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Código de

Procedimento e de Processo Tributário

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(Não dispensa a consulta do Diário da República)

Índice

Notas ................................................................................................................................................................ 15 Código de Procedimento e de Processo Tributário .......................................................................................... 18 Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de Outubro ....................................................................................................... 18 Artigo 1º ........................................................................................................................................................... 19 Aprovação ........................................................................................................................................................ 19 Artigo 2º ........................................................................................................................................................... 19 Revogação........................................................................................................................................................ 19 Artigo 3º ........................................................................................................................................................... 19 Continuação em vigor ...................................................................................................................................... 19 Artigo 4º ........................................................................................................................................................... 20 Entrada em vigor .............................................................................................................................................. 20 Artigo 5º ........................................................................................................................................................... 20 Unidade de conta ............................................................................................................................................. 20 Artigo 6º ........................................................................................................................................................... 20 Disposições especiais ....................................................................................................................................... 20 Artigo 7º ........................................................................................................................................................... 21 Tributos administrados por autarquias locais ................................................................................................... 21 Artigo 8º ........................................................................................................................................................... 23 Constituição de fundo ...................................................................................................................................... 23 Artigo 9º ........................................................................................................................................................... 23 Processos aduaneiros ....................................................................................................................................... 23 Artigo 10º ......................................................................................................................................................... 23 Remissões ........................................................................................................................................................ 23 CÓDIGO DE PROCEDIMENTO E DE PROCESSO TRIBUTÁRIO............................................................ 24 TÍTULO I......................................................................................................................................................... 24 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 24 CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 24 Âmbito e direito subsidiário............................................................................................................................. 24 Artigo 1º ........................................................................................................................................................... 24 Âmbito ............................................................................................................................................................. 24 Artigo 2º ........................................................................................................................................................... 24 Direito subsidiário ........................................................................................................................................... 24 CAPÍTULO II .................................................................................................................................................. 24 Dos sujeitos procedimentais e processuais ...................................................................................................... 24 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 24 Da personalidade e da capacidade tributárias .................................................................................................. 24 Artigo 3º ........................................................................................................................................................... 24 Personalidade e capacidade tributárias ............................................................................................................ 24 Artigo 4º ........................................................................................................................................................... 24 Intervenção das sucursais ................................................................................................................................. 24 Artigo 5º ........................................................................................................................................................... 25 Mandato tributário ........................................................................................................................................... 25 Artigo 6º ........................................................................................................................................................... 25 Mandato judicial .............................................................................................................................................. 25 Artigo 7º ........................................................................................................................................................... 25 Curador especial ou provisório ........................................................................................................................ 25 Artigo 8º ........................................................................................................................................................... 26 Representação das entidades desprovidas de personalidade jurídica mas que dispõem de personalidade

tributária e das sociedades ou pessoas colectivas sem representante conhecido .............................................. 26 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 26 Da legitimidade ................................................................................................................................................ 26 Artigo 9º ........................................................................................................................................................... 26 Legitimidade .................................................................................................................................................... 26 SECÇÃO III..................................................................................................................................................... 26 Da competência ............................................................................................................................................... 26 Artigo 10º ......................................................................................................................................................... 26

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Competências da administração tributária ....................................................................................................... 26 Artigo 11º ......................................................................................................................................................... 28 Conflitos de competência ................................................................................................................................. 28 Artigo 12º ......................................................................................................................................................... 28 Competência dos tribunais tributários.............................................................................................................. 28 Artigo 13º ......................................................................................................................................................... 29 Poderes do juiz ................................................................................................................................................. 29 Artigo 14º ......................................................................................................................................................... 29 Competência do Ministério Público ................................................................................................................. 29 Artigo 15º ......................................................................................................................................................... 29 Competência do representante da Fazenda Pública ......................................................................................... 29 Artigo 16º ......................................................................................................................................................... 29 Incompetência absoluta em processo judicial .................................................................................................. 29 Artigo 17º ......................................................................................................................................................... 29 Incompetência territorial em processo judicial ................................................................................................ 29 Artigo 18º ......................................................................................................................................................... 30 Efeitos da declaração judicial de incompetência ............................................................................................. 30 Artigo 19º ......................................................................................................................................................... 30 Deficiências ou irregularidades processuais .................................................................................................... 30 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................... 30 Dos actos procedimentais e processuais .......................................................................................................... 30 SUBSECÇÃO I ............................................................................................................................................... 30 Dos prazos ....................................................................................................................................................... 30 Artigo 20º ......................................................................................................................................................... 30 Contagem dos prazos ....................................................................................................................................... 30 Artigo 21º ......................................................................................................................................................... 30 Despacho e sentenças. Prazos .......................................................................................................................... 30 Artigo 22º ......................................................................................................................................................... 30 Promoções do Ministério Público e do representante da Fazenda Pública. Prazo ........................................... 30 Artigo 23º ......................................................................................................................................................... 30 Prazos fixados .................................................................................................................................................. 30 Artigo 24º ......................................................................................................................................................... 31 Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos ............................................................... 31 Artigo 25º ......................................................................................................................................................... 32 Cumprimento dos prazos ................................................................................................................................. 32 SUBSECÇÃO II .............................................................................................................................................. 32 Do expediente interno ...................................................................................................................................... 32 Artigo 26º ......................................................................................................................................................... 32 Recibos ............................................................................................................................................................ 32 Artigo 27.º ........................................................................................................................................................ 33 Processos administrativos ou judiciais instaurados.......................................................................................... 33 Artigo 28º ......................................................................................................................................................... 34 Arquivo ............................................................................................................................................................ 34 Artigo 29º ......................................................................................................................................................... 34 Modelo dos impressos processuais .................................................................................................................. 34 Artigo 30º ......................................................................................................................................................... 35 Consulta dos processos administrativos ou judiciais ....................................................................................... 35 Artigo 31º ......................................................................................................................................................... 35 Editais .............................................................................................................................................................. 35 Artigo 32º ......................................................................................................................................................... 35 Restituição de documentos .............................................................................................................................. 35 Artigo 33º ......................................................................................................................................................... 36 Processos administrativos ou judiciais concluídos .......................................................................................... 36 Artigo 34º ......................................................................................................................................................... 36 Valor probatório dos documentos existentes nos arquivos da administração tributária................................... 36 SUBSECÇÃO III ............................................................................................................................................. 36 Das notificações e citações .............................................................................................................................. 36 Artigo 35º ......................................................................................................................................................... 36 Notificações e citações ..................................................................................................................................... 36 Artigo 36º ......................................................................................................................................................... 37

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Notificações em geral ...................................................................................................................................... 37 Artigo 37º ......................................................................................................................................................... 37 Comunicação ou notificação insuficiente ........................................................................................................ 37 Artigo 38º ......................................................................................................................................................... 37 Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas .......................................................... 37 Artigo 39º ......................................................................................................................................................... 41 Perfeição das notificações ................................................................................................................................ 41 Artigo 40º ......................................................................................................................................................... 46 Notificações aos mandatários .......................................................................................................................... 46 Artigo 41º ......................................................................................................................................................... 46 Notificação ou citação das pessoas colectivas ou sociedades .......................................................................... 46 Artigo 42º ......................................................................................................................................................... 47 Notificação ou citação do Estado, das autarquias locais e dos serviços públicos ............................................ 47 Artigo 43º ......................................................................................................................................................... 47 Obrigação de participação de domicílio ........................................................................................................... 47 TÍTULO II ....................................................................................................................................................... 48 Do procedimento tributário .............................................................................................................................. 48 CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 48 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 48 Artigo 44º ......................................................................................................................................................... 48 Procedimento tributário ................................................................................................................................... 48 Artigo 45º ......................................................................................................................................................... 49 Contraditório .................................................................................................................................................... 49 Artigo 46º ......................................................................................................................................................... 49 Proporcionalidade ............................................................................................................................................ 49 Artigo 47º ......................................................................................................................................................... 49 Duplo grau de decisão ...................................................................................................................................... 49 Artigo 48º ......................................................................................................................................................... 49 Cooperação da administração tributária e do contribuinte ............................................................................... 49 Artigo 49º ......................................................................................................................................................... 49 Cooperação de entidades públicas ................................................................................................................... 49 Artigo 50º ......................................................................................................................................................... 49 Meios de prova ................................................................................................................................................ 49 Artigo 51º ......................................................................................................................................................... 50 Contratação de outras entidades ....................................................................................................................... 50 Artigo 52º ......................................................................................................................................................... 50 Erro na forma de procedimento ....................................................................................................................... 50 Artigo 53º ......................................................................................................................................................... 50 Arquivamento .................................................................................................................................................. 50 Artigo 54º ......................................................................................................................................................... 50 Impugnação unitária ........................................................................................................................................ 50 CAPÍTULO II .................................................................................................................................................. 50 Procedimentos prévios de informação e avaliação .......................................................................................... 50 Artigo 55º ......................................................................................................................................................... 50 Orientações genéricas ...................................................................................................................................... 50 Artigo 56º ......................................................................................................................................................... 50 Base de dados .................................................................................................................................................. 50 Artigo 57º ......................................................................................................................................................... 51 Informações vinculativas ................................................................................................................................. 51 Artigo 58º ......................................................................................................................................................... 51 Avaliação prévia .............................................................................................................................................. 51 CAPÍTULO III ................................................................................................................................................. 52 Do procedimento de liquidação ....................................................................................................................... 52 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 52 Da instauração ................................................................................................................................................. 52 Artigo 59º ......................................................................................................................................................... 52 Início do procedimento .................................................................................................................................... 52 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 54 Da decisão ........................................................................................................................................................ 54 Artigo 60º ......................................................................................................................................................... 54

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Definitividade dos actos tributários ................................................................................................................. 54 SECÇÃO III..................................................................................................................................................... 54 Dos juros indemnizatórios ............................................................................................................................... 54 Artigo 61º ......................................................................................................................................................... 54 Juros indemnizatórios ...................................................................................................................................... 54 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................... 55 Procedimentos próprios ................................................................................................................................... 55 Artigo 62º ......................................................................................................................................................... 55 Acto de liquidação consequente ....................................................................................................................... 55 Artigo 63.º ........................................................................................................................................................ 55 Aplicação de disposição antiabuso .................................................................................................................. 55 Artigo 64º ......................................................................................................................................................... 57 Presunções ....................................................................................................................................................... 57 CAPÍTULO IV ................................................................................................................................................ 57 Do reconhecimento dos benefícios fiscais ....................................................................................................... 57 Artigo 65º ......................................................................................................................................................... 57 Reconhecimento dos benefícios fiscais............................................................................................................ 57 CAPÍTULO V .................................................................................................................................................. 58 Dos recursos hierárquicos ................................................................................................................................ 58 Artigo 66º ......................................................................................................................................................... 58 Interposição do recurso hierárquico ................................................................................................................. 58 Artigo 67º ......................................................................................................................................................... 58 Recurso hierárquico. Relações com o recurso contencioso ............................................................................. 58 CAPÍTULO VI ................................................................................................................................................ 58 Do procedimento de reclamação graciosa ....................................................................................................... 58 Artigo 68º ......................................................................................................................................................... 58 Procedimento de reclamação graciosa ............................................................................................................. 58 Artigo 69º ......................................................................................................................................................... 59 Regras fundamentais ........................................................................................................................................ 59 Artigo 70º ......................................................................................................................................................... 59 Apresentação, fundamentos e prazo da reclamação graciosa........................................................................... 59 Artigo 71º ......................................................................................................................................................... 60 Cumulação de pedidos ..................................................................................................................................... 60 Artigo 72º ......................................................................................................................................................... 60 Coligação de reclamantes ................................................................................................................................ 60 Artigo 73º ......................................................................................................................................................... 60 Competência para a instauração e instrução do processo ................................................................................ 60 Artigo 74º ......................................................................................................................................................... 62 Apensação ........................................................................................................................................................ 62 Artigo 75º ......................................................................................................................................................... 62 Entidade competente para a decisão ................................................................................................................ 62 Artigo 76º ......................................................................................................................................................... 64 Recurso hierárquico. Relações com o recurso contencioso ............................................................................. 64 Artigo 77º ......................................................................................................................................................... 64 Agravamento da colecta ................................................................................................................................... 64 Artigo 77.º-A ................................................................................................................................................... 64 Reclamação graciosa em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das mercadorias ......... 64 Artigo 77.º-B .................................................................................................................................................... 65 Relação com a impugnação judicial................................................................................................................. 65 CAPÍTULO VII ............................................................................................................................................... 65 Da cobrança ..................................................................................................................................................... 65 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 65 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 65 Artigo 78º ......................................................................................................................................................... 65 Modalidades da cobrança ................................................................................................................................. 65 Artigo 79º ......................................................................................................................................................... 65 Competência .................................................................................................................................................... 65 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 65 Das garantias da cobrança ................................................................................................................................ 65 Artigo 80º ......................................................................................................................................................... 65

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Citação para reclamação de créditos tributários ............................................................................................... 65 Artigo 81º ......................................................................................................................................................... 66 Restituição do remanescente nas execuções .................................................................................................... 66 Artigo 82º ......................................................................................................................................................... 66 Trespasse de estabelecimento comercial ou industrial ..................................................................................... 66 Artigo 83º ......................................................................................................................................................... 67 Sujeitos passivos inactivos ............................................................................................................................... 67 SECÇÃO III..................................................................................................................................................... 68 Do pagamento voluntário ................................................................................................................................. 68 Artigo 84º ......................................................................................................................................................... 68 Pagamento voluntário ...................................................................................................................................... 68 Artigo 85º ......................................................................................................................................................... 68 Prazos. Proibição da moratória e da suspensão da execução ........................................................................... 68 Artigo 86º ......................................................................................................................................................... 68 Termo do prazo de pagamento voluntário. Pagamentos por conta .................................................................. 68 Artigo 87º ......................................................................................................................................................... 68 Dação em pagamento antes da execução fiscal................................................................................................ 68 Artigo 88º ......................................................................................................................................................... 69 Extracção das certidões de dívida .................................................................................................................... 69 Artigo 89º ......................................................................................................................................................... 71 Compensação de dívidas de tributos por iniciativa da administração tributária .............................................. 71 Artigo 90º ......................................................................................................................................................... 73 Compensação com créditos tributários por iniciativa do contribuinte ............................................................. 73 Artigo 90.º-A ................................................................................................................................................... 73 Compensação com créditos não tributários por iniciativa do contribuinte ...................................................... 73 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................... 74 Das formas e meios de pagamento ................................................................................................................... 74 Artigo 91º ......................................................................................................................................................... 74 Condições da sub-rogação ............................................................................................................................... 74 Artigo 92º ......................................................................................................................................................... 74 Sub-rogação. Garantias .................................................................................................................................... 74 Artigo 93º ......................................................................................................................................................... 75 Documentos, conferência e validação dos pagamentos ................................................................................... 75 Artigo 94º ......................................................................................................................................................... 75 Prova de pagamento ......................................................................................................................................... 75 Artigo 95º ......................................................................................................................................................... 75 Cobrança de receitas não liquidadas pela administração tributária .................................................................. 75 Capítulo VIII .................................................................................................................................................... 75 Do procedimento de correcção de erros da administração tributária ............................................................... 75 Artigo 95.º-A ................................................................................................................................................... 75 Procedimento de correcção de erros da administração tributária ..................................................................... 75 Artigo 95.º-B .................................................................................................................................................... 75 Legitimidade, prazo e termos de apresentação do pedido ................................................................................ 75 Artigo 95.º-C .................................................................................................................................................... 76 Competência .................................................................................................................................................... 76 TÍTULO III ...................................................................................................................................................... 76 Do processo judicial tributário ......................................................................................................................... 76 CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 76 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 76 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 76 Da natureza e forma de processo judicial tributário ......................................................................................... 76 Artigo 96º ......................................................................................................................................................... 76 Objecto ............................................................................................................................................................. 76 Artigo 97.º ........................................................................................................................................................ 76 Processo judicial tributário .............................................................................................................................. 76 Artigo 97.º-A ................................................................................................................................................... 79 Valor da causa .................................................................................................................................................. 79 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 80 Das nulidades do processo judicial tributário .................................................................................................. 80 Artigo 98º ......................................................................................................................................................... 80

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Nulidades insanáveis........................................................................................................................................ 80 CAPÍTULO II .................................................................................................................................................. 80 Do processo de impugnação ............................................................................................................................ 80 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 80 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 80 Artigo 99º ......................................................................................................................................................... 80 Fundamentos da impugnação ........................................................................................................................... 80 Artigo 100º ....................................................................................................................................................... 81 Dúvidas sobre o facto tributário e utilização de métodos indirectos ................................................................ 81 Artigo 101º ....................................................................................................................................................... 81 Arguição subsidiária de vícios ......................................................................................................................... 81 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 81 Da petição ........................................................................................................................................................ 81 Artigo 102º ....................................................................................................................................................... 81 Impugnação judicial. Prazo de apresentação ................................................................................................... 81 Artigo 103º ....................................................................................................................................................... 82 Apresentação. Local. Efeito suspensivo .......................................................................................................... 82 Artigo 104º ....................................................................................................................................................... 83 Cumulação de pedidos e coligação de autores ................................................................................................. 83 Artigo 105º ....................................................................................................................................................... 83 Apensação ........................................................................................................................................................ 83 Artigo 106º ....................................................................................................................................................... 83 Indeferimento tácito ......................................................................................................................................... 83 Artigo 107º ....................................................................................................................................................... 83 Petição dirigida ao delegante ou subdelegante................................................................................................. 83 Artigo 108º ....................................................................................................................................................... 83 Requisitos da petição inicial ............................................................................................................................ 83 Artigo 109º ....................................................................................................................................................... 83 Despesas com a produção de prova ................................................................................................................. 83 SECÇÃO III..................................................................................................................................................... 84 Da contestação ................................................................................................................................................. 84 Artigo 110º ....................................................................................................................................................... 84 Contestação ...................................................................................................................................................... 84 Artigo 111º ....................................................................................................................................................... 84 Organização do processo administrativo ......................................................................................................... 84 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................... 84 Do conhecimento inicial do pedido ................................................................................................................. 84 Artigo 112º ....................................................................................................................................................... 84 Revogação do acto impugnado ........................................................................................................................ 84 Artigo 113º ....................................................................................................................................................... 86 Conhecimento imediato do pedido .................................................................................................................. 86 SECÇÃO V ...................................................................................................................................................... 86 Da instrução ..................................................................................................................................................... 86 Artigo 114º ....................................................................................................................................................... 86 Diligências de prova ........................................................................................................................................ 86 Artigo 115º ....................................................................................................................................................... 86 Meios de prova ................................................................................................................................................ 86 Artigo 116º ....................................................................................................................................................... 86 Pareceres técnicos. Prova pericial .................................................................................................................... 86 Artigo 117º ....................................................................................................................................................... 86 Impugnação com base em mero erro na quantificação da matéria tributável ou nos pressupostos de aplicação

de métodos indirectos ...................................................................................................................................... 86 Artigo 118º ....................................................................................................................................................... 87 Testemunhas .................................................................................................................................................... 87 Artigo 119º ....................................................................................................................................................... 87 Depoimento das testemunhas ........................................................................................................................... 87 Artigo 120º ....................................................................................................................................................... 87 Notificação para alegações .............................................................................................................................. 87 Artigo 121º ....................................................................................................................................................... 87 Vista do Ministério Público ............................................................................................................................. 87

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SECÇÃO VI .................................................................................................................................................... 88 Da sentença ...................................................................................................................................................... 88 Artigo 122º ....................................................................................................................................................... 88 Conclusão dos autos. Sentença ........................................................................................................................ 88 Artigo 123º ....................................................................................................................................................... 88 Sentença. Objecto ............................................................................................................................................ 88 Artigo 124º ....................................................................................................................................................... 88 Ordem de conhecimento dos vícios na sentença .............................................................................................. 88 Artigo 125º ....................................................................................................................................................... 88 Nulidades da sentença ...................................................................................................................................... 88 Artigo 126º ....................................................................................................................................................... 88 Notificação da sentença ................................................................................................................................... 88 SECÇÃO VII ................................................................................................................................................... 88 Dos incidentes .................................................................................................................................................. 88 Artigo 127º ....................................................................................................................................................... 88 Incidentes ......................................................................................................................................................... 88 Artigo 128º ....................................................................................................................................................... 89 Processamento e julgamento dos incidentes .................................................................................................... 89 Artigo 129º ....................................................................................................................................................... 89 Incidente de assistência .................................................................................................................................... 89 Artigo 130º ....................................................................................................................................................... 89 Admissão do incidente de habilitação .............................................................................................................. 89 SECÇÃO VIII .................................................................................................................................................. 89 Da impugnação dos atos de autoliquidação, substituição tributária, pagamentos por conta e dos atos de

liquidação com fundamento em classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das mercadorias. ............... 89 Artigo 131º ....................................................................................................................................................... 89 Impugnação em caso de autoliquidação........................................................................................................... 89 Artigo 132º ....................................................................................................................................................... 90 Impugnação em caso de retenção na fonte ....................................................................................................... 90 Artigo 133º ....................................................................................................................................................... 90 Impugnação em caso de pagamento por conta ................................................................................................. 90 Artigo 133.º-A ................................................................................................................................................. 91 Impugnação com fundamento em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das mercadorias

......................................................................................................................................................................... 91 Artigo 134º ....................................................................................................................................................... 91 Objecto da impugnação ................................................................................................................................... 91 CAPÍTULO III ................................................................................................................................................. 91 Dos processos de acção cautelar ...................................................................................................................... 91 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 91 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 91 Artigo 135º ....................................................................................................................................................... 91 Providências cautelares .................................................................................................................................... 91 SECÇÃO II ...................................................................................................................................................... 92 Do arresto......................................................................................................................................................... 92 Artigo 136º ....................................................................................................................................................... 92 Requisitos do arresto ........................................................................................................................................ 92 Artigo 137º ....................................................................................................................................................... 92 Caducidade ...................................................................................................................................................... 92 Artigo 138º ....................................................................................................................................................... 92 Competência para o arresto .............................................................................................................................. 92 Artigo 139º ....................................................................................................................................................... 93 Regime do arresto ............................................................................................................................................ 93 SECÇÃO III..................................................................................................................................................... 93 Do arrolamento ................................................................................................................................................ 93 Artigo 140º ....................................................................................................................................................... 93 Requisitos do arrolamento ............................................................................................................................... 93 Artigo 141º ....................................................................................................................................................... 93 Competência para o arrolamento ..................................................................................................................... 93 Artigo 142º ....................................................................................................................................................... 93 Regime do arrolamento .................................................................................................................................... 93

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SECÇÃO IV .................................................................................................................................................... 93 Da apreensão .................................................................................................................................................... 93 Artigo 143º ....................................................................................................................................................... 93 Impugnação da apreensão ................................................................................................................................ 93 SECÇÃO V ...................................................................................................................................................... 94 Da impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária .................................... 94 Artigo 144º ....................................................................................................................................................... 94 Impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária .......................................... 94 CAPÍTULO IV ................................................................................................................................................ 94 Acção para o reconhecimento de um direito ou interesse legítimo em matéria tributária ............................... 94 Artigo 145º ....................................................................................................................................................... 94 Reconhecimento de um direito ou interesse legítimo em matéria tributária .................................................... 94 CAPÍTULO V .................................................................................................................................................. 94 Dos meios processuais acessórios .................................................................................................................... 94 Artigo 146º ....................................................................................................................................................... 94 Meios processuais acessórios ........................................................................................................................... 94 Artigo 146.º-A ................................................................................................................................................. 95 Processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário .......................................................................... 95 Artigo 146.º-B .................................................................................................................................................. 95 Tramitação do recurso interposto pelo contribuinte ......................................................................................... 95 Artigo 146.º-C .................................................................................................................................................. 95 Tramitação do pedido de autorização da administração tributária ................................................................... 95 Artigo 146.º-D ................................................................................................................................................. 96 Processo urgente .............................................................................................................................................. 96 CAPÍTULO VI ................................................................................................................................................ 96 Da intimação para um comportamento ............................................................................................................ 96 Artigo 147º ....................................................................................................................................................... 96 Intimação para um comportamento.................................................................................................................. 96 TÍTULO IV ...................................................................................................................................................... 97 Da execução fiscal ........................................................................................................................................... 97 CAPÍTULO I ................................................................................................................................................... 97 Disposições gerais ........................................................................................................................................... 97 SECÇÃO I ....................................................................................................................................................... 97 Do âmbito ........................................................................................................................................................ 97 Artigo 148º ....................................................................................................................................................... 97 Âmbito da execução fiscal ............................................................................................................................... 97 Artigo 149º ....................................................................................................................................................... 97 Órgão da execução fiscal ................................................................................................................................. 97 Artigo 150º ....................................................................................................................................................... 98 Competência territorial .................................................................................................................................... 98 Artigo 151º ....................................................................................................................................................... 99 Competência dos tribunais tributários.............................................................................................................. 99 SECÇÃO III................................................................................................................................................... 100 Da legitimidade .............................................................................................................................................. 100 SUBSECÇÃO I ............................................................................................................................................. 100 Da legitimidade dos exequentes ..................................................................................................................... 100 Artigo 152º ..................................................................................................................................................... 100 Legitimidade dos exequentes ......................................................................................................................... 100 SUBSECÇÃO II ............................................................................................................................................ 100 Da legitimidade dos executados ..................................................................................................................... 100 Artigo 153º ..................................................................................................................................................... 100 Legitimidade dos executados ......................................................................................................................... 100 Artigo 154º ..................................................................................................................................................... 100 Legitimidade do cabeça-de-casal ................................................................................................................... 100 Artigo 155º ..................................................................................................................................................... 100 Partilha entre sucessores ................................................................................................................................ 100 Artigo 156º ..................................................................................................................................................... 101 Falência do executado .................................................................................................................................... 101 Artigo 157º ..................................................................................................................................................... 101 Reversão contra terceiros adquirentes de bens............................................................................................... 101

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Artigo 158º ..................................................................................................................................................... 101 Reversão contra possuidores .......................................................................................................................... 101 Artigo 159º ..................................................................................................................................................... 101 Reversão no caso de substituição tributária ................................................................................................... 101 Artigo 160º ..................................................................................................................................................... 101 Reversão no caso de pluralidade de responsáveis subsidiários ...................................................................... 101 Artigo 161º ..................................................................................................................................................... 101 Reversão da execução contra funcionários .................................................................................................... 101 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................. 102 Dos títulos executivos .................................................................................................................................... 102 Artigo 162º ..................................................................................................................................................... 102 Espécies de títulos executivos ........................................................................................................................ 102 Artigo 163º ..................................................................................................................................................... 102 Requisitos dos títulos executivos ................................................................................................................... 102 Artigo 164º ..................................................................................................................................................... 103 Elementos que acompanham o título executivo ............................................................................................. 103 SECÇÃO V .................................................................................................................................................... 103 Das nulidades processuais ............................................................................................................................. 103 Artigo 165º ..................................................................................................................................................... 103 Nulidades. Regime ......................................................................................................................................... 103 SECÇÃO VI .................................................................................................................................................. 104 Dos incidentes e impugnações ....................................................................................................................... 104 Artigo 166º ..................................................................................................................................................... 104 Incidentes da instância e impugnações .......................................................................................................... 104 Artigo 167º ..................................................................................................................................................... 104 Incidente de embargos de terceiros ................................................................................................................ 104 Artigo 168º ..................................................................................................................................................... 104 Incidente de habilitação de herdeiros ............................................................................................................. 104 SECÇÃO VII ................................................................................................................................................. 104 Da suspensão, interrupção e extinção do processo ........................................................................................ 104 Artigo 169º ..................................................................................................................................................... 104 Suspensão da execução. Garantias ................................................................................................................. 104 Artigo 170º ..................................................................................................................................................... 107 Dispensa da prestação de garantia ................................................................................................................. 107 Artigo 171º ..................................................................................................................................................... 108 Indemnização em caso de garantia indevida .................................................................................................. 108 Artigo 172º ..................................................................................................................................................... 108 Suspensão da execução em virtude de acção judicial sobre os bens penhorados .......................................... 108 Artigo 173º ..................................................................................................................................................... 108 Suspensão da execução no órgão da execução fiscal deprecado .................................................................... 108 Artigo 174º ..................................................................................................................................................... 109 Impossibilidade da deserção .......................................................................................................................... 109 Artigo 175º ..................................................................................................................................................... 109 Prescrição ou duplicação de colecta............................................................................................................... 109 Artigo 176º ..................................................................................................................................................... 109 Extinção do processo ..................................................................................................................................... 109 Artigo 177º ..................................................................................................................................................... 109 Prazo de extinção da execução ...................................................................................................................... 109 Artigo 177.º-A ............................................................................................................................................... 110 Situação tributária regularizada ..................................................................................................................... 110 Artigo 177.º-B ................................................................................................................................................ 110 Efeitos de não regularização da situação tributária ........................................................................................ 110 Artigo 177.º-C ................................................................................................................................................ 110 Comprovação de situação tributária ............................................................................................................... 110 CAPÍTULO II ................................................................................................................................................ 111 Do processo ................................................................................................................................................... 111 SECÇÃO I ..................................................................................................................................................... 111 Disposições gerais ......................................................................................................................................... 111 Artigo 178º ..................................................................................................................................................... 111 Coligação de exequentes ................................................................................................................................ 111

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Artigo 179º ..................................................................................................................................................... 111 Apensação de execuções ................................................................................................................................ 111 Artigo 180º ..................................................................................................................................................... 111 Efeito do processo de recuperação da empresa e de falência na execução fiscal ........................................... 111 Artigo 181.º .................................................................................................................................................... 112 Deveres tributários do administrador judicial da insolvência ........................................................................ 112 Artigo 182º ..................................................................................................................................................... 112 Impossibilidade da declaração de falência ..................................................................................................... 112 Artigo 183º ..................................................................................................................................................... 113 Garantia. Local da prestação. Levantamento ................................................................................................. 113 Artigo 183.º-A ............................................................................................................................................... 113 Caducidade da garantia em caso de reclamação graciosa .............................................................................. 113 Artigo 183.º-B ................................................................................................................................................ 114 Caducidade da garantia por decisão em 1.ª instância ..................................................................................... 114 Artigo 184º ..................................................................................................................................................... 114 Registo das execuções fiscais ........................................................................................................................ 114 Artigo 185º ..................................................................................................................................................... 114 Formalidades das diligências ......................................................................................................................... 114 Artigo 186º ..................................................................................................................................................... 115 Carta precatória extraída de execução ........................................................................................................... 115 Artigo 187º ..................................................................................................................................................... 116 Carta rogatória ............................................................................................................................................... 116 SECÇÃO II .................................................................................................................................................... 116 Da instauração e citação ................................................................................................................................ 116 Artigo 188º ..................................................................................................................................................... 116 Instauração e autuação da execução............................................................................................................... 116 Artigo 189º ..................................................................................................................................................... 116 Efeitos e função das citações ......................................................................................................................... 116 Artigo 190º ..................................................................................................................................................... 118 Formalidades das citações ............................................................................................................................. 118 Artigo 191º ..................................................................................................................................................... 120 Citações por via postal ................................................................................................................................... 120 Artigo 192º ..................................................................................................................................................... 123 Citações pessoal e edital ................................................................................................................................ 123 Artigo 193º ..................................................................................................................................................... 125 Penhora e venda em caso de citação por via postal ou transmissão electrónica de dados ............................. 125 Artigo 194º ..................................................................................................................................................... 126 Citação no caso de o citando não ser encontrado ........................................................................................... 126 SECÇÃO III................................................................................................................................................... 126 Garantias especiais ......................................................................................................................................... 126 Artigo 195º ..................................................................................................................................................... 126 Constituição de hipoteca legal ou penhor ...................................................................................................... 126 SECÇÃO IV .................................................................................................................................................. 127 Do pagamento em prestações......................................................................................................................... 127 Artigo 196º ..................................................................................................................................................... 127 Pagamento em prestações e outras medidas .................................................................................................. 127 Artigo 197º ..................................................................................................................................................... 133 Entidade competente para autorizar as prestações ......................................................................................... 133 Artigo 198º ..................................................................................................................................................... 133 Requisitos do pedido ...................................................................................................................................... 133 Artigo 199º ..................................................................................................................................................... 135 Garantias ........................................................................................................................................................ 135 Artigo 199.º-A ............................................................................................................................................... 139 Avaliação da garantia ..................................................................................................................................... 139 Artigo 200º ..................................................................................................................................................... 140 Consequências da falta de pagamento ........................................................................................................... 140 SECÇÃO V .................................................................................................................................................... 141 Da dação em pagamento ................................................................................................................................ 141 Artigo 201º ..................................................................................................................................................... 141 Dação em pagamento. Requisitos .................................................................................................................. 141

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Artigo 202º ..................................................................................................................................................... 142 Bens dados em pagamento ............................................................................................................................. 142 SECÇÃO VI .................................................................................................................................................. 142 Da oposição ................................................................................................................................................... 142 Artigo 203º ..................................................................................................................................................... 142 Prazo de oposição à execução ........................................................................................................................ 142 Artigo 204º ..................................................................................................................................................... 143 Fundamentos da oposição à execução ........................................................................................................... 143 Artigo 205º ..................................................................................................................................................... 143 Duplicação de colecta .................................................................................................................................... 143 Artigo 206º ..................................................................................................................................................... 143 Requisitos da petição ..................................................................................................................................... 143 Artigo 207º ..................................................................................................................................................... 143 Local da apresentação da petição da oposição à execução ............................................................................ 143 Artigo 208º ..................................................................................................................................................... 143 Autuação da petição e remessa ao tribunal .................................................................................................... 143 Artigo 209º ..................................................................................................................................................... 144 Rejeição liminar da oposição ......................................................................................................................... 144 Artigo 210º ..................................................................................................................................................... 144 Notificação da oposição ao representante da Fazenda Pública ...................................................................... 144 Artigo 211º ..................................................................................................................................................... 144 Processamento da oposição. Alegações. Sentença ......................................................................................... 144 Artigo 212º ..................................................................................................................................................... 144 Suspensão de execução .................................................................................................................................. 144 Artigo 213º ..................................................................................................................................................... 144 Devolução da oposição ao órgão da execução fiscal ..................................................................................... 144 SECÇÃO VII ................................................................................................................................................. 145 Da apreensão de bens ..................................................................................................................................... 145 SUBSECÇÃO I ............................................................................................................................................. 145 Do arresto....................................................................................................................................................... 145 Artigo 214º ..................................................................................................................................................... 145 Fundamentos do arresto. Conversão em penhora .......................................................................................... 145 SUBSECÇÃO II ............................................................................................................................................ 145 Da penhora ..................................................................................................................................................... 145 Artigo 215º ..................................................................................................................................................... 145 Mandado para a penhora. Ocorrências anómalas. Nomeação de bens à penhora .......................................... 145 Artigo 216º ..................................................................................................................................................... 146 Execução contra autarquia local ou outra pessoa de direito público .............................................................. 146 Artigo 217º ..................................................................................................................................................... 146 Extensão da penhora ...................................................................................................................................... 146 Artigo 218º ..................................................................................................................................................... 147 Levantamento da penhora. Bens penhoráveis em execução fiscal ................................................................. 147 Artigo 219º ..................................................................................................................................................... 147 Bens prioritariamente a penhorar ................................................................................................................... 147 Artigo 220º ..................................................................................................................................................... 148 Coima fiscal e responsabilidade de um dos cônjuges. Penhora de bens comuns do casal ............................. 148 Artigo 221º ..................................................................................................................................................... 148 Formalidade de penhora de móveis ............................................................................................................... 148 Artigo 222º ..................................................................................................................................................... 149 Formalidades da penhora de veículos automóveis de aluguer ....................................................................... 149 Artigo 223º ..................................................................................................................................................... 150 Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados .................................................................... 150 Artigo 224º ..................................................................................................................................................... 151 Formalidades da penhora de créditos ............................................................................................................. 151 Artigo 225º ..................................................................................................................................................... 153 Formalidades da penhora de partes sociais ou de quotas em sociedade......................................................... 153 Artigo 226º ..................................................................................................................................................... 153 Formalidades de penhora de títulos de crédito emitidas por entidades públicas ............................................ 153 Artigo 227.º .................................................................................................................................................... 153 Formalidades da penhora de quaisquer abonos, salários ou vencimentos...................................................... 153

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Artigo 228º ..................................................................................................................................................... 154 Penhora de rendimentos periódicos ............................................................................................................... 154 Artigo 229º ..................................................................................................................................................... 154 Formalidades da penhora de rendimentos ...................................................................................................... 154 Artigo 230º ..................................................................................................................................................... 155 Penhora de móveis sujeita a registo ............................................................................................................... 155 Artigo 231º ..................................................................................................................................................... 155 Formalidades de penhora de imóveis ............................................................................................................. 155 Artigo 232º ..................................................................................................................................................... 157 Formalidades da penhora do direito a bens indivisos .................................................................................... 157 Artigo 233º ..................................................................................................................................................... 157 Responsabilidade dos depositários ................................................................................................................ 157 Artigo 234º ..................................................................................................................................................... 157 Penhora de direitos......................................................................................................................................... 157 Artigo 235º ..................................................................................................................................................... 157 Levantamento da penhora .............................................................................................................................. 157 Artigo 236º ..................................................................................................................................................... 158 Inexistência de bens penhoráveis ................................................................................................................... 158 SUBSECÇÃO III ........................................................................................................................................... 158 Dos embargos de terceiro .............................................................................................................................. 158 Artigo 237º ..................................................................................................................................................... 158 Função do incidente dos embargos de terceiro. Disposições aplicáveis ........................................................ 158 Artigo 238º ..................................................................................................................................................... 158 Eficácia do caso julgado ................................................................................................................................ 158 SECÇÃO VIII ................................................................................................................................................ 158 Da convocação dos credores e da verificação dos créditos ............................................................................ 158 Artigo 239º ..................................................................................................................................................... 158 Citação dos credores preferentes e do cônjuge .............................................................................................. 158 Artigo 240º ..................................................................................................................................................... 159 Convocação de credores ................................................................................................................................ 159 Artigo 241º ..................................................................................................................................................... 159 Citação do órgão da execução fiscal .............................................................................................................. 159 Artigo 242º ..................................................................................................................................................... 160 Citação edital dos credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes ............................. 160 Artigo 243º ..................................................................................................................................................... 160 Prazo de reclamação de créditos pelo representante da Fazenda Pública ...................................................... 160 Artigo 244º ..................................................................................................................................................... 160 Realização da venda....................................................................................................................................... 160 Artigo 245º ..................................................................................................................................................... 161 Verificação e graduação de créditos .............................................................................................................. 161 Artigo 246º ..................................................................................................................................................... 162 Disposições aplicáveis à reclamação de créditos ........................................................................................... 162 Artigo 247º ..................................................................................................................................................... 162 Devolução do processo de reclamação de créditos ao órgão da execução fiscal ........................................... 162 SECÇÃO IX .................................................................................................................................................. 162 Da venda dos bens penhorados ...................................................................................................................... 162 Artigo 248º ..................................................................................................................................................... 162 Regra geral ..................................................................................................................................................... 162 Artigo 249º ..................................................................................................................................................... 163 Publicidade da venda ..................................................................................................................................... 163 Artigo 250º ..................................................................................................................................................... 165 Valor dos bens para venda ............................................................................................................................. 165 Artigo 251º ..................................................................................................................................................... 167 Local de entrega das propostas e de realização da venda. Equiparação da concessão mineira a imóvel ....... 167 Artigo 252.º .................................................................................................................................................... 167 Outras modalidades de venda ........................................................................................................................ 167 Artigo 253º ..................................................................................................................................................... 170 Adjudicação dos bens na venda por proposta em carta fechada .................................................................... 170 Artigo 254º ..................................................................................................................................................... 170 Artigo 255º ..................................................................................................................................................... 170

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Inexistência de propostas ............................................................................................................................... 170 Artigo 256º ..................................................................................................................................................... 171 Formalidades da venda .................................................................................................................................. 171 Artigo 257º ..................................................................................................................................................... 173 Anulação da venda ......................................................................................................................................... 173 Artigo 258º ..................................................................................................................................................... 173 Remição ......................................................................................................................................................... 173 SECÇÃO X .................................................................................................................................................... 174 Da extinção da execução ................................................................................................................................ 174 SUBSECÇÃO I ............................................................................................................................................. 174 Da extinção por pagamento coercivo ............................................................................................................. 174 Artigo 259º ..................................................................................................................................................... 174 Levantamento da quantia necessária para o pagamento................................................................................. 174 Artigo 260º ..................................................................................................................................................... 174 Cancelamento de registos .............................................................................................................................. 174 Artigo 261º ..................................................................................................................................................... 174 Extinção da execução pelo pagamento coercivo ............................................................................................ 174 Artigo 262º ..................................................................................................................................................... 174 Insuficiência da importância arrecadada. Pagamentos parciais ..................................................................... 174 Artigo 263º ..................................................................................................................................................... 175 Guia para pagamento coercivo ....................................................................................................................... 175 SUBSECÇÃO II ............................................................................................................................................ 175 Da extinção por pagamento voluntário .......................................................................................................... 175 Artigo 264º ..................................................................................................................................................... 175 Pagamento voluntário. Pagamento por conta ................................................................................................. 175 Artigo 265º ..................................................................................................................................................... 176 Formalidades do pagamento voluntário ......................................................................................................... 176 Artigo 266º ..................................................................................................................................................... 177 Pagamento havendo carta precatória.............................................................................................................. 177 Artigo 267º ..................................................................................................................................................... 177 Pagamento no órgão da execução fiscal deprecante ...................................................................................... 177 Artigo 268º ..................................................................................................................................................... 177 Pagamento no órgão da execução fiscal deprecada ....................................................................................... 177 Artigo 269º ..................................................................................................................................................... 177 Extinção da execução pelo pagamento voluntário ......................................................................................... 177 Artigo 270º ..................................................................................................................................................... 178 Extinção da execução por anulação da dívida................................................................................................ 178 Artigo 271º ..................................................................................................................................................... 178 Levantamento da penhora e cancelamento do registo .................................................................................... 178 SUBSECÇÃO III ........................................................................................................................................... 178 Da declaração em falhas ................................................................................................................................ 178 Artigo 272º ..................................................................................................................................................... 178 Declaração de falhas ...................................................................................................................................... 178 Artigo 273º ..................................................................................................................................................... 178 Eliminação do prédio da matriz ..................................................................................................................... 178 Artigo 274º ..................................................................................................................................................... 178 Prosseguimento da execução da dívida declarada em falhas ......................................................................... 178 Artigo 275º ..................................................................................................................................................... 179 Inscrição do prédio na matriz ......................................................................................................................... 179 SECÇÃO XI .................................................................................................................................................. 179 Das reclamações e recursos das decisões do órgão da execução fiscal .......................................................... 179 Artigo 276º ..................................................................................................................................................... 179 Reclamações das decisões do órgão da execução fiscal ................................................................................ 179 Artigo 277º ..................................................................................................................................................... 179 Prazo e apresentação da reclamação .............................................................................................................. 179 Artigo 278º ..................................................................................................................................................... 179 Subida da reclamação - Resposta da Fazenda Pública ................................................................................... 179 TÍTULO V ..................................................................................................................................................... 181 Dos recursos dos actos jurisdicionais............................................................................................................. 181 Artigo 279º ..................................................................................................................................................... 181

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Âmbito ........................................................................................................................................................... 181 Artigo 280º ..................................................................................................................................................... 181 Recursos das decisões proferidas em processos judiciais .............................................................................. 181 Artigo 281º ..................................................................................................................................................... 182 Interposição, processamento e julgamento dos recursos ................................................................................ 182 Artigo 282º ..................................................................................................................................................... 182 Forma de interposição do recurso. Regras gerais. Deserção .......................................................................... 182 Artigo 283º ..................................................................................................................................................... 182 Alegações apresentadas simultaneamente com a interposição do recurso ..................................................... 182 Artigo 284º ..................................................................................................................................................... 182 Oposição de acórdãos .................................................................................................................................... 182 Artigo 285º ..................................................................................................................................................... 182 Recursos dos despachos interlocutórios na impugnação................................................................................ 182 Artigo 286º ..................................................................................................................................................... 183 Subida do recurso .......................................................................................................................................... 183 Artigo 287º ..................................................................................................................................................... 183 Distribuição do recurso .................................................................................................................................. 183 Artigo 288º ..................................................................................................................................................... 183 Conclusão ao relator. Conhecimento de questões prévias ............................................................................. 183 Artigo 289º ..................................................................................................................................................... 183 Vistos ............................................................................................................................................................. 183 Artigo 290º ..................................................................................................................................................... 183 Marcação do julgamento ................................................................................................................................ 183 Artigo 291º ..................................................................................................................................................... 183 Ordem dos julgamentos ................................................................................................................................. 183 Artigo 292º ..................................................................................................................................................... 183 Elaboração da conta ....................................................................................................................................... 183 Artigo 293º ..................................................................................................................................................... 184 Revisão da sentença ....................................................................................................................................... 184

Notas

I - O texto do Código de Procedimento e de Processo Tributário encontra-se actualizado de acordo

com os seguintes diplomas:

Lei n.º 3-B/2000, de 4 de Abril;

Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro;

Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho;

Lei n.º 109-B/2001, de 27 de Dezembro;

Lei n.º 32-B/2002, de 30 de Dezembro;

Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março;

Decreto-Lei n.º 160/2003, de 19 de Julho de 2003;

Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro;

Lei n.º 60-A/2005, de 30 de Dezembro;

Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março;

Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro;

Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro;

Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro;

Decreto-Lei n.º 34/2008, de 26 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º181/2008, de 28-

08 que altera o início de vigência para 1 de Janeiro de 2009, e pela Lei n.º 64-A/2008, de 31

12, que prorroga o início de vigência para 20 de Abril de 2009;

Lei n.º 40/2008, de 11 de Agosto;

Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro;

Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril;

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro;

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Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência a 1 de Janeiro de 2012;

Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência a 1 de Janeiro de 2013;

Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17 de Janeiro, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012;

Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro, com início de vigência a 1 de Janeiro de 2014;

Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência a 1 de Janeiro de 2015;

Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência a 1 de Janeiro de 2015;

Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, conforme retificada pela Declaração de Retificação n.º

10/2016, de 25 de Maio, com início de vigência a 31 de Março de 2016;

Lei n.º 13/2016, de 23 de Maio, com início de vigência a 24 de Maio de 2016;

Decreto-Lei n.º 36/2016, de 1 de Julho, com início de vigência a 2 de Julho de 2016;

Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2017;

Decreto-Lei n.º 93/2017, de 1 de Agosto de 2017, com início de vigência em 1 de Julho de

2017;

Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 29 de Agosto de 2017, sem

prejuízo do disposto no artigo 6.º (cfr. Nota VII), e

Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro – entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018.

II - De acordo com o artigo 122º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, os planos prestacionais

autorizados, nos termos do artigo 196.º do CPPT, por decisão anterior à entrada em vigor da referida

lei, podem ser reformulados para efeitos de aplicação do previsto no n.º 7 do artigo 196.º do Código,

com a redacção introduzida pela Lei n.º 3-B/2010, caso a administração tributária verifique ser

indispensável a medida para assegurar a efectiva recuperação dos créditos tributários.

III - O n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de Março, dispõe o seguinte: «O

regime de dação de bens em pagamento constante dos artigos 87.º, 201.º e 202.º do Código de

Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de Outubro, é

aplicável ao pagamento de todas as dívidas ao Estado, ainda que não se encontrem abrangidas por

processo de execução fiscal.»

IV – De acordo com o artigo 154.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, as alterações aos

artigos 169.º e 199.º do CPPT têm aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se

encontrem pendentes a partir da entrada em vigor da presente lei.

V – O artigo 225.º, da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, dispõe o seguinte:

“Artigo 225.º

Disposição transitória no âmbito do procedimento e processo tributário

As alterações introduzidas pela presente lei às normas do CPPT e da LGT sobre alçadas e

constituição de advogados apenas produzem efeitos relativamente aos processos que se iniciem após

a sua entrada em vigor.”

VI – Os artigos 177.º e 178.º, da Lei n.º 7.º-A/2016 de 30 de Março, dispõem o seguinte:

“Artigo 177.º

Disposição transitória no âmbito do Código de Procedimento e de Processo Tributário

1 - O artigo 199.º-A, aditado ao CPPT pela presente lei, tem aplicação imediata às garantias que

tenham sido aceites até à data da entrada em vigor da presente lei, mas esta avaliação só determina o

reforço ou a substituição dessas garantias quando o valor apurado seja inferior a 80 % do valor

resultante da aplicação do n.º 6 do mesmo artigo.

2 - A alteração introduzida ao artigo 269.º do CPPT pela presente lei, tem aplicação imediata em

todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes à data da entrada em vigor da

presente lei.

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Artigo 178.º

Dispensa de prestação de garantia em pagamentos até 12 prestações

1 - É dispensada a prestação de garantia nos pagamentos em prestações a que se refere o artigo

196.º do CPPT, quando, à data do pedido, o devedor tenha dívidas exigíveis em execução fiscal,

legalmente não suspensas, desde que o requerimento de dispensa seja apresentado pelo executado

juntamente com o pedido de pagamento em prestações, o plano de pagamento seja autorizado com o

máximo de 12 prestações, e se, durante o período da sua vigência, o executado, cumulativamente:

a) Proceder ao pagamento atempado das prestações;

b) Não ceder, locar, alienar ou por qualquer modo onerar, no todo ou em parte, os bens que integram

o seu património, com salvaguarda dos atos indispensáveis à atividade profissional exercida por

pessoas singulares, ou constante do objeto da pessoa coletiva;

c) Regularizar as novas dívidas que sejam suscetíveis de cobrança coerciva mediante execução fiscal,

no prazo máximo de 90 dias a contar da respetiva data de vencimento.

2 - Durante o período de vigência da dispensa de garantia referida no número anterior, a taxa dos

juros de mora aplicáveis às dívidas tributárias corresponde ao dobro da referida no n.º 1 do artigo

3.º do Decreto-Lei n.º 73/99, de 16 de março, alterado pelas Leis n.os 3-B/2010, de 28 de abril, 55-

A/2010, de 31 de dezembro, e 32/2012, de 13 de fevereiro.

3 - O incumprimento de qualquer das condições referidas nas várias alíneas do n.º 1 determina a

revogação da dispensa de prestação de garantia aí prevista, devendo o executado prestar garantia no

prazo de 15 dias a contar do facto determinante da revogação, sob pena de levantamento da

suspensão do processo de execução fiscal, nos termos e para os efeitos do n.º 8 do artigo 199.º do

CPPT.

4 - A falta de pagamento de uma prestação importa o vencimento imediato das seguintes,

prosseguindo o processo de execução fiscal os seus termos.

5 - A dispensa de prestação de garantia prevista neste regime determina a suspensão da execução

fiscal das dívidas abrangidas pelo plano de pagamento em prestações, considerando-se que o devedor

tem a situação tributária regularizada relativamente às mesmas dívidas, enquanto estiver vigente o

plano prestacional.

6 - O presente regime é aplicável aos pedidos de pagamentos em prestações apresentados até 31 de

dezembro de 2016.”

VI - O artigo 231º da Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, (Orçamento de Estado para 2017), dispõe

o seguinte:

«Artigo 231.º

Disposição transitória no âmbito do Código de Procedimento e de Processo Tributário

No caso de sentenças proferidas até 31 de dezembro de 2016, o prazo a que se refere o n.º 2 do artigo

183.º-B do CPPT é de 120 dias.»

VII – O artigo 6.º da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto dispõe o seguinte:

“Artigo 6.º

Aplicação no tempo

1 - Os artigos 12.º e 138.º do CPPT, na redação dada pela presente lei, aplicam-se apenas aos

processos iniciados após 1 de janeiro de 2018.

2 - Os artigos 80.º, 88.º, 91.º, 150.º, 170.º, 181.º, 197.º, 228.º e 241.º do CPPT, bem como os n.os 2 e 5

do artigo 6.º e o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela

presente lei, entram em vigor no dia 1 de janeiro de 2018, aplicando-se aos processos pendentes.

3 - O n.º 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela presente

lei, entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2018 e aplica-se aos procedimentos instaurados após a data

da sua entrada em vigor.

4 - Os n.os 1 e 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela

presente lei, aplicam-se aos processos pendentes.”

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Código de Procedimento e de Processo Tributário

Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de Outubro

1 – A lei geral tributária, aprovada pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, exige

uma extensa e profunda adaptação às suas disposições dos vários códigos e leis tributárias,

designadamente do Código de Processo Tributário, aprovado pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 154/91,

de 23 de Abril.

Na verdade, aquela lei chamou a si a regulamentação directa de aspectos essenciais da relação

jurídico-tributária e do próprio procedimento tributário, que constavam até então do Código de

Processo Tributário e de outras leis tributárias. Impõe-se agora a modificação da sistematização e

disciplina deste Código, que ficará essencialmente a ser um código de processo judicial tributário e

das execuções fiscais, sem prejuízo de complementar a regulamentação do procedimento tributário

efectuada pela lei geral tributária, o que é feito no título II.

2 – A reforma do Código de Processo Civil efectuada pelos Decretos-Leis n.ºs 329-A/95, de 12 de

Dezembro, e 180/96, de 25 de Setembro, impõe também a harmonização com as suas disposições do

Código de Processo Tributário.

O processo tributário é processo especial, mas a evolução do processo civil não podia deixar de

reflectir-se na evolução do processo tributário, que não é qualquer realidade estática nem enclave

autónomo do direito processual comum.

3 – As modificações agora introduzidas no Código de Processo Tributário (agora definido, de acordo

com a nova terminologia da lei geral tributária, como sendo também código do procedimento

tributário) visam também objectivos gerais de simplicidade e eficácia.

Simplicidade e eficácia não são, no entanto, incompatíveis com os direitos e garantias dos

contribuintes. Pelo contrário, sem eficácia e simplicidade do procedimento e processo, esses direitos e

garantias não passarão de proclamações retóricas, sem conteúdo efectivo. Pretende-se que a

regulamentação do procedimento e processo tributários assegure não só a certeza, como a celeridade

na declaração e realização dos direitos tributários, que é condição essencial de uma melhor justiça

fiscal.

O presente Código de Procedimento e de Processo Tributário não se aplica apenas aos impostos

administrados tradicionalmente pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI). Fica também claro que se

aplica ao exercício dos direitos tributários em geral, quer pela DGCI, quer por outras entidades

públicas, designadamente a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o

Consumo (DGAIEC), quer inclusivamente por administrações tributárias não dependentes do

Ministério das Finanças. Foram eliminadas todas as referências ao Código de Processo Tributário que

inviabilizavam ou dificultavam a sua aplicação por parte das referidas entidades, sem prejuízo de se

salvaguardar o disposto no direito comunitário ou em lei especial que pontualmente aponte para

soluções diferentes das consagradas no presente Código. Paralelamente, introduziram-se no

Regulamento das Custas dos Processos Tributários, aprovado pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 29/98,

de 11 de Fevereiro, as adaptações destinadas a viabilizar a sua efectiva aplicação aos processos

aduaneiros.

4 – A opção por novas sistematização e ordenação das disposições que integravam o Código de

Processo Tributário resulta da amplitude das modificações exigidas pela lei geral tributária e pela

reforma do Código de Processo Civil. É o resultado, no entanto, de meras opções de técnica

legislativa, não representando qualquer alteração substancial do actual quadro das relações Fisco-

contribuinte, que é considerado equilibrado, e mantendo-se rigorosamente no âmbito da autorização

legislativa concedida pelo n.º 1 do artigo 51º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de Dezembro.

5 – O título I do presente Código mantém, na medida do possível, a estrutura do título I do Código de

Processo Tributário, expurgada das matérias substantivas, incluindo as normas sobre responsabilidade

tributária, que passaram entretanto a constar da lei geral tributária.

Assinalam-se em especial nesse título a adaptação das normas sobre a personalidade e capacidade

tributárias, prazos e notificações às alterações do Código de Processo Civil e à lei geral tributária e a

definição de um quadro claro de resolução de conflitos de competências, incluindo entre

administrações tributárias diferentes.

6 – No título II registam-se a adaptação das normas de procedimento tributário que não foram

incluídas na lei geral tributária aos princípios e disposições desta, a consagração do princípio do duplo

grau de decisão no procedimento tributário, que é uma garantia da sua celeridade e eficácia, a

possibilidade de, em caso de erro na forma de procedimento, este ser convolado na forma adequada, o

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desenvolvimento dos deveres de informação dos contribuintes previstos na lei geral tributária, a

regulamentação de subprocedimentos de especial importância, como os da declaração de abuso de

direito ou de elisão de presunções legais, e a simplificação do processo de decisão das reclamações.

São igualmente integradas no Código as normas de natureza procedimental do Estatuto dos Benefícios

Fiscais que não devam caber na lei geral tributária.

7 – No processo judicial tributário, que integra o título III, anotam-se especialmente, além da

simplificação do processo de decisão, incluindo na fase da preparação do processo pela administração

tributária, a regulamentação, pela primeira vez, da impugnação das providências cautelares adoptadas

pela administração tributária e da possibilidade de reacção dos contribuintes contra omissões lesivas

da administração tributária, dando-se assim consagração a inovações da última revisão constitucional

obviamente acolhidas pela lei geral tributária.

8 – Na execução fiscal, que integra o título IV, avulta essencialmente a sua adequação ao modelo do

novo processo civil, acentuando-se a ideia de uma execução não universal, mas simultaneamente

ampliando-se as garantias do executado e de terceiros, sem prejuízo das necessárias eficácia e

celeridade do processo.

9 – No título V regressa-se ao modelo do Código de Processo das Contribuições e Impostos,

reconhecido como mais adequado, da autonomização da matéria dos recursos jurisdicionais e

esclarecem-se algumas das soluções legislativas do Código de Processo Tributário à luz da

experiência concreta da sua aplicação. Procede-se também, de acordo com o balanço feito da

aplicação do Código de Processo Tributário, a uma simplificação e harmonização do sistema de

recursos.

10 – Finalmente, a aprovação do presente Código insere-se na linha da Resolução do Conselho de

Ministros n.º 119/97, de 14 de Julho, na medida em que reforça e aperfeiçoa o sistema de garantias

dos contribuintes e imprime maior eficácia e celeridade à justiça tributária.

Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Assim:

No uso da autorização legislativa concedida pelos n.ºs 1 e 6 do artigo 51º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de

Dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198º da Constituição, o Governo decreta,

para valer como lei geral da República, o seguinte:

Artigo 1º

Aprovação

É aprovado o Código de Procedimento e de Processo Tributário, que faz parte integrante do presente

decreto-lei.

Artigo 2º

Revogação

1 – É revogado a partir da entrada em vigor do Código de Procedimento e de Processo Tributário o

Código de Processo Tributário, aprovado pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 154/91, de 23 de Abril,

bem como toda a legislação contrária ao Código aprovado pelo presente decreto-lei, sem prejuízo das

disposições que este expressamente mantenha em vigor.

2 – Ficam também revogados a partir da entrada em vigor do presente Código os artigos 14º a 17º do

Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho.

Artigo 3º

Continuação em vigor

1 – Até à revisão do Regime Jurídico das Infracções Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo artigo 1º

do Decreto-Lei n.º 20-A/90, de 15 de Janeiro, continuarão em vigor os artigos 25º a 30º, 35º, 36º e

180º a 232º do Código de Processo Tributário.

2 – Manter-se-á em vigor o disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 49º do Código de Processo Tributário, na

parte relativa à contagem do prazo de interposição do recurso das decisões de aplicação das coimas.

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Artigo 4º

Entrada em vigor

O Código de Procedimento e de Processo Tributário entra em vigor a 1 de Janeiro de 2000 e só se

aplica aos procedimentos iniciados e aos processos instaurados a partir dessa data.

Artigo 5º

Unidade de conta

Para efeitos do código aprovado pelo presente decreto-lei, considera-se unidade de conta a unidade de

conta processual a que se referem os n.ºs 5 e 6 do Decreto-Lei n.º 212/89, de 30 de Junho.

Artigo 6º

Disposições especiais

1 - Consideram-se órgãos periféricos locais, para efeitos do código aprovado pelo presente decreto-lei,

os serviços de finanças, delegações aduaneiras e postos aduaneiros da Autoridade Tributária e

Aduaneira (AT).

2 - Na execução fiscal consideram-se órgãos periféricos regionais as direções de finanças ou quaisquer

outros órgãos da administração tributária a quem lei especial atribua as competências destas no

processo.

3 - Consideram-se órgãos periféricos regionais, para efeitos do código aprovado pelo presente decreto-

lei, as direções de finanças e as alfândegas da AT.

4 - As competências que o código aprovado pelo presente decreto-lei atribui aos órgãos periféricos

regionais e aos órgãos periféricos locais da administração tributária para o procedimento e processo

tributário são exercidas, relativamente às pessoas singulares ou coletivas que, nos termos da lei, sejam

qualificadas como grandes contribuintes, pelo órgão do serviço central da AT a quem, organicamente,

seja cometida, como atribuição específica, o respetivo acompanhamento e gestão tributárias, com

exceção dos impostos aduaneiros e especiais de consumo.

5 - Excecionam-se das competências atribuídas ao órgão do serviço central da AT a que se refere o

número anterior, as competências atribuídas aos órgãos periféricos locais previstas no Código do

Imposto Municipal sobre Imóveis.

6 - Nos tributos, incluindo parafiscais, não administrados pelas entidades referidas nos n.os 1 e 3,

consideram-se órgãos periféricos locais os territorialmente competentes para a sua liquidação e

cobrança e órgãos periféricos regionais os imediatamente superiores.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto – cfr nota)

(Nota:

- Os n.ºs 2, 3 e 4 do artigo 6.º da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto dispõem o seguinte:

“Artigo 6.º

Aplicação no tempo

1 - …

2 - Os artigos 80.º, 88.º, 91.º, 150.º, 170.º, 181.º, 197.º, 228.º e 241.º do CPPT, bem como os n.os 2 e 5

do artigo 6.º e o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela

presente lei, entram em vigor no dia 1 de janeiro de 2018, aplicando-se aos processos pendentes.

3 - O n.º 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela presente

lei, entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2018 e aplica-se aos procedimentos instaurados após a data

da sua entrada em vigor.

4 - Os n.os 1 e 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, na redação dada pela

presente lei, aplicam-se aos processos pendentes.”)

Artigo 6º

Disposições especiais

1 - Consideram-se órgãos periféricos locais, para efeitos do código aprovado pelo presente decreto-

lei, os serviços de finanças, alfândegas, delegações aduaneiras e postos aduaneiros da Autoridade

Tributária e Aduaneira.

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2 - Na execução fiscal consideram-se órgãos periféricos locais os serviços de finanças ou quaisquer

outros órgãos da administração tributária a quem lei especial atribua as competências destas no

processo.

3 - Consideram-se órgãos periféricos regionais, para efeitos do código aprovado pelo presente

decreto-lei, as direções de finanças da Autoridade Tributária e Aduaneira, bem como as alfândegas

de que dependam os postos aduaneiros ou delegações aduaneiras, sempre que estejam em causa atos

por estes praticados.

