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COLÉGIO ESTADUAL MONSENHOR PEDRO BUSKO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
PAULO FRONTIN
2010
SUMÁRIO
1.0 – APRESENTAÇÃO................................................................................... 4
2.0 – IDENTIFICAÇAO.................................................................................... 4 2.1- NOME DO COLÉGIO............................................................................ 4 2.2 - ASPECTOS HISTÓRICOS................................................................... 5 2.3 - CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO........................................... 8 2.4 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO................................................ 8
3.0 – OBJETIVOS GERAIS.............................................................................. 10
4.0 – MARCO SITUACIONAL.......................................................................... 11
5.0 – MARCO CONCEITUAL........................................................................... 16
6.0 – MARCO OPERACIONAL........................................................................ 21
7.0 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................ 27
8.0 – REFERÊNCIAS....................................................................................... 28
1.0 APRESENTAÇÃO
No propósito de melhorar o processo ensino-aprendizagem no Colégio
Estadual Monsenhor Pedro Busko, é que direção, equipe pedagógica,
professores e funcionários têm percebido as necessidades destas reflexões e a
sua importância para a melhoria da qualidade de ensino deste Colégio.
Neste sentido as reflexões sobre escola que queremos aconteceram nos
diversos âmbitos da escola, tanto quanto possível, de modo a reafirmar e rever
o currículo, conteúdos e os princípios políticos e pedagógicos que darão
suporte às iniciativas educativas a serem implementadas.
Neste contexto, o presente Projeto Político Pedagógico do Colégio
Estadual Monsenhor Pedro Busko foi concebido e elaborado a partir de uma
série de trabalhos que envolveram leitura crítica de textos, documentos e
instruções sobre as mudanças das Diretrizes do Ensino Fundamental e Médio,
que norteiam os princípios teóricos e metodológicos da prática educativa e da
reflexão do processo ensino aprendizagem deste Estabelecimento de Ensino.
Reconhecendo previamente a importância da Educação Escolar para além do
Ensino Fundamental, a Lei Maior consigna a progressiva universalização do
Ensino Médio (Constituição Federal, art.208, II), e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996), afirma
progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino. Neste
estabelecimento de ensino proporciona-se aos alunos uma formação integral
em todos os aspectos da vida do aluno. Enfim, é importante ressaltar que este
Projeto Político Pedagógico não é um documento definitivo, mas tem um
caráter dinâmico, possibilitando mudanças que estejam sempre de acordo com
os interesses e necessidades de uma sociedade justa e igualitária.
2.0 IDENTIFICAÇÃO
2.1 NOME DO COLÉGIO: Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko
RUA: Rui Barbosa, 138 – Paulo Frontin – PR.
TELEFONE /FAX: 0XX42-543-1243
E-mail: [email protected]
Núcleo Regional de Educação de União da Vitória.
DISTÂNCIA: 47 km do Núcleo Regional de Educação
2.1.1 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estado do Paraná
2.1.2 ENTIDADE MANTEDORA: Estado do Paraná
2.1.3 CÓDIGO DO MUNICÍPIO: 41117450
2.1.4 NÚMEROS DE ALUNOS: 655
2.1.5 NÚMEROS DE PROFESSORES, PEDAGOGOS E FUNCIONÁRIOS: 66.
2.1.6 NÚMEROS DE SALAS DE AULA: 11
2.1.7- SALA DE RECURSOS: 2
2.1.8 SALA DE APOIO: 1
2.1.9 CASA FAMILIAR RURAL: 1
2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS
HISTÓRICO DA ESCOLA
O prédio foi construído em 1950 no Governo de Moisés Lupion. Foi
criado o Grupo Escolar de 1ª a 4ª classe em 1951.
Em 1957 foi criada a Escola Normal Regional Francisco Xavier da Silva pelo
Decreto N.º 10.448 de 31 de maio de 1957.
Em 05 de dezembro de 1964 passou a chamar-se Escola Normal de Grau
Ginasial.
A partir do ano de 1968 foi transformada a Escola Normal de Grau Ginasial
Francisco Xavier da Silva em Ginásio Estadual, com a mesma denominação
e sede.
Em 29 de junho de 1981 pela Resolução N.º 255 foi autorizada a funcionar
nos termos da legislação vigente a Escola Monsenhor Pedro Busko –
Ensino de 1º Grau, resultante da reorganização do Ginásio Estadual
Francisco Xavier da Silva e Grupo Escolar de Paulo Frontin, ambos do
mesmo município e prédio, os quais passaram a constituir um único
Estabelecimento.
Em 1982 pela Resolução N.º 2143/82 fica autorizado o funcionamento do
Ensino Regular de 2º Grau na Escola Monsenhor Pedro Busko – Ensino de
1º Grau passando a mesma denominar-se Colégio Estadual Monsenhor
Pedro Busko – Ensino de 1º e 2º Graus, pelo prazo de dois anos. Foram
prorrogados os prazos de funcionamento do estabelecimento até o ano de
1986.
Em 06 de março de 1986, pela Resolução N.º 939/86 foi reconhecido o
Curso de 2º grau Regular com Habilitação – Básica em Comércio.
Em 26 de fevereiro de 1987 cessa gradativa nas atividades Escolares
Básica em Comércio pela Resolução N.º 832/87.
O curso de 2º Grau Educação Geral foi autorizado a funcionar pela
Resolução N.º 831/87, pelo prazo de dois anos, a partir do início do ano
letivo de 1987, com base no Parecer N.º 407/87. O prazo foi prorrogado por
mais um ano, a partir de 1989, pela Resolução N.º 789/89.
Em 05 de junho de 1989 pela Resolução N.º 1456/89 fica reconhecido o
Curso de 2º Grau de Educação Geral.
Pela Resolução N.º 680/92 fica autorizada a implantação de 5ª a 8ª série do
Ensino de 1º Grau no período noturno.
Através do Decreto N.º 05/92 de 17 de junho de 1992, e ensino das quatro
primeiras séries do 1º Grau foram municipalizadas, surgindo a Escola
Municipal Tecla Rombo, ensino de 1ª a 4ª séries, ficando o Colégio Estadual
Monsenhor Pedro Busko – Ensino de 1º e 2º Graus com o ensino de 5ª a 8ª
séries, do 1º e 2º Graus.
Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei N.º 9394 de 20
de dezembro de 1996, o Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual
Monsenhor Pedro Busko – Ensino Fundamental e Médio, sendo 25% da carga
horária do Ensino Médio destinada à parte diversificada que diz respeito à
vocação do município.
Destacando:
O estabelecimento teve as seguintes resoluções e datas
significativas:
• Autorização de funcionamento do estabelecimento ( 1º e 2º Graus).
Resolução N.º 1255/81 de 14/07/81.
• Reconhecimento do estabelecimento ( 1º e 2º Graus) Resolução N.º
958/85 de 15/03/85.
• Reconhecimento do Curso de 1º Grau, Resolução N.º 958/85 de 15/03/85.
• Reconhecimento do Curso de 2º Grau, Resolução N.º456/89 de 16/06/89.
BIOGRAFIA DO PATRONO DO COLÉGIO
Monsenhor: Título honorífico, concedido pelo Papa a alguns
Eclesiásticos.
