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 Anotado 7 a  edição  Volume 1 SUPLEMENTO DE ATUALIZAÇÃO (Até 31.5.2007) Este suplemento consolidado substitui o anterior e apresenta o texto integral e atualizado da Lei n o  9.096/95 CÓDIGO ELEITORAL e Legislação Complementar 

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  • Anotado

    7a edio

    Volume 1

    SUPLEMENTO DE ATUALIZAO(At 31.5.2007)

    Este suplemento consolidado substitui o anterior e

    apresenta o texto integral e atualizado da Lei no 9.096/95

    CDIGO ELEITORAL

    e Legislao Complementar

  • Tribunal Superior Eleitoral

    Diretor-Geral da SecretariaAthayde Fontoura Filho

    Tribunal Superior EleitoralSecretaria de Gesto da InformaoCoordenadoria de Jurisprudncia

    SAS Praa dos Tribunais Superiores, Bloco C, Edifcio Sede, Trreo70096-900 Braslia/DFTelefone: (61) 3316-3507Fac-smile: (61) 3316-3359

    Atualizao e anotaes: Coordenadoria de JurisprudnciaEditorao e reviso: Coordenadoria de Editorao e Publicaes

  • TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

    PRESIDENTEMinistro Marco Aurlio

    VICE-PRESIDENTEMinistro Cezar Peluso

    MINISTROSMinistro Carlos Ayres Britto

    Ministro Jos DelgadoMinistro Ari PargendlerMinistro Caputo BastosMinistro Gerardo Grossi

    PROCURADOR-GERAL ELEITORALDr. Antonio Fernando Souza

    VICE-PROCURADOR-GERAL ELEITORALDr. Francisco Xavier Pinheiro Filho

  • SUMRIO

    Constituio da Repblica Federativa do Brasil ........................ 7 Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 .......................................... 8 Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990 ...................... 10 Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980 ....................................... 12 Lei no 9.049, de 18 de maio de 1995 .......................................... 14 Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995 ................................... 15 Lei no 9.259, de 9 de janeiro de 1996 ......................................... 47 Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997 ................................... 48 Decreto no 5.331, de 4 de janeiro de 2005 ................................. 53 Smula no 1 ................................................................................ 55

  • 7CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    (...)Art. 12. So brasileiros:(...) 1o Aos portugueses com residncia permanente no pas, se houver

    reciprocidade em favor de brasileiros, sero atribudos os direitosinerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituio.

    Pargrafo com redao dada pela ECR no 3/94. Dec. no 3.927/2001: Promulga o Tratado de Amizade, Cooperao

    e Consulta, entre a Repblica Federativa do Brasil e a RepblicaPortuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000,que dispe, entre outros temas, sobre o Estatuto de Igualdade entreBrasileiros e Portugueses, em especial seu art. 17:1. O gozo de direitos polticos por brasileiros em Portugal e porportugueses no Brasil s ser reconhecido aos que tiverem trsanos de residncia habitual e depende de requerimento autoridadecompetente.2. A igualdade quanto aos direitos polticos no abrange as pessoasque, no Estado da nacionalidade, houverem sido privadas de direitosequivalentes.3. O gozo de direitos polticos no Estado de residncia importa nasuspenso do exerccio dos mesmos direitos no Estado danacionalidade.

    (...)

  • 8LEI NO 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965

    Institui o Cdigo Eleitoral.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que sanciono a seguinte Lei, aprovada pelo Congresso

    Nacional, nos termos do art. 4o, caput, do Ato Institucional de 9 de abrilde 1964:

    (...)Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:(...)XIV requisitar fora federal necessria ao cumprimento da lei, de

    suas prprias decises ou das decises dos Tribunais Regionais que osolicitarem, e para garantir a votao e a apurao;

    Res.-TSE no 22.376/2006: Dispe sobre a apurao de crimeseleitorais, disciplinando a atuao da Polcia Judiciria Eleitoral, anotcia-crime eleitoral e o inqurito policial eleitoral.

    (...)Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:(...)XII requisitar a fora necessria ao cumprimento de suas decises

    e solicitar ao Tribunal Superior a requisio de fora federal;

    * V. nota ao art. 23, XIV, deste cdigo.

    (...)

  • 9Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    CAPTULO IIIDO PROCESSO DAS INFRAES

    Res.-TSE no 22.376/2006: Dispe sobre a apurao de crimeseleitorais, disciplinando a atuao da Polcia Judiciria Eleitoral, anotcia-crime eleitoral e o inqurito policial eleitoral.

    (...)

    Braslia, 15 de julho de 1965; 144o da Independncia e 77o daRepblica.

    H. CASTELLO BRANCOMilton Soares Campos

    __________Publicada no DOU de 19.7.65 e retificada no DOU de 30.7.65.

  • 10

    LEI COMPLEMENTAR NO 64, DE 18 DE MAIO DE 1990

    Estabelece, de acordo com o art. 14, 9o, da ConstituioFederal, casos de inelegibilidade, prazos de cessao e de-termina outras providncias.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

    seguinte lei:

    Art. 1o So inelegveis:I para qualquer cargo:(...)g) os que tiverem suas contas relativas ao exerccio de cargos ou

    funes pblicas rejeitadas por irregularidade insanvel e por decisoirrecorrvel do rgo competente, salvo se a questo houver sido ouestiver sendo submetida apreciao do Poder Judicirio, para aseleies que se realizarem nos 5 (cinco) anos seguintes, contados apartir da data da deciso;

    * Ac.-STF, de 17.6.92, no RE no 132.747: compete ao PoderLegislativo o julgamento das contas do chefe do Executivo, atuandoo Tribunal de Contas como rgo auxiliar, na esfera opinativa (CF/88,art. 71, I). Ac.-TSE no 24.848/2004: na apreciao das contas dochefe do Executivo relativas a convnio, a competncia dos tribunaisde contas de julgamento, e no opinativa (CF/88, art. 71, II).Ac.-TSE no 13.174/96: as contas de todos os demais responsveispor dinheiros e bens pblicos so julgadas pelo Tribunal de Contase suas decises a respeito geram inelegibilidade (CF/88, art. 71, II).

  • 11

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    * Sm.-TSE no 1/92: proposta a ao para desconstituir a deciso querejeitou as contas antes da impugnao, fica suspensa ainelegibilidade. Ac.-TSE, de 24.8.2006, no RO no 912; de 13.9.2006,no RO no 963; de 29.9.2006, no RO no 965 e no AgRgREspeno 26.942; e de 16.11.2006, no AgRgRO no 1.067, dentre outros: amera propositura da ao anulatria, sem a obteno de provimentoliminar ou tutela antecipada, no suspende a inelegibilidade. Ac.-TSEnos 237/98, 815/2004, 24.199/2004 e Ac.-TSE, de 31.10.2006, noAgRgRO no 1.104: transitada em julgado a sentena, no acolhendoo pedido, volta a correr o prazo, persistindo a inelegibilidade pelotempo que faltar.

    Lei no 9.504/97, art. 11, 5o: disponibilizao Justia Eleitoral,pelos tribunais e conselhos de contas, da relao dos que tiveramsuas contas rejeitadas. Lei no 8.443/92, art. 91: envio ao MinistrioPblico Eleitoral, pelo TCU, dos nomes dos responsveis cujascontas houverem sido julgadas irregulares nos cinco anosimediatamente anteriores realizao de cada eleio.

    (...)

    Braslia, em 18 de maio de 1990; 169o da Independncia e 102o daRepblica.

    FERNANDO COLLOR__________

    Publicada no DOU de 21.5.90.

  • 12

    LEI NO 6.815, DE 19 DE AGOSTO DE 1980

    Define a situao jurdica do estrangeiro no Brasil, criao Conselho Nacional de Imigrao e d outras providncias.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

    seguinte Lei:

    (...)Art. 107. O estrangeiro admitido no territrio nacional no pode

    exercer atividade de natureza poltica, nem se imiscuir, direta ouindiretamente, nos negcios pblicos do Brasil, sendo-lhe especialmentevedado:

    (...)Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo no se aplica ao

    portugus beneficirio do Estatuto da Igualdade ao qual tiver sidoreconhecido o gozo de direitos polticos.

    Dec. no 3.927/2001: Promulga o Tratado de Amizade, Cooperaoe Consulta, entre a Repblica Federativa do Brasil e a RepblicaPortuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000,que dispe, entre outros temas, sobre o Estatuto de Igualdade entreBrasileiros e Portugueses, em especial seu art. 17:1. O gozo de direitos polticos por brasileiros em Portugal e porportugueses no Brasil s ser reconhecido aos que tiverem trsanos de residncia habitual e depende de requerimento autoridadecompetente.2. A igualdade quanto aos direitos polticos no abrange as pessoasque, no Estado da nacionalidade, houverem sido privadas de direitosequivalentes.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    3. O gozo de direitos polticos no Estado de residncia importa nasuspenso do exerccio dos mesmos direitos no Estado danacionalidade.

    (...)

    Braslia, 19 de agosto de 1980; 159 da Independncia e 92 daRepblica.

    JOO FIGUEIREDOIbrahim Abi-Ackel

    R. S. Guerreirongelo Amaury Stbile

    Murillo MacedoWaldyr Mendes Arcoverde

    Danilo Venturini

    __________Publicada no DOU de 21.8.80 e republicada no DOU de 10.12.81.

  • 14

    LEI NO 9.049, DE 18 DE MAIO DE 1995

    Faculta o registro, nos documentos pessoais de identifi-cao, das informaes que especifica.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

    seguinte lei:

    Art. 1o Qualquer cidado poder requerer autoridade pblicaexpedidora o registro, no respectivo documento pessoal de identificao,do nmero e, se for o caso, da data de validade dos seguintesdocumentos:

    (...)2. Ttulo de Eleitor;(...)Art. 4o Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 5o Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 18 de maio de 1995; 174o da Independncia e 107o daRepblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSONelson A. Jobim

    __________Publicada no DOU de 19.5.95.

  • 15

    LEI NO 9.096, DE 19 DE SETEMBRO DE 1995

    Dispe sobre partidos polticos, regulamenta os arts. 17e 14, 3o, inciso V, da Constituio Federal.

