Código de Obras - São Gonçalo Do Amarante - Rn Lei_complementar_052_18.09.2009_codigo_de_obras

RIO GRANDE DO NORTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE SO GONALO DO AMARANTE/RN Centro Administrativo R. Alexandre Cavalcanti, S/N CEP 59.290-000. CGC 08.079.402/0001-35

LEI COMPLEMENTAR N 052, DE 08 DE SETEMBRO DE 2009.

Institui o Cdigo de Obras do Municpio de So

Gonalo do Amarante/RN e d outras

providncias.

O PREFEITO MUNICIPAL DE SO GONALO DO AMARANTE FAZ SABER, que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TTULO I

DOS PRINCPIOS E FUNDAMENTOS DO CDIGO

CAPITULO I

OBJETIVOS E FINALIDADE DO CDIGO DE OBRAS

Art. 1 Ficam determinadas nesta Lei doravante denominada Cdigo de Obras, as regras

gerais e especficas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execuo, manuteno,

fiscalizao e utilizao das obras e edificaes, dentro dos limites do municpio de So

Gonalo do Amarante, respeitando o Plano Diretor Participativo e o Cdigo de Meio

Ambiente.

Art. 2 So objetivos do Cdigo de Obras do municpio de So Gonalo do Amarante:

I informar e instruir os procedimentos necessrios para licenciamento urbanstico e

ambiental;

II garantir a transparncia e conhecimento pblico dos processos de licenciamento, assim

como dar cincia e publicidade das aes relativas a edificaes no municpio;

III controlar, por meio da fiscalizao, a construo de edificaes no municpio assim

como penalizar aqueles que cometerem irregularidades;

IV garantir uma justa retribuio sobre o uso do solo na forma da cobrana sobre os

licenciamento e projetos executados no municpio;

RIO GRANDE DO NORTE


V priorizar os interesses coletivos sobre interesses individuais, atinentes a Funo Social da

Propriedade;

VI contribuir para preservar os recursos naturais, a qualidade cnico-paisagstica, interesse

histrico-cultural, turstico e geolgico no municpio;

VII garantir a segurana e a salubridade dos muncipes, evitando que obras ou servios

venham a prejudicar de qualquer forma a coletividade;

VIII garantir que as obras e edificaes mantenham padro de segurana e salubridade no

seu funcionamento, atinentes as normas e parmetros mais modernos;

IX controle e registro sobre as obras e servios executados no municpio, que envolvam

utilizao dos coeficientes, ndices e prescries existentes no Plano Diretor do municpio;

X penalizar de forma justa aqueles que recorrem em infraes e irregularidades previstas no

corpo desta lei.

CAPITULO II

DAS DEFINIES

Art. 3 Para os fins desta lei, e visando melhor aplicao de seus instrumentos, define-se:

I acessibilidade: conjunto de medidas que garantam o pleno acesso por parte dos indivduos

aos cmodos da edificao, sem restrio de pavimentos e mobilirio, segundo normas e

legislao vigente;

II alvar: documento emitido pelo rgo de licenciamento urbanstico e ambiental,

autorizando o incio de obra ou funcionamento;

III alvar de construo: emitido pelo rgo municipal de licenciamento urbanstico e

ambiental autorizando o proprietrio a iniciar a edificao da obra;

IV alvar de demolio ou reforma: emitido pelo rgo municipal de licenciamento

urbanstico e ambiental autorizando o proprietrio a iniciar as alteraes em estrutura ou

edificao existente, sem acrscimo de rea;

V alvar de ampliao: emitido pelo rgo municipal de licenciamento urbanstico e

ambiental autorizando o proprietrio a ampliar a quantidade de rea construda de uma

edificao j existente, incluindo a possibilidade de reforma em partes dessa edificao;

VI rea edificada: soma das reas totais cobertas de uma edificao;

VII rea til: rea interna da edificao com delimitao dos espaos ocupados, excetuadas

as paredes e elementos estruturais;

RIO GRANDE DO NORTE


VIII auto de infrao: documento emitido pelo rgo de licenciamento urbanstico e

ambiental, informando e instruindo sobre a fiscalizao efetuada sobre obra ou

estabelecimento;

IX alvar de legalizao: emitido pelo rgo municipal para proprietrios que solicitarem a

regularizao de uma obra, nos casos em que isso for possvel;

X canteiro de obras: rea interna ao terreno do interessado, onde so armazenados materiais,

equipamentos e abrigos temporrios necessrios a execuo da obra ou servio;

XI demolio: total derrubamento de uma edificao; a demolio parcial ou o total

derrubamento de um bloco de um conjunto de edificaes caracteriza-se como reforma.

XII edificao: obra coberta destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalao,

equipamento e material.

XIII edificao permanente: aquela de carter duradouro.

XIV edificao transitria: aquela de carter no permanente, passvel de montagem,

desmontagem e transporte.

XV equipamento: maquinrio, ferramentas, mobilirio ou peas mveis necessrias a

execuo de obra, servio ou funcionamento de alguma atividade.

XVI licena de instalao: emitido pelo rgo municipal de licenciamento urbanstico e

ambiental autorizando o proprietrio a iniciar a instalao do canteiro de obras e ligao de

gua e energia no lote.

XVII licena ambiental: emitido pelo rgo municipal de licenciamento urbanstico e

ambiental autorizando o proprietrio a iniciar as atividades requeridas, aps anlise dos

possveis impactos ambientais, conforme previso do Cdigo de Meio Ambiente do

municpio de So Gonalo do Amarante.

XVIII mezanino: pavimento que sub-divide parcialmente um andar em dois andares.

XIX movimento de terra: modificao do perfil do terreno que implicar em alterao

topogrfica superior a 1,00m (um metro) de desnvel ou a l.000,00m3 (mil metros cbicos) de

volume, ou em terrenos pantanosos ou alagadios.

XX muro de arrimo: muro destinado a suportar desnvel de terreno superior a 1,00m (um

metro).

XXI obra: realizao de trabalho em imvel, desde seu incio at sua concluso, cujo

resultado implique na alterao de seu estado fsico anterior.

XXII obra complementar: edificao secundria ou parte da edificao que, funcionalmente,

complemente a atividade desenvolvida no imvel.

RIO GRANDE DO NORTE


XXIII obra emergencial: obra de carter urgente, essencial garantia das condies de

estabilidade, segurana ou salubridade de um imvel;

XXIV pea descritiva: texto descritivo de elementos ou servios para a compreenso de

uma obra, tal como especificao de componentes a serem utilizados e ndices de desempenho

a serem obtidos;

XXV pea tcnica ou projeto: representao grfica de elementos para a compreenso de

uma obra;

XXVI perfil do terreno: situao topogrfica existente, objeto do levantamento fsico que

serviu de base para a elaborao do projeto e/ou constatao da realidade;

XXVII perfil natural do terreno: aquele constante dos levantamentos aerofotogramtricos

disponveis ou do arruamento aprovado, anteriores elaborao do projeto;

XXVIII reforma: obra que implicar em uma ou mais das seguintes modificaes, com ou

sem alterao de uso: rea edificada, estrutura, compartimentao vertical, volumetria;

XXIX reconstruo: obra destinada recuperao e recomposio de uma edificao,

motivada pela ocorrncia de incndio ou outro sinistro, mantendo-se as caractersticas

anteriores;

XXX restauro ou restaurao: recuperao de edificao de interesse histrico de modo a

restituir-lhe as caractersticas originais.

TTULO II

NORMAS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

CAPITULO I

DA HABILITAO TCNICA PARA EDIFICAR NO MUNICPIO

Art. 4 O rgo de planejamento urbano e de meio ambiente responsvel pelo licenciamento

urbanstico e ambiental no Municpio de So Gonalo do Amarante.

