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COLÉGIO ESTADUAL CAPITÃO DOMINGOS VIEIRA LOPES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA
RIO D'AREIA/PRUDENTÓPOLIS/PR
2012
1
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................4II. INTRODUÇÃO......................................................................................................................62.1 DESCRIÇÃO DO ESTABELECIMENTO.........................................................................72.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.................................................................8III. OBJETIVOS.........................................................................................................................9IV. MARCO SITUACIONAL.................................................................................................124.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................134.2 FINS EDUCATIVOS .......................................................................................................18V. MARCO CONCEITUAL.....................................................................................................215.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE......................................................................................215.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO......................................................................................225.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................................................245.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO.................................................................265.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA INDÍGENA, AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA.......275.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM..............................................................................................275.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.......................................................285.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA..............................................................................................295.9 CONCEPÇÃO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM....................................................305.10 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO..........................................315.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO....................................................................................345.12 CONCEPÇÃO DE METODOLOGIA..............................................................................355.13 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...................................................................................365.14 QUANTO À MATRÍCULA............................................................................................395.15 CALENDÁRIO ESCOLAR ...........................................................................................415.16 DISTRIBUIÇÃO DE AULAS POR TURMA..................................................................415.17 HORA ESTUDO / ATIVIDADE / PLANEJAMENTO...................................................425.18 CARGA HORÁRIA DE CADA DISCIPLINA................................................................42VI. MARCO OPERACIONAL.................................................................................................436.1 RECURSOS HUMANOS..................................................................................................436.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS......................................................................................486.3 RECURSOS MATERIAIS.................................................................................................506.4 RECURSOS DIDÁTICOS.................................................................................................516.5 PLANO DE AÇÃO ADMINISTRATIVO........................................................................516.6 PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICO..................................................................................526.7 CONSELHO DE CLASSE.................................................................................................556.8 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA E CORPO DOCENTE ..................................................................................566.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO.....................................................................................586.10 PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICO DE CURSO........................59VII. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................62PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES...............................................................65PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE..........................................................65PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA.................................................75
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS..................................................87PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA...............................105PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO..............................112PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA...........................................124PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA......................................................140PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA...........................................159PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA................................................175 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. ESPANHOL................................181PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. INGLÊS........................................190PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA........................203PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA.......................................230PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA.................................................243PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA..........................................255
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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
I. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico constitui-se na construção coletiva da
identidade da escola pública de qualidade que pressupõe um projeto de sociedade,
de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na democracia e na justiça
social. É a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em
suas especificidades, níveis e modalidades, no nosso caso o Ensino Fundamental
do 6º ao 9º ano e o Ensino Médio, propondo a reflexão e discussão crítica sobre os
problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de
intervenção na realidade.este sentido, articula a participação de todos os sujeitos do
processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos e outros parceiros da
comunidade, para construir-se uma visão global da realidade e dos compromissos
coletivos; alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção
contínua; fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita
suas relações com as transformações mais amplas, econômica, social, política,
educacional e cultural.
O planejamento das atividades escolares é uma necessidade ordenada e, por
esta razão, o objetivo deste Projeto Político-Pedagógico é propor um
encaminhamento para as ações pedagógicas apresentando a organização e
transformando ideias em ações do Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira
Lopes - Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio, referente aos seus
princípios e metas para o desenvolvimento da aprendizagem, da melhoria da
qualidade de ensino, da pesquisa como processo de construção do conhecimento,
do respeito às diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da
contextualização dos procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como
sujeito do processo de ensino e aprendizagem.
Considerando a importância desses objetivos, nosso Projeto
Político-Pedagógico visa atender as dimensões política e pedagógica de educação
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resumidos em uma concepção de mundo, sociedade, educação, professor e aluno
que desejamos e que estão descritos na operacionalização de nossas ações. Com
isso, alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção
contínua: nunca é pronto e acabado.
O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental do
6º ao 9º ano e Ensino Médio possui um perfil diante da comunidade, que é de
manter um ambiente de companheirismo, respeito, transparência, participação e
democracia. A gestão norteia as ações de forma integrada, com divisão de funções
e atribuições claras, por meio de reuniões onde são debatidos assuntos de ordem
pedagógica, física, humana e financeira. Numa gestão participativa, a escola conta
com o apoio de seus órgãos internos como o Conselho Escolar (instância maior da
Instituição) que, além da participação de pais, professores, funcionários e alunos,
conta com a participação de segmentos da comunidade externa e uma comissão
disciplinar (composto por todos os segmentos do colégio) para apoio na organização
e regras da escola.
Dessa forma, este documento articula todo o processo de funcionamento do
Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental do 6º ao 9º
ano e Ensino Médio anunciando o que foi pensado coletivamente e que pode passar
da ideia à ação.
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II. INTRODUÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico é construído e propõe novos caminhos, para
uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as
suas relações com o currículo, conhecimento e com a função social da escola,
obriga a um pensar e uma reflexão contínua de todos os envolvidos neste processo.
Que escola queremos construir, que conhecimentos serão necessários aos
nossos alunos, para de fato exercer a sua cidadania, nesta sociedade tão cheia de
conflitos. Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar, nas relações
pessoais, no confronto de ideias, e também do surgimento de novas concepções,
das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos da comunidade escolar.
Tais situações serão apresentadas no decorrer deste documento, nas linhas e
nas entrelinhas de cada parágrafo, resgatando o aspecto histórico de como cada
momento foi sendo produzido e construído. Pois este documento é o resultado de
um esforço conjunto dos profissionais da educação desta unidade escolar com o
objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no âmbito desta
escola.
Há consciência, por parte dos que o produziram, de que representa apenas
um broto de Projeto Político Pedagógico e se encontra aberto a todo e qualquer tipo
de sugestão e encaminhamentos. Sabemos que nenhum Projeto Político
Pedagógico pode ser dado como pronto e acabado sob a pena de se cristalizar e
deixar de acompanhar os movimentos da história.
Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na prática
pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem
para uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de
qualidade.
Esse processo requer o resgate da escola como espaço público para
debates, diálogos e reflexão coletiva, trabalhos pedagógicos, e, para isso adotamos
os pressupostos norteadores da concepção histórico-crítica, como princípios de
fundamentação, que propõem uma educação comprometida com a cidadania,
6
baseados no texto constitucional, princípios segundo os quais orientam a educação
escolar.
Essas diretrizes estão sob o enfoque de que o processo educativo nasce da
necessidade de se construir uma referência nacional para o Ensino Fundamental
que possa ser discutida e traduzida em propostas regionais nos diferentes estados e
municípios brasileiros, em Projetos Educativos nas escolas e nas salas de aula, e,
para tanto, faz-se necessário redefinir claramente o papel da escola na sociedade
brasileira e que objetivos devem ser perseguidos durante todo o Ensino
Fundamental. Esta proposta pedagógica está fundamentada na nova LDB, nas
Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais, no Referencial
Curricular, Pareceres e nas Deliberações.
Para a elaboração do mesmo buscou-se conhecer o pensamento e anseio da
comunidade escolar a respeito da própria escola, do ser humano, do mundo, da
educação, a missão do educador e o papel do próprio aluno abrindo caminho para
um compromisso coletivo.
2.1 DESCRIÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado para o Colégio Estadual
Capitão Domingos Vieira Lopes – Ensino Fundamental – do 6º ao 9º ano e 1ª série
do Ensino Medio, tendo como Ato de Autorização a Resolução nº 4.309/87 de
13.11.87 e Ato de Reconhecimento a Resolução nº 1.034/92 de 27.04.92 e Parecer
do NRE de aprovação do Regimento Escolar nº 2000/91 de 11.06.91, situado no Rio
D’ Areia, BR 277, Km 300, do município de Prudentópolis-Paraná. CEP: 84.400-000
e telefone: (42) 3414-1152.
O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes – Ensino Fundamental do
6º ao 9º ano séries e Ensino Médio situa-se aproximadamente a 55 km de distância
do Núcleo Regional de Educação de Irati. Este estabelecimento possui 338 metros
quadrados, tendo neste espaço sete salas de aula, uma sala de laboratório de
informática e biblioteca, uma secretaria e sala da direção, uma sala dos professores,
uma cozinha, um depósito de merenda escolar, um banheiro para uso dos
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funcionários, um banheiro coletivo feminino com 4 sanitários e dois lavatórios, um
banheiro coletivo masculino com 3 sanitários e dois lavatórios. Possui ainda uma
quadra de esporte poliesportiva coberta, uma quadra de areia aberta, um pátio, uma
horta, uma lavanderia, um depósito de lixo e um estacionamento para o transporte
escolar.
2.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Este documento está fundamentado na nova LDB n.º 9394/96, nas Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estadual, no Referencial Curricular, nas Deliberações
n.º 005/98, 014/99, 007/98, 016/99e 033/87, e no parecer 04/98, que apresenta
todos os indicadores para a elaboração deste documento. Esse estabelecimento
oferece o curso do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio.
O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental -
6º ao 9º ano e Ensino Médio, executa suas atividades pedagógicas durante o
período matutino, vespertino e noturno, com aulas regulares do ensino fundamental
do 5º ao 9º ano, no período matutino, sendo que o sistema organizacional deste
obedece à distribuição dos alunos em seis turmas: duas turmas do 6º ano, uma
turma do 7º ano, duas turmas do 8º ano e um turma do 9º ano, cuja carga horária é
distribuída por disciplinas; no período vespertino com CELEM-Espanhol, sendo uma
turma P1 CELEM-Espanhol, uma turma P2 CELEM-Espanhol e no período noturno,
uma turma do 1º ano do Ensino Médio, uma turma P1 CELEM-Espanhol e uma
turma P2 CELEM-Espanhol.
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III. OBJETIVOS
O estabelecimento de Ensino em conjunto com a comunidade escolar
proporcionará os objetivos gerais e específicos:
I. Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito;
II. Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
III. Organizar as competências em partes e traduzem o perfil da cidadania através do
pleno domínio de leitura e escrita, a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, de valores fundamentais, conhecimento das habilidades, a
formação de atitudes, dos vínculos da família e dos alunos, poderão e terão
oportunidades de adquirir sua plena cidadania, buscando o conhecimento a partir
dos quatro pilares da aprendizagem. Sendo ainda que as competências serão
organizadas por série.
IV. Garantir que a organização curricular esteja fundamentada e completada
considerando os aspectos legais e sociais da LDB 9394/96, do Estatuto da Criança e
do Adolescente (Lei 8069/90), Del. 002/2003 – Educação Especial, Del. 007/99 –
Avaliação, Del. 009/2001 – matrícula de ingresso, transferência, classificação,
reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos, Del. nº 014/99 –
CEE/PR indicadores da PPP, Del. 016/99 – Regimento Escolar, em cada sistema
de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada exigida pela
característica regional e local, da cultura e da clientela.
V. Seguir a Instrução 008/2011 SUED/SEED referente ao Ensino Fundamental
de 9 anos;
VI. Seguir a Instrução 009/2011 SUED/SEED referente aos Conteúdos
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Obrigatórios;
VII. Contemplar a Lei 10.639/03 que faz considerações sobre a obrigatoriedade
da História Afro-Brasileira, Educação das Relações étnico-raciais, Ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
VIII. Cumprir a Lei 13381/01 que instrui sobre a História do Paraná e a Lei
11645/08 sobre História e Cultura dos Povos Indígenas do Brasil;
IX. fazer cumprir o Parecer nº 01/09 CP/CEE que faz alusão ao nome social e as
Lei Estaduais 11.733 e 11.734 sobre a Educação Sexual;
X. Promover a difusão de direitos e valores fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres do cidadão, de respeito ao bem comum e à ordem democrática,
considerando as condições de escolaridade dos alunos do estabelecimento.
XI. Possibilitar que os pressupostos teóricos sejam adaptados de acordo com a
realidade das comunidades da zona rural, respeitando os valores fundamentais ao
interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, e a promoção, as adaptações
necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida do campo e de cada região
escolar empregando a metodologia, as reais necessidades e interesses dos alunos
do campo.
XII. Proporcionar um espaço adequado para favorecer a aprendizagem individual
e/ou coletiva, apresentando carteiras móveis, salas amplas e adequadas para as
atividades escolares, bem como possuem materiais didáticos pedagógicos.
XIII. Organizar as disciplinas a serem ministradas, distribuindo-as proporcionalmente
de acordo com suas respectivas grades curriculares em cico aulas de cinquenta
minutos cada resultando assim uma carga horária de 800 horas distribuídas em 200
dias letivos de efetivo trabalho escolar.
XIV. Promover a interdisciplinaridade para que os conteúdos sejam contextualizados
e proporcionem o saber como um todo e não como conhecimentos fragmentados.
XV. Estimular no processo de ensino-aprendizagem a aprendizagem de
metodologias capazes de priorizar a construção do conhecimento, a construção de
argumentação capaz de controlar os resultados deste processo, desenvolvimento
crítico capaz de favorecer a criatividade com a compreensão, o desenvolvimento das
potencialidades do trabalho individual e também o trabalho coletivo, assim
10
implicando o estímulo à autonomia do indivíduo sendo capaz de atuar em níveis de
informação mais complexas e diferenciadas.
XVI. A escola atenderá os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e alunos
do Ensino Médio, sendo que o candidato para ingressar no 6º ano deverá ter
comprovadamente concluído a 4ª série ou 5º ano, e, para ingressar nas séries
subsequentes será exigida a comprovação de escolaridade adequada.
XVII. Fornecer transferências através de pedido verbal e apresentação escrita de
declaração de vaga existente em outro estabelecimento.
XVIII. Classificar e reclassificar o aluno mediante avaliações escritas e orais dos
conteúdos pertinentes à turma/série em que se realizou a matrícula.
XIX. Avaliar os conteúdos das disciplinas através de provas orais e escritas,
exercícios específicos, trabalhos, participação nas aulas e atividades contínuas
diárias.
XX. Promover a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais e buscar
atendê-los de acordo com estas necessidades.
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IV. MARCO SITUACIONAL
O mundo passa hoje por grandes mudanças, devido grande parte a
globalização e a tecnologia que neste momento está atingindo em cheio o ambiente
escolar. Diante de tanta evolução do homem, o mercado de trabalho está cada vez
mais restrito e seletivo, pois se procura pessoas com visão mundial. A escola como
parte integrante desta congregação global, não pode ser desligada deste todo.
Fazendo-se necessário levar o aluno ao conhecimento integral, completo e
utilizando para isso todos os meios possíveis.
O Brasil deve e pode ser apresentado na sua totalidade, com possível
conhecimento de tudo o que acontece no país hoje, através de jornais, revistas,
televisão, rádio, Internet, etc. Então, é necessário que o professor leve ao aluno
todas as informações possíveis para que o mesmo tenha uma visão mais ampla do
País onde vive.
Com relação ao Estado onde vivemos, o Paraná, ele também deve fazer parte
do conhecimento de nossos alunos, é preciso conhecer, para respeitar e aprender a
importância do nosso Estado.
O nosso Município, Prudentópolis, embora seja uma parte muito pequena do
globo, deve ser tratado com especial carinho, pois é aqui onde nossos alunos
encontram a primeira sociedade política e jurídica formada, e partindo do
conhecimento de seu Município que o aluno conhecerá o Mundo.
Para que, além do reconhecimento de pertencimento do mundo e espaço
ocupado por toda comunidade escolar deste estabelecimento, ainda inclui-se o
compromisso de executar os hinos nacional e do Paraná na rotina semanal da
escola, como forma de respeito e admiração do nosso espaço político e geográfico.
A escola, portanto, é a primeira sociedade coletiva e organizada, que
teoricamente o aluno conhece, é aqui que tudo começa, é aqui que a globalização,
os avanços nas ciências e tecnologias tomam forma. O Mundo está globalizado,
todos têm acesso a informações, o que torna a escola o pilar de sustentação de
todo o mundo civilizado e globalizado.
O Futuro de toda a espécie humana passa pelas mãos de milhões de
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professores e é através deles que o mundo dinamicamente se forma e se
transforma.
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
4.1.1 O Mundo
A escola como parte integrante do mundo vem conduzindo então o nosso
aluno ao conhecimento global, onde tem mostrado, através da rotina escolar, o
futuro globalizado, informatizado e informado, utilizando para isso todos os meios
possíveis e necessários para preparar o educando para se viver neste novo
universo.
Queremos um mundo em que as relações de conflito entre capital e trabalho,
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, entre raças, entre credos, entre sistemas
políticos de esquerda ou direita seja substituído pela cooperação econômica,
tecnológica ou científica, religiosa e política. Onde as minorias sejam respeitadas e a
cultura de todos valorizada e onde a paz não seja ancorada nas armas, mas nos
direitos universais.
Preparar o aluno para ser o cidadão do mundo é hoje o ponto crucial da
educação. Mas se faz necessário despertar exercício completo de sua cidadania,
pois o mesmo é o pilar central de todas as mudanças futuras e na formação de
pessoas conscientes do seu papel individual diretamente ligado ao global.
4.1.2 Brasil
Em questão cronológica, o Brasil é um jovem país. E como os seres
humanos, a juventude enfrenta problemas e procura se estruturar para enfrentar
esses desafios de nosso país.
É necessário dar ao aluno não só a visão acadêmica de nosso país, mas
também, deve-se acima de tudo prepará-lo para desenvolver o seu estado de
cidadania plena.
O brasileiro não deve apenas conhecer os fatos históricos, mas sim
interpretar as reais consequências que tais fatos trouxeram para o benefício da
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nação e necessariamente desenvolver o espírito de amor à Pátria, pois é através
das novas gerações que poderemos construir o Brasil do Futuro.
4.1.3 Paraná
Não é o maior Estado da Federação, mas com certeza um dos mais
importantes em termos de arrecadação fiscal. E sendo ele um dos maiores
produtores agrícolas, hoje se apresenta em processo de industrialização pelo seu
grande potencial aqui existente.
É de suma importância que o aluno receba conhecimento de todos os fatos,
não só econômicos, mas os sociais e políticos. O aluno precisa conhecer para
respeitar e aprender a importância do Estado.
4.1.4 Prudentópolis
Município localizado na região Centro–Sul do Paraná, a 840 m de altitude,
tem como atividade básica na agricultura, maior produtor de feijão preto do país,
também grandes produtores de soja, milho, fumo, arroz e cebola, merecendo ainda
destaques na economia do Município a extração de erva-mate e mel.
Pela situação geográfica o relevo acidentado conta com um potencial turístico
magnífico, a natureza premia a terra com rios e cachoeiras que se destacam pela
beleza e volume de águas. A beleza natural é apenas mais um dos pontos a ser
abordado na educação ambiental.
O município de Prudentópolis originou-se do sonho de Firmo Mendes de
Queiroz, descendente de bandeirantes paulistas, que por volta de 1880
aproximadamente à 6 km do Rio do Patos, construiu sua moradia com o objetivo de
cultivas as terras à beira da estrada de rodagem que se tencionava construir e da
linha telegráfica que encontrava-se apenas em planos traçados.
Em 1.884, por influência do Pároco Padre Stumbo (Paróquia de Guarapuava),
os munícipes deste vilarejo edificaram uma capela que foi consagrada a São João
Batista. Este município então que era denominado Vila São João passa a se
denominar São João de Capanema , e só em 1895 é que passa a ser chamada de
Prudentópolis, nome tal, que foi escolhido em homenagem ao então Presidente da
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República Dr. Prudente de Moraes.
Em 12 de agosto de 1906 Prudentópolis foi instituído como município do
Estado do Paraná com a área de 2.402,18 quilômetros quadrados, sendo que hoje
se caracteriza como a quinta maior extensão territorial, dentre os municípios
paranaenses e como um dos maiores municípios agrícolas. Estes dados nos
possibilitam compreender a predominância histórica da prática das relações
econômicas, políticas e culturais ligadas ao meio rural.
A formação acadêmica, nível superior, da população prudentopolitana tem
sido sólida e progressiva, que em virtude de não possuir uma instituição de nível
superior própria, os munícipes recorrem a Universidade Estadual do Centro-Oeste-
UNICENTRO (Campus de Guarapuava, Irati e Prudentópolis), à Universidade
Estadual de Ponta Grossa - UEPG, e, em menor escala à Universidade Federal do
Paraná - UFPR (Curitiba) e Pontifícia Universidade Católica - PUC-PR (Curitiba)
para de acordo com a LDB poderem efetivamente atuar no âmbito educacional.
4.1.5 Sociedade
Partindo dos pressupostos epistemológicos que permeiam os princípios
norteadores de uma sociedade democrática compreendemos que deveríamos viver
sob uma organização justa e igualitária. Todavia observa-se que vivemos em uma
sociedade organizada sob as premissas da exclusão e da desigualdade, tendo em
vista que a mesma não proporciona condições sócio econômicas e culturais em
igualdade para todos, embora a Lei Maior o preveja.
As proporções de desigualdade não se atêm apenas nas diferenças da renda
econômica, destaca-se também nas organizações sócio educativas, observando
que, durante o período preparatório escolar a maioria dos indivíduos é excluída, não
tão somente pela falta de educação sistematizada, mas também pelo analfabetismo
escolarizado, pelo despreparo, pela ausência de subsídios consistentes que
deveriam propiciar o aprender a aprender, o aprender no aprendido para
pudéssemos estabelecer condições igualitárias na defesa da convivência justa, na
aquisição do trabalho, da remuneração digna.
A construção de uma sociedade plural, onde cada ser humano tenha
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condições de se desenvolver e construir a sua personalidade, onde o grande desafio
seja a busca de mecanismos que assegurem a todos o acesso a cultura, ao lazer,
ao emprego, etc. Desta forma buscamos conscientizar nossos alunos sobre as
contradições e os falsos valores que permeiam o nosso universo social e o papel da
Escola frente a esses obstáculos.
4.1.6 A Escola
Considerando essa visão de sociedade excludente compreendemos que o
papel da escola está além do preparo para o trabalho, pois vemos que a
globalização vem proporcionando uma sociedade que não prevê “emprego”,
“trabalho” para todos, e, portanto, a escola necessita promover subsídios e quesitos
que possibilitem ao cidadão em crescimento saberes que inter-relacionem o
conhecimento científico aos conhecimentos de senso comum de maneira que
auxiliem-no na solução dos problemas vivenciados por ele.
É imprescindível que a escola deixe seus dogmas e paradigmas arraigados
ao “ratio studiurum” (planejamento jesuítico), para que supere a exclusão do
conhecimento, do econômico, do social e principalmente do ato educativo.
A escola para exercer efetivamente sua função de veículo educativo histórico
crítica e de formação humana necessita, através de seus sujeitos, estabelecer metas
e objetivos que supram as reais necessidades de convivência e sobrevivência nesta
organização social complexa. A escola deve constituir-se em uma ajuda intencional,
sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante
um período contínuo e extensivo de tempo, sendo diferente dos outros processos
educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na
mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores
para o convívio social.
Acreditando que a escola deva ser mais real e significativa e que mantenha
parceria real e viável com a comunidade escolar e social, para que o processo
educativo seja mais completo na formação humana dos alunos, propomo-nos
através desta proposta, conduzir este estabelecimento através dos princípios
norteadores da gestão compartilhada e aberta através de reuniões com os pais para
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que se discutam, analisem e definam as metas a serem atingidas.
Essas premissas se referem ao a prióri da função da APMF que é a de
integrar família e escola, para que adquiram experiências no mundo atual e obter
constante aproximação dos pais na escola sendo através das reuniões escolares,
eventos promovidos mediante atividades culturais, cívicas e sociais. Essas
atividades extracurriculares não só beneficiam no processo de
ensino-aprendizagem, como também as relações como as quais favorecem a
construção da autonomia do respeito e da solidariedade. Salientamos ainda que é
através destes encontros que são solucionados os problemas disciplinares
existentes no estabelecimento e são auxiliares no campo social através de palestras,
aconselhamentos e prevenções com o apoio do Núcleo de Educação de Irati,
Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar e outros.
Uma instituição que reflete os problemas e anseios do mundo, da sociedade e
dos próprios homens, poderá atender as condições de prepará-los para
compreenderem e transformarem a realidade na qual estão inseridos.
4.1.7 Diagnóstico do Perfil da Comunidade
A comunidade de Rio D’Areia é constituída por cidadãos oriundos das
localidades de Rio do Meio, Rio Bonito, Xaxim, Pedra Branca, Cachoeira Branca,
Despraiado, Bracatinga, Baixada e Relógio. Uma das maiores dificuldades
enfrentadas, tendo em vista que a maioria dos alunos são filhos de agricultores,
sendo que grande parte dos pais não tem renda fixa, trabalham por dia nas lavouras,
nas estufas de fumo e na poda da erva-mate que acontece duas vezes por ano, é a
constante mudança de moradia e, portanto, o constante pedido de transferências e
de retorno à escola.
O problema financeiro é imenso, uma vez que os pais possuem sua formação
escolar incompleta, considerando-os semianalfabetos, com dificuldades
diversificadas em acompanhar o desenvolvimento rápido da sociedade que vem ao
encontro da escola para que seus filhos tenham a oportunidade e a garantia da
conclusão do Ensino Fundamental de nove anos, preparando-se para poder exercer
em sua plena cidadania com oportunidade de trabalhos diversificados podendo
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melhorar seu futuro.
Quanto aos questionamentos reais do nosso aluno, acrescentamos que
conhecemos a nossa clientela superficialmente e mesmo assim podemos acrescer
que eles não condizem com características apontadas em livros, até mesmo porque
trabalhamos com seres peculiares devido às suas formações ambientais e
biológicas, e, portanto estamos direcionando nossos trabalhos pedagógicos sob
princípios de respeito a pluralidade e diversidade cultural de nossa comunidade
escolar.
4.1.8 Perfil do Corpo Docente
Quanto aos professores envolvidos nesse processo observamos que os
mesmos possuam graduação em suas respectivas disciplinas ou estão cursando-as.
Além de todos estarem em constante aperfeiçoamento através dos cursos de
capacitação.
4.2 FINS EDUCATIVOS
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurando-lhe a educação comunitária indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos
posteriores.
O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes terá como missão refletir
sobre o papel e sobre a função da educação escolar como processo educativo do
ser humano bem como proporcionar a transformação intelectual, social e cognitiva
do indivíduo.
Este ato compreende toda a tomada de decisão conjunta no planejamento,
execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar e terá como
órgão máximo o Núcleo de Educação de Irati.
O Colégio desenvolverá suas atividades com vistas a internalização do
conhecimento pelo aluno, por uma parte diversificada pela característica regional da
18
cultura e da clientela abrangendo os conteúdos curriculares da educação na difusão
de valores fundamentais adaptando-se às necessidades, à adequação as
peculiaridades reais da vida rural do aluno e também mostrando outras realidades
tendo em vista a dialética inerente ao ser humano.
4.2.1 Parcerias e Projetos
O Colégio como uma entidade que busca trabalhar e repassar conhecimentos
com o intuito de formar cidadãos pensantes e conscientes precisa estar a par dos
avanços da educação e estar adaptada aos novos tempos e, para que o trabalho
seja realmente eficaz devemos contar com instrumentos que realmente avaliem de
forma global seu conhecimento, e se este está sendo assimilado pelo aluno.
Isto é o que está sendo repassado ao Corpo Docente, procurando incentivar o
professor no sentido de utilizar todos os instrumentos diagnósticos possíveis e
disponíveis e de forma frequente para que a avaliação seja global, concreta,
comutativa, processual, que para através dos resultados aferidos seja o trabalho
melhor direcionado.
O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes tem na educação um
valor primordial, a preocupação em qualificar o ensino e a aprendizagem dos
professores, alunos e demais elementos da comunidade escolar. Sob a ótica de
integrar a Escola ao Mundo que a rodeia a escola está sendo beneficiada com
projetos promovidos pelo NRE, SEED e pelo MEC, tais como: Atividades
Curriculares Complementares de Contraturno, CELEM e ainda projetos internos
como o de Leitura, Jogos Escolares, horta, entre outros que a comunidade julgar
adequado e o Projeto Pais na Escola com parceria da Patrulha Escolar, sendo que
temos ainda os desafios contemporâneos que considera ações sobre a Sexualidade,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e
Indígena, As Relações Étnico-Raciais – ERER, Educação do Campo, Enfrentamento
à Violência na Escola e Educação Ambiental. Ainda contamos com um trabalho em
parceria com o Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e da Patrulha
Escolar buscando minimizar os possíveis e eventuais problemas existentes na
escola.
19
Além disso, a escola incentiva outros projetos. São realizados projetos
elaborados pela escola como: homenagem às Mães, Semana da Cultura Indígena,
Festa Junina, Dia do Estudante, Semana Cultural, Semana do Folclore, Semana da
Pátria, Semana da Consciência Negra, Jogos Escolares e Feira das Ciências –
integrando as escolas estaduais do município.
4.2.2 A Família
Fica claro no art. 205 da Constituição Federal Brasileira o dever dos pais na
educação dos filhos, “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.”
Nesse sentido, a família é o pilar fundamental da nossa sociedade e ela como toda a
humanidade está sofrendo mudanças profundas no decorrer de novos rumos
sociais. O ritmo imposto pela sociedade atual apresenta mudanças, nem sempre
boas para os nossos alunos, mas deve-se ele enquadrar-se neste currículo para não
ser então excluído por ela.
O colégio hoje, enfrenta problemas com crianças oriundas de famílias
desestruturadas, onde falta toda uma base para se dar continuidade ao
desenvolvimento pleno e necessário a criança, pois o sonho de uma sociedade justa
e humana nasce no berço familiar. É importante ressaltar que a escola é a segunda
família de nossas crianças e como tal, deve sempre trabalhar em harmonia com os
pais para se alcançar os objetivos comuns e procurar ultrapassar as falhas
existentes no âmbito familiar.
20
V. MARCO CONCEITUAL
5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Quando se questiona a função social da escola e a natureza do trabalho
educativo, enquanto docente, parecemos sem iniciativa, “arredados ou deslocados
pela força arrolatadora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que
tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (GOMES, 1998). E para
que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade
estamos inseridos.
Segundo SEVERINO (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma
série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências
individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas de
atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais,
instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito
específico do homem realizar sua humildade.
A sociedade é medidora do saber e da educação presente no trabalho
concreto do homem, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a
partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Para Demerval SAVIANI (1998), o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade; de leis que se constituem historicamente.
Atílio BORON (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado
estes quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade
heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo –
classe, etnia, gênero, religião, etc. – que foram exacerbadas com a aplicação das
políticas neoliberais. Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas
velocidades”, como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor
social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode
ser “reconvertido” em termos laborais, nem se inserir no mercado de trabalho formal
21
das capitais desenvolvidas.
Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas
conservadoras foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e
científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
OLIVEIRA (1996) diz que “uma sociedade democrática não é, simplesmente,
aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma
possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os
processos decisórios que dizem respeito a sua vida”, (em casa, na escola, no bairro,
etc.)
PONT, no texto sobre democracia representativa e democracia participativa,
conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina, que
não há verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que
estas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de
uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e
igualdade social, continua sendo o horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a
humanidade.
5.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
5.2.1 Conceito Geral e Referencial Histórico
Segundo a LEI N.º 9.394/96 em seu artigo 1º: "A educação abrange os
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais".
Sob esta ótica, a educação é um processo constante, dialético e dialógico de
nossa sociedade. A escola como veículo participante direto deste processo deve
sempre levar em conta todo conhecimento pré-adquirido pelas crianças. O objetivo
maior é proporcionar a todos a formação básica para o exercício completo da
cidadania, a partir da criação na escola em condições de aprendizagem para que os
alunos desenvolvam a capacidade de aprender, tendo como princípio básico o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
22
A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,
desenvolvendo assim, a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores, fortalecendo os
vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social ( Art. 32, LDB).
Cada criança ou jovem brasileiro, mesmo de locais com pouca infra-estrutura
e condições socioeconômicas desfavoráveis, deve ter acesso ao conhecimento
socialmente elaborado e reconhecido como necessário para o exercício da
cidadania para dela usufruir.
Esta garantia é assegurada pela Constituição de 1988 no seu Capitulo III,
Seção I, artigos 205 e 206 e regulamentada pela Lei número 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
5.2.2 A Educação e a Construção da Cidadania
No art. 5º da Constituição Federal Brasileira consta que, “todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros [...]
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade”, e assim a educação básica tem por finalidade garantir ao educando a
formação comunitária indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes
meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores, hoje não mais se vê o
aluno pelo sua igualdade de condições e, sim, pelo seu sucesso educativo, não
existe um aluno ideal a servir de base para parâmetros e sim um aluno real para ser
respeitado em seu próprio desenvolvimento.
A educação escolar tem a possibilidade, o dever de criar condições para que
todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos
necessários para construírem instrumentos de compreensão de realidade e de
participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais
amplas, condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção de
uma sociedade democrática e não excludente.
A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem
23
com competência e dignidade na sociedade, deve buscar eleger como objeto de
ensino conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que
marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são
consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e
deveres. Para tanto, é necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de
práticas planejadas com propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos
conteúdos de maneira crítica e construtiva. A escola tem o compromisso de intervir
efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos.
A escola, na perspectiva de construção da cidadania, precisa assumir a
valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo buscar
ultrapassar seus limites, propiciando às crianças pertencentes aos diferentes grupos
sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente
relevantes da cultura brasileira e no âmbito nacional e regional como no que faz
parte do patrimônio universal da humanidade.
A escola para exercer a função social precisa possibilitar o cultivo dos bens
culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos
pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos
diretamente no processo educativo. É nesse universo que o aluno vivência situações
diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente
com a comunidade, aprender a respeitar, a ouvir e a ser ouvido, reivindicar direitos e
cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e
política do País e do Mundo.
5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A intenção do princípio inclusivo exposto na Lei de Diretrizes e Bases visando
atender as diferenças evitando a exclusão de portadores de necessidades especiais
e/ou diferenças sociais, raciais, entre outras, pressupõe a adoção e a
implementação de currículo aberto e flexível que atenda à diversidade do alunado.
Em virtude disto entende-se que o conhecimento sistematizado deve oportunizar aos
alunos idênticas possibilidades e direitos, efetivando não apenas a igualdade de
24
oportunidades, mas oferecendo a equidade de condições.
Observando o histórico da Educação Especial podemos salientar que muitos
avanços aconteceram nessa área e que embora já se compreenda o portador de
necessidade especial como alguém que possui limitações físicas e/ou mentais em
relação ao aprendizado e desenvolvimento cognitivo e intelectual o atendimento
educacional deixa muito a desejar enquanto processo de inclusão pelo fato de que
não prepara os profissionais da educação para a efetivação desse processo o que
acaba gerando conflitos em sala de aula que por sua vez acabam promovendo
maior exclusão do aluno portador de deficiência do que inclusão.
Considerando as premissas norteadoras da concepção de flexibilização
curricular compreende-se que os aspectos fundamentais que visam facilitar as
adaptações a serem desenvolvidas e colocadas em prática para todos os alunos e
não tão somente para os portadores de necessidades especiais estão embasados
nas ações educativas que embora enfoquem o aluno portador de alguma
necessidade especial estão voltadas para o desenvolvimento e aprimoramento
coletivo da classe estudantil.
Salientamos que a prática pedagógica deve estruturar suas ações educativas
nos pressupostos da concepção construtivista, uma vez que esta proporciona a
construção do saber pela reflexão-ação-reflexão, e, portanto, promove o saber pela
construção ativa e transformadora do ser humano.
Em virtude dessa postura, a visão do grupo em relação ao modo que o
processo de flexibilização curricular vêm sendo conduzido deixa a desejar enquanto
preparação dos docentes para atuar e efetivar a práxis pedagógica o que reflete
diretamente sob o discente seja este portador de alguma necessidade especial e/ou
dos alunos que participam do processo de inclusão, sendo que essa falta de
compreensão e capacitação gera o descompromisso com o processo de inclusão
tendo em vista que o docente não se sente apto para atuar nesse processo.
Os aspectos positivos da direção e da equipe técnico-pedagógico em relação
ao processo de inclusão e da flexibilização curricular é que esta além de se colocar
à disposição para auxiliar nas dificuldades encontradas durante o processo
educativo, pois se predispõem a auxiliarem diretamente na elaboração dos planos
25
de ação pedagógica e no apoio à aplicabilidade destas.
Os docentes apresentam como ponto positivo em relação ao processo de
inclusão a postura aberta e sem preconceitos para o crescimento coletivo da classe
e principalmente do portador de necessidade especial.
Quanto aos pontos negativos todos os profissionais envolvidos nesse
processo, apontam a inabilidade em lidar com situações próprias e peculiares bem
como o fato de não estarem capacitados adequadamente através de cursos práticos
nas áreas de DA , DM , DV, entre outras e também a adequação do espaço físico
para receber esses alunos, já que essa adequação ocorre a longo prazo.
5.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO
A Educação do Campo é uma política pública no Estado do Paraná e se
apresenta também como expressão de uma política nacional que promove o resgate
da divisa histórica social, frente a obrigatoriedade da oferta de educação para toda a
população e sob esse enfoque a concepção norteadora que conduz esse trabalho
pedagógico mais do que nunca deve estar voltada para a teoria sócio-interacionista
visto que é através da construção coletiva, escola-comunidade, que deve acontecer
o planejamento das atividades escolares bem como o próprio Projeto Político
Pedagógico.
A Educação do Campo representa o vínculo entre a prática pedagógica e a
realidade vivenciada pelo aluno oriundo do campo promovendo assim a junção dos
saberes sistematizados e assistemáticos para que se estabeleça concomitância
entre o saber e o agir.
Essas premissas sustentam o fato de construir um saber útil que proporcione
ao educando subsídios que o tornem realmente autônomo, consciente e
participantes ativos da construção de sua história e da História situando-o dentro de
suas condições sociais de existência e oportunizando condições de melhorar sua
qualidade de vida.
26
5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA INDÍGENA, AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA
A Educação Indígena e Afro-brasileira é uma política pública no Estado do
Paraná e se apresenta também como expressão de uma política nacional que
promove o resgate da divisa histórica social, frente a obrigatoriedade da oferta de
educação para toda a população.
Sob esse prisma, a concepção norteadora que permeia esse trabalho
pedagógico, está voltado para a teoria histórico crítica visto que é através da
construção coletiva, escola-comunidade, que deve acontecer o planejamento das
atividades escolares bem como o próprio Projeto Político Pedagógico.
5.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM
5.6.1 Histórico Educacional
Podemos conceituar o homem como ser socialmente evoluído a partir do
momento que ele expressa suas ideias, seja por desenhos ou símbolos alfabéticos.
Quando o homem se expressou através da escrita, um grande saldo ocorreu para a
humanidade em geral. Embora muitos historiadores coloquem a roda como uma das
invenções que revolucionou a sociedade humana, é de suma importância observar
que o ato de perpetuar as suas ideias fez com que o homem evoluísse
constantemente.
