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1 COLÉGIO ESTADUAL FREI DOROTEU DE PÁDUA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Ponta Grossa
2010
2 COLÉGIO ESTADUAL FREI DOROTEU DE PÁDUA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Projeto elaborado entre o coletivo da
escola, conforme disposto no artigo
12, inciso I, com o objetivo de
delimitar as ações e a identidade deste
estabelecimento de ensino.
Ponta Grossa
2010
3
“Não faz mal que amanheça devagar; as
flores não têm pressa, nem os frutos.
Sabem que a vagareza dos minutos
adoça mais o outono por chegar.
Portanto, não faz mal que devagar o dia
vença a noite nos seus redutos de leste.
O que nos cabe é ter enxutos os olhos e
a intenção de madrugar” (Geir
Campos).
4 1 – APRESENTAÇÃO
Nos dias atuais, em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou
de muitos, todos nós envolvemos a vida com a educação: para aprender, para
ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver
(DELLORS, 1999) pois a educação nos invade a vida, e, não há uma única forma
ou um único modelo de educação e a escola não é o único lugar onde ela
acontece. Embora, a finalidade original da escola tenha sido a de proporcionar
desenvolvimento intelectual, atualmente, cada vez mais ela se vê forçada a
atender aos demais aspectos da educação.
Hoje, a ampliação do campo de ação da escola se deve a mudanças de
sua função social, pois a educação é um processo integral que visa o pleno
desenvolvimento do educando aliado ao preparo para o exercício da cidadania.
A escola, nesta busca em formar o cidadão crítico e consciente, sujeito da
construção do conhecimento, precisa acompanhar as constantes mudanças no
contexto social do novo paradigma econômico; os avanços científicos e
tecnológicos e os novos rumos do mundo do conhecimento, a fim de repensar seu
papel diante destas transformações que caracterizam o acelerado processo de re-
estruturação capitalista mundial.
Portanto, a educação é um desafio, devendo proporcionar aos alunos, a
extensão de sua vida, de um processo em formação, aliando convivência,
comunicação, na busca de um ser humano integral, partindo de seus sonhos,
desenvolvendo suas potencialidades, preparando para a vida em grupo, onde
atuará de forma ativa e responsável, criando a cada dia a sua própria história a
fim de escolher os rumos de seu futuro de maneira consciente.
Sendo assim, a escola é a oportunidade de compartilhar experiências,
construir o conhecimento, obter aprendizagem significativa e deste modo
modificar a realidade muitas vezes injusta, de forma construtiva.
5 Para que se efetive realmente a construção do conhecimento dentro de
sua intencionalidade educativa, elaboramos o presente documento, baseado nos
parâmetros legais e em conformidade com a LDB 9394/96.
62 JUSTIFICATIVA
A elaboração da Proposta Pedagógica é um momento de profunda reflexão
da comunidade escolar, no sentido de definir claramente o que se quer realizar
num processo conjunto.
De acordo com Veiga (1995) o Projeto Político-Pedagógico é uma forma
de organização do trabalho pedagógico da escola que facilita a busca de melhoria
da qualidade do ensino. Esta organização se dá em dois níveis: no da escola
como um todo, o que envolve sua relação com o contexto social imediato; e no
da sala de aula, incluindo as ações do professor na dinâmica com seus alunos.
Assim sendo, pela necessidade de a escola buscar sua identidade, garantir
sua autonomia pedagógica, gestora e financeira, e atendendo ao disposto na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação, justifica-se este Projeto Político-Pedagógico.
73 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Estabelecimento: Colégio Estadual Frei Doroteu de Pádua – Ensino
Fundamental e Médio
Código do estabelecimento: 01943
Decreto de criação e autorização de funcionamento: 518/86 DOE 24/02/86
Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 2.115/88 DOE 15/07/88
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: nº 140/2001 de
18/12/2001
Endereço: Rua Rio Amazonas, 1703 – Jardim Santa Edwiges – Periquitos.
CEP – 84064-540
Telefone-fax – (42)3228-0079
e-mail: [email protected]
Município: Ponta Grossa – Pr
Código do Município: 2010
Dependência Administrativa: Secretaria do Estado da Educação
Código: 02
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
84 ASPECTOS HISTÓRICOS
A Escola Estadual de Periquitos foi criada em 1986, atendendo a
reivindicação da comunidade. Foi, então autorizada a funcionar através da
resolução no. 518/86 de 24 de fevereiro de 1986, ato de reconhecimento do
Estabelecimento e reconhecimento do Curso no. 2.115/88 D.O.E. em 15 de julho
de 1988.
Desde a sua criação até o ano de 1997, a escola funcionou em prédio
cedido pela prefeitura Municipal de Ponta Grossa, juntamente com a Escola
Municipal Professora Zeneida de Freitas Schnirmann – Ensino Fundamental.
Em 1995, conforme a resolução 3.938/95 de 17 de outubro de 1995,
passou a denominar-se Escola Estadual Frei Doroteu de Pádua, Ensino de 1º.
Grau, mudança esta vista como necessária, já que o nome da escola representava
a localidade (Periquitos).
Em fevereiro de 1998, foi inaugurado pelo governador em exercício, o
prédio próprio da escola.
Conforme deliberação no. 003/98, do Conselho Estadual de Educação,
publicada em D.O.E. do dia 16 de julho de 1998, e da resolução no. 3.120/98, da
Secretaria Estadual de Educação, publicada em D.O.E. em 11 de setembro de
1998, passou a denominar-se Escola Estadual Frei Doroteu de Pádua – Ensino
Fundamental.
Através da Resolução 632/2002 de 23 de abril de 2002, autorização
concedida com implantação gradativa a partir do ano letivo de 2002, passando a
denominar-se Colégio Estadual Frei Doroteu de Pádua – Ensino Fundamental e
Médio.
Em 1986 teve como diretora a professora Odete Schwab, passando em
1990 à professora Claudete Maria Carneiro Guimarães que ficou apenas um
pequeno período, devolvendo o cargo no dia 25/11/1991 à professora Odete
Schwab que continuou na função até 1993, quando assume a direção a professora
pedagoga Eliane Farah Weiber, no ano de 1993, exercendo essa função durante 7
9anos. Em janeiro do ano 2001 assume a direção o Professor de matemática, Paulo
Sérgio Rufino, até o dia 31 de dezembro de 2005, ano em que é realizado um
novo processo de escolha de diretores, sendo eleito o professor de educação
física, Josmar Fonseca que assume em 01 de janeiro de 2006.
105 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DA ESCOLA
A seguir descreveremos os recursos físicos, materiais e humanos que
utilizamos para o bom andamento do processo e efetivação deste projeto.
5.1 RECURSOS FÍSICOS
As salas de aula são amplas, bem conservadas, bem iluminadas. Existe um
bloco onde as dependências administrativas estão situadas.
O colégio dispõe de uma grande área livre, a estrutura do prédio é muito
boa, porém a demanda de alunos é muito grande, o que dificulta o ingresso de
muitos alunos que residem na redondeza. Isso colabora também para um número
maior de alunos por sala daquele que seria ideal, fato que acaba atrapalhando o
processo de aprendizado.
Os espaços que estão disponíveis na escola são muito bem aproveitados
pelos professores e alunos com apresentações culturais e atividades artísticas,
bem como atividades esportivas que enriquecem a socialização e o contato entre
os alunos de todas as turmas.
O Colégio é dividido em 3 pavilhões, onde estão situadas:
12 salas de aula, sendo 4 de madeira. 01 laboratório de ciências;
01 sala para o laboratório de Informática;
01 sala para a classe de apoio; 01 cozinha, dispensa e banheiro; 01 secretaria;
01 sala para a biblioteca; 01 sala para arquivo morto e almoxarifado; 01 sala de direção; 01 sala de atendimento pedagógico;
01 sala dos professores;
02 banheiros de funcionários no 1º pavilhão;
11 02 banheiros com 7 sanitários no 2º pavilhão;
02 banheiros com 7 sanitários no 3º pavilhão; 01 hall de entrada e corredor coberto que dá acesso à todos os pavilhões;
Casa do permissionário. 01 quadra poliesportiva ao ar livre;
01 quadra poliesportiva coberta;
01 saguão coberto;
7.609 m² de área livre
5.2 RECURSOS MATERIAIS
Este colégio conta com diversos recursos materiais de uso coletivo, onde
todos os profissionais têm acesso, em acordo com a sua função, seu planejamento
possibilitando um melhor desenvolvimento do trabalho escolar. Da mesma
forma, os alunos têm acesso aos materiais de uso frequente, se solicitado com a
autorização do professor responsável, ou em momentos em que se julgue
necessário.
Na sala de apoio, além das aulas de reforço de português e matemática,
também acontece o Projeto Mais Educação no período da manhã e o o Projeto
Viva a Escola no período da tarde.
A escola possui também recursos audiovisuais, tais como: (02)
televisores 20’; 01 televisor 21'; 01 televisor 29'; 10 TVs pendrive; (02)
videocassete; (1) retroprojetor; (2) micro-systen com cd e k-7; (4) aparelhos de
DVD, (01) computador de uso da biblioteca, (01) computador (secretaria); (01)
computador (direção); (2) impressoras jato de tinta; (01) impressora
multifuncional; (2) impressoras matriciais; (01) máquina xerocadora; (5)
microfones, (1) amplificador, sistema de som nas salas de aula; além dos bens e
equipamentos comuns ao uso dos estabelecimentos de ensino, que constam em
inventário próprio de bens e patrimônio. E ainda, o laboratório de informática
12com 20 computadores para uso dos alunos e professores e 4 computadores na
secretaria, estes do Paraná Digital.
5.3 RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros advindos do Fundo Rotativo, FUNDEF, FNDE,
PDDE E APMF são administrados de acordo com as normas vigentes e geridos
de forma democrática e participativa, contando com a aprovação dos órgãos
competentes. Posteriormente, é realizada a prestação de contas, amplamente
publicada, inclusive através da SEED, no site dia-a-dia-educação.
5.4 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
Ensino Fundamental – Período Vespertino
- 05 turmas de 5ª série
- 03 turmas de 6ª série
- 04 turmas de 7ª série
Ensino Fundamental – Período Manhã
- 03 turmas de 8ª série
Ensino Médio – Período Manhã
- 04 turmas de 1ª série
- 03 turmas de 2ª série
- 02 turmas de 3ª série
5.5 QUADRO DE PESSOAL
Número de professores: 40
13Número de funcionários: 09
Número de pedagogas: 03
Número de turmas: 24
Número de alunos: 795
Número de salas de aula: 12
146 OBJETIVOS GERAIS
A nova LDB, Lei nº 9.394/96, prevê no seu art. 12, inciso I, que “os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normais comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
Observando os aspectos legais, propomos os seguintes objetivos:
- Assegurar a elevação do nível escolar para todas as crianças e jovens sem
exceção, em condições iguais de oferta dos meios de escolarização;
- Promover a integração entre cultura escolar e outras culturas, no rumo de uma
educação intercultural e comunitária;
- Assegurar sólida formação de base que propicia o desenvolvimento de
habilidades cognitivas, operativas e sociais, por meio do domínio dos
conteúdos escolares, a preparação para o mundo tecnológico e
comunicacional;
- Cuidar da formação de qualidades morais, traços de caráter, atitudes,
convicções, conforme ideais humanistas.
- Propor formas de organização dos elementos necessários à assimilação do
saber (Distinção entre o fundamental e o acessório).
- Delimitar a opção e o compromisso com a formação do cidadão para um
determinado tipo de sociedade, propiciando a vivência democrática e o
exercício da cidadania.
- Promover a reflexão crítica sobre os problemas da sociedade e da educação na
busca de possibilidades de intervenção na realidade. (dialogicidade: reflexão-
ação-reflexão)
157 MARCO SITUACIONAL
De acordo com a realidade que estamos vivenciando, com as
transformações sociais e tecnológicas que vem acontecendo rapidamente,
entendemos que há uma emergente necessidade de transformação social, e essa
não deve ser somente retórica, mas deve ser entendida como um processo ativo
de humanização e tomada de consciência dos sujeitos que poderão intervir para a
melhoria da qualidade de ensino. Isso requer uma postura mais critica, mais
reflexiva que busque a transformação das estruturas sociais, econômicas,
culturais e políticas do país e para a criação e uma sociedade mais justa.
Isso irá acontecer primordialmente no interior da escola, mas sabemos
que as práticas pedagógicas adotadas através dos tempos tem sofrido constantes
transformações nos níveis sociais e históricos, porém é preciso o entendimento de
que todas as ações voltadas para o cumprimento dessa meta são bem aceitos,
tomados os devidos cuidados.
Sabemos que a postura de uma grande parte dos professores é voltada
para a efetivação de um projeto educativo que permita a formação do ser humano
integral, ou seja, formação para a vida e o exercício da cidadania.
Devemos ter clareza que neste estabelecimento de ensino prima-se pela e
efetivação de práticas escolares que estejam em consonância com a realidade
social em que nossos alunos estão inseridos, delimitando as bases da escola e do
momento histórico que vivemos e do papel da educação ante as novas realidades
do mundo contemporâneo, tendo em vista vários aspectos para que haja uma
reavaliação ou no mínimo um enriquecimento dos princípios de uma pedagogia
crítico-social em face dos desafios propostos por estas novas realidades,
buscando um investimento teórico numa proposta pedagógica que seja prática
teórica e teórica prática.