4 - As competências que o código aprovado pelo presente decreto-lei atribui aos órgãos periféricos

regionais da administração tributária para o procedimento e processo tributário são exercidas,

relativamente às pessoas singulares ou coletivas que, nos termos da lei, sejam qualificadas como

grandes contribuintes, pelo órgão do serviço central da Autoridade Tributária e Aduaneira a quem,

organicamente, seja cometida, como atribuição específica, o respetivo acompanhamento e gestão

tributárias, com exceção dos impostos aduaneiros e especiais de consumo.

5 - Na dependência hierárquica do órgão a que se refere o número anterior, podem ser criados

órgãos periféricos de competência específica que exercerão, relativamente aos grandes contribuintes,

as competências para o procedimento e processo tributários atribuídas, pelo código aprovado pelo

presente decreto-lei, aos órgãos periféricos locais, com exceção dos impostos aduaneiros e especiais

de consumo.

6 - Nos tributos, incluindo parafiscais, não administrados pelas entidades referidas nos n.os 1 e 3,

consideram-se órgãos periféricos locais os territorialmente competentes para a sua liquidação e

cobrança e órgãos periféricos regionais os imediatamente superiores.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17 de Janeiro, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012)

Artigo 6º

Disposições especiais

1 – Consideram-se órgãos periféricos locais, para efeitos do código aprovado pelo presente decreto-

lei, as repartições de finanças e tesourarias da Fazenda Pública da Direcção-Geral dos Impostos

(DGCI) e as alfândegas, delegações aduaneiras e postos aduaneiros da Direcção-Geral das

Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC).

2 – Na execução fiscal consideram-se órgãos periféricos locais as repartições de finanças ou

quaisquer outros órgãos da administração tributária a quem lei especial atribua as competências

destas no processo.

3 – Consideram-se órgãos periféricos regionais, para efeitos do código aprovado pelo presente

decreto-lei, as direcções de finanças da DGCI e as alfândegas da DGAIEC de que dependam os

postos aduaneiros ou delegações aduaneiras, sempre que estejam em causa actos por estes

praticados.

4 – Nos tributos, incluindo parafiscais, não administrados pelas entidades referidas nos n.ºs 1 e 3,

consideram-se órgãos periféricos locais os territorialmente competentes para a sua liquidação e

cobrança e órgãos periféricos regionais os imediatamente superiores.

Artigo 7º

Tributos administrados por autarquias locais

1 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei a órgãos periféricos

locais ou, no que respeita às competências de execução fiscal, a órgãos periféricos regionais, são

exercidas pelas autarquias quanto aos tributos por elas administrados.

2 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei ao dirigente máximo do

serviço ou a órgãos executivos da administração tributária serão exercidas, nos termos da lei, pelo

presidente da autarquia.

3 - As competências atribuídas pelo código aprovado pelo presente decreto-lei ao representante da

Fazenda Pública serão exercidas, nos termos da lei, por licenciado em Direito desempenhando funções

de mero apoio jurídico.

4 - A competência para cobrança coerciva de impostos e outros tributos administrados por autarquias

locais pode ser atribuída à administração tributária mediante protocolo.

5 - A competência para cobrança coerciva de tributos administrados pelas freguesias pode ser

atribuída aos municípios a cuja área pertençam mediante protocolo.

6 - A realização de penhoras é precedida das diligências que a autarquia considere úteis à identificação

ou localização de bens penhoráveis, procedendo esta, sempre que necessário, à consulta, nas bases de

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dados da administração tributária, de informação sobre a identificação do executado e sobre a

identificação e a localização dos bens do executado.

7 - A informação sobre a identificação do executado referida no número anterior apenas inclui o

domicílio fiscal, mediante indicação à Autoridade Tributária e Aduaneira do número de identificação

fiscal.

8 - A consulta direta pelo município às bases de dados referidas no n.º 6 é efetuada em termos a

definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e das autarquias

locais.

9 - A regulamentação referida no número anterior deve especificar, em relação a cada consulta, a

obtenção e a conservação dos dados referentes à data da consulta e à identificação do respetivo

processo executivo e dos trabalhadores e titulares de órgãos municipais que tenham acesso a

informação transmitida pela AT.

10 - Quando não seja possível o acesso eletrónico, pelo município, aos elementos sobre a identificação

e a localização dos bens do executado, a AT deve fornecê-los pelo meio mais célere e no prazo de 30

dias.

(Redacção da Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro – entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018)

Artigo 7º

Tributos administrados por autarquias locais

1 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei a órgãos periféricos

locais ou, no que respeita às competências de execução fiscal, a órgãos periféricos regionais, são

exercidas pelas autarquias quanto aos tributos por elas administrados.

2 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei ao dirigente máximo do

serviço ou a órgãos executivos da administração tributária serão exercidas, nos termos da lei, pelo

presidente da autarquia.

3 - As competências atribuídas pelo código aprovado pelo presente decreto-lei ao representante da

Fazenda Pública serão exercidas, nos termos da lei, por licenciado em Direito desempenhando

funções de mero apoio jurídico.

4 - A competência para cobrança coerciva de impostos e outros tributos administrados por

autarquias locais pode ser atribuída à administração tributária mediante protocolo.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 7º

Tributos administrados por autarquias locais

1 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei a órgãos periféricos

locais serão exercidas, nos termos da lei, em caso de tributos administrados por autarquias locais,

pela respectiva autarquia.

2 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei ao dirigente máximo do

serviço ou a órgãos executivos da administração tributária serão exercidas, nos termos da lei, pelo

presidente da autarquia.

3 - As competências atribuídas pelo código aprovado pelo presente decreto-lei ao representante da

Fazenda Pública serão exercidas, nos termos da lei, por licenciado em Direito desempenhando

funções de mero apoio jurídico.

4 - A competência para cobrança coerciva de impostos e outros tributos administrados por

autarquias locais pode ser atribuída à administração tributária mediante protocolo.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, conforme retificada pela Declaração de Retificação

n.º 10/2016, de 25 de Maio)

Artigo 7º

Tributos administrados por autarquias locais

1 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei a órgãos periféricos

locais serão exercidas, nos termos da lei, em caso de tributos administrados por autarquias locais,

pela respectiva autarquia.

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2 - As competências atribuídas no código aprovado pelo presente decreto-lei ao dirigente máximo do

serviço ou a órgãos executivos da administração tributária serão exercidas, nos termos da lei, pelo

presidente da autarquia.

3 - As competências atribuídas pelo código aprovado pelo presente decreto-lei ao representante da

Fazenda Pública serão exercidas, nos termos da lei, por licenciado em Direito desempenhando

funções de mero apoio jurídico.

Artigo 8º

Constituição de fundo

Será constituído na DGAIEC, no prazo de 180 dias a contar da entrada em vigor do presente decreto-

lei, um fundo da mesma natureza e fins do previsto para a DGCI no artigo 3º do Decreto-Lei n.º 29/98,

de 11 de Fevereiro.

Artigo 9º

Processos aduaneiros

1 – O artigo 24º do Regulamento das Custas dos Processos Tributários, aprovado pelo artigo 1º do

Decreto-Lei n.º 29/98, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 24º

Processos aduaneiros

O presente Regulamento aplica-se aos processos aduaneiros, com as seguintes adaptações:

a) Consideram-se feitas à Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o

Consumo (DGAIEC) as referências efectuadas à DGCI;

b) Consideram-se feitas às alfândegas, delegações e postos aduaneiros da DGAIEC as

referências feitas às repartições de finanças;

c) Consideram-se feitas às alfândegas de que dependam os postos aduaneiros ou delegações

aduaneiras as referências efectuadas às direcções de finanças.»

2 – Quando estiverem em causa receitas administradas pela DGAIEC, consideram-se feitas a esta as

referências efectuadas à DGCI nos artigos 3º e 4º do decreto-lei referido no n.º 1.

Artigo 10º

Remissões

Consideram-se feitas para as disposições correspondentes do Código de Procedimento e de Processo

Tributário todas as remissões efectuadas nos códigos e leis tributárias, bem como em legislação

avulsa, para o Código de Processo Tributário.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Agosto de 1999. – António Manuel de Oliveira

Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – João Cardona Gomes Cravinho – José

Manuel de Matos Fernandes.

Promulgado em 24 de Setembro de 1999.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 13 de Outubro de 1999.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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CÓDIGO DE PROCEDIMENTO E DE PROCESSO TRIBUTÁRIO

TÍTULO I

Disposições gerais

CAPÍTULO I

Âmbito e direito subsidiário

Artigo 1º

Âmbito

O presente Código aplica-se, sem prejuízo do disposto no direito comunitário, noutras normas de

direito internacional que vigorem directamente na ordem interna, na lei geral tributária ou em

legislação especial, incluindo as normas que regulam a liquidação e cobrança dos tributos parafiscais:

a) Ao procedimento tributário;

b) Ao processo judicial tributário;

c) À cobrança coerciva das dívidas exigíveis em processo de execução fiscal;

d) Aos recursos jurisdicionais.

Artigo 2º

Direito subsidiário

São de aplicação supletiva ao procedimento e processo judicial tributário, de acordo com a natureza

dos casos omissos:

a) As normas de natureza procedimental ou processual dos códigos e demais leis tributárias;

b) As normas sobre a organização e funcionamento da administração tributária;

c) As normas sobre organização e processo nos tribunais administrativos e tributários;

d) O Código do Procedimento Administrativo;

e) O Código de Processo Civil.

CAPÍTULO II

Dos sujeitos procedimentais e processuais

SECÇÃO I

Da personalidade e da capacidade tributárias

Artigo 3º

Personalidade e capacidade tributárias

1 – A personalidade judiciária tributária resulta da personalidade tributária.

2 – A capacidade judiciária e para o exercício de quaisquer direitos no procedimento tributário tem

por base e por medida a capacidade de exercício dos direitos tributários.

3 – Os incapazes só podem estar em juízo e no procedimento por intermédio dos seus representantes,

ou autorizados pelo seu curador, excepto quanto aos actos que possam exercer pessoal e livremente.

Artigo 4º

Intervenção das sucursais

As sucursais, agências, delegações ou representações podem intervir, no procedimento ou no processo

judicial tributário, mediante autorização expressa da administração principal, quando o facto tributário

lhes respeitar.

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Artigo 5º

Mandato tributário

1 – Os interessados ou seus representantes legais podem conferir mandato, sob a forma prevista na lei,

para a prática de actos de natureza procedimental ou processual tributária que não tenham carácter

pessoal.

2 – O mandato tributário só pode ser exercido, nos termos da lei, por advogados, advogados

estagiários e solicitadores quando se suscitem ou discutam questões de direito perante a administração

tributária em quaisquer petições, reclamações ou recursos.

3 – A revogação do mandato tributário só produz efeitos para com a administração tributária quando

lhe for notificada.

Artigo 6º

Mandato judicial

1 - É obrigatória a constituição de advogado nas causas judiciais cujo valor exceda o dobro da alçada

do tribunal tributário de 1.ª instância, bem como nos processos da competência do Tribunal Central

Administrativo e do Supremo Tribunal Administrativo.

2 – No caso de não intervir mandatário judicial, a assinatura do interessado será acompanhada da

indicação, feita pelo signatário, do número, data e entidade emitente do respectivo bilhete de

identidade ou documento equivalente emitido por autoridade competente de um dos países da União

Europeia ou do passaporte, confrontada com o respectivo documento de identificação.

3 – Quando o interessado não souber ou não puder escrever, será admitida a assinatura a rogo,

identificando-se o rogado através do bilhete de identidade ou documento equivalente.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 6º

Mandato judicial

1 – É obrigatória a constituição de advogado nas causas judiciais cujo valor exceda o décuplo da

alçada do tribunal tributário de 1ª instância, bem como nos processos da competência do Tribunal

Central Administrativo e do Supremo Tribunal Administrativo.

2 – No caso de não intervir mandatário judicial, a assinatura do interessado será acompanhada da

indicação, feita pelo signatário, do número, data e entidade emitente do respectivo bilhete de

identidade ou documento equivalente emitido por autoridade competente de um dos países da União

Europeia ou do passaporte, confrontada com o respectivo documento de identificação.

3 – Quando o interessado não souber ou não puder escrever, será admitida a assinatura a rogo,

identificando-se o rogado através do bilhete de identidade ou documento equivalente.

Artigo 7º

Curador especial ou provisório

1 – Em caso de, no procedimento tributário, se apurar a inexistência de designação de um

representante legal do incapaz e sem prejuízo dos poderes legalmente atribuídos ao Ministério

Público, deve a entidade legalmente incumbida da sua direcção requerer de imediato a sua nomeação

ao tribunal competente e, em caso de urgência, proceder simultaneamente à nomeação de um curador

provisório que o represente até à nomeação do representante legal.

2 – O disposto no número anterior aplica-se às pessoas singulares que, por anomalia psíquica ou

qualquer outro motivo grave, se mostre estarem impossibilitadas de receber as notificações ou citações

promovidas pela administração tributária ou ausentes em parte incerta sem representante legal ou

procurador.

3 – O curador a que se refere o presente artigo tem direito ao reembolso pelo representado das

despesas que comprovadamente haja efectuado no exercício das suas funções.

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Artigo 8º

Representação das entidades desprovidas de personalidade jurídica mas que dispõem de

personalidade tributária e das sociedades ou pessoas colectivas sem representante conhecido

1 – As entidades desprovidas de personalidade jurídica mas que disponham de personalidade tributária

são representadas pelas pessoas que, legalmente ou de facto, efectivamente as administrem.

2 – Aplica-se o disposto no n.º 1 do artigo anterior, com as adaptações necessárias, se as pessoas

colectivas ou entes legalmente equiparados não dispuserem de quem as represente.

SECÇÃO II

Da legitimidade

Artigo 9º

Legitimidade

1 – Têm legitimidade no procedimento tributário, além da administração tributária, os contribuintes,

incluindo substitutos e responsáveis, outros obrigados tributários, as partes dos contratos fiscais e

quaisquer outras pessoas que provem interesse legalmente protegido.

2 – A legitimidade dos responsáveis solidários resulta da exigência em relação a eles do cumprimento

da obrigação tributária ou de quaisquer deveres tributários, ainda que em conjunto com o devedor

principal.

3 – A legitimidade dos responsáveis subsidiários resulta de ter sido contra eles ordenada a reversão da

execução fiscal ou requerida qualquer providência cautelar de garantia dos créditos tributários.

4 – Têm legitimidade no processo judicial tributário, além das entidades referidas nos números

anteriores, o Ministério Público e o representante da Fazenda Pública.

SECÇÃO III

Da competência

Artigo 10º

Competências da administração tributária

1 – Aos serviços da administração tributária cabe:

a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrança dos tributos, nos termos das leis tributárias;

b) Proceder à revisão oficiosa dos actos tributários;

c) Decidir as petições e reclamações e pronunciar-se sobre os recursos hierárquicos

apresentados pelos contribuintes;

d) Reconhecer isenções ou outros benefícios fiscais e praticar, nos casos previstos na lei, outros

actos administrativos em matéria tributária;

e) Receber e enviar ao tribunal tributário competente as petições iniciais nos processos de

impugnação judicial que neles sejam entregues e dar cumprimento ao disposto nos artigos

111º e 112º;

f) Instaurar os processos de execução fiscal e realizar os actos a estes respeitantes, salvo os

previstos no n.º 1 do artigo 151º do presente Código;

g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

h) Efectuar as diligências que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos tribunais tributários;

i) Cumprir deprecadas;

j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

2 – Sem prejuízo do disposto na lei, designadamente quanto aos procedimentos relativos a tributos

parafiscais, serão competentes para o procedimento os órgãos periféricos locais da administração

tributária do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

3 – Se a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos locais, serão competentes os

órgãos periféricos regionais da administração tributária do domicílio ou sede do contribuinte, da

situação dos bens ou da liquidação.

4 – Se a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos regionais, as competências

atribuídas pelo presente Código a esses órgãos serão exercidas pelo dirigente máximo do serviço ou

por aquele em quem ele delegar essa competência.

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5 – Salvo disposição expressa em contrário, a competência do serviço determina-se no início do

procedimento, sendo irrelevantes as alterações posteriores.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17 de Janeiro, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012)

Artigo 10º

Competências da administração tributária

1 – Aos serviços da administração tributária cabe:

a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrança dos tributos, nos termos das leis

tributárias;

b) Proceder à revisão oficiosa dos actos tributários;

c) Decidir as petições e reclamações e pronunciar-se sobre os recursos hierárquicos

apresentados pelos contribuintes;

d) Reconhecer isenções ou outros benefícios fiscais e praticar, nos casos previstos na lei,

outros actos administrativos em matéria tributária;

e) Receber e enviar ao tribunal tributário competente as petições iniciais nos processos de

impugnação judicial que neles sejam entregues e dar cumprimento ao disposto nos

artigos 111º e 112º;

f) Instaurar os processos de execução fiscal e realizar os actos a estes respeitantes, salvo

os previstos no n.º 1 do artigo 151º do presente Código;

g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

h) Efectuar as diligências que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos tribunais

tributários;

i) Cumprir deprecadas;

j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

2 - Sem prejuízo do disposto na lei, designadamente quanto aos procedimentos relativos a tributos

parafiscais e aos procedimentos relativos aos grandes contribuintes, são competentes para o

procedimento os órgãos periféricos locais da administração tributária do domicílio ou sede do

contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

3 - Sem prejuízo do disposto na lei quanto aos procedimentos relativos aos grandes contribuintes, se

a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos locais, são competentes os órgãos

periféricos regionais da administração tributária do domicílio ou sede do contribuinte, da situação

dos bens ou da liquidação.

4 – Se a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos regionais, as competências

atribuídas pelo presente Código a esses órgãos serão exercidas pelo dirigente máximo do serviço ou

por aquele em quem ele delegar essa competência.

5 – Salvo disposição expressa em contrário, a competência do serviço determina-se no início do

procedimento, sendo irrelevantes as alterações posteriores.

Artigo 10º

Competências da administração tributária

1 – Aos serviços da administração tributária cabe:

a) Liquidar e cobrar ou colaborar na cobrança dos tributos, nos termos das leis tributárias;

b) Proceder à revisão oficiosa dos actos tributários;

c) Decidir as petições e reclamações e pronunciar-se sobre os recursos hierárquicos

apresentados pelos contribuintes;

d) Reconhecer isenções ou outros benefícios fiscais e praticar, nos casos previstos na lei,

outros actos administrativos em matéria tributária;

e) Receber e enviar ao tribunal tributário competente as petições iniciais nos processos de

impugnação judicial que neles sejam entregues e dar cumprimento ao disposto nos artigos

111º e 112º;

f) Instaurar os processos de execução fiscal e realizar os actos a estes respeitantes, salvo os

previstos no n.º 1 do artigo 151º do presente Código;

g) Cobrar as custas dos processos e dar-lhes o destino legal;

h) Efectuar as diligências que lhes sejam ordenadas ou solicitadas pelos tribunais tributários;

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i) Cumprir deprecadas;

j) Realizar os demais actos que lhes sejam cometidos na lei.

2 – Sem prejuízo do disposto na lei, designadamente quanto aos procedimentos relativos a tributos

parafiscais, serão competentes para o procedimento os órgãos periféricos locais da administração

tributária do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

3 – Se a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos locais, serão competentes os

órgãos periféricos regionais da administração tributária do domicílio ou sede do contribuinte, da

situação dos bens ou da liquidação.

4 – Se a administração tributária não dispuser de órgãos periféricos regionais, as competências

atribuídas pelo presente Código a esses órgãos serão exercidas pelo dirigente máximo do serviço ou

por aquele em quem ele delegar essa competência.

5 – Salvo disposição expressa em contrário, a competência do serviço determina-se no início do

procedimento, sendo irrelevantes as alterações posteriores.

Artigo 11º

Conflitos de competência

1 – Os conflitos positivos ou negativos de competência entre diferentes serviços do mesmo órgão da

administração tributária são resolvidos pelo seu dirigente máximo.

2 – Os conflitos positivos ou negativos de competência entre órgãos da administração tributária

pertencentes ao mesmo ministério são resolvidos pelo ministro respectivo.

3 – Os conflitos positivos ou negativos de competência entre órgãos da administração tributária

pertencentes a ministérios diferentes são resolvidos pelo Primeiro-Ministro.

4 – Os conflitos positivos ou negativos da competência entre órgãos da administração tributária do

governo central, dos governo regionais e das autarquias locais são resolvidos, nos termos do presente

Código, pelos tribunais tributários.

5 – São resolvidos oficiosamente os conflitos de competência dentro do mesmo ministério, devendo

os órgãos que os suscitarem solicitar a sua resolução à entidade competente no prazo de 8 dias.

6 – Salvo disposição em contrário, o interessado deve requerer a resolução do conflito de competência

no prazo de 30 dias após a notificação da decisão ou do conhecimento desta.

Artigo 12º

Competência dos tribunais tributários

1 - Os processos da competência dos tribunais tributários são julgados em 1.ª instância pelo tribunal

da área do serviço periférico local onde se praticou o ato objeto da impugnação ou no caso da

execução fiscal, no tribunal da área do domicílio ou sede do executado.

2 – No caso de actos tributários ou em matéria tributária praticados por outros serviços da

administração tributária, julgará em 1ª instância o tribunal da área do domicílio ou sede do

contribuinte, da situação dos bens ou da transmissão.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, aplicando-se apenas aos processos iniciados

após 1 de janeiro de 2018)

Artigo 12º

Competência dos tribunais tributários

1 – Os processos da competência dos tribunais tributários são julgados em 1ª instância pelo tribunal

da área do serviço periférico local onde se praticou o acto objecto da impugnação ou onde deva

instaurar-se a execução.

2 – No caso de actos tributários ou em matéria tributária praticados por outros serviços da

administração tributária, julgará em 1ª instância o tribunal da área do domicílio ou sede do

contribuinte, da situação dos bens ou da transmissão.

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Artigo 13º

Poderes do juiz

1 – Aos juízes dos tribunais tributários incumbe a direcção e julgamento dos processos da sua

jurisdição, devendo realizar ou ordenar todas as diligências que considerem úteis ao apuramento da

verdade relativamente aos factos que lhes seja lícito conhecer.

2 – As autoridades e repartições públicas são obrigadas a prestar as informações que o juiz entender

necessárias ao bom andamento dos processos.

Artigo 14º

Competência do Ministério Público

1 – Cabe ao Ministério Público a defesa da legalidade, a promoção do interesse público e a

representação dos ausentes, incertos e incapazes.

2 – O Ministério Público será sempre ouvido nos processos judiciais antes de ser proferida a decisão

final, nos termos deste Código.

Artigo 15º

Competência do representante da Fazenda Pública

1 – Compete ao representante da Fazenda Pública nos tribunais tributários:

a) Representar a administração tributária e, nos termos da lei, quaisquer outras entidades

públicas no processo judicial tributário e no processo de execução fiscal;

b) Recorrer e intervir em patrocínio da Fazenda Pública na posição de recorrente ou recorrida;

c) Praticar quaisquer outros actos previstos na lei.

2 – No exercício das suas competências, deve o representante da Fazenda Pública promover o rápido

andamento dos processos, podendo requisitar às repartições públicas os elementos de que necessitar e

solicitar, nos termos da lei, aos serviços da administração tributária as diligências necessárias.

3 – Quando a representação do credor tributário não for do representante da Fazenda Pública, as

competências deste são exercidas pelo mandatário judicial que aquele designar.

Artigo 16º

Incompetência absoluta em processo judicial

1 – A infracção das regras de competência em razão da hierarquia e da matéria determina a

incompetência absoluta do tribunal.

2 – A incompetência absoluta é de conhecimento oficioso e pode ser arguida pelos interessados ou

suscitada pelo Ministério Público ou pelo representante da Fazenda Pública até ao trânsito em julgado

da decisão final.

Artigo 17º

Incompetência territorial em processo judicial

1 – A infracção das regras de competência territorial determina a incompetência relativa do tribunal

ou serviço periférico local ou regional onde correr o processo.

2 – A incompetência relativa só pode ser arguida:

a) No processo de impugnação, pelo representante da Fazenda Pública, antes do início da

produção da prova;

b) No processo de execução, pelo executado, até findar o prazo para a oposição.

3 – Se a petição de impugnação for apresentada em serviço periférico local ou regional

territorialmente incompetente, o seu dirigente promoverá a sua remessa para o serviço considerado

competente no prazo de 48 horas, disso notificando o impugnante.

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Artigo 18º

Efeitos da declaração judicial de incompetência

1 – A decisão judicial da incompetência territorial implica a remessa oficiosa do processo ao tribunal

competente no prazo de 48 horas.

2 – Nos restantes casos de incompetência pode o interessado, no prazo de 14 dias a contar da

notificação da decisão que a declare, requerer a remessa do processo ao tribunal competente.

3 – A decisão que declare a incompetência indicará o tribunal considerado competente.

4 – Em qualquer dos casos, a petição considera-se apresentada na data do primeiro registo do

processo.

Artigo 19º

Deficiências ou irregularidades processuais

O tribunal ou qualquer serviço da administração tributária para onde subir o processo, se nele verificar

qualquer deficiência ou irregularidade que não possa sanar, mandá-lo-á baixar para estas serem

supridas.

SECÇÃO IV

Dos actos procedimentais e processuais

SUBSECÇÃO I

Dos prazos

Artigo 20º

Contagem dos prazos

1 – Os prazos do procedimento tributário e de impugnação judicial contam-se nos termos do artigo

279º do Código Civil.

2 – Os prazos para a prática de actos no processo judicial contam-se nos termos do Código de

Processo Civil.

Artigo 21º

Despacho e sentenças. Prazos

Na falta de disposições especiais, observar-se-ão os seguintes prazos para os despachos e sentenças:

a) Os despachos que não sejam de mero expediente serão proferidos dentro de 10 dias, devendo

os de mero expediente ser proferidos no prazo de 5 dias;

b) As sentenças serão proferidas dentro de 20 dias.

Artigo 22º

Promoções do Ministério Público e do representante da Fazenda Pública. Prazo

1 – No processo judicial tributário, os prazos para a prática de actos pelo Ministério Público e pelo

representante da Fazenda Pública têm a natureza de prazos peremptórios.

2 – Na falta de disposição especial, os prazos mencionados no n.º 1 são de 15 dias na 1ª instância e de

30 dias nos tribunais superiores.

Artigo 23º

Prazos fixados

1 – Quando, nos termos da lei, o prazo do acto deva ser fixado pela administração tributária ou pelo

juiz, este não pode ser inferior a 10 nem superior a 30 dias.

2 – Se a administração tributária ou o juiz não fixarem o prazo, este será de 10 dias.

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Artigo 24º

Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos

1 - As certidões de actos e termos do procedimento tributário e do processo judicial, bem como os

comprovativos de cadastros ou outros elementos em arquivo na administração tributária, sempre que

informatizados, são passados, no prazo máximo de três dias, por via electrónica através da Internet ou

mediante impressão nos serviços da administração tributária.

2 - Nos procedimentos e processos não informatizados, as certidões e termos são passados mediante a

apresentação de pedido escrito ou oral, no prazo máximo de cinco dias.

3 – As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha

dos elementos necessários e o contribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua obtenção.

4 - Salvo o disposto em lei especial, a validade das certidões passadas pela administração tributária é

de um ano, exceto as certidões comprovativas de situação tributária regularizada, que têm a validade

de três meses.

5 - A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de

caducidade pode ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano, que

não pode ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos anteriormente certificados,

exceto as respeitantes à situação tributária regularizada, cujo prazo de validade nunca pode ser

prorrogado.

6 - A certidão comprovativa de situação tributária regularizada não constitui documento de quitação.

7 - O pedido a que se refere o n.º 5 pode ser formulado no requerimento inicial, competindo aos

serviços, no momento da prorrogação, a verificação de que não houve alteração dos elementos

anteriormente certificados.

8 - As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços

deprecados.

9 - Os documentos emitidos nos termos do n.º 1 são autenticados com um código de identificação,

permitindo-se a consulta do original electrónico disponibilizado no serviço electrónico da Internet da

administração tributária pela entidade interessada, considerando-se inexistente o documento enquanto

não for efectuada a confirmação da conformidade do seu conteúdo em papel com o original

electrónico.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 24º

Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos

1 - As certidões de actos e termos do procedimento tributário e do processo judicial, bem como os

comprovativos de cadastros ou outros elementos em arquivo na administração tributária, sempre que

informatizados, são passados, no prazo máximo de três dias, por via electrónica através da Internet

ou mediante impressão nos serviços da administração tributária.

2 - Nos procedimentos e processos não informatizados, as certidões e termos são passados mediante a

apresentação de pedido escrito ou oral, no prazo máximo de cinco dias.

3 – As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha

dos elementos necessários e o contribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua obtenção.

4 – A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de

caducidade poderá ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano,

que não poderão ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos anteriormente

certificados.

5 - O pedido a que se refere o número anterior pode ser formulado no requerimento inicial,

competindo aos serviços, no momento da prorrogação, a verificação de que não houve alteração dos

elementos anteriormente certificados.

6 – As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços

deprecados.

7 - Os documentos emitidos nos termos do n.º 1 são autenticados com um código de identificação,

permitindo-se a consulta do original electrónico disponibilizado no serviço electrónico da Internet da

administração tributária pela entidade interessada, considerando-se inexistente o documento

enquanto não for efectuada a confirmação da conformidade do seu conteúdo em papel com o original

electrónico.

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(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 24º

Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos

1 - As certidões de actos e termos do procedimento tributário e do processo judicial, bem como os

comprovativos de cadastros ou outros elementos em arquivo na administração tributária, sempre que

informatizados, são passados por via electrónica através da Internet ou mediante impressão nos

serviços da administração tributária, e os pedidos respectivos formulados por transmissão

electrónica de dados, nos termos previstos por portaria do Ministro das Finanças.

2 - Nos procedimentos e processos não informatizados, as certidões e termos serão obrigatoriamente

passados mediante a apresentação de pedido escrito ou oral, no prazo máximo de 10 dias.

3 – As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha

dos elementos necessários e o contribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua obtenção.

4 – A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de

caducidade poderá ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano,

que não poderão ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos anteriormente

certificados.

5 - O pedido a que se refere o número anterior pode ser formulado no requerimento inicial,

competindo aos serviços, no momento da prorrogação, a verificação de que não houve alteração dos

elementos anteriormente certificados.

6 – As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços

deprecados.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 24º

Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos

1 – As certidões de actos e termos do procedimento tributário, bem como de actos e termos judiciais,

serão obrigatoriamente passadas mediante a apresentação de pedido escrito ou oral, no prazo de 10

dias.

2 – Em caso de pedido oral, este será redigido a termo no serviço da administração tributária

competente.

3 – As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha

dos elementos necessários e o contribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua obtenção.

4 – A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de

caducidade poderá ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano,

que não poderão ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos anteriormente

certificados.

5 – As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços

deprecados.

Artigo 25º

Cumprimento dos prazos

Os serviços competentes da administração tributária ou dos tribunais tributários elaborarão relações

trimestrais dos procedimentos e processos em que os prazos previstos no presente Código não foram

injustificadamente cumpridos e remetê-las-ão às entidades com competência inspectiva e disciplinar

sobre os responsáveis do incumprimento, para os efeitos que estas entenderem apropriados.

SUBSECÇÃO II

Do expediente interno

Artigo 26º

Recibos

1 - Os serviços da administração tributária passarão obrigatoriamente recibo das petições e de

quaisquer outros requerimentos, exposições ou reclamações, com menção dos documentos que os

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instruam e da data da apresentação, independentemente da natureza do processo administrativo ou

judicial.

2 - No caso de remessa pelo correio, sob registo, de requerimentos, petições ou outros documentos

dirigidos à administração tributária, considera-se que a mesma foi efectuada na data do respectivo

registo, salvo o especialmente estabelecido nas leis tributárias.

3 - No caso de remessa de petições ou outros documentos dirigidos à administração tributária por

telefax ou por via eletrónica, considera-se que a mesma foi efetuada na data de emissão, servindo de

prova, respetivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a mensagem foi enviada com

sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do recetor ou o extrato da mensagem efetuado

pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

4 - A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e a data da emissão.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 26º

Recibos

1 - Os serviços da administração tributária passarão obrigatoriamente recibo das petições e de

quaisquer outros requerimentos, exposições ou reclamações, com menção dos documentos que os

instruam e da data da apresentação, independentemente da natureza do processo administrativo ou

judicial.

2 - No caso de remessa pelo correio, sob registo, de requerimentos, petições ou outros documentos

dirigidos à administração tributária, considera-se que a mesma foi efectuada na data do respectivo

registo, salvo o especialmente estabelecido nas leis tributárias.

Artigo 27.º

Processos administrativos ou judiciais instaurados

1 - A administração tributária e os tribunais tributários registam e arquivam os procedimentos

administrativos e os processos judiciais instaurados, sempre que possível em suporte informático, por

forma que seja possível a sua consulta a partir de vários critérios de pesquisa.

2 - Os arquivos são obrigatoriamente mantidos durante os 10 anos seguintes à decisão dos

procedimentos ou ao trânsito em julgado das decisões judiciais.

3 - (Revogado.)

4 - (Revogado.)

5 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 62-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 27º

Processos administrativos ou judiciais instaurados. Extracção de verbetes. Averbamentos. Verbetes

e cartas precatórias

1 – Dos processos administrativos ou judiciais instaurados extrair-se-ão verbetes informatizados, os

quais conterão o seu número, a data da autuação, nome, número de identificação fiscal e domicílio

do requerente, reclamante, impugnante, executado ou arguido, proveniência e montante da dívida ou

valor do processo e natureza da infracção.

2 – No espaço reservado a averbamentos, além de quaisquer outras indicações úteis, anotar-se-ão,

além do respectivo número de identificação fiscal, o novo domicílio do requerente, reclamante,

impugnante ou executado, os nomes e moradas dos representantes das sociedades ou empresas de

responsabilidade limitada, dos restantes responsáveis solidários ou subsidiários e dos sucessores do

executado e os motivos de extinção da execução.

3 – Sempre que exista, em relação ao interessado, algum verbete relativo a outro processo

administrativo ou judicial, extrair-se-ão dele os elementos úteis ao andamento do novo procedimento

ou processo.

4 – Serão também extraídos verbetes informatizados das cartas precatórias recebidas.

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5 – Apenas em caso de impossibilidade de processamento dos verbetes por meios informáticos,

poderão estes ser processados manualmente.

Artigo 28º

Arquivo

(Revogado pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 28º

Arquivo

1 – Com os verbetes a que se refere o artigo anterior, organizar-se-á um índice geral alfabético

informatizado dos processos administrativos e judiciais.

2 – À medida que os processos administrativos ou judiciais findarem, serão os verbetes retirados do

índice geral vivo e com eles organizar-se-ão, de acordo com as características do serviço e a

natureza de cada um deles, os seguintes índices históricos:

a) Processos administrativos de reclamação graciosa;

b) Processos administrativos de cobrança a posteriori dos tributos;

c) Processos administrativos de reembolso ou dispensa de pagamento dos tributos;

d) Processos de impugnação judicial;

e) Execuções extintas por cobrança;

f) Execuções extintas por dação;

g) Execuções extintas por confusão;

h) Execuções extintas por conversão de créditos em capital;

i) Execuções extintas por transferência de titularidade dos créditos;

j) Execuções extintas por perdão ou amnistia;

k) Execuções extintas por prescrição;

l) Execuções extintas por anulação das dívidas;

m) Execuções extintas por declaração em falhas;

n) Cartas precatórias cumpridas;

o) Outros processos administrativos;

p) Outros processos judiciais.

3 – Apenas em caso de impossibilidade de processamento dos índices por meios informáticos,

poderão estes ser processados manualmente.

4 – Os documentos integrando os processos administrativos ou judiciais correspondentes aos verbetes

referidos no n.º 2 manter-se-ão arquivados por 8 anos, salvo aqueles em que tenha havido venda de

bens, sub-rogação, oposição, embargos de terceiros e reclamação de créditos quando os pagamentos

tenham sido efectuados de acordo com a graduação de créditos, que permanecerão arquivados por

tempo indeterminado.

Artigo 29º

Modelo dos impressos processuais

1 - Os impressos a utilizar no procedimento administrativo tributário não informatizado, incluindo o

processo de execução fiscal, obedecem a modelos aprovados pelo membro do Governo ou órgão

executivo de quem dependam os serviços da administração tributária.

2 - Os impressos a utilizar no processo judicial tributário obedecem a modelos aprovados pelos

Ministros das Finanças e da Justiça.

3 - A cópia para suporte papel dos procedimentos e processos informatizados deve ser efectuada,

sempre que possível, no formato dos impressos aprovados.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

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Artigo 29º

Modelo dos impressos processuais

1 – Os impressos a utilizar no procedimento administrativo tributário obedecerão a modelos

aprovados pelo membro do Governo ou órgão executivo de quem dependam os serviços da

administração tributária.

2 – Os impressos a utilizar no processo judicial tributário e no processo de execução fiscal

obedecerão a modelos aprovados pelo Ministro das Finanças e pelo Ministro da Justiça.

Artigo 30º

Consulta dos processos administrativos ou judiciais

1 – Os documentos dos processos administrativos e judiciais pendentes ou arquivados podem ser

consultados pelos interessados ou seus representantes.

2 – Os mandatários judiciais constituídos podem requerer que os processos pendentes ou arquivados

nos tribunais lhes sejam confiados para exame fora da secretaria, com observância das normas do

Código de Processo Civil.

Artigo 31º

Editais

1 – Quando, nos termos da lei, houver lugar à publicação de editais ou anúncios, esta será feita a

expensas do interessado, entrando em regra de custas.

2 - Os editais e os anúncios publicados são juntos aos restantes documentos do processo

administrativo ou judicial, com indicação da data e custo da publicação.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 31º

Editais

1 – Quando, nos termos da lei, houver lugar à publicação de editais ou anúncios, esta será feita a

expensas do interessado, entrando em regra de custas.

2 - Os editais e os anúncios publicados na imprensa são juntos aos restantes documentos do processo

administrativo ou judicial, com indicação do título do jornal e a data e custo da publicação.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 31º

Editais

1 – Quando, nos termos da lei, houver lugar à publicação de editais ou anúncios, esta será feita a

expensas do interessado, entrando em regra de custas.

2 – Os editais e os anúncios publicados na imprensa serão juntos aos restantes documentos do

processo administrativo ou judicial e colados numa folha em que se indicarão o título do jornal e a

data e custo da publicação.

Artigo 32º

Restituição de documentos

Findo o processo administrativo ou judicial, os documentos serão restituídos ao interessado a seu

pedido, sendo substituídos por certidões do mesmo teor ou, tratando-se de documentos que existam

permanentemente em repartições ou serviços públicos, desde que fique no processo a indicação da

repartição ou serviço e do livro e lugar respectivos.

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Artigo 33º

Processos administrativos ou judiciais concluídos

1 - Os documentos dos processos administrativos ou judiciais concluídos, depois de mensalmente

descarregados no registo geral, serão arquivados no tribunal ou serviço que os tenha instaurado, por

ordem sequencial ou alfabética, em tantos maços distintos quantos os índices especiais referidos no

artigo 28º.

2 - O disposto no número anterior não prejudica a obrigação de remessa dos processos concluídos ao

órgão da administração tributária competente para a execução da sentença ou acórdão, nos termos

previstos neste Código.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 33º

Processos administrativos ou judiciais concluídos

Os documentos dos processos administrativos ou judiciais concluídos, depois de mensalmente

descarregados no registo geral, serão arquivados no tribunal ou serviço que os tenha instaurado, por

ordem sequencial ou alfabética, em tantos maços distintos quantos os índices especiais referidos no

artigo 28º.

Artigo 34º

Valor probatório dos documentos existentes nos arquivos da administração tributária

1 – O conhecimento dos documentos existentes nos arquivos da administração tributária, relativos às

relações estabelecidas com os contribuintes no âmbito da execução da política tributária ou outra,

pode ser obtido pelas seguintes formas:

a) Informação escrita;

b) Certidão, fotocópia, reprodução de microfilme, reprodução de registo informático ou

reprodução de registo digital.

2 – As cópias obtidas a partir dos suportes arquivísticos utilizados na administração tributária têm a

força probatória do original, desde que devidamente autenticadas.

3 – O interessado pode requerer, nos termos legais, o confronto das cópias referidas no número

anterior com o original.

SUBSECÇÃO III

Das notificações e citações

Artigo 35º

Notificações e citações

1 - Diz-se notificação o acto pelo qual se leva um facto ao conhecimento de uma pessoa ou se chama

alguém a juízo.

2 - A citação é o acto destinado a dar conhecimento ao executado de que foi proposta contra ele

determinada execução ou a chamar a esta, pela primeira vez, pessoa interessada.

3 - Os despachos a ordenar citações ou notificações podem ser impressos e assinados por chancela.

4 - Qualquer funcionário da administração tributária, no exercício das suas funções, promove a

notificação e a citação.

5 - A adesão à morada única digital nos termos previstos no serviço público de notificações

eletrónicas associado à morada única digital determina que as notificações e citações podem ser feitas

através daquele.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 93/2017, de 1 de Agosto de 2017, com início de vigência em 1 de

Julho de 2017)

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Artigo 35º

Notificações e citações

1 – Diz-se notificação o acto pelo qual se leva um facto ao conhecimento de uma pessoa ou se chama

alguém a juízo.

2 – A citação é o acto destinado a dar conhecimento ao executado de que foi proposta contra ele

determinada execução ou a chamar a esta, pela primeira vez, pessoa interessada.

3 – Os despachos a ordenar citações ou notificações podem ser impressos e assinados por chancela.

4 - Qualquer funcionário da administração tributária, no exercício das suas funções, promove a

notificação e a citação.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 35º

Notificações e citações

1 – Diz-se notificação o acto pelo qual se leva um facto ao conhecimento de uma pessoa ou se chama

alguém a juízo.

2 – A citação é o acto destinado a dar conhecimento ao executado de que foi proposta contra ele

determinada execução ou a chamar a esta, pela primeira vez, pessoa interessada.

3 – Os despachos a ordenar citações ou notificações podem ser impressos e assinados por chancela.

Artigo 36º

Notificações em geral

1 – Os actos em matéria tributária que afectem os direitos e interesses legítimos dos contribuintes só

produzem efeitos em relação a estes quando lhes sejam validamente notificados.

2 – As notificações conterão sempre a decisão, os seus fundamentos e meios de defesa e prazo para

reagir contra o acto notificado, bem como a indicação da entidade que o praticou e se o fez no uso de

delegação ou subdelegação de competências.

3 – Constitui notificação o recebimento pelo interessado de cópia de acta ou assento do acto a que

assista.

Artigo 37º

Comunicação ou notificação insuficiente

1 – Se a comunicação da decisão em matéria tributária não contiver a fundamentação legalmente

exigida, a indicação dos meios de reacção contra o acto notificado ou outros requisitos exigidos pelas

leis tributárias, pode o interessado, dentro de 30 dias ou dentro do prazo para reclamação, recurso ou

impugnação ou outro meio judicial que desta decisão caiba, se inferior, requerer a notificação dos

requisitos que tenham sido omitidos ou a passagem de certidão que os contenha, isenta de qualquer

pagamento.

2 – Se o interessado usar da faculdade concedida no número anterior, o prazo para a reclamação,

recurso, impugnação ou outro meio judicial conta-se a partir da notificação ou da entrega da certidão

que tenha sido requerida.

3 – A apresentação do requerimento previsto no n.º 1 pode ser provada por duplicado do mesmo, com

o registo de entrada no serviço que promoveu a comunicação ou notificação ou por outro documento

autêntico.

4 – No caso de o tribunal vier a reconhecer como estando errado o meio de reacção contra o acto

notificado indicado na notificação, poderá o meio de reacção adequado ser ainda exercido no prazo de

30 dias a contar do trânsito em julgado da decisão judicial.

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

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2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para levantamento

de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma clara a identificação

do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido objecto

de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei são

efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas proceder

o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 — As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo podem ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de

telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em

que foi enviada.

9 - As notificações referidas no presente artigo, bem como as efetuadas nos processos de execução

fiscal, podem ser efetuadas por transmissão eletrónica de dados, através do serviço público de

notificações eletrónicas associado à morada única digital ou da caixa postal eletrónica, equivalendo

ambas à remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de receção.

10 - Revogado

11 - Quando se refiram a actos praticados por meios electrónicos pelo dirigente máximo do serviço, as

notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados são autenticadas com assinatura

electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Electrónica do

Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas.

12 - A administração fiscal disponibiliza no seu serviço na Internet os documentos electrónicos de

notificação e citação a cada sujeito passivo.

13 - As notificações por transmissão eletrónica de dados previstas no n.º 9 podem conter apenas um

resumo da fundamentação dos atos notificados, desde que remetam expressamente para uma

fundamentação completa disponível a cada sujeito passivo na área reservada do Portal das Finanças.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 93/2017, de 1 de Agosto de 2017, com início de vigência em 1 de

Julho de 2017)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido

objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei

são efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 — As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo podem ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de

telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em

que foi enviada.

Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

39

9 - As notificações referidas no presente artigo, bem como as efetuadas nos processos de execução

fiscal, podem ser efetuadas por transmissão eletrónica de dados, que equivalem, consoante os casos,

à remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de receção.

10 - Revogado

11 - Quando se refiram a actos praticados por meios electrónicos pelo dirigente máximo do serviço,

as notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados são autenticadas com assinatura

electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Electrónica do

Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas.

12 - A administração fiscal disponibiliza no seu serviço na Internet os documentos electrónicos de

notificação e citação a cada sujeito passivo.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido

objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei

são efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 — As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo podem ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de

telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em

que foi enviada.

9 - As notificações referidas no presente artigo podem ser efectuadas por transmissão electrónica de

dados, que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal registada ou por via postal

registada com aviso de recepção.

10 - Revogado

11 - Quando se refiram a actos praticados por meios electrónicos pelo dirigente máximo do serviço,

as notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados são autenticadas com assinatura

electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Electrónica do

Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas.

12 - A administração fiscal disponibiliza no seu serviço na Internet os documentos electrónicos de

notificação e citação a cada sujeito passivo.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

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3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido

objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei

são efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 — As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo podem ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de

telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em

que foi enviada.

9 - As notificações referidas no presente artigo podem ser efectuadas por transmissão electrónica de

dados, que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal registada ou por via postal

registada com aviso de recepção.

10 — Revogado

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido

objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei

são efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 — As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo podem ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de

telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o conteúdo da mensagem e o momento em

que foi enviada.

9 — As notificações referidas no presente artigo podem, ainda, ser efectuadas por transmissão

electrónica de dados, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

10 — As notificações efectuadas nos termos do número anterior equivalem, consoante os casos, à

remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de recepção, de acordo com o

disposto no n.º 3 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 290 -D/99, de 2 de Agosto.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

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2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as relativas às liquidações de tributos que

resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido

objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efectuadas por carta registada.

4 – As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei

são efectuadas por simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 – As notificações referidas nos n.ºs 3 e 4 do presente artigo poderão ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax ou via Internet, quando a administração tributária tenha conhecimento

da caixa de correio electrónico ou número de telefax do notificando e possa posteriormente confirmar

o conteúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 38º

Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas

1 – As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta registada com aviso de recepção,

sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos

contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para

levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma

clara a identificação do remetente.

3 – As notificações não abrangidas pelo n.º 1 do presente artigo serão efectuadas por carta registada.

4 – As liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei serão comunicadas por

simples via postal.

5 – As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas

proceder o entender necessário.

6 – Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.

7 – O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a

identificação do procedimento ou processo e o resumo dos seus objectivos.

8 – As notificações referidas nos n.ºs 3 e 4 do presente artigo poderão ser efectuadas, nos termos do

número anterior, por telefax ou via Internet, quando a administração tributária tenha conhecimento

da caixa de correio electrónico ou número de telefax do notificando e possa posteriormente confirmar

o conteúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a administração

tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos correios informação

sobre a data efectiva da recepção.

3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado e

tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja sido

assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a carta foi

oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número anterior

por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

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notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo de

o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança de

residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 - [Revogado.]

10 - As notificações efetuadas para o domicílio fiscal eletrónico consideram-se efetuadas no quinto dia

posterior ao registo de disponibilização daquelas no sistema de suporte ao serviço público de

notificações eletrónicas associado à morada única digital ou na caixa postal eletrónica da pessoa a

notificar.

11 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando, por facto que não lhe

seja imputável, a notificação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se comprove

que o contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

12 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este o

ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu, do

seu sentido e da sua data

13 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral

Tributária.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 93/2017, de 1 de Agosto de 2017, com início de vigência em 1 de

Julho de 2017)

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a

administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos

correios informação sobre a data efectiva da recepção.

3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado

e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja

sido assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a

carta foi oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número

anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo

de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança

de residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

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8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 - As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se feitas no momento

em que o destinatário aceda à caixa postal electrónica.

10 - A notificação considera-se efetuada no 25.º dia posterior ao seu envio, caso o contribuinte não

aceda à caixa postal eletrónica em data anterior.

11 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando, por facto que não

lhe seja imputável, a notificação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se

comprove que o contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

12 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este

o ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu,

do seu sentido e da sua data

13 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral

Tributária.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a

administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos

correios informação sobre a data efectiva da recepção.

3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado

e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja

sido assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a

carta foi oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número

anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo

de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança

de residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 - As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se feitas no momento

em que o destinatário aceda à caixa postal electrónica.

10 - Em caso de ausência de acesso à caixa postal electrónica, a notificação considera-se efectuada

no 25.º dia posterior ao seu envio, salvo nos casos em que se comprove que o contribuinte comunicou

a alteração daquela nos termos do artigo 43.º ou que este demonstre ter sido impossível essa

comunicação.

11 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este

o ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu,

do seu sentido e da sua data

12 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral

Tributária.

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(Redacção da Lei n.º64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a

administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos

correios informação sobre a data efectiva da recepção.

3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado

e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja

sido assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a

carta foi oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número

anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo

de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança

de residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 - As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se feitas no momento

em que o destinatário aceda à caixa postal electrónica.

10 - Em caso de ausência de acesso à caixa postal electrónica, deve ser efectuada nova transmissão

electrónica de dados, no prazo de 15 dias seguintes ao respectivo conhecimento por parte do serviço

que tenha procedido à emissão da notificação, aplicando-se com as necessárias adaptações a

presunção prevista no n.º 6, caso, no prazo de 10 dias, se verifique de novo o não acesso à caixa

postal electrónica.

11 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este

o ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu,

do seu sentido e da sua data

12 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral

Tributária.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a

administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos

correios informação sobre a data efectiva da recepção.

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3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado

e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja

sido assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a

carta foi oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número

anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo

de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança

de residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este o

ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu,

do seu sentido e da sua data

10 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral

Tributária..

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 39º

Perfeição das notificações

1 – As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3º dia

posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

2 – A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notificado quando não lhe seja imputável

o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a

administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos

correios informação sobre a data efectiva da recepção.

3 – Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado

e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja

sido assinado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a

carta foi oportunamente entregue ao destinatário.

4 – O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número

anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.

5 – Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter

recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e

não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a

notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de

recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo

de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança

de residência no prazo legal.

6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a

notificação presume-se feita no 3º dia posterior ao do registo ou no 1º dia útil seguinte a esse, quando

esse dia não seja útil.

7 – Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de

emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a

mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o

extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.

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8 – A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o

conteúdo e data da emissão.

9 – O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este o

ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu,

do seu sentido e da sua data.

Artigo 40º

Notificações aos mandatários

1 - As notificações aos interessados que tenham constituído mandatário são feitas na pessoa deste da

seguinte forma:

a) Nos procedimentos tributários, por carta registada, dirigida para o seu escritório;

b) Nos processos judiciais tributários, nos termos previstos nas normas sobre processo nos tribunais

administrativos.

2 - Quando a notificação se destine a chamar o interessado para a prática de ato pessoal, além de ser

notificado o mandatário, será enviado pelo correio um aviso registado ao próprio interessado,

indicando a data, o local e o fim da comparência.

3 - As notificações referidas nos números anteriores podem ainda ser efetuadas pelo funcionário

competente quando o notificando se encontrar no edifício do serviço ou do tribunal.

(Redacção da Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro – entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018)

Artigo 40º

Notificações aos mandatários

1 – As notificações aos interessados que tenham constituído mandatário serão feitas na pessoa deste e

no seu escritório.

2 – Quando a notificação tenha em vista a prática pelo interessado de acto pessoal, além da

notificação ao mandatário, será enviada carta ao próprio interessado, indicando a data, o local e o

motivo da comparência.

3 – As notificações serão feitas por carta ou aviso registados, dirigidos para o domicílio ou escritório

dos notificandos, podendo estes ser notificados pelo funcionário competente quando encontrados no

edifício do serviço ou tribunal.

Artigo 41º

Notificação ou citação das pessoas colectivas ou sociedades

1 - As pessoas colectivas e sociedades são citadas ou notificadas na sua caixa postal electrónica ou na

pessoa de um dos seus administradores ou gerentes, na sua sede, na residência destes ou em qualquer

lugar onde se encontrem.

2 – Não podendo efectuar-se na pessoa do representante por este não ser encontrado pelo funcionário,

a citação ou notificação realiza-se na pessoa de qualquer empregado, capaz de transmitir os termos do

acto, que se encontre no local onde normalmente funcione a administração da pessoa colectiva ou

sociedade.

3 – O disposto no número anterior não se aplica se a pessoa colectiva ou sociedade se encontrar em

fase de liquidação ou falência, caso em que a diligência será efectuada na pessoa do liquidatário.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 41º

Notificação ou citação das pessoas colectivas ou sociedades

1 – As pessoas colectivas e sociedades serão citadas ou notificadas na pessoa de um dos seus

administradores ou gerentes, na sua sede, na residência destes ou em qualquer lugar onde se

encontrem.

2 – Não podendo efectuar-se na pessoa do representante por este não ser encontrado pelo

funcionário, a citação ou notificação realiza-se na pessoa de qualquer empregado, capaz de

transmitir os termos do acto, que se encontre no local onde normalmente funcione a administração da

pessoa colectiva ou sociedade.

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3 – O disposto no número anterior não se aplica se a pessoa colectiva ou sociedade se encontrar em

fase de liquidação ou falência, caso em que a diligência será efectuada na pessoa do liquidatário.

Artigo 42º

Notificação ou citação do Estado, das autarquias locais e dos serviços públicos

1 - As notificações e citações de autarquia local ou outra entidade de direito público são feitas por via

electrónica para a respectiva caixa postal electrónica ou por carta registada com aviso de recepção,

dirigida ao seu presidente ou ao membro em que este tenha delegado essa competência.

2 - Se o notificando ou citando for um serviço público do Estado, a notificação ou citação que não seja

por via electrónica será feita na pessoa do seu presidente, director-geral ou funcionário equiparado,

salvo disposição legal em contrário.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 42º

Notificação ou citação do Estado, das autarquias locais e dos serviços públicos

1 – As notificações e citações de autarquia local ou outra entidade de direito público serão feitas por

carta registada com aviso de recepção, dirigida ao seu presidente ou membro em que este tenha

delegado essa competência.

2 – Se o notificando ou citando for um serviço público do Estado, a notificação ou citação será feita

na pessoa do seu presidente, director-geral ou funcionário equiparado, salvo disposição legal em

contrário.

Artigo 43º

Obrigação de participação de domicílio

1 - Os interessados que intervenham ou possam intervir em quaisquer procedimentos ou processos nos

serviços da administração tributária ou nos tribunais tributários comunicam, no prazo de 15 dias,

qualquer alteração do seu domicílio, sede ou caixa postal electrónica.

2 – A falta de recebimento de qualquer aviso ou comunicação expedidos nos termos dos artigos

anteriores, devido ao não cumprimento do disposto no n.º 1, não é oponível à administração tributária,

sem prejuízo do que a lei dispõe quanto à obrigatoriedade da citação e da notificação e dos termos por

que devem ser efectuadas.

3 - A comunicação referida no n.º 1 só produz efeitos, sem prejuízo da possibilidade legal de a

administração tributária proceder oficiosamente à sua rectificação, se o interessado fizer prova de já

ter solicitado ou obtido a actualização fiscal do domicílio, sede ou caixa postal electrónica.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 43º

Obrigação de participação de domicílio

1 – Os interessados que intervenham ou possam intervir em quaisquer procedimentos ou processos

nos serviços da administração tributária ou nos tribunais tributários comunicam, no prazo de 15

dias, qualquer alteração do seu domicílio ou sede.

2 – A falta de recebimento de qualquer aviso ou comunicação expedidos nos termos dos artigos

anteriores, devido ao não cumprimento do disposto no n.º 1, não é oponível à administração

tributária, sem prejuízo do que a lei dispõe quanto à obrigatoriedade da citação e da notificação e

dos termos por que devem ser efectuadas.

3 – A comunicação referida no n.º 1 só produzirá efeitos, sem prejuízo da possibilidade legal de a

administração tributária proceder oficiosamente à sua rectificação se o interessado fizer a prova de

já ter solicitado ou obtido a actualização fiscal do domicílio ou sede.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

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Artigo 43º

Obrigação de participação de domicílio

1 – Os interessados que intervenham ou possam intervir em quaisquer procedimentos ou processos

nos serviços da administração tributária ou nos tribunais tributários comunicarão, no prazo de 20

dias, qualquer alteração do seu domicílio ou sede.

2 – A falta de recebimento de qualquer aviso ou comunicação expedidos nos termos dos artigos

anteriores, devido ao não cumprimento do disposto no n.º 1, não é oponível à administração

tributária, sem prejuízo do que a lei dispõe quanto à obrigatoriedade da citação e da notificação e

dos termos por que devem ser efectuadas.

3 – A comunicação referida no n.º 1 só produzirá efeitos, sem prejuízo da possibilidade legal de a

administração tributária proceder oficiosamente à sua rectificação se o interessado fizer a prova de

já ter solicitado ou obtido a actualização fiscal do domicílio ou sede.

TÍTULO II

Do procedimento tributário

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 44º

Procedimento tributário

1 – O procedimento tributário compreende, para efeitos do presente Código:

a) As acções preparatórias ou complementares da liquidação dos tributos, incluindo parafiscais, ou de

confirmação dos factos tributários declarados pelos sujeitos passivos ou outros obrigados tributários;

b) A liquidação dos tributos, quando efectuada pela administração tributária;

c) A revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários;

d) A emissão, rectificação, revogação, ratificação, reforma ou conversão de quaisquer outros actos

administrativos em matéria tributária, incluindo sobre benefícios fiscais;

e) As reclamações, incluindo as que tenham por fundamento a classificação pautal, a origem ou o

valor aduaneiro das mercadorias e os recursos hierárquicos;

f) A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores patrimoniais;

g) A cobrança das obrigações tributárias, na parte que não tiver natureza judicial;

h) Revogada;

i) Todos os demais actos dirigidos à declaração dos direitos tributários.

2 – As acções de observação das realidades tributárias, da verificação do cumprimento das obrigações

tributárias e de prevenção das infracções tributárias são reguladas pelo Regime Complementar do

Procedimento de Inspecção Tributária.

(Redacção da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 44º

Procedimento tributário

1 – O procedimento tributário compreende, para efeitos do presente Código:

a) As acções preparatórias ou complementares da liquidação dos tributos, incluindo parafiscais, ou

de confirmação dos factos tributários declarados pelos sujeitos passivos ou outros obrigados

tributários;

b) A liquidação dos tributos, quando efectuada pela administração tributária;

c) A revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários;

d) A emissão, rectificação, revogação, ratificação, reforma ou conversão de quaisquer outros actos

administrativos em matéria tributária, incluindo sobre benefícios fiscais;

e) As reclamações e os recursos hierárquicos;

f) A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores patrimoniais;

g) A cobrança das obrigações tributárias, na parte que não tiver natureza judicial;

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h) A contestação de carácter técnico relacionada com a classificação pautal, a origem ou o valor das

mercadorias objecto de uma declaração aduaneira, sem prejuízo da legislação especial aplicável;

i) Todos os demais actos dirigidos à declaração dos direitos tributários.

2 – As acções de observação das realidades tributárias, da verificação do cumprimento das

obrigações tributárias e de prevenção das infracções tributárias são reguladas pelo Regime

Complementar do Procedimento de Inspecção Tributária.

Artigo 45º

Contraditório

1 – O procedimento tributário segue o princípio do contraditório, participando o contribuinte, nos

termos da lei, na formação da decisão.

2 – O contribuinte é ouvido oralmente ou por escrito, conforme o objectivo do procedimento.

3 – No caso de audiência oral, as declarações do contribuinte serão reduzidas a termo.

Artigo 46º

Proporcionalidade

Os actos a adoptar no procedimento serão os adequados aos objectivos a atingir, de acordo com os

princípios da proporcionalidade, eficiência, praticabilidade e simplicidade.

Artigo 47º

Duplo grau de decisão

1 – No procedimento tributário vigora o princípio do duplo grau de decisão, não podendo a mesma

pretensão do contribuinte ser apreciada sucessivamente por mais de dois órgãos integrando a mesma

administração tributária.

2 – Considera-se que a pretensão é a mesma, para efeitos do número anterior, em caso de identidade

do autor e dos fundamentos de facto e de direito invocados.

3 – O pedido de reapreciação da decisão deve, salvo lei especial, ser dirigido ao dirigente máximo do

serviço ou a quem ele tiver delegado essa competência.

Artigo 48º

Cooperação da administração tributária e do contribuinte

1 – A administração tributária esclarecerá os contribuintes e outros obrigados tributários sobre a

necessidade de apresentação de declarações, reclamações e petições e a prática de quaisquer outros

actos necessários ao exercício dos seus direitos, incluindo a correcção dos erros ou omissões

manifestas que se observem.

2 – O contribuinte cooperará de boa-fé na instrução do procedimento, esclarecendo de modo completo

e verdadeiro os factos de que tenha conhecimento e oferecendo os meios de prova a que tenha acesso.

Artigo 49º

Cooperação de entidades públicas

Estão sujeitos a um dever geral de cooperação no procedimento os serviços, estabelecimentos e

organismos, ainda que personalizados, do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais, as

associações públicas, as empresas públicas ou de capital exclusivamente público, as instituições

particulares de solidariedade social e as pessoas colectivas de utilidade pública.

Artigo 50º

Meios de prova

No procedimento, o órgão instrutor utilizará todos os meios de prova legalmente previstos que sejam

necessários ao correcto apuramento dos factos, podendo designadamente juntar actas e documentos,

tomar declarações de qualquer natureza do contribuinte ou outras pessoas e promover a realização de

perícias ou inspecções oculares.

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Artigo 51º

Contratação de outras entidades

1 – A administração tributária pode, nos termos da lei e no âmbito das suas competências, contratar o

serviço de quaisquer outras entidades para a colaboração em operações de entrega e recepção de

declarações ou outros documentos ou de processamento da liquidação ou cobrança das obrigações

tributárias.

2 – A administração tributária pode igualmente, nos termos da lei, celebrar protocolos com entidades

públicas e privadas com vista à realização das suas atribuições.