Historicamente na educação, o ato de ler e escrever, sempre foram
intimamente ligados as elites. Nas sociedades romanas e atenienses, o ensino era
ministrado para pessoas previamente escolhidas. O período mais negro para a
humanidade está localizado na Idade Média, a educação nesta época estava
vinculada à educação religiosa, ministrada em mosteiros e com o evento do período
industrial, Idade Moderna, a educação se desvinculou parcialmente do processo
religioso e, no entanto, da mesma forma as classes mais baixas da sociedade não
tinham ainda acesso a educação. Com o avanço do crescimento industrial e
tecnológico, os governantes se viram coagidos por diversas organizações mundiais
27
e assim resolveram então investirem mais no ensino devido às transformações
sociais.
Retornando a nossa realidade podemos observar que o ser humano tem mais
oportunidade de aprender, apesar de teoricamente haver uma maior facilidade de
ingresso ao saber, pode-se observar que esta facilidade encontra uma enorme
barreira sócio-econômica.
Apesar da educação ser garantida pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos: “Toda pessoa tem direito à educação. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será
obrigatória[...] A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano
e pelas liberdades fundamentais“, e pela Constituição do Brasil nos seus artigos 205
e 206, ela não é respeitada em sua plenitude.
5.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao
indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira
infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão.
Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a
infância.
A infância é compreendida como o período de crescimento que vai do
nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade.
Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1989, "criança é toda a
pessoa menor de dezoito anos de idade". Já para o Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os doze anos incompletos,
enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a
adolescência.
Em relação à adolescência, para a maior parte dos estudiosos do
desenvolvimento humano, ser adolescente é viver um período de mudanças físicas,
28
cognitivas.
Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem
do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra
derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações
fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da
infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando
consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência.
Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da
puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de
elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve
ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se re-constrói dentro
de uma história e tempo específicos.
5.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,
planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens, durante um período
contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em
outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais
espaços de construção de conhecimento e valores para a abordagem simplista de
encarar a educação escolar como fator preponderante para as transformações
sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.
A escola deve ser um ambiente de troca de conhecimento, sendo que o
envolvimento dos professores, alunos, pais e a comunidade como um todo é de
suma importância, para a construção de um espaço agradável e participativo com o
envolvimento de toda a sociedade. Reconhecer a diversidade e buscar formas de
acolhimento requer por parte da equipe escolar disponibilidade, informações,
discussões, reflexões e muitas vezes ajudas externas, ou seja, um envolvimento
maior da família no contexto.
O principal objetivo da escola hoje é valorizar os conhecimentos e formas de
expressões dos alunos, como pilares para o processo de socialização. A valorização
29
do conhecimento do aluno, considerando suas dúvidas e inquietações que levarão a
situações de aprendizagem que façam sentido para ele. O convívio social, no âmbito
escolar favorece a construção de uma identidade pessoal.
Logicamente a escola por si, só não alcançará todos os seus objetivos,
somente a interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos
possibilitam a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação
do aluno. A interação contínua e flexível entre a escola e a comunidade, favorecem
a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se
expressam no ambiente escolar. A interação entre os diversos espaços
educacionais existentes na comunidade, também contribui para o conhecimento e
para a aprendizagem do convívio social.
5.9 CONCEPÇÃO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo
que como decorrência estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou
autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo
de aprendizagem ficou relegado à segundo plano.
A construção do conhecimento que os alunos realizam na escola será
significativa na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os
conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às
expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio
da cópia real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da
realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas capacidades pessoais. É uma
construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica,
cultural e psicológica, entre outros.
A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir
significados, permite também construir novas possibilidades de ação e de
conhecimento, que funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por
uma lógica interna que faz sentido para o sujeito.
30
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares, sofre influência
das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de
comunicação dos pais, irmãos, dos amigos, das atividades de lazer, do tempo livre
deles. Dessa forma a escola precisa estar atenta às diversas influências para que
possa propor atividade que favoreçam a aprendizagens significativas.
Outro aspecto de influência educativa, é a organização e o funcionamento da
instituição escolar, a participação da comunidade na elaboração e implementação do
projeto educativo e os valores implícitos e explícitos que permeiam as relações entre
os membros da escola. Embora ainda se desconheça como esses aspectos
influenciam a aprendizagem escolar, ressalta-se que em escolas onde os
consideram relevantes, os alunos têm um aproveitamento melhor.
As reflexões sobre a educação em sala de aula, os debates e as teorias
ajudam a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem do aluno. Ao serem
considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre o ensino e
aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na
comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e
ao que aprendem.
Compreende-se portanto, que as atividades, independentemente de serem
citadas e enumeradas, devem ser apresentadas de maneira estimulante e co-
significante com a realidade pertinente para que realmente sejam internalizadas,
refletidas e re-construídas.
5.10 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a
condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se
apropriado da escrita.
Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que,
ou o que é versado em letras ou literatura; literato”, e que agora passa a caracterizar
o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo
daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e frequente da leitura
e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização.
31
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como
código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida
como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações.
Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades
mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de
interpretar, compreender, criticar, ressignificar e produzir conhecimento. Todas
essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos
tiverem acesso a todos os tipos de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais
da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas
formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização
de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de
novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a
facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor
do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um
todo.
O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos
escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que
vive em um ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de remédios,
receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se
leu, em que uns leem para os outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo
com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança
cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe
favoreçam este contato com o mundo letrado.
Estudiosos afirmam que são muitos os fatores que interferem na
aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre estes fatores
o nível de letramento. Paulo Freire afirma que "na verdade, o domínio sobre os
signos linguísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma
experiência social que o precede – a da 'leitura' do mundo, que aqui chamamos de
letramento.
E atualmente, o ensino passa por um momento complicado, pois a criança ou
o adulto, em sua maioria, é alfabetizado, mas não é letrado. Ela(e) lê o que está
32
escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso faz deste
indivíduo, alguém com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende
corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas que fazem parte do seu
currículo escolar. De acordo com Freire (1989, p. 58-9), “(...) o ato de estudar,
enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar
sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores,
transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.”
Sendo assim, o professor tem um primordial papel no sentido de transformar
esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá através de incentivos
variados, no que diz respeito à leitura de diversas tipologias textuais e também
utilizando-se de exercícios de interpretação e compreensão de diferentes tipos de
textos, em que vários tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados
materiais mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e materiais
mais modernos como internet, blogs, e-mails, etc.
Portanto, mais importante que decodificar símbolos (letras e palavras), é
preciso compreender a funcionalidade da língua escrita, pois é assim que o cidadão
torna-se mais atuante, participativo e autônomo, de forma significativa na sociedade
na qual este está inserido.
33
5.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Para Vygotsky o símbolo ocupa no plano cultural o mesmo papel que os
instrumentos materiais ocupam no processo de construção das sociedades, pois são
elementos de intermediação. O símbolo é o instrumento da cultura que possibilita,
através da linguagem, o processo de constituição dos sujeitos.
Por cognitivismo se entende o estudo dos processos mentais dos sujeitos a partir
dos circuitos simbólicos sociais.
A passagem de Piaget para autores como Vygotsky e Wallon vieram
introduzir na Pedagogia e Psicologia atuais uma outra idéia de desenvolvimento: um
desenvolvimento dialético. Pode-se mesmo dizer que um dos problemas atuais que
os professores enfrentam diz respeito ao uso do modelo evolucionista que foi feito
na pedagogia. Ele levou ao estabelecimento de formas estruturadas de encaixe dos
alunos em duas grandes categorias: os alunos normais e os alunos diferentes ou
deficientes.
O conceito de estrutura em Lacan introduzirá um outro diferencial sendo que
este não concebe nem uma leitura reduzida a um conteúdo empírico, nem a um
processo meramente compreensível do ponto de vista simbólico. O conceito de
estrutura em Lacan apresenta outros articuladores, vincula a estrutura ao registro do
real, que não se confunde com a realidade concreta das coisas e dos sujeitos. Para
Lacan, o registro do real é aquilo que o sujeito não consegue apreender através da
linguagem e da fala em um determinado momento.
O registro do real é tecido através do discurso sem palavras. “Algo” que não
pode ser captado através das imagens e dos símbolos. “Algo” que não se confunde
com o real simbolizado ou imaginado que a linguagem e a fala apresentam. Neste
sentido, diremos que com Lacan há um processo constante de captação da
Educação através de imagens e símbolos. No entanto, o registro do real escapa a
este processo. É nele que está o impossível de educar que Freud apontava. Um
impossível de educar que pressupõe uma passagem para a ficção da linguagem
para apreender a verdade do sujeito, a verdade do aluno, a verdade da escola.
Portanto, sob a concepção desses autores, estruturaremos um currículo
34
flexível, mutável e adaptável para podermos auxiliar e intermediar a construção do
conhecimento dos educandos através da oferta de conteúdos organizados de forma
sequêncial que facilitem e possibilitem tanto o discente como o docente dar
continuidade significativa e significante à elaboração sistematizada dos
conhecimentos.
5.12 CONCEPÇÃO DE METODOLOGIA
Para efetivarmos e efetuarmos uma proposta curricular apresentada sob esse
enfoque faz-se imprescindível, termos realmente vontade de mudar as estruturas
arcaicas do processo de aquisição do conhecimento científico sistematizado e
realizarmos na prática um trabalho coerente, participativo que resultará em bem
estar e prazer ao aprendiz e ao ensinante.
Considerando estas premissas, este descritivo visa compreender melhor as
concepções de metodologia e currículo bem como a necessidade de diversificação
das escolhas dos recursos psico-pedagógicos, para que estes possam proporcionar
aos educandos e educadores perspectivas mais enriquecedoras, criativas e úteis
sobre a aprendizagem através da leitura de mundo de todos os sujeitos envolvidos
com este processo educativo.
A metodologia é de fundamental importância para assegurar a conquista dos
objetivos. Ao desejar um aluno crítico, o desenvolvimento dessa atitude deve iniciar
com a crítica de seus próprios textos/contextos/vivencias. É consensual a idéia de
que não existe um caminho que possa ser identificada como único e melhor para o
ensino de qualquer disciplina. No entanto conhecer diversas possibilidades de
trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa a sua prática.
É necessário desenvolver habilidades que permitam colocar à prova os resultados,
testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos, para obter a solução. Nessa
forma de trabalho, o valor da resposta correta cede lugar ao valor do processo de
resolução. O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta, a
questionar problema, a transformar um dado problema numa fonte de novos
problemas, evidencia uma concepção de ensino e aprendizagem não pela mera
35
reprodução de conhecimentos, mas pela via da ação refletida que constrói
conhecimentos.
A organização de conteúdo pressupõe, portanto, que se analise a variedade
de conexões que podem ser estabelecido entre os diferentes blocos, ou seja, ao
planejar suas atividades, o professor procurará articular múltiplos aspectos dos
diferentes blocos, visando possibilitar a compreensão mais fundamental que o aluno
possa atingir a respeito dos princípios/métodos básicos do corpo de conhecimentos.
5.13 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Dar valor a algo pode significar emitir um parecer ou uma opinião, porém
também sentenciar ou condenar. Geralmente uma prova representa o olhar do
educador sobre o conteúdo estudado e não contempla os múltiplos caminhos que
um educando pode percorrer para realizar suas aprendizagens. Essa circunstância
nos remete à importância de valorizarmos todas as aulas em todos os seus
momentos e para tanto, faz-se necessário que o professor registre adequadamente
as atividades propostas bem como o valor atribuído às mesmas.
Por tudo isto, o registro se constitui em um instrumento de comunicação entre
educando e educador, pois, a partir da análise conjunta do documento é possível
percorrer as histórias das aprendizagens num fundamental equilíbrio nas relações
de poder entre os indivíduos desse processo. Tanto educador quanto educando
terão como bases argumentativas a resultante construída processualmente. Ambas
as partes terão de dar conta do que fizeram, trocar sugestões para próximas
atividades, enfim aprender a lidar com as diferenças.
Sob essa visão, a avaliação processual é concebida como um instrumento
para ajudar o professor a aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em
sala de aula. A partir dela o professor pode rever os procedimentos que vêm
utilizando e re-planejar o trabalho. Já para o aluno, ela permite perceber os avanços
e dificuldades, atingindo assim uma função permanente de diagnóstico e
acompanhamento do processo ensino-aprendizagem.
Nessa concepção de avaliação o educador assume o papel de um
36
pesquisador que investiga quais problemas os educandos enfrentam e o porquê,
estudando cuidadosamente as produções realizadas, conversando com os
educandos sobre elas. Quando o educador parte desse pressuposto teórico pode
utilizar as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo
procedimentos que levem os educandos a atingirem novos patamares de
conhecimentos. Essas intervenções podem exigir formas diversificadas de
atendimento e alterações de várias naturezas na rotina diária da sala de aula, no uso
do tempo e do espaço, na organização dos grupos de trabalho, tornando-se assim, a
avaliação, uma prática emancipadora.
A avaliação, dessa forma, ocorrerá intimamente ligada às atividades do dia-a-
dia da sala de aula, possibilitando a reflexão contínua sobre o processo de
aprendizagem. É necessário que existam momentos específicos, para fazer um
balanço geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos educandos, da classe e
do educador ao longo do período.
Essas “paradas” permitirão uma visão de conjunto do que cada um, classe e
educador, conseguiram desenvolver. Deverão ser momentos de profunda reflexão
sobre a relação-produto. Para a elaboração dessa síntese devem ser utilizados os
registros, as produções individuais dos educandos e da classe, as anotações do
educador e principalmente os exercícios/cadernos feitos pelos educandos.
Nesta abordagem, portanto, a avaliação é concebida e usada a favor da
aprendizagem do aluno, como instrumento auxiliar do trabalho do educador,
processando-se continuamente com a função de diagnóstico e acompanhamento.A
avaliação deve ser um instrumento que conduza a um melhor conhecimento e
compreensão do educando, a fim de melhor conduzi-lo a realizar-se em função da
sua realidade bio-psico-social. Deve ser um instrumento de aproximação do
educador com educando, em sentido de amizade, compreensão, ajuda e orientação.
Para tanto é necessário e imprescindível que o educador realiza ao início de
seus trabalhos pedagógicos uma avaliação diagnóstica dos conhecimentos que o
educando traz de seu contexto sócio-familiar e posteriormente deverá promover uma
avaliação construtiva, reparadora, processual.
37
5.13.1 Quanto aos Valores Avaliativos
A avaliação terá seu processo sistemático contínuo, integral e acumulativo
onde iria determinar o grau das atividades desenvolvidas, por meio dos quais se
determinaram as mudanças que ocorrem no acompanhamento do aluno como
também evidencia o desempenho do professor.
A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor irá estudar e interpretar os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valor numérico, visto que este é exigido por lei. A avaliação utilizará técnicas e
instrumentos diversificados como: testes ou provas de aperfeiçoamento, orais ou
escritos, tarefas específicas, elaboração de relatório, exposição oral, trabalhos
criativos, observações espontâneas ou dirigidas, experimentações práticas,
interpretação, criação de textos, pesquisas, etc.
As avaliações escritas deverão ser realizadas em duas etapas
bimestralmente, sendo que cada uma terá peso de 3.5 pontos cada uma, totalizando
7.0 pontos e com peso de 3.0 pontos as atividades realizadas cotidianamente em
cadernos de registro e/ou pastas, totalizando assim 10.0 pontos.
5.13.2 Quanto à Recuperação
As atividades de recuperação de conteúdos deverão passar por novas
explicações com alternância de metodologia e aplicabilidade para que possibilite ao
educando uma aprendizagem mais eficaz para então o mesmo ser avaliado
novamente, sendo que a avaliação de recuperação só substituirá a nota anterior se
maior que esta. Uma avaliação de recuperação não poderá ser somatória a
prova/nota anterior.
As recuperações de conteúdos deverão ser imediatamente realizadas após o
resultado obtido nas avaliações bimestrais e/ou imediatamente a conclusão de que
os conteúdos não foram assimilados.
5.13.3 Quanto à Promoção
38
O aluno será promovido quando apresentar: freqüência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) de total carga horária do período letivo e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultado médio aritmético dos
bimestres nas respectivas disciplinas como:
MA 1°. B + 2°.B + 3°. B + 4°.B = 6,0
4
O estabelecimento, através de boletins, comunicará os pais ou responsáveis
do rendimento e da vida escolar do aluno através de reuniões bimestrais e/ou
chamamento dos mesmos individualmente ou por turmas. Os pais serão convocados
para reuniões escolares através de bilhetes e visitas domiciliares quando
necessárias.
5.13.4 Quanto à Adaptação
A adaptação de alunos advindos da 4ª série, 5º ano ou de outros
estabelecimentos ou regiões será analisada de acordo com o procedimento do
estabelecimento anterior e dos procedimentos deste estabelecimento visando
melhor atender o educando procurando adaptá-lo ao ambiente escolar, dependendo
das suas necessidades individuais, trabalhando quais os direiros e deveres do aluno
para que este fique ciente das normas da escola e, principalmente, fazendo uma boa
acolhida para que se sinta bem e possa aproveitar dignamente a aprendizagem
ofertada.
5.13.5 Quanto ao Atendimento Pedagógico Especial
Quanto ao educando afastado das atividades escolares por motivos de saúde
e/ou circunstância amparada pelo ECA, a ética profissional nos amparará na decisão
de elaborarmos atividades extra-curriculares e visitas domiciliares que permitam ao
educando o desenvolvimento intelectual e cognitivo.
5.14 QUANTO À MATRÍCULA
39
Quanto à matrícula dos alunos sempre será de acordo com a Deliberação
005/98 da CEE, pois é o ato formal que vincula o educando a um estabelecimento
de ensino autorizado, conferindo-lhe a condição do aluno. Ao matricular-se o
estabelecimento dará a ciência ao aluno, pai ou responsável do Regimento Escolar
onde consistem as normas do mesmo. Aos alunos iniciantes, os mesmos deverão
ter 11 (onze) anos de idade ou, facultativamente, 10 (dez) anos completos.
Aos alunos portadores de necessidades especiais, são matriculados na rede
regular de ensino, respeitando o seu direito a atendimento adequado, também em
instituições especializadas.
Para alunos que vão confirmar sua permanência no estabelecimento de
ensino entende-se por matrícula renovada, na condição de promovido ou não, ou
quando retorna ao estabelecimento para prosseguir os estudos, sempre obedecendo
às normas regimentais da escola.
Fica assegurada ao aluno não vinculado ao estabelecimento de ensino a
possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que se submeta a
processo de classificação, sendo que o controle de freqüência se fará a partir da
data efetiva da matrícula.
Quando tratar-se de matrícula por transferência entende-se que é para
prosseguimento dos estudos sempre acompanhado com seus documentos para
comprovar a série anterior, cabe ao professor tomar medidas adequadas ao aluno
transferido como: rever os conteúdos quanto ao aluno, verificar as notas e a
freqüência, conhecer a família, apresentar aos colegas e conhecer o ambiente
escolar.
O estabelecimento não poderá recusar-se a conceder transferência aos
alunos bem como o seu histórico escolar com os dados completos com o prazo de
trinta dias a partir da data do requerimento, em casos de impossibilidade de
cumprimento do prazo, o estabelecimento deverá fornecer declaração com os dados
do aluno, série e ano, isto é, em qualquer época do ano.
Para matrícula extraordinária o estabelecimento atenderá ao disposto no
Título II, da Deliberação 023/86 da CEE, bem como o artigo 5°, a mesma tem por
finalidade integrar no sistema alunos com idade e que deveriam estar cursando, será
40
efetiva a matrícula extraordinária conforme a Deliberação 040/88 da CEE.
O aluno deverá cumprir 75% da carga horária de 800 horas anuais. A mesma
será inicial, renovada, para prosseguimentos de estudos, por transferência, por
ciclo/série, anual e sem dependência. Quanto às descrições de como e quando vai
ocorrer, da Classificação e Reclassificação e Equivalência de Estudos. Feitos no
Exterior, da Regularização da Vida Escolar do Estabelecimento para realizar e
acompanhar os alunos.
5.15 CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar atendendo ao disposto na Legislação vigente, bem como
as normas baixadas em instruções específicas da Secretaria do Estado da
Educação. Caberá ao estabelecimento de ensino em conjunto com órgão municipal
da educação, elaborar e propor à apreciação e homologação do núcleo regional de
educação, de seu calendário escolar, fixando:
• dias letivos por mês e ano total 200 (duzentos);
• período de férias para professores, alunos e funcionários;
• recessos;
• dias destinados a reuniões pedagógicas, atividades extra-classe, APMF;
• dias de comemoração estabelecidos por Lei ou próprios do município ou da
escola;
• início e término do período letivo;
• feriados.
5.16 DISTRIBUIÇÃO DE AULAS POR TURMA
6º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 01
aula de Ensino Religioso, 03 aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de
Lingua Portuguesa, 04 aulas de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês.
7º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 01
41
aula de Ensino Religioso, 03 aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de
Lingua Portuguesa, 04 aulas de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês.
8º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 03
aulas de Geografia, 04 aulas de História, 04 aulas de Lingua Portuguesa, 04 aulas
de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
9º ano: 02 aulas de Arte, 04 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 03
aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de Lingua Portuguesa, 04 aulas
de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
5.17 HORA ESTUDO / ATIVIDADE / PLANEJAMENTO
O Plano de Trabalho docente, feito diariamente em conformidade com o
Projeto Político-Pedagógico, é apenas um roteiro, um instrumento, não é uma
metodologia, mas sim uma forma de prever algumas posturas básicas, pois todo
tema comporta uma conversa, uma verificação do que a criança já traz como
conteúdo. No planejamento, é transformada idéias e promessas em planos de ação
pensados conforme as possibilidades e realidade existente.
A hora-atividade ocorre durante o horário escolar e o professor deverá
utilizá-la para organização e preparação de aula, correção de avaliações, pesquisas,
bem como atendimento a alunos e leitura de textos apoio sobre temas educacionais.
5.18 CARGA HORÁRIA DE CADA DISCIPLINA
ARTE: 08 horas-aula semanais;
CIÊNCIAS: 13 horas-aula semanais;
EDUCAÇÃO FÍSICA: 12 horas-aula semanais;
ENSINO RELIGIOSO: 02 horas-aula semanais;
GEOGRAFIA: 12 horas-aula semanais;
HISTÓRIA: 13 horas-aula semanais;
LÍNGUA PORTUGUESA: 16 horas-aula semanais;
MATEMÁTICA: 16 horas-aula semanais;
42
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: 08 horas-aula semanais;
VI. MARCO OPERACIONAL
Considerando as premissas descritas e abordadas nesta proposta pedagógica
compreendemos a importância deste marco para a pretensa operacionalização
deste estabelecimento e, portanto, pontuamos nossas pretensões para efetivarmos
a prática, a práxis e a administração pedagógica.
6.1 RECURSOS HUMANOS
Esse estabelecimento proporciona o curso do Ensino Fundamental – séreis
finais e Ensino Médio e deverá executar suas atividades pedagógicas durante o
período matutino, sendo que o sistema organizacional deste obedecerá a
distribuição dos alunos em sete turmas que assim discriminam-se duas turmas de
6º ano, uma turma de 7º ano, duas turmas de 8º ano e uma turma de 9º ano, cuja
carga horária será distribuída por disciplinas de acordo com as diretrizes
curriculares.
6.1.1 Corpo Docente
Os professores envolvidos com o processo educativo deste estabelecimento
deverão estar condizentes com o número de aulas e disciplinas a serem ministradas.
As horas-aula serão contadas com a soma das horas-atividade de cada disciplina.
Dessa forma, os professores, cada um com sua personalidade e suas
ideologias, deverão ter consciência de que seus alunos deverão buscar respostas
para suas perguntas bem como oferecer a possibilidade de pensar, criar, questionar,
dialogar e buscar inter-relações. O professor deverá possibilitar a aquisição do
conhecimento como um desafio permanente na vida do educando.
6.1.2 Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é formada por três Professoras Pedagogas e um
43
Diretor Escolar, sendo que cada Professora Pedagoga cumpre 20 horas/aula
semanais e o Diretor cumpre 20 horas semanais.
6.1.2.1 Direção
Como elemento integrante e integrador de seu grupo de trabalho, o diretor
procurará manter uma rede de relações interpessoais e o estabelecimento de
objetivos comuns dentro de comunicação satisfatória de significados e conceitos.
Caberá ao diretor ser mediador no caminho pelo qual é selecionado o
conjunto de possibilidades de transações de aprendizagens, incluindo o ambiente
total, as relações, o conteúdo cultural que deve ser político e problematizador e
organizado em forma de atividades interdisciplinares, centradas na pessoa e nas
suas necessidades emergentes na busca de libertação. Portanto, resumidamente, é
de sua competência:
• Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas, as
normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação, as
propostas de modificações e submeter à apreciação e aprovação da APMF;
• Representar o estabelecimento responsabilizando-se por sua organização e
funcionamento e manter o fluxo de informações entre o estabelecimento de ensino e
os órgãos da administração municipal e estadual de ensino;
• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, mantendo comunicação com a
APMF, professores, funcionários e órgãos da administração através de reuniões, de
encontros, de grupos de estudo e outros eventos;
• Promover a integração do estabelecimento-família-comunidade, com vista à
prestação de assistência aos alunos em todas as modalidades;
• Assinar toda a documentação do estabelecimento e aquela relativa à vida escolar
dos alunos e tomar providências cabíveis, nos casos de aplicação das sansões
disciplinares definidas em lei, a professores e servidores que incorrem faltas;
• Programar a distribuição e o adequado aproveitamento dos recursos humanos e
materiais do estabelecimento;
• Colaborar na obtenção de clima favorável ao entrosamento dos alunos,
44
professores e demais pessoas do estabelecimento, com vista ao ajustamento e
integração de todos.
Na escola atual, o Diretor deve ser um verdadeiro profissional da Educação.
sua ação deverá partir de uma visão crítica, clara da proposta pedagógica da escola,
posicionando-se com coragem, coerência e responsabilidade diante dos imperativos
que se apresentam para encontrar soluções cabíveis. “O diretor não é mais aquele
sujeito que possui um super poder de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o
trabalho que os professores realizam nas escolar, mas aquele que constrói com os
professores seu trabalho diário”.(MEDINA in SILVA, 1997, p.21)
6.1.2.2 Professor Pedagogo
Como elemento integrante e integrador de seu grupo de trabalho, o Professor
Pedagogo procurará manter uma rede de relações interpessoais e o
estabelecimento de objetivos comuns dentro de comunicação satisfatória de
significados e conceitos.
Para tanto, é necessário que se crie um espaço de maior liberdade e, então,
possamos construir o saber de forma coletiva, útil e consistente. Pois, “a prática do
orientador, deverá valorizar a criatividade, respeitar o simbólico, permitir o sonho,
recuperar a poesia. O conhecimento não exclui o sentimento, o desejo e a paixão.
Precisamos encontrar em cada um de nós esse espaço e, simplesmente, deixá-lo
existir”.(GRIMSPUN, 1994; p. 30).
Visando otimizar e atingir o patamar dessas premissas, acima citadas, o
Plano de Ação da Professora Pedagoga, está imbuído de atividades, atos e ações
voltadas para a promoção da inter-relação dos sujeitos ativos e passivos do
processo ensino-aprendizagem.
Convém salientar que compreende-se toda a complexidade que permeia
todas as ações e metas a serem atingidas durante este ano letivo, e, portanto,
acrescentamos que compreendemos que o Professor Pedagogo é um elemento
educacional transformador que visa alterar o meio e subsidiar o indivíduo com
equilíbrio para que este possa dar continuidade às transformações necessárias para
seu bem viver.
45
Acreditamos que este profissional está elencado aos fatos reais da educação,
e, por conseguinte, reflete muito mais que conceitos e dogmas, reflete posturas,
ideais, sonhos, vida. De acordo com esse demonstrativo os objetivos e as atividades
que se propõem para a efetivação do encargo das funções de professor pedagogo
são, entre outras:
• Promover a integração e interação de todos os sujeitos envolvidos com o
processo de ensino e aprendizagem através de encontros, reuniões e atividades
lúdicas de aproximação humana;
• Recepcionar os professores, os funcionários e os alunos sempre com boas
mensagens que estimulem tanto a aprendizagem quanto a convivência social
destes;
• Aproximar os pais e a comunidade da esfera escolar através de reuniões
formativas e informativas que sejam do interesse da mesma;
• Promover a integração e participação de todos os indivíduos na elaboração do
Projeto Político-Pedagógico;
• Promover a participação destes sujeitos envolvidos na leitura, discussão e debate
do Estatuto do Conselho Escolar e do Regimento Escolar;
• Participar diretamente da elaboração e execução dos Projetos de Ação
Pedagógica para que possa inteirar-se do sucedido em sala de aula;
• Elaborar atividades/projetos que promovam a cidadania, o patriotismo e o resgate
de valores existenciais;
• Organizar as Reuniões de Pais e Mestres de maneira que seja atrativa, produtiva
e estimulante;
• Organizar as reuniões de Conselho de Classe de maneira a otimizar as reflexões
necessárias ao crescimento do professor e, conseqüentemente, do aluno;
• Detectar os casos de evasão escolar e buscar soluções para sanar esse déficit;
• Auxiliar os professores na elaboração do planejamento escolar, entre outros.
Neste quadro visualizamos a abrangência do trabalho a ser realizado:
PROPOSTA PEDAGÓGICA
46
Projeto
Político-Pedagógico
Estatuto do Conselho
Escolar
Regimento
Escolar
Projetos de Ação PedagógicaALUNOS
6.1.3 Agente Educacional II
A Equipe Administrativa conta com dois Agentes Educacionais II, sendo um
Secretário que cumpre 40 horas semanais e um Auxiliar Administrativo cumprindo,
neste estabelecimento, 40 horas semanais.
A Equipe Administrativa é setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do estabelecimento do ensino, proporcionando condições para que
os mesmos cumpram suas reais funções.
O Agente Educacional II é o que tem a seu encargo todos os serviços de
estruturação escolar e correspondência do estabelecimento. Os serviços da
secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela
subordinados. Caberá aos Agentes Educacionais II:
• Redigir a correspondência que lhe for confiada e organizar e manter em dia a
coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções
e demais documentos;
• Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão do curso;
• Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
secretaria e comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria.
• A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o
expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável,
independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do
47
estabelecimento.
6.1.4 Agente Educacional I
A equipe dos serviços gerais é composta por cinco funcionárias sendo que
três cumprem, neste estabelecimento, 40 horas semanais e duas cumprem, cada
uma, neste estabelecimento, 20 horas semanais.
Os Agentes Educacionais I têm a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo
coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
É de responsabilidade do Agente Educacional I efetuar a limpeza e manter
em ordem a escola, providenciando, junto à administração o material e produtos
necessários, bem como manter os arredores escolares, pátio e quadra de esportes,
em devida ordem e limpeza.
Cabe ao Agente Educacional I com a função de merendeira preparar e servir
a merenda escolar, informar ao diretor da necessidade de reposição de estoque e,
conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de
trabalho, procedendo à limpeza e arrumação.
Pretende-se, ainda, pleitear um funcionário, capacitado, para atender a biblioteca escolar e promover os conhecimentos através da pesquisa e leitura.
6.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
FUNÇÃO NOME FORMAÇÃO
Diretora Rosane Fátima Preussler Czui Licenciatura em Matemática
Professora
Pedagoga
Bernadete Doroch Cheuczuk
Pedagogia Maria Madalena Preslak Mehl
Rose Maria Koupak
Professor de
História
Anatólio Ratuchnei Licenciatura em História
Professora de
Adriana K. Schafranski Licenciatura em Letras/Literatura
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Língua Portuguesa Gislainne E. D. Menon Licenciatura em Letras/Inglês
Professora de
Educação Física
Eliane C. Campolim Licenciatura em
Educação Física
Professora de
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
Gislainne E.D. Menon
Licenciatura em Letras/Inglês Maria de Lurdes Cassiano
Professora de
Ciências
Ani Paula Prestes
Licenciatura em CiênciasPriscila dos Santos F. Amarante
Professor de Matemática
Adriano Alves da Cruz Licenciatura em Matemática Mariza Roth
Professor de
Geografia
Antonio Reginaldo Neves Licenciatura em Geografia
Professor de
Arte
Cássio Samoel de França Acadêmicos do
Curso de ArtePetrena Zahaidak
Professor de
Ensino Religioso
Antonio Reginaldo Neves Licenciatura Geografia
Adriano Alves da Cruz Licenciatura em Matemática
Agente Educacional II
Bruno Eder V. Canesso Ciências Econômicas
Ana Claudia Mikos Licenciatura em Educação Física
Agente Educacional I
Bernadete de F. França Ensino Médio
Jocelma Ap. Lopes Ensino Médio
Marilene Americano Ensino Médio
Marli Salomão dos Santos Ensino Médio
Leoni Barhi Ensino Médio
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6.3 RECURSOS MATERIAIS
A escola situa-se na zona rural, na localidade de Rio D’Areia, distante 20 Km
da sede do município de Prudentópolis na BR 277, Km 306. É um prédio de
alvenaria, construído em 1987. Possui uma área de 6.050 m2, toda cercada com
tela, inicialmente adquirida pela comunidade e, posteriormente, feita a doação pela
Prefeitura Municipal na data de 20 de dezembro de 1984.
Em 1987 iniciou o ensino de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental,
pertencente à Rede Municipal de Ensino, denominando-se Escola Rural Municipal
de Rio D’Areia - Rosa Ogg, que atualmente funciona no período vespertino.
No período matutino funciona o Ensino Fundamental – séries finais, que teve
sua implantação autorizada pela Resolução 4.309 de 23 de novembro de 1987 e a
partir de 1988 iniciou suas atividades com o nome de Escola Estadual Capitão
Domingos Vieira Lopes - Ensino de 1° Grau, sendo reconhecida em 27 de abril de
1992 pela Resolução 1.034, pertencente à Rede Estadual de Ensino.
Este estabelecimento possui 338 metros quadrados, tendo neste espaço sete
salas de aula, uma sala de laboratório e biblioteca, uma secretaria e sala da direção,
uma sala dos professores, uma cozinha, um depósito de merenda escolar, um
banheiro para uso dos funcionários, um banheiro coletivo feminino com 4 sanitários
e dois lavatórios, um banheiro coletivo masculino com 3 sanitários e dois lavatórios.
Possui ainda uma quadra poliesportiva coberta, uma quadra de areia aberta, uma
horta, uma lavanderia, um depósito de lixo e um estacionamento para o transporte
escolar.
Atualmente a escola passa por algumas dificuldades, por não possuir uma
sala exclusiva para a biblioteca com acervo bibliográfico suficiente para as
pesquisas escolares, sala para os professores, área coberta para os alunos e sala
exclusiva para reuniões e refeitório.
Em virtude desta realidade pretende-se construir novas salas, as quais serão
destinadas à salas de aula, para readequação da demais salas já existentes. Essa
proposta visa realizar-se através de parcerias entre APMF, Secretaria Municipal de
Educação e Secretaria Estadual de Educação.
50
6.4 RECURSOS DIDÁTICOS
Os recursos didáticos utilizados, tais como: retroprojetor, vídeo, televisor,
livros, apostilas, quadros, mapas, etc, serão disponibilizados adequadamente aos
professores e alunos de acordo com a demanda.
6.5 PLANO DE AÇÃO ADMINISTRATIVO
A caracterização da proposta em gestão do trabalho pedagógico da referida
escola demonstra ser compartilhado, tendo em vista que seu processo é coletivo e
participativo através de reuniões, planejamentos e palestras. A equipe pedagógica
administrativa busca permear suas ações nos pressupostos que fundamentam a
concepção de gestão democrática.
Entendendo a Educação como um processo coletivo, faz-se necessário
buscar articular as ações dentro do âmbito de cada organização devidamente
constituída, buscando o apoio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, tendo
em vista que a função da APMF é a de integrar família e escola, para que adquiram
experiências no mundo atual, e obter constante aproximação dos pais na escola
através das reuniões escolares, eventos promovidos mediante atividades culturais,
cívicas e sociais, como: Festa Junina, Culto Ecumênico em Ação de Graças e
Formatura.
No Conselho Escolar promover reuniões periódicas para através deste
colegiado buscar democratizar as decisões internas, visando ao bom funcionamento
do Estabelecimento, transformando-o num fórum permanente de debates, buscando
apoio para a solução de problemas administrativo-pedagógicos, assegurando o
interesse maior dos alunos e cumprindo a função da escola que é a de ensinar,
articulada com os profissionais da escola, preservando a especificidade de cada
área.
No Conselho de Classe realizar reuniões bimestrais cumprindo a sua
finalidade exposta no Regimento Interno do Estabelecimento.
Incentivar a mobilização do Grêmio Estudantil dentro do Estabelecimento,
51
acompanhando e sugerindo ações dentro do que compete à referida organização.
Incentivar a participação dos pais, com ações que visem conscientiza-los da
importância do acompanhamento dos seus filhos no processo ensino-aprendizado,
buscando maior integração através da promoção de atividades artísticas e
desportivas. Promover a realização de Feiras, Exposições e Atividades
Esportivas/culturais visando a integração.
Incentivar a participação do corpo docente e funcionários em Cursos de
Formação Continuada realizados pelo NRE e/ou SEED, bem como promover
palestras voltadas não só aos integrantes da Escola, mas também para a
comunidade.
A Avaliação do Plano será semestral, em conjunto com o Conselho Escolar,
baseada nos respectivos relatórios de cada atividade proposta dentro da agenda
mínima, aberta à complementação, de acordo com as necessidades que se
apresentarem, observando se os objetivos propostos dentro de cada atividade foram
atingidos, considerando-se os pontos positivos e negativos para uma posterior
adequação, buscando aperfeiçoá-las.
6.6 PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICO
Em concomitância às premissas abordadas nas concepções descritas e
refletidas no capítulo anterior, salientamos que nosso plano de ação pedagógico
estará imbuído e estruturado nos mesmos pressupostos e, portanto, fidedignamos
estes, salientando que compreendemos a educação como um ato que abrange os
processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
A escola como veículo participante direto deste processo deve sempre levar
em conta todo conhecimento pré-adquirido pelos alunos. O objetivo maior é
proporcionar a todos a formação básica para o exercício completo da cidadania e
que os alunos desenvolvam a capacidade de aprender, tendo como princípio básico
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a compreensão do ambiente
52
natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que
se fundamenta a sociedade, desenvolvendo assim, a capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes
e valores fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A educação escolar tem a possibilidade e o dever de criar condições para que
todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos
necessários para construírem instrumentos de compreensão de realidade e de
participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e, cada vez,
mais amplas, condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção
de uma sociedade democrática e não excludente.
A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem
com competência e dignidade na sociedade, deve buscar eleger como objeto de
ensino conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que
marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são
consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e
deveres. Para tanto, é necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de
práticas planejadas com propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos
conteúdos de maneira crítica e construtiva.