    O Vice-Presidente da Repblica, no exerccio do cargo de Presidenteda Repblica.

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei:

    TTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1o O partido poltico, pessoa jurdica de direito privado,destina-se a assegurar, no interesse do regime democrtico, aautenticidade do sistema representativo e a defender os direitosfundamentais definidos na Constituio Federal.

    Lei no 10.406/2002 (Cdigo Civil):Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado:V os partidos polticos. (Includo pela Lei no 10.825/2003.) 3o Os partidos polticos sero organizados e funcionaro conformeo disposto em lei especfica. (Includo pela Lei no 10.825/2003.)Art. 2.031. As associaes, sociedades e fundaes, constitudas naforma das leis anteriores, bem como os empresrios, devero seadaptar s disposies deste Cdigo at 11 de janeiro de 2007.(Redao dada pela Lei no 11.127/2005.)Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s organizaesreligiosas nem aos partidos polticos. (Includo pela Leino 10.825/2003.)

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 2o livre a criao, fuso, incorporao e extino de partidospolticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regimedemocrtico, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoahumana.

    CF/88, art. 17.

    Art. 3o assegurada, ao partido poltico, autonomia para definir suaestrutura interna, organizao e funcionamento.

    CF/88, art. 17, 1o, com redao dada pela EC no 52/2006: assegurada aos partidos polticos autonomia para definir suaestrutura interna, organizao e funcionamento e para adotar oscritrios de escolha e o regime de suas coligaes eleitorais, semobrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbitonacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutosestabelecer normas de disciplina e fidelidade partidria.

    Art. 4o Os filiados de um partido poltico tm iguais direitos edeveres.

    Art. 5o A ao do partido tem carter nacional e exercida deacordo com seu estatuto e programa, sem subordinao a entidadesou governos estrangeiros.

    Art. 6o vedado ao partido poltico ministrar instruo militar ouparamilitar, utilizar-se de organizao da mesma natureza e adotaruniforme para seus membros.

    CF/88, art. 17, 4o.

    Art. 7o O partido poltico, aps adquirir personalidade jurdica naforma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

    CF/88, art. 17, 2o.

    1o S admitido o registro do estatuto de partido poltico quetenha carter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove

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    o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo menos, meio por centodos votos dados na ltima eleio geral para a Cmara dos Deputados,no computados os votos em branco e os nulos, distribudos por umtero, ou mais, dos Estados, com um mnimo de um dcimo por centodo eleitorado que haja votado em cada um deles.

    V. primeira e terceira notas ao art. 9o, 1o, e o art. 55 desta lei.

    2o S o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal SuperiorEleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do FundoPartidrio e ter acesso gratuito ao rdio e televiso, nos termos fixadosnesta Lei.

    CF/88, art. 17, 3o.

    3o Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal SuperiorEleitoral assegura a exclusividade da sua denominao, sigla e smbolos,vedada a utilizao, por outros partidos, de variaes que venham ainduzir a erro ou confuso.

    TTULO IIDA ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DOS PARTIDOS POLTICOS

    CAPTULO IDA CRIAO E DO REGISTRO DOS PARTIDOS POLTICOS

    Art. 8o O requerimento do registro de partido poltico, dirigido aoCartrio competente do Registro Civil das Pessoas Jurdicas, da CapitalFederal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em nmero nuncainferior a cento e um, com domiclio eleitoral em, no mnimo, um terodos Estados, e ser acompanhado de:

    I cpia autntica da ata da reunio de fundao do partido;II exemplares do Dirio Oficial que publicou, no seu inteiro teor,

    o programa e o estatuto;

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    III relao de todos os fundadores com o nome completo,naturalidade, nmero do ttulo eleitoral com a Zona, Seo, Municpioe Estado, profisso e endereo da residncia.

    * Res.-TSE no 22.510/2007: impossibilidade de utilizao de cdulade identidade em lugar do ttulo eleitoral no procedimento de coletade assinaturas de apoiamento para criao de partido poltico.

    1o O requerimento indicar o nome e funo dos dirigentesprovisrios e o endereo da sede do partido na Capital Federal.

    2o Satisfeitas as exigncias deste artigo, o Oficial do RegistroCivil efetua o registro no livro correspondente, expedindo certido deinteiro teor.

    3o Adquirida a personalidade jurdica na forma deste artigo, o partidopromove a obteno do apoiamento mnimo de eleitores a que se refereo 1o do art. 7o e realiza os atos necessrios para a constituio definitivade seus rgos e designao dos dirigentes, na forma do seu estatuto.

    V. primeira e terceira notas ao art. 9o, 1o, desta lei.

    Art. 9o Feita a constituio e designao, referidas no 3o do artigoanterior, os dirigentes nacionais promovero o registro do estatuto dopartido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, atravs de requerimentoacompanhado de:

    I exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatutopartidrios, inscritos no Registro Civil;

    II certido do Registro Civil da Pessoa Jurdica, a que se refere o 2o do artigo anterior;

    III certides dos Cartrios Eleitorais que comprovem ter o partidoobtido o apoiamento mnimo de eleitores a que se refere o 1o do art. 7o.

    1o A prova do apoiamento mnimo de eleitores feita por meio desuas assinaturas, com meno ao nmero do respectivo ttulo eleitoral,em listas organizadas para cada Zona, sendo a veracidade dasrespectivas assinaturas e o nmero dos ttulos atestados pelo EscrivoEleitoral.

    * V. nota ao art. 8o, III, desta lei.

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    * Lei no 10.842/2004, art. 4o: as atribuies da escrivania eleitoralpassaram a ser exercidas privativamente pelo chefe de cartrioeleitoral.

    Dec.-TSE s/no, de 9.9.97, na Pet no 363: indefere pedido dereconhecimento, como vlidas, de assinaturas de apoiamento deeleitores colhidas via Internet. Res.-TSE no 21.966/2004: Partidopoltico em processo de registro na Justia Eleitoral tem direito deobter lista de eleitores, com os respectivos nmero do ttulo e zonaeleitoral. Res.-TSE no 21.853/2004, sobre formulrio para coletade assinaturas: pode ser inserida frase no sentido de que a assinaturano representa filiao partidria; cidado analfabeto podemanifestar apoio por meio de impresso digital, desde queidentificado pelo nome, nmeros de inscrio, zona e seo,municpio, unidade da Federao e data de emisso do ttulo eleitoral;e possibilidade de conter campos para endereo e telefone.

    2o O Escrivo Eleitoral d imediato recibo de cada lista que lhefor apresentada e, no prazo de quinze dias, lavra o seu atestado,devolvendo-a ao interessado.

    * V. segunda nota ao pargrafo anterior.

    3o Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral,o processo respectivo, no prazo de quarenta e oito horas, distribudo aum Relator, que, ouvida a Procuradoria-Geral, em dez dias, determina,em igual prazo, diligncias para sanar eventuais falhas do processo.

    4o Se no houver diligncias a determinar, ou aps o seuatendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o estatuto do partido,no prazo de trinta dias.

    Art. 10. As alteraes programticas ou estatutrias, aps registradasno Ofcio Civil competente, devem ser encaminhadas, para o mesmofim, ao Tribunal Superior Eleitoral.

    Pargrafo nico. O partido comunica Justia Eleitoral a constituiode seus rgos de direo e os nomes dos respectivos integrantes, bemcomo as alteraes que forem promovidas, para anotao:

    Pargrafo acrescido pela Lei no 9.259/96, que dispe, ainda, em seuart. 3o, que este pargrafo aplica-se a todas as alteraes efetivadas aqualquer tempo, ainda que submetidas Justia Eleitoral na vignciada Lei no 5.682/71.

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    I no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos rgos de mbitonacional;

    II nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos rgosde mbito estadual, municipal ou zonal.

    Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral podecredenciar, respectivamente:

    I Delegados perante o Juiz Eleitoral;II Delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;III Delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.Pargrafo nico. Os Delegados credenciados pelo rgo de direo

    nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais ou JuzesEleitorais; os credenciados pelos rgos estaduais, somente perante oTribunal Regional Eleitoral e os Juzes Eleitorais do respectivo Estado,do Distrito Federal ou Territrio Federal; e os credenciados pelo rgomunicipal,perante o Juiz Eleitoral da respectiva jurisdio.

    CAPTULO IIDO FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR

    Art. 12. O partido poltico funciona, nas Casas Legislativas, por intermdiode uma bancada, que deve constituir suas lideranas de acordo com o estatutodo partido, as disposies regimentais das respectivas Casas e as normasdesta Lei.

    Art. 13. Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as CasasLegislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que,em cada eleio para a Cmara dos Deputados obtenha o apoio de, nomnimo, cinco por cento dos votos apurados, no computados os brancose os nulos, distribudos em, pelo menos, um tero dos Estados, com ummnimo de dois por cento do total de cada um deles.

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional este artigo.

    Res.-TSE no 22.132/2005: a questo relativa ao funcionamento dospartidos no matria eleitoral.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    CAPTULO IIIDO PROGRAMA E DO ESTATUTO

    Art. 14. Observadas as disposies constitucionais e as desta Lei,o partido livre para fixar, em seu programa, seus objetivos polticos epara estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organizaoe funcionamento.

