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1 COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida Getúlio Vargas, 847 - Guarani – Mamborê – PR. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MAMBORÊ, 2010

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM

Avenida Getúlio Vargas, 847 - Guarani – Mamborê – PR.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MAMBORÊ, 2010

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM

Avenida Getúlio Vargas, 847 - Guarani – Mamborê – PR.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar a partir de reflexões e discussões dos problemas da escola para organização do trabalho pedagógico.

MAMBORÊ, 2010

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APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio, Município de

Mamborê - Bairro Guarani, jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Campo

Mourão, apresenta características de Escola do Campo, por sua localização e por atender alunos,

em sua maioria, provenientes da zona rural, filhos de agricultores, trabalhadores do campo (bóia-

fria). A comunidade local tem sua economia e cultura voltadas para o trabalho do campo e mesmo

os alunos, moradores do bairro dependem desse trabalho.

O Corpo Discente do Colégio constitui-se no ano de dois mil e dez por duzentos e quarenta

alunos, distribuídos entre Ensino Fundamental e Médio. A equipe de profissionais da educação é

composta por trinta e três profissionais, entre Docentes e Agentes Educacionais I e II.

Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio

Estudantil são os órgãos colegiados que dão suporte aos trabalhos desenvolvidos no Colégio, com

intuito de garantir a aprendizagem do educando, formando-o cidadão consciente de seu papel na

sociedade.

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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO...............................................061.1 DADOS ATUALIZADOS...........................................................................................................061.2 DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO.............................................................................061.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO............................................................................08

2. OBJETIVOS................................................................................................................................102.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................................................102.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................................10

3. MARCO SITUACIONAL..........................................................................................................113.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR........................................................11

4. MARCO CONCEITUAL...........................................................................................................144.1 EDUCAÇÃO DO CAMPO.........................................................................................................154.2 EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, HOMEM, TRABALHO, CULTURA, CONHECIMENTO.....154.3 CIÊNCIA E TECNOLOGIA.......................................................................................................184.4 ENSINO E APRENDIZAGEM...................................................................................................194.5 CIDADANIA..............................................................................................................................194.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA.......................................................................................................204.7 AVALIAÇÃO..............................................................................................................................214.8 CONSELHO DE CLASSE.........................................................................................................234.9 INCLUSÃO.................................................................................................................................234.10 O CURRÍCULO........................................................................................................................244.11 TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR...............................................................................................254.12 FORMAÇÃO CONTINUADA.................................................................................................26

5. MARCO OPERACIONAL........................................................................................................275.1 AÇÕES COLETIVAS PARA UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA E COMPROMISSO POLITICO PEDAGÓGICO COM A PRÁXIS EDUCATIVA..........................................................275.2 HORA-ATIVIDADE...................................................................................................................275.3 CRITERIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR.................................275.4 CRITERIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DAS ESPECIFICIDADES..........................................................................................295.5 PRÁTICAS AVALIATIVAS.......................................................................................................295.6 DIRETRIZES PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA...................................................................................................305.7 CONSELHO DE CLASSE.........................................................................................................315.8 EVASÃO ESCOLAR..................................................................................................................315.9 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE....................................................................................325.10 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.............325.11 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DE ALUNOS QUE CURSAM O ENSINO MÉDIOADENDO REGIMENTAL DE ACRÉSCIMO.................................................................................395.12 ADENDO REGIMENTAL DE ACRÉSCIMO........................................................................40

6. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRICULO............................................................416.1 AGENDA 21...............................................................................................................................416.2 EDUCAÇÃO FISCAL................................................................................................................426.3 PROGRAMA VIVA A ESCOLA................................................................................................436.4 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO............................................................................................44

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6.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA......................................................................446.6 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR................................................................................................456.7 MEIO AMBIENTE.....................................................................................................................466.8 PROGRAMA FICA....................................................................................................................476.9 PALAVRA ESCRITA – PROTAGONISMO JUVENIL...........................................................476.10 GRUPO DE CANTO SOM E HARMONIA............................................................................476.11 AGRINHO.................................................................................................................................486.12 OLÍMPIADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS...............486.13 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – ESCREVENDO O FUTURO....................486.14 FERA COMCIÊNCIA..............................................................................................................496.15 FEIRÃO DO LIVRO.................................................................................................................496.16 CAMPANHA COM A MÍDIA PELA PAZ..............................................................................50

7. PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO..............................................................51

8. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO..............................................55

9. REFERÊNCIAS..........................................................................................................................59

10. ANEXOS.....................................................................................................................................6410.1 AGENDA 21 ESCOLAR..........................................................................................................6410.2 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES................................................................7610.2.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE.....................7610.2.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA........................................10010.2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.........11010.2.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA............................................................................................................................................12210.2.5 PROPOSTA DE ENSINO RELIGIOSO..............................................................................13510.2.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA...........14610.2.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA..................15510.2.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA......................................16910.2.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA...........................................18510.2.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................................................23910.2.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA..............................................................................................................................23910.2.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA.......................................................................................................................................26510.2.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA.................................................................................................................................275

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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1.1 DADOS ATUALIZADOS

Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio

Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 847 - Bairro: Guarani

Telefone (Fax): 44 - 3592-1032

Município: Mamborê – CEP: 87340-000 - Código: 1410

Email: [email protected]

Localização da Escola: Bairro Guarani, situado a 22 km da cidade de Mamborê, com estradas não

pavimentadas e de difícil acesso, caracterizando Escola do Campo.

Distância do Colégio até o NRE: 60 km.

