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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR FRANCISCO GAWLOUSKI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PAULO FRONTIN 1

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR FRANCISCO … · e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996), afirma progressiva extensão

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO PROFESSOR FRANCISCO

GAWLOUSKI

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PAULO FRONTIN

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2012

SUMÁRIO

1.0 – Apresentação................................................................................... 04

1.1 – Princípios que devem orientar o Projeto Político Pedagógico.. 07

2.0 – Identificação.................................................................................... 09

2.1 - Biografia do Patrono............................................................... 10

2.2 - Organização da Entidade Escolar........................................... 13

2.3 - Organização do Espaço Físico................................................ 14

2.4 - Materiais................................................................................ 14

2.5 - Relação do Corpo Docente, Equipe Pedagógica e Técnicos

Administrativos e Agentes Educacionais......................................... 15

3.0 - Objetivos Gerais.............................................................................. 18

4.0 - Marco Situacional............................................................................ 19

5.0 - Marco Conceitual............................................................................. 32

6.0 - Marco Operacional........................................................................... 48

7.0 - Avaliação do Projeto Político Pedagógico......................................... 64

8.0 – Avaliação Institucional.................................................................... 65

9.0 – Referências..................................................................................... 66

10.0 – Anexos.......................................................................................... 69

10.1 - Plano de Ação da Escola

10.2 - Plano de Trabalho Pedagógico

10.3 - Proposta Pedagógica Curricular

10.3.1 - Proposta Pedagógica curricular de Arte

10.3.2 - Proposta Pedagógica Curricular de Biologia

10.3.3 - Proposta Pedagógica Curricular de Ciências

10.3.4 - Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física

10.3.4.1 - Proposta de Atividade Complementar Curricular de Contraturno

– Educação Física – Hora Treinamento

10.3.5 - Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso

10.3.6 - Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia

10.3.7 - Proposta Pedagógica Curricular de Física

10.3.8 - Proposta Pedagógica Curricular de Geografia

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10.3.8.1- Proposta de Atividade Complementar Curricular de Contraturno

– Geografia – Tecnologias da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias

10.3.9 - Proposta Pedagógica Curricular de História

10.3.10 - Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna Inglês

10.3.10.1 – Proposta Pedagógica Curricular do CELEM – Centro de Língua

Estrangeira Moderna – Espanhol

10.3.11 - Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa

10.3.11.1 – Projeto “A Hora da Leitura”

10.3.12 - Proposta Pedagógica Curricular de Matemática

10.3.13 - Proposta Pedagógica Curricular de Química

10.3.14 - Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia

10.4 - Regimento Escolar

10.5 – Estatuto do Conselho Escolar

10.6 – Estatuto do Grêmio Estudantil

10.7 – Estatuto da APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

10.8 – Estatuto da Biblioteca Escolar

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1.0 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da

educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade moderna. Urge

realizar um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que

inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o

exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social.

Com a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico podemos contribuir

para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que

levem a instituição escolar a transgredir a chamada “educação tradicional”.

Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos educadores e

demais agentes escolares: Qual o papel social da escola? Qual a melhor forma

de organização do trabalho pedagógico?

Buscando responder essas questões o Projeto Político Pedagógico

do Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski - Ensino

Fundamental e Médio, foi elaborado não apenas por uma obrigação legal a que

a escola deve atender, mas por ser uma conquista que revela o seu poder de

organização, procurando cada vez mais ter autonomia em suas decisões. Pois,

definida a sua postura, o Colégio vai trabalhar no sentido de formar cidadãos

conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca

da superação das desigualdades sociais e do respeito às diferenças instituídas

por estas, contemplando a diversidade cultural e as especificidades da

comunidade local.

Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na

transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes devem

empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo.

Essa proposta ganha força na construção de um Projeto Político Pedagógico,

que conta uma história construída em comunidade e que traça meios para

realizar seu propósito educacional frente a realidade social vivenciada.

O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os

objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade que estabelece através

da reflexão as ações necessárias à construção de uma nova realidade. Sendo

primeiramente, um trabalho que exige comprometimento de todos os

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envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, funcionários,

alunos, pais e comunidade.

A conquista dessa autonomia é defendida pela Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB) de nº 9.394/96, que, não só reconhece os

estabelecimentos de ensino como espaço para elaboração do seu Projeto

Político Pedagógico, como também assegura a participação dos profissionais da

educação no desenvolvimento dessa tarefa.

Art.13. Os docentes incumbir-se-ão de:I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.II. Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino.Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios.

I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico da escola.

II. Participação da comunidade escolar e local, em Conselhos Escolares ou equivalentes.

Para construir o Projeto Político Pedagógico, primeiramente

elaboramos um questionário para ser trabalhado com os alunos sobre o tema:

“que escola temos e que escola gostaríamos de ter”. Esse trabalho foi realizado

em cada sala. Posteriormente realizamos uma análise com os alunos do que

eles poderiam contribuir para melhorar a escola.

Com os pais foi realizada uma reunião, onde foi explicado o que é

um Projeto Político Pedagógico, quais seus objetivos e a importância dos pais

na sua elaboração. Em seguida foi pedido para que relatassem ou escrevessem

o que precisava melhorar na escola para atender, satisfatoriamente, as

demandas sociais.

Com os professores e funcionários realizamos encontros para

analisar nossa prática e traçar metas para melhorarmos a escola,

principalmente no que se refere ao processo ensino e aprendizagem.

Dessa forma o Projeto Político Pedagógico da nossa escola foi

elaborado com a participação de todos os seus segmentos (alunos, professores,

pais, funcionários e representantes da comunidade), para assim caminharmos

juntos procurando resolver os problemas que aparecem, criando novas

alternativas para a melhoria da educação oferecida à comunidade. Pois a

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escola precisa preocupar-se em atender as necessidades específicas da

comunidade na qual está inserida, planejando seu trabalho a médio e longo

prazo, construindo assim, um projeto de educação que forme novos conceitos,

valorizando a identidade da comunidade e buscando o pleno exercício da

cidadania.

Neste contexto, o presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado

a partir de uma série de trabalhos que envolveram leitura crítica de textos,

documentos e informações sobre as mudanças das Diretrizes do Ensino

Fundamental e médio, que norteiam os princípios teóricos e metodológicos da

prática educativa e da reflexão do processo ensino e aprendizagem em nossa

escola. Reconhecendo previamente a importância da Educação Escolar para

além do Ensino Fundamental, conforme ao que dita a Lei Maior consignando a

progressiva universalização do Ensino Médio (Constituição Federal, art.208, II),

e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, de 20 de

dezembro de 1996), afirma progressiva extensão da obrigatoriedade e

gratuidade do ensino. Portanto, é importante ressaltar que este Projeto Político

Pedagógico não é um documento definitivo, mas tem um caráter dinâmico,

possibilitando mudanças que estejam sempre de acordo com os interesses e

necessidades de uma sociedade justa e igualitária.

Nesse cenário a escola é chamada a incorporar os avanços

advindos das novas tecnologias, sem perder de vista a sua especificidade e

apresentar as novas gerações às formas de convivência que tornam possível a

cidadania e o pleno desenvolvimento do ser humano.

Pretendemos construir uma escola que vá além de sua estrutura

física como afirma Paulo Freire em sua poesia...

A Escola

A Escola é...

O lugar onde se faz amigos,

Não se trata só de prédios, sala, quadros.

Programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo gente,

Gente que trabalha, que estuda,

Que se alegra, se conhece, se estima.

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O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente... o aluno é gente.

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um

Se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

Que não tem amizade a ninguém,

Nada de ser um tijolo que forma a parede,

Indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, só trabalhar,

É também criar laços de amizade, é criar ambiente de

camaradagem,

É conviver, e se “amarrar nela”!

Ora é lógico... numa escola assim vai ser fácil,

Estudar, trabalhar, crescer,

Fazer amigos, educar-se,

Ser feliz...

1.1 - Princípios que devem orientar o Projeto Político

Pedagógico:

A democratização do acesso e da permanência, do aluno na escola: o

aluno não pode apenas ser matriculado na escola, mas

fundamentalmente ter sua permanência produtiva, de forma a

estimular seu melhor desempenho.

Autonomia: capacidade de governar-se e se dirigir, dentro de certos

limites, definidos pelas legislações e pelos órgãos do sistema

educacional ajudando a estabelecer, com responsabilidade os

caminhos que a escola escolhe para percorrer.

Organização curricular: Deve ocorrer de forma que o conhecimento

possa ser percebido e construído a partir da integração das diversas

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áreas do saber humano e não de maneira isolada e fragmentada.

Valorização dos profissionais da educação: Reconhecer que a

qualidade de ensino esta relacionada a valorização de magistério, na

defesa de uma adequada formação dos profissionais – formação

continuada.

Gestão democrática: Todos os envolvidos no trabalho escolar devem

não apenas saber como a escola funciona, mas participar na definição

e execução de suas metas.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo

Professor Francisco Gawlouski traduz os princípios e diretrizes de decisões

pedagógicas aprovados e assumidos pela instituição de ensino, envolvendo o

corpo docente, administrativo, alunos, pais e funcionários.

O Colégio apresenta suas Propostas Pedagógicas Curriculares

enfatizando seu compromisso de contribuir para a formação de cidadãos

conscientes e comprometidos com as transformações sociais em sociedade.

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2.0 - IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski –

Ensino Fundamental e Médio, código 0308 está localizado na Rua Principal,

s/nº, em São Roque, no município de Paulo Frontin, código (1890) Estado do

Paraná, mantida pelo Poder Público e administrado pela Secretaria de Estado

da Educação, nos termos da Legislação em vigor.

O prédio foi inaugurado em 17/06/1992 pelo decreto municipal

05/92, que criou a Escola Municipal Rural Carlos Gomes.

Em 2001 foi feita a solicitação e carta consulta para implantação do

Ensino Fundamental – séries finais para Escola Estadual Gessil Antonio Carlotto.

Em 2002 foi feita a ampliação da Escola Rural Carlos Gomes para

implantar a Escola Estadual Gessil Antonio Carlotto.

Em 2002 pela Resolução 772/2002 do DOE 22/03/02, e pelo Parecer

nº 547/2002 foi criado e autorizado o funcionamento da Escola Estadual

Tetsuya Shibata – Ensino Fundamental. A Escola foi autorizada a funcionar sob

a imposição de homenagear um Professor desconhecido em nossa região, mas

de grande renome perante a SEED, o Sr. Tetsuya Shibata.

A comunidade insatisfeita com o Patrono imposto resolve em

eleição feita no dia vinte e três de abril do ano de dois mil e três, conforme ata,

escolher o nome do Prof. Francisco Gawlouski, para substituir o nome Tetsuya

Shibata. Dessa forma por decisão da comunidade escolar, de forma

democrática temos como Patrono o Sr. Francisco Gawlouski, que além de ser

munícipe, foi professor e também Prefeito da cidade de Paulo Frontin.

Em 2004 pela Resolução 324/04 do DOE 20/02/04, alterou a

denominação para Escola Estadual Professor Francisco Gawlouski – Ensino

Fundamental.

Em 2005 pela Resolução Nº. 759/05 de 23 de março de 2005 a

Escola Estadual Profº Francisco Gawlouski foi reconhecida.

Seguindo o Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 51 que tem

como data de aprovação 09 de junho de 2004.

Em 2009 conforme ao exposto pelo Parecer nº 324/09-CEF/SEED

que propõe Resolução de autorização para o funcionamento do Ensino Médio, a

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partir do início do ano de 2009, passando o estabelecimento de ensino a

denominar-se: Colégio Estadual Professor Francisco Gawlouski - Ensino

Fundamental e Médio.

Em julho de 2011, conforme a Resolução nº 3084/11 – SEED/SUED,

que reconhece a realidade deste estabelecimento de ensino, foi alterada a

denominação do Colégio Estadual Professor Francisco Gawlouski para: Colégio

Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski.

Desse modo o Colégio Estadual do Campo Professor Francisco

Gawlouski – Ensino Fundamental e Médio, ocupa as mesmas instalações da

Escola Municipal Carlos Gomes, que foi ampliada e adequada para o seu

funcionamento.

No período da tarde ocupamos 06 salas de aula, o Contraturno da

disciplina de Geografia e o CELEM utilizam uma sala do Posto de Saúde, no

período da manhã são utilizadas três salas de aula para o Ensino Médio, uma

sala para as Salas de Apoio que, também é utilizada pelo Contraturno da

disciplina de Geografia, e outra sala para a Sala de Recursos. O Contraturno de

Hora Treinamento utiliza a Quadra Esportiva, neste mesmo período.

O quadro de funcionários é composto por 22 professores, 02

agentes administrativos, 06 agentes de apoio, 01 pedagoga e 01 diretor.

É uma Escola situada no campo que atende alunos das seguintes

localidades: São Roque, Limoeiro, Cândido de Abreu, Iguaçu, Agudos, Monjolos,

Paralela, Vicinal 1, 2, 3 e 4, Colônia Nova, Gonçalves Junior, Jararaca,

Espigãozinho.

Telefone Fax: 42 – 3581-1012 ou Celular: 42 - 8816-6042

E-mail: [email protected]

N.R.E: União da Vitória, código 029

Localiza-se à 15 km da sede da cidade de Paulo Frontin.

Localiza-se a 45 km do N.R.E.

2.1 - BIOGRAFIA DO PATRONO

O Sr. Francisco Gawlouski, filho de Matias Gawlouski e Anna Mazur

Gawlouski, nascido aos dois dias do mês de janeiro do ano de mil e novecentos

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e trinta e oito, na localidade de Linha Iguaçu, município de Paulo Frontin, Esta-

do do Paraná.

Filho de pais católicos, logo foi batizado na Igreja Sagrado Coração

de Jesus, em Paulo Frontin, sendo padrinhos Miguel Mazur e Carolina Lenarto-

vicz. Após os primeiros estudos numa escola rural, foi levado por um Irmão Ma-

rista para o Juvenato Marcelino Champagnat, em Curitiba, onde teve ótima for-

mação religiosa. Lá fez sua primeira comunhão e recebeu o Sacramento da

Crisma. Após quatro anos, não tendo vocação para Irmão Marista, voltou para

casa dos pais.

Mais tarde, foi trabalhar numa fábrica de caixas Farroupilha, na ci-

dade de Videira/SC., residindo naquela cidade três anos.