1 Caber ao rgo de licenciamento urbanstico e ambiental a emisso de Alvars e

Licenas, conforme especificadas no artigo 12 desta Lei.

2 Os tcnicos ou proprietrios podem requerer uma Consulta Prvia ao rgo de

licenciamento para dirimir dvidas sobre a Legislao Urbana ou sobre os Procedimentos

Administrativos necessrios.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 5 Os projetos, obras e servios de arquitetura e engenharia s podero ser licenciados

pelo Municpio mediante responsabilidade tcnica do profissional ou empresa habilitada

legalmente para estes fins.

Pargrafo nico. A habilitao de profissional ou empresa realizada pelo Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA/RN.

Art. 6 Aps a assinatura de profissional habilitado em planos, projetos ou documentos de

arquitetura ou engenharia entregues para licenciamento, tal profissional passa a responder

tcnica e juridicamente perante o rgo de licenciamento urbanstico e ambiental.

Art. 7 Aps a entrega de documentos para licenciamento urbanstico ou ambiental, o

profissional habilitado ser reconhecido como profissional responsvel, assumindo

solidariamente a responsabilidade sobre os planos, projetos e obras naquilo que for de sua

competncia profissional.

1 No local de execuo da obra ou servio de engenharia ou arquitetura dever ser mantido

documentao comprobatria da responsabilidade tcnica, assim como cpia do Alvar de

construo emitido pelo rgo municipal licenciador.

2 Caso ocorra a necessidade de substituio do profissional responsvel, o rgo de

licenciamento urbanstico e ambiental dever ser informado por meio da apresentao de uma

substituio de Anotao de Responsabilidade Tcnica ART de um novo profissional,

devidamente assinado pelo proprietrio da obra ou servio.

3 O profissional que foi substitudo no est eximido de suas responsabilidades tcnicas e

jurdicas at a data de cancelamento de sua ART anterior.

Art. 8 Em relao execuo da obra ou servio licenciado, o(s) proprietrio(s), empresa ou

demais responsveis tcnicos respondem, naquilo que lhes couber, quanto a segurana e

condies dignas de trabalho dos operrios envolvidos nas atividades, conforme legislao

pertinente ao tema.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 9 Ficam obrigados os responsveis citados no caput deste artigo a informar ao rgo de

licenciamento, e as concessionrias afins, sobre possveis impactos no previstos s redes

pblicas de esgotamento, sistema virio, drenagem, abastecimento de gua ou energia eltrica.

Pargrafo nico. A informao sobre alteraes ou impactos nas redes citadas no caput deste

artigo no exime o empreendedor das penalidades previstas, nem como da obrigao de

restituir o que foi alterado.

Art. 10. Ser comunicado ao rgo federal fiscalizador do exerccio profissional a atuao

irregular do profissional que incorra em comprovada impercia, m f, ou execuo de obra

sem Alvars e ART.

CAPTULO II

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Art. 11. O interessado em executar obra ou servio de engenharia ou arquitetura e urbanismo

no municpio de So Gonalo do Amarante, poder faz-lo mediante pedido ao rgo de

licenciamento urbanstico e ambiental por meio dos seguintes documentos:

I formulrio de consulta prvia, requerido pelo interessado onde dever conter informaes

bsicas do proprietrio, localizao do imvel, uso pretendido, rea construda existente e

proposta;

II formulrio de apresentao de proposta, requerido pelo interessado onde constem alm

das informaes textuais do proprietrio e da obra, as peas tcnicas completas para anlise

final;

III formulrio de servios diversos, requerido pelo interessado no caso de pequenas obras ou

servios como poda de arborizao, construo de muros ou cercamentos, alteraes

construtivas em fachadas, alinhamento e nivelamento, cartas de aforamento, publicidade,

entre outros servios.

Art. 12. Aps a anlise dos formulrios e das peas tcnicas correspondestes, poder o rgo

de licenciamento urbanstico e ambiental aprovar os pedidos por meio dos seguintes

documentos:

RIO GRANDE DO NORTE


I alvar de construo;

II alvar de demolio ou reforma;

III alvar de ampliao;

IV alvar de autorizao;

V licena de instalao;

VI licena ambiental;

VI alvar de legalizao.

Pargrafo nico. No caso dos Alvars de Construo, Demolio ou Reforma e Ampliao,

ao final da execuo da obra ou servio de arquitetura ou engenharia o responsvel dever

solicitar ao rgo licenciador a emisso do Certificado de Concluso Habite-se que

assegurar o atendimento aos projetos aprovados.

Art. 13. O rgo licenciador ter 45 dias no mximo para finalizao dos procedimentos de

anlise e emisso da documentao ao interessado.

1 O prazo citado no caput deste artigo no se aplica quando houver erro na formulao da

proposta, falta de peas tcnicas, exigncia de maiores esclarecimentos, estudos e relatrios

complementares.

2 Nos casos citados acima, um novo prazo ser estipulado e informado ao interessado.

3 A liberao dos alvars citados no artigo 12 desta Lei est condicionada tambm aos

pagamentos das taxas administrativas correspondentes.

Art. 14. Devero ser apresentados como documentao mnima, conjuntamente ao

Formulrio de Apresentao da Proposta devidamente preenchidos, os seguintes documentos:

I ttulo de propriedade do imvel ou autorizao do proprietrio, no caso de imveis

alugados;

II certido negativa de dbitos do imvel e do proprietrio perante a tributao municipal;

III ART do projeto, devidamente assinada pelo tcnico responsvel e pelo interessado na

obra ou servio.

RIO GRANDE DO NORTE


Pargrafo nico. No caso de edificaes que venham a ser construdas na rea de influncia

das instalaes aeroporturias aerdromo ou equipamento similar devero ser

apresentados, conjuntamente aos documentos acima especificados, declarao de tcnico

responsvel, comprovando a plena adequao dos referidos projetos s legislaes e normas

aeroporturias pertinentes.

Art. 15. Todos os projetos apresentados devem observar a Legislao Federal, Estadual e

Municipal, notadamente o Plano Diretor do Municpio de So Gonalo e as demais

legislaes ambientais, sendo passvel de no aprovao os projetos que de qualquer modo

venham a comprometer o meio ambiente ou a qualidade de vida dos muncipes.

Art. 16. Os imveis de uso no residencial necessitam da Licena para iniciar seu

funcionamento, respeitadas as legislaes urbansticas e ambientais.

Art. 17. Projetos de interesse pblico podero solicitar grau de urgncia nas anlises, caso

envolva recursos pblicos ou atendimento a situaes emergenciais.

1 Caso finde o prazo mximo de 01 (um) ano para o incio da obra, o interessado poder

apresentar solicitao por escrito ao rgo licenciador justificando o motivo do atraso e

definindo novo prazo para incio das obras, sendo passvel ou no de aprovao.

2 O alvar especfico poder ser cancelado caso seja constatada irregularidade na execuo

da obra que difira dos projetos aprovados.

3 Caso o alvar seja cancelado, interrompe-se a execuo da obra at a concluso dos

procedimentos administrativos, garantida a plena defesa do interessado.

Art. 18. Projetos ou obras de interesse social ficam isentas do pagamento das taxas de

emisso de Alvars de Construo ou Reforma.

Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei, considera-se projeto ou obra de interesse social as

moradias unifamiliares destinadas ao uso do proprietrio, de carter popular, com rea total

no excedente a 50,00m2 (cinqenta metros quadrados) cuja execuo no exija clculo

estrutural e que no constitua parte de agrupamento ou conjunto de realizao simultnea.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 19. As peas tcnicas doravante designadas projetos devem observar as convenes e

normas de apresentao, atentando para a clareza e detalhamento das informaes.