No dia 21 de março de 1911, nascia na vila de Dorizon, numa família
profundamente cristã e temente a Deus, um menino, que recebeu o nome de
Pedro. Eram seus pais: Demetrio Busko e Maria Polisczuk. Foi o mais velho de
uma plêiade de 10 filhos. Seguindo o exemplo de seus pais, desde o início
Pedro mostrou-se muito piedoso. Fez seus primeiros estudos primários em
Dorizon, demonstrando ser muito vivo e de grande inteligência. Em 1925,
levado pelos padres Pedro Protski e Emiliano Ananevicz, ingressou no antigo
Seminário Arquiodiocesano do Batel em Curitiba, no rito Latino, pois na época
não havia no Brasil seminários do rito Bizantino. Fez o Ginásio, Científico e
iniciou Filosofia, rumando em 1932 para Roma no Seminário Ucraniano
Católico de São Josafat onde terminou filosofia e Teologia sendo ordenado
padre em 18 de abril de 1937. No mesmo ano, em agosto, celebrou sua
primeira missa em Dorizon, terra que o viu nascer. Padre Pedro Busko iniciou
suas atividades sacerdotais na Paróquia de Vera Guarani, município de Paulo
Frontin. Logo, devido ao seu dinamismo, constrói a Igreja Paroquial.
Atende as localidades de Paulo Frontin, onde é hoje a sede municipal,
Serra do Tigre, Cruz Machado, Colônia Vitória, Vargem Grande, onde constrói
a residência para o sacerdote.
Em 1947, falece o Pe. Pedro Protski e Pedro Busko são nomeados
vigário de Dorizon. Volta lá e constrói uma das mais belas Igrejas do rito
Ucraniano Católico que temos no Brasil. Constrói também a residência
paroquial.
Continuou sempre atendendo Paulo Frontin, onde também construíram
uma belíssima igreja e onde sempre teve um contato com o povo frontinense,
que o admirava muito, visitando todos os anos as famílias, benzendo as casas
do povo que amava.
Em 1962, S. Exa. D. José Martinetz, o nomeia Vigário Geral do Eparcato
Ucraniano Católico no Brasil.
Pedro Busko faleceu em 14 de julho de 1980, aos 69 anos de idade,
tendo vivido 43 anos como sacerdote.
2.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
CURSOS:
- Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries;
- Ensino Médio;
- Formação de Docentes (Educação Infantil e Primeiras Series
do Ensino Fundamental) – Descentralizado do Colégio São
Mateus.
- Curso Técnico em Agropecuária – CASA FAMILIAR RURAL.
- CELEM – Espanhol.
TURMAS:
3 turmas de 5ª séries (2 matutino e 1 vespertino);
3 turmas de 6ª séries (1 matutino e 2 vespertino);
4 turmas de 7ª séries ( 2 matutino e 2 vespertino);
3 turmas de 8ª séries ( 2 matutino e 1 vespertino);
3 turmas de 1ª do ensino médio ( 2 turmas no período matutino,
sendo uma organizada no bloco 2 e 1 organizada no bloco 1e 1 turma no
período noturno organizada no bloco 2);
2 turmas de 2ª do ensino médio ( 1 turma no período vespertino
organizada no bloco 1 e 1 turma no período noturno organizada no bloco 1);
3 turmas de 3ª do ensino médio ( 1 turma no período matutino
organizada no bloco 1, 1 turma no período vespertino organizada no bloco 2,
vespertino e 1 turma no período noturno organizada no bloco 2);
1 turma de 1ª do Formação de Docentes,descentralizado do
Colégio São Mateus;
1 turma de 2ª do Formação de Docentes,descentralizado do
Colégio São Mateus;
2 Salas de Recursos (1 matutina e 1 vespertina);
1 Sala de Apoio ( matutina).
1 Turma de Técnico em Agropecuária na Casa Familiar Rural que
tem como Escola Base este estabelecimento de ensino.
TURNOS
O Colégio funcionará nos períodos, matutino, vespertino e noturno.
Sendo que no período matutino as aulas iniciarão às 07h40minh. e terminará
às 12:00h.
No período vespertino iniciará às 13h00minh. e terminará 17:20h.
No período noturno iniciará às 18h50minh e terminará às 23h00minh.
2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
• 10 Salas de Aula
• 01 Sala de Direção
• 01 Sala para Equipe Pedagógica
• 01 Secretaria e Documentação Escolar
• 01 Biblioteca
• 01 Sala adaptada para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.
• 01 Cantina Comercial
• 01 Cozinha
• 01 Lavanderia
• 01 Banheiro masculino
• 01 Banheiro feminino
• 01 Banheiro dos professores
• 01 Sala para professores
• 01 Sala de materiais
• 01 Sala de Laboratório de Informática
• 01 Sala de Recursos (Pavilhão da Igreja)
• 01 Sala de Apoio ( Nas dependências da Ação Social do município)
MATERIAIS:
ANEXO 01
3.0 OBJETIVOS GERAIS
- Propiciar uma educação pautada nos princípios da teoria histórico
crítica e da pedagogia progressista, possibilitando a reflexão dos professores,
alunos, equipe pedagógica, direção, funcionários e pais de alunos, com a
finalidade de levar o aluno a ter acesso à sistematização do conhecimento
científico, valorizando a cultura letrada e erudita e a tornar-se um cidadão cada
vez mais criativo, crítico e dinâmico para atuar na sociedade.
- Promover uma gestão democrática onde direção, pais, alunos,
professores, equipe pedagógica e funcionários tenham a sua parcela de
responsabilidade pelo desenvolvimento de ações implementadas no Projeto
Político Pedagógico.
- Desenvolver um processo de ensino-aprendizagem em que se ofereça
ao educando a base científica necessária para promover o egresso do senso
empírico para o científico de forma sistematizada e globalizada.
4.0 MARCO SITUACIONAL
A sociedade brasileira apresenta características culturais relacionadas
ao processo de colonização do povo. A diversidade étnica cultural esta
presente na religiosidade, na dança, no folclore, na comida típica e outros
elementos que enriquecem e identificam o povo brasileiro.
O povo paranaense é identificado pelo seu jeito de falar, pelas atividades
que desenvolve: agricultura, folclore, culinária, etc... Pelas diferentes regiões
devido ao clima, o relevo e sua colonização. O município de Paulo Frontin
possui um clima subtropical úmido, relevo acidentado e sua população
diversificada descendentes de poloneses, ucranianos, alemães, italianos e
afro-brasileiros, que possuem experiência no uso da terra.
A escola é mediadora da cultura presente na sociedade, neste sentido é
importante valorizar, bem como resgatar a cultura, considerando que a escola
deverá acompanhar e entender as mudanças que ocorrem na sociedade, nesta
reflexão a escola nunca é neutra, é constituída pelos reflexos e vivências desta
sociedade, acompanhando suas mudanças, para isso a comunidade escolar
precisa sempre questionar, criticar e modificar para que possa desenvolver no
aluno senso crítico e transformador da realidade, consciente dos seus deveres
e seus direitos para o pleno exercício da cidadania, sendo assim é de extrema
importância a compreensão de todo coletivo escolar do mundo que vivemos,
seus determinantes históricos, da função da escola e seus desafios na
denúncia do presente que desumaniza e no anúncio de um amanhã como
construção a partir do agora, com intencionalidade e conflitos.
O Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko, Ensino Fundamental e
Médio, situado na cidade de Paulo Frontin Paraná, atende a 361 alunos do
Ensino Fundamental, no período matutino e vespertino, 196 alunos do Ensino
Médio no período matutino, vespertino e noturno, somando um total de 557
alunos e 57 alunos do Curso de Formação de Docentes, descentralizado do
Colégio São Mateus, da cidade de São Mateus do Sul - Paraná, todos esses
alunos apresentam realidades sócio-econômicas, étnicas e culturais
diferenciadas, sendo a grande maioria do campo, filhos de agricultores. Este
Colégio, é Escola Base do Curso Técnico em Agropecuária da Casa Familiar
Rural, no Distrito de Vera Guarani, atendendo 31 alunos, todos filhos de
agricultores. Este estabelecimento de ensino, também, oferta o curso de
CELEM (espanhol), nos períodos matutino, vespertino e noturno, sendo que,
no momento está sendo ofertado o referido curso para um total de 100 alunos,
visto que, 99% são alunos do Colégio e 1% são alunos da comunidade
O Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko é uma escola do campo,
entretanto recebe alunos do campo e alunos do centro urbano. Considerando
que o campo é um espaço de vida onde as pessoas desenvolvem uma cultura
própria, como por exemplo, a agricultura, remédios caseiros, o folclore, a roda
de chimarrão, entre outros.
O processo de distribuição dos alunos nas turmas ocorre no início do
ano letivo, este leva em consideração a diversidade dos alunos que recebemos
e os diferentes tempos de aprendizagem e rendimento do aluno levando em
consideração que cada aluno tem sua especificidade e individualidade própria,
incluindo alunos portadores de deficiência intelectual, transtornos globais do
desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, prevendo para eles a
flexibilização curricular através de um currículo e avaliação diferenciada, bem
como, acompanhamento especializado em Sala de Recursos para alunos do
Ensino Fundamental, e reuniões bimestrais com os professores, professora da
Sala de Recursos e Equipe Pedagógica para programar de forma qualitativa e
efetiva a flexibilização curricular e avaliação diferenciada. A inclusão
educacional e social é um tema que gerou muitas discussões nos últimos
tempos, devido ao aumento significativo das desigualdades entre os homens.
No âmbito educacional muitas políticas públicas foram implementas pela
Secretária de Estado da Educação para que a escola se torne mais inclusiva, é
o caso das duas Salas de Recursos e do Professor Intérprete de Libras que
temos no Colégio.
Rodrigues(2003) diz que se a escola deve se tornar mais inclusiva é
porque ela não o é, pois desde sua criação não considerou as diferenças dos
alunos e se organizou com base numa indiferença a essas diferenças.
Aos alunos portadores de deficiência intelectual, visual, auditiva ou
motora, alunos portadores de transtornos globais do desenvolvimento e
transtornos funcionais específicos, fica o pressuposto de que a escola pública é
direito de todos, é garantido por leis vigentes para Educação Especial e
assegurado pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96, o
seu direito ao acesso e ao atendimento preferencial na escola pública regular.
Essa conquista leva em conta a diversidade humana e traz para a escola,
assim como para os sistemas de ensino, o desafio de construir coletivamente
as condições para o atendimento desses alunos.
O transporte dos alunos do campo é feito pela rede municipal de
ensino, sem custo algum para o aluno, porém, muitas vezes de forma precária
com ônibus superlotados e algumas vezes devido ao clima e muitas chuvas o
transporte não consegue chegar até o local desejado, além disso, enfrenta
grandes problemas, como horário de chegada dos alunos, dificultando com
isso, o início da primeira aula, visto que, 70% dos alunos dependem do mesmo.
O espaço físico está parcialmente adaptado para alunos portadores de
deficiência, visto que, possui rampa, corrimão, porém as salas de aulas,
banheiros, biblioteca, ginásio de esportes entre outros ainda não estão
totalmente adaptados.
A escola precisa ainda, equipamentos físicos e pedagógicos, havendo
necessidade de renovação e atualização de alguns, precisando adquirir novos
equipamentos eletro-eletrônicos, jogos, materiais esportivos, espelho e jogos
específicos para Sala de Recursos e Sala de Apoio, livros e dvds de conteúdos
de várias disciplinas, mais computadores, mais quatro salas de aula, no
mínimo, sendo que, as Salas de Apoio, CELEM e Formação de
Docentes(prática de estágio), funcionam no Pavilhão da Igreja Santana e em
uma sala da Prefeitura Municipal respectivamente.
No aspecto geral o Colégio segue uma concepção histórico-crítica,
uma educação progressista, crítica, libertadora e emancipadora, que pressupõe
tomar o aluno na sua totalidade, isso implica entender o aluno dentro de uma
dinâmica social, onde as ações são determinadas. Essa compreensão remete
a idéia de atividade humana que segundo Marx (apud Martins 2004, p.58), “...
encerra uma tríplice orientação: o que fazer e como fazer, efetivando-se
apenas em condições sociais coletivas”. É nesta ação de práxis, sempre
intencional, que a ação da Direção, Equipe Pedagógica em um processo de
articulação e mediação junto ao Corpo Docente deve estar pautada para que
se possa realizar o trabalho educativo. As Diretrizes Educacionais do Estado
do Paraná, a formação continuada dos professores e a reformulação das
Propostas Curriculares de cada disciplina, qualificou a prática docente através
do Plano de Trabalho Docente junto aos discentes, pois unificou a concepção
de educação progressista pautada nos princípios da pedagogia histórico crítica
tendo a clareza e a definição que a função da escola é levar o aluno a
sistematizar o conhecimento científico, valorizando a cultura letrada e erudita
tornando-se um cidadão cada vez mais criativo,crítico e dinâmico para atuar na
sociedade.
Tendo em vista que a organização curricular é elemento norteador das
práticas escolares, uma vez que delimita os objetivos e os critérios de
avaliação da ação pedagógica, assim como indica que conteúdos e
metodologias serão empregados na prática escolar. A organização curricular
neste estabelecimento de ensino é pautada na teoria crítico social dos
conteúdos, na Pedagogia Histórica Crítica, tendo como referencial as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, 2006, para organizar o Currículo bem como,
as Propostas Pedagógicas das disciplinas do Ensino Fundamental( Língua
Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna-Inglês, Ciências, Matemática,
Geografia, História, Arte, Ensino Religioso, Educação Física) e do Ensino
Médio( Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Química,
Física, Biologia, Sociologia, Filosofia, Geografia, História, Matemática, Arte,
Educação Física), estas norteiam o processo ensino aprendizagem.
As turmas do Ensino Fundamental, são divididas por série e a aprovação
do aluno se dá pela soma de vinte e quatro pontos(24,0) por disciplina ao final
do ano letivo.
As turmas do Curso de Formação de Docentes, descentralizado do
Colégio São Mateus, são divididas por série e a aprovação do aluno se dá pela
soma de vinte e quatro pontos(24,0) por disciplina ao final do ano letivo.
As turmas de Ensino Médio são organizadas por Blocos de Disciplinas
Semestrais, atendendo a Resolução nº 5590/08 e seguem a Matriz Curricular
única, implantada pela Instrução nº 021/08 – SUEED/SEED. Nesta modalidade,
as turmas são divididas por séries, porém, a organização se dá por blocos de
disciplinas semestrais: Bloco 01(Língua Portuguesa, Língua Inglesa,Biologia,
História,Educação Física, Filosofia) e Bloco 02( Matemática, Física, Química,
Geografia, Arte, Sociologia). A aprovação se dá por Bloco de disciplinas
semestrais pela soma de no mínimo doze (12,0) pontos ao final do semestre.
Caso haja reprovação de determinada disciplina do Bloco correspondente, o
aluno poderá freqüentar o Bloco seguinte, porém, não poderá avançar para a
série seguinte sem a conclusão do Bloco de disciplinas que foi reprovado.