Chamado para o serviço militar, serviu na Polícia do Exército na ci-

dade do Rio de Janeiro. Fez curso para cabo, passou e no 3.º mês, foi promovi-

do ao posto de cabo de trânsito. Continuou os estudos e foi aprovado no Curso

de Sargento. Depois de prestar serviços ao Exército Brasileiro, pelo período de

onze meses, voltou para casa dos pais.

Recebeu a nomeação de professor para a Escola São Roque, na lo-

calidade do mesmo nome, município de Paulo Frontin.

Casou-se em 18/01/1959, com Anice Lopacinski, também professo-

ra e fixaram residência nesta localidade. Foi catequista, dirigente de novenas e

líder durante seis meses.

Transferiu-se para a sede do município, continuou o trabalho de ca-

tequese e sempre ligado a todos os movimentos e atividades ligadas a Igreja.

Concluindo o Ginásio em 1.º lugar, em Frontin, transferiu-se para União da Vitó-

ria, matriculando-se na Escola Normal Colegial Professora Amazília e na Escola

Técnica do Comércio David Carneiro, tendo trabalhado como Inspetor de alu-

nos, na mesma escola. Após três anos, conseguiu o 1.º lugar na Escola Colegial

e 2.º lugar na Escola Técnica do Comércio.

Matriculou-se na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de União

da Vitória, no curso de Letras e voltou para Paulo Frontin. Além de lecionar no

primário, lecionou também no Ginásio Estadual Francisco Xavier da Silva. No

fim de quatro anos, terminou o curso.

Candidatou-se a vereador, sendo o mais votado. Eleito presidente

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da Câmara, 1.º secretário, líder da bancada da Arena e se fez presente em vá-

rias comissões.

Presidente do Clube recreativo União Frontinense por quatro anos.

Secretário do Sindicato Rural, membro da Comissão da Associação de Pais e

Mestres, membro da Comissão de Esportes do município.

Foi presidente da Comissão da Igreja Matriz e a viu concluída, que

foi consagrada por S. Excia. Revmo. D. Walter Ebejer, bispo diocesano de União

da Vitória, numa memorável cerimônia, como prova de carinho e gratidão de S.

Excia. ao povo Frontinense. Em março daquele ano, foi criada e instalada ofi-

cialmente a nova paróquia de Sant’Ana. Empenhou-se juntamente com a co-

munidade para oferecer todas as condições solicitadas pelo Sr. Bispo ao novo

vigário, padre José Chipanski.

Era membro da Comissão do MOBRAL. Fez o 33.º Cursílio de Cris-

tandade em União da Vitória, quando ainda não era diocese. Ministro Extraordi-

nário da Comissão Eucarística (MECE). Presidente do sub-secretariado do movi-

mento de Cursilhos para Paulo Frontin. Dirigente da Liturgia da Palavra na Ma-

triz. Um dos dirigentes dos Encontros de Casais na Paróquia. Possuía diversos

cursos de aperfeiçoamento da Doutrina Cristã.

Fez diversos cursos de aprimoramento para o magistério, entre

eles: reforma do ensino na FAFI, durante um ano, e três cursos no CETEPAR, em

Curitiba.

Casado com a Sra. Anice, com teve três filhos: Rita de Cássia, Jonas

Donizetti e Hélio Jaime.

Foi Presidente de Honra da BRASPOL em Paulo Frontin.

Foi prefeito Municipal por duas vezes, sempre com excelentes vota-

ções, obtendo na Segunda Eleição 85% dos votos válidos. Foi prefeito pela pri-

meira vez de 1.983 a 1.988 e pela segunda vez de 1.993 a 1.996, em sua se-

gunda gestão, também foi Presidente da Amsulpar e ainda houve a inaugura-

ção do monumento aos imigrantes em Vera Guarani.

Foi presidente da comissão administrativa do Hospital São João Ba-

tista. Posteriormente voltou a exercer a sua real profissão, que era Professor no

Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko. Foi documentador neste mesmo Co-

légio. Em uma das festas das nações, o Sr. Francisco Gawlouski emocionou to-

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dos os Frontinenses, principalmente os polônicos, pois idealizou e realizou o ca-

samento típico polonês, transmitindo muita seriedade e emoção à população,

segundo o próprio, casou-se dentro das tradições polonesas, uma vez que ele e

sua esposa eram poloneses.

Além de Professor e Documentador, o Sr. Francisco Gawlouski dedi-

cou parte de seu tempo a seu grande sonho, ou seja, ao “Parque Aquático so-

nho Meu”. Idealizou há anos, pois seu coração era uma criança nos últimos

tempos, transmitia de fato a felicidade. Sempre gostou de ser chamado de seu

“Chico”. Faleceu no dia 09 de fevereiro de 1.999, vitima de acidente automobi-

lístico.

2.2 - ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski –

Ensino Fundamental e Médio, oferece o seguinte atendimento:

MATUTINO: distribuído em 5 aulas de 50 minutos cada

Entrada:7:30 às 11:50

VESPERTINO: distribuído em 5 aulas de 50 minutos cada

Entrada: 13:00 às 17:25

CURSOS:

- Ensino Fundamental de 6º à 9º ano;

- Ensino Médio

- 1 Turma de Sala de Recursos

- 4 Turmas de Apoio, sendo duas para o 6º Ano e duas para o 9º Ano

das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

− 1 Turma de CELEM

− 2 Turmas de Contraturno na disciplina de Geografia

− 1 Turma de Hora Treinamento – Futsal

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2.3 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

• 08 Salas de Aula

• 01 Sala de Direção

• 01 Secretaria

• 01 Biblioteca

• 01 Cozinha

• 01 Banheiro masculino para alunos

• 01 Banheiro feminino para alunos

• 01 Banheiro dos professores

• 01 Banheiro na Secretaria

• 01 Sala para professores

• 01 Sala de materiais

• 01 Sala de Laboratório de Informática

• 01 Quadra Coberta

2.4 - MATERIAIS:

I. 18 Computadores (Paraná Digital)

II. 02 Impressoras jatos de tinta

III. 02 Impressoras (laiser)

IV. 01 impressora matricial

V. 06 Aparelhos de Dvds

VI. 01 Aparelho de Fax

VII. 01 Aparelho de telefone sem fio

VIII. 02 Micros Sistem

IX. 01 Amplificador Staner

X. 04 Caixas de Som acústicas Staner

XI. 01 Mimeógrafo a álcool

XII. 01 Retro - projetor

XIII. 04 Globos Terrestres

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XIV. 07 Mapas variados

XV. DVDs de filmes educativos

XVI. Fitas de Vídeo

XVII. Cds Room para diversas disciplinas

XVIII. Diversos materiais para Educação Física

XIX. 02 Televisores 20' polegadas

XX. 08 Televisores 29' polegadas

XXI. 01 câmara digital

XXII. 01 Data Show

XXIII. 01 Caixa de Som

XXIV. 01 Micro Sistem grande com entrada USB

2.5 - RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE, TÉCNICO

PEDAGÓGICO E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

NOME FUNÇÃO GRADUAÇÃO PÓS GRADUAÇÃO

Andrea Ignaszewski Cymbalista

Professora Letras Português/ Inglês

Língua Portuguesa e Literaturas

Beatriz Olivetti Retcheski Professora Geografia Geografia Física (Análise Ambiental)

Derlise Maria Wrublewski Professora Ciências Biológicas (em curso)

Dirceu Semianko Professor Educação Física

Edson Vander Weiwanko Professor Educação Física Fisiologia do Exercício

Elizete Franczak Professora Pedagogia Educação Especial

Eloiza Deki Professora Matemática Educação Especial (em Curso)

Giciélen Beatriz Retcheski

Professora Secretariado Executivo/ 7º

Período de Artes Visuais

Metodologia do Ensino da Música

Graciela D. Maschen Professora Matemática / Artes Visuais

Ensino da Matemática

Irene Ribeiro Florz Professora Geografia Geografia Física

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Ledi Daiane dos Santos Cararo

Professora Letras Português/ Inglês (em curso)

Lindamir Anelize Stenzel Freyhardt

Professora Letras Português/Espanhol

Língua Portuguesa e Literatura

Lindamir Svidzinski Glaba Professora Ciências/Matemática Educação Inclusiva

Luciane Paszko Professora Ciências/Matemática Ensino da Matemática

Mariane Cristina Kohut Professora GeografiaPsicopedagogia Institucional/Ed.

Infantil e Séries Inic.

Marli Teresinha Hrenichen Professora Pedagogia Arte/Educação e Ludicidade (em curso)

Sabrina Konkel Professora Pedagogia Interdisciplinariedade e Abordagem

Ludopedagógica

Simone Miguel de Souza

Professora História História: Múltiplas Abordagens

Thalita B. dos Santos Retcheski

Professora Biologia/Química Educação Especial/ Tecnologia

Educacional

Zilda Winkelmann Fechner

Professora Ciências BiológicasMet. Do Ensino

Aprendizagem de Ciências no

Processo Educativo

Marco Antonio Geller Diretor Ciências e Matemática

Filosofia

Educação de Jovens e Adulto

Maria Cristina Skibinski de Andrade

Pedagoga Pedagogia Supervisão/Orientação/Gestão

Escolar

Clemente Huk Agente Educacional II

Ensino Médio

Loreci Fátima Grando Demczuk

Agente Educacional II

Pedagogia Geranciamento do Ambiente Escolar

Antonio Luiz Florsz Agente Educacional I

Magistério

Azemar Pracer Agente Educacional I

Ensino Médio

Joselia Claudio dos Santos Wiebling

Agente Educacional I

Ensino Médio

Lindamir Braz Agente Educacional I

Ensino Fundamental

Oneide Araldi Agente Educacional I

Ensino Médio

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Téssio Leandro Stelmatchuk

Agente Educacional I

Letras Português/Inglês

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3.0 - OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver o Projeto Político Pedagógico do Colégio por meio de

uma educação libertadora, pautada nos princípios da teoria histórica crítica e

da pedagogia progressista, possibilitando a reflexão dos professores, alunos,

equipe pedagógica, direção, funcionários e pais, com a finalidade de levar o

aluno a ter acesso e sistematizar o conhecimento científico, valorizando a

cultura letrada e erudita e a tornar-se um cidadão cada vez mais criativo,

crítico, ativo e pensante para viver em sociedade.

− Instaurar em nosso Colégio uma gestão democrática onde

pais, alunos, professores, equipe pedagógica e funcionários contribuam com o

desenvolvimento teórico e prático do Projeto Político Pedagógico do Colégio.

− Buscar novos recursos, e/ou métodos, para melhorarmos o

processo ensino-aprendizagem em nosso Colégio, compreendendo que somos

seres inacabados, em constante formação.

− Enfatizar valores de solidariedade, respeito, honestidade,

disciplina e ética, pois, tais valores são necessários para o bom andamento

escolar e para uma boa formação cidadã.

− Tornar a aprendizagem mais significativa, vinculando os

currículos às experiências dos alunos através de um resgate e valorização da

escola e da cultura no campo.

− Estimular a assimilação ativa dos conhecimentos

sistematizados e atitudes necessárias à aprendizagem, visando o preparo para

o prosseguimento dos estudos e para as demais exigências da vida social.

− Propiciar o processo de ensino e aprendizagem contemplando

as Leis 10639/03 – referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana;

11645/08 – referente a História e Cultura dos Povos Indígenas; 9795/99 –

Política Nacional de Educação Ambiental, e 11525/07 – sobre os Direitos da

Criança e do Adolescente, juntamente com a realidade escolar de Educação do

Campo.

Conscientizar os educandos quanto aos temas: sexualidade,

educação fiscal, drogas, direitos humanos, entre outros assuntos aos quais a

realidade escolar apresente necessidade.

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4.0 - MARCO SITUACIONAL

Diagnóstico da Realidade

Para compreender o papel da escola hoje é importante situá-la no

mundo moderno, pois a sociedade contemporânea tem passado por

expressivas transformações de caráter social, político e econômico, que afetam

toda a estrutura escolar.

Conforme Gentilli (2001), vivemos em tempos de exclusão e guerra,

tempos onde a violência e a segregação se apoderam da vida de milhões de

pessoas, um mundo, onde o próprio mundo parece ser um privilégio daqueles

que podem pagar pelo espaço que ocupam nele.

Nossa sociedade passa por momentos de desencanto e desilusão,

onde a pobreza, desigualdade social, corrupção, preconceito, individualismo

formam o cenário brasileiro. Constata-se nessa situação uma minoria de ricos,

que revela a desastrosa distribuição de renda do país, aliada a um ciclo vicioso

de corrupções que envergonham a nação brasileira.

O contexto social, econômico e político do Brasil é desanimador, e

nessa era a escola vive um paradoxo, dela não se espera nada, e dela se

espera tudo. A escola atravessa uma crise, estando incapacitada de responder

aos desafios que os novos tempos impõem. Paradoxo que de um lado anuncia a

inviabilidade da escola, sua impotência e, por outro atribui a ela todos os males

que a sociedade sofre, bem como toda a responsabilidade para que deixe de

sofrê-los.

De acordo com Gentilli (2001), podemos reconhecer que boa parte

dos problemas como desemprego, violência, usuários de drogas,

individualismo, crise de famílias, falta de solidariedade são produzidos num

amplo conjunto de instituições e relações sociais que excedem e invadem o

espaço escolar.

Diante dessa realidade concordamos que a escola pode contribuir

aprofundando ou diminuindo esses flagelos, mas ser totalmente

responsabilizada é um absurdo.

Esse tempo de desencanto deve provocar desafio nos educadores

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para que assumam de fato através de suas práticas pedagógicas o

compromisso de formar cidadãos com uma nova visão de mundo, para que

possam atuar na sociedade de maneira mais justa, mais consciente, mais

responsável. Nós educadores devemos nos posicionar contra a pedagogia da

exclusão que afasta milhares de pessoas do direito à escola, do direito à

igualdade, do respeito às diversidades e à dignidade.

Diante desse contexto surgem vários questionamentos sobre os

encaminhamentos que devemos tomar em relação a escola, e para organizar o

trabalho faz-se necessário um planejamento coletivo que vislumbre todos os

seus aspectos.