A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,
planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens, durante um período
contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em
outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais
espaços de construção de conhecimento e valores para a abordagem simplista de
encarar a educação escolar como fator preponderante para as transformações
sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.
A ação pedagógica deverá se ajustar ao que os alunos conseguem realizar
em cada momento de sua aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação
educativa, bem como propiciar um ambiente acolhedor aos alunos advindos da 4ª
série e 5º ano, orientado estes em relação aos seus direitos e deveres no contexto
escolar bem como mostrando quanto é importante a presença e a frequencia de
53
todos na escola. Mas essencialmente fazendo-os compreender o Ensino
Fundamental de nove anos e que implantar progressivamente o Ensino
Fundamental de nove anos, pela inclusão das crianças de seis anos de idade, tem
duas intenções: “oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da
escolarização obrigatória e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de
ensino, as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de
escolaridade”.
A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa
entre o professor e o aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais,
influenciarão no processo de construção de significado e o sentido que alunos
atribuem aos conteúdos escolares.
Concluímos que a melhor maneira de atingir as metas traçadas, imbuídas nos
princípios norteadores que descrevemos, é respeitando a diversidade cultural,
proporcionando aos alunos, textos intertextualizados e contextualizados, para que
estes promovam e propiciem a inter-relação entre o texto e o leitor, o que por
conseguinte possibilitem o desenvolvimento de conexões de construção de
conhecimentos.
Salientamos ainda que para realizar tal intento, faz-se necessário promover
reflexões sobre a prática pedagógica visando utiliza-se de uma metodologia dialética
e dialógica visto que o aprendiz e o ensinante também o são.
Compreende-se portanto, que as atividades, independentemente de serem
citadas e enumeradas, devem ser apresentadas de maneira estimulante e co-
significante com a realidade pertinente para que realmente sejam internalizadas,
refletidas e re-construídas.
O saber cientificamente sistematizado deverá estabelecer co-relação entre os
conteúdos escolares e os saberes assistemáticos para que os educandos sintam o
real significado da busca pelo aprender adquirindo assim quesitos para desenvolver
uma visão holística sobre o mundo.
A importância de pensarmos a questão da Educação à luz das colocações de
Jacques Lacan, Wallon Vygostki e Piaget, ocorre devido ao fato de que esta reflexão
diversificada nos possibilita uma ação mais abrangente, global sobre todos os
54
ângulos possíveis do ato educativo. Pois, é mister considerarmos que a educação
não pode bitolar-se a uma só concepção, e, portanto, essa reflexão nos possibilita
sairmos de uma concepção redutora do processo de constituição do sujeito de uma
concepção universalista que é bastante tradicional na história da humanidade.
Com relação aos direitos humanos e direitos à cidadania vamos nos ater as
demandas da Coordenação de Desenvolvimento Socioeducacional serão
contempladas através de ações referentes à Cidadania e Direitos Humanos: Bolsa
Família, Educação Fiscal, PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na
Escola, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência, Prevenção às Drogas
(PUID – Prevenção Ao Uso Indevido de Drogas Lei Est. 11.273/95, Lei Est.
13.198/01, Dec.5679/05). Estes programas são desenvolvidos com o intuito de
garantir a permanência do aluno na escola, bem como de prevenir sobre os vários
problemas sociais existentes. E para realizar tal intento faz-se necessário e
imprescindível que o educador realize no início de seus trabalhos pedagógicos uma
avaliação diagnóstica dos conhecimentos que o educando traz de seu contexto
sócio-familiar sobre essas demandas para posteriormente promover ações
pedagógicas e avaliação construtiva, reparadora, processual.
Portanto, as linhas gerais das ações pedagógicas aqui abordadas serão
realmente efetivadas através de atos/atividades curriculares e extra-curriculares,
sendo que daremos ênfase as datas pontuais, projetos que supram as necessidades
urgentes e reais da clientela escolar bem como Educação Ambiental, Prevenção,
ECA, Ação Jovem e demais projetos de áreas afins possíveis e compatíveis com a
realidade escolar deste estabelecimento.
6.7 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe
do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo
ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a
cada aluno.
55
Participam do Conselho de Classe o Diretor, Secretário e todos os
Professores que atuam no Estabelecimento reunindo-se ordinariamente em cada
bimestre, em datas previstas em calendário escolar, e extraordinariamente, sempre
que um fato relevante assim o exigir. A presidência do Conselho de Classe está a
cargo do Diretor que, em sua falta, será substituído pelo Professor Pedagogo.
É de finalidade do Conselho de Classe estudar e interpretar os dados da
aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo
ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular. Acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, analisando os resultados da aprendizagem
na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e
encaminhamento metodológico, evitando a comparação dos alunos entre si.
Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada Ata pelo secretário do
Estabelecimento, em livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos
interessados.
6.8 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPE ADMINISTRATIVA E
PEDAGÓGICA E CORPO DOCENTE
Os professores, pedagogos, direção e funcionários deste estabelecimento
participarão de formação continuada e troca de experiência oferecidos pela SEED, o
qual é elaborado e executado pela Equipe Pedagógica do Núcleo Regional de
Educação.
A Escola também poderá ofertar grupos de estudos com troca de
experiências e visando levar ao conhecimento de todos os membros do contexto
escolar os trâmites legais relativos ao Ensino fundamental de nove anos, bem como
seus objetivos e especificidades, para que através dessa compreensão seja possível
desenvolver um trabalho pedagógico de qualidade com os alunos oriundos dessa
nova proposta, compreendendo que, não se trata de transferir para as crianças de
seis anos os conteúdos e atividades da tradicional primeira série, mas de conceber
uma nova estrutura de organização dos conteúdos em um Ensino Fundamental de
nove anos, considerando o perfil de seus alunos.
56
O objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a
todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades
de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior
aprendizagem não depende do aumento do tempo de permanência na escola, mas
sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve
contribuir significativamente para que os educandos aprendam mais,
compreendendo, principalmente que ingresso do aluno no Ensino Fundamental
obrigatório não pode constituir-se em medida meramente administrativa. O cuidado
na sequência do processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de seis
anos de idade implica o conhecimento e a atenção às suas características etárias,
sociais e psicológicas. As orientações pedagógicas, por sua vez, estarão atentas a
essas características para que as crianças sejam respeitadas como sujeitos do
aprendizado.
Nessa perspectiva, é essencial assegurar ao professor programas de
formação continuada, privilegiando a especificidade do exercício docente em turmas
que atendem a crianças de seis anos.
Portanto, são muitos os desafios que se interpõem à tarefa de educar nos
dias de hoje. Cada vez mais é preciso saber lidar com novas situações que se
apresentam no dia-a-dia profissional e comunitário, e isso nos torna aprendizes na
sociedade do conhecimento.
Há necessidade de formação contínua que permitam desenvolver qualidades
profissionais e humanas.
6.8.1 Membros da APMF, Pais, Líderes de Turma, Grêmio Estudantil
Os Membros da APMF, pais e líderes de turma deste estabelecimento
participarão de formação continuada e, troca de experiência, oferecidos pela Equipe
Pedagógica através de Palestras, Seminários, Encontros, Debates sobre assuntos
pertinentes à demanda desta comunidade.
6.8.2 Reunião de Pais
Colocar em prática o princípio de Interação Escola/Sociedade implica
57
alteração radical do conceito de escola, porque deixa de ser um determinado espaço
físico (com mesas, quadro-de-giz, banco, carteiras, livros, professores, aluno) para
se converter em algo mais rico, mais amplo e dinâmico em comunidade onde há
pessoas, instituições, recursos naturais, enfim, tudo o que nela existe.
Para tanto deve haver interação entre escola, pais e comunidade de forma
clara, precisa, crítica, consciente, responsável e produtiva garantindo condições de
trabalho em benefício do aluno.
A participação dos pais na comunidade escolar é de suma importância e os pais não
apenas no dia da reunião de pais, mas a qualquer momento, tem a liberdade de
chegar até a administração do Estabelecimento para solicitar informações, tomar
conhecimento do rendimento e da vida escolar de seus filhos, da ausência às aulas,
das atitudes e também para apresentar sugestões de interesse da comunidade
escolar que venham trazer melhorias para o processo educacional.
É um dever do pai ou responsável participar efetivamente em projetos de
interesse comum que visem à melhoria do processo educativo, participar das
reuniões escolares quando convocados, respeitar a instituição e os professores e
responsabilizar-se com o Estabelecimento na conscientização de seus filhos quanto
aos seus deveres de alunos.
6.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não obrigatório
de estudantes, e a Deliberação nº02/09 do CEE, que estabelece normas para a
organização e a realização dos Estágios, definem, também obrigações da Instituição
de Ensino para os estágios não obrigatórios.
No parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do
estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do
caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de
aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”
Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:
“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino,
58
deverá estar previsto no Projeto Político Pedagógico;
II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”
A Deliberação 02/09, Art. 4º, Incisos III – “Plano de Estágio, a ser apresentado
para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico, ou em separado no
caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a
importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser
incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de
desempenho do aluno, por meio de aditivos”.
6.10 PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICO DE CURSO
• A avaliação interna dos trabalhos escolares será feita bimestralmente onde os
participantes farão uma análise do rendimento dos alunos, da participação dos pais
na vida escolar de seus filhos e na escola como um todo.
• A mesma será feita em forma de relatório registrado no livro próprio da escola.
• Para que a Proposta Pedagógica possa atingir seus objetivos e a comunidade
esteja integrada, serão realizadas, bimestralmente, reuniões com os alunos, pais e
APMF, para a verificação dos objetivos propostos e alcançados e os objetivos para o
próximo bimestre, com a elaboração de atas, descrevendo todo o processo da
reunião onde, no final, todos deverão assinar.
• Na reunião bimestral a escola irá propor uma reflexão onde levará em conta o
que deu certo, e o que não deu, bem como o que precisa ser mudado, dando
oportunidade aos alunos, pais e APMF, a expressar seus pensamentos propondo
ações, para que o trabalho em conjunto possa trazer benefícios à escola como um
todo, sendo da parte pedagógica, administrativa ou dos recursos financeiros.
59
6.10.1 Avaliação do Projeto Político-Pedagógico
O Projeto Politico-Pedagógico é fruto de um amplo processo de discussões
entre vários segmentos escolares que articulou desde o diagnóstico ao
planejamento das ações pedagógicas.
Ao definir intenções, identificar e analisar as dificuldades que foram se
apresentando, estes segmentos estabeleceram relações, apontaram metas e
objetivos comuns e vislumbraram algumas pistas para melhoria de sua própria
atuação, resultando num compromisso definido coletivamente.
A capacitação sistemática, através da reflexão coletiva, ajuda os profissionais
da educação e a família a perceberem que todos tomam parte nas decisões e ações
relativas ao ensino e ao funcionamento da escola, definindo os pontos de partida e
de chegada, auxiliando no Projeto Político-Pedagógico da mesma.
Este caminho contribui para que as relações se dêem de forma solidária,
incentivando o aluno a permanecer na escola proporcionando prazer e possibilidade
de ampliar e aplicar os conhecimentos ali construídos.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96 de 20 de
dezembro de 1996 reza que: os estabelecimentos de ensino serão incumbidos de
elaborar e executar sua proposta pedagógica, entre outros. Numa sociedade
democrática como a nossa, ao contrário do autoritarismo, o processo educacional
não pode ser imposto pelo Estado, mas sim investir na escola para que prepare
seus educandos para o processo democrático.
Através da democracia que é um modo de sociabilidade e expressa a
pluralidade, possuir espírito de justiça capaz de construir sua própria ética. A
sociedade cria normas e regras em sua Constituição, as quais o homem deve
observá-las não por medo de infringi-las, mas por ter como um valor legitimado.
Alguns vêem o conjunto de normas e aceitam em prol de sua felicidade, enquanto
outros cumprem apenas por medo de ser castigado. No entanto, há um desejo que
parece valer para todos e estar presente nos diversos projetos de felicidade: o
auto-respeito.
O presente estudo poderá, portanto, ampliar a compreensão sobre as
expectativas e percepções que os profissionais da educação e os alunos têm sobre
60
a ação educativa, proporcionar subsídios teóricos sobre a importância deste e
corroborar sua importância na vida e formação do ser humano através de reflexão,
análise e considerações.
61
VII. BIBLIOGRAFIA
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Conselho Nacional de Educação• Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.• Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.• Resolução 03/98 – CEB.
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64
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,
ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos,
artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas,
concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e
contextualização histórica.
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade
criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece
a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade,
expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos,
ideológicos e sócio-culturais.
No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a
linguagem.
OBJETIVOS
No transcorrer do Ensino Fundamental, o aluno poderá desenvolver sua
competência estética e artística nas diversas linguagens da área de Arte(Artes
Visuais, Dança, Música, Teatro). Tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais,
como para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os
bens artísticos de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da história e na
contemporaneidade.
Possibilitando assim, ao educando a experimentar e explorar cada linguagem
artística desenvolvendo potencialidades (percepção, observação, imaginação,
65
sensibilidade, criatividade, raciocínio lógico, olhar critico), construindo uma relação
de autoconfiança com a produção artística pessoal e o conhecimento estético.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Propiciar a educação do olhar estético, o saber e o fazer artístico estimulando
• percepção e a imaginação do aluno;
• Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra;
• Perceber e apropriar a obra em contexto;
• Formar conceitos artísticos;
• Desenvolver trabalhos artísticos e o contato do individuo com outros trabalhos
Permitir a prática criativa, a expressão do individuo;
• Exercitar os elementos compositivos;
• Compreensão da arte como fator de transformação social;
• Refletir e discutir a cerca dos desafios encontrados contemporaneamente;
• Elaborar trabalhos com conteúdo crítico,e sensibilidade estética.
• Proporcionar análise crítica sobre a Arte e seu contexto.
• Compreensão da arte e função social, e a relação do artista e sociedade.
• Trabalhar com questões pertinentes a humanidade do seu tempo, os desafios
contemporâneos, criando assim uma reflexão em torno de sua vivencia, como
cidadão, pessoa, e sujeito, assim de certa forma, propiciando que o mesmo
crie uma visão mais crítica e sensível do mundo.
CONTEÚDO ESTRUTURASTES
6º ANO - MÚSICA
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos AlturaDuraçãoTimbre
RitmoMelodiaGêneros: Folclórico
Pré – históriaAfricanaIndígena
66
Intensidade Densidade IndígenaPopular e ÉtnicoTécnicas: vocal einstrumental
6º ANO - ARTES VISUAIS
Elemento formais Composição Movimentos e Períodos PontoLinhaTexturaForma Superfície VolumeCorLuz
Bidimensional FigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: pintura, esculturaGêneros: Cenas docotidiano, histórica,religiosa, da mitologia
Arte AfricanaArte Pré-HistóricaIndígena
6º ANO – TEATRO
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Personagem: expressõescorporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço
Enredo, Roteiro.Espaço Cênico, adereçoTécnicas: Jogos teatraisDireto e Indireto, Improvisação,Manipulação, MáscaraGênero: Rituais
Pré-históriaAfricanoIndígena
6º ANO – DANÇA
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento CorporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos ArticularesFluxo Livre e InterrompidoRápido e LentoFormaçãoNíveis: Alto, Médio e BaixoDeslocamentos: Direto e
Pré-história
Africano
Indígena
67
IndiretoDimensões: Pequeno eGrandeTécnica de Improvisão
7º ANO – MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscrita MusicalGênero: Popular Étnico,FolclóricoTécnicas: Vocal eInstrumental.Improvisação
Música PopularÉtnicaGrego RomanaBrasileiraParanaense
7º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura a fundoAbstrataTécnicas: Pintura, Escultura,Arquitetura , Modelagem eGravura...Gêneros: Paisagem, Retrato,Natureza morta, cenas docotidiano, histórica, religiosa,da mitologia...
Arte popularBrasileira e ParanaenseBarrocoGreco Romana
7º ANO - TEATRO
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Personagens:Expressões Corporais,Vocais, Gestuais e Faciais.Ação
RepresentaçãoLeitura dramáticaCenografiaTécnicas: Jogos teatrais,mímicas, improvisação,
Teatro popular
Brasileiro Paranaense
Teatro Africano
68
Espaço formas animadas...Gêneros: Rua, Arena,Caracterização: Comédia e Tragédia
7º ANO - DANÇA
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido econduzido)Lento, rápido e moderado.Níveis: Alto, médio e baixo.Formação: direçãoGênero: folclórico, popular e étnico
PopularÉtnicaBrasileiraParanaenseGreco-romanaBarroco
8º ANO - DANÇAElementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento corporal tempo e espaço
GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás,direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGenero: indústria culturalespetáculo
Hip Hop
Musicais
Dança contemporânea
8º ANO - MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos Altura Ritmo Rap
69
DuraçãoTimbreIntensidade Densidade
MelodiaTonal, modal e a fusão deambosTécnicas: vocal, instrumentale mista
Rock
Tecno (Ocidental e Oriental
8º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodosLinhaTexturaForma Superfície VolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo visualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho,audiovisual e mista
Indústria cultural
Arte contemporânea
8º ANO - TEATROElementos formais Composição Movimentos e períodosPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço
Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais,adaptação cênica
Realismo
Expressionismo
9º ANO - MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e etnico.
Música popular: brasileira, paranaense e popularMúsica ContemporâneaMúsica Latino-americana
9º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos LinhaTexturaForma Superfície VolumeCor
BidimensionalTridimensionalFigura fundoRitmo visualTécnica: pintura, grafitte,
Arte do século XXVanguardasMuralismoArte latino americanaHip Hop
70
Luz performance, fotografiaGêneros: paisagem urbana,cenas do cotidianoPropaganda
9º ANO - TEATROElementos formais Composição Movimentos e períodos Personagem: expressõescorporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço
Técnicas: monólogo, jogosteatrais, direção, ensaio,teatro-fórum, ...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Teatro engajado
Teatro do absurdo
Vanguardas
Cinema Novo
9º ANO - DANÇAElementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento corporal
Tempo
Espaço
KinesferaPonto de apoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance emoderna
Vanguardas
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Contemporânea
ENSINO MÉDIOARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS ponto. Linha , forma ,textura, suoerfície, volume, cor, luz
CONTEÚDOS BÁSICOSBidimensionalidade: gravura e fotografiaTridimensionalidade: escultura e arquitetura;figura e fundo, figurativo, abstrato, perpectiva, semelhança, contraste, ritmo visual, simetria, deformação, estilização.
71
MOVIMENTOS E PERIODOSarte oriental, ocidental, africana, brasileira, paranaense, popular, de vanguarda, industria cultural, comtemporânea, latino-americana.
TEATROELEMENTOS FORMAISpersonagem, expressão corporal, vocal, gestual e facial, ação e espaçoCONTEÚDOS BÁSICOSjogos teatrais, teatro direto e indireto, mimica, ensaio, teatro-forum, roteiro, encenação e leitura dramática.
MOVIMENTOS E PERÍODOSteatro greco-romano, medieval, brasileiro, paranaense, popular, engajado, dialético, essencial, do oprimido, pobre, de vanguarda, renascentista, latino-americano, realista e simbolista.
DANÇAELEMENTOS FORMAISmovimento corporal, tempo, espaçoCONTEÚDOS BÁSICOSkinisfera, fluxo,peso, eixo, salto e queda, giro, soltos circulares, lento , rapido e moderado, aceleração e desacaleração, niveis e deslocamento,direções, planos, improvisação , coreografia.
MOVIMENTOS E PERÍODOSpré-história, greco-romanoedieval, renascimento, dança classica, popular, brasileira, paranaense africana, indigena, hip,hop, industria cultural, moderna, vanguarda, comtemporânea.
MÚSICAELEMENTOS FORMAISaltuta, duração, intensicade, timbre, dansidade.CONNTEÚDO BÁSICOritmo, melodia, harmonia, escalas, modal, tonal e fusão de anbas.MOVIMENTOS E PERÍODOSmúsica, popular, brasileira, paranaense , induntria cultural, engajada, vangueda, ocidental, oriental, africana, latino-americana.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Toda teoria será desenvolvida na prática, através de experimentações,
vivências e pesquisas onde o professor será o propositor e mediador de
conhecimento.
As aulas podem dar-se a partir da apreciação de determinada obra, bem
72
cultural, trajetória do artista, historicidade, além da materialidade contida em tal
poética, podendo ser esse material oriundo da natureza ou industrial, para que o
aluno possa experimentar os meios, suportes e conceitos que permeiam o processo
criativo em arte. A passagem de um conteúdo ao outro se dará mediante um gancho
temático e/ou conceitual que dialogue com o conteúdo em questão e a articulação
entre as linguagens artísticas, de forma que o aluno venha a participar ativamente
do processo criativo. Em todo momento será solicitado ao aluno que investigue em
jornais, revistas, no bairro em que mora e na cidade em que vive as manifestações e
ocorrências artísticas, a fim de permitir um aprendizado significativo que dialogue
com a história da arte nos diversos momentos da história da humanidade e que
também se fazem presentes nos dias de hoje no contexto urbano em que vive o
aluno. Dentro desse projeto haverá sempre o olhar para que as linguagens artísticas
sejam valorizadas e para que o aluno atente e observe para o fato de que a arte está
presente em todos os segmentos da sociedade, dentro da sua comunidade,
proporcionando dessa forma que o aluno perceba a arte em seu entorno
favorecendo uma situação de aprendizagem e criação artística.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,
propostos nas DECs.
AVALIAÇÃO
Avaliação diagnóstica e processual. Envolvimento e dedicação nas atividades.
A assimilação de conteúdos transmitidos em sala de aula, e a identificação
nasproduções. A curiosidade, a inventividade, a inovação a reflexão e a abertura a
novas ideias. A clareza no momento de expressar idéias de maneira oral e escrita
sobre a arte. A descrição, análise e interpretação das obras apresentadas em sala
de aula.
BIBLIOGRAFIA
73
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
BOAL, Augusto. Exercícios e jogos para o ator e o não-ator. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da Educação Nacional – LDB.Brasília, 1996.
BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo,Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da EducaçãoBásica – Arte. Curitiba: SEED, 2008.
74
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Se buscarmos o significado da palavra Biologia nos mais simples livros
escolares encontramos Biologia como o estudo da VIDA, partindo desse princípio de
que ela estuda não só os seres vivos, mas os processos de interação entre os seres
vivos e a natureza, colocam o homem como um ser participante e atuante em um
ecossistema.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais
levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel
enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade
de garantir sua sobrevivência.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,
buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões
religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais
no modo de como o homem passou a compreender a natureza.
Platão (428/27 a.C. – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C), deixaram
contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações
filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.
Na Idade Média (séc. V e séc. XV) o conhecimento do universo, sob
influência do cristianismo, foi associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica
que o transforma em dogmas teocêntricos onde “para tudo que não podia ser
explicado, visto ou reproduzido, havia uma razão divina, Deus era responsável”.
(RAN, 2002, P.13).
No séc. XII criam-se as primeiras universidades medievais que prenunciaram
mudanças de pensamento dos que não se enquadravam à escolástica. Ao romper
com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico – teológica medieval, os
conceitos sobre o homem passam para o primeiro plano e a explicação para tudo o
que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.
Todo este movimento da Ciência compreende um momento de abandono de
75
idéias antigas e preferência por novos modelos que a filosofia natural, limitada pelo
pensamento teológico, apresentava como resposta intuitiva, mágica, voltada à
descrição da natureza imutável e às ações do homem sob a graça divina.
Entre a Idade Média e a Idade Moderna houve as revoluções industriais do
séc. XVIII que fez com que houvesse a queda do poder arbitrário da Igreja.
Em 1452-1519, Leonardo da Vinci, introduz a matemática para interpretar a
ordem mecânica da natureza.
O pensamento biológico descritivo conceituou então a VIDA “como expressão
da NATUREZA idealizada pelo sujeito racional”. (RUSS, 1994,P.360-363).
Descartes considerado fundador do pensamento científico moderno, baseou o
pensamento biológico mecanicista.
No início do séc. XIX, Charles Darwin, apresenta suas idéias sobre a
evolução das espécies. Foi o primeiro a utilizar o que é hoje conhecido como método
hipotético-dedutivo.
Gregor Mendel (1822-1884) apresenta em 1865 sua pesquisa sobre a
transmissão de características entre os seres vivos.
No séc. X a nova geração de geneticistas formulou a nova concepção do
pensamento biológico evolutivo.
Em meados dos anos 70 a busca pelo entendimento de como a Ciência
progride expõe a fragilidade da concepção positivista presa a uma epistemologia
empírica.
Assim surge um novo modelo explicativo a partir do pensamento biológico da
manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender a
estrutura físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.
Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram identificados os
marcos conceituais da construção do pensamento biológico.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) diz, em
seu artigo 22, que o Ensino Médio “tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
Com a disciplina de Biologia objetiva-se:
76
• Compreender que a biologia,assim como as ciências em geral não é um conjunto
de conhecimentos definitivamente estabelecidos, mas que modifica ao longo do
tempo, buscando sempre corrigí-Ios e aprimorá-Ios;
• Compreender os conceitos científicos básicos, de modo que possa entender
melhor os fenômenos, sobretudos aqueles relacionados ao cotidiano e
acompanhar as descobertas científicas divulgadas pelos meios de comunicação
e avaliar os aspectos éticos destas descobertas, exercendo sua cidadania sendo
capaz de progredir no trabalho e em estudos posteriores;
• Desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico, utilizado para identificar e
resolver problemas, formulando perguntas e hipóteses, testando, discutindo e
redigindo explicações para os fenômenos e comunicando suas conclusões;
• Identificar as relações e a interdependência entre todos os seres vivos, até
mesmo da nossa espécie, e os demais elementos do ambiente, avaliando como
o equilíbrio destas relações é importante para a continuidade da vida em nosso
planeta;
• Aplicar os conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a contribuir
para a melhoria das condições ambientais da saúde e das condições gerais da
vida de toda a sociedade;
• Conhecer melhor o próprio corpo, valorizando hábitos e atitudes que contribuam
para a saúde individual e coletiva;
• Desenvolver o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a
origem, o significado, a estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo da
disciplina, fenômeno da vida;
• Contemplar a diversidade cultural, motivando o respeito mútuo entre os
educandos, valorizando os conhecimentos ligados a vida de campo;
• Abordar temas referentes a educação fiscal, enfrentamento a violência, educação
ambiental, combate ao uso indevido de entorpecentes, cidadania e direitos
humanos.Sendo assim objetiva-se através da disciplina: desenvolver o pensamento
biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem, o significado, a estrutura
orgânica e as relações da VIDA – objeto de estudo desta ciência, compreendendo
77
que a Biologia não é um conjunto de conhecimentos definitivamente estabelecidos,
mas que se modifica ao longo do tempo, através de estudos e pesquisas
tecnológicas.
Para isso nós educadores, devemos mostrar para os alunos como podemos
interagir de forma mais consciente e mais racional com nosso meio ambiente.
Podemos perceber que para o real estudo da Biologia, devemos deixar de lado a
dependência da pura memorização, trabalhando de forma mais atuante e
significativa, estimulando nos alunos um espírito crítico e reflexivo na busca de
explicações de quais são as finalidades das coisas, em diferentes situações
ocorridas no nosso cotidiano.
Como vivemos em um mundo cada vez mais industrializado, percebemos um
crescente êxodo rural, pessoas do campo ainda em busca de melhores condições
de vida. A educação do campo é um meio de formação que nasce de um
compromisso e reconhece os sujeitos, recuperando a sua identidade como
trabalhador ou trabalhadora do campo, o campo como um espaço vivido e de
fundamental importância, criando alternativas de um outro tipo de conhecimento
muito mais prático e diversificado.
A educação do campo parte da terra como a unidade fundamental para a
construção do conhecimento e como meio de desenvolvimento sócio-cultural
Não se contesta a importância do professor, como um intermédio para a
construção dos conhecimentos pelos alunos, e na formação de cidadãos. Mas cabe
ao professor fazer adaptações dos objetivos, critérios de avaliações ou nas
atividades de ensino-aprendizagem para melhor atender as necessidades
educacionais especiais.
Políticas de educação como formação humana pautada pela necessidade de
estimular os sujeitos da educação pela sua capacidade de criar com outros um
espaço humano de convivência social desejável. A formação humana é constituir
todo o processo educativo que possibilita o sujeito enquanto ser social responsável e
livre, capaz de cooperar e de possuir um comportamento ético, porque não
desaparece em suas relações com os outros. Portanto, a educação como formação
humana é também uma ação cultural. A educação como estratégia fundamental
78
para o desenvolvimento sustentável do campo deve se constituir nas políticas
publicas como uma ação cultural comprometida com o projeto de reinvenção do
campo brasileiro.
Outro aspecto a ser abordado no cotidiano do trabalho docente eo da
Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber
e atentar as necessidades especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas
comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e
o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógico coletivo, multifacetadas,
dinâmicas e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento
das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família –escola.
Com força trans formadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade
inclusiva.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para que o trabalho seja bem desenvolvido e que os conteúdos sejam
adequados à realidade de nossa escola os conteúdos estruturantes serão
distribuídos no Ensino Médio relacionando diversos conhecimentos específicos e
priorizando o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos para
propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de
questões emergentes sempre permeados por discussões éticas.
Os Conteúdos Estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande
amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina
escolar - e neste caso, da Biologia - considerados basilares e fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e de ensino.
Assim sendo, teremos os seguintes conteúdos estruturantes:
Organização dos seres vivos
A partir do pensamento biológico descritivo baseado na visão macroscópica
da NATUREZA, fazer análise da diversidade biológica, agrupando e categorizando
as espécies extintas e existentes. Conhecer, compreender e analisar a diversidade
biológica existente sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais
79
conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que
determinam o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
Mecanismos biológicos
Por meio do pensamento biológico mecanicista, ampliar a discussão sobre o
pensamento biológico descritivo privilegiando o estudo dos mecanismos que
explicam como os organismos funcionam.
Pretende-se neste conteúdo, partindo da visão mecanicista do pensamento
biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza,
ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o
funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes
seres – do celular ao sistêmico.
Biodiversidade
Discute os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,
perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,
garantindo a diversidade de seres vivos.
Manipulação genética
Aborda a aplicação do conhecimento biológico e as discussões bioéticas
decorrentes da manipulação e modificação do material genético, desenvolvidos pelo
homem, interferindo no fenômeno VIDA.
CONTEÚDOS BÁSICOS
De acordo com a DCE de Biologia o número de aulas para a disciplina de
biologia foi mantida, no entanto, na organização curricular por blocos a distribuição
elas estão concentradas no tempo semestral e um número maior de encontros
semanais. Esta organização curricular favorece a trabalho com aulas geminadas,
tornando-as interessantes e produtivas, permitindo a aplicação de diferentes
estratégias de ensino, desse modo os conteúdos ficaram distribuídos da seguinte
forma:
80
Durante as aulas de Biologia, serão contempladas temáticas referentes à
educação do campo, relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana:
* Estudo sobre teorias antropológicas;
* Estudo das características biológicas dos diversos povos;
* Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços
da ciência e tecnologia;
* Análise e reflexão sobre a saúde e as condições de higiene proporcionadas
à população;
* Estudo e reflexão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
É preciso estimular a participação ativa do estudante no processo de
aprendizagem, enfatizando a pesquisa e a capacidade de resolver problemas,
compreendendo o que ele pensa a respeito dos fenômenos e dos conceitos
científicos, procurando sempre uma interação, um diálogo com o estudante, de
forma a estimular sua curiosidade.
Outro aspecto é que ensinar não é mera transmissão de fórmulas ou nomes
para serem decorados, é preciso estabelecer uma conexão entre os abstratos
conceitos científicos e as experiências do cotidiano – incluídas aquelas recebidas
por meios das notícias sobre ciência e tecnologia. E, para saber se o estudante
realmente aprendeu determinado conceito, é preciso lançar questões em que ele
use o raciocínio, aplique o que aprendeu a situações novas – em vez de usar
apenas questões que envolvem uma simples memorização de nomes ou fórmulas. E
é preciso que, em um mundo em que os conhecimentos científicos estão em
constante transformação, ele aprenda a pesquisar as informações pertinentes.
Deverá existir uma relação entre o que o aluno aprende na escola com seu
cotidiano e buscar também uma integração entre as diversas disciplinas, isto é, que
se busque uma interdisciplinaridade.
O ensino envolve também valores e atitudes em relação aos problemas atuais
83
e assim devemos ajudar o aluno a desenvolver uma atitude responsável, de modo
que ele possa contribuir para a melhoria das condições gerais de vida de toda a
sociedade. Assim é importante avaliar não apenas a aprendizagem de conceitos,
mas também a de procedimentos e atitudes, utilizando tarefas escritas, exposições
orais durante as atividades em grupo ou no laboratório.
Outra atividade que, além de integrar conhecimentos, veicula uma concepção
sobre as relações homem-ambiente e possibilita novas elaborações por meio da
pesquisa é o estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios, praias,
bosques, rios, zoológicos, hortas, lixões, fábricas, etc.
Durante o trabalho da disciplina de Biologia, a diversidade e os desafios
educacionais contemporâneos serão abordados na forma de debates entre a turma,
assim como também, através de vídeos e apresentações de trabalhos.
Cabe ressaltar que o Ensino de Biologia deverá propiciar ao aluno condições
para refletir sobre seus conhecimentos e seu papel como sujeito capaz de atuar em
sua realidade de forma a não dicotomizar a relação homem-natureza, agindo com
responsabilidade consigo, com o outro e com o ambiente. A partir de recursos
pedagógicos tais como vídeos, textos de apoio, slides, atividade experimental de
manipulação de material ou demonstrativa, jogos didáticos, pesquisas.
Dentre os instrumentos usados para que tais proposições se efetivem
podemos destacar:
• Exposição de conteúdos utilizando fotos do cotidiano, como notícias de
jornais, revistas e exemplos do dia-a-dia;
• Valorizar os conhecimentos de mundo e as experiências que os alunos
trazem promovendo debates e discussões;
• Trabalhar a ciência de acordo com os princípios éticos, buscando sentido
para a existência humana inserida na natureza e no mundo técnico e
científico.
• Utilização das novas mídias (televisão multimídia, internet, TV Paulo Freire
entre outras).
• Realização de Palestras, exposição de trabalhos referentes aos desafio
educacionais contemporâneos:
84
1. Educação fiscal;
2. Enfrentamento a violência;
3. Educação ambiental;
4. Combate ao uso indevido de drogas;
5. Cidadania;
6. Direitos humanos;
7. Diversidades: afrodescendentes, indígena, campo e sexualidade
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,
propostos nas DECs.
AVALIAÇÃO
A LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e prioriza a qualidade e
o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do
aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um trabalho. Essa é
uma avaliação formativa e não terá como pressuposto a punição ou a premiação.
Devemos considerar que cada aluno possui um modo de aprender e faz isso em um
ritmo próprio, e propõe que o professor diversifique as estratégias de avaliação para
que possa acompanhar o processo de aprendizagem.
A avaliação será feita por meio de vários instrumentos, sendo resumidos da
seguinte forma:
• avaliação inicial ou diagnóstica;
• avaliação integradora;
• trabalhos individuais de pesquisa;
• trabalhos em grupo;
• provas escritas.
Os instrumentos de avaliação serão diversificadas, onde será observado
desenvolvimento de trabalhos individuais ou em grupo dos alunos, a partir disso
pode-se fazer uma análise do aproveitamento, os avanços e a evolução dos alunos.
A recuperação paralela será desenvolvida no decorrer do bimestre de acordo
85
com as necessidades individuais de cada aluno, para não prejudicar o
desenvolvimento dos mesmos, retomando se preciso os conteúdos já desenvolvidos
e não assimilados pelos alunos.
Em atendimento aos alunos com necessidades especiais, a avaliação será
realizada de maneira diferenciada, a qual será adaptada conforme a necessidade do
educando.
Neste estabelecimento utilizam-se como método para mensuração de valores
o seguintes:
• Duas ou mais avaliações com valores totais máximos de 7,0 pontos
• Dois ou mais trabalhos com valores totais máximos de 3,0 pontos
Por fim, não se pode esquecer que o aluno tem o direito de conhecer o
próprio processo de aprendizagem e avaliação para se empenhar na superação de
suas capacidades.
REFERÊNCIAS
AMABIS & MARTHO. Conceitos de Biologia. São Paulo: Moderna, 2001.
ARROYO, Miguel Gonzalez e outros (org.) Por uma Educação do Campo. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 2005.
Cadernos Temáticos. Educação do Campo. SEED – Pr., 2005.
Ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Lei n° 10.639/03. Brasília, 2003.
LAURENCE. J. Biologia. Ed. Nova Geração, 2007.
LOPES E ROSSO, Sônia, Sergio Ed. Saraiva, 2006. BIOLOGIA
LINHARES E GEWANDSZNAJDER; Sérgio, Fernando. Ed. Ática, 2006.
Favaretto e Mercadante; José Arnaldo, Clarinda. Ed. Moderna, 2006.
POSITIVO, Apostilas. Ensino Médio. Curitiba – PR.
RAVEN, Peter H. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.
TV escola, VÍDEOS, REVISTAS E JORNAIS.
86
César e Sezar. Ed. Saraiva, 2006. BIOLOGIA.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda
sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos
observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais
como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada
ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação.
Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob
influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a
partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de
resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas
como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das
ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber
cotidiano.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
87
formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos
seus recursos. No entanto,
O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...]. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura (HABERMAS, 1980, p. 305).
Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização
do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos
que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura
científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).
Uma opção para conceituar ciência é considerá-la
[...] um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica) (FREIRE-MAIA, 2000, p. 24).
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos
a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e
Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que permitem
interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos
fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados
como paradigmas, leis e teorias.
Entretanto, percebemos que a ciência é uma construção humana que pode
apresentar falhas, é intencional e não acabada e pronta, sempre está mudando. É
88
importante salientar que é a partir da evolução do pensamento que se desenvolveu
a ciência e ainda continua evoluindo dentro de limites e possibilidades. O homem
formulou hipóteses, teorias, crenças, criou valores criando assim, a ciência racional
que é filosofia. E no decorrer da história mudou a forma de expressar o
conhecimento referente ao mundo e, assim a ciência passa a ser determinada pela
maneira com que se expressa esse conhecimento.
Alguns acontecimentos históricos marcaram profundamente o pensamento do
homem e, consequentemente a ciência. Tais acontecimentos nortearam o
pensamento do homem gerando mudanças na forma de entender o mundo e
transmitir o conhecimento e também no desenvolvimento do pensamento científico.
O desenvolvimento das indústrias se deu pela ciência e, dessa forma pode-se
perceber que os avanços científicos determinam o desenvolvimento e o crescimento
das indústrias, por sua vez, exige a ascendência da ciência para aperfeiçoar as
técnicas e, com isso, desenvolver novas tecnologias.