Na Casa Familiar Rural, que tem como Escola Base este Colégio, as
turma são organizadas por série e a aprovação se dá pela soma de mínimo
vinte e quatro pontos (24,0) ao final do ano letivo, por disciplina.
No Ensino Médio, incentiva-se o aluno a pensar na sociedade onde vive
para que aprenda a fazer intervenções na mesma, buscando melhorias de
condições sociais e culturais para que possa colocar em prática o aprendizado
teórico, melhorando o ambiente onde vive e que esta etapa seja um suporte
para a continuação de seus estudos em cursos de Pós - Médio ou no Ensino
Superior.
Busca-se no Ensino Médio a formação integral do aluno como pessoa e
que o mesmo possa participar da sociedade como um todo, opinando,
criticando, interagindo no meio em que vive para que haja um maior
comprometimento por parte dos alunos com os estudos e todas as atividades
escolares ofertadas pela escola.
Segundo Gasparin (2005 p.7) “O processo pedagógico deve possibilitar
aos educandos através do processo de abstração, a compreensão da essência
dos conteúdos a serem estudados, a fim de que sejam estabelecidas as
ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a
totalidade da prática social e histórica.”.
Com o objetivo de instrumentalizar gestores, professores, pais e toda a
comunidade escolar para o acompanhamento da aprendizagem dos alunos o
Colégio aderiu a Campanha “Eu acompanho a avaliação Escolar do meu filho.
E você?”, acreditando que essa campanha mobilizará a comunidade a
participar cada vez mais efetivamente no processo educacional, contribuindo
assim para o sucesso da aprendizagem.
Obedecendo a Instrução nº 02/10 – DAE/SUDE, foi implantado no
Colégio o Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, de natureza
pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam nas escolas e o corpo
discente a executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e
situações de risco nas escolas.
O Colégio desenvolve as Normas Complementares às Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e dos povos indígenas
brasileiros de acordo com a Deliberação nº04/06, aprovada em 02/08/06,
sendo que há neste estabelecimento de ensino uma Equipe Multidisciplinar que
através de um Plano de Ação específico aprovado pelo Conselho Escolar e as
orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a Educação
das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena.
Contemplamos e trabalhamos em todas as disciplinas os Desafios
Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental, Prevenção ao Uso
indevido de Drogas, Relações étnico-raciais, Sexualidade e Violência na
escola. Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,
econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que
devemos fazer e a melhor organização de nossos planos, métodos e saberes a
serem enfrentados.
As Normas complementares às Diretrizes Nacionais para a organização
e a realização de Estágio de alunos dos cursos de Educação Profissional
Técnica de nível médio, de Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores do
Ensino Médio, conforme Deliberação nº10/05, é também contemplada e
desenvolvida neste Estabelecimento de Ensino como Ato Educativo.
O Colégio desenvolve o Programa Viva Escola, o qual visa a expansão
de atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação
curricular, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de sua
realidade. O projeto desenvolvido : “Vivendo o futsal na escola”, procura
considerar a vivência e a experimentação desta modalidade esportiva, capaz
de viabilizar reflexões sobre a historicidade, a criação e normatização do jogo
institucionalizado na sociedade, possibilitando aos educandos maior integração
na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e
comunidade.
O processo de formação continuada em todos os segmentos da escola
está sendo melhorado, assim como a socialização dos conhecimentos que os
mesmos adquirem em eventos, cursos, grupos de estudos e simpósios, visto
que, é de suma importância este momento de formação, visando à melhoria da
sua prática pedagógica.
Na gestão democrática deste Colégio, existe intensa e constante
participação dos diferentes segmentos sociais nos processos decisórios, no
compartilhar as responsabilidades, na articulação de interesses, na
transparência das ações, na mobilização e compromisso social e no controle
coletivo. Quando se pensa a respeito e se faz gestão democrática, realiza-se
processo participativo e ação das instâncias colegiadas: Conselho Escolar,
Associação de Pais Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil, são
fundamentais para que o sucesso de todo o processo ensino - aprendizagem
aconteça realmente.
Aos alunos de 5ª Série do Ensino Fundamental que apresentam
problemas de aprendizagem, é ofertada a Sala de Apoio, que funciona no
período contrário ao que os alunos estudam. A Sala de Apoio é composta de
quatro aulas das disciplinas de: Matemática e Língua Portuguesa. Dispomos
também de duas Salas de Recursos, que é um serviço de apoio especializado,
ofertado de quinta a oitava série para o Ensino Fundamental em horário
contrário daquele que o aluno frequenta na classe comum, com professor da
educação especial, que complementa o atendimento educacional realizado em
sala de aula.
Muitos de nossos alunos também frequentam o “Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil”, alguns alunos recebem a “Bolsa Família” e
outros participam do Programa Pró Jovem, todos programas do Governo
Federal. Disponibilizamos também de um espaço físico e uma funcionária
responsável pelo programa estadual “Leite das Crianças”.
O Conselho de Classe acontece sempre no final de cada bimestre, um
para o Ensino Fundamental e outro para o Ensino Médio, quase sempre no
mesmo dia, com exceção do Conselho de Classe das 5ª e 6ª séries que
acontecem separadamente, sempre que possível na mesma semana da data
marcada para o Conselho das outras séries.
O Pré-Conselho acontece também em todos os bimestres, onde cada
professor coordenador de turma faz um levantamento geral da turma que
coordena, preenchendo uma ficha, enumerando os problemas e sugestões
para melhorá-los. Este é um momento para que os professores, educadores,
equipe pedagógica e direção façam uma avaliação geral de todos os aspectos
que envolvem o ensino aprendizagem, momento de avaliar o aluno, seu
progresso e seus avanços, avaliar os docentes, a metodologia na aplicação
dos conteúdos, introduzir metodologias inovadoras em sala de aula em
consonância com as condições do trabalho docente e discente para que este
trabalho seja motivado, haja dedicação de ambas as partes, criatividade e
dedicação, com o principal objetivo de diagnosticar o nível de aprendizagem e
regular os processos de ensino, visando adequar as estratégias e os objetivos
as necessidades de aprendizagem de cada aluno, percebendo-o como sujeito,
agente do processo ensino aprendizagem, analisando o seu contexto social e a
realidade em que vive. O Pré-conselho também é realizado com os alunos
onde se realiza uma reunião com os alunos representantes de turma e estes
devem desenvolver o pré-conselho na sua turma a partir de tópicos de
discussão e entregar à Equipe Pedagógica.
O processo de avaliação acontece, em todos os momentos de ensino
aprendizagem da escola, esta é diagnóstica, processual, cumulativa e
formativa. A avaliação do aluno deve resultar em uma nota, onde o professor
fará no mínimo quatro atividades avaliativas para a nota final, o processo
avaliativo de cada disciplina está especificado na proposta curricular de cada
disciplina e no plano de trabalho docente de cada professor. Está prevista
também a aprovação por conselho de classe para o ensino fundamental, a
mesma acontece no conselho final, onde professores, equipe pedagógica,
funcionários e direção decidem pela aprovação do aluno mesmo que a soma
de notas seja menor que vinte e quatro pontos por disciplina.