A escola precisa preocupar-se em atender às necessidades

específicas da comunidade em que está inserida, para isso precisamos planejar

o trabalho a médio e longo prazo, com a finalidade de se construir uma

identidade própria e isso vamos conseguir através da elaboração do Projeto

Político Pedagógico, ele será o elemento norteador da organização escolar.

O projeto do Colégio depende, sobretudo, da ousadia dos seus

agentes, reconhecendo a realidade em que o Colégio se encontra, com o seu

cotidiano e o seu espaço-tempo, isto é, o contexto histórico em que ela se

insere, e a partir dessa compreensão organizar e sempre que necessário

reorganizar este Projeto.

Foi por este motivo que através de um trabalho coletivo entre a

comunidade escolar fizemos um levantamento de informações para analisar a

situação atual do Colégio, buscando construir uma proposta de educação que

tenha a cara da nossa realidade, fruto do compromisso com um projeto de

sociedade e de educação que provoque mudanças na realidade educacional.

No nosso município a vida econômica gira, principalmente, em

torno da agricultura, mas também da pecuária e indústria madeireira. Os

alunos são na maioria de camada sócio-econômica baixa, filhos de agricultores,

descendentes de alemães, poloneses, italianos, ucranianos.

Dentro do contexto brasileiro, não deixamos de enfrentar

dificuldades como: desestruturação familiar, alcoolismo, pouco apoio aos

pequenos produtores rurais, desigualdade social. Mas apesar das dificuldades

temos uma população que procura contribuir de alguma forma para a melhoria

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da sociedade.

O Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski,

situado no campo, busca caminhar rumo ao ensino de qualidade, ressaltando a

importância do conhecimento para que através da melhoria da qualidade no

processo ensino e aprendizagem se possa também melhorar a qualidade de

vida de todos os indivíduos.

Diante das indagações “que escola temos e que escola queremos”

fizemos uma análise cuidadosa das dificuldades e possibilidades, havendo o

compromisso de todos em sair da escola da realidade e caminhar com

empenho e dedicação em direção à escola almejada.

Acreditamos na importância de motivar os vários segmentos para

as discussões, criando os seguintes mecanismos de participação, conforme

pesquisa realizada no ano de 2007:

Professores: Através de diversas reuniões e momentos de

discussões, refletimos sobre as nossas práticas pedagógicas, a princípio

fazendo uma reflexão sobre que escola, sociedade, professores, alunos,

funcionários, o Colégio tem, com as possibilidades de mudanças em cada

atuação. Procuramos focar o nosso principal objetivo que é formar cidadãos

críticos, capazes de atuar na transformação da sociedade.

Pais: Aplicamos questionários que foram discutidos, neles cada pai

pode avaliar o trabalho que o Colégio desenvolve, apontando as dificuldades e

os problemas apresentados nesse trabalho, refletir sobre o nível de

participação de cada um na definição dos rumos e das propostas do Colégio,

bem como, dar sugestões para sua melhoria, enfatizando a importância da

participação dos pais na vida escolar de seus filhos. Este contato ainda

continua por meio de reuniões periódicas e de diálogos casuais que se vejam

necessários durante todo o ano letivo.

Alunos: Fizemos discussões em sala, onde os alunos puderam

refletir, avaliar, detectar as dificuldades e os problemas do Colégio e

apresentar sugestões para melhorar a qualidade do ensino. As opiniões e

sugestões dos alunos são recebidas e analisadas a qualquer momento do

processo educativo.

Desde então é realizada uma avaliação institucional anual, onde os

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alunos avaliam a estrutura física e o processo de ensino-aprendizagem,

analisando cada segmento que compõe o mesmo. Eles relatam o que poderia

melhorar na estrutura do Colégio, bem como, expressam como está a ação de

cada um dos funcionários, dos professores, da equipe pedagógica e da direção,

após, esses dados são repassados a seu componente para sua análise e para

as melhorias necessárias.

O Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski,

Ensino Fundamental e Médio, situado na Colônia São Roque, município de Paulo

Frontin, Paraná, atende cerca de 220 alunos, no período matutino e vespertino,

de várias realidades sócio-econômicas, étnicas e culturais, sendo a grande

maioria do campo. Entendemos o campo como espaço de vida onde as pessoas

desenvolvem uma cultura própria, como por exemplo, a agricultura, remédios

caseiros, o folclore e a roda de chimarrão, entre outros.

O transporte escolar é feito pela rede municipal, porém existem

problemas nas condições deste transporte, pois os veículos, terceirizados, em

sua maioria são precários, e a má situação de algumas estradas, além da

superlotação, também dificulta o mesmo, considerando que 85% dos alunos

dependem do transporte escolar para ter acesso à escola.

Com relação à estrutura e as condições materiais do Colégio, a

grande dificuldade é a falta de espaço físico, havendo a necessidade de

construção de salas de aula, ampliação da biblioteca e do laboratório de

informática, sala para os professores e para a equipe da secretaria.

Conforme a realidade acima exposta e a necessidade de adequação

escolar à legislação vigente, estamos implantando, de forma simultânea, o

Ensino de nove anos. Para isso, revisamos a organização de toda a

documentação escolar, bem como, repensamos os conteúdos e métodos de

ensino, sempre com o intuito de melhor receber os alunos em nosso Colégio e

propiciar a estes melhores condições de desenvolvimento. Desse modo, a partir

de 2012 estaremos atendendo as turmas de 6º à 9º ano.

O processo de distribuição dos alunos nas turmas ocorre no início

do ano letivo, esta leva em consideração a diversidade dos alunos que

recebemos e os diferentes tempos de aprendizagem e rendimento do aluno

considerando suas especificidades, respeitando a diversidade, incluindo alunos

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com necessidades educacionais especiais, prevendo para eles um currículo

flexível, sendo a avaliação adaptada ao seu nível de rendimento, pois ela tem o

objetivo de identificar até onde a aprendizagem aconteceu e em que pontos os

alunos precisam de novos métodos para que aconteça.

Aos alunos com necessidades educativas especiais, o pressuposto

de que a escola pública é direito de todos, é garantido por leis vigentes para

educação especial e assegurado o seu direito ao acesso e ao atendimento

preferencial na escola pública regular. Essa conquista leva em conta a

diversidade humana e traz para a escola, assim como para os sistemas de

ensino, o desafio de construir coletivamente as condições para o atendimento

desses alunos. Para tal atendimento dispomos de uma Sala de Recursos, que é

um serviço de apoio especializado, ofertado de sexto à nono ano para o Ensino

Fundamental no período contrário àquele em que o aluno frequenta na classe

regular, com um professor da Educação Especial que atende alunos com

deficiência intelectual e/ou transtorno funcional específico, diagnosticados,

complementando o atendimento educacional realizado em sala de aula regular.

Quanto ao currículo escolar compreendemos que a organização

curricular é elemento norteador das práticas escolares, uma vez que define os

objetivos e indica as possibilidades de ações pedagógicas para alcançá-los,

bem como expressa quais conteúdos e metodologias serão empregados nesta

prática. Para esta organização curricular deve-se considerar ao que dita a LDB

9394/96, observando ao que é imprescindível a cada nível de ensino, e,

também, utilizando o referencial das Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná (2008-2009), analisando estes referenciais e adaptando-os à realidade

da comunidade escolar, para então, elaborar a Proposta Pedagógica Curricular

que será o guia mais próximo dos professores na montagem e execução dos

Planos de Trabalhos Docentes.

Segundo Gasparin (2003 p.7):

O processo pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de abstração a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim de que sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a totalidade da prática social e histórica.

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Na gestão democrática do Colégio, existe abertura para a

participação dos diferentes segmentos sociais nos processos decisórios, no

compartilhar as responsabilidades, na articulação de interesses, na

transparência das ações, em mobilização e compromisso social. Desse modo a

gestão democrática é realizada num processo de participação juntamente com

as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e

Funcionários – APMF, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe, sendo

fundamental para que o sucesso de todo o processo de ensino e aprendizagem

aconteça de forma eficaz. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)

do Colégio é participativa, não ficando alheia as questões escolares. O Grêmio

Estudantil é participativo, precisando de apoio nas reuniões e para a

organização de atividades.

Temos o acesso à Educação Integral, por meio de algumas

atividades, como:

O CELEM - Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, que teve

início juntamente com o ano letivo de 2011, na Língua Estrangeira Moderna de

Espanhol, atendendo a 20 alunos no período matutino em quatro aulas

semanais. Este curso terá a duração de 2 anos com carga horária de 160 horas

anuais, perfazendo um total de 320 horas, e estará registrado no histórico

escolar do aluno.

Proposta Pedagógica de Atividade Complementar Curricular em

Contraturno na disciplina de Geografia, com aprovação para início no segundo

semestre de 2011, embasada no Macrocampo de “Tecnologias da Informação,

da Comunicação e uso de mídias”, envolvendo de forma dinâmica os conteúdos

de Geografia com as possibilidades tecnológicas. Esta atividade é realizada

com 25 alunos do Ensino Fundamental, no período da manhã, e com 25 alunos

do Ensino Médio no período da tarde.

Proposta Pedagógica de Atividade Complementar Curricular de

Contraturno – Hora Treinamento na disciplina de Educação Física, com início

igualmente no segundo semestre de 2011, com base na Instrução 004/2011

SUED/SEED. Que atende 25 alunos do Ensino Fundamental em quatro aulas

semanais no período da manhã.

As Salas de Apoio à Aprendizagem, onde, com a identificação de

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dificuldades de aprendizagem de alguns alunos do sexto ano do Ensino

Fundamental, em contraturno, a escola possibilita novo momento de estudos

buscando superar estas dificuldades. Esta Sala é programada com duas

disciplinas: Matemática e Língua Portuguesa, sendo feito um trabalho de

intervenção para recuperar as dificuldades oriundas dos anos iniciais na leitura,

na escrita e no cálculo matemático, de acordo com a legislação estadual. Este

apoio foi ampliado, no segundo semestre de 2011, para atender também o

nono ano, nos mesmos moldes da Sala de Apoio do sexto ano, abrangendo as

disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, buscando uma revisão dos

conteúdos dos anos anteriores, sanando as dificuldades apresentadas pelos

alunos ao fim do Ensino Fundamental.

Muitos de nossos alunos também frequentam o “Programa de

Erradicação do Trabalho Infantil – PETI” e muitos em situações de menores

condições financeiras recebem a “Bolsa Família”, ambos programas do Governo

Federal.

Para manter a qualidade ao atendimento educacional, garantindo a

alimentação necessária para com este, disponibilizamos de um espaço físico

(cozinha), duas funcionárias Agentes Educacionais I, que cuidam da

alimentação escolar zelando para que os alunos possam desfrutar de uma

alimentação saudável, fazendo o controle de entrada e saída de merenda, bem

como, analisando com cuidado os vencimentos dos alimentos, evitando

desperdícios, sendo que, uma delas é também, responsável pelo Programa

Estadual “Leite das Crianças”, fazendo a entrega e a organização do mesmo.

Um funcionário, Agente Educacional I, que é inspetor de alunos e responsável

pelo atendimento da biblioteca e três funcionários, Agentes Educacionais I,

responsáveis, juntamente com outras três funcionárias municipais, pela

limpeza do Colégio. Contamos também com dois Agentes Educacionais II que

atuam na Secretaria do Colégio dando suporte à Direção e Equipe Pedagógica,

bem como, desenvolvendo as atribuições que lhes são incumbidas.

Para auxiliar esta alimentação, participamos do projeto de Compra

Direta, onde alguns produtos para a merenda escolar são comprados

diretamente do produtor rural, o que valoriza a produção do campo e enriquece

a merenda escolar.

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Desde 2009, fornecemos o ensino para o nível do Ensino Médio,

onde o aluno é incentivado a pensar na sociedade onde vive, para aprender a

fazer intervenções na mesma, buscando melhorias de condições sociais e

culturais, dando um suporte para a continuação de seus estudos, no ingresso

na universidade ou em cursos técnicos. Contribuindo para a formação integral

do aluno como pessoa e possibilitando a participação consciente do mesmo em

sociedade, opinando, criticando, interagindo no meio em que vive.

Possibilitando um maior comprometimento por parte dos alunos com os

estudos e todas as atividades escolares ofertadas pela escola.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o

Ensino Médio é a "etapa final da educação básica” (Lei 9394/96 - Art.36) o que

fortalece a construção de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter a

característica da terminalidade o que significa assegurar a todos os cidadãos a

oportunidade de consolidar e aprofundar " os conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental ", aprimorar o educando como pessoa humana, possibilitar

o prosseguimento de estudos, garantir a preparação básica para o trabalho e a

cidadania, dotar o educando dos instrumentos que permitam, "continuar

aprendendo", visando desenvolver a compreensão dos “fundamentos

científicos e tecnológicos dos processos produtivos..." (Art.35,incisos I a IV, da

Lei nº 9394/96).

O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de

caráter geral, afinada com a contemporaneidade, com a construção de

competências básicas, que situem o educando como sujeito produtor de

conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento

da pessoa, como "sujeito em situação", cidadão.

Nosso Colégio está aberto e solicito ao Estágio obrigatório (quando

da exigência para a conclusão de cursos) e não-obrigatório (quando atividade

opcional para o aluno), como ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar

adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo,

pessoal e social do educando, seguindo ao que prevê a Instrução Nº 006/2009 –

SUED/SEED.

Para melhor acompanhamento educacional, realizamos o Conselho

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de Classe que acontece ao final de cada um dos quatro bimestres, com a

presença do corpo docente, direção, equipe pedagógica e secretário, sendo

ainda aberto à comunidade escolar que desejar se fazer presente.

O Pré - Conselho acontece também em todos os bimestres, onde os

professores fazem um levantamento das turmas onde lecionam, preenchendo

um documento, enumerando os problemas e sugestões para melhorá-los. Este

é um momento em que os educadores, equipe pedagógica e direção, fazem

uma avaliação geral de todos os aspectos que envolvem o processo de ensino

e aprendizagem, momento de avaliar o aluno, seu progresso e suas

dificuldades, avaliar também os docentes, a metodologia na aplicação dos

conteúdos, empregando estratégias inovadoras em sala de aula em

consonância com as condições do trabalho docente e discente para que este

trabalho seja motivado, haja dedicação de ambas as partes, com o principal

objetivo de diagnosticar o nível de aprendizagem e organizar os processos de

ensino, visando adequar as estratégias e os objetivos as necessidades de

aprendizagem dos alunos, percebendo estes como sujeitos, agentes do

processo ensino e aprendizagem, analisando o contexto social e a realidade em

que vivem. Os alunos também fazem um levantamento de sugestões e críticas

referentes ao Colégio, direção, equipe pedagógica, professores e demais

funcionários, este é organizado pelos representantes de cada turma,

acompanhado por um docente, e é analisado pela equipe pedagógica e posto

em discussão no Conselho de Classe para a análise das possíveis mudanças

buscando sempre melhorar as condições do processo de ensino e

aprendizagem, após esta análise os relatórios são arquivados.