Dependência Administrativa: Estadual

NRE: Campo Mourão

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Código: 00098

Porte: II

Código do INEP: 41017765

IDEB 2010: 4,6

Ato de autorização de funcionamento do Colégio: Resolução nº4390-D.O.E. de 05/07/1984

Ato de reconhecimento do Colégio: Resolução nº 3612/88 – D.O.E. De 18/11/1988

Ato de renovação de reconhecimento: Resolução nº 3605/02 – D.O.E de 07/10/2002

Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar Nº 108/05 DE 19/04/2005

1.2 DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

Construída em 1958, na Avenida Getúlio Vargas, número 847, a Escola era assoalhada e as

portas e janelas eram abertas, possuindo nessa época, turmas multisseriadas de 1ª e 2ª séries. O

nome da Escola era “Escola Isolada do Guarani”. Em 1963 a Escola já possuía um número

considerável de alunos, no entanto, o meio de transporte era escasso.

Nesta época, em reunião com a comunidade escolar a Escola passou a chamar-se “Escola

São Luiz Gonzaga” em homenagem ao sacerdote São Luiz Gonzaga, conhecido como “Patrono dos

Estudantes”. Não havia direção na escola, os próprios professores que a administravam com a

ajuda da comunidade.

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Por volta de 1978, foi construído, no pátio da Escola, um pavilhão em alvenaria, contendo

01 sala de aula e 02 almoxarifados. A partir de 1980 passou a chamar-se de “Escola Estadual São

Luiz Gonzaga”, sendo mantida pelo Governo do Estado do Paraná.

No ano de 1984, com recursos da FUNDEPAR e através de convênio com a Prefeitura

Municipal de Mamborê foi construído um segundo Pavilhão em alvenaria e em 1996, o terceiro

pavilhão com 486 metros quadrados. Com a resolução nº 4390/84 foi autorizada a implantação de

forma gradativa de 5ª a 8ª série do Ensino de 1º grau e o estabelecimento passou a ser denominado

“Escola Estadual São Luiz Gonzaga - Ensino de 1º Grau”. Com a Resolução nº 3120/98 de

31/08/98 o referido estabelecimento passou a denominar “Escola Estadual São Luiz Gonzaga -

Ensino Fundamental”.

A partir de 2004 foi implantado o Ensino Médio conforme Resolução nº 133/2004,

publicada no Diário Oficial de 15/01/04 e a Escola em função disso, passou a denominar-se

“Colégio Estadual São Luiz Gonzaga - Ensino Fundamental e Médio”.

Em 2006, o Colégio passou a contar com uma quadra poliesportiva coberta. Desde sua

fundação, o Colégio situa-se no mesmo local. Em 1995, com o auxílio de alunos e professores, a

diretora Sueli Bernardes Barili criou o brasão do Colégio com os símbolos: Livro aberto, estrada e

pegadas pelo caminho rumo ao livro com o intuito de representar a incessante busca pelo

conhecimento que não se finda.

O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, até esse ano dividia suas instalações físicas com o

Ensino Fundamental Municipal, cedendo para estes, quatro salas de aula e partilhando as

instalações sanitárias, sala de vídeo, sala dos professores, biblioteca, cozinha, quadra esportiva e

pátio.

Esta convivência influenciava no desenvolvimento dos trabalhos na escola, uma vez que o

recreio, ou intervalo, era dividido em duas etapas: um horário era destinado ao município e outro

ao estado, o que gerava desconforto para alunos e professores que estavam em sala e sofriam

interferência pelo “barulho” dos alunos que estavam no intervalo. Entretanto, esta ainda era a

melhor forma de organização.

Em meados de 2006 não havia mais a dualidade administrativa o que ampliou os espaços

pedagógicos, assim algumas salas que eram usadas como salas de aula foram adaptadas conforme

as necessidades da época. A quadra poliesportiva recebeu a cobertura no ano de 2007, o que

facilitou o desenvolvimento do Projeto Segundo Tempo que já existia desde 2004.

Neste mesmo ano foi implantado o Programa Paraná Digital e também foram recebidos

alguns Equipamentos (armários, batedeira industrial, forno, fogão, etc.) que facilitaram e

agilizaram o preparo da Merenda Escolar, bem como o trabalho dos Agentes Educacionais I.

No ano de 2008, foram realizados alguns reparos como pintura e substituição de portas nas

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salas de aula, as quais receberam TVs Pendrive, um importante recurso tecnológico para o

desenvolvimento do trabalho docente. Neste mesmo ano o Colégio comemorou seu “Jubileu de

Ouro” e durante o ano foram desenvolvidas pesquisas referentes às “Memórias da Escola”, o que

culminou em um grandioso evento.

Em 2009, O Colégio passou a ofertar a Educação de Jovens e Adultos por meio da APED

(Ação Pedagógica Descentralizada). O Programa Viva Escola também iniciou suas atividades

neste mesmo período. Neste ano, o Colégio foi beneficiado pelo Programa PDE - Escola, uma

verba destinada pelo MEC com a finalidade de promover melhorias no processo ensino-

aprendizagem. Em dois mil e dez foi contemplado com uma parcela complementar do Programa.

Apesar de todas as conquistas relatadas, diante da precariedade das instalações elétricas,

hidráulicas e funcionais o Colégio ainda precisava de urgente reforma, a qual teve início no

segundo semestre de dois mil e dez.

No cotidiano do Colégio são acentuadas algumas dificuldades organizacionais, tais como:

Em dias de chuva, é frequente a falta de energia elétrica o acarreta na falta de água, pois a

comunidade é abastecida por um poço artesiano. A chuva ainda prejudica o acesso dos

profissionais da educação que moram na cidade e constituem a maioria do quadro de profissionais,

bem como o acesso dos alunos, que necessitam do transporte escolar, pois a estrada não é

pavimentada e não proporciona fácil acesso.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª/8ª série) e Ensino Médio

Número de Turmas:

Oito Turmas de 5ª/8ª série, distribuídas da seguinte forma no ano letivo de dois mil e dez:

Matutino Vespertino

5ª A: 18 5ª B: 20

6ª A: 27 6ª B: 20

7ª A: 27 7ª B: 16

8ª A: 20 8ª B: 25

Três Turmas de Ensino Médio, distribuídas da seguinte forma:

Noturno

1ª A: 19

2ª A: 25

3ªA : 23

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Total de alunos do Ensino Fundamental (5ª/8ª série) e Ensino Médio: duzentos e quarenta

alunos.