Segundo Libâneo (1996) para que aconteça realmente a transformação da
escola existem requisitos essenciais a serem seguidos, tais como, a inserção do
país no contexto da mundialização, a adequação da escola aos processos de
16transformações científicas e tecnológicas, investimento na profissionalização dos
professores, melhoraria das práticas de gestão da escola, investimento sólido dos
educadores nos conteúdos, e em inovações tecno-pedagógicas que propiciem
melhor cumprimento dos objetivos da escola sem levantar a falsa hipótese de
ensino fácil, tendo em vista que a pedagogização é uma situação que está posta e
que precisa ser reconhecida pelos professores para que seja tratada com uma
visão crítica, incitando a reflexão desta educação que vem sendo imposta pelos
aparelhos ideológicos da sociedade pós-moderna que está inserida no contexto da
globalização. MackLarem, diz que,
(...) o pós-modernismo conduz a um relativismo ético, porém
há princípios norteadores que os educandos não podem abrir
mão, e é neste sentido que a Pedagogia Crítica quer efetivar a
relação entre uma política do universal e uma política da
diferença, da particularidade, visto que há uma grande diferença
social que atinge diretamente as salas de aula, recheadas dessas
diversidades, apesar do processo de globalização
homogeneizador. (apud GHIRALDELLI, 1996)
Precisamos delinear os novos rumos que a escola deve tomar, tendo em
vista as demandas da nova sociedade que se instaura e, consequentemente, as
novas demandas necessárias que a escola precisa atender.
A escola não pode mais ser considerada isoladamente de outros
contextos, outras culturas, outras mediações. A escola contemporânea precisa
voltar-se para as novas realidades, ligar-se ao mundo econômico, político,
cultural, mas precisa ser um baluarte contra a exclusão social. Para tanto, propõe-
se para essa escola, um currículo centrado na formação geral e continuada de
sujeitos pensantes e críticos, na preparação para uma sociedade técnica/ científica
17/informacional, na formação para a cidadania crítico-participativa e na formação
ética.
A escola necessária para fazer frente a essas realidades é a que
provê formação cultural e científica, que possibilita o contato
dos alunos com a cultura, aquela cultura provida pela ciência,
pela técnica, pela linguagem, pela estética, pela ética.
Especialmente, uma escola contra a exclusão econômica,
política, cultural, pedagógica. (Idem, 51, 2004)
7.1 CARACTERÍSTICAS SÓCIO-ECONÔMICAS, CULTURAIS E
EDUCACIONAIS
7.1.1 Características Socioeconômicas
O Colégio localiza-se num bairro afastado da região central,
especificamente na região de Periquitos, às margens de uma rodovia que liga a
cidade de Ponta Grossa ao norte e noroeste do Paraná. Essa região é marcada por
comércio de postos de gasolina, restaurantes de estrada, fábricas de fibras,
oficinas especializadas em caminhões entre outros. A população residente
dedica-se, entre os comércios citados, à atividade agrícola em geral.
A estrutura urbana oferece água encanada e eletricidade. Poucas pessoas
usufruem de ruas com calçamento. O atendimento médico à região conta com um
posto de saúde municipal próximo ao Colégio. Quanto ao atendimento hospitalar,
a disponibilidade é somente no centro da cidade, há cerca de 10 km do bairro de
Periquitos. Não existem bancos próximos, apenas pequenos comércios, como
alguns botequins, quitandas, lojinhas e pequenos mercados, dentro do perfil de
poder aquisitivo da população local. A região dispõe de 3 linhas de ônibus.
18No bairro de Periquitos, o atendimento escolar dá-se também por meio
de uma escola municipal que atende até a 4a série do Ensino Fundamental. Não
existem áreas municipais nem privadas de lazer e recreação para a população.
O Colégio mantém bom relacionamento com a comunidade; apesar
disso, não é significativa a participação da mesma nas atividades regulares da
escola, restringindo-se a um pequeno número de pais mais conscientes e
cooperativos.
7.1.2 Perfil educacional e cultural da comunidade
Nossa escola está localizada em um bairro da periferia da cidade de
Ponta Grossa onde uma grande parte de nossos alunos é oriunda da zona rural e
de trabalhadores com poucas perspectivas de ascensão social. Uma parcela da
comunidade procura a escola como meio para obter acesso ao mercado de
trabalho, essa é visão dos pais dos alunos.
Outra parcela, a de produtores rurais e empregados, não valorizam a
escola como deveriam, pois, muitas vezes a mão de obra nas comunidades rurais
é muito mais importante no momento do que os estudos.
A comunidade enfrenta muitos problemas em relação ao
acompanhamento por parte das famílias, pois para conseguir uma qualidade de
vida razoável tanto o marido quanto a mulher trabalham fora, muitas vezes
deixando as crianças sozinhas. Esse é um dos fatores que contribuem com a
desestruturação da família, além de uma parcela de pais separados, mães
solteiras, que acaba ocasionando a carência afetiva, problemas sociais e de
aprendizagem entre muitos de nossos alunos.
Portanto, a escola em todas as suas instâncias, deve assumir uma postura
de acolhimento à essas famílias, além de estar atentos as condições em que o
aluno se encontra quando chega até a escola, bem como a importância do contato
19e trabalho com a família para garantir o sucesso e permanência do aluno na
escola.
Segundo questionário enviado aos pais, (além de conversas informais) a
escola deveria formar o aluno para o mercado de trabalho através da implantação
de cursos técnicos e de formação profissional com ênfase na área de informática,
demonstrando a preocupação com o futuro dos filhos é enfática em relação ao
mercado de trabalho.
Em relação a realidade sócio cultural dos nossos alunos, podemos dizer
que esses são oriundos das classes trabalhadoras e da zona rural, seu acesso à
informação é limitado. Sua principal fonte de informação é a televisão e na
maioria das vezes não tem preocupação quanto a qualidade ou codificação dessas
informações.
Os meios de Comunicação Social são os principais transmissores de
cultura de um país. Eles são os transformadores da cultura, pois tratam de
assuntos que não são a única coisa que se vê. Isto é, usa-se um pano de fundo
cultural que vai sendo inculcado, é uma transmissão que acontece quase que
inconscientemente. Se olharmos a nossa volta, perceberemos que os costumes, a
moda, enfim “a onda” de nossa população, principalmente a juventude, veremos
que nossa cultura está mudando e está sendo totalmente descaracterizada por uma
cultura totalmente diferente do ambiente onde vive a maioria da população. “é a
cultura de Ipanema” ou a cultura estrangeira. (GUARESCHI, 1986, p.105)
Esta compreensão pode fazer muita diferença no jeito de fazer a
educação e por isso deve ser uma preocupação específica do trabalho escolar. O
desinteresse quanto a cultura é algo que passa de geração para geração. Cabe a
escola rever urgentemente as práticas no seu interior proporcionando uma
mudança de mentalidade ou concepções dos próprios educandos.
Quando observamos a necessidade do desenvolvimento de novas
habilidades do nosso educando na sociedade moderna, podemos inferir que é
necessária uma mudança na educação como um todo, desenvolvendo habilidades
ligadas a melhoria da cultura geral como suporte, para que o sujeito se reconheça
20como tal, sendo protagonista de sua história e do seu meio social, agindo como
um cidadão crítico e participativo como requer a nossa sociedade. Além disso, há
uma nova identidade de educador que precisa ser cultivada, ao mesmo tempo em
que há toda uma tradição pedagógica e um acúmulo de conhecimentos sobre a
arte de educar que precisa ser recuperada e trabalhada desde a intencionalidade
educativa.
O que requer dos educadores, para essa tarefa, é,
fundamentalmente, competência. Construir ética e
politicamente a autonomia não teria significado se não se
aliassem à perspectiva ético-política a dimensão técnica, o
domínio seguro de conhecimentos específicos, a utilização de
uma metodologia eficaz, a consciência crítica e o propósito
firme de ir ao encontro das necessidades concretas de sua
sociedade e de seu tempo (RIOS, 1993, p. 18).
218 MARCO CONCEITUAL
CONCEPÇÕES:
De homem
O comportamento do homem é fundamentalmente diferente dos animais.
Graças ao desenvolvimento de seu psiquismo pode observar a natureza, criar uma
linguagem e, assim, analisar e julgar o mundo em que vive. Com seu alto grau de
consciência, o homem superou os seus limites primitivos tornando-se
simultaneamente um ser biológico e cultural. Nele ocorre uma síntese que integra
caraterísticas hereditárias e adquiridas, aspectos individuais e sociais, elementos
do estado de natureza e de cultura.
Por isso, o homem é um ser contraditório, ambíguo, instável e dinâmico.
Um produto da natureza e da cultura e, ao mesmo tempo, um transformador da
natureza e um produtor cultural. Enfim, criatura e criador do mundo em que vive.
Essas características tornaram o homem admiravelmente singular. A
biologia classifica o homem atual como sapiens: o que sabe que sabe. Pois o
homem é capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre si mesma para tomar
posse de seu próprio saber, avaliando sua consistência, seu limite e seu valor.
O processo contínuo de conscientização faz do homem, portanto, um ser
que não pode ser definido e sim conceituado, uma vez que o homem, como ser
histórico, transcendente, não se pode definir. Pode-se sim, compreendê-lo, passo
a passo, numa visão de convergência, num enfoque de globalidade integrada,
onde tudo se relaciona.
O homem, como sujeito de sua história é condicionante e condicionado.
Ele precisa entender também essa aparente contradição do seu viver histórico. Se
quiser viver a suprema liberdade humana, muito além dos discursos ideológicos,
e preciso escolher o caminho da busca e do conhecimento vivenciado, mais além
das aparências e dos parâmetros impostos.
22Entendendo, assim, que o homem é um ser que se faz (nem que não
queira – é assim mesmo – é o que se chama de condição humana, por alguns,
fatalidade humana, para os outros – dependendo do referencial teórico de cada
um). De qualquer maneira, é um ser biográfico. O viver humano envolve o
lógico, o afetivo e o espiritual. Muitas vezes de difícil conciliação, outras vezes,
exige opções até existenciais.
O homem é um ser que se constrói. A compreensão desta profunda
realidade vai permitir que a nossa conduta, na prática educativa, tome dimensões
além do aprender a fazer por fazer. Lutar-se-á para que o educando vá
aprendendo a ser seu próprio projeto de vida, não idealizado por ele mas, sim por
quem o criou, o autor da vida.
De mundo
O progresso científico e, industrial e tecnológico da Humanidade foi tão
grande nos últimos anos que o homem acabou criando um novo mundo. É
através dessas mudanças e desses avanços que vem ocorrendo uma crescente
desumanização onde o homem passa a ser visto como não mais como um ser,
mas como parte de um todo que demanda habilidades específicas ou gerais,
direcionadas para o mundo do trabalho, numa perspectiva meramente
mercadológica.
Neste sentido, é preciso repensar a atividade humana, bem como a
sensacional fábrica tecnológica da globalização que trazem a tona problemas
muito sérios em relação à exclusão e à marginalização. Vive-se hoje um
momento contraditório em que diversos setores da sociedade juntam-se ao grupo
no poder para defender o Estado mínimo, ao mesmo tempo que essa sociedade
cobra do Estado a garantia dos direitos à cidadania.
Porém, esse não é um fenômeno restrito ao Brasil, pois a nova ordem
mundial baseia-se na crescente internacionalização do capital de invadir-se
23rapidamente, de um para o outro extremo do globo, na invasão dos oligopólios
transicionais e no domínio da informação.
O fenômeno da Globalização estende-se hoje em todas as esferas da vida
coletiva pelos quatro cantos do mundo.
É um processo que caracteriza-se pela interdependência das economias
dos diversos países do mundo que tem ocasionado mudanças significativas nos
planos político, social e cultural.
Segundo Ianni (1988) houve um enfraquecimento do Estado-Nação,
incapaz de opor-se ao dinamismo da economia internacional, funcionando
meramente como uma correia de transmissão da economia mundial à economia
Nacional.
Não se pode negar que a globalização traz vantagens, derrubando
barreiras, aproximando os povos, favorecendo a mundialização da economia e a
troca de informações, conhecimentos e tecnologias, porém ela é também
responsável pelo reaquecimento dos conflitos étnicos, culturais e religiosos, além
da acentuação das desigualdades entre pessoas e, sobretudo, entre nações.
Contraditoriamente, em sua marcha pelo mundo, a globalização vem significando
inclusão e exclusão.
Dentro de um tipo de ordem social, portanto, a educação perde sua
dimensão de um bem de uso e ganha a de um bem de troca, sendo assim, a
educação apresenta-se juridicamente como um bem de todos, porém as pessoas a
quem a educação serve não são ao menos consultadas de como ela deveria ser.
Portanto o princípio educativo implica em possibilitar a compreensão
das contradições da sociedade capitalista, seus processos de exclusão e
exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o sujeito para agir de
forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir
seus direitos.
De sociedade
24Vivemos hoje em uma sociedade excludente e fragmentada sócio
economicamente. Pertencer a grupos sociais é ao mesmo tempo tão decisivo e tão
comum que, geralmente, os indivíduos não se dão conta da importância desse
fato. Só quando segregados é que os indivíduos tendem a perceber a importância
fundamental do grupo para a vida humana. A sociedade compõe-se de grupos
sociais mais ou menos amplos, cada um dos quais regido por um conjunto de
regras e procedimentos próprios – as instituições – e formado por indivíduos
vinculados a uma ou a outra classe da estratificação social. A partir do
nascimento, o ser humano é obrigado a submeter-se a um conjunto de regras e
procedimentos que lhe são impostos pela sociedade. Tais regras e procedimentos
chegam a ele por meio dos grupos aos quais está integrado. No mundo
contemporâneo não há sociedade estática: em maior ou menor grau, todas
mudam. O papel da escola é o de contribuir para a qualificação da cidadania a
fim de tornar a sociedade mais justa, inclusiva e democrática, que privilegie
valores fundamentais para a existência humana como respeito à vida, a diferença
e ao próximo.
De cidadania
Isto sabemos –
todas as coisas estão ligadas
como sangue
que une uma família...
Tudo o que acontece com a Terra,
acontece com os filhos e filhas da Terra.
O homem não tece a teia da vida;
Ele é apenas um fio.
Tudo o que faz à teia,
25Ele faz a si mesmo
(TED PERRY)
A Constituição Federal de 1988 no seu art. 5º abre um enorme espaço de
especificações no título II, sobre o que o exercício da Cidadania deve expressar
na vida das pessoas. Isto é, em seu sentido prático, que vai desde o celular;
biológico; social; psicológico; filosófico, e por isso, legal.