A avaliação acompanha todo o processo da educação, todos os

momentos do ensino e aprendizagem da escola, sendo ela diagnóstica,

processual, cumulativa e formativa. A avaliação do aluno deve resultar em uma

nota, onde o professor fará no mínimo três atividades avaliativas para a nota

final, exceto nos casos em que a disciplina tiver apenas duas aulas semanais

que têm o mínimo de avaliações reduzido para duas avaliações bimestrais para

a nota final.

Será ainda feita a recuperação concomitante dos conteúdos e, ao

final do bimestre, será aplicado um novo instrumento avaliativo para a

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recuperação de nota, cujo resultado será somado à média bimestral e dividido

por dois, alcançando-se assim a nova média, caso esta seja menor que a

anterior será considerada a anterior como válida. Lembrando que todos os

alunos, independente de seu rendimento, tem direito a esta recuperação, já

que o objetivo maior do ato educativo é explorar ao máximo a capacidade dos

alunos, portanto, o desempenho do aluno não pode ser restringido à média

base seis (6,0).

A aprovação do aluno se dá pela soma de vinte e quatro pontos por

disciplina ao final do ano letivo, sendo a média seis em cada bimestre num

total de quatro bimestres. Está prevista também a aprovação por conselho de

classe para o Ensino Fundamental, a mesma acontece no Conselho Final, onde

professores, equipe pedagógica e direção, decidem pela aprovação do aluno

mesmo que a soma de notas seja menor que vinte e quatro pontos por

disciplina, analisando os seguintes critérios:

• Se o aluno tem condições de acompanhar a série seguinte;

• Se as notas apresentadas pelo aluno são resultado do máximo esforço dele;

• Analisando a questão de compatibilidade entre idade e série;

• O aluno só será submetido a aprovação por Conselho de Classe se tiver

atingido 22 pontos durante o ano em cada disciplina, com reprovação em

até três disciplinas.

O processo de formação continuada em todos os segmentos do

Colégio está melhorando, assim como a socialização dos conhecimentos que os

mesmos adquirem em eventos, cursos, grupos de estudos e simpósios, visto

que é de suma importância este momento de formação, visando a melhoria da

sua prática pedagógica. Neste processo temos o PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, que oferece cursos e atividades nas

modalidades presencial e à distância para professores estaduais, possibilitando

às progressões quanto ao Plano de Carreira.

Procuramos fazer o possível para envolver toda a comunidade no

processo educacional, fazendo com que os pais acompanhem os estudos dos

filhos, neste sentido, em 2009 a SEED, através da DPPE – Diretoria de Políticas

e Programas Educacionais, lançou uma campanha de conscientização frente a

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avaliação escolar para toda a comunidade. Com o objetivo de chamar a

atenção desta comunidade para uma reflexão acerca dos processos de

avaliação, suas implicações e importância na aprendizagem dos alunos, a

Campanha: “Eu acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?”.

Com esta campanha busca-se mobilizar a comunidade para participar cada vez

mais efetivamente no processo educacional, contribuindo assim para o sucesso

da aprendizagem.

Não temos grandes problemas de evasão escolar, porém os

problemas que surgem sobre esta questão procuramos resolver de forma

rápida e eficaz, pois damos muita importância a permanência do aluno na

escola e ao seu aprendizado efetivo, no momento em que os professores

comunicam a equipe pedagógica e direção sobre as faltas frequentes de

determinado aluno, a direção e equipe pedagógica notificam os pais

chamando-os até o Colégio por meio de correspondência ou via telefone, o não

comparecimento dos pais ou responsáveis ou diante da resistência destes para

com a situação, a equipe pedagógica e direção, irão, juntamente com o

Conselho Tutelar, à residência da família para a tentativa de convencimento do

retorno do aluno aos estudos, se mesmo assim a evasão continuar então

aplica-se a este caso os procedimentos do FICA, “Ficha de Comunicação do

Aluno Ausente” e/ou Fichas Padrões deste Núcleo Regional de Educação, que

também estão compostas no Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar

e a Valorização da Vida, acionando em seguida o Conselho Tutelar para as

providências cabíveis.

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio foi elaborada e é

periodicamente revisada levando em conta a realidade de nossos alunos,

enfatizando os conteúdos que estão relacionados a suas vivências e a

Educação do campo. Tendo como embasamento as Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná (2008-2009) e os Desafios Educacionais Contemporâneos e

Temáticas, onde os mesmos são analisados e articulados aos conteúdos

curriculares estabelecidos pela grade envolvendo os temas: Enfrentamento à

Violência, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal

e Prevenção ao uso indevido de drogas. Ainda são realizadas discussões

referentes a Diversidade: Educação Escolar Indígena, Educação para as

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Relações Étnicorraciais e Afrodescendência, Gênero e Diversidade Sexual e a

Educação do Campo, buscando a constante reflexão sobre as diversas formas

de preconceito, de discriminação e de desigualdades, orientando para o

respeito às diferenças. O coletivo de professores precisa criar oportunidades

pelas quais os conhecimentos sejam analisados enquanto processos sociais e

culturais, tendo em vista a sociedade e o ser humano a que busca formar, não

esquecendo da flexibilidade do currículo para atender a todos os alunos

principalmente aos que apresentam necessidades educativas especiais,

oportunizando maior compreensão e participação na construção do

conhecimento, buscando avaliar as práticas curriculares, estimulando novas

possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem de todos, na

perspectiva de uma educação inclusiva.

Para auxiliar estes estudos e atividades, temos a Equipe

Multidisciplinar, formada por seis professores, que buscam sugestões e

programam projetos para a prática educativa, envolvendo todos os campos da

diversidade humana.

Nosso Colégio ainda precisa de melhorias, mas para isso, é preciso

que toda a comunidade escolar se dedique a reivindicá-las, a lutar

politicamente por elas, porque nenhuma conquista ou mudança acontece sem

esforço, sem lutas. Somente assim estaremos colocando em prática a

dimensão política do ato educativo.

Todos esperamos que a escola faça diferença na vida de seus

educandos, que eles evoluam, que saibam mais sobre si e sobre o meio físico e

social, que pensem a respeito da realidade a sua volta, e que consigam

discernir o que é justo, agindo de maneira coerente e consciente. Esse é o

motivo pelo qual procuramos construir uma escola que promova o

desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral e ético. Mas para que isso ocorra

devemos enfatizar situações que levem a uma aprendizagem significativa e

uma maior integração entre conhecimento e a realidade de nossos alunos que

fazem parte de uma educação do campo. Neste colégio a educação do campo

tem sido trabalhada buscando:

Identificar a realidade do aluno e a partir daí, relacionar temas relevantes

com o dia-a-dia;

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Através da escolha dos conteúdos que estão diretamente ligados ao campo,

os assuntos são trabalhados na tentativa de resgatar a identidade das

pessoas;

Valorização do campo, e considerando as comunidades como espaço de

vida, cultura, lazer e trabalho.

A partir de 2003, com a Coordenação de Educação do Campo passou-se a

discutir sobre a concepção de campo e os professores iniciaram alguns

trabalhos mais relacionados a esta realidade, o que deu base para que

nosso Colégio reconhecesse e assumisse essa identidade.

O incentivo a capacitação dos profissionais através de simpósios e grupos

de estudos referente a Educação do Campo.

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0.5 MARCO CONCEITUAL

“... Sem horizonte utópico, indignação, admiração e o sonho de uma sociedade justa e solidária, inclusiva, onde se articulem políticas de igualdade e de identidade, não existe Educação. Haverá apenas instrução, treinamento.”

Paulo Freire

Um dos grandes papéis da educação na atualidade é de efetuar-se

enquanto instrumento fundamental de transformação da sociedade, isto é, a

educação através de suas ações pode possibilitar a mudança das pessoas, dos

grupos, das instituições onde está inserida. Dessa forma não podemos gerar a

educação como uma forma estática, muito pelo contrário, deve ser entendida

em sua plena função mobilizadora, dinâmica, construtora de uma sociedade

mais cidadã em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

Seguindo essa perspectiva de educação como ato de

transformação, o Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski,

acredita que a educação possibilita a compreensão da realidade histórico-

social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma

realidade. Desse modo, seguindo a Pedagogia Histórico-Crítica, nos propomos

a construir uma prática pedagógica a partir da compreensão de que nossa

realidade é histórica e social que se refere diretamente a Educação do Campo,

afim de tornar possível o papel mediador da educação no processo de

transformação e valorização social.

Frente a essa situação exige-se do educador um trabalho

pedagógico que contemple os aspectos mais diversos no processo educacional,

social e cultural, no sentido de criar e recriar ações pedagógicas, colocando o

educando em constante ação-reflexão, tornando-o um agente de

transformação da sociedade. Pois como educadores que somos acreditamos

numa educação transformadora, que possa contribuir juntamente com outras

instâncias, para transformações sociais significativas.

Precisamos saber conviver com essas mudanças sociais e interagir

com elas, explorando-as em favor do bem comum. Nesta configuração

encontra-se a necessidade de adequação com a legislação vigente, onde,

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conforme a Instrução nº008/2011-SUED/SEED, todas as instituições do Sistema

Estadual de Ensino que ofertam o Ensino Fundamental-anos finais, devem, a

partir de 2012, implantar o 6o ao 9° ano do Ensino Fundamental. Ou seja, a

organização escolar deve ser revista em prol da prática educativa, voltada para

a concretização da melhor qualidade de ensino-aprendizagem.

Esta organização para a implantação do Ensino Fundamental de

nove anos será de forma simultânea, a partir de 2012, portanto, atenderemos

do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Neste processo é preciso ter clareza

quanto a concepção de criança, como, descrito na Revista Virtual Partes,

publicado em 16 de janeiro de 2008 no site

www.partes.com.br/educacao/interacionista.asp, que faz uma análise sobre as

ideias de Piaget, Wallon e Vygotsky frente a esta concepção:

A criança, concebida através da abordagem sócio-histórica é integrante

de um processo de personalização do que estava socialmente dado em

sua cultura e sua aprendizagem, acontece de acordo com o seu acesso

aos instrumentos sociais e formas de internalização por ela elaborada.

Por isso as aprendizagens não se dão da mesma forma e na mesma

escala cronológica.

A bagagem sócio-hitórica é marcante no decorrer da vivência

humana, deste modo, também aparece na concepção da adolescência,

conforme Faria e Leão, www.simposioestadopoliticas.ufu.br/imagens/anais/pdf/EP04.pdf:

“Seguindo a ideia da significação social e cultural da adolescência, assim

a consideramos: como um período que pode ser ressignificado, pois sua

definição está relacionada ao significado cultural desse estágio do

desenvolvimento do sujeito, dado pela sua construção histórica e social”.

Nesse contexto, e, em unidade com a Pedagogia Histórico-Crítica,

os educadores possuem função importantíssima, pois as práticas pedagógicas

devem permitir aos alunos não somente acessarem o conhecimento, mas

também transformá-lo, inová-lo. O educador tem a função de ser o mediador

entre o conhecimento e o aluno. Ser mediador, no entanto, implica em também

ter apropriado esse conhecimento.

De acordo com Oliveira (1997) na concepção histórico crítica o ser

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humano é estudado na sua totalidade, sendo considerado como um ser

multideterminado integrando-se o homem enquanto corpo e mente, enquanto

ser biológico e ser social, enquanto membro da espécie humana e participante

de um processo histórico.

Definida a postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar

cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando

na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Nesta perspectiva, Saviani (1991, p.70), expressa que:

A pedagogia histórico crítica toma partido dos interesses majoritários da sociedade, atribuindo a instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos alunos o domínio de conteúdos científicos, os métodos de estudo e habilidades formando a consciência crítica face as realidades sociais capacitando-os para assumir as lutas sociais e sua condição de agentes ativos de transformação da sociedade e de si próprios.

Daí a postura docente implica trabalhar os conteúdos de forma

contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano. Isso possibilita

evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma produção histórica de

como os homens conduzem sua vida nas relações sociais. Consequentemente

os conteúdos reúnem dimensões: conceituais, científicas, históricas,

econômicas, culturais, educacionais, que devem ser explicitadas e aprendidas

no processo ensino aprendizagem. Pois a aprendizagem é um dos principais

objetivos de toda prática pedagógica, e a compreensão ampla do que se

entende por aprender é fundamental na construção de uma proposta de

educação mais aberta e dinâmica, definida por práticas transformadoras.

A gestão da educação é responsável por garantir a qualidade da

mesma, entendida como processo de mediação no seio da prática social

global, por se constituir no único mecanismo de humanização do ser humano e

a formação humana de cidadãos. Tendo que cumprir princípios para uma

educação comprometida com o domínio dos conteúdos que habilitem ao

mundo do trabalho, comprometidos com a sabedoria de viver juntos

respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais

justo e humano para todos.

Então, a ação fundamental para nortear a organização do trabalho

do Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski é a construção de

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um projeto embasado amplamente nas concepções de sociedade, cidadania,

ser humano, educação, escola, conhecimento, visando a emancipação humana.

Partindo desse ponto de vista para a busca de uma nova organização do

trabalho pedagógico que será alicerçado na concepção de:

SOCIEDADE: Enquanto educadores comprometidos com a função

social da escola, pretendemos através de uma prática pedagógica consciente,

formar cidadãos comprometidos que sejam transformadores desta sociedade

fragmentada, marcada por profundas desigualdades.

Então o desafio que se coloca aos educadores é a busca de

identidade da escola inserida num contexto social, no nosso caso a educação

do campo, para que assim com suas peculiaridades, seus alunos e seus

agentes, não percam de vista sua função político pedagógica primordial que é

a formação de cidadãos que atuem e participem da construção de uma nova

ordem social, menos excludente.