Turno de funcionamento: O Colégio funciona em três turnos: manhã, tarde e noite e possui em

sua demanda dezenove professores, uma diretora, uma diretora auxiliar, três professoras

pedagogas, três agentes educacionais II e quatro agentes educacionais I.

Organização da hora-atividade no horário escolar: A hora-atividade no horário escolar é

organizada de modo que o professor possa realizá-la, intercalando-a com as suas horas/aula no

mesmo turno do trabalho, procurando concentrar nos dias específicos de cada disciplina, como

prevê a lei 13.807 de 30/09/2002 e a resolução nº 305/2004 – SEED e a instrução 02/2004 –

SUED. Entretanto, em virtude do pequeno quadro de docentes, é difícil a concentração de vários

professores da mesma área em nosso Colégio para a realização de hora – atividade.

Organização do tempo escolar: O curso de 5ª/8ª série é de regime anual por série/bimestral. O

curso de Ensino Médio é de regime anual/semestral.

Forma de registros avaliativos: A forma de registro de avaliação na escola é realizada através de

notas bimestrais no Ensino Fundamental e semestrais no Ensino Médio. A Promoção é o resultado

da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada a apuração da sua freqüência. A média

final mínima exigida para promoção ou certificação de conclusão é de 6,0, observando a freqüência

de 75%, para ensino fundamental e médio.

Regime de progressão parcial: a matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o

aluno não obtendo a aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes, em horário contra-turno ao da série que foi

matriculado.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga tem o objetivo de atender ao disposto na

Constituição Federal e na LDB, ministrando o Ensino Fundamental e Médio, observando a

legislação e normas aplicadas e considerando também o Estatuto da Criança e do Adolescente -

ECA - art. 5º e 6º e art. 53º a 59º e Declaração de Salamanca, de modo a promover ao alunado uma

aprendizagem de qualidade votada para uma formação profissional, cultural, política, social e

humanística.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Instigar a comunidade escolar a:

- Exercer sua cidadania de modo ativo, consciente de seus direitos e deveres políticos, civis e

sociais, adotando atitudes de solidariedade, cooperação, respeito ao outro e a si mesmo e repúdio às

injustiças.

- Posicionar-se de maneira crítica, responsável construtiva nas diferentes situações sociais,

utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos, e de tomar decisões coletivas.

- Levar o aluno a se perceber como integrante e sujeito transformador do espaço em que vive,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para melhoria do

ambiente físico e social.

- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como os

aspectos sócio-culturais de outros povos, garantindo o respeito às diversidades étnico-raciais e ao

multiculturalismo com intuito de promoção da cidadania, resgatando essas diferentes identidades

culturais.

- Despertar e valorizar as potencialidades dos alunos, motivando-os à permanência na escola

assegurando seu saber global.

- Buscar uma forma de organização do trabalho que supere os conflitos, eliminando as relações

competitivas, corporativas e autoritárias, que reforçam as diferenças e hierarquizam os poderes de

decisão.

- Proporcionar momentos de reflexão e discussão dos problemas da escola, com participação

ativa de todos os seus segmentos, com a intenção de avaliar e redimensionar a prática pedagógica,

num processo participativo de decisão, norteado pelo presente projeto.

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3. MARCO SITUACIONAL

3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR

O Bairro Guarani, constitui-se numa economia essencialmente agrícola com população de

aproximadamente 1.500 habitantes. Conta com uma Sub-Prefeitura, Posto de Saúde, Centro de

Educação Infantil, Escola Municipal, Colégio Estadual de Ensino Fundamental e Médio, Centro

social de atendimento, Posto Policial, Posto do Correio, Ginásio de Esportes Municipal e Pastoral

da Criança. O local é de difícil acesso aos profissionais especializados tais como Psicólogos,

Fonoaudiólogos, Neurologistas, entre outros. A principal via de acesso caracteriza-se por estrada de

chão ocasionando transtornos no desenvolver das atividades escolares.

Os profissionais da educação do Colégio trabalham em regime estatutário, com poucos

funcionários efetivos, o que acarreta grande rotatividade principalmente de professores, que por sua

vez não estabelecem vínculo com a escola, resultando em pouco comprometimento com o colégio,

dificultando o processo de ensino aprendizagem. Mesmo assim, buscam bom relacionamento com

os educandos, priorizando respeito, amizade e companheirismo.

Por caracterizar escola do campo, as famílias moradoras do bairro dependem

economicamente do trabalho no campo. Infelizmente, essa é uma atividade pouco remunerada.

Consequentemente a situação financeira da grande maioria das famílias é pouco estável, passando

por inúmeras dificuldades.

Os alunos do Ensino Fundamental, residentes na Zona Rural dependem do transporte

escolar, disponibilizado pela prefeitura no período da manhã. Portanto, estes alunos estão

matriculados no período matutino e em dias de chuva ficam sem atendimento devido ao difícil

acesso das estradas não pavimentadas. Os alunos que residem no bairro, em sua grande maioria,

estão matriculados no período vespertino. Também dependem do trabalho no campo, pois a oferta

de emprego é extremamente baixa.

O Ensino Médio, ainda ofertado somente no período noturno atende aos alunos do bairro,

pois não há transporte escolar neste período. Muitos alunos, em época de colheita e plantio, pela

necessidade de trabalhar e auxiliar na renda familiar faltam com frequência, chegam atrasados,

cansados e desmotivados a atividade escolar e até mesmo evadem.