3 – Quem, em virtude dos contratos e protocolos referidos nos números anteriores, tomar

conhecimento de quaisquer dados relativos à situação tributária dos contribuintes fica igualmente

sujeito ao dever de sigilo fiscal.

Artigo 52º

Erro na forma de procedimento

Se, em caso de erro na forma de procedimento, puderem ser aproveitadas as peças úteis ao

apuramento dos factos, será o procedimento oficiosamente convolado na forma adequada.

Artigo 53º

Arquivamento

1 – O procedimento da iniciativa do contribuinte será obrigatoriamente arquivado se ficar parado mais

de 90 dias por motivo a este imputável.

2 – A administração tributária deve, até 15 dias antes do termo do prazo referido no n.º 1, notificar o

contribuinte, por carta registada, e informá-lo sobre os efeitos do incumprimento dos seus deveres de

cooperação.

Artigo 54º

Impugnação unitária

Salvo quando forem imediatamente lesivos dos direitos do contribuinte ou disposição expressa em

sentido diferente, não são susceptíveis de impugnação contenciosa os actos interlocutórios do

procedimento, sem prejuízo de poder ser invocada na impugnação da decisão final qualquer

ilegalidade anteriormente cometida.

CAPÍTULO II

Procedimentos prévios de informação e avaliação

Artigo 55º

Orientações genéricas

1 – É da exclusiva competência do dirigente máximo do serviço ou do funcionário em quem ele tiver

delegado essa competência a emissão de orientações genéricas visando a uniformização da

interpretação e aplicação das normas tributárias pelos serviços.

2 – Somente as orientações genéricas emitidas pelas entidades referidas no número anterior vinculam

a administração tributária.

3 – As orientações genéricas referidas no n.º 1 devem constar obrigatoriamente de circulares

administrativas e aplicam-se exclusivamente à administração tributária que procedeu à sua emissão.

Artigo 56º

Base de dados

1 – A administração tributária organizará uma base de dados, permanentemente actualizada, contendo

as orientações genéricas referidas no n.º 1 do artigo anterior.

2 – Aos contribuintes será facultado o acesso directo à base de dados referida no n.º 1 do presente

artigo.

3 – Os interessados em qualquer procedimento ou processo regulado pelo presente Código poderão

requerer ao dirigente máximo do serviço a comunicação de quaisquer despachos comportando

orientações genéricas da administração tributária sobre as questões discutidas.

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4 – A administração tributária responderá comunicando ao contribuinte o teor dos despachos

solicitados expurgados dos seus elementos de carácter pessoal e procedendo à sua inclusão na base de

dados a que se refere o n.º 1 no prazo de 90 dias.

5 – O disposto nos n.ºs 3 e 4 aplica-se a quaisquer informações ou pareceres que a administração

tributária invoque no procedimento ou processo para fundamentar a sua posição.

Artigo 57º

Informações vinculativas

1 - A notificação aos interessados da resposta ao pedido de informação vinculativa inclui

obrigatoriamente a informação ou parecer em que a administração tributária se baseou para a sua

prestação.

2 – Os interessados não ficam dispensados, quando o despacho for sobre os pressupostos de qualquer

benefício fiscal dependente de reconhecimento, de o requerer autonomamente nos termos da lei.

3 – Apresentado o pedido de reconhecimento que tenha sido precedido do pedido de informação

vinculativa, este ser-lhe-á apensado a requerimento do interessado, devendo a entidade competente

para a decisão conformar-se com o anterior despacho, na medida em que a situação hipotética objecto

do pedido de informação vinculativa coincida com a situação de facto objecto do pedido de

reconhecimento, sem prejuízo das medidas de controlo do benefício fiscal exigidas por lei.

(Redacção pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 57º

Informações vinculativas

1 – O despacho que recair sobre pedido de informação vinculativa sobre a concreta situação

tributária dos contribuintes ou os pressupostos de quaisquer benefícios fiscais será notificado aos

interessados, vinculado os serviços a partir da notificação que, verificados os factos previstos na lei,

não poderão proceder de forma diversa, salvo em cumprimento de decisão judicial.

2 – Os interessados não ficam dispensados, quando o despacho for sobre os pressupostos de qualquer

benefício fiscal dependente de reconhecimento, de o requerer autonomamente nos termos da lei.

3 – Apresentado o pedido de reconhecimento que tenha sido precedido do pedido de informação

vinculativa, este ser-lhe-á apensado a requerimento do interessado, devendo a entidade competente

para a decisão conformar-se com o anterior despacho, na medida em que a situação hipotética

objecto do pedido de informação vinculativa coincida com a situação de facto objecto do pedido de

reconhecimento, sem prejuízo das medidas de controlo do benefício fiscal exigidas por lei.

Artigo 58º

Avaliação prévia

1 – Os contribuintes poderão, caso provem interesse legítimo, mediante o pagamento de uma taxa a

fixar entre limites mínimos e máximos definidos anualmente pelo ministro competente, solicitar a

avaliação de bens ou direitos que constituam a base de incidência de quaisquer tributos, a que a

administração tributária ainda não tenha procedido.

2 – A avaliação efectuada no número anterior tem efeitos vinculativos para a administração tributária

por um período de três anos após se ter tornado definitiva.

3 – O efeito vinculativo referido no número anterior não se produz, em caso de reclamação ou

impugnação da avaliação, até à decisão.

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CAPÍTULO III

Do procedimento de liquidação

SECÇÃO I

Da instauração

Artigo 59º

Início do procedimento

1 – O procedimento de liquidação instaura-se com as declarações dos contribuintes, ou, na falta ou

vício destas, com base em todos os elementos de que disponha ou venha a obter a entidade

competente.

2 – O apuramento da matéria tributável far-se-á com base nas declarações dos contribuintes, desde que

estes as apresentem nos termos previstos na lei e forneçam à administração tributária os elementos

indispensáveis à verificação da sua situação tributária.

3 – Em caso de erro de facto ou de direito nas declarações dos contribuintes, estas podem ser

substituídas:

a) Seja qual for a situação da declaração a substituir, se ainda decorrer o prazo legal da

respectiva entrega;

b) Sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que ao caso couber, quando desta

declaração resultar imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, nos

seguintes prazos:

I) Nos 30 dias seguintes ao termo do prazo legal, seja qual for a situação da declaração a

substituir;

II) Até ao termo do prazo legal de reclamação graciosa ou impugnação judicial do acto de

liquidação, para a correcção de erros ou omissões imputáveis aos sujeitos passivos de que resulte

imposto de montante inferior ao liquidado com base na declaração apresentada;

III) Até 60 dias antes do termo do prazo de caducidade, para a correcção de erros imputáveis

aos sujeitos passivos de que resulte imposto superior ao anteriormente liquidado.

4 - (Revogado.)

5 - A declaração de substituição entregue no prazo legal para a reclamação graciosa, quando a

administração tributária não proceder à sua liquidação, é convolada em reclamação graciosa, de tal se

notificando o sujeito passivo.

6 – Da apresentação das declarações de substituição não pode resultar a ampliação dos prazos de

reclamação graciosa, impugnação judicial ou revisão do acto tributário, que seriam aplicáveis caso

não tivessem sido apresentadas.

7 – Sempre que a entidade competente tome conhecimento de factos tributários não declarados pelo

sujeito passivo e do suporte probatório necessário, o procedimento de liquidação é instaurado

oficiosamente pelos competentes serviços.

(Redacção da Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2017)

Artigo 59º

Início do procedimento

1 – O procedimento de liquidação instaura-se com as declarações dos contribuintes, ou, na falta ou

vício destas, com base em todos os elementos de que disponha ou venha a obter a entidade

competente.

2 – O apuramento da matéria tributável far-se-á com base nas declarações dos contribuintes, desde

que estes as apresentem nos termos previstos na lei e forneçam à administração tributária os

elementos indispensáveis à verificação da sua situação tributária.

3 – Em caso de erro de facto ou de direito nas declarações dos contribuintes, estas podem ser

substituídas:

a) Seja qual for a situação da declaração a substituir, se ainda decorrer o prazo legal da respectiva

entrega;

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b) Sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que ao caso couber, quando desta

declaração resultar imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, nos seguintes

prazos:

I) Nos 30 dias seguintes ao termo do prazo legal, seja qual for a situação da declaração a

substituir;

II) Até ao termo do prazo legal de reclamação graciosa ou impugnação judicial do acto de

liquidação, para a correcção de erros ou omissões imputáveis aos sujeitos passivos de que resulte

imposto de montante inferior ao liquidado com base na declaração apresentada;

III) Até 60 dias antes do termo do prazo de caducidade, para a correcção de erros

imputáveis aos sujeitos passivos de que resulte imposto superior ao anteriormente liquidado.

4 - (Revogado.)

5 – Nos casos em que os erros ou omissões a corrigir decorram de divergência entre o contribuinte e

o serviço na qualificação de actos, factos ou documentos invocados, em declaração de substituição

apresentada no prazo legal para a reclamação graciosa, com relevância para a liquidação do

imposto ou de fundada dúvida sobre a existência dos referidos actos, factos ou documentos, o chefe

de finanças deve convolar a declaração de substituição em reclamação graciosa da liquidação,

notificando da decisão o sujeito passivo.

6 – Da apresentação das declarações de substituição não pode resultar a ampliação dos prazos de

reclamação graciosa, impugnação judicial ou revisão do acto tributário, que seriam aplicáveis caso

não tivessem sido apresentadas.

7 – Sempre que a entidade competente tome conhecimento de factos tributários não declarados pelo

sujeito passivo e do suporte probatório necessário, o procedimento de liquidação é instaurado

oficiosamente pelos competentes serviços.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 59º

Início do procedimento

1 – O procedimento de liquidação instaura-se com as declarações dos contribuintes, ou, na falta ou

vício destas, com base em todos os elementos de que disponha ou venha a obter a entidade

competente.

2 – O apuramento da matéria tributável far-se-á com base nas declarações dos contribuintes, desde

que estes as apresentem nos termos previstos na lei e forneçam à administração tributária os

elementos indispensáveis à verificação da sua situação tributária.

3 – Em caso de erro de facto ou de direito nas declarações dos contribuintes, estas podem ser

substituídas:

a)Seja qual for a situação da declaração a substituir, se ainda decorrer o prazo legal da respectiva

entrega;

b)Sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que ao caso couber, quando desta

declaração resultar imposto superior ou reembolso inferior ao anteriormente apurado, nos seguintes

prazos:

I) Nos 30 dias seguintes ao termo do prazo legal, seja qual for a situação da declaração a

substituir;

II) Até ao termo do prazo legal de reclamação graciosa ou impugnação judicial do acto de

liquidação, para a correcção de erros ou omissões imputáveis aos sujeitos passivos de que resulte

imposto de montante inferior ao liquidado com base na declaração apresentada;

III) Até 60 dias antes do termo do prazo de caducidade, para a correcção de erros

imputáveis aos sujeitos passivos de que resulte imposto superior ao anteriormente liquidado.

4 – Para efeitos de aplicação do disposto na subalínea II) da alínea b) número anterior, a declaração

de substituição deve ser apresentada no serviço local da área do domicílio fiscal do sujeito passivo.

5 – Nos casos em que os erros ou omissões a corrigir decorram de divergência entre o contribuinte e

o serviço na qualificação de actos, factos ou documentos invocados, em declaração de substituição

apresentada no prazo legal para a reclamação graciosa, com relevância para a liquidação do

imposto ou de fundada dúvida sobre a existência dos referidos actos, factos ou documentos, o chefe

de finanças deve convolar a declaração de substituição em reclamação graciosa da liquidação,

notificando da decisão o sujeito passivo.

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6 – Da apresentação das declarações de substituição não pode resultar a ampliação dos prazos de

reclamação graciosa, impugnação judicial ou revisão do acto tributário, que seriam aplicáveis caso

não tivessem sido apresentadas.

7 – Sempre que a entidade competente tome conhecimento de factos tributários não declarados pelo

sujeito passivo e do suporte probatório necessário, o procedimento de liquidação é instaurado

oficiosamente pelos competentes serviços.

SECÇÃO II

Da decisão

Artigo 60º

Definitividade dos actos tributários

Os actos tributários praticados por autoridade fiscal competente em razão da matéria são definitivos

quanto à fixação dos direitos dos contribuintes, sem prejuízo da sua eventual revisão ou impugnação

nos termos da lei.

SECÇÃO III

Dos juros indemnizatórios

Artigo 61º

Juros indemnizatórios

1 - O direito aos juros indemnizatórios é reconhecido pelas seguintes entidades:

a) Pela entidade competente para a decisão de reclamação graciosa, quando o fundamento for

erro imputável aos serviços de que tenha resultado pagamento da dívida tributária em montante

superior ao legalmente devido;

b) Pela entidade que determina a restituição oficiosa dos tributos, quando não seja cumprido

o prazo legal de restituição;

c) Pela entidade que procede ao processamento da nota de crédito, quando o fundamento for

o atraso naquele processamento;

d) Pela entidade competente para a decisão sobre o pedido de revisão do acto tributário por

iniciativa do contribuinte, quando não seja cumprido o prazo legal de revisão do acto tributário.

2 - Em caso de anulação judicial do acto tributário, cabe à entidade que execute a decisão judicial da

qual resulte esse direito determinar o pagamento dos juros indemnizatórios a que houver lugar.

3 – Os juros indemnizatórios serão liquidados e pagos no prazo de 90 dias contados a partir da decisão

que reconheceu o respectivo direito ou do dia seguinte ao termo do prazo legal de restituição oficiosa

do tributo.

4 – Se a decisão que reconheceu o direito a juros indemnizatórios for judicial, o prazo de pagamento

conta-se a partir do início do prazo da sua execução espontânea.

5 - Os juros são contados desde a data do pagamento indevido do imposto até à data do processamento

da respectiva nota de crédito, em que são incluídos.

6 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, pode o interessado reclamar, junto do competente

órgão periférico regional da administração tributária, do não pagamento de juros indemnizatórios nos

termos previstos no n.º 1, no prazo de 120 dias contados da data do conhecimento da nota de crédito

ou, na sua falta, do termo do prazo para a sua emissão.

7 - O interessado pode ainda, no prazo de 30 dias contados do termo do prazo de execução espontânea

da decisão, reclamar, junto do competente órgão periférico regional da administração tributária, do

não pagamento de juros indemnizatórios no caso da execução de uma decisão judicial de que resulte

esse direito.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

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Artigo 61º

Juros indemnizatórios

1 – Os juros indemnizatórios serão liquidados e pagos no prazo de 90 dias contados a partir da

decisão que reconheceu o respectivo direito ou do dia seguinte ao termo do prazo legal de restituição

oficiosa do tributo.

2 – Se a decisão que reconheceu o direito a juros indemnizatórios for judicial, o prazo de pagamento

conta-se a partir do início do prazo da sua execução espontânea.

3 – Os juros serão contados desde a data do pagamento do imposto indevido até à data da emissão da

respectiva nota de crédito.

4 – Os juros indemnizatórios poderão ser reclamados ou impugnados autonomamente caso o

pagamento do tributo seja efectuado após o termo dos prazos gerais de reclamação ou impugnação.

SECÇÃO IV

Procedimentos próprios

Artigo 62º

Acto de liquidação consequente

1 – Em caso de a fixação ou a revisão da matéria tributável dever ter lugar por procedimento próprio,

a liquidação efectua-se de acordo com a decisão do referido procedimento, salvo em caso de esta

violar manifestamente competências legais.

2 – A declaração da violação das referidas competências legais pode ser requerida pelo contribuinte

ou efectuada pela administração tributária, sendo neste caso obrigatoriamente notificada ao

contribuinte no prazo máximo de 15 dias após o termo do procedimento referido no número anterior.

Artigo 63.º

Aplicação de disposição antiabuso

1 - A liquidação de tributos com base na disposição antiabuso constante do n.º 2 do artigo 38.º da lei

geral tributária segue os termos previstos neste artigo.

2 - (Revogado.)

3 - A fundamentação do projecto e da decisão de aplicação da disposição antiabuso referida no n.º 1

contém necessariamente:

a) A descrição do negócio jurídico celebrado ou do acto jurídico realizado e dos negócios ou actos de

idêntico fim económico, bem como a indicação das normas de incidência que se lhes aplicam;

b) A demonstração de que a celebração do negócio jurídico ou prática do acto jurídico foi essencial ou

principalmente dirigida à redução, eliminação ou diferimento temporal de impostos que seriam

devidos em caso de negócio ou acto com idêntico fim económico, ou à obtenção de vantagens fiscais.

4 - A aplicação da disposição antiabuso referida no n.º 1 depende da audição prévia do contribuinte,

nos termos da lei.

5 - O direito de audição prévia é exercido no prazo de 30 dias a contar da notificação do projecto de

aplicação da disposição antiabuso ao contribuinte.

6 – No prazo referido no número anterior, poderá o contribuinte apresentar as provas que entender

pertinentes.

7 - A aplicação da disposição antiabuso referida no n.º 1 é prévia e obrigatoriamente autorizada, após

a audição prévia do contribuinte prevista no n.º 5, pelo dirigente máximo do serviço ou pelo

funcionário em quem ele tiver delegado essa competência.

8 - A disposição antiabuso referida no n.º 1 não é aplicável se o contribuinte tiver solicitado à

administração tributária informação vinculativa sobre os factos que a tiverem fundamentado e a

administração tributária não responder no prazo de 150 dias.

9 - (Revogado.)

10 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

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Artigo 63º

Aplicação das normas antiabuso

1 – A liquidação dos tributos com base em quaisquer disposições antiabuso nos termos dos códigos e

outras leis tributárias depende da abertura para o efeito de procedimento próprio.

2 – Consideram-se disposições antiabuso, para os efeitos do presente Código, quaisquer normas

legais que consagrem a ineficácia perante a administração tributária de negócios ou actos jurídicos

celebrados ou praticados com manifesto abuso das formas jurídicas de que resulte a eliminação ou

redução dos tributos que de outro modo seriam devidos.

3 - O procedimento referido no n.º 1 pode ser aberto no prazo de três anos a contar do início do ano

civil seguinte ao da realização do negócio jurídico objecto das disposições anti-abuso.

4 – A aplicação das disposições antiabuso depende da audição do contribuinte, nos termos da lei.

5 – O direito de audição será exercido no prazo de 30 dias após a notificação, por carta registada, do

contribuinte, para esse efeito.

6 – No prazo referido no número anterior, poderá o contribuinte apresentar as provas que entender

pertinentes.

7 – A aplicação das disposições antiabuso será prévia e obrigatoriamente autorizada, após a

observância do disposto nos números anteriores, pelo dirigente máximo do serviço ou pelo

funcionário em quem ele tiver delegado essa competência.

8 - As disposições não são aplicáveis se o contribuinte tiver solicitado à administração tributária

informação vinculativa sobre os factos que a tiverem fundamentado e a administração tributária não

responder no prazo de 90 dias.

9 - Salvo quando de outro modo resulte da lei, a fundamentação da decisão referida no n.º 7 conterá:

a)A descrição do negócios jurídico celebrado ou do acto jurídico realizado e da sua verdadeira

substância económica;

b)A indicação dos elementos que demonstrem que a celebração do negócio ou prática do acto tiveram

como fim único ou determinante evitar a tributação que seria devida em caso de negócio ou acto de

substância económica equivalente;

c)A descrição dos negócios ou actos de substância económica equivalente aos efectivamente

celebrados ou praticados e das normas de incidência que se lhes aplicam.

10 – A autorização referida no n.º 7 do presente artigo é passível de recurso contencioso autónomo.

(Redacção pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 63º

Aplicação das normas antiabuso

1 – A liquidação dos tributos com base em quaisquer disposições antiabuso nos termos dos códigos e

outras leis tributárias depende da abertura para o efeito de procedimento próprio.

2 – Consideram-se disposições antiabuso, para os efeitos do presente Código, quaisquer normas

legais que consagrem a ineficácia perante a administração tributária de negócios ou actos jurídicos

celebrados ou praticados com manifesto abuso das formas jurídicas de que resulte a eliminação ou

redução dos tributos que de outro modo seriam devidos.

3 – O procedimento referido no número anterior pode ser aberto no prazo de três anos após a

realização do acto ou da celebração do negócio jurídico objecto da aplicação das disposições

antiabuso.

4 – A aplicação das disposições antiabuso depende da audição do contribuinte, nos termos da lei.

5 – O direito de audição será exercido no prazo de 30 dias após a notificação, por carta registada, do

contribuinte, para esse efeito.

6 – No prazo referido no número anterior, poderá o contribuinte apresentar as provas que entender

pertinentes.

7 – A aplicação das disposições antiabuso será prévia e obrigatoriamente autorizada, após a

observância do disposto nos números anteriores, pelo dirigente máximo do serviço ou pelo

funcionário em quem ele tiver delegado essa competência.

8 – As disposições não serão aplicáveis se o contribuinte tiver solicitado à administração tributária

informação vinculativa sobre os factos que a tiverem fundamentado e a administração tributária não

responder no prazo de seis meses.

9 – Salvo quando de outro modo resulte da lei, a fundamentação da decisão referida no n.º 7 conterá:

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a) A descrição do negócios jurídico celebrado ou do acto jurídico realizado e da sua

verdadeira substância económica;

b) A indicação dos elementos que demonstrem que a celebração do negócio ou prática do

acto tiveram como fim único ou determinante evitar a tributação que seria devida em

caso de negócio ou acto de substância económica equivalente;

c) A descrição dos negócios ou actos de substância económica equivalente aos

efectivamente celebrados ou praticados e das normas de incidência que se lhes aplicam.

10 – A autorização referida no n.º 7 do presente artigo é passível de recurso contencioso autónomo.

Artigo 64º

Presunções

1 – O interessado que pretender ilidir qualquer presunção prevista nas normas de incidência tributária

deverá para o efeito, caso não queira utilizar as vias da reclamação graciosa ou impugnação judicial de

acto tributário que nela se basear, solicitar a abertura de procedimento contraditório próprio.

2 – O procedimento previsto no número anterior será instaurado no órgão periférico local da área do

domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação, mediante petição do

contribuinte dirigida àquele órgão, acompanhada dos meios de prova admitidos nas leis tributárias.

3 – A petição considera-se tacitamente deferida se não lhe for dada qualquer resposta no prazo de seis

meses, salvo quando a falta desta for imputável ao contribuinte.

4 – Caso já tenham terminado os prazos gerais de reclamação ou de impugnação judicial do acto

tributário, a decisão do procedimento previsto no presente artigo apenas produz efeitos para o futuro.

CAPÍTULO IV

Do reconhecimento dos benefícios fiscais

Artigo 65º

Reconhecimento dos benefícios fiscais

1 – Salvo disposição em contrário e sem prejuízo dos direitos resultantes da informação vinculativa a

que se refere o n.º 1 do artigo 57º, o reconhecimento dos benefícios fiscais depende da iniciativa dos

interessados, mediante requerimento dirigido especificamente a esse fim, o cálculo, quando

obrigatório, do benefício requerido e a prova da verificação dos pressupostos do reconhecimento nos

termos da lei.

2 – Os pedidos de reconhecimento serão apresentados nos serviços competentes para a liquidação do

tributo a que se refere o benefício e serão instruídos de acordo com as normas legais que concedam os

benefícios.

3 – Os pedidos referidos no número anterior são apresentados nos seguintes prazos:

a) Se se tratar de benefícios fiscais relativos a factos tributários sujeitos a retenção na fonte a título

definitivo, até ao limite do prazo para entrega do respectivo imposto nos cofres do Estado;

b) Nos restantes casos, até ao limite do prazo para a entrega da declaração de rendimentos relativa ao

período em que se verificarem os pressupostos da atribuição do benefício fiscal.

4 – O despacho de deferimento fixará as datas do início e do termo do benefício fiscal, dele cabendo

recurso hierárquico do indeferimento nos termos do presente Código.

5 – Sem prejuízo das sanções contra-ordenacionais aplicáveis, a manutenção dos efeitos de

reconhecimento do benefício dependem de o contribuinte facultar à administração fiscal todos os

elementos necessários ao controlo dos seus pressupostos de que esta não disponha.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 65º

Reconhecimento dos benefícios fiscais

1 – Salvo disposição em contrário e sem prejuízo dos direitos resultantes da informação vinculativa a

que se refere o n.º 1 do artigo 57º, o reconhecimento dos benefícios fiscais depende da iniciativa dos

interessados, mediante requerimento dirigido especificamente a esse fim, o cálculo, quando

obrigatório, do benefício requerido e a prova da verificação dos pressupostos do reconhecimento nos

termos da lei.

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2 – Os pedidos de reconhecimento serão apresentados nos serviços competentes para a liquidação do

tributo a que se refere o benefício e serão instruídos de acordo com as normas legais que concedam

os benefícios.

3 – O despacho de deferimento fixará as datas do início e do termo do benefício fiscal, dele cabendo

recurso hierárquico do indeferimento nos termos do presente Código.

4 – Sem prejuízo das sanções contra-ordenacionais aplicáveis, a manutenção dos efeitos de

reconhecimento do benefício dependem de o contribuinte facultar à administração fiscal todos os

elementos necessários ao controlo dos seus pressupostos de que esta não disponha.

CAPÍTULO V

Dos recursos hierárquicos

Artigo 66º

Interposição do recurso hierárquico

1 – Sem prejuízo do princípio do duplo grau de decisão, as decisões dos órgãos da administração

tributária são susceptíveis de recurso hierárquico.

2 – Os recursos hierárquicos são dirigidos ao mais elevado superior hierárquico do autor do acto e

interpostos, no prazo de 30 dias a contar da notificação do acto respectivo, perante o autor do acto

recorrido.

3 – Os recursos hierárquicos devem, salvo no caso de revogação total do acto previsto no número

seguinte, subir no prazo de 15 dias, acompanhados do processo a que respeite o acto ou, quando

tiverem efeitos meramente devolutivos, com um seu extracto.

4 – No prazo referido no número anterior pode o autor do acto recorrido revogá-lo total ou

parcialmente.

5 – Os recursos hierárquicos serão decididos no prazo máximo de 60 dias.

Artigo 67º

Recurso hierárquico. Relações com o recurso contencioso

1 – Os recursos hierárquicos, salvo disposição em contrário das leis tributárias, têm natureza

meramente facultativa e efeito devolutivo.

2 – Em caso de a lei atribuir ao recurso hierárquico efeito suspensivo, este limita-se à parte da decisão

contestada.

3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, o recurso contencioso de atos da administração tributária

praticados por ocasião do desalfandegamento, que decidam a classificação pautal de mercadorias de

importação proibida ou condicionada é previamente precedido de recurso hierárquico, sendo

aplicável, com as devidas adaptações, o disposto no artigo 77.º- A.

(Redacção da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 67º

Recurso hierárquico. Relações com o recurso contencioso

1 – Os recursos hierárquicos, salvo disposição em contrário das leis tributárias, têm natureza

meramente facultativa e efeito devolutivo.

2 – Em caso de a lei atribuir ao recurso hierárquico efeito suspensivo, este limita-se à parte da

decisão contestada.

CAPÍTULO VI

Do procedimento de reclamação graciosa

Artigo 68º

Procedimento de reclamação graciosa

1 – O procedimento de reclamação graciosa visa a anulação total ou parcial dos actos tributários por

iniciativa do contribuinte, incluindo, nos termos da lei, os substitutos e responsáveis.

2 – Não pode ser deduzida reclamação graciosa quando tiver sido apresentada impugnação judicial

com o mesmo fundamento.

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Artigo 69º

Regras fundamentais

São regras fundamentais do procedimento de reclamação graciosa:

a) Simplicidade de termos e brevidade das resoluções;

b) Dispensa de formalidades essenciais;

c) Inexistência do caso decidido ou resolvido;

d) Isenção de custas;

e) Limitação dos meios probatórios à forma documental e aos elementos oficiais de que os

serviços disponham, sem prejuízo do direito de o órgão instrutor ordenar outras diligências

complementares manifestamente indispensáveis à descoberta da verdade material;

f) Inexistência do efeito suspensivo, salvo quando for prestada garantia adequada nos termos do

presente Código, a requerimento do contribuinte a apresentar com a petição, no prazo de 10

dias após a notificação para o efeito pelo órgão periférico local competente.

Artigo 70º

Apresentação, fundamentos e prazo da reclamação graciosa

1 - A reclamação graciosa pode ser deduzida com os mesmos fundamentos previstos para a

impugnação judicial e será apresentada no prazo de 120 dias contados a partir dos factos previstos no

n.º 1 do artigo 102º.

2 - (Revogado.)

3 - (Revogado.)

4 - Em caso de documento ou sentença superveniente, bem como de qualquer outro facto que não

tivesse sido possível invocar no prazo previsto no n.º 1, este conta-se a partir da data em que se tornou

possível ao reclamante obter o documento ou conhecer o facto.

5 – Se os fundamentos da reclamação graciosa constarem de documento público ou sentença, o prazo

referido no número anterior suspende-se entre a solicitação e a emissão do documento e a instauração

e a decisão da acção judicial.

6 - A reclamação graciosa é apresentada por escrito no serviço periférico local da área do domicílio ou

sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação, podendo sê-lo oralmente mediante

redução a termo em caso de manifesta simplicidade.

7 - A reclamação graciosa pode igualmente ser enviada por transmissão electrónica de dados, nos

termos definidos em portaria do Ministro das Finanças.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 70º

Fundamentos e prazo da reclamação graciosa

1 - A reclamação graciosa pode ser deduzida com os mesmos fundamentos previstos para a

impugnação judicial e será apresentada no prazo de 120 dias contados a partir dos factos previstos

no n.º 1 do artigo 102º.

2 - (Revogado.)

3 - (Revogado.)

4 – Em caso de documento ou sentença superveniente, bem como de qualquer outro facto que não

tivesse sido possível invocar nos prazos previstos nos números anteriores, estes contar-se-ão a partir

da data em que se tornou possível ao reclamante obter o documento ou conhecer o facto.

5 – Se os fundamentos da reclamação graciosa constarem de documento público ou sentença, o prazo

referido no número anterior suspende-se entre a solicitação e a emissão do documento e a

instauração e a decisão da acção judicial.

6 – A reclamação graciosa é apresentada por escrito, podendo sê-lo oralmente em caso de manifesta

simplicidade, caso em que será reduzida a termo nos serviços locais ou periféricos da administração

tributária.

(Redacção da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de Dezembro)

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Artigo 70º

Fundamentos e prazo da reclamação graciosa

1 – A reclamação graciosa pode ser deduzida com os mesmos fundamentos previstos para a

impugnação judicial e será apresentada no prazo fixado no n.º 1 do artigo 102º.

2 – O prazo de reclamação graciosa será de um ano se o fundamento consistir em preterição de

formalidades essenciais ou na inexistência, total ou parcial, do facto tributário.

3 – Considera-se que se verifica o fundamento da inexistência, total ou parcial, do facto tributário em

caso de violação das normas de incidência tributária ou sobre o conteúdo de benefícios fiscais.

4 – Em caso de documento ou sentença superveniente, bem como de qualquer outro facto que não

tivesse sido possível invocar nos prazos previstos nos números anteriores, estes contar-se-ão a partir

da data em que se tornou possível ao reclamante obter o documento ou conhecer o facto.

5 – Se os fundamentos da reclamação graciosa constarem de documento público ou sentença, o prazo

referido no número anterior suspende-se entre a solicitação e a emissão do documento e a

instauração e a decisão da acção judicial.

6 – A reclamação graciosa é apresentada por escrito, podendo sê-lo oralmente em caso de manifesta

simplicidade, caso em que será reduzida a termo nos serviços locais ou periféricos da administração

tributária.

Artigo 71º

Cumulação de pedidos

1 – Na reclamação graciosa poderá haver cumulação de pedidos quando o órgão instrutor entenda,

fundamentadamente, não haver prejuízo para a celeridade da decisão.

2 – A cumulação de pedidos depende da identidade do tributo e do órgão competente para a decisão,

bem como dos fundamentos de facto e de direito invocados.

Artigo 72º

Coligação de reclamantes

1 – A reclamação graciosa poderá ser apresentada em coligação quando o órgão instrutor entenda

fundamentadamente não haver prejuízo para a celeridade da decisão.

2 – A coligação depende da identidade do tributo e do órgão competente para a decisão, bem como

dos fundamentos de facto e de direito invocados.

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa é dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e instruída, quando necessário, pelo serviço periférico

local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os elementos

necessários para a decisão.

4 - (Revogado)

5 – (Revogado)

6 – (Revogado)

7 - O disposto no presente artigo não é aplicável à reclamação graciosa que tenha por fundamento a

classificação pautal, a origem ou o valor aduaneiro das mercadorias.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa é dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e instruída, quando necessário, pelo serviço

periférico local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

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2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os

elementos necessários para a decisão.

4 - Quando o valor do processo não exceda o valor da alçada do tribunal tributário, o órgão

periférico local decide de imediato após o fim da instrução, caso esta tenha tido lugar.

5 – Caso não se verifiquem as circunstâncias referidas no número anterior, o órgão periférico local

remeterá de imediato a reclamação para o órgão competente para a decisão.

6 – (Revogado)

7 - O disposto no presente artigo não é aplicável à reclamação graciosa que tenha por fundamento a

classificação pautal, a origem ou o valor aduaneiro das mercadorias.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa é dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e instruída, quando necessário, pelo serviço

periférico local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os

elementos necessários para a decisão.

4 – Quando o valor do processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário, o órgão

periférico local decide de imediato após o fim da instrução, caso esta tenha tido lugar.

5 – Caso não se verifiquem as circunstâncias referidas no número anterior, o órgão periférico local

remeterá de imediato a reclamação para o órgão competente para a decisão.

6 – (Revogado)

7 - O disposto no presente artigo não é aplicável à reclamação graciosa que tenha por fundamento a

classificação pautal, a origem ou o valor aduaneiro das mercadorias.

(Redacção da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa é dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e instruída, quando necessário, pelo serviço

periférico local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os

elementos necessários para a decisão.

4 – Quando o valor do processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário, o órgão

periférico local decide de imediato após o fim da instrução, caso esta tenha tido lugar.

5 – Caso não se verifiquem as circunstâncias referidas no número anterior, o órgão periférico local

remeterá de imediato a reclamação para o órgão competente para a decisão.

6 – (Revogado)

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa é dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e instruída, quando necessário, pelo serviço

periférico local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

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2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os

elementos necessários para a decisão.

4 – Caso o valor do processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário de 1ª instância

e a questão a resolver seja de manifesta simplicidade, o órgão periférico local decidirá de imediato

após o fim da instrução, caso esta tenha tido lugar.

5 – Caso não se verifiquem as circunstâncias referidas no número anterior, o órgão periférico local

remeterá de imediato a reclamação para o órgão competente para a decisão.

6 – O dirigente máximo do serviço poderá esclarecer genericamente os casos em que, em virtude da

manifesta simplicidade da questão a resolver, o órgão periférico local deve resolver a reclamação.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 73º

Competência para a instauração e instrução do processo

1 – Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a reclamação graciosa será dirigida ao órgão

periférico regional da administração tributária e entregue ou efectuada oralmente no serviço

periférico local da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação,

que procederá à instrução, quando necessária.

2 – O órgão periférico local instaurará o processo, instrui-lo-á com os elementos ao seu dispor em

prazo não superior a 90 dias e elaborará proposta fundamentada de decisão.

3 – Não haverá instrução, caso a entidade referida no número anterior disponha de todos os

elementos necessários para a decisão.

4 – Caso o valor do processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário de 1ª instância

e a questão a resolver seja de manifesta simplicidade, o órgão periférico local decidirá de imediato

após o fim da instrução, caso esta tenha tido lugar.

5 – Caso não se verifiquem as circunstâncias referidas no número anterior, o órgão periférico local

remeterá de imediato a reclamação para o órgão competente para a decisão.

6 – O dirigente máximo do serviço poderá esclarecer genericamente os casos em que, em virtude da

manifesta simplicidade da questão a resolver, o órgão periférico local deve resolver a reclamação.

Artigo 74º

Apensação

1 – Se houver fundamento para a cumulação de pedidos ou para a coligação de reclamantes nos

termos dos artigos 71º e 72º e o procedimento estiver na mesma fase, os interessados poderão requerer

a sua apensação à reclamação apresentada em primeiro lugar.

2 – A apensação só terá lugar quando não houver prejuízo para a celeridade do procedimento de

reclamação.

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é o dirigente do órgão periférico regional da área do domicílio ou sede do

contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o

dirigente máximo do serviço.

2 - Revogado.

3 - O dirigente do órgão periférico regional da área do órgão de execução fiscal é competente para a

decisão sobre a reclamação apresentada no âmbito da responsabilidade subsidiária efetivada em sede

de execução fiscal.

4 - A competência referida nos números anteriores pode ser delegada pelo dirigente máximo do

serviço, director de serviços ou dirigente do órgão periférico regional em funcionários qualificados ou

nos dirigentes dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior

hierárquico destes a proposta de decisão.

5 - O disposto no presente artigo não é aplicável à reclamação graciosa que tenha por fundamento a

classificação pautal, a origem ou o valor aduaneiro das mercadorias.

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63

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 - Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 73.º, o dirigente do órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da

liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o dirigente máximo do serviço.

2 – Revogado.

3 - O dirigente do órgão periférico regional da área do órgão de execução fiscal é competente para a

decisão sobre a reclamação apresentada no âmbito da responsabilidade subsidiária efetivada em

sede de execução fiscal.

4 - A competência referida nos números anteriores pode ser delegada pelo dirigente máximo do

serviço, director de serviços ou dirigente do órgão periférico regional em funcionários qualificados

ou nos dirigentes dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior

hierárquico destes a proposta de decisão.

5 - O disposto no presente artigo não é aplicável à reclamação graciosa que tenha por fundamento a

classificação pautal, a origem ou o valor aduaneiro das mercadorias.

(Redacção da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 – Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 6 do artigo 73º, o dirigente do órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da

liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o dirigente máximo do serviço.

2 – Revogado.

3 - O dirigente do órgão periférico regional da área do órgão de execução fiscal é competente para a

decisão sobre a reclamação apresentada no âmbito da responsabilidade subsidiária efetivada em

sede de execução fiscal.

4 - A competência referida nos números anteriores pode ser delegada pelo dirigente máximo do

serviço, director de serviços ou dirigente do órgão periférico regional em funcionários qualificados

ou nos dirigentes dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior

hierárquico destes a proposta de decisão.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17 de Janeiro, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012)

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 – Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 6 do artigo 73º, o dirigente do órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da

liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o dirigente máximo do serviço.

2 - O director de serviços da área operativa dos serviços centrais de inspecção tributária é

competente para a decisão sobre a reclamação de actos praticados em consequência de

procedimentos inspectivos realizados pelos respectivos serviços.

3 - O dirigente do órgão periférico regional da área do órgão de execução fiscal é competente para a

decisão sobre a reclamação apresentada no âmbito da responsabilidade subsidiária efetivada em

sede de execução fiscal.

4 - A competência referida nos números anteriores pode ser delegada pelo dirigente máximo do

serviço, director de serviços ou dirigente do órgão periférico regional em funcionários qualificados

ou nos dirigentes dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior

hierárquico destes a proposta de decisão.

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(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 – Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 6 do artigo 73º, o dirigente do órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da

liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o dirigente máximo do serviço.

2 - O director de serviços da área operativa dos serviços centrais de inspecção tributária é

competente para a decisão sobre a reclamação de actos praticados em consequência de

procedimentos inspectivos realizados pelos respectivos serviços.

3 - A competência referida nos números anteriores pode ser delegada pelo dirigente máximo do

serviço, director de serviços ou dirigente do órgão periférico regional em funcionários qualificados

ou nos dirigentes dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior

hierárquico destes a proposta de decisão.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 75º

Entidade competente para a decisão

1 – Salvo quando a lei estabeleça em sentido diferente, a entidade competente para a decisão da

reclamação graciosa é, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 6 do artigo 73º, o dirigente do órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da

liquidação ou, não havendo órgão periférico regional, o dirigente máximo do serviço.

2 – A competência referida no número anterior poderá ser delegada pelo dirigente máximo do serviço

ou pelo dirigente do órgão periférico regional em outros funcionários qualificados ou nos dirigentes

dos órgãos periféricos locais, cabendo neste último caso ao imediato inferior hierárquico destes a

proposta de decisão.

Artigo 76º

Recurso hierárquico. Relações com o recurso contencioso

1 – Do indeferimento total ou parcial da reclamação graciosa cabe recurso hierárquico no prazo

previsto no artigo 66º, n.º 2, com os efeitos previstos no artigo 67º, n.º 1.

2 – A decisão sobre o recurso hierárquico é passível de recurso contencioso, salvo se de tal decisão já

tiver sido deduzida impugnação judicial com o mesmo objecto.

Artigo 77º

Agravamento da colecta

1 – Nos casos em que a reclamação graciosa não seja condição da impugnação judicial e não existirem

motivos que razoavelmente a fundamentem, a entidade competente para a decisão aplicará um

agravamento graduado até 5% da colecta objecto do pedido, o qual será liquidado adicionalmente, a

título de custas, pelo órgão periférico local do domicílio ou sede do reclamante, da situação dos bens

ou da liquidação.

2 – Nos casos em que a reclamação graciosa seja condição de impugnação judicial, o agravamento só

é exigível caso tenha sido julgada improcedente a impugnação judicial deduzida pelo reclamante.

3 – O agravamento pode ser objecto de impugnação autónoma com fundamento na injustiça da

decisão condenatória.

Artigo 77.º-A

Reclamação graciosa em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das

mercadorias

1 - A reclamação graciosa de atos de liquidação que tenha por fundamento a classificação pautal, a

origem ou o valor aduaneiro das mercadorias é apresentada junto do órgão periférico local que tenha

praticado o ato de liquidação e remetida ao dirigente máximo do serviço para decisão.

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2 - Na instrução do processo o órgão periférico local competente inclui, se for caso disso, as amostras

recolhidas e os relatórios de quaisquer controlos, ações de natureza fiscalizadora ou inspeções que

tenham servido de base à liquidação.

3 - Após a instrução, o processo é remetido ao serviço central competente em matéria de classificação

pautal, origem ou valor aduaneiro no prazo de 15 dias, que procede à instrução complementar, sempre

que se mostre necessária, à análise do processo e à elaboração da proposta fundamentada de decisão.

(Aditado pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 77.º-B

Relação com a impugnação judicial

A impugnação judicial de atos de liquidação que tenha por fundamento a classificação pautal, a

origem ou o valor aduaneiro das mercadorias efetua-se nos termos do artigo 133.º-A.

(Aditado pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

CAPÍTULO VII

Da cobrança

SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 78º

Modalidades da cobrança

A cobrança das dívidas tributárias pode ocorrer sob as seguintes modalidades:

a) Pagamento voluntário;

b) Cobrança coerciva.

Artigo 79º

Competência

A cobrança dos tributos é assegurada pelas entidades legalmente competentes e, em caso de serem

periódicos, os respectivos prazos serão divulgados pela comunicação social.

SECÇÃO II

Das garantias da cobrança

Artigo 80º

Citação para reclamação de créditos tributários

1 - Salvo nos casos expressamente previstos na lei, em processo de execução que não tenha natureza

tributária, é obrigatoriamente citado o diretor do órgão periférico regional da área do domicílio fiscal

ou da sede do executado, para apresentar, no prazo de 15 dias, certidão de quaisquer dívidas de

tributos à Fazenda Pública imputadas ao executado que possam ser objeto de reclamação de créditos,

sob pena de nulidade dos atos posteriores à data em que a citação devia ter sido efetuada.

2 – Não havendo dívidas, a certidão referida no número anterior será substituída por simples

comunicação através de ofício.

3 – As certidões referidas no n.º 1 serão remetidas, mediante recibo, ao respectivo representante do

Ministério Público e delas deverão constar, além da natureza, montante e período de tempo de cada

um dos tributos ou outras dívidas, a matéria tributável que produziu esse tributo ou a causa da dívida,

a indicação dos artigos matriciais dos prédios sobre que recaiu, o montante das custas, havendo

execução, e a data a partir da qual são devidos juros de mora.

4 – Da citação referida no n.º 1 deverá constar o número de identificação fiscal do executado.

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(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 80º

Citação para reclamação de créditos tributários

1 – Salvo nos casos expressamente previstos na lei, em processo de execução que não tenha natureza

tributária são obrigatoriamente citados os chefes dos serviços periféricos locais da área do domicílio

fiscal ou da sede do executado, dos seus estabelecimentos comerciais e industriais e da localização

dos bens penhorados para apresentarem, no prazo de 15 dias, certidão de quaisquer dívidas de

tributos à Fazenda Pública imputadas ao executado que possam ser objecto de reclamação de

créditos, sob pena de nulidade dos actos posteriores à data em que a citação devia ter sido efectuada.

2 – Não havendo dívidas, a certidão referida no número anterior será substituída por simples

comunicação através de ofício.

3 – As certidões referidas no n.º 1 serão remetidas, mediante recibo, ao respectivo representante do

Ministério Público e delas deverão constar, além da natureza, montante e período de tempo de cada

um dos tributos ou outras dívidas, a matéria tributável que produziu esse tributo ou a causa da

dívida, a indicação dos artigos matriciais dos prédios sobre que recaiu, o montante das custas,

havendo execução, e a data a partir da qual são devidos juros de mora.

4 – Da citação referida no n.º 1 deverá constar o número de identificação fiscal do executado.

Artigo 81º

Restituição do remanescente nas execuções

1 – O remanescente do produto de quaisquer bens vendidos ou liquidados em processo de execução ou

das importâncias nele penhoradas poderá ser aplicado no prazo de 30 dias após a conclusão do

processo para o pagamento de quaisquer dívidas tributárias de que o executado seja devedor à

Fazenda Nacional e que não tenham sido reclamadas nem impugnadas.

2 – Findo o prazo referido no número anterior, o remanescente será restituído ao executado.

3 – No caso de ter havido transmissão do direito ao remanescente, deverá o interessado provar que

está pago ou assegurado o pagamento do tributo que sobre ela recair.

Artigo 82º

Trespasse de estabelecimento comercial ou industrial

1 – O notário que celebrar escritura do trespasse ou outro tipo de transmissão contratual relativa a

estabelecimento comercial ou industrial exigirá previamente do cedente documento comprovativo da

sua comunicação ao serviço periférico local da administração tributária da área da sua sede ou

domicílio, feita com uma antecedência mínima de 30 dias e máxima de 60 relativamente à data da

escritura.

2 – O disposto no número anterior não será aplicável se, antes da escritura, o transmitente apresentar

ao notário certidão do serviço periférico local da residência, comprovativa da inexistência de

quaisquer dívidas tributárias, emitida no prazo de 5 dias úteis após o pedido.

3 – Quando o trespasse for celebrado por qualquer outra forma legalmente admissível que não por

escritura pública, o cedente deve comunicar a transmissão ao serviço periférico local da administração

tributária da área da sua sede ou domicílio, nos mesmos prazos estabelecidos no n.º 1, relativamente à

data da transmissão.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 82º

Trespasse de estabelecimento comercial ou industrial

1 – O notário que celebrar escritura do trespasse ou outro tipo de transmissão contratual relativa a

estabelecimento comercial ou industrial exigirá previamente do cedente documento comprovativo da

sua comunicação ao serviço periférico local da administração tributária da área da sua sede ou

domicílio, feita com uma antecedência mínima de 30 dias e máxima de 60 relativamente à data da

escritura.

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2 – O disposto no número anterior não será aplicável se, antes da escritura, o transmitente

apresentar ao notário certidão do serviço periférico local da residência, comprovativa da

inexistência de quaisquer dívidas tributárias, emitida no prazo de 5 dias úteis após o pedido.

Artigo 83º

Sujeitos passivos inactivos

1 - Independentemente do procedimento contra-ordenacional a que haja lugar, em caso de sociedades,

cooperativas e estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada cuja declaração de

rendimentos evidencie não desenvolverem actividade efectiva por um período de dois anos

consecutivos, a administração tributária comunica tal facto à conservatória de registo competente, para

efeitos de instauração dos procedimentos administrativos de dissolução e de liquidação da entidade,

no prazo de 30 dias posteriores à apresentação daquela declaração.

2 - A administração tributária comunica ainda ao serviço de registo competente, para os efeitos

referidos no número anterior:

a) A omissão do dever de entrega da declaração fiscal de rendimentos por um período de dois

anos consecutivos;

b) A declaração oficiosa de cessação de actividade, promovida pela administração tributária.

3 – Não se considera exercício da actividade, para efeitos do presente artigo, a mera emissão directa

ou indirecta de facturas a utilizar por terceiros, sem que a causa da emissão tenha sido qualquer

operação económica comprovada.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março)

Artigo 83º

Sociedades inactivas

1 – Independentemente do procedimento contra-ordenacional a que haja lugar, em caso de

sociedades cuja declaração de rendimentos evidencie não desenvolverem actividade efectiva por

período superior a 5 anos consecutivos, a administração tributária solicitará, nos 30 dias posteriores

ao termo desse período, junto do representante do Ministério Público legalmente competente, que

proponha a sua dissolução judicial.

2 – A administração tributária solicita ainda, nos mesmos termos do disposto no número anterior, a

dissolução judicial em caso de omissão durante um período superior a dois anos do dever de

apresentação da declaração.

3 – Não se considera exercício da actividade, para efeitos do presente artigo, a mera emissão directa

ou indirecta de facturas a utilizar por terceiros, sem que a causa da emissão tenha sido qualquer

operação económica comprovada.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 83º

Sociedades inactivas

1 – Independentemente do procedimento contra-ordenacional a que haja lugar, em caso de

sociedades cuja declaração de rendimentos evidencie não desenvolverem actividade efectiva por

período superior a 5 anos consecutivos, a administração tributária solicitará, nos 30 dias posteriores

ao termo desse período, junto do representante do Ministério Público legalmente competente, que

proponha a sua dissolução judicial.

2 – O disposto no número anterior aplica-se em caso de omissão durante todo esse período do dever

de apresentação da declaração.

3 – Não se considera exercício da actividade, para efeitos do presente artigo, a mera emissão directa

ou indirecta de facturas a utilizar por terceiros, sem que a causa da emissão tenha sido qualquer

operação económica comprovada.

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SECÇÃO III

Do pagamento voluntário

Artigo 84º

Pagamento voluntário

Constitui pagamento voluntário de dívidas de impostos e demais prestações tributárias o efectuado

dentro do prazo estabelecido nas leis tributárias.

Artigo 85º

Prazos. Proibição da moratória e da suspensão da execução

1 – Os prazos de pagamento voluntário dos tributos são regulados nas leis tributárias.

2 – Nos casos em que as leis tributárias não estabeleçam prazo de pagamento, este será de 30 dias

após a notificação para pagamento efectuada pelos serviços competentes.

3 – A concessão da moratória ou a suspensão da execução fiscal fora dos casos previstos na lei,

quando dolosas, são fundamento de responsabilidade tributária subsidiária.

4 – A responsabilidade subsidiária prevista no número anterior depende de condenação disciplinar ou

criminal do responsável.

Artigo 86º

Termo do prazo de pagamento voluntário. Pagamentos por conta

1 – Findo o prazo de pagamento voluntário, começarão a vencer-se juros de mora nos termos das leis

tributárias.

2 – O contribuinte pode, a partir do termo do prazo de pagamento voluntário, requerer o pagamento

em prestações nos termos das leis tributárias.

3 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, poderá ser requerido à entidade competente para a

apreciação do pedido na execução fiscal, a partir do início do prazo do pagamento voluntário, o

pagamento em prestações, no âmbito e nos termos previstos em processo conducente à celebração de

acordo de recuperação dos créditos do Estado.

4 – Antes da extracção da certidão de dívida, nos termos e para os efeitos do artigo 88º, pode o

contribuinte efectuar um pagamento por conta de dívidas por tributos constantes das notas de

cobrança, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:

a) Ter sido deduzida reclamação graciosa ou impugnação judicial da liquidação, apresentado

pedido de revisão oficiosa da liquidação do tributo, com fundamento em erro imputável aos

serviços, ou apresentada declaração de substituição de cuja liquidação resulte imposto

inferior ao inicialmente liquidado;

b) Abranger o pagamento por conta a parte da colecta que não for objecto de reclamação

graciosa ou impugnação judicial.

5 – O pagamento por conta deve ser solicitado à entidade competente para a instauração de processo

de execução fiscal.

6 – Aos pagamentos por conta previstos no presente artigo aplica-se, com as necessárias adaptações, o

disposto aos pagamentos por conta na execução fiscal.

7 – No caso de recurso hierárquico com efeito suspensivo da liquidação, o contribuinte deve proceder

ao pagamento da liquidação, com base na matéria tributável não contestada, no prazo do pagamento

voluntário, sob pena de ser instaurado, quanto àquela, o respectivo processo de execução fiscal.

Artigo 87º

Dação em pagamento antes da execução fiscal

1 – A dação em pagamento antes da instauração do processo de execução fiscal só é admissível no

âmbito de processo conducente à celebração de acordo de recuperação de créditos do Estado.

2 – O requerimento da dação em pagamento pode ser apresentado a partir do início do prazo do

pagamento voluntário e é dirigido ao ministro ou órgão executivo de que dependa a administração

tributária, que decidirá, ouvidos os serviços competentes, designadamente sobre o montante da dívida

e acrescido e os encargos que incidam sobre os bens.

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3 – A aceitação da dação, em caso de dívidas a diferentes administrações tributárias, poderá ser

efectuada por despacho conjunto dos ministros competentes e órgãos executivos, que deverá

discriminar o montante aplicado no pagamento das dívidas existentes, sem prejuízo do direito de o

contribuinte solicitar a revisão dos critérios utilizados.

4 – À dação em pagamento efectuada nos termos do presente artigo aplicam-se os requisitos materiais

ou processuais da dação em pagamento na execução fiscal, com as necessárias adaptações.

5 – Salvo se já tiver sido instaurado processo de execução fiscal em que se efectua por auto no

processo, a dação em pagamento efectua-se por auto no procedimento previsto no presente artigo.

6 – O pedido de dação em pagamento não suspende a cobrança da obrigação tributária.

7 – As despesas de avaliação entram em regra de custas do procedimento de dação em pagamento,

salvo se já tiver sido instaurado processo de execução fiscal, caso em que serão consideradas custas

deste processo.

NOTA: O n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de Março, dispõe o seguinte: «O

regime de dação de bens em pagamento constante dos artigos 87.º, 201.º e 202.º do Código de

Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de

Outubro, é aplicável ao pagamento de todas as dívidas ao Estado, ainda que não se encontrem

abrangidas por processo de execução fiscal.»

Artigo 88º

Extracção das certidões de dívida

1 – Findo o prazo de pagamento voluntário estabelecido nas leis tributárias, será extraída pelos

serviços competentes certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor.

2 – As certidões de dívida serão assinadas e autenticadas e conterão, sempre que possível e sem

prejuízo do disposto no presente Código, os seguintes elementos:

a) Identificação do devedor, incluindo o número fiscal de contribuinte;

b) Descrição sucinta, situações e artigos matriciais dos prédios que originaram as colectas;

c) Estabelecimento, local e objecto da actividade tributada;

d) Número dos processos;

e) Proveniência da dívida e seu montante;

f) Número do processo de liquidação do tributo sobre a transmissão, identificação do

transmitente, número e data do termo da declaração prestada para a liquidação;

g) Rendimentos que serviram de base à liquidação, com indicação das fontes, nos termos das

alíneas b) e c);

h) Nomes e moradas dos administradores ou gerentes da empresa ou sociedade executada;

i) Nomes e moradas das entidades garantes da dívida e tipo e montante da garantia prestada;

j) Nomes e moradas de outras pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis;

k) Quaisquer outras indicações úteis para o eficaz seguimento da execução.

3 – A assinatura das certidões de dívida poderá ser efectuada por chancela ou outro meio de

reprodução devidamente autorizado por quem as emitir, podendo a autenticação ser efectuada por

aposição do selo branco ou, mediante prévia autorização do membro do Governo competente, por

qualquer outra forma idónea de identificação da assinatura e do serviço emitente.

4 - As certidões de dívida podem ser emitidas por via electrónica, sendo autenticadas pela assinatura

electrónica avançada da entidade emitente, nos termos do Sistema de Certificação Electrónica do

Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas.

5 - As certidões de dívida servem de base à instauração do processo de execução fiscal.

6 – A extracção das certidões de dívidas poderá ser cometida, pelo órgão dirigente da administração

tributária, aos serviços que disponham dos elementos necessários para essa actividade.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 88º

Extracção das certidões de dívida

1 – Findo o prazo de pagamento voluntário estabelecido nas leis tributárias, será extraída pelos

serviços competentes certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor.

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2 – As certidões de dívida serão assinadas e autenticadas e conterão, sempre que possível e sem

prejuízo do disposto no presente Código, os seguintes elementos:

a)Identificação do devedor, incluindo o número fiscal de contribuinte;

b)Descrição sucinta, situações e artigos matriciais dos prédios que originaram as colectas;

c)Estabelecimento, local e objecto da actividade tributada;

d)Número dos processos;

e)Proveniência da dívida e seu montante;

f)Número do processo de liquidação do tributo sobre a transmissão, identificação do transmitente,

número e data do termo da declaração prestada para a liquidação;

g)Rendimentos que serviram de base à liquidação, com indicação das fontes, nos termos das alíneas

b) e c);

h)Nomes e moradas dos administradores ou gerentes da empresa ou sociedade executada;

i)Nomes e moradas das entidades garantes da dívida e tipo e montante da garantia prestada;

j)Nomes e moradas de outras pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis;

k)Quaisquer outras indicações úteis para o eficaz seguimento da execução.

3 – A assinatura das certidões de dívida poderá ser efectuada por chancela ou outro meio de

reprodução devidamente autorizado por quem as emitir, podendo a autenticação ser efectuada por

aposição do selo branco ou, mediante prévia autorização do membro do Governo competente, por

qualquer outra forma idónea de identificação da assinatura e do serviço emitente.

4 - As certidões de dívida podem ser emitidas por via electrónica, sendo autenticadas pela assinatura

electrónica avançada da entidade emitente, nos termos do Sistema de Certificação Electrónica do

Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas.

5 – As certidões de dívida servirão de base à instauração do processo de execução fiscal a promover

pelos órgãos periféricos locais, nos termos do título IV.

6 – A extracção das certidões de dívidas poderá ser cometida, pelo órgão dirigente da administração

tributária, aos serviços que disponham dos elementos necessários para essa actividade.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 88º

Extracção das certidões de dívida

1 – Findo o prazo de pagamento voluntário estabelecido nas leis tributárias, será extraída pelos

serviços competentes certidão de dívida com base nos elementos que tiverem ao seu dispor.

2 – As certidões de dívida serão assinadas e autenticadas e conterão, sempre que possível e sem

prejuízo do disposto no presente Código, os seguintes elementos:

a) Identificação do devedor, incluindo o número fiscal de contribuinte;

b) Descrição sucinta, situações e artigos matriciais dos prédios que originaram as

colectas;

c) Estabelecimento, local e objecto da actividade tributada;

d) Número dos processos;

e) Proveniência da dívida e seu montante;

f) Número do processo de liquidação do tributo sobre a transmissão, identificação do

transmitente, número e data do termo da declaração prestada para a liquidação;

g) Rendimentos que serviram de base à liquidação, com indicação das fontes, nos termos

das alíneas b) e c);

h) Nomes e moradas dos administradores ou gerentes da empresa ou sociedade executada;

i) Nomes e moradas das entidades garantes da dívida e tipo e montante da garantia

prestada;

j) Nomes e moradas de outras pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis;

k) Quaisquer outras indicações úteis para o eficaz seguimento da execução.

3 – A assinatura das certidões de dívida poderá ser efectuada por chancela ou outro meio de

reprodução devidamente autorizado por quem as emitir, podendo a autenticação ser efectuada por

aposição do selo branco ou, mediante prévia autorização do membro do Governo competente, por

qualquer outra forma idónea de identificação da assinatura e do serviço emitente.

4 – As certidões de dívida servirão de base à instauração do processo de execução fiscal a promover

pelos órgãos periféricos locais, nos termos do título IV.

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5 – A extracção das certidões de dívidas poderá ser cometida, pelo órgão dirigente da administração

tributária, aos serviços que disponham dos elementos necessários para essa actividade.

Artigo 89º

Compensação de dívidas de tributos por iniciativa da administração tributária

1 - Os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação ou impugnação

judicial de qualquer acto tributário são aplicados na compensação das suas dívidas cobradas pela

administração tributária, excepto nos casos seguintes:

a) Estar a correr prazo para interposição de reclamação graciosa, recurso hierárquico,

impugnação judicial, recurso judicial ou oposição à execução;

b) Estar pendente qualquer dos meios graciosos ou judiciais referidos na alínea anterior ou

estar a dívida a ser paga em prestações, desde que a dívida exequenda se mostre garantida nos termos

do artigo 169.º

2 – Quando a importância do crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas e

acrescido, o crédito é aplicado sucessivamente no pagamento dos juros de mora, de outros encargos

legais e do capital da dívida, aplicando-se o disposto no n.º 3 do artigo 262º.

3 - A compensação efectua-se pela seguinte ordem de preferência:

Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos, relativas ao mesmo

período de tributação;

a) Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos, respeitantes a

diferentes períodos de tributação;

b) Com dívidas provenientes de tributos retidos na fonte ou legalmente repercutidos a terceiros

e não entregues;

c) Com dívidas provenientes de outros tributos, com excepção dos que constituam recursos

próprios comunitários, que apenas serão compensados entre si.

4 – Se o crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas, dentro da mesma

hierarquia de preferência, esta efectua-se segundo a seguinte ordem:

a) Com as dívidas mais antigas;

b) Dentro das dívidas com igual antiguidade, com as de maior valor;

c) Em igualdade de circunstâncias, com qualquer das dívidas.

5 - A compensação é efectuada através da emissão de título de crédito destinado a ser aplicado no

pagamento da dívida exequenda e acrescido.

6 – Verificando-se a compensação referida nos números anteriores, os acréscimos legais serão devidos

até à data da compensação ou, se anterior, até à data limite que seria de observar no reembolso do

crédito se o atraso não for imputável ao contribuinte.

7 – O ministro ou órgão executivo de que dependa a administração tributária pode proceder à

regulamentação do disposto no presente artigo que se mostre necessária.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 89º

Compensação de dívidas de tributos por iniciativa da administração tributária

1 - Os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação ou impugnação

judicial de qualquer acto tributário são obrigatoriamente aplicados na compensação das suas dívidas

à mesma administração tributária, excepto nos casos seguintes:

a) Estar a correr prazo para interposição de reclamação graciosa, recurso hierárquico, impugnação

judicial, recurso judicial ou oposição à execução;

b) Estar pendente qualquer dos meios graciosos ou judiciais referidos na alínea anterior ou estar a

dívida a ser paga em prestações, desde que a dívida exequenda se mostre garantida nos termos do

artigo 169.º

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2 – Quando a importância do crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas e

acrescido, o crédito é aplicado sucessivamente no pagamento dos juros de mora, de outros encargos

legais e do capital da dívida, aplicando-se o disposto no n.º 3 do artigo 262º.