1 os projetos devem ser apresentadas com no mnimo as seguintes informaes:

I planta baixa,

II plantas de cortes e elevaes;

III planta de situao, locao e coberta;

IV memorial descritivo da edificao.

2 O rgo de licenciamento poder exigir maiores detalhamentos, caso considere necessrio

dirimir dvidas ou complementar a anlise da documentao.

3 As convenes grficas usuais para projetos de reforma ou ampliao devem ser:

I linhas cheias e preenchidas em vermelho indicam paredes a construir;

II linhas cheias sem preenchimento indicam paredes a serem preservadas;

III linhas tracejadas preenchidas em amarelo indicam paredes a demolir.

4 Os projetos devero ser entregues em escala compatvel, em 03 vias impressas e dobradas

e acompanhadas de cpia digital em CD-ROM.

CAPTULO III

DO INCIO DAS OBRAS

Art. 20. O incio das obras dar-se- quando da emisso do alvar especfico, tendo este

validade de 01 (um) ano.

Pargrafo nico. O incio da obra caracterizado pela instalao do canteiro de obras,

movimentos de terraplanagem ou incio das fundaes.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 21. Configura-se como iniciada a obra, quando da instalao do canteiro de obras que

dispor, no mnimo, de local para guarda de materiais e suporte para os operrios, garantindo

a estes higiene, segurana e salubridade.

Art. 22. O canteiro de obras no poder invadir o passeio pblico, sendo seu fechamento

realizado no limite do lote ou terreno.

1 O tapume ter altura mxima de 2,20m (dois vrgula vinte metros) e ser sinalizado em

suas aberturas, sendo ainda proibida a colocao de entulho ou materiais no passeio pblico

sob pena de paralisao da obra.

2 O entulho resultante da obra no poder ser destinado como lixo comum, sendo

necessrio acondicionamento especial indicado pelo rgo licenciador. E sua remoo ser

por conta e responsabilidade do proprietrio da obra.

Art. 23. No caso de Alvars emitidos para terrenos vazios, as concessionrias de gua e

Energia Eltrica s podero efetuar as ligaes provisrias quando da apresentao, pelo

interessado, do Alvar especfico emitido pelo rgo licenciador.

Art. 24. Na finalizao da obra ou servio requerido, e autorizado pelo rgo licenciador, o

proprietrio dever requer a emisso do Certificado de Concluso Habite-se, devendo a

construo estar devidamente concluda e que tenha atentado para todos os detalhes do projeto

aprovado anteriormente pelo rgo licenciador.

Pargrafo nico. Caso a obra tenha sido executada em desacordo com o projeto aprovado,

poder o proprietrio requerer a regularizao desde que adote medidas mitigadoras e que

possa ser compatibilizada com a legislao vigente.

CAPTULO IV

FISCALIZAO E CONTROLE URBANSTICO

Art. 25. O conjunto de legislaes urbansticas e ambientais ser aplicado em todo o territrio

municipal de So Gonalo do Amarante, respeitando os Macrozoneamentos e reas Especiais

contidas no Plano Diretor e Cdigo de Meio Ambiente.

RIO GRANDE DO NORTE


Pargrafo nico. Caber o poder executivo municipal, por meio de seu rgo de

licenciamento e controle, garantir o pleno cumprimento da legislao citada no caput desse

artigo, assim como de todas as prescries inscritas nesta Lei.

Art. 26. Para cumprir a funo citada no pargrafo nico do artigo 25, o rgo de

licenciamento e controle do municpio poder empreender fiscalizaes sistemticas para

avaliar e vistoriar a execuo de obras de qualquer natureza aplicando, quando for o caso, as

penalidades previstas.

Pargrafo nico. A atividade de fiscalizao por parte do rgo municipal de licenciamento

e controle seguir os seguintes princpios:

I manuteno da atualizao referente as leis, normas e procedimentos atinentes aos temas

urbansticos e ambientais, informando o interessado sobre possveis mudanas nessas mesmas

normatizaes;

II orientao aos proprietrios notificados ou intimados, em relao s normas e

procedimentos necessrios para regularizao ou adequao dos projetos e obras;

III garantia da transparncia dos atos administrativos, permitindo a consulta pblica sobre

processos em andamento, desde que ressalvada legislao superior ao contrrio ou

informaes de cunho estritamente pessoal;

IV garantia do direito de resposta ou defesa aos interessados, alvos de procedimentos

administrativos e penalidades.

Art. 27. A fiscalizao das obras em execuo ser realizada por funcionrio do poder

executivo municipal lotado no rgo municipal de licenciamento urbanstico e ambiental,

definido para esta funo.

1 Os funcionrios citados no caput deste artigo possuem poder de polcia no que concerne

aos itens urbansticos e ambientais, podendo realizar os seguintes procedimentos em obras

executadas em desacordo com este Cdigo:

I fiscalizar;

II intimar;

III interditar;

RIO GRANDE DO NORTE


IV demolir;

V apreender materiais, equipamentos ou documentos;

VI vedar ou impedir acesso a obras ou recintos fiscalizados.

2 o funcionrio responsvel pela fiscalizao deve registrar em auto de infrao a

modalidade do procedimento conforme a gravidade das irregularidades encontradas.

3 os autos de infrao so documentos oficiais e devem conter a descrio das

irregularidades localizadas na obra, indicando o nome dos responsveis pela obra, endereo

da infrao e do proprietrio, responsvel tcnico, se houver, determinao ou ao referida

nos incisos acima descritos prazos para comparecimento e defesa.

4 quando da entrega de auto de infrao, dever ser posteriormente aberto processo com

inscrio prpria, destinado a recepcionar todas as informaes relativas a obra fiscalizada.

Art. 28. O proprietrio da obra fiscalizada dever manter no local cpia do auto de infrao,

sob pena de sofrer uma segunda intimao e autuao.

1 aps a autuao, o proprietrio ter 10 (dez) dias corridos para comparecer ao rgo de

licenciamento urbanstico e ambiental para protocolar sua defesa prvia.

2 caso aps o comparecimento no sejam dirimidas as irregularidades, a obra continuar

impedida at finalizao do processo em aberto.

3 at a finalizao do processo, o rgo de licenciamento urbanstico e ambiental poder

fixar aviso de interdio na fachada principal da obra ou estabelecimento, garantindo o

conhecimento pblico das aes de fiscalizao.

4 Durante a interdio s ser permitida a execuo dos servios indispensveis

eliminao das infraes.

5 Em se tratando de obra sem o documento que comprove a regularidade da atividade, a

interdio somente cessar aps o cumprimento de todas as seguintes condies:

RIO GRANDE DO NORTE


I eliminao de eventuais divergncias da obra em relao s condies indicadas,

autorizadas ou licenciadas;

II pagamento das multas impostas;

III aceitao de comunicao, ou expedio da autorizao ou alvar de execuo.

CAPTULO V

DAS PENALIDADES

Art. 29. O no cumprimento dos procedimentos legais previstos neste Cdigo ensejar a

lavratura do competente auto de infrao e multa, com notificao simultnea do infrator para

pagamento de multa ou apresentao de defesa autoridade competente sob pena de

confirmao da penalidade imposta.

Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei, considera-se infrator o proprietrio ou possuidor

do imvel e, ainda, quando for o caso, o sndico, o usurio, o responsvel pelo uso e o

dirigente tcnico responsvel pela execuo das obras.

Art. 30. As penalidades previstas nesta Lei so:

I multas;

II interdio;

III demolio;

IV apreenso de materiais, equipamentos ou documentos;

V vedao de acesso a obras ou recintos fiscalizados.