Não temos grandes problemas de evasão escolar, porém os problemas
que temos são resolvidos de forma rápida e eficaz através de visitas
domiciliares realizadas pelo Conselho Tutelar. Damos muita importância à
permanência do aluno na escola e ao seu aprendizado efetivo, no momento em
que os professores comunicam a Equipe Pedagógica e Direção sobre as faltas
frequentes de determinado aluno, e estes notificam os pais chamando-os até a
escola. São enviadas correspondências e o não comparecimento dos pais ou
responsáveis leva a Equipe Pedagógica a comunicar o Conselho Tutelar para o
mesmo fazer a visita domiciliar e na sequência aplicar a este caso os
procedimentos do FICA, “Ficha de Comunicação do Aluno Ausente”, que é o
Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida.
Este estabelecimento de ensino possui um programa para evitar o
bullying, que são atos agressivos físicos ou verbais, praticados de maneira
repetitiva por parte de um ou mais alunos, contra um ou mais colegas, que
podem vir a acontecer no interior da escola. Sendo este estabelecimento,
passível de bullying, todos serão informados que neste espaço não será
admitido esta prática, todos os professores, funcionários, equipe pedagógica,
direção e grêmio estudantil, farão um trabalho de prevenção contra estes atos,
no entanto, a partir do caso detectado, deve-se sempre questionar junto ao
aluno a sua postura e atitudes, em caso de violência física, a escola deve
tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.
Temos neste estabelecimento de ensino uma cantina comercial para
atendimento aos alunos no horário de recreio. O atendimento da mesma é
realizado pela APMF e Grêmio Estudantil e supervisionada pela Direção e
Conselho Escolar, esta atende toda a normatização vigente em cumprimento à
Lei nº 10.054/92 e Resolução nº 2969/92.
O Grêmio Estudantil neste estabelecimento de ensino é uma
organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e
que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. Nesta
escola o grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes, onde os
mesmo tem a oportunidade de defender seus direitos e interesses e aprendem
ética e cidadania na prática. As atividades que o Grêmio Estudantil realiza
são: - Integração dos alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais
como: projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de trabalhos
científicos, coral, festival de dança, de música, campeonatos esportivos,
palestras sobre violência, drogas, sexualidade e meio ambiente, campanhas do
agasalho, de alimentos e de outros recursos para população carente, jornal da
escola, entre outros.
O Conselho Escolar neste estabelecimento de ensino é um órgão
colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do
trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade
com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da
Escola/ Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola. O
Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada
e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização
da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do
Estabelecimento de Ensino.
5.0 MARCO CONCEITUAL
A escola desenvolverá o processo ensino-aprendizagem possibilitando o
desenvolvimento de uma nova forma de pensar, falar e agir, que leve em conta
as reais possibilidades históricas sociais e a vida social e cultural de nossos
alunos e o conhecimento empírico que já trazem consigo, e por uma escola
que cumpre a sua função emancipadora, na perspectiva de Demerval Saviani,
de que este projeto força “a noção de que o papel político da educação
cumpre-se na perspectiva dos interesses dos dominados, quando garante aos
trabalhadores o acesso ao saber, ao saber sistematizado”.(Saviani, 1992 p.76).
Podemos afirmar que este estabelecimento de ensino busca atualização
e partindo dos recursos materiais que são disponibilizados, valorizando
primeiramente as partes humanas, com objetivo de ensinar aos alunos o
conhecimento cientifico através de um currículo organizado de forma disciplinar
e formar cidadãos criativos, críticos e dinâmicos para atuar na sociedade, e
estabelecer tanto na escola como na sociedade laços de amizade,
solidariedade e compromisso por um mundo melhor. Queremos uma educação
capaz de gerar sentimentos de transmitir conhecimento, vendo o aluno, como
um todo, na unicidade do corpo e da mente e percebendo que estes são
indissociáveis na prática pedagógica e na apropriação do conhecimento
científico.
É função precípua da escola a transmissão dos conhecimentos
científicos. A busca por uma educação de qualidade, na garantia da
apropriação dos conhecimentos, levando o aluno a refletir sobre o que
entendemos por conhecimento escolar e de que forma a sistematização dos
saberes é feita até a sala de aula. Segundo Moreira(2007,p.22), concebemos o
conhecimento escolar como uma construção específica da esfera educativa,
não como uma mera simplificação de conhecimentos produzidos fora da
escola. Consideramos, ainda, que o conhecimento escolar tem características
próprias que o distinguem de outras formas de conhecimento tendo aqui a
preocupação com o resgate da função social na apropriação dos
conhecimentos sistematizados. Nesta perspectiva, a formação pretendida pela
escola é, segundo Ramos(2003), conquistada à medida que os estudantes
identificam nela a relação orgânica com o dinamismo social que vivenciam, no
sentido não de conservar sua condição de classe dominada , mas de
transformá-la. E como forma de reafirmar a busca por uma educação de
qualidade, este estabelecimento de ensino através das Propostas Curriculares
de cada disciplina de cada modalidade de ensino será organizada através da
seleção de conteúdos relevantes que incentivem mudanças individuais e
sociais, assim como formas de organização e de distribuição dos conhecimento
escolares que possibilitem sua apreensão crítica, sempre a luz das Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná.
Nesse processo, o professor deve ser o estimulador da zona de
desenvolvimento próximal, provocando avanços nos conhecimentos que ainda
não aconteceram. Segundo Vygotski (1993), existem três momentos
importantes na aprendizagem do aluno: a zona de desenvolvimento potencial,
que é tudo que o aluno ainda não domina, mas que se espera que ele seja
capaz de realizar; a zona de desenvolvimento real, que é tudo aquilo que o
aluno já sabe e é capaz de realizar sozinho; a zona de desenvolvimento
próximal, que é tudo que o aluno somente realiza com o apoio do professor.
Entendendo isso, podemos compreender que na zona de desenvolvimento
próximal, “... a inferência de outros indivíduos é mais transformadora. Isso
porque os conhecimentos já consolidados não necessitam de inferência
externa”. (Oliveira, 1993, p.61).
O autor propõe uma visão de formação das funções psíquico superiores
como internalização mediana pela cultura, também informa que a criança, o
adolescente é um sujeito interativo que aprende mediante a interação com o
outro e com o meio, é um ser social que se faz indivíduo ao mesmo tempo em
que incorpora formas maduras de atividades de sua cultura, entende o homem
como um ser social, onde a inferência de outras pessoas, pais, professores,
colegas é um aspecto fundamental para o desenvolvimento da criança e do
adolescente.
"Educação é o fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar
que ela é ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho,
bem como ela é própria, um processo de trabalho”. (Saviani, 1992, p.19).
Tendo claro que o profissional da educação é peça fundamental no processo
ensino-aprendizagem, no encantamento do aluno pelos estudos, assim, “...
como ser educador, sobretudo numa perspectiva progressista, sem aprender,
com maior ou menor esforço, a conviver com os diferentes? Como ser
educador, senão desenvolvo em mim a indispensável amorosidade aos
educandos com quem me comprometo e ao próprio processo formador de que
sou parte?...”. (Freire, 1996, p.67).
Esse Projeto Político Pedagógico pressupõe um compromisso ético-
político com a transformação da realidade social, preparando o aluno para que
se torne capaz de fazer intervenções na sociedade no sentido de superar as
desigualdades sociais. Para que isso ocorra, a gestão democrática precisa
estar envolvida, precisa-se: de autonomia dos estabelecimentos de ensino na
gestão administrativa, financeira e pedagógica; livre organização dos
segmentos da comunidade escolar bem como participação dos mesmos nos
processos decisórios em órgãos colegiados; transparência dos mecanismos
administrativos, financeiros e pedagógicos; garantia de descentralização do
processo educacional; valorização dos profissionais da educação.
