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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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QUAL A CAUSA DO DILÚVIO? Segundo a Bíblia, a resposta é simples e direta: a absoluta e comprovada incompetência de Deus. Não há o que discutir sobre isto, a Bíblia é muito clara e coloca as palavras diretamente na boca de Deus. · Gênesis 1:31 · E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto. Aqui Deus revela que não sabia o resultado de suas criações antes de tê-las feito, só depois de prontas é que descobria se “era bom”, o que é espantoso para um deus onisciente e onipotente... E pior! Parece que descobria errado! O que pensava que era bom, depois acabava parecendo muito errado, tanto que já estava cansado de se arrepender (Jeremias 15:6). · Gênesis 6:7 · E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Mas ele não tinha visto que a criação era boa? Não conseguiu ver (com sua onisciência) os erros de sua própria criação diante de suas barbas? Diante disso, podemos chamar Deus de incompetente? Sim, sem dúvida! Mais incompetente nem com muito esforço! Mas o seu histórico de incompetência não parou nisso, fracassou completamente na tentativa de destruir a criação mal feita: criou o universo em 6 dias e não conseguiu destruir a humanidade em 40 dias de dilúvio e, acredite se quiser, SALVOU TUDO O QUE QUERIA DESTRUIR! E pouco depois já estava tudo na mesma merda (feita por ele mesmo) de antes. O seu rico histórico de incompetências continua até os dias de hoje...

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Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33

O PLÁGIO

DESCARADO

do mito do dilúvio

A arca da salvação era o túmulo da morte rápida, pois antes que

começasse a flutuar com as chuvas do dilúvio, já estariam todos

mortos por asfixia e intoxicação. Só tinha uma janela e ficou lacrada

por 40 dias. Projeto genial de barco suicida.

JL

[email protected]

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Esta barcaça ridícula foi projeto de Deus?

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Sumário Introdução ......................................................................................... 6

1 - Qual a causa do Dilúvio? .......................................................... 8

2 - O Dilúvio é um problemão para Jesus Cristo ............................. 11

1 - Noé, a arca, a chuva e os animais: “pequenos” problemas. ............... 13

1 - Deus confessando sua incompetência: ..................................... 14

2 - Deus, Dinossauros e a Arca. As absurdas teorias Cristãs >>> ........... 25

1 - Deus e os Dinossauros de plastilina ............................................ 34

1 - Os dinossauros conviveram com o homem ............................... 35

2 - O Tiranossauro se alimentava de cocos e frutas do bosque ......... 35

3 - A arca de Noé ia carregada de dinossauros .............................. 36

4 - Cangurus e ursos polares viviam junto à casa de Noé ................ 36

5 - Os Neandertais eram os patriarcas bíblicos ............................... 37

6 - Deus criou os anfíbios porque lhe agradavam assim .................. 37

7 - A Terra foi criada "instantaneamente" há poucos milhares de

anos ......................................................................................... 37

8 - O Big Bang é um disparate científico ....................................... 38

9 - A Evolução é uma invenção dos judeus .................................... 38

10 - O Universo é um grande truque de magia .............................. 38

3 - Implicações morais e éticas do Dilúvio. ........................................... 40

4 - As virtudes de Deus e Noé; ou como matar teu avô. ........................ 45

5 - O plágio judaico-cristão descarado >>> ......................................... 49

1 - Análise bíblica e sua moralidade ................................................. 50

1 - Vivemos numa cúpula de vidro submersa ................................. 56

2 - Criou tudo em 6 dias, não conseguiu acabar em 40 dias ............ 57

3 - Deus tinha esquecido a arca e de Noé...................................... 58

4 - Deus avisa Noé tarde demais .................................................. 61

5 - Deus não conhecia o coração do homem .................................. 61

6 - Deus mentindo descaradamente ............................................. 62

2 - Aconteceu algo assim? .............................................................. 63

3 - Todos os animais na arca? ......................................................... 67

1 - O volume da arca era suficiente para levar os tipos necessários? 67

2 - Quantos tipos de animais Noé precisou levar? .......................... 70

3 - Quantos animais a Arca levou? ............................................... 75

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4 - Plágio de outras culturas anteriores ............................................ 77

1 - O dilúvio bíblico é só mais um... E plagiado! ............................. 89

5 - Outros dilúvios “universais” >>> ............................................... 90

1 - Dilúvio Judaico ...................................................................... 91

2 - Dilúvio Sumério .................................................................... 92

3 - Dilúvio Africano .................................................................... 93

4 - Dilúvio Hindu ........................................................................ 94

5 - Dilúvio Grego ....................................................................... 95

5 - Dilúvio Mapuche.................................................................... 96

6 - Dilúvio Pascuense ................................................................. 97

7 - Dilúvio Maia ......................................................................... 97

8 - Dilúvio Asteca ....................................................................... 99

9 - Dilúvio Inca .......................................................................... 99

10 - Dilúvio Uro ....................................................................... 101

6 - Dilúvio babilônico versus dilúvio bíblico >>> ............................. 102

1 - Importância das duas histórias ............................................. 106

2 - Quem foi o primeiro: Noé ou Ut-Napishtim? ........................... 109

7 - Resumo ................................................................................. 114

1 - Mapa de migração humana do mtDNA ................................... 114

6 - “Encontrada a Arca de Noé”, diz Igreja da Arca de Noé >>> ........... 117

7 - Mais bobagens do Cristianismo >>> ............................................ 122

Mais conteúdo recomendado ..................................................... 123

Livros recomendados ................................................................ 124

Referências e Fontes: ............................................................... 133

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Introdução

O que causou o dilúvio bíblico? Segundo as palavras de Deus

na Bíblia, foi o erro de Deus na criação da humanidade.

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Parece bastante compreensível o desespero dos crentes e dos

parasitas religiosos cristãos em revestir de alguma

historicidade essa bobagem do dilúvio universal. E a razão para

isso é muito simples: sem dilúvio: sem pecado original, sem

queda do homem, sem arrependimento de Deus e SEM

CRISTIANISMO. O dilúvio faz parte das ações fundamentais de

Deus que dão sustentação à teologia judaico-cristã. Se o

Dilúvio é simbólico, Jesus Cristo, sua morte, ressurreição e

salvação TAMBÉM. O mesmo vale para as bobagens de céu,

pecado, inferno e milagres. Tudo não passa de uma trollagem

aplicada nos crentes palermas para enriquecer os parasitas da

fé e suas igrejas.

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1 - Qual a causa do Dilúvio?

Segundo a Bíblia, a resposta é simples e direta: a absoluta e

comprovada incompetência de Deus. Não há o que discutir

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sobre isto, a Bíblia é muito clara e coloca as palavras

diretamente na boca de Deus.

Vamos ao ponto que interessa:

Gênesis 1:3-5

3 - E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 - E VIU DEUS QUE ERA

BOA A LUZ; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 - E

Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e

a manhã, o dia primeiro.

Gênesis 1:10

E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas

chamou Mares; E VIU DEUS QUE ERA BOM.

Gênesis 1:12-13

12 - E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua

espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a

sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 13 - E foi a tarde e a

manhã, o dia terceiro.

Gênesis 1:16-19

16 - E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para

governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as

estrelas. 17 - E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a

terra, 18 - E para governar o dia e a noite, e para fazer separação

entre a luz e as trevas; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 19 - E foi a

tarde e a manhã, o dia quarto.

Gênesis 1:21

E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente

que as águas abundantemente produziram conforme as suas

espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; E VIU DEUS

QUE ERA BOM.

Gênesis 1:25

E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado

conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua

espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM.

Gênesis 1:31

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E viu Deus tudo quanto tinha feito, E EIS QUE ERA MUITO BOM; e

foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Alguém não entendeu?

Deus fazia as coisas sem saber se o resultado seria bom?

Aqui Deus, na maior cara de pau, revela que não sabia o

resultado de suas criações antes de tê-las feito, só depois de

prontas é que descobria se “era bom”, o que é espantoso para

um deus onisciente e onipotente... E pior! Parece que descobria

errado! O que achava que era bom, depois acabava

descobrindo que se enganara, de tanto pisar na bola chegou a

um ponto em que já estava cansado de se arrepender

(Jeremias 15:6).

Gênesis 6:7

E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face

da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave

dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

Mas ele não tinha visto que a criação era boa? Não conseguiu

ver (com sua onisciência) os erros de sua própria criação diante

de suas barbas? Diante disso, podemos chamar Deus de

incompetente? Sim, sem dúvida! Mais incompetente nem com

muito esforço! Mas o seu histórico de incompetência não parou

nisso, fracassou completamente na tentativa de destruir a

criação mal feita: criou o universo em 6 dias e não conseguiu

destruir a humanidade em 40 dias de dilúvio e, acredite se

quiser, EM VEZ DE CRIAR TUDO DE NOVO, SALVOU TUDO O

QUE QUERIA DESTRUIR! E pouco depois já estava tudo na

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mesma merda (feita por ele mesmo) de antes. O seu rico

histórico de incompetências continua até os dias de hoje...

2 - O Dilúvio é um problemão para Jesus Cristo

“Os 11 primeiros capítulos do Gênesis são a base conceitual do

Criacionismo. Se retirarmos o Jardim do Éden, com Adão e Eva,

a tentação e a queda, não há necessidade de uma redenção,

de um redentor, de um salvador. Cristo veio fazer o que aqui

nesta terra?”

Rui Vieira – Presidente da Sociedade Criacionista

Brasileira

(Veja o vídeo AQUI)

Você entendeu bem isto?

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Para que o amado Jesus Cristo dos crentes enganados pelos

parasitas religiosos tenha algum sentido e utilidade, o Jardim

do Éden, com Adão e Eva, a tentação, queda, o Dilúvio e mais

tarde o Êxodo, NÃO PODEM SER SIMBÓLICOS, ALEGORIAS,

METÁFORAS OU LENDAS, PRECISAM SER REAIS E

HISTÓRICOS OU JESUS NÃO SERVE PARA NADA. Se o crente

cristão tem o descaramento de alegar que qualquer um desses

eventos mitológicos é apenas alegoria, aplica-se isto

automaticamente a Jesus Cristo, sua morte, ressurreição,

redenção, juízo final, céu e inferno. Tudo história para boi

dormir e palerma pagar dízimo.

Se o dilúvio é uma lenda plagiada:

Não existiu pecado original. O arrependimento de Deus é uma farsa.

O deus bíblico é fábula. Jesus é fábula. Cristianismo é fábula.

E a fé nestas bobagens é uma idiotice para retardados.

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1 - Noé, a arca, a chuva e os animais: “pequenos”

problemas.

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1 - Deus confessando sua incompetência:

E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face

da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave

dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Gênesis 6:7.

Um Homem (bem ancião na

realidade) de uns 400 anos

ou mais (Jura? É para

acreditar ou rir?) escutou

uma voz que lhe disse para

construir uma Arca (Ouvindo

vozes aos 400 anos? Já

devia estar bem gagá!) e

junto com seus três filhos a

fizeram; e não só isso, mas

meteram dentro da tal arca

2 animais de todas as espécies existentes! Choveu por 40

dias e inundou toda a terra até acima dos picos mais altos.

Depois de um ano, secou toda a água e este homem de 400

anos e os animais voltaram a povoar toda a terra. Ahh, tudo

isso aconteceu há pouco mais de 4.000 anos (de acordo com

os estudiosos da Bíblia a inundação ocorreu por volta de

2300 AEC). Existe algum ser humano medianamente

sensato que acredite nesta bobagem? Incrivelmente sim!

Hoje em dia existem pessoas que não só creem nesta

sandice, mas pretendem apoiar-se em “provas e

evidências”. Em pleno século 21!

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Bem, vamos analisar alguns problemas envolvendo a arca, a

chuva e os animais. Creio que todos conhecem a história, os

capítulos do Gênesis de 6 a 9 relatam como aconteceram os

“fatos”.

Gênesis 6:14-16

14 - Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás

compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com

betume. 15 - E desta maneira a farás: De trezentos côvados o

comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de

trinta côvados a sua altura. 16 - Farás na arca uma janela, e de

um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu

lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro. (Compare

abaixo, com o maior navio já feito pelo homem).

A maioria dos estudiosos hebreus acredita que o côvado tinha

aproximadamente 45 centímetros. Isto significa que a arca

tinha aproximadamente 135 metros de comprimento, 22,5

metros de largura e 13,5 metros de altura. Noé foi encarregado

da construção do maior navio de madeira já construído. Parece

que os homens nunca, nem com as técnicas mais avançadas,

construíram um barco tão grande em madeira. Aparentemente

as questões técnicas da construção em madeira eram

insuperáveis, mesmo para as técnicas mais avançadas que a

humanidade já dispôs.

Não se voltou a construir um barco tão grande até meados do

século 19 (os chineses tinham barcos de 120 metros no século

15), mas lembrem-se, esse barco foi construído por apenas 4

pessoas (8 se contar as esposas), sem tecnologia alguma e o

líder era um ancião com mais de 400 anos. Como um homem

que não tinha a mínima ideia do assunto conseguiu construir

sem erros, sem testes prévios, uma arca de madeira que

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funcionou de primeira no maior oceano jamais imaginado na

Terra? Só no reino da fábula, porque os problemas de logística,

matéria prima, transporte e tempo tornariam a tarefa inviável.

Para alguns estudiosos da Bíblia, Deus deu a Noé apenas 7 dias

para construir a arca (Gênesis 7:4 - Porque, passados ainda

sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta

noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância

que fiz. >> parece que o deus imutável se arrependeu!!!),

portanto, devia cortar quase 600 árvores (25 por hora, uma

árvore a cada 2,4 minutos) por dia para chegar a tempo. Isso

sem contar o tempo necessário para corte, polimento e

montagem da arca e reunir os animais!

Deus ordenou que os animais dos lugares mais distantes

do mundo chegassem sozinhos até a arca?

É impensável como teria sido possível que um casal, e somente

um casal, de animais desde todos os lugares do planeta teria

chegado até a arca. Mais impressionante é que não morressem

animais durante o longo trajeto, que atravessassem rios,

oceanos e desertos, que não sofressem com as mudanças do

clima. Mesmo assim ainda resta um problemão por resolver:

Como as plantas e sementes de plantas chegaram até a

arca?

É de se supor que um dilúvio dessa magnitude tivesse

destruído a grande maioria das espécies vegetais da terra (um

ano debaixo da água é mais que suficiente para matá-las),

portanto, se assume que Noé meteu sementes e plantas

também na arca (¡?). Igualmente, não tem nenhuma

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credibilidade o fato de que pudesse recolonizar toda a Terra

desde o ponto de desembarque no monte Ararat.

Noé, sem descanso depois da construção da arca (em 7 dias),

teve que 7 casais de animais puros e 1 dos impuros, dentre

todos os animais existentes: invertebrados terrestres, vírus,

aves, repteis, mamíferos, anfíbios, bactérias, etc. Porque, em

2005, haviaM identificadas na Terra, segundo o Programa de

Meio Ambiente das Nações Unidas. E se acredita que há muito

mais que não conhecemos:

1.085.000 espécies de insetos,

400.000 de bactérias,

270.000 de plantas,

72.000 de cogumelos,

19.000 de peixes,

9.700 de aves,

6.300 de repteis,

5.000 de vírus,

4.300 de mamíferos,

4.200 de anfíbios,

Se os animais fossem entrando na arca à medida que era

construída, Noé teria que ir acomodando uns 13.095 animais

por hora, ou seja, 218 por minuto, ou 3,63 por segundo...

Resumindo, Noé cortou 600 árvores por dia, as cortou em

taboas, as montou e ao mesmo ia acomodando na arca 3,6

animais por segundo, tudo para cumprir com o prazo de 7 dias

que lhe foi dado...

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Você acredita nessa bobagem de um velho de 400 anos

cortando 600 árvores por dia? É melhor acreditar, pois da

existência real deste mito depende a existência de outro

mito, Jesus Cristo. Se o dilúvio não aconteceu, o

pecado original não aconteceu, Deus não se arrependeu e

Jesus Cristo não serve para nada. Simples, já que uma coisa está ligada a outra.

A Bíblia nos atraca a história de que as águas subiram até

quinze codos acima dos montes mais altos. (¡?) De onde saiu

tanta água? Alguém consegue imaginar uma idiotice dessas?

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O monte mais alto da terra é o Everest e já existia há 4.000

anos, portanto, a água devia ultrapassá-lo. Em escalas

geológicas isto é um tempo muito pequeno, então podemos

considerar que a geografia terrestre era praticamente igual à

de hoje. Vamos supor que o Dilúvio conseguiu inundar toda a

superfície da Terra e, portanto, superou a altura da montanha

mais alta: o Everest, com quase 9 km de altura. Calcular a

quantidade de água necessária para tal inundação é um

exercício muito simples, conhecendo o volume da Terra, o

volume que ocuparia a mesma se sua superfície líquida

alcançasse os 8.844 metros seria: O raio médio da Terra é de

6.371 km, enquanto que o raio que teria uma esfera cuja

superfície alcançasse acima do Everest, seria de 6.371 + 8,844

km, ou seja, 6379,844 km. Desta forma, o volume da Terra

seria 4/3 π r3 = 4/3 · 3,1416 · 63713 = 1,0834 x 1012 km3.

Enquanto que o volume do globo inundado seria 4/3 π r3 = 4/3

· 3,1416 · 6379,8443 = 1,0878 x 1012 km3. Restando ambos,

o volume de água caída durante os 40 dias do dilúvio seria:

1,0878 x 1012 - 1,0834 x 1012 = 4,4 x 109 km3. Ou seja,

4.400.000.000 km3 de água. Isto seria mais de três vezes a

água de todo o planeta, contando oceanos, calotas polares,

lagos, aquíferos, rios, etc. (que, entretanto, não pôde ser

empregada para a chuva, pois teve que cobrir o globo inteiro).

A primeira pergunta, obviamente, é de onde saíram

4.400 milhões de quilômetros cúbicos de água, levando

em conta que toda a água do planeta representa tão só

1.340 milhões?

Recopilemos as condições que deveriam acontecer para que

ocorresse o Dilúvio e os efeitos que teria:

Page 20: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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1. Deveria existir na atmosfera 3,55 bilhões de km3 de

água.