Pargrafo nico. a penalidade poder ser infligida de forma unitria ou em conjunto com

outras penalidades, conforme Anexo I, a critrio do rgo de licenciamento urbanstico e

ambiental.

Art. 31. A aplicao das multas pecunirias, resultante da fiscalizao urbanstica e

ambiental, no exime o infrator das demais sanes e medidas administrativas ou judiciais

cabveis, inclusive a apurao de sua responsabilidade pelos crimes de desobedincia contra a

administrao pblica, previstos na legislao penal.

RIO GRANDE DO NORTE


1 As multas possuem vigncia mensal, sendo majoradas conforme o total de meses

necessrios para regularizar o ato infracionrio, ficando estipuladas conforme itens abaixo:

I construo com at 60,00m2 (sessenta metros quadrados) variando entre R$ 100,00 (cem

reais) a R$ 1.000,00 (mil reais) a depender das irregularidades encontradas (conforme Anexo

I );

II construo entre 60,01m2 (sessenta vrgula um metros quadrados) e 120,00m2 (cento e

vinte metros quadrados) variando entre R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil

reais) a depender das irregularidades encontradas (conforme Anexo I);

III construo entre 120,01m2 (cento e vinte vrgula um metros quadrados) e 240,00m2,

(duzentos e quarenta metros quadrados), variando entre R$ 300,00 (trezentos reais) a R$

3.000,00 (trs mil reais) a depender das irregularidades encontradas (conforme Anexo I);

IV construo acima de 240,00m2 (duzentos e quarenta metros quadrados) variando de R$

500,00 (quinhentos reais) e R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a depender das irregularidades

encontradas (conforme Anexo I).

2 Caber ao rgo municipal de licenciamento urbanstico e ambiental a definio de faixas

de valores para cada inciso acima, respeitado o valor mnimo e mximo, separando-as em

infraes graves, mdias ou baixas conforme a existncia de sobreposio de infraes

previstas no Anexo I desta Lei;

3 As multas sobre as infraes ambientais, de poluio sonora e visual sero definidas no

Cdigo de Meio Ambiente do municpio de So Gonalo do Amarante.

4 Os valores definidos acima podero ser atualizados e revisados por legislao municipal,

a qualquer momento e sob a deciso do poder executivo municipal.

5 As multas podero ser cumulativas, conforme as irregularidades encontradas.

6 Os casos de irregularidades no previstos nesta Lei, podero ser definidos pelo rgo de

licenciamento urbanstico e ambiental, utilizando como parmetro o Anexo I e demais

legislaes federal, estadual e municipal.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 32. A interdio de obra ou estabelecimento visa evitar a continuidade dos atos

infracionrios, preservando o interesse pblico e a segurana dos cidados.

1 A interdio poder ocorrer quando:

I a fiscalizao detectar o no cumprimento da legislao urbanstica e ambiental em vigor

no municpio;

II o proprietrio se recusar a tomar medidas mitigadoras da irregularidade ou executar a

obra em desacordo com os projetos aprovados;

2 poder a fiscalizao requerer fora policial, quando necessrio, para garantir o pleno

cumprimento da interdio da obra ou estabelecimento.

3 caso o proprietrio da obra fiscalizada empreenda obstculos, dificuldades ou gere

impedimentos a ao fiscalizadora, alm da interdio poder incidir multas complementares

ou aes judiciais cabveis para salvaguardar o interesse pblico e a segurana dos

funcionrios municipais.

Art. 33. A demolio da obra irregular poder se dar de forma total ou parcial, a depender das

irregularidades e grau de risco encontrado.

Pargrafo nico a demolio ser autorizada pelo responsvel pelo rgo de licenciamento

urbanstico e ambiental, respeitados os prazos de defesa e as medidas mitigadoras possveis

apresentadas pelo proprietrio.

Art. 34. O poder executivo municipal, por meio do seu rgo licenciador, poder apreender

materiais, equipamentos mveis e maquinrios no caso destes comprometerem a segurana,

prejudicar o meio ambiente, gerar incmodos e riscos a sade de indivduos ou comunidade.

Pargrafo nico. So passveis de apreenso e multa, cumulativamente, os seguintes casos:

I material de construo depositado sobre via ou circulao pblica, por mais de 24 horas;

II entulho de construo depositado sobre via ou circulao pblica, por mais de 06 horas;

III placas, marquises, tapumes, faixas ou cartazes que invadam o espao pblico causando

prejuzo livre circulao ou poluindo visualmente o ambiente;

RIO GRANDE DO NORTE


IV mquinas ou mobilirio causadores de poluio sonora ou que se constitua em obstculo

livre circulao de pedestres.

Art. 35. O poder executivo municipal, por meio do seu rgo licenciador, poder vedar o

acesso a obra ou estabelecimentos que tenham sido instalados sem autorizao do poder

pblico, onde o rgo licenciador seja sistematicamente impedido de realizar fiscalizaes ou

onde sejam identificadas atividades ilegais ou de risco.

Pargrafo nico. O prazo da vedao de acesso durar at serem sanadas as irregularidades

encontradas pela fiscalizao.

TTULO III

DAS NORMAS ESPECFICAS DAS EDIFICAES

CAPTULO I

DAS NORMAS CONSTRUTIVAS

Art. 36. Todos os projetos e a execuo dos elementos construtivos da edificao, como

fundaes, estrutura, paredes internas e externas, circulao, corredores, escadas, elevadores,

coberturas, forros, pisos e revestimentos das edificaes obedecero:

I as normas brasileiras constantes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT;

II as normas expedidas pelos rgos responsveis pela segurana, preveno e combate a

incndios nas construes;

III as normas expedidas pelos rgos responsveis pelas condies sanitrias das

construes;

IV as normas relativas s condies ambientais, em especial o isolamento termo acstico

expedidas pelos rgos responsveis pelo meio ambiente;

V ao respeito s condies de impermeabilizao e salubridade.

1 Para cada etapa que demande projeto especfico e sua execuo, dever haver uma

Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART, com cada atribuio profissional exigida.

2 As questes relativas aos elementos construtivos e aquelas ligadas a circulao interna das

edificaes, iluminao, ventilao, sero consideradas como intrnsecas a atividade projetual

RIO GRANDE DO NORTE


dos profissionais habilitados pelo CREA-RN, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos,

respeitadas as normas contidas nos incisos do presente artigo.

CAPTULO II

DO FECHAMENTO DOS TERRENOS

Art. 37. Ser obrigatria a colocao de tapumes, sempre que se executarem obras de

construo, reconstruo, reforma ou demolio.

1 Os tapumes a que se refere o caput deste artigo devero ser executados em altura

mnima de 2,20m (dois vrgula vinte metros), em relao ao nvel do passeio.

2 Poder ser permitido que o tapume avance at a metade da largura do passeio durante o

tempo necessrio execuo das obras junto ao alinhamento do logradouro.

Art. 38. Durante o desenvolvimento de servios de fachada nas obras situadas no alinhamento

ou dele afastadas at 1,20m (um vrgula vinte metros) ser obrigatrio, mediante emisso de

Alvar de Autorizao, o avano do tapume sobre o passeio at, no mximo, metade de sua

largura, de forma a proteger o pedestre.

Pargrafo nico. Concludos os servios de fachada, ou paralisada a obra por perodo

superior a 30 (trinta) dias, o tapume ser obrigatoriamente recuado para o alinhamento.