A descentralização não pode ser compreendida como uma transferência
de encargos, mas entendida e aplicada como o fortalecimento da organização
escolar que, ao possuir maior autonomia, define sua identidade, redefine o seu
papel e o dos diferentes segmentos envolvidos, esta se processa a medida que
a escola vai construindo sua autonomia, a qual não significa ausência de leis,
normas, regras ou a ideia de que a escola pode fazer o que quiser, mas sim, a
possibilidade de ter autonomia, traçar seus rumos, buscar seus caminhos, criar
condições de vir a ser o que se pretende, dentro dos parâmetros gerais
definidos pela Secretaria de Estado da Educação.
Segundo Libâneo (1985), se a escola preparar o aluno para o mundo
adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental para uma
participação organizada e ativa na sociedade, estará trabalhando com a
tendência progressista “crítico-social dos conteúdos”, então o papel da
Pedagogia Progressista parte de uma análise crítica das realidades sociais,
sustentando implicitamente as finalidades sócio–políticas da educação, nessa
perspectiva, a educação escolar, embora não seja panacéia para as mazelas
sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno, sujeito
consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade.
A organização curricular, do ser humano, sociedade e educação, a
interdisciplinaridade vem sendo proposta e discutida como estrutura de
rompimento das Matrizes Curriculares determinantes do conhecimento escolar,
expressa um rompimento com a disciplinaridade do conhecimento, buscando a
integração dos diversos saberes presentes no cotidiano da escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o Ensino
Médio é a "etapa final da educação básica” (Lei 9394/96 - Art.36) o que
concorre para a construção de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter a
característica da terminalidade o que significa assegurar a todos os cidadãos a
oportunidade de consolidar e aprofundar " os conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental ", aprimorar o educando como pessoa humana,
possibilitar o prosseguimento de estudos, garantir a preparação básica para o
trabalho e a cidadania, dotar o educando dos instrumentos que permitam,
"continuar aprendendo", tendo em vista a desenvolver a compreensão dos
“fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos..."
(Art.35,incisos I a IV, da Lei nº 9394/96).
O Ensino Médio, portanto, é a etapa final de uma educação de caráter
geral, afinada com a contemporaneidade, com a construção de competências
básicas, que situem o educando como sujeito produtor de conhecimento e
participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa, como
"sujeito em situação", cidadão.
Há de se ter clareza, portanto de que a escola não da conta de tudo,
mas de forma consciente e fundamentada pode e deve fazer o exercício de
discutir sobre estes desafios, entendendo-os na mesma perspectiva do
conteúdo e, portanto, da Proposta Pedagógica Curricular quando e se
inerentes à compreensão dos mesmos na totalidade estes desafios do
cotidiano, conduzem o coletivo escolar a buscar os fundamentos conceituais
sobre os mesmos, entendendo-os nas dimensões históricas, sociais, políticas e
econômicas, suscitando a busca por suportes concretos, dada a compreensão
dos mesmos em sua concretude.
6.0 MARCO OPERACIONAL
“O ambiente geral, o clima cultural, os valores e as imagens mudaram de
trinta anos para cá. Por isso a educação, a escola, suas leituras e currículos e
seus instrumentos didáticos também devem mudar, pois são realidades
concretas e não metafísicas” (Gramsci, 2001, p.37).
Na organização de todo o trabalho pedagógico desta escola o
desenvolvimento será a luz de uma escola cidadã, uma escola pública, gratuita
e de qualidade para todos, levando a todos, direção, equipe pedagógica,
professores, educadores a trabalhar de forma ativa e criativa, com objetivo
fundamental de garantir conhecimento, levando o nosso aluno, a apaixonar-se
pelos estudos e aplicá-los nas suas vivências e práticas diárias na sociedade.
A direção da escola assim como todos os segmentos será pautada nos
princípios da gestão democrática, tendo como pressuposto de que a liberdade
na escola deve ser pensada na relação entre os seus diferentes segmentos em
um contexto participativo, onde todos têm liberdade para influir nas decisões e,
portanto têm também responsabilidades sobre elas e, particularmente, sobre a
construção deste projeto político pedagógico. Dentro de uma postura
democrática todas as instâncias colegiadas que fazem parte do segmento
escolar como: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e
Grêmio Estudantil, trabalharão em conjunto com toda a comunidade escolar.
Será dada ênfase a relação entre escola e sociedade, buscando a participação
dos pais em reuniões e no dia a dia da escola, inclusive para a tomada de
decisões, prevendo a capacitação dos mesmos no âmbito escolar.
O Colégio Estadual Monsenhor Pedro Busko definirá a organização do
ano letivo coletivamente, entre, Direção, Equipe Pedagógica, Professores e
Funcionários, dando grande importância aos momentos de formação
continuada para Professores, Funcionários, Direção Equipe Pedagógica e
Alunos, representantes de turma e órgãos colegiados.
Os projetos interdisciplinares e pedagógicos, comemorações, festas,
excursões e jogos que acontecerão na escola, desde que estes estejam
embasados em conteúdos científicos, priorizando o que é essencial no
currículo e não o que é secundário.
Os conteúdos extra curriculares serão desenvolvidos sempre que não
prejudicar o currículo principal, enriquecendo o essencial ou pelo menos não
atrapalhando, sem congestionar o currículo.
A avaliação do rendimento escolar nesta escola, considerando a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, é diagnóstica,
processual, contínua, somativa e formativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e dos resultados
obtidos durante o período letivo, esta será concebida como um meio
pedagógico para ajudar o aluno em seu processo educativo.
Segundo Hoffmann (2000 p.67), “avaliar nesse novo paradigma é
dinamizar oportunidades de reflexão, num acompanhamento permanente do
professor e este deve propiciar ao aluno seu processo de aprendência,
reflexões acerca do mundo, formando seres críticos, libertários, participativos
na construção de verdades formuladas e reformuladas”.
Por solicitação da comunidade escolar percebeu-se a necessidade da
inclusão de mais uma língua estrangeira em contraturno para os alunos deste
colégio. O CELEM já esta implantado nesta escola e são atendidos alunos do
ensino Fundamental e Médio e comunidade. Este programa é de suma
importância para os alunos e comunidade escolar.
A recuperação acontecerá paralelamente ao desenvolvimento dos
conteúdos e do processo avaliativo durante todos os bimestres e deverá prever
a recuperação quando necessária de todos os conteúdos do bimestre. A
avaliação do rendimento escolar acontecerá em forma de provas, trabalhos,
pesquisas, debates, experiências, projetos, apresentações, participação das
aulas, levando sempre em consideração que a avaliação deverá perceber o
progresso do aluno em todos os aspectos da sua vida, mental, corporal,
emocional e social, de acordo com a Proposta Curricular de cada disciplina e o
Plano de Trabalho Docente de cada professor. Serão feitas, no mínimo quatro
avaliações bimestrais, e estas devem ter caráter somatório, ou seja, serem
somadas ao final de cada bimestre para se obter a média final.