2. Toda esta água, capaz de encher outros dois planetas e

meio como o nosso, caiu na Terra e desapareceu sem

deixar rastro.

As nuvens onde estava o vapor d´água cobririam a

totalidade da Terra e teriam um mínimo de 10 km de

espessura.

Nesta situação, a Terra estaria completamente às

escuras e a temperatura média baixaria uns 20ºC.

Após o Dilúvio, a temperatura do planeta deveria subir

20ºC (40ºC se considerarmos que deve recuperar os

20ºC de esfriamento) devido à maior absorção de

radiação por pela água.

Para onde foi toda essa água?

Após 150 dias de inundação, os 4.400.000.000 km3 de água

“se retiraram”. Para onde? Isto é, obviamente, impossível de

acreditar. Não há água disponível no planeta para gerar uma

inundação dessa magnitude. Da mesma forma, não há lugar

para onde possa “retirar-se” tal quantidade de água após o

dilúvio. A ideia simplória de que se evapore é impensável, dado

que saturaria a atmosfera a 100% de humidade somente uma

fração da mesma, tornando impossível a respiração e a

evaporação do resto. Hoje sabemos o que é o ciclo da água,

sabemos que a quantidade de água que existe desde sempre

na Terra tem permanecido mais ou menos constante ao longo

dos tempos. Hoje sabemos que a água se evapora no mar e na

terra, se translada de um lugar a outro em forma de nuvens, e

quando se condensa, chove sobre a terra e regressa ao mar

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pelos rios. Por isso o nível do mar permanece constante. Se

evapora muita água, chove muito; se evapora pouca, chove

pouco. Uma chuva da magnitude da qual fala a Bíblia deveria

ser precedida de uma evaporação descomunal dos mares, seu

nível teria baixado muitíssimo, porém teriam voltado encher-

se até o mesmo nível de antes do dilúvio. Outro assunto. Agua

doce ou salgada? Se a água era doce, mataria os organismos

marinhos por descompensação osmótica. Se fosse salgada,

morreriam os de água doce, além disso, onde estão os

tremendos depósitos de sal que deveria existir?

1. Se era água doce, o dilúvio fracassou, pois não aniquilou

os seres de água doce.

2. Se era água salgada, o dilúvio fracassou, pois não

aniquilou os seres de água salgada.

Gênesis 7:21-22

21 - E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de

ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta

sobre a terra, e todo o homem. 22 - Tudo o que tinha fôlego de

espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca,

morreu.

As plantas não têm alento de vida? Os peixes não têm espírito

de vida? Morreram eles também? Como morreram os peixes,

se não respiram pelo nariz ou as plantas que nem sequer

possuem nariz?

Gênesis 7:23

Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da

terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos

céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que

com ele estavam na arca.

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Aqui a Bíblia nos relata que os peixes, plantas e inclusive as

bactérias morreram com o dilúvio (¡?). A quantidade de

alimento necessário para manter durante um ano a um número

tão elevado de animais, superaria várias vezes o espaço

disponível e a quantidade de excrementos gerados também. A

isto teria que se somarem os cuidados especiais de muitos

deles, incluindo uma grande quantidade de animais vivos para

a alimentação dos carnívoros predadores. Como Noé conseguiu

guardar na arca alimentos para todos os animais durante tanto

tempo sem apodrecerem? Obviamente havia animais

carnívoros na arca, portanto, como Noé fez para conservar

tanta carne sem um sistema de refrigeração adequado? E com

os animais que se alimentam de peixes? O peixe se conserva

por muito menos tempo que a carne. Hoge em dia a zoologia

moderna sabe que existem cadeias alimentícias sumamente

complexas e que só podem ser adquiridas pelos animais em

seu habitat natural. Sabe-se de insetos com cadeias

alimentícias complicadas. Como Noé conseguiu sem

conhecimentos de zoologia avançada e sem os recursos para

manter essas cadeias alimentícias? Obviamente Deus também

não tinha nenhum conhecimento sobre isso ou não teria dado

tal ordem tão absurda. Outro enorme problema é conservar só

um casal. Evidentemente, não se poderia preservar a

fantástica biodiversidade do planeta mediante um único casal

de cada espécie. Os problemas de endogamia e tronco

evolutivo tornariam isso inviável.

Gênesis 8:6

E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da

arca que tinha feito.

Page 23: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Com isto descobrimos que a única abertura esteve fechada

todo esse tempo. (!?) Mas, como conseguiram respirar sem

renovação do ar tanto Noé e sua família, como o resto dos

animais? Todos sabem que Noé enviou uma pomba para

verifica se as águas tinham baixado e se havia algum lugar

seco. A pomba regressou com um ramo de oliveira no bico. De

onde saiu esta oliveira? Depois de tanto tempo debaixo d´água

não deveria ter sobrevivido nenhuma árvore ou coisa viva,

ISSO SERIA O FRACASSO RETUMBANTE DA INTENÇÃO DE

DEUS DE ANIQUILAR TUDO. Como fez esta oliveira para

crescer tão rápido, sobreviver e contradizer a palavra de Deus

que diz: “Foi destruído todo ser que vivia sobre a face da

terra”? Quem é o mentiroso nessa história? Após uma

catástrofe de tal magnitude, os ecossistemas precisariam se

recuperar (sem produtores primários) a uma velocidade

espantosa para que os casais desembarcassem e pudessem

sobreviver ou teriam que comer pó.

Como se explica os ursos polares? Como chegaram aos

polos?

De que se alimentavam os animais herbívoros se tudo

tinha sido exterminado?

Como fizeram os marsupiais da Austrália para voltarem

de novo para lá?

Supõe-se que os filhos de Noé e suas esposas eram da mesma

raça e cor, portanto, surge outra dúvida:

Como de quatro casais humanos surgiu tal quantidade

de cores e variedades de raças humanas?

Page 24: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

24

Podemos seguir e seguir dando

argumentos, cálculos e cifras, mas

não vale a pena; por simples sentido

comum é impossível crer numa

história desta magnitude. E se a isto

somarmos a possibilidade certa de

ter sido copiada de histórias

mitológicas anteriores, não resta

muito que dizer. Existem muitas

“teorias” de cristãos que

incrivelmente se empenham em

afirmar que um fato como o dilúvio universal pode ter

ocorrido. A grande maioria destas teorias está baseada em

cálculos e suposições errôneas, mas principalmente se

apoiam em milagres e divindades as quais não podem ser

medidas nem quantificadas.

Page 25: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

25

2 - Deus, Dinossauros e a Arca. As absurdas teorias

Cristãs >>>

Maior navio do mundo transforma a arca de Noé em uma canoa ridícula.

Já sabemos que a história da arca e do dilúvio não pode ser

tomada como literal (péssima notícia para Jesus). Mesmo sem

os argumentos que levantamos aqui, por simples sentido

comum, essa bobagem de Noé e seu barco é só um mito ou,

no melhor dos casos, uma simples metáfora sem uma moral

decente.

Page 26: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

26

A respeito do tema dos

dinossauros, ninguém se atreveria

a dizer que não existiram ou que

existiram em épocas recentes. Os

últimos estudos tem mostrado seu

desaparecimento há uns 65,5

milhões de anos, com uma

margem de incerteza de 300.000

anos aproximadamente. Ninguém

em seu juízo perfeito afirmaria que os dinossauros

conviveram junto com os humanos em algum momento da

história. Assombrosamente há muitos crentes que não

apenas afirmam que os dinossauros existiram, mas que

entraram na arca e, portanto, conviveram com os humanos

no mais puro estilo da série animada “Os Flintstones”. Mas

esses devem ser ignorados devido à sua absoluta ignorância

científica e a má fé em outros casos.

Argumentar contra estas incríveis atrocidades e disparates é

desnecessário; no lugar disso transcreveremos partes de

algumas páginas web cristãs, onde não apenas apoiam essas

sandices, mas pretendem dar provas científicas disso. (O que

não é muito diferente de uma página de humor):

A maioria das pessoas, ao escutar pela primeira vez que

havia dinossauros na arca, acha incompreensível. A

projeção visual de dinossauros subindo a rampa e

passando pela porta da arca não é um quadro que

muitos tenham considerado. Demasiadas pedras de

tropeço fazem que seja especialmente difícil dar à

pessoa comum qualquer consideração a esta

possibilidade, entre elas, o ensinamento evolutivo e o

Page 27: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

27

tamanho gigantesco dos dinossauros. O trabalho dos

meios principais de comunicação encarregados de

convencer à população geral de que os dinossauros

viveram há milhões de anos, tem sido tão efetivo que

parece ridícula a ideia de dinossauros na arca. Depois de

tudo, quiseram que acreditássemos que os humanos

estão separados dos dinossauros por sessenta e cinco

milhões de anos.

1 - Como a família de Noé e as criaturas domesticadas podiam

dividir alojamentos com criaturas ferozes como o

Tyrannosuarus rex?

Todas as criaturas terrestres foram cridas no sexto dia

(Gênesis 1:24-26).

Está claro que Deus criou durante o sexto dia todas as

criaturas terrestres, como também o homem. Esta

história da criação se reforça de novo em Êxodo 20:11,

onde diz: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e

a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia

descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do

sábado, e o santificou”. Claramente, tudo, inclusive o

homem e os dinossauros, foi criado durante os seis dias

da criação.

2 - Noé deveria meter na arca dois de toda criatura imunda

terrestre, o que incluiria os dinossauros (Gênesis 6:19-20 – “E

de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás

entrar na arca, para conservá-los vivos contigo; macho e

fêmea serão”.).

Page 28: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

28

Se existiram dinossauros naquele tempo, podemos

concluir, razoavelmente, que eles também requereriam

de custódia segura.

3 - O livro de Jó descreve o “behemot” (40:15), uma criatura

cuja descrição se ajusta ao dinossauro vivo depois do Dilúvio.

(Existe mais evidência científica para a existência destas

assombrosas criaturas depois do Dilúvio.).

É certo que a maioria dos eruditos considera que o livro

de Jó figura entre os primeiros livros escritos, além

disso, pela forma de adoração de Jó e seus três

“amigos”, podemos saber que o livro cai no tempo pós-

diluviano. Além disso, há muita evidência científica

segundo a qual os homens viram essas criaturas

incríveis depois do Dilúvio.

4. Gênesis 1:29-30 indica que, antes de Dilúvio, tanto homens

como animais deviam comer vegetação. Só depois do Dilúvio

Deus permitiu que se comesse carne (Gênesis 9:3). Se fosse o

caso que tanto homens como animais eram vegetarianos antes

do Dilúvio, então, compartilhar as facilidades limitadas de

hospedagem na arca não teria apresentado problema algum.

5 - Na Bíblia, não se especifica que Noé tivesse que meter

animais adultos na arca. Embora muitos argumentem que os

dinossauros teriam sido demasiado grandes para caber na

arca, nós devemos ter em conta que alguns mistérios a Palavra

de Deus não os revela. Por exemplo, o que impedia que Noé

metesse animais jovens? Considere: requerem menos espaço,

consomem menos alimento, produzem menos esterco e não

teria que se preocupar com problemas relacionados com a

Page 29: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

29

reprodução! Também é certo que nem todos os dinossauros

eram de tamanho massivo.

Então, é possível que os dinossauros pudessem estar na arca

com Noé e sua família? Absolutamente!

Fonte:

http://www.editoriallapaz.org/Think_august_2007_dinosaurio

s_en_arca.htm

Espinossauro, o maior

dinossauro carnívoro.

Pesava 10 toneladas e 16

metros de comprimento.

Imagine um ancião de 400

anos e seus filhos

controlando dois destes

dentro da arca. Também

seria interessante saber como acomodariam um casal de

Sismossauros, com quase 60 metros e 100 toneladas...

Considerando-se que a arca tinha só 130 metros.

A Bíblia nos dá uma cosmovisão completamente diferente da

história da Terra (e por consequência, dos dinossauros). Como

é a palavra de Deus escrita para nós, podemos confiar que diz

a verdade sobre o passado.

A história que todos temos escutado dos filmes, da televisão,

dos jornais, da maioria das revistas e livros de texto é que os

dinossauros “governaram a Terra” por 140 milhões de anos, se

extinguiram há 65 milhões de anos, e, portanto, não se

Page 30: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

30

encontravam por ai quando Noé e companhia embarcaram na

Arca há uns 4.300 anos.

Pode-se fazer um cálculo matemático da idade do universo

estudando cuidadosamente as Escrituras:

1 - Deus fez tudo em seis dias, e descansou o sétimo. (A

propósito, esta é a base para nossa semana de sete dias:

Êxodo 20:8-11). Proeminentes eruditos hebreus indicam que,

baseados na estrutura gramatical do Gênesis 1, estes “dias”

eram de duração normal e não representavam longos períodos

de tempo.

2 - Nos diz que Deus criou o primeiro homem e a primeira

mulher, Adão e Eva, no Dia Seis, junto com os animais

terrestres (o que teria incluído os dinossauros).

3 - A Bíblia registra as genealogias desde Adão até Cristo. Pelas

idades dadas nestas listas (e aceitando que Jesus Cristo, o Filho

de Deus, veio a terra há uns 2000 anos), podemos concluir que

o universo tem só uns poucos milhares de anos (talvez só

6000), e não milhões de anos. Desta maneira, os dinossauros

viveram dentro dos últimos milhares de anos.

O investigador criacionista John Woodmorappe calculou que

Noé tinha a bordo com ele, representantes de uns 8.000

gêneros animais (incluindo alguns animais agora extintos) ou

cerca de 16.000 animais individuais. Quando você se dá conta

de que os cavalos, as zebras e os asnos são provavelmente

descendentes do gênero equino original, Noé não tinha que

levar deus pares de cada um desses animais. Igualmente com

os cães, os lobos e os coiotes que provavelmente vêm de um

par de caninos originais. Segundo Gênesis 6:15, a Arca media

133 x 23 x 14 metros, com um volume de 39.500 metros

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31

cúbicos. Investigadores têm mostrado que isto equivale ao

volume de 522 vagões ferroviários de carga (como os dos

EUA), cada um dos quais pode levar 240 ovelhas. A propósito,

só 11% dos animais terrestres são maiores do que uma ovelha.

Sem maternos em todas as matemáticas, os 16.000 animais

teriam ocupado muito menos da metade do espaço na Arca

(permitindo-lhes inclusive ter espaço para mover-se).

Porém, que outra opção temos? Bem, há duas opções.

Primeiro, se vamos confiar no que outros dizem, asseguremo-

nos de que essa seja a informação mais atual e a melhor

respaldada pela evidência. Aqui se deve ter cuidado ao buscar

as opiniões contrárias e em pesar as suposições filosóficas das

fontes de informação. Por exemplo, aceitar inocentemente o

que nos mostra o Discovery Channel em programas como

“Caminhando com Dinossauros”, não é uma boa opção. Com o

objetivo de atrair grandes audiências, Discovery Channel e a

BBC têm produzido programas espetaculares em efeitos e

imagens, mas pobres em ciência e informação. O programa

mencionado recebeu muitas críticas da comunidade científica

por sua falta de rigor ao dar como fatos, especulações sem

fundamento (como os hábitos maternais do T. rex). Os artigos

de ministérios como “Planeta Jovem” e “Respostas em

Gênesis”, apontam esses problemas e desmascaram as

filosofias materialistas e ateias de muitos dos produtores

destas séries.

Segundo, e mais importante, podemos ter um fundamento

para medir a veracidade do que dizem os popularizadores da

ciência e os meios de comunicação (não digo os científicos,

porque na realidade muito poucos possuem acesso direto a

eles). A Bíblia, por exemplo, como a Palavra de Deus, é o

Page 32: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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melhor fundamento sobre o qual basear todo nosso

pensamento. Se começamos pela Bíblia, podemos ter a

confiança de que o Deus onisciente e verdadeiro nos diz a

verdade sobre a natureza humana e a história do universo.

Se alguém me diz que os dinossauros viveram faz mais de 65

milhões de anos segundo o Discovery Channel, eu respondo

que os dinossauros viveram até há poucas centenas de anos

segundo Deus. (Sem descartar que existam descendentes

vivos dos dinossauros, em lugares recônditos da Terra.).

Uma vez que tenhamos o fundamento de avaliar o que cremos

segundo quem disse, podemos dar um passo adiante e avaliar

o que se diz. Quando entendemos bem a diferença entre as

opiniões dos homens e a Palavra de Deus, podemos julgar

melhor a evidência e discernir, por exemplo, as interpretações

corretas e incorretas da descoberta de um fóssil de dinossauro.

Fonte: http://www.conpoder.com/creacion4.html

Nota: A semana de 7 dias.