3 – A compensação efectua-se entre tributos administrados pela mesma entidade pela seguinte ordem

de preferência:

a) Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos, relativas

ao mesmo período de tributação;

b) Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos,

respeitantes a diferentes períodos de tributação;

c) Com dívidas provenientes de tributos retidos na fonte ou legalmente repercutidos a

terceiros e não entregues;

d) Com dívidas provenientes de outros tributos, com excepção dos que constituam recursos

próprios comunitários, que apenas serão compensados entre si.

4 – Se o crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas, dentro da mesma

hierarquia de preferência, esta efectua-se segundo a seguinte ordem:

a) Com as dívidas mais antigas;

b) Dentro das dívidas com igual antiguidade, com as de maior valor;

c) Em igualdade de circunstâncias, com qualquer das dívidas.

5 - A compensação é efectuada através da emissão de título de crédito destinado a ser aplicado no

pagamento da dívida exequenda e acrescido.

6 – Verificando-se a compensação referida nos números anteriores, os acréscimos legais serão

devidos até à data da compensação ou, se anterior, até à data limite que seria de observar no

reembolso do crédito se o atraso não for imputável ao contribuinte.

7 – O ministro ou órgão executivo de que dependa a administração tributária pode proceder à

regulamentação do disposto no presente artigo que se mostre necessária.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 89º

Compensação de dívidas de tributos por iniciativa da administração tributária

1 – Os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação graciosa ou

impugnação judicial de qualquer acto tributário são obrigatoriamente aplicados na compensação das

suas dívidas à mesma administração tributária, salvo se pender reclamação graciosa, impugnação

judicial, recurso judicial ou oposição à execução da dívida exequenda ou esta esteja a ser paga em

prestações, devendo a dívida exequenda mostrar-se garantida nos termos deste Código.

2 – Quando a importância do crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas e

acrescido, o crédito é aplicado sucessivamente no pagamento dos juros de mora, de outros encargos

legais e do capital da dívida, aplicando-se o disposto no n.º 3 do artigo 262º.

3 – A compensação efectua-se entre tributos administrados pela mesma entidade pela seguinte ordem

de preferência:

a) Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos, relativas

ao mesmo período de tributação;

b) Com dívidas da mesma proveniência e, se respeitarem a impostos periódicos,

respeitantes a diferentes períodos de tributação;

c) Com dívidas provenientes de tributos retidos na fonte ou legalmente repercutidos a

terceiros e não entregues;

d) Com dívidas provenientes de outros tributos, com excepção dos que constituam recursos

próprios comunitários, que apenas serão compensados entre si.

4 – Se o crédito for insuficiente para o pagamento da totalidade das dívidas, dentro da mesma

hierarquia de preferência, esta efectua-se segundo a seguinte ordem:

a) Com as dívidas mais antigas;

b) Dentro das dívidas com igual antiguidade, com as de maior valor;

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c) Em igualdade de circunstâncias, com qualquer das dívidas.

5 – No caso de já estar instaurado processo de execução fiscal, a compensação é efectuada através

da emissão de título de crédito destinado a ser aplicado no pagamento da dívida exequenda e

acrescido.

6 – Verificando-se a compensação referida nos números anteriores, os acréscimos legais serão

devidos até à data da compensação ou, se anterior, até à data limite que seria de observar no

reembolso do crédito se o atraso não for imputável ao contribuinte.

7 – O ministro ou órgão executivo de que dependa a administração tributária pode proceder à

regulamentação do disposto no presente artigo que se mostre necessária.

Artigo 90º

Compensação com créditos tributários por iniciativa do contribuinte

1 - A compensação com créditos tributários pode ser efectuada a pedido do contribuinte quando, nos

termos e condições do artigo anterior, a administração tributária esteja impedida de a fazer.

2 - A compensação com créditos tributários de que seja titular qualquer outra pessoa singular ou

colectiva pode igualmente ser efectuada, nas mesmas condições do número anterior, desde que o

devedor os ofereça e o credor expressamente aceite.

3 - A compensação referida nos números anteriores é requerida ao dirigente máximo da administração

tributária, devendo, no caso do número anterior, o devedor apresentar com o requerimento prova do

consentimento do credor.

4 – A compensação com créditos sobre o Estado de natureza não tributária de que o contribuinte seja

titular pode igualmente ser efectuada em processo de execução fiscal se a dívida correspondente a

esses créditos for certa, líquida e exigível e tiver cabimento orçamental.

5 - (Revogado.)

6 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 90º

Compensação por iniciativa do contribuinte

1 – A compensação com créditos tributários pode ser efectuada nos termos e condições do artigo

anterior a pedido do contribuinte, ainda que não tenha terminado o prazo de pagamento voluntário.

2 – A compensação com créditos tributários de que seja titular qualquer outra pessoa singular ou

colectiva pode igualmente ser efectuada nas mesmas condições do número anterior, desde que o

devedor os ofereça e o credor expressamente aceite.

3 – A compensação referida nos números anteriores é requerida ao dirigente máximo da

administração tributária, devendo o devedor apresentar com o requerimento prova do consentimento

do credor.

4 – A compensação com créditos sobre o Estado de natureza não tributária de que o contribuinte seja

titular pode igualmente ser efectuada em processo de execução fiscal se a dívida correspondente a

esses créditos for certa, líquida e exigível e tiver cabimento orçamental.

5 – A compensação referida no n.º 4 depende de reconhecimento, por despacho conjunto do ministro

de que depende o serviço devedor e do Ministro das Finanças, de que a dívida é certa, líquida e

exigível e tem cabimento orçamental.

6 – No processamento subsequente da despesa proceder-se-á à retenção da importância objecto de

compensação.

Artigo 90.º-A

Compensação com créditos não tributários por iniciativa do contribuinte

1 - A compensação com créditos de qualquer natureza sobre a administração directa do Estado de que

o contribuinte seja titular pode ser efectuada quando se verifiquem as seguintes condições

cumulativas:

a) A dívida tributária esteja em fase de cobrança coerciva;

b) As dívidas da administração directa do Estado que o contribuinte indique para compensação sejam

certas, líquidas e exigíveis.

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2 - A compensação a que se refere o número anterior é requerida pelo executado ao dirigente máximo

da administração tributária, devendo ser feita prova da existência e da origem do crédito, do seu valor

e do prazo de vencimento.

3 - A administração tributária, no prazo de 10 dias, solicita à entidade da administração directa do

Estado devedora o reconhecimento e a validação do carácter certo, líquido e exigível do crédito

indicado pelo executado para compensação.

4 - A entidade devedora, em prazo igual ao do número anterior, pronuncia-se sobre o carácter certo,

líquido e exigível do crédito, indicando o seu valor e data de vencimento, de forma a permitir o

processamento da compensação.

5 - O órgão da execução fiscal promove a aplicação do crédito referido no número anterior no

processo de execução fiscal, nos termos dos artigos 261.º e 262.º, consoante o caso.

6 - Verificando-se a compensação referida no presente artigo, os acréscimos legais são devidos até ao

mês seguinte ao da data da apresentação do requerimento a que se refere o n.º 2.

7 - As condições e procedimentos de aplicação do disposto no presente artigo podem ser

regulamentados por portaria do membro de Governo responsável pela área das finanças.

(Aditado pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

SECÇÃO IV

Das formas e meios de pagamento

Artigo 91º

Condições da sub-rogação

1 - Para beneficiar dos efeitos da sub-rogação, o terceiro que pretender pagar antes de instaurada a

execução deve requerê-lo ao dirigente do órgão periférico regional da administração tributária

competente, que decide no próprio requerimento, caso se prove o interesse legítimo ou a autorização

do devedor, indicando o montante da dívida a pagar e respetivos juros de mora.

2 – Se estiver pendente a execução, o pedido será feito ao órgão competente, e o pagamento, quando

autorizado, compreenderá a quantia exequenda acrescida de juros de mora e custas.

3 – O pagamento, com sub-rogação, requerido depois da venda dos bens só poderá ser autorizado pela

quantia que ficar em dívida.

4 – O despacho que autorizar a sub-rogação será notificado ao devedor e ao terceiro que a tiver

requerido.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 91º

Condições da sub-rogação

1 – Para beneficiar dos efeitos da sub-rogação, o terceiro que pretender pagar antes de instaurada a

execução requerê-lo-á ao dirigente do serviço periférico local da administração tributária

competente, que decidirá no próprio requerimento, caso se prove o interesse legítimo ou a

autorização do devedor, indicando o montante da dívida a pagar e respectivos juros de mora.

2 – Se estiver pendente a execução, o pedido será feito ao órgão competente, e o pagamento, quando

autorizado, compreenderá a quantia exequenda acrescida de juros de mora e custas.

3 – O pagamento, com sub-rogação, requerido depois da venda dos bens só poderá ser autorizado

pela quantia que ficar em dívida.

4 – O despacho que autorizar a sub-rogação será notificado ao devedor e ao terceiro que a tiver

requerido.

Artigo 92º

Sub-rogação. Garantias

1 – A dívida paga pelo sub-rogado conserva as garantias, privilégios e processo de cobrança e vencerá

juros pela taxa fixada na lei civil, se o sub-rogado o requerer.

2 – O sub-rogado pode requerer a instauração ou o prosseguimento da execução fiscal para cobrar do

executado o que por ele tiver pago, salvo tratando-se de segunda sub-rogação.

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Artigo 93º

Documentos, conferência e validação dos pagamentos

1 – Os devedores de tributos de qualquer natureza apresentarão no acto de pagamento, relativamente

às liquidações efectuadas pelos serviços da administração tributária, o respectivo documento de

cobrança ou, nos restantes casos, a guia de pagamento oficial ou título equivalente.

2 – Os pagamentos de dívidas que se encontrem na fase da cobrança coerciva serão efectuados através

de guia ou título de cobrança equivalente previamente solicitado ao órgão competente.

3 – As entidades intervenientes na cobrança deverão exigir sempre a inscrição do número fiscal do

devedor nos documentos referidos no número anterior e comprovar a exactidão da inscrição por

conferência com o respectivo cartão que, para o efeito, será exibido ou por conferência com o

constante dos registos dos serviços para esse devedor cuja identidade será provada pelo documento

legal adequado.

Artigo 94º

Prova de pagamento

1 – No acto do pagamento, a entidade interveniente na cobrança entregará ao interessado documento

comprovativo.

2 – Constituirá prova bastante do pagamento do tributo nos termos do número anterior a declaração

bancária confirmativa, quando o tributo tenha sido pago por cheque ou transferência de conta.

Artigo 95º

Cobrança de receitas não liquidadas pela administração tributária

1 – As guias relativas a receitas cuja liquidação não seja da competência dos serviços da

administração tributária e que estes devam nos termos da lei coercivamente cobrar serão remetidas ao

órgão da execução fiscal do domicílio ou sede do devedor.

2 – O órgão referido no número anterior mandará notificar o devedor, por carta registada com aviso de

recepção, para, no prazo de 30 dias a contar da notificação, efectuar o pagamento.

3 – Decorrido o prazo sem que o pagamento tenha sido efectuado, será extraída certidão de dívida

para efeitos de cobrança coerciva.

Capítulo VIII

Do procedimento de correcção de erros da administração tributária

(Aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 95.º-A

Procedimento de correcção de erros da administração tributária

1 - O procedimento de correcção de erros regulado no presente capítulo visa a reparação por meios

simplificados de erros materiais ou manifestos da administração tributária ocorridos na concretização

do procedimento tributário ou na tramitação do processo de execução fiscal.

2 - Consideram-se erros materiais ou manifestos, designadamente os que resultarem do funcionamento

anómalo dos sistemas informáticos da administração tributária, bem como as situações inequívocas de

erro de cálculo, de escrita, de inexactidão ou lapso.

3 - O procedimento é caracterizado pela dispensa de formalidades essenciais e simplicidade de termos.

4 - A instauração do procedimento não prejudica a utilização no prazo legal de qualquer meio

procedimental ou processual que tenha por objecto a ilegalidade da liquidação ou a exigibilidade da

dívida.

(Aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 95.º-B

Legitimidade, prazo e termos de apresentação do pedido

1 - Os sujeitos passivos de quaisquer relações tributárias ou os titulares de qualquer interesse legítimo

podem, para efeitos de abertura do procedimento regulado no presente capítulo, solicitar junto do

dirigente máximo da administração tributária a correcção de erros que os tiverem prejudicado.

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2 - O pedido de correcção de erros é deduzido no prazo de 10 dias posteriores ao conhecimento

efectivo pelo contribuinte do acto lesivo em causa.

3 - O pedido a que se referem os números anteriores pode ser apresentado verbalmente ou por escrito

em qualquer serviço da administração tributária.

4 - No caso do pedido ser apresentado verbalmente, é reduzido a escrito pelo serviço da administração

tributária que o tiver recebido.

(Aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 95.º-C

Competência

1 - O pedido de correcção de erros é decidido pelo dirigente máximo do serviço ou por qualquer outro

funcionário qualificado em quem seja delegada essa competência.

2 - A decisão do pedido é instruída pela unidade orgânica designada genericamente pelo dirigente

máximo do serviço para o efeito.

3 - O prazo máximo de decisão do pedido é de 15 dias.

4 - A instrução do pedido é efectuada sumariamente, devendo os serviços chamados a colaborar dar

prioridade à solicitação da unidade orgânica referida no n.º 2.

5 - Caso o fundamento do pedido seja a ilegalidade da liquidação, a inexigibilidade da dívida ou outro

fundamento para o qual a lei preveja meio processual próprio, deve o contribuinte ser convidado a

substituir o procedimento pelo meio adequado.

6 - A decisão do pedido é notificada ao contribuinte presencialmente ou por via postal simples.

7 - O indeferimento do pedido não está sujeito a audição prévia.

(Aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

TÍTULO III

Do processo judicial tributário

CAPÍTULO I

Disposições gerais

SECÇÃO I

Da natureza e forma de processo judicial tributário

Artigo 96º

Objecto

1 – O processo judicial tributário tem por função a tutela plena, efectiva e em tempo útil dos direitos e

interesses legalmente protegidos em matéria tributária.

2 – Para cumprir em tempo útil a função que lhe é cometida pelo número anterior, o processo judicial

tributário não deve ter duração acumulada superior a dois anos contados entre a data da respectiva

instauração e a da decisão proferida em 1ª instância que lhe ponha termo.

3 – O prazo referido no número anterior deverá ser de 90 dias relativamente aos processos a que se

referem as alíneas g), i), j), l) e m) do artigo seguinte.

Artigo 97.º

Processo judicial tributário

1 - O processo judicial tributário compreende:

a) A impugnação da liquidação dos tributos, incluindo os parafiscais e os actos de autoliquidação,

retenção na fonte e pagamento por conta;

b) A impugnação da fixação da matéria tributável, quando não dê origem à liquidação de qualquer

tributo;

c) A impugnação do indeferimento total ou parcial das reclamações graciosas dos actos tributários;

d) A impugnação dos actos administrativos em matéria tributária que comportem a apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

e) A impugnação do agravamento à colecta aplicado, nos casos previstos na lei, em virtude da

apresentação de reclamação ou recurso sem qualquer fundamento razoável;

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77

f) A impugnação dos actos de fixação de valores patrimoniais;

g) A impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária;

h) As acções para o reconhecimento de um direito ou interesse em matéria tributária;

i) As providências cautelares de natureza judicial;

j) Os meios acessórios de intimação para consulta de processos ou documentos administrativos e

passagem de certidões;

l) A produção antecipada de prova;

m) A intimação para um comportamento;

n) O recurso dos atos praticados na execução fiscal, no próprio processo ou, nos casos de subida

imediata, por apenso;

o) A oposição, os embargos de terceiros e outros incidentes, bem como a reclamação da decisão da

verificação e graduação de créditos;

p) O recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, quando dependentes de reconhecimento da administração tributária, bem como de

outros actos administrativos relativos a questões tributárias que não comportem apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

q) Outros meios processuais previstos na lei.

2 - O recurso contencioso dos actos administrativos em matéria tributária, que não comportem a

apreciação da legalidade do acto de liquidação, da autoria da administração tributária, compreendendo

o governo central, os governos regionais e os seus membros, mesmo quando praticados por delegação,

é regulado pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos.

3 - São também regulados pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos os conflitos de

competências entre tribunais tributários e tribunais administrativos e entre órgãos da administração

tributária do governo central, dos governos regionais e das autarquias locais.

4 - Os atos processuais, incluindo os atos das partes que devam ser praticados por escrito, as

notificações entre mandatários, entre estes e os representantes da Fazenda Pública, e as notificações

aos representantes da Fazenda Pública e ao Ministério Público, bem como a tramitação do processo

judicial tributário, são efetuados nos termos previstos para os processos nos tribunais administrativos,

designadamente nos artigos 24.º e 25.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos.

5 - No contencioso associado à execução fiscal o disposto no número anterior é aplicável apenas a

partir da receção dos autos em tribunal.

(Redacção da Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro – entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018)

Artigo 97.º

Processo judicial tributário

1 - O processo judicial tributário compreende:

a) A impugnação da liquidação dos tributos, incluindo os parafiscais e os actos de autoliquidação,

retenção na fonte e pagamento por conta;

b) A impugnação da fixação da matéria tributável, quando não dê origem à liquidação de qualquer

tributo;

c) A impugnação do indeferimento total ou parcial das reclamações graciosas dos actos tributários;

d) A impugnação dos actos administrativos em matéria tributária que comportem a apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

e) A impugnação do agravamento à colecta aplicado, nos casos previstos na lei, em virtude da

apresentação de reclamação ou recurso sem qualquer fundamento razoável;

f) A impugnação dos actos de fixação de valores patrimoniais;

g) A impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária;

h) As acções para o reconhecimento de um direito ou interesse em matéria tributária;

i) As providências cautelares de natureza judicial;

j) Os meios acessórios de intimação para consulta de processos ou documentos administrativos e

passagem de certidões;

l) A produção antecipada de prova;

m) A intimação para um comportamento;

n) O recurso dos atos praticados na execução fiscal, no próprio processo ou, nos casos de subida

imediata, por apenso;

o) A oposição, os embargos de terceiros e outros incidentes, bem como a reclamação da decisão da

verificação e graduação de créditos;

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78

p) O recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, quando dependentes de reconhecimento da administração tributária, bem como de

outros actos administrativos relativos a questões tributárias que não comportem apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

q) Outros meios processuais previstos na lei.

2 - O recurso contencioso dos actos administrativos em matéria tributária, que não comportem a

apreciação da legalidade do acto de liquidação, da autoria da administração tributária,

compreendendo o governo central, os governos regionais e os seus membros, mesmo quando

praticados por delegação, é regulado pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos.

3 - São também regulados pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos os conflitos de

competências entre tribunais tributários e tribunais administrativos e entre órgãos da administração

tributária do governo central, dos governos regionais e das autarquias locais.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 97.º

Processo judicial tributário

1 - O processo judicial tributário compreende:

a) A impugnação da liquidação dos tributos, incluindo os parafiscais e os actos de autoliquidação,

retenção na fonte e pagamento por conta;

b) A impugnação da fixação da matéria tributável, quando não dê origem à liquidação de qualquer

tributo;

c) A impugnação do indeferimento total ou parcial das reclamações graciosas dos actos tributários;

d) A impugnação dos actos administrativos em matéria tributária que comportem a apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

e) A impugnação do agravamento à colecta aplicado, nos casos previstos na lei, em virtude da

apresentação de reclamação ou recurso sem qualquer fundamento razoável;

f) A impugnação dos actos de fixação de valores patrimoniais;

g) A impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária;

h) As acções para o reconhecimento de um direito ou interesse em matéria tributária;

i) As providências cautelares de natureza judicial;

j) Os meios acessórios de intimação para consulta de processos ou documentos administrativos e

passagem de certidões;

l) A produção antecipada de prova;

m) A intimação para um comportamento;

n) O recurso, no próprio processo, dos actos praticados na execução fiscal;

o) A oposição, os embargos de terceiros e outros incidentes, bem como a reclamação da decisão da

verificação e graduação de créditos;

p) O recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, quando dependentes de reconhecimento da administração tributária, bem como de

outros actos administrativos relativos a questões tributárias que não comportem apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

q) Outros meios processuais previstos na lei.

2 - O recurso contencioso dos actos administrativos em matéria tributária, que não comportem a

apreciação da legalidade do acto de liquidação, da autoria da administração tributária,

compreendendo o governo central, os governos regionais e os seus membros, mesmo quando

praticados por delegação, é regulado pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos.

3 - São também regulados pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos os conflitos de

competências entre tribunais tributários e tribunais administrativos e entre órgãos da administração

tributária do governo central, dos governos regionais e das autarquias locais.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 97.º

Processo judicial tributário

1 - O processo judicial tributário compreende:

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a) A impugnação da liquidação dos tributos, incluindo os parafiscais e os actos de autoliquidação,

retenção na fonte e pagamento por conta;

b) A impugnação da fixação da matéria tributável, quando não dê origem à liquidação de qualquer

tributo;

c) A impugnação do indeferimento total ou parcial das reclamações graciosas dos actos tributários;

d) A impugnação dos actos administrativos em matéria tributária que comportem a apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

e) A impugnação do agravamento à colecta aplicado, nos casos previstos na lei, em virtude da

apresentação de reclamação ou recurso sem qualquer fundamento razoável;

f) A impugnação dos actos de fixação de valores patrimoniais;

g) A impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária;

h) As acções para o reconhecimento de um direito ou interesse em matéria tributária;

i) As providências cautelares de natureza judicial;

j) Os meios acessórios de intimação para consulta de processos ou documentos administrativos e

passagem de certidões;

l) A produção antecipada de prova;

m) A intimação para um comportamento;

n) O recurso, no próprio processo, dos actos praticados na execução fiscal;

o) A oposição, os embargos de terceiros e outros incidentes e a verificação e graduação de créditos;

p) O recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, quando dependentes de reconhecimento da administração tributária, bem como de

outros actos administrativos relativos a questões tributárias que não comportem apreciação da

legalidade do acto de liquidação;

q) Outros meios processuais previstos na lei.

2 - O recurso contencioso dos actos administrativos em matéria tributária, que não comportem a

apreciação da legalidade do acto de liquidação, da autoria da administração tributária,

compreendendo o governo central, os governos regionais e os seus membros, mesmo quando

praticados por delegação, é regulado pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos.

3 - São também regulados pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos os conflitos de

competências entre tribunais tributários e tribunais administrativos e entre órgãos da administração

tributária do governo central, dos governos regionais e das autarquias locais.

Artigo 97.º-A

Valor da causa

1 - Os valores atendíveis, para efeitos de custas ou outros previstos na lei, para as acções que

decorram nos tribunais tributários, são os seguintes:

a) Quando seja impugnada a liquidação, o da importância cuja anulação se pretende;

b) Quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, o valor contestado;

c) Quando se impugne o acto de fixação dos valores patrimoniais, o valor contestado;

d) No recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, o do valor da isenção ou benefício;

e) No contencioso associado à execução fiscal, o valor correspondente ao montante da dívida

exequenda ou da parte restante, quando haja anulação parcial, exceto nos casos de compensação,

penhora ou venda de bens ou direitos, em que corresponde ao valor dos mesmos, se inferior.

2 - Nos casos não previstos nos números anteriores, o valor é fixado pelo juiz, tendo em conta a

complexidade do processo e a condição económica do impugnante, tendo como limite máximo o valor

da alçada da 1.ª instância dos tribunais judiciais.

3 - Quando haja apensação de impugnações ou execuções, o valor é o correspondente à soma dos

pedidos

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 97.º-A

Valor da causa

1 - Os valores atendíveis, para efeitos de custas ou outros previstos na lei, para as acções que

decorram nos tribunais tributários, são os seguintes:

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a) Quando seja impugnada a liquidação, o da importância cuja anulação se pretende;

b) Quando se impugne o acto de fixação da matéria colectável, o valor contestado;

c) Quando se impugne o acto de fixação dos valores patrimoniais, o valor contestado;

d) No recurso contencioso do indeferimento total ou parcial ou da revogação de isenções ou outros

benefícios fiscais, o do valor da isenção ou benefício.

2 - Nos casos não previstos nos números anteriores, o valor é fixado pelo juiz, tendo em conta a

complexidade do processo e a condição económica do impugnante, tendo como limite máximo o valor

da alçada da 1.ª instância dos tribunais judiciais.

3 - Quando haja apensação de impugnações ou execuções, o valor é o correspondente à soma dos

pedidos

(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 34/2008, de 26 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º181/2008,

de 28-08 que altera o início de vigência para 1 de Janeiro de 2009, e pela Lei n.º 64-A/2008, de 31

12, que prorroga o início de vigência para 20 de Abril de 2009)

SECÇÃO II

Das nulidades do processo judicial tributário

Artigo 98º

Nulidades insanáveis

1 – São nulidades insanáveis em processo judicial tributário:

a) A ineptidão da petição inicial;

b) A falta de informações oficiais referentes a questões de conhecimento oficioso no processo;

c) A falta de notificação do despacho que admitir o recurso aos interessados, se estes não

alegarem.

2 – As nulidades referidas no número anterior podem ser oficiosamente conhecidas ou deduzidas a

todo o tempo, até ao trânsito em julgado da decisão final.

3 – As nulidades dos actos têm por efeito a anulação dos termos subsequentes do processo que deles

dependam absolutamente, devendo sempre aproveitar-se as peças úteis ao apuramento dos factos.

4 – Em caso de erro na forma do processo, este será convolado na forma do processo adequada, nos

termos da lei.

5 – Sem prejuízo dos demais casos de regularização da petição, esta pode ser corrigida a convite do

tribunal em caso de errada identificação do autor do acto impugnado, salvo se o erro for

manifestamente indesculpável.

CAPÍTULO II

Do processo de impugnação

SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 99º

Fundamentos da impugnação

Constitui fundamento de impugnação qualquer ilegalidade, designadamente:

a) Errónea qualificação e quantificação dos rendimentos, lucros, valores patrimoniais e outros

factos tributários;

b) Incompetência;

c) Ausência ou vício da fundamentação legalmente exigida;

d) Preterição de outras formalidades legais.

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Artigo 100º

Dúvidas sobre o facto tributário e utilização de métodos indirectos

1 – Sempre que da prova produzida resulte a fundada dúvida sobre a existência e quantificação do

facto tributário, deverá o acto impugnado ser anulado.

2 – Em caso de quantificação da matéria tributável por métodos indirectos não se considera existir

dúvida fundada, para efeitos do número anterior, se o fundamento da aplicação daqueles consistir na

inexistência ou desconhecimento, por recusa de exibição, da contabilidade ou escrita e de mais

documentos legalmente exigidos ou a sua falsificação, ocultação ou destruição, ainda que os

contribuintes invoquem razões acidentais.

3 – O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de na impugnação judicial o

impugnante demonstrar erro ou manifesto excesso na matéria tributável quantificada.

Artigo 101º

Arguição subsidiária de vícios

O impugnante pode arguir os vícios do acto impugnado segundo uma relação de subsidiariedade.

SECÇÃO II

Da petição

Artigo 102º

Impugnação judicial. Prazo de apresentação

1 – A impugnação será apresentada no prazo de três meses contados a partir dos factos seguintes:

a)Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente

notificadas ao contribuinte;

b) Notificação dos restantes actos tributários, mesmo quando não dêem origem a qualquer

liquidação;

c) Citação dos responsáveis subsidiários em processo de execução fiscal;

d) Formação da presunção de indeferimento tácito;

e) Notificação dos restantes actos que possam ser objecto de impugnação autónoma nos

termos deste Código;

f) Conhecimento dos actos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas

alíneas anteriores.

2 – (Revogado.)

3 – Se o fundamento for a nulidade, a impugnação pode ser deduzida a todo o tempo.

4 – O disposto neste artigo não prejudica outros prazos especiais fixados neste Código ou noutras leis

tributárias.

(Redacção da Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 102º

Impugnação judicial. Prazo de apresentação

1 – A impugnação será apresentada no prazo de três meses contados a partir dos factos seguintes:

a)Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas ao

contribuinte;

b) Notificação dos restantes actos tributários, mesmo quando não dêem origem a qualquer

liquidação;

c) Citação dos responsáveis subsidiários em processo de execução fiscal;

d) Formação da presunção de indeferimento tácito;

e) Notificação dos restantes actos que possam ser objecto de impugnação autónoma nos termos deste

Código;

f) Conhecimento dos actos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas alíneas

anteriores.

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82

2 – Em caso de indeferimento de reclamação graciosa, o prazo de impugnação será de 15 dias após a

notificação.

3 – Se o fundamento for a nulidade, a impugnação pode ser deduzida a todo o tempo.

4 – O disposto neste artigo não prejudica outros prazos especiais fixados neste Código ou noutras

leis tributárias.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 102º

Impugnação judicial. Prazo de apresentação

1 – A impugnação será apresentada no prazo de 90 dias contados a partir dos factos seguintes:

a)Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente

notificadas ao contribuinte;

b) Notificação dos restantes actos tributários, mesmo quando não dêem origem a qualquer

liquidação;

c) Citação dos responsáveis subsidiários em processo de execução fiscal;

d) Formação da presunção de indeferimento tácito;

e) Notificação dos restantes actos que possam ser objecto de impugnação autónoma nos

termos deste Código;

f) Conhecimento dos actos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas

alíneas anteriores.

2 – Em caso de indeferimento de reclamação graciosa, o prazo de impugnação será de 15 dias após a

notificação.

3 – Se o fundamento for a nulidade, a impugnação pode ser deduzida a todo o tempo.

4 – O disposto neste artigo não prejudica outros prazos especiais fixados neste Código ou noutras

leis tributárias.

Artigo 103º

Apresentação. Local. Efeito suspensivo

1 – A petição é apresentada no tribunal tributário competente ou no serviço periférico local onde haja

sido ou deva legalmente considerar-se praticado o acto.

2 – Para os efeitos do número anterior, os actos tributários consideram-se sempre praticados na área

do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

3 – No caso de a petição ser apresentada em serviço periférico local, este procederá ao seu envio ao

tribunal tributário competente no prazo de cinco dias após o pagamento da taxa de justiça inicial.

4 - A impugnação tem efeito suspensivo quando, a requerimento do contribuinte, for prestada garantia

adequada, no prazo de 10 dias após a notificação para o efeito pelo tribunal, com respeito pelos

critérios e termos referidos nos n.os 1 a 6 e 10 do artigo 199.º

5 – Caso haja garantia prestada nos termos da alínea f) do artigo 69º, esta mantém-se,

independentemente de requerimento ou despacho, sem prejuízo de poder haver lugar a notificação

para o seu reforço.

6 – A petição inicial pode ser remetida a qualquer das entidades referidas no n.º 1 pelo correio, sob

registo, valendo, nesse caso, como data do acto processual a da efectivação do respectivo registo

postal.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 103º

Apresentação. Local. Efeito suspensivo

1 – A petição é apresentada no tribunal tributário competente ou no serviço periférico local onde

haja sido ou deva legalmente considerar-se praticado o acto.

2 – Para os efeitos do número anterior, os actos tributários consideram-se sempre praticados na área

do domicílio ou sede do contribuinte, da situação dos bens ou da liquidação.

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3 – No caso de a petição ser apresentada em serviço periférico local, este procederá ao seu envio ao

tribunal tributário competente no prazo de cinco dias após o pagamento da taxa de justiça inicial.

4 – A impugnação tem efeito suspensivo quando, a requerimento do contribuinte, for prestada

garantia adequada, no prazo de 10 dias após a notificação para o efeito pelo tribunal, com respeito

pelos critérios e termos referidos nos n.ºs 1 a 5 e 9 do artigo 199º.

5 – Caso haja garantia prestada nos termos da alínea f) do artigo 69º, esta mantém-se,

independentemente de requerimento ou despacho, sem prejuízo de poder haver lugar a notificação

para o seu reforço.

6 – A petição inicial pode ser remetida a qualquer das entidades referidas no n.º 1 pelo correio, sob

registo, valendo, nesse caso, como data do acto processual a da efectivação do respectivo registo

postal.

Artigo 104º

Cumulação de pedidos e coligação de autores

Na impugnação judicial podem, nos termos legais, cumular-se pedidos e coligar-se os autores em caso

de identidade da natureza dos tributos, dos fundamentos de facto e de direito invocados e do tribunal

competente para a decisão.

Artigo 105º

Apensação

Sem prejuízo dos restantes casos de apensação previstos na lei e desde que o juiz entenda não haver

prejuízo para o andamento da causa, os processos de impugnação judicial podem ser apensados ao

instaurado em primeiro lugar que estiver na mesma fase, em caso de verificação de qualquer das

circunstâncias referidas no artigo anterior.

Artigo 106º

Indeferimento tácito

A reclamação graciosa presume-se indeferida para efeito de impugnação judicial após o termo do

prazo legal de decisão pelo órgão competente.

Artigo 107º

Petição dirigida ao delegante ou subdelegante

O indeferimento tácito da petição ou requerimento dirigido ao delegante ou subdelegante é imputável,

para efeitos de impugnação, ao delegado ou subdelegado, mesmo que a este não seja remetido o

requerimento ou petição, atendendo-se à data da respectiva entrada para o efeito do artigo anterior.

Artigo 108º

Requisitos da petição inicial

1 – A impugnação será formulada em petição articulada, dirigida ao juiz do tribunal competente, em

que se identifiquem o acto impugnado e a entidade que o praticou e se exponham os factos e as razões

de direito que fundamentam o pedido.

2 – Na petição indicar-se-á o valor do processo ou a forma como se pretende a sua determinação a

efectuar pelos serviços competentes da administração tributária.

3 – Com a petição, elaborada em triplicado, sendo uma cópia para arquivo e outra para o representante

da Fazenda Pública, o impugnante oferecerá os documentos de que dispuser, arrolará testemunhas e

requererá as demais provas que não dependam de ocorrências supervenientes.

Artigo 109º

Despesas com a produção de prova

1 – As despesa com a produção da prova são da responsabilidade de quem as oferecer e, se for o

impugnante, garanti-las-á mediante prévio depósito.

2 – O não pagamento dos preparos para a realização das despesas implica a não realização da

diligência requerida pelo impugnante, salvo quando o juiz fundamentadamente a entender necessária

ao conhecimento do pedido.

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SECÇÃO III

Da contestação

Artigo 110º

Contestação

1 – Recebida a petição, o juiz ordena a notificação do representante da Fazenda Pública para, no prazo

de 90 dias, contestar e solicitar a produção de prova adicional, sem prejuízo do disposto na parte final

do n.º 5 do artigo 112º.

2 – O juiz pode convidar o impugnante a suprir, no prazo que designar, qualquer deficiência ou

irregularidade.

3 – O representante da Fazenda Pública deve solicitar, no prazo de três dias, o processo administrativo

ao órgão periférico local da situação dos bens ou da liquidação, mas esse expediente não interfere no

prazo da contestação previsto no n.º 1.

4 – Com a contestação, o representante da Fazenda Pública remete ao tribunal, para todos os efeitos

legais, o processo administrativo que lhe tenha sido enviado pelos serviços.

5 – O juiz pode, a todo o tempo, ordenar ao serviço periférico local a remessa do processo

administrativo, mesmo na falta de contestação do representante da Fazenda Pública.

6 – A falta de contestação não representa a confissão dos factos articulados pelo impugnante.

7 – O juiz aprecia livremente a falta de contestação especificada dos factos.

Artigo 111º

Organização do processo administrativo

1 – O órgão periférico local da situação dos bens ou da liquidação deve organizar o processo e remetê-

lo ao representante da Fazenda Pública, no prazo de 30 dias a contar do pedido que lhe seja feito por

aquele, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

2 – Ao órgão referido no número anterior compete, designadamente, instruir o processo com os

seguintes elementos:

a) A informação da inspecção tributária sobre a matéria de facto considerada pertinente;

b) A informação prestada pelos serviços da administração tributária sobre os elementos

oficiais que digam respeito à colecta impugnada e sobre a restante matéria do pedido;

c) Outros documentos de que disponha e repute convenientes para o julgamento, incluindo,

quando já tenha sido resolvido, procedimento de reclamação graciosa relativamente ao mesmo acto.

3 – Caso haja sido apresentada, anteriormente à recepção da petição de impugnação, reclamação

graciosa relativamente ao mesmo acto, esta deve ser apensa à impugnação judicial, no estado em que

se encontrar, sendo considerada, para todos os efeitos, no âmbito do processo de impugnação.

4 – Caso, posteriormente à recepção da petição de impugnação, seja apresentada reclamação graciosa

relativamente ao mesmo acto e com diverso fundamento, deve esta ser apensa à impugnação judicial,

sendo igualmente considerada, para todos os efeitos, no âmbito do processo de impugnação.

5 - O disposto nos n.ºs 3 e 4 é igualmente aplicável, com as necessárias adaptações, no caso de recurso

hierárquico interposto da decisão da reclamação graciosa ao abrigo do artigo 76º.

SECÇÃO IV

Do conhecimento inicial do pedido

Artigo 112º

Revogação do acto impugnado

1 - Compete ao dirigente do órgão periférico regional da administração tributária revogar, total ou

parcialmente, dentro do prazo referido no n.º 1 do artigo anterior, o ato impugnado caso o valor do

processo não exceda o valor da alçada do tribunal tributário de 1.ª instância.

2 - Compete ao dirigente máximo do serviço revogar, total ou parcialmente, dentro do prazo referido

no n.º 1 do artigo anterior, o ato impugnado caso o valor do processo exceda o valor da alçada do

tribunal tributário de 1.ª instância.

3 – No caso de o acto impugnado ser revogado parcialmente, o órgão que procede à revogação deve,

nos 3 dias subsequentes, proceder à notificação do impugnante para, no prazo de 10 dias, se

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pronunciar, prosseguindo o processo se o impugnante nada disser ou declarar que mantém a

impugnação.

4 – A revogação total do acto impugnado é notificado ao representante da Fazenda Pública nos 3 dias

subsequentes, cabendo a este promover a extinção do processo.

5 – A revogação parcial do acto impugnado é notificada ao representante da Fazenda Pública, com

simultânea remessa do processo administrativo, no prazo de três dias após a recepção da declaração do

impugnante referida no n.º 3 ou do termo do prazo aí previsto, sendo, nesse caso, o prazo para

contestar de 30 dias a contar da notificação.

6 - A competência referida no presente artigo pode ser delegada pela entidade competente para a

apreciação em qualquer dirigente da administração tributária ou em funcionário qualificado.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 112º

Revogação do acto impugnado

1 - Compete ao dirigente do órgão periférico regional da administração tributária revogar, total ou

parcialmente, dentro do prazo referido no n.º 1 do artigo anterior, o ato impugnado caso o valor do

processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário de 1.ª instância.

2 - Compete ao dirigente máximo do serviço revogar, total ou parcialmente, dentro do prazo referido

no n.º 1 do artigo anterior, o ato impugnado caso o valor do processo exceda o quíntuplo da alçada

do tribunal tributário de 1.ª instância.

3 – No caso de o acto impugnado ser revogado parcialmente, o órgão que procede à revogação deve,

nos 3 dias subsequentes, proceder à notificação do impugnante para, no prazo de 10 dias, se

pronunciar, prosseguindo o processo se o impugnante nada disser ou declarar que mantém a

impugnação.

4 – A revogação total do acto impugnado é notificado ao representante da Fazenda Pública nos 3

dias subsequentes, cabendo a este promover a extinção do processo.

5 – A revogação parcial do acto impugnado é notificada ao representante da Fazenda Pública, com

simultânea remessa do processo administrativo, no prazo de três dias após a recepção da declaração

do impugnante referida no n.º 3 ou do termo do prazo aí previsto, sendo, nesse caso, o prazo para

contestar de 30 dias a contar da notificação.

6 - A competência referida no presente artigo pode ser delegada pela entidade competente para a

apreciação em qualquer dirigente da administração tributária ou em funcionário qualificado.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 112º

Revogação do acto impugnado

1 – Caso o valor do processo não exceda o quíntuplo da alçada do tribunal tributário de 1ª instância,

se a questão a resolver for de manifesta simplicidade e dispuser dos elementos para o efeito

necessários, pode o dirigente do órgão periférico local da administração tributária revogar, total ou

parcialmente, dentro do prazo referido no n.º 1 do artigo anterior, o acto impugnado.

2 – Se o valor do processo exceder o quíntuplo da alçada do tribunal tributário de 1ª instância, o

dirigente do órgão periférico local, uma vez completa a instrução, remete-o ao dirigente do órgão

periférico regional, no prazo previsto no n.º 1 do artigo anterior, podendo este, caso se verifiquem os

demais pressupostos referidos no n.º 1, revogar o acto impugnado, nos mesmos termos e prazo.

3 – No caso de o acto impugnado ser revogado parcialmente, o órgão que procede à revogação deve,

nos 3 dias subsequentes, proceder à notificação do impugnante para, no prazo de 10 dias, se

pronunciar, prosseguindo o processo se o impugnante nada disser ou declarar que mantém a

impugnação.

4 – A revogação total do acto impugnado é notificado ao representante da Fazenda Pública nos 3

dias subsequentes, cabendo a este promover a extinção do processo.

5 – A revogação parcial do acto impugnado é notificada ao representante da Fazenda Pública, com

simultânea remessa do processo administrativo, no prazo de três dias após a recepção da declaração

do impugnante referida no n.º 3 ou do termo do prazo aí previsto, sendo, nesse caso, o prazo para

contestar de 30 dias a contar da notificação.

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6 – A competência referida no presente artigo pode ser delegada pela entidade competente para a

apreciação em funcionário qualificado.

Artigo 113º

Conhecimento imediato do pedido

1 – Junta a posição do representante da Fazenda Pública ou decorrido o respectivo prazo, o juiz, após

vista ao Ministério Público, conhecerá logo o pedido se a questão for apenas de direito ou, sendo

também de facto, o processo fornecer os elementos necessários.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, se o representante da Fazenda Pública suscitar

questão que obste ao conhecimento do pedido, será ouvido o impugnante.

SECÇÃO V

Da instrução

Artigo 114º

Diligências de prova

Não conhecendo logo do pedido, o juiz ordena as diligências de produção de prova necessárias, as

quais são produzidas no respectivo tribunal.

Artigo 115º

Meios de prova

1 – São admitidos os meios gerais de prova.

2 – As informações oficiais só têm força probatória quando devidamente fundamentadas, de acordo

com critérios objectivos.

3 – O teor das informações oficiais será sempre notificado ao impugnante, logo que juntas.

4 – A genuinidade de qualquer documento deve ser impugnada no prazo de 10 dias após a sua

apresentação ou junção ao processo, sendo no mesmo prazo feito o pedido de confronto com o

original da certidão ou da cópia com a certidão de que foi extraída.

Artigo 116º

Pareceres técnicos. Prova pericial

1 – Poderá haver prova pericial no processo de impugnação judicial sempre que o juiz entenda

necessário o parecer de técnicos especializados.

2 – A realização da perícia é ordenada pelo juiz, oficiosamente ou a pedido do impugnante ou do

representante da Fazenda Pública, formulado, respectivamente, na petição inicial e na contestação.

3 – A perícia poderá também ser requerida no prazo de 20 dias após a notificação das informações

oficiais, se a elas houver lugar.

4 – A prova pericial referida nos números anteriores será regulada nos termos do Código de Processo

Civil.

5 – Cabe ao tribunal adiantar o encargo das diligências não requeridas pelo impugnante, o qual entrará

no final em regra de custas.

6 – As despesas de diligências requeridas pelo impugnante são por este suportadas, mediante preparo

a fixar pelo juiz, e entram no final em regra de custas.

Artigo 117º

Impugnação com base em mero erro na quantificação da matéria tributável ou nos pressupostos

de aplicação de métodos indirectos

1 – Salvo em caso de regime simplificado de tributação ou quando da decisão seja interposto, nos

termos da lei, recurso hierárquico com efeitos suspensivos da liquidação, a impugnação dos actos

tributários com base em erro na quantificação da matéria tributável ou nos pressupostos de aplicação

de métodos indirectos depende de prévia apresentação do pedido de revisão da matéria tributável.

2 – Na petição inicial identificará o impugnante o erro ou outra ilegalidade que serve de fundamento à

impugnação, apresentará os pareceres periciais que entender necessários e solicitará diligências.

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3 – Na introdução em juízo, o representante da Fazenda Pública oferecerá, por sua vez, os pareceres

periciais que considerar indispensáveis à apreciação do acto impugnado e solicitará, se for caso disso,

outras diligências.

4 – O juiz pode, se o entender, oficiosamente ou a requerimento dos interessados, ordenar a audição

dos peritos que tenham subscrito os pareceres técnicos referidos nos números anteriores, determinar

ao impugnante e ao representante da Fazenda Pública o esclarecimento das suas posições e ordenar

novas diligências de prova.

Artigo 118º

Testemunhas

1 – O número de testemunhas a inquirir não poderá exceder 3 por cada facto nem o total de 10 por

cada acto tributário impugnado.

2 – Os depoimentos são prestados em audiência contraditória, devendo ser gravados, sempre que

existam meios técnicos para o efeito, cabendo ao juiz a respectiva redução a escrito, que deve constar

em acta, quando não seja possível proceder àquela gravação.

3 – Na marcação da diligência, o juiz deve observar o disposto no artigo 155º do Código de Processo

Civil.

4 – A falta de testemunha, de representante da Fazenda Pública ou de advogado não é motivo de

adiamento da diligência.

5 – O impugnante e o representante da Fazenda Pública podem interrogar directamente as

testemunhas.

Artigo 119º

Depoimento das testemunhas

1 – As testemunhas residentes na área de jurisdição do tribunal tributário são notificadas por carta

registada, sendo as restantes a apresentar pela parte que as ofereceu, salvo se fundadamente se

requerer a sua notificação.

2 – A devolução de carta de notificação de testemunha é notificada à parte que a apresentou, mas não

dá lugar a nova notificação, salvo nos casos de erro do tribunal, cabendo à parte a apresentação da

testemunha.

3 – O impugnante e o representante da Fazenda Pública podem requerer que o depoimento das

testemunhas residentes fora da área de jurisdição do tribunal tributário seja feito nos termos do

número seguinte.

4 – As testemunhas a inquirir nos termos do número anterior são apresentadas pela parte que as

ofereceu e são ouvidas por teleconferência gravada a partir do tribunal tributário da área da sua

residência, devendo ser identificadas perante funcionário judicial do tribunal onde o depoimento é

prestado.

5 – A inquirição das testemunhas prevista no n.º 3 deve ser efectuada durante a mesma diligência em

que são ouvidas as demais testemunhas, salvo quando exista motivo ponderoso que justifique que essa

inquirição seja marcada para outra data.

Artigo 120º

Notificação para alegações

Finda a produção da prova, ordenar-se-á a notificação dos interessados para alegarem por escrito no

prazo fixado pelo juiz, que não será superior a 30 dias.

Artigo 121º

Vista do Ministério Público

1 – Apresentadas as alegações ou findo o respectivo prazo e antes de proferida a sentença, o juiz dará

vista ao Ministério Público para, se pretender, se pronunciar expressamente sobre as questões de

legalidade que tenham sido suscitadas no processo ou suscitar outras nos termos das suas

competências legais.

2 – Se o Ministério Público suscitar questão que obste ao conhecimento do pedido, serão ouvidos o

impugnante e o representante da Fazenda Pública.

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SECÇÃO VI

Da sentença

Artigo 122º

Conclusão dos autos. Sentença

1 – Em seguida serão os autos conclusos para decisão do juiz, que proferirá sentença.

2 – O impugnante, se decair no todo ou em parte e tiver dado origem à causa, será condenado em

custas e poderá sê-lo, também, em sanção pecuniária, como litigante de má fé.

Artigo 123º

Sentença. Objecto

1 – A sentença identificará os interessados e os factos objecto de litígio, sintetizará a pretensão do

impugnante e respectivos fundamentos, bem como à posição do representante da Fazenda Pública e do

Ministério Público, e fixará as questões que ao tribunal cumpre solucionar.

2 – O juiz discriminará também a matéria provada da não provada, fundamentando as suas decisões.

Artigo 124º

Ordem de conhecimento dos vícios na sentença

1 – Na sentença, o tribunal apreciará prioritariamente os vícios que conduzam à declaração de

inexistência ou nulidade do acto impugnado e, depois, os vícios arguidos que conduzam à sua

anulação.

2 – Nos referidos grupos a apreciação dos vícios é feita pela ordem seguinte:

a) No primeiro grupo, o dos vícios cuja procedência determine, segundo o prudente critério

do julgador, mais estável ou eficaz tutela dos interesses ofendidos;

b) No segundo grupo, a indicada pelo impugnante, sempre que este estabeleça entre eles uma

relação de subsidiariedade e não sejam arguidos outros vícios pelo Ministério Público ou, nos demais

casos, a fixada na alínea anterior.

Artigo 125º

Nulidades da sentença

1 – Constituem causas de nulidade da sentença a falta de assinatura do juiz, a não especificação dos

fundamentos de facto e de direito da decisão, a oposição dos fundamentos com a decisão, a falta de

pronúncia sobre questões que o juiz deva apreciar ou a pronúncia sobre questões que não deva

conhecer.

2 – A falta da assinatura do juiz pode ser suprida oficiosamente ou a requerimento dos interessados,

enquanto for possível obtê-la, devendo o juiz declarar a data em que assina.

Artigo 126º

Notificação da sentença

A sentença será notificada no prazo de 10 dias ao Ministério Público, ao impugnante e ao

representante da Fazenda Pública.

SECÇÃO VII

Dos incidentes

Artigo 127º

Incidentes

1 – São admitidos em processo de impugnação os incidentes seguintes:

a) Assistência;

b) Habilitação;

c) Apoio judiciário.

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2 – O prazo de resposta ao incidente é de 15 dias.

3 – O Ministério Público pronunciar-se-á obrigatoriamente antes da decisão do incidente sobre a

matéria nele discutida.

Artigo 128º

Processamento e julgamento dos incidentes

Os incidentes serão processados e julgados nos termos do Código de Processo Civil, em tudo que não

seja estabelecido no presente Código.

Artigo 129º

Incidente de assistência

1 – É admitido em processo de impugnação o incidente de assistência nos casos seguintes:

a) Intervenção do substituto nas impugnações deduzidas pelo substituído e vice-versa;

b) Intervenção do responsável subsidiário nas impugnações deduzidas pelo contribuinte.

2 – A sentença produzirá caso julgado face ao assistente relativamente ao objecto da impugnação.

Artigo 130º

Admissão do incidente de habilitação

É admitido o incidente de habilitação quando, no decurso do processo judicial, falecer o impugnante e

o sucessor pretenda impor a sua posição processual.

SECÇÃO VIII

Da impugnação dos atos de autoliquidação, substituição tributária, pagamentos por conta e dos

atos de liquidação com fundamento em classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das

mercadorias.

(Epígrafe alterada pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de

Janeiro de 2014)

SECÇÃO VIII

Da impugnação dos actos de autoliquidação, substituição tributária e pagamentos por conta

Artigo 131º

Impugnação em caso de autoliquidação

1 – Em caso de erro na autoliquidação, a impugnação será obrigatoriamente precedida de reclamação

graciosa dirigida ao dirigente do órgão periférico regional da administração tributária, no prazo de 2

anos após a apresentação da declaração.

2 - (Revogado.)

3 - Quando estiver exclusivamente em causa matéria de direito e a autoliquidação tiver sido efetuada

de acordo com orientações genéricas emitidas pela administração tributária, não há lugar à reclamação

necessária prevista no n.º 1.

(Redacção da Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 131º

Impugnação em caso de autoliquidação

1 – Em caso de erro na autoliquidação, a impugnação será obrigatoriamente precedida de

reclamação graciosa dirigida ao dirigente do órgão periférico regional da administração tributária,

no prazo de 2 anos após a apresentação da declaração.

2 – Em caso de indeferimento expresso ou tácito da reclamação, o contribuinte poderá impugnar, no

prazo de 30 dias, a liquidação que efectuou, contados, respectivamente, a partir da notificação do

indeferimento ou da formação da presunção do indeferimento tácito.

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3 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, quando o seu fundamento for exclusivamente

matéria de direito e a autoliquidação tiver sido efectuada de acordo com orientações genéricas

emitidas pela administração tributária, o prazo para a impugnação não depende de reclamação

prévia, devendo a impugnação ser apresentada no prazo do n.º 1 do artigo 102º.

Artigo 132º

Impugnação em caso de retenção na fonte

1 – A retenção na fonte é susceptível de impugnação por parte do substituto em caso de erro na

entrega de imposto superior ao retido.

2 – O imposto entregue a mais será descontado nas entregas seguintes da mesma natureza a efectuar

no ano do pagamento indevido.

3 – Caso não seja possível a correcção referida no número anterior, o substituto que quiser impugnar

reclamará graciosamente para o órgão periférico regional da administração tributária competente no

prazo de 2 anos a contar do termo do prazo nele referido.

4 – O disposto no número anterior aplica-se à impugnação pelo substituído da retenção que lhe tiver

sido efectuada, salvo quando a retenção tiver a mera natureza de pagamento por conta do imposto

devido a final.

5 – (Revogado.)

6 – À impugnação em caso de retenção na fonte aplica-se o disposto no n.º 3 do artigo anterior.

(Redacção da Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 132º

Impugnação em caso de retenção na fonte

1 – A retenção na fonte é susceptível de impugnação por parte do substituto em caso de erro na

entrega de imposto superior ao retido.

2 – O imposto entregue a mais será descontado nas entregas seguintes da mesma natureza a efectuar

no ano do pagamento indevido.

3 – Caso não seja possível a correcção referida no número anterior, o substituto que quiser impugnar

reclamará graciosamente para o órgão periférico regional da administração tributária competente

no prazo de 2 anos a contar do termo do prazo nele referido.

4 – O disposto no número anterior aplica-se à impugnação pelo substituído da retenção que lhe tiver

sido efectuada, salvo quando a retenção tiver a mera natureza de pagamento por conta do imposto

devido a final.

5 – Caso a reclamação graciosa seja expressa ou tacitamente indeferida, o contribuinte poderá

impugnar, no prazo de 30 dias, a entrega indevida nos mesmos termos que do acto da liquidação.

6 – À impugnação em caso de retenção na fonte aplica-se o disposto no n.º 3 do artigo anterior.

Artigo 133º

Impugnação em caso de pagamento por conta

1 – O pagamento por conta é susceptível de impugnação judicial com fundamento em erro sobre os

pressupostos da sua existência ou do seu quantitativo quando determinado pela administração

tributária.

2 – A impugnação do pagamento por conta depende de prévia reclamação graciosa para o órgão

periférico local da administração tributária competente, no prazo de 30 dias após o pagamento

indevido.

3 – Caso a reclamação seja expressamente indeferida, o contribuinte poderá impugnar, no prazo de 30

dias, o acto nos mesmos termos que do acto de liquidação.

4 – Decorridos 90 dias após a sua apresentação sem que tenha sido indeferida, considera-se a

reclamação tacitamente deferida.

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Artigo 133.º-A

Impugnação com fundamento em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro

das mercadorias

A impugnação judicial de atos de liquidação que tenha por fundamento a classificação pautal, a

origem ou o valor aduaneiro das mercadorias depende de prévia reclamação graciosa prevista no

presente Código.

(Redacção da Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 133.º-A

Impugnação com fundamento em matéria de classificação pautal, origem ou valor aduaneiro das

mercadorias

A impugnação judicial de atos de liquidação que tenha por fundamento a classificação pautal, a

origem ou o valor aduaneiro das mercadorias depende de prévia reclamação graciosa prevista neste

Código, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 2 do artigo 131.º

(Aditado pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de Dezembro com início de vigência em 1 de Janeiro de

2014)

Artigo 134º

Objecto da impugnação

1 – Os actos de fixação dos valores patrimoniais podem ser impugnados, no prazo de 90 dias após a

sua notificação ao contribuinte, com fundamento em qualquer ilegalidade.

2 – Constitui motivo de ilegalidade, além da preterição de formalidades legais, o erro de facto ou de

direito na fixação.

3 – As incorrecções nas inscrições matriciais dos valores patrimoniais podem ser objecto de

impugnação judicial, no prazo de 30 dias, desde que o contribuinte tenha solicitado previamente a

correcção da inscrição junto da entidade competente e esta a recuse ou não se pronuncie no prazo de

90 dias a partir do pedido.

4 – À impugnação referida no número anterior aplica-se o disposto no n.º 3 do artigo 111º.

5 – O pedido de correcção da inscrição nos termos do número anterior pode ser apresentado a todo o

tempo.

6 – O prazo da impugnação referida no n.º 3 conta-se a partir da notificação da recusa ou do termo do

prazo para apreciação do pedido.

7 – A impugnação referida neste artigo não tem efeito suspensivo e só poderá ter lugar depois de

esgotados os meios graciosos previstos no procedimento de avaliação.

CAPÍTULO III

Dos processos de acção cautelar

SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 135º

Providências cautelares

1 – São admitidas em processo judicial tributário as seguintes providências cautelares avulsas a favor

da administração tributária:

a) O arresto;

b) O arrolamento.

2 – A impugnação dos actos de apreensão de bens, quando a eles houver lugar segundo as leis

tributárias, e de outras providências cautelares adoptadas, nos termos da lei, pela administração

tributária é regulada pelo disposto no presente capítulo.

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SECÇÃO II

Do arresto

Artigo 136º

Requisitos do arresto

1 – O representante da Fazenda Pública pode requerer arresto de bens do devedor de tributos ou do

responsável solidário ou subsidiário quando ocorram, simultaneamente, as circunstâncias seguintes:

a) Haver fundado receio da diminuição de garantia de cobrança de créditos tributáveis;

b) O tributo estar liquidado ou em fase de liquidação.

2 – Nos tributos periódicos considera-se que o tributo está em fase de liquidação a partir do final do

ano civil ou de outro período de tributação a que os respectivos rendimentos se reportem.

3 – Nos impostos de obrigação única, o imposto considera-se em fase de liquidação a partir do

momento da ocorrência do facto tributário.

4 – O representante da Fazenda Pública alegará os factos que demonstrem o tributo ou a sua provável

existência e os fundamentos do receio de diminuição de garantias de cobrança de créditos tributários,

relacionando, também, os bens que devem ser arrestados, com as menções necessárias ao arresto.

5 – As circunstâncias referidas na alínea a) do n.º 1 presumem-se no caso de dívidas por impostos que

o devedor ou responsável esteja obrigado a reter ou a repercutir a terceiros e não haja entregue nos

prazos legais.

Artigo 137º

Caducidade

1 – O arresto fica sem efeito com o pagamento da dívida, ou quando, no processo de liquidação do ou

dos tributos para cuja garantia é destinado, se apure até ao fim do ano posterior àquele em que se

efectuou não haver lugar a qualquer acto tributário e, ainda, se, a todo o tempo, for prestada garantia

nos termos previstos no presente Código.

2 – O arresto fica igualmente sem efeito quando, tendo sido decretado na pendência de procedimento

de inspecção tributária, a entidade inspeccionada não for notificada do relatório de inspecção no prazo

de 90 dias a contar da data do seu decretamento, a menos que, findo este período, ainda não tenha

terminado o prazo legal para a conclusão daquele procedimento de inspecção, com as eventuais

prorrogações legais, caso em que o arresto fica sem efeito no termo deste último prazo legal.

3 – O arresto caducará ainda na medida do que exceder o montante suficiente para garantir o tributo,

juros compensatórios liquidados e o acrescido relativo aos 6 meses posteriores.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 137º

Caducidade

1 – O arresto fica sem efeito com o pagamento da dívida, ou quando, no processo de liquidação do ou

dos tributos para cuja garantia é destinado, se apure até ao fim do ano posterior àquele em que se

efectuou não haver lugar a qualquer acto tributário e, ainda, se, a todo o tempo, for prestada

garantia nos termos previstos no presente Código.

2 – O arresto fica igualmente sem efeito quando, tendo sido decretado na pendência de procedimento

de inspecção tributária, a entidade inspeccionada não for notificada do relatório de inspecção no

prazo de 90 dias a contar da data do seu decretamento.

3 – O arresto caducará ainda na medida do que exceder o montante suficiente para garantir o

tributo, juros compensatórios liquidados e o acrescido relativo aos 6 meses posteriores.

Artigo 138º

Competência para o arresto

Tem competência para o arresto o tribunal tributário de 1.ª instância da área do domicílio ou sede do

executado.

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(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, aplicando-se apenas aos processos iniciados

após 1 de janeiro de 2018)

Artigo 138º

Competência para o arresto

Tem competência para o arresto o tribunal tributário de 1ª instância da área do órgão periférico

local competente para a execução dos créditos que se pretendam garantir.

Artigo 139º

Regime do arresto

Ao regime do arresto aplica-se o disposto no Código de Processo Civil em tudo o que não for

especialmente regulado nesta secção.

SECÇÃO III

Do arrolamento

Artigo 140º

Requisitos do arrolamento

Havendo fundado receio de extravio ou de dissipação de bens ou de documentos conexos com

obrigações tributárias, pode ser requerido pelo representante da Fazenda Pública o seu arrolamento.

Artigo 141º

Competência para o arrolamento

O processo de arrolamento é da competência do tribunal tributário de 1ª instância da área da

residência, sede ou estabelecimento estável do contribuinte.

Artigo 142º

Regime do arrolamento

Ao regime do arrolamento aplica-se o disposto no Código de Processo Civil, em tudo o que não for

especialmente regulado nesta secção.

SECÇÃO IV

Da apreensão

Artigo 143º

Impugnação da apreensão

1 – É admitida a impugnação judicial dos actos de apreensão de bens praticados pela administração

tributária, no prazo de 15 dias a contar do levantamento do auto.

2 – A impugnação da apreensão de bens reveste-se sempre de carácter urgente, precedendo as

diligências respectivas a quaisquer outros actos judiciais não urgentes.

3 – É competente para o conhecimento da impugnação o tribunal tributário de 1ª instância da área em

que a apreensão tiver sido efectuada.

4 – Tem legitimidade para a impugnação prevista neste artigo o proprietário ou detentor dos bens

apreendidos.

5 – Sempre que as leis tributárias exijam a notificação dos actos de apreensão às pessoas referidas no

número anterior, o prazo da impugnação conta-se a partir dessa notificação.

6 – Estando pendente processo contra-ordenacional, a decisão judicial da impugnação do acto de

apreensão faz caso julgado, considerando-se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de

transporte, independentemente da decisão quanto às coimas.

7 – A regularização da situação tributária do arguido na pendência do processo de impugnação

extingue este.

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SECÇÃO V

Da impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária

Artigo 144º

Impugnação das providências cautelares adoptadas pela administração tributária

1 – Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, as providências cautelares adoptadas pela

administração tributária são impugnáveis no prazo de 15 dias após a sua realização ou o seu

conhecimento efectivo pelo interessado, quando posterior, com fundamento em qualquer ilegalidade.

2 – A impugnação é apresentada no tribunal tributário de 1ª instância da área do serviço da

administração tributária que tiver adoptado a providência cautelar.

3 – A impugnação das providências cautelares reveste-se sempre de carácter urgente, precedendo as

diligências respectivas a quaisquer outros actos judiciais não urgentes.