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Capítulo I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Onde Afirma Que: “todos são iguais perante a lei...”
A cidadania está extremamente ligada à educação, é preciso antes de
analisar esta temática, ressaltar que a educação aqui tratada, não refere-se apenas
à dita formal e sim a educação que acontece na família, na escola, na igreja, em
qualquer ambiente social.
Ao nosso ver a busca primordial da educação está em fazer com que o
aluno sinta-se parte ativa da sociedade, conhecendo seus deveres para com a
cidadania e seus direitos também, afim de que se não concordar com os mesmos,
através de uma ação reflexiva seja capaz de propor alternativas que respeitem a
ética e a moral e inovem maneiras de se analisar e viver a realidade dos tempos
atuais, transformando a cultura da comunidade em que está inserido.
É através da educação que as primeiras noções de cidadania são
trabalhadas com as crianças. Na escola o educador através da sua prática
cotidiana, é o responsável por orientar esta prática e dar subsídios para que os
alunos reflitam sobre ela, é importante ressaltar que como o educador exerce um
papel organizador da educação em sala de aula, é importante ele ter consciência
26de que seus atos serão vistos como exemplos de se viver a cidadania de forma
positiva ou não.
Já com relação a família, é através da educação familiar que as crianças
percebem o como a cidadania deve ser exercida, daí a importância dos pais terem
a consciência de que eles são responsáveis pelas concepções fundamentais para a
vivência de um futuro cidadão.
Em qualquer âmbito social, as crianças vão deparar-se com situações em
que elas podem perceber o que é ser cidadão, o como deve ser vivida esta
cidadania e o porque da existência desta classificação que designa alguns
comportamentos do homem perante a sociedade.
De educação/escola
A escola de hoje não pode se limitar a passar informação sobre as
matérias. Ela é uma síntese entre a cultura experenciada que acontece na família,
nos meios de comunicação e a cultura formal que é o domínio dos
conhecimentos, das habilidades de pensamento. Ou seja, a escola precisa
articular sua capacidade de receber e interpretar informação, com a de produzi-la,
considerando-se o aluno sujeito do seu próprio conhecimento. A escola
necessária é a que provê formação cultural e científica que possibilita o contato
dos alunos com a cultura provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela
estética, e pela ética. Uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural,
pedagógica; ela cumpre funções que não são providas por nenhuma outra
instância, ou a de prover formação geral básica – capacidade de ler, escrever,
formação científica, estética e ética, desenvolvimento de capacidades cognitivas
e operativas. Para que a escola concebida como espaço de síntese, no exercício
de seu papel na construção da democracia social e política, são propostos cinco
objetivos:
- promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e
sociais dos alunos por meio dos conteúdos escolares;
27- promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da
identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da
sensibilidade, da imaginação.
- preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e
comunicacional;
- formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão – trabalhador
capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas
formar pra integrar o mercado de trabalho;
- desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de
qualidades morais, traços de caráter, atitudes e convicções.
Ou seja, a democratização da sociedade e a inserção dos alunos no
mundo da produção requerem uma escola que proporcione às crianças e jovens
os meios cognitivos e operacionais que atendam tanto às necessidades pessoais
como as econômicas e sociais.
De ensino aprendizagem
Segundo Cotrim (1993), o valor da aprendizagem escolar, com a ajuda
pedagógica do professor, está na sua capacidade de introduzir os alunos nos
significados da cultura e da ciência por meio de mediações cognitivas e
interacionais.
Na escola, pelos conhecimentos e pelo desenvolvimento das
competências cognitivas, torna-se possível analisar e criticar a informação. Os
alunos vão aprendendo a busca de informações, mas, também, os instrumentos
conceituais para analisarem essa informação criticamente e darem-lhe um
significado pessoal e social. A escola fará, assim, a síntese entre a cultura formal
e a cultura experienciada.
Educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e
sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos
28alunos, à inserção no mundo do trabalho, à constituição da cidadania, tendo em
vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Em outras palavras,
escola com qualidade social significa a inter-relação entre qualidade formal e
política, é aquela baseada no conhecimento e na ampliação de capacidades
cognitivas, operativas e sociais, com alto grau de inclusão.
O ser humano precisa manejar conhecimento. Espera-se, que a criança
aprenda de fato na escola, ou seja, construa formação básica capaz de saber
pensar para melhor intervir.
Concepção Pedagógica
A proposta pedagógica da escola, sustenta-se na prática de respeito ao ser
humano, o aprender a ser, o aprender a viver junto como forma de dinamizar as
relações interpessoais.
A prática pedagógica nortear-se-á pelas teorias construtivistas e socio-
interacionistas de Piaget e Vygotski. A filosofia de nossa escola é voltada à
valorização do educando, embasada nas experiências por eles vividas,
fundamentando-se no conhecimento do valor e da dignidade da pessoa humana
tendo como meta a formação integral do ser humano e o respeito às diferenças
individuais, considerando a educação como um permanente processo de
promoção humana.
A proposta pedagógica visa a formação do cidadão crítico e consciente, o
desenvolvimento de sua capacidade de leitura do mundo de forma livre,
espontânea, não apenas reproduzindo ideias. A aprendizagem deve ser
organizada , enfatizando a elaboração do conhecimento crítico.
A natureza da teoria epistemológica de Piaget que traz em seu bojo o
desenvolvimento da lógica humana, é utilizada como recurso metodológico.
As principais contribuições de Piaget na educação são:
- da construção da inteligência como critério para o estabelecimento de
objetivos educacionais;
29- do emprego de provas operatórias para fins de diagnóstico e avaliação do
aluno;
- da escolha de noções operatórias como conteúdos dos programas escolares;
- da seleção e ordenação dos conteúdos escolares conforme sua complexidade
estrutural;
- da psicogênese de conteúdos propriamente escolares;
- da construção de uma teoria da aprendizagem construtivista;
- de situações de interação social de crianças em aprendizagem;
Segundo Vygotski (1998), o desenvolvimento humano e a educação
constituem dois aspectos de uma mesma coisa, o que nos permite dizer que,
nessa perspectiva, a educação não é um mero “valor agregado” à pessoa em
formação, ou seja, o processo que acontece através da mediação social, o
indivíduo internaliza a cultura e se constitui em ser humano.
“A educação, geral e formal, como componente do desenvolvimento
cultural, é um processo de transformação de um ser concreto que ocorre dentro
das condições concretas de existência próprias de seu meio social-cultural”
(PINO, 2003).
Buscaremos adaptar os conhecimentos desses pensadores às nossas reais
necessidades pedagógicas, a busca de um saber articulado às experiências sociais,
à vida concreta, visam um ensino baseado na educação como fonte de subsídios
para a formação de um ser humano critico, participativo e consciente.
Concepção de Avaliação
A avaliação neste estabelecimento de ensino é entendida enquanto
processo contínuo, global, cumulativo e de responsabilidade coletiva, incluindo a
coleta de dados, análise dos resultados, a redefinição permanente de objetivos e
meios.
30A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir
no sentido de corrigir a coerência (relação entre o projeto e o
problema), a eficiência (gestão e administração dos recursos e
meios) e eficácia (relação entre a ação e os resultados).
(CARVALHO e DIOGO, 1994, p. 66)
O acompanhamento das atividades propostas/desenvolvidas neste
Colégio, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, será constante e
sistemático, prevendo-se a realização de reuniões periódicas (marcadas em
calendário), objetivando avaliar o conjunto de atividades desenvolvidas pelo
coletivo da escola, no aspecto da qualidade do desempenho, propondo-se ainda,
encaminhamentos para solucionar as dificuldades apontadas neste Projeto
Político Pedagógico, assim como as situações inesperadas que possam ocorrer
durante o ano.
A necessária articulação teórico-prática, será propiciada pela análise e
discussão da realidade, sempre procurando articular aos estudos teóricos,
realizados de forma individual ou coletiva, além de outras atividades propostas
pelos professores de diferentes disciplinas e áreas do conhecimento.
31A GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS INSTRUMENTOS DE AÇÃO
COLEGIADA
A escola deve ser usada como veículo de socialização do saber,
considerando a educação formal como um dos princípios para a formação de
qualidade, porém norteada por valores éticos e morais, visando a formação
integral de nossos alunos para a cidadania. Dessa forma a educação toma um
caráter de permanente construção, desenvolvendo-se pelo planejamento
participativo e na forma de gestão democrática.
Partindo desse pressuposto, a gestão democrática, irá contribuir para a
emancipação da sociedade no âmbito geral, minimizando as diferenças sociais e
contribuindo para o crescimento do país.
Somente através da consolidação de práticas verdadeiramente
democráticas estaremos caminhando para a educação de qualidade, consolidando
melhores condições para o ensino aprendizagem por meio da fragmentação do
conhecimento e da resolução coletiva e democrática que dizem respeito ao
cotidiano escolar. A equipe gestora da escola precisa, portanto, encarar o fato de
que não é através da simples construção de estatísticas a fim de receber verbas
através da alfabetização funcional que irá minimizar o sofrimento no qual a
sociedade está mergulhada. As políticas educacionais convergem para uma
mudança de paradigmas, de posturas e, consequentemente de atitudes. E são
nessas atitudes que residem a verdadeira democracia.
Temos que levar em consideração todos os aspectos que permeiam a
educação e que contribuem para o efetivo funcionamento da escola, e não
obstante, devemos nos preocupar em fazer uma escola de qualidade, abrindo o
espaço que é de direito para os professores, funcionários, alunos, pais e para a
comunidade em geral, de forma sistematizada e organizada, com vistas à
execução de um projeto pedagógico essencialmente voltado à formação de
cidadãos conscientes e ativos na sociedade em que estão inseridos e que irão
atuar.
32É preciso abrir as portas da escola e dos sistemas de ensino para
discussões, para que aos poucos, possamos assumir a função de tentar fazer com
que haja esclarecimento da realidade social, voltada para a transformação.
Não podemos desconsiderar o avanço que houve nesse campo da
educação, não somente no que diz respeito à escolarização, mas principalmente,
no da formação de cidadãos conscientes e críticos, através do exercício da
reflexão. É nesse sentido que acontece a dinâmica da gestão democrática.
Trabalhando coletivamente, para a construção do pensamento crítico, reflexivo
em consonância com a realidade, transformando a educação em um instrumento
para fazer com que todos adquiram o saber e apropriem-se dele reflexivamente
(ADRIÃO, 1998).
CURRICULO
Matriz teórica:
(...) a proposta curricular define-se como projeção do projeto
pedagógico, ou seja, o currículo é um desdobramento
necessário deste, materializando intenções e orientações
previstas no projeto em objetivos e conteúdos (...) é a
orientação prática da ação, pois define o que ensinar, o para que
ensinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita
colaboração com a didática (LIBÂNEO, 2004, p. 168)
A concepção de currículo adotada pela escola, vista como um conjunto
de conhecimentos e experiências de aprendizagem oferecido aos estudantes,
passa por vários níveis ou instâncias de elaboração. Ele é o resultado de
prioridades de políticas educacionais; diretrizes; leis; orientações e indicações
dos conteúdos de ensino, que deverão ser selecionados, organizados,
sequenciados e que possam estar diretamente centrados nas experiências dos
33alunos e nas necessidades formativas do ser humano na sua dimensão individual
e social.
Visto nesse contexto o currículo “emerge das condições reais em que se
dá o trabalho com o conhecimento” e esse novo paradigma deverá segundo
Gómez e Sacristán (p. 148) ser entendido como um processo historicamente
condicionado, pertencente a uma sociedade e selecionado de acordo com as
forças dominantes nela, mas não apenas com capacidade de reproduzir, mas
também de incidir nessa mesma sociedade.
O currículo é um campo no qual interagem ideias e práticas
reciprocamente e que deve contemplar a profissionalização docente, dessa forma
é preciso vê-lo como uma pauta com diferente grau de flexibilidade para que os
professores intervenham nele.
Os ideais de uma escola que forme cidadãos críticos, reflexivos e capazes
de transformar a realidade, é o objetivo de trabalho deste estabelecimento. A
tarefa de uma pedagogia crítica consiste em transmitir aqueles conhecimentos
universais que são considerados como patrimônio da humanidade e não dos
grupos sociais que deles se apropriaram.
Na elaboração deste PPP, delineamos essencialmente, o que nossos
alunos precisam aprender, para que aprender em função de que aprender? Há aí
uma espécie de diálogo com a sociedade e entre a própria equipe de professores
(começamos a falar a mesma língua), ou seja, o que é relevante para que os
nossos alunos aprendam em função de suas necessidades pessoais e das
necessidades e exigências de interesse e jogo da sociedade. A forma como
conduzimos nosso modo de ensinar e principalmente o que ensinar reflete as
intenções e ações, tendo em vista a qualidade no processo de ensino-
aprendizagem.
Sabemos que a grade curricular no sistema de ensino Estadual, já é
prescrita, porém, sabemos que existem assuntos os quais, somente poderemos
tratar no interior de cada escola, e pensando cada realidade cultural, social e
histórica.
34Pensando nisto, delimitamos, segundo a percepção dos professores,
equipe pedagógica e equipe gestora, os assuntos que não podem deixar de serem
contemplados no cotidiano da escola e que são de essencial importância para a
efetivação de um currículo que proporcione a ampla aquisição de conteúdos
escolares aliados aos saberes essenciais para o exercício da cidadania.
Educação do Campo
Ao perceber a necessidade de re-estruturação da estrutura da escola
pública de uma forma geral, a Secretaria de Estado da Educação procura incluir
na vivência das escolas que atendem alunos provenientes das áreas rurais a
ressignificação da educação do campo e a dicotomia campo/cidade, propondo o
abandono da homogeneidade, desmistificando as marcas deixadas por essas
culturas historicamente construídas.