Tanto os hebreus quanto os alexandrinos foram, provavelmente,

influenciados pelas civilizações da Mesopotâmia. Muito antes que os profetas

e sacerdotes de Judá pusessem por escrito os primeiros livros da Torá ou

Antigo Testamento, ou mesmo que os hebreus pudessem ser identificados

como um povo, os sumérios de Ur já observavam um ciclo de sete dias,

relacionado aos sete planetas, sete céus, sete ramos da árvore da vida e os

sete deuses que regiam todas essas coleções de sete elementos: Utu, Nanna,

Gugalanna, Enki, Enlil, Inanna e Ninurta. Por volta de 2350 AEC., Sargão I,

o rei de Akkad, conquistou Ur e o resto da Suméria, unificou a Mesopotâmia

e estendeu a toda a região o uso dessa semana de sete dias. Mais tarde, com

a ascensão do poder da Babilônia, os nomes semitas dos deuses desta cidade

se impuseram aos sumerianos, aos quais eram considerados equivalentes. O

ciclo teológico-astrológico de sete dias - representado também pelos sete

escalões de Etemenanki, a grande torre de Babel - passou a se compor de

Page 33: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

33

Shamash (Sol), Sin (Lua), Nergal (deus da guerra e da morte,

correspondente ao planeta hoje chamado Marte), Nabu (deus dos escribas,

planeta Mercúrio), Marduk (deus patrono de Babilônia, tido pela cidade como

supremo, planeta Júpiter), Ishtar (deusa do amor, planeta Vênus) e Ninurta

(deus da agricultura e da saúde, planeta Saturno). Enquanto no dia de Ishtar

era recomendável cultuar a deusa praticando o ato sexual, o último da

semana era um dia perigoso, no qual qualquer empreendimento podia acabar

mal. Ainda hoje, o planeta Saturno continua associado pelos astrólogos a má

sorte, doenças e provações. Não era um dia de descanso, mas se evitava

certas atividades. Os hebreus, ao que tudo indicam, adotaram esse ciclo,

alterando seu significado. Para seu monoteísmo, os deuses nada

significavam, mas o sétimo dia babilônico tornou-se um dia de culto a Javé,

adotando o nome do dia que, uma vez por mês, os babilônios dedicavam

especialmente ao culto dos deuses, principalmente a Lua. Pois shabbatu, em

Babilônia, era o dia de "apaziguar os deuses" (a palavra, de origem suméria,

significa "apaziguar-corações"). Quando foi inventado esse sábado? Não se

sabe com certeza. Talvez durante o exílio dos judeus em Babilônia, talvez

antes, ainda nos tempos dos reis de Judá. Mas há indícios de que os hebreus

seguiram originalmente uma semana de dez dias. Sabe-se que o Egito do

tempo dos faraós - que por muito tempo dominaram Canaã e os ancestrais

dos hebreus - tinham de fato uma semana de dez dias, cuja sombra ainda

se percebe nos "decanatos" da astrologia, que dividem o ano e o Zodíaco em

36 seções de aproximadamente dez dias. E a própria narrativa do Gênesis

dá a impressão de ter sido originalmente dividida em dez dias ou fases, para

ser mais tarde "comprimida" nos sete dias da semana adotada mais tarde.

Antonio Luiz M. C. Costa

Esses são apenas alguns dos comentários - mais engraçados

do que ridículos - que abundam na web sobre o assunto. É

incrível que a estas alturas existam pessoas tão ignorantes que

de verdade creiam e apoiem opiniões como estas.

Um interessante artículo chamado “Deus e os dinossauros de

plastilina” circula há algum tempo por aí, mas é de leitura

indispensável:

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1 - Deus e os Dinossauros de plastilina

Em março de 1925, durante o conhecido julgamento contra o

professor Scopes por ensinar a teoria da Evolução a seus

alunos, William Jennings Bryan sentenciou que o mundo havia

sido criado em 23 de Outubro de 4004 AC, as 900h da manhã.

“Hora do Leste ou do Oeste”? Perguntou-lhe o advogado

Clarence Darrow sem dar atenção ao que estava escutando.

Desde então, à esta parte, a luta da ignorância contra a

Ciência, tem proporcionado um espetáculo inestimável na

história do humor e do friquismo intelectual, uma espécie de

pensamento da série Z, onde os tiranossauros "como

inofensivas criaturas de plastilina" comem maçãs das árvores

ou bailam com os pinguins na selva tropical. Estas são as dez

piadas mais celebradas do Criacionismo:

Page 35: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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1 - Os dinossauros conviveram com o homem

Atendendo às teses criacionistas, a Bíblia está repleta de

referências que demonstram a convivência de homens e

dinossauros. No capítulo 40 do "Livro de Jó", Deus apresenta a

Jó o "Behemot", uma criatura que "come erva como boi",

demonstra a "força de seus lombos" e "move sua cauda como

um cedro". "Se alguém me diz que os dinossauros viveram há

mais de 65 milhões de anos, segundo o Discovery Channel,

(proclama um dos gurus do Criacionismo na Internet) eu

respondo que os dinossauros viveram até há só umas poucas

centenas de anos segundo Deus".

2 - O Tiranossauro se alimentava de cocos e frutas do

bosque

Segundo o Gênesis (1:30), Deus proporcionou erva em

abundância às criaturas do Paraíso para que pudessem

alimentar-se e conviver em harmonia e felicidade.

Então, para que o T-Rex necessitava de seus dentes

afiados?

A resposta dos criacionistas é de uma lógica

devastadora: para abrir os cocos que caíam das

palmeiras.

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3 - A arca de Noé ia carregada de dinossauros

O Gênesis diz que Noé introduziu na arca dois exemplares de

cada tipo de vertebrado terrestre, o que inclui os dinossauros.

Mas como couberam no seu interior?

A resposta dos criacionistas: segundo as Sagradas

Escrituras, a Arca media 133 × 23 × 14 metros, volume

mais que suficiente para uns 20.000 animais do

tamanho de uma ovelha. Além disso, Noé não foi tão

burro de levar dinossauros adultos, mas escolheu só

exemplares jovens que ocupavam menos espaço.

4 - Cangurus e ursos polares viviam junto à casa de Noé

Se Noé levou um casal de cada espécie animal, isto inclui

cangurus e ursos polares, espécies que vivem em habitats

muito diferentes.

Ele passou pela Austrália para deixar os cangurus?

Os criacionistas afirmam que no mundo antediluviano a

temperatura era uniforme em todo o planeta, portanto

os cangurus e pinguins viviam perfeitamente no Oriente

Médio. Desta forma Noé não teve que deslocar-se de um

lado para outro do globo, mas que soltou todos os

animais no Ararat e eles por conta própria foram

separando-se e escolhendo os lugares onde habitar.

Page 37: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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5 - Os Neandertais eram os patriarcas bíblicos

Acredite se quiser, mas os criacionistas, os Neandertais não

eram nem de longe as criaturas inferiores que nos querem

fazer ver, mas humanos autênticos descendentes de Adão e

Eva. Segundo dizem, existem provas evidentes de que os

fósseis têm sido alterados sistematicamente numa tentativa de

apoiar a teoria da Evolução. Da mesma maneira, os homens

de Cro-magnon seriam os descendentes pós-diluvianos de

Noé.

6 - Deus criou os anfíbios porque lhe agradavam assim

Para os criacionistas, o fato de que os anfíbios existam só

demonstra que Deus os criou. Os peixes nunca saíram da água

nem evoluíram para novas formas de vida, como sugerem os

evolucionistas. Assim o demonstra o fato de que todos os

peixes que parecem fossilizados são 100% peixes, não 80%

peixes e 20% anfíbios.

7 - A Terra foi criada "instantaneamente" há poucos

milhares de anos

Assim acreditam muitos cientistas de reputação, embora até

agora suas conclusões tenham sido silenciadas. De fato, as

provas demonstrariam que "a Terra foi criada

instantaneamente há uns 6.000 anos". Entretanto, ninguém

pode provar porque a Terra só foi criada uma vez e "não havia

testemunhos".

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8 - O Big Bang é um disparate científico

Para os criacionistas, o Big Bang é um disparate que contradiz

os mais elementares princípios da Termodinâmica: a energia

nem se cria nem se destrói, e tudo tende à desordem. É mais

lógico pensar que o Universo foi obra de um sopro divino.

Quando muito, alguns criacionistas estão dispostos a admitir

que Deus possa ter utilizado o Big Bang para colocar as coisas

em ordem.

9 - A Evolução é uma invenção dos judeus

Uma informação recentemente elaborada por membros do

Partido Republicano apresentava "evidencias irrefutáveis" de

que as teorias evolucionistas não são mais que a evolução de

um conceito largamente utilizado nos escritos rabínicos como

a cabala desde 2000 anos, numa tentativa de manipular o

mundo de acordo com seus interesses.

10 - O Universo é um grande truque de magia

Por último, o grande argumento criacionista: "A probabilidade

de que tenha se formado uma célula ao acaso a partir de seus

componentes básicos, é a mesma que um tornado passe por

um hangar cheio de peças soltas e forme um Jumbo 737".

Tal argumento nos leva a pensar que, colocado pela

primeira vez em sua vida diante de um Jumbo 737, o

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39

criacionista atribuiria sua origem a um truque divino,

antes de analisar seriamente seu funcionamento.

* Nota de rodapé: Uma pesquisa realizada pela empresa Gallup

e publicada pelo diário “USA Today” em princípios deste mês

de junho, mostrava que 66% dos norte-americanos diz crer no

Criacionismo e na ideia de que Deus criou os humanos em sua

forma atual durante um período de tempo dentro dos últimos

10.000 anos.

Fonte:

http://www.razoncritica.com/dios-y-los-dinosaurios-de-plastilina_148.html

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40

3 - Implicações morais e éticas do Dilúvio.

Uma das principais características de Deus é sua infinita

bondade e amor. (1 João 4:8) e outra de suas qualidades é a

onisciência (Deus sabe tudo); e claro, recordemos também que

Deus é Imutável, ou seja, Deus não muda. Uma vez que

conhecemos estas qualidades de Deus a as confrontemos a

certos fatos que nos mostra a Bíblia, é muito difícil acreditar

que Deus seja verdadeiramente tal como descrevem suas

qualidades. Obviamente falamos do Dilúvio Universal.

O livro do Gênesis

relata-nos capítulos 6

ao 9 como Deus ao

ver a maldade da

gente que ele próprio

criou “Se arrepende

de tê-los criado” (Gen

6:5-6) (recordemos

que Deus é imutável,

que não deveria

mudar, portando,

dizer que “se

arrependeu” de algo é

uma contradição

descomunal e

injustificável.) Deus,

para reparar o desastre que há na terra e pelo que parece

ele não sabia que ocorreria, sua magistral e inteligente

solução é afogar todo mundo, incluindo os animais e as

plantas.

Page 41: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

41

Deus escolhe salvar só um dos homens que habitam na terra,

é Noé, que encontrou graça diante dos olhos de Deus. A Bíblia

não nos diz que os filhos de Noé e suas esposas fossem bons,

só diz que o único bom era Noé, portanto, se assume que o

resto da tripulação que consegue se salvar, só o faz por ser a

família de Noé e não por méritos próprios.

É muito interessante analisar a sábia decisão de Deus. Como é

possível que a Deus, que em teoria é “Infinitamente sábio”,

sua melhor ideia seja matar a todo mundo? Nem a um vulgar

pecador qualquer ocorreria tamanha selvageria. Além disso, as

implicações morais e éticas desta decisão estão na ordem do

dia.

Segundo o próprio Deus, o único “bom” era Noé; portanto, para

Deus as crianças era seres malvados. Certamente que no

momento do Dilúvio existiam milhões de crianças no mundo,

todas elas pecadoras, segundo Deus. Onde está a infinita

sabedoria de um Deus que considera crianças como pecadores?

Bem, mesmo que uma criança fosse um pecador, a solução não

seria assassiná-lo. Isso é uma prática sádica, má, aberrante e

nada digna de elogios ou admiração.

As desculpas dos crentes a respeito disso são abundantes e

principalmente incrivelmente irracionais.

Alguns dizem que Deus já sabia que essas crianças

seriam más no futuro e por isso era melhor prevenir.

Que tipo de argumento é este?

Onde está o tão trilhado “livre arbítrio” de que tanto

apregoam os cristãos?

Se não temos opção porque já se sabe se seremos bons

ou maus, para que adorar a Deus?

Page 42: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

42

Para que rezar, se tudo já está escrito?

Se essas crianças tinham livre arbítrio, deviam ter uma

oportunidade para melhorar. Assassiná-los não é nem de longe

uma solução racional e muito menos amorosa ou inteligente.

E claro, a desculpa mais comum e também a mais idiota diante

desta “Sábia” decisão de Deus de assassinar as crianças

inocentes, é que: “Deus sabe por que o fez” ou “Não podemos

questionar as decisões de Deus”; isso é como dizer que Deus

pode fazer o que lhe dá na telha e os crentes devem

simplesmente aplaudi-lo.... Mesmo quando assassina milhões

de crianças inocentes e puras!

Em outras partes do mundo também existiam humanos

(América, África, Oriente) que nunca tinham ouvido falar do

deus hebreu. Por que estas pessoas tinham que morrer se nem

sequer conheciam esse deus sanguinário e assassino? É como

se os cristãos enviassem uma bomba aos muçulmanos só

porque eles não adoram o deus cristão. (Não é isso o que

fazem os ultra-fanáticos Islamitas?). O Dilúvio é exatamente

isso.

Imaginemos que Deus fez bem em matar toda a

população do mundo;

Por que eliminar também os animais?

Que culpa possuem os animais de que os humanos se

tornassem maus?

É como dizer: “como adoeceram as galinhas, vou

queimar toda a granja”.

Outra coisa:

As plantas também eram más e mereciam morrer?

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43

Ou talvez a morte de plantas e animais fosse só um

“efeito colateral” das incríveis decisões de Deus?

Outra coisa que o crente precisa pensar:

Ao desembarcar, Noé e sua família se dedicaram a voltar

a povoar a terra a partir de bases puras; porque essa

parecia ser a ideia de Deus: que já não houvesse

maldade entre os homens.

Mas estranhamente, em relativamente pouco tempo o

mundo já estava cheio de maldade outra vez.

Se Deus sabe tudo, porque é onisciente:

Por acaso Deus não sabia que o mundo se tornaria mau

de novo?

De que serviu toda esta história do Dilúvio, se depois de

um tempo as coisas voltaram a ser iguais ou piores do

que antes?

Para que serve o poder da onisciência de deus, se ele

não utiliza?

Ao analisar isto vemos com tristeza que a enorme matança que

Deus fez, não serviu para absolutamente nada e que se

desperdiçaram milhões de vidas humanas sem propósito

algum.

As desculpas são tão abundantes quanto idiotas, basta fazer

algumas perguntas no “Yahoo Answer” para ver e se divertir

com o festival de besteiras sem pé nem cabeça.

Será que o crente nunca pensou que:

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44

Se Deus é Todo-poderoso, por que simplesmente não

eliminou o mal do mundo?

Ou talvez: Por que não eliminou só as pessoas más,

deixando vivas as crianças, animais e plantas? Lembre-

se, Deus é todo-poderoso, poderia ter feito assim se

quisesse. Por que não fez? Qual a sua desculpa agora?

Como é fácil perceber, esta história do Dilúvio não só é uma

falsidade completa do ponto de vista histórico ou científico,

mas moral e eticamente é um verdadeiro desastre para a

reputação do “bom” Deus.

Como pode alguém com cérebro

adorar e admirar um Deus que

assassinou a sangue frio milhões de

crianças inocentes?

Page 45: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

45

4 - As virtudes de Deus e Noé; ou como matar teu avô.

Escolher um ponto discordante em toda a história que a Bíblia

relata sobre o Dilúvio é muito difícil, são tantos! Vamos analisar

rapidamente alguns detalhes sobre as datas, idades e

genealogia dos autores envolvidos e, quem sabe, descobrir o

motivo da morte de um personagem lendário (como se algo

não fosse pura lenda na Bíblia).

Vejamos os versículos que nos interessam:

Gênesis 5:21-32

21 - E viveu Enoque 65 anos, e gerou a Matusalém. 22 - E andou

Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, 300 anos, e

gerou filhos e filhas. 23 - E foram todos os dias de Enoque 365

anos. 24 - E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais,

porquanto Deus para si o tomou. 25 - E viveu Matusalém 187 anos,

e gerou a Lameque. 26 - E viveu Matusalém, depois que gerou a

Lameque, 782 anos, e gerou filhos e filhas. 27 - E foram todos os

dias de Matusalém 969 anos, e morreu. 28 - E viveu Lameque 182

anos, e gerou um filho, 29 - A quem chamou Noé, dizendo: Este

nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas

mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou. 30 - E viveu

Lameque, depois que gerou a Noé, 595, e gerou filhos e filhas. 31

- E foram todos os dias de Lameque 777 anos, e morreu. 32 - E

era Noé da idade de 500 anos, e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé.

Gênesis 7:11-12

11 - No ano 600 da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete

dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do

grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, 12 - E houve

chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.

Bem, vamos por partes:

Page 46: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

46

1. Matusalém tem Lameque com 187 anos.

2. Lameque tem Noé com 182 anos.

3. Ou seja, Matusalém tem 369 anos quando nasce seu

neto Noé.

Agora, a Bíblia nos diz que o dilúvio começou quando Noé tinha

600 anos de idade.

Que idade tinha então Matusalém quando começou o

Dilúvio?

Fácil, basta somar a idade que tinha quando nasceu Noé

(369) mais 600 anos, o que nos dá 969 anos. Matusalém

tinha 969 anos quando começou o dilúvio.

Com que idade morreu Matusalém? Aos 969 anos

(Gênesis 5:27).

A conclusão é óbvia: Matusalém morreu afogado

no Dilúvio!

Ou seria uma infinita casualidade que tenha morrido

justamente quando começou o dilúvio.

Podemos concluir várias outras coisas:

Por que Noé não avisou seu avô para que fosse salvo

com eles no interior da arca?

Recordemos o que disse Deus. Gênesis 7:1 (Depois

disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na

arca, porque tenho visto que és justo diante de mim

nesta geração.) Isto significa que o único bom e justo

para essa data era Noé; mas Matusalém estava vivo. A

conclusão torna-se óbvia: Matusalém era uma pessoa

má! Se fosse bom e justo teria entrado na arca com Noé.

Só há duas opções:

Page 47: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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1. Noé era um mau neto e não avisou seu avô

2. Ou Matusalém era uma pessoa perversa e não merecia

entrar na Arca.

Uma análise cuidadosa das datas nos revela coisas

interessantes:

Noé teve seus filhos aos 500 anos e o dilúvio começou quando

tinha 600; isso significa que a construção da Arca durou menos

de 100 anos. (Para alguns estudiosos da Bíblia, Deus deu a Noé

apenas 7 dias para construir a arca. Gênesis 7:4) É

verdadeiramente assombroso que só entre quatro pessoas

conseguissem fazer esse trabalho nesse tempo. Alguns crentes

alegam que pessoas ajudaram Noé a construir a Arca. Esta

desculpa é verdadeiramente idiota já que o próprio Deus disse

que os únicos “bons” eram Noé e sua prole; é improvável que

os perversos que rodeavam Noé (entre eles seu avô Matú) o

ajudassem. E o que é pior, que ajudassem e fossem deixados

para morrer afogado. Isso teria sido verdadeiramente mal-

agradecido por parte de Noé.