Art. 39. Quando a largura livre do passeio resultar inferior a 0,90 m (noventa centmetros) e

se tratar de obra em logradouro sujeito ao intenso trfego de veculos, dever ser solicitada

autorizao para, em carter excepcional, e a critrio do rgo municipal competente,

desviar-se o trnsito de pedestres para parte protegida do leito carrovel.

Art. 40. Para os terrenos no edificados ser obrigatrio o fechamento no alinhamento das

suas divisas por alvenaria com altura mnima de 2,00m (dois metros) sempre que estiverem de

frente para via pavimentada, alm de serem mantidos limpos, sem acmulo de entulho ou

lixo.

RIO GRANDE DO NORTE


1 Para os terrenos no edificados localizados de frente a via urbana no pavimentada, ser

obrigatria a vedao do terreno, no mnimo, por meio de cercamento mantido ntegro e de

responsabilidade do proprietrio do terreno.

2 Nos terrenos edificados, facultada a construo de fechos (muros, cercas, grades ou

similares) em suas divisas.

Art. 41. Na produo de qualquer espcie de fechamento, a sua altura mxima, nos

alinhamentos frontais, laterais e de fundos de trs metros (3,00m) em relao ao passeio,

medidos de qualquer ponto da testada.

Art. 42. O proprietrio do imvel o responsvel pela construo e conservao de cercas e

muros, inclusive daqueles que possurem sistema energizado de proteo.

Pargrafo nico. A conservao da higiene referente aos terrenos no edificados

regulamentada pela Lei Municipal n. 1.062/2004 Cdigo de Posturas do Municpio.

CAPTULO III

DOS ACESSOS, ESTACIONAMENTOS E DAS CALADAS.

Art. 43. O acesso de veculos a edificao compreende o espao situado entre a guia e o

alinhamento do logradouro.

Art. 44. O rebaixamento de guias destinado a acesso de veculos no poder exceder a 50%

(cinqenta por cento) da extenso da testada do terreno, excetuados os conjuntos de

habitaes agrupadas horizontalmente.

Pargrafo nico. A abertura destinada sada de veculos do imvel dever estar

posicionada, de forma tal, que permita a visualizao da calada.

Art. 45. A acomodao transversal do acesso entre o perfil do logradouro e os espaos de

circulao e estacionamento ser feita exclusivamente dentro do imvel, de forma a no criar

degraus ou desnveis abruptos na calada.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 46. As edificaes devero assegurar condies de acesso, circulao e uso por pessoas

idosas ou portadoras de deficincias, seguindo as legislaes afins e necessrias.

Art. 47. As rampas de acesso de estacionamentos em nveis rebaixados ou elevados em

relao ao passeio devem seguir as recomendaes abaixo:

I incio da rampa com 5,00m (cinco metros) do alinhamento do recuo frontal;

II estacionamento de veculos de passeio e utilitrios de pequeno porte com inclinao

mxima de 20% (vinte por cento), altura mnima entre o piso e qualquer obstculo de 2,20m

(dois vrgula vinte metros) e raio interno mnimo para curva de 6,00m (seis metros);

III estacionamento para carga e descarga de veculos com inclinao mxima de 12% (doze

por cento), altura mnima entre o piso e qualquer obstculo e raio interno mnimo para curva

de 12,00m (doze metros).

Art. 48. Todos os usos devero prever reas destinadas ao estacionamento ou guarda de

veculos, em local de fcil acesso para via pblica, cobertas ou no, e, nos casos dos usos do

tipo comercial ou industrial, alm das reas de estacionamento deve destinar reas para carga

e descarga, nos termos desta Lei.

1 As reas destinadas carga e descarga devem ter os mesmos espaos mnimos requeridos

para o estacionamento ou guarda de veculos, conforme Anexo II.

2 Nos projetos devem constar obrigatoriamente s indicaes grficas da localizao, a

quantidade e tipo de cada vaga e o esquema de circulao e acesso dos veculos.

3 As vagas de estacionamento tero dimenses mnimas de 2,40m (dois vrgula quarenta

metros) de largura e 4,50m (quatro vrgula cinqenta metros) de comprimento, podendo variar

em funo do tipo de veculo a que se destinam.

4 Nas construes residenciais admite-se o uso da faixa exigida como recuo ou

afastamento, como estacionamento ou garagem coberta, desde que sua largura no ultrapasse

a um meio da frente do lote. Nas esquinas, deve-se usar o lado de maior dimenso junto

RIO GRANDE DO NORTE


divisa, com frente para a via pblica, de forma a no haver prejuzo para o trfego de

veculos, quanto visibilidade.

Art. 49. A composio das reas para estacionamento obedecer as seguintes dimenses

mnimas:

VAGAS

COMPRIMENTO LARGURA LARGURAS DAS CIRCULAO DE

ACESSO EM METROS

METROS METROS

PARALELO

AT 30

DE 30

A 40 60 90

AUTOMVEIS 5,00 2,40 3,30 3,80 4,50 5,00

VECULOS DE

CARGA 11,00 3,50 5,30 5,70 6,50 11,50

NIBUS 13,00 5,40 5,40 8,20 10,85 14,50

Art. 50. Pode ser dispensada a reserva de rea para estacionamento e guarda de veculos, nos

seguintes casos:

I edificaes residenciais unifamiliares em fundo de lote onde na frente haja outra

edificao ou construo executadas antes da vigncia desta Lei desde que a passagem lateral

esteja inferior a 2,50m (dois vrgula cinqenta metros);

II nas reas especiais de interesse social;

III Imveis tombados ou de interesse histrico, cultural e artstico;

IV para edificaes que apresentem rea do terreno inferior a 200,00m (duzentos metros

quadrados), ou com uma das testadas com dimenso inferior a 12,00m (doze metros);

V em reas onde no seja permitido o trfego de veculos.

Art. 51. A quantidade de vagas, necessrias para cada empreendimento, varivel em funo

do tipo de uso, conforme segue:

I uso residencial e misto: mnimo de uma vaga para cada unidade residencial;

II hotis, hospedarias, penses, apart-hotel ou similar: uma vaga para cada 2 (dois)

apartamentos com at 50m (cinqenta metros quadrados) construdos; uma vaga para cada 1

(um) apartamento com rea maior que 50m (cinqenta metros quadrados); uma vaga para

RIO GRANDE DO NORTE


cada 10m (dez metros quadrados) de salo de conveno; uma vaga para cada 100m (cem

metros quadrados de rea de pblico) e rea destinada a embarque e desembarque, lixo,

nibus de turismo, txi, carga e descarga;

III estabelecimentos de ensino: uma vaga para cada 100,00m (cem metros quadrados) de

rea construda e mais o espao necessrio para carga e descarga de mercadorias e lixo;

IV clubes recreativos, associativos ou esportivos: uma vaga para cada 75,00 m (setenta e

cinco metros quadrados) de rea construda e mais o espao necessrio para carga e descarga

de mercadorias e lixo;

V hospitais, clnicas e similares: uma vaga para cada 50,00 m (cinqenta metros quadrados)

de rea construda e mais o espao necessrio para carga e descarga de mercadorias;

VI supermercados e similares: uma vaga para cada 25,00m (vinte e cinco metros

quadrados) de rea construda e mais o espao necessrio para carga e descarga de

mercadorias e lixo;

VII comrcio atacadista e armazns, indstria e empresas de transporte: uma vaga para cada

300,00m (trezentos metros quadrados) de rea construda e mais o espao para abrigar os

caminhes, o nibus da empresa, alm do espao para carga e descarga e lixo;

VIII uso comercial: uma vaga a cada 50,00m (cinqenta metros quadrados), ou frao, para

as construes at 300,00 m (trezentos metros quadrados) de rea de uso comercial, e uma

vaga a cada 25,00 m (vinte e cinco metros quadrados) e mais o espao necessrio para carga

e descarga de mercadorias e lixo.