    Art. 15. O estatuto do partido deve conter, entre outras, normassobre:

    I nome, denominao abreviada e o estabelecimento da sede naCapital Federal;

    II filiao e desligamento de seus membros;III direitos e deveres dos filiados;IV modo como se organiza e administra, com a definio de sua

    estrutura geral e identificao, composio e competncias dos rgospartidrios nos nveis municipal, estadual e nacional, durao dosmandatos e processo de eleio dos seus membros;

    V fidelidade e disciplina partidrias, processo para apurao dasinfraes e aplicao das penalidades, assegurado amplo direito dedefesa;

    VI condies e forma de escolha de seus candidatos a cargos efunes eletivas;

    VII finanas e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas queos habilitem a apurar as quantias que os seus candidatos possamdespender com a prpria eleio, que fixem os limites das contribuiesdos filiados e definam as diversas fontes de receita do partido, almdaquelas previstas nesta Lei;

    VIII critrios de distribuio dos recursos do Fundo Partidrioentre os rgos de nvel municipal, estadual e nacional que compem opartido;

    V. notas aos arts. 28, 3o, e 37, 2o, desta lei.

    IX procedimento de reforma do programa e do estatuto.

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    CAPTULO IVDA FILIAO PARTIDRIA

    Res.-TSE no 19.406/95, arts. 33 a 40: normas sobre filiao partidria.Res.-TSE no 21.574/2003: Dispe sobre o Sistema de FiliaoPartidria e d outras providncias.

    Art. 16. S pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no plenogozo de seus direitos polticos.

    Lei no 6.996/82, art. 7o, 2o, e Res.-TSE no 21.538/2003, arts. 17, 1o, e 18, 5o: fornecimento de relaes de eleitores aos partidospolticos nos dias 1o e 15 de cada ms, ou no primeiro dia tilseguinte, pelos cartrios eleitorais.

    Vedaes de atividade poltico-partidria: CF, arts. 142, 3o, V(militares); CF, art. 128, 5o, II, e (membros do Ministrio Pblico);CF, art. 95, p. nico, II (magistrados); CF, art. 73, 3o e 4o

    (membros do TCU); LC no 80/94, arts. 46, V, 91, V, e 130, V(membros da Defensoria Pblica); CE/65, art. 366 (servidor daJustia Eleitoral).

    Ac.-TSE nos 12.371/92, 23.351/2004 e 22.014/2004: a inelegibilidadeno impede a filiao partidria.

    Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiaopartidria, com o atendimento das regras estatutrias do partido.

    Pargrafo nico. Deferida a filiao do eleitor, ser entreguecomprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido.

    Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor dever estar filiadoao respectivo partido pelo menos um ano antes da data fixada para aseleies, majoritrias ou proporcionais.

    Lei no 9.504/97, art. 9o, caput; Res.-TSE nos 19.978/97, 19.988/97,20.539/99, 22.012/2005, 22.015/2005 e 22.095/2005: prazo defiliao partidria igual ao de desincompatibilizao paramagistrados, membros dos tribunais de contas e do MinistrioPblico. Res.-TSE no 22.088/2005: servidor da Justia Eleitoraldeve se exonerar para cumprir o prazo legal de filiao partidria,ainda que afastado do rgo de origem e pretenda concorrer emestado diverso de seu domiclio profissional. Ac.-TSE no 11.314/90

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    e Res.-TSE no 21.787/2004: inexigncia de prvia filiao partidriado militar da ativa, bastando o pedido de registro de candidaturaaps escolha em conveno partidria. Res.-TSE nos 20.615/2000 e20.614/2000: militar da reserva deve se filiar em quarenta e oitohoras, ao passar para a inatividade, quando esta ocorrer aps oprazo limite de filiao partidria, mas antes da escolha emconveno.

    Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro decada ano, o partido, por seus rgos de direo municipais, regionaisou nacional, dever remeter, aos Juzes Eleitorais, para arquivamento,publicao e cumprimento dos prazos de filiao partidria para efeitode candidatura a cargos eletivos, a relao dos nomes de todos osseus filiados, da qual constar a data de filiao, o nmero dos ttuloseleitorais e das Sees em que esto inscritos.

    Caput com redao dada pelo art. 103 da Lei no 9.504/97.* Res.-TSE no 19.406/95, art. 36, caput, e Res.-TSE no 19.989/97: a

    relao de filiados aos partidos polticos dever ser encaminhada Justia Eleitoral nos dias 8 a 14 dos meses de abril e outubro,durante expediente normal dos cartrios. Res.-TSE nos 20.793/2001,20.874/2001, 21.061/2002, 21.709/2004, 21.936/2004 e22.164/2006: prorrogao do prazo quando o termo inicial ou finalrecair em dia no til.

    Sm.-TSE no 20/2000: A falta do nome do filiado ao partido nalista por este encaminhada Justia Eleitoral, nos termos do art. 19da Lei no 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros elementosde prova de oportuna filiao.

    1o Se a relao no remetida nos prazos mencionados nesteartigo, permanece inalterada a filiao de todos os eleitores, constanteda relao remetida anteriormente.

    2o Os prejudicados por desdia ou m-f podero requerer,diretamente Justia Eleitoral, a observncia do que prescreve o caputdeste artigo.

    Prov.-CGE no 4/2005: Estabelece a forma de controle deprocessamento de listas especiais decorrentes deste dispositivo.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 20. facultado ao partido poltico estabelecer, em seu estatuto,prazos de filiao partidria superiores aos previstos nesta Lei, comvistas candidatura a cargos eletivos.

    Pargrafo nico. Os prazos de filiao partidria, fixados no estatutodo partido, com vistas candidatura a cargos eletivos, no podem seralterados no ano da eleio.

    Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicao escritaao rgo de direo municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.

    Pargrafo nico. Decorridos dois dias da data da entrega dacomunicao, o vnculo torna-se extinto, para todos os efeitos.

    Art. 22. O cancelamento imediato da filiao partidria verifica-senos casos de:

    I morte;II perda dos direitos polticos;III expulso;IV outras formas previstas no estatuto, com comunicao

    obrigatria ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da deciso.Pargrafo nico. Quem se filia a outro partido deve fazer comunicao

    ao partido e ao Juiz de sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar suafiliao; se no o fizer no dia imediato ao da nova filiao, fica configuradadupla filiao, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos.

    CE/65, art. 320.* Ac.-STF, de 24.2.2005, na ADIn no 1.465: constitucionalidade do

    trecho grifado. Ac.-TSE nos 22.375/2004 e 22.132/2004: Havendo o candidato

    feito comunicao de sua desfiliao Justia Eleitoral e agremiaopartidria antes do envio das listas a que se refere o art. 19 da Leino 9.096/95, no h falar em dupla militncia. Dupla filiao nocaracterizada.

    CAPTULO VDA FIDELIDADE E DA DISCIPLINA PARTIDRIAS

    Art. 23. A responsabilidade por violao dos deveres partidriosdeve ser apurada e punida pelo competente rgo, na conformidade doque disponha o estatuto de cada partido.

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    1o Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou punio porconduta que no esteja tipificada no estatuto do partido poltico.

    2o Ao acusado assegurado amplo direito de defesa.Art. 24. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido

    deve subordinar sua ao parlamentar aos princpios doutrinrios eprogramticos e s diretrizes estabelecidas pelos rgos de direopartidrios, na forma do estatuto.

    Art. 25. O estatuto do partido poder estabelecer, alm das medidasdisciplinares bsicas de carter partidrio, normas sobre penalidades,inclusive com desligamento temporrio da bancada, suspenso do direitode voto nas reunies internas ou perda de todas as prerrogativas, cargose funes que exera em decorrncia da representao e da proporopartidria, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser,pela atitude ou pelo voto, s diretrizes legitimamente estabelecidas pelosrgos partidrios.

    Art. 26. Perde automaticamente a funo ou cargo que exera, narespectiva Casa Legislativa, em virtude da proporo partidria, oparlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.

    CAPTULO VIDA FUSO, INCORPORAO E EXTINO DOS PARTIDOS POLTICOS

    Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofcio Civil e ao Tribunal SuperiorEleitoral, o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva,se incorpore ou venha a se fundir a outro.

    Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, aps trnsito em julgado dedeciso, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto dopartido contra o qual fique provado:

    I ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros deprocedncia estrangeira;

    II estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;III no ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas

    Justia Eleitoral;

    Res.-TSE no 20.679/2000: a no-prestao de contas pelos rgospartidrios regionais ou municipais no implica o seu cancelamento.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    IV que mantm organizao paramilitar. 1o A deciso judicial a que se refere este artigo deve ser precedida

    de processo regular, que assegure ampla defesa. 2o O processo de cancelamento iniciado pelo Tribunal vista de

    denncia de qualquer eleitor, de representante de partido, ou derepresentao do Procurador-Geral Eleitoral.

    3o O partido poltico, em nvel nacional, no sofrer a suspensodas cotas do Fundo Partidrio, nem qualquer outra punio comoconseqncia de atos praticados por rgos regionais ou municipais.

    Pargrafo acrescido pelo art. 2o da Lei no 9.693/98. Res.-TSE no 22.090/2005: o diretrio regional ou municipal

    diretamente beneficiado por conduta vedada pelo art. 73 da Leino 9.504/97 ser excludo da distribuio de recursos de multas delaoriundas, cuja importncia ser decotada do diretrio nacional, esucessivamente dos rgos inferiores, de modo a atingir o rgopartidrio efetivamente responsvel.

    Art. 29. Por deciso de seus rgos nacionais de deliberao, doisou mais partidos podero fundir-se num s ou incorporar-se um ao outro.

    1o No primeiro caso, observar-se-o as seguintes normas:I os rgos de direo dos partidos elaboraro projetos comuns de

    estatuto e programa;II os rgos nacionais de deliberao dos partidos em processo

    de fuso votaro em reunio conjunta, por maioria absoluta, os projetos,e elegero o rgo de direo nacional que promover o registro donovo partido.

    2o No caso de incorporao, observada a lei civil, caber ao partidoincorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu rgo nacionalde deliberao sobre a adoo do estatuto e do programa de outraagremiao.

    3o Adotados o estatuto e o programa do partido incorporador,realizar-se-, em reunio conjunta dos rgos nacionais de deliberao,a eleio do novo rgo de direo nacional.

    4o Na hiptese de fuso, a existncia legal do novo partido temincio com o registro, no Ofcio Civil competente da Capital Federal, do

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    estatuto e do programa, cujo requerimento deve ser acompanhado dasatas das decises dos rgos competentes.