Cientes dessa necessidade e tendo como base o Parecer CEE/CEB N° 1011/10 aprovado em

06/10/2010, a equipe de profissionais da educação do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga EFM

desenvolvem um trabalho de recuperação de conteúdos diferenciado com estes alunos, auxiliando-

os no processo de assimilação de conteúdos para que seus níveis de aprendizagem não fiquem

defasados com relação aos demais, atendendo assim, as especificidades dos sujeitos do campo.

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De acordo com pesquisa realizada em 2005, com intuito de levantamento de dados para o

Projeto Político Pedagógico, o resultado apresentou percentual de 50% de famílias com rendimento

mensal inferior a um salário mínimo e 30% das famílias com rendimento mensal até um salário

mínimo e outros 20% com aquisição financeira acima de um salário mínimo, dados que ainda em

dois mil e dez encontram-se com pouca alteração.

As famílias moradoras deste bairro dependem de programas sociais como Bolsa Família,

Baixa Renda (energia elétrica e água), Programa Leite das Crianças e Projetos Assistenciais

Municipais. Muitos de nossos educandos, provenientes dessa realidade, buscam na escola

suprimento alimentar a partir da Merenda Escolar e do Programa do Leite entregue nas escolas.

Trata-se, pois de uma comunidade carente, com baixa oferta de emprego, inúmeros problemas

associados à miséria, desigualdade social, carência de formação político-social. Nesse contexto, as

famílias obtêm seus rendimentos quase que totalmente do trabalho do campo, em sua maioria com

regime de trabalho de diarista ou temporário.

O grau de escolaridade dos pais representa em sua maioria o analfabetismo ou 1º Grau

incompleto, sendo poucos os que concluíram 2° grau ou ensino superior. Entretanto, apesar da

pouca escolaridade as famílias dos educandos demonstram grande interesse nas atividades

diferenciadas realizadas pela escola, como: Festas Comemorativas, Festa do Campo, Gincanas,

Torneio entre pais, Palestras, Reuniões, entre outros, pois a comunidade local é carente de

atividades sociais e culturais.

Estas famílias esperam da escola uma formação educativa que conduza seus filhos à

aprendizagem, onde aprendam coisas novas para obtenção de um futuro melhor, esperam também,

não apenas a educação formal, mas que a escola eduque-os no sentido global. Percebe-se assim,

que os pais têm consciência da importância do acompanhamento escolar e analisando todo o

trabalho desenvolvido nota-se um avanço significativo na participação dos pais na vida escolar dos

seus filhos.

Isto posto, o encaminhamento educacional que se têm realizado na escola busca a superação

dos problemas encontrados no decorrer dos trabalhos, a partir do que se apresenta no fazer

educativo, pela oportunidade de reflexões como as proporcionadas pelo Projeto Político

Pedagógico, pelo acompanhamento e apoio de demais segmentos, sempre com intuito de melhoria

do processo ensino aprendizagem.

Os profissionais da educação do Colégio desenvolvem uma educação de qualidade, a qual

prioriza o acesso ao conhecimento sistematizado que possibilita uma formação consciente e

crítica, conduzindo à prática social transformadora. Nesse sentido cabe a equipe pedagógica e

direção coordenar e orientar as atividades a serem desenvolvidas durante a hora-atividade, bem

como em todo o andamento escolar. Para tanto, procuram proporcionar aos educadores uma

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formação contextualizada, que possa atender a realidade dos alunos, com a participação nas

formações continuadas propostas pela Secretaria Estadual de Educação (SEED) como Semana

Pedagógica, Grupos de Estudos, GTRs, Reuniões Pedagógicas, Simpósios, entre outros, que tem

possibilitado um novo olhar sobre a prática pedagógica.

Com isso tem se percebido grandes avanços no desenvolvimento da aprendizagem dos

alunos, prova disso é o resultado obtido no último IDEB, o qual superou a projeção para o ano de

dois mil e nove, saltando de 3,7 para 4,6. Outro fator que influencia no melhor aproveitamento

escolar é o número de alunos por turma, o qual tem permitido aos professores um trabalho

individualizado e diferenciado, atendendo as particularidades de cada aluno.

Algumas dificuldades são apontadas pelos professores quanto aos fatores que contribuem

para a defasagem da aprendizagem escolar e/ou evasão dos educandos, tais como: gravidez

precoce, matrimônio e o trabalho em época de colheita (bóia-fria), pois um número significativo

de alunos ausenta-se da escola a fim de melhorar a renda familiar. Com relação à indisciplina,

problema agravante na realidade escolar, observa-se casos pontuais por parte de alguns alunos,

casos estes, que não comprometem significativamente o desenvolvimento do trabalho pedagógico,

resultando em baixo índice de reprovação.

Oportuno ressaltar como fator relevante à melhoria do processo de ensino-aprendizagem em

nosso Colégio o recebimento de recursos para a aquisição de materiais pedagógicos e os reparos

recebidos para a estrutura física do colégio, que conta atualmente com dez salas de aula, sendo seis

adaptadas para sala dos professores e hora-atividade, laboratório de informática, sala de reuniões e

atendimento ao programa Viva a Escola, biblioteca, sala de jogos e refeitório, secretaria, direção e

sala de orientação. Uma quadra poliesportiva coberta. Uma cozinha com dispensa e lavanderia e

um almoxarifado. Seis banheiros, sendo quatro para utilização dos alunos e dois para os

profissionais da educação. Neste ano, todo o ambiente escolar está recebendo reparos.