Art. 52. De acordo com o nmero de vagas calculado, o empreendimento poder ser avaliado

pelo rgo municipal competente que exigir algumas medidas mitigadoras, de acordo com o

porte de cada empreendimento, que vo desde a reserva de vagas para deficientes e idosos at

a construo de acessos apropriados para o empreendimento, nos casos de grande porte. Estas

medidas sero regulamentadas por Lei especifica.

Art. 53. No caso de reforma ou ampliao obrigatria a reserva de estacionamento e guarda

de veculos sobre esta rea acrescentada.

1 quando a rea de reformados ou ampliados for menor que 50,00m (cinqenta metros

quadrados) deve ser mantido no mnimo o nmero de vagas existentes antes da reforma ou

ampliao.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 54. Em caso do imvel no dispor de rea de estacionamento ou guarda de veculos

permitido que o espao destinado a esse fim esteja localizado em outro imvel existente ou

construdo, dentro de um raio mximo de 200,00m (duzentos metros) do ponto mdio da

testada principal do lote, simultaneamente obra licenciada.

1 O direito de localizao em outro imvel prevista no caput deste artigo no se aplica s

edificaes residenciais.

2 A rea de estacionamento ou guarda de veculos, quando vinculada ao imvel, somente

pode ter sua destinao alterada quando ficar assegurado a substituio por outra rea, com

vagas em quantidade correspondente rea substituda.

3 A edificao, com rea de estacionamento a que se refere o caput deste artigo deve prever,

quando necessria, local para embarque e desembarque.

4 O valor do p-direito mnimo para as reas destinadas a estacionamento ou guarda de

veculos ser de 2,30m (dois metros e trinta centmetros) de altura.

Art. 55. Os espaos para acesso, circulao e guarda de caminhes e nibus, sero

dimensionados em razo do tipo e porte dos veculos que os utilizaro.

Art. 56. A rea a ser destinada a estacionamento e guarda de veculos para edificaes com

mais de um uso no residencial o resultado da soma das exigncias de reas relativas a cada

uso.

Art. 57. A entrada e sada do estacionamento, da garagem e dos ptios de carga e descarga

devem ser realizadas, sempre que possvel, pela via de menor movimento.

Art. 58. Todos os imveis de uso coletivo pblico ou privado deve reservar 2% do total das

vagas do estacionamento - sendo assegurado no mnimo uma vaga - para as pessoas

portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida e 5% para idosos, prximas

da entrada das edificaes, com larguras e sinalizaes indicadas nas normas tcnicas

brasileiras em vigor.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 59. Os proprietrios dos imveis sero obrigados a executar as caladas em frente dos

seus terrenos, estejam os mesmos ocupados ou baldios.

Art. 60. Toda calada deve seguir as seguintes recomendaes:

I deve possuir uma faixa mnima de 1,50m (um vrgula cinqenta metros) de largura para a

circulao de pedestres sem a presena de qualquer tipo de obstculo;

II indicando limites e barreiras fsicas com a colocao de piso ttil seguindo as

recomendaes da NBR especfica e demais normas da legislao em vigor;

III declividade longitudinal paralela ao grade do logradouro lindeiro ao lote, vedada a

mudana brusca de nvel ou degrau;

IV declividade transversal, com a variao de 1% (um por cento) a 3% (trs por cento), em

direo ao meio-fio.

Pargrafo nico. Nos casos em que a largura da calada divergir do constante no inciso I

deste artigo, cabe ao rgo municipal responsvel determinar a sua largura.

Art. 61. Todo mobilirio urbano implantado em calada e local de uso coletivo deve atender

s exigncias contidas nas NBRs especficas e demais normas da legislao em vigor, quanto

ao seu uso, instalao e sinalizao.

Pargrafo nico. proibida a colocao ou permanncia sobre a calada de qualquer

obstculo que possa interferir no trnsito de pedestres.

Art. 62. permitido o rebaixamento do meio fio nos seguintes casos:

I para dar acesso ao lote, na dimenso mnima suficiente para o trfego dos veculos;

II para dar acesso s vagas de estacionamento existentes no recuo frontal do lote e s faixas

de travessia de pedestres.

Art. 63. O rebaixamento do meio fio deve seguir as recomendaes seguintes:

RIO GRANDE DO NORTE


I o comprimento da rampa de acesso no pode ultrapassar 0,50m (zero vrgula cinqenta

metros) e deve ser perpendicular ao alinhamento do lote;

II localizado a uma distncia mnima de 5,00m (cinco metros) do alinhamento do lote, no

caso de esquina, sendo que em alguns usos esta distncia poder ser menor, desde que

justificada pelo autor do projeto e aceita pelo rgo gestor municipal;

III quando dela no resultar prejuzo para arborizao e o mobilirio urbano existente.

Pargrafo nico. admitido o rebaixamento de meio fio para acesso de veculos com

parmetros diferentes dos definidos neste artigo, mediante projeto especifico avaliado e

aprovado pelo rgo gestor municipal.

Art. 64. Todos os elementos pertencentes ao imvel somente podem projetar-se sobre a rea

da calada, se edificado a uma altura superior a dois metros e cinqenta centmetros (2,50m) e

com projeo horizontal de no mximo dois teros da largura da calada

CAPITULO IV

DOS COMPARTIMENTOS

Art. 65. Os compartimentos e ambientes devem ser posicionados na edificao de forma a

proporcionar conforto ambiental, trmico, acstico, obtidos pelo adequado dimensionamento

do espao e correto emprego dos materiais, bem como das instalaes e equipamentos.

Art. 66. Para efeito da presente Lei, os compartimentos so classificados em;

I de permanncia prolongada;

II de permanncia transitria;

III especiais.

Art. 67. Compartimentos de permanncia prolongada so aqueles que podero ser utilizados,

pelo menos, para uma das funes ou atividades seguintes:

I dormir ou repousar;

II estar ou lazer;

III trabalhar, ensinar ou estudar;

RIO GRANDE DO NORTE


IV preparo e consumo de alimentos;

V tratamento mdico ou recuperao de pessoas;

VI reunir ou recrear.

Art. 68. Compartimentos de permanncia transitria so aqueles que podero ser utilizados,

pelo menos, para uma das funes ou atividades seguintes:

I. circulao e acesso de pessoas;

II higiene pessoal;

III depsito para guarda de materiais, utenslios ou peas sem a possibilidade de qualquer

atividade no local;

IV troca e guarda de roupas;

V lavagem de roupa e servios de limpeza.

Art. 69. Compartimentos especiais so aqueles que apresentam caractersticas e condies

adequadas sua destinao especial.

1 Consideram-se compartimentos especiais, entre outros com destinaes similares, os

seguintes:

I auditrios e anfiteatros;

II cinemas, teatros e salas de espetculos;

III museus e galerias de arte;

IV estdios de gravao, rdio e televiso;

V laboratrios fotogrficos, cinematogrficos e de som;

VI centros cirrgicos e salas de Raios-X;

VII salas de computadores, transformadores e telefonia;

VIII locais para duchas e saunas;

IX garagens;

X aerdromos e aeroportos.

RIO GRANDE DO NORTE


2 As dimenses, prescries e detalhamentos de compartimentos especiais podem seguir as

normatizaes existentes em legislao diversa federal, estadual ou municipal alm das

existentes nas Normas Tcnicas Brasileiras da ABNT.

3 Demais compartimentos especiais no previstos nesta Lei, tero suas dimenses e

prescries indicadas por outras legislaes federais, estaduais ou municipais, alm das

normatizaes afins da ABNT.