    5o No caso de incorporao, o instrumento respectivo deve serlevado ao Ofcio Civil competente, que deve, ento, cancelar o registrodo partido incorporado a outro.

    6o Havendo fuso ou incorporao de partidos, os votos obtidospor eles, na ltima eleio geral para a Cmara dos Deputados, devemser somados para efeito do funcionamento parlamentar, nos termosdo art. 13, da distribuio dos recursos do Fundo Partidrio e do acessogratuito ao rdio e televiso.

    * V. primeira nota ao art. 13 desta lei.

    7o O novo estatuto ou instrumento de incorporao deve ser levadoa registro e averbado, respectivamente, no Ofcio Civil e no TribunalSuperior Eleitoral.

    TTULO IIIDAS FINANAS E CONTABILIDADE DOS PARTIDOS

    CAPTULO IDA PRESTAO DE CONTAS

    Res.-TSE no 21.841/2004, alterada pela Res.-TSE no 22.067/2005:Disciplina a prestao de contas dos partidos polticos e a tomadade contas especial.

    Port. Conjunta-TSE/SRF no 74/2006: Dispe sobre o intercmbiode informaes entre o Tribunal Superior Eleitoral e a Secretaria daReceita Federal e d outras providncias, abrangendo informaesrelativas prestao de contas de candidatos e de comits financeirosde partidos polticos (art. 1o, caput) e prestao anual de contasdos partidos polticos (art. 1o, 1o); prev a possibilidade de qualquercidado apresentar denncia SRF sobre uso indevido de recursos,financeiros ou no, em campanha eleitoral ou nas atividades dospartidos polticos (art. 2o) e a verificao do cometimento de ilcitostributrios (art. 3o) e a informao ao TSE de qualquer infraotributria detectada (art. 4o, caput) e ao disposto nos arts. 23, 27 e81 da Lei no 9.504/97 (art. 4o, p. nico).

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 30. O partido poltico, atravs de seus rgos nacionais, regionaise municipais, deve manter escriturao contbil, de forma a permitir oconhecimento da origem de suas receitas e a destinao de suasdespesas.

    Art. 31. vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sobqualquer forma ou pretexto, contribuio ou auxlio pecunirio ouestimvel em dinheiro, inclusive atravs de publicidade de qualquerespcie, procedente de:

    Lei no 9.504/97, art. 24: doaes vedadas a partido e candidato paracampanhas eleitorais.

    I entidade ou governo estrangeiros;

    CF/88, art. 17, II.

    II autoridade ou rgos pblicos, ressalvadas as dotaesreferidas no art. 38;

    * Res.-TSE no 21.841/2004, art. 5o, 1o: a vedao no alcana osagentes polticos e os servidores pblicos filiados a partidospolticos, investidos em cargos, funes, mandatos, comisses, pornomeao, eleio, designao ou delegao para o exerccio deatribuies constitucionais. V., contudo, Res.-TSE no 22.025/2005:incide a vedao do inciso II do art. 31 da Lei no 9.096/95,relativamente contribuio de detentor de cargo ou funo deconfiana, calculada em percentagem sobre a remunerao percebidae recolhida ao partido mediante consignao em folha de pagamento.

    III autarquias, empresas pblicas ou concessionrias de serviospblicos, sociedades de economia mista e fundaes institudas emvirtude de lei e para cujos recursos concorram rgos ou entidadesgovernamentais;

    * Res.-TSE no 21.841/2004, art. 5o, 2o: As fundaes mencionadasno inciso III abrangem o instituto ou a fundao de pesquisa e dedoutrinao e educao poltica de que trata o art. 44, inciso IV, Lei

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    no 9.096/95. V., contudo, Ac.-TSE, de 9.2.2006, no REspeno 25.559: O que se contm no inciso III do art. 31 da Lei no 9.096/95,quanto s fundaes, h de ser observado consideradas as fundaesde natureza pblica.

    IV entidade de classe ou sindical.Art. 32. O partido est obrigado a enviar, anualmente, Justia

    Eleitoral, o balano contbil do exerccio findo, at o dia 30 de abril doano seguinte.

    1o O balano contbil do rgo nacional ser enviado ao TribunalSuperior Eleitoral, o dos rgos estaduais aos Tribunais RegionaisEleitorais e o dos rgos municipais aos Juzes Eleitorais.

    2o A Justia Eleitoral determina, imediatamente, a publicao dosbalanos na imprensa oficial, e, onde ela no exista, procede afixaodos mesmos no Cartrio Eleitoral.

    3o No ano em que ocorrem eleies, o partido deve enviarbalancetes mensais Justia Eleitoral, durante os quatro meses anteriorese os dois meses posteriores ao pleito.

    Art. 33. Os balanos devem conter, entre outros, os seguintes itens:I discriminao dos valores e destinao dos recursos oriundos do

    Fundo Partidrio;II origem e valor das contribuies e doaes;III despesas de carter eleitoral, com a especificao e

    comprovao dos gastos com programas no rdio e televiso, comits,propaganda, publicaes, comcios, e demais atividades de campanha;

    IV discriminao detalhada das receitas e despesas.Art. 34. A Justia Eleitoral exerce a fiscalizao sobre a escriturao

    contbil e a prestao de contas do partido e das despesas de campanhaeleitoral, devendo atestar se elas refletem adequadamente a realmovimentao financeira, os dispndios e recursos aplicados nascampanhas eleitorais, exigindo a observao das seguintes normas:

    V. nota no incio deste captulo.

    I obrigatoriedade de constituio de comits e designao dedirigentes partidrios especficos, para movimentar recursos financeirosnas campanhas eleitorais;

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    Lei no 9.504/97, art. 19: prazo para a constituio de comits;art. 20: administrao financeira da campanha eleitoral feita peloprprio candidato.

    IN Conjunta-TSE/SRF no 609/2006: Dispe sobre atos peranteo Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) dos comitsfinanceiros de partidos polticos e de candidatos a cargoseletivos.

    II caracterizao da responsabilidade dos dirigentes do partido ecomits, inclusive do Tesoureiro, que respondero, civil e criminalmente,por quaisquer irregularidades;

    III escriturao contbil, com documentao que comprove aentrada e sada de dinheiro ou de bens recebidos e aplicados;

    IV obrigatoriedade de ser conservada pelo partido a documentaocomprobatria de suas prestaes de contas, por prazo no inferior acinco anos;

    V obrigatoriedade de prestao de contas, pelo partido poltico,seus comits e candidatos, no encerramento da campanha eleitoral,com o recolhimento imediato tesouraria do partido dos saldosfinanceiros eventualmente apurados.

    Lei no 9.504/97, art. 31: sobras de recursos financeiros de campanha.

    Pargrafo nico. Para efetuar os exames necessrios aoatendimento do disposto no caput, a Justia Eleitoral pode requisitartcnicos do Tribunal de Contas da Unio ou dos Estados, pelo tempoque for necessrio.

    Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais RegionaisEleitorais, vista de denncia fundamentada de filiado ou Delegado departido, de representao do Procurador-Geral ou Regional ou deiniciativa do Corregedor, determinaro o exame da escriturao do partidoe a apurao de qualquer ato que viole as prescries legais ouestatutrias a que, em matria financeira, aquele ou seus filiados estejamsujeitos, podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo bancrio dascontas dos partidos para o esclarecimento ou apurao de fatosvinculados denncia.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Port. Conjunta-TSE/SRF no 74/2006, arts. 2o, 3o e 4o: possibilidadede qualquer cidado apresentar denncia SRF sobre uso indevidode recursos, financeiros ou no, em campanha eleitoral ou nasatividades dos partidos polticos; verificao do cometimento deilcitos tributrios e informao ao TSE de qualquer infraotributria detectada e ao disposto nos arts. 23, 27 e 81 da Leino 9.504/97.

    Pargrafo nico. O partido pode examinar, na Justia Eleitoral, asprestaes de contas mensais ou anuais dos demais partidos, quinzedias aps a publicao dos balanos financeiros, aberto o prazo de cincodias para impugn-las, podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas epedir abertura de investigao para apurar qualquer ato que viole asprescries legais ou estatutrias a que, em matria financeira, ospartidos e seus filiados estejam sujeitos.

    Art. 36. Constatada a violao de normas legais ou estatutrias,ficar o partido sujeito s seguintes sanes:

    I no caso de recursos de origem no mencionada ou esclarecida,fica suspenso o recebimento das quotas do Fundo Partidrio at que oesclarecimento seja aceito pela Justia Eleitoral;

    II no caso de recebimento de recursos mencionados no art. 31,fica suspensa a participao no Fundo Partidrio por um ano;

    III no caso de recebimento de doaes cujo valor ultrapasse oslimites previstos no art. 39, 4o, fica suspensa por dois anos aparticipao no Fundo Partidrio e ser aplicada ao partido multacorrespondente ao valor que exceder aos limites fixados.

    O 4o mencionado foi revogado pela Lei no 9.504/97.

    Art. 37. A falta de prestao de contas ou sua desaprovao totalou parcial implica a suspenso de novas cotas do Fundo Partidrio esujeita os responsveis s penas da lei.

    Caput com redao dada pelo art. 3o da Lei no 9.693/98. Lei no 9.504/97, art. 25: perda do direito ao recebimento da cota do

    Fundo Partidrio do ano seguinte ao partido que descumprir asnormas referentes arrecadao e aplicao de recursos fixadasnaquela lei.

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    1o A Justia Eleitoral pode determinar diligncias necessrias complementao de informaes ou ao saneamento de irregularidadesencontradas nas contas dos rgos de direo partidria ou de candidatos.

    Primitivo p. nico renumerado como 1o pelo art. 3o da Leino 9.693/98.

    2o A sano a que se refere o caput ser aplicada exclusivamente esfera partidria responsvel pela irregularidade.

    Pargrafo acrescido pelo art. 3o da Lei no 9.693/98, com arenumerao do p. nico como 1o.