4 – No requerimento, deve o contribuinte invocar as razões de facto e de direito que justificam a

anulação total ou parcial da providência cautelar.

5 – Antes da decisão, é obrigatoriamente ouvida a administração tributária sobre a necessidade e

legalidade da providência.

6 – A impugnação das providência cautelares adoptadas pela administração tributária não tem efeitos

suspensivos, devendo, no entanto, até à decisão a administração tributária abster-se da prática de

actos que possam comprometer os efeitos úteis do processo.

CAPÍTULO IV

Acção para o reconhecimento de um direito ou interesse legítimo em matéria tributária

Artigo 145º

Reconhecimento de um direito ou interesse legítimo em matéria tributária

1 – As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido em

matéria tributária podem ser propostas por quem invoque a titularidade do direito ou interesse a

reconhecer.

2 – O prazo da instauração da acção é de 4 anos após a constituição do direito ou o conhecimento da

lesão do interessado.

3 – As acções apenas podem ser propostas sempre que esse meio processual for o mais adequado para

assegurar uma tutela plena, eficaz e efectiva do direito ou interesse legalmente protegido.

4 – As acções seguem os termos do processo de impugnação, considerando-se na posição de entidade

que praticou o acto a que tiver competência para decidir o pedido.

CAPÍTULO V

Dos meios processuais acessórios

Artigo 146º

Meios processuais acessórios

1 - Para além do meio previsto no artigo seguinte, são admitidos no processo judicial tributário os

meios processuais acessórios de intimação para a consulta de documentos e passagem de certidões, de

produção antecipada de prova e de execução dos julgados, os quais serão regulados pelo disposto nas

normas sobre o processo nos tribunais administrativos.

2 – O prazo de execução espontânea das sentenças e acórdãos dos tribunais tributários conta-se a

partir da data em que o processo tiver sido remetido ao órgão da administração tributária competente

para a execução, podendo o interessado requerer a remessa no prazo de 8 dias após o trânsito em

julgado da decisão.

3 – Cabe aos tribunais tributários de 1ª instância a apreciação das questões referidas no presente

artigo.

(Redacção da Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

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Artigo 146.º-A

Processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário

1 - O processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário aplica-se às situações legalmente

previstas de acesso da administração tributária à informação bancária para fins fiscais.

2 - O processo especial previsto no número anterior reveste as seguintes formas:

a) Recurso interposto pelo contribuinte;

b) Revogado.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 146.º-A

Processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário

1 - O processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário aplica-se às situações legalmente

previstas de acesso da administração tributária à informação bancária para fins fiscais.

2 - O processo especial previsto no número anterior reveste as seguintes formas:

a) Recurso interposto pelo contribuinte;

b) Pedido de autorização da administração tributária.

(Aditado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

Artigo 146.º-B

Tramitação do recurso interposto pelo contribuinte

1 - O contribuinte que pretenda recorrer da decisão da administração tributária que determina o acesso

directo à informação bancária que lhe diga respeito deve justificar sumariamente as razões da sua

discordância em requerimento apresentado no tribunal tributário de 1.ª instância da área do seu

domicílio fiscal.

2 - A petição referida no número anterior deve ser apresentada no prazo de 10 dias a contar da data em

que foi notificado da decisão, independentemente da lei atribuir à mesma efeito suspensivo ou

devolutivo.

3 - A petição referida no número anterior não obedece a formalidade especial, não tem de ser subscrita

por advogado e deve ser acompanhada dos respectivos elementos de prova, que devem revestir

natureza exclusivamente documental.

4 - O director-geral dos Impostos ou o director-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o

Consumo são notificados para, querendo, deduzirem oposição no prazo de 10 dias, a qual deve ser

acompanhada dos respectivos elementos de prova.

5 - As regras dos números precedentes aplicam-se, com as necessárias adaptações, ao recurso previsto

no artigo 89.º-A da Lei Geral Tributária.

(Aditado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

Artigo 146.º-C

Tramitação do pedido de autorização da administração tributária

Revogado.

(Revogado pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro

de 2015)

Artigo 146.º-C

Tramitação do pedido de autorização da administração tributária

1 - Quando a administração tributária pretenda aceder à informação bancária referente a familiares

do contribuinte ou de terceiros com ele relacionados, pode requerer ao tribunal tributário de 1.ª

instância da área do domicílio fiscal do visado a respectiva autorização.

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2 - O pedido de autorização não obedece a formalidade especial e deve ser acompanhado pelos

respectivos elementos de prova.

3 - O visado é notificado para, querendo, deduzir oposição no prazo de 10 dias, a qual deve ser

acompanhada dos respectivos elementos de prova.

(Aditado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

Artigo 146.º-D

Processo urgente

1 - O processo referido no artigo 146.º-B é tramitado como processo urgente.

2 - A decisão judicial deve ser proferida no prazo de 90 dias a contar da data de apresentação do

requerimento inicial.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 146.º-D

Processo urgente

1 - Os processos referidos nos artigos 146.º-B e 146.º-C são tramitados como processos urgentes.

2 - A decisão judicial deve ser proferida no prazo de 90 dias a contar da data de apresentação do

requerimento inicial.

(Aditado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

CAPÍTULO VI

Da intimação para um comportamento

Artigo 147º

Intimação para um comportamento

1 – Em caso de omissão, por parte da administração tributária, do dever de qualquer prestação jurídica

susceptível de lesar direito ou interesse legítimo em matéria tributária, poderá o interessado requerer a

sua intimação para o cumprimento desse dever junto do tribunal tributário competente.

2 – O presente meio só é aplicável quando, vistos os restantes meios contenciosos previstos no

presente Código, ele for o meio mais adequado para assegurar a tutela plena, eficaz e efectiva dos

direitos ou interesses em causa.

3 – No requerimento dirigido ao tribunal tributário de 1ª instância deve o requerente identificar a

omissão, o direito ou interesse legítimo violado ou lesado ou susceptível de violação ou lesão e o

procedimento ou procedimentos a praticar pela administração tributária para os efeitos previstos no n.º

1.

4 – A administração tributária pronunciar-se-á sobre o requerimento do contribuinte no prazo de 15

dias, findos os quais o juiz resolverá, intimando, se for caso disso, a administração tributária a

reintegrar o direito, reparar a lesão ou adoptar a conduta que se revelar necessária, que poderá incluir a

prática de actos administrativos, no prazo que considerar razoável, que não poderá ser inferior a 30

nem superior a 120 dias.

5 – A decisão judicial especificará os actos a praticar para integral cumprimento do dever referido no

n.º 1.

6 – O disposto no presente artigo aplica-se, com as adaptações necessárias, às providências cautelares

a favor do contribuinte ou demais obrigados tributários, devendo o requerente invocar e provar o

fundado receio de uma lesão irreparável do requerente a causar pela actuação da administração

tributária e a providência requerida.

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TÍTULO IV

Da execução fiscal

CAPÍTULO I

Disposições gerais

SECÇÃO I

Do âmbito

Artigo 148º

Âmbito da execução fiscal

1 – O processo de execução fiscal abrange a cobrança coerciva das seguintes dívidas:

a) Tributos, incluindo impostos aduaneiros, especiais e extrafiscais, taxas, demais

contribuições financeiras a favor do Estado, adicionais cumulativamente cobrados, juros e outros

encargos legais;

b) Coimas e outras sanções pecuniárias fixadas em decisões, sentenças ou acórdãos relativos

a contra-ordenações tributárias, salvo quando aplicadas pelos tribunais comuns.

c) Coimas e outras sanções pecuniárias decorrentes da responsabilidade civil determinada nos

termos do Regime Geral das Infracções Tributárias.

2 – Poderão ser igualmente cobradas mediante processo de execução fiscal, nos casos e termos

expressamente previstos na lei:

a) Outras dívidas ao Estado e a outras pessoas colectivas de direito público que devam ser

pagas por força do acto administrativo;

b) Reembolsos ou reposições.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 148º

Âmbito da execução fiscal

1 – O processo de execução fiscal abrange a cobrança coerciva das seguintes dívidas:

a) Tributos, incluindo impostos aduaneiros, especiais e extrafiscais, taxas, demais

contribuições financeiras a favor do Estado, adicionais cumulativamente cobrados, juros e

outros encargos legais;

b) Coimas e outras sanções pecuniárias fixadas em decisões, sentenças ou acórdãos relativos a

contra-ordenações tributárias, salvo quando aplicadas pelos tribunais comuns.

2 – Poderão ser igualmente cobradas mediante processo de execução fiscal, nos casos e termos

expressamente previstos na lei:

a) Outras dívidas ao Estado e a outras pessoas colectivas de direito público que devam ser

pagas por força do acto administrativo;

b) Reembolsos ou reposições.

SECÇÃO II

Da competência

Artigo 149º

Órgão da execução fiscal

Considera-se, para efeitos do presente Código, órgão da execução fiscal o serviço da administração

tributária onde deva legalmente correr a execução ou, quando esta deva correr nos tribunais comuns, o

tribunal competente.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

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Artigo 149º

Órgão da execução fiscal

Considera-se, para efeito do presente Código, órgão da execução fiscal o serviço periférico local da

administração tributária onde deva legalmente correr a execução ou, quando esta deva correr nos

tribunais comuns, o tribunal competente.

Artigo 150º

Competência territorial

1 - É competente para a execução fiscal a administração tributária.

2 - A instauração e os actos da execução são praticados no órgão da administração tributária

designado, mediante despacho, pelo dirigente máximo do serviço.

3 - Na falta de designação referida no número anterior, a instauração e os atos da execução são

praticados no órgão periférico regional da área do domicílio ou sede do devedor.

4 - (Revogado.)

5 - O dirigente máximo do órgão periférico regional onde deva correr a execução fiscal pode delegar a

competência na execução fiscal em qualquer órgão periférico local da sua área de competência

territorial.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 150º

Competência territorial

1 - É competente para a execução fiscal a administração tributária.

2 - A instauração e os actos da execução são praticados no órgão da administração tributária

designado, mediante despacho, pelo dirigente máximo do serviço.

3 - Na falta de designação referida no número anterior, os actos da execução são praticados no

órgão periférico local da sede do devedor, da situação dos bens ou da liquidação, salvo tratando-se

de coima fiscal e respectivas custas, caso em que é competente o órgão periférico local da área onde

tiver corrido o processo da sua aplicação.

4 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 150º

Competência territorial

1 - É competente para a execução fiscal a administração tributária através do órgão periférico local.

2 - A designação do órgão periférico local competente é efectuada mediante despacho do dirigente

máximo do serviço.

3 - Na falta da designação referida no número anterior, é competente o órgão periférico local do

domicílio ou sede do devedor, da situação dos bens ou da liquidação, salvo tratando-se de coima

fiscal e respectivas custas, caso em que é competente o órgão da execução fiscal da área onde tiver

corrido o processo da sua aplicação.

4 - Quando razões de racionalidade de meios e de eficácia da cobrança o justifiquem, o dirigente

máximo do serviço, mediante despacho, pode atribuir a competência para a execução fiscal ao órgão

periférico regional da área do domicílio ou sede do devedor.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 150º

Competência territorial

1 - É competente para a execução fiscal a administração tributária através do órgão periférico local.

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99

2 - A designação do órgão periférico local competente é efectuada mediante despacho do dirigente

máximo do serviço.

3 - Na falta da designação referida no número anterior, é competente o órgão periférico local do

domicílio ou sede do devedor, da situação dos bens ou da liquidação, salvo tratando-se de coima

fiscal e respectivas custas, caso em que é competente o órgão da execução fiscal da área onde tiver

corrido o processo da sua aplicação.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 150º

Competência territorial

É competente para a execução fiscal o órgão da execução fiscal do domicílio ou sede do devedor, da

situação dos bens ou da liquidação, salvo tratando-se de coima fiscal e respectivas custas, caso em

que será competente o órgão da execução fiscal da área onde tiver corrido o processo da sua

aplicação.

Artigo 151º

Competência dos tribunais tributários

1 - Compete ao tribunal tributário de 1.ª instância da área do domicílio ou sede do devedor, depois de

ouvido o Ministério Público nos termos do presente Código, decidir os incidentes, os embargos, a

oposição, incluindo quando incida sobre os pressupostos da responsabilidade subsidiária, e a

reclamação dos actos praticados pelos órgãos da execução fiscal.

2 – O disposto no presente artigo não se aplica quando a execução fiscal deva correr nos tribunais

comuns, caso em que cabe a estes tribunais o integral conhecimento das questões referidas no número

anterior.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 151º

Competência dos tribunais tributários

1 - Compete ao tribunal tributário de 1.ª instância da área onde correr a execução, depois de ouvido

o Ministério Público nos termos do presente Código, decidir os incidentes, os embargos, a oposição,

incluindo quando incida sobre os pressupostos da responsabilidade subsidiária e a reclamação dos

actos praticados pelos órgãos da execução fiscal.

2 – O disposto no presente artigo não se aplica quando a execução fiscal deva correr nos tribunais

comuns, caso em que cabe a estes tribunais o integral conhecimento das questões referidas no

número anterior.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 151º

Competência dos tribunais tributários

1 – Compete ao tribunal tributário de 1ª instância da área onde correr a execução, depois de ouvido

o Ministério Público nos termos do presente Código, decidir os incidentes, os embargos, a oposição,

incluindo quando incida sobre os pressupostos da responsabilidade subsidiária, a graduação e

verificação de créditos e as reclamações dos actos materialmente administrativos praticados pelos

órgãos da execução fiscal.

2 – O disposto no presente artigo não se aplica quando a execução fiscal deva correr nos tribunais

comuns, caso em que cabe a estes tribunais o integral conhecimento das questões referidas no

número anterior.

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100

SECÇÃO III

Da legitimidade

SUBSECÇÃO I

Da legitimidade dos exequentes

Artigo 152º

Legitimidade dos exequentes

1 – Tem legitimidade para promover a execução das dívidas referidas no artigo 148º o órgão da

execução fiscal.

2 – Quando a execução fiscal correr nos tribunais comuns, a legitimidade para promoção da execução

é, nos termos da lei, do Ministério Público.

SUBSECÇÃO II

Da legitimidade dos executados

Artigo 153º

Legitimidade dos executados

1 – Podem ser executados no processo de execução fiscal os devedores originários e seus sucessores

dos tributos e demais dívidas referidas no artigo 148º, bem como os garantes que se tenham obrigado

como principais pagadores, até ao limite da garantia prestada.

2 – O chamamento à execução dos responsáveis subsidiários depende da verificação de qualquer das

seguintes circunstâncias:

a) Inexistência de bens penhoráveis do devedor e seus sucessores;

b) Fundada insuficiência, de acordo com os elementos constantes do auto de penhora e outros

de que o órgão da execução fiscal disponha, do património do devedor para a satisfação da dívida

exequenda e acrescido.

Artigo 154º

Legitimidade do cabeça-de-casal

Se, no decurso do processo de execução, falecer o executado, são válidos todos os actos praticados

pelo cabeça-de-casal independentemente da habilitação de herdeiros nos termos do presente Código.

Artigo 155º

Partilha entre sucessores

1 – Tendo-se verificado a partilha entre os sucessores da pessoa que no título figurar como devedor, o

órgão da execução fiscal ordenará, para efeito de citação dos herdeiros, a destrinça da parte que cada

um deles deva pagar.

2 – Em relação a cada devedor será processada guia ou documento equivalente em triplicado, com a

indicação de que foi passada nos termos deste artigo, servindo um dos exemplares de recibo ao

contribuinte.

3 – Para efeito dos números anteriores, quando quem realizar a citação verificar que o executado

faleceu, prestará informação em que declare:

a) No caso de ter havido partilhas, os herdeiros e as suas quotas hereditárias;

b) Não tendo havido partilhas, os herdeiros, caso sejam conhecidos, e se está pendente

inventário.

4 – No caso da alínea a) do número anterior será mandado citar cada um dos herdeiros para pagar o

que proporcionalmente lhe competir na dívida exequenda e, no da alínea b), citar-se-á,

respectivamente, consoante esteja ou não a correr inventário, o cabeça-de-casal ou qualquer dos

herdeiros para pagar toda a dívida sob cominação de penhora em quaisquer bens da herança, fazendo-

se a citação dos herdeiros incertos por editais.

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101

Artigo 156º

Falência do executado

Se o funcionário ou a pessoa que deva realizar o acto verificarem que o executado foi declarado em

estado de falência, o órgão da execução fiscal ordenará que a citação se faça na pessoa do liquidatário

judicial.

Artigo 157º

Reversão contra terceiros adquirentes de bens

1 – Na falta ou insuficiência de bens do originário devedor ou dos seus sucessores e se se tratar de

dívida com direito de sequela sobre bens que se tenham transmitido a terceiros, contra estes reverterá

a execução, salvo se a transmissão se tiver realizado por venda em processo a que a Fazenda Pública

devesse ser chamada a deduzir os seus direitos.

2 – Os terceiros só respondem pelo imposto relativo aos bens transmitidos e apenas estes podem ser

penhorados na execução, a não ser que aqueles nomeiem outros bens em sua substituição e o órgão da

execução fiscal considere não haver prejuízo.

Artigo 158º

Reversão contra possuidores

1 – Se, nos impostos sobre a propriedade mobiliária ou imobiliária, se verificar que a dívida liquidada

em nome do actual possuidor, fruidor ou proprietário dos bens respeita a um período anterior ao início

dessa posse, fruição ou propriedade, a execução reverterá, nos termos da lei, contra o antigo

possuidor, fruidor ou proprietário.

2 – Se, nas execuções referidas no número anterior, se verificar que os títulos de cobrança foram

processados em nome do antigo possuidor, fruidor ou proprietário, o funcionário ou outra pessoa que

deva realizar a citação informará quem foi o possuidor, fruidor ou proprietário dos bens durante o

período a que respeita a dívida exequenda, para que o órgão da execução fiscal o mande citar, se for

caso disso, segundo as leis tributárias.

Artigo 159º

Reversão no caso de substituição tributária

No caso de substituição tributária e na falta ou insuficiência de bens do devedor, a execução reverterá

contra os responsáveis subsidiários.

Artigo 160º

Reversão no caso de pluralidade de responsáveis subsidiários

1 – Quando a execução reverta contra responsáveis subsidiários, o órgão da execução fiscal mandá-

los-á citar todos, depois de obtida informação no processo sobre as quantias por que respondem.

2 – A falta de citação de qualquer dos responsáveis não prejudica o andamento da execução contra os

restantes.

3 – Se o pagamento não for efectuado dentro do prazo ou decaírem na oposição deduzida, os

responsáveis subsidiários suportarão, além das custas a que tenham dado causa, as que forem devidas

pelos originários devedores.

Artigo 161º

Reversão da execução contra funcionários

1 – Os funcionários que intervierem no processo ficarão subsidiariamente responsáveis, pela

importância das dívidas que não puderam ser cobradas, por qualquer dos seguintes actos, desde que

dolosamente praticados:

a) Quando, por terem dado causa à instauração tardia da execução, por passarem mandado para

penhora fora do prazo legal ou por não o terem cumprido atempadamente, não forem

encontrados bens suficientes ao executado ou aos responsáveis;

b) Quando, sendo conhecidos bens penhoráveis, lavrarem auto de diligência a testar a sua

inexistência;

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c) Quando possibilitem um novo estado de insolvência por não informarem nas execuções

declaradas em falhas que os devedores ou responsáveis adquiriram posteriormente bens

penhoráveis.

2 – A responsabilidade subsidiária do funcionário só poderá ser exercida após condenação em

processo disciplinar pelos factos referidos no número anterior.

SECÇÃO IV

Dos títulos executivos

Artigo 162º

Espécies de títulos executivos

Só podem servir de base à execução fiscal os seguintes títulos executivos:

a) Certidão extraída do título de cobrança relativa a tributos e outras receitas do Estado;

b) Certidão de decisão exequível proferida em processo de aplicação das coimas;

c) Certidão do acto administrativo que determina a dívida a ser paga;

d) Qualquer outro título a que, por lei especial, seja atribuída força executiva.

Artigo 163º

Requisitos dos títulos executivos

1 - São requisitos essenciais dos títulos executivos:

a) Menção da entidade emissora ou promotora da execução;

b) Assinatura da entidade emissora ou promotora da execução, por chancela nos termos do

presente Código ou, preferencialmente, através de aposição de assinatura electrónica

avançada;

c) Data em que foi emitido;

d) Nome e domicílio do ou dos devedores;

e) Natureza e proveniência da dívida e indicação do seu montante.

2 – No título executivo deve ainda indicar-se a data a partir da qual são devidos juros de mora e a

importância sobre que incidem, devendo, na sua falta, esta indicação ser solicitada à entidade

competente.

3 - Os títulos executivos são emitidos por via electrónica e, quando provenientes de entidades

externas, devem, preferencialmente, ser entregues à administração tributária por transmissão

electrónica de dados, valendo nesse caso como assinatura a certificação de acesso.

4 - A aposição da assinatura electrónica avançada deve ser realizada de acordo com os requisitos

legais e regulamentares exigíveis pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado - Infra-Estrutura

de Chaves Públicas.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 163º

Requisitos dos títulos executivos

1 - São requisitos essenciais dos títulos executivos:

a) Menção da entidade emissora ou promotora da execução;

b) Assinatura da entidade emissora ou promotora da execução, por chancela nos termos do

presente Código ou, preferencialmente, através de aposição de assinatura electrónica

qualificada;

c) Data em que foi emitido;

d) Nome e domicílio do ou dos devedores;

e) Natureza e proveniência da dívida e indicação, por extenso, do seu montante.

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2 – No título executivo deve ainda indicar-se a data a partir da qual são devidos juros de mora e a

importância sobre que incidem, devendo, na sua falta, esta indicação ser solicitada à entidade

competente.

3 - Os títulos executivos são emitidos por via electrónica e, quando provenientes de entidades

externas, devem, preferencialmente, ser entregues à administração tributária por transmissão

electrónica de dados, valendo nesse caso como assinatura a certificação de acesso.

4 - A aposição da assinatura electrónica qualificada deve ser realizada de acordo com os requisitos

legais e regulamentares exigíveis pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado - Infra-

Estrutura de Chaves Públicas.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 163º

Requisitos dos títulos executivos

1 – Carece de força executiva, devendo ser devolvido à entidade que o tiver extraído ou remetido, o

título a que falte algum dos seguintes requisitos:

a) Menção da entidade emissora ou promotora da execução;

b) Assinatura da entidade emissora ou promotora da execução, que pode ser efectuada por

chancela nos termos do presente Código;

c)Data em que foi emitido;

d) Nome e domicílio do ou dos devedores;

e) Natureza e proveniência da dívida e indicação, por extenso, do seu montante.

2 – No título executivo deve ainda indicar-se a data a partir da qual são devidos juros de mora e a

importância sobre que incidem, devendo, na sua falta, esta indicação ser solicitada à entidade

competente.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 163º

Requisitos dos títulos executivos

1 – Carece de força executiva, devendo ser devolvido à entidade que o tiver extraído ou remetido, o

título a que falte algum dos seguintes requisitos:

a) Menção da entidade emissora ou promotora da execução e respectiva assinatura, que

poderá ser efectuada por chancela nos termos do presente Código;

b) Data em que foi emitido;

c) Nome e domicílio do ou dos devedores;

d) Natureza e proveniência da dívida e indicação, por extenso, do seu montante.

2 – No título executivo deve ainda indicar-se a data a partir da qual são devidos juros de mora e a

importância sobre que incidem, devendo, na sua falta, esta indicação ser solicitada à entidade

competente.

Artigo 164º

Elementos que acompanham o título executivo

A entidade promotora da execução pode juntar ao título executivo, se o entender necessário, uma nota

de que conste o resumo da situação que serviu de base à instauração do processo.

SECÇÃO V

Das nulidades processuais

Artigo 165º

Nulidades. Regime

1 – São nulidades insanáveis em processo de execução fiscal:

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a) A falta de citação, quando possa prejudicar a defesa do interessado;

b) A falta de requisitos essenciais do título executivo, quando não puder ser suprida por prova

documental.

2 – As nulidades dos actos têm por efeito a anulação dos termos subsequentes do processo que deles

dependam absolutamente, aproveitando-se as peças úteis ao apuramento dos factos.

3 – Se o respectivo representante tiver sido citado, a nulidade por falta de citação do inabilitado por

prodigalidade só invalidará os actos posteriores à penhora.

4 – As nulidades mencionadas são de conhecimento oficioso e podem ser arguidas até ao trânsito em

julgado da decisão final.

SECÇÃO VI

Dos incidentes e impugnações

Artigo 166º

Incidentes da instância e impugnações

1 – São admitidos no processo de execução fiscal os seguintes incidentes:

a) Embargos de terceiros;

b) Habilitação de herdeiros;

c) Apoio judiciário.

2 – À impugnação da genuinidade de qualquer documento aplica-se o disposto no n.º 4 do artigo 115º.

Artigo 167º

Incidente de embargos de terceiros

O incidente dos embargos de terceiros, quando não forem liminarmente indeferidos na parte que não

estiver regulada no presente Código, rege-se pelas disposições aplicáveis à oposição à execução.

Artigo 168º

Incidente de habilitação de herdeiros

1 - No caso de falecimento do executado, será informado no processo quem são os herdeiros, nos

termos do n.º 3 do artigo 155º.

2 - O disposto no número anterior aplica-se à habilitação das sucessões do embargante e do credor

reclamante de créditos.

SECÇÃO VII

Da suspensão, interrupção e extinção do processo

Artigo 169º

Suspensão da execução. Garantias

1 – A execução fica suspensa até à decisão do pleito em caso de reclamação graciosa, a impugnação

judicial ou recurso judicial que tenham por objecto a legalidade da dívida exequenda, bem como

durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º

90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de correcção de lucros

entre empresas associadas de diferentes Estados membros, desde que tenha sido constituída garantia

nos termos do artigo 195.º ou prestada nos termos do artigo 199.º ou a penhora garanta a totalidade da

quantia exequenda e do acrescido, o que será informado no processo pelo funcionário competente.

2 - A execução fica igualmente suspensa, desde que, após o termo do prazo de pagamento voluntário,

seja prestada garantia antes da apresentação do meio gracioso ou judicial correspondente,

acompanhada de requerimento em que conste a natureza da dívida, o período a que respeita e a

entidade que praticou o acto, bem como a indicação da intenção de apresentar meio gracioso ou

judicial para discussão da legalidade ou da exigibilidade da dívida exequenda.

3 - O requerimento a que se refere o número anterior dá início a um procedimento, que é extinto se, no

prazo legal, não for apresentado o correspondente meio processual e comunicado esse facto ao órgão

competente para a execução.

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4 - Extinto o procedimento referido no número anterior, aplica-se o disposto no n.º 2 do artigo 200.º

5 - A execução fica ainda suspensa até à decisão que venha a ser proferida no âmbito dos

procedimentos a que se referem os artigos 90.º e 90.º-A.

6 - Se não houver garantia constituída ou prestada, nem penhora, ou os bens penhorados não

garantirem a dívida exequenda e acrescido, é disponibilizado no portal das finanças na Internet,

mediante acesso restrito ao executado, ou através do órgão da execução fiscal, a informação relativa

aos montantes da dívida exequenda e acrescido, bem como da garantia a prestar, apenas se

suspendendo a execução quando da sua efectiva prestação.

7 - Caso no prazo de 15 dias, a contar da apresentação de qualquer dos meios de reacção previstos

neste artigo, não tenha sido apresentada garantia idónea ou requerida a sua dispensa, procede-se de

imediato à penhora.

8 - Quando a garantia constituída nos termos do artigo 195.º, ou prestada nos termos do artigo 199.º,

se tornar insuficiente é ordenada a notificação do executado dessa insuficiência e da obrigação de

reforço ou prestação de nova garantia idónea no prazo de 15 dias, sob pena de ser levantada a

suspensão da execução.

9- O executado que não der conhecimento da existência de processo que justifique a suspensão da

execução responderá pelas custas relativas ao processado posterior à penhora.

10 - Se for apresentada oposição à execução, aplica-se o disposto nos n.os 1 a 7.

11 – O disposto no presente artigo não se aplica às dívidas de recursos próprios comunitários.

12 - Considera-se que têm a situação tributária regularizada os contribuintes que obtenham a

suspensão do processo de execução fiscal nos termos do presente artigo, sem prejuízo do disposto

quanto à dispensa de garantia.

13 - O valor da garantia é o que consta da citação, nos casos em que seja apresentada nos 30 dias

posteriores à citação.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 169º

Suspensão da execução. Garantias

1 – A execução fica suspensa até à decisão do pleito em caso de reclamação graciosa, a impugnação

judicial ou recurso judicial que tenham por objecto a legalidade da dívida exequenda, bem como

durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º

90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de correcção de

lucros entre empresas associadas de diferentes Estados membros, desde que tenha sido constituída

garantia nos termos do artigo 195.º ou prestada nos termos do artigo 199.º ou a penhora garanta a

totalidade da quantia exequenda e do acrescido, o que será informado no processo pelo funcionário

competente.

2 - A execução fica igualmente suspensa, desde que, após o termo do prazo de pagamento voluntário,

seja prestada garantia antes da apresentação do meio gracioso ou judicial correspondente,

acompanhada de requerimento em que conste a natureza da dívida, o período a que respeita e a

entidade que praticou o acto, bem como a indicação da intenção de apresentar meio gracioso ou

judicial para discussão da legalidade ou da exigibilidade da dívida exequenda.

3 - O requerimento a que se refere o número anterior dá início a um procedimento, que é extinto se,

no prazo legal, não for apresentado o correspondente meio processual e comunicado esse facto ao

órgão competente para a execução.

4 - Extinto o procedimento referido no número anterior, aplica-se o disposto no n.º 2 do artigo 200.º

5 - A execução fica ainda suspensa até à decisão que venha a ser proferida no âmbito dos

procedimentos a que se referem os artigos 90.º e 90.º-A.

6 - Se não houver garantia constituída ou prestada, nem penhora, ou os bens penhorados não

garantirem a dívida exequenda e acrescido, é disponibilizado no portal das finanças na Internet,

mediante acesso restrito ao executado, ou através do órgão da execução fiscal, a informação relativa

aos montantes da dívida exequenda e acrescido, bem como da garantia a prestar, apenas se

suspendendo a execução quando da sua efectiva prestação.

7 - Caso no prazo de 15 dias, a contar da apresentação de qualquer dos meios de reacção previstos

neste artigo, não tenha sido apresentada garantia idónea ou requerida a sua dispensa, procede-se de

imediato à penhora.

8 - Quando a garantia constituída nos termos do artigo 195.º, ou prestada nos termos do artigo 199.º,

se tornar insuficiente é ordenada a notificação do executado dessa insuficiência e da obrigação de

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reforço ou prestação de nova garantia idónea no prazo de 15 dias, sob pena de ser levantada a

suspensão da execução.

9- O executado que não der conhecimento da existência de processo que justifique a suspensão da

execução responderá pelas custas relativas ao processado posterior à penhora.

10 - Se for apresentada oposição à execução, aplica-se o disposto nos n.os 1 a 7.

11 – O disposto no presente artigo não se aplica às dívidas de recursos próprios comunitários.

12 - Considera-se que têm a situação tributária regularizada os contribuintes que obtenham a

suspensão do processo de execução fiscal nos termos do presente artigo, sem prejuízo do disposto

quanto à dispensa de garantia.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

(Nota:

- De acordo com o artigo 154.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, a alteração efectuada no

presente artigo têm aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem

pendentes a partir da entrada em vigor da presente lei.)

Artigo 169º

Suspensão da execução. Garantias

1 – A execução fica suspensa até à decisão do pleito em caso de reclamação graciosa, a impugnação

judicial ou recurso judicial que tenham por objecto a legalidade da dívida exequenda, bem como

durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º

90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de correcção de

lucros entre empresas associadas de diferentes Estados membros, desde que tenha sido constituída

garantia nos termos do artigo 195.º ou prestada nos termos do artigo 199.º ou a penhora garanta a

totalidade da quantia exequenda e do acrescido, o que será informado no processo pelo funcionário

competente.

2 - A execução fica igualmente suspensa, desde que, após o termo do prazo de pagamento voluntário,

seja prestada garantia antes da apresentação do meio gracioso ou judicial correspondente,

acompanhada de requerimento em que conste a natureza da dívida, o período a que respeita e a

entidade que praticou o acto, bem como a indicação da intenção de apresentar meio gracioso ou

judicial para discussão da legalidade ou da exigibilidade da dívida exequenda.

3 - O requerimento a que se refere o número anterior dá início a um procedimento, que é extinto se,

no prazo legal, não for apresentado o correspondente meio processual e comunicado esse facto ao

órgão competente para a execução.

4 - Extinto o procedimento referido no número anterior, aplica-se o disposto no n.º 2 do artigo 200.º

5 - A execução fica ainda suspensa até à decisão que venha a ser proferida no âmbito dos

procedimentos a que se referem os artigos 90.º e 90.º-A.

6 - Se não houver garantia constituída ou prestada, nem penhora, ou os bens penhorados não

garantirem a dívida exequenda e acrescido, é ordenada a notificação do executado para prestar a

garantia referida no n.º 1 dentro do prazo de 15 dias.

7 - Se a garantia não for prestada nos termos do número anterior procede-se de imediato à penhora.

8 - O executado que não der conhecimento da existência de processo que justifique a suspensão da

execução responderá pelas custas relativas ao processado posterior à penhora.

9 - Se for apresentada oposição à execução, aplica-se o disposto nos n.os 1 a 7.

10 – O disposto no presente artigo não se aplica às dívidas de recursos próprios comunitários.

11 - Considera-se que têm a situação tributária regularizada os contribuintes que obtenham a

suspensão do processo de execução fiscal nos termos do presente artigo, sem prejuízo do disposto

quanto à dispensa de garantia.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 169º

Suspensão da execução. Garantias

1 – A execução fica suspensa até à decisão do pleito em caso de reclamação graciosa, a impugnação

judicial ou recurso judicial que tenham por objecto a legalidade da dívida exequenda, bem como

durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º

Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

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90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de correcção de

lucros entre empresas associadas de diferentes Estados membros, desde que tenha sido constituída

garantia nos termos do artigo 195.º ou prestada nos termos do artigo 199.º ou a penhora garanta a

totalidade da quantia exequenda e do acrescido, o que será informado no processo pelo funcionário

competente.

2 – Se não houver garantia constituída ou prestada, nem penhora, ou os bens penhorados não

garantirem a dívida exequenda e acrescido, será ordenada a notificação do executado para prestar a

garantia referida no número anterior dentro do prazo de 15 dias.

3 – Se a garantia não for prestada nos termos do número anterior, proceder-se-á de imediato à

penhora.

4 – O executado que não der conhecimento da existência de processo que justifique a suspensão da

execução responderá pelas custas relativas ao processado posterior à penhora.

5 – Se for recebida a oposição à execução, aplicar-se-á o disposto nos n.ºs 1, 2 e 3.

6 – O disposto no presente artigo não se aplica às dívidas de recursos próprios comunitários.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 169º

Suspensão da execução. Garantias

1 – A execução ficará suspensa até à decisão do pleito em caso de reclamação graciosa, a

impugnação judicial ou recurso judicial que tenham por objecto a legalidade da dívida exequenda

desde que tenha sido constituída garantia nos termos do artigo 195º ou prestada nos termos do artigo

199º ou a penhora garanta a totalidade da quantia exequenda e do acrescido, o que será informado

no processo pelo funcionário competente.

2 – Se não houver garantia constituída ou prestada, nem penhora, ou os bens penhorados não

garantirem a dívida exequenda e acrescido, será ordenada a notificação do executado para prestar a

garantia referida no número anterior dentro do prazo de 15 dias.

3 – Se a garantia não for prestada nos termos do número anterior, proceder-se-á de imediato à

penhora.

4 – O executado que não der conhecimento da existência de processo que justifique a suspensão da

execução responderá pelas custas relativas ao processado posterior à penhora.

5 – Se for recebida a oposição à execução, aplicar-se-á o disposto nos n.ºs 1, 2 e 3.

6 – O disposto no presente artigo não se aplica às dívidas de recursos próprios comunitários.

Artigo 170º

Dispensa da prestação de garantia

1 – Quando a garantia possa ser dispensada nos termos previstos na lei, deve o executado requerer a

dispensa ao órgão da execução fiscal no prazo de 15 dias a contar da apresentação de meio de reacção

previsto no artigo anterior.

2 – Caso o fundamento da dispensa da garantia seja superveniente ao termo daquele prazo, deve a

dispensa ser requerida no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

3 – O pedido a dirigir ao órgão da execução fiscal deve ser fundamentado de facto e de direito e

instruído com a prova documental necessária.

4 – O pedido de dispensa de garantia será resolvido no prazo de 10 dias após a sua apresentação.

5 – Revogado.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 170º

Dispensa da prestação de garantia

1 – Quando a garantia possa ser dispensada nos termos previstos na lei, deve o executado requerer a

dispensa ao órgão da execução fiscal no prazo de 15 dias a contar da apresentação de meio de

reacção previsto no artigo anterior.

2 – Caso o fundamento da dispensa da garantia seja superveniente ao termo daquele prazo, deve a

dispensa ser requerida no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

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3 – O pedido a dirigir ao órgão da execução fiscal deve ser fundamentado de facto e de direito e

instruído com a prova documental necessária.

4 – O pedido de dispensa de garantia será resolvido no prazo de 10 dias após a sua apresentação.

5 – A competência para decidir nos termos do presente artigo é do órgão da execução fiscal, exceto

quando o valor da dívida exequenda for superior a 500 unidades de conta, caso em que essa

competência é do órgão periférico regional, que pode proceder à sua delegação em funcionário

qualificado.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 170º

Dispensa da prestação de garantia

1 - Quando a garantia possa ser dispensada nos termos previstos na lei, deve o executado requerer a

dispensa ao órgão da execução fiscal no prazo de 15 dias a contar da apresentação de meio de

reacção previsto no artigo anterior.

2 – Caso o fundamento da dispensa da garantia seja superveniente ao termo daquele prazo, deve a

dispensa ser requerida no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

3 – O pedido a dirigir ao órgão da execução fiscal deve ser fundamentado de facto e de direito e

instruído com a prova documental necessária.

4 – O pedido de dispensa de garantia será resolvido no prazo de 10 dias após a sua apresentação.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 170º

Dispensa da prestação de garantia

1 – Quando a garantia possa ser dispensada nos termos previstos na lei, deve o executado requerer a

dispensa ao órgão da execução fiscal no prazo referido no n.º 2 do artigo anterior.

2 – Caso o fundamento da dispensa da garantia seja superveniente ao termo daquele prazo, deve a

dispensa ser requerida no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

3 – O pedido a dirigir ao órgão da execução fiscal deve ser fundamentado de facto e de direito e

instruído com a prova documental necessária.

4 – O pedido de dispensa de garantia será resolvido no prazo de 10 dias após a sua apresentação.

Artigo 171º

Indemnização em caso de garantia indevida

1 – A indemnização em caso de garantia bancária ou equivalente indevidamente prestada será

requerida no processo em que seja controvertida a legalidade da dívida exequenda.

2 – A indemnização deve ser solicitada na reclamação, impugnação ou recurso ou em caso de o seu

fundamento ser superveniente no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

Artigo 172º

Suspensão da execução em virtude de acção judicial sobre os bens penhorados

A acção judicial que tenha por objecto a propriedade ou posse dos bens penhorados suspende a

execução quanto a esses bens, sem prejuízo de continuar noutros bens.

Artigo 173º

Suspensão da execução no órgão da execução fiscal deprecado

A suspensão da execução poderá decretar-se no órgão da execução fiscal deprecado, se este dispuser

dos elementos necessários e aí puder ser efectuada a penhora.

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Artigo 174º

Impossibilidade da deserção

1 – A interrupção do processo de execução fiscal nunca dá causa à deserção.

2 – O executado será notificado quando a execução prossiga a requerimento do sub-rogado.

Artigo 175º

Prescrição ou duplicação de colecta

A prescrição ou duplicação da colecta serão reconhecidas oficiosamente pelo juiz se o órgão da

execução fiscal que anteriormente tenha intervindo o não tiver feito.

Artigo 176º

Extinção do processo

1 – O processo de execução fiscal extingue-se:

a) Por pagamento da quantia exequenda e do acrescido;

b) Por anulação da dívida ou do processo;

c) Por qualquer outra forma prevista na lei.

2 – Nas execuções por coimas ou outras sanções pecuniárias o processo executivo extingue-se

também:

a) Por morte do infractor;

b) Por amnistia da contra-ordenação;

c) Pela prescrição das coimas e sanções acessórias;

d) Pela anulação da decisão condenatória em processo de revisão.

3 – O disposto na alínea a) do n.º 1 não prejudica o controlo jurisdicional da atividade do órgão de

execução fiscal, nos termos legais, caso se mantenha a utilidade da apreciação da lide.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 176º

Extinção do processo

1 – O processo de execução fiscal extingue-se:

a) Por pagamento da quantia exequenda e do acrescido;

b) Por anulação da dívida ou do processo;

c) Por qualquer outra forma prevista na lei.

2 – Nas execuções por coimas ou outras sanções pecuniárias o processo executivo extingue-se

também:

a) Por morte do infractor;

b) Por amnistia da contra-ordenação;

c) Pela prescrição das coimas e sanções acessórias;

d) Pela anulação da decisão condenatória em processo de revisão.

Artigo 177º

Prazo de extinção da execução

A extinção da execução verificar-se-á dentro de um ano contado da instauração, salvo causas

insuperáveis, devidamente justificadas.

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Artigo 177.º-A

Situação tributária regularizada

1 - Considera-se que o contribuinte tem a situação tributária regularizada quando se verifique um dos

seguintes requisitos:

a) Não seja devedor de quaisquer impostos ou outras prestações tributárias e respetivos juros;

b) Esteja autorizado ao pagamento da dívida em prestações, desde que exista garantia constituída, nos

termos legais;

c) Tenha pendente meio de contencioso adequado à discussão da legalidade ou exigibilidade da dívida

exequenda e o processo de execução fiscal tenha garantia constituída, nos termos legais;

d) Tenha a execução fiscal suspensa, nos termos do n.º 2 do artigo 169.º, havendo garantia constituída,

nos termos legais.

2 - À constituição de garantia é equiparada, para estes efeitos, a sua dispensa e a sua caducidade.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 177.º-A

Situação tributária regularizada

1 - Considera-se que o contribuinte tem a situação tributária regularizada quando se verifique um

dos seguintes requisitos:

a) Não seja devedor de quaisquer impostos ou outras prestações tributárias e respetivos juros;

b) Esteja autorizado ao pagamento da dívida em prestações, desde que exista garantia constituída,

nos termos legais;

c) Tenha pendente meio de contencioso adequado à discussão da legalidade da dívida exequenda e o

processo de execução fiscal tenha garantia constituída, nos termos legais;

d) Tenha a execução fiscal suspensa, nos termos do n.º 2 do artigo 169.º, havendo garantia

constituída, nos termos legais.

2 - À constituição de garantia é equiparada, para estes efeitos, a sua dispensa e a sua caducidade.

(Aditado pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 177.º-B

Efeitos de não regularização da situação tributária

Sem prejuízo do disposto noutras disposições legais, aos contribuintes que não tenham a sua situação

tributária regularizada é vedado:

a) Celebrar contratos de fornecimentos, empreitadas de obras públicas ou aquisição de serviços e bens

com o Estado, regiões autónomas, institutos públicos, autarquias locais e instituições particulares de

solidariedade social maioritariamente financiadas pelo Orçamento do Estado, bem como renovar o

prazo dos contratos já existentes;

b) Concorrer à concessão de serviços públicos;

c) Fazer cotar em bolsa de valores os títulos representativos do seu capital social;

d) Lançar ofertas públicas de venda do seu capital ou alienar em subscrição pública títulos de

participação, obrigações ou ações;

e) Beneficiar dos apoios de fundos europeus estruturais e de investimento e públicos;

f) Distribuir lucros do exercício ou fazer adiantamentos sobre lucros no decurso do exercício.

(Aditado pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 177.º-C

Comprovação de situação tributária

A comprovação da situação tributária apenas pode ser efetuada mediante a prestação de

consentimento do próprio sujeito passivo a que se refere o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 114/2007, de

19 de abril, quando diga respeito às seguintes pessoas:

a) As que participem nos procedimentos administrativos referidos no Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19

de abril;

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111

b) Os sujeitos passivos abrangidos pela obrigação prevista no n.º 10 do artigo 19.º da LGT.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 36/2016, de 1 de Julho, com início de vigência a 2 de Julho de

2016)

Artigo 177.º-C

Comprovação de situação tributária

A comprovação da situação tributária apenas pode ser efetuada mediante a prestação de

consentimento do próprio sujeito passivo a que se refere o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 114/2007, de

19 de abril, quando diga respeito às seguintes pessoas:

a) As que participem nos procedimentos administrativos referidos no Decreto-Lei n.º 114/2007, de 19

de abril;

b) Os sujeitos passivos abrangidos pela obrigação prevista no n.º 9 do artigo 19.º da LGT.

(Aditado pela Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

CAPÍTULO II

Do processo

SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 178º

Coligação de exequentes

1 – A administração tributária pode coligar-se, em processo de execução, às instituições do sistema de

solidariedade e segurança social.

2 – A coligação é decidida pelos membros do Governo competentes ou por aqueles em quem estes

delegarem.

3 – O processo de execução é instaurado e instruído pelo maior credor.

Artigo 179º

Apensação de execuções

1 – Correndo contra o mesmo executado várias execuções, nos termos deste Código, serão apensadas,

oficiosamente ou a requerimento dele, quando se encontrarem na mesma fase.

2 – A apensação será feita à mais adiantada dessas execuções.

3 – A apensação não se fará quando possa prejudicar o cumprimento de formalidades especiais ou, por

qualquer outro motivo, possa comprometer a eficácia da execução.

4 – Proceder-se-á à desapensação sempre que, em relação a qualquer das execuções apensadas, se

verifiquem circunstâncias de que possa resultar prejuízo para o andamento das restantes.

Artigo 180º

Efeito do processo de recuperação da empresa e de falência na execução fiscal

1 – Proferido o despacho judicial de prosseguimento da acção de recuperação da empresa ou

declarada falência, serão sustados os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes e todos

os que de novo vierem a ser instaurados contra a mesma empresa, logo após a sua instauração.

2 – O tribunal judicial competente avocará os processos de execução fiscal pendentes, os quais serão

apensados ao processo de recuperação ou ao processo de falência, onde o Ministério Público

reclamará o pagamento dos respectivos créditos pelos meios aí previstos, se não estiver constituído

mandatário especial.

3 – Os processos de execução fiscal, antes de remetidos ao tribunal judicial, serão contados, fazendo-

se neles o cálculo dos juros de mora devidos.

4 – Os processos de execução fiscal avocados serão devolvidos no prazo de 8 dias, quando cesse o

processo de recuperação ou logo que finde o de falência.

5 – Se a empresa, o falido ou os responsáveis subsidiários vierem a adquirir bens em qualquer altura, o

processo de execução fiscal prossegue para cobrança do que se mostre em dívida à Fazenda Pública,

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112

sem prejuízo das obrigações contraídas por esta no âmbito do processo de recuperação, bem como

sem prejuízo da prescrição.

6 – O disposto neste artigo não se aplica aos créditos vencidos após a declaração de falência ou

despacho de prosseguimento da acção de recuperação da empresa, que seguirão os termos normais até

à extinção da execução.

Artigo 181.º

Deveres tributários do administrador judicial da insolvência

1 - (Revogado.)

2 - No prazo de 10 dias, a contar da notificação da sentença que tiver declarado a insolvência ou da

citação que lhe tenha sido feita em processo de execução fiscal, o administrador da insolvência requer,

sob pena de incorrer em responsabilidade subsidiária, a avocação dos processos em que o insolvente

seja executado ou responsável e que se encontrem pendentes nos órgãos da execução fiscal do seu

domicílio, e daqueles onde tenha bens ou exerça comércio ou indústria, a fim de serem apensados ao

processo de insolvência.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 181º

Deveres tributários do liquidatário judicial da falência

1 - Declarada a insolvência, o administrador da insolvência requer, no prazo de 10 dias a contar da

notificação da sentença, a citação pessoal dos chefes dos serviços periféricos locais da área do

domicílio fiscal do insolvente ou onde possua bens ou onde exista qualquer estabelecimento

comercial ou industrial que lhe pertença, para, no prazo de 15 dias, remeterem certidão das dívidas

do insolvente à Fazenda Pública, aplicando-se o disposto nos n.os 2, 3 e 4 do artigo 80.º

2 - No prazo de 10 dias, a contar da notificação da sentença que tiver declarado a insolvência ou da

citação que lhe tenha sido feita em processo de execução fiscal, o administrador da insolvência

requer, sob pena de incorrer em responsabilidade subsidiária, a avocação dos processos em que o

insolvente seja executado ou responsável e que se encontrem pendentes nos órgãos da execução fiscal

do seu domicílio, e daqueles onde tenha bens ou exerça comércio ou indústria, a fim de serem

apensados ao processo de insolvência.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 181º

Deveres tributários do liquidatário judicial da falência

1 – Declarada a falência, o liquidatário judicial requererá, no prazo de 10 dias a contar da

notificação da sentença, a citação pessoal dos chefes dos serviços periféricos locais da área do

domicílio fiscal do falido ou onde possua bens ou onde exista qualquer estabelecimento comercial ou

industrial que lhe pertença, para, no prazo de 15 dias, remeterem certidão das dívidas do falido à

Fazenda Pública, aplicando-se o disposto nos n.ºs 2, 3 e 4 do artigo 80º do presente Código.

2 – No prazo de 10 dias a contar da notificação da sentença que tiver declarado a falência ou da

citação que lhe tenha sido feita em processo de execução fiscal, requererá o liquidatário judicial, sob

pena de incorrer em responsabilidade subsidiária, a avocação dos processos em que o falido seja

executado ou responsável e que se encontrem pendentes nos órgãos da execução fiscal do seu

domicílio, e daqueles onde tenha bens ou exerça comércio ou indústria, a fim de serem apensados ao

processo de falência.

Artigo 182º

Impossibilidade da declaração de falência

1 – Em processo de execução fiscal não pode ser declarada a falência ou insolvência do executado.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior e da prossecução da execução fiscal contra os

responsáveis solidários ou subsidiários, quando os houver, o órgão da execução fiscal, em caso de

concluir pela inexistência ou fundada insuficiência dos bens penhoráveis do devedor para o

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113

pagamento da dívida exequenda e acrescido, comunicará o facto ao representante do Ministério

Público competente para que apresente o pedido da declaração da falência no tribunal competente,

sem prejuízo da possibilidade de apresentação do pedido por mandatário especial.

Artigo 183º

Garantia. Local da prestação. Levantamento

1 – Se houver lugar a qualquer forma de garantia, esta será prestada junto do tribunal tributário

competente ou do órgão da execução fiscal onde pender o processo respectivo, nos termos

estabelecidos no presente Código.

2 – A garantia poderá ser levantada oficiosamente ou a requerimento de quem a haja prestado, logo

que no processo que a determinou tenha transitado em julgado decisão favorável ao garantido ou haja

pagamento da dívida.

3 – O levantamento pode ser total ou parcial consoante o conteúdo da decisão ou o pagamento

efectuado.

4 – Para o levantamento da garantia não é exigida prova de quitação com a Fazenda Pública.

5 – Se o levantamento for requerido pelos sucessores de quem tenha prestado a caução, deverão estes

provar essa qualidade e que se encontra pago ou assegurado o imposto devido pela transmissão da

quantia ou valores a levantar.

Artigo 183.º-A

Caducidade da garantia em caso de reclamação graciosa

1 - A garantia prestada para suspender o processo de execução fiscal caduca se a reclamação graciosa

não estiver decidida no prazo de um ano a contar da data da sua interposição.

2 - O regime do número anterior não se aplica se o atraso na decisão resultar de motivo imputável ao

reclamante.

3 - A verificação da caducidade cabe ao órgão com competência para decidir a reclamação, mediante

requerimento do interessado, devendo a decisão ser proferida no prazo de 30 dias.

4 - Não sendo a decisão proferida no prazo previsto no n.º 3, considera-se o requerimento tacitamente

deferido.

5 - Em caso de deferimento expresso ou tácito, o órgão da execução fiscal deverá promover, no prazo

de cinco dias, o cancelamento da garantia.

(Aditado pela Lei n.º 40/2008, de 11 de Agosto, entrando em vigor em 1 de Janeiro de 2009)

Artigo 183º-A

Caducidade da garantia

(Revogado pela Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 183º-A

Caducidade da garantia

1 – A garantia prestada para suspender a execução em caso de reclamação graciosa, impugnação

judicial, recurso judicial ou oposição caduca se a reclamação graciosa não estiver decidida no prazo

de um ano a contar da data da sua interposição ou se na impugnação judicial ou na oposição não

tiver sido proferida decisão em 1ª instância no prazo de três anos a contar da data da sua

apresentação.

2 – Os prazos referidos no número anterior são acrescidos em seis meses quando houver recurso a

prova pericial.

3 – O regime do n.º 1 não se aplica quando o atraso resulta de motivo imputável ao reclamante,

impugnante, recorrente ou executado.

4 – A verificação da caducidade cabe ao tribunal tributário de 1ª instância onde estiver pendente a

impugnação, recurso ou oposição, ou, nas situações de reclamação graciosa, ao órgão com

competência para decidir a reclamação, devendo a decisão ser proferida no prazo de 30 dias após

requerimento do interessado.

5 – Não sendo proferida a decisão referida no número anterior no prazo aí previsto, considera-se

tacitamente deferido o requerido.

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114

6 – Em caso de caducidade da garantia, o interessado será indemnizado pelos encargos suportados

com a sua prestação, nos termos e com os limites previstos nos n.ºs 3 e 4 do artigo 53º da lei geral

tributária.

Artigo 183.º-B

Caducidade da garantia por decisão em 1.ª instância

1 - A garantia prestada para suspender o processo de execução fiscal caduca se na ação de

impugnação judicial ou de oposição o garantido obtiver decisão integralmente favorável em 1.ª

instância.

2 - O cancelamento da garantia cabe ao órgão de execução fiscal, oficiosamente, no prazo de 45 dias

após a notificação da decisão a que se refere o número anterior.

(Aditado pela Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2017)

(NOTA: O artigo 231º da Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, dispõe o seguinte:

«Artigo 231.º

Disposição transitória no âmbito do Código de Procedimento e de Processo Tributário

No caso de sentenças proferidas até 31 de dezembro de 2016, o prazo a que se refere o n.º 2 do artigo

183.º-B do CPPT é de 120 dias.»)

Artigo 184º

Registo das execuções fiscais

1 – O registo dos processos será efectuado:

a) Nas relações que acompanham as certidões de dívidas ao Estado ou em livro de modelo a

aprovar;

b) No livro, de modelo a aprovar, de outras execuções ou então nas relações que acompanham

as certidões;

c) No livro, de modelo a aprovar, das cartas precatórias recebidas.

2 – Os registos serão efectuados por ordem numérica e cronológica anual, podendo ser processados

por meios informáticos.

3 – As relações a organizar pelas diversas entidades conterão colunas próprias para a inserção do

número do processo e averbamento de arquivo, tal como consta dos livros de registo.

4 – Os livros terão termo de abertura e de encerramento assinados pelo órgão da execução fiscal, que

também rubricará todas as folhas depois de numeradas, podendo fazê-lo por chancela.

Artigo 185º

Formalidades das diligências

1 - No processo de execução fiscal, as diligências a solicitar a outros tribunais ou autoridades sê-lo-ão

por simples ofício ou por outros meios simplificados previstos na legislação processual civil, salvo

nos seguintes casos, em que se empregará carta precatória:

a) Para citação;

b) Para penhora, que não seja de dinheiro ou outros valores depositados à ordem de qualquer

autoridade nas instituições de crédito;

c) Para cada um dos aludidos actos e termos subsequentes;

d) Para inquirição ou declarações.

2 - No procedimento de execução informatizado, todos os actos e diligências do procedimento são

efectuados pelo titular do órgão competente para a execução fiscal, sem prejuízo da solicitação

referida no número anterior, quando se revele mais eficaz para a cobrança da dívida.

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115

3 - Nos casos referidos no número anterior a administração tributária disponibiliza, por meios

electrónicos, às entidades referidas no n.º 1 e para a prática dos actos nele referidos, todos os

elementos necessários à realização e à confirmação das respectivas diligências.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 185º

Formalidades das diligências

1 - No processo de execução fiscal, as diligências a solicitar a outros tribunais ou autoridades sê-lo-

ão por simples ofício ou por outros meios simplificados previstos na legislação processual civil, salvo

nos seguintes casos, em que se empregará carta precatória:

a) Para citação;

b) Para penhora, que não seja de dinheiro ou outros valores depositados à ordem de

qualquer autoridade nas instituições de crédito;

c) Para cada um dos aludidos actos e termos subsequentes;

d) Para inquirição ou declarações.

2 - No procedimento de execução informatizado, todos os actos e diligências do procedimento são

efectuados pelo titular do órgão competente para a execução fiscal, sem prejuízo da solicitação

referida no número anterior, quando se revele mais eficaz para a cobrança da dívida.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 185º

Formalidades das diligências

No processo de execução fiscal, as diligências a solicitar a outros tribunais ou autoridades sê-lo-ão

por simples ofício ou por outros meios simplificados previstos na legislação processual civil, salvo

nos seguintes casos, em que se empregará carta precatória:

a) Para citação;

b) Para penhora, que não seja de dinheiro ou outros valores depositados à ordem de

qualquer autoridade nas instituições de crédito;

c) Para cada um dos aludidos actos e termos subsequentes;

d) Para inquirição ou declarações.

Artigo 186º

Carta precatória extraída de execução

1 – Na carta precatória extraída de execução que possa ser paga no órgão da execução fiscal

deprecado indicar-se-á a proveniência e montante da dívida a data em que começaram a vencer-se

juros de mora e a importância das custas contadas no órgão da execução fiscal deprecante até à data da

expedição, juntando-se, se for caso disso, cópia da nota referida no presente Código.

2 – A carta só será devolvida depois de contadas as custas.

3 – Poderá não ter lugar o envio de carta precatória se for mais vantajoso para a execução e o órgão da

execução fiscal a ser deprecado fizer parte da área do órgão regional em que se integre o órgão da

execução fiscal deprecante.

4 – Nos casos referidos no n.º 3 as diligências serão efectuadas pelo próprio órgão da execução fiscal

deprecante ou pelo funcionário em quem este, com autorização do órgão periférico regional da

administração tributária, tenha delegado essa competência.

5 - Nos processos informatizados, a emissão da carta precatória, quando a ela haja lugar, resulta de

procedimento electrónico onde fica registado o acto de emissão pelo órgão deprecante e todos os actos

praticados no órgão deprecado, operando este directamente no processo.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

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116

Artigo 186º

Carta precatória extraída de execução

1 – Na carta precatória extraída de execução que possa ser paga no órgão da execução fiscal

deprecado indicar-se-á a proveniência e montante da dívida a data em que começaram a vencer-se

juros de mora e a importância das custas contadas no órgão da execução fiscal deprecante até à data

da expedição, juntando-se, se for caso disso, cópia da nota referida no presente Código.

2 – A carta só será devolvida depois de contadas as custas.

3 – Poderá não ter lugar o envio de carta precatória se for mais vantajoso para a execução e o órgão

da execução fiscal a ser deprecado fizer parte da área do órgão regional em que se integre o órgão

da execução fiscal deprecante.

4 – Nos casos referidos no n.º 3 as diligências serão efectuadas pelo próprio órgão da execução fiscal

deprecante ou pelo funcionário em quem este, com autorização do órgão periférico regional da

administração tributária, tenha delegado essa competência.

Artigo 187º

Carta rogatória

1 – A carta rogatória será acompanhada de uma nota em que se indique a natureza da dívida, o tempo

a que respeita e o facto que a originou.

2 – Quando se levantem dúvidas sobre a expedição de carta rogatória, o órgão da execução fiscal

consultará, nos termos da lei, os serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

SECÇÃO II

Da instauração e citação

Artigo 188º

Instauração e autuação da execução

1 – Instaurada a execução, mediante despacho a lavrar no ou nos respectivos títulos executivos ou em

relação destes, no prazo de 24 horas após o recebimento e efectuado o competente registo, o órgão da

execução fiscal ordenará a citação do executado.

2 – Serão autuadas conjuntamente todas as certidões de dívidas que se encontrem no órgão da

execução fiscal à data da instauração e que tenham sido extraídas contra o mesmo devedor.

3 - Nos processos informatizados, a instauração é efectuada electronicamente, com a emissão do título

executivo, sendo de imediato efectuada a citação.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 188º

Instauração e autuação da execução

1 – Instaurada a execução, mediante despacho a lavrar no ou nos respectivos títulos executivos ou em

relação destes, no prazo de 24 horas após o recebimento e efectuado o competente registo, o órgão

da execução fiscal ordenará a citação do executado.

2 – Serão autuadas conjuntamente todas as certidões de dívidas que se encontrem no órgão da

execução fiscal à data da instauração e que tenham sido extraídas contra o mesmo devedor.

Artigo 189º

Efeitos e função das citações

1 - A citação comunica ao devedor os prazos para oposição à execução e para requerer a dação em

pagamento, e que o pedido de pagamento em prestações pode ser requerido até à marcação da venda.

2 - (Revogado.)

3 - O executado pode, até ao termo do prazo de oposição à execução, requerer a dação em pagamento

nos termos da secção v do presente capítulo.

4 – O pedido de dação em pagamento poderá, no entanto, ser cumulativo com o do pagamento em

prestações, ficando este suspenso até aquele ser decidido pelo ministro ou órgão executivo

competente.

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117

5 – Se os bens oferecidos em dação não forem suficientes para o pagamento da dívida exequenda,

pode o excedente beneficiar do pagamento em prestações nos termos do presente título.

6 - Caso se vençam as prestações, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 200.º, ou logo que notificado

o indeferimento do pedido do pagamento em prestações ou da dação em pagamento, prossegue de

imediato o processo de execução.

7 - (Revogado.)

8 – Nos casos de suspensão da instância, pela pendência de reclamação graciosa, impugnação, recurso

judicial ou oposição sobre o objecto da dívida exequenda, pode o executado, no prazo de 15 dias após

a notificação da decisão neles proferida, requerer o pagamento em prestações ou solicitar a dação em

pagamento.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 189º

Efeitos e função das citações

1 – A citação comunicará ao devedor os prazos para oposição à execução e para requerer o

pagamento em prestações ou a dação em pagamento.

2 – Até ao termo do prazo de oposição à execução pode o executado, se ainda o não tiver feito

anteriormente nos termos das leis tributárias, requerer o pagamento em prestações.

3 – O executado poderá ainda, dentro mesmo do prazo e em alternativa, requerer a dação em

pagamento nos termos da secção V do presente capítulo.

4 – O pedido de dação em pagamento poderá, no entanto, ser cumulativo com o do pagamento em

prestações, ficando este suspenso até aquele ser decidido pelo ministro ou órgão executivo

competente.