4 Especificamente ao se tratar de edificaes relacionadas direta ou indiretamente ao

funcionamento, influncia ou vizinhana contgua com a rea das instalaes aeroporturias

aerdromo e equipamento similar, especialmente nas reas de segurana aeroporturia e nas

reas de controle de rudos - os projetos tcnicos devero respeitar e observar as

especificaes contidas na Portaria 1.141/GM5 de 08/12/87 do Ministrio da Aeronutica, a

Lei 7.565 de 19/12/86 que dispe sobre o Cdigo Brasileiro da Aeronutica CBA, a

Resoluo CONAMA 04 e as demais normas emanadas do DECEA e suas atualizaes

posteriores.

5 O projeto tcnico de obra ou edificao, localizado no entorno de aeroportos, em reas

abrangidas pelas faixas de segurana aeroporturia e em reas de controle de rudos, podero

ser submetidos aos rgos e agncias responsveis pela segurana da aviao do espao areo

brasileiro.

6 Poder ser negada a licena urbanstica ou ambiental se a obra ou edificao requerida

no estiver em acordo com a legislao especfica que trata da segurana e conforto acstico

da populao residente no entorno imediato do aerdromo.

Art. 70. Compartimentos para outras destinaes ou com denominaes no indicadas nos

artigos precedentes deste Captulo, ou que apresentem peculiaridades especiais, sero

classificados com base nos critrios fixados nos referidos artigos, tendo em vista as exigncias

de higiene, salubridade e conforto correspondentes funo ou atividade.

Art. 71. Os compartimentos de permanncia prolongada e os de permanncia transitria

obedecero s condies, quanto s dimenses mnimas, estabelecidas no Anexo II dessa Lei.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 72. Os vos de acesso devero ter altura mnima de 2,10 m (dois metros e dez

centmetros).

Art. 73. A unidade residencial deve ter, no mnimo, uma rea construda de 30,00m2

(trinta

metros quadrados), em condies de habitabilidade, com no mnimo uma sala, um dormitrio,

uma cozinha, um banheiro com bacia, lavatrio e chuveiro e uma rea de servio, todas com

dimenses mnimas estabelecidas no anexo II dessa Lei.

Pargrafo nico. Em se tratando de projeto de interesse social, a rea a que se refere o caput

deste artigo obedece a critrios estabelecidos em legislao especifica observados os

princpios estabelecidos no Plano Diretor Municipal.

Art. 74. Todo compartimento da edificao dever dispor de abertura que estabelea

comunicao direta com o logradouro ou espao livre dentro do lote para fins de iluminao e

ventilao.

Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica a corredores e ventilao, que podero

possuir iluminao indireta.

Art. 75. Para garantir a insolao, iluminao e ventilao dos compartimentos, as aberturas

dos ambientes podem acontecer em qualquer plano e devem ser feitas de forma direta para

logradouro, ptio ou recuo.

Art. 76. No poder haver aberturas em paredes levantadas sobre a divisa ou a menos de 1,50

m (um metro e cinqenta centmetros) desta.

Art. 77. Para os compartimentos de permanncia prolongada a superfcie da abertura voltada

para o exterior, destinada insolao, iluminao e ventilao, no pode ser inferior a 1/6 (um

sexto) da rea do compartimento, conforme anexo II dessa Lei.

Pargrafo nico. A rea definida no caput de 1/8 (um oitavo), quando se tratar de

compartimentos de permanncia transitria, conforme anexo II dessa Lei.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 78. Os ambientes podero ser iluminados/ventilados atravs de poos de ventilao,

desde que o dimetro do crculo inscrito do poo seja de no mnimo de sua altura para

compartimentos de permanncia transitria e de de sua altura para compartimentos

permanncia prolongada.

Pargrafo nico. Os meios mecnicos referidos no caput deste artigo devero ser

dimensionados de tal forma que garantam a renovao do ar, de acordo com as normas da

ABNT e a apresentao da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART, registrada no

CREA/RN, para a concesso do licenciamento da obra, salvo exigncia maior fixada por

legislao especfica.

Art. 79. So dispensados de iluminao e ventilao direta e natural os ambientes que se

destinam a:

I corredores e halls de rea inferior a 5,00m2 (cinco metros quadrados);

II compartimentos que pela sua utilizao justifiquem a ausncia dos mesmos, conforme

legislao prpria, mas que disponham de iluminao e ventilao artificiais;

III depsitos de utenslios e despensa.

Art. 80. Poder ser dispensada, a critrio do rgo municipal competente, a abertura de vo

para o exterior em compartimentos especiais, tais como: cinemas, auditrios, teatros, salas de

cirurgia, cmaras escuras e em estabelecimentos industriais, institucionais, comerciais e de

servios, desde que:

I sejam dotados de instalao de ar condicionado, cujo projeto completo dever ser

apresentado juntamente com o projeto arquitetnico;

II tenham iluminao artificial conveniente.

Art. 81. O dimensionamento das portas dever observar a altura mnima de 2,10m (dois

vrgula dez metros) e vo livre que supere ou seja igual a:

I 1,10m (um vrgula dez metros) para porta principal do prdio;

II 0,80m (zero vrgula oitenta metros), para portas de entrada social e de servio e de

cozinhas das unidades autnomas;

III 0,70m (zero vrgula setenta metros), para portas de salas, gabinetes e dormitrios;

RIO GRANDE DO NORTE


IV 0,60m (zero vrgula sessenta metros), para portas internas secundrias e portas de

banheiros.

Pargrafo nico. As portas de acesso aos banheiros adaptados para portadoras de deficincia

fsica que devem ser feitos conforme estabelecido na NBR especfica e demais normas da

legislao em vigor.

CAPITULO V

DA ACESSIBILIDADE

Art. 82. Para efeito dessa Lei entende-se como acessibilidade a possibilidade e condio de

alcance, percepo e entendimento para a utilizao com segurana e autonomia de

edificaes, espao, mobilirio, equipamento urbano e elementos.

Art. 83. Em qualquer edificao de uso pblico ou coletivo dever ser garantido o acesso

adequado s pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida, nos

termos das normas tcnicas brasileiras em vigor sobre o assunto.

Art. 84. Para acesso para as pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade

reduzida, devero ser dotadas de rampa de entrada as seguintes edificaes e respectivas

caractersticas:

I local de reunio com lotao para mais de 100 (cem) pessoas;

II as destinadas a qualquer outro uso com mais de 600 (seiscentos) usurios.

Pargrafo nico. Quando no houver rampas, o acesso das pessoas portadoras de

necessidades especiais a outros pavimentos dever ser feito atravs de elevador conforme a

norma da ABNT.

Art. 85. As rampas devem ter inclinao mxima de 8,33% (oito vrgula trinta e trs por

cento), largura mnima de 1,20m (um vrgula vinte metros).

Art. 86. Os meios-fios e caladas sero rebaixados na seguinte forma:

RIO GRANDE DO NORTE


I nas esquinas, rebaixamento em rampa com largura mnima de 1,20 m (um vrgula vinte

metros) e inclinao mxima de 8% (oito por cento), feito na direo das faixas de pedestre;

II nos canteiros centrais, rebaixamento total do meio-fio e piso na largura das faixas de

pedestres, formando refgio de proteo com largura mnima de 1,00m (um metro).

Art. 87. As edificaes de uso pblico ou coletivo devero garantir pelo menos uma

instalao sanitria por sexo, para as pessoas portadoras de necessidades especiais ou com

mobilidade reduzida, a qual dever possuir dimensionamento que possibilite seu uso com

cadeira de rodas, nos termos das normas tcnicas brasileiras em vigor.