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4. MARCO CONCEITUAL

Ao refletir sobre o trabalho escolar deve-se ter uma visão de conjunto, onde todo o contexto

familiar, político e religioso deva ser levado em consideração para que se conquiste uma visão

abrangente daquilo que parece fragmentado em nossa experiência cotidiana, uma vez que é na

interação, no reconhecimento da dimensão histórica e social do conhecimento que a escola está

chamada a se situar. Dentro desse contexto há que se considerar que o homem enquanto ser

inacabado busca na educação respostas à sua existência. A educação é essencialmente um ato

político, social e econômico ligada à atividade social e econômica.

Segundo Vygotsky (1989), na relação pessoa/meio social se dá a construção do

conhecimento através da interação e internalização de sua cultura, isto é, o contexto sócio-cultural

influencia significativamente no pensamento do ser humano. As pessoas vivem em sociedade e seu

desenvolvimento se constitui na interação com as outras pessoas. Dessa forma, a cultura a que

pertencem molda ao longo dos anos, sua maneira de pensar, agir, sentir. A sociedade, a cultura do

homem e a sua história é que dão a origem das mudanças que ocorrem ao longo de seu

desenvolvimento.

A relação homem/meio é compreendida pelo materialismo histórico dialético, onde o

homem transforma a natureza e fazendo-a transforma a si mesmo e deve ser colocada, de um lado,

sob a influência permanente e primordial das relações materiais entre natureza e sociedade humana

e, do outro, no contexto histórico das aquisições realizadas e das modificações que elas impõe ao

sujeito, ser inacabado que busca na educação a resposta para suas angústias.

Freire (1997, p.27), também acredita que “o homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-

se num determinado momento, numa certa realidade; é um ser na busca constante de ser mais”. E é

através da constatação crítica radical de sua condição humana que se efetivará a práxis para uma

ação consciente, política e transformadora do constatar dessa sua condição reflexiva.

Ao intervir sobre a sociedade o homem transforma esse meio natural, científico e técnico,

em direção a uma sociedade mais humana. Assim, conforme Gadotti, (1982, p.68) “o ato

pedagógico é uma ação do homem sobre o homem.” Compreendemos que a educação pode

contribuir para as transformações das relações de classes e resultar num processo de emancipação

humana e humanização dos homens.

Tendo como base a Pedagogia Critico Social dos Conteúdos, vemos a escola como espaço

de apropriação do saber sistematizado a serviço das transformações de produção sociais que

possibilitam a participação organizada e ativa do educando na sociedade.

Isto posto, consideramos importante conhecer os conceitos relacionados a educação do

campo, homem, mundo, sociedade, cultura, gestão, currículo, conhecimento, tecnologia, ensino-

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aprendizagem, avaliação, cidadania, tempo, espaço, formação continuada.

4.1 EDUCAÇÃO DO CAMPO

A Escola do Campo, de acordo com o Parecer CEE/CEB Nº 1011/10 é aquela escola que se

localiza nos perímetros rurais e nos distritos dos municípios e que recebem sujeitos oriundos do

campo, tais como: pequenos agricultores, assentados, acampados meeiros, posseiros, arrendatários,

quilombolas, faxinalenses, bóias-fria, entre outros. Logo, a comunidade escolar e local reconheceu

em 24 de novembro de 2010, em Assembléia Geral, que o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga

identifica-se como uma Escola do Campo. A educação do campo é uma proposta educativa

compreendida a partir dos sujeitos que tem o campo como seu espaço de vida. Portanto, é preciso

considerar a escola do campo como local de produção e socialização cultural, que valoriza os

saberes do campo e a cultura dos povos do campo, estimulando a criação de novos saberes, visando

o desenvolvimento do campo.

O campo é lugar de vida, onde as pessoas podem morar, trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a sua identidade cultural. O campo não é só lugar da produção agropecuária e agro-industrial, do latifúndio e da grilagem de terras. O campo é espaço e território dos camponeses e dos quilombos. É no campo que estão as florestas,onde vivem as diversas nações indígenas. Por tudo isso, o campo é lugar de vida e sobretudo educação. (FERNANDES, 2002, p. 92).

A educação do campo deve corresponder a necessidade de formação integral dos alunos do

campo, não recaindo no equívoco de privilegiar a cultura da cidade, desvalorizando a identidade

desses alunos.

4.2 EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, HOMEM, TRABALHO, CULTURA, CONHECIMENTO

Os princípios norteadores da educação estão baseados na Constituição Federal, no capítulo

que trata da Educação, da Cultura e do Desporto, especificamente, no Artigo 206, e, na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9394/96, no capítulo que trata dos Princípios e fins da

Educação Nacional em seu Artigo 3º, que regem: o ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios:

I – Igualdade de condições;

II – Liberdade;

III – Pluralismo;

IV – Gratuidade;

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V – Valorização;

VI – Gestão Democrática;

VII – Garantia de qualidade.

O Brasil é um país economicamente constituído com uma produção agrícola fabulosa,

chamado de celeiro do mundo. Produz uma diversidade de grãos, apresentando também grande

produção pecuarista. Possui grande parque industrial e abertura para o mercado internacional.

A sociedade brasileira, contraditoriamente, apresenta altos índices de marginalização,

desemprego e exclusão social, justificada pela má distribuição e renda no país.

Na sociedade educacional ocorre o espelhamento desta situação, altos índices de

analfabetismo, repetência, evasão. É urgente a necessidade de mudança da realidade educacional

do país, pois, vivemos numa sociedade diversificada e historicamente construída, das contraditórias

relações sociais que se estabelecem em cada momento histórico que engendraram o

desenvolvimento social e econômico e em consequência as desigualdades sociais.

Essa sociedade contraditória, dinâmica e em transformação acaba por ocasionar fatores que

interferem direta ou indiretamente na vida dos cidadãos, como por exemplo, a má distribuição de

renda, ocasionando a marginalização e exclusão social.