Neste primeiro momento, introjetamos uma pequena reflexão no campo
do currículo, ou seja, trata-se de pensar/projetar a educação (política e pedagogia)
desde os interesses sociais, políticos e culturais de um determinado grupo social;
ou trata-se de pensar a educação (que é um processo universal) assumindo sua
particularidade, que é o vínculo com sujeitos sociais concretos, mas sem se
desligar da universalidade: antes (durante e depois) de tudo ela é educação,
formação de seres humanos. Ou seja, a Educação do Campo faz o diálogo com a
teoria pedagógica desde a realidade particular dos camponeses, ou mais
amplamente da classe trabalhadora do campo, e de suas lutas. E, sobretudo, trata
de construir uma educação do povo do campo e não apenas com ele, nem muito
menos para ele.
Uma conquista recente do conjunto das organizações de trabalhadores e
trabalhadoras do campo, no âmbito das políticas públicas, foi a aprovação das
“Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo”
(Parecer no 36/2001 e Resolução 1/2002 do Conselho Nacional de Educação).
35No âmbito escolar o diálogo principal terá que iniciar de uma
determinada tradição pedagógica crítica, vinculada a objetivos políticos de
emancipação e de luta por justiça e igualdade social e uma das referências para
esta interlocução é a Pedagogia do Oprimido e toda a tradição pedagógica
decorrente das experiências da Educação Popular, que incluem o diálogo com as
matrizes pedagógicas da opressão (a dimensão educativa da própria condição de
oprimido) e da cultura (a cultura como formadora do ser humano), especialmente
em Paulo Freire. A Educação do Campo se identifica pelos seus sujeitos: é
preciso compreender que por trás de uma indicação geográfica e de dados
estatísticos isolados, está uma parte do povo brasileiro que vive neste lugar e
desde as relações sociais específicas que compõem a vida no e do campo, em
suas diferentes identidades e em sua identidade comum; estão pessoas de
diferentes idades, estão famílias, comunidades, organizações, etc. A perspectiva
da Educação do Campo é exatamente a de educar as pessoas que trabalham no
campo, para que se articulem, se organizem e assumam a condição de sujeitos da
direção de seu destino.
Nas discussões que promoveremos nas salas de aulas, devemos estar
atentos para os processos produtivos que conformam hoje o ser trabalhador do
campo, e participar do debate sobre as alternativas de trabalho e opções de
projetos de desenvolvimento locais e regionais que podem devolver dignidade
para as famílias e as comunidades camponesas. Pensar isso do ponto de vista
pedagógico mais amplo, enquanto processos de humanização-desumanização dos
sujeitos, e pensar como estes processos podem/devem ser trabalhados nos
diferentes espaços educativos do campo (ARROYO, 2001).
Portanto, ao inserirmos neste projeto político pedagógico uma discussão,
ainda que serena, lenta, mas bem fundamentada da Educação do Campo,
devemos incluir em seu debate político e pedagógico a questão de que saberes
são mais necessários aos sujeitos do campo, e podem contribuir na preservação e
na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de relações de
gênero, de relações entre gerações no campo; também que saberes podem ajudar
36a construir novas relações entre campo e cidade. Além disso, é preciso discutir
sobre como e onde estão sendo produzidos hoje estes diferentes saberes, qual a
tarefa específica da escola em relação a cada um deles, e também que saberes
especificamente escolares podem ajudar na sua produção e apropriação cultura.
Tendo em mente essas primeiras reflexões, pensar-se-á em estabelecer no
currículo um conteúdo, ou formas de conteúdos que contemplem a agroecologia,
tendo a natureza como exemplo de sustentação e multiplicação da vida.
Colocaremos em pauta a discussão de uma forma possível de elaborar e
disseminar princípios que sejam respeitados e incorporados nas adequações
tecnológicas. E mais do que isso, mostrar que o campo, o rural e os sujeitos que
ali estão fazem parte de um Brasil real, capaz de produzir no local onde reside e
fazer disso sua principal fonte de existência e crescimento.
Trabalhando de uma forma dialógica, onde os saberes formais e globais
sejam contemplados, partindo-se do geral para o particular ou do particular para
o geral, estaremos exercendo nosso dever de educadores comprometidos em
formar cidadãos críticos que possam intervir na sua própria realidade, sem deixar
de dar a devida importância e ênfase aos processos urbanos (que são a base
essencial dos conteúdos escolares, livros didáticos, etc.). Esse será nosso ponto
de partida.
Lei nº 10.639/03 – A inserção dos conteúdos de História e cultura afro-
brasileira e africana nos currículos escolares.
Sabemos que historicamente as escolas vem desenvolvendo conteúdos e
discursos que trazem as marcas de culturas homogêneas e hegemônicas.
A educação não é neutra, nunca foi. Ela foi produzida pelas elites,
definindo até os dias de hoje as divisões sociais. A escola atual tem o
compromisso com a (re)construção do projeto político pedagógico em todos os
seus aspectos, que precisam ser revistos, re-elaborados, sistematizados e
apropriados para os nossos estudantes.
37Precisamos promover um processo de socialização e produção de saberes
que contemplem as culturas e as vozes dos grupos sociais minoritários e/ou
marginalizados que não dispõe de estrutura imponente de poder e que geralmente
são bruscamente silenciadas.
Não podemos cair no equívoco de dedicar um dia do ano à luta
contra os preconceitos racistas ou a refletir sobre as formas
adotadas pela opressão das mulheres e da infância. Um
currículo anti-marginalização é aquele em que todos os dias do
ano letivo, em todas as tarefas acadêmicas e em todos os
recursos didáticos estão presentes as culturas silenciadas.
(SANTOMÉ, 1992, p. 172)
São numerosas as formas através das quais o racismo aflora no sistema
educacional, de forma consciente ou oculta. Assim, por exemplo, podem-se
detectar manifestações de racismo nos livros didáticos de diversas áreas do
conhecimento, especialmente através dos silêncios que são produzidos em
relação aos direitos e características de comunidades, etnias e povos minoritários
e sem poder.
As atitudes de racismo e discriminação costumam ser dissimuladas
também recorrendo a descrições dominadas por estereótipos e pelo silenciamento
de acontecimentos históricos, socioeconômicos e culturais. Basta uma repassada
pelos livros didáticos para nos fazer ver de que forma fenômenos como invasões
coloniais e espoliações de recursos naturais de numerosos povos do terceiro
mundo aparecem nomeados como atos de descobrimento, aventuras humanas,
feitos heroicos, desejos de civilizar seres primitivos ou bárbaros, de fazê-los
participar da verdadeira religião, etc. É muito difícil encontrar raciocínios em
torno de conceitos como exploração e domínio, alusões a situações de escravidão
e ações de brutalidade, com as quais se levam a cabo muitas das invasões e
colonizações de populações e territórios.
38Com uma história narrada com tal quantidade de deformações, seus
leitores e leitoras podem facilmente atribuir a esses povos qualificativos tais
como: primitivos, cruéis, assassinos, ladrões, estúpidos, pobres, exótico. Com
isso, uma pessoa dessas nações ou etnias, quando se vê obrigada a emigrar ou a
exilar-se em países nos quais esse tipo de material predomina nas instituições
escolares, tem muitas possibilidades de ser recebida com atitudes de
comportamentos de hostilidade.
A partir disso, devemos desconstruir a neutralidade no interior da escola
com uma discussão mais viva desses temas. Para isso há que se transformar as
concepções de todos os envolvidos no processo, desconstruindo também
(principalmente) as mentalidades enraizadas, trabalhando com as diferentes
disciplinas e áreas de ensino, integrando-as numa perspectiva emancipadora e
libertadora.
Sendo assim, houve a necessidade de compor a Equipe Multidisciplinar,
no âmbito da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), dos Núcleos
Regionais de Educação - NREs, nos Estabelecimentos da Rede Estadual de
Educação Básica e nas conveniadas. Esta é uma instância de organização do
trabalho escolar, e instituída por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o
disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das
Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, ao longo do período letivo e se constituem por meio da
articulação das disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as
Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e
Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na
perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se
positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade.
39Uma estratégia para Educação Inclusiva
Segundo consta na Constituição Federal (Brasil, 1998), cabe aos Estados
e Municípios fazer o mapeamento e descrição de sua região para caracterização
da demanda e recursos educacionais a serem destinados, fazendo com que
adquiram autonomia – respeitando as diretrizes gerais – mantendo a flexibilidade
necessária para atender às necessidade provenientes de sua peculiaridade social.
É a partir deste diagnóstico que se tornará possível a elaboração de
um planejamento de implementação dos ajustes e ações que se mostram
necessários, a serem realizados no decorrer do tempo. Além disso, é essencial a
interação do professor do ensino comum e do professor especialista, visto que a
transformação do processo educacional deve ser realizada coletivamente, não
cabendo somente ao professor promovê-la no interior de uma sala de aula.
Com isto podemos supor que os estudos, pesquisas e reflexões
realizados ao longo de muitos anos apontam para uma importante mudança de
paradigmas, já que se atribuía apenas ao professor a responsabilidade pelo “aluno
especial” e hoje se amplia esta responsabilidade para várias instâncias da
sociedade, começando pela equipe gestora da escola, passando pela família e
chegando aos sistemas públicos de ensino que implementam as políticas e as
fazem cumprir para que os direitos do aluno com necessidades especiais possam
ser efetivamente respeitados e atendidos. (ARANHA, 2004); bem como os
jovens, adultos, idosos não alfabetizados, transexuais, gays, travestis e lésbicas.
Educação Ambiental
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu
processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um
exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos
40ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida
escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada
do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para
que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua
consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e
o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e
adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando
para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente
saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do
currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o
aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja,
integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser
abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino,
assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos
currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática poderá ocorrer por intermédio do
estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo.
Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a
envolver toda a comunidade escolar na coleta de dados para resgatar a história
da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.
Conteúdos como esses, são necessários para o entendimento dos
problemas reais de nossa comunidade, e a partir da coleta de dados, elaboração
de pequenos projetos de intervenção, fazendo com que o aluno tome
conhecimento de sua própria realidade e reconheça sua importância.
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de
formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a
resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo tanto de alunos
quanto de professores envolvidos, fato esse que torna o sistema educativo mais
41relevante e mais realista, além de estabelecer uma maior interdependência entre
estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem
estar das comunidades humanas. Se existe inúmeros problemas que dizem
respeito ao ambiente, isto se deve em parte ao fato das pessoas não serem
sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos
problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas
para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu
ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem
didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos 80.
A partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência
das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a
biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as
ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.
As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela
UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
Formar uma população mundial consciente e preocupada com o
ambi0ente e com os problemas com ele relacionados, uma
população que tenha conhecimento, competências, estado de
espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe
permitam trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se
repitam.
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos
facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos
problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade
e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta.
Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e
42avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas consequências no meio
ambiente em que vivem.
Através de atividades e ações programadas, objetivamos promover a
sensibilização dos nossos alunos sobre a importância e a necessidade da
preservação e da conservação do seu próprio ambiente, para que gradativamente,
tome consciência da conservação de Parques Ambientais e do frágil equilíbrio da
biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais e de todo o ecossistema.
Dessa forma estaremos possibilitando conhecimentos de cidadania, saúde e
higiene.
Educação Sexual
A visão da sexualidade mudou muito rapidamente nas ultimas décadas de
onde acreditava-se que tudo era proibido, o tema sexo despertava muito medo e a
atitude dos pais e da sociedade em si eram altamente restritivas, pois não era
permitido nem ao menos dar explicações sobre suas posições.
Com a revolução dos meios de comunicação, valores que levariam
décadas para se modificar, mudam de ano para ano, porém essas mudanças
ocorrem de maneira bastante desigual, dependendo de região para região, que
ainda conservam certas tradições (cidade grande x cidade pequena).
Numa sociedade com valores tão diferentes como a nossa é difícil impor
uma conformidade a um determinado padrão de comportamento. Mas é possível
proporcionar novos conhecimentos, estimular o questionamento do que se sabe e
proporcionar o intercâmbio de opiniões que levem a decisões individuais.
A falta de informação tem historicamente trazido atitudes negativas
frente a temática sexo, é a repressão que deforma a vida sexual e social das
pessoas. Só informar não basta para desenvolver uma atitude positiva em relação
ao sexo, é preciso desenvolver a expressão da sexualidade desde a infância que
propiciarão crescimento da capacidade de relacionar-se afetivamente com o outro
e de usufruir uma relação sexual.
43Toda sociedade tem dois tipos de valores: os universais e os alternativos.
Os valores universais são os que a maioria das pessoas deve respeitar para que a
sociedade funcione (não matar; não roubar). Os valores alternativos são aqueles
que não precisam ser compartilhados pelos membros de uma sociedade
(aceitação do sexo pré-matrimonial: antes do casamento).
Fazendo um paralelo com os valores tradicionais que eram considerados
universais – uma vez que todos lhes deveriam prestar cega obediência – agora se
tornam alternativas éticas e permitem uma escolha. É exatamente a possibilidade
de desenvolver esta capacidade de escolha que levam a construção de uma nova
ética que desenvolve valores inerentes a uma sociedade democrática.
A educação familiar vem trazendo expectativas diferentes em relação ao
sexo masculino e feminino que começam desde o nascimento. Há uma série de
atitudes e sonhos que são tomadas e que não tem nada a ver com aquela criança
que nasceu e sim com o sexo dela. Desde o ventre até a idade adulta, a criança, é
criada para atender às expectativas correspondentes a seu sexo, socialmente
construída.
Este tipo de expectativa juntamente com a educação diferenciada,
promove comportamento sexuais estereotipados muitas vezes provocadores de
disfunção sexual e, certamente, repressivos.