    Res.-TSE no 21.841/2004, art. 29: procedimentos em caso desuspenso de cotas do Fundo Partidrio. Res.-TSE no 21.797/2004:cabe ao diretrio nacional, recebida a comunicao, deixar de repassarao diretrio regional a respectiva cota do Fundo Partidrio,independentemente de tomada de contas especial.

    V. segunda nota ao art. 28, 3o, desta lei.

    CAPTULO IIDO FUNDO PARTIDRIO

    Res.-TSE no 21.875/2004: Regulamenta o recolhimento dopercentual de participao de institutos ou fundaes de pesquisae de doutrinao e educao poltica nas verbas do Fundo Partidrio.Res.-TSE no 21.975/2004: Disciplina o recolhimento e a cobranadas multas previstas no Cdigo Eleitoral e leis conexas e a distribuiodo Fundo Especial de Assistncia Financeira aos Partidos Polticos(Fundo Partidrio), Port.-TSE no 288/2005: Estabelece normas eprocedimentos visando arrecadao, recolhimento e cobrana dasmultas previstas no Cdigo Eleitoral e leis conexas, e utilizao daGuia de Recolhimento da Unio (GRU) e Res.-TSE no 21.841/2004,alterada pela Res.-TSE no 22.067/2005: Disciplina a prestao decontas dos partidos polticos e a tomada de contas especial.

    Art. 38. O Fundo Especial de Assistncia Financeira aos PartidosPolticos (Fundo Partidrio) constitudo por:

    I multas e penalidades pecunirias aplicadas nos termos do CdigoEleitoral e leis conexas;

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    II recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em carterpermanente ou eventual;

    III doaes de pessoa fsica ou jurdica, efetuadas por intermdiode depsitos bancrios diretamente na conta do Fundo Partidrio;

    IV dotaes oramentrias da Unio em valor nunca inferior, cadaano, ao nmero de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anteriorao da proposta oramentria, multiplicados por trinta e cinco centavosde real, em valores de agosto de 1995.

    1o (Vetado.) 2o (Vetado.)Art. 39. Ressalvado o disposto no art. 31, o partido poltico pode

    receber doaes de pessoas fsicas e jurdicas para constituio de seusfundos.

    1o As doaes de que trata este artigo podem ser feitas diretamenteaos rgos de direo nacional, estadual e municipal, que remetero, Justia Eleitoral e aos rgos hierarquicamente superiores do partido, odemonstrativo de seu recebimento e respectiva destinao, juntamentecom o balano contbil.

    2o Outras doaes, quaisquer que sejam, devem ser lanadas nacontabilidade do partido, definidos seus valores em moeda corrente.

    3o As doaes em recursos financeiros devem ser, obrigatoriamente,efetuadas por cheque cruzado em nome do partido poltico ou por depsitobancrio diretamente na conta do partido poltico.

    4o (Revogado pelo art. 107 da Lei no 9.504/97.)Art. 40. A previso oramentria de recursos para o Fundo Partidrio

    deve ser consignada, no Anexo do Poder Judicirio, ao Tribunal SuperiorEleitoral.

    1o O Tesouro Nacional depositar, mensalmente, os duodcimosno Banco do Brasil, em conta especial disposio do Tribunal SuperiorEleitoral.

    2o Na mesma conta especial sero depositadas as quantiasarrecadadas pela aplicao de multas e outras penalidades pecunirias,previstas na legislao eleitoral.

    Art. 41. O Tribunal Superior Eleitoral, dentro de cinco dias, a contarda data do depsito a que se refere o 1o do artigo anterior, far a

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    respectiva distribuio aos rgos nacionais dos partidos, obedecendoaos seguintes critrios:

    * Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional a expresso grifada.

    V. art. 41-A desta lei, acrescido pela Lei no 11.459/2007: estabelececritrios para distribuio do Fundo Partidrio.

    V. segundas notas aos arts. 28, 3o, e 37, 2o, desta lei.

    I um por cento do total do Fundo Partidrio ser destacado paraentrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutosregistrados no Tribunal Superior Eleitoral;

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional este inciso.

    V. segunda nota ao caput deste artigo.

    II noventa e nove por cento do total do Fundo Partidrio serodistribudos aos partidos que tenham preenchido as condies do art. 13,na proporo dos votos obtidos na ltima eleio geral para a Cmarados Deputados.

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional este inciso.

    V. segunda nota ao caput deste artigo.

    Art. 41-A. 5% (cinco por cento) do total do Fundo Partidrio serodestacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos quetenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral e 95%(noventa e cinco por cento) do total do Fundo Partidrio sero distribudosa eles na proporo dos votos obtidos na ltima eleio geral para aCmara dos Deputados.

    Art. 41-A acrescido pelo art. 1o da Lei no 11.459/2007.

    Art. 42. Em caso de cancelamento ou caducidade do rgo de direonacional do partido, reverter ao Fundo Partidrio a quota que a estecaberia.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 43. Os depsitos e movimentaes dos recursos oriundos doFundo Partidrio sero feitos em estabelecimentos bancrios controladospelo Poder Pblico Federal, pelo Poder Pblico Estadual ou, inexistindoestes, no banco escolhido pelo rgo diretivo do partido.

    Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidrio sero aplicados:I na manuteno das sedes e servios do partido, permitido o

    pagamento de pessoal, a qualquer ttulo, este ltimo at o limite mximode vinte por cento do total recebido;

    Res.-TSE no 21.837/2004: possibilidade de utilizao de recursosdo Fundo Partidrio na aquisio de bens mobilirios, computadores,impressoras, softwares e veculos automotivos.

    II na propaganda doutrinria e poltica;III no alistamento e campanhas eleitorais;IV na criao e manuteno de instituto ou fundao de pesquisa

    e de doutrinao e educao poltica, sendo esta aplicao de, no mnimo,vinte por cento do total recebido.

    * V. primeira nota ao art. 53 desta lei. Res.-TSE no 21.875/2004: Regulamenta o recolhimento do

    percentual de participao de institutos ou fundaes de pesquisae de doutrinao e educao poltica nas verbas do FundoPartidrio.

    1o Na prestao de contas dos rgos de direo partidria dequalquer nvel, devem ser discriminadas as despesas realizadas comrecursos do Fundo Partidrio, de modo a permitir o controle da JustiaEleitoral sobre o cumprimento do disposto nos incisos I e IV desteartigo.

    2o A Justia Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar sobre aaplicao de recursos oriundos do Fundo Partidrio.

    3o Os recursos de que trata este artigo no esto sujeitos ao regimeda Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.

    Pargrafo acrescido pelo art. 104 da Lei no 9.504/97.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    TTULO IVDO ACESSO GRATUITO AO RDIO E TELEVISO

    Res.-TSE no 20.034/95, alterada pelas Res.-TSE nos 20.086/97,20.400/98, 20.479/99, 20.822/2001, 20.849/2001 e 22.503/2006:instrues para o acesso gratuito ao rdio e televiso pelos partidospolticos.

    Res.-TSE no 21.983/2005: Possibilidade da realizao depropaganda partidria por meio de mdia impressa ou outdoor.

    Art. 45. A propaganda partidria gratuita, gravada ou ao vivo,efetuada mediante transmisso por rdio e televiso ser realizada entreas dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para, comexclusividade:

    Lei no 9.504/97, art. 36, 2o: vedao de veiculao de propagandapartidria gratuita no segundo semestre do ano da eleio.

    I difundir os programas partidrios;II transmitir mensagens aos filiados sobre a execuo do programa

    partidrio, dos eventos com este relacionados e das atividadescongressuais do partido;

    III divulgar a posio do partido em relao a temas poltico-comunitrios. 1o Fica vedada, nos programas de que trata este Ttulo:I a participao de pessoa filiada a partido que no o responsvel

    pelo programa;II a divulgao de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a

    defesa de interesses pessoais ou de outros partidos;III a utilizao de imagens ou cenas incorretas ou incompletas,

    efeitos ou quaisquer outros recursos que distoram ou falseiem os fatosou a sua comunicao.

    2o O Tribunal Superior Eleitoral, julgando procedente represen-tao de partido, cassar o direito de transmisso a que faria jus, nosemestre seguinte, do partido que contrariar o disposto neste artigo.

    * Res.-TSE no 20.034/97, art. 13: legitimidade ativa tambm doMinistrio Pblico, de rgo de fiscalizao do Ministrio das

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Comunicaes ou de entidade representativa das emissoras de rdioe televiso. Ac.-TSE nos 396/2002, 682/2004 e 641/2004: legitimidadeativa do Ministrio Pblico Eleitoral.

    * Ac.-TSE, de 17.10.2006, na Rp no 994: cassao do direito detransmisso no semestre seguinte, quando no for possvel a cassaode novos espaos no prprio semestre de julgamento. Ac.-TSE, de30.3.2006, na Rp no 782: cassao do programa do semestre seguinteao do ato ilcito, mas no mesmo semestre do julgamento, em anoeleitoral. Ac.-TSE nos 29/99, 365/2002, 634/2003, 643/2004 e745/2005, dentre outros: cassao do programa do semestre seguinteao julgamento da representao. V., contudo, Ac.-TSE no 4.411/2004:cassao do programa do semestre seguinte ao trnsito em julgadoe inexigncia de pedido de execuo.

    Ac.-TSE, de 8.3.2007, na Rp no 868 e, de 26.4.2007, nas Rp nos 1.219e 1.242: o prazo para ajuizamento de representao por infrao aeste dispositivo at o semestre seguinte ao da veiculao doprograma partidrio impugnado.

    Res.-TSE no 21.078/2002 e Ac.-TSE no 678/2004: legitimidade dotitular de direito autoral para representar Justia Eleitoral, visandocoibir prtica ilegal em horrio gratuito de propaganda partidria oueleitoral.

    Res.-TSE no 20.744/2000 e Ac.-TSE nos 1.176/2000, 657/2003 e683/2004: cabimento de pedido de direito de resposta na propagandapartidria com base no art. 5o, V, da CF/88.