Logo, acreditamos que somente através da educação, o cidadão obterá os meios necessários

para atuar consciente e criticamente na sociedade, uma vez que conforme Saviani (1991), a

educação é determinada pela sociedade e depende da ação recíproca do homem sobre o meio, o que

significa que o determinado reage sobre o determinante. Assim, a educação também interfere sobre

a sociedade, podendo contribuir para sua própria transformação.

A educação visa a transformação da sociedade e não a sua perpetuação. Há a necessidade de

ressignificar valores e conceitos fundamentando-os a fim de que possibilitem um novo olhar e fazer

social, conceitos esses, que se encontram intrínsecos em nossa sociedade e que muitas vezes a

cultura do Ter sobrepõe a cultura do Ser.

Como educadores almejamos uma sociedade justa, humanamente organizada e democrática

que proporcione a todos os cidadãos os direitos condizentes a uma vida digna, uma sociedade que

compreenda que é determinada por processos históricos ocasionados através das múltiplas relações

sociais postas ao longo do tempo. Não será utópico acreditar em uma sociedade una se cada sujeito

que a compõe estiver ciente quanto ao seu verdadeiro papel, pois é através da união que há grandes

conquistas.

O homem é um ser histórico, caracterizado pela necessidade de estar continuamente

produzindo a sua existência para isso, busca na natureza, alternativas para a melhoria da sua

qualidade de vida e dos outros. É a capacidade de atuar e refletir, a fim de transformar a realidade

de acordo com sua necessidade que faz do homem um ser no mundo, pois como afirma Freire

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(1996) não pode haver reflexão e ação fora da relação homem-realidade.

Queremos formar um sujeito consciente de que sua ação por mais simples que seja está

ligada a todo um processo global e enquanto ser histórico perceba que é através de sua inter-relação

com o meio que pode tornar sua existência garantida.

Nossa sociedade é caracterizada pela diversidade e por grandes transformações ocorridas ao

longo do tempo pela necessidade de adaptação e garantia de sobrevivência da humanidade. Criando

e recriando o homem responde aos desafios impostos a sua existência e através do trabalho o

homem age sobre a natureza, ajustando-a às suas necessidades, assim ao trabalhar pode transformar

o mundo e a si mesmo.

Sendo assim, o trabalho em seu aspecto social tem como objetivo o desenvolvimento da

sociedade. É pelo trabalho que o homem se realiza e é por meio dele que há a materialização dos

sonhos e pensamentos.

Sobre essa perspectiva, é função da educação trabalhar com o conhecimento sistematizado,

para além do senso comum, garantindo o conhecimento e permitindo ao indivíduo uma nova forma

de refletir sobre a realidade, a fim de que possa intervir na sua e em outras realidades, garantindo

assim, a socialização do conhecimento.

Para Veiga:

O conhecimento escolar não é uma mera simplificação do conhecimento científico que se adequaria a faixa etária e ao interesse dos alunos. Assim, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. (VEIGA, 1995, p. 27)

É nesse contexto que a educação possibilita ao cidadão um novo pensar/agir em sociedade.

O despertar para uma consciência crítica permite ao homem inferir sobre o seu papel na e para a

sociedade buscando através do exercício pleno da cidadania a conquista de direitos primordiais a

existência humana.

Segundo Saviani (1994, p. 12) “essa representação inclui o aspecto de conhecimento do

mundo real (ciência), de valorização (ética) e de simbolização (arte)”. Conhecer implica através da

experiência, adquirir consciência e capacidade de compreensão da realidade, porém o

conhecimento não transforma sozinho a realidade, sendo necessária a conversão do conhecimento

em ação.

O conhecimento não acontece individualmente, é gerado através da mudança interna e

externa do cidadão e nas relações sociais, configurando-se sempre como um ato intencional,

também se refere ao produto, ao resultado do conteúdo desse ato, ou seja, ao saber adquirido e

acumulado pelo homem.

Portanto, o conhecimento não pode ser visto como algo pronto e acabado. É preciso que

ocorram críticas as verdades segmentadas, desestruturando o já conhecido de modo a alcançar

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novas interpretações da realidade, alcançando assim um novo conhecimento. Nesse sentido, o

conhecimento se processa de forma dinâmica e contínua.

4.3 CIÊNCIA E TECNOLOGIA

A Ciência e tecnologia estão presentes e transformando muitos aspectos do nosso cotidiano.

Os avanços científicos e tecnológicos foram respostas que os homens ao longo da história

desenvolveram como meios, que pudessem tornar cada vez menos complicada a existência.

Devemos estar cientes que a Ciência e a Tecnologia estão presentes para proporcionar ao

homem uma melhor qualidade de vida, porém sabemos que o acesso à Ciência e à Tecnologia não

abrange a todos.

Ao analisarmos ao longo da história da humanidade, mais precisamente Pós Revolução

Industrial, o avanço tecnológico ao mesmo tempo em que possibilitou a produção em grande escala

resultou também na aceleração do processo de marginalização, uma vez que com a automação das

máquinas muitos trabalhadores não estavam preparados para operá-las. Nesse contexto, temos que

pensar numa educação que instrumentalize os cidadãos para que haja a inclusão tecnológica, social,

cultural, vindo ao encontro dos preceitos do Plano Estadual de Educação, o qual retrata que se faz

necessário entender o processo das mudanças científicas e tecnológicas para que esta venha

contribuir na formação de crianças e adolescentes ligadas à luta contra a desigualdade social, uma

vez que Ciência e Tecnologia devem produzir e estar a serviço da sociedade, especialmente para

atender as camadas sociais menos favorecidas.