A partir dos anos 60 tem acontecido uma conscientização da mulher,
através de leis e de movimentos extremistas (feministas). Porém algumas
mulheres não entendendo o real sentido de sua “liberdade”, utilizam-se do sexo
para passar uma imagem de poder e de liberdade como os homens, mas
esquecem – se como eles da importância do cultivo de valores e da preservação
da dignidade. Os meios de comunicação de massa trazem uma concepção
distorcida de relacionamento, onde o sexo é visto como uma forma apenas de
satisfação pessoal, em detrimento da busca de encontrar prazer através do prazer
do outro. O prazer aqui é compreendido como satisfação física, emocional e
psicológica, numa visão global, onde não há separação.
44Tendo em vista os fatos apresentados, e a observação do comportamento
de nossos alunos, farão parte do trabalho os temas sobre sexualidade,
considerando a prevenção de doenças e gravidez, enfatizando a valorização do
ser humano e suas escolhas, através dos tempos e fatos históricos, vindo a
cumprir as leis 11.733/97 e 11.734/97.
O trabalho com as tecnologias
O acesso às tecnologias de informação amplia as transformações sociais e
desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.
Com o atual cenário de desenvolvimento tecnológico que provoca mudanças até
nas relações sociais, cabe a escola construir novas estratégias pedagógicas. Essas
estratégias devem ser elaboradas com o uso de novos recursos tecnológicos, com
o objetivo de obter novas práticas que promovam o currículo nos seus diversos
campos educacionais.
O uso dos recursos tecnológicos na educação, se constitui uma prática
libertadora, uma vez que contribui para a inclusão digital, também busca levar os
discentes a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que
descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas
educacionais.
Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a
apresentação de conteúdos, o uso das mídias, televisiva e impressa mobiliza e
oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo. Contudo, é importante
que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um procedimento de
reflexão crítica que potencializa o pensamento sobre as práticas pedagógicas,
sendo o professor um mediador.
As tecnologias de informação e comunicação, representam não somente
meios que contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como
também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e
45programas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis nos espaços
escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de ciências e de
informática, nas salas de aula possibilitam, além da formação docente, na
perspectiva do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das
práticas pedagógicas, também o aprimoramento da prática docente.
Desafios educacionais contemporâneos
Os Desafios Educacionais Contemporâneos apresentam-se como um fator
preponderante na sociedade contemporânea, que acaba por apresentar-se no
âmbito escolar. São eles: Educação Ambiental; Prevenção ao uso indevido de
drogas; Relações Étnico-Raciais; Sexualidade; Violência na escola. Esses
desafios são, sem sombra de dúvidas, um tema recorrente e um assunto
complexo, que afeta diretamente o processo educativo. Eles não se constituem
num fenômeno peculiar à sociedade brasileira, pode ser também observada entre
diversos sujeitos sociais em condições históricas e culturais diversas, nas
sociedades espalhadas por todo o mundo, bastando para tanto observar a
recorrência desses assuntos nos meios de comunicação, que retratam diariamente
algum tipo de desafio presente nesse âmbito.
Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento,
além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar
consciência dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à
complexidade da sociedade pós-moderna. Significa também dar-se conta da
necessidade de preparar os jovens para construírem o seu próprio saber, de forma
útil para si mesmos e para a sociedade, fazendo um uso adequado de todos os
meios e recursos existentes para obter as informações básicas com as quais terão
de ir construindo e reconstruindo o seu conhecimento. Nesse sentido, a escola
tem um importante papel a desempenhar, concentrando a sua atenção no processo
46de aprendizagem, isto é, na forma como as pessoas aprendem, e em suas
necessidades efetivas de aprendizagem.
O que podemos fazer de concreto? Afinal de contas, de nada adianta
tomarmos consciência dessa realidade, se nos sentirmos impossibilitados de agir,
se continuarmos encarando o nosso trabalho de educadores numa perspectiva
conservadora, em que o essencial é definido de forma burocrática. O que é
preciso fazer a fim de preparar as crianças e os jovens para enfrentarem os
desafios deste final de século? Que coisas eles devem aprender e saber para
serem bem sucedidos enquanto pessoas, cidadãos e profissionais? Qual o
direcionamento que os educadores devem dar à educação para torná-la
compatível com as novas realidades sociais?
Como, de fato, a educação não será capaz de dar respostas ao conjunto de
demandas emergentes na sociedade, só por meio da escola, ela terá que definir
rumos, traçar diretrizes gerais e buscar parceria, como alternativa viável no
desenvolvimento de educação.
47MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: PONTA GROSSA MUNICÍPIO: PONTA GROSSAESTABELECIMENTO: 01943 – C. E. FREI DOROTEU DE PÁDUA – ENS. FUND. E MÉDIOENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª à 8ª SÉRIE TURNO: TARDE / MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010- SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
AREAS CÓDIGOS DISCIPLINASSÉRIES
5ª 6ª 7ª 8ª
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM CÓDIGOS,
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
010607040601
LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA
423
423
423
423
SUBTOTAL 9 9 9 9CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
0201
0301
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
4
3
4
3
4
3
4
3
SUBTOTAL 7 7 7 7CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
0501
0401
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
* ENSINO RELIGIOSO
3
3
1
3
3
1
3
3
3
3
SUBTOTAL 7 7 6 6
TOTAL DA BASE NACIONAL COMUM 23 23 22 22
PA
RT
E D
IVE
RS
IFIC
AD
A CÓDIGOS
1107
DISCIPLINASINGLÊS
2 2 3 3
SUB – TOTAL DA PARTE DIVERSIFICADA 2 2 3 3
TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
48MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
NRE: PONTA GROSSA MUNICÍPIO: PONTA GROSSA
ESTABELECIMENTO: 01943 – C. E. FREI DOROTEU DE PÁDUA – ENS. FUND. E MÉDIOENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO 1ª a 3ª SÉRIE TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010- SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
ÁREAS DE ENSINO DISCIPLINAS CÓDIGOS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
BA
SE
N
AC
ION
AL
CO
MU
M
Linguagens, Códigos,e suas Tecnologias
Língua Portuguesa 0106 3 2 3Arte 0704 2 2 0Educação Física 0601 2 2 2
SUB TOTAL 7 6 5Ciências da Natureza Física 0901 2 2 2Matemática e suas Química 0801 2 2 2Tecnologias Biologia 1001 2 2 2
Matemática 0201 2 3 4SUB TOTAL 8 9 10
Ciências Humanas e Suas Tecnologias
História 0501 2 2 2Geografia 0401 2 2 2
SUBTOTAL 4 4 4
TOTAL DA BASE NACIONAL COMUM 19 19 19
PA
RT
E
DIV
ER
SIF
ICA
DA Língua Estrangeira Moderna Inglês 1107 2 2 0
Língua Estrangeira Moderna Espanhol 0 0 2Sociologia - 2 2 2Filosofia 2 2 2
SUBTOTAL 6 6 6TOTAL GERAL 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
49CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
A escolha de turmas é realizada de acordo com a demanda de vagas
existente, atendendo uma parcela da comunidade que deseja ingressar neste
estabelecimento.
O colégio atende no período da tarde a 5ª série, sendo que as vagas são
supridas através das escolas municipais da redondeza.
As demais turmas são basicamente compostas por alunos que, por terem
iniciado o ensino fundamental, permanecem no colégio até o ensino médio.
508 MARCO OPERACIONAL
LINHAS DE AÇÃO
Delimitamos as linhas de ação para os próximos anos, lembrando que
deve ser feita a cada ano a reavaliação dessas ações, tornando o PPP executável,
aberto e flexível.
Para atingir os objetivos propostos, serão priorizadas reuniões
pedagógicas para levantamento de problemas e soluções para os mesmos,
acompanhamento das experiências realizadas pelos professores, das sequências
didáticas e dos projetos previamente organizados em um roteiro temático.
Sob a liderança do diretor, as reuniões envolverão todos os segmentos da
escola - professores, funcionários, pais e alunos, a fim de planejá-la
constantemente.
É também no planejamento que a escola constrói, passo a passo, sua
identidade, transformando intenções em ações concretas.
A partir do levantamento da realidade atual do Colégio, seja no âmbito
pedagógico ou estrutural, dividiu-se em duas partes as metas e ações ,
considerando-se ações gerais, que envolvam todos os professores, alunos e
comunidade, e ações específicas, com vistas a uma melhor estruturação física e
participativa.
Gerais
- Envolvimento dos docentes com as normas regimentais e disciplinares, com
vistas a melhor organização e cumprimento de horários;
- Criação de uma sistemática de reposição de aulas, controlada pela equipe
pedagógica;
51- Fundamentação das decisões do Conselho de Classe quanto à necessidade de
procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e recuperação da aprendizagem,
de classificação e reclassificação de alunos;
- Capacitação profissional dos docentes através de palestras, dinâmicas de grupo,
troca de experiências, além de estimulá-los a buscar sempre novos
conhecimentos;
- Incentivo a projetos culturais, lúdicos e esportivos, como feiras, teatros,
competições esportivas, festa junina, comemoração da páscoa, semana cultural
etc.
- Por meio de reuniões pedagógicas, promover a conscientização dos professores
sobre a necessidade de encontrar caminhos adequados e prazerosos para a
concretização do processo ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma, um
ambiente estimulador e agradável para os alunos.
- Conscientizar os docentes da importância do trabalho em equipe para obtenção
de um funcionamento integral da Escola, estimulando uma relação de igualdade,
respeito e consideração mútuos.
- Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro diário para um
replanejamento constante, e não como medida de valor inexorável;
- Solicitar aos docentes a construção de planos de aula adequados à realidade
escolar.
- Manter contato direto e transparente com a comunidade, construindo um
relacionamento harmonioso como os pais dos alunos, para que os mesmos
percebam a importância de sua participação juntamente com os filhos para a
concretização de uma escola de qualidade;
- Promoção de atividades multidisciplinares dirigidas aos alunos, para que os
mesmos possam, através de informações atuais, sentir-se estimulados a
frequentar as aulas, percebendo que os conhecimentos adquiridos na escola serão
necessários para que possam enfrentar um mundo globalizado em que a mudança
se faz diariamente;
52Específicas
- Garantia do efetivo funcionamento do Conselho Escolar, da APMF e do
Grêmio Estudantil.
- Organização da biblioteca do Colégio;
- Planejamento da implantação do ensino noturno (EJA, cursos técnicos, ensino
médio);
- Incentivo ao uso do uniforme;
- Construção de duas arquibancadas, nos fundos da quadra aberta, bancos para
acomodação dos alunos nos horários de lazer e recreio.
- Construção de mesas de concreto para tênis de mesa e xadrez e mesas para um
refeitório;
- Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção, as
verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de uma
escola pública democrática.
Proposta de formação continuada
Formação Continuada dos professores
A necessidade de abordar o assunto “formação continuada” surge na
realidade das escolas de um modo geral, e em especial neste colégio. Percebemos
que existem inúmeras lacunas no processo de ensino-aprendizagem, geralmente
pela falta de estímulo dos professores, pela desvalorização que sofrem, pela
pouca ênfase da profissionalização na formação inicial e, pela falta de
investimentos na formação continuada, seja do sistema, seja da escola ou do
próprio profissional da educação.
A formação de professores é um desafio que tem a ver com o
futuro da educação básica, esta por sua vez, intimamente
53vinculada com o futuro de nosso povo e a formação de nossas
crianças, jovens e adultos. No entanto, as perspectivas de que
essa formação se faça em bases teoricamente sólidas, e fundada
nos princípios de uma formação de qualidade e relevância
social, são cada vez mais remotas, se não conseguirmos reverter
o rumo das políticas educacionais implementadas [...].
(ANFOPE, 2002 apud FREITAS, 2003)
Sabemos que temos nas mãos novos e velhos desafios, uma vez que
entendemos que os velhos paradigmas lançados pela sociedade ao profissional da
educação surgem como um novo desafio diante da nova sociedade do
conhecimento, que exige que todas as pessoas estejam “conectadas” a todo tipo
de informação, devido ao fenômeno da globalização e disseminação das
informações em larga escala, que provoca uma minimização ainda maior do
professor enquanto transmissor do saber, visto que os meios de comunicação
disseminam as informações muito mais rápido e com poder atrativo muito
maior.
É nesse sentido, que a formação continuada e a revisão de algumas
estratégias de ensino, irão colaborar para a efetivação com qualidade do processo
educacional, contribuindo com o aprendizado do aluno e fazendo com que o
professor se sinta mais capacitado para lidar com a diversidade de situações que
surgem no cotidiano.
Para tanto, contamos com os momentos especificados no calendário
escolar, além daqueles que possam surgir no cotidiano (especialmente na hora-
atividade do professor que é um espaço muito importante de discussão, reflexão e
apontamento das dificuldades e alternativas de soluções).
Além dos momentos de formação continuada oferecidos no interior da
escola, existem ainda, aqueles oferecidos pela SEED e Núcleo Regional de
Educação, que configuram a importância dos professores entrarem em contato
com outras realidades e ampliarem suas visões com novos debates.
54Libâneo propõe que a formação continuada consista de ações para com a
formação dentro da jornada de trabalho e fora desta jornada também. E que esta
formação, se dá através de estudo, reflexão e confrontamento de experiências dos
professores. E a responsabilidade desta formação é tanto da instituição quanto do
educador como um compromisso para sua própria formação (2004, p.229).
A formação continuada, portanto caracteriza uma “saída” ao que se
refere a fraca profissionalização, em particular do professor que assim como
outras profissões de status, não pode e não deve ficar em defasagem, visto que é
através de seu trabalho que irá se delinear as características individuais que
refletirão nas características sociais.
Pessoal administrativo
O enfoque da capacitação de funcionários na escola, segundo Luck
(1998, p. 94) tem sido prático e não teórico. Os programas e seu material de
apoio são desenvolvidos regionalmente, como tem acontecido nos últimos anos.
É preciso desenvolver a convicção que seu gestor é responsável pela
capacitação dos funcionários, assim como dos professores com o objetivo de
gerar resultados produtivos na equipe. O gestor deve seguir a premissa de que a
qualidade do ensino depende do todo da escola. Ao planejar programas de
capacitação em serviço, é necessário considerar a importância destes, delimitar o
pessoal que deverá estar envolvido no planejamento e na execução das tarefas. A
principal razão para investir no envolvimento dos funcionários em programas de
formação continuada é, além do crescimento profissional,o desenvolvimento da
escola.