As contribuições que a ciência tem dado para a humanidade são inúmeras e
evolui muito nos últimos anos superando a evolução biológica do homem. Por
exemplo nos avanços da química, na física, na biologia, no lançamento de satélites,
nas telecomunicações, na medicina, na engenharia genética tem contribuído muito
para o desenvolvimento da ciência e do pensamento. Porém, a ciência também tem
seus efeitos negativos ao incrementar as guerras, influenciar a miséria, a fome, a
exclusão social de muitos, assim fica claro que a ciência é uma construção humana,
tem suas aplicações para melhorar e facilitar a vida das pessoas nas relações
sociais e ética por meio dos avanços tecnológicos.
Quanto a Educação no campo muitos são os métodos propostos para as
ciências, entretanto, deve-se salientar que muitas das ideias para melhoria de vida
do campesino podem ser propostas e conjeturadas na esfera de contato professor-
aluno e na troca de ideias entre os educadores. Sendo o ponto de partida para tal
metodologia a reflexão, sobre o local e público com que se está trabalhando.
Entre os paradigmas do ensino rural, está o de que basta uma educação
medíocre e precária dos conteúdos programáticos, prenunciando que a maioria dos
89
educandos permanecerá no campo e os que se destacarem por um melhor
desempenho, deverão ir para as cidades buscar uma vida melhor.
O pensamento inquietante de viver ou estudar na cidade, principalmente nos
jovens da área rural, instalou-se como uma marca registrada. Para muitos,
permanecer no campo, tornou-se prenúncio de inferioridade e atraso. Tal
pensamento acentuou cada vez mais a pobreza, não só nas cidades, mas
principalmente na zona rural, que se torna carente principalmente do entusiasmo e
energia de jovens inteligentes que abandonam seu trabalho no campo, por falta de
incentivos sociais educativos legítimos e planejados.
O educador ao pensar na sua prática cotidiana na escola, deve compreender
o universo de vida de seus educandos, refletir acima de tudo se é mesmo em
escolas do campo que ele deseja lecionar, se é correto trabalhar a mesma
metodologia e com os mesmos objetivos com que se leciona nas cidades.
A Educação Rural, ambiente no qual muitos educadores estão inseridos,
torna-se muitas vezes vazia e desinteressante. O professor convive com a
impressão de estar repassando conteúdos para serem esquecidos, Criando assim
um pernicioso abismo de identidade e conhecimento entre professor e seu aluno. O
Ensino no Campo, deve acima de tudo atuar na auto estima do aluno, na
observação das dificuldades reais do mesmo, convergindo em proposição de
idéias que exerçam relevância na vida dos campesinos.
Cabe ao educador, subsidiar conhecimentos que envolvam um despertar de
consciência sobre os problemas agrícolas no âmbito, político, social e cultural.
Questionar quando cabível os fatores que levaram ele e sua família a uma baixa
produção e ao endividamento.
A transformação da escola e para colocá-la a serviço da transformação social,
não basta alterar os conteúdos nela ensinados, é preciso mudar o jeito da escola,
suas práticas suas estrutura de organização e funcionamento tornando-a coerente
com os novos objetivos, capazes de participar ativamente do processo de
construção da nova sociedade CALDART (2000).
É fundamental que o professor de áreas campesinas possua entendimento
90
das interposições políticas que impedem o homem do campo de evoluir e torná-las
visíveis aos olhos do educando, para que este, ao longo de sua vida escolar possa
localizar os problemas que interferem no seu ciclo de produção e renda e
desenvolvimento.
O presente tema sempre foi trabalhado nos conteúdos de História:
miscigenação de povos, reinos africanos, tráfico de negros, origem dos grupos
étnicos, escravidão no Brasil, cultura afro-brasileira.
Tais conteúdos assumem extrema relevância no que diz respeito à formação
do caráter do educando, devendo ser enfatizado de maneira multidisciplinar com
abordagens profundas nos aspectos sociais, morais, econômicos e políticos, que
envolveram e acarretaram a “extinção” dos povos indígenas no Brasil.
Ao referenciar a cultura do povo indígena, deve ser enfatizado em sala de
aula como este processo ocorreu, pois processo semelhante pode estar ocorrendo
como um prenúncio da vida do homem no campo, através da destruição da pequena
propriedade em prol do latifúndio e a erradicação da vida e da cultura do trabalhador
rural.
O objetivo do ensino é a observação do aluno aos fenômenos da natureza,
sua interpretação racional levando ao conhecimento científico.
OBJETIVOS GERAIS
• O ensino de ciências oportuniza ao ser humano historicamente constituído,
aprimorando o indivíduo e contribuindo para o desenvolvimento autossustentável
que tem como base a pesquisa e o conhecimento científico produzido como
fundamento para o avanço social, a evolução do indivíduo a compreensão dos
fenômenos e principalmente que ele é parte integrante e responsável para exercer a
cidadania;
• O ensino de ciências colabora para a formação integral do aluno tornando-o apto
a desenvolver potencialidades, capacidades de questionamento e discussão tendo
em vista as ações do presente e do futuro, superando a visão fragmentada e
91
relacionando teoria e prática;
• A ciência deve ser um processo contínuo de construção, respeitando o
conhecimento prévio do educando, confrontando-o com o conhecimento científico.
A ciência inovadora, problematizadora, reflexiva, que relaciona a teoria com a
prática, possibilitando a formação de cidadãos de atuantes e comprometidos com a
qualidade de vida (ciência x tecnologia x ambiente);
• O conhecimento da ciência permite aplicar os conhecimentos adquiridos de
forma responsável, de modo a contribuir para a melhoria das condições ambientais,
da saúde e das condições gerais de vida de toda a sociedade;
• A ciência permite relacionar o conhecimento científico ao desenvolvimento da
tecnologia e às mudanças na sociedade, entendendo que esse conhecimento é uma
parte da cultura e está ligado a fatores políticos, sociais e econômicos de cada
época e que suas aplicações e a interdependência entre todos os seres vivos podem
servir aos interesses diversos;
• Permite identificar as relações e as interdependências entre todos os seres vivos,
inclusive a nossa espécie, e os demais elementos do ambiente, avaliando como o
equilíbrio dessas relações é importante para a comunidade da vida em nosso
planeta;
• Fazer campanha educativa contra acidentes de trânsito, promovendo uma
iniciativa própria do aluno na manutenção das condições de segurança dentro e fora
da escola. Alertar os alunos no sentido de uma maior atenção ao atravessar a rua.
Dos riscos de brincar ou jogar nas ruas, em frente de garagens, ao andar de
bicicleta, etc;
• Educar os alunos para outros tipos de segurança como afogamento, quedas,
queimaduras, envenenamento, armas de fogo, etc.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para que o trabalho seja bem desenvolvido e que os conteúdos sejam
adequados à realidade de nossa escola os conteúdos estruturantes serão
92
distribuídos no Ensino Fundamental das Séries Finais relacionando diversos
conhecimentos específicos e priorizando o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos para propiciar reflexão constante sobre as mudanças de
tais conceitos em decorrência de questões emergentes sempre permeados por
discussões éticas.
Os Conteúdos Estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande
amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina
escolar - e neste caso, da Ciências - considerados basilares e fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e de ensino.
Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para
a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em
todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de
Ciências adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o
trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar
uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das
realidades regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros
didáticos de Ciências.
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma
das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos
celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos
geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos,
93
conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os
fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles
buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade,
como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as
viagens espaciais, entre outros.
Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e
a evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões
astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• universo;
• sistema solar;
• movimentos celestes e terrestres;
• astros;
• origem e evolução do universo;
• gravitação universal.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos
específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos
tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa
percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento
não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,
indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos
científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria
e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• constituição da matéria;
• propriedades da matéria.
94
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos
sistemas do organismo, bem como suas características específicas de
funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o
funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,
como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se
a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres
vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que
formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos
básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de
questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• níveis de organização;
• célula;
• morfologia e fisiologia dos seres vivos;
• mecanismos de herança genética.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do
conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde
a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo
fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de
temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do
calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a
lei da conservação da energia.
Nestas diretrizes destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem-se
o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de
95
compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações,
como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia
luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma
forma em outra.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a
conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• formas de energia;
• conservação de energia;
• conversão de energia;
• transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além
da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número
de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada
ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.
Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o
entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes
níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-
relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).
Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de
Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos
intrarrelacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de
conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico
envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas
estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram
e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido
transformações.
96
Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos
que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a
biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• organização dos seres vivos;
• sistemática;
• ecossistemas;
• interações ecológicas;
• origem da vida;
• evolução dos seres vivos.
Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são
essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses
conteúdosbásicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem
abordados pelos professores de Ciências em função de interesses regionais e do
avanço na produção do conhecimento científico.
Dos conteúdos básicos de ensino fundamental podem ser observados:
• Universo, Sistema Solar, Movimentos Terrestres, Movimentos Celestes,
Astros
• Constituição da Matéria
• Níveis de organização Celular
• Formas de Energia, Conversão de Energia, Transmissão de Energia
• Organização dos seres vivos, Evolução dos seres vivos
• Astros, Movimentos Terrestres e Movimentos Celestes
• Constituição da Matéria
• Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos
• Formas de Energia, Transmissão de Energia
• Origem da Vida, Organização dos seres vivos e Sistemática
• Origem e Evolução do Universo
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• Constituição da Matéria
• Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos
• Formas de Energia
• Evolução dos seres vivos
• Astro, Gravitação Universal
• Propriedades da Matéria
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos, Mecanismos de Herança Genética
• Formas de Energia, Conservação de Energia
• Interações Ecológicas
Durante as aulas de Ciências, serão contempladas temáticas referentes à
educação do campo, relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação
ambiental.
* Estudo sobre teorias antropológicas;
* Estudo das características biológicas dos diversos povos;
* Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços
da ciência e tecnologia;
* Análise e reflexão sobre a saúde e as condições de higiene proporcionadas
à população;
* Estudo e reflexão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);
* Estudo dos usos indevidos das drogas e suas consequências;
* Estudo do meio ambiente.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
• Exposição de conteúdos utilizando fatos do cotidiano, como notícias de jornais,
revistas e exemplos do dia a dia;
98
• Valorizar os conhecimentos de mundo e as experiências que os alunos trazem
promovendo debates e discussões;
• Trabalhar a ciência de acordo com os princípios da ética, buscando sentido para a
existência humana inserida na natureza e no mundo tecnocientífico;
• Utilização de TV multimídia;
• Elaboração de textos e pesquisas;
• Visitas a indústrias, museus, parques, estação de tratamento de água e esgoto;
• Realização de experiências com relatório;
• Uso de fitas de VHS, DVD, CD, CD-ROM educativo, entre outros;
• Participação coletiva dos professores, na elaboração de conteúdos didáticos
sobre educação no campo, para que sejam integrados a grade formal de ensino;
• Incluir nas aulas conteúdos referentes à organização social e política brasileira,
ressaltando a justiça e igualdade social, as leis de responsabilidade fiscal, prejuízo
das políticas assistencialistas e os direitos do homem do campo;
• Incentivar o aluno no processo de culturas alternativas, desvinculando o mesmo
da monocultura e do uso intensivo de agrotóxicos.
• Despertar a ideologia de um trabalho sem influência de transnacionais que
utilizam-se do solo e agricultor de forma exploratória e descartável;
• Impulsionar conhecimentos sobre associações de agricultores e cooperativismo.
• Promover palestras com técnicos agrícolas, agrônomos, EMATER etc...;
• Feira de ciências com apresentação de vídeos, discussões, mesas redondas,
conhecimentos da cultura campesina; etc...;
• Fornecer ao educando elementos para sua reflexão sobre a prejuízo social
acarretado pelo sistema latifundiário no Paraná;
• Identificar problemas a serem enfrentados como:
Globalização: A globalização e a liberalização do comércio deveriam favorecer
países que dispõem de competitividade natural. Na prática, os países ricos impõem
suas regras comerciais, prejudicando especialmente os países de vocação agrícola.
99
A implementação do processo de globalização deverá ter sua lógica revista, de
maneira que o processo seja justo e solidário, com respeito e equilíbrio entre os
parceiros comerciais, sem drenar recursos dos países pobres para os ricos.
Tecnologia: A tecnologia será o diferencial competitivo do novo século. Os avanços
em biologia molecular, química fina, energia e comunicação e informações,
aprofunda o fosso entre ricos e pobres. Pontes de conhecimento, assistência
técnica, parceria e cooperação devem ser implementados continuamente para evitar
uma separação tecnológica que implodiria as políticas de erradicação da fome,
tornando-as insustentáveis no longo prazo.
Recursos Naturais: Quando não é possível produzir de forma sustentável, há o
esgotamento dos recursos naturais, com destruição de vegetação nativa, matas
ciliares e nascentes, além da contaminação dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos.
Saúde: A pobreza, associada com a desnutrição, completa um círculo vicioso com
as más condições de saúde, aumentando o custo social da desnutrição. A
população afetada perde as condições de trabalho e a capacidade gerencial para
levar avante pequenos empreendimentos, que possam dar sustentabilidade a
programas de erradicação da fome.
Urbanização: Embora o custo de um emprego ou de manter um cidadão na área
rural seja mais baixo que o equivalente na área urbana, a falta de oportunidades e
de perspectivas no meio rural incentiva o êxodo. Como parcela considerável da
geografia da fome está localizada em áreas rurais, os fluxos migratórios aumentarão
o percentual de famélicos nas cidades e reduzirão o aporte de alimentos que,
embora insuficiente para sua subsistência, era produzido pelos retirantes.
Mudanças no campo: O êxodo rural, o envelhecimento da população rural e a
queda no valor das commodities agrícolas, estão mudando a face do campo e
inviabilizando a agricultura de subsistência autossustentada, exigindo políticas de
assistência social dirigidas a mitigar o impacto das forças de mercado, que expulsam
o homem do campo.
Conflitos: Ainda subsistem dezenas de conflitos localizados, embates étnicos, lutas
100
pelo poder em sociedades desestruturadas ou em via de reconstrução, drenando
recursos e energia que poderiam estar voltados para políticas de erradicação da
fome.
Mudanças climáticas: O aquecimento global, provocado pelas pesadas e contínuas
descargas de poluentes oriundos das plantas industriais dos países ricos, pode
afetar profundamente o ambiente rural, alterando parâmetros climáticos que afetem
o desenvolvimento dos cultivos. Sem tecnologia para conviver com as mudanças
climáticas, os habitantes de países pobres correm o risco de ver reduzidas suas
safras, ampliando o número de famintos em locais afetadas por episódios climáticos
adversos.
Junto aos encaminhamentos metodológicos pertinentes às aulas de
Ciências,,os conteúdos obrigatórios serão trabalhados, contemplando aspectos
relacionados a: História e Cultura Afro-brasileira Africana e Indígena - Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/2008; História do Paraná - Lei nº 13.381/01;Música – Lei
nº 11.769/2008; Direito das Crianças e Adolescentes – Lei nº 11.525/2007;
Educação Tributária/Fiscal – Decreto nº 1143/1999, Portaria nº 413/2002; Educação
Ambiental – Lei nº 9795/1999, Decreto 4201/2002; Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade Humana (Gênero e Diversidade); Enfrentamento à violência
contra a criança e o adolescente.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,
propostos nas DECs.
Em todos os momentos de interação pedagógica, os educandos serão
respeitados pela sua individualidade, considerando que possuem opiniões próprias e
história de vida que precisa ser respeitada e valorizada.
AVALIAÇÃO
A LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e prioriza a qualidade e
o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do
101
aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um trabalho. Essa é
uma avaliação formativa e não terá como pressuposto a punição ou a premiação.
Devemos considerar que cada aluno possui um modo de aprender e faz isso em um
ritmo próprio, e propõe que o professor diversifique as estratégias de avaliação para
que possa acompanhar o processo de aprendizagem.
Ao longo do processo da aprendizagem será feita a avaliação paralela dos alunos
que não conseguem acompanhar o desenvolvimento dos objetivos e conteúdos,
através de tarefas extraclasse, pesquisas, trabalhos em grupos ou duplas, exercícios
de reforço, etc.
A avaliação será feita por meio de várias estratégias, sendo resumidas da
seguinte forma:
• avaliação inicial ou diagnóstica;
• avaliação processual ou reguladora;
• avaliação integradora;
Instrumentos:
• trabalhos individuais de pesquisa;
• trabalhos em grupo;
• provas escritas.
• provas orais.
As avaliações serão diversificadas, com desenvolvimento de trabalhos
individuais ou em grupo dos alunos, a partir disso pode-se fazer uma análise do
aproveitamento, os avanços e a evolução dos alunos.
A avaliação será primeiramente diagnóstica para então perfazer o caminho
processual de observação diária para dar suporte à sistematização de:
- Duas provas de caráter somatório com valor 3,5 pontos cada. ( Total = 7,0).
- Trabalhos( interpretações de textos, exercícios ) = 2,0 pontos.
- Conceito participação em aula, feira de ciências e outras atividades extra-classe =
1,0 pontos.
102
A recuperação paralela será desenvolvida no decorrer do bimestre de acordo
com as necessidades individuais de cada aluno, para não prejudicar o
desenvolvimento dos mesmos, retomando se preciso os conteúdos já desenvolvidos
e não assimilados pelos alunos quando for de necessidade.
Em atendimento aos alunos com necessidades especiais, a avaliação será
realizada de maneira diferenciada, a qual será adaptada conforme a necessidade do
educando.
Espera- se que o aluno :
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos dos seres
vivos;
• Estabeleça relações entre características específicas dos micro- organismos,
dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;
• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de
obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e
assexuada);
• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial;
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a
evolução das espécies;
• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e
as relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para
manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;
• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e
destes com o meio em que vivem;
103
Por fim, não se pode esquecer que o aluno tem o direito de conhecer o
próprio processo de aprendizagem e avaliação para se empenhar na superação de
suas capacidades.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 5ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 6ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 7ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 8ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.
Construindo Consciências: ciências, 5ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.
Construindo Consciências: ciências, 6ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.
Construindo Consciências: ciências, 7ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.
Construindo Consciências: ciências, 8ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.
REVISTA SAÚDE É VITAL – fevereiro, 2007.
II CONFERÊNCIA NACIONAL POR UMA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Luziânia, GO. 2004. Declaração Final : uma política pública de educação do campo.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
– Ciências. Curitiba: SEED, 2008.
104
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física já vivenciou várias tendências ao longo de sua história...
Militarista,onde se preocupavam com o preparo do físico tendo em vista a luta nas
guerras, Tecnicista, onde se priorizava os aspectos técnicos, Higienista,onde a
maior preocupação era em relação à saúde, entre outras. Hoje passamos por
transformações e contínua busca por uma identidade. Porém, nos parece evidente o
papel da Educação Física nas escolas. Ela tem a função social de contribuir para
que os educandos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirir uma especificidade corporal concreta e refletir criticamente sobre as práticas
corporais, pois nosso objeto de estudo é a cultura corporal. A Educação Física deve
ser fundamentada nas reflexões sobre necessidades atuais de ensino perante os
alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Há ainda que
se considerar as experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e
comunidade em geral.
Fundamentando-se nas DCE's, o currículo da Educação Básica oferece, ao
estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação
da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete às
reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de
conhecimento, na escola, deveria equivaler à ideia de atelier-biblioteca-oficina, em
favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica. Trabalhar com a
disciplina de forma que o aluno saiba reconhecer os limites do seu corpo e de seus
colegas; aprender a trabalhar em grupo, para isto se aplique na vida cotidiana e em
sociedade desse aluno; utilizar-se da Educação Física para promover a interação de
todos os alunos, tanto daqueles com necessidades especiais quanto daqueles que
não se adaptam à disciplina por vergonha, falta de habilidade ou qualquer outro
motivo...fazer isto através de diálogos com as turmas e atividades cooperativas em
que todos se vejam obrigados a colaborar uns com os outros.
A princípio, a Educação Física, quando inserida no currículo escolar, era tida
105
como um momento para a prática da ginástica, com a finalidade de deixar o corpo
saudável. Após muitas reformas na própria ideia de Educação Física, atualmente ela
é uma disciplina complexa que deve, ao mesmo tempo, trabalhar as suas próprias
especificidades e se inter-relacionar com os outros componentes curriculares.
A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas
têm: o poder de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada.
Esse fato permite uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação
– do grupo e do indivíduo – por parte do professor, que pode ser bastante benéfica
ao processo geral educacional do aluno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender
seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas
relações sociais. O primeiro semestre, “jogos, ginásticas, esportes e lutas”,
compreende atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol,
basquetebol, salto em altura, natação, capoeira e judô. O segundo semestre
abrange atividades relacionadas à expressão corporal, como a dança, por exemplo.
Já o terceiro bloco propõe ensinar ao aluno conceitos básicos sobre o próprio corpo,
que se estendem desde a noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as
diferentes culturas lidam com esse instrumento.
Se analisarmos uma aula em que o professor trabalha apenas os quatro
esportes coletivos (voleibol, basquetebol, futebol e handebol), sob a ótica de uma
Educação Física que visa à reflexão do aluno sobre si e sobre a sociedade em que
está inserido, logo perceberemos o quão pobre se torna a experiência sobre o corpo
nessas aulas. Nesse sentido, é fundamental que a compreensão de si, de sua
cultura e de outras culturas seja ampliada, a fim de efetivar a disciplina de Educação
Física como um componente curricular educacional.
Os conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação
106
Básica são os seguintes:
• Esporte;
• Jogos;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
Conteúdos Básicos
• Esportes: Coletivos e individuais.
futebol; voleibol; basquetebol; punhobol;
handebol; futebol de salão; futevôlei;
beisebol .
• Jogos e Brincadeiras: jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de
rodas,jogos de tabuleiro, jogos coopeativos.
amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no
poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca;
fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau
ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião;
jogo dos paus; queimada; policia e ladrão ;
gato e rato; adoletá; capelinha de melão;
atirei o pau no gato; escravos de jó; lenço atrás;
dança da cadeira .
• Dança:danças folclóricas,danças de rua e danças criativas.
fandango; quadrilha; dança de fitas; dança
de são Gonçalo; frevo; samba de roda;
batuque; baião;
valsa; merengue; forro; vanerão; samba;
soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.
elementos de movimento ( tempo, espaço,
peso e fluência); qualidades de movimento;
improvisação; atividades de expressão
107
corporal.
• Ginástica: ginástica rítmica, circence e geral.
solo; corda; arco; bola; maças; fita.
alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica
localizada; step; pular corda;
pilates. jogos gímnicos; movimentos gímnicos
(balancinha, vela, rolamentos, paradas,
estrela, rodante, ponte).
• Lutas: lutas de aproximação e capoeira.
judô; luta olímpica; karatê;
ENSINO MÉDIOConteúdo Estruturante Conteúdo Básico
EsporteColetivosIndividuaisRadicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodasJogos de TabuleiroJogos Cooperativos
Dança
Jogos DramáticosDanças FolclóricasDanças de SalãoDanças de RuaDanças CriativasDanças Circulares
Ginástica
Ginástica ArtísticaGinástica RítmicaGinástica de academiaGinástica Geral
Lutas
Lutas de aproximaçãoLutas que mantém distânciaInstrumento mediadorCapoeira
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado
108
nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes
propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação
Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos
capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
• Abordagem teórica dos conteúdos: origem e histórico, estudados através de
textos, pesquisas na internet e livro didático público.
• Vivência prática dos conteúdos estruturantes.
◦ Provocar reflexões entre o conhecimento popular e científico dos conteúdos
trabalhados, através de debates e seminários após o estudo acima citado.
• Desafios Educacionais Contemporâneos: Inclusão de alunos especiais,através de
jogos cooperativos, educação no campo através das brincadeiras típicas da
realidade dos alunos do campo, trazidos e compartilhados por eles, cultura africana,
através da dança e da luta como a capoeira.
• Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão tratados
em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas
DCES.
Recursos Didáticos
• Utilização da TV Multimídia no recorte de filmes, jogos, lutas, danças e folclore.
• Utilzação de pesquisas, fazendo uso do laboratório de informática.]
• Utilização das quadras para aulas práticas.
• Utilização do quadro negro.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
109
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
A avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora
e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. É importante ressaltar que a
avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos
escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta
Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos
necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Será somatória,
através de provas, trabalhos de pesquisa, resumos, e com recuperação paralela de
conteúdos, retomando o conteúdo não entendido pelos alunos e refazendo as
provas, os trabalhos e tudo que for necessário para essa recuperação.
Critérios: a avaliação se dará por meio de provas teóricas sobre os conteúdos
vistos no bimestre, trabalhos de pesquisa relacionados ao conteúdo do bimestre,
sobre história e cultura africana, com ênfase na luta da capoeira, história e herança
indígena, que pode ser abordado na história do atletismo, visto que, para sobreviver,
os índios praticavam corridas, arco e flecha entre outras atividades que hoje se
tornaram esportes. Nas aulas práticas, somente o esforço em realizar a atividade
pelo aluno será avaliado e não suas habilidades físicas.
Prova Teórica: 3,5
Trabalho em Grupo: 3,0
Aulas Práticas: 3,5
Total: 10,0
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
STIGGER, P.M. Educação física, esporte e diversidade, 2005.
www.portaldaeducacaofisica.com.br
110
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso está pautada no entendimento do
conhecimento constituído sobre as diversas tradições e organizações religiosas, o
qual deve dimensionar o respeito na inter-relação entre as diferentes manifestações
e crenças religiosas. Esta concepção, que deve reger o Ensino Religioso, pautou-se
na necessidade de superação de uma situação historicamente constituída, que se
perfazia no ensino do catolicismo, o qual expressava a proximidade desde o Império
com a Igreja Católica. Depois, com o advento da República, a nova constituição
separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico. Mesmo assim, a presença
das aulas de religião foi mantida nos currículos escolares, devido ao poder da Igreja
Católica junto ao Estado brasileiro.
Tal influência pode ser constatada em todas as Constituições do Brasil, nas
quais o Ensino Religioso foi citado, com a representatividade hegemonicamente
cristã no processo de definição dos preceitos legais. Em consequência, desde a
época do Império, a doutrina cristã tem sido preferida na organização do currículo de
Ensino Religioso.
Entretanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às
práticas catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola. Os
debates em torno da sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos e a
busca de explicações que justificam as novas configurações da disciplina não se
restringem ao contexto brasileiro.
Costella (2004) afirma que três fatores ajudam a entender a necessidade de
um novo enfoque para o Ensino Religioso:
• o primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e
que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa;
• o segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,
devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da
educação e da comunicação, e
112
• o terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda
reviravolta nas concepções, em especial no séc. XIX, que atinge seu ápice na
célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900):
“Deus está morto”, metáfora do autor transcendente e imanente. Isto conduz a uma
repulsa aos valores absolutos e também ao questionamento em qualquer valor
ditado por uma ordem superior, visto que o homem é um ser pensante, logo criador.
Para Nietzsche, esta posição subjetiva leva a sociedade ao niilismo, à
decadência moral-religiosa vinculada à manutenção de um local reservado ao
princípio transcendente e imanente, o qual vem sendo destruído pela sociedade.
Mesmo que aparentemente contraditório ao que se interpõem nos dias de hoje –
uma sociedade racional e tecnologicamente equipada –, há uma necessidade social
de retorno à busca de explicações no sagrado.
Nesse contexto, há um ressurgimento das religiões, já que as limitações da
racionalidade moderna e do saber científico se tornaram latentes, fenômeno já
apontados e estudados por autores como o filósofo alemão Edmund Husserl
(1859-1938), com a obra A Crise das Ciências Européias, e o filósofo austríaco
Ludwig Joham Wittgenstein (1889-1951) com seus escritos a respeito do
entendimento da linguagem que circunda o homem e o mundo. Foram críticas sobre
a redutibilidade dos saberes do mundo à linguagem científica e a sua pretensa
superioridade em relação às demais formas de conhecimento e expressão. Assim,
faz-se necessário superar modelos lineares e fragmentados de compreensão da
realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa
da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a disciplina de
Ensino Religioso e para toda a escola.
Desta forma, o processo de ensino e de aprendizagem proposto para este
documento, visa à construção e produção do conhecimento que se caracteriza pela
promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do
confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente
de conteúdos formalizados. Opõe-se a um modelo educacional que centra o ensino
tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo educador, o que reduz as
possibilidades de participação do aluno e não respeita a diversidade religiosa.
113
Nesse contexto, está a escola e nela o currículo do Ensino Religioso,
historicamente marcado como espaço de transposição do que era a catequese e
que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo doutrinal cristão.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar:
• a necessária superação das tradicionais aulas de religião;
• a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas,
dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos;
• as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as
diversas formas de religiosidade.
Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de
disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos
escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como
da formação dos educadores.
No processo de constituição do Ensino Religioso como disciplina escolar,
ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem tratados na escola; portanto,
vale destacar que para a sociedade as religiões são confissões de fé e de crença.
No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a
ser tratado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações
religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são
abordadas para ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da
cultura, construída historicamente e, portanto, são marcadas por aspectos
econômicos, políticos e sociais.
Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento,
sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.
Em outras palavras, pode-se dizer que:
aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as Igrejas (COSTELLA, 2004, pp. 97-107).
114
Desse modo, assim como para as Diretrizes Curriculares para o Ensino
Religioso, esta Proposta Curricular tem como objetivo orientar também a abordagem
e a seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser
tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado
compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de
diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio
dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações
do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina
de Ensino Religioso subsidiará os alunos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições
religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização,
por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e
da constituição da vida em sociedade.
O Ensino Religioso nas escolas é garantido, mesmo que facultativo, pela
Constituição de 1988, no art. 210, apresentado como parte integrante do Ensino
Fundamental e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.475/97,
como parte integrante da formação do cidadão. Estatuto da Criança e do
Adolescente também assegura o desenvolvimento espiritual como direito
fundamental da pessoa humana.
Mesmo que seja facultativo nas leis, o Ensino Religioso tem uma
contribuição social e uma função importantíssima na formação do cidadão.
Todavia, o seu conteúdo precisa estar alicerçado na pluralidade e na diversidade
religiosa e sua metodologia precisa estar fundamentada no principio da
imparcialidade.
Como em nossa sociedade todos necessitam da escola para ter acesso a
uma parcela de conhecimento histórico acumulado pela humanidade, através
dos conteúdos escolares, o conhecimento religioso enquanto patrimônio da
115
humanidade, necessita estar a disposição da escola. É preciso, portanto, prover
os educandos de oportunidades de se tornarem capazes de entender os
momentos específicos das diversas culturas, cujo abstrato religioso colabora no
aprofundamento para autentica cidadania. E, como o conhecimento religioso
está no substrato cultural, o Ensino Religioso contribui para a vida coletiva dos
educandos na perspectiva educadora que a Expressão Religiosa tem, de modo
próprio e diverso, diante dos desafios e conflitos.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Pela observância dos aspectos que marcam o sagrado e as relações que se
estabelecem em decorrência dele, nas diferentes manifestações religiosas a serem
tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como conteúdos
estruturantes desta disciplina referenciais que incluam nos conteúdos escolares a
pluralidade das tradições religiosas.
Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os
conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e
organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.
Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado, os
conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:
• a Paisagem Religiosa;
• o Universo Simbólico Religioso;
• o Texto Sagrado.
Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos
isoladamente; antes, são referências que se relacionam intensamente para a
compreensão do objeto de estudo em questão e se apresentam como orientadores
para a definição dos conteúdos escolares.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como
116
referência os conteúdos estruturantes, já apresentados. Na escola, o conhecimento
é organizado de modo a favorecer a sua abordagem por meio de diferentes
disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino Religioso, o
Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará
sempre a ele relacionado.
6° Ano 7° Ano
Organizações religiosas Temporalidade Sagrada
Lugares Sagrados Festas Reigiosas
Textos Sagrados Orais ou Escritos Ritos
Símbolos Religiosos Vida e Morte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O Ensino Religioso será trabalhado como parte de um contexto
democrático no qual os educandos terão liberdade de expressão e respeito às
diferentes tradições religiosas, sendo estimulados à descoberta e vivência dos
valores universais. Serão utilizadas aulas expositivas, debates, elaboração de
frases, confecção de cartazes, filmes, revistas, música e desenhos.
Deve-se fazer um trabalho que aborde os conteúdos obrigatórios da
instrução 009/11 SEED/SUED em consonância com os conteúdos pertencentes a
disciplina de Ensino Religioso:
1. Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da
Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações
entre o homem e o meio bio-físico;
2. Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos
e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado
democrático;
3. Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação
de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço
117
onde o conhecimento toma o lugar da força;
4. História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei
10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das
Relações Étnico-raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-brasileira e
Africana, acrescida da Deliberação Estadual no 04/06 do CEE. Promovendo assim,
o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra,
assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das
indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura
Afro-brasileira e Africana.
5. Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso,
fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças
pessoais. Os educadores e os alunos são instigados em conhecer assuntos
relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao
usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;
6. Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento
pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os
referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.
Também, faz-se necessário superar práticas que tradicionalmente têm
marcado o currículo da disciplina de Ensino Religioso, desvinculando-as das aulas
de religião, seja em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, aos
conteúdos selecionados, ou, ainda, em relação ao encaminhamento metodológico
adotado pelo educador.
Assim, um dos encaminhamentos propostos para este documento é a
abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, cujo objeto de estudo é o sagrado,
conceito discutido nos fundamentos teórico-metodológicos das Diretrizes
Curriculares da disciplina e a base a partir da qual serão tratados todos os demais
conteúdos.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da
disciplina, sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento. Pode-se citar, por exemplo, que os espaços sagrados também
constituem conteúdos de geografia e de arte; no entanto, o significado atribuído a
118
esses espaços pelos adeptos desta ou daquela religião serão tratados de forma
mais aprofundada nas próprias aulas de Ensino Religioso, cujo foco é o sagrado.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo contínuo,
diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de
ensino-aprendizagem. Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um
recurso pedagógico sutil e necessário para auxiliar cada educador e cada aluno na
busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de vida.
Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso,
faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez
que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das
disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino
Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro
de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da matrícula na disciplina.
O processo de avaliação no Ensino Religioso faz parte do principio de
inclusão e não de exclusão. No processo de aprendizagem o que deverá nortear
a avaliação, será o cotidiano na sala de aula, em que o interesse, a assiduidade,
a execução das tarefas e o envolvimento do aluno nas atividades propostas
serão observadas.
Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser
observado pelo educador em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-
se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa
com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as
diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da
cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para
referir-se às diferentes manifestações do sagrado.
Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o
educador terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de
119
ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de
apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para
dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos
conteúdos que irá desenvolver posteriormente.
Nessa perspectiva, o educador de Ensino Religioso terá também, a partir do
processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua auto-
avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização
daquilo que já tenha sido trabalhado, tendo como referência este documento de
diretrizes.
É importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo
recente de implementação nas escolas e que, o ato de avaliar é um dos fatores que
poderá contribuir para a sua legitimação como um dos componentes curriculares.
Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação
ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o educador proceda ao
registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à
escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos
obtidos na disciplina.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de
retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares,
os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem
ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social?
120
• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações
do Sagrado?
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de
concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,
pluralidade, amplitude e profundidade.
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123
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo
contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e
colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam
quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-
se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais,
políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e
propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação
artística, nos contextos em que elas se constituem.
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem
a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do
embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele
momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel
da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica
das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo
sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia
se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de
discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como
o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino
de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo.
A ideia de que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por
exemplo, moral e política, é tese defendida com frequência por filósofos. Ocorre
que essa discussão, ao ser levada para o ensino, torna inevitável o
estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provoca nos
estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar a
qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. Russell (2001, p.
124
148), em Os Problemas da Filosofia, respondeu a essa polêmica:
O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma
incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela
vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum,
das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que
cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão
deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio;
para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as possibilidades
infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar,
pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais
ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente
se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha
a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere
numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,
descativando-nos da tirania do hábito. Embora diminua, por consequência, o
nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são, aumenta
muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; varre o
dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que nunca chegaram a empreender
viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica o sentimento de admiração,
porque mostra as coisas que nos são costumadas num determinado aspecto
que o não é.
A disciplina de Filosofia é a incessante busca para compreendermos a
realidade em nossa volta e principalmente a razão da nossa existência. Ela nos
proporciona auxilio para a compreensão do homem, como um ser situado numa
época em que ele próprio sente-se surpreso, perplexo com a realidade vivida, e
começa a questionar sobre tal realidade. Isso retrata o contexto histórico da
Filosofia, contrapondo com a atualidade percebemos que no “mito da caverna”,
descrito por Platão, essa questão é muito bem representada.
A Filosofia e o filosofar estão presentes em várias disciplinas, no ato de
pensar, em nosso dia-a-dia, etc. Porém, já autores como Hegel que afirmam que
não existe como conhecer os conteúdos da Filosofia sem filosofar. Já Kant
125
afirma que é necessário ensinar a filosofar para se entender a Filosofia. Na
verdade, ambos andam juntos, tanto a Filosofia como o filosofar, dependem um
do outro, são indissociáveis.
A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que
possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é
um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar
como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente
com o exercício da leitura e da escrita.
Os filósofos não se ocuparam o bastante com a natureza do conceito como
realidade filosófica. Eles preferiram considerá-lo como um conhecimento ou uma
representação de dados, que se explicam por faculdades capazes de formá-lo
(abstração ou generalização) ou de utilizá-lo (o juízo). Mas o conceito não é dado, é
criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo, autoposição
[Hegel]. [...] Os pós-kantianos giravam em torno de uma enciclopédia universal do
conceito, que remeteria sua criação a uma pura subjetividade, em lugar de propor
uma tarefa mais modesta, uma pedagogia do conceito, que deveria analisar as
condições de criação como fatores de momentos que permanecem singulares. Se
as três idades do conceito são a enciclopédia, a pedagogia e a formação profissional
comercial, só a segunda pode nos impedir de cair, dos picos do primeiro, no
desastre absoluto do terceiro, desastre absoluto para o pensamento, quaisquer que
sejam, bem entendidos, os benefícios sociais do ponto de vista do capitalismo
universal (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 20-21).
A Filosofia se constitui como pensamento há mais de 2.600 anos. Os
historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final
do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia
Menor, na cidade de Mileto. Sendo o primeiro filósofo Tales de Mileto.
Os principais períodos da Filosofia:
• Filosofia Antiga (século VI a.C. ao século VI d.C.);
• Filosofia Patrística (século I ao século VII);
• Filosofia Medieval (século VII ao século XIV);
126
• Filosofia da Renascença (século XIV ao século XVI);
• Filosofia Moderna (século XVII ao século XVIII);
• Filosofia Contemporânea (abrange o pensamento filosófico que vai de
meados do século XIX e chega aos nossos dias).