Falemos um pouco do pai de Noé, o senhor Lameque. Lameque

teve Noé com a idade de 182 anos. Isso significa que Lameque

deveria ter 782 anos no momento do início do Dilúvio

(182+600). Mas Gênesis 5:31 nos diz que tinha ao morrer 777

anos. Ou seja, morreu 5 anos antes do Dilúvio. Assumindo que

Deus avisou a Noé sobre o Dilúvio quando seus filhos já

estavam casados (Noé teria uns 520 anos), isso significa que

seu pai estava vivo no momento que Noé começou a construir

a arca, mas a Bíblia não nos diz que Lameque fosse dos

escolhidos para entrar, assim concluímos que Lameque, o pai

de Noé era outro perverso! Que família essa de Mister Noé!!!

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Qual é a desculpa desta vez? Não me venham com o velho

jargão de “Há que interpretar os versículos” Por favor! Peguem

suas calculadoras e façam as contas. Simples, Deus especificou

muito bem as datas e idades. Não há nada que interpretar.

Isso de “Interpretação” não serve neste caso.

Outra desculpa batida é “Não deves te fixar nos detalhes, o que

importa é o que quer transmitir”, com isso o crente tenta

ignorar que a Bíblia está cheia de erros grosseiros, erros de

tradução, contradições, etc. Então, se só interessa a

mensagem, simplesmente aceite que a Bíblia é uma fonte

interminável de falhas e não discuta sobre o assunto,

preocupe-se só com seu maravilhoso ensinamento, que não

custa nada dizer, é altamente questionável, talvez até pior que

as falhas e erros.

Page 49: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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5 - O plágio judaico-cristão descarado >>>

Já sabemos que a história de Noé é uma das mais comentadas

e difundidas; que está cheia de eventos antinaturais que já

foram desmascarados um sem número de vezes, o relato da

Arca é, no entanto, motivo de disputa por parte de um grupo

religioso (criacionistas) que pretende demonstrar que isto

aconteceu tal como se narra, apesar de que, entre outras

coisas, é uma impossibilidade completa. Analisemos agora com

mais calma todas as fontes; o texto bíblico em si e sua

moralidade; se algo dessa magnitude realmente aconteceu

nessa época (a que propõem todos esses grupos religiosos);

se teria sido possível desde um ponto de vista lógico; que

evidências há disso e de onde o povo nômade hebreu plagiou

a ideia para criar o relato.

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1 - Análise bíblica e sua moralidade

Depois de relatar todos os descendentes desde Adão e Eva, até

chegar a Noé, o autor começa a contar a história de Noé e sua

arca:

Gênesis 6:1-3

1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se

sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, 2 - Viram os filhos

de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para

si mulheres de todas as que escolheram. 3 - Então disse o

SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o

homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão

120 anos.

Depois de criar Adão e Eva, com quem Deus esperava a

descendência deles se reproduzisse? Antes de criar, Deus não

sabia que isso aconteceria? Vai muito mal esse deus judaico-

cristão se quiser ser reconhecido como onisciente.

Gênesis 6:4-6

4 - Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois,

quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas

geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade,

os homens de fama. 5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem

se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos

pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 - Então

arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e

pesou-lhe em seu coração.

Havia gigantes? Embora os crentes não gostem de ouvir (e

muitos irão ignorar), segundo a Bíblia, eles existiam (nos livros

Page 51: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Deuterocanônicos do século IV AEC se descreve mais sobre

eles e como foram extintos no dilúvio). Pois bem, supomos que

não era em sentido literal: O texto realça a virtude de ser

valente, como algo positivo. Então, basta ler o versículo 3, para

entender o que irritou Deus a ponto de fazê-lo se “arrepender”.

Lei mais sobre os gigantes >>>>

Deus se arrependendo?

Um ser como Deus, que segundo o que nos relata a

bíblia; é onisciente e conhece o futuro?

Arrepende-se de algo que ele mesmo criou?

Um ser que nos criou à “sua imagem e semelhança”, e

não apenas isso: Depois de nos criar, junto com os

animais, “viu que era bom” E se arrependeu de ter feito?

Ele não sabia que quando criou o homem dessa forma,

isso aconteceria?

Um deus que sabe o que vai acontecer antes de criar e

cria algo imperfeito e perverso?

Page 52: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Como algo tão perfeito como esse deus pode equivocar-

se sabendo que sua criação vai ser imperfeita?

E não é só isso, também lhe doeu no coração: um deus

com sentimentos humanos impróprios para algo ou

alguém que, se supõe; é divino, não terreno, onisciente

e com sabedoria infinita?

Gênesis 6:7

E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face

da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave

dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

Um ser misericordioso e justo: viu que o homem feito à sua

“imagem e semelhança” era perverso (ou lhe doeu ver-se no

espelho ou é um hipócrita) e não só não o perdoa (afinal de

contas ele mesmo criou o homem assim), mas decide matar

ele e todos os animais inocentes que habitam a terra. Incluídas

as aves do céu (lembram-se disso).

Gênesis 6:8-13

8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. 9 - Estas são

as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas

gerações; Noé andava com Deus. 10 - E gerou Noé três filhos:

Sem, Cão e Jafé. 11 - A terra, porém, estava corrompida diante da

face de Deus; e encheu-se a terra de violência. 12 - E viu Deus a

terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia

corrompido o seu caminho sobre a terra. 13 - Então disse Deus a

Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque

a terra está cheia de violência; e eis que os destruirei com a terra.

Noé; “justo e perfeito em suas gerações” (supostamente todo

humano que viveu depois do dilúvio é descendente dele):

Page 53: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Alguns pontos e incoerências:

1. Deus caminhando com Noé.

2. Toda a violência e maldade vêm de todo ser (inclusive

animais).

3. Deus decide destruir a humanidade por que eram

violentos entre eles.

4. Supostamente, a violência e a maldade do homem

deveria ter terminado com sua destruição. Se não é

assim, Deus realizou um ato cruel e o mais importante,

TOTALMENTE INUTIL.

Gênesis 6:14-16

14 - Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás

compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com

betume. 15 - E desta maneira a farás: De trezentos côvados o

comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de

trinta côvados a sua altura. 16 - Farás na arca uma janela, e de

um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu

lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.

A palavra gofer só aparece uma vez na Bíblia, em Gênesis

6:14. Devido à grande semelhança entre a letra G e K em

hebreu, alguns sugeriram que a palavra correta e Kofer: que

se traduz como “madeira à prova d´água”. Há quem diga

também que é uma técnica de impermeabilizar a madeira, cujo

processo é muito longo e complicado. Muitos a comparam com

uma madeira resinosa e durável como o cedro. Outros eruditos

afirmam que a madeira de gofer não existia na região onde

Noé vivia e que teria que viajar uma distância bastante extensa

para poder consegui-la. Entretanto, não se sabe exatamente

onde viveu Noé antes do dilúvio. Não importa, isto demandou

um grande trabalho e muita perseverança.

Page 54: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Gênesis 6:17

Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para

desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus;

tudo o que há na terra expirará.

Lembre-se desta frase.

Gênesis 6:18-20

18 - Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca,

tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.

19 - E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie,

farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e

fêmea serão. Das aves conforme a sua espécie, e das bestas

conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua

espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida.

E lembre-se disto também.

Gênesis 6:21-22

21 - E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para

ti; e te será para mantimento, a ti e a eles. 22 - Assim fez Noé;

conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.

Gênesis 7:1

Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca,

porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.

Deus volta a repetir que segundo ele, Noé e toda sua

descendência (segundo a bíblia todos somos dela) serão

justos.

Gênesis 7:2-4

Page 55: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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2 - De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho

e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho

e sua fêmea. 3 - Também das aves dos céus sete e sete, macho e

fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a

terra. 4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a

terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face

da terra toda a substância que fiz.

Noé acata as ordens sem questionar, apesar de que Deus vai

aniquilar toda a humanidade e todos os animais durante 40

dias. O deus todo-poderoso criou o universo em 6 dias e todas

as espécies animais junto com o homem em um só dia, MAS

NECESSITOU DE 40 DIAS PARA ACABAR COM O QUE CRIOU E,

ALÉM DISSO, DE FORMA POUCO OU NADA EFICIENTE E

BASTANTE CRUEL.

Criou o universo em 6 dias, mas em 40 dias não

conseguiu acabar com a vida na terra e muito menos

com a maldade dos homens. Exemplo melhor de

fracasso impossível.

Gênesis 7:5-9

5 - E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara. 6 -

E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas

veio sobre a terra. 7 - Noé entrou na arca, e com ele seus filhos,

sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do

dilúvio. 8 - Dos animais limpos e dos animais que não são limpos,

e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, 9 - Entraram de dois

em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus

ordenara a Noé.

Lembre-se bem...

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1 - Vivemos numa cúpula de vidro submersa

Gênesis 7:10-12

10 - E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as

águas do dilúvio. 11 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês

segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se

romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus

se abriram, 12 - E houve chuva sobre a terra quarenta dias e

quarenta noites.

Segundo uma análise bíblica, esta data estaria situada no ano

de 2304 AEC (data totalmente incompatível com todos os

descobrimentos arqueológicos de culturas anteriores e

contemporâneas a ela).

Gênesis 7:13-21

13 - Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na

arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.

14 - De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o

macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o

macho e sua fêmea. 15 - Também das aves dos céus sete e sete,

macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face

de toda a terra. 16 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover

sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre

a face da terra toda a substância que fiz. 17 - E fez Noé conforme

a tudo o que o SENHOR lhe ordenara. 18 - E era Noé da idade de

seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra. 19

- Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as

mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio. 20 - Dos

animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de

todo o réptil sobre a terra, 21 - Entraram de dois em dois para

junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.

22 - E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as

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águas do dilúvio. 23 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês

segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se

romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus

se abriram, 24 - E houve chuva sobre a terra quarenta dias e

quarenta noites. 25 - E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus

filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos.

26 - Eles, e todo o animal conforme a sua espécie, e todo o gado

conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra

conforme a sua espécie, e toda a ave conforme a sua espécie,

pássaros de toda qualidade. 27 - E de toda a carne, em que havia

espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na

arca. 28 - E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne,

como Deus lhe tinha ordenado; e o SENHOR o fechou dentro. 29 -

E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas

e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra. 30 - E

prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e

a arca andava sobre as águas. 31 - E as águas prevaleceram

excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia

debaixo de todo o céu, foram cobertos. 32 - Quinze côvados acima

prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. 33 - E

expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como

de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra,

e todo o homem.

Lembre-se disto também...

2 - Criou tudo em 6 dias, não conseguiu acabar em 40 dias

Gênesis 7:22-24

22 - Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas,

tudo o que havia em terra seca, morreu. 23 - Assim foi destruído

todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem

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até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos

da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.

24 - E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.

Para ser um deus onisciente e onipotente, demorou demais,

não? O estava curtindo fazer dessa forma e vendo como tudo

se destruía?

3 - Deus tinha esquecido a arca e de Noé

Montes Ararat (direita) e Sis – 5.137 metros.

Gênesis 8:1

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59

E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todas

as bestas que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um

vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.

Um momento! Deus tinha esquecido completamente de Noé e

sua arca? Agora já se pode entender por que demorou 150

dias! Claro, Deus tinha esquecido de Noé e sua arca… O deus

onisciente e de sabedoria infinita teve que se lembrar dos

únicos sobreviventes da humanidade.

Gênesis 8:2-14

2 - Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos

céus, e a chuva dos céus deteve-se. 3 - E as águas iam-se

escoando continuamente de sobre a terra, e ao fim de cento e

cinquenta dias minguaram. 4 - E a arca repousou no sétimo mês,

no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate. 5 - E foram

as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês,

no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes. 6 - E

aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da

arca que tinha feito. 7 - E soltou um corvo, que saiu, indo e

voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra. 8 - Depois

soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de

sobre a face da terra. 9 - A pomba, porém, não achou repouso para

a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas

estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e

tomou-a, e recolheu-a consigo na arca. 10 - E esperou ainda outros

sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca. 11 - E a pomba

voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu

bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a

terra. 12 - Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a

pomba; mas não tornou mais a ele. 13 - E aconteceu que no ano

seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as

águas se secaram de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da

Page 60: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta. 14 - E no

segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca.

Contradições e incoerências destes versículos:

1. A arca repousou no monte Ararate no mês sétimo ao 17º

dia. Quando ainda não estavam descobertos os cumes

dos montes, o que só ocorreu mais de dois meses mais

tarde, no mês décimo ao primeiro do mês.

2. Quarenta dias depois que os montes apareceram e que

a arca já estava em terra (monte Ararate), Noé envia

um corvo e uma pomba que não conseguem tocar em

terra firme por que “as águas estavam sobre a face de

toda a terra”.

3. Noé envia outra pomba 7 dias depois da primeira e esta

volta com uma folha de oliveira e “e conheceu Noé que

as águas tinham minguado de sobre a terra.”. Isto soma

mais de 40 dias. (Essa oliveira sobreviveu ao dilúvio? Ele

fracassou então?).

4. O versículo 14 relata que a terra secou no mês 2º aos

27 dias deste. Isto também soma mais de 40 dias.

5. Deus, que anteriormente tinha se comunicado com Noé,

esquece (de novo) de avisá-lo quando já poderia sair da

arca. Obrigando este a passar dentro dela muito mais

tempo que o necessário. Puta sacanagem!

6. Segundo o relato, as águas que inundaram toda a terra

vinham “das fontes do abismo e das cataratas do céu”,

não das nuvens.

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4 - Deus avisa Noé tarde demais

Gênesis 8:15-17

15 - Então falou Deus a Noé dizendo: 16 - Sai da arca, tu com tua

mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos. 17 - Todo o

animal que está contigo, de toda a carne, de ave, e de gado, e de

todo o réptil que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e

povoem abundantemente a terra e frutifiquem, e se multipliquem

sobre a terra.

Deus se comunica com Noé depois que este já sabia que a terra

estava seca, graças a um corvo e três pombas. Deus não sabia

que Noé já sabia disso graças às pombas? Não só lhe avisa

tarde inutilmente, mas que anteriormente já tinha se

esquecido dele com arca e tudo.

Gênesis 8:18-19

18 - Então saiu Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de

seus filhos com ele. 19 - Todo o animal, todo o réptil, e toda a ave,

e tudo o que se move sobre a terra, conforme as suas famílias,

saiu para fora da arca.

Lembre-se disto também...

5 - Deus não conhecia o coração do homem

Gênesis 8:20-22

20 - E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo o

animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto

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sobre o altar. 21 - E o SENHOR sentiu o suave cheiro, e o

SENHOR disse em seu coração: Não tornarei mais a

amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a

imaginação do coração do homem é má desde a sua

meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz.

22 - Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor,

e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.

PQP!!! Deu se dá conta de que o coração do homem é mau

desde sua juventude depois de ter aniquilado a todo ser

vivente durante 150 dias.

6 - Deus mentindo descaradamente

E não é só isso… É supostamente a própria palavra de Deus

quando ele mesmo promete que “Não tornarei mais a

amaldiçoar a terra por causa do homem;”

Parece que quando provocou a destruição de Sodoma e

Gomorra e as 12 pragas sobre o Egito, já não lembrava mais

desta promessa. Também promete que “nem tornarei mais a

ferir todo o vivente, como fiz.” >> Algo contraditório com a

ideia do apocalipse.

Page 63: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

63

2 - Aconteceu algo assim?

Do ponto de vista bíblico, este fenômeno deveria ter ocorrido

no ano 2304 AEC (fato que não ocorreu nessa época,

descartando assim toda a veracidade histórica da Bíblia),

fazendo um estudo sobre o contexto histórico se pode chegar

às seguintes conclusões:

Embora a maior parte das opiniões referentes ao dilúvio do

gênesis bíblico-mesopotâmico, se incline a pensar que possui

uma origem mítica, o estudo científico não está totalmente de

acordo de que absolutamente todos os aspectos não sejam

reais. Neste sentido, os registros bíblicos são o único registro

que especifica lugares e períodos bem definidos que podem ser

utilizados para uma análise científica. Um exemplo disso é que

segundo a história descrita na Bíblia, a região onde teria

pousado a arca de Noé, teria sido o monte Ararat (mais

detalhadamente, na bíblia está escrito no plural: “8:4 - E a arca

repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os

montes de Ararate”) , que está na Turquia e apresenta dois

picos elevados (foto mais acima). Entretanto, há que levar em

consideração a geologia e outras ciências já descartou que

tenha ocorrido um dilúvio ou inundação mundial que tenha

abarcado todo o planeta. Ainda assim, o mito do dilúvio do

gênesis bíblico-mesopotâmico, permite postular

cientificamente que tenha acontecido um possível dilúvio ou

inundação, mas só em uma zona geográfica específica do

planeta. Devido a isso há várias hipóteses que, de fato indicam

que em um período remoto da existência do ser humano,

quando já existia a linguagem, ocorreu possivelmente algum

tipo de catástrofe natural que se poderia associar a uma

inundação ou dilúvio que, embora não atingiu todo o planeta,

Page 64: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

64

pode ter sido a origem do mito. Deste modo neste tipo de

hipótese se poderia incluir:

A proposta pelos geólogos William Ryan e Walter Pitman,

da Universidade de Columbia, sobre a inundação do mar

Negro, que durante a última era glacial podo ter sido um

lago de água doce cujo nível desceu consideravelmente.

Ao terminar a era glacial, com o aumento do nível dos

oceanos, a estreita faixa de terra que o separava do mar

Mediterrâneo teria erodido causando uma inundação

catastrófica em toda a bacia do mar Negro, que teria

aumentado seu nível e inundado grandes extensões de

superfície em talvez umas poucas semanas. Existem

provas convincentes de que esta inundação do mar

Negro ocorreu, porém que a recordação desta inundação

seja o que deu origem às histórias do Dilúvio é muito

mais controvertido.

As hipóteses que associam este mito às cheias dos rios

em que se desenvolveram as primeiras civilizações e as

lembranças de cheias de tipo catastrófico deixadas na

memória das primeiras comunidades urbanas do Tigre e

do Eufrates. Neste sentido existe uma ampla tradição

local, embora da mesma forma que na hipótese do mar

Negro, associar estas hipóteses com o dilúvio do Gênesis

bíblico-mesopotâmico, é um fato também polêmico.