5 – Se os bens oferecidos em dação não forem suficientes para o pagamento da dívida exequenda,

pode o excedente beneficiar do pagamento em prestações nos termos do presente título.

6 - Caso se vençam as prestações, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 200.º, ou logo que

notificado o indeferimento do pedido do pagamento em prestações ou da dação em pagamento,

prossegue de imediato o processo de execução.

7 – Se o executado só for citado posteriormente, o prazo referido no n.º 2 conta-se a partir da citação.

8 – Nos casos de suspensão da instância, pela pendência de reclamação graciosa, impugnação,

recurso judicial ou oposição sobre o objecto da dívida exequenda, pode o executado, no prazo de 15

dias após a notificação da decisão neles proferida, requerer o pagamento em prestações ou solicitar

a dação em pagamento.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 189º

Efeitos e função das citações

1 – A citação comunicará ao devedor os prazos para oposição à execução e para requerer o

pagamento em prestações ou a dação em pagamento.

2 – Até ao termo do prazo de oposição à execução pode o executado, se ainda o não tiver feito

anteriormente nos termos das leis tributárias, requerer o pagamento em prestações.

3 – O executado poderá ainda, dentro mesmo do prazo e em alternativa, requerer a dação em

pagamento nos termos da secção V do presente capítulo.

4 – O pedido de dação em pagamento poderá, no entanto, ser cumulativo com o do pagamento em

prestações, ficando este suspenso até aquele ser decidido pelo ministro ou órgão executivo

competente.

5 – Se os bens oferecidos em dação não forem suficientes para o pagamento da dívida exequenda,

pode o excedente beneficiar do pagamento em prestações nos termos do presente título.

6 - Caso se vençam as prestações pelo não pagamento de qualquer delas ou logo que notificado o

indeferimento do pedido do pagamento em prestações ou da dação em pagamento, prossegue de

imediato o processo de execução.

7 – Se o executado só for citado posteriormente, o prazo referido no n.º 2 conta-se a partir da citação.

8 – Nos casos de suspensão da instância, pela pendência de reclamação graciosa, impugnação,

recurso judicial ou oposição sobre o objecto da dívida exequenda, pode o executado, no prazo de 15

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118

dias após a notificação da decisão neles proferida, requerer o pagamento em prestações ou solicitar

a dação em pagamento.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 189º

Efeitos e função das citações

1 – A citação comunicará ao devedor os prazos para oposição à execução e para requerer o

pagamento em prestações ou a dação em pagamento.

2 – Até ao termo do prazo de oposição à execução pode o executado, se ainda o não tiver feito

anteriormente nos termos das leis tributárias, requerer o pagamento em prestações.

3 – O executado poderá ainda, dentro mesmo do prazo e em alternativa, requerer a dação em

pagamento nos termos da secção V do presente capítulo.

4 – O pedido de dação em pagamento poderá, no entanto, ser cumulativo com o do pagamento em

prestações, ficando este suspenso até aquele ser decidido pelo ministro ou órgão executivo

competente.

5 – Se os bens oferecidos em dação não forem suficientes para o pagamento da dívida exequenda,

pode o excedente beneficiar do pagamento em prestações nos termos do presente título.

6 – No caso do indeferimento do pedido ou vencimento das prestações pelo não pagamento de

qualquer delas, será o executado notificado de que prosseguirá o processo de execução.

7 – Se o executado só for citado posteriormente, o prazo referido no n.º 2 conta-se a partir da citação.

8 – Nos casos de suspensão da instância, pela pendência de reclamação graciosa, impugnação,

recurso judicial ou oposição sobre o objecto da dívida exequenda, pode o executado, no prazo de 15

dias após a notificação da decisão neles proferida, requerer o pagamento em prestações ou solicitar

a dação em pagamento.

Artigo 190º

Formalidades das citações

1 – A citação deve conter os elementos previstos nas alíneas a), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 163º do

presente Código ou, em alternativa, ser acompanhada de cópia do título executivo.

2 - A citação é sempre acompanhada da nota indicativa do prazo para oposição, ou para dação em

pagamento, nos termos do presente título, bem como da indicação de que, nos casos referidos no

artigo 169.º e no artigo 52.º da lei geral tributária, a suspensão da execução e a regularização da

situação tributária dependem da efectiva existência de garantia idónea, cujo valor deve constar da

citação, ou em alternativa da obtenção de autorização da sua dispensa.

3 – Quando a citação for por mandado, entregar-se-á ao executado uma nota nos termos do número

anterior, de tudo se lavrando certidão, que será assinada pelo citando e pelo funcionário encarregado

da diligência.

4 – Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não assinar ou a citação não puder realizar-se,

intervirão duas testemunhas, que assinarão se souberem e puderem fazê-lo.

5 – A citação poderá ser feita na pessoa do legal representante do executado, nos termos do Código de

Processo Civil.

6 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, só ocorre falta de citação quando o respectivo

destinatário alegue e demonstre que não chegou a ter conhecimento do acto por motivo que lhe não foi

imputável.

7 - Nos casos de dívidas cobradas no mesmo processo de execução fiscal, os elementos da citação

previstos no n.º 1 podem referir-se à globalidade das dívidas, indicando a sua natureza, o ano ou

período a que se reportam e o seu montante global, considerando-se os executados apenas citados,

nestes casos, no quinto dia posterior à citação efetuada nos termos dos artigos seguintes.

8 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as citações assim efetuadas contêm a referência de

que os elementos relativos a cada uma das dívidas podem ser consultados no Portal das Finanças ou,

no caso de sujeitos passivos não abrangidos pela obrigação prevista no n.º 10 do artigo 19.º da Lei

Geral Tributária ou que não tenham optado por aderir ao serviço de caixa postal eletrónica, e desde

que não possuam senha de acesso ao Portal das Finanças, gratuitamente, junto do órgão de execução

fiscal.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

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Artigo 190º

Formalidades das citações

1 – A citação deve conter os elementos previstos nas alíneas a), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 163º do

presente Código ou, em alternativa, ser acompanhada de cópia do título executivo.

2 - A citação é sempre acompanhada da nota indicativa do prazo para oposição, ou para dação em

pagamento, nos termos do presente título, bem como da indicação de que, nos casos referidos no

artigo 169.º e no artigo 52.º da lei geral tributária, a suspensão da execução e a regularização da

situação tributária dependem da efectiva existência de garantia idónea, cujo valor deve constar da

citação, ou em alternativa da obtenção de autorização da sua dispensa.

3 – Quando a citação for por mandado, entregar-se-á ao executado uma nota nos termos do número

anterior, de tudo se lavrando certidão, que será assinada pelo citando e pelo funcionário

encarregado da diligência.

4 – Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não assinar ou a citação não puder realizar-se,

intervirão duas testemunhas, que assinarão se souberem e puderem fazê-lo.

5 – A citação poderá ser feita na pessoa do legal representante do executado, nos termos do Código

de Processo Civil.

6 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, só ocorre falta de citação quando o respectivo

destinatário alegue e demonstre que não chegou a ter conhecimento do acto por motivo que lhe não

foi imputável.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 190º

Formalidades das citações

1 – A citação deve conter os elementos previstos nas alíneas a), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 163º do

presente Código ou, em alternativa, ser acompanhada de cópia do título executivo.

2 – A citação é sempre acompanhada da nota indicativa do prazo para oposição, para pagamento em

prestações ou dação em pagamento, nos termos do presente título.

3 – Quando a citação for por mandado, entregar-se-á ao executado uma nota nos termos do número

anterior, de tudo se lavrando certidão, que será assinada pelo citando e pelo funcionário

encarregado da diligência.

4 – Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não assinar ou a citação não puder realizar-se,

intervirão duas testemunhas, que assinarão se souberem e puderem fazê-lo.

5 – A citação poderá ser feita na pessoa do legal representante do executado, nos termos do Código

de Processo Civil.

6 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, só ocorre falta de citação quando o respectivo

destinatário alegue e demonstre que não chegou a ter conhecimento do acto por motivo que lhe não

foi imputável.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 190º

Formalidades das citações

1 – A citação será sempre acompanhada de cópia do título executivo e da nota indicativa do prazo

para oposição, para pagamento em prestações ou dação em pagamento nos termos do presente título.

2 – Quando a citação for por mandado, entregar-se-á ao executado uma nota nos termos do número

anterior, de tudo se lavrando certidão, que será assinada pelo citando e pelo funcionário

encarregado da diligência.

3 – Quando, por qualquer motivo, a pessoa citada não assinar ou a citação não puder realizar-se,

intervirão duas testemunhas, que assinarão se souberem e puderem fazê-lo.

4 – A citação poderá ser feita na pessoa do legal representante do executado, nos termos do Código

de Processo Civil.

5 – Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, só ocorre falta de citação quando o respectivo

destinatário alegue e demonstre que não chegou a ter conhecimento do acto por motivo que lhe não

foi imputável.

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120

Artigo 191º

Citações por via postal

1 - Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 500 unidades de conta, a

citação efetua-se, mediante via postal simples, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 - A citação referida no número anterior é feita por via postal registada quando a dívida exequenda

for superior a 50 vezes a unidade de conta.

3 - A citação é pessoal:

a) Nos casos não referidos nos números anteriores;

b) Na efetivação da responsabilidade solidária ou subsidiária;

c) Quando houver necessidade de proceder à venda de bens;

d) Quando o órgão de execução fiscal a considerar mais eficaz para a cobrança da dívida.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efetuadas para o domicílio fiscal eletrónico,

valendo como citação pessoal.

5 - [Revogado.]

6 - As citações efetuadas para o domicílio fiscal eletrónico consideram-se efetuadas no quinto dia

posterior ao registo de disponibilização daquelas no sistema de suporte ao serviço público de

notificações eletrónicas associado à morada única digital ou na caixa postal eletrónica da pessoa a

citar.

7 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo citado quando, por facto que não lhe seja

imputável, a citação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se comprove que o

contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

8 - As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados são sempre autenticadas com a

assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação

Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, da entidade competente.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 93/2017, de 1 de Agosto de 2017, com início de vigência em 1 de

Julho de 2017)

Artigo 191º

Citações por via postal

1 - Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 500 unidades de conta, a

citação efetua-se, mediante via postal simples, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 - A citação referida no número anterior é feita por via postal registada quando a dívida exequenda

for superior a 50 vezes a unidade de conta.

3 - A citação é pessoal:

a) Nos casos não referidos nos números anteriores;

b) Na efetivação da responsabilidade solidária ou subsidiária;

c) Quando houver necessidade de proceder à venda de bens;

d) Quando o órgão de execução fiscal a considerar mais eficaz para a cobrança da dívida.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efetuadas por transmissão eletrónica de dados,

valendo como citação pessoal.

5 - As citações efectuadas nos termos do número anterior consideram-se feitas no momento em que o

destinatário aceda à caixa postal electrónica.

6 - A citação considera-se efetuada no 25.º dia posterior ao seu envio caso o contribuinte não aceda à

caixa postal eletrónica em data anterior.

7 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo citado quando, por facto que não lhe seja

imputável, a citação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se comprove que o

contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

8 - As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados são sempre autenticadas com a

assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação

Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, da entidade competente.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

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121

Artigo 191º

Citações por via postal

1 - Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 500 unidades de conta, a

citação efetua-se, mediante via postal simples, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 - A citação referida no número anterior é feita por via postal registada quando a dívida exequenda

for superior a 50 vezes a unidade de conta.

3 - A citação é pessoal:

a) Nos casos não referidos nos números anteriores;

b) Na efetivação da responsabilidade solidária ou subsidiária;

c) Quando houver necessidade de proceder à venda de bens;

d) Quando o órgão de execução fiscal a considerar mais eficaz para a cobrança da dívida.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efetuadas por transmissão eletrónica de dados,

que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal simples ou registada ou por via postal

registada com aviso de receção, valendo como citação pessoal.

5 - As citações efectuadas nos termos do número anterior consideram-se feitas no momento em que o

destinatário aceda à caixa postal electrónica.

6 - A citação considera-se efetuada no 25.º dia posterior ao seu envio caso o contribuinte não aceda à

caixa postal eletrónica em data anterior.

7 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo citado quando, por facto que não lhe seja

imputável, a citação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se comprove que o

contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

8 - As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados são sempre autenticadas com a

assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação

Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, da entidade competente.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 191º

Citações por via postal

1 – Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 250 unidades de conta, a

citação efectuar-se-á, mediante simples postal, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 – O postal referido no número anterior será registado quando a dívida exequenda for superior a 10

vezes a unidade de conta.

3 - Nos casos não referidos nos números anteriores, bem como nos de efectivação de

responsabilidade subsidiária ou quando houver necessidade de proceder à venda de bens, a citação é

pessoal.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efectuadas por transmissão electrónica de

dados, que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal simples ou registada ou por via

postal registada com aviso de recepção.

5 - As citações efectuadas nos termos do número anterior consideram-se feitas no momento em que o

destinatário aceda à caixa postal electrónica.

6 - A citação considera-se efetuada no 25.º dia posterior ao seu envio caso o contribuinte não aceda à

caixa postal eletrónica em data anterior.

7 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo citado quando, por facto que não lhe seja

imputável, a citação ocorrer em data posterior à presumida e nos casos em que se comprove que o

contribuinte comunicou a alteração daquela nos termos do artigo 43.º

8 - As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados são sempre autenticadas com a

assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação

Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, da entidade competente.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

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Artigo 191º

Citações por via postal

1 – Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 250 unidades de conta, a

citação efectuar-se-á, mediante simples postal, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 – O postal referido no número anterior será registado quando a dívida exequenda for superior a 10

vezes a unidade de conta.

3 - Nos casos não referidos nos números anteriores, bem como nos de efectivação de

responsabilidade subsidiária ou quando houver necessidade de proceder à venda de bens, a citação é

pessoal.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efectuadas por transmissão electrónica de

dados, que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal simples ou registada ou por via

postal registada com aviso de recepção.

5 - As citações efectuadas nos termos do número anterior consideram-se feitas no momento em que o

destinatário aceda à caixa postal electrónica.

6 - Se a citação for efectuada através de transmissão electrónica de dados e esta for equivalente à

efectuada através de carta registada com aviso de recepção, o seu destinatário considera-se citado

caso se confirme o acesso à caixa postal electrónica.

7 - As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados são sempre autenticadas com a

assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação

Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, da entidade competente.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 191º

Citações por via postal

1 – Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 250 unidades de conta, a

citação efectuar-se-á, mediante simples postal, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 – O postal referido no número anterior será registado quando a dívida exequenda for superior a 10

vezes a unidade de conta.

3 – Nos casos não referidos nos números anteriores, bem como nos de efectivação de

responsabilidade subsidiária, a citação será pessoal.

4 - As citações referidas no presente artigo podem ser efectuadas por transmissão electrónica de

dados, que equivalem, consoante os casos, à remessa por via postal simples ou registada ou por via

postal registada com aviso de recepção.

5 - As citações efectuadas nos termos do número anterior consideram-se feitas no momento em que o

destinatário aceda à caixa postal electrónica.

6 - Se a citação for efectuada através de transmissão electrónica de dados e esta for equivalente à

efectuada através de carta registada com aviso de recepção, o seu destinatário considera-se citado

caso se confirme o acesso à caixa postal electrónica.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 191º

Citações por via postal

1 – Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 250 unidades de conta, a

citação efectuar-se-á, mediante simples postal, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 – O postal referido no número anterior será registado quando a dívida exequenda for superior a 10

vezes a unidade de conta.

3 – Nos casos não referidos nos números anteriores, bem como nos de efectivação de

responsabilidade subsidiária, a citação será pessoal.

4 — As citações referidas no presente artigo podem, ainda, ser efectuadas por transmissão

electrónica de dados, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

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123

5 — As citações efectuadas nos termos do número anterior equivalem, consoante os casos, à remessa

por via postal registada ou por via postal registada com aviso de recepção, de acordo com o disposto

no n.º 3 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 290 -D/99, de 2 de Agosto.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 191º

Citações por via postal

1 – Nos processos de execução fiscal cuja quantia exequenda não exceda 250 unidades de conta, a

citação efectuar-se-á, mediante simples postal, aplicando-se-lhe as regras do artigo anterior, com as

necessárias adaptações.

2 – O postal referido no número anterior será registado quando a dívida exequenda for superior a 10

vezes a unidade de conta.

3 – Nos casos não referidos nos números anteriores, bem como nos de efectivação de

responsabilidade subsidiária, a citação será pessoal.

Artigo 192º

Citações pessoal e edital

1 - As citações pessoais são efectuadas nos termos do Código de Processo Civil, sem prejuízo, no que

respeita à citação por transmissão electrónica de dados, do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo anterior.

2 - No caso de a citação pessoal ser efectuada mediante carta registada com aviso de recepção e este

vier devolvido ou não vier assinado o respectivo aviso por o destinatário ter recusado a sua assinatura

ou não ter procedido, no prazo legal, ao levantamento da carta no estabelecimento postal e não se

comprovar que o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio ou sede fiscal, nos termos do

artigo 43.º, é repetida a citação, enviando-se nova carta registada com aviso de recepção ao citando,

advertindo-o da cominação prevista no número seguinte.

3 - A citação considera-se efectuada, nos termos do artigo anterior, na data certificada pelo

distribuidor do serviço postal ou, no caso de ter sido deixado aviso, no 8.º dia posterior a essa data,

presumindo-se que o citando teve conhecimento dos elementos que lhe foram deixados, sem prejuízo

de fazer prova da impossibilidade de comunicação da alteração do seu domicílio ou sede.

4 – Sendo desconhecida a residência, prestada a informação de que o interessado reside em parte

incerta ou devolvida a carta ou postal com a nota de não encontrado, será solicitada, caso o órgão de

execução fiscal assim o entender, confirmação das autoridades policiais ou municipais e efectuada a

citação ou notificação por meio de éditos, nos termos do disposto neste artigo.

5 – O funcionário que verificar os factos previstos no número anterior passará certidão, que fará

assinar pela pessoa de quem tenha recebido a informação respectiva.

6 – Expedida carta precatória para citação e verificada a ausência em parte incerta, compete à entidade

deprecante ordenar a citação edital, se for caso disso.

7 – As citações editais serão feitas por éditos afixados no órgão da execução fiscal da área da última

residência do citando.

8 - Sendo as citações feitas nos termos e local do número anterior, constam dos éditos, conforme o

caso, a natureza dos bens penhorados, o prazo do pagamento e de oposição e a data e o local

designados para a venda, sendo os mesmos afixados à porta da última residência ou sede do citando e

podem ser publicados em dois números seguidos de um dos jornais mais lidos nesse local ou no Portal

das Finanças.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 192º

Citações pessoal e edital

1 - As citações pessoais são efectuadas nos termos do Código de Processo Civil, sem prejuízo, no que

respeita à citação por transmissão electrónica de dados, do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo anterior.

2 - No caso de a citação pessoal ser efectuada mediante carta registada com aviso de recepção e este

vier devolvido ou não vier assinado o respectivo aviso por o destinatário ter recusado a sua

assinatura ou não ter procedido, no prazo legal, ao levantamento da carta no estabelecimento postal

e não se comprovar que o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio ou sede fiscal, nos

Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

124

termos do artigo 43.º, é repetida a citação, enviando-se nova carta registada com aviso de recepção

ao citando, advertindo-o da cominação prevista no número seguinte.

3 - A citação considera-se efectuada, nos termos do artigo anterior, na data certificada pelo

distribuidor do serviço postal ou, no caso de ter sido deixado aviso, no 8.º dia posterior a essa data,

presumindo-se que o citando teve conhecimento dos elementos que lhe foram deixados, sem prejuízo

de fazer prova da impossibilidade de comunicação da alteração do seu domicílio ou sede.

4 – Sendo desconhecida a residência, prestada a informação de que o interessado reside em parte

incerta ou devolvida a carta ou postal com a nota de não encontrado, será solicitada, caso o órgão de

execução fiscal assim o entender, confirmação das autoridades policiais ou municipais e efectuada a

citação ou notificação por meio de éditos, nos termos do disposto neste artigo.

5 – O funcionário que verificar os factos previstos no número anterior passará certidão, que fará

assinar pela pessoa de quem tenha recebido a informação respectiva.

6 – Expedida carta precatória para citação e verificada a ausência em parte incerta, compete à

entidade deprecante ordenar a citação edital, se for caso disso.

7 – As citações editais serão feitas por éditos afixados no órgão da execução fiscal da área da última

residência do citando.

8 – Sendo as citações feitas nos termos e local do número anterior, constarão dos éditos, conforme o

caso, a natureza dos bens penhorados, o prazo do pagamento e de oposição e a data e o local

designados para a venda, sendo os mesmos afixados à porta da última residência ou sede do citando

e publicados em dois números seguidos de um dos jornais mais lidos nesse local ou no da sede ou da

localização dos bens.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 192º

Citações pessoal e edital

1 — As citações pessoais são efectuadas nos termos do Código de Processo Civil, sem prejuízo, no

que respeita à citação por transmissão electrónica de dados, do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo

anterior.

2 – Sendo desconhecida a residência, prestada a informação de que o interessado reside em parte

incerta ou devolvida a carta ou postal com a nota de não encontrado, será solicitada, caso o órgão de

execução fiscal assim o entender, confirmação das autoridades policiais ou municipais e efectuada a

citação ou notificação por meio de éditos, nos termos do disposto neste artigo.

3 – O funcionário que verificar os factos previstos no número anterior passará certidão, que fará

assinar pela pessoa de quem tenha recebido a informação respectiva.

4 – Expedida carta precatória para citação e verificada a ausência em parte incerta, compete à

entidade deprecante ordenar a citação edital, se for caso disso.

5 – As citações editais serão feitas por éditos afixados no órgão da execução fiscal da área da última

residência do citando.

6 – Sendo as citações feitas nos termos e local do número anterior, constarão dos éditos, conforme o

caso, a natureza dos bens penhorados, o prazo do pagamento e de oposição e a data e o local

designados para a venda, sendo os mesmos afixados à porta da última residência ou sede do citando

e publicados em dois números seguidos de um dos jornais mais lidos nesse local ou no da sede ou da

localização dos bens.

7 – Só haverá lugar a citação edital quando for efectuada a penhora dos bens do executado e

continuar a não ser conhecida a sua residência, nos termos dos artigos 193º e 194º.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 192º

Citações pessoal e edital

1 – As citações pessoais serão efectuadas nos termos do Código de Processo Civil.

2 – Sendo desconhecida a residência, prestada a informação de que o interessado reside em parte

incerta ou devolvida a carta ou postal com a nota de não encontrado, será solicitada, caso o órgão de

execução fiscal assim o entender, confirmação das autoridades policiais ou municipais e efectuada a

citação ou notificação por meio de éditos, nos termos do disposto neste artigo.

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125

3 – O funcionário que verificar os factos previstos no número anterior passará certidão, que fará

assinar pela pessoa de quem tenha recebido a informação respectiva.

4 – Expedida carta precatória para citação e verificada a ausência em parte incerta, compete à

entidade deprecante ordenar a citação edital, se for caso disso.

5 – As citações editais serão feitas por éditos afixados no órgão da execução fiscal da área da última

residência do citando.

6 – Sendo as citações feitas nos termos e local do número anterior, constarão dos éditos, conforme o

caso, a natureza dos bens penhorados, o prazo do pagamento e de oposição e a data e o local

designados para a venda, sendo os mesmos afixados à porta da última residência ou sede do citando

e publicados em dois números seguidos de um dos jornais mais lidos nesse local ou no da sede ou da

localização dos bens.

7 – Só haverá lugar a citação edital quando for efectuada a penhora dos bens do executado e

continuar a não ser conhecida a sua residência, nos termos dos artigos 193º e 194º.

Artigo 193º

Penhora e venda em caso de citação por via postal ou transmissão electrónica de dados

1 - Se a citação for efectuada por via postal ou por transmissão electrónica de dados, conforme

previsto no artigo 191.º, e o postal não vier devolvido ou, sendo devolvido, não indicar a nova morada

do executado e ainda em caso de não acesso à caixa postal electrónica, procede-se à penhora.

2 - A realização da venda depende de prévia citação pessoal.

3 – Se não for conhecida a morada do executado, proceder-se-á à citação edital, nos termos do artigo

anterior.

4 – A venda não poderá ter lugar antes de decorridos 30 dias sobre o termo do prazo da oposição à

execução e será comunicada nos termos dos números anteriores.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 193º

Penhora e venda em caso de citação por via postal ou transmissão electrónica de dados

1 - Se a citação for efectuada por via postal ou por transmissão electrónica de dados, conforme

previsto no artigo 191.º, e o postal não vier devolvido ou, sendo devolvido, não indicar a nova

morada do executado e ainda em caso de não acesso à caixa postal electrónica, procede-se à

penhora.

2 – Se, na diligência da penhora, houver possibilidade, citar-se-á o executado pessoalmente, com a

informação de que, se não efectuar o pagamento ou não deduzir oposição no prazo de 30 dias, será

designado dia para a venda.

3 – Se não for conhecida a morada do executado, proceder-se-á à citação edital, nos termos do artigo

anterior.

4 – A venda não poderá ter lugar antes de decorridos 30 dias sobre o termo do prazo da oposição à

execução e será comunicada nos termos dos números anteriores.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 193º

Penhora e venda em caso de citação por postal

1 – Se a citação for efectuada mediante postal nos termos do artigo 191º, se este não vier devolvido

ou, sendo devolvido, não indicar a nova morada do executado, proceder-se-á logo à penhora.

2 – Se, na diligência da penhora, houver possibilidade, citar-se-á o executado pessoalmente, com a

informação de que, se não efectuar o pagamento ou não deduzir oposição no prazo de 30 dias, será

designado dia para a venda.

3 – Se não for conhecida a morada do executado, proceder-se-á à citação edital, nos termos do artigo

anterior.

4 – A venda não poderá ter lugar antes de decorridos 30 dias sobre o termo do prazo da oposição à

execução e será comunicada nos termos dos números anteriores.

Datajuris, Direito e Informática, Lda. ©

126

Artigo 194º

Citação no caso de o citando não ser encontrado

1 - Nas execuções de valor superior a 500 unidades de conta, quando o executado não for encontrado,

o funcionário encarregue de proceder à citação começa por averiguar se é conhecida a atual morada do

executado e se possui bens penhoráveis.

2 – Se ao executado não forem conhecidos bens penhoráveis e não houver responsáveis solidários ou

subsidiários, lavrar-se-á certidão da diligência, a fim de a dívida exequenda ser declarada em falhas,

sem prejuízo de quaisquer averiguações ou diligências posteriores.

3 – Se forem encontrados bens penhoráveis, proceder-se-á logo à penhora, seguindo-se as diligências

previstas nos n.ºs 2 e seguintes do artigo 193º.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 194º

Citação no caso de o citando não ser encontrado

1 – Nas execuções de valor superior a 250 unidades de conta, quando o executado não for

encontrado, o funcionário encarregado da citação começará por averiguar se é conhecida a actual

morada do executado e se possui bens penhoráveis.

2 – Se ao executado não forem conhecidos bens penhoráveis e não houver responsáveis solidários ou

subsidiários, lavrar-se-á certidão da diligência, a fim de a dívida exequenda ser declarada em falhas,

sem prejuízo de quaisquer averiguações ou diligências posteriores.

3 – Se forem encontrados bens penhoráveis, proceder-se-á logo à penhora, seguindo-se as diligências

previstas nos n.ºs 2 e seguintes do artigo 193º.

SECÇÃO III

Garantias especiais

Artigo 195º

Constituição de hipoteca legal ou penhor

1 - Quando o interesse da eficácia da cobrança o torne recomendável, o órgão da execução fiscal pode

constituir hipoteca legal ou penhor.

2 - A hipoteca legal é constituída com o pedido de registo à conservatória competente, que é efectuado

por via electrónica, sempre que possível.

3 - (Revogado.)

4 - Para efeitos do n.º 2, os funcionários do órgão da execução fiscal gozam de prioridade de

atendimento na conservatória em termos idênticos aos dos advogados ou solicitadores.

5 - O penhor constitui-se por via electrónica ou por auto e é notificado ao devedor nos termos

previstos para a citação.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 195º

Constituição de hipoteca legal ou penhor

1 - Quando o interesse da eficácia da cobrança o torne recomendável, o órgão da execução fiscal

pode constituir hipoteca legal ou penhor.

2 - A hipoteca legal é constituída com o pedido de registo à conservatória competente, que é

efectuado por via electrónica, sempre que possível.

3 - (Revogado.)

4 - Para efeitos do n.º 2, os funcionários do órgão da execução fiscal gozam de prioridade de

atendimento na conservatória em termos idênticos aos dos advogados ou solicitadores.

5 – O penhor será constituído por auto lavrado pelo funcionário competente na presença do

executado ou, na ausência deste, perante funcionário com poderes de autoridade pública,

notificando-se, nesse caso, o devedor nos termos previstos para a citação.

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(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 195º

Constituição de hipoteca legal ou penhor

1 – Quando o risco financeiro envolvido o torne recomendável, o órgão da execução fiscal, para

garantia dos créditos tributários, poderá fundamentadamente constituir hipoteca legal ou penhor, de

forma que assegure o pagamento da totalidade da dívida exequenda e acrescido.

2 – O órgão da execução fiscal deverá promover na conservatória competente, a favor da Fazenda

Pública, o registo da hipoteca legal, quando for o caso.

3 – Ao registo servirá de base o acto constitutivo respectivo.

4 – Para efeitos do número anterior, os funcionários do órgão da execução fiscal gozam de

prioridade de atendimento na conservatória em termos idênticos aos dos advogados ou solicitadores.

5 – O penhor será constituído por auto lavrado pelo funcionário competente na presença do

executado ou, na ausência deste, perante funcionário com poderes de autoridade pública,

notificando-se, nesse caso, o devedor nos termos previstos para a citação.

SECÇÃO IV

Do pagamento em prestações

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 - As dívidas exigíveis em processo executivo podem ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, até à marcação da venda, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na fonte

ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado.

3 - É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas no

número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional ou criminal que ao caso

couber, quando:

a) O pagamento em prestações se inclua em plano de recuperação no âmbito de processo de

insolvência ou de processo especial de revitalização, ou em acordo sujeito ao regime extrajudicial de

recuperação de empresas em execução ou em negociação, e decorra do plano ou do acordo, consoante

o caso, a imprescindibilidade da medida, podendo neste caso haver lugar a dispensa da obrigação de

substituição dos administradores ou gerentes, se tal for tido como adequado pela entidade competente

para autorizar o plano; ou

b) Se demonstre a dificuldade financeira excecional e previsíveis consequências económicas gravosas,

não podendo o número das prestações mensais exceder 24 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1

unidade de conta no momento da autorização.

4 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

5 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

6 - Quando, para efeitos de plano de recuperação a aprovar no âmbito de processo de insolvência ou

de processo especial de revitalização, ou de acordo a sujeitar ao regime extrajudicial de recuperação

de empresas do qual a administração tributária seja parte, se demonstre a indispensabilidade da

medida, e ainda quando os riscos inerentes à recuperação dos créditos o tornem recomendável, a

administração tributária pode estabelecer que o regime prestacional seja alargado até ao limite

máximo de 150 prestações, com a observância das condições previstas na parte final do número

anterior.

7 - Quando o executado esteja a cumprir plano de recuperação aprovado no âmbito de processo de

insolvência ou de processo especial de revitalização, ou acordo sujeito ao regime extrajudicial de

recuperação de empresas, e demonstre a indispensabilidade de acordar um plano prestacional relativo

a dívida exigível em processo executivo não incluída no plano ou acordo em execução, mas

respeitante a facto tributário anterior à data de aprovação do plano ou de celebração do acordo, e ainda

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128

quando os riscos inerentes à recuperação dos créditos o tornem recomendável, a administração

tributária pode estabelecer que o regime prestacional seja alargado, até ao limite máximo de 150

prestações, com a observância das condições previstas na parte final do n.º 5.

8– A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a vencer-

se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os quais serão

incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a prestação.

9 - Podem beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que o

seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que obtenham autorização do devedor ou

provem interesse legítimo e prestem, em qualquer circunstância, garantias através dos meios previstos

no n.º 1 do artigo 199.º

10– A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

11 - O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias apresentadas pelo novo devedor

para suspensão da execução fiscal pode determinar a extinção das garantias constituídas e ou

apresentadas pelo antigo devedor.

12 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

13 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 29 de Agosto de 2017)

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 - As dívidas exigíveis em processo executivo podem ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, até à marcação da venda, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na

fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado.

3 - É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional ou criminal que ao caso

couber, quando:

a) Esteja em aplicação plano de recuperação económica legalmente previsto de que decorra a

imprescindibilidade da medida, podendo neste caso, se tal for tido como adequado pela entidade

competente para autorizar o plano, haver lugar a dispensa da obrigação de substituição dos

administradores ou gerentes; ou

b) Se demonstre a dificuldade financeira excecional e previsíveis consequências económicas

gravosas, não podendo o número das prestações mensais exceder 24 e o valor de qualquer delas ser

inferior a 1 unidade de conta no momento da autorização.

4 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

5 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

6 - Quando, no âmbito de plano de recuperação económica legalmente previsto, se demonstre a

indispensabilidade da medida e, ainda, quando os riscos inerentes à recuperação dos créditos o

tornem recomendável, a administração tributária pode estabelecer que o regime prestacional seja

alargado até ao limite máximo de 150 prestações, com a observância das condições previstas na

parte final do número anterior.

7– A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a vencer-

se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os quais

serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a prestação.

8 - Podem beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que o

seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que obtenham autorização do devedor ou

provem interesse legítimo e prestem, em qualquer circunstância, garantias através dos meios

previstos no n.º 1 do artigo 199.º

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129

9– A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

10 - O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias apresentadas pelo novo devedor

para suspensão da execução fiscal pode determinar a extinção das garantias constituídas e ou

apresentadas pelo antigo devedor.

11 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

12 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 - As dívidas exigíveis em processo executivo podem ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, até à marcação da venda, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na

fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado.

3 - É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional ou criminal que ao caso

couber, quando:

a) Esteja em aplicação plano de recuperação económica legalmente previsto de que decorra a

imprescindibilidade da medida, podendo neste caso, se tal for tido como adequado pela entidade

competente para autorizar o plano, haver lugar a dispensa da obrigação de substituição dos

administradores ou gerentes; ou

b) Se demonstre a dificuldade financeira excepcional e previsíveis consequências económicas

gravosas, não podendo o número das prestações mensais exceder 12 e o valor de qualquer delas ser

inferior a uma unidade de conta no momento da autorização.

4 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

5 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

6 - Quando, no âmbito de plano de recuperação económica legalmente previsto, se demonstre a

indispensabilidade da medida e, ainda, quando os riscos inerentes à recuperação dos créditos o

tornem recomendável, a administração tributária pode estabelecer que o regime prestacional seja

alargado até ao limite máximo de 150 prestações, com a observância das condições previstas na

parte final do número anterior.

7– A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a vencer-

se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os quais

serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a prestação.

8 - Podem beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que o

seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que obtenham autorização do devedor ou

provem interesse legítimo e prestem, em qualquer circunstância, garantias através dos meios

previstos no n.º 1 do artigo 199.º

9– A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

10 - O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias apresentadas pelo novo devedor

para suspensão da execução fiscal pode determinar a extinção das garantias constituídas e ou

apresentadas pelo antigo devedor.

11 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

12 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

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130

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 – As dívidas exigíveis em processo executivo poderão ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, no prazo de oposição, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na

fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado, contando-se

nesse caso o prazo para o requerimento do pagamento a partir da citação nos termos do n.º 4 do

artigo 155.º

3 – É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, requerido no prazo de oposição, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, quando esteja em aplicação plano de recuperação

económica de que decorra a imprescindibilidade da medida, desde que se preveja a substituição dos

administradores e gerentes responsáveis pela não entrega das prestações tributárias em causa.

4 – Independentemente dos requisitos do número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, é ainda admitida a possibilidade de pagamento em

prestações, mediante requerimento a apresentar no prazo da oposição e desde que se demonstre a

dificuldade financeira excepcional e previsíveis consequências económicas gravosas, não podendo o

número das prestações mensais exceder 12 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de

conta no momento da autorização.

5 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

6 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

7 - Quando, no âmbito de processo de recuperação económica se demonstre a indispensabilidade da

medida e, ainda, quando os riscos inerentes à recuperação dos créditos o tornem recomendável, a

administração tributária pode estabelecer que o regime prestacional seja alargado até ao dobro do

limite máximo previsto no número anterior, com a observância das condições previstas nos n.os 3 e 6.

8– A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a vencer-

se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os quais

serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a prestação.

9 – Poderão beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que

o seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que se verifiquem cumulativamente as

seguintes condições:

a) Obtenham autorização do devedor ou provem interesse legítimo;

b) Prestem garantia através de um dos meios previstos no n.º 1 do artigo 199º.

10– A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

11 – O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias previstas na alínea b) do n.º 8

pode determinar a extinção das garantias constituídas e ou apresentadas pelo antigo devedor.

12 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

13 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

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Nota:

De acordo com o artigo 122º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, os planos prestacionais autorizados,

nos termos do artigo 196.º do CPPT, por decisão anterior à entrada em vigor da referida lei, podem

ser reformulados para efeitos de aplicação do previsto no n.º 7 do artigo 196.º do Código, com a

redacção introduzida pela Lei n.º 3-B/2010, caso a administração tributária verifique ser

indispensável a medida para assegurar a efectiva recuperação dos créditos tributários.

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 – As dívidas exigíveis em processo executivo poderão ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, no prazo de oposição, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na

fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado, contando-se

nesse caso o prazo para o requerimento do pagamento a partir da citação nos termos do n.º 4 do

artigo 155.º

3 – É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, requerido no prazo de oposição, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, quando esteja em aplicação plano de recuperação

económica de que decorra a imprescindibilidade da medida, desde que se preveja a substituição dos

administradores e gerentes responsáveis pela não entrega das prestações tributárias em causa.

4 – Independentemente dos requisitos do número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, é ainda admitida a possibilidade de pagamento em

prestações, mediante requerimento a apresentar no prazo da oposição e desde que se demonstre a

dificuldade financeira excepcional e previsíveis consequências económicas gravosas, não podendo o

número das prestações mensais exceder 12 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de

conta no momento da autorização.

5 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

6 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

7 – A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a

vencer-se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os

quais serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a

prestação.

8 – Poderão beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que

o seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que se verifiquem cumulativamente as

seguintes condições:

a) Obtenham autorização do devedor ou provem interesse legítimo;

b) Prestem garantia através de um dos meios previstos no n.º 1 do artigo 199º.

9 – A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

10 – O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias previstas na alínea b) do n.º 8

pode determinar a extinção das garantias constituídas e ou apresentadas pelo antigo devedor.

11 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

12 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

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132

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 – As dívidas exigíveis em processo executivo poderão ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, no prazo de oposição, ao órgão da execução fiscal.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas resultantes da falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de imposto retido na

fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do executado, contando-se

nesse caso o prazo para o requerimento do pagamento a partir da citação nos termos do n.º 4 do

artigo 155.º

3 – É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, requerido no prazo de oposição, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, quando esteja em aplicação plano de recuperação

económica de que decorra a imprescindibilidade da medida, desde que se preveja a substituição dos

administradores e gerentes responsáveis pela não entrega das prestações tributárias em causa.

4 – Independentemente dos requisitos do número anterior, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, é ainda admitida a possibilidade de pagamento em

prestações, mediante requerimento a apresentar no prazo da oposição e desde que se demonstre a

dificuldade financeira excepcional e previsíveis consequências económicas gravosas, não podendo o

número das prestações mensais exceder 12 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de

conta no momento da autorização.

5 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

6 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

7 – A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a

vencer-se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os

quais serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a

prestação.

8 – Poderão beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que

o seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que se verifiquem cumulativamente as

seguintes condições:

a) Obtenham autorização do devedor ou provem interesse legítimo;

b) Prestem garantia através de um dos meios previstos no n.º 1 do artigo 199º.

9 – A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

10 – O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias previstas na alínea b) do n.º 7

poderá determinar a extinção das garantias constituídas e ou apresentadas pelo antigo devedor.

11 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

12 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 196º

Pagamento em prestações e outras medidas

1 – As dívidas exigíveis em processo executivo poderão ser pagas em prestações mensais e iguais,

mediante requerimento a dirigir, no prazo de oposição, ao órgão da execução fiscal.

2 – O disposto no número anterior não é aplicável às dívidas de recursos próprios comunitários e às

dívidas liquidadas pelos serviços por falta de entrega, dentro dos respectivos prazos legais, de

imposto retido na fonte ou legalmente repercutido a terceiros, salvo em caso de falecimento do

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executado, contando-se nesse caso o prazo para o requerimento do pagamento a partir da citação nos

termos do n.º 4 do artigo 155º.

3 – É excepcionalmente admitida a possibilidade de pagamento em prestações das dívidas referidas

no número anterior, requerido no prazo de oposição, sem prejuízo da responsabilidade contra-

ordenacional ou criminal que ao caso couber, quando esteja em aplicação plano de recuperação

económica de que decorra a imprescindibilidade da medida, desde que se preveja a substituição dos

administradores e gerentes responsáveis pela não entrega das prestações tributárias em causa.

4 – O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado, pela sua

situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das prestações

em caso algum exceder 36 e o valor de qualquer delas ser inferior a 1 unidade de conta no momento

da autorização.

5 – Nos casos em que se demonstre notória dificuldade financeira e previsíveis consequências

económicas para os devedores, poderá ser alargado o número de prestações mensais até 5 anos, se a

dívida exequenda exceder 500 unidades de conta no momento da autorização, não podendo então

nenhuma delas ser inferior a 10 unidades de conta.

6 – A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora, que continuam a

vencer-se em relação à dívida exequenda incluída em cada prestação e até integral pagamento, os

quais serão incluídos na guia passada pelo funcionário para pagamento conjuntamente com a

prestação.

7 – Poderão beneficiar do regime previsto neste artigo os terceiros que assumam a dívida, ainda que

o seu pagamento em prestações se encontre autorizado, desde que se verifiquem cumulativamente as

seguintes condições:

a) Obtenham autorização do devedor ou provem interesse legítimo;

b) Prestem garantia através de um dos meios previstos no n.º 1 do artigo 199º.

8 – A assunção da dívida nos termos do número anterior não exonera o antigo devedor, respondendo

este solidariamente com o novo devedor, e, em caso de incumprimento, o processo de execução fiscal

prosseguirá os seus termos contra o novo devedor.

9 – O despacho de aceitação de assunção de dívida e das garantias previstas na alínea b) do n.º 7

poderá determinar a extinção das garantias constituídas e ou apresentadas pelo antigo devedor.

10 – O novo devedor ficará sub-rogado nos direitos referidos no n.º 1 do artigo 92º após a

regularização da dívida, nos termos e condições previstos no presente artigo.

11 – O disposto neste artigo não poderá aplicar-se a nenhum caso de pagamento por sub-rogação.

Artigo 197º

Entidade competente para autorizar as prestações

1 – A competência para autorização de pagamento em prestações é do órgão da execução fiscal.

2 – Revogado.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 197º

Entidade competente para autorizar as prestações

1 – A competência para autorização de pagamento em prestações é do órgão da execução fiscal.

2 – Quando o valor da dívida exequenda for superior a 500 unidades de conta, essa competência é do

órgão periférico regional, que poderá proceder à sua delegação em funcionário qualificado.

Artigo 198º

Requisitos do pedido

1 - No requerimento para pagamento em prestações o executado indicará a forma como se propõe

efectuar o pagamento e os fundamentos da proposta.

2 - Após recepção e instrução dos pedidos com todas as informações de que se disponha, estes são

imediatamente apreciados pelo órgão da execução fiscal ou, sendo caso disso, imediatamente

remetidos após recepção para sancionamento superior, devendo o pagamento da primeira prestação

ser efectuado no mês seguinte àquele em que for notificado o despacho.

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134

3 - Caso o pedido de pagamento em prestações obedeça a todos os pressupostos legais, deve o mesmo

ser objecto de imediata autorização pelo órgão considerado competente nos termos do artigo anterior,

notificando-se o requerente desse facto e de que, caso pretenda a suspensão da execução e a

regularização da sua situação tributária, deve ser constituída ou prestada garantia idónea nos termos

do artigo seguinte ou, em alternativa, obter a autorização para a sua dispensa.

4 - Caso se apure que o pedido de pagamento em prestações não obedece aos pressupostos legais de

que depende a sua autorização, o mesmo será indeferido de imediato, com notificação ao requerente

dos fundamentos do mesmo indeferimento.

5 - É dispensada a prestação de garantia para dívidas em execução fiscal de valor inferior a (euro)

5000 para pessoas singulares, ou (euro) 10 000 para pessoas coletivas.

(Redacção da Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro – entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2018)

Artigo 198º

Requisitos do pedido

1 – No requerimento para pagamento em prestações o executado indicará a forma como se propõe

efectuar o pagamento e os fundamentos da proposta.

2 - Após recepção e instrução dos pedidos com todas as informações de que se disponha, estes são

imediatamente apreciados pelo órgão da execução fiscal ou, sendo caso disso, imediatamente

remetidos após recepção para sancionamento superior, devendo o pagamento da primeira prestação

ser efectuado no mês seguinte àquele em que for notificado o despacho.

3 - Caso o pedido de pagamento em prestações obedeça a todos os pressupostos legais, deve o mesmo

ser objecto de imediata autorização pelo órgão considerado competente nos termos do artigo

anterior, notificando-se o requerente desse facto e de que, caso pretenda a suspensão da execução e a

regularização da sua situação tributária, deve ser constituída ou prestada garantia idónea nos termos

do artigo seguinte ou, em alternativa, obter a autorização para a sua dispensa.

4 - Caso se apure que o pedido de pagamento em prestações não obedece aos pressupostos legais de

que depende a sua autorização, o mesmo será indeferido de imediato, com notificação ao requerente

dos fundamentos do mesmo indeferimento.

5 - É dispensada a prestação de garantia quando, à data do pedido, o devedor tenha dívidas fiscais,

legalmente não suspensas, de valor inferior a (euro) 5000 para pessoas singulares, ou (euro) 10 000

para pessoas coletivas.

(Redacção da Lei n.º 42/2016, de 28 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2017)

Artigo 198º

Requisitos do pedido

1 – No requerimento para pagamento em prestações o executado indicará a forma como se propõe

efectuar o pagamento e os fundamentos da proposta.

2 - Após recepção e instrução dos pedidos com todas as informações de que se disponha, estes são

imediatamente apreciados pelo órgão da execução fiscal ou, sendo caso disso, imediatamente

remetidos após recepção para sancionamento superior, devendo o pagamento da primeira prestação

ser efectuado no mês seguinte àquele em que for notificado o despacho.

3 - Caso o pedido de pagamento em prestações obedeça a todos os pressupostos legais, deve o mesmo

ser objecto de imediata autorização pelo órgão considerado competente nos termos do artigo

anterior, notificando-se o requerente desse facto e de que, caso pretenda a suspensão da execução e a

regularização da sua situação tributária, deve ser constituída ou prestada garantia idónea nos termos

do artigo seguinte ou, em alternativa, obter a autorização para a sua dispensa.

4 - Caso se apure que o pedido de pagamento em prestações não obedece aos pressupostos legais de

que depende a sua autorização, o mesmo será indeferido de imediato, com notificação ao requerente

dos fundamentos do mesmo indeferimento.

5 - É dispensada a prestação de garantia quando, à data do pedido, o devedor tenha dívidas fiscais,

legalmente não suspensas, de valor inferior a (euro) 2500 para pessoas singulares, ou (euro) 5000

para pessoas coletivas.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

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Artigo 198º

Requisitos do pedido

1 – No requerimento para pagamento em prestações o executado indicará a forma como se propõe

efectuar o pagamento e os fundamentos da proposta.

2 - Após recepção e instrução dos pedidos com todas as informações de que se disponha, estes são

imediatamente apreciados pelo órgão da execução fiscal ou, sendo caso disso, imediatamente

remetidos após recepção para sancionamento superior, devendo o pagamento da primeira prestação

ser efectuado no mês seguinte àquele em que for notificado o despacho.

3 - Caso o pedido de pagamento em prestações obedeça a todos os pressupostos legais, deve o mesmo

ser objecto de imediata autorização pelo órgão considerado competente nos termos do artigo

anterior, notificando-se o requerente desse facto e de que, caso pretenda a suspensão da execução e a

regularização da sua situação tributária, deve ser constituída ou prestada garantia idónea nos termos

do artigo seguinte ou, em alternativa, obter a autorização para a sua dispensa.

4 - Caso se apure que o pedido de pagamento em prestações não obedece aos pressupostos legais de

que depende a sua autorização, o mesmo será indeferido de imediato, com notificação ao requerente

dos fundamentos do mesmo indeferimento.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 198º

Requisitos do pedido

1 – No requerimento para pagamento em prestações o executado indicará a forma como se propõe

efectuar o pagamento e os fundamentos da proposta.

2 – Os pedidos, devidamente instruídos com todas as informações de que se disponha, serão

apreciados no prazo de 15 dias após a recepção ou, no mesmo prazo, remetidos para sancionamento

superior, devendo o pagamento da primeira prestação ser efectuado no mês seguinte àquele em que

for notificado o despacho.

Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível de

assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 - Vale como garantia, para os efeitos do n.º 1, a penhora já feita sobre os bens necessários para

assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens nomeados para o efeito

pelo executado no prazo referido no n.º 7.

5 - No caso de a garantia apresentada se tornar insuficiente, a mesma deve ser reforçada nos termos

das normas previstas neste artigo.

6 - A garantia é prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora contados até ao termo do

prazo de pagamento voluntário ou à data do pedido, quando posterior, com o limite de cinco anos, e

custas na totalidade, acrescida de 25 % da soma daqueles valores, sem prejuízo do disposto no n.º 13

do artigo 169.º

7 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

8 - A falta de prestação de garantia idónea dentro do prazo referido no número anterior, ou a

inexistência de autorização para dispensa da mesma, no mesmo prazo, origina a prossecução dos

termos normais do processo de execução, nomeadamente para penhora dos bens ou direitos

considerados suficientes, nos termos e para os efeitos do n.º 4.

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136

9 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

10 - Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordena ao executado que a reforce ou preste nova garantia idónea no prazo de 15 dias,

com a cominação prevista no n.º 8 deste artigo.

11 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida que

os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela e a

dívida restante.

12 - As garantias bancárias, caução e seguros-caução previstas neste artigo são constituídas a favor da

administração tributária por via electrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das

Finanças.

13 - Os pagamentos em prestações ao abrigo de plano de recuperação no âmbito de processo de

insolvência ou de processo especial de revitalização ou em acordo sujeito ao regime extrajudicial de

recuperação de empresas em execução ou em negociação que decorra do plano ou do acordo não

dependem da prestação de quaisquer garantias adicionais.

14 - As garantias constituídas à data de autorização dos pagamentos em prestações referidos no

número anterior mantêm-se até ao limite máximo da quantia exequenda, sendo reduzidas anualmente

no dobro do montante efetivamente pago em prestações ao abrigo daqueles planos de pagamentos,

desde que não se verifique, consoante os casos, a existência de novas dívidas fiscais em cobrança

coerciva cuja execução não esteja legalmente suspensa ou cujos prazos de reclamação ou impugnação

estejam a decorrer.

15 - Os n.os 13 e 14 são correspondentemente aplicáveis, com as necessárias adaptações, aos planos

de pagamentos em prestações aprovados ao abrigo do n.º 7 do artigo 196.º

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 29 de Agosto de 2017)

Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível

de assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 - Vale como garantia, para os efeitos do n.º 1, a penhora já feita sobre os bens necessários para

assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens nomeados para o

efeito pelo executado no prazo referido no n.º 7.

5 - No caso de a garantia apresentada se tornar insuficiente, a mesma deve ser reforçada nos termos

das normas previstas neste artigo.

6 - A garantia é prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora contados até ao termo do

prazo de pagamento voluntário ou à data do pedido, quando posterior, com o limite de cinco anos, e

custas na totalidade, acrescida de 25 % da soma daqueles valores, sem prejuízo do disposto no n.º 13

do artigo 169.º

7 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

8 - A falta de prestação de garantia idónea dentro do prazo referido no número anterior, ou a

inexistência de autorização para dispensa da mesma, no mesmo prazo, origina a prossecução dos

termos normais do processo de execução, nomeadamente para penhora dos bens ou direitos

considerados suficientes, nos termos e para os efeitos do n.º 4.

9 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

10 - Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordena ao executado que a reforce ou preste nova garantia idónea no prazo de 15

dias, com a cominação prevista no n.º 8 deste artigo.

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11 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida

que os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela

e a dívida restante.

12 - As garantias bancárias, caução e seguros-caução previstas neste artigo são constituídas a favor

da administração tributária por via electrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das

Finanças.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível

de assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 - Vale como garantia, para os efeitos do n.º 1, a penhora já feita sobre os bens necessários para

assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens nomeados para o

efeito pelo executado no prazo referido no n.º 7.

5 - No caso de a garantia apresentada se tornar insuficiente, a mesma deve ser reforçada nos termos

das normas previstas neste artigo.

6 - A garantia é prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora contados até ao termo do

prazo de pagamento voluntário ou à data do pedido, quando posterior, com o limite de cinco anos, e

custas na totalidade, acrescida de 25 % da soma daqueles valores.

7 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

8 - A falta de prestação de garantia idónea dentro do prazo referido no número anterior, ou a

inexistência de autorização para dispensa da mesma, no mesmo prazo, origina a prossecução dos

termos normais do processo de execução, nomeadamente para penhora dos bens ou direitos

considerados suficientes, nos termos e para os efeitos do n.º 4.

9 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

10 - Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordena ao executado que a reforce ou preste nova garantia idónea no prazo de 15

dias, com a cominação prevista no n.º 8 deste artigo.

11 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida

que os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela

e a dívida restante.

12 - As garantias bancárias, caução e seguros-caução previstas neste artigo são constituídas a favor

da administração tributária por via electrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das

Finanças.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

(Nota:

- De acordo com o artigo 154.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, a alteração efectuada no

presente artigo têm aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem

pendentes a partir da entrada em vigor da presente lei.)

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Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível

de assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 –Vale como garantia para os efeitos do n.º 1 a penhora já feita sobre os bens necessários para

assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens nomeados para o

efeito pelo executado no prazo referido no n.º 6.

5 - A garantia é prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora contados até à data do

pedido, com o limite de cinco anos, e custas na totalidade, acrescida de 25 % da soma daqueles

valores.

6 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

7 – Após o decurso dos prazos referidos no número anterior sem que tenha sido prestada a garantia

nem declarada a sua isenção, fica sem efeito a autorização para pagar a dívida em prestações.

8 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

9 – Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordenará ao executado que a reforce, em prazo a fixar entre 15 e 45 dias, com a

cominação prevista no n.º 7 deste artigo.

10 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida

que os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela

e a dívida restante.

(Redacção pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro)

Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível

de assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 –Vale como garantia para os efeitos do n.º 1 a penhora já feita sobre os bens necessários para

assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens nomeados para o

efeito pelo executado no prazo referido no n.º 6.

5 – A garantia será prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora até ao termo do prazo de

pagamento limite de 5 anos e custas a contar até à data do pedido, acrescida de 25% da soma

daqueles valores.

6 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

7 – Após o decurso dos prazos referidos no número anterior sem que tenha sido prestada a garantia

nem declarada a sua isenção, fica sem efeito a autorização para pagar a dívida em prestações.

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8 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

9 – Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordenará ao executado que a reforce, em prazo a fixar entre 15 e 45 dias, com a

cominação prevista no n.º 7 deste artigo.

10 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida

que os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela

e a dívida restante.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 199º

Garantias

1 – Caso não se encontre já constituída garantia, com o pedido deverá o executado oferecer garantia

idónea, a qual consistirá em garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer meio susceptível

de assegurar os créditos do exequente.

2 – A garantia idónea referida no número anterior poderá consistir, ainda, a requerimento do

executado e mediante concordância da administração tributária, em penhor ou hipoteca voluntária,

aplicando-se o disposto no artigo 195º, com as necessárias adaptações.

3 – Se o executado considerar existirem os pressupostos da isenção da prestação de garantia, deverá

invocá-los e prová-los na petição.

4 – Valerá como garantia para os efeitos do número anterior a penhora já feita sobre os bens

necessários para assegurar o pagamento da dívida exequenda e acrescido ou a efectuar em bens

nomeados para o efeito pelo executado no prazo referido no n.º 6.

5 – A garantia será prestada pelo valor da dívida exequenda, juros de mora até ao termo do prazo de

pagamento limite de 5 anos e custas a contar até à data do pedido, acrescida de 25% da soma

daqueles valores.

6 – As garantias referidas no n.º 1 serão constituídas para cobrir todo o período de tempo que foi

concedido para efectuar o pagamento, acrescido de três meses, e serão apresentadas no prazo de 15

dias a contar da notificação que autorizar as prestações, salvo no caso de garantia que pela sua

natureza justifique a ampliação do prazo até 30 dias, prorrogáveis por mais 30, em caso de

circunstâncias excepcionais.

7 – Após o decurso dos prazos referidos no número anterior sem que tenha sido prestada a garantia

nem declarada a sua isenção, fica sem efeito a autorização para pagar a dívida em prestações.

8 – É competente para apreciar as garantias a prestar nos termos do presente artigo a entidade

competente para autorizar o pagamento em prestações.

9 – Em caso de diminuição significativa do valor dos bens que constituem a garantia, o órgão da

execução fiscal ordenará ao executado que a reforce, em prazo a fixar entre 15 e 45 dias, com a

cominação prevista no n.º 7 deste artigo.

10 – A garantia poderá ser reduzida, oficiosamente ou a requerimento dos contribuintes, à medida

que os pagamentos forem efectuados e se tornar manifesta a desproporção entre o montante daquela

e a dívida restante.

Artigo 199.º-A

Avaliação da garantia

1 - Na avaliação da garantia, com exceção de garantia bancária, caução e seguro-caução, deve atender-

se ao valor dos bens ou do património do garante apurado nos termos dos artigos 13.º a 17.º do Código

do Imposto do Selo, com as necessárias adaptações, deduzido dos seguintes montantes:

a) Garantias concedidas e outras obrigações extrapatrimoniais assumidas;

b) Partes de capital do executado que sejam detidas, direta ou indiretamente, pelo garante;

c) Passivos contingentes;

d) Quaisquer créditos do garante sobre o executado.

2 - Sendo o garante uma sociedade, o valor do seu património corresponde ao valor da totalidade dos

títulos representativos do seu capital social determinado nos termos do artigo 15.º do Código do

Imposto do Selo, deduzido dos montantes referidos nas alíneas do número anterior.

3 - Sendo o garante uma pessoa singular, deve atender-se ao património desonerado e aos rendimentos

suscetíveis de gerar meios para cumprir a obrigação, deduzidos dos montantes referidos nas alíneas do

n.º 1.

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(Aditado pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

(Nota:

O n.º 1 do artigo 177.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, dispõe o seguinte:

“Artigo 177.º

Disposição transitória no âmbito do Código de Procedimento e de Processo Tributário

1 - O artigo 199.º-A, aditado ao CPPT pela presente lei, tem aplicação imediata às garantias que

tenham sido aceites até à data da entrada em vigor da presente lei, mas esta avaliação só determina o

reforço ou a substituição dessas garantias quando o valor apurado seja inferior a 80 % do valor

resultante da aplicação do n.º 6 do mesmo artigo.

2 – (…)”

Artigo 200º

Consequências da falta de pagamento

1 - A falta de pagamento sucessivo de três prestações, ou de seis interpoladas, importa o vencimento

das seguintes se, no prazo de 30 dias a contar da notificação para o efeito, o executado não proceder

ao pagamento das prestações incumpridas, prosseguindo o processo de execução fiscal os seus termos.

2 – A entidade que tiver prestado a garantia será citada para, no prazo de 30 dias, efectuar o

pagamento da dívida ainda existente e acrescido até ao montante da garantia prestada, sob pena de ser

executada no processo.

3 – No processo far-se-ão constar os bens que foram dados em garantia.

4 - Nos casos de dispensa de garantia, nos termos do n.º 5 do artigo 198.º, a falta de pagamento de

uma prestação importa o vencimento imediato das seguintes, prosseguindo o processo de execução

fiscal os seus termos.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 200º

Consequências da falta de pagamento

1 - A falta de pagamento sucessivo de três prestações, ou de seis interpoladas, importa o vencimento

das seguintes se, no prazo de 30 dias a contar da notificação para o efeito, o executado não proceder

ao pagamento das prestações incumpridas, prosseguindo o processo de execução fiscal os seus

termos.

2 – A entidade que tiver prestado a garantia será citada para, no prazo de 30 dias, efectuar o

pagamento da dívida ainda existente e acrescido até ao montante da garantia prestada, sob pena de

ser executada no processo.

3 – No processo far-se-ão constar os bens que foram dados em garantia.

(Redacção da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril)

Artigo 200º

Consequências da falta de pagamento

1 – A falta de pagamento de qualquer das prestações importa o vencimento imediato das seguintes,

prosseguindo o processo de execução fiscal os seus normais termos até à extinção.

2 – A entidade que tiver prestado a garantia será citada para, no prazo de 30 dias, efectuar o

pagamento da dívida ainda existente e acrescido até ao montante da garantia prestada, sob pena de

ser executada no processo.

3 – No processo far-se-ão constar os bens que foram dados em garantia.

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141

SECÇÃO V

Da dação em pagamento

Artigo 201º

Dação em pagamento. Requisitos

1 – Nos processos de execução fiscal o executado ou terceiro podem, no prazo de oposição, requerer

ao ministro ou órgão executivo de quem dependa a administração tributária legalmente competente

para a liquidação e cobrança da dívida a extinção da dívida exequenda e acrescido, com a dação em

pagamento de bens móveis ou imóveis, nas condições seguintes:

a) Descrição pormenorizada dos bens dados em pagamento;

b) Os bens dados em pagamento não terem valor superior à dívida exequenda e acrescido, salvo

os casos de se demonstrar a possibilidade de imediata utilização dos referidos bens para fins

de interesse público ou social, ou de a dação se efectuar no âmbito do processo conducente à

celebração de acordo de recuperação de créditos do Estado.

2 – Apresentado o requerimento, o órgão da execução fiscal enviará ao dirigente máximo do serviço,

no prazo de 10 dias, cópia do requerimento, bem como o resumo do processo e dos encargos que

incidam sobre os bens, com conhecimento, no mesmo prazo, ao imediato superior hierárquico, quando

exista.

3 – Recebido o processo, o dirigente máximo do serviço poderá remetê-lo para despacho do ministro

competente, com fundamento no desinteresse da dação, ou solicitar a avaliação dos bens oferecidos

em pagamento, através de uma comissão cuja constituição será promovida pelo órgão de execução

fiscal, que presidirá, e dois louvados por ele designados que serão, no caso de bens imóveis, peritos

avaliadores das listas regionais e, no caso de bens móveis, pessoas com especialização técnica

adequada, devendo a comissão efectuar a avaliação no prazo máximo de 30 dias após ser determinada

a sua realização.