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam
constituem,assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar
constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em
sala de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes
devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da
história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as
questões filosóficas sejam levados em consideração.
Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade
que ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de
ordem cosmológica, isto é, com a exploração das perguntas relativas à natureza
e ao seu ordenamento. Posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão
e inclui investigações sobre a condição humana.
• o princípio originário (arché);
• as leis que regem o universo;
• os fenômenos atmosféricos;
• o movimento e a estática;
• o lugar do homem no cosmos;
• a questão da ética e da política.
Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,
pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período
anterior. A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento
da Igreja como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que
foram elaboradas pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas era
a ordenação, a hierarquização e o controle da sociedade, sob os auspícios da lei
divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço público, passa a ser
prerrogativa da Igreja.
O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo
127
monoteísmo,pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito
cristão de amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência
encerra a condição de igualdade como criatura divina. A Filosofia da Idade
Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica
(séc. IX ao XIV),
“...trata basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à teologia [...] não basta crer: é preciso também compreender a fé” (REALE, ANTISERI, 2003, p. 125).
Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da
individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a
alma, substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A
Filosofia declara sua independência da Teologia e os pensadores passam a
tratar principalmente de questões filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo,
Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender as lógicas da
natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa valorizar o homem
(antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou da
tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão;
confiar na razão, que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do
mundo com benefícios para o homem.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da
consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que
vêm constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de
ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos
estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados
hoje também tenham se apresentado, anteriormente, como problemas, a
atividade filosófica deve considerar as características e perspectivas do
128
pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.
OBJETIVOS
Quanto ao objetivo, a Filosofia não busca fins práticos, conteúdos
acabados, e sim se ocupa de questionamentos cujas respostas estão longe de
se obter através da Ciência. Por isso, é necessário dar espaço para que o aluno
faça uma reflexão, uma análise crítica, e que a partir de conceitos filosóficos, o
aluno possa ter autonomia para uma recriação de conceitos, tornando-se assim
pessoas críticas, que através de seus conhecimentos possam fazer a diferença
no exercício da cidadania, contribuindo para um mundo melhor.
CONTEÚDOS
1ª série
O que é o ser humano?
Filosofia:
Para que serve?
Sócrates, Platão e Aristóteles.
Por que filosofar no contexto atual?
Os pré-socráticos;
A lógica Aristotélica;
Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);
O que é conhecimento?
Possibilidades do conhecimento;
René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;
2ª série
Filosofia:
Para que serve?
Sócrates, Platão e Aristóteles.
129
Por que filosofar no contexto atual?
Os pré-socráticos;
A lógica Aristotélica;
Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);
O que é conhecimento?
Possibilidades do conhecimento;
René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;
Ética;
Os valores;
A moral;
Responsabilidade, dever e liberdade;
Destino e determinismo;
Liberdade incondicional e o livre-arbítrio;
A liberdade em Spinoza;
A morte;
Habermas e a ética do discurso;
3ª série
Filosofia:
Para que serve?
Sócrates, Platão e Aristóteles.
Por que filosofar no contexto atual?
Os pré-socráticos;
Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);
O que é conhecimento?
Possibilidades do conhecimento;
René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;
Ética;
Os valores;
A moral;
Responsabilidade, dever e liberdade;
130
Liberdade incondicional e o livre-arbítrio;
A liberdade em Spinoza;
Habermas e a ética do discurso;
Filosofia Política;
Força e poder;
O exercício democrático;
A política na antiguidade e idade média
O pensamento político de Aristóteles;
Maquiavel e “O Príncipe”;
Hobbes e “Leviatã”;
Rousseau e “O contrato social”;
Estética;
O que é o belo;
A arte como forma de pensamento;
Concepções estéticas;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a
ocupar e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos
problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por
sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas
vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais.
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática,capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender
a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e
especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma
fragmentada, o estudantes não pode prescindir de um saber que opere por
questionamentos, conceitos e
categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que
131
se dá o pensamento e a experiência humana.
A atual crise ambiental, com seus respectivos problemas, marcada pela
degradação socioambiental e fruto da fragilidade dos valores que orientam a
relação ser humano e natureza, se intensifica ao longo do tempo e de forma
cada vez mais acentuada, resultando na miséria, no consumismo e na exclusão
social e econômica. Esta deterioração gera crises, entre elas, a do
conhecimento. Nesse contexto, a educação é vista como um dos processos do
desenvolvimento humano, responsável pelas estruturas das políticas de
conhecimento, pela mudança de mentalidades, bem como pela formação de
novas identidades sociais. Portanto, é nessa construção e compreensão que a
educação ambiental parece surgir, como mediadora à problemática
socioambiental e caracterizada como um fenômeno social complexo. Assim,
este artigo teve o objetivo de apresentar o processo formativo da educação
ambiental, pautado na sua trajetória mundial e nacional, para compreender a
sua constituição e institucionalização, bem como as bases de pensamento que
permeiam a sua narrativa.
Acompanhamos, principalmente a partir do final dos anos 90, uma
grande discussão sobre a violência que estaria presente no cotidiano escolar,
afetando profundamente alunos, professores e funcionários. Afinal, do que
falamos quando falamos na violência que estaria presente no ambiente escolar?
Fala-se em agressões verbais, brigas, roubo, furto, indisciplina, incivilidades,
violência moral, violência física, violência contra o patrimônio público,
discriminação, humilhação, desrespeito... a lista parece interminável. O que
acontece nas escolas?, trata-se de relacionar a discussão sobre a violência nas
escolas – problema atual, sobre o qual se debruçam especialistas das mais
diversas áreas – com a discussão sobre a função da escola e suas
possibilidades de educar na sociedade contemporânea.
A sociedade contemporânea tem como características: o espaço
(escassez); o tempo (marcado fundamentalmente pelo fato social) e a
individualização (sujeito busca a satisfação dos seus desejos, sua segurança e
proteção). Essa multiplicidade de fatores favorece a competição, o consumo de
132
todo tipo de produtos e serviços e a perda do sentido de solidariedade e de
alteridade. Esse fato contribui para que a cidade trace uma fronteira simbólica
dividindo o espaço urbano em áreas espetaculares e áreas segregadas, criando
mundos heterogêneos - ocupados por grupos sociais diferentes, de acordo com
imagens construídas socialmente - e contribuindo para o surgimento de um
estado constante de tensão propicia à violência. A violência, embora não seja
uma forma específica de expressão na sociedade contemporânea, encontra na
atualidade, dispositivos, ancorados na facilidade de comunicação, para que seja
motivada e facilitada. O jovem disponível para experimentar novas situações e
aventuras, forma o grupo mais vulnerável à violência (vítima) e ocupa o lugar de
violento (culpado). Assim, é destacado pela mídia, pela sociedade civil, políticas
públicas, sistema de controle e repressão. Portanto, discutir a violência juvenil
na sociedade contemporânea exige uma contextualização e uma análise
cuidadosa desse grupo social.
Com o advento das revoluções modernas que estabeleceram os
modelos de legislação para grande parte do mundo ocidental, o conceito de
direitos e deveres vem se alterando. A própria definição de gênero, de infância,
de sexualidade, de família e tantas outras balizas constitutivas da sociedade
sofreram modificações. Nesse sentido, ao se pensar no ambiente escolar atual e
na convivência de diferentes grupos sociais, fica evidente o surgimento de
conflitos e ideias contrastantes a respeito de assuntos ligados aos variados
grupos. No que se refere à sexualidade, as discussões sejam talvez as mais
polêmicas por envolverem muito mais que conceitos científicos diversos:
referem-se, muitas vezes, a conceitos dogmáticos, especulativos,
preconceituosos, limitados e conservadores, que, aliados a uma formação
incipiente por parte das/os educadoras/es, gera a apropriação de um currículo
que geralmente ignora, trata com superficialidade ou desconsidera tal
perspectiva. Depreende-se disso que o ambiente escolar se constitui num
contexto propício não só para a propagação de concepções sociais
fundamentadas em referenciais hegemônicos mas também das ali produzidas,
que muitas vezes promovem as diferenças como produtoras de desigualdades
133
sociais. Pode-se assim, propor a inserção da discussão sobre orientação sexual
por meio de temas transversais, esse material sugere orientações pedagógicas
fundamentadas em uma concepção intencional e politicamente construída de
educação acerca da sexualidade, baseada na prevenção à gravidez na
adolescência e às DST/HIV/Aids, somente. Não estamos negando sua
importância documental e histórica, nem tampouco a discussão sobre tais
assuntos que se faz urgente em âmbito escolar, mas não podemos nos restringir
a fatores que são, muitas vezes, consequências de outros dois muito mais
amplos: as relações entre os gêneros e o desejo afetivo-sexual.
Além disso, a inclusão educacional constitui a prática mais recente no
processo de universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que
visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada
pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da
diversidade humana.
Dessa forma, o papel da escola consiste em favorecer que cada um, de
forma livre e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige
para si. Neste âmbito, a prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes
do convencional: consideração das diferenças individuais, valorização de cada
pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da
cooperação.
Tendo em vista o exposto acima, podemos concluir que o conceito de
inclusão engloba também aqueles que de certa forma são excluídos da sociedade e
não somente alunos com deficiências. Sendo assim, a educação inclusiva abrange
também alunos acometidos de alguma doença ou impossibilidade, alunos oriundos
de populações nômades e etnias, além dos alunos em situação de risco, entre
outros.
Temos ainda, outros discursos, como a educação do campo, como início
do século XXI apresenta inúmeros desafios à humanidade, e um deles é o de
superar as contradições sociais, especialmente nos países com alto grau de
concentração de renda e desigualdade. A fome, a miséria, a exclusão, a
exploração são condições que exigem projetos políticos nacionais e
134
internacionais de enfrentamento para sua superação. O Brasil é um exemplo de
país contraditório, com imenso potencial humano e de biodiversidade, mas com
excessiva concentração de renda e altos níveis de pobreza.
Dentre as contradições da sociedade brasileira, tem presença a questão
agrária, que, como diz Martins (2000, p. 98-99),
[...] tem a sua própria temporalidade, que não é o ‘tempo’ de um governo. Ela não é uma questão monolítica e invariante: em diferentes sociedades, e na nossa também, surge em circunstâncias históricas determinadas e passa a integrar o elenco de contradições, dilemas, tensões que mediatizam a dinâmica social e, nela, a dinâmica política.
Para o autor, a questão agrária é eminentemente histórica; trata-se do
tempo da conjuntura histórica e não simplesmente das diversas conjunturas
políticas e econômicas. “A questão agrária está no centro do processo
constitutivo do Estado republicano e oligárquico no Brasil, assim como a questão
da escravidão estava nas próprias raízes do Estado monárquico no Brasil
imperial” (MARTINS, 2000, p. 101).
Nesse contexto, é preciso pensar a educação do campo, que esteve à
margem das políticas educacionais, uma vez que, da ótica oficial, a educação
não era necessária aos povos trabalhadores da terra. A questão agrária esteve
visível em diferentes conjunturas políticas, em função da atuação dos
movimentos que reivindicam reforma agrária, muito embora ela tenha sido
tratada como problema social, como diz Martins (2000), e não como questão
estrutural.
Por sua vez, a educação do campo tem conquistado espaço político na
conjuntura atual, em função da atuação dos movimentos sociais e das iniciativas
governamentais que foram impulsionadas pela sociedade civil organizada. A
Coordenação da Educação do Campo do Estado do Paraná, há quatro anos,
discute e participa, com os movimentos e organizações sociais, da elaboração
de propostas de políticas públicas para a educação do campo.
Num momento político, final dos anos de 1990, em que os movimentos
135
sociais conquistaram espaço na agenda política e que as questões étnicas,
ecológicas e socioculturais têm sido discutida .
É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A
concepção de
rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que
historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que
necessitam de assistência e proteção, na defesa de que o rural é o lugar do
atraso. Trata-se do rural pensado a partir de uma lógica economicista, e não
como um lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e
culturas.
Como consequência das contradições desse modelo de
desenvolvimento, está, por um lado, a crise do emprego e a migração campo-
cidade e, por outro, a reação da população do campo que, diante do processo
de exclusão, organiza-se e luta por políticas públicas, construindo alternativas de
resistência econômica, política e cultural que também inclui iniciativas no setor
da educação.
Em tudo isso, o trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e
seus conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos:
• a mobilização para o conhecimento;
• a problematização;
• a investigação;
• a criação de conceitos.
e durante as aulas desenvolver-se-ão as seguintes etapas:
• Exposição dialogada dos conteúdos pelo professor com os estudantes;
• Elaboração de trabalhos em equipe e individual;
• Debates;
• Pesquisas;
• Filmes;
• Músicas.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão
136
tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,
propostos nas DECs.
Assim, a Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como
exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O
ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a
Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino
dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. Por isso,a
atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará
entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado
com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e
buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer
emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).
Propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que,
pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
137
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno
aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como
sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se
apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas
contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula
precisa contribuir para essa formação.O que deve ser levado em conta é a atividade
com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios
e interesses subjacentes aos temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio
de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
O sistema de aferição de notas adotado será umas avaliações somatórias,
totalizando 10 (dez) pontos, que seja: formativa, contínua, processual, diagnóstica,
cumulativa e permanente.
De acordo com a deliberação 007/99 Artigo 3º, a avaliação do aproveitamento
escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de
aprendizagem como: avaliações escritas, apresentação no caderno, trabalhos
individuais e em grupo e apresentações orais.
De acordo com a Lei – 9394/96 os alunos participantes da sala de recursos
terão direita a avaliação diferenciada. Serão oferecidos recursos de apoio, tanto
visual, físico quanto nas especificações requeridas. Textos, atividades e avaliações
diferenciadas irão direcioná-los para chegar uma aprendizagem mais benéfica tanto
para o aluno como para o professor.
138
A seguir descrevem instrumentos avaliativos:
- Avaliação individual;
- Escrita ou oral dependendo da necessidade do aluno;
- Trabalhos individuais;
- Trabalho em grupos;
- Seminários;
- Debates;
- Apresentação de trabalho;
- Exercícios avaliativos;
- avaliações;
- recuperações paralelas de trabalhos e avaliações;
A referida recuperação de conteúdos será facultativo aos alunos com notas
superiores do valor atribuídos a avaliação. A recuperação paralela será diária
através da observação, intervenção, revisão dos conteúdos e trabalhos extra
classes.
A recuperação paralela dar-se à através da auto-avaliação dos trabalhos e
das avaliações em relação ao conhecimento através da sistematização do
conhecimento adquirido no desenvolvimento dos trabalhos práticos realizados. De
acordo com a necessidade poderá elaborar uma nova atividade.
Os critérios da avaliação serão:
- Provas – por números de acertos e tentativas.
- Trabalhos individual ou coletivo, o interesse, a participação e a pesquisa centrada
no assunto.
- Seminários, apresentação e coerência.
- Experimentos, criatividade, execução e compreensão do fenômeno físico.
- Envolvimento da teoria com a prática para uma melhor compreensão do conteúdo
estudados.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa
após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo
contínuo, onde o aluno será avaliado diariamente.
139
BIBLIOGRAFIA
ANNUD, Jean-Jaques. A guerra do fogo. França; Canadá, 1981. Filme.
APOSTILAS DO POSITIVO.
APRENDE BRASIL. Ano 2, no. 9, Positivo, 2006.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. Volume único. São Paulo: Ática.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2001.
FILOSOFIA, Discutindo. Ano 1, no. 3, Escola Educacional.
ARANHA, Maria Lúcia de A. Filosofando. Ed Moderna, 2003.
________________________. Temas de filosofia. Ed Moderna, 2003.
REALE, G. ; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. 2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um
método regido por determinados princípios gerais e disciplinado por relações entre
experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em linhas gerais, o estudo
das propriedades da matéria - seus aspectos e níveis de organização - e leis de seu
movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem
matemática capaz de abranger o maior número possível de fenômenos. O homem
sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do
universo.
Para isso, tem procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse
140
esforço levou ao surgimento da física como uma disciplina científica.
As fronteiras com a técnica têm origem na base empírica da física,
construída sobre métodos experimentais e instrumentos de medidas. A física ora
cria e aperfeiçoa esses instrumentos, ora busca em outras áreas de estudo. A luneta
telescópica, por exemplo, que permitiu a Galileu realizar observações de grande
impacto científico, foi criada para servir à técnica de navegação. A física também
contribui com variadas aplicações no lar, na indústria, na medicina e na pesquisa
científica, como é o caso da energia elétrica e do raio X.
O reconhecimento das imensas possibilidades da física para a criação de
técnica aproveitável pelas outras ciências e pela sociedade motivou a mobilização
de esforços e recursos humanos com o objetivo de explorá-la sistemática e
intencionalmente. O conjunto dessas atividades constitui a física aplicada, campo
em que se realizam, por exemplo, pesquisas sobre semicondutores voltadas para as
aplicações da eletrônica, e pesquisas sobre fusão nuclear controlada, em busca de
novas formas para a produção de energia.
O conhecimento da Física deve, necessariamente, começar pela pergunta,
pela inquietação, pela existência de problemas e pela curiosidade. Cabe ao
educador, antes de qualquer coisa, ensinar a perguntar. Essa é a questão
fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Para que o educando possa
fazer perguntas, é necessário que o ponto de partida sejam situações concretas da
vida e do cotidiano.
O ensino de Física hoje proposto é o de intercalar ciência e cotidiano, onde
os educandos devem aprender a aplicar os princípios e generalizações aprendidas
nas aulas para a compreensão e controle de fenômenos e problemas do dia-a-dia.
Percebe-se que isto não está sendo vivenciado no âmbito escolar, o que
mostra a precariedade do ensino num mundo em constante evolução que a qualquer
momento uma grande quantidade de informações e conceitos físicos surgem ao
nosso redor.
Muitos dos conceitos abordados no ensino de Física - como força,
movimento, velocidade, temperatura etc. já tem um significado para o educando,
pois são fruto de suas experiências diárias. Nem sempre o modelo que o educando
141
traz para a sala de aula coincide com o científico. Na maioria das vezes, a
compreensão da realidade a partir da teoria científica implica, para o educando, uma
mudança na maneira de olhar determinado fenômeno. Assim, as situações de
aprendizagem devem permitir, em primeiro lugar, que o educando explicite suas
idéias sobre os assuntos em estudo e, posteriormente, apresentar problemas que
não sejam resolvidos pelos educandos. A percepção de que suas justificativas sobre
um fenômeno não explicam todas as questões relativas ao tema, favorece uma
postura de investigação da realidade pelo educando, permitindo-lhe avaliar suas
concepções diante das teorias científicas.
Para não continuarmos numa educação bancária, fazendo somente
depósitos de informações (assuntos ministrados sem preocupar-se com sua real
funcionalidade no dia-a-dia dos educandos), temos que nos preocupar com o
conhecimento do que realmente procuramos ensinar, despertando nos educandos a
curiosidade pela busca do conhecimento além da sala de aula, ou seja, o
conhecimento relacionado ao seu cotidiano que desperte o interesse pela Física na
sua totalidade.
A física é um produto da inteligência humana, que se mantém em contínua
construção e reelaboração. Seus princípios, seus conceitos e suas ideias,
formulados e retormulados ao longo de séculos de reflexão e pesquisa, nem sem
presão óbvios e muitas vezes contrariam o senso comum. São necessários tempo,
estudo e persistência para compreendê-Ios adequadamente.
Podemos, então, mostrar que é possível ensinar Física de maneira diferente
e voltada à realidade dos educandos, problematizando os conceitos e práticas,
buscando a participação e a colaboração dos educandos no âmbito escolar, fazendo
com que se aumente o diálogo problematizador entre educador-educando
observando os princípios de igualdade, liberdade, diversidade, participação e
solidariedade, definindo assim uma relação democrática entre educador-educando.
A importância de uma atividade preocupada com a dialogicidade entre
educador e educandos e a problematização de conceitos faz com que educador e
educandos façam dos questionamentos decorrentes dentro da sala de aula se
tornem uma atitude cotidiana de aprender, de construir conhecimento de forma
142
libertadora. Uma atividade dialógico-problematizadora possibilitará ao educador,
educandos e equipe escolar, conhecer, analisar e refletir como se dará a construção
e produção do conhecimento e como se dará à difusão desse conhecimento no
ambiente escolar.
Torna-se essencial desenvolvermos um trabalho que tenha por finalidade
promover mudanças nas práticas educacionais que estão sendo empregadas nas
escolas do Ensino Médio. É necessário aprender a dialogar e criticar, fazer com que
os educandos tenham algum interesse em buscar e adquirir conhecimentos além do
espaço da sala de aula. Em outras palavras problematizar as práticas e os conceitos
envolvidos relacionando-os com o cotidiano.
Para realizarmos mudanças nas práticas educacionais e superar todas estas
dificuldades que estão sendo empregadas nas escolas do ensino Médio torna-se
imprescindível analisarmos a própria prática docente passo a passo, buscando
novos meios de ensino-aprendizagem para uma educação qualificada e que faça
parte da cultura de cada um. Na Física é essencial que o conhecimento seja
explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e
associado às outras formas de expressão e produção humana.
A finalidade de estudos da Física no Ensino Médio é, primordialmente, a de
facilitar a aprendizagem de sua conceituação correta como Ciência na Natureza,
bem como examinar seu método e alguns de seus resultados. Espera-se que ao
final do curso os educandos tenham o conhecimento da terminologia para o uso de
termos corretos utilizados para descrever fenômenos, processos ou sistemas físicos,
bem como o conhecimento de símbolos e convenções adotadas na Física, estando
capacitado a usá-los correta e fluentemente. Espera-se ainda, que os educandos
assimilem os conhecimentos dos processos de cálculo usados na Física,
capacitando-os a utilizá-Ias na resolução de problemas simples.
Facilitar aos educandos o conhecimento das leis e princípios da Física,
como subsídios para a análise ou planejamento de sistemas físicos usuais, de modo
a formular hipóteses e estabelecer condições necessárias para a solução daqueles
problemas. Finalmente, propiciar aos educandos a objetividade para representar
modelos matemáticos e para interpretar os símbolos matemáticos correspondentes
143
aos fenômenos físicos representados, bem como o conhecimento de fatos
específicos necessários nas aplicações da Física.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes serão contemplados nas três séries do ensino
médio, buscando assim garantir o objeto de estudo da Física. Estes estão divididos
(didaticamente) em três campos:
1°) O estudo dos Movimentos (trajetórias, descrição clássica dos movimentos -
inércia e momentum, gravitação universal) está ligado a compreensão de
fenômenos relacionados ao cotidiano do educando fica mais claro e preciso. A
Cosmologia também será contemplada, enriquecendo as aulas propondo leituras e
atividades, e mostrando que estas ciências surgiram da necessidade postas pelas
diversas civilizações que nos antecederam.
2°) O estudo da Termodinâmica (modelos de calor, lei zero da termodinâmica, vapor
e movimento, pressão e movimento, verso e reverso - a ordem do universo, luz e
ondas) também está presente nos afazeres diários dos estudantes, e seus conceitos
fundamentais são de grande importância para ver a Física como uma ciência em
construção e assim ajudar a entender melhor o mundo em que vivemos.
3°) Os conceitos de Eletromagnetismo (carga elétrica, geração mais transformação
igual a conservação de energia, campos eletromagnéticos, dualidade onda partícula
da luz) são importantes para o entendimento das inovações tecnológicas. Trabalhos
de Maxwell serão amplamente explorados, assim como as leis do Eletromagnetismo
Clássico, para que assim, aconteça à compreensão da Teoria da Relatividade
Especial, proposta por Einstein.
Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações
interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas
da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em
construção.
144
Porém a interdependência entre o estudo dos Movimentos, a
Termodinâmica e a Teoria do Eletromagnetismo fará com que para um mesmo
assunto trabalhado, os referenciais teóricos dos três campos sejam pesquisados e
revistos para estudar um mesmo conteúdo.
Ao professor caberá, a partir da proposta pedagógica e da matriz curricular
da sua escola, selecionar os conteúdos específicos que comporão seus planos de
trabalho docente, nas séries do Ensino Médio. O professor deve considerar a
realidade socioeconômica e cultural da região onde se situa a escola para
contextualizar os conteúdos e permitir aos estudantes ampliar as construções de
significados no acesso ao conhecimento científico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos englobam conhecimentos fundamentais, que não
podem ser suprimidos nem reduzidos, podendo o professor acrescentar outros
conteúdos, enriquecendo o trabalho de sua disciplina. Os conhecimentos básicos se
articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina, tendo abordagens diversas
a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estuturante. Havendo
necessidade, serão desdobrados em conteúdos específicos, considerando o
aprofundamento para cada série e nível de ensino.
O plano de trabalho docente é o currículo em ação. Nele estará a expressão
singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas
discussões coletivas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
momentum e inércia; conservação da quantidade de movimento; variação da
quantidade de movimento (impulso); 2a lei de Newton; 3a lei de Newton e condições
de equilíbrio.
Abordagem teórico-metodológica: Esses conteúdos serão considerando-se: o
contexto histórico-social, discutindo a construção científica um produto da cultura
humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. reconhecimento da
145
Física como um campo teórico, considerando-se os fundamentais que dão
sustentação à teoria dos movimentos. É fundamental o domínio das ideias, das leis,
dos conceitos e definições presentes na teoria. As relações da Física com a Física e
com outros campos do conhecimento. Que a ciência dos movimentos não se esgota
em Newton e seus sucessores. Textos de divulgação científica literários, etc.
Avaliação: Espera-se que o estudante:
- Formule uma visão geral da Física, presente no final do século XIX e compreenda
a visão de mundo dela decorrente.
- Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios.
- Compreenda o conceito de massa (nas translações), entendendo-a como uma
resistência à variação do movimento.
- Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações), relacionando este
conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de
rotação,
- Entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de
natureza vetorial.
- Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto
os translacionais como os rotacionais.
- Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo.
- Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
Energia e o Princípio da Conservação da energia.
Abordagem teórico-metodológica: esses conteúdos deverão considerar: o contexto
histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura
humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. O campo teórico a
Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para
146
ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e utilização de linguagem
própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. As relações da
Física com a Física e com os outros campos de conhecimento. Textos de divulgação
científica, literários, etc. o cotidiano, o contexto social, as concepções dos
estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física, como
possíveis pontos de partida para problematizações.
Avaliação: Espera-se que o estudante:
- Perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana,
originalmente concebida no contexto da Termodinâmica e, a amplitude do Princípio
da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem
como outros campos externos à Física.
- Conceba a energia como uma grandeza Física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional.
- Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/
variação de energia.
- Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.
Gravitação.
Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o
contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da
cultura humana; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; as relações da
Física com a Física e com os outros campos de conhecimento; o cotidiano, as
concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em
Física como possíveis pontos de partida para problematizações; textos de
divulgação científica, literários, etc; o modelo científico presente na gravitação
newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade
Geral.
Avaliação: Espera-se que o estudante:
- Compreenda a lei da Gravitação Universal como uma construção científica
importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres.
147
- Associe a gravitação com as leis de Kepler.
− Identifique a massa gravitacional, diferenciando-a da massa inercial, do ponto
de vista clássico.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leis da Termodinâmica: lei Zero da Termodinâmica, Primeira lei da
Termodinâmica e Segunda lei da Termodinâmica.
Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o
contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da
cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de
conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o
reconhecimento da Física como um campo teórico, sendo necessário o domínio das
ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem
científica; utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e
ideias, bem como textos de divulgação científicas e literárias.
Avaliação: tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro
teórico da Termodinâmica, composto por idéias expressas nas suas leis e em seus
conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia; assim, espera-se que ele:
- Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido
para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e
fundamental para o desenvolvimento das idéias na Termodinâmica.
- Formule o conceito de pressão e de um fluido seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas.
- Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um
sistema.
- Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das
formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da
Termodinâmica.
- Compreenda ala lei como a manifestação d Princípio de Conservação de Energia,
148
bem como a sua construção no contexto da Termodinâmica e a sua importância
para a revolução industrial a partir do entendimento do calor como uma forma de
energia.
- Associe ala lei a idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
- Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor.
- Identifique dois processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vem
acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.
- Compreenda a entro pia, uma grandeza que pode variar em processo espontâneo
e artificial como uma medida de desordem e probabilidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas; Força
eletromagnética; Equação de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de
Coulomb, Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de t=araday) e a natureza da
luz e suas propriedades.
Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o
contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da
cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de
conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o
reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que
dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis,
dos conceitos e definições presentes a teoria e sua linguagem científica; que o
estudo de ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânica, pois são mais "visíveis"
ou perceptíveis no cotidiano. No entanto as ondas eletromagnéticas, entre elas. a
luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para
as ondas não encontram uma correspondência direta com os fenômenos, sendo
ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno e diferenciando real do
abstrato. O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano,
possíveis pontos de partida para problematização.
149
Avaliação: Espera-se que o estudante:
- Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que
a fundamentam.
- Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo.
- Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim a ideia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga.
- Compreenda as leis de Maxwell como leis que fornecem a base para a explicação
dos fenômenos eletromagnéticos.
- Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia.
- Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica.
- Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como a resistividade e
condutividade.
- Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica.
- Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes.
- Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico.
- Entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.
- Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos: ondulatório
e o da partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria.
- Entenda o processo de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo
de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio.
- Entenda os fenômenos luminosos, como os da reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de
fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, as vezes,
um ou outro se sobressai.
- Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação
150
do arco-íris, a percepção das cores, a cor o céu dentre outros, aos fenômenos
luminosos estudados.
- Compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria
apresente alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o
efeito fotoelétrico), e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou
seja, entenda a luz a partir do comportamento dual.
− Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por
exemplo, ao elétron.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O aprendizado tem o seu ponto de partida no universo vivencial comum
entre os educandos e o educador, que investiga ativamente o meio natural ou social
real, ou que faz uso do conhecimento prático de especialistas e outros profissionais,
desenvolve com vantagem o aprendizado significativo, criando condições para um
diálogo efetivo, de caráter interdisciplinar, em oposição ao discurso abstrato do
saber. Além disso, aproxima a escola do mundo real, entrando em contato com a
realidade natural, social, cultural e produtiva.
Para o aprendizado científico, a experimentação, seja ela de demonstração
e equipamentos do cotidiano do educando e até mesmo o laboratorial, é distinta
daquela conduzida para a descoberta científica e é particularmente importante
quando permite ao educando diferentes formas de percepção qualitativa e
quantitativa, de manuseio, observação, confronto, dúvida e de construção
conceitual.
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas
ou concepções espontâneas que o educando adquire no seu cotidiano através da
interação com os diversos objetos no seu espaço de vivência, sobre as quais a
ciência tem um conceito científico que envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no
ambiente escolar.
151
Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só então
introduzir tratamento quantitativo. Esse deve ser feito de tal maneira que os
educandos percebam as relações quantitativas sem a necessidade de utilização de
algoritmos. Pode ser usada uma grande variedade de linguagens e recursos, de
meios e de formas de expressão, a exemplo dos mais tradicionais, os textos e as
aulas expositivas em sala de aula.
A ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico,
determinado pela necessidade humana de resolver problemas práticos e
necessidades materiais em determinada época, logo é histórica, constituindo-se em
visão do mundo.
O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos, um
teórico e um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um "modelo" de
representação da natureza ou de fenômeno. No teórico é feito um conjunto de
hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de
equações deve permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o apoio
de experimentos, onde se confronta o dado coletado com os previstos pela teoria.
Um texto apresenta concepções filosóficas, visões do mundo, e deve-se
estimular o educando além de ler as palavras, aprender, avaliar e mesmo se
contrapor ao que se lê. Cabe ao educador problematizar o texto e oferecer novas
informações que caminhem para a compreensão do conceito pretendido. A aula
expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento do diálogo, do exercício,
da criatividade do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento. Através dessa
técnica podemos fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra
atividade em classe, análise e interpretação de dados coletados nos estudos do
meio.
A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de
conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja,
a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações
que nele se apresentam.
O aprendizado deve ser conduzido de forma a estimular a efetiva
participação e responsabilidade social dos educandos, discutindo possíveis ações
152
na realidade em que vive desde a difusão de conhecimento a intervenções
significativas no bairro ou localidade de forma a que os educandos sintam-se de fato
detentos de um saber significativo.
Para que o educador vá além do limite de informação atingindo a fronteira
da formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento
físico, num processo organizado e sistematizado pelo educador. O objetivo é que
educador e educandos, em conjunto, compartilhem significados na busca da
aprendizagem que acontece quando novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive
substituí-Io.
Na sequência são destacados recursos didáticos para enfatizar a
metodologia abordada:
- Aulas expositivas e explicativas sobre os temas centrais: produção de "notas de
aulas" em transparência para integrar os conteúdos;
- Uso de vídeos didáticos, com posterior debate;
-Aulas práticas (mesmo que a escola não disponha de laboratório, pode-se propor
algumas atividades experimentais com materiais trazidos pelos próprios educandos);
- Articulação com os educadores da área de linguagens e códigos e suas
tecnologias;
-Interação com os educadores da área de Ciências Humanas e Sociais;
- Seminários com temas propostos por séries;
- O ensino da Física e a informática;
- Visitas técnicas programadas.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos
nas DCES.
Por isso, a escola, deve adotar uma metodologia que englobe esses
desafios, como o enfrentamento à violência, o combate ao uso indevido de drogas, a
cidadania e direitos humanos, a educação fiscal, a educação ambiental, entre
outros.
153
AVALIAÇÃO
A avaliação pode assumir um caráter eminentemente formativo, favorecedor
do progresso pessoal e da autonomia do educando, integrada ao processo ensino-
aprendizagem, para permitir aos educandos consciência de seu próprio caminhar
em relação ao conhecimento e permitir ao educador controlar e melhorar a sua
prática pedagógica. Uma vez que os conteúdos de aprendizagem abrangem os
domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, é objeto da avaliação o
progresso dos educandos em todos esses domínios. De comum acordo com o
ensino desenvolvido, a avaliação deve dar informação sobre o conhecimento e
compreensão de conceitos e procedimentos.
A avaliação é algo mais do que buscar resultados. É um processo de
observação e verificação de como os educandos aprendem os conhecimentos
físicos e o que pensam sobre a física, é parte integrante do próprio processo de
aprendizagem e tem como objetivo aprimorar a qualidade dessa aprendizagem.
Por isso a avaliação será contínua, dinâmica, informal, e conforme normas
contidas no regimento, será realizada em três ou mais etapas por bimestre, em que
serão atribuídos os valores máximos de 3,5 (prova) + 3,5 (prova) + 3,0 (trabalhos,
participações) para que através desta série de observações sistemáticas possamos
emitir juízo valorativo sobre a evolução dos educandos na aprendizagem da Física.
A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração
todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise
de um texto; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento qualquer
que envolva conceitos físicos.
Finalmente, pode-se afirmar que a avaliação é um elemento significativo do
processo de ensino-aprendizagem, que envolve a prática pedagógica do educador,
o desempenho do educando e os princípios que norteiam o trabalho da unidade
escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente quantificar os resultados de
um processo ao término de um período. Cabe ao educador apresentar o conceito ou
154
nota ao educando, desde que acompanhados de orientações sobre como ele pode
agir para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado de Física. Logo a
avaliação só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no
processo de aprendizagem dos educandos, visando o seu crescimento intelectual e
científico.
A avaliação do desempenho dos educandos terá as seguintes finalidades:
* Em relação aos educandos: Verificar e medir seu conhecimento físico;
acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos físicos; observar sua
postura frente à física; possibilitar reflexão sobre seus êxitos e dificuldades.
* Em relação ao educador: colher informações para orientação e para tomada de
decisões em relação à atuação docente; identificar as áreas que apresentam
dificuldades para os educandos.
Serão adotados os seguintes componentes de avaliação: conceitos físicos,
procedimentos físicos, atitudes e raciocínio.
Terá como base:
* As respostas dos educandos, quando eles manifestam de forma implícita ou
explicativa suas certezas, dúvidas e erros.
* As observações das ações e discussões efetuadas durante as tarefas individuais,
em grupos pequenos ou com a classe toda.
* Análise de provas, tarefas feitas em casa, diárias e trabalhos escritos.
Será realizada através de:
* Exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas.
* Atividade extraclasse.
* Provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, testes de múltipla
escolha e somatórias.
* Realização de atividades experimentais. Procurando atender aqueles alunos
portadores de necessidades especiais, deve-se criar métodos alternativos de
avaliação, de acordo com cada necessidade, como por exemplo, exposições orais
por parte do educando, atividades lúdicas, etc.
A recuperação de conteúdos acontecerá a todo momento, sempre que
155
detectado pelo professor ou até mesmo pelo educando carências no processo
ensino-aprendizagem.
A possibilidade da recuperação paralela - que o professor faz a cada tema
trabalhado, objetivando assegurar a aquisição dos conceitos - pode ser tratada como
um processo de busca da compreensão, devendo ser participativa, de forma a
permitir que o aluno expresse suas inseguranças, tenha oportunidade de se
aprimorar e sanar suas dificuldades. Para tanto, o professor deve diagnosticar as
dificuldades e facilidades do aluno e procurar compreender seu processo de
aprendizagem.
Na recuperação, a mera repetição de exercícios e conteúdos dados não tem
significado para o aluno, pois dificilmente ele assimilará conceitos e atribuirá
significados pelo método da exaustão.
Assim, no processo de recuperação o professor deve oferecer um trabalho
que valorize e desperte mais o raciocínio e a produção da linguagem matemática,
dando oportunidade ao aluno de expressar-se, valorizando os mínimos avanços que
ele possa ter, fazendo sentir-se responsável pelos seus compromissos com o
aprendizado, do qual ele próprio irá usufruir.
Os métodos a serem utilizados serão definidos de acordo com a carência do
educando, podendo ser, trabalhos em grupo, lista de exercícios, revisão de
avaliação e conteúdo.
Durante todo esse processo avaliativo, professor deve considerar as noções
que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-Ias com os
novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será possível
que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se
basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
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158
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações
no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois
esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia.
Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas
questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?
Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a
Geografia como ciência, sofreu ao longo da história, profundas transformações,
tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX,
predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma
Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram
obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a
Geografia com a topografia e a cartografia.
Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição
principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os
humanos e os econômicos.
Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes.
Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e
tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou
seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados
do tempo em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas
relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).
Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural,
como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe suas
“dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por
exemplo.
Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e
transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela
159
seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e
meios de transporte – a circulação no território.
Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por meio
de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam nem
internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia
física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e
hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo
isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia
Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em
diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento
geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do
ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade
socio-espacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história
se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao
educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão
do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998,
p.166), “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe
não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio
questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica
investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a
pluralidade de visões como um valor em si”.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar
o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido como
produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS
(2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que se imagina
dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a
existência de um saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um
160
saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre
ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos
educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em
sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o
produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza.
Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza;
existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades
diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse
sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do
conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.
Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do
conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço
geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos
naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e
as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e
regional.
Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e
histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192)
“O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço
geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação
de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço,
pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as
contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens
e mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se
tornar possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do
espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que
está inserido, descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde se
revelam as desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de
161
Geografia contribui na formação de um cidadão mais completo, que se percebe
como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades
e o seu papel ativo nos processos.
O espaço na geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que
interagem fatores naturais, sociais econômicas e políticas. Por ser dinâmica, ela se
transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas redefinem suas formas de
viver de percebê-la.
É fundamental que o espaço vivido pelos alunos sendo o ponto de partida dos
estudos ao longo dos quatro anos de estudo permitindo compreender como o local,
o regional e o global relacionam-se nesse espaço. Recomenda-se não trabalhar
hierarquicamente do nível local ao mundial: o espaço vivido pode não ser real
imediato, pois são muitos e variados os lugares com os quais os alunos têm contato
e, sobretudo, sobre os quais são capazes de pensar. A compreensão de como a
realidade local relaciona-se com o texto global é um trabalho a ser desenvolvido
durante toda a escolaridade, de modo cada vez mais abrangente, desde as séries
iniciais.
Outro aspecto fundamental é a opção de trabalhar a Geografia por meio de
grandes conteúdos estruturantes. Essa proposição se baseia no reconhecimento da
necessidade de incorporar tanto a ideia de flexibilização quanto à
interdisciplinaridade no tratamento com o conteúdo desta área.
Os conceitos expostos devem ser apropriados para guiar os alunos na
organização de um modo de olhar os fatos (objetos materiais e processos),
relacionando-os de forma que componha uma visão da pluralidade do mundo e dos
cotidianos.
OBJETIVOS
Espera-se que no final do ensino fundamental e médio, os alunos sejam
capazes de:
• Reconhecer que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e
que o espaço geográfico resulta das interações entre elas, historicamente
162
definidas.
• Compreender a escala de importância no tempo e no espaço do local e do global
e da multiplicidade de vivência com os lugares.
• Reconhecer a importância da cartografia como uma forma de linguagem para
trabalhar em diferentes escalas espaciais.
• Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de
humanização da natureza, inclusive a dinâmica de sua fronteira.
• Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiriram ao longo da
escolaridade são parte da construção de sua cidadania.
• Perceber a paisagem local e no lugar em que vivem, sua apropriação e
transformação pela ação da coletividade, e de seu grupo social.
• Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais
se apropriam da natureza e a transformam. Criar uma linguagem comunicativa
apropriando-se de elementos da linguagem gráfica utilizada nas representações
cartográficas.
• Reconhecer no seu cotidiano os referenciais espaciais de localização, orientação
e distância.
• Reconhecer a importância de uma responsável de cuidado com o meio em que
vivem, na preservação e conservação da natureza.
• Compreender as múltiplas interações entre sociedade e natureza nos conceitos
de território, lugar e região.
• Identificar e avaliar ações dos homens em sociedade e suas consequências em
diferentes espaços e tempos.
• Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos,
estudados em suas dinâmicas e interações.
• Compreender que as melhorias das condições de vida, os direitos políticos os
avanços técnicos e tecnológicos e as transformações sócio-culturais são
conquistadas decorrentes de conflitos e acordos.
• Utilizar corretamente procedimentos de pesquisa da geografia.
• Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio–diversidade,
163
reconhecendo-os como direito dos povos e indivíduos e elementos de
fortalecimento de democracia.
• Relativizar a escala de importância, no tempo e no espaço do local e do global e
da multiplicidade e vivência com os lugares.
• Conseguir distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus
de humanização da natureza.
• Desenvolver no aluno espírito de pesquisa.
• Fortalecer o significado de cartografia como forma de linguagem que dá
identidade a Geografia.
• Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e do
cotidiano do lugar, a construir sua ideia do mundo valorizando inclusive o
imaginário que tem ele.
Conteúdos Estruturantes
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Básicos:
A Geografia como uma possibilidade de leitura e compreensão do mundo.
• O estudo da natureza e sua importância para o homem.
• A cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo.
• A construção do espaço; os territórios e os lugares (o tempo da sociedade e o
tempo da natureza).
164
• A natureza e as questões socioambientais.
• Ambiente urbano, indústria e modo de vida.
• Ambientalismo: pensar e agir.
7º ANO
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Básicos:
• Educação no campo e para o campo: transformações campo-cidade.
• O campo e a cidade como formações sócio-espaciais.
• Modernização, modo de vida e problemática ambiental.
• A conquista do lugar como conquista de cidadania.
• O espaço como acumulação de tempos desiguais.
• Paisagens e diversidade territorial no Brasil.
• Processo técnico-econômico, a política e os problemas socioambientais.
• O Brasil diante das questões ambientais.
8ª ANO
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Básicos:
165
• Os fenômenos naturais, sua regularidade e possibilidade de previsão pelo
homem.
• A modernização capitalista e a redefinição nas relações entre o campo e a
cidade.
• O papel do Estado e das classes sociais e a sociedade urbano-industrial
brasileira.
• Da alfabetização cartográfica à leitura crítica e mapeamento consciente.
• Os mapas como possibilidade de compreensão e estudos comparativos das
diferentes paisagens e lugares.
• Uma região em construção: o Mercosul.
9º ANO
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Básicos:
• A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes.
• Um só mundo e muitos cenários geográficos.
• A cultura e o consumo: uma nova interação entre o campo e a cidade.
• A velocidade e a eficiência dos transportes e da comunicação como o novo
paradigma da globalização.
• A globalização e as novas hierarquias urbanas.
• Estado, povos e nações redesenhando suas fronteiras.
• Formação cultural e étnica da população brasileira: importância da cultura
afro na formação da identidade cultural brasileira e em outros países.
• Alimentar o mundo: os dilemas socioambientais para a segurança alimentar.
166
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
• A formação e a transformação das paisagens
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
• Os movimentos migratórios e suas motivações
2ª SÉRIE
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
167
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço
geográfico
• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
• O comércio e as implicações socioespaciais
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
3ª SÉRIE
Estruturantes:
• Dimensão Econômica do espaço geográfico
• Dimensão Politica do espaço geográfico
• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico
• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
• O espaço rural e a modernização da agricultura
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
168
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia,
tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em questionários
com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização dos
conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a
construção do conhecimento geográfico. Portanto, faz-se necessário repensar a
metodologia para que, de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de
Geografia se propõe.
É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao
mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de
suas omissões.
É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando
mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983,
p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”,
portanto, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que
foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto
de partida para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais
pressupostos se tornam mais evidentes e necessários.
A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar
os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar
e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o
desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido.
Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a
abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões
referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as
contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos.
Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma indústria local e
questionar:
• Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?
169
• Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?
• Qual a sua importância para o município, estado, país?
• Qual sua importância para a população?
• Por que ela se instalou nessa região?
• Como é seu processo produtivo?
• Quais impactos vem causando no ambiente?
Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar se é
necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade ou na
cidade.
A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o
educando seja ouvido, o que significa envolve-lo na construção do conhecimento.
Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica
e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é
fundamental considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a
sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de Geografia, em quatro
conteúdos estruturantes:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,
por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos
quatro conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo
específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora
de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo
professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se
170
separam. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas o conjunto da
formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por exemplo,
só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da má
distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e
a qualidade de vida em si.
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se
as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos
selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações, rompendo-se com a
compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico,
possibilitando a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.
Como vivemos num mundo globalizado, as tecnologias evoluem e nos cercam
a cada instante, sendo assim, não podemos ser indiferentes a ela; sejam elas: a TV
pendrive como meio de informações e complementações e conteúdos, através de
vídeos, músicas e apresentação de slides. A própria internet, que nos proporciona
novos conhecimentos e atualizações sobre o mundo globalizado, assim como, uma
maior integração de pessoas que estão distantes geograficamente; a própria mídia,
principalmente, os meios de comunicação de massa. O uso destas tecnologias,
muitas vezes, complementam e enriquecem as aulas e facilita o aprendizado dos
alunos, seja por meio de imagens, filmes, músicas, slides ou pesquisa na internet.
Os conteúdos obrigatórios referentes ao item “G” da instrução 009/11 SUED/
SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a
disciplina propostos nas DCEs.
Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar
situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências
concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia
indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a ressignificação de sua visão de
mundo.
AVALIAÇÃO
Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte
171
integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da
atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos como:
interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens,
gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios e discussão de temas
em seminários; construção, representação e análise do espaço através de
maquetes, entre outros instrumentos que nos permitam analisar e qualificar os
resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre os
saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa
rever a sua prática pedagógica alcançando seus objetivos com todos os educandos
com necessidades educacionais especiais ou não.
De acordo com o Regimento Escolar serão feitas duas avaliações com o valor
de 3,5 pontos cada uma e 3,0 pontos para os trabalhos realizados durante o
bimestre.
Desta forma a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica
simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação
do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para
que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação de nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a
avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual. Respeitando o prenuncio da lei, cada escola da rede estadual de ensino,
ao construir seu Projeto Político Pedagógico, deve explicitar detalhadamente a
concepção de avaliação que orientará a prática dos professores.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas
linguagens.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia,
possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o
172
desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se
efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena.
BIBLIOGRAFIA
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.
CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Geografia, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.
RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.
173
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Aprender a conhecer, a conhecer a fazer, aprender a viver com outros,
aprender a ser.
Segundo os objetivos da Educação do século XXI, é necessário conhecer
diversos povos e descobrir como viviam, trabalhavam e se divertiam, e os problemas
que enfrentavam e como tentavam solucioná-los. A partir do aprender, passa a
conhecer o fato histórico como um processo que está em constante
transformação.Ensinar História é criar a possibilidade da investigação, trabalho com
uma concepção que leve em conta as experiências dos diversos grupos e seja
capaz de dialogar com diferentes culturas. Nos mundos contemporâneos e
globalizados, que tende a uniformizar comportamentos e padrões culturais, impõe-se
de um lado a necessidade de formar a identidade dos sujeitos e, de outros, a luta
pela inclusão e acesso aos benefícios da tecnologia. Criar condições para que o
aluno entenda esse mundo e nele se insere de forma critica é preocupação do
ensino da História
A proposta de História está centrada na valorização do aluno enquanto
sujeito, levam em conta seu imaginário, suas experiências suas diferenças
pretendendo recuperar a capacidade de aprender desses alunos desenvolvendo a
autonomia necessária para continuar os estudos e compreender melhor o mundo em
que vive. A História como disciplina deve trabalhar a pratica social, procurar-se a
formar o pensamento histórico a partir de experiências sociais, vividas, diretas ou
indiretamente pelos alunos, no seu tempo e espaço. Pensar a História, e recuperar a
experiência da História como necessidades, desejos, realizações improvisam,
buscam soluções, resistem e submetem, numa relação contraditória. Recuperar a
ação dos diversos sujeitos que nela atuam, procurando entender por que o processo
tomou um rumo e não outro que desafios e conflitos se colocaram para os homens
em cada tempo e lugar.
A História deve rever a noção de cultura o modo de vida e luta daí a
175
importância do resgate da maneira como os sujeitos organizam suas formas de
representar o cotidiano, vida, trabalho, festividades, costumes, tradições etc.
Tendo em vista que o conhecimento é historicamente produzido resultante de
uma construção que se da através das relações sociais, é importante que o trabalho
com a História priorize diferentes leituras e versos das experiências vividas. O
ensino de História visa despertar no aluno o respeito participativo, qualidade que ele
deve ter tanto na vida escolar quanto na vida familiar e mais tarde no trabalho,
exercer papel de liderança do Município, Estado, Comunidade ou até país. É na
participação coletiva que se constrói e caracteriza-se a vida em sociedade O objetivo
final é formar alunos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas
que os cercam e pelo futuro que irão levar para as gerações.
OBJETIVOS
• Questionar a realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo
formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos
de atuação;
• Conhecer e valorizar a pluralidade do património sociocultural brasileiro, bem como
aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer
discriminação baseada em diferentes culturas, de classe social, de crença, de sexo, de
etnia ou outras características individuais e sociais;
• Compreender que as histórias individuais são parte integrante de histórias coletivas;
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos em diversos tempos e espaços;
• Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a
observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos,
sonoros e materiais;
• Valorizar o património sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando identificar
relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país e
outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;
• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;
176
• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar;
• Valorizar o direito da cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de
fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as
desigualdades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos:
6º ano
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
7º ano
As relações de propriedade.
A constituição Histórica do mundo do campo e da cidade.
Conflitos e resistências e produção do campo/cidade.
8º ano
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
9º ano
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
177
Sujeitos, guerras e revoluções.
Conteúdos Estruturantes
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos
1º ano
Trabalho escravo,servil,assalariado e o trabalho livre
Urbanização e industrialização
2º ano
O Estado e as relações de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
3º ano
Movimentos sociais,políticos emculturais e as guerras e revoluções
Cultura e religiosidade
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e
relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de
gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil
da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das
temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das
periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos
estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas
próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
178
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,
propostos nas DECs.
O ensino da História terá como pressuposto um estudo que parta da realidade
do aluno, do seu presente, se volte ao passado analisando o cotidiano e as
contribuições deixadas por outras sociedades e retome ao presente compreendendo
sua realidade. Para que esse estudo se concretize, serão utilizadas aulas
expositivas, análises de textos, debates históricos, seminários, relatórios de
pesquisas, pesquisas de campo, pesquisas orientadas em sala de aula, produções
de vídeos, vídeos, apresentação de trabalhos, questionamentos e interpretações de
textos, utilização de jornais e revistas, análises de documentos históricos,
interpretações de charges, interpretações musicais e atividades extra-curriculares
como visitações e excursões.
AVALIAÇÃO
A avaliação escolar, só faz sentido se tiver a intenção de buscar caminhos para
melhorar a aprendizagem.
Nesse sentido, a avaliação será contínua, cumulativa e permanente, com
predominância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com a LDB.
De acordo com o currículo escolar, os resultados serão expressos em notas de O (zero) a
10 (dez), obedecendo os seguintes critérios: serão realizadas no mínimo 02 (duas) provas
no bimestre, perfazendo o total de7,0 (sete pontos) de domínio de conteúdo e os outros 3,5
(tres virgula cinco), acrescidos de um trabalho de pesquisa no valor de tres pontos, os quais
somarão os dez pontos da nota bimestral integral que serão computados e somados
considerando a realização de tarefas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos.
A média bimestral será resultante da soma dos valores atribuídos em cada instrumento
de avaliação. Os instrumentos de avaliação serão diversificados: provas orais, escritas, tarefas,
pesquisas, relatórios, trabalhos individuais e em grupos, experiências, etc.
179
para solucionar problemas que interferem no processo ensino- aprendizagem, levando-
se em conta o esforço por parte do educando. Após a avaliação, o professor deverá realizar a
recuperação paralela caso necessário, rever as práticas desenvolvidas de modo que sejam
identificadas lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e
propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.
Deve-se retomar os conteúdos trabalhados, modificar a metodologia, para assegurar a
aprendizagem. Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do ensino-
aprendizagem, faz-se necessário definir o objetivo e o conteúdo a ser avaliado.E ainda utilizar
instrumentos como: Trabalhos, pesquisas, debates, seminários, etc . . .
Os alunos com necessidades educacionais especiais, devem ser avaliados de forma
diferenciada, já que não possuem as mesmas habilidades que os demais. A escola deve
fornecer infra-estrutura pedagógica educacional de acordo com a necessidade, bem como, na
parte física, possibilitar o acesso aos deficientes físicos através de rampas e outras facilidades,
que possam inserir tais alunos a uma educação de qualidade.
METODOLOGIA
DIRETRIZES CURRICULARES da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná, 2008.
FERRARINI, Sebastião. A escravidão no Paraná. Editora Lítero-Técnica, Curitiba.
DIRETRIZES OPERACIONAIS para a Educação Básica das Escolas do Campo. CNE/MEC, Brasília, 2002.
HOBSBAWM, Eric J. Sobre a História. São Paulo. Companhia das Letras, 1998.
LUCKES l, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
NEMI LANA, Ana Lúcia et ROBERTI DOS REIS Anderson. Viver Juntos - História Ensino Fundamental, componente curricular. Edições SM São Paulo, 2009.
180
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Aprender Língua Espanhola ou qualquer idioma estrangeiro não significa
aprender códigos ou apenas estruturas gramaticais, aprender uma língua consiste
em aprender noções de comunicação, como também conhecer a cultura do povo
que a fala, seus credos, costumes e aspectos particulares de sua fala. Segundo as
DCEs, propõe-se que a aula de LEM constitua um espaço para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se
envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados
em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os
significados são sociais e historicamente construídos, e, portanto possíveis de
transformação na prática social.
O idioma estrangeiro auxilia o aluno em seu crescimento pessoal,
intelectual e profissional. É importante aprender espanhol não somente por razões
de trabalho e econômicas, mas também por ser fundamental no desenvolvimento
pessoal e conhecimento de mundo. Segundo estatísticas o espanhol é o terceiro
idioma mais falado no mundo, depois do chinês mandarim e do inglês, e é o
segundo em numero de falantes. No final do século XIX 60 milhões de pessoas o
falavam, hoje são cerca de 500 milhões em todo mundo. Além do mais o espanhol
é o segundo idioma mais utilizado na comunicação internacional do mundo e é
também uma das línguas oficiais das Nações Unidas e suas organizações. Em
relação à cultura pode-se destacar a influencia latino americana na arquitetura, na
arte e na literatura. Hoje 21 países adotaram o espanhol como língua oficial,
inclusive o sudeste dos Estados Unidos.
Aprender um segundo idioma amplia consideravelmente os horizontes de
uma pessoa e a sua capacidade de processar informações, já que “ (...) o
essencial na tarefa de decodificação não consiste em conhecer a forma linguística
utilizada, mas comprende-la em um contexto concreto preciso...” (BAKHTIN,1992).
Reforçando este argumento, segundo as Diretrizes de L.E.M., “o objeto de estudo
dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
Torna-se fundamental que os professores compreendem o que se pretende
com o ensino da Língua estrangeira na Educação Básica, ou seja, ensinar e
aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras
de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça o uso da
língua os diferentes propósitos comunicativos, independente do graus de
proficiência atingido.”
Deve se ter em mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem
precioso, que se adquire por toda a vida e através do qual muitas outras coisas
boas podem ser adquiridas. Como a motivação vem através do sucesso, é de
extrema importância que se adquire através do sucesso, é de extrema importância
que se trabalhe com tarefas interessantes e estimulantes para os alunos.
O espanhol é mais que uma disciplina escolar. É um tópico cujas
contribuições podem vir de suas próprias áreas de interesses. Dessa forma, a
motivação e a autoconfiança do aluno pode aumentar levando o a ter um
rendimento no aprendizado.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido
apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas
informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo, de
construir significados e valores. É preciso dar-lhes oportunidade de um “processo
educativo global, expondo-os à alteridade, à diversidade”. Sendo assim, a
aprendizagem de Línguas, neste caso a espanhola, não se restringe apenas a
propósitos instrumentais, mas à formação integral do aluno.
Os PCN para Língua Estrangeira justificam que a prática de leitura é o que atende
às necessidades da educação formal do aluno e que esta habilidade é a que o
aluno poderá utilizar no seu contexto social imediato com mais frequência. Esse
argumento pragmático para seleção de saberes, contudo, é uma prática
excludente porque desconsidera a escola como espaço de conhecimento, cuja
função social é formar para a cidadania. Neste aspecto, os fundamentos dos PCN
para Língua Estrangeira agravam as desigualdades sociais.
O MEC publicou em 1999 os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Estrangeira para Ensino Médio, o destaque está taxado na comunicação oral e
escrita, para supra as necessidades do estudante em relação à formação
pessoal, acadêmica e profissional. Esta diferença entre as concepções de língua
manifestada nos dois níveis de ensino influência os resultados da aprendizagem
desta disciplina na Educação Básica.
O ensino de Língua Espanhola expande-se também à interdisciplinaridade,
uma vez que a língua é resultado do processo de colonização e mestiçagem dos
povos. Em outros aspectos, a interdisciplinaridade tem o papel de complementar e
expandir conhecimentos, “o ensino de língua estrangeira não pode ser nem ter um
fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar
interdependências, convergências, de modo que se estabeleçam as ligações de
nossa realidade complexa 9...), precisa, enfim, ocupar um papel diferenciado na
construção coletiva do conhecimento”.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA:
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto
• Emprego do sentido denotativo e conotativo do texto;
• Recursos estilístico (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua; pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito etc.);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Condições de produção
• Informatividade (informações necessárias para a conferencia do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo;
• Léxico
• Coesão e coerência
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos;
• Marcas linguísticas
• Variedade linguística;
• Ortografia
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE:
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
• Adequação de fala ao contexto;
• Pronuncia
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de
circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Esfera publicitária
de circulação:
Anúncio**
Comercial para
rádio*
Folder
Paródia
Placa
Publicidade
Comercial
Slogan
Esfera produção
de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera
jornalística de
circulação:
Anúncio
classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filmeEsfera artística de
circulação:
Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de
circulação:
Cartaz
Diálogo**
Esfera literária de
circulação:
Conto
Crônica
Esfera midiática
de circulação:
Correio eletrônico
(e-mail)
Esfera cotidiana de
circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Esfera publicitária
de circulação:
Anúncio**
Comercial para
rádio*
Folder
Paródia
Placa
Publicidade
Comercial
Slogan
Esfera produção
de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera
jornalística de
circulação:
Anúncio
classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme Exposição oral*
Mapa
Resumo
Fábula
História em
quadrinhos
Poema
Mensagem de
texto (SMS)
Telejornal*
Telenovela*
Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de
uso da língua.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Para que o processo ensino aprendizagem aconteça de forma duradoura e
eficiente, de modo a fazer parte da bagagem intelectual prática do aluno serão
utilizadas técnicas metodológicas linguísticas assim como as sociopragmáticas,
culturais e discursivas.
As três práticas dos usos da língua que estão inseridas na leitura, oralidade
e escrita. Os textos devem estar nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, estas
devem partir de um principio que é uma das unidades de linguagem inseridas na
comunicação verbal, escrita ou visual e a problematização surgira e
consequentemente a busca por uma solução devera desperta nos alunos as ideias
de analise e o propósito critico de resolução do tema, ampliando seus linguístico
culturais compreendendo que há envolvimentos sociais, históricos e ideológicos
sendo esses os responsáveis pelas diferenças sócio culturais.
O discurso e suas reflexões serão possíveis tanto na forma verbal e não
verbal e as produções terão como apoio outras produções e apresentações como
às práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de
circulação, considerando os conhecimentos prévios dos alunos e sua visão
interpretativa que é parte de sua subjetividade.
As atividades de leitura decorreram das seguintes etapas:
- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática,
construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);
- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);
- pós leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita
objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). A partir disso
formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto com
discussões sobre o tema relevando e apontando as intenções assim como a
intertextualidade contextualizando segundo a finalidade e época.
A escrita com a produção textual será planejada com uma delimitação do
tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade. Com objetivos de estimular a
ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto, com acompanhamento
da produção. Estimulando e encaminhando a re-escrita textual com revisões e
argumentos para os elementos que compõem o gênero;
A analise deverá seguir e respeitar os elementos que compõe a coerência e
coesão textual seguindo uma continuidade temática de finalidade e adequação da
linguagem ao contexto.
Portanto conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais
e normativos, oportunizando o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual.
As orientações a respeito do contexto social e sobre os usos dos gêneros
propor reflexões e argumentações nas apresentações de textos produzidos pelos
alunos.
A pré-preparação mostrará ao aluno onde estarão as marcas linguísticas
típicas da oralidade em seu uso formal e informal. É importante a estimulação da
expressão oral nos recursos de entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas e outros.
O reconhecimento dos alunos sobre a construção da realidade e os
discursos nas construções sociais lhes darão uma posição mais crítica, e lhes
servirão de base para uma futuro debate em classe. Nesta forma poderão mostrar
suas ideias assim como mostrarão sua aceitação ou rejeição, reconstruindo a
partir do universo de sentidos lhes dando coerência através dos significados.
As línguas nunca são neutras, o fato é que representam diversidade cultural
e social. As atividades farão com que o aluno assuma uma postura critica em
relação ao meio em que está inserido assim como transformando os discursos a
partir de seu conhecimento e inserção nessas diferenças sócias culturais e
linguísticas.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina
propostos nas DCES.
AVALIAÇÃO
A avaliação é base da atividade pedagógica e deve ser interpretada como
parte integrante do desenvolvimento da aprendizagem diária do aluno. De acordo
com a proposta metodológica a avaliação deve abranger as destrezas llinguisticas:
compreensão da leitura, produção de breves textos escritos e orais bem como a
interação oral. Acrescenta-se também a criticidade e a reflexão em relação aos
conteúdos expostos e trabalhados.
A avaliação deve abranger vários aspectos, pois assim o educando terá
êxito. O processo avaliativo deve ser visto tendo base à avaliação diagnóstica
global, paralela e contínua somando-se às atividades propostas nas três praticas:
oralidade, leitura e escrita.
O procedimento de recuperação compromete se com os registros dos
mesmos, conforme instrução 013/99, observados os aspectos abaixo indicados:
-Retomada do conteúdo anterior e posterior reavaliação;
-Solução as dúvidas;
-Orientações sobre processo de avaliações;
- desenvolvimento de fundamentos
- atividades adicionais para fixação
- atividades para desenvolver em casa com correção e revisão posterior em
classe;
- direção especial para obter melhor resultado nos estudos;
- informação aos pais e do aluno caso necessário direcionamento especial.
- conscientização dos alunos ao que se refere à necessidade de estudar desde o
início do ano letivo.
O aluno será auxiliado pela escola em todas as suas dificuldades e na
recuperação de estudos, considera se à aprendizagem do aluno no decorrer do
processo de ensino bimestral, que segue entre a nota da avaliação e da
recuperação, prevalecerá sempre a maior. As formas de recuperação serão
diferenciadas e avaliadas como pesquisas, provas ou atividades complementares
sobre orientação que serão ofertadas para todos os alunos, indiferentemente da
nota alcançada pelo aluno. Observando e colocando formas diferenciadas de
avaliação e recuperação aos alunos que tenham necessidades educativas
especiais.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fonte, 1992.
Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da Educação: DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná: Curitiba, 2008.
LOBATO, Jesus & GARCÍA, Concha. Español Sin Fronteras. Madrid: Editora SGEL: 2000.
RINALDI, Simona & CALLEGARI, Marilia. Arriba. São Paulo: Moderna: 2004.
ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira. Interación en Español. São Paulo: FTP. 2000.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Em decorrência da organização social , política e econômica,o cenário do
ensino de língua estrangeira e a estrutura do currículo escolar foram alvo de
constantes mudanças em nosso país.
Desde o início da colonização do território brasileiro , o Estado português
preocupou-se em expandir o catolicismo, assim os Jesuítas ficavam com a
responsabilidade de ensinar o latim aos povos que ali habitavam.
No dia 22 de julho de 1809, D. João VI ,assinou o decreto com o objetivo de
melhorar a instrução pública e de atender as demandas advindas da abertura dos
portos ao comércio , assim o ensino das línguas modernas começou a ser
valorizado.
No ano de 1837 , com a fundação do Colégio Pedro II , o ensino voltado
para a língua Inglesa , teve grande ênfase pois contava em seu programa com
cinco anos de inglês , o que durou até o ano de 1929.
No século XIX e início do século XX a população foi aumentando , e foi
surgido a preocupação por parte de imigrantes em construir e manter escolas para
seus filhos , nos currículos destas , estava centrado o ensino de suas línguas
ascendentes.
Em 1917, o governo federal decidiu em fechar essas escolas , criou
portanto, em 1918 as escolas subvencionadas com recursos federais onde
estariam sob a responsabilidade do Estado.
A reforma de 1931 , intitulada por Francisco Campos , atribuía a escola
secundaria a responsabilidade pela formação geral e pela preparação para o
ensino superior dos estudantes. Essa reforma atingiu , todas as escolas do país.
Após essa reforma, estabeleceu – se um método oficial de Língua
Estrangeira : o método direto, onde atendia aos novos anseios sociais e valorizada
a língua propriamente dita como instrumento de comunicação e não somente a
escrita.
Com esse método , a língua materna perde o seu papel de mediadora do
ensino de Língua Estrangeira e tem como principio fundamental a aprendizagem
em constante contato com a língua em estudo , sem a intervenção da tradução ,
utilizava – se de gestos , gravuras , fotos , simulação etc , e a gramática era
praticada pelos alunos através de perguntas e respostas.
Em 1942 , com a Reforma Capanema o currículo oficial buscava atrelar
todos os conteúdos ao nacionalismo. Assim , o curso secundário foi dividido em
dois níveis : ginasial (4 anos) , colegial (3 anos). Nesta conjuntura o ensino da
Língua Inglesa , foi mantido no ginásio e seguram o método direto.
Com a dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos,
após a segunda guerra mundial intensificou – se a necessidade de aprender
Inglês , assim o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) N.4.024 , promulgada em
1961, criou os conselhos Estaduais de Educação onde valorizavam a Língua
Inglesa devido as demandas do mercado de trabalho que se expandiram nesse
período.
Partindo do Behaviorismo onde dizia que só é possível teorizar e agir sobre
o que é cientificamente observável , a língua passou a ser vista como um conjunto
de hábitos a serem trabalhados como : Audiovisual e Audio – oral.
Muitos estudiosos fizeram analises sobre tais métodos, Piaget aparece na
década de 1970 com sua abordagem construtivista e Vejgotsky (1896 -1934) onde
dizia que o conhecimento acontece através de trocar sociais.
Na década de 1970 no Estado do PR muitos professores encontravam – se
insatisfeitos com reformas do ensino. Em 1982 , foi criado nesse Estado, o centro
de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do PR. Onde oferecia aulas de
Inglês, Espanhol, Frances e Alemão, aos alunos no contra turno .
Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propicio
para que os professores liderassem um movimento pelo retorno da pluralidade de
oferta de Língua Estrangeira nas escolas publicas.
Muitos intelectuais discutiam portanto, a abordagem comunicativa, método
de ensino desenvolvido na Europa desde os anos de 1970, onde a língua é
concebida como instrumento de comunicação .
Em 1996, a LDB N.9394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma
Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª serie e a escolha do
idioma era escolhida pela comunidade escolar. O MEC publicou os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de LE (PCN), pautado numa
concepção de língua como prática social fundamental na abordagem
comunicativa, onde abordou um trabalho pedagógico com ênfase na prática de
leitura oralidade e escrita.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral
e escrita , para atender as demandas relativas a formação pessoal, acadêmica e
profissional .
Nesta perspectiva, necessita- se colocar a teoria na prática e dirigir um
trabalho mais comprometido com as demandas do atual contexto histórico social,
promovendo aulas mais criativas e dinâmicas, sejam utilizados materiais variados
e que condizem com a realidade do aluno, bem como com seus interesses e
necessidades, promovendo assim a consciência de que para valorizar a sua
própria cultura, é necessário também, conhecer e valorizar a cultura do outro.
• Promover o desenvolvimento integral do educando e ampliar as possibilidades
de agir discursivamente no mundo, habilitando-o a identificar a língua inglesa
como meio de comunicação oral e escrita aproximando-o de outras culturas,
ampliando o seu conhecimento na sua integração no mundo globalizado;
• Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, gráfica, plástica e corporal
como meio para produzir e comunicar suas ideias, atendendo a diferentes
intenções e situações de comunicação;
• Saber utilizar as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
• Apreciar os costumes e valores de outras culturas, contribuir para desenvolver
a percepção da própria cultura estrangeira. Essa compreensão intercultural,
promove a aceitação das diferentes maneiras de expressão e comportamento;
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem
como aspectos socioculturais de outro povo e nação;
• Preparar o aluno para a vida universitária, ingresso no mundo do trabalho,
relacionamento e escolha profissional;
• Valorizar o trabalho como forma de realização humana;
• Valorizar o patrimônio cultural e natural e aprender a preservá-lo;
Ao longo do curso do Ensino Fundamental, o processo de
ensino-aprendizagem deverá levar o aluno a:
• Aprender a gostar da língua que está estudando;
• Dominar as estruturas básicas da comunicação: aprender ouvindo, falando e
escrevendo;
• Reconhecer a língua entre outras culturas;
• Escolher o vocabulário que melhor reflita as ideias que pretende comunicar;
• Expressar seus pensamentos e sentimentos na língua inglesa;
• Ler instruções de manuais e programas de computador;
• Perceber nos filmes em inglês, o que os atores estão falando;
• Entender as letras das músicas de que gosta.
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos Básicos da Disciplina
6º ANO
Leitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Fundações das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação;recursos gráficos(como
aspas, travessão, negrito ) ;
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas : particularidades da língua , pontuação, recursos gráficos
(como aspas , travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição;
Pronúncia.
7º ANO
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito );
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
8º ANO
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito );
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
9º ANO
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto ;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto ,
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito );
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto ;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito );
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina
propostos nas DCES.
A realidade atual é fundamental para que o professor possa trabalhar com
seus alunos, fazendo com que os mesmos se interessem pela problematização
colocado pelo professor.
Para serem alcançados os objetivos propostos serão utilizados métodos
técnicos e os recursos disponíveis, tais como:
• Flashcards para auxiliar na visualização;
• Repetição (oral e em grupo);
• Leitura;
• Dramatização;
• Diálogo;
• Confecção de material didático;
• Textos informativos;
• Compreensão e interpretação de textos;
• Jogos;
• Bingos;
• Palavras cruzadas;
• Exercícios orais e escritos;
• Exercícios de dicção;
• Feedback;
• Utilização de gravador e vídeo;
• Músicas;
• Quadro-negro e giz;
• TV pendrive.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma importante dimensão do processo de
ensino-aprendizagem que permite aos sujeitos da ação escolar interpretar a
realidade do processo, redefinindo metas e repensando objetivos.
Entende-se que o processo ensino – aprendizagem é contínuo, então, a
sua avaliação não pode ser circunstancial e apenas considerar o seu produto.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem e do rendimento escolar do
aluno será contínua, cumulativa e permanente, prevalecendo os aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Em consonância com o currículo escolar e os
objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino, os resultados serão
expressos de 0 (zero) a 10 (dez ), obedecendo aos seguintes critérios: serão
realizadas duas provas bimestrais no valor de 3,5 (três e meio) , perfazendo o total
de 7,0 (sete ) pontos referentes ao domínio do conteúdo e os outros 3,0 (três)
serão computados somativamente, considerando a participação do aluno,
assiduidade, socialização, interesse e responsabilidade na realização de trabalhos
individuais ou em grupos, tarefa e pesquisas.
A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, respeitando a sequencia e a ordenação dos
conteúdos, devendo incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações
de aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação serão testes de aproveitamento orais e/ou
escritos, tarefas específicas, pesquisas, relatórios, exposições, trabalhos,
experiências e conclusões. É vedada a avaliação que oferece ao aluno apenas
uma oportunidade de aferição. E se mesmo assim, o aluno não atingir os objetivos
propostos cabe ao professor retomar os conteúdos, ou seja, a recuperação de
estudos e consequentemente a reavaliação.
A auto-superação e a cooperação entre indivíduos e grupos devem ser
estimuladas e também a autoavaliação, na qual os alunos exercitarão sua
autonomia a partir da reflexão individual e coletiva sobre seu processo de
aprendizagem.
Sob essa ótica, a avaliação constituirá um instrumento pedagógico de
ensino-aprendizagem com finalidades educativas bem definidas e não um
instrumento de sansão.
Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de
forma diferenciada, conforme suas potencialidades, dificuldades e suas
necessidades.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, C. Inteligências múltiplas e seus estímulos. São Paulo: Papirus, 1999.
DCE’s – Diretrizes Curriculares Estaduais. Língua Inglesa. Governo do Paraná, 2008.
FREIRE. P A importância do ato de ler. São Paulo: Paz e Terra, 1985.
LEFFA, V. J. O professor de Línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat,
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Quando foi incluída no currículo, a Língua Portuguesa apareceu sob as
formas das disciplinas de Gramática, Retórica e Poética (abrangia a Literatura).
Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se
Comunicação e Expressão (de 1ª a 4ª série) e Comunicação em Língua
Portuguesa (de 5ª a 8ª série). Deixando, assim, de ser a Gramática o seu enfoque
principal e tendo como referencial a teoria da comunicação.
Durante a década de 70 e início dos anos 80, o ensino da língua era
pautado em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de
habilidades de leitura. È nessa década (70) que chegaram ao Brasil, os estudos
lingüísticos (centrados no texto e na interação social das práticas discursivas) bem
como as novas concepções sobre a aquisição da língua materna. Essas ideias se
fortalecem a partir dos anos 80 com as contribuições de pensadores como Bakhtin
a quem deve-se o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da
linguagem.
Até as décadas de 60 e 70, a análise do texto literário objetivava a
transmissão da norma culta, a partir daí, simplificou-se para questionários sobre
as personagens, tempo e espaço da narrativa.
Na década de 90, surge a proposta de Currículo Básico do Paraná
fundamentada em pressupostos baseados na concepção dialógica e social da
linguagem. No final dessa década, os Parâmetros Curriculares Nacionais também
fundamentaram o ensino da Língua Portuguesa nas concepções discursivas,
propondo uma reflexão sobre o uso da linguagem oral e escrita.
Constata-se que até a década de 90, a ação pedagógica do ensino de
Língua Portuguesa seguiu, historicamente, uma concepção normativa de
linguagem pautando-se, ao ensinar a Língua Materna, no repasse de regras e
nomenclatura gramatical. Para superar essa postura, as Diretrizes da Língua
Portuguesa que fundamentam o trabalho pedagógico da disciplina consideram o
processo dinâmico e histórico das agentes na interação verbal.
Assim, a linguagem passa a ser vista como ação entre sujeitos situados,
histórico e socialmente, que se constituem e constituem uns aos outros em suas
relações dialógicas; e sendo seu ensino considerado como o trabalho e, ao
mesmo tempo, o produto deste trabalho.
Na concepção de língua como prática e interação social, o objeto de estudo
desta disciplina é a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso, desdobrando-
se em três práticas: leitura, produção de texto (oral e escrito) permeadas pela
análise linguística. Desta forma, o campo da disciplina de Língua Portuguesa é
um campo de ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua materna.