A recuperação deverá acontecer concomitantemente, ou seja,
juntamente ao desenvolvimento das atividades bimestrais. A partir do momento
em que o professor perceber que alguns alunos ou boa parte dos alunos
necessitam de uma recuperação de conteúdos, cabe ao professor encontrar a
melhor maneira de recuperá-los; individualmente chamando o (os ) aluno e
reexplicar a matéria ou se uma grande parcela da classe apresentou
dificuldades no tema trabalhado, então faz-se necessário retomar as
explicações diversificando as metodologias, aplicar novas atividades para
recuperar o conteúdo. Antes das avaliações fazer uma revisão e procurar
verificar se existem alunos que possuem dúvidas, e ao final do bimestre
também fazer e revisão de toda matéria para então iniciar o novo conteúdo.
Os alunos não poderão sair da sala de aula após o término da prova,
devendo permanecer dentro da sala em momento de leitura.
Para alunos novos em qualquer idade que ingressarem neste
estabelecimento de ensino durante qualquer período do ano letivo, será
prevista uma classificação ou reclassificação conforme o caso, previsto na
instrução 01/99. Os procedimentos e encaminhamentos da classificação e
reclassificação neste colégio seguirão decisão tomada pelo Corpo Docente,
Equipe Pedagógica e Direção que farão uma reunião especifica para cada caso
prevendo encaminhamentos conforme o histórico escolar do aluno analisado.
Será previsto também através da legislação vigente o avanço em séries
mediante a verificação do aprendizado, bem como a articulação entre formas
pedagógicas de aceleração de estudos e a garantia de um padrão de qualidade
entre as formas pedagógicas e avaliativas, valorizando tanto a forma escolar
quanto o efetivo domínio dos conteúdos necessários, nos níveis de ensino
fundamental e médio.
A reprovação ao final do ano letivo, será analisada de forma integral
percebendo a progressão do aluno em todos os aspectos escolares, sociais e
emocionais. “Reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. É a própria
negação do ensino" (Henri Wallon 1975 p. 79). Será desenvolvido através da
Equipe Pedagógica em conjunto com Direção, Professores uma ação que evite
a reprovação, buscando juntamente com as famílias o acompanhamento dos
alunos que não apresentam um bom desempenho escolar, para que estes
alunos possam efetivamente melhorar no processo de aprendizagem e
consequentemente suas notas evitando assim a reprovação. No que diz
respeito à reprovação devemos afirmar que ela só ocorrerá perante o Conselho
de Classe ao final do ano letivo após terem sido esgotadas todas as formas de
recuperação ao longo do período letivo em todas as disciplinas.
Os professores, bem como equipe pedagógica e direção têm o
compromisso da obrigatoriedade e participação nos conselhos de classe,
sendo que a falta será justificada somente mediante justificativa satisfatória ou
atestado médico.
A escolha de professores coordenadores de turma será no início do ano
letivo e esta acontecerá num primeiro momento pela escolha pessoal de cada
professor para a turma, pela qual desenvolve maior empatia, e num segundo
momento, às que sobrarem será feito um sorteio com o restante dos
professores, no início do segundo semestre do mesmo ano letivo a escolha de
professores coordenadores do Ensino Médio organizado por blocos será refeita
por conta de que estas turmas terão novos professores, devido a redistribuição
de aulas que acontece neste período no Ensino Médio por blocos.
Serão desenvolvidas atividades encaminhadas pela Secretaria Estadual
da Educação tais, como: Jogos Estudantis, Fera, Com Ciência, Mobilização
para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida (FICA), através do Núcleo
Regional de Educação, sempre que houver interesse da maior parte do corpo
docente.
Neste estabelecimento de ensino está sendo desenvolvido o Programa
Viva a Escola, implantado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a
partir da Resolução 3683/2008 e da instrução nº 17/2008 que orienta a
organização do trabalho pedagógico. Este programa está sendo desenvolvido
na modalidade expressivo-corporal, com o projeto “ Vivendo o futsal na escola”,
onde estão envolvidos 23 alunos de séries diferenciadas com o objetivo de
identificar o esporte enquanto condição de produção humana através da ação,
como algo passível de transformação a partir da reflexão sobre a realidade
apreendida, visando a construção de conhecimentos que impõe uma
reorientação no seu sentido e significado, no seu papel social.
Serão desenvolvidos projetos de gestão administrativo-pedagógica, que
viabilizem ações administrativas que atendam à especificidade do Ensino
Médio Noturno organizado por blocos, a composição de turmas e a
organização de horários será adaptada de acordo com a realidade dos alunos,
e a chegada do transporte escolar. Na organização curricular e no trabalho
pedagógico serão previstas ações no plano docente que envolva proposições,
alternativas para a integração das disciplinas, inserção de novas tecnologias,
utilização de novas dinâmicas facilitadoras da aprendizagem, contextualização
de conteúdos e avaliação.
Será prevista também para o Ensino Médio organizado por blocos de
disciplinas, a Progressão Parcial, podendo o aluno ter uma dependência por
bloco de disciplinas e continuar seus estudos na série seguinte, cursando em
contra-turno a disciplina da Progressão Parcial. Serão desenvolvidas ações por
turma de acordo com os encaminhamentos do professor e adesão da maioria
da turma, de conscientização social que envolva a comunidade, sensibilizando
e melhorando-a.
Na falta de professores, por motivo de cursos, o professor avisará com
antecedência para troca de horário com outro professor caso não seja possível
deixarão atividades para os alunos, as quais serão aplicadas e orientadas pela
Equipe Pedagógica e Direção. Caso não aconteça esta substituição, o
professor se responsabilizará em montar um projeto de reposição de
conteúdos, através de formas didaticamente viáveis, usando sábados, ou
contra turno, aulas vagas, ou preparando material extra para leituras ou
trabalhos, esta reposição seguirá as orientações da instrução 13/04 -
DIE/SEED.
A equipe pedagógica desenvolverá em conjunto com a professora da
Sala de Recurso, e professores regentes um trabalho de acompanhamento e
organização da adaptação curricular para alunos com deficiência intelectual.
Propiciar a esses alunos condições diferenciadas que viabilizem um processo
educativo que lhes proporcione acolhimento e aprendizagem efetiva. Esta
escola propiciará aos seus alunos com necessidades educativas especiais um
ensino diferenciado através da flexibilização e adaptação curricular, planejando
através do Plano de Trabalho Docente, encaminhamentos metodológicos e
avaliações específicas mais o atendimento em sala de apoio ou recurso para
que este aluno possa ter a sua aprendizagem realmente garantida e que esta
possa fortalecer a sua identidade social e o exercício da cidadania.
No sentido de melhorar o processo de inclusão, os professores estarão
sempre buscando formação, e a equipe pedagógica e direção estarão
propiciando aos professores momentos de reflexão em hora atividade coletiva,
para que nós profissionais da educação possamos entender e perceber melhor
os diferentes tempos dos alunos.
O Programa de Leitura, que também é desenvolvido neste Colégio tem
como objetivo o incentivo à leitura, que acontecerá em forma de aulas de
leitura para toda comunidade escolar. A cada semana é escolhido um dia e
uma aula para ser o momento de leitura e também, estes serão determinados
por uma escala às aulas de cada semana para não ser sempre nas mesmas
aulas; esta escala fica em edital em todos os setores da escola para
acompanhamento e adesão de toda comunidade escolar.
Em conjunto com direção, equipe pedagógica, professores, funcionários,
pais de alunos e conselho tutelar, serão desenvolvidas ações que viabilizem a
diminuição das taxas de reprovação e evasão escolar, do ensino fundamental e
médio, bem como a melhoria da frequência dos alunos no Colégio.