MUNDO: mundo é o local onde ocorre as interações ser humano-

ser humano e ser humano-meio social caracterizadas pelas diversas culturas e

pelo conhecimento. Devido a rapidez com que acontece o repasse das

informações, atualmente, torna-se necessário instigar o ser humano para o

alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e sociais para que sejam

superadas as dificuldades encontradas neste mundo. Isto será possível, se a

escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança social, por meio da

conscientização humana.

SER HUMANO: Como um ser social, que atua e interfere na

sociedade, que participa ativamente e criativamente nas diversas esferas desta

sociedade em busca da construção da história.

Sabendo que a criança e o adolescente também são seres

humanos, cremos ser importante a análise de suas concepções, que no

decorrer de sua trajetória histórica não tiveram muito reconhecimento, como

considera Ghiraldelli (1996, p.15) em relação à infância:

[...] o século XVIII, em que um novo sentimento dos adultos em relação às crianças já caracteriza a presença social da noção de infância, o que proporciona o advento de uma pedagogia que advoga uma disciplina autônoma, e não mais heterônoma. Se Locke trabalha com o objetivo de estabelecer as condições da liberdade dos homens, Montaigne, antes dele, quer que os adultos façam da criança um homem – o que já

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significa considerar que ela não é um “adulto em miniatura” – e Rousseau, depois dele, quer que os adultos deixem a criança ser criança, de modo que a infância aconteça, pois ela é o que há de melhor nos homens.

A criança passa a ser vista como ser ativo, com sentimentos e

pensamentos próprios, que precisam ser considerados. É o que Vasconcelos

(1996 p.21), expressa:

Piaget difundiu a ideia de que o processo que leva a criança a conhecer o mundo é um processo de criação ativa, em que toda a aprendizagem se dá a partir da ação do sujeito sobre os objetos. Um sujeito intelectualmente ativo, que constrói seu conhecimento sobre a ação, não é um sujeito que tem apenas uma atividade observável, mas um sujeito que compara, exclui, categoriza, coopera, formula hipóteses e as reorganiza, também em ação interiorizada.

Quanto ao adolescente, seguindo esta mesma linha de

desenvolvimento humano, temos a visão de Vygotsky citado por Palangana

(2001), o ser humano se forma pelo meio social em que esta inserido. Na

interação com os demais, o indivíduo participa ativamente tanto na construção

e na transformação do ambiente social, como também nas mudanças para

consigo mesmo. O que remete à que as funções complexas do comportamento

humano são elaboradas conforme são utilizadas. Observando, portanto, que a

essência da natureza humana social, na medida em que ela se origina e se

desenvolve na e pela atividade pratica da sociedade.

Queremos formar nossos alunos para serem participantes da

sociedade, colaboradores de uma mudança social e preocupados com as

questões humanas, ambientais e sociais.

CIDADANIA: Sabe-se que a construção da cidadania envolve um

processo de formação da consciência pessoal e social e de reconhecimento

desse processo em termos de direitos e deveres. Nesta perspectiva, temos as

lutas contra as discriminações na tentativa de amenizar as barreiras

segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos

desiguais, ou seja, pela compreensão de que todos somos iguais, e isto

garantido perante Lei na Constituição Federal Brasileira conforme segue no

“Art.5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

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garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade”. Desse modo todos tem o direito de possuir as mesmas condições

de acesso às políticas públicas e a participar nas tomadas de decisões.

EDUCAÇÃO: É um ato social e emancipatório em que se faz

necessário desenvolver uma educação que abra caminhos para uma

democracia integral e consciente.

Nesse sentido, a educação busca desenvolver, por meio de

instrumentos adequados, o pensamento dos alunos e comunidade escolar

sobre sua prática individual e social, bem como, a apropriação do

conhecimento científico, político, cultural gerado e acumulado ao longo da

história da humanidade, formando uma base consistente para impulsionar o

pleno desenvolvimento humano, tornando os alunos melhores capacitados para

o convívio em sociedade.

Incentiva-se ainda, a formação continuada aos educadores, pois

sabe-se que destes depende o andamento da educação. Essa se dá por meio

de vários cursos disponibilizados pela SEED, dentre estes, há o O Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE, integrado às atividades da formação

continuada em educação, que favorece a promoção do professor para o nível III

da carreira, conforme previsto no "Plano de carreira do magistério estadual",

Lei complementar nº 103, de 15 de março de 2004.

GESTÃO DEMOCRÁTICA: De acordo com Paro (1997) a

implantação de uma gestão democrática na escola não se limita a reproduzir a

realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a

ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a

participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto a comunidade.

Sendo necessário que este Colégio conquiste sua autonomia,

construindo uma identidade própria, buscando a superação dos problemas da

comunidade a que pertence. Essa autonomia, porém, não deve ser confundida

com apologia a um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que

transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação nas

considerações legais de todo o sistema de ensino, perdendo, assim, a

perspectiva da sociedade como um todo. Deve-se, portanto, estar atento ao

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perigo do descaso político, que confunde autonomia com descompromisso do

poder público, dando margem a este de eximir-se de suas obrigações. A

autonomia implica também responsabilidade e comprometimento para com as

instituições que representam a comunidade (conselhos de escola, associações

de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que haja

participação e compromisso de todos.

Segundo Paro (1997), a gestão democrática forma-se por meio de

uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da

transformação que envolve necessariamente, a formação de um Projeto Político

Pedagógico consciente e autônomo.

Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu

papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A

escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve

modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualista,

reflexo da divisão social em que está inserida.

Nesta perspectiva, Paro (1997), comenta que a superação da

cultura de gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a construção

coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar via Conselhos de

Escola, Conselho de Classe, Grêmios estudantis, reuniões de pais e reuniões

pedagógicas que aprofundem a construção acerca da escola que queremos e

de como construí-la. Refletindo e buscando as soluções em conjunto, com

consensos possíveis e trabalhando com os dissensos como algo saudável na

formação de sujeitos democráticos.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS: Fazem parte destas, em nosso

Colégio, o Conselho Escolar, a APMF, o Grêmio Estudantil e o Conselho de

Classe, que devem contribuir para que se efetive na escola a gestão

democrática e de algum modo contribuir para que a escola se preocupe com

formas alternativas para a construção de sua identidade, tendo em vista uma

educação de qualidade sustentada em concepções cooperativas e solidárias

intra e interescolares.

Sendo que:

- CONSELHO ESCOLAR: deve ser o espaço de debate e tomada de

decisões. Como espaço de debates e discussões, permite que professores,

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funcionários, pais, alunos explicitem seus interesses, suas reivindicações. É a

instância de caráter mais deliberativo, de tomada de decisões sobre os

assuntos relativos a escola, proporcionando momentos em que os interesses

contraditórios vêm a tona, conforme Paro (1997).

O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação dos

centros de decisão, facilitando a comunicação, pois rompe com as relações

burocráticas e formais. Sob essa ótica, o Conselho Escolar possibilita a

delegação de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes, é

um gerador de descentralização, é o órgão máximo de decisão no interior da

escola, procurando defender uma nova visão de trabalho.

Tendo como objetivo acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico

desenvolvido no Colégio pela comunidade escolar, realizando as intervenções

necessárias para a construção de uma escola pública de qualidade, laica,

gratuita e universal.

- CONSELHO DE CLASSE: Conforme Dalben (1995) o Conselho de

Classe pode ser concebido como uma instância colegiada que, ao buscar

superação da organização prescritiva e burocrática, se preocupa com processos

avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, de rever as relações

pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do

trabalho pedagógico.

O Conselho de Classe tem dois pontos básicos. O primeiro

relaciona-se ao seu caráter articulador dos diversos segmentos da escola,

nessa perspectiva preocupa-se com a redução do individualismo e da

fragmentação, e o segundo é direcionado para o processo de ensino em sua

relação com a aprendizagem.

O que se torna importante destacar é que a tarefa central do ensino

é oportunizar situações didáticas para que a aprendizagem ocorra. É preciso

ficar claro que o objeto do Conselho de Classe é o ensino e suas relações com a

avaliação da aprendizagem.

- APMF Associação de Pais, mestres e Funcionários: é outra

instancia colegiada muito importante. É uma instituição auxiliar que tem como

finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-

escola-comunidade.

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No entanto, o corpo docente, discente, administrativo e,

principalmente, a diretoria da escola tem que dar abertura para que os pais

possam opinar, reivindicar e compreender a relevância de seu papel. É

importante mobilizar a população para uma educação mais democrática e

compromissada. Isso fará com que o poder público, além de fornecer recursos,

propicie as condições de execução dos planos de educação, tendo a população

como eixo propulsor de uma educação despojada do autoritarismo estatal, de

acordo com Gadotti (1990).

A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio

da APMF dará autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na

tomada de decisões, não podendo ser concebido como mero instrumento de

controle burocrático.

- EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: instância de organização do trabalho

escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas

pela Instrução Nº 010/2010 da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º

da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e

ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do

período letivo.

- GRÊMIO ESTUDANTIL: A organização estudantil é a instância onde

se cultiva gradativamente o interesse do aluno, para além da sala de aula. As

escolas devem incentivar, amplamente a participação política dos alunos, tanto

interna como externamente, não é um instrumento de luta contra a direção da

escola, mas uma organização onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde

eles têm possibilidade de democratizar decisões e formar o sentimento de

responsabilidade. Eles aprendem a resolver seus problemas entre si.

CONCEPÇÃO CURRICULAR: Através de questionários e reuniões

a comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Francisco Gawlouski

discutiu a importância do currículo para a aquisição de uma educação de

qualidade. Assim concluímos que não existe ensino nem processo ensino

aprendizagem, sem a designação dos conteúdos, e é justamente o currículo

que ordena esses conteúdos. Por isso o currículo encontra-se no centro do

processo educativo.

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Portanto ele deve levar em consideração o papel histórico dos

grupos sociais na definição conflitual acerca das disciplinas e programas de

ensino, desmistificando, assim a ideia de um currículo neutro, atemporal e anti-

histórico. Nossa realidade é de uma educação do campo, por isso nos currículos

os professores deverão dar ênfase na articulação de conteúdos que levem em

conta a realidade de nossos alunos, dando assim significado as suas

aprendizagens.

Freire (apud Gadotti, 2000, p. 09), considera que:

Devemos pensar num novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um mediador, um cooperador curioso e sobretudo, um construtor de sentido. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção. É preciso que, pelo contrário, desde o começo do processo vá ficando cada vez mais claro que, embora diferente entre si, quem forma se forma e re-forma e forma ao ser formado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que as conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.

Nessa perspectiva, o currículo torna-se um instrumento de

compreensão do mundo, de transformação social e de cunho político –

pedagógico.

Diante disso, é necessário que a escola torne-se espaço, em que o

aluno possa expressar sua cultura, onde o aprendizado faça sentido na

compreensão do mundo em que vive e possa contribuir para torná-lo

protagonista na luta por uma sociedade em que a inclusão constitua um padrão

de dignidade, exigida para todos os brasileiros.

Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática

de currículos abertos e flexíveis comprometidos com o atendimento as

necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não,

para tanto se faz necessário realizar adaptações para atender a diversidade.

Conforme Landivar (1999, p.53 apud Fernandes):

Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que são necessárias realizar em diversos elementos do currículo básico para adequar as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica. As adaptações Curriculares são intrínsecas ao novo conceito de currículo. De fato, um currículo inclusivo deve contar com adaptações

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para atender a diversidade das salas de aula, dos alunos.

De acordo com o MEC/SEESP (Brasil, 2000 p. 10) são denominadas

adaptações curriculares de grande porte aquelas que se referem à adaptações

materiais no ambiente escolar, como rampas, banheiros adaptados, corrimões,

que para a implementação dependem basicamente de decisões

administrativas em conjunto com a comunidade escolar. Já as adaptações de

pequeno porte se destinam mais especificamente à dinâmica em aula, à

metodologia, um trabalho realizado pelo professor com orientações da equipe

pedagógica, sob a orientação ainda das Diretrizes Curriculares Estaduais.

EDUCAÇÃO INTEGRAL: acontece neste estabelecimento de ensino

através de:

CELEM – CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNO:

Desenvolvido na Língua Espanhola, escolhida pela comunidade e

aprovada pelo Conselho Escolar, de acordo com a Ata nº 49, realizada ao final

do ano de 2010, com implantação no início de 2011. Este curso segue ao que

dita a Instrução Normativa Nº019/2008, sendo realizado em contraturno,

atendendo a 20 alunos, com duração de 02 (dois) anos, com carga horária

anual de 160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320

(trezentos e vinte) horas/aula, conforme dita a referida Instrução. E, quanto à

frequência seguindo a mesma Instrução, temos: “5.1 É obrigatório ao aluno do

CELEM, a frequência mínima de 75% do total da carga horária do período

letivo, para fins de promoção”. O CELEM segue calendário próprio, homologado

pelo Núcleo, respeitando à Resolução N° 3979/2010 e, dentro do Calendário

Escolar do Colégio.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR DE CONTRATURNO EM

GEOGRAFIA: No segundo semestre de 2011, tiveram início neste Colégio duas

atividades de complementação curricular, baseada na Instrução Nº004/2011.

Estas Propostas foram organizadas na disciplina de Geografia, sendo uma para

o Ensino Médio e outra para o Ensino Fundamental, atendendo a 25 alunos em

cada turno, acontece em quatro aulas semanais que são realizadas num dia por

semana e, em contraturno ao turno ao qual os alunos estudam regularmente.

Elas estão situadas no Macrocampo: Tecnologias da Informação, da

Comunicação e uso de Mídias onde são realizadas atividades envolvendo a

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disciplina de Geografia com Informática e Tecnologia da Informação, por meio

de Rádio Escolar, Jornal Escolar, Vídeos, entre outras atividades. A proposta foi

apresentada para os membros da APMF e do Conselho Escolar para avaliação

e, conforme Ata nº60, foi aprovada por todos os presentes.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR DE CONTRATURNO –

HORA TREINAMENTO: com início também no segundo semestre de 2011,

seguindo a mesma Instrução Nº004/2011, com os objetivos de: a) promover a

melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e

oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que está

situada, em contraturno, a fim de atender às necessidades socioeducacionais

dos alunos. b) ofertar atividades complementares ao currículo escolar em

contraturno vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo

às demandas educacionais e aos anseios da comunidade. c) possibilitar maior

integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao

conhecimento e aos bens culturais. Atende a 25 alunos do Ensino Fundamental

no período da manhã, em quatro aulas semanais.

SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM: este Programa tem o objetivo

de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças e adolescentes que

frequentam os anos finais do Ensino Fundamental. Para os alunos de 6º Ano e

9º ano, a abertura da Sala de Apoio se dá de forma automática. Para as demais

séries, a abertura deve ser solicitada pelo estabelecimento de ensino, se

houver necessidade. Esses alunos participam de atividades nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, em contraturno, visando à superação das

dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas. Esta organização está

amparada pela Instrução Nº 007/2011 da SUED/SEED.

AVALIAÇÃO: Para que a avaliação escolar assuma o seu verdadeiro

papel de instrumento diagnóstico para o crescimento, terá de se situar e estar

a serviço de uma pedagogia que esteja preocupada com a transformação social

e não com sua conservação. A avaliação deixará de ser autoritária se o modelo

social e a concepção teórica prática da educação também também deixarem

de ser.

De acordo com Hoffmann (2001), avaliar para promover significa

compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da

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melhoria da ação pedagógica, visando a promoção moral e intelectual dos

alunos. O professor assume o papel de investigador, de esclarecedor,

organizando as experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso

é o de agir refletidamente, criando e recriando alternativas pedagógicas

adequadas a partir da melhor observação e conhecimento de cada um dos

alunos, sem perder a observação do conjunto promovendo sempre ações

interativas.

Por esse motivo optamos em realizar a prática pedagógica

fundamentada na concepção histórico-crítica, uma vez que esta concepção

está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se

criticamente de conhecimento e habilidades necessárias à sua realização como

sujeito crítico dentro desta sociedade. Entendendo que a avaliação deve ser

diagnóstica e contínua, ou seja, deverá ser assumida como um instrumento de

compreensão do processo de aprendizagem do aluno, tendo em vista a tomada

de decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no processo

de aprendizagem. Assim a avaliação deixa de ser um instrumento de

aprovação e reprovação, para se tornar um instrumento de diagnóstico da

situação do aluno, visando a definição de encaminhamentos adequados para a

aprendizagem.

Avaliar o contexto escolar ultrapassa a apreciação do desempenho

dos alunos, é um processo maior que envolve analisar de modo relacionado

com o desempenho do professor e as condições da escola.

Assim, conforme Luckesi (2000):

[...] Para um verdadeiro processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um educando, mas sim sua aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnostica, permitindo a tomada de decisões para a melhoria; e consequentemente, ser inclusiva, enquanto não descarta, não exclui, mas sim convida para a melhoria. Dentro dessa perspectiva, o que caracteriza o ato de avaliar é ele ser um ato de investigar e, consequentemente, de intervir. Desse modo, neste contexto, o pecado da escola, ao acompanhar a aprendizagem do educando, é examiná-lo em vez de avaliá-lo.

A avaliação no contexto escolar possibilita a identificação das

dificuldades, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações

necessárias, sejam elas de natureza pedagógica, administrativa ou estrutural.

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Dessa forma, a avaliação é o elemento regulador da prática

pedagógica que determina os diversos componentes do processo de ensino

aprendizagem por meio de:

− Seleção de métodos e recursos.

− Adaptações curriculares.

− Resposta a necessidades educacionais.

− Analise crítica da atuação do professor.

− Definição de estratégias alternativas.

− Introdução de mecanismos de correção e de reforço das aprendizagens.

Ainda na entrevista Luckesi comenta que é preciso ter clara a teoria

que utilizamos como suporte de nossa prática pedagógica e o planejamento de

ensino, que se estabelece como guia para a prática docente, pois, sem a

clareza e consistência destes aspectos, quando da execução, os atos

avaliativos serão praticados aleatoriamente, sem vínculos com a realidade

educativa dos educandos.

EDUCAÇÃO DO CAMPO: A Educação do Campo tem sua base no

trabalho e na cultura do campo e não pode perder isso em seu projeto

pedagógico. O trabalho forma e produz o ser humano: a educação do campo

precisa recuperar uma tradição pedagógica de valorização do trabalho como

princípio educativo, do vínculo entre educação e processos produtivos e de

discussão sobre as diferentes dimensões e métodos de formação do

trabalhador.

Conforme Caldart (2002), um dos traços fundamentais que vem

desenhando a identidade do movimento por uma Educação do Campo é a luta

do povo do campo por Políticas Públicas que garantam o seu direito à educação

que seja no e do campo. No: o povo tem o direito a ser educado no lugar onde

vive; Do: o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com

sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e

sociais, por isso nos currículos os professores deverão dar ênfase na articulação

de conteúdos que levem em conta a realidade de nossos alunos, dando assim

significado as suas aprendizagens.

Ainda de acordo com Caldart (2002) educação do campo tem sido

historicamente marginalizada na construção de políticas públicas, a educação

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para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo essencialmente

urbano, geralmente deslocado das necessidades e desta realidade. Além disso,

os saberes, a cultura, e a dinâmica destes trabalhadores, raramente são

tomados como referência para o trabalho pedagógico, bem como na

organização do sistema de ensino, na formação de professores e na produção

de livros didáticos.

A afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para

auto-afirmação de sua identidade no sentido da valorização do seu trabalho, da

sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos.

Na definição de políticas educacionais para os povos do campo,

coloca-se como essencial o reconhecimento da identidade da escola do campo.

Esta identidade é definida a partir dos sujeitos a quem a escola se dirige da

realidade em que estão inseridos. Essa concepção esta referendada no

parágrafo único do art.2º das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica

nas Escolas do Campo:

A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade, ancorando-se na sua temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de Ciência e Tecnologia disponível na Sociedade e nos Movimentos Sociais em defesa de projetos que associem as soluções por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país (MEC, 2002, p.37).

De acordo com Arroyo (2000), para que a escola do campo possa

ter sua identidade reconhecida e assumida no trabalho pedagógico escolar,

coloca-se como fundamental re-estruturar os currículos e a formação dos

professores.

Uma análise no currículo escolar revela que o trabalho, a cultura e

os saberes do campo geralmente são tratados de forma pejorativa,

ultrapassada, inferiorizada ou, ainda, estão ausentes no processo pedagógico.

O modelo de currículo historicamente adotado para esta realidade, busca impor

a cultura urbana e os saberes produzidos nestes espaços como modelo. A

cidade e o trabalho industrial ainda são tomados como referência de produção

de conhecimentos.

Santomé (1995) afirma que as instituições educacionais são um dos

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lugares mais importantes de legitimação dos conhecimentos, procedimentos e

ideais de uma sociedade ou, ao menos das classes e dos grupos sociais que

possuem parcelas decisivas de poder.

Desse modo os conteúdos e as práticas culturais consideradas

relevantes para tais grupos geralmente estão incluídos no trabalho escolar. As

culturas ou vozes dos grupos sociais minoritários e ou marginalizados que não

dispõem de estruturas importantes de poder costumam ser silenciadas, quando

não estereotipadas e deformadas para anular suas possibilidades de reação.

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6.0 MARCO OPERACIONAL

Através de um trabalho coletivo buscaremos desenvolver a

Pedagogia Histórico-Crítica, buscando oferecer aos nossos alunos uma

educação que priorize a formação de cidadãos críticos, criativos e cientes de

seus direitos e deveres na sociedade.

Para isso, estaremos instaurando uma gestão democrática, onde os

pais, alunos, professores, direção e funcionários terão oportunidade de

participar das decisões da escola, assumindo responsabilidade pelos caminhos

que a escola irá trilhar, buscando aprimoramento e subsídios para melhorar a

prática pedagógica.

O grande desafio da escola será estabelecer uma proposta de

ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos alunos sem perder de

vista o conhecimento historicamente produzido, buscando combater o

preconceito de que o campo é sinônimo de atraso e conscientizar os alunos

quanto à importância dessas regiões e do desenvolvimento de seu trabalho

para a sociedade. A escola nesse sentido deve ser um lugar de encontro da

comunidade, cujo grande desafio é fazer do campo um lugar de referência,

buscando a valorização da cultura local.

Todos os profissionais estão cientes do cumprimento dos 200 dias

letivos e 800 horas estabelecidas, além do compromisso em participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, avaliação, conselhos

de classes e ao desenvolvimento profissional, é o que se compreende através

do Art. 13 inciso V da LDB.

Nessa perspectiva, a função principal do Ensino Fundamental e

Médio é o trabalho com o conhecimento propiciando aos alunos oportunidades

de aprendizagem para que adquiram compreensão de seu mundo e de seu

tempo e para que possam prosseguir na construção de novos conhecimentos.

Com a implantação do Ensino Fundamental de 9(nove) anos, há a

necessidade de articulação entre todas as etapas de ensino, ou seja, a

Educação Infantil, Ensino Fundamental anos iniciais, anos finais e, ainda, o

Ensino Médio. A partir de 2012, este Colégio atenderá do 6º ao 9º ano do

Ensino Fundamental e Ensino Médio, e, deverá elaborar meios de interação

com as demais modalidades que envolvem estes campos, pois compreende-se

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que o aluno que passou por etapas anteriores, é o mesmo que está nesta,

porém, com uma bagagem histórica maior. O que estabelece a necessidade de

continuidade aos conteúdos, onde a criança e o adolescente, conseguirão

realizar as conexões para seu desenvolvimento, superando suas dificuldades e

ampliando suas capacidades. Prevemos, desse modo, a diminuição da quebra

que há entre séries iniciais e séries finais no Ensino Fundamental, facilitando o

rendimento escolar da atualidade e do futuro do aluno.

Nesta realidade, será importante manter dentro do currículo o

equilíbrio entre as atividades lúdicas, também destinadas à recreação e ao

lazer, com o desenvolvimento artístico e cultural, o esporte e as práticas de

participação social e cidadã, como componentes essenciais à formação

humana e incentivando aquelas com características acadêmicas.

De acordo com Gramsci (2001, p.37), tem-se que:

O ambiente geral, o clima cultural, os valores e as imagens mudaram de trinta anos para cá. Por isso a educação, a escola, suas leituras e currículos e seus instrumentos didáticos também devem mudar, pois são realidades concretas e não metafísicas.

A organização de todos os eixos do trabalho pedagógico deste

Colégio visará uma escola cidadã e de qualidade, levando todos, direção,

equipe pedagógica, professores, educadores a trabalhar de forma ativa e

criativa, com objetivo fundamental de garantir conhecimento, levando o nosso

aluno, a dedicar-se aos estudos e aplicá-los nas suas vivências e práticas

diárias na sociedade.

A direção do Colégio assim como todos os segmentos, será pautada

nos princípios da gestão democrática, tendo como pressuposto de que a

liberdade na escola deve ser pensada na relação entre os seus diferentes

segmentos em um contexto participativo, onde todos têm liberdade para influir

nas decisões e, portanto têm também responsabilidades sobre elas e,

particularmente, sobre a construção deste Projeto Político Pedagógico. Dentro

de uma postura democrática todas as instâncias colegiadas que fazem parte do

segmento escolar como: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e

Funcionários, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe, trabalharão em conjunto

com toda a comunidade escolar. Será dada ênfase a relação entre escola e

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sociedade, buscando a participação dos pais em reuniões e no cotidiano da

escola, inclusive para a tomada de decisões, no âmbito escolar.

O Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski definirá

a organização do ano letivo coletivamente, entre direção, equipe pedagógica,

professores, funcionários, alunos representantes de turma e órgãos colegiados,

dando grande importância aos momentos de formação continuada. Os projetos

interdisciplinares e pedagógicos, comemorações, festas, excursões e jogos que

acontecerão na escola, desde que estes estejam embasados em conteúdos

científicos, priorizando o que é essencial no currículo e não o que é secundário,

os conteúdos extracurriculares serão desenvolvidos sempre que não prejudicar

o currículo principal.

Quanto a avaliação do rendimento escolar em nosso Colégio,

considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96,

será, diagnóstica, processual, contínua e formativa do desempenho do aluno,

com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e dos

resultados obtidos durante o período letivo, esta será concebida como um meio

pedagógico para ajudar o aluno em seu processo educativo.

Nesta perspectiva, a avaliação neste Colégio deverá superar a

concepção de uma avaliação autoritária, classificatória, domesticadora e

excludente. Para isso assumiremos a concepção da avaliação como

diagnóstica, processual e contínua. Pois numa avaliação formativa será

considerado que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica apontará as dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo o momento e de

forma satisfatória.

Desse modo, os professores deverão utilizar instrumentos bem

estruturados de avaliação como testes ou provas escritas, oral ou prática,

trabalhos, projetos, dinâmicas, pesquisa, trabalho em grupo, teatros,

exposições, maquetes, histórias em quadrinho, jornais, produção de textos,

desenhos entre outros. Assim o professor estará contemplando a melhor

maneira do aluno demonstrar seu aprendizado. Introduziremos também a

autoavaliação do educando no processo, para conscientização do aluno frente

suas atitudes.

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Conforme deliberação n° 007/99 a avaliação deve propiciar dados

que permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do

currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino. Segundo essa

deliberação, a avaliação deverá utilizar instrumentos diversificados que levem

em consideração o progresso do aluno em todos os seus aspectos.

Nesse sentido, a avaliação possibilitará a identificação das

diferentes formas de apropriação dos conceitos científicos elaborados pelos

alunos, seus sucessos e suas dificuldades, além de possibilitar uma ação

imediata e mais efetiva do professor, como mediador, recuperando os

conhecimentos necessários de maneira mais significativa, como preconiza a

LDB e a Deliberação 007/99.

Sabemos que a avaliação é parte inseparável do processo de ensino

e aprendizagem, portanto o modo de avaliar determina a maneira como se

ensina e como se aprende. Dessa forma os professores evitarão testes

centrados em memorização e domínio de conhecimentos dissociados sem

reflexão. Lembrando que após o término de provas e trabalhos os alunos não

poderão ser liberados das salas de aulas, para que os mesmos não perturbem

as demais salas, os professores deverão organizar outras atividades para que

os alunos permaneçam em sala e se habituem a esse procedimento.