    3o A propaganda partidria, no rdio e na televiso, fica restritaaos horrios gratuitos disciplinados nesta Lei, com proibio depropaganda paga.

    Res.-TSE no 21.705/2004: este dispositivo abrange os programasdestinados doutrinao e educao poltica produzidos porfundao criada por partido poltico; a vedao de propaganda pagase estende aos canais de televiso por assinatura ou via satlite.

    Art. 46. As emissoras de rdio e de televiso ficam obrigadas arealizar, para os partidos polticos, na forma desta Lei, transmissesgratuitas em mbito nacional e estadual, por iniciativa e sob aresponsabilidade dos respectivos rgos de direo.

    Ac.-TSE nos 370/2002 e 236/2003, dentre outros: defere-se novadata para transmisso que no tenha sido efetivada por falha tcnica

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    da emissora. Ac.-TSE no 690/2004: inexistncia de direito da emissoraa compensao fiscal nessa hiptese.

    1o As transmisses sero em bloco, em cadeia nacional ou estadual,e em inseres de trinta segundos e um minuto, no intervalo daprogramao normal das emissoras.

    * Ac.-TSE, de 20.3.2007, na Rcl no 380; de 22.3.2007, nas Rp nos 800e 863; de 10.4.2007, na Rp no 859 e, de 26.4.2007, na Rp no 861:com a edio da Res.-TSE no 22.503/2006, foram extintos os espaosdestinados a divulgao de propaganda partidria em cadeia regional.

    2o A formao das cadeias, tanto nacional quanto estaduais, serautorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que far a necessriarequisio dos horrios s emissoras de rdio e de televiso, medianterequerimento dos rgos nacionais dos partidos, com antecednciamnima de quinze dias.

    * V. nota ao pargrafo anterior. Res.-TSE no 20.034/97, art. 5o, com redao dada pela Res.-TSE

    no 20.479/99: prazo at o dia 1o de dezembro do ano anterior transmisso para os partidos requererem a formao das cadeias.Ac.-TSE no 2.175/2000: legitimidade da fixao do referido prazo,em face da competncia do TSE para regular a fiel execuo da lei,no importando em restrio de direitos.

    3o No requerimento a que se refere o pargrafo anterior, o rgopartidrio solicitar conjuntamente a fixao das datas de formaodas cadeias, nacional e estaduais.

    * V. nota ao 1o deste artigo.

    4o O Tribunal Superior Eleitoral, independentemente do mbitonacional ou estadual da transmisso, havendo coincidncia de data,dar prioridade ao partido que apresentou o requerimento em primeirolugar.

    * V. nota ao 1o deste artigo.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    5o As fitas magnticas com as gravaes dos programas em blocoou em inseres sero entregues s emissoras com a antecednciamnima de doze horas da transmisso.

    * Res.-TSE no 20.034/97, art. 7o: entrega das fitas magnticas comantecedncia de 24 horas. Na revogada Res.-TSE no 19.586/97, oprazo de 12 horas fora repetido, prevendo-se, no entanto, no art. 6o

    a obrigatoriedade de o partido indicar o tempo que seria utilizadopara permitir reorganizao da grade da emissora na hiptese dano-utilizao integral do tempo reservado.

    6o As inseres a serem feitas na programao das emissorassero determinadas:

    I pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando solicitadas por rgo dedireo nacional de partido;

    II pelo Tribunal Regional Eleitoral, quando solicitadas por rgode direo estadual de partido.

    7o Em cada rede somente sero autorizadas at dez inseres detrinta segundos ou cinco de um minuto por dia.

    Art. 47. Para agilizar os procedimentos, condies especiais podemser pactuadas diretamente entre as emissoras de rdio e de televiso eos rgos de direo do partido, obedecidos os limites estabelecidosnesta Lei, dando-se conhecimento ao Tribunal Eleitoral da respectivajurisdio.

    Art. 48. O partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral que noatenda ao disposto no art. 13 tem assegurada a realizao de umprograma em cadeia nacional, em cada semestre, com a durao dedois minutos.

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional este artigo.

    Art. 49. O partido que atenda ao disposto no art. 13 tem assegurado:

    * Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional a expresso grifada, com reduo de texto.

    Lei no 9.259/96, art. 4o: eficcia imediata do disposto neste artigo.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    I a realizao de um programa, em cadeia nacional, e de umprograma, em cadeia estadual, em cada semestre, com a durao devinte minutos cada;

    * Ac.-TSE, de 20.3.2007, na Rcl no 380; de 22.3.2007, nas Rp nos 800e 863; de 10.4.2007, na Rp no 859 e, de 26.4.2007, na Rp no 861:com a edio da Res.-TSE no 22.503/2006, foram extintos os espaosdestinados a divulgao de propaganda partidria em cadeia regional.

    II a utilizao do tempo total de quarenta minutos, por semestre,para inseres de trinta segundos ou um minuto, nas redes nacionais, ede igual tempo nas emissoras estaduais.

    TTULO VDISPOSIES GERAIS

    Art. 50. (Vetado.)Art. 51. assegurado ao partido poltico com estatuto registrado no

    Tribunal Superior Eleitoral o direito utilizao gratuita de escolaspblicas ou Casas Legislativas para a realizao de suas reunies ouConvenes, responsabilizando-se pelos danos porventura causados coma realizao do evento.

    Lei no 9.504/97, art. 8o, 2o: utilizao gratuita de prdios pblicospara realizao de convenes de escolha de candidatos.

    Art. 52. (Vetado.)Pargrafo nico. As emissoras de rdio e televiso tero direito a

    compensao fiscal pela cedncia do horrio gratuito previsto nestaLei.

    Dec. no 5.331/2005: Regulamenta o pargrafo nico do art. 52 daLei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Lei no 9.504,de 30 de setembro de 1997, para os efeitos de compensao fiscalpela divulgao gratuita da propaganda partidria ou eleitoral.

    Ato Declaratrio Interpretativo-SRF no 2/2006 (DOU de10.3.2006), Dispe sobre o critrio de clculo da compensaofiscal pela divulgao gratuita da propaganda partidria ou eleitoral:

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Artigo nico. A compensao fiscal de que trata o art. 1o do Decretono 5.331, de 2005, corresponde a oito dcimos do somatrio dosvalores efetivamente praticados na mesma grade horria exibida nodia anterior data de incio de divulgao gratuita da propagandapartidria ou eleitoral. 1o Para efeito do caput, considera-se valor efetivamente praticadoo resultado da multiplicao do preo do espao comercializadopelo tempo de exibio da publicidade contratada. 2o Na hiptese de o tempo destinado divulgao gratuita abrangerapenas parte de um espao comercializado do dia anterior ao deincio da divulgao, o valor efetivamente praticado dever serapurado proporcionalmente ao tempo abrangido. 3o O disposto neste artigo aplica-se tambm em relao aoscomunicados, s instrues e a outras requisies da Justia Eleitoral,relativos aos programas partidrios ou eleitorais.

    Ac.-TSE no 690/2004: inexistncia de direito compensao fiscalna hiptese de deferimento de nova data para transmisso dapropaganda partidria em razo de falha tcnica da emissora.

    Art. 53. A fundao ou instituto de direito privado, criado por partidopoltico destinado ao estudo e pesquisa, doutrinao e educaopoltica, rege-se pelas normas da lei civil e tem autonomia para contratarcom instituies pblicas e privadas, prestar servios e manterestabelecimentos de acordo com suas finalidades, podendo, ainda, manterintercmbio com instituies no nacionais.

    * Res.-TSE no 22.121/2005: Dispe sobre as regras de adequao deinstitutos ou fundaes de pesquisa e de doutrinao e educaopoltica de partidos polticos s normas estabelecidas no CdigoCivil de 2002, segundo a qual os entes a que se refere este artigodevem ter a forma de fundaes de direito privado, qual devem serconvertidos, nos termos e prazos da lei civil, aqueles criados sob aforma de instituto, associao ou sociedade civil (art. 1o, caput, 1o,e art. 3o).

    V. art. 44, IV, desta lei, e art. 31, p. nico, da Lei no 9.504/97: aplicaode recursos do Fundo Partidrio e utilizao das sobras de campanhana criao e manuteno das fundaes a que se refere este artigo.

    Art. 54. Para fins de aplicao das normas estabelecidas nesta Lei,consideram-se como equivalentes a Estados e Municpios o DistritoFederal e os Territrios e respectivas divises poltico-administrativas.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    TTULO VIDISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 55. O partido poltico que, nos termos da legislao anterior,tenha registro definitivo, fica dispensado da condio estabelecida no 1o do art. 7o, e deve providenciar a adaptao de seu estatuto sdisposies desta Lei, no prazo de seis meses da data de suapublicao.

    1o A alterao estatutria com a finalidade prevista neste artigopode ser realizada pelo partido poltico em reunio do rgo nacionalmximo, especialmente convocado na forma dos estatutos, comantecedncia mnima de trinta dias e ampla divulgao, entre seus rgose filiados, do projeto do estatuto.

    2o Aplicam-se as disposies deste artigo ao partido que, na datada publicao desta Lei:

    I tenha completado seu processo de organizao nos termos dalegislao anterior e requerido o registro definitivo;

    II tenha seu pedido de registro sub judice, desde que sobrevenhadeciso favorvel do rgo judicirio competente;

    III tenha requerido registro de seus estatutos junto ao TribunalSuperior Eleitoral, aps o devido registro como entidade civil.

    Art. 56. No perodo entre a data da publicao desta Lei e incio daprxima Legislatura, ser observado o seguinte:

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: d ao caputdeste artigo interpretao que elimina as limitaes temporais deleconstantes at que sobrevenha disposio legislativa a respeito.

    I fica assegurado o direito ao funcionamento parlamentar naCmara dos Deputados ao partido que tenha elegido e mantenha filiados,no mnimo, trs representantes de diferentes Estados;

    * V. nota ao art. 13 desta lei.