Conforme decisão de pais, alunos, professores, direção, equipe
pedagógica e funcionários, as viagens de final de ano só serão liberadas para
as turmas de oitavas séries do ensino fundamental, terceiras séries do ensino
médio e alunos de Sala de Recursos, somente acompanhados por no mínimo
três pessoas responsáveis, que podem ser: pais, professores ou funcionários
da escola. A alimentação básica para a referida viagem deverá estar prevista
no orçamento da turma sem custo para alunos e responsáveis, salvo, para os
alunos de Sala de Recursos, que serão adotados outros critérios. As excursões
deverão preferencialmente ter caráter cultural e somente serão permitidas
excursões para o litoral para as turmas de terceiras séries do ensino médio,
para as viagens de 8ª série do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio
não será permitida a viagem de pessoas estranhas somente professores e
funcionários da escola e familiares de alunos da turma. Em relação às
formaturas de oitava série do ensino fundamental e terceira série do ensino
médio será definida no inicio do ano letivo uma comissão organizadora com
alunos representantes de cada turma de oitava série do Ensino Fundamental e
terceira série do Ensino Médio, Professores Coordenadores de turma, um
membro da Equipe Pedagógica e Direção, onde caberá a esta comissão definir
critérios para realização desta formatura de acordo com a realidade de cada
turma. Em viagens de projetos desenvolvidos pelo Colégio os alunos irão
acompanhados por professores do colégio devidamente autorizados pelos pais.
A ética está presente neste Projeto Político Pedagógico, desde sua
elaboração, por ser uma construção coletiva e dialética, respeitando a opinião
de todos, refletindo e analisando a função da escola. No cotidiano escolar, bem
como na organização do trabalho escolar, a ética também se encontra
presente, visto que é uma teoria, uma ciência, que analisa e reflete sobre a
vivência moral, nos momentos de encontros e reflexão, é constante essa
análise, no entanto a prática ou vivencia moral é quem nem sempre caminha
junto com a ética, então devemos rever nossas atitudes e buscar uma postura
ética em todos os momentos de nossa vida. E essa mudança poderá ocorrer,
através do comprometimento de todos os profissionais da educação com a
continuação dessa Pedagogia Progressista que está no nosso Projeto Político
Pedagógico, que segundo Snyders (1974), dá primazia aos conteúdos, mas
não se resume a eles. É o seu ponto de partida, é de onde se definem os seus
métodos, sua metodologia é concebida a partir da teoria do conhecimento
marxista, pela dialética materialista, pelo movimento de continuidade e ruptura.
Parte-se da necessidade e aspirações dos alunos, de sua realidade, para então
realizar as rupturas, sair do imediatismo e chegar ao teórico, ao abstrato e
depois retornar ao real com uma nova visão que possibilita uma nova ação
sobre o aluno.
Então é possível fazer parte de nossa prática pedagógica através de
atitudes como: o diálogo constante, o respeito, a busca pelo aperfeiçoamento e
a afetividade. Fazendo com que a ética (teoria) que existe em nosso cotidiano
se transforme em uma moral (prática).
Será priorizada nesta escola a formação continuada, que acontecerá no
decorrer do ano letivo, com reuniões de estudo, palestras, debates e troca de
experiências, estudo de livros e textos, investindo e valorizando a formação dos
professores munindo-os de suportes teóricos e métodos práticos para trabalhar
com a diversidade conhecendo a realidade dos alunos, procurando rever o
caminho a seguir, tendo sempre em mente que a função principal da escola é
ensinar assegurar a reapropriação do conhecimento que é direito de todos os
alunos, vendo assim a educação como uma prática social, atividade específica
dos homens situados na história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode
ser mudado pela nossa ação na sociedade e nas relações de trabalho e
convivência que acontecem no dia a dia, para de fato efetivarmos uma prática
social inovadora.
Os professores deverão incluir no currículo conteúdos referentes à
Educação das Relações Étnicoraciais e ao ensino de História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena, buscando combater o racismo, trabalhando
pelo fim da desigualdade social, promovendo o ser humano na sua
integralidade, estimulando a formação de valores, hábitos e comportamentos
que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e
minorias. Através de metodologias próprias cada professor deverá destacar a
importância de cada um na construção da sociedade brasileira, resgatando-lhe
a auto-estima abalada pela cultura escravocrata. Além de incentivar o aluno a
combater todas as formas de discriminação, especialmente de gênero, idade,
raça, cor, busca-se o respeito à diversidade e a promoção da igualdade de
oportunidades. O respeito a diversidade tem a ver com o direito de todos os
alunos realizarem as atividades fundamentais para seu desenvolvimento e
socialização. Sua concretização, em sala de aula, significa levar em conta
fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, suas
características pessoais e psíquicas, portanto os professores precisam ensinar
pensando no aluno concreto e não no aluno ideal.
Cada professor na sua disciplina será responsável pelo uso da
linguagem escrita e falada, pois esses atributos não pertencem somente para
os professores de português. Portanto os professores podem e devem
proceder as correções ortográficas, entretanto não podem ser considerados
requisitos para a avaliação, exceto na disciplina de Língua Portuguesa.
A Educação do Campo neste estabelecimento de ensino buscará
romper com o círculo vicioso de que se estuda para sair do campo ou se sai do
campo para estudar, pois os sujeitos do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação vinculada a sua cultura e
as suas necessidades humanas e sociais.
Tendo as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo como
referencial, os professores planejarão sua prática em sala de aula,
compreendendo o universo de vida de seus alunos para que, desde seu lugar
e posição de classe, reflitam sobre sua prática no ambiente escolar.
Dinamizar a Ficha de acompanhamento: FICA, cabendo ao professor,
na medida, em que constatada a ausência do aluno por 05 dias consecutivos
ou 07 alternados no período de um mês, deverá comunicar a Equipe
Pedagógica que tomará as medidas necessárias que possibilitem o retorno do
aluno.
Estaremos buscando solução para o problema da evasão escolar,
juntamente com professores e pais dos alunos evadidos, através da
conversação, procurando solucionar seus problemas, e a convocação do
Conselho Tutelar caso se faça necessário, no auxilio do resgate dos alunos
evadidos ou que tem problemas familiares.
7.0 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o
caminho caminhado, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a
caminhar” Paulo Freire.
Partindo deste pressuposto, citado por Paulo Freire, este Projeto Político
Pedagógico, é um caminho pelo qual vamos caminhar, ninguém caminha sem
aprender a caminhar, caminhando, retocando, modificando, reformulando
revendo o caminho pelo qual se propôs a caminhar. Este Projeto Político
Pedagógico é dinâmico e pode ser modificado sempre que necessário, desde
que a maior parte da comunidade escolar esteja de acordo e aprove tais
modificações. Será feita uma cópia do mesmo para cada professor após sua
aprovação, e a avaliação acontecerá em todos os Conselhos de Classe,
através de um conjunto de perguntas e conversa com o coletivo dos
professores, com os alunos a avaliação ocorrerá através dos alunos
representantes de turmas em reuniões ao final de cada bimestre, e com os pais
nas reuniões bimestrais para entrega de boletins.
8.0 REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DO PARANÁ PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 2006.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLECENTE.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
_____________ Pedagogia da esperança. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
_____________ Pedagogia do Oprimido. 5ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1998.
FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. Trad. De
Raquel Ramalhete. 26ª ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para pedagogia histórica – crítica 3ª ed.
São Paulo: Autores Associados, 2005.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. 4º vol. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio: Uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2000.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, 9394 de 1996.
LIBÂNEO, José C. Democratização da Escola Pública, São Paulo: Edições
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