4 – Em situações de especial complexidade técnica, o dirigente máximo do serviço solicitará a

avaliação dos bens, conforme os casos, à Direcção-Geral do Património do Estado, à Direcção-Geral

do Tesouro e ao Instituto de Gestão do Crédito Público ou a entidade especializada designada por

despacho do Ministro das Finanças.

5 – A avaliação é efectuada pelo valor de mercado dos bens, tendo em conta a maior ou menor

possibilidade da sua realização.

6 – As despesas efectuadas com as avaliações referidas nos n.ºs 3 e 4 entram em regra de custas do

processo de execução fiscal, devendo o devedor efectuar o respectivo preparo no prazo de 5 dias a

contar da data da notificação, sob pena de não prosseguimento do pedido.

7 – Reunidos os elementos referidos nos números anteriores, o processo será remetido para despacho

ao ministro ou ao órgão executivo competente, que poderá, antes de decidir, determinar a junção de

outros elementos no prazo de 10 dias, sob pena de o pedido não ter seguimento, salvo se o atraso não

for imputável ao contribuinte.

8 – O despacho que autorizar a dação em pagamento definirá os termos de entrega dos bens

oferecidos, podendo seleccionar, entre os propostos, os bens a entregar em cumprimento da dívida

exequenda e acrescido.

9 – Em caso de aceitação da dação em pagamento de bens de valor superior à dívida exequenda e

acrescido, o despacho que a autoriza constitui, a favor do devedor, um crédito no montante desse

excesso, a utilizar em futuros pagamentos de impostos ou outras prestações tributárias, na aquisição de

bens ou de serviços no prazo de 5 anos ou no pagamento de rendas, desde que as receitas

correspondentes estejam sob a administração do ministério ou órgão executivo por onde corra o

processo de dação.

10 – O crédito previsto no número anterior é intransmissível e impenhorável e a sua utilização

depende da prévia comunicação, no prazo de 30 dias, à entidade a quem deva ser efectuado o

pagamento.

11 – Em caso de cessação de actividade, o devedor pode requerer à administração tributária, nos 60

dias posteriores, o pagamento em numerário do montante referido no n.º 9, que só lhe será concedido

se fizer prova da inexistência de dívidas tributárias àquela entidade.

12 – A dação em pagamento operar-se-á através de auto lavrado no processo.

13 – Na dação em pagamento de bens imóveis lavrar-se-á um auto por cada prédio.

14 – O auto referido nos números anteriores valerá, para todos os efeitos, como título de transmissão.

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15 – O executado poderá desistir da dação em pagamento até 5 dias após a notificação do despacho

ministerial, mediante o integral pagamento da totalidade da dívida exequenda e acrescido, incluindo as

custas das avaliações a que se referem os n.ºs 3 e 5 do presente artigo.

16 – Autorizada a dação em pagamento, seguir-se-ão, na parte aplicável, as regras previstas nas

alíneas c) e d) do artigo 255º deste Código.

17 – O terceiro a que se refere o n.º 1 só ficará sub-rogado nos direitos da Fazenda Pública nos termos

e condições definidos nos artigos 91º e 92º do presente Código.

18 – As despesas de avaliação, que compreendem os salários e abonos de transporte dos membros da

comissão constituída por promoção do órgão de execução fiscal, serão fixadas por portaria do

Ministro das Finanças.

NOTA: O n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de Março, dispõe o seguinte: «O

regime de dação de bens em pagamento constante dos artigos 87.º, 201.º e 202.º do Código de

Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de

Outubro, é aplicável ao pagamento de todas as dívidas ao Estado, ainda que não se encontrem

abrangidas por processo de execução fiscal.»

Artigo 202º

Bens dados em pagamento

1 – No despacho que autorizar a dação, pode o ministro ou órgão executivo competente determinar a

venda, por proposta em carta fechada, dos bens dados em pagamento, em prazo a fixar.

2 – Em caso de urgência na venda dos bens, designadamente pelo seu risco de desvalorização, ou de

estes serem de valor reduzido, ou quando seja essa a solução mais adequada à continuidade da

utilização produtiva dos bens, pode o ministro ou órgão executivo competente determinar que a venda

seja efectuada por negociação particular.

3 – Pode também o ministro ou órgão executivo competente autorizar os serviços sob a sua

dependência a locarem ou a onerarem, nos termos previstos na lei, os bens dados em pagamento ou a

com eles realizarem capital ou outras prestações sociais.

4 – Os direitos emergentes da locação ou da oneração referidas no n.º 3 só podem ser penhorados em

processo de execução fiscal.

NOTA: O n.º 1 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de Março, dispõe o seguinte: «O

regime de dação de bens em pagamento constante dos artigos 87.º, 201.º e 202.º do Código de

Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de

Outubro, é aplicável ao pagamento de todas as dívidas ao Estado, ainda que não se encontrem

abrangidas por processo de execução fiscal.»

SECÇÃO VI

Da oposição

Artigo 203º

Prazo de oposição à execução

1 – A oposição deve ser deduzida no prazo de 30 dias a contar:

a) Da citação pessoal ou, não a tendo havido, da primeira penhora;

b) Da data em que tiver ocorrido o facto superveniente ou do seu conhecimento pelo executado.

2 – Havendo vários executados, os prazos correrão independentemente para cada um deles.

3 – Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1, considera-se superveniente não só o facto que tiver

ocorrido posteriormente ao prazo da oposição, mas ainda aquele que, embora ocorrido antes, só

posteriormente venha ao conhecimento do executado, caso em que deverá ser este a provar a

superveniência.

4 – A oposição deve ser deduzida até à venda dos bens, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo

257º.

5 – O órgão da execução fiscal comunicará o pagamento da dívida exequenda ao tribunal tributário de

1ª instância onde pender a oposição, para efeitos da sua extinção.

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Artigo 204º

Fundamentos da oposição à execução

1 – A oposição só poderá ter algum dos seguintes fundamentos:

a) Inexistência do imposto, taxa ou contribuição nas leis em vigor à data dos factos a que

respeita a obrigação ou, se for o caso, não estar autorizada a sua cobrança à data em que tiver

ocorrido a respectiva liquidação;

b) Ilegitimidade da pessoa citada por esta não ser o próprio devedor que figura no título ou seu

sucessor ou, sendo o que nele figura, não ter sido, durante o período a que respeita a dívida

exequenda, o possuidor dos bens que a originaram, ou por não figurar no título e não ser

responsável pelo pagamento da dívida;

c) Falsidade do título executivo, quando possa influir nos termos da execução;

d) Prescrição da dívida exequenda;

e) Falta da notificação da liquidação do tributo no prazo de caducidade;

f) Pagamento ou anulação da dívida exequenda;

g) Duplicação de colecta;

h) Ilegalidade da liquidação da dívida exequenda, sempre que a lei não assegure meio judicial

de impugnação ou recurso contra o acto de liquidação;

i) Quaisquer fundamentos não referidos nas alíneas anteriores, a provar apenas por documento,

desde que não envolvam apreciação da legalidade da liquidação da dívida exequenda, nem

representem interferência em matéria de exclusiva competência da entidade que houver

extraído o título.

2 – A oposição nos termos da alínea h), que não seja baseada em mera questão de direito, reger-se-á

pelas disposições relativas ao processo de impugnação.

Artigo 205º

Duplicação de colecta

1 – Haverá duplicação de colecta para efeitos do artigo anterior quando, estando pago por inteiro um

tributo, se exigir da mesma ou de diferente pessoa um outro de igual natureza, referente ao mesmo

facto tributário e ao mesmo período de tempo.

2 – A duplicação de colecta só poderá ser alegada uma vez, salvo baseando-se em documento

superveniente demonstrativo do pagamento ou de nova liquidação.

3 – Alegada a duplicação, obter-se-á informação sobre se este fundamento já foi apreciado noutro

processo e sobre as razões que originaram a nova liquidação.

4 – Para efeitos dos números anteriores, a alegação da duplicação de colecta será de imediato anotada

pelos serviços competentes da administração tributária nos respectivos elementos de liquidação.

Artigo 206º

Requisitos da petição

Com a petição em que deduza a oposição, que será elaborada em triplicado, oferecerá o executado

todos os documentos, arrolará testemunhas e requererá as demais provas.

Artigo 207º

Local da apresentação da petição da oposição à execução

1 – A petição inicial será apresentada no órgão da execução fiscal onde pender a execução.

2 – Se tiver sido expedida carta precatória, a oposição poderá ser deduzida no órgão da execução

fiscal deprecado, devolvendo-se a carta, depois de contada, para seguimento da oposição.

Artigo 208º

Autuação da petição e remessa ao tribunal

1 – Autuada a petição, o órgão da execução fiscal remeterá, no prazo de 20 dias, o processo ao

tribunal de 1ª instância competente com as informações que reputar convenientes.

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2 – No referido prazo, salvo quando a lei atribua expressamente essa competência a outra entidade, o

órgão da execução fiscal poderá pronunciar-se sobre o mérito da oposição e revogar o acto que lhe

tenha dado fundamento.

Artigo 209º

Rejeição liminar da oposição

1 – Recebido o processo, o juiz rejeitará logo a oposição por um dos seguintes fundamentos:

a) Ter sido deduzida fora do prazo;

b) Não ter sido alegado algum dos fundamentos admitidos no n.º 1 do artigo 204º;

c) Ser manifesta a improcedência.

2 – Se o fundamento alegado for o da alínea i) do n.º 1 do artigo 204º, a oposição será também

rejeitada quando à petição se não juntem o documento ou documentos necessários.

Artigo 210º

Notificação da oposição ao representante da Fazenda Pública

Recebida a oposição, será notificado o representante da Fazenda Pública para contestar no prazo de 30

dias.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 210º

Notificação da oposição ao representante da Fazenda Pública

Recebida a oposição, será notificado o representante da Fazenda Pública para contestar no prazo de

10 dias, o qual poderá ser prorrogado por 30 dias quando haja necessidade de obter informações ou

aguardar resposta a consulta feita a instância superior.

Artigo 211º

Processamento da oposição. Alegações. Sentença

1 – Cumprido o disposto no artigo anterior, seguir-se-á o que para o processo de impugnação se

prescreve a seguir ao despacho liminar.

2 – São admitidos os meios gerais de prova, salvo as disposições especiais da lei tributária e sem

prejuízo do disposto na alínea i) do n.º 1 do artigo 204º.

Artigo 212º

Suspensão de execução

A oposição suspende a execução, nos termos do presente Código.

Artigo 213º

Devolução da oposição ao órgão da execução fiscal

Transitada em julgado a sentença que decidir a oposição e pagas as custas, se forem devidas, será o

processo devolvido ao órgão da execução fiscal para ser apensado ao processo da execução.

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SECÇÃO VII

Da apreensão de bens

SUBSECÇÃO I

Do arresto

Artigo 214º

Fundamentos do arresto. Conversão em penhora

1 – Havendo justo receio de insolvência ou de ocultação ou alienação de bens, pode o representante da

Fazenda Pública junto do competente tribunal tributário requerer arresto em bens suficientes para

garantir a dívida exequenda e o acrescido, com aplicação do disposto pelo presente Código para o

arresto no processo judicial tributário.

2 – As circunstâncias referidas no número anterior presumem-se no caso de dívidas por impostos que

o executado tenha retido ou repercutido a terceiros e não entregue nos prazos legais.

3 – O arresto efectuado nos termos do número anterior ou antes da instauração do processo de

execução será convertido em penhora se o pagamento não tiver sido efectuado.

4 - Para efeitos de arresto ou penhora dos bens do contribuinte, pode ser requerida às instituições

bancárias informação acerca do número das suas contas e respectivos saldos.

(Redacção da Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro)

SUBSECÇÃO II

Da penhora

Artigo 215º

Mandado para a penhora. Ocorrências anómalas. Nomeação de bens à penhora

1 – Findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, procede -se à penhora.

2 – A penhora pode ser efectuada por via electrónica.

3 – Se, no acto da penhora, o executado ou alguém em seu nome declarar que os bens a penhorar

pertencem a terceiros, deve o funcionário exigir-lhes a declaração do título por que os bens se acham

em poder do executado e a respectiva prova, efectuando-se a penhora em caso de dúvida.

4 – O direito de nomear bens à penhora considera-se sempre devolvido ao exequente, mas o órgão da

execução fiscal poderá admiti-la, nos termos da lei, nos bens indicados pelo executado, desde que daí

não resulte prejuízo.

5 - A administração tributária acede a informação relativa à existência de bens ou direitos do devedor,

suscetíveis de penhora, incluindo todos os dados existentes nos registos que possui, bem como na

contabilidade da empresa.

6 - A administração tributária pode, em qualquer momento, notificar o devedor ou terceiros para a

apresentação de elementos que se revelem necessários à cobrança da dívida, incluindo os elementos

da contabilidade das empresas.

7 - O envio dos elementos referidos no número anterior é feito por via eletrónica.

8 - A frustração da citação não obsta à aplicação, no respetivo processo de execução fiscal, dos

montantes depositados, se aquela não vier devolvida ou, sendo devolvida, não indicar a nova morada

do executado e ainda em caso de não acesso à caixa postal eletrónica.

9 - A aplicação efetuada nos termos do número anterior não prejudica o exercício de direitos por parte

do executado, designadamente quanto à oposição à execução.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 215º

Mandado para a penhora. Ocorrências anómalas. Nomeação de bens à penhora

1 – Findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, procede -se à penhora.

2 – A penhora pode ser efectuada por via electrónica.

3 – Se, no acto da penhora, o executado ou alguém em seu nome declarar que os bens a penhorar

pertencem a terceiros, deve o funcionário exigir-lhes a declaração do título por que os bens se acham

em poder do executado e a respectiva prova, efectuando-se a penhora em caso de dúvida.

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4 – O direito de nomear bens à penhora considera-se sempre devolvido ao exequente, mas o órgão da

execução fiscal poderá admiti-la, nos termos da lei, nos bens indicados pelo executado, desde que daí

não resulte prejuízo.

5 - A administração tributária acede a informação relativa à existência de bens ou direitos do

devedor, suscetíveis de penhora, incluindo todos os dados existentes nos registos que possui, bem

como na contabilidade da empresa.

6 - A administração tributária pode, em qualquer momento, notificar o devedor ou terceiros para a

apresentação de elementos que se revelem necessários à cobrança da dívida, incluindo os elementos

da contabilidade das empresas.

7 - O envio dos elementos referidos no número anterior é feito por via eletrónica.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 215º

Mandado para a penhora. Ocorrências anómalas. Nomeação de bens à penhora

1 – Findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, procede -se à penhora.

2 – A penhora pode ser efectuada por via electrónica.

3 – Se, no acto da penhora, o executado ou alguém em seu nome declarar que os bens a penhorar

pertencem a terceiros, deve o funcionário exigir-lhes a declaração do título por que os bens se acham

em poder do executado e a respectiva prova, efectuando-se a penhora em caso de dúvida.

4 – O direito de nomear bens à penhora considera-se sempre devolvido ao exequente, mas o órgão da

execução fiscal poderá admiti-la, nos termos da lei, nos bens indicados pelo executado, desde que daí

não resulte prejuízo.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 215º

Mandado para a penhora. Ocorrências anómalas. Nomeação de bens à penhora

1 – Findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, o funcionário,

independentemente de despacho, passará mandado para penhora, que será cumprido no prazo de 15

dias se outro não for designado pelo órgão da execução fiscal ao assinar o mandado.

2 – Se, no acto da penhora, o executado ou alguém em seu nome declarar que os bens a penhorar

pertencem a terceiros, deve o funcionário exigir-lhes a declaração do título por que os bens se acham

em poder do executado e a respectiva prova, efectuando-se a penhora em caso de dúvida.

3 – O direito de nomear bens à penhora considera-se sempre devolvido ao exequente, mas o órgão da

execução fiscal poderá admiti-la, nos termos da lei, nos bens indicados pelo executado, desde que daí

não resulte prejuízo.

Artigo 216º

Execução contra autarquia local ou outra pessoa de direito público

1 – Se o executado for alguma autarquia local ou outra entidade de direito público, empresa pública,

associação pública, pessoa colectiva de utilidade pública administrativa ou instituição de solidariedade

social, remeter-se-á aos respectivos órgãos de representação ou gestão certidão da importância em

dívida e acrescido, a fim de promoverem o seu pagamento ou a inclusão da verba necessária no

primeiro orçamento, desde que não tenha sido efectuado o pagamento nem deduzida oposição no

prazo posterior à citação.

2 – A ineficácia das diligências referidas no número anterior não impede a penhora em bens dela

susceptíveis.

Artigo 217º

Extensão da penhora

A penhora é feita nos bens previsivelmente suficientes para o pagamento da dívida exequenda e do

acrescido, mas, quando o produto dos bens penhorados for insuficiente para pagamento da execução,

esta prossegue em outros bens.

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(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 217º

Extensão da penhora

A penhora será feita somente nos bens suficientes para o pagamento da dívida exequenda e do

acrescido, mas, quando o produto dos bens penhorados for insuficiente para o pagamento da

execução, esta prosseguirá em outros bens.

Artigo 218º

Levantamento da penhora. Bens penhoráveis em execução fiscal

1 – No processo de recuperação da empresa e quando a medida for extensiva aos credores em

idênticas circunstâncias da Fazenda Pública, o juiz poderá levantar a penhora, a requerimento do

gestor judicial, fundamentado nos interesses da recuperação, com parecer favorável da comissão de

credores, bem como no processo de falência.

2 – Sempre que possível, o levantamento da penhora depende da sua substituição por garantia idónea.

3 – Podem ser penhorados pelo órgão da execução fiscal os bens apreendidos por qualquer tribunal,

não sendo a execução, por esse motivo, sustada nem apensada.

Artigo 219º

Bens prioritariamente a penhorar

1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 4 e 5, a penhora começa pelos bens cujo valor pecuniário seja de

mais fácil realização e se mostre adequado ao montante do crédito do exequente.

2 - Tratando-se de dívida com privilégio, e na falta de bens a que se refere o número anterior, a

penhora começa pelos bens a que este respeitar, se ainda pertencerem ao executado e sem prejuízo do

disposto no n.º 2 do artigo 157.º.

3 - (Revogado.)

4 - Caso a dívida tenha garantia real onerando bens do devedor por estes começará a penhora que só

prosseguirá noutros bens quando se reconheça a insuficiência dos primeiros para conseguir os fins da

execução.

5 - A penhora sobre o bem imóvel com finalidade de habitação própria e permanente está sujeita às

condições previstas no artigo 244.º.

6 - Quando exista plano de pagamento em prestações devidamente autorizado, e a execução fiscal

deva prosseguir os seus termos normais, pode a penhora iniciar-se por bens distintos daqueles cujo

valor pecuniário seja de mais fácil realização, quando indicados pelo executado e desde que o

pagamento em prestações se encontre a ser pontualmente cumprido.

(Redacção da Lei n.º 13/2016, de 23 de Maio, com início de vigência a 24 de Maio de 2016 e

aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes)

Artigo 219º

Bens prioritariamente a penhorar

1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 4 e 5, a penhora começa pelos bens cujo valor pecuniário seja

de mais fácil realização e se mostre adequado ao montante do crédito do exequente.

2 - Tratando-se de dívida com privilégio, e na falta de bens a que se refere o número anterior, a

penhora começa pelos bens a que este respeitar, se ainda pertencerem ao executado e sem prejuízo

do disposto no n.º 2 do artigo 157.º

3 - (Revogado.)

4 - Caso a dívida tenha garantia real onerando bens do devedor por estes começará a penhora que só

prosseguirá noutros bens quando se reconheça a insuficiência dos primeiros para conseguir os fins

da execução.

5 - Quando exista plano de pagamento em prestações devidamente autorizado, e a execução fiscal

deva prosseguir os seus termos normais, pode a penhora iniciar-se por bens distintos daqueles cujo

valor pecuniário seja de mais fácil realização, quando indicados pelo executado e desde que o

pagamento em prestações se encontre a ser pontualmente cumprido.

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(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 219º

Bens prioritariamente a penhorar

1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do presente artigo, a penhora começa pelos bens cujo valor

pecuniário seja de mais fácil realização e se mostre adequado ao montante do crédito do exequente.

2 - Tratando-se de dívida com privilégio, e na falta de bens a que se refere o número anterior, a

penhora começa pelos bens a que este respeitar, se ainda pertencerem ao executado e sem prejuízo

do disposto no n.º 2 do artigo 157.º

3 - (Revogado.)

4 – Caso a dívida tenha garantia real onerando bens do devedor por estes começará a penhora que

só prosseguirá noutros bens quando se reconheça a insuficiência dos primeiros para conseguir os fins

da execução.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 219º

Bens prioritariamente a penhorar

1 – Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do presente artigo, a penhora começará pelos bens móveis,

frutos ou rendimentos dos imóveis, ainda que estes sejam impenhoráveis, e, na sua falta, tratando-se

de dívida com privilégio, pelos bens a que este respeitar, se ainda pertencerem ao executado e sem

prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 157º.

2 – O disposto no número anterior não se aplica quando fundamentadamente se concluir pela

inexistência ou insuficiência de bens móveis ou estes se revelarem de difícil guarda, conservação ou

alienação.

3 – A inexistência ou insuficiência dos bens móveis presume-se quando o executado não tenha

procedido à sua indicação.

4 – Caso a dívida tenha garantia real onerando bens do devedor por estes começará a penhora que

só prosseguirá noutros bens quando se reconheça a insuficiência dos primeiros para conseguir os fins

da execução.

Artigo 220º

Coima fiscal e responsabilidade de um dos cônjuges. Penhora de bens comuns do casal

Na execução para cobrança de coima fiscal ou com fundamento em responsabilidade tributária

exclusiva de um dos cônjuges, podem ser imediatamente penhorados bens comuns, devendo, neste

caso, citar-se outro cônjuge para requerer a separação judicial de bens, prosseguindo a execução sobre

os bens penhorados se a separação não for requerida no prazo de 30 dias ou se se suspender a

instância por inércia ou negligência do requerente em promover os seus termos processuais.

Artigo 221º

Formalidade de penhora de móveis

1 - Na penhora de móveis observar-se-á designadamente o seguinte:

a) Os bens serão efectivamente apreendidos e entregues a um depositário idóneo, salvo se puderem ser

removidos, sem inconveniente, para os serviços ou para qualquer depósito público;

b) O depositário é escolhido pelo funcionário, podendo a escolha recair no executado;

c) Na penhora lavra-se um auto, que é assinado pelo depositário ou por duas testemunhas, onde se

regista o dia, a hora e o local da diligência, se menciona o valor da execução, se relacionam os bens

por verbas numeradas, se indica o seu estado de conservação e o valor aproximado e se referem as

obrigações e responsabilidades a que fica sujeito o depositário, a quem é entregue uma cópia;

d) Se o executado estiver presente e se recuse a assinar, mencionar-se-á o facto.

2 - A penhora de bens móveis que façam parte do ativo de sujeitos passivos de IVA, ainda que dele

isentos, pode ser feita mediante notificação que discrimine os bens penhorados e identifique o fiel

depositário.

3 - No caso referido no número anterior, o fiel depositário dispõe do prazo de cinco dias para informar

a administração tributária da eventual inexistência, total ou parcial, dos bens penhorados.

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4 - A penhora efetuada nos termos do disposto no n.º 2 não obsta a que o executado possa dispor

livremente dos bens, desde que se trate de bens de natureza fungível e assegure a sua apresentação, no

prazo de cinco dias, quando notificado para o efeito pela administração tributária.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 36/2016, de 1 de Julho, com início de vigência a 2 de Julho de

2016)

Artigo 221º

Formalidade de penhora de móveis

1 - Na penhora de móveis observar-se-á designadamente o seguinte:

a) Os bens serão efectivamente apreendidos e entregues a um depositário idóneo, salvo se puderem

ser removidos, sem inconveniente, para os serviços ou para qualquer depósito público;

b) O depositário é escolhido pelo funcionário, podendo a escolha recair no executado;

c) Na penhora lavrar-se-á um auto que será lido em voz alta e assinado pelo depositário ou por duas

testemunhas, onde se registe o dia, hora e local da diligência, se mencione o valor da execução, se

relacionem os bens por verbas numeradas, se indique o seu estado de conservação e valor

aproximado e se refiram as obrigações e responsabilidades a que fica sujeito o depositário a quem

será entregue uma cópia;

d) Se o executado estiver presente e se recuse a assinar, mencionar-se-á o facto.

2 - A penhora de bens móveis que façam parte do ativo de sujeitos passivos de IVA, ainda que dele

isentos, pode ser feita mediante notificação que discrimine os bens penhorados e identifique o fiel

depositário.

3 - No caso referido no número anterior, o fiel depositário dispõe do prazo de cinco dias para

informar a administração tributária da eventual inexistência, total ou parcial, dos bens penhorados.

4 - A penhora efetuada nos termos do disposto no n.º 2 não obsta a que o executado possa dispor

livremente dos bens, desde que se trate de bens de natureza fungível e assegure a sua apresentação,

no prazo de cinco dias, quando notificado para o efeito pela administração tributária.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 221º

Formalidade de penhora de móveis

Na penhora de móveis observar-se-á designadamente o seguinte:

a) Os bens serão efectivamente apreendidos e entregues a um depositário idóneo, salvo se

puderem ser removidos, sem inconveniente, para os serviços ou para qualquer depósito

público;

b) O depositário é escolhido pelo funcionário, podendo a escolha recair no executado;

c) Na penhora lavrar-se-á um auto que será lido em voz alta e assinado pelo depositário ou por

duas testemunhas, onde se registe o dia, hora e local da diligência, se mencione o valor da

execução, se relacionem os bens por verbas numeradas, se indique o seu estado de

conservação e valor aproximado e se refiram as obrigações e responsabilidades a que fica

sujeito o depositário a quem será entregue uma cópia;

d) Se o executado estiver presente e se recuse a assinar, mencionar-se-á o facto.

Artigo 222º

Formalidades da penhora de veículos automóveis de aluguer

1 – Quando a penhora recair sobre o veículo automóvel licenciado para o exercício da indústria de

transporte de aluguer, será também apreendida a respectiva licença, desde que a sua transmissão seja

permitida por lei especial, caducando aquela com a venda dos veículos.

2 – O órgão da execução fiscal comunicará a venda às autoridades competentes para efeito de eventual

concessão de nova licença.

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Artigo 223º

Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados

1 – A penhora de dinheiro ou de outros valores depositados será precedida de informação do

funcionário competente sobre a identidade do depositário, a quantia ou os objectos depositados e o

valor presumível destes.

2 – A instituição detentora do depósito penhorado deve comunicar ao órgão da execução fiscal o saldo

da conta ou contas objecto de penhora na data em que esta se considere efectuada.

3 – Salvo nos casos de depósitos existentes em instituição de crédito competente, em que se aplica o

disposto no Código de Processo Civil, a penhora efetua-se por meio de carta registada, com aviso de

receção, dirigida ao depositário, devendo a notificação conter ainda a indicação de que as quantias

depositadas nas contas referidas nos números anteriores ficam indisponíveis desde a data da penhora,

salvo nos casos previstos na lei, mantendo-se válida por período não superior a um ano, sem prejuízo

de renovação.

4 – Salvo comunicação em contrário do órgão da execução fiscal, verificando-se novas entradas, o

depositário deve proceder imediatamente à sua penhora, após consulta do valor em dívida penhorável

e apenas até esse montante.

5 – Para efeitos do previsto nos n.os 3 e 4, a Autoridade Tributária e Aduaneira disponibiliza ao

depositário, para consulta no Portal das Finanças, informação atualizada sobre o valor em dívida.

6 – Quando, por culpa do depositário, não for possível cobrar a dívida exequenda e o acrescido,

incorrerá ele em responsabilidade subsidiária.

7 – Além das coisas que obrigatoriamente são depositadas em instituição de crédito competente,

poderão também ser ali guardadas outras, desde que isso se mostre conveniente.

8 - O executado pode solicitar à instituição detentora do depósito penhorado que proceda ao depósito

das quantias e valores penhorados à ordem do órgão de execução fiscal.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 223º

Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados

1 – A penhora de dinheiro ou de outros valores depositados será precedida de informação do

funcionário competente sobre a identidade do depositário, a quantia ou os objectos depositados e o

valor presumível destes.

2 – A instituição detentora do depósito penhorado deve comunicar ao órgão da execução fiscal o

saldo da conta ou contas objecto de penhora na data em que esta se considere efectuada.

3 – Salvo nos casos de depósitos existentes em instituição de crédito competente, em que se aplica o

disposto no Código de Processo Civil, a penhora efetua-se por meio de carta registada, com aviso de

receção, dirigida ao depositário, devendo a notificação conter ainda a indicação de que as quantias

depositadas nas contas referidas nos números anteriores ficam indisponíveis desde a data da

penhora, salvo nos casos previstos na lei, mantendo-se válida por período não superior a um ano,

sem prejuízo de renovação.

4 – Salvo comunicação em contrário do órgão da execução fiscal, verificando-se novas entradas, o

depositário deve proceder imediatamente à sua penhora, após consulta do valor em dívida

penhorável e apenas até esse montante.

5 – Para efeitos do previsto nos n.os 3 e 4, a Autoridade Tributária e Aduaneira disponibiliza ao

depositário, para consulta no Portal das Finanças, informação atualizada sobre o valor em dívida.

6 – Quando, por culpa do depositário, não for possível cobrar a dívida exequenda e o acrescido,

incorrerá ele em responsabilidade subsidiária.

7 – Além das coisas que obrigatoriamente são depositadas em instituição de crédito competente,

poderão também ser ali guardadas outras, desde que isso se mostre conveniente.

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

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Artigo 223º

Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados

1 – A penhora de dinheiro ou de outros valores depositados será precedida de informação do

funcionário competente sobre a identidade do depositário, a quantia ou os objectos depositados e o

valor presumível destes.

2 – A instituição detentora do depósito penhorado deve comunicar ao órgão da execução fiscal o

saldo da conta ou contas objecto de penhora na data em que esta se considere efectuada.

3 – Salvo nos casos de depósitos existentes em instituição de crédito competente, em que se aplica o

disposto no Código de Processo Civil, a penhora efectua-se por meio de carta registada, com aviso de

recepção, dirigida ao depositário, devendo a notificação conter ainda a indicação de que as quantias

depositadas nas contas referidas nos números anteriores ficam indisponíveis desde a data da penhoa,

salvo nos casos previstos na lei.

4 – Verificando-se novas entradas, o depositário comunicá-las-á ao órgão da execução fiscal, para

que este, imediatamente, ordene a penhora ou o informe da sua desnecessidade.

5 – Quando, por culpa do depositário, não for possível cobrar a dívida exequenda e o acrescido,

incorrerá ele em responsabilidade subsidiária.

6 – Além das coisas que obrigatoriamente são depositadas em instituição de crédito competente,

poderão também ser ali guardadas outras, desde que isso se mostre conveniente.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 223º

Formalidade da penhora de dinheiro ou de valores depositados

1 – A penhora de dinheiro ou de outros valores depositados será precedida de informação do

funcionário competente sobre a identidade do depositário, a quantia ou os objectos depositados e o

valor presumível destes.

2 – A instituição detentora do depósito penhorado deve comunicar ao órgão da execução fiscal o

saldo da conta ou contas objecto de penhora na data em que esta se considere efectuada.

3 – Salvo nos casos de quantias depositadas à ordem de qualquer entidade em instituição de crédito

competente, em que se aplica o disposto no Código de Processo Civil, a penhora efectuar-se-á por

meio de carta registada com aviso de recepção, dirigida ao depositário, devendo a notificação conter

a indicação de que as quantias depositadas nas contas referidas nos números anteriores ficam

indisponíveis desde a data da penhora, salvo nos casos previstos na lei.

4 – Verificando-se novas entradas, o depositário comunicá-las-á ao órgão da execução fiscal, para

que este, imediatamente, ordene a penhora ou o informe da sua desnecessidade.

5 – Quando, por culpa do depositário, não for possível cobrar a dívida exequenda e o acrescido,

incorrerá ele em responsabilidade subsidiária.

6 – Além das coisas que obrigatoriamente são depositadas em instituição de crédito competente,

poderão também ser ali guardadas outras, desde que isso se mostre conveniente.

Artigo 224º

Formalidades da penhora de créditos

1 - A penhora de créditos consiste na notificação ao devedor, efetuada preferencialmente por via

eletrónica, emitida pelo órgão de execução fiscal, de que todos os créditos do executado até ao valor

da dívida exequenda e acrescido ficam à ordem do órgão de execução fiscal, observando-se o disposto

no Código de Processo Civil, com as necessárias adaptações e ainda as seguintes regras:

a) (Revogado)

b) O devedor, se reconhecer a obrigação imediata de pagar ou não houver prazo para o

pagamento, depositará o crédito em operações de tesouraria, à ordem do órgão da execução

fiscal, no prazo de 30 dias a contar da penhora, e, se o não fizer, será executado pela

importância respectiva, no próprio processo;

c) Se reconhecer a obrigação de pagar, mas tiver a seu favor prazo de pagamento, aguardar-se-á

o seu termo, observando-se seguidamente o disposto na alínea anterior;

d) O devedor será advertido na notificação de que não se exonera pagando directamente ao

credor;

e) (Revogado)

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f) Inexistindo o crédito ou sendo o seu valor insuficiente para garantir a dívida exequenda e

acrescido, o órgão da execução fiscal pode notificar o devedor da penhora de créditos futuros

até àquele valor, mantendo-se válida a notificação por período não superior a um ano, sem

prejuízo de renovação.

2 - Não sendo possível a forma de comunicação prevista no número anterior, a mesma deve ser feita

com as formalidades da citação pessoal e sujeita ao regime desta.

3 - No caso de litigiosidade do crédito penhorado, pode também a Fazenda Pública promover a acção

declaratória, suspendendo-se entretanto a execução se o executado não possuir outros bens

penhoráveis.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 224º

Formalidades da penhora de créditos

1 – A penhora de créditos consiste na notificação aodevedor, feita com as formalidades da citação

pessoal e sujeita ao regime desta, de que todos os créditos do executado até ao valor da dívida

exequenda e acrescido ficam à ordem do órgão da execução fiscal, observando-se o disposto no

Código de Processo Civil, com as necessárias adaptações e ainda as seguintes regras:

g) (Revogado)

h) O devedor, se reconhecer a obrigação imediata de pagar ou não houver prazo para o

pagamento, depositará o crédito em operações de tesouraria, à ordem do órgão da execução

fiscal, no prazo de 30 dias a contar da penhora, e, se o não fizer, será executado pela

importância respectiva, no próprio processo;

i) Se reconhecer a obrigação de pagar, mas tiver a seu favor prazo de pagamento, aguardar-

se-á o seu termo, observando-se seguidamente o disposto na alínea anterior;

j) O devedor será advertido na notificação de que não se exonera pagando directamente ao

credor;

k) (Revogado)

l) Inexistindo o crédito ou sendo o seu valor insuficiente para garantir a dívida exequenda e

acrescido, o órgão da execução fiscal pode notificar o devedor da penhora de créditos

futuros até àquele valor, mantendo-se válida a notificação por período não superior a um

ano, sem prejuízo de renovação.

2 – No caso de litigiosidade do crédito penhorado, pode também a Fazenda Pública promover a

acção declaratória, suspendendo-se entretanto a execução se o executado não possuir outros bens

penhoráveis.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 224º

Formalidades da penhora de créditos

1 – A penhora de créditos será feita por meio de auto, nomeando-se depositário o devedor ou o seu

legítimo representante, e com observância das seguintes regras:

a) Do auto constará se o devedor reconhece a obrigação, a data em que se vence, as

garantias que a acompanham e quaisquer outras circunstâncias que possam interessar à

execução;

b) O devedor, se reconhecer a obrigação imediata de pagar ou não houver prazo para o

pagamento, depositará o crédito em operações de tesouraria, à ordem do órgão da

execução fiscal, no prazo de 30 dias a contar da penhora, e, se o não fizer, será

executado pela importância respectiva, no próprio processo;

c) Se reconhecer a obrigação de pagar, mas tiver a seu favor prazo de pagamento,

aguardar-se-á o seu termo, observando-se seguidamente o disposto na alínea anterior;

d) O devedor será advertido na notificação de que não se exonera pagando directamente

ao credor;

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e) Se negar a obrigação, no todo ou em parte, será o crédito considerado litigioso, na

parte não reconhecida, e, como tal, será posto à venda por três quartas partes do seu

valor.

2 – No caso de litigiosidade do crédito penhorado, pode também a Fazenda Pública promover a

acção declaratória, suspendendo-se entretanto a execução se o executado não possuir outros bens

penhoráveis.

Artigo 225º

Formalidades da penhora de partes sociais ou de quotas em sociedade

1 – A penhora da parte social ou de quota em sociedade será feita mediante auto em que se

especificará o objecto da penhora e o valor resultante do último balanço, nomeando-se depositário um

dos administradores, directores ou gerentes.

2 – Se não for possível indicar no auto da penhora o valor do último balanço, será esse valor fixado

pelo órgão da execução fiscal antes da venda.

Artigo 226º

Formalidades de penhora de títulos de crédito emitidas por entidades públicas

Quando haja de penhorar-se um título de crédito emitido por entidade pública, observar-se-á o

seguinte:

a) Dar-se-á conhecimento aos serviços competentes de que não devem autorizar nem efectuar o

pagamento;

b) No acto da penhora apreender-se-á o título;

c) Não sendo possível a apreensão, o órgão da execução fiscal providenciará no sentido de os

serviços competentes lhe remeterem segunda via do título e considerar nulo o seu original;

d) Em seguida, o órgão da execução fiscal promoverá a cobrança do título, fazendo entrar o

produto em conta da dívida exequenda e do acrescido, e, havendo sobras, depositar-se-ão em

operações de tesouraria, para serem entregues ao executado.

Artigo 227.º

Formalidades da penhora de quaisquer abonos, salários ou vencimentos

Quando a penhora recaia sobre abonos, salários ou vencimentos, é notificada a entidade que os deva

pagar, para que faça, nas quantias devidas, o desconto correspondente ao crédito penhorado e proceda

ao seu depósito.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

Artigo 227º

Formalidades da penhora de quaisquer abonos ou vencimentos

Quando a penhora tiver de recair em quaisquer abonos ou vencimentos de funcionários

públicos ou empregados de pessoa colectiva de direito público ou em salário de empregados de

empresas privadas ou de pessoas particulares, obedece às seguintes regras:

a) Calculada a dívida exequenda e o acrescido, solicitam-se os descontos à entidade

encarregada do respectivo processamento, por carta registada, com aviso de recepção, ainda que

aquela tenha a sede fora da área do órgão da execução fiscal;

b) Os descontos, à medida que forem feitos, serão depositados em operações de tesouraria, à

ordem do órgão da execução fiscal;

c) A entidade que efectuar o depósito enviará um duplicado da respectiva guia para ser junto

ao processo.

d) A frustração da citação por via postal não obsta à aplicação no respectivo processo de

execução fiscal, dos montantes depositados, se aquela não vier devolvida ou, sendo devolvida, não

indicar a nova morada do executado e ainda em caso de não acesso à caixa postal electrónica;

e) A aplicação efectuada nos termos da alínea anterior não prejudica o exercício de direitos

por parte do executado, designadamente quanto à oposição à execução.

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(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 227º

Formalidades da penhora de quaisquer abonos ou vencimentos

Se a penhora tiver de recair em quaisquer abonos ou vencimentos de funcionários públicos ou

empregados de pessoa colectiva de direito público ou em salário de empregados de empresas

privadas ou de pessoas particulares, obedecerá às seguintes regras:

a) Liquidada a dívida exequenda e o acrescido, solicitar-se-ão os descontos à entidade

encarregada de processar as folhas, por carta registada com aviso de recepção, ainda que

aquela tenha a sede fora da área do órgão da execução fiscal, sendo os juros de mora

contados até à data da liquidação;

b) Os descontos, à medida que forem feitos, serão depositados em operações de tesouraria, à

ordem do órgão da execução fiscal;

c) A entidade que efectuar o depósito enviará um duplicado da respectiva guia para ser junto

ao processo.

Artigo 228º

Penhora de rendimentos periódicos

1 - A penhora em rendimentos, tais como rendas, juros ou outras prestações periódicas, terá trato

sucessivo pelos períodos bastantes para o pagamento da dívida exequenda e do acrescido, nomeando-

se depositário o respectivo devedor.

2 - As importâncias vencidas serão depositadas em operações de tesouraria, à ordem do órgão da

execução fiscal.

3 - A penhora a que se refere este artigo caduca de direito logo que esteja extinta a execução, o que

será comunicado ao depositário.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 228º

Penhora de rendimentos periódicos

1 – A penhora em rendimentos, tais como rendas, juros ou outras prestações periódicas, terá trato

sucessivo pelos períodos bastantes para o pagamento da dívida exequenda e do acrescido, nomeando-

se depositário o respectivo devedor.

2 – As importâncias vencidas serão depositadas em operações de tesouraria, à ordem do órgão

periférico local da área da residência do depositário mediante documento de cobrança passado pelo

funcionário, devendo ser enviado duplicado da guia comprovativo do pagamento ao do órgão da

execução fiscal.

3 – A penhora a que se refere este artigo caduca de direito logo que esteja extinta a execução, o que

será comunicado ao depositário.

Artigo 229º

Formalidades da penhora de rendimentos

1 – Na penhora de rendimentos observar-se-á o seguinte:

a) No acto da penhora, notificar-se-á o devedor dos rendimentos de que não ficará desonerado

da obrigação se pagar ao executado, o que se fará constar do auto;

b) Se o prédio não estiver arrendado à data da penhora ou se o arrendamento findar entretanto,

será o mesmo prédio, ou a parte dele que ficar devoluta, arrendado no processo, pela melhor

oferta e por prazo não excedente a um ano, renovável até ao pagamento da execução;

c) Se um imóvel impenhorável estiver ocupado gratuitamente, ser-lhe-á atribuído, para efeitos

de penhora, uma renda mensal correspondente a 1/240 ou 1/180 do seu valor patrimonial,

conforme se trate, respectivamente, de prédio rústico ou prédio urbano;

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d) Se o estabelecimento comercial ou industrial, ou a concessão mineira, cujo direito à

exploração haja sido penhorado, se encontrar paralisado, proceder-se-á à cedência pela

melhor oferta e por prazo não excedente a um ano, renovável até ao pagamento da execução;

e) Se o estabelecimento for concessão mineira, a penhora do direito à exploração, referida na

alínea anterior, depende de autorização do ministro competente, que a concederá no prazo de

30 dias;

f) Se os rendimentos penhorados não forem pagos no seu vencimento, será o respectivo

devedor executado no processo pelas importâncias não depositadas.

2 – É aplicável à entrega dos rendimentos penhorados o disposto no n.º 2 do artigo anterior.

Artigo 230º

Penhora de móveis sujeita a registo

1 – Quando a penhora de móveis estiver sujeita a registo, será este imediatamente requerido pelo

órgão da execução fiscal, aplicando-se o n.º 4 do artigo 195º.

2 – O serviço competente efectuará o registo no prazo de 15 dias e, dentro deste prazo, remeterá o

respectivo certificado e a certidão de ónus, a fim de serem juntos ao processo.

3 – A penhora prevista neste artigo também pode ser realizada por comunicação electrónica à

conservatória competente, nos termos previstos no Código de Processo Civil.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 230º

Penhora de móveis sujeita a registo

1 – Quando a penhora de móveis estiver sujeita a registo, será este imediatamente requerido pelo

órgão da execução fiscal, aplicando-se o n.º 4 do artigo 195º.

2 – O serviço competente efectuará o registo no prazo de 15 dias e, dentro deste prazo, remeterá o

respectivo certificado e a certidão de ónus, a fim de serem juntos ao processo.

Artigo 231º

Formalidades de penhora de imóveis

1 - A penhora de imóveis ou de figuras parcelares do respectivo direito de propriedade é efectuada por

comunicação emitida pelo órgão da execução fiscal à conservatória do registo predial competente,

emitindo-se uma comunicação por cada prédio, na qual se reproduzem todos os elementos da

caderneta predial, bem como a identificação do devedor, o valor da dívida, o número do processo e o

número da penhora, observando-se ainda o seguinte:

a) A penhora deve ser registada no prazo máximo de cinco dias;

b) Efectuado o registo, a conservatória comunica ao órgão da execução o número da

apresentação, os elementos identificativos do registo e a identificação do ónus ou encargos que

recaem sobre o bem penhorado, identificando os respectivos beneficiários, bem como o valor dos

emolumentos e a conta;

c) Seguidamente, o órgão da execução fiscal nomeia depositário mediante notificação por

carta registada com aviso de recepção, podendo ser escolhido um funcionário da administração

tributária, o próprio executado, seja pessoa singular ou colectiva, ou outro, a quem os bens penhorados

são entregues;

d) (Revogada.)

e) (Revogada.)

2 - Os actos e comunicações referidos no número anterior são efectuados, sempre que possível, por via

electrónica, podendo os elementos da caderneta predial ser substituídos por consulta directa à matriz

predial informatizada.

3 - A comunicação da penhora contém a assinatura electrónica qualificada do titular do órgão da

execução, valendo como autenticação a certificação de acesso das conservatórias aos serviços

electrónicos da administração tributária.

4 - A comunicação referida no n.º 1 vale como apresentação para efeitos de inscrição no registo.

5 - A penhora de imóveis pode também ser efetuada nos termos do Código de Processo Civil, com as

especificidades previstas na presente lei.

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(Redacção da Lei n.º 13/2016, de 23 de Maio, com início de vigência a 24 de Maio de 2016 e

aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes)

Artigo 231º

Formalidades de penhora de imóveis

1 - A penhora de imóveis ou de figuras parcelares do respectivo direito de propriedade é efectuada

por comunicação emitida pelo órgão da execução fiscal à conservatória do registo predial

competente, emitindo -se uma comunicação por cada prédio, na qual se reproduzem todos os

elementos da caderneta predial, bem como a identificação do devedor, o valor da dívida, o número do

processo e o número da penhora, observando -se ainda o seguinte:

a) A penhora deve ser registada no prazo máximo de cinco dias;

b) Efectuado o registo, a conservatória comunica ao órgão da execução o número da

apresentação, os elementos identificativos do registo e a identificação do ónus ou encargos que

recaem sobre o bem penhorado, identificando os respectivos beneficiários, bem como o valor dos

emolumentos e a conta;

c) Seguidamente, o órgão da execução fiscal nomeia depositário mediante notificação por

carta registada com aviso de recepção, podendo ser escolhido um funcionário da administração

tributária, o próprio executado, seja pessoa singular ou colectiva, ou outro, a quem os bens

penhorados são entregues;

d) (Revogada.)

e) (Revogada.)

2 - Os actos e comunicações referidos no número anterior são efectuados, sempre que possível, por

via electrónica, podendo os elementos da caderneta predial ser substituídos por consulta directa à

matriz predial informatizada.

3 - A comunicação da penhora contém a assinatura electrónica qualificada do titular do órgão da

execução, valendo como autenticação a certificação de acesso das conservatórias aos serviços

electrónicos da administração tributária.

4 - A comunicação referida no n.º 1 vale como apresentação para efeitos de inscrição no registo.

5 - A penhora de imóveis pode também ser efectua da nos termos do Código de Processo Civil.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 231º

Formalidades de penhora de imóveis

1 - Na penhora de imóveis lavrar-se-á um auto em relação a cada prédio e observar-se-á o seguinte:

a) Os bens penhorados serão entregues a um depositário escolhido pelo funcionário

competente, sob sua responsabilidade, podendo a escolha recair no executado;

b) No auto, o funcionário competente deve, além dos requisitos gerais, identificar o prédio,

designando a sua natureza rústica, urbana ou mista, a área aproximada, coberta e livre, a

situação, confrontações, número de polícia e denominação, havendo-os;

c) O auto será assinado pelo depositário ou por duas testemunhas, quando este não souber ou

não puder assinar, sendo-lhe entregue uma relação dos bens penhorados, se a pedir;

d) Feita no auto a anotação do artigo da matriz e do valor patrimonial, será o mesmo

apresentado na conservatória do registo predial para, no prazo de 48 horas, nele se indicar

o número da descrição predial ou se declarar que não está descrito;

e) Cumpridas as regras anteriores, observar-se-á o disposto no artigo 230º.

2 – A penhora de imóveis também pode ser realizada por comunicação electrónica à conservatória do

registo predial, nos termos previstos no Código de Processo Civil.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

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Artigo 231º

Formalidades de penhora de imóveis

Na penhora de imóveis lavrar-se-á um auto em relação a cada prédio e observar-se-á o seguinte:

a) Os bens penhorados serão entregues a um depositário escolhido pelo funcionário

competente, sob sua responsabilidade, podendo a escolha recair no executado;

b) No auto, o funcionário competente deve, além dos requisitos gerais, identificar o prédio,

designando a sua natureza rústica, urbana ou mista, a área aproximada, coberta e livre,

a situação, confrontações, número de polícia e denominação, havendo-os;

c) O auto será assinado pelo depositário ou por duas testemunhas, quando este não souber

ou não puder assinar, sendo-lhe entregue uma relação dos bens penhorados, se a pedir;

d) Feita no auto a anotação do artigo da matriz e do valor patrimonial, será o mesmo

apresentado na conservatória do registo predial para, no prazo de 48 horas, nele se

indicando o número da descrição predial ou se declarar que não está descrito;

e) Cumpridas as regras anteriores, observar-se-á o disposto no artigo 230º.

Artigo 232º

Formalidades da penhora do direito a bens indivisos

Da penhora que tiver por objecto o direito a uma parte de bens, lavrar-se-á auto, no qual se indicará a

quota do executado, se identificarão os bens, se forem determinados, e os condóminos, observando-se

ainda as regras seguintes:

a) O depositário será escolhido pelo funcionário, que preferirá o administrador dos bens, se o

houver, podendo, na falta deste, ser o próprio executado;

b) Obtidos os elementos indispensáveis junto do órgão de execução fiscal e da conservatória,

será a penhora registada, se for caso disso, e, depois de passados o certificado de registo e a

certidão de ónus, serão estes documentos juntos ao processo;

c) Efectuada a penhora no direito e acção a herança indivisa, e correndo inventário, o órgão da

execução fiscal comunicará o facto ao respectivo tribunal e solicitar-lhe-á que oportunamente

informe quais os bens adjudicados ao executado, podendo, neste caso, a execução ser

suspensa por período não superior a 1 ano;

d) A penhora transfere-se, sem mais, para os bens que couberem ao executado na partilha.

Artigo 233º

Responsabilidade dos depositários

À responsabilidade dos depositários dos bens penhorados aplicar-se-ão as seguintes regras:

a) Para os efeitos da responsabilização do depositário pelo incumprimento do dever de

apresentação de bens, aquele será executado pela importância respectiva, no próprio

processo, sem prejuízo do procedimento criminal;

b) O depositário poderá ser oficiosamente removido pelo órgão da execução fiscal;

c) Na prestação de contas o órgão da execução fiscal nomeará um perito, se for necessário, e

decidirá segundo o seu prudente arbítrio.

Artigo 234º

Penhora de direitos

É subsidiariamente aplicável à penhora de direitos o disposto na lei para a penhora das coisas móveis

e das coisas imóveis.

Artigo 235º

Levantamento da penhora

1 - (Revogado.)

2 - A penhora não será levantada qualquer que seja o tempo por que se mantiver parada a execução,

ainda que o motivo não seja imputável ao executado.

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3 – Quando a execução tiver sido paga por terceiro sub-rogado e o processo, por motivo que lhe seja

imputável, se encontre parado há mais de 6 meses, a penhora poderá ser levantada a requerimento do

executado ou de qualquer credor.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 235º

Levantamento da penhora

1 – A penhora pode ser levantada verificados os pressupostos previstos no artigo 183º-A, aplicando-

se os termos aí estatuídos, com as necessárias adaptações.

2 – Quando a execução tiver sido paga por terceiro sub-rogado e o processo, por motivo que lhe seja

imputável, se encontre parado há mais de 6 meses, a penhora poderá ser levantada a requerimento do

executado ou de qualquer credor.

Artigo 236º

Inexistência de bens penhoráveis

1 – Se ao executado não forem encontrados bens penhoráveis, o funcionário competente lavrará auto

de diligência, perante duas testemunhas idóneas que ratifiquem o facto, devendo uma delas, sempre

que possível, ser o presidente da junta de freguesia.

2 – O auto será assinado pelas testemunhas, se souberem e puderem fazê-lo, e pelo funcionário

competente.

3 – O órgão da execução fiscal assegurar-se-á, por todos os meios ao seu alcance, incluindo a consulta

dos arquivos informáticos da administração tributária, de que o executado não possui bens

penhoráveis.

SUBSECÇÃO III

Dos embargos de terceiro

Artigo 237º

Função do incidente dos embargos de terceiro. Disposições aplicáveis

1 – Quando o arresto, a penhora ou qualquer outro acto judicialmente ordenado de apreensão ou

entrega de bens ofender a posse ou qualquer outro direito incompatível com a realização ou o âmbito

da diligência, de que seja titular um terceiro, pode este fazê-lo valer por meio de embargos de terceiro.

2 – Os embargos são deduzidos junto do órgão da execução fiscal.

3 – O prazo para dedução de embargos de terceiro é de 30 dias contados desde o dia em que foi

praticado o acto ofensivo da posse ou direito ou daquele em que o embargante teve conhecimento da

ofensa, mas nunca depois de os respectivos bens terem sido vendidos.

Artigo 238º

Eficácia do caso julgado

A decisão de mérito proferida nos embargos de terceiro constitui caso julgado no processo de

execução fiscal quanto à existência e titularidade dos direitos invocados por embargante e embargado.

SECÇÃO VIII

Da convocação dos credores e da verificação dos créditos

Artigo 239º

Citação dos credores preferentes e do cônjuge

1 – Feita a penhora e junta a certidão de ónus, serão citados os credores com garantia real,

relativamente aos bens penhorados, e o cônjuge do executado no caso previsto no artigo 220º ou

quando a penhora incida sobre bens imóveis ou bens móveis sujeitos a registo, sem o que a execução

não prosseguirá.

2 - Os credores desconhecidos, bem como os sucessores dos credores preferentes, são citados por

éditos de 10 dias.

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(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 239º

Citação dos credores preferentes e do cônjuge

1 – Feita a penhora e junta a certidão de ónus, serão citados os credores com garantia real,

relativamente aos bens penhorados, e o cônjuge do executado no caso previsto no artigo 220º ou

quando a penhora incida sobre bens imóveis ou bens móveis sujeitos a registo, sem o que a execução

não prosseguirá.

2 – Os credores desconhecidos, bem como os sucessores dos credores preferentes, serão citados por

anúncio e éditos de 20 dias.

Artigo 240º

Convocação de credores

1 – Podem reclamar os seus créditos no prazo de 15 dias após a citação nos termos do artigo anterior

os credores que gozem de garantia real sobre os bens penhorados.

2 – O crédito exequendo não carece de ser reclamado.

3 - O órgão da execução fiscal só procede à convocação de credores quando dos autos conste a

existência de qualquer direito real de garantia.

4 – O disposto no número anterior não obsta a que o credor com garantia real reclame

espontaneamente o seu crédito na execução, até à transmissão dos bens penhorados.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 240º

Convocação de credores

1 – Podem reclamar os seus créditos no prazo de 15 dias após a citação nos termos do artigo anterior

os credores que gozem de garantia real sobre os bens penhorados.

2 – O crédito exequendo não carece de ser reclamado.

3 – O órgão da execução fiscal pode não proceder à convocação de credores quando a penhora

incida apenas sobre abonos, vencimentos ou pensões ou quando, em caso de penhora de dinheiro ou

bens móveis sujeitos a registo, dos autos não constar qualquer direito real de garantia e a dívida seja

inferior a 250 unidades de conta.

4 – O disposto no número anterior não obsta a que o credor com garantia real reclame

espontaneamente o seu crédito na execução, até à transmissão dos bens penhorados.

(Redacção da Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro)

Artigo 240º

Convocação de credores

1 – Podem reclamar os seus créditos no prazo de 15 dias após a citação nos termos do artigo anterior

os credores que gozem de garantia real sobre os bens penhorados.

2 – O crédito exequendo não carece de ser reclamado.

3 – O órgão da execução fiscal poderá não proceder à convocação dos credores quando a penhora

incida apenas sobre abonos, vencimentos ou pensões ou quando, em caso de penhora de dinheiro ou

bens móveis sujeitos a registo, dos autos não constar qualquer direito real de garantia e a dívida seja

inferior a 100 unidades de conta.

4 – O disposto no número anterior não obsta a que o credor com garantia real reclame

espontaneamente o seu crédito na execução, até à transmissão dos bens penhorados.

Artigo 241º

Citação do órgão da execução fiscal

1 - Se não se verificarem as circunstâncias do n.º 3 do artigo anterior, são citados os diretores dos

órgãos periféricos regionais da área do domicílio fiscal da pessoa a quem foram penhorados os bens

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160

onde não corra o processo para, no prazo de 15 dias, apresentarem certidão das dívidas que devam ser

reclamadas.

2 - Se a certidão tiver de ser passada pelo órgão periférico regional da administração tributária onde

correr o processo, será junto a este, sem mais formalidades, no prazo de 10 dias a contar da penhora.

3 – Às certidões e à citação a que se refere este artigo é aplicável o disposto nos n.ºs 2, 3 e 4 do artigo

80º do presente Código.

(Redacção da Lei n.º 100/2017, de 28 de Agosto, com início de vigência em 1 de Janeiro de 2018

aplicando-se aos processos pendentes)

Artigo 241º

Citação do órgão da execução fiscal

1 – Se não se verificarem as circunstâncias do n.º 3 do artigo anterior, serão citados os chefes dos

serviços periféricos locais da área do domicílio fiscal da pessoa a quem foram penhorados os bens e

da situação dos imóveis ou do estabelecimento comercial ou industrial onde não corra o processo

para, no prazo de 15 dias, apresentarem certidão das dívidas que devam ser reclamadas.

2 – Se a certidão tiver de ser passada pelo serviço local ou periférico da administração tributária

onde correr o processo, será junto a este, sem mais formalidades, no prazo de 10 dias a contar da

penhora.

3 – Às certidões e à citação a que se refere este artigo é aplicável o disposto nos n.ºs 2, 3 e 4 do

artigo 80º do presente Código.

Artigo 242º

Citação edital dos credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes

Para a citação dos credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes afixar-se-á um

só edital no órgão da execução fiscal onde correr a execução.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 242º

Citação edital dos credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes

1 – Para a citação dos credores desconhecidos e sucessores não habilitados dos preferentes afixar-

se-á um só edital no órgão da execução fiscal onde correr a execução.

2 – Os anúncios serão publicados em dois números seguidos de um dos jornais mais lidos no local da

execução ou no da sede ou da localização dos bens.

3 – Se a quantia penhorada for inferior a 100 unidades de conta publicar-se-á um único anúncio e, se

for inferior a 20 vezes esse valor, não haverá anúncio algum.

Artigo 243º

Prazo de reclamação de créditos pelo representante da Fazenda Pública

(Revogado pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 243º

Prazo de reclamação de créditos pelo representante da Fazenda Pública

O representante da Fazenda Pública junto do tribunal tributário de 1ª instância da área do órgão da

execução fiscal reclamará os créditos no prazo de 25 dias a contar da data em que for notificado.

Artigo 244º

Realização da venda

1 - A venda realiza-se após o termo do prazo de reclamação de créditos.

2 - Não há lugar à realização da venda de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e

permanente do devedor ou do seu agregado familiar, quando o mesmo esteja efetivamente afeto a esse

fim.

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3 - O disposto no número anterior não é aplicável aos imóveis cujo valor tributável se enquadre, no

momento da penhora, na taxa máxima prevista para a aquisição de prédio urbano ou de fração

autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, em sede de

imposto sobre as transmissões onerosas de imóveis.

4 - Nos casos previstos no número anterior, a venda só pode ocorrer um ano após o termo do prazo de

pagamento voluntário da dívida mais antiga.

5 - A penhora do bem imóvel referido no n.º 2 não releva para efeitos do disposto no artigo 217.º,

enquanto se mantiver o impedimento à realização da venda previsto no número anterior, e não impede

a prossecução da penhora e venda dos demais bens do executado.

6 - O impedimento legal à realização da venda de imóvel afeto a habitação própria e permanente

previsto no n.º 2 pode cessar a qualquer momento, a requerimento do executado.

(Redacção da Lei n.º 13/2016, de 23 de Maio, com início de vigência a 24 de Maio de 2016 e

aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes)

Artigo 244º

Realização da venda

A venda realiza-se após o termo do prazo de reclamação de créditos.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 244º

Realização da venda

1 – A venda realizar-se-á após o termo do prazo de reclamação de créditos.

2 – Pode ser suspensa mediante decisão fundamentada do órgão da execução fiscal a realização da

venda caso o valor dos créditos reclamados pelos credores referidos nos artigos 240º e 242º for

manifestamente superior ao da dívida exequenda e acrescido, podendo a execução prosseguir em

outros bens.

3 – No caso previsto no número anterior, a venda só se realizará após o trânsito em julgado da

decisão de verificação e graduação de créditos, caso desta resulte o valor dos créditos reclamados aí

referidos ser inferior ao montante da dívida exequenda e acrescido.

Artigo 245º

Verificação e graduação de créditos

1 – A verificação e graduação dos créditos tem efeito suspensivo quanto ao seu objecto, sem prejuízo

do andamento da execução fiscal até à venda dos bens.

2 - Havendo reclamações ou juntas as certidões referidas no artigo 241.º, o órgão de execução fiscal

procede à verificação e graduação de créditos, notificando dela todos os credores que reclamaram

créditos.

3 - Os credores referidos no número anterior podem reclamar da verificação e graduação de créditos

nos termos e prazos previstos nos artigos 276.º e seguintes.

4 - A reclamação referida no número anterior tem efeitos suspensivos, procedendo-se à sua remessa

imediata ao tribunal tributário de 1.ª instância acompanhado de cópia autenticada do processo

principal.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 245º

Verificação e graduação de créditos

1 – A verificação e graduação dos créditos tem efeito suspensivo quanto ao seu objecto, sem prejuízo

do andamento da execução fiscal até à venda dos bens.

2 – Havendo reclamações ou juntas as certidões referidas no artigo 241º, o processo será remetido

ao tribunal tributário de 1ª instância para ulteriores termos de verificação e graduação de créditos

acompanhado de cópia autenticada do processo principal.

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Artigo 246º

Disposições aplicáveis à reclamação de créditos

1 - Na reclamação de créditos observam-se as disposições do Código de Processo Civil, exceto no que

respeita à reclamação da decisão de verificação e graduação, que é efetuada exclusivamente nos

termos dos artigos 276.º a 278.º deste código.

2 - Na reclamação de créditos só é admissível prova documental.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 246º

Disposições aplicáveis à reclamação de créditos

Na reclamação de créditos, observar-se-ão as disposições do Código de Processo Civil, mas só é

admissível prova documental.