    II a Mesa Diretora da Cmara dos Deputados dispor sobre ofuncionamento da representao partidria conferida, nesse perodo,

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    ao partido que possua representao eleita ou filiada em nmero inferiorao disposto no inciso anterior;

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: julgaimprocedente argio de inconstitucionalidade deste inciso.

    III ao partido que preencher as condies do inciso I asseguradaa realizao anual de um programa, em cadeia nacional, com a duraode dez minutos;

    IV ao partido com representante na Cmara dos Deputados desdeo incio da Sesso Legislativa de 1995, fica assegurada a realizao deum programa em cadeia nacional em cada semestre, com a durao decinco minutos, no cumulativos com o tempo previsto no inciso III;

    V (Revogado pelo art. 2o da Lei no 11.459/2007.)Art. 57. No perodo entre o incio da prxima Legislatura e a

    proclamao dos resultados da segunda eleio geral subseqente paraa Cmara dos Deputados, ser observado o seguinte:

    Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: d ao caputdeste artigo interpretao que elimina as limitaes temporais deleconstantes at que sobrevenha disposio legislativa a respeito.

    I direito a funcionamento parlamentar ao partido com registrodefinitivo de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral at a data dapublicao desta Lei que, a partir de sua fundao, tenha concorrido ouvenha a concorrer s eleies gerais para a Cmara dos Deputados,elegendo representantes em duas eleies consecutivas:

    * V. nota ao art. 13 desta lei.

    a) na Cmara dos Deputados, toda vez que eleger representanteem, no mnimo, cinco Estados e obtiver um por cento dos votos apuradosno Pas, no computados os brancos e os nulos;

    b) nas Assemblias Legislativas e nas Cmaras de Vereadores, todavez que, atendida a exigncia do inciso anterior, eleger representantepara a respectiva Casa e obtiver um total de um por cento dos votosapurados na circunscrio, no computados os brancos e os nulos;

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    II (Revogado pelo art. 2o da Lei no 11.459/2007.)III assegurada, aos partidos a que se refere o inciso I, observadas,

    no que couber, as disposies do Ttulo IV:a) a realizao de um programa, em cadeia nacional, com durao

    de dez minutos por semestre;b) a utilizao do tempo total de vinte minutos por semestre em

    inseres de trinta segundos ou um minuto, nas redes nacionais, e deigual tempo nas emissoras dos Estados onde hajam atendido ao dispostono inciso I, b.

    Res.-TSE no 20.991/2002: A regra do art. 57, inciso III, aplica-seao perodo entre o incio da legislatura que se iniciou em 1998(prxima legislatura) at a proclamao dos resultados da eleiogeral a realizar-se em 2006 (segunda eleio geral subseqente).

    Art. 58. A requerimento de partido, o Juiz Eleitoral devolver asfichas de filiao partidria existentes no Cartrio da respectiva Zona,devendo ser organizada a primeira relao de filiados, nos termos doart. 19, obedecidas as normas estatutrias.

    Pargrafo nico. Para efeito de candidatura a cargo eletivo serconsiderada como primeira filiao a constante das listas de que trataeste artigo.

    Art. 59. O art. 16 da Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 (CdigoCivil), passa a vigorar com a seguinte redao:

    V. nota ao art. 1o desta lei.Art. 16. (...)III os partidos polticos.(...) 3o Os partidos polticos reger-se-o pelo disposto, no que

    lhes for aplicvel, nos arts. 17 a 22 deste Cdigo e em leiespecfica.

    Art. 60. Os artigos a seguir enumerados da Lei no 6.015, de 31 dedezembro de 1973, passam a vigorar com a seguinte redao:

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 114. (...)III os atos constitutivos e os estatutos dos partidos

    polticos.(...)Art. 120. O registro das sociedades, fundaes e partidos

    polticos consistir na declarao, feita em livro, pelo oficial,do nmero de ordem, da data da apresentao e da espcie doato constitutivo, com as seguintes indicaes:

    (...)Pargrafo nico. Para o registro dos partidos polticos, sero

    obedecidos, alm dos requisitos deste artigo, os estabelecidosem lei especfica.

    Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedir instrues para afiel execuo desta Lei.

    Res.-TSE nos 19.406/95 (Instrues para fundao, organizao,funcionamento e extino dos partidos polticos), 20.034/97(Instrues para o acesso gratuito ao rdio e televiso pelospartidos polticos), 21.377/2003 (Disciplina os novosprocedimentos a serem adotados, pela Secretaria de Informtica doTSE, nos casos de fuso ou incorporao dos partidos polticos),21.574/2003 (Dispe sobre o Sistema de Filiao Partidria e doutras providncias), 21.841/2004 (Disciplina a prestao decontas dos partidos polticos e a tomada de contas especial),21.875/2004 (Regulamenta o recolhimento do percentual departicipao de institutos ou fundaes de pesquisa e de doutrinaoe educao poltica nas verbas do Fundo Partidrio), 21.975/2004(Disciplina o recolhimento e a cobrana das multas previstas noCdigo Eleitoral e leis conexas e a distribuio do Fundo Especialde Assistncia Financeira aos Partidos Polticos (FundoPartidrio)), 22.121/2005 (Dispe sobre as regras de adequaode institutos ou fundaes de pesquisa e de doutrinao e educaopoltica de partidos polticos s normas estabelecidas no CdigoCivil de 2002) e respectivas alteraes.

    Art. 62. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 63. Ficam revogadas a Lei no 5.682, de 21 de julho de 1971, erespectivas alteraes; a Lei no 6.341, de 5 de julho de 1976; a Leino 6.817, de 5 de setembro de 1980; a Lei no 6.957, de 23 de novembrode 1981; o art. 16 da Lei no 6.996, de 7 de junho de 1982; a Lei no 7.307,de 9 de abril de 1985, e a Lei no 7.514, de 9 de julho de 1986.

    Braslia, 19 de setembro de 1995; 174o da Independncia e 107o daRepblica.

    MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIELNelson A. Jobim

    __________Publicada no DOU de 20.9.95.

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    LEI NO 9.259, DE 9 DE JANEIRO DE 1996

    Acrescenta pargrafo nico ao art. 10, dispe sobre aaplicao dos arts. 49, 56, incisos III e IV, e 57, inciso III, da Leino 9.096, de 19 de setembro de 1995, e d nova redao ao 1o

    do art. 1o da Lei no 1.533, de 31 de dezembro de 1951.

    O Presidente da Repblica.Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

    seguinte Lei:

    (...)Art. 4o O disposto no art. 49 da Lei no 9.096, de 19 de setembro

    de 1995, tem eficcia imediata, aplicando-se aos partidos polticos queno atenderem aos seus requisitos as disposies dos arts. 56, incisosIII e IV, e 57, inciso III, da mesma lei.

    * Ac.-STF, de 7.12.2006, nas ADIn nos 1.351 e 1.354: declarainconstitucional a expresso que atenda ao disposto no art. 13,contida no art. 49, caput, da Lei no 9.096/95, com reduo de texto.

    (...)Braslia, 9 de janeiro de 1996; 175o da Independncia e 108o da

    Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSONelson A. Jobim

    __________Publicada no DOU de 10.1.96.

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    LEI NO 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997

    Estabelece normas para as eleies.

    O Vice-Presidente da Repblica, no exerccio do cargo de Presidenteda Repblica,

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

    (...)Art. 23. A partir do registro dos comits financeiros, pessoas fsicas

    podero fazer doaes em dinheiro ou estimveis em dinheiro paracampanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.

    Port. Conjunta-TSE/SRF no 74/2006, art. 4o, p. nico: a SRFinformar ao TSE qualquer infrao ao disposto neste artigo.

    (...) 4o As doaes de recursos financeiros somente podero ser

    efetuadas na conta mencionada no art. 22 desta Lei por meio de:

    Pargrafo 4o com redao dada pelo art. 1o da Lei no 11.300/2006.

    I cheques cruzados e nominais ou transferncia eletrnica dedepsitos;

    * Res.-TSE no 22.494/2006: Nas doaes de dinheiro paracampanhas eleitorais, feitas por meio eletrnico, via rede bancria, dispensada a assinatura do doador desde que possa ser eleidentificado no prprio documento bancrio.

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    II depsitos em espcie devidamente identificados at o limitefixado no inciso I do 1o deste artigo.

    Incisos I e II acrescidos pelo art. 1o da Lei no 11.300/2006.

    (...)Art. 35-A. vedada a divulgao de pesquisas eleitorais por

    qualquer meio de comunicao, a partir do dcimo quinto dia anteriorat as 18 (dezoito) horas do dia do pleito.

    Artigo 35-A acrescido pelo art. 1o da Lei no 11.300/2006. Ac.-STF, de 6.9.2006, na ADIn no 3.741: declara inconstitucional

    este artigo. Este dispositivo foi considerado inconstitucional tambmpelo TSE, conforme deciso administrativa de 23.5.2006 (ata da57a sesso, DJ de 30.5.2006). CE/65, art. 255, de teor semelhante.Ac.-TSE no 10.305/88: incompatibilidade, com a ConstituioFederal, da norma que probe divulgao de resultados de pesquisaseleitorais.

    (...)Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui

    captao de sufrgio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer,prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bemou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou funopblica, desde o registro da candidatura at o dia da eleio, inclusive,sob pena de multa de mil a cinqenta mil UFIR, e cassao do registroou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da LeiComplementar no 64, de 18 de maio de 1990.

    Artigo acrescido pelo art. 1o da Lei no 9.840/99.* Ac.-TSE nos 19.566/2001, 1.229/2002, 696/2003, 21.264/2004,

    21.792/2005 e 787/2005: inexigncia de que o ato tenha sidopraticado diretamente pelo candidato, sendo suficiente que hajaparticipado ou com ele consentido.

    * Ac.-TSE, de 1o.3.2007, no REspe no 26.118: incidncia destedispositivo tambm no caso de ddiva de dinheiro em troca deabsteno, por analogia ao disposto no CE/65, art. 299.