Segundo outra corrente de opinião, o dilúvio universal

podo responder, em sua origem, só à necessidade de

explicar certas observações e evidências geológicas e

paleontológicas, em um contexto cultural prévio a atual

análise científica; análise que descarta estas

observações como prova de um dilúvio universal, ao

provar que possuem outra origem científica. Estas

Page 65: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

65

observações que equivocadamente podem ter dado

origem a este mito seriam, por exemplo, as seguintes:

a descoberta de fósseis de animais e plantas em grandes

acumulações (extinção massiva); fósseis de origem

marinha (peixes, equinodermos, moluscos…)

encontrados a muita distância da água ou a grande

altitude acima do nível do mar; fósseis de seres extintos;

icnitas, ou seja, marcas de pisadas sobre barro fresco;

ondulitas (ripple-marks); estratos de rochas

sedimentares que denotam ou bem um processo lento

incompatível com a crença em uma criação recente, ou

bem um processo catastrofista muito rápido e a

existência de conglomerados (ver rocha detrítica) com

cantos arredondados similares aos de origem fluvial.

Esta hipótese postularia que esta origem do mito seria

reforçada pela suposta universalidade do mito do

dilúvio, comum a muitas civilizações não relacionadas

com a judaico-mesopotâmica.

Tem-se teorizado que o Dilúvio pode ter sido na

realidade um tsunami mediterrâneo produzido pela

explosão do Monte Etna, na margem oriental da Sicília.

Uma investigação publicada em 2006 sugere que isto

ocorreu ao redor do ano 6000 AEC, e causou um enorme

tsunami que deixou sua marca em vários lugares do mar

Mediterrâneo oriental, por exemplo, no assentamento

de Atlit Yam (Israel), hoje em dia abaixo do nível do

mar, que foi abandonado repentinamente ao redor dessa

época.

Por outro lado se sugere que o mito do dilúvio universal

estivesse relacionado com a Teoria da catástrofe de

Toba, após a qual há 70.000 anos a população humana

se reduziu a uns 10.000 indivíduos, após um inverno

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66

vulcânico de 6 anos de duração, caracterizado por uma

queda das temperaturas de até 15 graus célsius e

chuvas generalizadas. A transmissão oral dessa

catástrofe através do tempo explicaria porque o mito do

dilúvio universal é comum a diversas culturas ao largo

do mundo como, por exemplo, nos índios Innu do

Canadá.

Page 67: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

67

3 - Todos os animais na arca?

Já que a data fornecida pela Bíblia sobre quando ocorreu o

dilúvio é falsa, a construção da própria arca e se caberiam

todos os animais nela, pouco importa. Porém, analisemos se

uma arca dessas características poderia conter TODAS as

espécies animais. Os crentes afirmam que sim é possível.

Todas as suas afirmações se baseiam no contexto da

construção da arca mediante um estudo realizado por John

Woodmorappe (Noah’s Ark: a Feasibility Study – El Arca de

Noé: Un estudio de Factibilidad). Este estudo realizou uma

série de cálculos baseando-se nas medidas oferecidas pela

narração bíblica (codos) convertendo-as às medidas atuais

(metros). Nesse estudo utilizam os versículos bíblicos que lhes

interessam e omitem desavergonhadamente tudo o que não

lhes interessa. Vejamos o que dizem (texto azul):

1 - O volume da arca era suficiente para levar os tipos

necessários?

A Arca media 300x50x30 codos

(Gênesis 6:15) que são 140x23x13.5

metros, portanto, seu volume era de

43.500 m3 (metros cúbicos). Para por

isto em perspectiva, é o volume

equivalente a 522 vagões de trem de

carga e cada um dos quais pode levar

240 ovelhas. Se os animais eram

guardados em jaulas com um tamanho

médio de 50x50x30 centímetros, isto

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é 75.000 cm3 (centímetros cúbicos), os 16.000 animais só

ocupariam 1200 m3 ou 14.4 vagões de carga. Inclusive se

um milhão de espécies de insetos tivessem que estar a

bordo, não seria um problema, pois exigiriam pouco espaço.

Se cada casal fosse guardado em jaulas de 10 cm de lado,

ou 1.000 cm3, todas as espécies de insetos ocupariam um

volume total de só 1.000 m3, ou outros 12 vagões. Isto

deixaria espaço para cinco trens de 99 vagões cada um, para

comida, a família de Noé e “espaço” para os animais. No

entanto, os insetos não estão incluídos no significado de

behemah ou Remes em Gênesis 6:19-20, então Noé

provavelmente não teria de embarcá-los como passageiros

de qualquer maneira.

Aqui vemos como o crente busca lacunas gramaticais

para adaptar a história fantasiosa do dilúvio a uma

mentalidade crítica científica atual. Estão dizendo que

espécies de insetos como formigas, vermes, etc.,

sobreviveram ao dilúvio que cobriu TODA a terra?

Calcular o volume total é bastante justo, pois mostra que tinha

muito espaço na Arca para os animais e com bastante espaço

extra para comida, espaço para movimentar-se etc. Seria

possível amontoar jaulas, com comida acima ou perto delas

(para minimizar a quantidade de transporte de comida que os

humanos teriam que fazer), para aproveitar mais o espaço da

Arca, para permitir assim bastante espaço para a circulação do

ar.

E aqui acrescentam um elemento novo não citado nem

determinado por Deus a Noé: as jaulas. Certamente

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69

para dar um pouco mais de coerência (como se fosse

possível).

Estamos discutindo uma situação de emergência, não

necessariamente uma acomodação de luxo. Embora haja muito

espaço para o exercício, de qualquer maneira os céticos têm

enfatizado as necessidades de exercício dos animais. Mesmo

que não se permita colocar uma gaiola em cima da outra para

economizar espaço, não há problema. Woodmorappe mostra,

com base em diretrizes padrão para o espaço exigido pelos

animais, que todos eles juntos teriam necessitado menos da

metade do espaço disponível nos três andares da arca. Esta

organização permite que a quantidade máxima de água e de

alimentos possa ser armazenada sobre as gaiolas e perto de

animais. A proporção de largura-comprimento de 6-1 é

frequentemente usada por construtores navais hoje em dia.

Esta é a melhor relação para a máxima estabilidade em tempos

de tempestade. Esta é a mesma proproção usada por Deus

quando deu as medidas a Noé para construir a arca.

Eles esquecem uma coisa básica em tudo isto da arca:

Supondo que as medidas que relata a bíblia sejam as

corretas para alojar Noé e toda sua família, e a dois

animais de cada espécie… Não é prova da existência de

um Deus, só é prova de que o autor que escreveu esse

relato entendia de medidas náuticas. Por outro lado, o

dilúvio prova a incompetência de Deus ao criar as coisas,

pois fez errado, se arrependeu e tentou destruir tudo

para tentar acertar na próxima vez.

A arca de Noé foi construída só para flutuar, não para navegar

para nenhum lado. Muitos estudiosos da arca creem que a arca

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70

não era mais que uma barcaça, em vez de um barco

pontiagudo, da forma que se constroem hoje os que vemos nos

oceanos. Se isto é assim, aumentaria a capacidade de carga

grandemente e evitaria o problema da torsão e encurvamento

das naves modernas deste tamanho, que necessitariam

mastros gigantes e velas para que o vento as impulsione. Ao

contrário, a Arca de Noé não necessitava de nenhum destes

instrumentos. Só tinha que flutuar!

Se só necessitava flutuar, quando supostamente a água

aumentou e teve que esquivar-se de montanhas e

árvores, como fez? Porém todas essas perguntas são

desnecessárias se tomamos esta história como o que é;

um mito.

2 - Quantos tipos de animais Noé precisou levar?

Quantos e que tipo de animais Noé tinha que levar na arca?

Muitos incrédulos dizem que a arca estava sobrecarregada,

eles dizem que Noé teria que juntar milhões de animais

diferentes. Hoje há milhões de espécies de animais, deveria ter

milhões de animais na arca! Isto é verdade? A palavra científica

espécie e a palavra Bíblica espécie ou gênero frequentemente

estão intercambiadas. Isto não é correto porque não são

sinônimos. A palavra Bíblica gênero ou espécie é um organismo

que reproduz outros organismos iguais, ou seja, segundo o

gênero ou espécie. O conceito de espécie científico é mais

limitado. Embora muitas espécies científicas possam estar

incluídas na palavra Bíblica. A palavra Bíblica provavelmente

está mais próxima do termo taxonômico moderno “gênero” e

em outros casos ao mais largo grupo taxonômico “família.” A

família dos caninos inclui 14 gêneros de tipos de cães. Isto

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inclui o coiote, cão, lobo, chacal, etc. A arca não necessitava

ter centenas de espécies de diferentes caninos que formam

este grupo. Na realidade, estes estavam representados por

poucos “gêneros Bíblicos.” Estes tipos reproduziam a todos os

animais que formam toda a família canina. Por exemplo, todos

as centenas de variedades de pombos domésticos estão

produzidos de uma só espécie, o pombo silvestre (Columbia

livia).

Um momento… Estão dizendo que ADMITEM A TEORIA

DA EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES? E não só isso, afirmam

que as espécies animais EVOLUÍRAM muito mais rápido

do que a ciência tem demonstrado? Segundo a bíblia, a

criação se produziu há uns 6000 anos. Para informação

dos crentes:

A evidência fóssil mais antiga de um cão domesticado foi

encontrada em 2008 na caverna Goyet da Bélgica,

correspondente a uns 31.700 anos e ao que parece

associado à cultura aurignacense. Até então as provas

mais antigas tinham sido encontradas na Rússia, de

14.000 anos (Eliseevich).

E três pontos com o tema de Gênero ou Espécie:

1. Atualmente há mais de 2 milhões de espécies

“conhecidas” e em apenas 3 séculos se extinguiram mais

de 1 milhão.

2. Tanto se chamam gênero ou chamam espécie na bíblia,

a quantidade atual não varia de em torno dos 3 milhões

de animais.

3. Supondo que se escolha a cifra atual de mais de 2

milhões de espécies (denominação científica atual) e a

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72

isto se soma que a maioria dos animais necessita de uma

fêmea para procriar. Na arca deveria entrar mais 4

milhões de animais (sem importar gênero ou espécie

como denominação). E não só isso, animais de

diferentes tamanhos.

4. Se construíssem 10 jaulas por dia gastariam 548 anos

só nessa tarefa.

Outra pergunta que frequentemente formulam é quantos

animais limpos e imundos, Noé tinha que levar a bordo da Arca.

Muitos incrédulos dizem que Noé tinha que levar 7 casais de

animais limpos e 7 casais de aves (Gn. 7:2-3). Quantas aves

limpas e quantas não limpas? A resposta a esta pergunta se

encontra em Levítico 11 e Deuteronômio 14. As aves limpas

não são descritas como no caso dos animais limpos e os peixes

limpos. Examinando estes dois capítulos, asseguramos que as

características das aves estão anotadas e por conclusão as

características das aves limpas podem ser determinadas. Além

disso, examinando outras partes da Bíblia, estas características

encaixam com Levítico e Deuteronômio. As aves limpas estão

em ordem taxonômica: Galiformes, Anseriformes e

pisciformes; isto inclui as galinhas, aves aquáticas, pombos e

várias aves que cantam e que comem grão; a maioria das aves

são imundas, quer dizer que só um par estavam a bordo da

arca.

Desta forma, o resto das espécies que ficaram de fora

existe hoje pelo milagre de outro deus que as protegeu

da matança do deus judaico-cristão. Certo?

Na realidade quando entendemos apropriadamente, Noé levo

7 indivíduos (não 7 pares) de animais e aves que estavam

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limpas. Porque os animais limpos e as aves limpas iam ser

usados para comida, mas tarde, era importante ter reservas

para que se reproduzissem. Na realidade havia três pares de

animais e aves limpos e um sétimo par. O sétimo era para uma

oferenda quando terminou o Dilúvio (Gn. 8:20). Se um animal

era impuro como a maioria, só necessitava levar um par a

bordo.

Aqui os crentes voltam a inverter o contexto do que diz

a bíblia para tentar fazer as coisas um pouco coerentes.

É incrível como o crente adapta o que diz a bíblia a seus

próprios critérios para tentar assim justificar tudo o que

há nela (seja absurdo ou não).

A arca tinha mais espaço do que necessitava para os animais.

Quando a Bíblia é investigada apropriadamente isto é muito

óbvio. Somente animais que respiravam e que viviam sobre a

face da terra iam a bordo da arca (Gn. 7:22).

Os seguintes animais podiam sobreviver fora da arca

(Whitcomb 1998, p.68):

• 25.000 espécies de peixes.

• 1700 espécies de tunicates encontrados em diferentes

mares.

• 600 espécies equinodermas como a estrela do mar e

ouriços.

• 107.000 moluscos como mariscos e ostras.

• 10.000 corais, anêmonas, águas-vivas e hidras.

• 4.000 espécies de esponjas.

• 31.000 protozoários, criaturas microscópicas unicelulares.

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E aqui voltam a falhar claramente em toda sua

“rigorosa” análise bíblico-científica. Tomam os versículos

que mais lhes interessa e omitem partes desses

versículos e muitos outros inteiros. Anteriormente

pedimos para lembrar-se de certos versículos durante a

análise bíblica do texto,

Gênesis 6:7

E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face

da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave

dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

Gênesis 6:17

Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para

desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus;

tudo o que há na terra morrerá.

Genesis 7:21

E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave

como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a

terra, e todo o homem.

Supomos que o embananado crente afirme que se referia ao

que havia na terra e não a tudo, como se insinua, ainda

assim, omitindo estes versículos:

1. A soma de todas essas espécies que acabam de

descartar da destruição (PARCIAL E LIMITADA) é de

apenas 179.300 espécies.

2. No mundo há mais de 2 milhões de espécies e, portanto,

4 milhões de animais deviam embarcar na arca. De volta

para sua calculadora.

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Noé devia preocupar-se por animais aquáticos mamíferos,

delfins, baleias, morsas, focas, marsopa e leão marinho. Há

muitos repteis aquáticos que podiam sobreviver fora da arca.

Isto inclui muitos tipos de víboras, crocodilos, tartarugas

marinhas. Há um milhão de espécies de artrópodes que podia

sobreviver ao Dilúvio. Animais como os seguintes: camarões,

caranguejos, lagosta e muitos outros crustáceos. Todos os

insetos podiam estar fora da arca. Mais que 35.000 espécies

de vermes nematoides podiam sobreviver ao Dilúvio. Na

realidade só uma pequena porcentagem dos animais

necessitava estar dentro da arca. A maioria dos animais que

habitam a terra vivem na água ou não respiram.

Estão chamando seu Deus de inútil o mentiroso?

Segundo a fonte que usam para fazer essas análises e

tentar creditar assim um pouco de veracidade à arca,

que é a bíblia, Deus deixou bem claro que todo ser vivo

que não entrasse na arca morreria e de fato, segundo a

bíblia, isso ocorreu assim. Se afirmam que deus falhou

e afinal não conseguiu matá-las, estão declarando que o

relato da bíblia (que afirma estar inspirada por Deus) é

mentira.

3 - Quantos animais a Arca levou?

Muitos escritores na questão da Arca de Noé têm diferentes

estimativas para as quantidades dos animais que necessitavam

estar a bordo da Arca. Os doutores Morris e Whitcomb em seu

livro, The Genesis Flood (El Diluvio de Genesis), estimam que

aproximadamente 35.000 animais estivessem a bordo da arca.

Em outro livro, Noah’s Ark: A Feasibility Study, [“El arca de

Noé: Un estudio factível”] John Woodmorappe disse que

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somente 2.000 animais necessitavam estar a bordo da Arca.

Sendo muito conservador ele continua com seu estudo com a

estimativa que 16.000 animais podiam estar facilmente

cuidados na Arca. Vamos ser conservadores e vamos usar

40.000 animais em nossa estimativa. Esta estimativa é porque

há animais que já estão extintos e outros animais não tinham

sido descobertos neste tempo. Este número de 40.000 animais

é 5.000 a mais que os números antes mencionados, baseados

em nosso entendimento presente, este número de animais

deve satisfazer os mais céticos.

1. 40.000 animais de um total de 2 milhões de espécies (mais a

metade do outro gênero > 4 milhões). Se essa quantidade

representa um terço da capacidade da arca, a capacidade total

segundo os crentes estaria rondando os 140.000 animais

(somando os dois gêneros da maioria deles).

2. Pretendem que acreditemos que 1.9 milhões de espécies (sem

contar com o milhão de espécies extintas) apareceram do

nada em menos de 5000 anos de história?

3. Isto sem contar com a tremenda estupidez que seria afirmar

a não existência dos dinossauros, ou dizer que os dinossauros

coabitavam com o homem há tão só 6.000 anos e que o

dilúvio os extinguiu.

4. E a pergunta mais óbvia e que faz com que tudo isso caia por

terra e careça de sentido científico e lógico:

5. Como Noé encontrou, capturo e meteu na arca esses 40.000

animais (segundo Woodmorappe)?

Seguramente que um crente dirá que foi Deus quem os guiou.

Quando algo não tem lógica nem sentido científico, o crente

recorre em sua “rigorosa análise” ao sobrenatural.

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4 - Plágio de outras culturas anteriores

Esta é provavelmente a evidência que os crentes mais negam.

Dado que questionaria ainda mais a credibilidade de sua

religião como uma religião independente, original e autêntica,

o que jamais foi. Para eles é mais fácil afirmar sem

argumentação alguma, que os textos sumérios não são válidos

e sua versão do mito da arca é falsa; a admitir que

provavelmente o povo que escreveu a bíblia, um povo

nômade de bandidos (o povo hebreu) foi colhendo vários mitos

de outras culturas e religiões e adaptando-os a seu próprio

interesse. Para que entendamos qual foi anterior e qual

posterior devemos conhecer as diferentes fontes que compõem

a bíblia: Yahvista, Elohista, Sacerdotal e deuteronômica,

segundo a hipótese documental. Há outras hipóteses como a

“Fragmentada” e a “Complementar”, porém todas são

unânimes e afirmar que o Pentateuco teve vários autores...