Após a correção e devolução de provas e/ou atividades avaliativas

aos alunos, o(a) professor(a) deve corrigir estas atividades em sala de aula

com os alunos. Utilizando os erros para promover os acertos.

Para atender as características específicas dos alunos em seu

processo de apreender e construir o conhecimento, respondendo efetivamente

às suas necessidades educacionais especiais, será necessário modificar

procedimentos de ensino, tanto introduzindo atividades alternativas, como

introduzindo atividades complementares, através da flexibilização curricular.

Estaremos proporcionando adaptações de grande porte quando

necessário, que compreendem ações que são da competência e atribuição das

instâncias político-administrativas superiores, já que exigem modificações que

envolvem ações de natureza política, administrativa, financeira e burocrática.

As adaptações curriculares de pequeno porte serão implementadas

em várias áreas e momentos da atuação do professor.

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A adaptação de objetivos refere-se a ajustes que o professor deverá

fazer nos objetivos constantes de seu plano de ensino de forma a adequá-los

as características e condições do aluno com necessidades educativas especiais.

Na adaptação de conteúdos, o professor poderá estar priorizando

alguns e/ou reformulando a sequência desses conteúdos, ou ainda, eliminando

conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os

objetivos educacionais.

Uma outra adaptação a ser realizada será no método de ensino,

sendo a modificação do nível de complexidade das atividades, pois para alguns

alunos é necessário que os conteúdos sejam apresentados passo a passo.

Assim o professor tanto pode precisar eliminar componentes da cadeia que

constitui a atividade, como pode dar uma nova sequência a tarefa, dividindo-a

em passos menores, com menor dificuldade. Desse modo a adaptação no

processo de avaliação também deverá ocorrer para atender as necessidades

educacionais dos alunos, seja por meio da modificação de técnicas, como dos

instrumentos utilizados, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de

expressão dos alunos.

Tendo em vista o caráter processual da aprendizagem, a

recuperação será simultânea a prática docente, sendo condição para a

aprendizagem, desta forma deverá acontecer durante todo o processo e

constar no Plano de Trabalho Docente.

Para as aulas de Educação Física de sextos e sétimos anos, que, de

acordo com o que a matriz curricular prevê, devem ser três aulas semanais

nestas turmas, sendo uma aula semanal destinada a re-educação psicomotora.

No processo de organização do tempo e do espaço escolar será

sempre priorizado o processo ensino e aprendizagem, visto que existe em

função do aluno e para o aluno, e na esperança que isso se concretize no

ambiente escolar. Desse modo, disponibilizaremos aos pais e alunos os horários

de Hora Atividade dos professores para favorecer o diálogo entre estes, os

estudos e análise de situações específicas de aprendizagem.

A escolha de professores orientadores de turma acontecerá no

início do ano letivo e será num primeiro momento realizada pela escolha dos

professores para com a turma com a qual desenvolve maior empatia, e num

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segundo momento, em caso de sobra de turmas, será efetuado um sorteio com

o restante dos professores.

Serão desenvolvidas atividades encaminhadas pela Secretaria

Estadual da Educação tais, como: Jogos Estudantis, Jogos Estudantis - JEPS,

Olimpíada de Língua Portuguesa, Olimpíada Brasileira de Matemática nas

Escolas Públicas – OBMEP, através do Núcleo Regional de Educação, sempre

que houver interesse da maior parte do corpo docente.

Na organização curricular e no trabalho pedagógico serão previstas

ações no plano de trabalho docente envolvendo alternativas para a integração

das disciplinas, inserção de novas tecnologias, utilização de novas dinâmicas

facilitadoras da aprendizagem, contextualização de conteúdos e avaliações.

Quanto ao aluno do Ensino Médio será dado apoio complementar

para acesso e permanência na escola, tais como: merenda, transporte,

recuperação de estudos (conteúdo e nota), acesso a vídeos, computadores,

Internet, jornal, rádio, materiais de apoio ao ensino. É prevista também para o

Ensino Médio a progressão parcial, podendo o aluno ter no máximo duas

dependências do ano anterior, continuando seus estudos na série seguinte,

também será desenvolvido pela equipe pedagógica em conjunto com

professores um trabalho de orientação profissional para os alunos de segundas

e terceiras séries.

Na falta de professores os alunos serão orientados pela equipe

pedagógica ou direção para que organizem grupos de estudo nesta aula, com

alunos monitores orientando os alunos com dificuldade de entender as

matérias, ou o professor se responsabilizará em montar um projeto de

reposição de conteúdos, através de formas didaticamente viáveis, usando

sábados, ou contra turno, aulas vagas, ou preparando material extra para

leituras ou trabalhos. Já em caso de falta de professores sem uma notificação, o

mesmo receberá falta no registro da folha ponto.

A equipe pedagógica desenvolverá, em conjunto com o corpo

docente, um trabalho de recuperação de estudos, para alunos com defasagem

escolar, bem como, a previsão de uma adaptação curricular para alunos com

dificuldade de aprendizagem extrema.

Para isso, teremos o atendimento da Sala de Apoio, para os alunos

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dos 6ºs anos com dificuldades oriundas dos anos iniciais deve priorizar pelo

atendimento de professores com experiências nesta área e, ou com aptidão

para o trabalho buscando resultados mais positivos. Esse recurso é

importantíssimo devido aos inúmeros problemas que a maioria dos alunos vem

apresentando quando ingressam no 6º ano, sendo que, a falta deste apoio

pode prejudicar a continuidade dos estudos dos mesmos. Do mesmo modo, a

Sala de Apoio dos 9ºs anos, busca sanar as dificuldades dos alunos que foram

se acumulando no decorrer dos anos, revendo conteúdos por meio de métodos

diferenciados, buscando melhor prepará-los para o Ensino Médio.

E a Sala de Recursos, que se configura como um espaço

fundamental para auxiliar as crianças com dificuldades de aprendizagem

diagnosticadas pedagógica e clinicamente. Ao nos depararmos com as

dificuldades que as crianças encontram no processo de aprendizagem

podemos assumir posturas diferenciadas de avaliação e/ou de apoio. A primeira

geralmente tende a aumentar a angústia decorrente da criança pelo fato de

não conseguir apreender, podendo ocasionar um forte sentimento de

incapacidade para com este aprendizado; já a segunda postura é mais

adequada, pois aumenta a autoconfiança da criança, e consequentemente, sua

disposição para aprender.

Os alunos que necessitam frequentar a Sala de Recursos serão

avaliados no contexto escolar pela equipe pedagógica, pela professora

especialista e demais professores da sala regular, para analisar como se

processa a aprendizagem e qual área está atingida (motora, cognitiva,

comunicativa, sócio educacional), para isso o aluno deverá ser observado em

sala de aula. Além da avaliação no contexto serão utilizados outros

instrumentos como:

- Entrevista com o aluno;

- Ficha com os profissionais da escola;

- Entrevista com os pais;

- Análise de desenho espontâneo;

- Diferentes textos;

- Atividades acadêmicas (português e matemática);

- Jogos de Regras.

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A Equipe Pedagógica dará assessoramento contínuo aos

professores, cujas turmas, tem inserido alunos com necessidades educacionais

especiais, promovendo a integração e a adequação no processo ensino e

aprendizagem com as intervenções necessárias e flexibilização curricular.

Buscaremos realizar um trabalho em conjunto com o Conselho

Tutelar para que possamos realizar visitas às famílias dos alunos que

frequentam Sala de Apoio e Sala de Recursos, para conhecer sua realidade e

reforçar a importância desses recursos para a melhoria de sua aprendizagem.

Serão desenvolvidas atividades que incentivem hábitos de estudo

contínuo, por todos os funcionários, professores e alunos. Como o Projeto da

“Hora da Leitura”, onde, uma vez por semana, todos no Colégio param para ler,

este dia é previamente marcado e divulgado para que todos tragam seus livros.

É um momento muito importante, que estimula a continuidade da leitura em

outros momentos. Também organizamos um Jornal Escolar, onde são

publicadas atividades realizadas pelos alunos, pelos professores, projetos

desenvolvidos na escola, poesias, mensagens, notícias e comunicados em

geral, com o intuito de persuadir toda a comunidade escolar neste processo de

educar e aprender.

Em acordo com a comunidade escolar, as viagens de final de ano

só serão liberadas para as turmas de nono ano do ensino fundamental e

terceiras séries do ensino médio, acompanhados por no mínimo duas pessoas

responsáveis, que podem ser: pais, professores ou funcionários da escola. As

excursões deverão preferencialmente ter caráter cultural. Em relação às

formaturas de nono ano do ensino fundamental e terceira série do ensino

médio serão definidas no decorrer do ano letivo por uma comissão

organizadora com alunos representantes de cada turma, professores

coordenadores de turma, um membro da equipe pedagógica e direção, onde

caberá a esta comissão definir critérios para realização desta formatura de

acordo com a realidade de cada turma.

De forma democrática, portanto, é possível fazer parte da prática

pedagógica através de atitudes como: diálogo constante, respeito e a busca

pelo aperfeiçoamento e afetividade. Fazendo com que a ética (teoria) que

existe no cotidiano se transforme em uma moral (prática).

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Essa mudança poderá ocorrer, através do comprometimento de

todos os profissionais da educação com a continuação da Pedagogia Histórico-

Crítica que está no nosso Projeto Político Pedagógico. É o seu ponto de partida,

é de onde se definem os seus métodos com base na teoria do conhecimento

marxista, pelo materialismo histórico dialético.

Para alunos novos em qualquer idade que ingressarem neste

estabelecimento de ensino durante qualquer período do ano letivo, será

prevista uma classificação ou reclassificação conforme o caso, previsto na

Instrução 02/09. Os procedimentos e encaminhamentos da classificação e

reclassificação neste colégio seguirão decisões tomadas pelo corpo docente,

equipe pedagógica e direção que farão reunião específica para cada caso

prevendo encaminhamentos específicos conforme o histórico escolar do aluno.

Será previsto também, através da legislação vigente o avanço em séries

mediante a verificação do aprendizado, bem com a articulação entre formas

pedagógicas de aceleração de estudos e a garantia de um padrão de qualidade

entre as formas pedagógicas e avaliativas, valorizando tanto a forma escolar

quanto o efetivo domínio dos conteúdos necessários, nos níveis de Ensino

Fundamental e Médio.

Os desafios educacionais contemporâneos deverão ser trabalhados

na escola interdisciplinarmente possibilitando esclarecimentos de assuntos que

são abordados pela mídia em nível de Brasil e mundo. Estes saberes serão

trabalhados de forma articulada com as diversas áreas do conhecimento, por

meio de diferentes linguagens como: textos, músicas, teatros, artes visuais,

historias em quadrinho, visitas e conversas com lideranças locais.

Quanto a temática: Prevenção ao uso indevido de drogas o coletivo

da escola estará realizando atividades nas diversas áreas do conhecimento

enfatizando principalmente o uso indevido do álcool, já que é uma droga

bastante popular na realidade local. Dessa forma estaremos atuando

preventivamente na educação dos jovens, proporcionando informações sobre

os diversos tipos de drogas, favorecendo a formação de valores próprios, os

quais eles possam defender. Para auxiliar nesse trabalho estaremos convidando

profissionais da saúde para realizarem palestras sobre o tema.

A sexualidade humana será abordada de várias maneiras e em

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todas as disciplinas, buscando suprir o desconhecimento que os alunos

apresentam em assuntos relacionados à sexualidade objetivando o respeito à

diversidade de valores, comportamentos relativos à sexualidade, assim como o

conhecimento e respeito para com o próprio corpo. Em 2010, o Núcleo Regional

de Educação de União da Vitória iniciou um trabalho em parceria com 6ª

Regional de Saúde chamado de SPE- Saúde e Prevenção nas Escolas, é uma

das ações do Programa Saúde na Escola- PSE, este Projeto está sendo

executado em âmbito nacional, uma articulação entre Ministério da Saúde e

Ministério da Educação. Em 2011 ele foi retomado e, no segundo semestre

começou a ser aplicado em nosso Colégio, onde os professores trabalham um

dos assuntos, previamente estipulado pelo grupo, em sala de aula e após esta

introdução feita pelos professores, vem uma equipe da Saúde e faz um

trabalho mais aprofundado e dinâmico sobre o mesmo, alguns dos assuntos

abordados são: Gênero e Diversidade, Gravidez na Adolescência, DSTs e Aids e

Métodos Contraceptivos.

Para melhorar este processo os professores deverão explicitar e

explorar as relações interdisciplinares, trabalhar regularmente com os

problemas sociais, pois aproximando a produção escolar da prática social, a

proposição de uma situação problema, ativa a mobilização dos conhecimentos

já adquiridos e estimula a busca de novos.

O Livro Registro de Classe, conforme a Instrução nº07/10-

SEED/DAE/CDE, é o documento no qual os professores registrarão todas as

atividades, servindo em qualquer tempo, como prova das atividades realizadas

junto aos alunos. Assim seu preenchimento correto é de extrema importância

para garantir os direitos do corpo discente e docente. Este Livro, é o

documento oficial que constitui a perfeita escrituração da vida escolar do

aluno, onde será possível encontrar todas as informações pertinentes ao seu

desenvolvimento e em qualquer situação poderá esclarecer dúvidas da

comunidade escolar, garantindo a qualquer tempo a integridade das

informações.

No final do Conselho de Classe os professores deverão entregar os

Livros devidamente preenchidos para a Equipe Pedagógica.

Os professores, bem como equipe pedagógica e direção, estão

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cientes da obrigatoriedade da participação nos Conselhos de Classe, sendo que

em caso de falta esta deverá ter justificativa satisfatória ou atestado médico.

O Conselho de Classe em nosso Colégio deverá se configurar num

espaço interdisciplinar de estudos e tomadas de decisões sobre o trabalho

pedagógico. Para que o ele não fique apenas no levantamento dos problemas,

estaremos realizando sempre o Pré – Conselho, para que todas as dificuldades

sejam elencadas e, as possíveis soluções, metas, sejam definidas. Essa atitude

será utilizada para organizar e melhorar o nível dos conselhos, revisão dos

métodos avaliativos que estão sendo utilizadas, é um momento de diagnóstico

para traçar ações que auxiliem o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.