O gestor deve, portanto, ter clareza de seus objetivos, procurando
motivar e sustentar o ânimo dos funcionários, de tal forma que continuem a ser
produtivos e elevem os padrões de qualidade ao desempenharem os seus
trabalhos.
55Luck (1998, p.99) cita que o processo de capacitação/ aprendizagem
ocorre em três fases sucessivas: a fase de aquisição de conhecimentos, a fase de
aplicação e a fase de adaptação e extensão. A maioria dos programas de
desenvolvimento profissional concentra-se na primeira fase, enquanto
pouquíssimas atividades de desenvolvimento são realmente projetadas para
satisfazer as fases de aplicação e adaptação do processo aprendizagem e retenção.
Um programa de desenvolvimento profissional participativo e bem projetado,
consulta também os participantes, após a capacitação formal, para auxiliar o
acompanhamento do progresso durante as fases de aplicação e adaptação.
Tem sido bastante difundida a noção de qualidade retirada da concepção
neoliberal de qualidade total. Para Libâneo (2004, p. 65) essa concepção aplicada
ao sistema escolar e às escolas, tem como objetivo o treinamento de pessoas para
serem competentes no que fazem, dentro de uma gestão eficaz, com mecanismos
de controle e avaliação dos resultados. Para este autor essa concepção acaba por
classificar as escolas, descentralizando a administração e o repasse de recursos,
repassando as funções de Estado para a Comunidade e para as Empresas,
resultando em uma visão economicista, empresarial e pragmática. Nesse sentido
Libâneo defende o conceito de qualidade social, na qual se promove para todos o
domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas,
operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e
sociais dos alunos, à inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania,
tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
56ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
Direção
O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola,
auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos
administrativos, atendendo às leis, regulamentos e determinações dos órgãos
superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela
equipe escolar e pela comunidade.
Equipe Pedagógica
O setor pedagógico compreende as atividades de coordenação
pedagógica e orientação educacional.
O professor pedagogo supervisiona, acompanha, assessora, apoia, avalia
as atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar
assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas,
no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. Além disso, deve
planejar, executar, coordenar a execução e avaliar projetos de formação escolar
ou de formação continuada dos professores e do coletivo de profissionais da
escola.
Outra atribuição do professor pedagogo é o relacionamento com os pais e
a comunidade, especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-
curricular e didático da escola e comunicação e interpretação da avaliação dos
alunos.
Além disso, cuida do atendimento do acompanhamento escolar dos
alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade.
No exercício de sua função o professor pedagogo deve conhecer e
avaliar teorias da educação geradas no contexto brasileiro e da América Latina,
57estabelecendo diálogo com pensamentos oriundos de outros contextos, a fim de
elaborar propostas educacionais consistentes e inovadoras;
É também responsável pela organização do espaço e tempo escolar, além
disso, deve conduzir o processo de construção do projeto político-pedagógico,
bem como a implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola.
Docentes
O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em
exercício na escola, cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário
da escola, o processo de ensino e a aprendizagem. Os professores de todas as
disciplinas formam, junto com a direção e os especialistas, a equipe escolar.
Além de seu papel específico de docência das disciplinas, os professores também
tem a responsabilidade de participar da elaboração do projeto político-
pedagógico, na realização das atividades da escola e nas decisões do conselho de
escola e de classe ou série, das reuniões com pais (especialmente na comunicação
e interpretação da avaliação), da APMF e das demais atividades cívicas, culturais
e recreativas da comunidade.
Equipe Administrativa
Este setor responde pelas atividades que asseguram o atendimento dos
objetivos e funções da escola.
A Secretaria Escolar cuida da documentação, escrituração e
correspondência da escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos.
Responde também pelo atendimento de pessoas. Para realização desses serviços,
contamos com uma secretária e dois auxiliares administrativos. O setor
administrativo responde também pelos serviços auxiliares, (zeladoria, vigilância
e atendimento ao público) e multimeios (biblioteca, laboratórios, videoteca, etc).
58Equipe de Apoio
A zeladoria, realizada pelos serventes, cuida da manutenção conservação
e limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da
cozinha e da organização e distribuição da merenda escolar; da cozinha e da
organização e distribuição da merenda escolar; da execução de pequenos
consertos e outros serviços rotineiros da escola.
É importante ressaltar que esses profissionais também tem o
compromisso de cuidar e acompanhar os alunos, orientando-os quanto a normas
disciplinares, atendendo-os em caso de acidente ou enfermidade, como também
do atendimento às solicitações dos professores quanto a material escolar,
assistência e encaminhamento de alunos.
APMF
Reúne os pais de alunos, o pessoal docente e técnico-administrativo e
alunos maiores de 18 anos e costuma funcionar mediante uma diretoria executiva
de um conselho deliberativo.
A APMF é consultada para destinação de verbas de material permanente,
assim como assistência aos alunos menos favorecidos e movimentação bancária.
Grêmio Estudantil
O grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse
dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e
sociais.
O grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola.
Atuando nele, é possível defender os direitos e interesses e aprende ética e
cidadania na prática. São objetivos do Grêmio Estudantil:
• Congregar e representar os estudantes da escola;
59• Defender seus direitos e interesses;
• Cooperar para melhorar a escola e a qualidade do ensino;
• Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas,
desportivas e sociais.
• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com
outras instituições de caráter educacional .
Conselho Escolar
O conselho Escolar tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais,
em questões definidas na legislação estadual e no Regimento Escolar. Essas
questões envolvem aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. Ele é
composto por alunos e membros da comunidade.
60AVALIAÇÃO
Avaliação deste instrumento de trabalho
Serão considerados critérios de avaliação deste PPP:
- a utilização de aporte teórico consistente;
- as relações teórico- práticas estabelecidas;
- a utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e
recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos;
- flexibilização das ações, para que este documento não se torne
apenas um amontoado de palavras sem sentido;
- outros que se fizerem necessários durante o processo.
São considerados instrumentos de avaliação, os registros escritos,
elaborados sob as formas de: relatórios e/ou atas registrando as alterações que
podem e devem ser solicitadas pelos agentes do processo, quando for necessário
e principalmente, a vivência da prática no cotidiano escolar.
São ainda propostos, momentos de autoavaliação, enquanto instrumento
de análise e crítica, visando a superação das dificuldades encontradas.
Sistemática de Avaliação
De acordo com a deliberação 007/99, aprovada em 09/04/99, institui-se
as Normas Gerais para avaliação e Aproveitamento escolar, recuperação e
promoção de alunos do Sistema Estadual de Ensino, em nível do Ensino
Fundamental e Médio.
De acordo com o artigo 1º da citada deliberação a avaliação deve ser
entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e
interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as
61finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhe valor.
Neste sentido, o sistema de avaliação será baseado nos seguintes dados:
“considerar-se-á aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou
superior a 75% e rendimento igual ou superior a 6,0(seis)”.
De acordo com o Capítulo II, artigo 10 – o aluno cujo aproveitamento
escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação de
estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento, e segundo o
pressuposto de que a recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que possibilitem a apreensão de conteúdos básicos,
conforme artigo 11 do mesmo capítulo.
Portanto este estabelecimento de ensino adotou o sistema de avaliação e
recuperação de estudos da seguinte forma:
Avaliações mensais e bimestrais totalizando o valor 6,0 e trabalhos e/ou
outros instrumentos totalizando o valor 4,0.
Recuperação paralela aos conteúdos desenvolvidos no bimestre, sendo
feita durante as aulas e através de atividades diversificadas, considerando os
diversos instrumentos e estratégias inerentes ao trabalho de cada professor.
Não há um critério pré-estabelecido formalmente, pois, entende-se que o
professor deve ter autonomia para definir o sistema de recuperação paralela de
acordo com as necessidades de cada turma, de acordo com a realidade da escola.
Avaliação Institucional
A autoavaliação Institucional se dará através de instrumento próprio,
enviado pela Secretaria de Educação, conforme orientações do Núcleo Regional
de Educação, em data pré-estabelecida, a ser organizada pela própria equipe da
escola.
62PROJETOS DESENVOLVIDOS
O projeto em si demonstra um caráter de desvinculação dos modos de
ensinar e aprender tradicionais, com aulas expositivas, dando lugar à
cooperatividade e colaboração dos alunos e professores, envolvendo também a
equipe pedagógica e até a comunidade.
Um fator importante, certamente é o planejamento, que deve ser feito
também em conjunto, para que o grupo de professores possam, com objetividade
sugerir situações que estejam dentro do contexto que estão trabalhando em sala
de aula, assim como, colher dos alunos situações concretas que fazem parte de
sua realidade e que possam ser inseridas no conteúdo pedagógico.
O desenvolvimento do projeto deve acontecer com um objetivo comum,
e com a utilização de recursos materiais diversos no que diz respeito à “busca de
conhecimentos” para que ele tenha consciência de que um determinado assunto
pode ter vários enfoques, proporcionando-lhe formar sua própria opinião ao
comparar os diferentes dados de um único assunto.
A discussão das informações coletadas serve para sistematização dos
assuntos pesquisados pelo grupo, ou seja, é a sistematização do trabalho
realizado, levando-se em conta todas as etapas do projeto.
O processo de avaliação também deve se dar durante todas as etapas do
processo, os alunos devem estar conscientes desta avaliação para que possam se
autoavaliar e reavaliar o que aprenderam.
A Pedagogia de Projetos tem como principal meta, colaborar com uma
escola mais democrática e cooperativa, onde todos podem se fazer sujeitos do
processo de construção do conhecimento que servirá como base para vida toda.
Tendo em vista esta filosofia de projeto nossa escola estará
desenvolvendo os seguintes projetos:
63PROJETO SEMANA CULTURAL
Sendo o Brasil um país de grande diversidade cultural, vemos a
importância de valorizar a cultura dos diferentes povos e em especial fazer um
resgate histórico-cultural do nosso país, estado e cidade.
O presente projeto tem por objetivo principal o incentivo a pesquisa, pois
durante a Semana Cultural será destinado um dia para a Feira do Conhecimento.
Neste sentido é organizada em nossa escola a Semana Cultural. Em cada
ano a semana cultural terá um tema diferente. Durante a semana que será
desenvolvido o projeto os alunos e professores estarão envolvidos com atividades
diversificadas, diferentes das atividades comuns diárias.
PROJETO
ENEM É 10
Introdução
Tendo em vista o bom resultado do colégio no ano de 2009 no ENEM,
algumas ações foram elaboradas pelos professores com o objetivo de manter o
bom nível dos alunos e sua motivação em relação à continuação dos estudos.
Objetivos
• Estimular os alunos para fazer ENEM e PSS;
• Esclarecer a importância do ENEM, PSS e Vestibular bem como os cursos
técnicos e profissionalizantes;
• Proporcionar palestras relacionadas ao estudo X vida profissional,
• Envolver toda comunidade escolar para o incentivo da realização do
ENEM, PSS e Vestibular;
64• Criar ações efetivas de motivação aos alunos para o estudo.
Metodologia
Ações direcionadas para alunos:
Todos da comunidade escolar deverão estimular os alunos para realizarem
o ENEM e PSS desde o primeiro ano do ensino médio;
Esclarecer aos alunos sobre a documentação necessária (desde o primeiro
ano), inclusive sobre o ProUni;
Motivar os alunos para o estudo, através de palestras sobre o mercado de
trabalho: com profissionais do Senai, agência do trabalhador, Senac, Cebrac,
Sesi, Secal e até ex-alunos;
Visitas a empresas e universidades;
Divulgar sempre os resultados obtidos do colégio.
Ações direcionadas por professores e demais funcionários;
Envolvimento dos professores e funcionários durante o processo do
ENEM e PSS: na inscrição dos alunos, nos dias das provas ( comparecer aos
locais para incentivar os alunos), na divulgação dos resultados, na elaboração de
atividades para os alunos, das palestras, concursos, etc;
Divulgação para professores e alunos dos conteúdos do ENEM e PSS para
realização de trabalhos em sala;
Em sala, professores de todas as áreas trabalhar com interpretação e
produção de textos: utilizar narrativas, dissertações, etc;
Promover concursos entre as turmas de redação, produção artística,
cartazes e projetos ( feitos pelos alunos ex: meio ambiente “limpeza do colégio”,
“preservação do patrimônio”, etc);
Realização de atividades sobre profissões diferenciadas;
65Propor atividades extra-classe; “semanas especiais” como : do folclore, da
Pátria, Primavera, Cultural, até mesmo de avaliações, recuperações e simulados;
Elaboração de “simulados” ( bimestrais ou semestrais ) que sirvam para
recuperar as notas;
A escola deverá elaborar um projeto inicial de trabalho para o ano letivo,
ao final do ano reavaliar esse projeto em seus pontos positivos e negativos;
Incentivar o respeito e a responsabilidade nos alunos, valorizando seus
acertos e atitudes corretas. Cobrar essas atitudes dos mais relapsos para todos
alcançarem o mesmo aprendizado.
PROJETO VIVA A ESCOLA
Preparatório para Vestibular, Enem e PSS
Justificativa
A comunidade do Colégio Frei Doroteu é composta por alunos que moram
em regiões afastadas do centro da cidade, eles residem em fazendas, bairros,
como: Uvaia, Pinheirinhos, Cristo Rei e entre outros, caracterizando-se como
escola de campo. Os alunos e comunidade em torno não disponibilizam de
muitos recursos para enfrentar a maratona de cursinhos pré-vestibulares, que
além do gasto financeiro, acabam sem meio de transporte para chegar a esses
locais. O Colégio conta com turmas do ensino médio sendo quatro primeiros,
dois segundos e dois terceiros anos. Dessas turmas, sempre há alunos que se
interessam em cursar uma universidade, muitos não o fazem porque não há
estímulo e acabam saindo da escola sem perspectiva de futuro. A ideia da
proposta é estimular, preparar esses alunos que estejam interessados em ter um
egresso na universidade, seja pelo vestibular, enem ou pss, para que estudem e se
preparem para enfrentar as provas, sabendo preencher corretamente o gabarito,
sabendo fazer uma redação e tendo o conhecimento dos conteúdos das referidas
66provas.