NÃO FOI ESCRITO POR MOISÉS E ESTE NEM MESMO DEVE TER

EXISTIDO.

A fonte “J” ou yahvista (por usar o nome de YHWH,

transliterado como Jeová ou Yahveh para Deus), esta

fonte seria originária do Reino do Sul e se localizaria em

torno do ano 850 AEC. Teria contribuído nos episódios

em que Deus se manifesta em conversações amistosas,

em termos humanos e familiares, fala com Caim, Noé, o

hóspede de Abraão e seria o redator da Criação do

segundo capítulo do Gênesis.

A fonte “E” ou elohista (por usar Elohim), do Reino do

Norte, anterior a 721 AEC. Aportaria os episódios em

que Deus se manifesta em sonhos e visões, como a

sarça ou a história de José. Seu estilo é mais sóbrio.

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J e E escreveram boa parte do Gênesis, Números e

Levítico.

A fonte “D” ou deuteronômica (com estilo e vocabulário

diferentes), localizável em Jerusalém em torno do ano

621 AEC, durante a reforma de Josias. Estilo direto e

cordial. Aportaria os livros do Deuteronômio, Josué,

Juízes, Samuel e Reis.

E a fonte “P” (do inglês priestly ou do alemão

priestercodexsacerdotal ou simplesmente “sacerdotal”)

proporcionou instruções rituais muito detalhadas (ritos,

sacrifícios, leis, proibições, papel do shabat,

genealogias). Localizável no cativeiro da Babilônia,

século VI AEC, na escola sacerdotal de Ezequiel.

Aportaria todo o Levítico, a maioria de Números, a

metade do Êxodo e parte de Gênesis, especialmente o

episódio da Criação de seu primeiro capítulo.

A fonte em que aparece

o mito da Arca de Noé é

a Yahvista, que foi escrita

entre 950 e 850 AEC.

A fonte suméria provém

do século XVII AEC (oito

séculos antes que a

Yahvista) e se relata no

Poema de Gilgamesh.

Gilgamesh ou Gilgamés,

também conhecido como

Istubar, é um

personagem legendário da mitologia suméria. Segundo o

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documento chamado lista Real Suméria, foi o quinto rei de

Uruk até o ano 2650 AEC. E o protagonista do Poema de

Gilgamesh.

A meados do século XIX se iniciaram as escavações em Nínive;

dali mais de 25.000 tabuletas de argila foram levadas ao Museu

de Londres; mas no caminho se quebraram e misturaram, por

isso decifrá-las parecia uma tarefa impossível, tendo em conta

que a linguagem assírio-babilônico em que estavam escritas foi

decifrada tempo depois.

A solução foi encontrada por George Smith, que após árduo

trabalho assombrou o mundo com sua obra “O relato caldeu do

dilúvio”, publicada em 1872. Foi extraída de Nínive a enorme

biblioteca do rei da Babilônia, Assurbanipal, que viveu no

século VII AEC e que fez com que seus escribas deixassem para

a posteridade as melhores obras da cultura mesopotâmica.

Entre o achado estava a Tabuleta XI de 326 linhas, das quais

mais de 200 falam do dilúvio. Encontramos assim a epopeia de

Gilgamesh.

Basicamente o texto mesopotâmico relata o seguinte: Enlil

decide destruir a humanidade porque acha os humanos

irritantes e barulhentos. Ea (Enki ou Enkil) adverte a

Utnapishtim para que construa um barco. E deve encher o

barco de animais e sementes. Chega o dia do dilúvio e toda a

humanidade perece, exceto Utnapishtim e seus

acompanhantes. Utnapishtim se dá conta de que as águas

baixam e solta uma ave (não se sabe se uma pomba, um corvo

ou uma andorinha). Com uma espantosa sincronicidade (para

não dizer plágio) com o relato bíblico, a arca de Gilglamesh”

sofre as chuvas que inundarão a Terra até acabar presa em um

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“Ararath” Iraquiano: “… A uma distância de catorze léguas

apareceu uma montanha, e a barca encalhou ali: ficou presa

na montanha de Nisir, imóvel…”. Mas os “crentes bíblicos” que

ainda vendo provas, continuam crendo nas mentiras dos

parasitas religiosos, colocamos aqui o relato em si, assim

poderão comparar a semelhança entre um e outro e decidir por

si mesmos (como se fosse possível, já que o crente não pensa

por si mesmo, mas com as ideias dos religiosos):

Versão em língua suméria. O texto mais antigo. Fragmento de

uma tabuleta muito danificada que procede de Nippur. (ANET:

J. B. Pritchard)

…Então Nin [tu chorou] como…,

a pura Inanna [compôs] uma lamentação

para sua gente,

Enki tomou conselho de si mesmo,

Anu, Enlil, Enki (e) Ninhursag…,

os deuses do céu e da terra

[pronunciaram] o nome de Anu (e) Enlil

Então Ziusudra, o rei, o pashishu(1)(**) [de]…,

construiu uma gigantesca…;

obedecendo com humildade e reverência, [ele]…,

assistindo diariamente e com constância, [ele]…,

sonhando toda classe de sonhos, [ele]…,

pronunciando o nome do céu (e) da terra, [ele]… …

os deuses um muro …,

Ziusudra de pé, a seu lado, escu[tou].

“Ponte perto do muro, à minha ezquerda…,

perto do muro te direi uma palavra, [toma minha palavra],

[presta] atenção às minhas ordens.

Por nosso… um dilúvio [arrasará] os centros de culto,

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para destruir a semente do gênero humano…

É a decisão da palavra da assembleia [dos deuses].

Com a palavra e por orden de Anu (e) Enlil…,

sua realeza e seu reino [serão exterminados].”

(Quarenta linhas aproximadamente estão destruídas.)

Todas as tempestades com violência excessiva

atacaram como uma só;

em um mesmo instante, o dilúvio cobriu os centros de culto.

Depois, durante sete dias (e) sete noites

o dilúvio inundou toda a terra,

(e) a barca imensa foi açoitada pelas tempestades

sobre as grandes águas;

apareceu Utu, o que derrama a luz

sobre o céu e sobre a terra.

Ziusudra abriu uma (das) janelas da barca enorme.

Utu, o herói, lançou seus raios dentro da barca gigantesca.

Ziusudra, o rei,

se prostrou diante de Utu;

o rei lhe imola um boi, degola um carneiro.

(Trinta e nove linhas aproximadamente estão destruídas.)

“Tu proferirás “alento celestial”, “alento terreno”

que em verdade se propagará por vosso…”

Anu (e) Enlil proferiram “alento celestial”, “alento terreno”

que por seu…, se propagou.

A vegetação surgiu do seio da terra.

Ziusudra, o rei,

se prostrou diante de Anu e Enlil.

Anu (e) Enlil elogiaram a Ziusudra,

vida como (a de) um deus lhe deram,

alento eterno como (o de) um deus lhe concederam do alto.

Então Ziusudra, o rei,

ele que preservou o nome da vegetação

Page 82: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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(e) a semente do gênero humano,

à terra de passagem, ao lugar do Dilmun,(2)

ai onde o sol nasce, foi habitar.

Tabuleta XI da epopeia de Gilgamesh. Versão assíria em língua

acádia do segundo milênio AC. Procede da biblioteca de

Assurbanipal em Nínive. (ANET: J. B. Pritchard.):

Utnapishtim disse a Gilgamesh:

“Te revelarei, Gilgamesh, uma coisa oculta

e um segredo dos deuses te direi

Shurippak - cidade que tú conheces

(e) que está situada nas margens do Eufratesera

uma cidade antiga como os deuses que nela moravam,

quando o coração dos grandes deuses desencadeou o dilúvio.

Estavam Anu, pai dos deuses;

o valente Enlil, seu conselheiro;

Ninurta, seu arauto

(e) Ennuge, o inspetor de canais.

Também estava Ninigiku-Ea com os deuses

(e) repetiu suas palavras à cabana de juncos:

“Cabana de juncos, cabana de juncos!(3) Muro, muro!

Cabana de juncos, escuta! Muro, atende!

Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu,

derruba (esta) cabana, constrói uma barca!

Abandona tuas posses, sai em busca da vida!

Desdenha os bens (do mundo) e salva tua vida!

Sobe à barca e leva a semente de tudo o que vive.

A barca que deves construir

será proporcionada em suas dimensões.

Igual será sua largura e seu comprimento.

Como o Apsu(4) a cobrirá com um teto.”

Entendi e disse a Ea, meu senhor:

Page 83: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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“[Veja], meu senhor, o que ordenou

será uma honra fazê-lo,

mas o que direi à cidade, ao povo e aos anciãos?”

Ea abriu a boca e falou,

dizendo-me a mim, seu servo:

“Assim lhes falarás:

‘Aprendi que Enlil me é hostil

e não posso residir em vossa cidade

nem por meu p[é] no território de Enlil.

Portanto, descerei ao profundo

para morar com meu senhor Ea.

[Mas sobre] vós, ele fará chover abundância,

os pássaros [mais escolhidos], os mais raros peixes.

[A terra se encherá] com ricas colheitas.

[Aquele que ordena] o salvo [ao por do sol]

os enviará uma chuva de trigo’.”(5)

Ao raiar o dia

o povo se reuniu…

(Quatro linhas muito danificadas.)

os pequenos levavam breu,

enquanto os maiores traziam [todo o resto] que se necessitava.

No quinto dia puseram o madeiramento

um “iku”(6) (intero) tinha sua superfície.

A altura de cada parede era de dez dezenas de codos (7)

(e) dez dezenas de codos

tinha cada lado da cobertura quadrada.(8)

Montei os lados e os juntei.

A dotei de seis coberturas,

dividindo-a (assim) em sete partes.

O plano inferior o dividi em nove partes.

Lhe cravei tacos contra as águas.

Me ocupei das pértigas e fiz estoque de provisões.

Seis “sar” (9) de breu joguei no forno,

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três “sar” de asfalto verti no interior.

Tres “sar” de azeite os porteadores trouxeram,

aparte do “sar” que se gastou em calafetar

e dos dois “sar” [que] o barqueiro carregou.

Matei bois para a [gente]

e sacrifiquei cordeiros dia a dia.

Mosto, vinho tinto, azeite e vinho branco

[dei] aos trabalhadores [a beber], como água de rio

para que celebrassem como o dia de ano novo.

Ab[ri...] unguento e o apliquei à minha mão.

[No sé]timo [dia] ficou terminada a barca.

[O lançamento] foi arduo,

tiveram que mover as pranchas por cima e por baixo

[até] que dois terços da [a estrutura] entraram [na água].

[O que tinha] carreguei nela:

tudo o que tinha de prata carreguei nela,

tudo o que tinha de ouro carreguei nela,

tudo o que tinha carreguei nela,

toda semente de vida carreguei,

a toda minha família e minha parentela subi a bordo,

aos animais dos campos, às bestas selvagens do campo,

a todos os artesãos fiz subir.

Shamash havia de dado um prazo:

“Quando o que ordena o desassosego na noite,

desate uma chuva de tição,

sobe na barca e fecha a entrada.”

O tempo assinalado se cumpriu:

‘O que ordena o desassosego na noite,

fez cair uma chuva de tição.‘

Observei o aspecto do tempo.

Tive medo ao contemplá-lo.

Entrei na nave e fechei a entrada.

Para fechar a barca (toda), a Puzur-Amurri,

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ao piloto da nave,

lhe confiei a barca com tudo o que levava.

Ao raiar a alva,

uma nuvem negra se ergueu no horizonte.

Adad trovejava dentro dela,

enquanto que Shullat e Hanish iam a frente,

apressando-se, como dois arautos, sobre a colina e o vale.

Erragal arrancou as estacas;

Avançava Ninurta e fazia com as águas se precipitassem.

Os anunnaki ergueram suas tochas,

abrasando a terra com sus chamas.

A confusão semeada por Adad alcançou até os céus,

já que tudo o que era luminoso se converte em negro.

¡[A grande] terra se sacudiu como uma panela

! Todo um dia [soprou] a tormenta do sul,

aumentando sua força e vento, [afundando as montanhas],

arremetendo contra [a gente] como em uma batalha.

Ninguém podia ver seu próximo.

Desde os céus já não se reconhecia a gente.

Oss deuses se atemorizaram diante do dilúvio

e fugindo, subiram ao céu de Anu.

Os deuses se encolheram como cães

e se lançaram fora dos muros.

Como a mulher que vai dar a luz, Ishtar gritou.

A senhora dos deuses, a da voz doce, gemeu

“Os dias do passado se converteram, ai,

em cinzas porque convoquei o mal na assembleia dos deuses.

Como pude proferir o mal na assembleia dos deuses,

ordenar o combate para destruir o meu povo

quando eu mesma mesma engendrei a eles!

Como a desova dos peixes enchem o mar!”

Os deuses anunnaki choravam com ela,

os deuses, agora humildes, estavam sentados e choravam.

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Seus lábios apertavam [...] um e todos.

Seis dias e [seis] noites

soprou o vento do dilúvio,

enquanto a tormenta do sul varria a terra.

Quando chegou o sétimo dia,

a tormenta do sul, o dilúvio, renunciou à batalha

que havia peleado como um exército.

O mar se tranquilizou, a tempestade se aquietou,

o dilúvio cessou.

Observei o tempo: havia voltado à calma

e a humanidade tinha sido devolvida à argila.

A paisagem era plana como um telhado.

Abri uma janela e a luz caiu sobre meu rosto.

Inclinando-me me sentei e chorei

(e) as lágrimas corríam por minhas faces.

Busquei as costas na expansão do mar:

em cada uma das catorze (regiões) emergia uma ilha.

No monte Nisir a barca encalhou.

E o monte Nisir retevo a barca, deixando-a imóvil.

Um dia, um dia segundo o monte Nisir reteve a barca,

deixando-a imóvil.

Um terceiro dia, um quarto dia o monte Nisir reteve a barca,

deixando-a imóvil

Um quinto e um sexto (dia) o monte Nisir reteve a barca,

deixando-a imóvil.

Quando chegou o sétimo dia,

soltei e enviei uma pomba.

A pomba emprendeu o voo, mas voltou,

já que não havia onde pousar, regressou.

Então soltei e enviei uma andorinha.

A andorinha emprendeu voo, mas voltou,

já que não havia onde pousar, regressou.

Então soltei e enviei um corvo.

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O corvo emprendeu voo

e como as águas haviam diminuido,

comeu, abriu suas asas, graznou e não regressou.

Então lancei tudo aos quatro ventos e ofereci um sacrifício.

Fiz uma libação no cume da montanha.

Instalei sete e sete incensários,

empilhando em sua parte inferior canas, cedro e mirto.

Os deuses aspiraram o aroma,

os deuses aspiraram o doce aroma

(e) como moscas os deuses se apinharam em torno do

sacrificador.

Quando afinal chegou a deusa suprema,

ergueu as grandes joias

que o deus Anu lhe havia fito para agradar seu desejo:

“Oh, deuses que estais aqui, como este lapislazuli

que está em meu pescoço, que não esquecerei;

recordarei estes dias e nunca os esquecerei.

Que os deuses venham à oferenda,

mas que o deus Enlil não se apresente

porque ele, sem razão alguma, mandou o dilúvio

e entregou minha gente à destruição.”

Quando finalmente se apresentou Enlil

e viu a barca, o deus se irritou,

se encheude ira contra os deuses igigi:

“Escapou uma só alma vivente?

Ninguém devia sobreviver à destruição!”

Ninurta abriu sua boca e falou, dizendo ao valente Enlil:

“Quém mais além de Ea pode fazer planos?

Só Ea, a que tudo sabe.”

Ea abriu sua boca para falar e disse a Enlil, o valente:

“Tu, o mais sábio dos deuses. Tu, o herói,

como pudeste perder o juício e mandar o dilúvio?

Ao pecador impõe seu pecado,

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ao transgressor impõe sua falta,

(mas) sejabenévolo e que não seja aniquilado,

tenha paciência e que não seja substituído!

Em lugar de precipitar o dilúvio

que se tivesse lançado um leão para dizimar à humanidad!

Em lugar de precipitar o dilúvio,

que se tivesse lançado um lobo para dizimar à humanidad!

Em lugar de precipitar o diluvio

que tivesse açoitado a fome

para minguar a humanidade!

Em lugar de precipitar o dilúvio

que se tivesse lançado a peste para açoi[tar] a humanidade!

Não fui eu quem revelou o segredo dos grandes deuses.

A Atraharsis um sonho lhe mandei

e ele conheceu o segredo dos deuses.

Agora medita o que farás com ele!”

Enlil subiu então à barca.

Tomándo-me da mão, me fez subir.

Fiz subir (também) a minha mulher e a fiz ajoelhar-se a meu

lado.

De pé, entre os dois, tocou nossas frontes e nos abençoou:

“Antes Utnapishtim era só um ser humano.

Desde agora Utnapishtim e sua mulher

serão semelhantes a nós os deuses.

Utnapishtim habitará longe, na desembocadura dos rios!”

Assim, pela mão me levaram e me fizeram residir na

desembocadura dos rios.

______________________________________________

Veja no quadro abaixo como a semelhança do dilúvio bíblico

com o assírio-babilônico é total, mais plágio só “Xerox”:

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1 - O dilúvio bíblico é só mais um... E plagiado!

Não existe apenas o relato sumério, outras culturas, algumas

delas que não coincidiram com a hebraica durante os 6000

anos que afirmam ter de história na terra e anteriores ao texto

bíblico também relatam histórias de um dilúvio. Muitas das

civilizações ancestrais tiveram de uma ou de outra maneira

relatos onde falam de um dilúvio e da posterior salvação do

homem. Estão devidamente compiladas pelo menos umas 500

lendas referentes a um dilúvio universal. A história do dilúvio

bíblico, não é mais que outra dessas histórias; não tem nada

de especial em comparação com as demais.