No Conselho Final os professores se reunirão para conversar sobre o

desenvolvimento da aprendizagem de seus alunos, e neste momento serão

analisados não somente as notas obtidas por eles, mas o aspecto qualitativo,

suas condições, interesse, participação, progresso obtido e as possibilidades de

superação das dificuldades. Deverá ser feito um relatório detalhado e somente

quando houver consenso de todos os educadores é que se chegará a uma

decisão frente a aprovação ou reprovação, que será sempre registrada em ata.

E para a reprovação, estaremos assumindo uma postura mais

humana, analisando o aluno de forma integral, priorizando a qualidade e o

desenvolvimento do aluno ao longo de seu processo de ensino.

Com relação à formação continuada, a escola incentivará todos os

profissionais a realizarem cursos, grupos de estudos e simpósios, a escola

também disponibilizará espaços para que os professores possam mediar os

novos conhecimentos adquiridos, visando aperfeiçoamento de todos.

Realizaremos estudos referentes a avaliação, o processo de ensino e

aprendizagem nos conselhos de classe e disponibilizaremos materiais para

serem lidos na hora atividade. Ainda dentro desta continuidade à formação

profissional, entra o PDE, que é concedido aos professores para a promoção ao

III nível do Plano de Carreira.

Para chamar os pais à escola proporcionando palestras que

abordem temas atuais e de interesse da comunidade, assim como, em reuniões

semestrais, fazendo-os participantes do processo educacional de seus filhos.

Nas reuniões procuraremos debater formas de participação dos pais e mostrar

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a eles o desempenho dos alunos, e, também, os professores mostrarão o

trabalho que estão desenvolvendo.

Para trabalhar a questão das desigualdades sociais os professores

deverão incluir no currículo conteúdos referentes a cultura afro-descendente e

indígena, promovendo o ser humano na sua integralidade, estimulando a

formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e

as características próprias de grupos e minorias. Através de metodologias

próprias, cada professor deverá destacar a importância do negro na construção

da sociedade brasileira, resgatando-lhe a autoestima abalada pela cultura

escravocrata. Além de incentivar o aluno a combater todas as formas de

discriminação, especialmente de gênero, idade, raça e cor, busca-se o respeito

à diversidade e a promoção da igualdade de oportunidades. Para isso, os

professores poderão contar com a Equipe Multidisciplinar, que organizará

outras atividades escolares referentes. Ficando estabelecido o dia 20 de

novembro como o dia nacional da Consciência Negra, conforme Instrução n

017/06 da SUED-SEED.

O respeito a diversidade se dá pelo direito de todos os alunos a

realizarem as atividades fundamentais para seu pleno desenvolvimento e

socialização. Sua concretização, em sala de aula, significa levar em conta

fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, suas

características pessoais e psíquicas, portanto, os professores precisam ensinar

pensando no aluno concreto e não no aluno ideal.

Cada professor na sua disciplina será responsável pelo uso da

linguagem na norma culta, pois esses atributos não pertencem somente para

os professores de português. Assim, os professores podem e devem proceder

as correções ortográficas, podendo ser considerados requisitos para a

avaliação, conforme autonomia do professor.

Sendo a Língua Portuguesa articuladora das demais disciplinas faz-

se necessário um trabalho interligado entre todas, para a realização de uma

pratica pedagógica que objetive e privilegie a leitura e interpretação de textos

visando uma melhor aprendizagem dos alunos.

A Educação do Campo, neste Colégio, buscará romper com o círculo

vicioso de que se estuda para sair do campo ou se sai do campo para estudar,

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pois as pessoas do campo tem direito a uma educação pensada e vinculada a

sua cultura, às suas necessidades humanas e sociais.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo os

professores planejarão sua prática na sala de aula compreendendo o universo

de vida de seus educandos para que reflitam sobre sua prática no ambiente

escolar.

A questão da evasão escolar será analisada juntamente com os

professores e pais dos alunos evadidos, contando ainda com o auxílio do

Conselho Tutelar, através do diálogo procurando reverter a situação.

Sendo necessário dinamizar a Ficha de acompanhamento: FICA,

programa em que o professor será o principal agente, na medida, que

constatada a ausência do aluno por 03 dias consecutivos ou 05 dias alternados

no período de um mês, deverá comunicar a direção que tomará as medidas

necessárias que possibilitem o retorno do aluno. No início de 2011, conforme

orientação do Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, pelo Manifesto

em Prol da Educação que aconteceu neste período, foi realizado um trabalho de

conscientização aos pais, apresentando a estes algumas das leis que os

responsabilizam pelo acompanhamento escolar de seus filhos, onde todos

receberam um Termo de Compromisso que dizia: “Assumo o compromisso de

zelar pelo direito à educação de meu filho ou pupilo, matriculando-o em

instituição de ensino, acompanhando a sua evolução e frequência escolar,

participando das propostas educacionais e estimulando-o a frequentar a escola,

contribuindo assim, com o seu aproveitamento escolar”, o mesmo foi assinado

pelos pais ou responsáveis e devolvido à secretaria escolar para arquivo.

É realizada também a organização de ficha individual para todos os

alunos para que em casos de indisciplina, descaso com as atividades

propostas, dificuldades de aprendizagem, a direção e equipe pedagógica sejam

comunicadas para tomar devidas providências, como comunicado imediato aos

pais, encaminhamento para sala de recursos e outras providências que sejam

vistas como necessárias, havendo um trabalho coletivo entre professores,

direção, equipe pedagógica e família.

Com relação à adoção de medidas educativas, para os casos de

indisciplina e desrespeito aos componentes da comunidade e ao patrimônio

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escolar, estaremos organizando momentos para conscientizar os alunos sobre

a importância de cuidar do patrimônio escolar, do respeito para com todas as

pessoas e também para consigo mesmo, o coletivo escolar estará organizando

e reorganizando as regras que devem ser cumpridas por toda comunidade

escolar, assim como, as medidas socioeducativas, sendo:

• Advertência verbal, na tentativa de conscientizar os alunos frente ao fato

ocorrido;

• Advertência por escrito, para levar ao conhecimento dos pais o fato

ocorrido;

• A realização de trabalhos escolares como: pesquisas, redações e estudos de

textos referente ao bom comportamento;

• Em casos mais graves de desrespeito aos docentes, funcionários, colegas e

demais alunos, não havendo mudança de comportamento do(s) aluno(s)

envolvido(s) após a realização das advertências citadas acima, será

chamado os pais no Colégio, onde será realizada uma ata e registrada a

situação ocorrida com a assinatura de todos os envolvidos.

• Todas as situações serão analisadas conforme ao que dita o Regimento

Escolar.

Estas medidas educativas serão aplicadas com o objetivo de formar

cidadãos conscientes de seus direitos e sobre tudo de seus deveres, com o

propósito de estimular um bom comportamento, sem contudo direcionar o

comportamento para uma aceitação passiva, mas para estimular atitudes

construtivas, conscientes e dinâmicas no âmbito escolar.

Para motivar os alunos nos estudos e estimular suas capacidades,

estaremos fornecendo-lhes a possibilidade de frequentar atividades de

complementação curricular, como o CELEM – Centro de Língua Estrangeira

Moderna - Espanhol, o Contraturno de Geografia na área de tecnologias e o

Contraturno de Hora Treinamento em futsal.

Sendo destinado a orientação e o acompanhamento aos

professores no planejamento e na implementação de atividades que visem o

enriquecimento curricular nas diversas áreas de conhecimento contemplando-

os na Proposta Pedagógica Curricular da disciplina e, dessa forma, no Projeto

Político Pedagógico da escola. Esta Proposta deve ser organizada com base nas

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Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, que, por sua vez, embasará o Plano

de Trabalho Docente.

A equipe pedagógica, conforme a organização curricular, poderá

questionar, argumentar a metodologia e os instrumentos de avaliação do Plano

de Trabalho Docente, bem como, pensar com os professores sobre a função

social dos conteúdos que serão trabalhados, ressaltando a Educação do

Campo.

Os professores de Sala de Apoio e Sala de Recursos deverão

elaborar um Plano de Trabalho Docente utilizando-se de metodologias

diferenciadas para superar as necessidades apresentadas pelos educandos.

A hora atividade é um momento para que os professores se

dediquem ao estudo, planejamento e aprimoramento do processo pedagógico

pela reflexão continua e do aprofundamento do entendimento de como os

alunos aprendem e quais as formas mais adequadas de estimular e orientar

suas aprendizagens.

Para trabalhar a Agenda 21 o Colégio estará identificando os

problemas mais evidentes da comunidade e da escola, propondo ações para

reduzir os impactos negativos decorrentes da interação do homem com o meio.

A partir daí vamos pesquisar as causas. Nossa responsabilidade em cada um

dos cenários é identificar o que pode ser feito para melhorar nosso meio,

evitando a degradação, o desperdício e quaisquer atitudes que o danifiquem.

No início do ano letivo estaremos realizando de forma democrática

eleição para os alunos representantes da turma, o aluno eleito deverá

representar a turma quando solicitado nos Conselhos de Classe e nos eventos

promovidos na escola.

Como proposta de articulação com a família e com a comunidade a

escola estará realizando reuniões bimestrais, palestras e festividades com o

objetivo de ter maior participação e colaboração desses segmentos no

cotidiano escolar.

Em reunião com a comunidade escolar, em assembleia com os pais,

conforme consta na Ata nº 07 de dezenove de fevereiro de 2009, ficou decidido

pelo uso do uniforme escolar para o Ensino Fundamental, composto por calça

de agasalho na cor azul-marinho com listra vermelha e camiseta na cor azul

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clara com detalhes vermelhos, só será dispensado o uso, ficando de forma

opcional, nas quartas-feiras, o mesmo também está prescrito no Regulamento

Interno. Também foi decidido em Assembleia com os pais e demais membros

da comunidade escolar, no dia quatro de outubro de 2010, conforme registro

em Ata nº46, o uso do uniforme escolar para o Ensino Médio, este nas cores

vermelho e preto, considerando ainda que o uniforme do Ensino Fundamental

também será aceito no Ensino Médio, tendo também a dispensa ao uso na

quarta-feira.

Buscaremos a melhoria dos equipamentos disponíveis no Colégio

com ações desenvolvidas com o apoio da APMF e dos pais. Para melhorar o

trabalho pedagógico estaremos fazendo a compra de livros por meio da FIEL –

Feira Intercolegial Estudantil do Livro e de pedidos feitos diretamente às

editoras. Ainda, será feita a assinatura de revistas, jornais e a aquisição de

DVDs e vídeos pedagógicos para todas as disciplinas escolares.

Incentivaremos e auxiliaremos o Grêmio Estudantil no

desenvolvimento de ações que propiciem aos alunos iniciativas culturais e

esportivas, e demais reivindicações quanto a melhorias para o Colégio.

Organizar festas folclóricas, festas comemorativas de datas

importantes, nacionais e locais.

O Colégio promoverá discussão com a comunidade escolar para

decidir a aplicação dos recursos financeiros.

Temos ainda, como meta principal e necessária, a ampliação do

prédio escolar, mas para tanto precisamos do apoio da Prefeitura Municipal.

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7.0 - AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O acompanhamento do Projeto Político Pedagógico ocorrerá com

base nos dados obtidos, através de reuniões, questionários e da satisfação

demonstrada pela comunidade escolar, visando possibilitar à escola uma

análise dos resultados, fazendo com que as questões que venham a aparecer

possam ser resolvidas.

Essa avaliação ocorrerá constantemente devido às especificações

da realidade e, anualmente, com a participação de todos os segmentos que

estão envolvidos com a escola (alunos, pais, professores, funcionários,

comunidade) assim como, as instâncias colegiadas: APMF, Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil; tendo por objetivo propor mudanças significativas e

determinantes para que possamos oferecer uma educação de qualidade e que

contribua para o fortalecimento do processo participativo e democrático no

espaço escolar. O projeto será dinâmico, podendo ser modificado sempre que

necessário.

Pois consideramos que a comunidade local deve ser ouvida acerca

do projeto, para que assim seja possível alcançarmos da melhor maneira, a

função social que esperamos, para a formação de cidadãos mais humanos,

participantes, críticos e com perspectivas de transformação da sociedade.

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8.0 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Como mecanismo de avaliação da instituição estaremos elaborando

questões que serão respondidas através da reflexão e discussão coletiva pelos

pais, alunos, professores, funcionários e instancias colegiadas, afim de criar

uma cultura de avaliação institucional como forma de autoconhecimento e de

comprometimento em torno da principal função da escola, que é a efetivação

do processo ensino-aprendizagem.

Demonstrar autoconhecimento, autonomia e consciência crítica

construtiva, significa identificar os acertos e as insuficiências, as

potencialidades e as dificuldades que envolve este processo. Tratando-se de

um processo de reflexão sobre as razões ou as causas das diversas situações

encontradas no âmbito escolar, implica assumir a responsabilidade efetiva da

gestão da escola, a luta constante em prol de seus objetivos.

Os aspectos a serem avaliados serão: os órgãos colegiados de

gestão, profissionais da educação, condições físicas da escola, prática

pedagógica, avaliação do desenvolvimento educacional e os métodos utilizados

para com a inclusão social.

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9.0 - REFERÊNCIAS

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Colégio Estadual Professor Francisco GawlouskiEnsino Fundamental e Médio

São Roque – Paulo Frontin – PR. Fone: 42-3581-1012E-mail: [email protected]

O presente Projeto Político Pedagógico foi aprovado pelo Conselho

Escolar no dia 22 de setembro de 2011, conforme Ata nº 065 lavrada na

mesma data e apresenta como anexos:

1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – Anexos da PPC:

(Calendário Escolar, Matriz Curricular, Proposta Pedagógica do CELEM e

Proposta Pedagógica do Viva a Escola).

2. REGIMENTO ESCOLAR;

3. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA;

4. PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICO;

5. ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR;

6. ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL;

7. ESTATUTO DA APMF;

8. ESTATUTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR;

9. QUADRO DE PESSOAL;

10. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA:

◦ Proposta de Atividade Complementar Curricular de

Contraturno – disciplina de Geografia.

◦ Proposta de Atividade Complementar Curricular de

Contraturno – Hora Treinamento/Futsal da disciplina de

Educação Física.

◦ Hora da Leitura (prática).

11. OUTROS DOCUMENTOS.

Marco Antonio GellerDiretor

Paulo Frontin - NRE: União da Vitória.

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