Durante os estudos com os professores sobre o Projeto Político Pedagógico, estes relataram

que cabe ao Sistema Educacional proporcionar mecanismos para que os sujeitos tenham o domínio

do conhecimento científico e tecnológico para que possam se adaptar ao mundo da tecnologia.

Assim devemos fazer da escola um espaço de pesquisa, construção e reconstrução do

conhecimento.

As tecnologias estão presentes no nosso cotidiano, pois se referem aos equipamentos com

os quais lidamos em nossas atividades rotineiras. Atualmente a mídia tem mencionado que estamos

em plena “sociedade tecnológica” assim, a tecnologia deve ser utilizada no contexto escolar,

trazendo benefícios no processo ensino-aprendizagem.

Hoje, a escola dispõe de vários recursos tecnológicos tais como: TV, vídeo, aparelho de

som, retro-projetor, data show, máquina fotográfica, computador, aparelho de DVD e outros

disponíveis para tornar o espaço escolar mais dinâmico, pois tais recursos podem viabilizar a troca

de informação entre professor e aluno. Nosso colégio dispõe de alguns dos recursos tecnológicos

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citados e encontra-se buscando alternativas para adquirir outros, para que cada professor possa

enriquecer suas aulas e utilizem juntamente com os alunos tais recursos disponíveis.

É oportuno ressaltar que os recursos tecnológicos não anulam nem tornam menos

importante o papel do professor, mas, pelo contrário, este pode ser um facilitador da aprendizagem.

Cabe a cada profissional da educação superar este mito ousando conhecer e operacionalizar os

recursos tecnológicos como instrumentos de trabalho, visando uma prática pedagógica mais

eficiente aliadas a um procedimento de reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as

práticas pedagógicas.

4.4 ENSINO E APRENDIZAGEM

Ao considerarmos a escola como um lugar de aprendizagem efetiva e de relacionamento

humano, onde o ato de ensinar significa ir além de transmissão de conteúdos e tomando como

princípio a Pedagogia Histórico-Crítica vemos a necessidade de se contextualizar historicamente o

educando com o conteúdo escolar. Há uma relação recíproca e necessária entre as atividades de

ensino do professor e atividade de aprendizagem dos alunos.

A atividade cognoscitiva do aluno é a base e o fundamento do ensino. Os resultados da

aprendizagem se manifestam em modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas

relações com o ambiente físico e social. Nesse sentido o professor planeja, dirige e controla o

processo de ensino tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria do aluno para a

aprendizagem.

Sobre o desenvolvimento da aprendizagem e a construção do conhecimento, Vygostsky

(1989), afirma que estes perpassaram pela produção da cultura, como resultado das relações

humanas, ao que argumenta que a aprendizagem é um processo contínuo e a educação é

caracterizada por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem a outro. Oliveira (1992, p.33)

compartilhando da mesma idéia também fundamenta que “a aprendizagem desperta processos

internos de desenvolvimento que somente podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras

pessoas”. Eis a importância das relações sociais e da cultura, como produto dessa relação, no

desenvolvimento intelectual da criança.

4.5 CIDADANIA

Não podemos designar ou entender cidadania somente através do conceito restrito que diz

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respeito aos direitos civis e políticos. A cidadania deve ser vista como um acréscimo à dimensão do

Ser. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação depende exclusivamente do

cidadão cabendo a educação instrumentalizá-la na formação da cidadania para concretização dos

direitos que permitem sua inserção na sociedade.

A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo (DALLARI, 1998. p.14)

Aprender a lidar com as diferenças, na perspectiva de uma sociedade democrática é o

desafio que ronda o imaginário dos profissionais da educação, preocupados com a construção de

uma escola de qualidade, que cumpra com seus objetivos de formação da cidadania e de preparação

dos educandos para a vida em sociedade.

4.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA

A efetivação da gestão democrática exige um repensar das relações de poder, onde estas se

tornem socializadas propiciando uma prática de participação coletiva, que atenue o individualismo,

a exploração, a opressão, a dependência de órgãos intermediários. Isto requer a participação dos

representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões administrativas pedagógicas

desenvolvidas.

De acordo com Almeida (2002) a concepção de gestão educacional assume um significado

abrangente, democrático e transformador, que supera e relativisa o conceito de administração

escolar, embora não o despreze, porque ele constitui uma das dimensões da gestão escolar voltada à

compreensão da escola como espaço de conflitos de relações interpessoais, de negociação entre

interesses coletivos e projetos pessoais para a construção do Projeto Político Pedagógico da escola,

de democratização dos processos e produtos de saberes, no acompanhamento de suas atividades, na

identificação e articulação entre competências, habilidades e talentos das pessoas que atuam na

escola, com vistas a resolução de suas problemáticas.

O desafio de transformar a escola num espaço para vivenciar a democracia impõe-se na

construção de uma Política Pública, com a participação de todos os Professores, Diretores, Alunos,

Pais, Funcionários, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Lideranças Políticas e

Comunidades na formulação e execução da gestão democrática. É um trabalho feito com muita

dedicação e paciência dentro do Estabelecimento de Ensino.

Tendo uma estrutura gestora forte, podemos desenvolver propostas de forma democrática.

Heloísa Luck (1998) fundamenta que os diretores são líderes pedagógicos, que apóiam o

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estabelecimento de prioridades, avaliando os programas pedagógicos, enfatizando a importância

dos resultados alcançados pelos alunos, como também a criação e manutenção de um clima, escolar

positivo e de solução de conflitos. Pode-se dizer assim, que a direção escolar orienta, estimula, cria,

conduz o ensino aprendizagem, dentro da instituição.

O trabalho escolar é uma ação de caráter eminentemente coletivo, realizado a partir da

participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. A

gestão escolar democrática, participativa, é aquela onde ocorre o envolvimento de todos os que

integram o processo educacional de forma direta ou indireta quando se estabelecem objetivos e

metas, na busca de soluções ou nas tomadas de decisões, na proposição de sugestões ou

elaboração/implementação de planos de ação, visando sucesso nos resultados educacionais.