Page 90: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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5 - Outros dilúvios “universais” >>>

Depois da criação fracassada: um dilúvio! Como já repetimos

outras vezes, um acontecimento como o dilúvio deixaria suas

marcas no planeta, todavia nada, hoje, foi encontrado que

comprove que tal catástrofe literalmente aconteceu. Quanto

aos sedimentos e fósseis marinhos em todas as grandes

montanhas do mundo, são sedimentos de superfícies marinhas

ou terrestres que foram deslocadas pelo choque das placas

tectônicas ocorridas no fundo do oceano, projetando para cima

o que se encontrava na superfície ou no fundo do mar. A

formação das cordilheiras: Andes, Himalaia, Alpes, foi

resultado de colisões ou da placa marinha próxima (Andes) ou,

no caso dos Alpes e do Himalaia, o choque da península italiana

com o continente europeu (Alpes) e da Índia com o continente

da Ásia. Os registros históricos mais antigos que se conhece

têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos.

São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente digno

de nota é o fato de, nas mais variadas culturas, em todos os

continentes, existirem tradições que aludem à ocorrência de

um dilúvio global com paralelismos espantosos entre si, tendo

sido documentadas mais de 250 em contextos culturais

diferentes. Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de

narrativas de dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo

e todas elas, coincidentemente ou não, são no início dessas

civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais

conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a

tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes

americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e

persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao

episódio bíblico, porém em algumas civilizações se relata sobre

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inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade

decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou

imperfeita (criada por algum deus incompetente), e escolhe

um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para

abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na

narrativa judaica, Jeová estava disposto a acabar com toda a

humanidade. Após certo período, a água baixa, a arca fica

encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e

os descendentes de tal homem geram todos os povos do

mundo.

1 - Dilúvio Judaico

Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento de Jeová

em ter criado o homem, devido à maldade que este espalhara

na terra. Neste arrependimento, decide fazer um enorme

dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até

então. Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e

lhe recomenda fazer uma arca de madeira, e abrigar, junto

com sua família, um casal de cada espécie existente.

Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência

significante que comprove a existência do dilúvio. Na esfera

cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para

o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes

povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé),

bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor

(cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou

cuxitas, descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No

Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o

que serviria mais tarde como uma das justificativas para a

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invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de

Israel.

2 - Dilúvio Sumério

O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade

de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras

em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas

pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à

Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do

dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver

ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria,

o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo

este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a

Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de

exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a

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Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o

coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói

a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete

dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui

um trecho de tal história:

"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser

humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam

retornado. A água se estendia plana como um telhado, então

eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo

todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir

uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos

por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou

para longe, não encontrando local para pouso retornou (…).

Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou

alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de

Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.).

3 - Dilúvio Africano

Olokun, Proprietário (Olo) dos Oceanos (Okun), e Olorun,

Proprietário (Olo) dos Céus (Orun), eram casados e criaram

tudo. Mas se separaram numa disputa de poder e viveram em

guerra. Olorun encarregou Obatalá de criar a terra sobre as

águas primordiais de Olokun. Certa vez, Olokun invadiu a Terra

para reassumir seu território perdido e consequentemente

destruir a humanidade demonstrando seu poder através de um

grande Dilúvio. Olorun salvou parte da humanidade lançando

uma corrente para os homens subirem. Com essa mesma

corrente, Olorun atou Olokun ao fundo do mar. Olokun mandou

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uma gigantesca serpente marinha engolir a lua, mas Olorun

disse que sacrificaria um humano por dia para acalmar a deusa.

Assim, todo dia uma pessoa se afoga no mar.

4 - Dilúvio Hindu

O Avatar de Vishnu, Matsya, é

retratado como sendo o que

apareceu inicialmente como um

Shaphari (uma carpa pequena) para

o rei Manu (cujo nome original era

Satyavrata ), o rei de Dravidadesa,

enquanto ele lavava as mãos num

rio. Este rio supostamente descia

das montanhas de Malaya para sua

terra dos Drávidas. O peixinho pediu

para o rei salvá-lo, e por compaixão,

ele o colocou em uma jarra de água.

Ele continuou a crescer cada vez

mais até que o rei Manu teve que

coloca-lo em um grande jarro, e depois depositá-lo em um

poço. Quando o poço também revelou-se insuficiente para o

peixe cada vez maior, o Rei o colocou em um tanque. Como

ele cresceu ainda mais o Rei Manu teve que colocar o peixe

em um rio, e quando o rio ainda se revelou insuficiente, ele

colocou no oceano, depois quase encheu a vasta extensão do

grande oceano. Foi então que Ele (o Senhor Matsya)

informou o Rei de um Dilúvio que estava muito próximo. O

rei construiu um barco enorme que abrigava sua família, 9

tipos de sementes, e animais para repovoar a terra. No

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momento do dilúvio, Vishnu apareceu como um peixe com

chifres e Shesha apareceu como uma corda, com o qual

Vaivasvata Manu fixou o barco no chifre do peixe (Matsya).

5 - Dilúvio Grego

A mitologia grega relata a história de um grande dilúvio

produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido

pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam

aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo.

Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes.

Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca

e nela introduzisse um casal de cada animal, de forma análoga

à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.

Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o

Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e

Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o

que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa

somente lhes disse: “Voltem aos ossos de suas mães"

Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia

às rochas. Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se

converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou

deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.

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5 - Dilúvio Mapuche

Estátuas Trentren (acima) e Caicai (abaixo), na Praza de Ancud, Chiloé.

Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda

sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A

lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu

e Caicai Vilu.

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6 - Dilúvio Pascuense

A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais

chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico

continente, ou ilha, chamado Hiva.

7 - Dilúvio Maia

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A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio

enviado pelo deus Huracán. Segundo o Popol Vuh, livro que

reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-

quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da

natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de

lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres

humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro

não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram

em lama. Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres

humanos, a partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao

contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou

em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da

segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos

heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba).

Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses.

Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue.

Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus

criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda

humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos

outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi

poupado.

Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os

novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais,

que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles

deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois

um dos casais não deixou descendência.

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8 - Dilúvio Asteca

No manuscrito asteca denominado como Codex borgia, há a

história do mundo dividido em idades, das quais a última

terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa

Chalchihuitlicue.

9 - Dilúvio Inca

Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com

uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra

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(Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que

sobreviveram.

A religião é um forte elo entre as várias culturas andinas, sejam

elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte

elemento da crença e dominação através do mental, ou seja

daquilo que permanece impregnado por gerações nas

concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus

imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro

Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata

como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram

passadas através da oralidade de geração em geração, desde

o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando

definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus

conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem,

Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não

obediência como comenta Gamboa (2001): Mas como entre

ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el

precepto del Viracocha Pachayachachi, que cayendo por esta

trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y

luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a

otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un

diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir

“agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días

y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo

quedaron algunas señales de los que se convierteron en

piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros

en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p.

40).

A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e

culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação

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é um fator muito importante para estabelecer relações e

explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido.

Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um

ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos

e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do

próprio homem inserido na natureza, buscando sua

sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia

com os elementos naturais e sobrenaturais.

10 - Dilúvio Uro

O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê

numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste

lago onde se viram os primeiros raios do Sol.

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6 - Dilúvio babilônico versus dilúvio bíblico >>>

Existe uma evidente semelhança entre os relatos babilônicos

e os bíblicos sobre o dilúvio. Uma história que narra o suposto

fato, real para os mais fundamentalistas, de um dilúvio

ocorrido a nível global, enviado por uma ou várias divindades

irritadas com a humanidade, cujo propósito é acabar com

toda ela. Excetuando-se o herói ”eleito” por uma divindade

que, para salvá-lo, lhe ordena construir um barco e meter

nele todo tipo de animais e umas poucas pessoas escolhidas

por este herói.

Imagem: Epopeia de Gilgamesh, British Museum.

Sem necessidade de aprofundar se existe evidência científica

sobre tal dilúvio, faremos aqui uma comparação de ambas

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as histórias e os pontos de vista daqueles que creem que,

uma delas ou ambas, ocorreram de verdade. Também

compararemos as opiniões de cada grupo com o que

conhecemos atualmente.

As tabuletas caldeias do dilúvio, da cidade de Ur, onde hoje

em dia é o sul do Iraque, contêm uma história que descreve

como o deus babilônico Enlil tinha se irritado pelo ruído

incessante gerado pelos humanos. Este convence aos demais

deuses a exterminar totalmente cada pessoa na Terra, assim

como os animais terrestres e as aves com uma grande

inundação. Um dos deuses, Ea, se mostra contra a decisão e

diz a Ut-Napishtim que construa uma arca para salvar uns

poucos humanos e alguns animais.

Extrato da Epopeia de Gilgamesh (Tablilla XI) incluindo os

versículos da Bíblia que guardam relação direta:

Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu,

derruba (esta) cabana, constrói uma barca! Gn 6:14

Abandona tuas posses, sai em busca da vida!

Desdenha os bens (do mundo) e salva tua vida!

Sobe à barca e leva a semente de tudo o que vive. Gn 6:19-

20

A barca que deves construir

será proporcionada em suas dimensões.

Igual será sua largura e seu comprimento. Gn 6:15

Como o Apsu(4) a cobrirá com um teto.”

Entendi e disse a Ea, meu senhor:

“[Veja], meu senhor, o que ordenou

será uma honra fazê-lo,

Page 104: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

104

A história da inundação da “Epopeia de Gilgamesh” e a história

hebraica em Gênesis são muito similares, com uns 20 pontos

importantes em comum. Seus textos estão obviamente ligados

de alguma maneira. Ou bem:

O mito de Gênesis foi copiado de uma história anterior,

a Babilônica,

Ou o mito de Gilgamesh foi copiado de uma história

hebraica anterior, a de Gênesis,

Ou ambos foram copiados de uma fonte comum

anterior.

Tanto em Gênesis como na história de Gilgamesh:

1. A história do Gênesis descreve como a humanidade tinha

se tornado desagradável a Deus, mas, além disso, era

irremediavelmente pecaminosa e perversa. Na história

da Babilônia, que eram muito numerosos e ruidosos.

2. Os deuses (ou Deus) decidem enviar um dilúvio

universal. Este teria afogado todos os homens,

mulheres, jovens, crianças e bebês, assim como

eliminado todos os animais terrestres e aves.

3. Deus (ou um dos deuses) sabia de um homem justo, Ut-

Napishtim ou Noé.

4. Os deuses (ou Deus) ordenam ao herói construir um

barco de madeira de vários pisos (chamado arca ou

caixa em hebreu original).

5. A arca seria selada com breu.

6. A arca teria muitos compartimentos internos.

7. Teria uma só porta.

8. Teria unicamente uma janela.

Page 105: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

105

9. A arca foi construída e carregada com o herói, algumas

pessoas e exemplares de todas as espécies de animais

da terra.

10. Uma grande chuva cobre a terra com água.

11. As montanhas são cobertas pela água.

12. A arca pousa sobre uma montanha no Oriente Médio.

13. O herói envia aves a intervalos regulares para ver se

encontram terra firme nas proximidades.

14. As primeiras aves regressam a arca. A terceira ave

aparentemente encontra terra firme já que não volta.

15. O herói e sua família saem da arca e realizam um ritual

em que matam um animal e o oferecem como sacrifício.

16. Deus (ou os deuses na Epopeia de Gilgamesh) cheira o

doce sabor do sacrifício.

17. O herói é abençoado.

18. Os deuses babilônicos parecem realmente arrependidos

pelo genocídio que haviam realizado. O Deus de Noé

parece ter se arrependido de suas ações, por este

motivo, ele promete não voltar a fazê-lo de novo.

Só há uma série de pequenos detalhes em que diferem

as duas histórias:

Noé recebeu suas instruções diretamente de Jeová, Ut-

Napishtim as recebeu indiretamente durante um sonho.

A arca de Noé tem 3 pisos de altura e é de forma

retangular. A arca Babilônica foi de 6 pisos de altura e

quadrada

Ut-Napishtim convidou mais pessoas à bordo: um piloto

(o barqueiro) e alguns operários qualificados. Noé leva

unicamente sua família (8 pessoas). Estes parecem

dominar não só a engenharia naval, mas pelo visto, são

Page 106: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

106

suficientes para fabricar um barco de tais dimensões

nesse prazo de tempo.

A arca de Noé pousa no monte Ararat; Ut-Napishtim

pousa no monte Nisir. Ambos os lugares estão no

Oriente Médio e se encontram a poucas centenas de

quilômetros de distância.

Na Bíblia, uma parte da água surgiu dos oceanos. As

chuvas se prolongam por 40 dias e 40 noites. No relato

babilônico a água chegou só em forma de chuva e durou

só 6 dias.

Noé lança um corvo e uma pomba duas vezes, Ut-

Napishtim lança três aves: pomba, andorinha e um

corvo.

1 - Importância das duas histórias

Page 107: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

107

Veja no mapa a proximidade dos dois montes, o Nisir do mito

babilônico e o Ararat do mito bíblico. Parece que a região era

um estacionamento de arcas de dilúvio.

1 - Para os cristãos conservadores

O Gênesis é infalível: é completamente verdadeiro e não

contém nenhum erro em sua forma atual, que é idêntica à

original. Deus inspirou Moisés para que escrevesse o livro e o

preservou da inclusão de qualquer erro. Desta forma, o dilúvio

de Noé ocorreu realmente, exatamente tal como se diz no

Gênesis. As semelhanças entre os textos babilônios e hebreus

foram causadas provavelmente por dois fatores:

Ambos eram relatos de uma mesma inundação em todo

o mundo.

O relato do Gênesis é absolutamente certo e foi escrito

durante o Êxodo do povo judeu do Egito. O relato

babilônico foi escrito mais tarde, seu autor pode ter

copiado elementos da história hebraica.

Frank Lorey, um autor do Instituto para a Investigação da

Criação, (criacionista) escreveu: ”A Epopeia de Gilgamesh,

então, contém a narrativa corrupta para preservar e embelezar

os povos que não seguem o Deus dos hebreus.”

2 - Para os cristãos liberais / progressistas

A história do dilúvio no Gênesis foi escrita principalmente por

três autores desconhecidos:

Page 108: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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”J“ que utiliza Yahvé como nome de Deus (denominada

Yahvista devido a ser esta a divindade que adorava), a

escreveu ao redor do ano 848 AEC a 722 AEC.

”P“, um sacerdote que viveu muito depois, em algum

momento antes de 587 AEC.

“R”, um redator desconhecido, que uniu os escritos de J

e P e outros dois escritores juntos (D e E).

Acrescentando apenas uma frase de sua própria história

à inundação. (Possivelmente Esdras e/ou Neemias,

século V AEC).

Esta interpolação é mostrada no relato do Êxodo com base no

livro de Richard Eliiott Friedman: Quem escreveu a Bíblia?

A história é uma lenda com significado espiritual (o que vem a

ser uma moral) e não houve dilúvio universal real. A história é

um mito, derivado em grande parte da narração babilônica

anterior. Foi recolhida pelos antigos israelitas como uma

tradição oral e logo depois escrita por J e P.

3 - Para muitos agnósticos, ateus, etc.

As histórias de inundações são um mito. Descrevem eventos

que nunca aconteceram e podem ter sido escritas pelas fontes

antes mencionadas.

A crueldade do deus ou deuses, na narração, os faz

responsáveis pela inundação e os mostra com uma total

despreocupação pelos homens, mulheres, jovens,

crianças e os recém-nascidos que, supostamente,

morreram terrivelmente por afogamento.

Page 109: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

109

O mito mostra, devido a seu caráter fantasioso e

incoerente, como os deuses são criados pela mente

humana e não o contrário: o homem criado por uma

divindade onisciente.

O relato do dilúvio evoluiu gradualmente a partir da

versão original da Babilônia à versão hebraica. A versão

babilônica pode ter sido a recordação distorcida de uma

antiga inundação que se produziu quando o Mar

Mediterrâneo inundou parcialmente o Mar Negro por

volta de 5600 AEC.

2 - Quem foi o primeiro: Noé ou Ut-Napishtim?

As tabuletas babilônicas que contém a história completa da

inundação foram datadas em torno do ano 650 AEC.

Entretanto, partes da história foram encontradas em tabuletas

datadas a partir de aproximadamente 2000 AEC. Um estudo

da língua utilizada nas taboas (de argila) indica que a história

se originou muitos antes de 2000 AEC. Variações da história

original foram encontradas traduzidas em outras línguas

antigas.

1 - Os cristãos conservadores

Muitos creem que o dilúvio ocorreu ao redor do ano 2349 AEC,

e que o relato do Gênesis foi escrito por Moisés em torno do

ano 1450 AEC, pouco antes de sua morte. Portanto, o texto

babilônico deve ser uma versão corrupta baseada em uma

adaptação paganizada da verdadeira história do Gênesis.

Page 110: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

110

Alternativamente, poderia ser uma tentativa independente de

descrever a inundação mundial.

Algo que não só contradiz a datação das tabuletas, mas que,

além disso, contradiz o registro geológico e a praticamente

todos os estudos científicos que demonstram que jamais

ocorreu um dilúvio de tais características.

2 - Os teólogos liberais

Observando os diferentes nomes utilizados para referir-se a

Deus e os estilos de escrita diferentes em todo o Pentateuco

(os primeiros cinco livros da Bíblia hebraica), creem que o

Gênesis foi montado em um intervalo de 4 séculos, entre 950

a 540 AEC, por autores de uma série de tradições hebraicas.

J e P parecem ter baseado suas histórias em duas histórias

originais de fontes mesopotâmicas, talvez sobre a base de uma

enorme série de inundações nas zonas circundantes e em Ur,

em torno de 2800 AEC, que seriam percebidas pela população

local como muito grandes, talvez por todo o mundo.

Alternativamente, podem ter se baseado na catastrófica

inundação do Mar Negro.

3 - A visão literalista

Cai em várias contradições e é inconsistente com o registro

histórico e arqueológico. O povo babilônico e sumério é anterior

ao povo hebreu, tribos nômades e seminômades que são

descritos como “gente sem lei, trabalhadores e bandidos”,

tanto pelos textos mesopotâmicos como pelos egípcios, que

lhes davam o nome de habiru ou apiru. Além disso, as

Page 111: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

111

tabuletas ou ladrilhos criticados pelos literalistas bíblicos

estiveram perdidos e não foi até que em 1835, Henry

Rawlinson, encontrou a primeira inscrição com este idioma. Um

idioma desconhecido e do qual já se encontraram mais de

25.000 tabuletas, que dão legitimidade aos textos que contêm.