Artigo 247º

Devolução do processo de reclamação de créditos ao órgão da execução fiscal

1 - Os processos que tiverem subido ao tribunal tributário de 1.ª instância, em virtude de reclamação

da decisão do órgão de execução fiscal, para decisão da verificação e graduação de créditos, são

devolvidos ao órgão da execução fiscal após o trânsito em julgado da decisão.

2 – No caso de o tribunal tributário de 1ª instância não poder efectuar a liquidação por não dispor dos

elementos necessários, solicitá-los-á ao órgão da execução fiscal para que lhes forneça no prazo que

fixar.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 247º

Devolução do processo de reclamação de créditos ao órgão da execução fiscal

1 – Os processos que tiverem subido ao tribunal tributário de 1ª instância para decisão da verificação

e graduação de créditos serão devolvidos ao órgão da execução fiscal.

2 – No caso de o tribunal tributário de 1ª instância não poder efectuar a liquidação por não dispor

dos elementos necessários, solicitá-los-á ao órgão da execução fiscal para que lhes forneça no prazo

que fixar.

SECÇÃO IX

Da venda dos bens penhorados

Artigo 248º

Regra geral

1 - A venda é feita preferencialmente por meio de leilão electrónico ou, na sua impossibilidade, de

propostas em carta fechada, nos termos dos números seguintes, salvo quando o presente Código

disponha de forma contrária.

2 - A venda é realizada por leilão electrónico, que decorre durante 15 dias, sendo o valor base o

correspondente a 70 % do determinado nos termos do artigo 250.º

3 - Inexistindo propostas nos termos do número anterior, a venda passa imediatamente para a

modalidade de proposta em carta fechada, que decorre durante 15 a 20 dias, baixando o valor base

referido no número anterior para 50 % do determinado nos termos do artigo 250.º

4 - Não sendo apresentadas propostas nos termos fixados nos números anteriores, é aberto de novo

leilão electrónico, que decorre durante 15 dias, adjudicando-se o bem à proposta de valor mais

elevado.

5 - O órgão de execução fiscal pode determinar a venda em outra modalidade prevista no Código de

Processo Civil.

6 - Os procedimentos e especificações da realização da venda por leilão electrónico são definidos por

portaria do Ministro das Finanças.

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(Redacção do Decreto-Lei n.º 36/2016, de 1 de Julho, com início de vigência a 2 de Julho de

2016)

Artigo 248º

Regra geral

1 - A venda é feita preferencialmente por meio de leilão electrónico ou, na sua impossibilidade, de

propostas em carta fechada, nos termos dos números seguintes, salvo quando o presente Código

disponha de forma contrária.

2 - A venda é realizada por leilão electrónico, que decorre durante 15 dias, sendo o valor base o

correspondente a 70 % do determinado nos termos do artigo 250.º

3 - Inexistindo propostas nos termos do número anterior, a venda passa imediatamente para a

modalidade de proposta em carta fechada, que decorre durante 15 a 20 dias, baixando o valor base

referido no número anterior para 50 % do determinado nos termos do artigo 250.º

4 - Não sendo apresentadas propostas nos termos fixados nos números anteriores, é aberto de novo

leilão electrónico, que decorre durante 15 dias, adjudicando-se o bem à proposta de valor mais

elevado.

5 - O dirigente máximo do serviço pode determinar a venda em outra modalidade prevista no Código

de Processo Civil.

6 - Os procedimentos e especificações da realização da venda por leilão electrónico são definidos por

portaria do Ministro das Finanças.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 248º

Regra geral

1 - A venda é feita preferencialmente por meio de leilão electrónico ou, na sua impossibilidade, de

propostas em carta fechada, nos termos dos números seguintes, salvo quando o presente Código

disponha de forma contrária.

2 - A venda é realizada por leilão electrónico, que decorre durante 15 dias, sendo o valor base o

correspondente a 70 % do determinado nos termos do artigo 250.º

3 - Inexistindo propostas nos termos do número anterior, a venda passa imediatamente para a

modalidade de proposta em carta fechada, que decorre durante 15 a 20 dias, baixando o valor base

referido no número anterior para 50 % do determinado nos termos do artigo 250.º

4 - Não sendo apresentadas propostas nos termos fixados nos números anteriores, é aberto de novo

leilão electrónico, que decorre durante 20 dias, adjudicando-se o bem à proposta de valor mais

elevado.

5 - O dirigente máximo do serviço pode determinar a venda em outra modalidade prevista no Código

de Processo Civil.

6 - Os procedimentos e especificações da realização da venda por leilão electrónico são definidos por

portaria do Ministro das Finanças.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 248º

Regra geral

1 – A venda é feita por meio de propostas em carta fechada, salvo quando diversamente se disponha

na presente lei.

Artigo 249º

Publicidade da venda

1 - Determinada a venda, procede-se à respectiva publicitação, mediante divulgação através da

Internet.

2 - O disposto no número anterior não prejudica que, por iniciativa do órgão da execução fiscal ou por

sugestão dos interessados na venda, sejam utilizados outros meios de divulgação.

3 - (Revogado.)

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164

4 - (Revogado.)

5 – Em todos os meios de publicitação da venda incluem-se, por forma que permita a sua fácil

compreensão, as seguintes indicações:

a) Designação do órgão por onde corre o processo;

b) Nome ou firma dos executados;

c) Identificação sumária dos bens;

d) Local, prazo e horas em que os bens podem ser examinados;

e) Valor base da venda;

f) Designação e endereço do órgão a quem devem ser entregues ou enviadas as propostas;

g) Data e hora limites para recepção das propostas;

h) Data, hora e local de abertura das propostas.

i) Qualquer condição prevista em lei especial para a aquisição, detenção ou comercialização

dos bens.

6 – Os bens devem estar patentes no local indicado, pelo menos até ao dia e hora limites para recepção

das propostas, sendo o depositário obrigado a mostrá-los a quem pretenda examiná-los, durante as

horas fixadas nos meios de publicitação da venda.

7 – Os titulares do direito de preferência na alienação dos bens são notificados do dia e hora da

entrega dos bens ao proponente, para poderem exercer o seu direito no acto da adjudicação.

8 – A publicitação através da Internet faz-se nos termos definidos em portaria do Ministro das

Finanças.

9 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2013)

Artigo 249º

Publicidade da venda

1 - Determinada a venda, procede-se à respectiva publicitação, mediante divulgação através da

Internet.

2 - O disposto no número anterior não prejudica que, por iniciativa do órgão da execução fiscal ou

por sugestão dos interessados na venda, sejam utilizados outros meios de divulgação.

3 - (Revogado.)

4 - (Revogado.)

5 – Em todos os meios de publicitação da venda incluem-se, por forma que permita a sua fácil

compreensão, as seguintes indicações:

a) Designação do órgão por onde corre o processo;

b) Nome ou firma dos executados;

c) Identificação sumária dos bens;

d) Local, prazo e horas em que os bens podem ser examinados;

e) Valor base da venda;

f) Designação e endereço do órgão a quem devem ser entregues ou enviadas as propostas;

g) Data e hora limites para recepção das propostas;

h) Data, hora e local de abertura das propostas.

6 – Os bens devem estar patentes no local indicado, pelo menos até ao dia e hora limites para

recepção das propostas, sendo o depositário obrigado a mostrá-los a quem pretenda examiná-los,

durante as horas fixadas nos meios de publicitação da venda.

7 – Os titulares do direito de preferência na alienação dos bens são notificados do dia e hora da

entrega dos bens ao proponente, para poderem exercer o seu direito no acto da adjudicação.

8 – A publicitação através da Internet faz-se nos termos definidos em portaria do Ministro das

Finanças.

9 - (Revogado.)

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

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165

Artigo 249º

Publicidade da venda

1 – Determinada a venda, procede-se à respectiva publicitação, mediante editais, anúncios e

divulgação através da Internet.

2 – Os editais são afixados, com a antecipação de 10 dias úteis, um na porta dos serviços do órgão da

execução fiscal e outro na porta da sede da junta de freguesia em que os bens se encontrem.

3 – Tratando-se de prédios urbanos, afixa-se também um edital na porta de cada um deles, com a

mesma antecipação.

4 – Os anúncios são publicados, com a antecipação referida no n.º 2, num dos jornais mais lidos no

lugar da execução ou no da localização dos bens.

5 – Em todos os meios de publicitação da venda incluem-se, por forma que permita a sua fácil

compreensão, as seguintes indicações:

a) Designação do órgão por onde corre o processo;

b) Nome ou firma dos executados;

c) Identificação sumária dos bens;

d) Local, prazo e horas em que os bens podem ser examinados;

e) Valor base da venda;

f) Designação e endereço do órgão a quem devem ser entregues ou enviadas as propostas;

g) Data e hora limites para recepção das propostas;

h) Data, hora e local de abertura das propostas.

6 – Os bens devem estar patentes no local indicado, pelo menos até ao dia e hora limites para

recepção das propostas, sendo o depositário obrigado a mostrá-los a quem pretenda examiná-los,

durante as horas fixadas nos meios de publicitação da venda.

7 – Os titulares do direito de preferência na alienação dos bens são notificados do dia e hora da

entrega dos bens ao proponente, para poderem exercer o seu direito no acto da adjudicação.

8 – A publicitação através da Internet faz-se nos termos definidos em portaria do Ministro das

Finanças.

9 – Nas execuções por dívidas até 60 vezes a unidade de conta podem não se publicar anúncios para

a venda, quando o órgão da execução fiscal o entender dispensável, atento o reduzido valor dos bens,

procedendo-se, porém, sempre, à afixação de editais, à publicitação através da Internet e às

notificações.

Artigo 250º

Valor dos bens para venda

1 – O valor base para venda é determinado da seguinte forma:

a) Os imóveis urbanos, inscritos ou omissos na matriz, pelo valor patrimonial tributário

apurado nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI);

b) Os imóveis rústicos, pelo valor patrimonial actualizado com base em factores de correcção

monetária, nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 287/2003, de

12 de Novembro;

c) Os móveis, pelo valor que lhes tenha sido atribuído no auto de penhora, salvo se outro for

apurado pelo órgão da execução fiscal, podendo esse apuramento ser precedido de parecer técnico

solicitado a perito com conhecimentos técnicos especializados.

2 - O órgão da execução fiscal promove oficiosamente a avaliação dos prédios urbanos ainda não

avaliados nos termos do CIMI, que estará concluída no prazo máximo de 20 dias e será efectuada por

verificação directa, sem necessidade dos documentos previstos no artigo 37.º do respectivo Código.

3 - A avaliação efectuada nos termos do número anterior produz efeitos imediatos em sede do IMI.

4 – O valor base a anunciar para venda é igual a 70 % do determinado nos termos do n.º 1.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

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Artigo 250º

Valor base dos bens para a venda

1 – O valor base para venda é determinado da seguinte forma:

a) Os imóveis urbanos, inscritos ou omissos na matriz, pelo valor patrimonial tributário

apurado nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI);

b) Os imóveis rústicos inscritos ou omissos na matriz, pelo valor que seja fixado pelo órgão

da execução fiscal, podendo a fixação ser precedida de parecer técnico do presidente da comissão de

avaliação ou de um perito avaliador designado nos termos da lei, não podendo ser inferior ao valor

patrimonial;

c) Os móveis, pelo valor que lhes tenha sido atribuído no auto de penhora, salvo se outro for

apurado pelo órgão da execução fiscal, podendo esse apuramento ser precedido de parecer técnico

solicitado a perito com conhecimentos técnicos especializados.

2 - O órgão da execução fiscal promove oficiosamente a avaliação dos prédios urbanos ainda não

avaliados nos termos do CIMI, que estará concluída no prazo máximo de 20 dias e será efectuada por

verificação directa, sem necessidade dos documentos previstos no artigo 37.º do respectivo Código.

3 - A avaliação efectuada nos termos do número anterior produz efeitos imediatos em sede do IMI.

4 – O valor base a anunciar para venda é igual a 70 % do determinado nos termos do n.º 1.

(Redacção da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro)

Artigo 250º

Valor base dos bens para a venda

1 – O valor base para venda é determinado da seguinte forma:

a) Os imóveis urbanos, inscritos ou omissos na matriz, pelo valor patrimonial tributário

apurado nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI);

b) Os imóveis rústicos inscritos ou omissos na matriz, pelo valor que seja fixado pelo órgão

da execução fiscal, podendo a fixação ser precedida de parecer técnico do presidente da comissão de

avaliação ou de um perito avaliador designado nos termos da lei, não podendo ser inferior ao valor

patrimonial;

c) Os móveis, pelo valor que lhes tenha sido atribuído no auto de penhora, salvo se outro for

apurado pelo órgão da execução fiscal, podendo esse apuramento ser precedido de parecer técnico

solicitado a perito com conhecimentos técnicos especializados.

2 - O órgão da execução fiscal promove oficiosamente a avaliação dos prédios urbanos ainda não

avaliados nos termos do CIMI, que estará concluída no prazo máximo de 20 dias e será efectuada por

verificação directa, sem necessidade dos documentos previstos no artigo 37.º do respectivo Código.

3 - A avaliação efectuada nos termos do número anterior produz efeitos imediatos em sede do IMI.

4 – O valor base a anunciar para a venda é igual a 70% do determinado nos termos do número

anterior.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 250º

Valor base dos bens para a venda

1 – O valor base para venda é determinado da seguinte forma:

a) Os imóveis, inscritos ou omissos na matriz, pelo valor que for fixado pelo órgão da execução

fiscal, podendo a fixação ser precedida de parecer técnico do presidente da comissão de

avaliação ou de um perito avaliador designado nos termos da lei, não podendo ser inferior

ao valor patrimonial;

b) Os móveis, pelo valor que lhes tenha sido atribuído no auto de penhora, salvo se outro for

apurado pelo órgão da execução fiscal.

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2 – O valor base a anunciar para a venda é igual a 70% do determinado nos termos do número

anterior.

Artigo 251º

Local de entrega das propostas e de realização da venda. Equiparação da concessão mineira a

imóvel

1 – A entrega de propostas far-se-á no local do órgão da execução fiscal onde vai ser efectuada a

venda.

2 - A proposta pode ser igualmente enviada por transmissão electrónica de dados, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças.

3 – A concessão mineira é equiparada a imóvel, devendo, se abranger vários concelhos, a venda

realizar-se no órgão da execução fiscal da área onde se processa a maior parte do processo de

exploração.

4 – A validade da venda da concessão mineira depende de autorização expressa do ministro

competente, a requerimento do adquirente, a apresentar no prazo de 60 dias após a sua realização.

(Redacção da Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro)

Artigo 251º

Local de entrega das propostas e de realização da venda. Equiparação da concessão mineira a

imóvel

1 – A entrega de propostas far-se-á no local do órgão da execução fiscal onde vai ser efectuada a

venda.

2 – (Revogado).

3 – A concessão mineira é equiparada a imóvel, devendo, se abranger vários concelhos, a venda

realizar-se no órgão da execução fiscal da área onde se processa a maior parte do processo de

exploração.

4 – A validade da venda da concessão mineira depende de autorização expressa do ministro

competente, a requerimento do adquirente, a apresentar no prazo de 60 dias após a sua realização.

Artigo 252.º

Outras modalidades de venda

1 - A venda por outra das modalidades previstas no Código de Processo Civil só é efectuada nos

seguintes casos:

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando os bens a vender forem valores mobiliários admitidos à cotação em bolsa.

c) Quando for determinado pelo órgão de execução fiscal.

d)….

e) Quando for determinado pelo dirigente máximo do serviço.

2 - Quando haja fundada urgência na venda de bens, ou estes sejam de valor não superior a 40

unidades de conta, pode o órgão de execução fiscal determinar a venda por negociação particular.

3 - Quando tenha lugar a venda por negociação particular, são publicitados na Internet, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças, o nome ou firma do executado, o órgão por onde

corre o processo, a identificação sumária dos bens, o local, prazo e horas em que estes podem ser

examinados, o valor base da venda e o nome ou firma do negociador, bem como a residência ou sede

deste.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 36/2016, de 1 de Julho, com início de vigência a 2 de Julho de

2016)

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168

Artigo 252.º

Outras modalidades de venda

1 - A venda por outra das modalidades previstas no Código de Processo Civil só é efectuada nos

seguintes casos:

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando os bens a vender forem valores mobiliários admitidos à cotação em bolsa.

c)…

d)….

e) Quando for determinado pelo dirigente máximo do serviço.

2 - Quando haja fundada urgência na venda de bens, ou estes sejam de valor não superior a 40

unidades de conta, pode o órgão de execução fiscal determinar a venda por negociação particular.

3 - Quando tenha lugar a venda por negociação particular, são publicitados na Internet, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças, o nome ou firma do executado, o órgão por onde

corre o processo, a identificação sumária dos bens, o local, prazo e horas em que estes podem ser

examinados, o valor base da venda e o nome ou firma do negociador, bem como a residência ou sede

deste.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 252.º

Outras modalidades de venda

1 - 1 - A venda por outra das modalidades previstas no Código de Processo Civil só é efectuada nos

seguintes casos:

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando os bens a vender forem valores mobiliários admitidos à cotação em bolsa.

c)…

d)….

e) Quando for determinado pelo dirigente máximo do serviço.

2 - Quando haja fundada urgência na venda de bens, ou estes sejam de valor não superior a 40

unidades de conta, a venda é feita por negociação particular.

3 - Quando tenha lugar a venda por negociação particular, são publicitados na Internet, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças, o nome ou firma do executado, o órgão por onde

corre o processo, a identificação sumária dos bens, o local, prazo e horas em que estes podem ser

examinados, o valor base da venda e o nome ou firma do negociador, bem como a residência ou sede

deste.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro – a presente alteração adita a alínea e),

pressupondo as alíneas c) e d) constantes da versão original mas que foram omitidas na

republicação pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho e também não foram tidas em conta na alteração

efectuada pelo Decreto-Lei n.º 38/2003, de 3 de Março)

Artigo 252.º

Outras modalidades de venda

1 - A venda por outra das modalidades previstas no Código de Processo Civil só é efectuada nos

seguintes casos:

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169

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando os bens a vender forem valores mobiliários admitidos à cotação em bolsa.

2 - Quando haja fundada urgência na venda de bens, ou estes sejam de valor não superior a 40

unidades de conta, a venda é feita por negociação particular.

3 - Quando tenha lugar a venda por negociação particular, são publicitados na Internet, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças, o nome ou firma do executado, o órgão por onde

corre o processo, a identificação sumária dos bens, o local, prazo e horas em que estes podem ser

examinados, o valor base da venda e o nome ou firma do negociador, bem como a residência ou sede

deste.

(Redacção pelo Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março – alterou o n.º 1 do presente artigo, tendo

omitido as alíneas c) e d) , conforme estipula o artigo 8º, cuja redacção se transcreve a seguir:

“Artigo 8.º

Alterações ao Código de Procedimento e de Processo Tributário

O artigo 252.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto-Lei n.os

433/99, de 26 de Outubro, alterado pelas Leis n.os 3-B/2000, de 4 de Abril, 30-G/2000, de 29 de

Dezembro, e 15/2001, de 5 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 252.º

[...]

1 - A venda por outra das modalidades previstas no Código de Processo Civil só é efectuada nos

seguintes casos:

a) ...

b) ...

2 - ...

3 - ...”

Artigo 252.º

Outras modalidades de venda

1 - A venda por uma das modalidades extrajudiciais previstas no Código de Processo Civil só se

efectuará nos seguintes casos:

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando os bens a vender forem valores mobiliários admitidos à cotação em bolsa.

2 - Quando haja fundada urgência na venda de bens, ou estes sejam de valor não superior a 40

unidades de conta, a venda é feita por negociação particular.

3 - Quando tenha lugar a venda por negociação particular, são publicitados na Internet, nos termos

definidos em portaria do Ministro das Finanças, o nome ou firma do executado, o órgão por onde

corre o processo, a identificação sumária dos bens, o local, prazo e horas em que estes podem ser

examinados, o valor base da venda e o nome ou firma do negociador, bem como a residência ou sede

deste.

(Redacção pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho – em conformidade com a republicação pela referida

lei foram omitidas as alíneas c) e d).

Artigo 252º

Outras modalidades de venda

1 - A venda por uma das modalidades extrajudiciais previstas no Código de Processo Civil só se

efectuará nos seguintes casos:

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170

a) Quando a modalidade de venda for a de propostas em carta fechada e no dia designado

para a abertura de propostas se verificar a inexistência de proponentes ou a existência apenas de

propostas de valor inferior ao valor base anunciado;

b) Quando a modalidade de venda for a arrematação em hasta pública e depois da primeira

praça seja de prever, em face da escassa concorrência de licitantes ou do baixo preço oferecido, a

inutilidade da segunda praça;

c) Quando na mesma modalidade de venda, por suspeita de conluio, a praça tiver sido

adiada;

d) Quando os bens a vender forem de créditos com cotação em bolsa.

2 - Quando haja urgência na venda de bens ou estes sejam de reduzido valor, a venda será feita por

negociação particular.

3 – A venda extrajudicial poderá ser igualmente efectuada por negociação particular, nos termos e

circunstâncias referidos no n.o 3 do artigo 248º.

Artigo 253º

Adjudicação dos bens na venda por proposta em carta fechada

Na venda por meio de propostas em carta fechada observar-se-á o seguinte:

a) A abertura das propostas far-se-á no dia e hora designados, na presença do órgão da execução

fiscal, podendo assistir à abertura os proponentes, os reclamantes citados nos termos do

artigo 239º e quem puder exercer o direito de preferência ou remissão;

b) Se o preço mais elevado, com o limite mínimo previsto no n.º 2 do artigo 250º, for oferecido

por mais de um proponente, abre-se logo licitação entre eles, salvo se declararem que

pretendem adquirir os bens em compropriedade;

c) Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos

outros e, se nenhum deles estiver presente ou nenhum quiser cobrir a proposta dos outros,

procede-se a sorteio para determinar a proposta que deve prevalecer.

Artigo 254º

(Revogado)

Artigo 255º

Inexistência de propostas

Quando não houver propostas que satisfaçam o valor base do artigo 248.º, o órgão da execução fiscal

pode adquirir os bens para a Fazenda Pública, com observância do seguinte:

a) Até ao valor da dívida exequenda e do acrescido, salvo se o valor real dos bens for inferior ao

total da dívida, caso em que o preço não deverá exceder dois terços desse valor;

b) No caso de se tratar de prédio ou outro bem que esteja onerado com encargos mais

privilegiados do que as dívidas ao Estado, o direito referido no presente artigo será exercido

pelo dirigente máximo do serviço, quando o montante daqueles encargos for inferior a dois

terços do valor real do prédio;

c) Efectuada a aquisição para a Fazenda Pública, o funcionário competente, quando for caso

disso, promove o registo na conservatória, aplicando-se o disposto no n.º 4 do artigo 195º, e

envia todos os documentos ao imediato superior hierárquico;

d) O imediato superior hierárquico comunica a aquisição à Direcção-Geral do Património.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro

de 2012)

Artigo 255º

Inexistência de propostas

No caso da venda por proposta em carta fechada, quando não houver propostas que satisfaçam os

requisitos do artigo 250º, o órgão da execução fiscal poderá adquirir os bens para a Fazenda

Pública, com observância do seguinte:

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171

a) Até ao valor da dívida exequenda e do acrescido, salvo se o valor real dos bens for inferior

ao total da dívida, caso em que o preço não deverá exceder dois terços desse valor;

b) No caso de se tratar de prédio ou outro bem que esteja onerado com encargos mais

privilegiados do que as dívidas ao Estado, o direito referido no presente artigo será exercido

pelo dirigente máximo do serviço, quando o montante daqueles encargos for inferior a dois

terços do valor real do prédio;

c) Efectuada a aquisição para a Fazenda Pública, o funcionário competente, quando for caso

disso, promove o registo na conservatória, aplicando-se o disposto no n.º 4 do artigo 195º, e

envia todos os documentos ao imediato superior hierárquico;

d) O imediato superior hierárquico comunica a aquisição à Direcção-Geral do Património.

Artigo 256º

Formalidades da venda

1 - A venda obedece ainda aos seguintes requisitos:

a) Não podem ser adquirentes, por si, por interposta pessoa ou por entidade jurídica em que

participem, os magistrados e os funcionários da administração tributária;

b) Não podem ser adquirentes entidades não residentes submetidas a um regime fiscal

claramente mais favorável ou aquelas cujos regimes jurídicos não permitam identificar os titulares

efectivos do capital;

c) Das vendas de bens móveis, efectuadas no mesmo dia e no mesmo processo, lavrar-se-á

um único auto, mencionando-se o nome de cada adquirente, os objectos ou lotes vendidos e o preço;

d) Nas vendas de bens imóveis lavrar-se-á um auto por cada prédio;

e) O funcionário competente passa guia para o adquirente depositar a totalidade do preço à

ordem do órgão da execução fiscal, no prazo de 15 dias a contar da decisão de adjudicação, sob pena

das sanções previstas legalmente;

f) Nas aquisições de valor superior a 500 vezes a unidade de conta, mediante requerimento

fundamentado do adquirente, entregue no prazo máximo de cinco dias a contar da decisão de

adjudicação, pode ser autorizado o depósito, no prazo referido na alínea anterior, de apenas parte do

preço, não inferior a um terço, obrigando-se à entrega da parte restante no prazo máximo de oito

meses;

g) Efectuado o depósito, juntar-se-á ao processo um duplicado da guia;

h) O adquirente, ainda que demonstre a sua qualidade de credor, nunca será dispensado do

depósito do preço;

i) O Estado, os institutos públicos e as instituições de segurança social não estão sujeitos à

obrigação do depósito do preço, enquanto tal não for necessário para pagamento de credores mais

graduados no processo de reclamação de créditos.

2 - O adquirente pode, com base no título de transmissão, requerer ao órgão de execução fiscal, contra

o detentor e no próprio processo, a entrega dos bens.

3 - O órgão de execução fiscal pode solicitar o auxílio das autoridades policiais para a entrega do bem

adjudicado ao adquirente.

4 - Sem prejuízo de outras disposições legais, o não pagamento do preço devido, no prazo

determinado legalmente, impede o adjudicatário faltoso de apresentar qualquer proposta em qualquer

venda em execução fiscal, durante um período de dois anos.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 256º

Formalidades da venda

1 - A venda obedece ainda aos seguintes requisitos:

a) Não podem ser adquirentes, por si, por interposta pessoa ou por entidade jurídica em que

participem, os magistrados e os funcionários da administração tributária;

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172

b) Não podem ser adquirentes entidades não residentes submetidas a um regime fiscal

claramente mais favorável ou aquelas cujos regimes jurídicos não permitam identificar os

titulares efectivos do capital;

c) Das vendas de bens móveis, efectuadas no mesmo dia e no mesmo processo, lavrar-se-á um

único auto, mencionando-se o nome de cada adquirente, os objectos ou lotes vendidos e o

preço;

d) Nas vendas de bens imóveis lavrar-se-á um auto por cada prédio;

e) O funcionário competente passa guia para o adquirente depositar a totalidade do preço à

ordem do órgão da execução fiscal, no prazo de 15 dias a contar do fim do prazo para

entrega de propostas, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil;

f) Nas aquisições de valor superior a 500 vezes a unidade de conta, mediante requerimento

fundamentado do adquirente, entregue no prazo máximo de cinco dias a contar do fim do

prazo para entrega de propostas, pode ser autorizado o depósito, no prazo referido na alínea

anterior, de apenas parte do preço, não inferior a um terço, obrigando-se à entrega da parte

restante no prazo máximo de oito meses;

g) Efectuado o depósito, juntar-se-á ao processo um duplicado da guia;

h) O adquirente, ainda que demonstre a sua qualidade de credor, nunca será dispensado do

depósito do preço;

i) O Estado, os institutos públicos e as instituições de segurança social não estão sujeitos à

obrigação do depósito do preço, enquanto tal não for necessário para pagamento de

credores mais graduados no processo de reclamação de créditos.

2 - O adquirente pode, com base no título de transmissão, requerer ao órgão de execução fiscal,

contra o detentor e no próprio processo, a entrega dos bens.

3 - O órgão de execução fiscal pode solicitar o auxílio das autoridades policiais para a entrega do

bem adjudicado ao adquirente.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 256º

Formalidades da venda

A venda obedece ainda aos seguintes requisitos:

a) Não podem ser adquirentes, por si, por interposta pessoa ou por entidade jurídica em

que participem, os magistrados e os funcionários da administração tributária;

b) Não podem ser adquirentes entidades não residentes submetidas a um regime fiscal

claramente mais favorável ou aquelas cujos regimes jurídicos não permitam identificar

os titulares efectivos do capital;

c) Das vendas de bens móveis, efectuadas no mesmo dia e no mesmo processo, lavrar-se-á

um único auto, mencionando-se o nome de cada adquirente, os objectos ou lotes

vendidos e o preço;

d) Nas vendas de bens imóveis lavrar-se-á um auto por cada prédio;

e) O funcionário competente passará guia para o adquirente depositar a totalidade do

preço, ou parte deste, não inferior a um terço, em operações de tesouraria à ordem do

órgão da execução fiscal, e, não sendo feito todo o depósito, a parte restante será

depositada no prazo de 15 dias, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil;

f) Nas aquisições de valor superior a 500 vezes a unidade de conta, o prazo referido na

alínea anterior pode ser prorrogado até seis meses, mediante requerimento

fundamentado do adquirente;

g) Efectuado o depósito, juntar-se-á ao processo um duplicado da guia;

h) O adquirente, ainda que demonstre a sua qualidade de credor, nunca será dispensado

do depósito do preço;

i) O Estado, os institutos públicos e as instituições de segurança social não estão sujeitos

à obrigação do depósito do preço, enquanto tal não for necessário para pagamento de

credores mais graduados no processo de reclamação de créditos.

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173

Artigo 257º

Anulação da venda

1 – A anulação da venda só poderá ser requerida dentro dos prazos seguintes:

a) De 90 dias, no caso de a anulação se fundar na existência de algum ónus real que não tenha

sido tomado em consideração e não haja caducado ou em erro sobre o objecto transmitido ou

sobre as qualidades por falta de conformidade com o que foi anunciado;

b) De 30 dias, quando for invocado fundamento de oposição à execução que o executado não

tenha podido apresentar no prazo da alínea a) do n.º 1 do artigo 203º;

c) De 15 dias, nos restantes casos previstos no Código de Processo Civil.

2 – O prazo contar-se-á da data da venda ou da que o requerente tome conhecimento do facto que

servir de fundamento à anulação, competindo-lhe provar a data desse conhecimento, ou do trânsito em

julgado da acção referida no n.º 3.

3 – Se o motivo da anulação da venda couber nos fundamentos da oposição à execução, a anulação

depende do reconhecimento do respectivo direito nos termos do presente Código, suspendendo-se o

prazo referido na alínea c) do n.º 1 no período entre a acção e a decisão.

4 - O pedido de anulação da venda deve ser dirigido ao órgão periférico regional da administração

tributária que, no prazo máximo de 45 dias, pode deferir ou indeferir o pedido, ouvidos todos os

interessados na venda, no prazo previsto no artigo 60.º da lei geral tributária.

5 - Decorrido o prazo previsto no número anterior sem qualquer decisão expressa, o pedido de

anulação da venda é considerado indeferido.

6 - Havendo decisão expressa, deve esta ser notificada a todos os interessados no prazo de 10 dias.

7 - Da decisão, expressa ou tácita, sobre o pedido de anulação da venda cabe reclamação nos termos

do artigo 276.º

8 – A anulação da venda não prejudica os direitos que possam assistir ao adquirente em virtude da

aplicação das normas sobre enriquecimento sem causa.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 257º

Prazos de anulação da venda

1 – A anulação da venda só poderá ser requerida dentro dos prazos seguintes:

a) De 90 dias, no caso de a anulação se fundar na existência de algum ónus real que não tenha

sido tomado em consideração e não haja caducado ou em erro sobre o objecto transmitido

ou sobre as qualidades por falta de conformidade com o que foi anunciado;

b) De 30 dias, quando for invocado fundamento de oposição à execução que o executado não

tenha podido apresentar no prazo da alínea a) do n.º 1 do artigo 203º;

c) De 15 dias, nos restantes casos previstos no Código de Processo Civil.

2 – O prazo contar-se-á da data da venda ou da que o requerente tome conhecimento do facto que

servir de fundamento à anulação, competindo-lhe provar a data desse conhecimento, ou do trânsito

em julgado da acção referida no n.º 3.

3 – Se o motivo da anulação da venda couber nos fundamentos da oposição à execução, a anulação

depende do reconhecimento do respectivo direito nos termos do presente Código, suspendendo-se o

prazo referido na alínea c) do n.º 1 no período entre a acção e a decisão.

4 – A anulação da venda não prejudica os direitos que possam assistir ao adquirente em virtude da

aplicação das normas sobre enriquecimento sem causa.

Artigo 258º

Remição

O direito de remição é reconhecido nos termos previstos no Código de Processo Civil.

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174

SECÇÃO X

Da extinção da execução

SUBSECÇÃO I

Da extinção por pagamento coercivo

Artigo 259º

Levantamento da quantia necessária para o pagamento

1 – Se a penhora for de dinheiro, o levantamento da quantia necessária para o pagamento da dívida

exequenda e do acrescido será feito por via de mandado passado a favor do órgão da execução fiscal.

2 – Tratando-se de depósito obrigatório na instituição de crédito competente, solicitar-se-á a esta a

passagem de precatório-cheque a favor do órgão da execução fiscal onde correr o processo.

Artigo 260º

Cancelamento de registos

O levantamento da penhora e o cancelamento dos registos dos direitos reais que caducam, nos termos

do n.º 2 do artigo 824º do Código Civil, serão ordenados pelo órgão da execução fiscal se

anteriormente não tiverem sido requeridos pelo adquirente dos bens.

Artigo 261º

Extinção da execução pelo pagamento coercivo

1 – Se, em virtude da penhora ou da venda, forem arrecadadas importâncias suficientes para solver a

execução, e não houver lugar a verificação e graduação de créditos, será aquela declarada extinta

depois de feitos os pagamentos.

2 – No despacho, que não será notificado, o órgão da execução fiscal declarará se foram cumpridas as

formalidades legais, designadamente as da conta e dos pagamentos.

Artigo 262º

Insuficiência da importância arrecadada. Pagamentos parciais

1 – Sempre que seja ou possa ser reclamado no processo de execução fiscal um crédito tributário

existente e o produto da venda dos bens penhorados não seja suficiente para o seu pagamento, o

processo continuará seus termos até integral execução dos bens do executado e responsáveis solidários

ou subsidiários, sendo entretanto sustados os processos de execução fiscal pendentes com o mesmo

objecto.

2 – Quando, em virtude de penhora ou de venda, forem arrecadadas importâncias insuficientes para

solver a dívida exequenda e o acrescido, serão sucessivamente aplicadas, em primeiro lugar, na

amortização dos juros de mora, de outros encargos legais e da dívida tributária mais antiga, incluindo

juros compensatórios.

3 – O montante aplicado no pagamento dos juros de mora não pode em caso algum ser superior ao de

metade do capital da dívida a amortizar.

4 – Se a execução não for por tributos ou outros rendimentos em dívida à Fazenda Pública, pagar-se-

ão, sucessivamente, as custas, a dívida exequenda e os juros de mora.

5 – Se a dívida exequenda abranger vários títulos de cobrança e a quantia arrecadada perfizer a

importância de um deles, será satisfeito esse documento, que se juntará ao processo.

6 – Se a quantia não chegar para pagar um título de cobrança ou se, pago um por inteiro, sobrar

qualquer importância, dar-se-á pagamento por conta ao documento mais antigo; se forem da mesma

data, imputar-se-á no documento de menor valor e, em igualdade de circunstâncias, em qualquer

deles.

7 – Revogado.

8 – Os juros de mora são devidos relativamente à parte que for paga até ao mês, inclusive, em que se

tiver concluído a venda de bens ou, se a penhora for de dinheiro, até ao mês em que esta se efectuou.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

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Artigo 262º

Insuficiência da importância arrecadada. Pagamentos parciais

1 – Sempre que seja ou possa ser reclamado no processo de execução fiscal um crédito tributário

existente e o produto da venda dos bens penhorados não seja suficiente para o seu pagamento, o

processo continuará seus termos até integral execução dos bens do executado e responsáveis

solidários ou subsidiários, sendo entretanto sustados os processos de execução fiscal pendentes com o

mesmo objecto.

2 – Quando, em virtude de penhora ou de venda, forem arrecadadas importâncias insuficientes para

solver a dívida exequenda e o acrescido, serão sucessivamente aplicadas, em primeiro lugar, na

amortização dos juros de mora, de outros encargos legais e da dívida tributária mais antiga,

incluindo juros compensatórios.

3 – O montante aplicado no pagamento dos juros de mora não pode em caso algum ser superior ao

de metade do capital da dívida a amortizar.

4 – Se a execução não for por tributos ou outros rendimentos em dívida à Fazenda Pública, pagar-se-

ão, sucessivamente, as custas, a dívida exequenda e os juros de mora.

5 – Se a dívida exequenda abranger vários títulos de cobrança e a quantia arrecadada perfizer a

importância de um deles, será satisfeito esse documento, que se juntará ao processo.

6 – Se a quantia não chegar para pagar um título de cobrança ou se, pago um por inteiro, sobrar

qualquer importância, dar-se-á pagamento por conta ao documento mais antigo; se forem da mesma

data, imputar-se-á no documento de menor valor e, em igualdade de circunstâncias, em qualquer

deles.

7 – No pagamento por conta de um documento de cobrança observar-se-á o seguinte:

a) No verso da certidão de dívida correspondente averbar-se-á a importância paga, sendo a

verba datada e assinada pelo funcionário competente, que passará a respectiva guia, onde

mencionará a identificação do documento de cobrança, sua proveniência e ano a que

respeita;

b) O órgão da execução fiscal passará recibo.

8 – Os juros de mora são devidos relativamente à parte que for paga até ao mês, inclusive, em que se

tiver concluído a venda de bens ou, se a penhora for de dinheiro, até ao mês em que esta se efectuou.

Artigo 263º

Guia para pagamento coercivo

O pagamento coercivo é sempre feito através do documento único de cobrança.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

Artigo 263º

Guia para pagamento coercivo

O pagamento coercivo será sempre feito mediante guia ou título de cobrança equivalente de modelo a

aprovar, passada pelo funcionário.

SUBSECÇÃO II

Da extinção por pagamento voluntário

Artigo 264º

Pagamento voluntário. Pagamento por conta

1 – A execução extinguir-se-á no estado em que se encontrar se o executado, ou outra pessoa por ele,

pagar a dívida exequenda e o acrescido, salvo o que, na parte aplicável, se dispõe neste Código sobre a

sub-rogação.

2 - Sem prejuízo do andamento do processo, pode efetuar-se qualquer pagamento por conta do débito,

desde que a entrega não seja inferior a 1 unidade de conta, observando-se, neste caso, o disposto nos

n.os 2 a 6 do artigo 262.º

3 – Na execução fiscal são admitidos sem excepção os meios de pagamento previstos na fase do

pagamento voluntário das obrigações tributárias.

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4 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2, o pagamento de um valor mínimo de 20 % do valor da dívida

instaurada suspende o procedimento de venda desse processo de execução fiscal, por um período de

15 dias.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 264º

Pagamento voluntário. Pagamento por conta

1 – A execução extinguir-se-á no estado em que se encontrar se o executado, ou outra pessoa por ele,

pagar a dívida exequenda e o acrescido, salvo o que, na parte aplicável, se dispõe neste Código sobre

a sub-rogação.

2 – Sem prejuízo do andamento do processo, pode efectuar-se qualquer pagamento por conta do

débito, desde que a entrega não seja inferior a 3 unidades de conta, observando-se, neste caso, o

disposto nos n.ºs 2 a 6 do artigo 262º.

3 – Na execução fiscal são admitidos sem excepção os meios de pagamento previstos na fase do

pagamento voluntário das obrigações tributárias.

4 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2, o pagamento de um valor mínimo de 20 % do valor da dívida

instaurada suspende o procedimento de venda desse processo de execução fiscal, por um período de

15 dias.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 264º

Pagamento voluntário. Pagamento por conta

1 – A execução extinguir-se-á no estado em que se encontrar se o executado, ou outra pessoa por ele,

pagar a dívida exequenda e o acrescido, salvo o que, na parte aplicável, se dispõe neste Código sobre

a sub-rogação.

2 – Sem prejuízo do andamento do processo, pode efectuar-se qualquer pagamento por conta do

débito, desde que a entrega não seja inferior a 3 unidades de conta, observando-se, neste caso, o

disposto nos n.ºs 2 a 6 do artigo 262º.

3 – Na execução fiscal são admitidos sem excepção os meios de pagamento previstos na fase do

pagamento voluntário das obrigações tributárias.

Artigo 265º

Formalidades do pagamento voluntário

1 – O pagamento pode ser efectuado a qualquer tempo, mediante a emissão do respectivo documento

único de pagamento.

2 – (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

3 - O pagamento não susta o concurso de credores se for efetuado após a realização da venda.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 265º

Formalidades do pagamento voluntário

1 – O pagamento pode ser efectuado a qualquer tempo, mediante a emissão do respectivo documento

único de pagamento.

2 – (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

3 – O pagamento não sustará o concurso de credores se for requerido após a venda e só terá lugar,

na parte da dívida exequenda não paga, depois de aplicado o produto da venda ou o dinheiro

penhorado no pagamento dos créditos graduados.

(Redacção do Decreto-Lei n.º 238/2006, de 20 de Dezembro)

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Artigo 265º

Formalidades do pagamento voluntário

1 – O pagamento poderá ser requerido verbalmente e efectuar-se-á no mesmo dia, por meio de guia

ou documento de cobrança equivalente a aprovar, passada pelo funcionário competente.

2 – Além do exemplar da guia ou destacável do documento de cobrança equivalente, que deve ficar

nos serviços de tesouraria, juntar-se-á outro ao processo e, sendo necessário, processar-se-á um

terceiro exemplar para ser entregue, como recibo, ao interessado.

3 – O pagamento não sustará o concurso de credores se for requerido após a venda e só terá lugar,

na parte da dívida exequenda não paga, depois de aplicado o produto da venda ou o dinheiro

penhorado no pagamento dos créditos graduados.

Artigo 266º

Pagamento havendo carta precatória

Quando tiver sido expedida carta precatória, o pagamento poderá ser feito no órgão de execução fiscal

deprecado ou no deprecante.

Artigo 267º

Pagamento no órgão da execução fiscal deprecante

1 – Se o pagamento for requerido perante o órgão da execução fiscal deprecante, este mandará

depositar à sua ordem, em operações de tesouraria, a quantia que repute suficiente para o pagamento

da dívida e do acrescido.

2 – Efectuado o depósito, solicitar-se-á de imediato a devolução da carta precatória no estado em que

se encontrar, e, recebida esta, o funcionário, dentro de 24 horas, contará o processo e processará uma

guia de operações de tesouraria, que remeterá à Direcção-Geral do Tesouro, com cópia para o

processo.

Artigo 268º

Pagamento no órgão da execução fiscal deprecada

Quando o pagamento tiver sido requerido no órgão da execução fiscal deprecado, após o pagamento

integral do débito, este juntará à carta precatória o documento comprovativo do pagamento e devolvê-

lo-á de imediato ao órgão da execução fiscal deprecante.

Artigo 269º

Extinção da execução pelo pagamento voluntário

1 - O pagamento voluntário da quantia em dívida implica a extinção da execução fiscal, comunicando-

se tal facto ao executado, por via eletrónica.

2 - É ainda extinta a execução se, após o pagamento voluntário da totalidade da dívida exequenda e

acrescido, em conformidade com o respetivo documento de pagamento integral, se verifique serem

devidos juros de mora ou custas, desde que o seu valor total não seja superior a (euro) 10.

3 - A extinção da execução fiscal, nos termos do número anterior, determina, para todos os efeitos

legais, a extinção da dívida de juros de mora ou custas.

(Redacção da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com início de vigência em 31 de Março de 2016)

(Nota:

O n.º 2 do artigo 177.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, dispõe o seguinte:

“Artigo 177.º

Disposição transitória no âmbito do Código de Procedimento e de Processo Tributário

1 – (…)

2 – A alteração introduzida ao artigo 269.º do CPPT pela presente lei, tem aplicação imediata em

todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes à data da entrada em vigor da

presente lei.”

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Artigo 269º

Extinção da execução pelo pagamento voluntário

Sendo a dívida extinta por pagamento voluntário, o órgão da execução fiscal onde correr o processo

declara extinta a execução, procedendo de imediato à comunicação desse facto ao executado, por via

electrónica.

(Redacção da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, com início de vigência em 1 de Janeiro de

2012)

Artigo 269º

Extinção da execução pelo pagamento voluntário

Efectuado o pagamento voluntário, o órgão da execução fiscal onde correr o processo declara extinta

a execução.

Artigo 270º

Extinção da execução por anulação da dívida

1 – O órgão da execução fiscal onde correr o processo deverá declarar extinta a execução,

oficiosamente, quando se verifique a anulação da dívida exequenda.

2 – Quando a anulação tiver de efectivar-se por nota de crédito, a extinção só se fará após a sua

emissão.

Artigo 271º

Levantamento da penhora e cancelamento do registo

Extinta a execução por anulação da dívida, ordenar-se-á o levantamento da penhora e o cancelamento

do seu registo, quando houver lugar a ele.

SUBSECÇÃO III

Da declaração em falhas

Artigo 272º

Declaração de falhas

Será declarada em falhas pelo órgão da execução fiscal a dívida exequenda e acrescido quando, em

face de auto de diligência, se verifique um dos seguintes casos:

a) Demonstrar a falta de bens penhoráveis do executado, seus sucessores e responsáveis

solidários ou subsidiários;

b) Ser desconhecido o executado e não ser possível identificar o prédio, quando a dívida

exequenda for de tributo sobre a propriedade imobiliária;

c) Encontrar-se ausente em parte incerta o devedor do crédito penhorado e não ter o executado

outros bens penhoráveis.

Artigo 273º

Eliminação do prédio da matriz

Se o fundamento da declaração em falhas for o da alínea b) do artigo anterior, o órgão competente

eliminará na matriz o artigo referente ao prédio desconhecido.

Artigo 274º

Prosseguimento da execução da dívida declarada em falhas

A execução por dívida declarada em falhas prosseguirá, sem necessidade de nova citação e a todo o

tempo, salvo prescrição, logo que haja conhecimento de que o executado, seus sucessores ou outros

responsáveis possuem bens penhoráveis ou, no caso previsto na alínea b) do artigo 272º, logo que se

identifique o executado ou o prédio.

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Artigo 275º

Inscrição do prédio na matriz

Quando houver dívida declarada em falhas, inscrever-se-á na matriz o prédio cuja identificação se

tornou possível.

SECÇÃO XI

Das reclamações e recursos das decisões do órgão da execução fiscal

Artigo 276º

Reclamações das decisões do órgão da execução fiscal

As decisões proferidas pelo órgão da execução fiscal e outras autoridades da administração tributária

que no processo afectem os direitos e interesses legítimos do executado ou de terceiro são susceptíveis

de reclamação para o tribunal tributário de 1ª instância.

Artigo 277º

Prazo e apresentação da reclamação

1 – A reclamação será apresentada no prazo de 10 dias após a notificação da decisão e indicará

expressamente os fundamentos e conclusões.

2 – A reclamação é apresentada no órgão da execução fiscal que, no prazo de 10 dias, poderá ou não

revogar o acto reclamado.

3 – Caso o acto reclamado tenha sido proferido por entidade diversa do órgão da execução fiscal, o

prazo referido no número anterior é de 30 dias.

Artigo 278º

Subida da reclamação - Resposta da Fazenda Pública

1 – O tribunal só conhecerá das reclamações quando, depois de realizadas a penhora e a venda, o

processo lhe for remetido a final.

2 – Antes do conhecimento das reclamações, será notificado o representante da Fazenda Pública para

responder, no prazo de 8 dias, ouvido o representante do Ministério Público, que se pronunciará no

mesmo prazo.

3 – O disposto no n.º 1 não se aplica quando a reclamação se fundamentar em prejuízo irreparável

causado por qualquer das seguintes ilegalidades:

a) Inadmissibilidade da penhora dos bens concretamente apreendidos ou da extensão com que

foi realizada;

b) Imediata penhora dos bens que só subsidiariamente respondam pela dívida exequenda;

c) Incidência sobre bens que, não respondendo, nos termos de direito substantivo, pela dívida

exequenda, não deviam ter sido abrangidos pela diligência;

d) Determinação da prestação de garantia indevida ou superior à devida;

e) Erro na verificação ou graduação de créditos.

4 – No caso previsto no número anterior, caso não se verificar a circunstância dos n.ºs 2 e 3 do artigo

277º, o órgão da execução fiscal fará subir a reclamação no prazo de 8 dias.

5 - A cópia do processo executivo que acompanha a subida imediata da reclamação deve ser

autenticada pela administração tributária.

6 – A reclamação referida no presente artigo segue as regras dos processos urgentes, tendo a sua

apreciação prioridade sobre quaisquer processos que devam ser apreciados no tribunal que não tenham

esse carácter.

7 – Considera-se haver má fé, para efeitos de tributação em sanção pecuniária por esse motivo, a

apresentação do pedido referido no n.º 3 do presente artigo sem qualquer fundamento razoável.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

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Artigo 278º

Subida da reclamação. Resposta da Fazenda Pública e efeito suspensivo

1 – O tribunal só conhecerá das reclamações quando, depois de realizadas a penhora e a venda, o

processo lhe for remetido a final.

2 – Antes do conhecimento das reclamações, será notificado o representante da Fazenda Pública

para responder, no prazo de 8 dias, ouvido o representante do Ministério Público, que se pronunciará

no mesmo prazo.

3 – O disposto no n.º 1 não se aplica quando a reclamação se fundamentar em prejuízo irreparável

causado por qualquer das seguintes ilegalidades:

a) Inadmissibilidade da penhora dos bens concretamente apreendidos ou da extensão com que foi

realizada;

b) Imediata penhora dos bens que só subsidiariamente respondam pela dívida exequenda;

c) Incidência sobre bens que, não respondendo, nos termos de direito substantivo, pela dívida

exequenda, não deviam ter sido abrangidos pela diligência;

d) Determinação da prestação de garantia indevida ou superior à devida;

e) Erro na verificação ou graduação de créditos.

4 – No caso previsto no número anterior, caso não se verificar a circunstância dos n.ºs 2 e 3 do artigo

277º, o órgão da execução fiscal fará subir a reclamação no prazo de 8 dias.

5 – A reclamação referida no presente artigo segue as regras dos processos urgentes, tendo a sua

apreciação prioridade sobre quaisquer processos que devam ser apreciados no tribunal que não

tenham esse carácter.

6 – Considera-se haver má fé, para efeitos de tributação em sanção pecuniária por esse motivo, a

apresentação do pedido referido no n.º 3 do presente artigo sem qualquer fundamento razoável.

(Redacção pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro)

Artigo 278º

Subida da reclamação. Resposta da Fazenda Pública e efeito suspensivo

1 – O tribunal só conhecerá das reclamações quando, depois de realizadas a penhora e a venda, o

processo lhe for remetido a final.

2 – Antes do conhecimento das reclamações, será notificado o representante da Fazenda Pública

para responder, no prazo de 8 dias, ouvido o representante do Ministério Público, que se pronunciará

no mesmo prazo.

3 – O disposto no n.º 1 não se aplica quando a reclamação se fundamentar em prejuízo irreparável

causado por qualquer das seguintes ilegalidades:

a) Inadmissibilidade da penhora dos bens concretamente apreendidos ou da extensão com

que foi realizada;

b) Imediata penhora dos bens que só subsidiariamente respondam pela dívida exequenda;

c) Incidência sobre bens que, não respondendo, nos termos de direito substantivo, pela

dívida exequenda, não deviam ter sido abrangidos pela diligência;

d) Determinação da prestação de garantia indevida ou superior à devida.

4 – No caso previsto no número anterior, caso não se verificar a circunstância dos n.ºs 2 e 3 do artigo

277º, o órgão da execução fiscal fará subir a reclamação no prazo de 8 dias.

5 – A reclamação referida no presente artigo segue as regras dos processos urgentes, tendo a sua

apreciação prioridade sobre quaisquer processos que devam ser apreciados no tribunal que não

tenham esse carácter.

6 – Considera-se haver má fé, para efeitos de tributação em sanção pecuniária por esse motivo, a

apresentação do pedido referido no n.º 3 do presente artigo sem qualquer fundamento razoável.

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TÍTULO V

Dos recursos dos actos jurisdicionais

Artigo 279º

Âmbito

1 – O presente título aplica-se:

a) Aos recursos dos actos jurisdicionais praticados no processo judicial tributário regulado pelo

presente Código;

b) Aos recursos dos actos jurisdicionais no processo de execução fiscal, designadamente as

decisões sobre incidentes, oposição, pressupostos da responsabilidade subsidiária, verificação

e graduação definitiva de créditos, adulação da venda e recursos dos demais actos praticados

pelo órgão da execução fiscal.

2 – Os recursos dos actos jurisdicionais sobre meios processuais acessórios comuns à jurisdição

administrativa e tributária são regulados pelas normas sobre processo nos tribunais administrativos.

Artigo 280º

Recursos das decisões proferidas em processos judiciais

1 – Das decisões dos tribunais tributários de 1ª instância cabe recurso, no prazo de 10 dias, a interpor

pelo impugnante, recorrente, executado, oponente ou embargante, pelo Ministério Público, pelo

representante da Fazenda Pública e por qualquer outro interveniente que no processo fique vencido,

para o Tribunal Central Administrativo, salvo quando a matéria for exclusivamente de direito, caso em

que cabe recurso, dentro do mesmo prazo, para a Secção do Contencioso Tributário do Supremo

Tribunal Administrativo.

2 – Das decisões do Tribunal Central Administrativo cabe recurso, com base em oposição de

acórdãos, nos termos das normas sobre organização e funcionamento dos tribunais administrativos e

tributários, para o Supremo Tribunal Administrativo.

3 – Considera-se vencida, para efeitos da interposição do recurso jurisdicional, a parte que não obteve

plena satisfação dos seus interesses na causa.

4 - Não cabe recurso das decisões dos tribunais tributários de 1.ª instância proferidas em processo de

impugnação judicial ou de execução fiscal quando o valor da causa não ultrapassar o valor da alçada

fixada para os tribunais tributários de 1.ª instância.

5 – A existência de alçadas não prejudica o direito ao recurso para o Supremo Tribunal Administrativo

de decisões que perfilhem solução oposta relativamente ao mesmo fundamento de direito e na

ausência substancial de regulamentação jurídica, com mais de três sentenças do mesmo ou outro

tribunal de igual grau ou com uma decisão de tribunal de hierarquia superior.

(Redacção da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro - com entrada em vigor em 1 de Janeiro de

2015)

Artigo 280º

Recursos das decisões proferidas em processos judiciais

1 – Das decisões dos tribunais tributários de 1ª instância cabe recurso, no prazo de 10 dias, a

interpor pelo impugnante, recorrente, executado, oponente ou embargante, pelo Ministério Público,

pelo representante da Fazenda Pública e por qualquer outro interveniente que no processo fique

vencido, para o Tribunal Central Administrativo, salvo quando a matéria for exclusivamente de

direito, caso em que cabe recurso, dentro do mesmo prazo, para a Secção do Contencioso Tributário

do Supremo Tribunal Administrativo.

2 – Das decisões do Tribunal Central Administrativo cabe recurso, com base em oposição de

acórdãos, nos termos das normas sobre organização e funcionamento dos tribunais administrativos e

tributários, para o Supremo Tribunal Administrativo.

3 – Considera-se vencida, para efeitos da interposição do recurso jurisdicional, a parte que não

obteve plena satisfação dos seus interesses na causa.

4 – Não cabe recurso das decisões dos tribunais tributários de 1ª instância proferidas em processo de

impugnação judicial ou de execução fiscal quando o valor da causa não ultrapassar um quarto das

alçadas fixadas para os tribunais judiciais de 1ª instância.

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5 – A existência de alçadas não prejudica o direito ao recurso para o Supremo Tribunal

Administrativo de decisões que perfilhem solução oposta relativamente ao mesmo fundamento de

direito e na ausência substancial de regulamentação jurídica, com mais de três sentenças do mesmo

ou outro tribunal de igual grau ou com uma decisão de tribunal de hierarquia superior.

Artigo 281º

Interposição, processamento e julgamento dos recursos

Os recursos serão interpostos, processados e julgados como os agravos em processo civil.

Artigo 282º

Forma de interposição do recurso. Regras gerais. Deserção

1 – A interposição do recurso faz-se por meio de requerimento em que se declare a intenção de

recorrer.

2 – O despacho que admitir o recurso será notificado ao recorrente, ao recorrido, não sendo revel, e ao

Ministério Público.

3 – O prazo para alegações a efectuar no tribunal recorrido é de 15 dias contados, para o recorrente, a

partir da notificação referida no número anterior e, para o recorrido, a partir do termo do prazo para as

alegações do recorrente.

4 – Na falta de alegações, nos termos do n.º 3, o recurso será julgado logo deserto no tribunal

recorrido.

5 – Se as alegações não tiverem conclusões, convidar-se-á o recorrente a apresentá-las.

6 – Se as conclusões apresentadas pelo recorrente não reflectirem os fundamentos descritos nas

alegações, deverá o recorrente ser convidado para apresentar novas conclusões.

7 – O disposto nos números anteriores aplica-se às conclusões deficientes, obscuras ou complexas ou

que não obedeçam aos requisitos aplicáveis na legislação processual ou quando o recurso versar sobre

matéria de direito.

Artigo 283º

Alegações apresentadas simultaneamente com a interposição do recurso

Os recursos jurisdicionais nos processos urgentes serão apresentados por meio de requerimento

juntamente com as alegações no prazo de 10 dias.

Artigo 284º

Oposição de acórdãos

1 – Caso o fundamento for a oposição de acórdãos, o requerimento da interposição do recurso deve

indicar com a necessária individualização os acórdãos anteriores que estejam em oposição com o

acórdão recorrido, bem com o lugar em que tenham sido publicados ou estejam registados, sob pena

de não ser admitido o recurso.

2 – O relator pode determinar que o recorrente seja notificado para apresentar certidão do ou dos

acórdãos anteriores para efeitos de seguimento do recurso.

3 – Dentro dos 8 dias seguintes ao despacho de admissão do recurso o recorrente apresentará uma

alegação tendente a demonstrar que entre os acórdãos existe a oposição exigida.

4 – Caso a alegação não seja feita, o recurso será julgado deserto, podendo, em caso contrário, o

recorrido responder, contando-se o prazo de resposta do recorrido a partir do termo do prazo da

alegação do recorrente.

5 – Caso o relator entenda não haver oposição, considera o recurso findo, devendo, em caso contrário,

notificar o recorrente e recorrido para alegar nos termos e no prazo referido no n.º 3 do artigo 282º.

Artigo 285º

Recursos dos despachos interlocutórios na impugnação

1 – Os despachos do juiz no processo judicial tributário e no processo de execução fiscal podem ser

impugnados no prazo de 10 dias, mediante requerimento contendo as respectivas alegações e

conclusões, o qual subirá nos autos com o recurso interposto da decisão final.

2 – O disposto no número anterior não se aplica se a não subida imediata do recurso comprometer o

seu efeito útil e quando o recurso não respeitar ao objecto do processo, incluindo o indeferimento de

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impedimentos opostos pelas partes, caso em que deve ser igualmente apresentado no prazo de 10 dias,

por meio de requerimento contendo as respectivas alegações e conclusões.

3 – Em caso de cumulação de impugnação do despacho interlocutório com fundamento em matéria de

facto ou de facto e de direito e da impugnação judicial da decisão final com fundamento

exclusivamente em matéria de direito, o recurso do despacho interlocutório é processado em separado.

Artigo 286º

Subida do recurso

1 – Seguidamente, o processo subirá ao tribunal superior, mediante simples despacho do juiz ou, em

caso de o fundamento assentar em oposição de julgados, do relator.

2 – Os recursos têm efeito meramente devolutivo, salvo se for prestada garantia nos termos do

presente Código ou o efeito devolutivo afectar o efeito útil dos recursos.

Artigo 287º

Distribuição do recurso

1 – Recebido o processo no tribunal de recurso, proceder-se-á à sua distribuição, dentro de 8 dias, por

todos os juízes, salvo o presidente.

2 – A distribuição será feita pelo presidente ou, na sua falta, pelo vice-presidente, o juiz mais antigo

ou o juiz de turno designado para o efeito, podendo assistir os outros membros do tribunal.

Artigo 288º

Conclusão ao relator. Conhecimento de questões prévias

1 – Feita a distribuição, serão os autos conclusos ao relator que poderá ordenar se proceda a qualquer

diligência ou se colha informação do tribunal recorrido ou de alguma autoridade.

2 – O relator não conhecerá do recurso se entender que lhe faltam manifestamente os respectivos

pressupostos processuais.

3 – Do despacho do relator referido no número anterior é admitida reclamação para a conferência.

Artigo 289º

Vistos

1 – Satisfeito o disposto no artigo anterior, irá o processo com vista ao Ministério Público, por 15 dias,

podendo antes o juiz relator mandar pronunciar-se o recorrente e o recorrido sobre a matéria dos autos

no mesmo prazo, se o entender necessário à resolução da causa.

2 – Seguidamente, o processo irá sucessivamente a cada um dos adjuntos por 8 dias e ao relator por 15

dias.

Artigo 290º

Marcação do julgamento

Lançado o visto do relator, o presidente, no prazo de 10 dias, designará a sessão em que há-de ser

julgado o processo, não podendo exceder a segunda sessão imediata.

Artigo 291º

Ordem dos julgamentos

O julgamento dos processos far-se-á pela ordem da respectiva entrada na secretaria, mas o presidente,

oficiosamente ou a requerimento dos interessados, poderá dar prioridade a qualquer processo, havendo

justo motivo.

Artigo 292º

Elaboração da conta

A conta será elaborada no final do processo pelo tribunal que tiver julgado em 1ª instância.

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Artigo 293º

Revisão da sentença

1 – A decisão transitada em julgado pode ser objecto de revisão no prazo de quatro anos, correndo o

respectivo processo por apenso ao processo em que a decisão foi proferida.

2 – Apenas é admitida a revisão em caso de decisão judicial transitada em julgado declarando a

falsidade do documento, ou documento novo que o interessado não tenha podido nem devia apresentar

no processo e que seja suficiente para a destruição da prova feita, ou de falta ou nulidade da

notificação do requerente quando tenha dado causa a que o processo corresse à sua revelia.

3 – O requerimento da revisão é apresentado no tribunal que proferiu a decisão a rever, no prazo de 30

dias a contar dos factos referidos no número anterior, juntamente com a documentação necessária.

4 – Se a revisão for requerida pelo Ministério Público, o prazo de apresentação do requerimento

referido no número anterior é de 90 dias.

5 – Salvo no que vem previsto no presente artigo, a revisão segue os termos do processo em que foi

proferida a decisão revidenda.

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