V - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.Art. 111. O inciso II do art. 5 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, pas-sa a ter a seguinte redao:II - inclua, entre suas fnalidades ins-titucionais,aproteoaomeioam-biente,aoconsumidor,aopatrimnio artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico, ou a qualquer outro inte-resse difuso ou coletivo.Art. 112. O 3 do art. 5 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redao: 3. Em caso de desistncia infunda-daouabandonodaaoporassocia-o legitimada, o Ministrio Pblico ou outro legitimado assumir a titularida-de ativa.CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR39Art. 113. Acrescente-se os seguintes 4, 5 e 6 ao art. 5 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985. 4.Orequisitodapr-constituio poder ser dispensado pelo juiz, quan-do haja manifesto interesse social evi-denciadopeladimensooucaracte-rsticadodano,oupelarelevnciado bem jurdico a ser protegido. 5. Admitir-se- o litisconsrcio fa-cultativoentreosMinistriosPblicos da Unio, do Distrito Federal e dos Es-tados na defesa dos interesses e direi-tos de que cuida esta Lei.6.Osrgospblicoslegitimados podero tomar dos interessados com-promisso de ajustamento de sua con-dutasexignciaslegais,mediante cominaes, que ter efccia de ttulo executivo extrajudicial.Art.114.Oart.15daLein7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redao:Art. 15. Decorridos sessenta dias do trnsitoemjulgadodasentenacon-denatria,semqueaassociaoau-toralhepromovaaexecuo,dever faz-looMinistrioPblico,facultada igualiniciativaaosdemaislegitima-dos.Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985,passandoopargrafonicoa constituir o caput, com a seguinte re-dao:Art. 17. Em caso de litigncia de m-f,aassociaoautoraeosdiretores responsveis pela propositura da ao serosolidariamentecondenadosem honorriosadvocatcioseaodcuplo das custas, sem prejuzo da responsa-bilidade por perdas e danos. Art. 116. D-se a seguinte redao ao art. 18 da Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985:Art. 18. Nas aes de que trata esta Lei, no haver adiantamento de cus-tas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem con-denaodaassociaoautora,salvo comprovadam-f,emhonorriosde advogado,custasedespesasproces-suais.Art.117.Acrescente-seLein 7.347,de24dejulhode1985,ose-guinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:Art. 21. Aplicam-se defesa dos di-reitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabvel, os dis-positivos do Ttulo III da Lei que insti-tuiuoCdigodeDefesadoConsumi-dor. Art.118.EsteCdigoentraremvi-gordentrodecentoeoitentadiasa contar de sua publicao. Art.119.Revogam-seasdisposies em contrrio. Braslia, em 11 de setembro de 1990, 169 da Independncia e 102 da Re-pblica.Fernando CollorPresidente da RepblicaCDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR40DECRETO N 2.181, DE 20 DE MARO DE 1997DispesobreaorganizaodoSis-temaNacionaldeDefesadoConsu-midor - SNDC, estabelece as normas gerais de aplicao das sanes admi-nistrativas previstas na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, revoga o Decreto n. 861, de 9 julho de 1993, e d outras providncias.OPresidentedaRepblica,nousoda atribuioquelheconfereoart.84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990,DECRETA:Art.1.FicaorganizadooSistema NacionaldeDefesadoConsumidor- SNDCeestabelecidasasnormasge-rais de aplicao das sanes adminis-trativas, nos termos da Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990.CAPTULO IDO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDORArt. 2. Integram o SNDC a Secretaria de Direito Econmico do Ministrio da Justia - SDE, por meio do seu Depar-tamento de Proteo e Defesa do Con-sumidor-DPDC,eosdemaisrgos federais,estaduais,doDistritoFede-ral, municipais e as entidades civis de defesa do consumidor.CAPTULO IIDA COMPETNCIA DOS ORGOS INTEGRANTES DO SNDCArt. 3. Compete ao DPDC, a coorde-nao da poltica do Sistema Nacional deDefesadoConsumidor,cabendo-lhe:I-planejar,elaborar,propor,coorde-nareexecutarapolticanacionalde proteo e defesa do consumidor;II-receber,analisar,avaliareapurar consultasedennciasapresentadas por entidades representativas ou pes-soas jurdicas de direito pblico ou pri-vado ou por consumidores individuais;III-prestaraosconsumidoresorien-taopermanentesobreseusdireitos e garantias;IV-informar,conscientizaremotivar o consumidor, por intermdio dos dife-rentes meios de comunicao;V - solicitar polcia judiciria a instau-raodeinquritoparaapuraode delito contra o consumidor, nos termos da legislao vigente;VI-representaraoMinistrioPblico competente,parafnsdeadoode medidas processuais, penais e civis, no mbito de suas atribuies;VII - levar ao conhecimento dos rgos competentesasinfraesdeordem administrativaqueviolaremosinte-resses difusos, coletivos ou individuais dos consumidores;VIII - solicitar o concurso de rgos e entidadesdaUnio,dosEstados,do Distrito Federal e dos Municpios, bem como auxiliar na fscalizao de preos, abastecimento, quantidade e seguran-a de produtos e servios;IX - incentivar, inclusive com recursos fnanceiroseoutrosprogramases-peciais,acriaodergospblicos estaduaisemunicipaisdedefesado consumidoreaformao,peloscida-dos,deentidadescomessemesmo objetivo;X - fscalizar e aplicar as sanes admi-nistrativas previstas na Lei n. 8.078, de1990,eemoutrasnormasperti-DECRETO 2.181 DE 20 DE MARO DE 199741nentes defesa do consumidor;XI-solicitaroconcursodergose entidadesdenotriaespecializao tcnico-cientfca para a consecuo de seus objetivos;XII-provocaraSecretariadeDireito Econmicoparacelebrarconvniose termos de ajustamento de conduta, na formado6.doart.5.daLein. 7.347, de 24 de julho de 1985;XIII-elaboraredivulgarocadastro nacionaldereclamaesfundamenta-das contra fornecedores de produtos e servios, a que se refere o art. 44 da Lei n. 8.078, de 1990;XIV-desenvolveroutrasatividades compatveis com suas fnalidades.Art. 4. No mbito de sua jurisdio e competncia, caber ao rgo estadu-al,doDistritoFederalemunicipalde proteo e defesa do consumidor, cria-do,naformadalei,especifcamente paraestefm,exercitarasatividades contidas nos incisos II a XII do art. 3. deste Decreto e, ainda:I-planejar,elaborar,propor,coorde-nareexecutarapolticaestadual,do DistritoFederalemunicipaldeprote-o e defesa do consumidor, nas suas respectivas reas de atuao;II-daratendimentoaosconsumido-res, processando, regularmente, as re-clamaes fundamentadas;III-fscalizarasrelaesdeconsu-mo;IV-funcionar,noprocessoadminis-trativo,comoinstnciadeinstruoe julgamento, no mbito de sua compe-tncia, dentro das regras fxadas pela Lei n. 8.078, de 1990, pela legislao complementar e por este Decreto;V - elaborar e divulgar anualmente, no mbito de sua competncia, o cadastro de reclamaes fundamentadas contra fornecedoresdeprodutoseservios, de que trata o art. 44 da Lei n. 8.078, de 1990, e remeter cpia ao DPDC;VI-desenvolveroutrasatividades