Art. 88. Nos cinemas, auditrios, templos, teatros, estdios, ginsios esportivos e congneres

devero existir espaos para espectadores em cadeiras de rodas ao longo dos corredores, na

proporo de 1% (um por cento) da lotao do estabelecimento.

Art. 89. Hotis, hospedarias, penses, apart-hotel ou similar devem dispor de pelo menos 5%

(cinco por cento), com no mnimo 1 (uma) das unidades de hospedagem adaptadas s pessoas

portadoras de deficincia motora e/ou com mobilidade reduzida.

Art. 90. Qualquer edificao com mais de 04 (quatro) pavimentos dever ser provida de

elevadores.

Pargrafo nico. Para os efeitos deste artigo, o pavimento aberto em pilotis, s sobrelojas e

os pavimentos-garagem abaixo do nvel do logradouro, sero considerados como pavimentos,

com o mnimo de elevadores obedecendo ao disposto na ABNT.

CAPITULO VI

DAS TECNOLOGIAS AMBIENTALMENTE SAUDVEIS

Art. 91. Toda edificao devem ter depsito coletor de resduos slidos devidamente

acondicionados, situado no pavimento de acesso, podendo ser separados para posterior

reutilizao ou reciclagem ou enviados, to logo estejam cheios, sua destinao final.

Pargrafo nico. No ser permitida a construo de dutos para captao de lixo em edifcios

de qualquer natureza.

RIO GRANDE DO NORTE


Art. 92. Os recipientes coletores devem ser cobertos, com ventilao permanente, impedindo

a emanao de odores, terem piso e paredes com revestimento liso, lavvel e impermevel,

serem protegidos contra a penetrao de animais e possurem fcil acesso para a retirada do

lixo.

Art. 93. As edificaes com rea superior a mil metros quadrados (1.000m2) devero

disponibilizar compartimento ou recipiente para coleta seletiva do lixo, segundo o volume

produzido e so responsveis pelo gerenciamento dos seus resduos.

Art. 94. Todas as edificaes de uso industrial ou quaisquer estabelecimentos que produzam

resduos poluidores e de servios ligado a sade devem dispor de compartimento ou recipiente

coletor adequado, segundo normas tcnicas especificas e com identificao da simbologia de

substncia.

Pargrafo nico. Os estabelecimentos a que se refere o caput deste artigo ficam responsveis

pelo Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos de Servios de Sade, incluindo a coleta,

transporte, tratamento e destinao final dos mesmos.

Art. 95. Todos os novos edifcios multifamiliares sero obrigados a instalar medidores

individualizados de gua e gs, desde que ocorra a disponibilidade do servio.

Art. 96. O lanamento de efluentes nas novas indstrias e nas j instaladas dever ser feito a

montante de captao d'gua da prpria indstria, quando o mesmo se der em cursos d'gua,

devendo serem previamente tratados pela indstria antes do lanamento desses efluentes.

Art. 97. As guas pluviais das coberturas devero escoar dentro dos limites do imvel, no

sendo permitido o desaguamento diretamente sobre os lotes vizinhos ou logradouros.

Pargrafo nico. proibido o lanamento de guas servidas nos logradouros e na rede de

drenagem pblica.

Art. 98. proibido o depsito, descarga, entulho ou acmulo de qualquer tipo de resduos em

qualquer estado de matria.

RIO GRANDE DO NORTE


TTULO IV

DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

Art. 99. Casos diversos ou no previstos por esta Lei devem atender as legislaes federais,

estaduais ou municipais pertinentes.

Art. 100. O Cdigo de Obras do municpio de So Gonalo do Amarante est sempre em

consonncia com o Plano Diretor e o Cdigo de Meio Ambiente do municpio.

Art. 101. A reviso do Cdigo de Obras dever ocorrer no prazo mximo de 02 (dois) anos

aps a promulgao desta Lei.

Art. 102. O poder executivo municipal dever proceder a atualizao e adaptao de seus

rgos administrativos para efetiva implementao do Cdigo de Obras no prazo mximo de

60 (sessenta) dias aps a publicao desta Lei.

Pargrafo nico. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias aps sua data de publicao,

revogadas disposies em contrrio.

So Gonalo do Amarante/RN, 08 de setembro de 2009.

188 da Independncia e 121 da Repblica.

JAIME CALADO PEREIRA DOS SANTOS

PREFEITO MUNICIPAL

Jornal Oficial n 72

Data: 18/09/2009

Pg. 27

RIO GRANDE DO NORTE


ANEXO I Quadro de irregularidades previstas

ASSUNTO PENALIDADE Iniciar construo sem licenciamento urbanstico

e ambiental. Multa e interdio Iniciar construo divergente do licenciamento

urbanstico e ambiental. Multa, Interdio e demolio (quando for o caso) Depositar material de construo de modo

inadequado, na via pblica, causando

insegurana ou comprometendo a salubridade da

vizinhana. Multa e Apreenso de material Causar poluio sonora decorrente do

funcionamento de maquinrio ou fragilizar o

solo, causando eroso e instabilidade em outras

residncias. Multa e Interdio Prejudicar de algum modo o meio ambiente local,

a paisagem ou os recursos naturais por meio de

obras de engenharia ou publicidade. Multa e demolio Desviar ou alterar o curso de corpos d`gua,

assim como depositar efluentes de gua ou

esgotos em vias pblicas. Multa Intervir em edifcios de valor histrico-cultural,

sem licenciamento urbanstico e ambiental Multa, Interdio e apreenso de materiais Empreender mudana de uso em edificao sem

licenciamento urbanstico e ambiental Multa Parcelar o solo de modo divergente ao que prev

o Plano Diretor do municpio. Multa e interdio Exercer atividade poluidora, nociva ao meio

ambiente e a comunidade. Multa, interdio ou vedao Manter terreno vazio em rea urbana, sem

vedao ou limpeza. Multa Negar-se a apresentar informaes, alterar dados

dos projetos, prejudicar a fiscalizao ou ameaar

funcionrios pblicos. Multa, interdio e vedao No atendimento ou prestao de

esclarecimentos conforme exigncia de auto de

infrao. Multa, interdio e demolio Colocar placas, cartazes, anncios, faixas ou

qualquer elemento de publicidade que colabore

para a poluio visual. Multa e apreenso de materiais No atentar para a segurana das obras,

colocando em risco potencias os funcionrios e a

vizinhana. Multa e interdio

Jornal Oficial n 72

Data: 18/09/2009

Pg. 27

RIO GRANDE DO NORTE


ANEXO II

Dimensionamento dos compartimentos

Crculo Inscrito

Dimetro (m) rea Mnima

(m) Iluminao

Mnima * Ventilao

Mnima * P-direito Mnimo

(m)

Salas 2,40 7,00 1/7 1/14 2,60

Quartos 2,40 6,00 1/7 1/12 2,60

Quartos de

empregada 2,40 6,00 1/7 1/12 2,60

Cozinha 1,50 4,00 1/7 1/12 2,40

Cozinha / Sala 1,50 7,00 1/7 1/12 2,60

Banheiro 1,00 1,80 1/8 1/16 2.40

Lavanderia 1,20 2,00 1/7 1/14 2,40

Depsito 1,00 1,80 1/15 1/30 2,40

Garagem - - 1/15 1/30 2,40

Corredor 0,90 - - - 2,40

Mezanino 2,40 - 1/6 1/12 2,40

Escada 0,80 - - - Alt. Livre min.

2,10

Jornal Oficial n 72

Data: 18/09/2009

Pg. 27

Documents

Código de Obras - São Gonçalo Do Amarante - Rn Lei_complementar_052_18.09.2009_codigo_de_obras