Portanto, afirmar que são uma falsificação o um plágio do

bíblico é mais do que questionável.

A escrita cuneiforme é muito anterior à hebraica (que é do

século X AEC). Na realidade, a escrita cuneiforme é

considerada a primeira inventada. A isto podemos

acrescentar que a primeira escrita que se conhece, a mais

antiga, se encontra em uma peça de cerâmica com uma

representação pictográfica (que podemos ver na imagem ao

lado), procedente da cidade mesopotâmica de Kish (Iraque)

e está datada em 3500 AEC. (Departamento de

Antiguidades do Museu Ashmolean, Oxford (Grã-Bretanha):

Anteriores à escrita hebraica existem textos não bíblicos, com

uma escrita denominada paleo-hebraica datada entre os

séculos XVIII e XII AEC. A escrita cuneiforme é anterior até a

este tipo de escrita. Toda escrita evolui de outra anterior muito

mais simples. Sabemos que a cuneiforme tem raízes no tipo de

Page 112: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

112

escrita pictográfica que se pode ver nesta imagem. E que a

hebraica procede de outra mais simples, a paleo-hebraica, que

tem suas raízes semíticas em um ramo afro-asiática conhecido

como camito-semita. Esta escrita, além da fenícia, é um

subconjunto de línguas ugaríticas que procede de, entre outras

fontes, a cuneiforme.

Se o que defendem os literalitas fosse certo, estes teriam que

explicar por que seus textos, que segundo eles são mais

antigos, nem sequer existiam quando os textos sumérios

circulavam há milênios; Por que seus textos possuem raízes

léxicas em outros anteriores; Por que nenhum sistema de

datação situa o hebraico anterior ao cuneiforme e por que,

apesar de que eles afirmam que estes não mudaram, podemos

observar variações e uma evolução desde escritas mais antigas

ao hebreu. Magia? (No mundo em que eles se movem, o das

fantasias, esta seria uma boa explicação, afinal, segundo eles,

toda evidência encontrada que contradiga o que seu livro

favorito afirme foi colocada por um personagem desse mesmo

livro: o diabo, ou por outro personagem também do livro, para

“provar sua fé”: seu deus).

4 - Conclusão

Um simples plágio.

Fontes:

Susan M. Pojer, “O dilúvio – duas versões diferentes”, HistoryTeacher.net,

em: http://www.historyteacher.net/ Este é um arquivo PDF.

Page 113: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

113

Números 14:34. Ambas as culturas coincidem na hora de usar uma

determinada numerologia. Números como 3, 6, 7, 12, 40, etc. são repetidos

com frequÊncia.

Alexander Heidel, “La Epopeya de Gilgamesh y el Antiguo Testamento

Parallels”. Univ. de Chicago, IL, Chicago (1949)

Werner Keller, “La Biblia como Historia”, W. Morrow, New York, NY, (1956)

Schofield Biblia de Referencia. Gênesis, capítulos 6 a 9

CM Laymon, ed., “El Intérprete Un Comentario de volumen en la Biblia”,

Abingdon Press, Nashville, TN (1991)

Frank Lorey, Impact # 285: El diluvio de Noé y el diluvio de Gilgamesh “ ,

Instituto para la Investigación de la Creación , El Cajon, CA (1997) En línea

en: http://www.icr.org/pubs/imp/imp-285 . htm

”Os mitos da inundação: a narrativa do dilúvio da epopeia de Gilgamesh “,(

Myths of the flood: The flood narrative from the Gilgamesh epic ) em:

http://www-relg-studies.scu.edu/netcours/rs011/restrict/

NK Sandars, tradutor, “A Epopeia de Gilgamesh”, Penguin. Várias edições

estão disponíveis na Amazon.com a preços que vão desde $ 6,33 até $ 499

para a edição de 1972!

Nota: A imagen do inicio mostra a Epopeia de Gilgamesh e pode ser vista no British

Museum (Londres) junto com muitas outras tabuletas sumérias.

Fonte direta:

Artígo traduzido e modificado de http://www.religioustolerance.org/noah_com.htm

ao qual foram acrescentados mais dados, fontes e opiniões.

Page 114: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

114

7 - Resumo

O povo hebreu, que era um povo nômade que emigrava

constantemente, que conhecia a Babilônia, suas tradições e os

mitos sumérios, plagiou essas histórias e adaptou às suas

novas crenças.

1 - Mapa de migração humana do mtDNA

Hoje em dia têm ocorrido chuvas e inundações provocadas por

tornados e furacões em muitos países e cidades: Nova Orleans,

China, etc., as quais têm provocado inumeráveis mortes e

coberto a terra de água. Agora se imagine na pele dos

integrantes de uma tribo ou civilização pré-histórica com

deuses, crenças e mitos fantásticos. Uma catástrofe como as

atuais poderia parecer a eles um verdadeiro dilúvio provocado

por algum de seus deuses, como parece ainda hoje aos crentes

religiosos ignorantes e fanáticos das camadas mais pobres e

sem educação científica básica ou mesmo alfabetização.

Ao longo de milênios de migrações humanas, (como se pode

ver no mapa abaixo) nossos ancestrais remotos devem ter

presenciado todo tipo de cataclismos ambientais como eras do

gelo, super-vulcões, impactos de meteoritos, inundações

gigantescas, tsunamis, etc. cujo eco distante pode estar por

trás de todas as mitologias que conhecemos hoje e das

tradições orais de muitos grupos indígenas atuais.

Mapa das primeiras migrações humanas, desde 170.000

anos, de acordo com análises efectuadas ao DNA

mitocondrial.

Page 115: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

115

Não há nenhum registro histórico que siga os padrões

migratórios dos primeiros seres humanos. Os cientistas juntam

a história da migração humana examinando as ferramentas, a

arte e os locais de sepultamento que deixaram para trás e

traçando padrões genéticos. Fazem isso analisando o DNA

mitocondrial (mtDNA), que é passado da mãe para os filhos

sem ser combinado com o código genético do pai. Podemos

observar o mtDNA de duas pessoas que viveram a milhares de

anos e de quilômetros de distância e, se o código genético do

seu mtDNA for o mesmo, sabemos que eles eram ancestral e

descendente [fonte: PBS NOVA (em inglês)].

Leia mais AQUI.

Fontes do capítulo 5:

Page 116: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

116

http://www.sigenlab.com/adnmt.htm

http://dieta-evolutiva.blogspot.com/2007/07/evolucion-humana-en-los-cinco.html

http://elarcano.blogspot.com/2004/11/hubo-de-verdad-un-diluvio.html

http://es.wikipedia.org/wiki/Diluvio_universal

http://otrashistorias.iespana.es/histo18.htm

http://www.sectormatematica.cl/religion/Las%20Medidas%20del%20Arca.pdf

http://dialogue.adventist.org/articles/11_3_merling_s.htm

http://www.shalomhaverim.org/estudio_biblico_bereshit_rashi_21.htm

http://antiqua.gipuzkoakultura.net/pdf/POEMA%20DE%20GILGAMES

Ampliadas

http://ciencia.hsw.uol.com.br/migracao-humana3.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dil%C3%BAvio_%28mitologia%29#Dil.C3.BAvio_Sum.C

3.A9rio

http://www.ateoyagnostico.com/2012/12/17/comparacin-de-las-historias-del-

diluvio-babilnicas-y-bblica/

Page 117: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

117

6 - “Encontrada a Arca de Noé”, diz Igreja da Arca de

Noé >>>

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118

Exploradores da “Noah’s Ark Ministries International”, título

que pode ser traduzido livremente como “Igreja Internacional

da Arca de Noé” baseada em Hong Kong, dizem ter encontrado

estruturas de madeira de 4.800 anos a quase quatro

quilômetros de altura no Monte Ararat, Turquia. Diferente de

tantas outras alegações relacionadas a relíquias, no entanto, a

expedição vem exibindo vídeos, fotografias e diversas

amostras do material encontrado.

Contudo, de forma similar a tantas outras alegações

relacionadas a relíquias, nenhuma das afirmações foi verificada

até agora por instituições independentes. Abaixo, um vídeo

com o que seriam registros da expedição, incluindo a

descoberta e imagens do interior das estruturas:

Page 119: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

119

Como os descobridores declaram à AFP, “não estamos 100%

seguros de que seja a Arca de Noé, mas pensamos que há

99,9% de chances de que seja”, comentou Yeung Wing-

cheung, cinematógrafo parte da equipe que documentou o

achado. Suas alegações sobre a idade do material, de 4.800

anos, que se ajustaria quase perfeitamente ao relato bíblico,

teria origem em uma datação por radiocarbono, mas como o

arqueologista da Universidade de Cornell, Peter Ian Kuniholm,

comentou a Alan Boyle, nem sequer se sabe quem efetuou os

testes.

Mais do que isso, Kuniholm é especialista na arqueologia da

região, e nota que “nós sabemos o que estava acontecendo na

Turquia arqueologicamente naquela época, e não há nenhuma

grande interrupção na cultura”. Isto é, a arqueologia séria,

verificada por múltiplas instituições independentes possui

diversos materiais datando de 4.800 anos atrás, e nenhum

deles indica nada como um grande dilúvio bíblico.

“Não há mesmo água o

bastante no mundo para

levar uma arca tão alto

assim”, Kuniholm ainda

lembra. Nem que todas

as geleiras derretessem

o nível do mar poderia

subir 4.000 metros.

Crédulos

fundamentalistas poderiam pensar na arca surfando em

ondas gigantes, ponto em que o estado questionável de tais

idéias deveria se tornar mais do que evidente.

Page 120: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

120

É possível que a expedição tenha encontrado resquícios de um

abrigo humano na montanha, que pode ou não –

provavelmente não – datar de quase 5.000 anos atrás.

Também seja possível que a história, incluindo as imagens,

seja uma enorme fraude. Apenas verificação independente dos

achados poderá esclarecer os fatos, refutando-os ou

confirmando-os, e neste aspecto a abundância de amostras

bem como o anúncio de que o local já se tornou conhecido das

autoridades indica que logo saberemos ao certo.

Ninguém deveria ter grandes esperanças, no entanto, a menos

que a idéia de uma arca impossível surfando em ondas de

quilômetros de altura sem afetar as culturas humanas na

região pareça muito plausível. [via Alan Boyle, WND]

Atualização 02/05/2010: O teólogo Randall Price, ele mesmo

um defensor da existência da Arca de Noé, seria um dos

arqueólogos participantes da expedição chinesa em 2008, e em

mensagem eletrônica revela que:

“Tudo relatado é uma fraude. As fotos foram tomadas em outro

lugar, no Mar Negro, [apenas] o filme que os chineses agora

têm foi realizado no local no Monte Ararat. No final do verão

de 2008 dez trabalhadores curdos contratados por Parasut, o

guia usados pelos chineses, teria plantados no sítio do Monte

Ararat as grandes vigas de madeiras retiradas de uma

estrutura antiga na área do Mar Negro (onde as fotos foram

originalmente capturadas). No verão de 2008 um alpinista

chinês levado pelos homens de Parasut viram a madeira, mas

não puderam entrar por causa das condições meteorológicas

extremas. Durante o verão de 2009 mais madeira foi plantada

no interior da caverna no local. A equipe chinesa foi no final do

Page 121: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

121

verão de 2009 (eu estava lá no momento e sabia sobre a

fraude) e lhes foi mostra a caverna com a madeira e eles

fizeram seu filme. Como disse, tenho as fotos do interior da tal

Arca (que mostram teias de aranha nos cantos das vigas – algo

simplesmente impossível nessas condições) e nosso sócio

curdo em Dogubabyazit (a vila ao pé do Monte Ararat) sabe de

todos os fatos sobre o local, os homens que plantaram a

madeira e mesmo o caminhão que a transportou”.

Oficialmente, no entanto, Price diz na seção de notícias da

“World of the Bible Ministries” que “não se retrata de nenhuma

de suas declarações” feitas em email privado, mas que elas

teriam vindo apenas de sua fonte que deseja preservar.

Relembrando, Price é ele mesmo um teólogo que defende a

existência da Arca, e provavelmente não quer acusar as

pessoas envolvidas na fraude que podem deixar de colaborar

com suas iniciativas.

Ainda assim, resta o relato de um teólogo, vindo de uma fonte

local, de que seria tudo uma grande fraude, incluindo o detalhe

das teias de aranha impossíveis. Sem surpresas, mais uma

fraude cristã para sua enorme lista.

Fonte

http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/3507/encontra

da-a-arca-de-no-diz-igreja-da-arca-de-no

http://scienceblogs.com/pharyngula/2010/04/28/latest-ark-

finding-is-a-fake/

Page 122: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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Page 124: Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33 - O Plágio descarado do mito do dilúvio

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480 páginas

304 páginas

De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos ofrece una visión crítica de la doctrina de la Iglesia católica y de sus trasfondos históricos. Desde la misma existencia de Jesús, hasta la polémica transmisión

de los Evangelios, la instauración y significación de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa. Todos estos asuntos son estudiados, puestos en duda y expuestas las conclusiones en una obra de rigor que, traducida a numerosos idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y razones de una de las instituciones más poderosas del mundo: la Iglesia católica.

“Se bem que o cristianismo

esteja hoje à beira da

bancarrota espiritual, segue

impregnando ainda

decisivamente nossa moral

sexual, e as limitações

formais de nossa vida erótica

continuam sendo basicamente as mesmas que

nos séculos XV ou V, na época

de Lutero ou de Santo

Agostinho. E isso nos afeta a

todos no mundo ocidental,

inclusive aos não cristãos ou

aos anticristãos. Pois o que

alguns pastores nômadas de

cabras pensaram há dois mil

e quinhentos anos, continua determinando os códigos

oficiais desde a Europa até a

América; subsiste uma

conexão tangível entre as

ideas sobre a sexualidade dos

profetas

veterotestamentarios ou de

Paulo e os processos penais

por conduta desonesta em Roma, Paris ou Nova York.”

Karlheinz Deschner.

"En temas candentes como los del control demográfico, el uso de anticonceptivos, la ordenación sacerdotal de las mujeres y el celibato de los sacerdotes, la iglesia sigue anclada en el pasado y bloqueada en su

rigidez dogmática. ¿Por qué esa obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de millones de personas? El Anticatecismo ayuda eficazmente a hallar respuesta a esa pregunta. Confluyen en esta obra dos personalidades de vocación ilustradora y del máximo relieve en lo que, desde Voltaire, casi constituye un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo dogmatismo obsesivamente <salvífico>.

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1 – (365 pg) Los

orígenes, desde el paleocristianismo hasta

el final de la era

constantiniana

2 - (294 pg) La época

patrística y la consolidación del primado de Roma

3 - (297 pg) De la

querella de Oriente hasta el final del periodo

justiniano

4 - (263 pg) La Iglesia

antigua: Falsificaciones y engaños

5 - (250 pg) La Iglesia

antigua: Lucha contra los paganos y ocupaciones

del poder

6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de los

merovingios

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7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge de la dinastía carolingia

8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso

hasta las primeras luchas contra los sarracenos

9 - (282 pg) Siglo X: Desde las invasiones normandas hasta la muerte de Otón III

Sua obra mais ambiciosa, a “Historia Criminal do Cristianismo”, projetada em

princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Trata-se da mais rigorosa e implacável

exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos

séculos, para a conquista e conservação do poder. Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de

difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras

de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).

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414 páginas

639 páginas

LA BIBLIA DESENTERRADA Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director del instituto de arqueología de la Universidad de Tel Aviv y co-responsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe igualmente importantes contribuciones a los recientes datos arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina (excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de Cisjordania. Es un libro que es necesario conocer.

EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.

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513 páginas

326 páginas 480 páginas

En esta obra se describe

a algunos de los hombres que ocuparon el cargo de papa. Entre los papas hubo un gran número de hombres casados, algunos de los cuales renunciaron a sus esposas e hijos a cambio del cargo papal. Muchos eran hijos de sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno era viudo, otro un ex esclavo, varios eran asesinos, otros incrédulos, algunos eran ermitaños, algunos herejes, sadistas y sodomitas; muchos se convirtieron en papas comprando el papado (simonía), y continuaron durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse con el dinero, al menos uno era adorador de Satanás, algunos fueron padres de hijos ilegítimos, algunos eran fornicarios y adúlteros en gran escala...

Santos e pecadores:

história dos papas é um livro que em nenhum momento soa pretensioso. O subtítulo é explicado pelo autor no prefácio, que afirma não ter tido a intenção de soar absoluto. Não é a história dos papas, mas sim, uma de suas histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para a televisão, mas em nenhum momento soa incompleto ou deixa lacunas.

Jesús de Nazaret, su

posible descendencia y el papel de sus discípulos están de plena actualidad. Llega así la publicación de El puzzle de Jesús, que aporta un punto de vista diferente y polémico sobre su figura. Earl Doherty, el autor, es un estudioso que se ha dedicado durante décadas a investigar los testimonios acerca de la vida de Jesús, profundizando hasta las últimas consecuencias... que a mucha gente le gustaría no tener que leer. Kevin Quinter es un escritor de ficción histórica al que proponen escribir un bestseller sobre la vida de Jesús de Nazaret.

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576 páginas

380 páginas

38 páginas

First published in 1976,

Paul Johnson's exceptional study of Christianity has been loved and widely hailed for its intensive research, writing, and magnitude. In a highly readable companion to books on faith and history, the scholar and author Johnson has illuminated the Christian world and its fascinating history in a way that no other has.

La Biblia con fuentes

reveladas (2003) es un libro del erudito bíblico Richard Elliott Friedman que se ocupa del proceso por el cual los cinco libros de la Torá (Pentateuco) llegaron a ser escritos. Friedman sigue las cuatro fuentes del modelo de la hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente del modelo S de Julius Wellhausen en varios aspectos.

An Atheist Classic! This

masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counter-dictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert.

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391 páginas

PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA

En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados.

Robert Ambelain, aunque defensor de

la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo judío).

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Referências e Fontes:

http://ateismoparacristianos.blogspot.com/

http://www.ateoyagnostico.com/

Bíblia Sagrada

http://pt.wikipedia.org