Conteúdos
Em reportagem do site (diadiaeducação) setembro de 2009, diz que “O
Exame Nacional do Ensino Médio foi reformulado e tornou-se um dos critérios
para o ingresso nas universidades federais. Aqui no Paraná, a Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, antigo Cefet, utiliza como forma de ingresso do
estudante 100% da nota do Enem e a Universidade Federal do Paraná 10% . A
nota do Enem também é um dos critérios para a obtenção de bolsas do Prouni –
que vão desde o desconto em mensalidades ou bolsa integral nas faculdades
privadas”. O ensino pré-vestibular público e gratuito possibilita que estudantes
do ensino médio que irão participar do Enem, tenham acesso às aulas de revisão
de conteúdo. Para auxiliar os alunos em sua preparação para as provas do Exame
Nacional do Ensino Médio – Enem, o Programa Eureka , transmite aula
preparatória de ciências naturais e humanas e revisão nas áreas de linguagens,
matemática e redação. O idealizador e coordenador do programa, professor
Marlus Geronasso destacou a importância das aulas preparatórias para o
estudante. “O Eureka promove a inclusão, pois possibilita que os alunos da rede
pública, muitas vezes sem condições de pagar um cursinho, possam ter uma
preparação para o Enem e para os vestibulares”. Segundo Geronasso, a revisão
dos conteúdos vem reforçar o que já foi aplicado pelos professores em sala de
aula. De acordo com a reportagem do site dia a dia educação de 05 de outubro
“O Programa Eureka há seis anos no ar prepara aulas de revisão para o Enem e
para os vestibulares das instituições de ensino superior. Gabrielli Grabovski, 17
anos, estudante do 3º ano do Colégio Estadual Pedro Macedo, afirmou que os
“aulões” de revisão são indispensáveis para quem quer passar no vestibular. “Os
professores do Eureka sabem dar destaque no que é mais importante para as
provas”. Os conteúdos a serem tratados são requisitos básicos para o PSS da
67universidade Estadual de Ponta Grossa, vestibular e ENEM, tais como:
Português:Compreensão de texto,diversidade textual, variações linguísticas,
gramática, literatura, regência, concordância, redações, tipos de redações, entre
outros; Matemática:Conjuntos,funções, trigonometria, funções trigonométricas,
geometria plana, espacial,análise combinatória, matrizes, entre outras; Física:
Leis de Newton, Movimentos MUV, MRU,gravitação, conservação de
energia,hidrostática,termologia, ondulatória, eletricidade,optica, entre outros;
Química:estrutura da matéria,tabela periódica,ligações químicas,soluções,
termoquímica,cinética, equilíbrio químico, estequiometria,química
orgânica,entre outros; História: sociedades agrárias,escravistas, idade
média,expansão marítima europeia, colonização, renascimento,
revoluções,história do Brasil,entre outros; Geografia: dinâmica do espaço
natural, populacional,questões ambientais,geografia do Brasil e do Paraná,
bacias hidrográficas, geopolítica, conflitos mundiais, entre outros;
Biologia:citologia, histologia, reinos da natureza, taxonomia, genética, ecologia,
fisiologia, entre outros
Objetivos
Objetivo geral Preparar, orientar alunos que estejam interessados em realizar
as provas de vestibular, enem e pss para o egresso na universidade Objetivos
específicos - Fazer uma revisão de todas as disciplinas que caem no vestibular,
pss e enem. - Orientar os alunos para o preenchimento correto do gabarito das
provas. - Fazer testes simulados das respectivas provas. - Enriquecer o
conhecimento através de documentários e vídeos educativos. - Conhecer um
pouco de cada curso para melhor opção do aluno.
Encaminhamentos Metodológicos
68 Os assuntos de cada disciplina serão revistos através de vídeos-aula do
EUREKA, pois estes tem a revisão de todas as disciplinas, distribuído em aulas
curtas de 10 a 20 minutos e uma apostila com atividades e conteúdos específicos
de cada disciplina. Além de assistirem este recurso, os alunos também
disponibilizarão de outros vídeos educativos e documentários com variados
temas como geografia, biologia, física e história tais como:séries da BBC
(evolução humana, Darwin, Planeta Terra, vírus etc) Para fixar ainda mais o
conteúdo, serão aplicados exercícios, atividades e questões de vestibulares,
ENEM e PSS passados. Em cada aula semanal de duração 2 horas serão
escolhidas disciplinas diferentes a serem trabalhadas como exemplo segunda-
feira: matemática, biologia, geografia e português, na quarta-feira: física,
química, redação e história, com isso há uma variação nas matérias, os conteúdos
podem ser bem administrados e não se torna massante.
Infraestrutura
O programa será desenvolvido nas dependências do Colégio Frei Doroteu,
que se situa no município de Ponta Grossa, na sala de recursos equipada com
carteiras e material audiovisual.
Resultados Esperados
Espera-se com este programa uma melhor preparação dos alunos
interessados em prestar vestibular, para que relembrem assuntos vistos em anos
anteriores, e saibam preencher o gabarito corretamente. Através dos simulados,
que estejam mais familiarizados com as provas. Além de conhecerem um pouco
mais sobre as carreiras para auxiliá-los na escolha profissional a ser seguida.
69PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Dança
Justificativa
A dança faz parte de qualquer civilização desde as mais remotas até os dias
atuais, faz parte do contexto cultural, é popular, rotineira, é considerada Arte,
manifestação cultural criada pelo homem ,assim como os jogos ,os desportos. A
prática pedagógica através da dança, sem pretensões de formar dançarinos ou
bailarinos, faz com que o individuo se expresse criativamente, sem
exclusões,tornando esta linguagem corporal transformadora como umferramenta
pra o individuo lidar com suas necessidades, desejos,expectativas e servir como
instrumento para seu desenvolvimento individual e social.
Conteúdos
Inicialmente, o aluno aprende a teoria da dança, momento em que são
trabalhados a musicalidade, os significados de cada movimento e, em especial, a
história da dança. Desenvolvimento do senso estético; Aumento da saúde física e
mental; Auto-expressão; Domínio do corpo em movimento; Reforço do esquema
corporal; Transformação da capacidade em habilidade; Expressão dos
sentimentos através do corpo; Combinação dos movimentos; Trabalhos das
condições psico-motoras ; Montagem de coreografias, apresentações.
Objetivos
- Observação e experimentação das relações entre peso corporal e equilíbrio;
- Improvisação na dança, inventando,registrando e repetindo seqüência de
movimentos; - Integração e comunicação com o outro por meio dos gestos e do
movimento; - Elaboração de registros pessoais para sistematização das
70experiências.
Encaminhamentos Metodológicos
Os métodos utilizados são aulas expositivas e práticas, palestras e mostras
de vídeo. Exploração da história da dança, jogos populares de movimento,
cirandas, amarelinhas, ritmo.
Infraestrutura
Para a realização do Programa utilizaremos como espaço a sala de apoio
pedagógico que possui televisão e armários que podem ser utilizados e como
espaço de estudo a biblioteca escolar, além de espaços como o pátio coberto e a
quadra de esportes.
Resultados Esperados
Espera-se que com essa proposta o aluno adquira o gosto e o
reconhecimento da expressão em dança e o despertar para uma atividade que o
aproximará de uma prática lúdica induzindo-a ao imaginário criativo.
Critérios de Participação
Poderão participar das atividades somente alunos regularmente
matriculados na Rede Pública Estadual, os demais critérios de participação serão
estabelecidos pela Equipe Pedagógica e pelo professor durante a elaboração das
atividades, os quais deverão priorizar os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, consideradas as realidades da escola e da comunidade,
bem como as necessidades dos alunos descritas no PPP da escola;
71
PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Prevenção e promoção da saúde
Justificativa
A gravidez na adolescência é um grave problema hoje no Brasil,
principalmente no que se refere à saúde pública. Na cidade de Ponta Grossa,
como em outras tantas do Paraná, a questão “Gravidez na Adolescência” atinge
de um modo geral todos os colégios da cidade, trazendo a tona muitas
preocupações entre pais e educadores. Para muitos é um perigo que ronda
silencioso a vida dos jovens, e estes, mesmo tendo muitas informações, muitas
vezes, não estão ainda aptos a processá-las em seu dia a dia. Na comunidade que
se encere o Colégio Frei Doroteu de Pádua, muitos casos ocorreram nos últimos
anos, significando para muitas dessas adolescentes a evasão escolar parcial ou
total, acarretando consequências para o seu próprio futuro e de seus filhos.
Conhecer a si, no que diz respeito ao seu próprio corpo, seus desejos e angústia,
e perceber, que muitas vezes, também as suas dúvidas fazem parte da vida de
outros adolescentes, permita entender que o adolescente não está só. O mundo é
imenso, cheio de dúvidas, e que para decifrá-lo o melhor caminho é conhecê-lo,
dando um passo de cada vez e tempo ao tempo, sem a necessidade de queimar
etapas que são tão importantes em nossas vidas como a adolescência.
Conteúdos
Causas e consequências da gravidez na adolescência e os métodos
preventivos tanto contra a gravidez quanto contra as DSTs;
Objetivos
72 Objetivo geral Promover atividades de educação e informação aos
adolescentes objetivando valorizar um comportamento responsável no que se
refere a reprodução. Objetivos específicos: - Entender o que é sexo seguro,
através da descoberta e aprendizagem sobre seu corpo e do outro; - Conhecer as
DST`s e como preveni-las; -Fortalecer o poder de decisão da adolescente sobre
sua capacidade de negociação e recusa diante de um comportamento de risco e
não desejado; -Valorizar-se como pessoa humana, que aprende a crescer e
tornar-se adulto com responsabilidade; -Aprender que dizer “não” também
significa Amar, valorizar e respeitar o outro.
Encaminhamentos Metodológicos
Dinâmicas realizadas para fortalecer o tema, realizadas durante os
encontros com objetivo de criar um ambiente descontraído e oportunizar
momentos para que as dúvidas sejam esclarecidas, ou venham à tona; -Uso de
filmes focando os temas trabalhados, como “Juno”, entre outros,ENEM, que
possa motivar discussões e levantamentos sobre a opinião dos adolescentes; -
Discussões em todos os momentos necessários referentes ao tema, ou mesmo
sobre dúvidas que possam surgir ao longo do trabalho, procurando oportunizar o
maior esclarecimento possível aos adolescentes envolvidos no grupo.
-Elaboração de redações, cartazes e dramatizações pelo grupo como forma de
avaliação ou representação do que foi aprendido por todos; -Oficinas para
produção de materiais educativos a serem apresentados em diversos momentos
no colégio.
Infraestrutura
O espaço da biblioteca, televisão, pendrive, DVD, computador, Folder, papel,
panfletos , Kits de educação sexual.
73Resultados Esperados
Viver a adolescência concomitante com uma gestação e, posteriormente,
com um bebê não é fácil nem para a menina nem para o menino. Daí a
importância de se discutir essa questão com adolescentes até para que eles
possam ser capazes de se prevenir e também alertar os seus amigos. Esse é o
resultado que esperamos.
Critérios de Participação
Poderão participar das atividades somente alunos regularmente
matriculados na Rede Pública Estadual, os demais critérios de participação serão
estabelecidos pela Equipe Pedagógica e pelo professor durante a elaboração das
atividades, os quais deverão priorizar os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, consideradas as realidades da escola e da comunidade,
bem como as necessidades dos alunos descritas no PPP da escola;
74PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
O futsal contribuindo para a redução da indisciplina na sala de aula
Justificativa
O programa justifica-se pela atual situação em que se encontram as escolas
públicas brasileiras, onde percebemos um aumento significativo nos casos de
violência e desrespeito ao ser humano. Os adolescentes e jovens estão perdendo
a noção de seus limites, dos valores humanos e a consequência disto é o que
enfrentamos dentro e fora da escola. A falta de imposição de limites pelos pais
pode trazer um excesso de autonomia ao educando que ultrapassa a normalidade,
fazendo com que suas atitudes sejam impensadas e inconsequentes. O aluno
passa a imaginar que na escola pode, assim como em casa, “fazer o que bem
entender”, entrando em conflito com o próximo, se auto destruindo. Uma das
funções da escola é estabelecer limites e proporcionar uma educação plena com
vistas ao desabrochar de virtudes e valores aos seus alunos. A escola vem
estruturada com uma série de regras, diferentes da disciplina da família. A escola
toma a disciplina como regra e não como objetivo educacional, como deveria. A
indisciplina em crianças do ensino fundamental, pode ocorrer também pelo fato
de a aula ser mal planejada ou não planejada, tendo em vista que nessa idade as
atividades escolares devem ser diversificadas e de curto tempo. Apoiando-nos
em um referencial teórico, identificando,caracterizando e conceituando o futsal e
a disciplina, propomos um trabalho que possibilite ao educando a busca
orientada de conhecimentos no sentido de melhorar a compreensão sobre a vida
individual e social realizando ações como cidadão consciente, evitando, assim, a
indisciplina que, posteriormente, poderá transformar-se em violência. A
educação pelo esporte poderá ser um eficiente caminho para estimular a
consciência sociocultural do indivíduo, resgatando os valores e estimulando
ações que contribuam para a coletividade. Por meio do programa proposto,
75visamos a conscientização da importância da prática do esporte escolar e a
redução do índice de indisciplina escola.
Conteúdos
Conteúdos propostos no programa: - Histórico do Futsal - Evolução do
Futsal através do tempo - Jogos pré desportivos com regras adaptadas -
Fundamentos básicos - Noções de regras e elementos básicos - Noções de ética e
cidadania - Ética no esporte Relação entre as regras no esporte e as regras na
vida social.