    * Ac.-STF, de 26.10.2006, na ADIn no 3.592: julga improcedenteargio de inconstitucionalidade da expresso cassao do

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    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    registro ou do diploma contida neste artigo. Alm desse, Ac.-TSEnos 19.644/2002, 21.221/2003, 612/2004, 25.227/2005, 25.215/2005e 5.817/2005, dentre outros: constitucionalidade deste dispositivopor no implicar inelegibilidade.

    * V. nota ao art. 105, 2o, desta lei. V. notas ao art. 96, 8o, desta lei. Ac.-TSE no 81/2005: este artigo no alterou a disciplina do art. 299

    do Cdigo Eleitoral e no implicou abolio do crime de corrupoeleitoral nele tipificado.

    Ac.-TSE no 4.422/2003 e 5.498/2005: promessas genricas, semobjetivo de satisfazer interesses individuais e privados, no atraema incidncia deste artigo.

    Ac.-TSE no 773/2004 e Ac.-TSE, de 7.3.2006, no REspe no 25.146:desnecessidade de pedido expresso de voto. V., em sentido contrrio,Ac.-TSE nos 696/2003 e 772/2004.

    Res.-TSE no 21.166/2002: competncia do juiz auxiliar paraprocessamento e relatrio da representao do art. 41-A, observadoo rito do art. 22 da LC no 64/90, e desmembramento do feito paraque infraes ao art. 73 sigam o rito do art. 96; competncia doscorregedores para infraes LC no 64/90. Ac.-TSE no 4.029/2003:impossibilidade de julgamento monocrtico da representao pelojuiz auxiliar nas eleies estaduais e federais.

    (...)Art. 77. proibido aos candidatos a cargos do Poder Executivo

    participar, nos trs meses que precedem o pleito, de inauguraes deobras pblicas.

    Ac.-STF, de 13.9.2006, na ADIn no 3.305: julga improcedente aodireta de inconstitucionalidade contra este artigo e seu pargrafonico. Alm desse, Ac.-TSE nos 23.549/2004 e 5.766/2005:constitucionalidade deste dispositivo por no implicarinelegibilidade.

    Ac.-TSE no 4.514/2004: inexistncia de proibio legal paracandidatos a cargo do Poder Legislativo.

    Pargrafo nico. A inobservncia do disposto neste artigo sujeita oinfrator cassao do registro.

    Ac.-TSE nos 22.059/2004 e 5.134/2004: no incidncia destedispositivo se ainda no existia pedido de registro de candidatura napoca do comparecimento inaugurao da obra pblica.

  • 51

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    (...)Art. 93. O Tribunal Superior Eleitoral poder requisitar, das emissoras

    de rdio e televiso, no perodo compreendido entre 31 de julho e o diado pleito, at dez minutos dirios, contnuos ou no, que podero sersomados e usados em dias espaados, para a divulgao de seuscomunicados, boletins e instrues ao eleitorado.

    V. notas ao art. 99 desta lei, sobre compensao fiscal pela cednciade horrio gratuito, em especial o Ato Declaratrio Interpretativo-SRF no 2/2006, artigo nico, 3o.

    (...)Art. 99. As emissoras de rdio e televiso tero direito a compensao

    fiscal pela cedncia do horrio gratuito previsto nesta Lei.

    Dec. no 5.331/2005: Regulamenta o pargrafo nico do art. 52da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Leino 9.504, de 30 de setembro de 1997, para os efeitos decompensao fiscal pela divulgao gratuita da propagandapartidria ou eleitoral.

    Ato Declaratrio Interpretativo-SRF no 2/2006 (DOU de10.3.2006), Dispe sobre o critrio de clculo da compensaofiscal pela divulgao gratuita da propaganda partidria oueleitoral:Artigo nico. A compensao fiscal de que trata o art. 1o doDecreto no 5.331, de 2005, corresponde a oito dcimos dosomatrio dos valores efetivamente praticados na mesma gradehorria exibida no dia anterior data de incio de divulgao gratuitada propaganda partidria ou eleitoral. 1o Para efeito do caput, considera-se valor efetivamente praticadoo resultado da multiplicao do preo do espao comercializadopelo tempo de exibio da publicidade contratada. 2o Na hiptese de o tempo destinado divulgao gratuitaabranger apenas parte de um espao comercializado do dia anteriorao de incio da divulgao, o valor efetivamente praticado deverser apurado proporcionalmente ao tempo abrangido. 3o O disposto neste artigo aplica-se tambm em relao aoscomunicados, s instrues e a outras requisies da JustiaEleitoral, relativos aos programas partidrios ou eleitorais.

  • 52

    Cdigo Eleitoral Anotado e Legislao ComplementarSuplemento de Atualizao

    Art. 100. A contratao de pessoal para prestao de servios nascampanhas eleitorais no gera vnculo empregatcio com o candidatoou partido contratantes.

    IN no 16/2006, da Secretaria de Receita Previdenciria do Ministrioda Previdncia Social (DOU de 20.9.2006), Dispe sobre adeclarao para a Previdncia Social e o recolhimento dascontribuies previdencirias decorrentes da contratao de pessoalpara prestao de servios nas campanhas eleitorais:Art. 1o segurado contribuinte individual, nos termos das alneasg e h do inciso V do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991,a pessoa fsica contratada, respectivamente, por comit financeirode partido poltico ou por candidato a cargo eletivo, para prestaode servios nas campanhas eleitorais.Art. 2o O comit financeiro de partido poltico tem a obrigao dearrecadar a contribuio do segurado contribuinte individual a seuservio, descontando-a da respectiva remunerao, e de recolher ovalor arrecadado juntamente com a contribuio a seu cargo, de acordocom o art. 4o da Lei no 10.666, de 8 de maio de 2003, utilizando-se darespectiva inscrio no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas(CNPJ), concedida pela Secretaria da Receita Federal.Art. 3o A ocorrncia de fatos geradores de contribuies e demaisinformaes pertinentes devero ser informadas Previdncia Socialmediante Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempode Servio e Informaes Previdncia Social (GFIP).Art. 4o O disposto nos arts. 2o e 3o aplica-se aos fatos geradoresocorridos at 31 de dezembro do ano em que as inscries no CNPJforem feitas.Art. 5o Esta instruo normativa entra em vigor na data de suapublicao.

    (...)

    Braslia, 30 de setembro de 1997; 176o da Independncia e 109o daRepblica.

    MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIELIris Rezende

    __________Publicada no DOU de 1o.10.97.

  • 53

    DECRETO NO 5.331, DE 4 DE JANEIRO DE 2005

    Regulamenta o pargrafo nico do art. 52 da Leino 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Leino 9.504, de 30 de setembro de 1997, para os efeitos decompensao fiscal pela divulgao gratuita da propagandapartidria ou eleitoral.

    O Presidente da Repblica, no uso da atribuio que lhe confere oart. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto nopargrafo nico do art. 52 da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995,e no art. 99 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997,

    Decreta:

    (...)Art. 2o Fica o Ministro de Estado da Fazenda autorizado a expedir

    os atos normativos complementares execuo deste Decreto.

    Ato Declaratrio Interpretativo-SRF no 2/2006 (DOU de10.3.2006), Dispe sobre o critrio de clculo da compensaofiscal pela divulgao gratuita da propaganda partidria ou eleitoral:Artigo nico. A compensao fiscal de que trata o art. 1o do Decretono 5.331, de 2005, corresponde a oito dcimos do somatrio dosvalores efetivamente praticados na mesma grade horria exibida nodia anterior data de incio de divulgao gratuita da propagandapartidria ou eleitoral. 1o Para efeito do caput, considera-se valor efetivamente praticadoo resultado da multiplicao do preo do espao comercializadopelo tempo de exibio da publicidade contratada. 2o Na hiptese de o tempo destinado divulgao gratuita abrangerapenas parte de um espao comercializado do dia anterior ao deincio da divulgao, o valor efetivamente praticado dever serapurado proporcionalmente ao tempo abrangido.

  • 54

    3o O disposto neste artigo aplica-se tambm em relao aoscomunicados, s instrues e a outras requisies da Justia Eleitoral,relativos aos programas partidrios ou eleitorais.

    (...)

    Braslia, 4 de janeiro de 2005; 184o da Independncia e 117o daRepblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVAAntonio Palocci Filho

    __________Publicado no DOU de 5.1.2005.

  • 55

    SMULA NO 1

    O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, usando das atribuiesque lhe confere o art. 23, XV, do Cdigo Eleitoral, resolve editar aseguinte smula:

    Smula no 1.

    Proposta a ao para desconstituir a deciso que rejeitou as contas,anteriormente impugnao, fica suspensa a inelegibilidade (LeiComplementar no 64/90, art. 1o, I, g)

    Ac.-TSE, de 24.8.2006, no RO no 912; de 13.9.2006, no RO no 963;de 29.9.2006, no RO no 965 e no AgRgREspe no 26.942; e de 16.11.2006,no AgRgRO no 1.067, dentre outros: a mera propositura da aoanulatria, sem a obteno de provimento liminar ou tutela antecipada,no suspende a inelegibilidade. Ac.-TSE nos 237/98, 815/2004,24.199/2004 e Ac.-TSE, de 31.10.2006, no AgRgRO no 1.104:transitada em julgado a sentena, no acolhendo o pedido, volta acorrer o prazo, persistindo a inelegibilidade pelo tempo que faltar.

    Referncias:Lei Complementar no 64/90, art. 1o, I, g;Recursos especiais nos 9.816, 10.136, 10.626 e 10.503.

    Ministro PAULO BROSSARD, presidente e relator MinistroSEPLVEDA PERTENCE Ministro CARLOS VELLOSO Ministro AMRICO LUZ Ministro JOS CNDIDO MinistroHUGO GUEIROS Ministro TORQUATO JARDIM Dr. GERALDO BRINDEIRO, vice-procurador-geral eleitoral.__________

    Publicada no DJ de 23, 24 e 25.9.92.

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