Neste contexto educativo, o trabalho com a leitura é entendido “como
processo de produção de sentido a partir de relações dialógicas entre o texto e o
leitor. Este, convocado pelo texto participa da elaboração dos significados,
contrapondo o que é lido com a sua experiência de vida” (DCEs,PARANÁ, 2006,
p. 18). Para tanto, o aluno deve entrar em contato com uma variedade de gêneros
de textos verbais e não-verbais para, aos poucos, aprimorar sua competência
leitora a partir de estratégias desenvolvidas para entender os textos: os ditos e os
não-ditos pelos textos.
O texto (oral ou escrito) passa a ser visto como o lugar onde os
participantes da interação dialógica se constroem e são construídos e se configura
como o evento que tem sua abrangência no antes, nas condições de produção, na
elaboração e no depois, na sua formalização. Este trabalho deve levar em conta,
além das condições de produção, as peculiaridades de composição, estrutura e
estilo de cada gênero de texto que precisam circular na sala de aula para que o
aluno os conheça e os diferencie. Dessa forma, este processo de produção
envolve vários momentos: o da motivação, o da reflexão e o da revisão: a re-
estruturação e re-escrita do texto.
A análise lingüística perpassa as três práticas – oralidade, escrita e leitura –
abrangendo assim, toda a dinâmica do sistema de linguagem. Nessa perspectiva,
o estudo da língua tem como base o discurso ou texto e através da análise
lingüística, busca-se verificar como os elementos verbais e não verbais atuam na
construção do sentido do texto. Partindo disso, busca-se que o aluno perceba os
muitos usos e funções da língua, reconhecendo diferentes possibilidades de
ligações e construções frasais, reflita sobre as particularidades linguísticas
observadas no texto, e assim, seja conduzido à construção de um saber linguístico
mais elaborado.
Diante de tudo isso, entende-se que as práticas de linguagem, fenômeno
de interlocução, perpassam todas as áreas do agir humano e potencializam a
interdisciplinaridade, pois é na escola que o aluno deve conhecer a língua padrão
e entender a necessidade real do seu uso em determinados contextos
comunicativos.
Assim, criam-se oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar
hipóteses a partir da leitura e escrita de diferentes gêneros textuais, a fim de que o
aluno compreenda como a língua funciona em suas mais variadas situações de
uso e, em conseqüência disso, desenvolva a competência discursiva.
O conteúdo estruturante em Língua Portuguesa e Literatura é o discurso
que se desenvolve a partir das práticas da oralidade, leitura e escrita que
acontecem através do contato com diversos gêneros textuais.
Em cumprimento a Lei nº 10.639 que estabelece a obrigatoriedade do
ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica, o
Parecer do Conselho Nacional de Educação e as Diretrizes Curriculares para a
Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
brasileira e Africana:
"propõe a divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos do seu pertencimento étnico-racial - descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, asiáticos - para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada." (p. 4, 2004)
Assim, nas atividades propostas aos alunos serão trabalhados textos de
diversos gêneros literários, de imprensa, de divulgação científica abordando temas
referentes a Cultura afro-brasileira e africana, bem como a cultura indígena e as
origens e costumessublinhado, parênteses, etc.;
• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente,
comovedoramente, etc.);
• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para
coesão e coerência pretendidas;
• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do
sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos
alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de
reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre
outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e
extraescolar.
Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos a Instrução 009/11
SUED/SEED. Serão trabalhados concomitantes aos conteúdos da disciplina em
consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.
8.10.5 Avaliação
É imprescindível qu do povos do campo, serão realizadas pesquisas
referentes a variedade língüística, contribuição desses povos na formação cultura
nacional, discussões sobre o preconceito lingüístico, estudo de obras e autores de
origem afro-brasileira e africana, mitos, crenças, costumes e palavras de origem
indígena e histórias da tradição oral da família.
Uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante
movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva, traduz-se na adoção das
práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar que o trabalho com a Língua
deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,e,
a partir disso, trabalhar a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma
padrão e acesso aos conhecimentos para o multiletramento, a fim de constituírem-
se ferramentas básicas no aprimoramento das capacidades lingüísticas e
discursivas dos estudantes.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina
de língua, busca:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes
práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de
inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse
papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se
constituir no âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a
inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de
conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim,
suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.
Conteúdo Estruturante: discurso como prática social
Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto
de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e
organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem
trabalhados no dia a dia da sala de aula.
A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento
histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de
linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo
assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o
discurso como prática social.
O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou
seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude
responsiva a outros textos (BAKHTIN, 1999 apud PARANÁ, 2008). Discurso, aqui,
é entendido como resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é “a
língua em sua integridade concreta e viva” (op. cit, p. 181).
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para
cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas
diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é
direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho
pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, o Conteúdo Estruturante é o
Discurso como prática social, a partir dele, advém os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.
Conteúdos Básicos
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
6º ANO
Esfera Literária
Contos, contos de fadas, fábulas, lendas, poesias, haicai, HQs,
autobiografia, biografias,memórias;
Esfera Cotidiana
Piadas, charadas, adivinhações, canções, bilhetes, cantigas de roda,
anedotas,comunicados, convites;
Esfera imprensa:
Programas de TV, notícias, entrevistas, reportagens, fotos, charge, tiras;
Esfera escolar:
Cartazes, diálogo, exposição oral, discussão argumentativa, resumo,
relatório;
Esfera Produção e Consumo:
Bulas, placas, regras, rótulos e embalagens;
Esfera midiática:
Desenho animado, E-mail, torpedos, filmes;
Esfera Jurídica:
Boletim de ocorrência, declaração de direitos, depoimentos, estatutos;
Esfera Política:
Carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação, debate;
Esfera Publicitária:
Música, paródia, cartazes, caricatura, anúncio, fotos;
7º ANO
Esfera Cotidiana
Cartão, carta pessoal,cartão postal,causos,parlendas,quadrinhas;
Esfera Literária/artística
Autobiografia, letras de música,narrativas de aventura, paródias, poemas;
Esfera escolar
Diálogo,,exposição oral, relatório, resumo, texto de opinião,verbetes de
Enciclopédia;
Esfera imprensa
Carta ao leitor, carta do leitor, cartum, classificados, horóscopo, tiras,
notícia;
Esfera publicitária
Anúncio, cartazes, e-mail, slogan,placas;
Esfera política
Carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação, debate;
Esfera Jurídica
Contrato, boletim de ocorrência, declaração de direitos, depoimentos;
Esfera Produção e Consumo
Bulas, manuais de instrução, regras de jogos,rótulos/embalagens;
Esfera Midiática
Desenho animado, entrevistas, vídeo clip, e-mail,filmes;
8º ANO
Esfera Cotidiana
Relatos de experiências, álbum de família, provérbios, receitas, trava-
língua;
Esfera Literária/artística
Contos de fadas Contemporâneos, crônica de ficção, fábulas
contemporâneas, haicai,narrativas , romances;
Esfera Escolar
Mapas, palestra, pesquisas, cartazes, texto argumentativo, texto de opinião,
resenha;
Esfera imprensa
Mesa redonda, manchete, notícia, reportagens, infográfico, relato histórico,
exposição oral;
Esfera publicitária
Anúncio, caricatura, comercial para Tv, e-mail, folder, fotos, slogan,
paródia, publicidade comercial;
Esfera política
Abaixo-assinado, debate regrado, carta de emprego, carta de reclamação,
carta de solicitação, mesa redonda;
Esfera jurídica
Boletim de ocorrência, contrato, estatutos, leis, ofício, procuração,
regimentos, regulamentos, requerimentos;
Esfera Produção e Consumo
Manual técnico, regras de jogo, rótulos/embalagens, placas;
Esfera midiática
Chat, blog, telejornal, torpedos, filmes, e-mail, entrevista;
9º ANO
Esfera Cotidiana
Carta pessoal, comunicado, curriculum vitae, diário, exposição oral, relato
de experiências vividas, receitas;
Esfera Literária/artística
Textos dramáticos, romances, poemas, pinturas, paródias, narrativas de
humor, de terror,fantásticas, haicai;
Esfera escolar
Ata, debate regrado, diálogo, discussão argumentativa, seminário, resenha,
resumo, texto argumentativo, texto de opinião;
Esfera imprensa
Agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, cartum, charge,
classificados, editorial, entrevista(oral e escrita), mesa redonda,notícia,
reportagem;
Esfera publicitária
Anúncio, caricatura, cartazes, e-mail, folder, slogan, músicas, publicidade
comercial e institucional, texto político;
Esfera política
Panfleto, manifesto, fórum, discurso político “de palanque”, assembleia,
debate, abaixo-assinado, cartas de emprego, de reclamação, de solicitação;
Esfera Jurídica
Constituição brasileira, contrato, declaração de direitos, discursos de
acusação, de defesa, ofício, procuração, regimentos, regulamentos,
requerimentos;
Esfera Produção e consumo
Bulas, manual técnico, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens;
Esfera Midiática
Blog, chat, e-mail, entrevista, filmes, telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo
clip;
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA TODOS OS ANOS
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
- polissemia;
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
• Conteúdo temático;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana Músicas - Elementos extra-linguísticos, conteúdo
temático,marcas linguísticas, finalidade,
figuras de linguagem
Piadas - Elementos composicionais, polissemia,
efeitos de humor/ironia,,conteúdo
temático variação linguística.
Literária/Artística Biografias - Marcas linguísticas, adequação ao
gênero, conteúdo temático
Memórias - Marcas linguísticas;
- Contexto de produção e recepção
- Elementos descritivos e
verossimilhança.
Contos,
contos de fadas
tradicionais e
contemporâneos
- Contexto de produção, conteúdo
temático, intertextualidade, elementos
semânticos, vozes sociais presentes no
texto, ideologia presente no texto,marcas
linguísticas
Lendas - Estrutura composicional; conteúdo
temático,intertextualidade
- Contexto de produção, finalidade,
intencionalidade
- Marcas linguísticas,papel do locutor e
interlocutor
Científica Pesquisas - Informatividade, conteúdo temático,
finalidade, marcas linguísticas,
Textos científicos e
de divulgação
científica
- Informatividade, conteúdo temático,
finalidade, marcas linguísticas,
argumentatividade,intencionalidade,
Escolar Resumo - Elementos composicionais, marcas
linguísticas, finalidade e interlocutor,
conteúdo temático.
Debate regrado - Turnos de fala, papel do locutor e
interlocutor;
- Argumentatividade, elementos
extralinguísticos
- Interlocutor,marcas linguísticas
- Adequação da fala.
Imprensa Anúncio de emprego - Marcas linguísticas, interlocutor e
elementos composicionais do gênero,
contexto de produção, argumentatividade,
intencionalidade;
Charge - Linguagem não-verbal,, recursos
gráficos e semântica, intertextualidade,
conteúdo temático,ideologia;
Artigo de opinião - Operadores argumentativos,
modalizadores, progressão referencial,
partículas conectivas e vozes
sociais,conteúdo temático,marcas
linguísticas.
Publicitária
Política
Jurídica
Midiática
Cartaz - Conteúdo temático, informatividade,
recursos gráficos e linguagem não-
verbal, intencionalidade.Caricatura - Intencionalidade, ideologia, linguagem
não-verbal e contexto de produção,
conteúdo temático.Carta de emprego - Interlocutor, finalidade do texto,
elementos composicionais e marcas
linguísticas.Abaixo-assinado - Vozes sociais, elementos
composicionais e argumentatividade,
finalidade,marcas linguísticas.Boletim de
ocorrência
- Situacionalidade, elementos
composicionais do gênero e escolhas
lexicais, intencionalidadeDepoimento - Elementos extralinguísticos, turnos de
fala e marcas linguísticas,argumentos,Entrevista - Variação linguística, elementos
extralinguísticos, turnos da fala, papel
do locutor e interlocutor, adequação da
fala.
2ª SÉRIE
ESFERAS
SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
GÊNEROS
DISCURSIVOS
ORAIS E
ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana Relatos de
experiências vividas
- Elementos extra-linguísticos, turnos de
fala, variação linguística, adequação da
fala ao contexto,
intencionalidade,contexto de produção.Literária/ Crônicas de ficção - Contexto de produção da obra
artística literária, marcas linguísticas, elementos
composicionais, intertextualidade.Paródias - Figuras de linguagem, sentido
conotativo e denotativo,
intertextualidade, efeitos de humor e de
ironia, vícios de linguagem,elementos
extralinguísticos.Textos teatrais - Contexto de produção, elementos
extralinguísticos, marcas linguísticas,
elementos composicionais do
gênero,vozes sociais ,ideologia,
variações linguísticas. Científica Artigos - Marcas linguísticas, informatividade,
finalidade, conteúdo temático, sintaxe
de concordância e de regência.Escolar Relatório - Adequação ao gênero, conteúdo
temático, marcas linguísticas,
elementos composicionais do gêneroTexto
argumentativo
- Operadores argumentativos,
modalizadores, progressão referencial,
partículas conectivas, vozes sociais,
intencionalidade, finalidade.
Imprensa Carta do leitor - Interlocutor, intencionalidade,
operadores argumentativos, marcas
linguísticas, conteúdo temáticoEntrevista
Oral/escrita
- Papel do locutor e do interlocutor,
elementos extra-linguísticos, diferenças
e semelhanças entre o discurso oral e
escrito, adequação ao contexto, marcas
linguísticas.Notícia - Elementos semânticos (operadores
argumentativos, modalizadores, etc.),
vozes sociais presentes no texto,
ideologia.Sinopses e
resenhas
- Elementos composicionais, marcas
linguísticas, finalidade, interlocutor,
informatividade.Publicitária Paródia - Intertextualidade, semântica
(expressões que denotam ironia e
humor), ideologia e intencionalidade,
elementos extralinguísticos, variações
linguísticas.Publicidade
comercial
- Linguagem não-verbal, marcas
lingüísticas, interlocutor, elementos
composicionais, semântica (sentido
conotativo e
denotativo),intencionalidade,
informatividade,operadores
argumentativos, modalizadores,figuras
de linguagem.Política Carta de
reclamação
- Interlocutor, referência textual,
operadores argumentativos, adequação
ao gênero, marcas linguísticas, contexto
de produção, finalidade.Mesa redonda - Conteúdo temático, adequação da
fala ao contexto, informatividade,
elementos extra-linguísticos, turnos de
fala, discurso ideológico.Jurídica Contrato - Interlocutor, marcas linguísticas,
finalidade do texto, informatividade,
conteúdo temático.Estatutos - Interlocutor, marcas linguísticas,
finalidade do texto, conteúdo temático.Midiáticas Filmes: Adaptações
de obras
literárias,curta
metragens,
-Linguagem não-verbal,
intertextualidade, contexto de produção,
ideologia, vozes sociais,diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e o
animações,etc. escrito.
3ª SÉRIE
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana Curriculum
vitae,convites,relatos
de experiência
vividas
- Interlocutor, adequação ao
gênero, finalidade do texto,
informatividade, contexto de
produção,elementos composicionais
do gênero.
Literária/
Artística
Autobiografia,letras
de
músicas,narrativas
intertextualidade, contexto de
produção, elementos linguísticos,
marcas linguísticas
Poemas - Contexto de produção da obra
literária, elementos composicionais,
marcas linguísticas, semântica.
Romances - Contexto de produção da obra
literária, elementos composicionais,
marcas linguísticas, semântica.
Científica Palestras - Conteúdo temático, interlocutor,
adequação da fala.
Escolar Júri simulado -Turnos da fala, conteúdo temático,
argumentatividade, interlocutor,
adequação da fala, finalidade.
Imprensa Crônica jornalística - Contexto de produção, elementos
composicionais, marcas linguísticas,
ideologia, conteúdo temático.
Mesa redonda - Turnos da fala, conteúdo temático,
argumentatividade, interlocutor,
adequação da fala ao contexto.
Tiras - Linguagem não-verbal, marcas
linguísticas, recursos
gráficossemântica (expressões que
denotam ironia e humor, figuras de
linguagem),intencionalidade.
Publicitária Publicidade
institucional-
-Linguagem não-verbal, marcas
linguísticas, interlocutor, elementos
composicionais, semântica
Publicidade oficial - Linguagem não-verbal, marcas
linguísticas, interlocutor, elementos
composicionais, semântica.
Política Debate -Turnos de fala, conteúdo temático,
argumentatividade, interlocutor e
adequação da fala ao contexto,
finalidade,intencionalidade
Fórum - Turnos de fala, conteúdo temático,
argumentatividade, interlocutor e
adequação da fala ao contexto.
Jurídica Leis -Elementos composicionais,
adequação ao gênero, marcas
linguísticas.
Regimentos - Elementos composicionais,
adequação ao gênero, marcas
linguísticas.
Midiática Telejornal - Conteúdo temático, interlocutor,
elementos extra-linguísticos,
diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito, marcas
linguísticas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a prática da oralidade, serão promovidos debates, discussões
improvisadas ou planejadas, entrevistas para compreender um tema, palestras,
leituras dramáticas, representações de peças teatrais, leitura expressiva ou
recitação pública de poemas, depoimentos sobre situações significativas
vivenciadas pelos alunos ou pessoas de seu convívio, apresentações de resumos
de livros lidos, relatos de acontecimentos.
Para se trabalhar a fala, a escuta e a reflexão acerca da língua oral é
importante que os alunos saibam que podem elaborar esquemas planejando a
exposição, preparar cartazes ou transparências, roteiros para realizar entrevistas
ou encenação de jogos dramáticos, preparar leitura expressiva de textos
dramáticos, memorizar textos poéticos a serem apresentados.
A análise dessas atividades a partir da observação de terceiros servirá para
avaliar as facilidades e dificuldades encontradas e a reação dos ouvintes de modo
que o aluno possa melhorar seu desempenho.
As práticas de leitura serão constantes, explorando a diversidade textual
para o aluno familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes
práticas sociais reconhecendo-os como gêneros discursivos a partir de seu
conteúdo temático, organização composicional e recursos linguísticos, abordando
de forma concomitante vários temas como a cultura a afro-brasileira, africana,
indígena e regional valorizando as origens dos povos e a pluralidade cultural.
Haverá momentos de leitura livre de temas do interesse dos alunos e posterior
comentários das leituras para apreciação dos colegas; e, de forma dirigida através
de leitura silenciosa; oral pelo professor e alunos, por meio de questionamento
durante a mesma, observações sobre o conteúdo; leitura programada, para
posterior discussão em grupo sobre determinado tema.
A produção de textos envolverá os momentos da preparação, da execução
e da avaliação do escrito. Para isso, serão oportunizados aos alunos o contato e
conhecimento de diferentes gêneros textuais literários, de imprensa, lúdicos,
divulgação científica, publicidade para que os mesmos venham a produzi-los
sabendo utilizá-los nas situações que estes se fazem necessários. As produções
serão lidas pelos autores para os colegas em sala de aula e, posteriormente,
serão expostos em murais, nos corredores do colégio para apreciação e produção
de coletâneas.
Desta forma, será feita a reestruturação dos textos produzidos pelos
alunos, trabalhando-se as características dos diversos tipos textuais na prática da
escrita da língua que constitui um dos aspectos fundamentais da prática de
análise linguística.
Para esta tarefa, seleciona-se de um dos textos produzidos pelos alunos,
que seja representativo das dificuldades coletivas; apresenta-se o texto para
leitura, transcrevendo-o no quadro-negro o reproduzindo-o usando papel ou
transparência; será feita a análise e discussão dos problemas selecionados;
registra-se as respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e
discute-se as diferentes possibilidades de reescrita (uso de dicionários e
gramáticas); reelabora-se o texto, incorporando as alterações propostas.
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir
com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como
uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes
opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada
palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam
os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de
sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais.”
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por
meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do
aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura,
oralidade e escrita.
Destaca-se que o letramento vai além da alfabetização: esta é uma
atividade mecânica, que garante ao sujeito o conhecimento do código linguístico
(codificação e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), refere-se
ao indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a
escrita, pratica a leitura e escrita, posiciona-se e interage com as exigências da
sociedade diante das práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto
social.
O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a
prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,
literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas
discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da
linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos).
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito
para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa
conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a
norma culta.
É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as
redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua,
ao conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que
favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não pode
trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, seria a-histórica e
elitista.
Os procedimentos didáticos para desenvolver o processo de ensino-
aprendizagem requerem um trabalho pedagógico comprometido com a identidade
do aluno e com o conhecimento que ele tem sobre o conteúdo a ser estudado.
Este procedimento orientará a ação do professor para que possa desenvolver
atividades que possibilitem ao aluno problematizar a sua leitura e interpretação do
mundo.
Para isso o conjunto de procedimentos a ser adotado obedecerá a um
esquema flexível que privilegiará, as seguintes estratégias:
Atividades que enfatizem a manifestação oral (debates, dramatizações,
entrevistas,exposições, relatos, etc.);
Atividades que promovam a linguagem escrita (registros, relatórios,
resumos, esquemas, elaboração de textos em gêneros variada com ênfase em
assuntos da atualidade e reescrita de textos);
Atividades de exploração das diferentes modalidades de leitura tais como:
ler para revisar, ler para obter informação, ler por lazer, etc.;
Trabalho com textos visando à interpretação, argumentação e
aprendizagem dos recursos linguísticos-discursivos necessários à organização e
produção de sentido dos gêneros discursivos em estudo.
Para a realização dessas atividades serão usados os seguintes recursos
didáticos e tecnológicos: Tv pen-drive, vídeos, Dvds, aparelho de som,
retroprojetor, aulas expositivas, quadro-negro e sala de informática.
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a
reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que
perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir
textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p.
204). Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta
que o texto é a única forma de se usar a língua: “A gramática é constitutiva do
texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. [...] Tudo o que nos deve
interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e
discursivas”.
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o
texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos
funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a
importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as
outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo
de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e
diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação,
dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de usos e funções da
língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de
construções textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas
observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalinguísticas,
à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a
língua.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes
gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades
que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).
Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por
meio das práticas de oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns
encaminhamentos. No entanto, é necessário selecionar o gênero que se pretende
trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de
produção/circulação, preparar atividades sobre a análise das marcas linguístico-
enunciativas, entre elas:
Oralidade:
• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:
diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a
repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal
e a informal;
• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do
texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser
utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do gênero, etc.
• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e
do texto em registro informal;
• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor,
ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc);
• léxico;
• progressão referencial no texto;
• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto.
Escrita:
Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de
partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os
aspectos:
• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);
• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,
ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação);
• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,
estruturação de parágrafos);
• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,
complemento, regência, vícios da linguagem...);
Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise
linguística, partindo das sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se
algumas propostas que focalizam o texto como parte da atividade discursiva, tais
como análise:
• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc.;
• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente,
comovedoramente, etc.);
• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para
coesão e coerência pretendidas;
• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do
sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina
propostos nas DCES.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos
alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de
reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre
outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e
extraescolar.
AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja
um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao
desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos
de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao
professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a
busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, observar-se-á:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de
adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da
produção oral.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre
textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto
explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. É importante
avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende o
significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências
corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto
escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir
daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais,
verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está
de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a
coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos.
• Análise Linguística: o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações
estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem
como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,
comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem
incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e os objetivos
propostos pelo estabelecimento de ensino, os resultados serão expressos de zero
(zero) a 10 (dez), obedecendo aos seguintes critérios: serão realizadas provas
bimestrais, tantas quantas necessárias, perfazendo o total de 7,0 (seis) pontos
referentes ao domínio do conteúdo e os outros 3,0 (quatro) serão computados
somativamente, considerando a realização de trabalhos individuais ou em grupos,
tarefas e pesquisas.
A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação, respeitando a sequência e a ordenação dos
conteúdos, devendo incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações
de aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação serão testes de aproveitamento orais e/ou
escritos, pesquisas, relatórios, exposições, trabalhos, experiências e conclusões.
É vedada a avaliação que oferece ao aluno apenas uma oportunidade de aferição.
Ao longo do processo, será feita a recuperação paralela para os alunos que
demonstrarem dificuldade na compreensão dos conteúdos que serão retomados
utilizando um desses instrumentos de avaliação como: atividade complementar
orientada, pesquisa, trabalho individual, atividade coletiva ( trabalho em parceria,
pequenos grupos, monitorias) ou prova para aferição de notas após constatação
que houve aprendizagem efetiva.
Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com
suas necessidades e suas potencialidades, com avaliações diferenciadas quanto
ao número de questões e tempo para realizá-las, observando sempre o nível de
crescimento do aluno.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Portuguesa, 2008.
Parecer 03/2004 do Conselho Nacional de Educação.
Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana, 2004.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de
pessoas a partir do século I a.C, desdobrada nas disciplinas de aritmética,
geometria, música e astronomia.
A partir do século V d.C, ocorreram produções entre os hindus, árabes,
persas e chineses.
Após o século XV d.C, o avanço nas navegações e as atividades
comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na matemática.
Enfatizou-se o ensino da matemática experimental que contribuiu na descoberta
de novos conhecimentos.
No século XVI alcançou novo período de sistematização da matemática
denominado por Ribnikov (1987) como período de matemáticas de grandezas
variáveis, contribuindo para uma fase de grande progresso científico e econômico.
No Brasil, na metade do século XVI a matemática foi introduzida como
disciplina nos currículos das escolas brasileiras.
No século XVII surgiu a concepção da lei quantitativa que levou ao conceito
de função e do cálculo infinitesimal.
No Brasil no final do século XVI ao início do século XIX era desdobrada em
aritmética, geometria, álgebra e geometria.
No século XIX foi denominado por Ribnkov (1987) como período das
matemáticas contemporâneas, ocorrendo também sistematizações das
geometrias não-euclidianas.
No final do século XIX e início do século XX os matemáticos antes
pesquisadores passaram a ser também professores preocupando-se mais
diretamente com as questões de ensino, observando entre outros estudos
psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial
de renovação do ensino da matemática.
De 1849 – 1925 surgiu a proposta de renovação do ensino da matemática,
surgindo as primeiras discussões sobre educação matemática. No Brasil Euclides
Roxo solicitou ao governo Federal, a junção das disciplinas, aritméticas, álgebra,
geometria e trigonometria numa única, denominada matemática.
Outras tendências, concomitantemente à Empírico Ativista, influenciaram o
ensino da matemática em nosso país. Muitas delas continuam fundamentando o
ensino da matemática até hoje.
Fiorentini (1995) destacou a Formalista Clássica, Formalista Moderna,
tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural e Histórico – crítica.
A partir de 2003, a SEED abre discussões coletivas com os professores da
rede pública estadual resgatando importantes considerações a respeito de
abordagens de ensino aprendizagem da matemática, incluindo também a
educação no campo, indígena e afro – descendentes.
A matemática será trabalhada de forma dinâmica e aplicada para
oportunizar aos alunos condições de ler e interpretar textos matemáticos, incluindo
tabelas, gráficos diagramas presentes em veículos de comunicação, utilizando
recursos tecnológicos.
Para uma matemática aplicada, o aluno deverá aprender conceitos em sala
de aula. E como se tratam de uma escola rural, respeitar os valores fundamentais
ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, e promoção, as
adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de
cada região escolar empregando a Metodologia, as reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural. Conceitos relacionados com medições de
grandes áreas como o hectare e o acre.
É essencial que se tenha sempre como prioridade formar um cidadão crítico
conhecedor dos seus próprios direitos e deveres. E para que estes objetivos
sejam alcançados a educação deverá ser diversificada, sendo um fator de
inclusão social e não de exclusão. Portanto para o aluno dser beneficiado com
uma formação que responda às suas necessidades educativas fundamentais
como: leitura, escrita, expressão oral, cálculo, resolução de problemas e
conceitos, tais como: atitudes, valores e cidadania.
A matemática também faz parte da vida das pessoas como criação
humana, ao mostrar que ela tem sido desenvolvida para dar respostas as
necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos
históricos. Necessita-se então que se incorporem ao seu ensino os recursos das
tecnologias da comunicação, da estatística e das geometrias. E dessa maneira
desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que
proporcione aprimorar seu pensamento reflexivo.
Ao indicar aspectos novos no estudo dos números e operações, deve-se
privilegiar o desenvolvimento do sentido numérico e a compreensão de diferentes
significados das operações, e assim propor novo enfoque para o tratamento de
álgebra, apresentando-a incorporada aos demais conteúdos estruturantes,
privilegiando o desenvolvimento do pensamento algébrico e não o exercício
mecânico do cálculo, compreendendo assim, os conceitos, procedimentos e
estratégias matemáticas que permitam desenvolver estudos posteriores e adquirir
uma formação científica geral. Ainda auxiliar os alunos na valorização de suas
raízes culturais relacionando o conteúdo matemático e maneiras específicas de
raciocínios.
Devemos também enfatizar a exploração do espaço e de suas
representações e a articulação entre as geometrias: plana, espacial, analítica e
não-euclidiana, e também grandezas e medidas, as quais fazem com que o aluno
possa exprimir-se com correção e clareza, na linguagem matemática, utilizando a
terminologia correta na interpretação e intervenção da realidade.
Conteúdos estruturantes
6º ano
Números e Álgebra
Sistemas de numeração decimal e não-decimal;
Números naturais e suas representações;
As seis operações e suas inversas;
Transformação de números fracionários em decimais;
Fatoração;
Expressões numéricas.
Grandezas e Medidas
Medidas de massa;
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volumes;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
Geometrias
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
Construções e representações no espaço e no plano;
Planificação de sólidos geométricos.
Tratamento da informação
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
7º ano
Números e Álgebra
O conjunto dos números inteiros e racionais;
Estudo das equações;
Noções de inequações;
As seis operações e suas inversas;
Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo (razão,
proporção, frações e decimais);
Noções de proporcionalidade;
Grandezas direta e inversamente proporcionais;
Grandezas e Medidas
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos;
• Estudo dos triângulos e quadriláteros.
Geometrias
• Geometria plana;
• Geometria espacial;
• Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da informação
Pesquisa estatística;
• Média aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
8ºano
Números e Álgebra
As seis operações e suas inversas;
Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela
substituição de letras por valores numéricos;
Monômios e Polinômios
Produtos notáveis;
Fatoração de polinômios
• Equações de 1º grau com duas incógnitas
Sistemas de equações de 1º grau com duas icígnitas e os métodos de
resolução.
Noção de inequação
Ângulos;
Cálculo do número de diagonais de um polígono.
Grandezas e Medidas
Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;
Triângulos: elementos, ângulos, classificação
Geometrias
Retas e condições de paralelismo e perpendicularidade;
Polígonos
Desenho geométrico com uso de régua e compasso
Noções de geometria espacial.
Tratamento da informação
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e
histogramas.
9º ano
Números e Álgebra
Conjunto dos números reais;
As seis operações e suas inversas;
Equações, inequações e sistemas de equações de 2º graus;
• Teorema de Pitágoras;
• Regra de três composta.
Grandezas e Medidas
• Trigonometria no triângulo retângulo;
Relações métricas no triângulo retângulo .
Funções
• Noção intuitiva de função afim e função quadrática.
Geometrias
• Geometria Plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometria não-euclidianas.
Tratamento da informação
Noções de probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos;
• Noções de análise combinatória;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a
Educação Básica da Rede Pública Estadual, são:
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometrias
• Funções
• Tratamento da Informação
1. NÚMEROS E ÁLGEBRA
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobram nos seguintes conteúdos:
• números reais
• números complexos
• sistemas lineares
• matrizes e determinantes
• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.
• polinômios
2. GRANDEZAS E MEDIDAS
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
aprofundam e ampliam os conteúdos do Ensino Fundamental:
• medidas de massa
• medidas derivadas: área e volume
• medidas de informática
• medidas de energia
• medidas de grandezas vetoriais
• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a
trigonometria na circunferência
3. GEOMETRIAS
Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias
se desdobra nos seguintes conteúdos:
• geometria plana
• geometria espacial
• geometria analítica
• noções básicas de geometrias não-euclidianas
4. FUNÇÕES
O Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:
• função afim
• função quadrática
• função polinomial
• função exponencial
• função logarítmica
• função trigonométrica
• função modular
• progressão aritmética
• progressão geométrica
5. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação
engloba os conteúdos:
• análise combinatória
• binômio de Newton
• estatística
• probabilidade
• matemática financeira
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
As propostas de trabalho para o aluno são de situações de aprendizagem,
de mediação e de orientação do professor para que o mesmo possa agir,
observar, relacionar aspectos, estabelecer relações e atribuir significados ao saber
matemático.
O desenvolvimento dos conteúdos se dará de modo articulado, partindo de
relações com contextos históricos, sociais e culturais, levando o aluno a
desenvolver o pensamento, produzir conhecimentos, valorizar as atividades
coletivas e desenvolver atividades lúdicas.
O desenvolvimento do trabalho se dará através de situações-problema,
jogos que instigam a investigação matemática, exercícios desafiadores,
proporcionando um caminho para compreender a natureza da matemática e sua
relevância na vida da humanidade.
Serão trabalhadas ainda atividades em grupos, fazendo correlações com o
cotidiano do aluno e estimulando os cálculos por estimativas, fazendo o uso de
diferentes instrumentos de Tratamento da Informação ( textos jornalísticos,
noticias, informações de diferentes naturezas).
Os conteúdos propostos serão abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática, as quais fundamentam a pratica docente
são elas:
A Etnomatemática que busca uma organização da sociedade que permite o
exercício da critica e a analise da realidade. O seu enfoque deverá relacionar-se a
uma questão maior, como o ambiente do individuo e as relações de produção e
trabalho, assim como se vincular as manifestações culturais como arte e religião.
Esta tendência da Educação Matemática contempla com satisfação as
necessidades da escola do campo, já que é neste âmbito que os aspectos
culturais, religiosos e artísticos mais se manifestam.
Através da Modelagem Matemática serão levantados os problemas que
sugerem questionamentos sobre situações do cotidiano. Entendemos a
Modelagem Matemática como sendo um ambiente de aprendizagem no qual os
alunos serão convidados a indagar e/ou investigar situações oriundas de outras
áreas da realidade.
O uso de Mídias Tecnológicas suscita novas questões, em relação ao
currículo, a experimentação Matemática, e as possibilidades do surgimento de
novos conceitos e de novas teorias (BORBA, L999). O trabalho realizado com as
Mídias Tecnológicas, insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e
valoriza o processo de produção de conhecimento.
Já a abordagem dos conteúdos através da Resolução de Problemas é um
desafio da disciplina, pois trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem
a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas
situações, para resolver a situação proposta, tornando a aula mais dinâmica,
favorecendo a formação do pensamento matemático.
Considera-se a História da matemática como um elemento orientador na
elaboração de atividades, na criação das situações-problemas, na fonte de busca,
na compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Pela
História da Matemática o estudante tem a possibilidade de entender como o
conhecimento matemático foi historicamente construído.
A Investigação Matemática como pratica pedagógica tem sido utilizada e
recomendada como forma de contribuir para a compreensão da disciplina,
utilizando-se de problemas em aberto que resultem na formação de conjecturas a
respeito do que se está investigando, o aluno passa a agir como um matemático
propriamente.
Ao desenvolver os conteúdos de matemática o professor deverá, sempre
que possível, dar condições para que sejam debatidas e levantadas opiniões
relativas a questões sociais, tais como: Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Enfrentamento a Violência, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade, bem como os demais
desafios educacionais contemporâneos. Considerando que esses temas são de
suma importância para a formação integral de nosso aluno. Tais questões serão
abordadas através de situações problemas, discussões, debates e seminários,
utilizando diferentes fontes de pesquisa no decorrer do ano letivo.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina
propostos nas DCES.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Pedagógico da escola. Será também contínua,
cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global e democrático
do aluno, propondo atividades que explicitem os procedimentos adotados, e que
tenham oportunidade de explicar realmente e por escrito as suas afirmações.
O acompanhamento das atividades diárias do aluno é muito valioso, uma
vez que nos dá oportunidade de observar a responsabilidade, a cooperação, a
organização, as atitudes, as reações e os procedimentos em situações naturais e
espontâneas.
A avaliação na disciplina de Matemática deverá seguir alguns critérios, que
possibilitem ao professor verificar se o aluno:
• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
• Compreende por meio da leitura o problema matemático;
• Elabora um plano que possibilita a resolução do problema;
• Encontra meios para a solução do problema;
• Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Salientamos que a avaliação deverá servir como indicativo aos professores
na conduta de sua pratica docente. Caberá ao professor buscar diversos
encaminhamentos e métodos avaliativos, desde o uso de materiais manipuláveis
até o conhecimento de vida do aluno, para poder dar condições de desenvolver
suas capacidades e ao mesmo tempo, respeitar suas limitações.
Na avaliação do aluno terá considerado os resultados obtidos durante todo
o período letivo, num processo continuo. A recuperação de estudos dar-se-à de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, com
retomadas dos conteúdos sempre que se fizer necessário, prevalecendo sempre a
nota maior, sabendo que esta recuperação será de conteúdos, e que depois disto
automaticamente haverá a recuperação da nota.
A avaliação obedecerá aos procedimentos contidos no Regimento Escolar.
Para verificação final serão utilizados como instrumentos de avaliação:
• Atividades do dia-a-dia;
• Trabalhos, pesquisas, relatórios;
• Avaliação Objetivas e/ou subjetivas, priorizando a elaboração pessoal e
critica dos conhecimentos;
• Explanação oral e criação de textos matemáticos.
Deve-se ter consciência de que a avaliação é um processo continuo e
cumulativo, com recuperação paralela, durante todo o período letivo. E para
atender os objetivos propostos devem-se utilizar instrumentos diversos, buscando
detectar o grau de progresso de cada aluno, fazendo um levantamento de suas
dificuldades visando sua recuperação. Pois só assim, “será possível que as
práticas avaliativas superem a pedagogia do exame para se basearem numa
pedagogia do ensino e da aprendizagem.” (DCE< 2009, p. 70)
Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com
suas necessidades e suas potencialidades, com avaliações diferenciadas quanto
ao numero de questões e tempo para realizá-las, observando sempre o nível de
crescimento do aluno.
BILIOGRAFIA
ARROYO, Miguel Gonzalez e outros (org.) Por uma Educação do Campo. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 2005.
Cadernos Temáticos. Educação do Campo. SEED – Pr., 2005.
LONGEN, ADILSON, Matemática – Ensino Médio - Governo do Paraná, Ed. Positivo.
Ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Lei nº 10.639/03. Brasília, 2003.
Sociedade Brasileira de educação Matemática, Educação Matemática em Revista.CORD e BOM JESUS, Matemática Aplicada – Governo do Estado- PARANÁ- Secretaria da Educação.
BONJORNO e GIOVANNI, José Roberto e José Rui – Matemática Fundamental, Volume único, FTD.BARRETO BENIGNO e XAVIER CLAUDIO, Matemática, Volume único, Ensino Médio, Ed. FTD.
CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do ensino da Matemática. São Paulo, Cortez, 1991.
CENTURIÒN, Marilia. Conteúdo e metodologia da matemática - números e operações. São Paulo, Scipione, 1994.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Da realidade a ação – reflexões sobre educação e matemática. São Paulo, Summus, 1986.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autentica, 2001.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática – 2008.