Objetivos
OBJETIVOS GERAIS - Educar e socializar os alunos envolvidos no
projeto através do esporte; - Promover a interação e inserção social; - Ensinar os
valores éticos e morais da cidadania através do esporte; - Estimular a auto-estima
e a consciência de cidadania; - Despertar o espírito de cooperação entre os
alunos; - Desenvolver o respeito mútuo; OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Refletir
sobre as regras do Futsal e as regras de convivência, a fim de ajudá-los a cultivar
a paz no ambiente escolar; - Propiciar, ao aluno, o confronto com as
características de busca pela vitória, o desafio, a disputa, o confronto inerentes
da prática do Futsal; - Enriquecer os movimentos motores; - Estimular o
desenvolvimento técnico/tático do Futsal; Interagir em grupo (socialização);
Encaminhamentos Metodológicos
O Programa “A Prática de Futsal contribuindo para a redução da
Indisciplina”, tem uma proposta pedagógica que pauta-se na finalidade do
esporte educacional: construção da cidadania. Logo, todo processo de ensino tem
o propósito de ensinar a criança mais do que esporte. Em outras palavras,
76propiciar à criança a evolução da consciência através do esporte. A proposta
deverá ainda, considerar a vivência da modalidade de Futsal, utilizando-se de
uma metodologia que priorize aspectos lúdicos, táticos, técnicos e cooperativos
da modalidade através de aulas práticas na quadra, bem como, aulas teóricas
para estudo e discussão das regras, respeito ao próximo, ética e cidadania e a
autoridade.
Infraestrutura
Dependências do Colégio, sala de aula, TV pendrive, DVD, quadra de
esportes, bolas, cones, coletes, corda, arcos, apito e cronometro.
Resultados Esperados
Colaborar com a redução dos índices de indisciplina na escola.
Critérios de Participação
Poderão participar das atividades somente alunos regularmente matriculados
na Rede Pública Estadual, os demais critérios de participação serão estabelecidos
pela Equipe Pedagógica e pelo professor durante a elaboração das atividades, os
quais deverão priorizar os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, consideradas as realidades da escola e da comunidade,
bem como as necessidades dos alunos descritas no PPP da escola.
77PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Letramento
Justificativa
O presente projeto parte da necessidade de efetivação do uso da língua
para ampliação de novos conhecimentos e oportunidades. Para tanto, ressaltamos
o uso das tecnologias para oportunizar e agregar o engajamento do aluno ao
aprendizado da língua portuguesa nos mais diversos usos do cotidiano. Se a
comunicação se realiza por intermédio dos textos deve-se possibilitar aos
estudantes a oportunidade de aprendizado através de materiais como alfabeto
móvel, jogos de letras entre outros. a melhor alternativa para trabalhar o
letramento é envolver os alunos em situações concretas de uso da língua de
modo que consigam de forma criativa e consciente meios adequados aos fins que
se deseja alcançar.
Conteúdos
Análise e compreensão de textos da diversidade da língua , imagens,
fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais e recursos auditivos,
com criticidade dos conteúdos, propiciando ao aluno, progressiva autonomia,
onde o mesmo possa conscientemente elaborar conceitos e perceber os diversos
posicionamentos ideológicos que se manifestam na sociedade e saber se
expressar corretamente utilizando a língua portuguesa de forma adequada.
Objetivos
Geral: desenvolver o gosto pela produção de textos,leitura e interpretação
coerente utilizando a língua portuguesa de forma adequada . Específico:
78Trabalhar em equipe com respeito e responsabilidade, utilizar-se dos recursos do
projeto de forma critica e criativa. Produzir textos orais e escritos, aprimorar
pelo contato com textos literários a capacidade de pensamento critico e a
sensibilidade estética, bem como propiciar o uso correto da língua portuguesa.
Encaminhamentos Metodológicos
Será definido pelo professor um gênero a cada bimestre planejar uma
sequencia de aula sobre gênero textual, utilizando a biblioteca e o laboratório de
informática ,desenvolvendo as seguintes atividades, seleção de material
utilizado, apresentação de imagens, diálogo dirigido sobre os conteúdos
apresentados com intervenção mediadora, do professor. formação de grupos para
análise critica dos textos, com produção escrita.
Infraestrutura
Laboratório de informática e biblioteca
Resultados Esperados
Fazer o uso efetivo do laboratório de informática de forma a contribuir o
gosto pela produção de textos, uso correto da língua portuguesa e gosto pela
leitura.
79PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Jogos
Justificativa
Caracterizado como uma modalidade individual, de confronto, sem contato
pessoal e onde o treinador não pode intervir durante a disputa dos pontos, o
Tênis de Mesa constitui uma modalidade que estimula uma grande autonomia do
aluno para que o mesmo possa avaliar se a estratégia traçada em conjunto com o
professor está ou não sendo eficaz, buscando adaptá-la e tomar decisões por si
só, criando e percorrendo caminhos alternativos em função de imprevistos que
possam ocorrer durante o decorrer de uma partida. O esporte bem estruturado,
bem orientado, com conteúdos programáticos e unidades de aulas
adequadamente elaboradas e baseadas em conhecimento científico comprovado,
pode contribuir para o desenvolvimento lúdico da criança assim como
influenciar diretamente na formação do perfil social, intelectual, mental e
psicológico. Um estudo científico alemão intitulado “Einigen Charakteristiken
der Ruckhanangriff”, declara o Tênis de Mesa como o segundo esporte no
mundo a fazer um maior uso das faculdades cerebrais. Com uma proporção de
61%, a concentração, o raciocínio lógico, o raciocínio intuitivo e o raciocínio
criativo dominam os aspectos do jogo, relegando aos 39% restantes os vários
tipos de coordenação, aspectos técnicos e físicos. O Tênis de Mesa pode então
ser considerado um excelente instrumento pedagógico pelas instituições em
virtude da alta taxa de estímulos cerebrais aliados aos componentes físicos
necessários ao desenvolvimento completo dos seres humanos.
Conteúdos
80 História do Tênis de Mesa, Características do esporte: regras básicas e
equipamentos Federações e Confederações Curiosidades do esporte
Fundamentos da modalidade Técnicas e táticas.
Objetivos
- Propiciar através da modalidade Tênis de Mesa uma alternativa de esporte
universal, focado para o lazer, a educação de pessoas como um todo ou a
competição qualificada; - Inserir um desporto escolar propício ao
desenvolvimento da motricidade, da percepção, disciplina e concentração; -
Orientar a organização pessoal e coletiva, - Trabalhar em equipe e em um
ambiente de cooperativismo.
Encaminhamentos Metodológicos
Compreender as diversas alternativas de jogadas, bem como as prováveis
respostas dos adversários. - As características dos materiais: atrito da superfície
da raquete, - Sistema de amortecimento da esponja, dureza da madeira, bem
como do adversário (características psicológicas, estilo de empunhar a raquete,
habilidades motoras) fazem com que o aluno crie diversas alternativas para
confrontar com os diversos estilos de jogo inerentes às combinações destas
características. - Propiciar ao aluno a evolução da consciência através do esporte.
- A proposta deverá ainda, considerar a vivência da modalidade de Tênis de
mesa, utilizando-se de uma metodologia que priorize aspectos lúdicos, táticos,
técnicos e cooperativos da modalidade através de aulas práticas na quadra, bem
como, aulas teóricas para estudo e discussão das regras, respeito ao próximo,
ética e cidadania e a autoridade. - Discutir e analisar o esporte nos diferenciados
aspectos: enquanto meio de lazer, sua função social, sua relação com a mídia,
relação com a ciência, nutrição, saúde e prática esportiva.
Infraestrutura
81
Sala ou pátio coberto.
Resultados Esperados
O tênis de mesa é um esporte completo, pois exige de seus jogadores um
bom reflexo e preparo físico razoável. Muitas pessoas inclusive idosas jogam o
tênis de mesa como forma de manter a saúde física e mental em ordem. Por isso
espera-se: Melhorar a circulação sanguínea; Desenvolver a velocidade de
raciocínio; Melhorar a coordenação motora e os reflexos; Melhorar a visão e
exercitar os nervos ópticos; Inspirar o individualismo necessário para a
convivência em sociedade, almejando e atingindo metas pessoais.
Critérios de Participação
Poderão participar das atividades somente alunos regularmente
matriculados na Rede Pública Estadual, que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, consideradas as realidades da escola e da comunidade. Os
demais critérios de participação serão estabelecidos pela Equipe Pedagógica e
pelo professor durante a elaboração das atividades.
PROJETO MAIS EDUCAÇÃO
Ler para entender o mundo
Justificativa
Observando a realidade de nossa escola e conversando com colegas de
outras disciplinas surgiu o assunto da dificuldade que os alunos do Ensino
Fundamental e Médio, têm para interpretar textos em língua portuguesa e
resolver questões gerais em matemática, física, química, e geografia. A partir
82disso, foi pedido algumas produções de texto para os alunos e percebido uma
grande dificuldade em expressar as ideias de maneira escrita ou oral.
Principalmente no Ensino Fundamental, muitos alunos por não conseguirem
identificar o significado das palavras apresentaram sérias limitações para usar a
escrita na escola, para aprender novos conteúdos e relacioná-los com as diversas
disciplinas que estudam. Para minimizar esses problemas a presente proposta é
desenvolver um trabalho de leitura com os alunos do Ensino Fundamental,
oportunizando a eles um contato maior com o universo da leitura e a tentativa de
resgatar ou ainda criar o prazer de ler, criar uma intimidade maior entre os
alunos e o ambiente da biblioteca, espaço que muitas vezes fica esquecido nas
escolas.
Conteúdos
Devido ao baixo poder aquisitivo e das desigualdades sociais existentes em
nosso país criou-se o hábito de dizer que o brasileiro não lê, pois na verdade
grande parte da população não tem acesso a bens culturais como: museus,
bibliotecas, cinemas e teatros. Isso torna o trabalho do professor bastante difícil,
mas não impossível, dispondo de uma boa biblioteca temos a oportunidade de
oferecer aos nossos alunos acesso a pelo menos parte desses bens culturais.
Conforme citam em seu artigo sobre leitura, nas palavras de Paulo Freire, as
professoras Daniele Abraão da área de matemática e Roseli Batista de geografia,
“quanto maior for nossa capacidade de ler e compreender o que está escrito,
maior será nossa capacidade de compreender o mundo com suas mais variadas
leituras.” Conteúdos: A importância da leitura para a formação de cidadãos
críticos; Monteiro Lobato um brasileiro e tanto; Leitura e interpretação de livros
da literatura infanto-juvenil; Montagem teatral a partir dos textos lido ou
produzidos; Leitura HQ, charges, jornais e revistas; Leitura e interpretação de
gráficos matemáticos; Compreensão de escalas e fórmulas matemáticas através
83de textos; A cultura, a arte e a literatura nos textos históricos.
Objetivos
Objetivo Geral: Incentivar os alunos a prática da leitura e compreensão de
textos e livros, não como algo obrigatório, mas como uma atividade prazerosa e
também como pré-requisito necessário a aquisição de cultura e conhecimento.
Objetivos específicos: - Mostrar ao aluno que o ato de ler, escrever e interpretar
não está relacionado a uma única disciplina, a língua portuguesa, e sim que é
uma condição necessária para a compreensão de todo o universo escolar e
também auxilia nas relações humanas. - Realizar a leitura de diversos tipos de
textos como por exemplo: crônicas, contos, fábulas, cordel entre outros. -
Desenvolver as habilidades da escrita e da oralidade através da adaptação desses
textos, transformá-los em teatro, música ( paródia) e poesia.
Encaminhamentos Metodológicos
A presente proposta será desenvolvida em contra-turno, no período da tarde,
prioritariamente com alunos do Ensino Fundamental, mais especificamente os de
5ª e 6ª séries. - Serão desenvolvidas atividades de leitura e interpretação de
diferentes tipos de textos dentre eles: descritivos, teatrais, dissertativos,
informativos, mapas, escalas, pinturas, compreensão de fórmulas matemáticas,
análise de fotografias, dados estatísticos, percebendo e destacando sempre a
percepção que o aluno teve do que foi lido e o que foi apreendido dessa leitura. -
A partir dos textos estudados, propor produções de textos individuais e coletivas,
bem como a re-estruturação desses textos. - Em todas as atividades
desenvolvidas os quatro eixos serão trabalhados: a oralidade, a produção de
texto, a leitura e a análise linguística.
84Infraestrutura
Para a realização do Programa utilizaremos como espaço principal a sala de
apoio pedagógico que é utilizada apenas no período da manhã e dispõe de espaço
para acomodar cerca de 20 alunos, possui televisão e armários que podem ser
utilizados e como espaço de estudo a biblioteca escolar, além de espaços
alternativos como o pátio coberto e a quadra de esportes.
Resultados Esperados
Com este Programa esperamos auxiliar nossos alunos no processo de
aquisição de conhecimentos e também formar leitores críticos, participantes e
conscientes de que também são responsáveis pela melhora da educação em nosso
país, porém sabemos que os resultados serão visíveis não imediatamente, mas a
médio e longo prazo, investindo em um Ensino Fundamental melhor, teremos no
futuro com certeza, alunos melhores e mais preparados no Ensino Médio.
Critérios de Participação
Poderão participar das atividades somente alunos regularmente
matriculados na Rede Pública Estadual, os demais critérios de participação serão
estabelecidos pela Equipe Pedagógica e pelo professor durante a elaboração das
atividades, os quais deverão priorizar os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, consideradas as realidades da escola e da comunidade,
bem como as necessidades dos alunos descritas no PPP da escola;
85REFERÊNCIAS
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ARANHA, Maria Salete Fábio. Educação Inclusiva: transformação social ou retórica? Inclusão: Intenção e realidade/ Organização de Sadao Omote. Marília: Fundepe, 2004.
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