SILVA, Cláudio Xavier da. BARRETO, Benigno Filho. Matemática aula por aula – ensino médio. São Paulo. FTD. 2005.Vol: 01,02 e 03.
LONGEN, Adilson. Matemática - Ensino Médio. Curitiba. Positivo. 2004. 1ª ed. Vol: 01, 02 e 03.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química às vezes é questionada por alguns alunos no sentido de: em que
ela vai servir no futuro? Já que português serve para se comunicar, por exemplo;
matemática para saber fazer diversos cálculos do dia-a-dia, história para se situar
no tempo; geografia para saber para onde vamos e de onde teoricamente viemos,
quais os problemas com a terra e possíveis soluções; a biologia para entender
como funciona nosso corpo e de seres vivos; já a química como também não é
diferente a física, para que servem?
Comparemos alguns exemplos: Se não entendêssemos de átomos, ou
moléculas, ou ainda como ocorrem as reações ou se ninguém se interessasse por
isso, será que existiriam os remédios que usamos hoje? Há se não fossem os
químicos! Bom, talvez não existisse a bomba atômica e contaminações por
agrotóxicos também, mas também não existiriam os aparelhos de raio X, usinas
nucleares, datação por carbono-14, controle de pragas, que usam o mesmo
principio! Também não existiram os computadores, pois a mecânica quântica
aplicada aos processadores não seria desenvolvida por nenhum químico e
nenhum físico. Então não existiria também este papel, que o possibilita ler este
texto crítico, muito menos existiria a tinta que tem propriedades eletrostáticas e
gruda no papel por diferença de carga, nem se quer uma lâmpada de W para
iluminar suas noites. Mas ainda, para que aprender o que já se sabe? Já dizia
Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, ou seja,
para que vejamos os horizontes é preciso subir nos ombros de gigantes (evoluir
usando conhecimentos antigos), citando como exemplo clássico, o computador,
uma excelente ferramenta rápida, mas lembra-se dos computadores 286, eles não
eram nada rápidos, logo no entanto, serviram como base para os de hoje como os
super Pentium quadri, por exemplo.
Nada melhor para um estudante (possível futuro cientista) desenvolver num
curso básico de química alguns pontos como:
• Perceber que a evolução da Química ocorre dentro de um processo
histórico da humanidade.
• Identificar diferentes tipos de matéria.
• Identificar e diferenciar substâncias puras de misturas e misturas de
homogêneas e heterogêneas.
• Perceber os tipos de modelos atômicos e suas relações.
• Compreender as estruturas da tabela periódica.
• Caracterizar e diferenciar ligação iônica de covalente.
• Entender sobre as forças de atração intermoleculares.
• Compreender o que são ácidos e bases de Arrhenius, seu nome, e fórmula,
bem como as principais aplicações dos mesmos no cotidiano.
• Identificar os sais neutros, sais ácidos e básicos.
• Identificar um óxido através de seu nome ou de sua formula, reconhecendo
os diferentes tipos de óxidos.
• compreender e explicar o conceito de massa atômica de um átomo e de um
elemento, bem como o conceito de massa molecular.
• Resolver problemas de cálculos estequiométricos, com base nas leis de
conservação de massa e das proporções fixas e definidas envolvendo as
relações: mol com mol; mol com massa; mol com volume gasoso nas
CNTP; volume gasoso com massa nas CNTP.
• Identificar o quanto uma reação nuclear é importante com relação as suas
aplicações no cotidiano.
• Ter noção das diferentes rapidezes de uma reação, quanto a variação da
temperatura do sistema, e quais os fatores que influenciam para um
aumento ou diminuição desta rapidez.
• conhecer o átomo de carbono, sua estrutura atômica e suas ligações
químicas.
• Classificar as cadeias carbônicas.
• Reconhecer a nomenclatura oficial dos hidrocarbonetos, álcoois, cetonas,
aldeídos, nitrilas, aminas, amidas, ácidos carboxílicos.
• Conhecer os principais derivados do petróleo.
• Definir isômeros(1).
• Relacionar a química e suas aplicações no campo, como por exemplo,
porque fazer uma análise de solo, ou porque tratar a água que bebem
mesmo esta sendo de um poço. Explicar porque não é vantajoso para o
ambiente e economicamente usar agrotóxicos em excesso. Porque a
adubação correta é muito importante. Analisar as possibilidades de
sobrevivência no campo com fabricação de produtos químicos, como por
exemplo o biogás, adubo orgânico etc.
• Desenvolver projetos interdisciplinarmente para o bom aproveitamento do
seu solo, caso agricultor, como é a nossa maior realidade, tomando-se
consciência do que se possui em termos de terreno e possibilidades da
implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase
principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus
produtores.
• Adaptar a química para pessoas com necessidades especiais para que esta
lhe seja útil durante a vida e não apenas uma matéria obrigatória, que mais
tarde se tornará inútil.
OBJETIVOS
• Despertar no aluno o interesse pela pesquisa do campo, produção orgânica
e cuidados químicos com o solo e consequências.
• Cumprindo-se a lei nº10.639/03, referente à história e cultura Afro-
brasileira e africana, será abordado dados referentes a química, como a
porcentagem de químicos desta origem e quais os conhecimentos usados
por estes no passado, assim como detalhes químicos condizentes a
respeito da cor negra (melanina).
• Despertar no aluno o interesse pela pesquisa científica utilizando a química
no seu cotidiano.
• Estimular o conhecimento da natureza e das transformações que nelas
ocorrem.
• Desenvolver a capacidade do aluno na resolução de problemas propostos
visualizando a relação interdisciplinar na investigação científica.
• Incentivar o aluno a compreensão do papel que a ciência desempenha no
desenvolvimento do universo em que vive.
• Conscientizar o aluno de que o conhecimento científico é dinâmico, e
mutável, ajudando a ter uma necessária visão crítica da ciência.
• Estabelecer uma relação entre os processos químicos e o mundo de forma
abrangente e integrada.
• Possibilitar ao aluno a compreensão tanto de processos químicos em si,
quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação
com as aplicações tecnológicas e as suas implicações ambientais, sociais,
políticas e econômicas.
• Utilizar conhecimentos da química para explicar o mundo natural e planejar,
executar e avaliar intervenções pratica.
• Utilizar instrumentos de medição e cálculo.
• Elaborar estratégias de enfrentamento das questões.
• Articular o conhecimento científico e tecnológico em uma perspectiva
interdisciplinar.(1)
CONTEÚDO
1º ANO
Pretende-se colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a
organização e restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para
o bom aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa
maior realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e
possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase
principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus
produtores.
Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo
alternativas de uma química menos tóxica.
Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,
biodizel, fertilizantes etc.
MATÉRIA E SUA NATUREZA
Conteúdos Objetivos específicosPRIMEIRO BIMESTRE
Constituição da matéria Entender a formação da matéria
Natureza elétrica da matéria Entender as partículas e a constituição do átomo.
Modelos atômicos Entender a evolução dos modelos do átomo
SEGUNDO BIMESTREEstudo dos materiais Compreender a formação dos materiais
Tabela periódica Observar a organização dos elementos
Ligações químicas Entender como as ligações ocorremTERCEIRO BIMESTRE
Interações intermoleculares Identificar como a matéria interage entre si
Química inorgânica e efeitos de poluição
Estudar os ácidos, bases, sais e óxidos juntamente com suas propriedades e reações, juntamente com seus efeitos prejudiciais ao ambiente pelo mau uso.
QUARTO BIMESTRETipos de reações químicas inorgânicas
Entender os tipos de reações químicas existentes.
Grandezas químicas Promover o entendimento das medidas de massa da matéria
2º ANO
QUÍMICA SINTÉTICA
Pretende-se colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a
organização e restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para
o bom aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa
maior realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e
possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase
principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus
produtores.
Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo
alternativas de uma química menos tóxica.
Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,
biodizel, fertilizantes etc.
Conteúdo ObjetivosPRIMEIRO BIMESTRE
Química inorgânica e efeitos de poluição
Recuperar o assunto atrasado por professores anteriores, objetivando estudar os ácidos, bases, sais e óxidos juntamente com suas propriedades e reações, juntamente com seus efeitos prejudiciais ao ambiente pelo mau uso.
Grandezas químicas – conceito de massa e mol
Entender as medidas da matéria e seus cálculos
SEGUNDO BIMESTREEstudo dos gases Entendimento das propriedades dos
gasesCálculos estequiométricos Realizar reações balanceadas e
entender a relação massa/molSoluções Objetiva-se o entendimento dos
fenômenos das misturas e seu preparoTERCEIRO BIMESTRE
Termoquímica O aluno deve entender sobre a energia envolvida nas reações químicas. Liberação ou absorção de energia. Entender o funcionamento de motores a combustão
Conceito de oxidorredução Aprofundar-se no entendimento da natureza elétrica da matéria. Efeitos da obtenção de energia elétrica através de reações deste tipo. Efeitos ambientais do mau uso dos elementos nesta obtenção de energia
QUARTO BIMESTREReações nucleares Capacitar o aluno a entender a origem e
a nocividade das partículas subatômicas. Capacitar o aluno a descrever quais os perigos de tais reações
Cinética Mostrar ao aluno como ocorrem as
reações e como melhorar seu rendimento e velocidadeTambém promover o entendimento dos catalisadores contra poluição atmosférica.
3º ANO
BIOGEOQUÍMICA
Colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a organização e
restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para o bom
aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa maior
realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e
possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase
principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus
produtores.
Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo
alternativas de uma química menos tóxica.
Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,
biodiesel, fertilizantes etc.
Conteúdo Objetivos específicosPRIMEIRO BIMESTRE
Ciclo do carbono Promover entendimento da origem do carbono na natureza
Conhecendo o carbono Fazer com que o aluno entenda as propriedades físico-químicas do átomo de carbono para o entendimento da formação de seus compostos
Hidrocarbonetos Possibilitar o entendimento da estrutura de compostos orgânicos de H e C, juntamente com suas cadeias e seus tipos
SEGUNDO BIMESTRECiclo do oxigênio
Funções oxigenadas
Mostrar a origem e importância do oxigênio na vida
Objetiva-se o estudo de moléculas orgânicas que possuam em sua estrutura o átomo de oxigênio
TERCEIRO BIMESTRECiclo da água e nitrogênio Mostrar origem, formas e importância na
humanidadeFunções nitrogenadas Promover o entendimento da estrutura
molecular e propriedades físico-químicas de moléculas orgânicas nitrogenadas
QUARTO BIMESTREIsomeria Mostrar a importância da rotulação
adequada de substâncias que possuam formula molecular iguais, evitando assim intoxicações em farmácias e laboratórios em geral
Materiais importantes Mostrar a aplicação da química orgânica
EMCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como uma ciência eminentemente experimental, a Química está em pleno
desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em muitos eventos
comuns que se passam conosco e ao nosso redor.
Situando o educando como agente da história, proporcionamos um suporte
para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com as demais
disciplinas, o tornamos capazes de desenvolver o seu espírito critico,
compreender suas relações com o ambiente natural e social e, desta forma,
interagir construtivamente com ele. Apropriando-se do conhecimento científico o
estudante poderá utiliza-lo para “ler” (interpretar) o mundo.
Assim procurando, sempre que possível, estar inserido no contexto
histórico, cultural, social e político do educando, tendo em vista as aplicações no
seu cotidiano e também da participação da resolução das grandes questões da
sociedade destacando o papel da química como modificadora da realidade, seja
pelo histórico da sua evolução, seja pela análise e compreensão do impacto de
suas ações sobre a sociedade.
Contextualizar a disciplina de química significa, em primeiro lugar, observa-
la sob um dos pontos de vista, que a dos produtos problemáticos no que trata o
currículo escolar onde o professor deve buscar conhecimentos com referencia
científicas além dos conteúdos propostos e trabalhar de forma compartilhada com
os alunos.
A química pode ser vista como conteúdo científico-tecnológico a que implica
fazer breves inclusões nos diferentes e inúmeros setores da vida e mesma se faz
presente, como por exemplo: a química nas indústria das do creme dental, do
sabonete, dos alimentos, dos combustíveis, etc., que serão pesquisados pelo
educando com objetivo de acrescentar estes dados ao conhecimento do aluno,
fazendo a ligação entre a ciência química como disciplina é a química observada
como conteúdo científico-tecnológico.
Do mesmo modo este objetivo deve despertar no educando que a industria
química é para ele uma das alternativas de trabalho para o seu futuro.
O desenvolvimento teórico acontecerá da seguinte maneira: Explicação,
com perguntas dirigidas aos alunos ou leitura prévia do assunto teórico pelo aluno,
discussão em duplas das dúvidas e explanação do professor com exemplos.
Exposição do assunto com a utilização de recursos áudio-visuais e através
de esquemas, resumos e desenhos no quadro-negro o no retroprojetor.
Estudo em grupo, principalmente na resolução de exercícios.
Aulas práticas em laboratório, relacionando os assuntos teóricos.
Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão
tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina
propostos nas DCES.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A partir da lei de diretrizes e bases da educação nº 9394/96, a avaliação
passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em
conta o conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas concepções
espontâneas além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem
finalidade em si, mas subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do
professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no
coletivo da escola. A avaliação pode ser estruturada como na tabela a seguir:
TIPO DEFINIÇÃO FUNÇÃO
Prova objetiva Série de perguntas diretas
Avaliar conteúdos específicos
Prova dissertativa Perguntas que exijam capacidade de resumir, analisar.
Abstrair, analisar problemas e formular idéias.
Seminário Exposição oral Possibilitar a transmissão verbal das informações
Trabalho em grupo Atividade de natureza coletiva
Desenvolver o espírito colaborativo
Debate Discussão em que os alunos expõem seu ponto de vista
Aprender a defender uma idéia
Relatório Individual Texto produzido pêlos alunos
Averiguar se o aluno adquiriu o conhecimento
Auto – avaliação Análise do seu próprio crescente.
Analisar seu ponto forte e fraco
A avaliação é algo mais do que buscar resultados. É um processo de
observação e verificação de como os educandos aprendem os conhecimentos
físicos e o que pensam sobre a Química, é parte integrante do próprio processo de
aprendizagem e tem como objetivo aprimorar a qualidade dessa aprendizagem.
Por isso a avaliação será contínua, dinâmica, informal, para que através de uma
série de observações sistemáticas possamos emitir juízo, valorativo sobre a
evolução dos educandos na aprendizagem da Química.
Finalmente, pode-se afirmar que a avaliação é um elemento significativo do
processo de ensino-aprendizagem, que envolve a prática pedagógica do
educador, o desempenho do educando e os princípios que norteiam o trabalho da
unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente quantificar os
resultados de um processo ao término de um período. Cabe ao educador
apresentar o conceito ou nota ao educando, desde que acompanhados de
orientações sobre como ele pode agir para aperfeiçoar seu desempenho e
progredir no aprendizado de Química.
A avaliação do desempenho dos educandos terá as seguintes finalidades:
* Em relação aos educandos: Verificar e medir seu conhecimento Químicos;
acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos Químicos; observar sua
postura frente à Química; possibilitar reflexão sobre seus êxitos e dificuldades.
* Em relação ao educador: colher informações para orientação e para tomada de
decisões em relação à atuação docente; identificar as áreas que apresentam
dificuldades para os educandos.
Terá como base:
* As respostas dos educandos, quando eles manifestam de forma implícita ou
explicativa suas certezas, dúvidas e erros.
* As observações das ações e discussões efetuadas durante as tarefas
individuais, em grupos pequenos ou com a classe toda.
* Análise de provas, tarefas feitas em casa, diárias e trabalhos escritos.
Será realizada através de:
* Exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas e atividade extraclasse,
sendo esta com peso de 40% da nota total do bimestre.
* Provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, testes de múltipla
escolha e somatórias, sendo esta com 60% de peso na nota total bimestral.
* Realização de atividades experimentais.
* Realização de avaliações adaptadas para alunos portadores de necessidades
especais, analisando-se cada caso em especial, sendo que cada deficiência
proporciona uma limitação diferente para cada portador.
FORMAS DE RECUPERAÇÃO DE CONHECIMENTO
Para realizar uma recuperação plena é necessário investir com várias
estratégias e recursos possíveis para que todos aprendam. Deve-se retomar o
conteúdo com esforço, para garantir a aprendizagem direcionando assim os
métodos e conteúdos para uma recuperação paralela formativa, a cada bimestre.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.
DEMO, P. Educar pela pesqunvestigação-Ação: Mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 2001.
MONTANARI, V. Energia nossa de cada dia. 2ª ed. Coleção Desafios. São Paulo: Moderna, 2003.
PCNEM – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, Parte III. Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Ministério da Educação e Cultura. Brasília: 1998.
Revista Nova Escola – 2001
Diretrizes curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO
Essa nova forma de ver a Sociologia como amplo campo de possibilidade,
sujeito a constantes mudanças e reelaborações, possibilitou a compreensão dos
fatos sociais como ações humanas que estão em constante mudança e que são
importantes em determinados períodos. Essa aliança escola e Sociologia assumem
um papel contributivo, numa nova visão mais ampla e profunda da sociedade.
A busca da identidade da autonomia e da plena cidadania faz com que o
ensino da Sociologia se volte para a reflexão crítica, onde o aluno precisa sentir-se
sujeito ativo e participativo das transformações sociais.
O ensino da Sociologia constrói uma concepção que é explicada pelos fatos e
acontecimentos sociais construídos e organizados pela sociedade humana
antepassada e pela atual que imprime nela suas características representadas pelas
suas ações, pelas suas necessidades de criar o seu espaço dentro desse contexto
social que a disciplina de Sociologia integra e exerce como um papel fundamental na
conscientização humana, e na formação de cidadãos conscientes.
Para compreendermos o sentido da Sociologia devemos compreender os
objetivos que por meio dela se pretende atingir. Deveremos dimensionar a
importância da Sociologia enquanto disciplina do Ensino Médio, o que significa
perguntar sobre sua definição, buscar compreender o que ela tem de específico que
não encontramos nas demais disciplinas. E acrescenta-se a isso o fato de que
transformar os saberes científicos em saberes escolares implica em um grau de
diferenciação e criação de identidades entre as diversas disciplinas. A Sociologia
conta com este agravante, qual seja, construir um saber organizado de modo a ser
viável sua introdução no nível Médio de ensino.
Uma sociedade marcada pelo mundo tecnológico onde diversas informações
conquistam seu espaço na sociedade a Sociologia com disciplina escolar devem
analisar essas interferências e transformá-la, mostrar ao aluno que se deve
questionar tudo e não se submeter a verdades prontas e definidas. A Sociologia
255
passa a ser uma disciplina de comunicação entre homens, desempenhando um
papel importante no auxilio e na conscientização humana.
A Sociologia surgiu num tempo de grandes transformações sociais, onde a
sociedade passa a ser pensada como uma ciência que necessita ser estudada para
conseguir a compreensão de tantas mudanças e soluções para os novos problemas
encontrados pela nova sociedade. Onde modificação, contradições, duvida a cercam
nesses novos valores inseridos pela sociedade que está entrando através das
transformações apos revoluções. Revoluções essas: A Revolução Francesa de
1789; as Revoluções Industriais, ambas as revoluções trouxeram grandes
mudanças de valores, cultura, de trabalhar, de pensar e de agir e outras o social foi
modificado a ciência ganha cada vez mais ênfase e surgi à necessidade de repensar
os conceitos sociais, tanto como compreensão da nova sociedade como resgate dos
seus valores dentro desse novo contexto que a compõem. A Sociologia ajudaria se
redescobrir, se transformar, visualizar onde está o erro e como consertar.
Sociologia é uma das Ciências Humanas que estuda o comportamento
humano que movem a sociedade. As revoluções industriais e a francesa
favoreceram instalação definitiva da sociedade capitalista e com essas instalações
veio à modificação dentro e na própria sociedade, o surgimento de uma nova classe
social, a dos operários fabris, onde a necessidade de um estudo sobre essas
transformações torna-se essencial para estabelecer a ordem. Surge a palavra
sociologia, fruto dos acontecimentos das duas revoluções citadas.
Surgem novas relações de trabalhos que são mediadas por sindicatos e
associações representantes dos interesses das sociedade, muitas vezes esses
interesses são buscados da mais variadas formas, que vai desde rebeliões, protesto,
greves, reformas e diálogos onde ambos os interessados expõe os seus interesses
a defender, mas antes de tudo isso existe uma consciência social que rege pela
sobrevivência e por melhorias das condições de vida.
No âmbito de profundas alterações onde a ciência e razão substituem a
explicação do mundo pela fé e tradição, surge um novo questionamento dentro da
sociedade e suas formas de pensar e para sancionar esses problemas surge à
sociologia. Surgiria à palavra sociologia, fruto dos acontecimentos das duas
256
revoluções citadas.
A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-
1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho científico da
humanidade,considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais
ciências. Com o livro Curso de Filosofia Positiva (1830-1842), Comte garante-se o
títulode fundador do positivismo e admite ser a sociedade regida por leis naturais,
independentes da ação do homem.1
Ela vem como base teórica e metodológica, que serve para estudar e tentar
explicar os fenômenos sociais, analisando os homens em suas relações de
interligação com associações, grupos e instituições. O termo sociologia, ou seja,
sociologie foi criado por Auguste Comte.
A Sociologia é obra do trabalho de vários pensadores empenhados em
compreender as situações das novas de existência. A Sociologia constitui reflexões
sobre a sociedade e respostas às novas situações colocadas pela revolução
industrial, como por exemplo, a situação dos trabalhadores, o aparecimento das
cidades industriais, as transformações tecnológicas, a organização do trabalho na
fábrica, e outros2.
A Sociologia traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a explicação
da realidade social. A Sociologia três linhas mestras explicativas, com a incumbência
de causar reflexões e buscas pela solução, fundadas pelos seus autores clássicos,
Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A positivista-funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu
principal expoente clássico em Emilie Durkheim, de fundamentação analítica; (2) a
sociologia compreensiva iniciada por Max Weber, de matriz teórico-metodológica
hermenêutico-compreensiva; e (3) a linha de explicação sociológica dialética,
iniciada por Karl Marx, que mesmo não sendo um sociólogo e se quer se
pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação sociológica3.
Émile Durkheim, escreveu, entre outros, A divisão do trabalho social (1893),
1 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia p.40 Secretaria de Estado da Educação do Paraná
2 www.google.com.br3 www.google.com.br
257
As regras do método sociológico (1895), O Suicídio (1897). Para ele, a realidade
social possui natureza própria, ou seja, é o resultado da combinação das
consciências individuais onde, dentro dessas consciências encontramos falta de
normas, egoísmo das pessoas.Para Durkheim a sociedade também é vista de forma
solidária que está dividida em dois formatos solidariedade mecânica e solidariedade
orgânica, Durkheim também identifica tipos de suicídio (Altruísta, egoísta e
anômico).
Outro grande sociólogo foi Max Weber, Entende a Sociologia como a ciência
que pretende interpretar a ação social, explicando-a em seu desenvolvimento e
efeitos.
Emerge da obra de Weber, a racionalidade como princípio organizativo no
âmbito da sociedade moderna que o faz reconhecer no processo de secularização,a
expressão da racionalização social. (...) No âmbito da realidade política, a
contribuição de Weber sobre o fenômeno da dominação – seja racional, tradicional
ou carismática, como tipos ideais puros coloca luz na questão da autoridade e de
sua legitimidade, ao tratar o poder nas condições da ação humana disposta à
obediência no confronto com os dominadores que pretendem deter o poder
legítimo.4
Também temos a contribuição de Marx, que adota na Sociologia a
metodologia dialética do materialismo histórico. Onde foca sua interpretação na
formação da sociedade capitalista exposta na extensa obra O capital (1885-
1905),publicada após sua morte. Marx enfoco muito os conflitos existentes entre as
duas classes operários (proletariados) e patrões, também refletiu muito todas as
questões que envolvem o trabalho, que vais desde exploração do trabalho, meios
matérias de produção, modo de produção e outros, pois para ele :
Para ele, o trabalho humano é o único meio de produção capaz de agregar
valor aos bens produzidos, uma vez que os outros são meios materiais de produção
– a terra, o ar, as ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os equipamentos, a infra-
estrutura física dos galpões, fábricas, escritórios etc. – os quais só se multiplicam se
a elesfor incorporado trabalho. Por isso, a força de trabalho é dispêndio físico e
4 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia . Secretaria de Estado da Educação do Paraná p.58
258
mentalde energia humana que cria valor, ou seja, transforma a terra em plantações,
ocouro em sapatos, as idéias em livros, apenas para exemplificar.Ocorre que os
meios de produção, materiais ou não, apresentam-se na forma de propriedade
privada dos homens, com exceção do ar Assim, Marx demonstra que as relações de
produção são relações de propriedade estabelecidas entre os proprietários dos
meios materiais de produção (os capitalistas) e os proprietários da força de trabalho
(os trabalhadores).5
A sociologia no Brasil nas décadas de 20 e 30 focou-se num estudo sobre a
formação da sociedade brasileira, e analisou temas como abolição da escravatura,
êxodos, e estudos sobre índios e negros. Mas, também posteriormente voltou-se
para classe trabalhista como salários e jornadas de trabalho, e também
comunidades rurais. Um grande enfoque no Brasil foi a década de 60, onde o país
estava passando por um período político difícil, onde o trabalho dos sociólogos se
voltou para os problemas sócio políticos e econômicos originados pela tensão de se
viver em um país cuja forma de poder é o regime militar.
Mas, a sociologia também se preocupou com o processo de industrialização
do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no
campo. A sociologia foi se mostrando cada vez mais presente, isso a nível mundial
onde ela se fez presente em varias datas importantes em grandes revoluções
tornando sua participação dentro da sociedade seja ela qual forma de extrema
importância.
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva.
Florestan Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão
sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma
conexão episódica entre o direito e a sociedade, A segunda é caracterizada pelo
pensamento racional como forma de consciência social das condições da sociedade,
nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do século XX, é
marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de
cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências metodológicas
em países europeus e nos Estados Unidos.Os anos de 1930 foram de plena
5 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia . Secretaria de Estado da Educação do Paraná p.60
259
efervescência para a Sociologia que se institucionalizou, no Brasil, graças a um
conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e da editoração.
Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobre as peculiaridades da
cultura e sociedade brasileiras6.
A Sociologia, enquanto disciplina no ensino médio, fornece informações
acerca da estrutura e das relações sociais cria um espaço privilegiado para
discussões que nem sempre se fazem presentes na escola, também despertar o
interesse e a curiosidade dos estudantes objetivando a reflexão sobre a realidade
que os cerca.
Quando o aluno compreende que a finalidade de ser um cidadão e a
democracia de nosso país todo sai ganhando. Não basta apenas criar opinião
crítica, trata-se, em desenvolver possibilidades em que, numa dada realidade
observada e discutida o estudante possa, através de seu raciocínio e do trabalhado
em classe, vislumbrar outras possibilidades, outras formas de agir buscando
mudanças.
A Sociologia no Ensino Médio, deve orientar os alunos a formularem objetivos
de melhorar o mundo, diminuir as desigualdades sem que isso implique na
eliminação da Diferença.
As Culturas e as Diferenças devem ser elementos constantemente debatidos
em classe, onde o professor sempre deve salientar a necessidade do respeito para
com o outro e sua cultura, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a
construção de uma sociedade compreensiva, que respeita as várias culturas que a
compõe, permite espaços onde ela possa se realizar e possibilita através do ensino
da Sociologia no Ensino Médio ao jovem estudante compreender o mundo em que
vive, entender as possíveis causas e as motivações para o “ser como é, estar como
está” colocando em suas mãos uma ferramenta poderosa para a transformação: A
possibilidade de reflexão sobre o mundo7.
Finalmente, faz-se necessário destacar que a Sociologia surgiu como
disciplina essencial no ensino médio e universitário. Seus resultados podem ser
6 Diretrizes de bases do Governo do Paraná / Sociologia .Secretaria de Estado da Educação do
Paraná p.437 www.google.com.br
260
utilizados para a melhoria da sociedade e seus interesses e valores. Afinal, trata-se
de favorecer e ampliar os saberes humanos. Sem esses saberes criticamente
elaborados e transmitidos, certamente o social e ambiental nos distancia das
transformações que se fazem necessárias. Mais do que ser disciplina do ensino
médio ou universitário a Sociologia é importante para o resgate da cidadania em
nosso país, ensinar Sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura
cognitiva ao aluno quando proporciona informações que os leva a refletir, questionar,
descordar e principalmente dialogar o social com a própria sociedade, tudo isso nos
proporciona saberes que só pode ser descoberto se conhecermos os saberes
sociológicos.
A Sociologia também trabalha a sociedade e seus contextos sociais num
atrativo da preservação da cultura como educação no campo, também trabalha a
valorização da cultura e suas riquezas como a cultura Afro-descendente, e contribui
e atribui novos valores aos padrões da sociedade como a questão da inclusão
escolar e social. A Sociologia está englobada a teoria e praticas tudo num âmbito
para melhorar os valores e padrões da sociedade formada, numa preocupação em
vincular teoria a realidade. Essa é uma preocupação Sociologia e escola, juntas
trabalharam para formação de bons cidadãos críticos, com atitudes, conhecedores e
apreciadores de suas culturas, num futuro em que o preconceito será apenas
palavra de dicionário velho.
OBJETIVOS
* Fornecer subsídios que permitam o educando compreender os fatos sociais como
ações humanas. Fornecendo base para que o mesmo possa interagir no meio
tornando-se um cidadão atuante;
* Proporcionar a construção da identidade social e política, de maneira que
venha perceber a si mesmo como elemento ativo de plena cidadania, dotado de
força política e capacidade de transformar a sociedade.
* Contribuir na formação de alunos capazes de desenvolver a cidadania e de
compreender a realidade;
261
* Valorizar as diferentes manifestações culturais através da compreensão e
construção de uma visão mais crítica dos meios de comunicação de massa;
* Possibilitar ao aluno condições necessárias para entender os problemas sociais,
políticos econômicos e culturais;
* Compreender as diferentes manifestações culturais e sociais, agindo de modo a
preservar o direito à diversidade, superando conflitos e tensões do mundo atual.
* Conduzir o aluno à reflexão, a crítica e a leitura;
* Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de
qualificação exigida.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino da Sociologia está em processo de mudanças e para entender esse
processo é necessário conhecer os fatos.
No mundo de hoje é preciso que o professor seja um incentivador, utilizando
história na formação do cidadão consciente e para isso é necessária a participação
do aluno. E para conduzir essa participação são necessárias novas metodologias,
que poderão ajudar no auxilio da obtenção de resultados significativos do trabalho
do professor e na melhor compreensão dos alunos. O ensino da Sociologia terá
como pressuposto um estudo que parte da realidade do aluno, analisando o
cotidiano e as contribuições deixadas por outras sociedades e retorne ao presente
compreendendo a sua realidade.
A disciplina tem um enfoque temático, procurando, a partir da leitura de
textos que vem a ser sobre os assuntos em destaque, analisar os problemas
indicados nos objetivos do programa. Consiste de aulas expositivas, porem
contando com intensa participação dos alunos, para o que se pressupõe a leitura
prévia dos textos obrigatórios indicados.Utiliza-se o método expositivo-participativo,
intercalando a exposição teórica com a referencia a casos práticos, provenientes
quer da leitura cientifica recomendada, quer da experiência profissional e da
pesquisa dos docentes.
É solicitada aos alunos uma participação informada, que pressupõe a leitura
262
atentada da bibliografia indicada em cada ponto do programa, no debate /análise
dos casos e exemplos apresentados. Na metodologia propõem-se redimensionar
aspectos da realidade, por meio de uma análise didática e crítica dos problemas
sociais, visto que a dinâmica da sociedade e do conhecimento cientifico que os
acompanha.O conhecimento sociológico deve ir além da classificação, descrição e
estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa
primordial do conhecimento sociológico explicar e explicar problemáticas sociais
concretas e contextualizadas, de modo a derrubar pré-noções e preconceitos que
dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e das ações políticas
direcionadas a transformação social.
É importante antes de realizar esses trabalhos fazer uma verificação da
vivência cultural dos educandos, através de conversas. Prestar atenção nas
questões culturais da região e da comunidade.
É intensa a questão da diversidade envolvido na área da Sociologia, onde
pode-se trabalhar os conteúdos em grupos, textos sobre o assunto,slides, aulas
expositivas na TV pendrive, pesquisas, debates, seminários, também serão usados
revistas, jornais que tragam referencias ao assunto.
Na questão de alunos com necessidades educacionais especiais, serão feitas
adaptações baseadas nas orientações pedagógicas como: Sínteses dos conteúdos,
xerox, e outros, porém sem que haja a exclusão dos conteúdos repassados à
classe.
Para que esse estudo se concretize será utilizada uma linha metodológica
que levará as informações até os alunos:
• Aulas expositivas;
• Leitura silenciosa e coletiva,
• Análise de textos,
• Debates,
• Seminários,
• Pesquisas orientadas em sala de aula,
• Produção de vídeos (vídeos, formulação e apresentação de trabalhos);
263
• Questionamentos e interpretações de texto;
• Resoluções de exercícios.
• Observação: Educação no campo será trabalhada de forma comunicativa e
informativa e expositiva. Na busca do resgate da suas culturas, desde suas raízes
até as modificações atuais.
• Observação: Educação Inclusiva. Será trabalhada de forma comunicativa,
informativa e também na prática, onde os alunos vão ser orientados para uma
melhor adaptação tanto da parte dos alunos como para o aluno especial. Priorizara o
trabalho em grupo como inclusão cotidiana.
• Educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,
violência nas escolas e relações étnicas raciais. As atividades poderão acontecer
individuais e coletivamente em caráter teórico e pratico. Aqui devemos atender para
a prática e a conscientização dos desafios educacionais contemporâneos como
Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade, relações
étnicas raciais e violência na escola, principalmente na destruição do o patrimônio
público.
As avaliações serão teóricas e práticas utilizando textos diversificados sobre os
temas trabalhados. Utilizando imagens, aulas expositivas com vídeos e cartazes.
CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante
• O processo de Socialização e as instituições sociais;
Conteúdo Estruturante
• Cultura e Indústria Cultural;
Conteúdos Básicos
• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
• Diversidade cultural;
• Identidade;
264
• Indústria cultural;
• Meios de comunicação de massa;
• Sociedade de consumo;
• Indústria cultural no Brasil;
• Questões de gênero;
• Culturas afro brasileiras e africanas;
• Culturas indígenas.
•
Conteúdo Estruturante
• Trabalho, Produção e Classes Sociais;
Conteúdos Básicos
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
Conteúdo Estruturante
• Poder, Política e Ideologia;
Conteúdos Básicos
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
• Democracia, autoritarismo, totalitarismo
• Estado no Brasil;
• Conceitos de Poder;
• Conceitos de Ideologia;
• Conceitos de dominação e legitimidade;
• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdo Estruturante
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• Direitos Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos Básicos
• Direitos: civis, políticos e sociais;
• Direitos Humanos;
• Conceito de cidadania;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG’s.OS
Educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,
violência nas escolas e relações étnicas raciais. As atividades poderão acontecer
individuais e coletivamente em caráter teórico e pratico. Aqui devemos atender para
a prática e a conscientização dos desafios educacionais contemporâneos como
Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade, relações
étnicas raciais e violência na escola, principalmente na destruição do o patrimônio
público.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma continuidade do processo de ensino, dentro desse
contexto à avaliação deve ser feita de uma forma que o aluno exponha seus
conhecimentos. Sendo importante considerar conhecimento prévio as hipóteses e o
domínio dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorre no processo de
ensino e aprendizagem. A avaliação é um processo continuo, estimulador, criativo,
atuante, parte integrante e fundamental do processo do ensino e aprendizagem.
A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados
deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio
desempenho como docente refletindo sobre as intervenções didáticas e outras
possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos. È
importante salientar que os métodos avaliativos envolvem todas as atividades,
trabalhos,pesquisas, participações e avaliações propriamente ditas.
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A avaliação no mundo contemporâneo precisa tomar decisões com base nos
sujeitos que dela participam, com estudo, debate e critica sempre levando em conta
a sociedade em que dela participam, com estudo, debate e critica sempre levando
em conta a sociedade em que vivemos o mundo globalizado, as culturas, as
desigualdades e as diferenças culturais.
A educação da Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo a
divulgação e produção de conhecimento, o reconhecimento e valorização da
identidade, da história e da cultura dos afro-brasileiros, bem como de atitudes,
posturas e valores para promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes
no meio da sociedade.
O sistema de aferição de notas adotado será avaliações somatórias,
totalizando 10 (dez) pontos, que seja: formativa, contínua, processual, diagnóstica,
cumulativa e permanente.
De acordo com a deliberação 007/99 Artigo 3º, a avaliação do aproveitamento
escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de
aprendizagem como: avaliações escritas, apresentação no caderno, trabalhos
individuais e em grupo e apresentações orais.
De acordo com a Lei – 9394/96 os alunos participantes da sala de recursos
terão direito a avaliação diferenciada. Serão oferecidos recursos de apoio, tanto
visual, físico quanto nas especificações requeridas. Textos, atividades e avaliações
diferenciadas irão direcioná-los para chegar uma aprendizagem mais benéfica tanto
para o aluno como para o professor.
A seguir descrevem instrumentos avaliativos:
- Avaliação individual;
- Escrita ou oral dependendo da necessidade do aluno;
- Trabalhos individuais;
- Trabalho em grupos;
- Seminários;
- Debates;
- Apresentação de trabalho;
- Exercícios avaliativos;
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- avaliações;
- recuperações de conteúdos, de trabalhos e avaliações;
A referida recuperação de conteúdos será oferecida a todos os alunos. A
recuperação de conteúdo será diária através da observação, intervenção, revisão
dos conteúdos e trabalhos extra classes.
A recuperação de conteúdo dar-se à através da auto-avaliação dos trabalhos
e das avaliações em relação ao conhecimento através da sistematização do
conhecimento adquirido no desenvolvimento dos trabalhos práticos realizados. De
acordo com a necessidade poderá elaborar uma nova atividade.
Os critérios da avaliação serão:
- Provas.
- Trabalhos individual ou coletivo, o interesse, a participação e a pesquisa centrada
no assunto.
- Seminários, apresentação e coerência.
- Experimentos, criatividade, execução e compreensão do fenômeno físico.
- Envolvimento da teoria com a prática para uma melhor compreensão do conteúdo
estudado.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Governo do Paraná / Sociologia. Secretaria de Estado da Educação do Paraná Departamento de Educação Básica.
SOCIOLOGIA/ Vários autores.-Curitiba: SEED-PR, 2006,- 280p. ISBN: 85-85380
SOCIOLOGIA/ Vários autores.-Curitiba: SEED-PR, 2006,- 266 ISBN: 85-85380-4
www.diadiaeducacao.pr.gov.br
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