Portanto, trabalho coletivo e gestão democrática participativa são indissociáveis. O

empenho coletivo em torno de propósitos comuns é fundamental. A vivência do dia a dia de escola

mostra, com clareza, que os compromissos assumidos no coletivo são cumpridos com êxito.

O compromisso coletivo fará com que se cumpra a função social da escola, ou seja,

promover-se-á a real aprendizagem, não aquela voltada somente para os conteúdos, mas também

para a cidadania. A qualidade também será marca evidente a ser alcançada, em todos os aspectos

que dizem respeito à realidade educacional da escola indo dos conteúdos didático-pedagógicos a

um processo de gestão participativa que promoverá, conseqüentemente, a equidade no cotidiano

escolar.

O fato dos sujeitos participarem ativamente desses processos coletivos faz com que os

mesmos identifiquem-se como autores responsáveis pelos resultados esperados e atingidos. Para

tanto, é importante que as relações interpessoais no ambiente escolar sejam embasadas no

entendimento e união. Assim, constrói-se a autonomia do sujeito, do seu grupo, da escola.

Consequentemente estabelece-se o poder da competência, a força do grupo que abraça novos

desafios, supera as dificuldades e constrói coletivamente.

Em nosso Colégio, buscamos trabalhar de forma a fazer acontecer a gestão democrática, por

acreditar que a união entre os envolvidos no ambiente escolar é que possibilita a concretização de

uma educação de qualidade.

4.7 AVALIAÇÃO

Para entendermos melhor o ato de avaliar, é preciso conhecer o que é avaliação.

Encontramos no dicionário a definição “ato ou efeito de avaliar (se). Apreciação, análise. Valor

determinado pelos avaliadores. Processo de avaliação realizado no decorrer de um programa

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instrucional visando aperfeiçoá-lo. Processo final de um programa instrucional visando julgá-lo.

(FERREIRA, 1986, p. 205).

Partindo desse pressuposto, nosso Colégio desenvolve em sua prática pedagógica uma

concepção de avaliação para a transformação do sujeito, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga

-EFM, pratica seu sistema avaliativo dentro das disposições orientadas como regras comuns ao

Ensino Fundamental e Médio previstas pela LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V, e Deliberação nº

007/99, sendo contínua, cumulativa e diagnóstica, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos.

Luckesi (2002) afirma que o ato de avaliar implica a disposição de acolher. Isso significa a

possibilidade de tomar uma situação da forma como se apresenta, seja ela satisfatória ou

insatisfatória, agradável ou desagradável. Para o autor, avaliar significa atribuir um juízo de valor

sobre manifestações relevantes da realidade e deve contribuir para formação do educando enquanto

cidadão crítico e participativo, e, por isso, não pode ser meramente classificatória, mas um

instrumento que o professor utiliza para perceber o quanto o aluno aprendeu, ou não, do

conhecimento que deveria ser assimilado, para possíveis retomadas.

Para Haydt (1994) o conceito de avaliação da aprendizagem está ligado a uma concepção

pedagógica mais ampla, isto é, a uma visão de educação. Ela depende, portanto, da postura

filosófica adotada. Além disso, a forma de encarar e realizar a avaliação reflete a atitude do

professor em sua interação com a classe, bem como suas relações com o aluno.

Desse modo, um professor autoritário e inseguro poderá ver na avaliação uma arma de

tortura ou punição já um profissional sério e responsável, seguro de sua prática docente tenderá a

encarar a avaliação como uma forma de diagnóstico dos avanços e de dificuldades dos alunos,

sendo um indicador para o replanejamento do trabalho docente. Para isso, deve-se constituir numa

continua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.

Para Pimenta (1995) a avaliação deve procurar conhecer as condições reais de

aprendizagem dos alunos, para que a partir destas se defina os procedimentos a adotar, como o que

ensinar e como ensinar, pensada em conjunto com os professores e pedagogos, visto a importância

de se discutir em grupo a finalidade da avaliação, considerando sua função, como será feita, que

instrumento usar.

A recuperação paralela de estudos é direito dos alunos e deverá ser oportunizada aos alunos

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela dar-se-á de forma

permanente e concomitantemente ao processo ensino aprendizagem.

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4.8 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa em

assuntos didático-pedagógicos. É a atividade investigativa que reúne um grupo de professores da

mesma série e turma com o intuito de juntos acompanhar, verificar e avaliar cada aluno

individualmente, através de reuniões periódicas estabelecidas no início do ano letivo e no

transcorrer das atividades escolares, conforme necessidades específicas de cada turma.

Fica evidente a todos os professores da escola, através de estudo realizado, que o Conselho

de Classe tem contribuído muito com o redimensionamento do trabalho pedagógico, pois as

informações levantadas através da troca de experiência proporcionam novos encaminhamentos

didático-pedagógicos. Uma das especificidades do Conselho de Classe é a mediação entre sala de

aula, professor e outras instâncias no que diz respeito à aprendizagem do aluno e compromissos

pedagógicos assumidos coletivamente.

Ao abrir suas portas, a escola se entrelaça à comunidade, para visualizar e refletir sobre o processo do cotidiano escolar e (re) construí-lo, qualificando-o. O conselho de classe é um dos espaços onde a gestão democrática busca o aperfeiçoamento humano e a mudança. Provocar essa mudança é constituir um processo ensino-aprendizagem de qualidade, uma escola mais democrática e humana (SIELSKI, apud GESTÃO EM REDE, 2008, p.9).

Em uma escola onde a gestão democrática é realidade, o Conselho de Classe desempenha o

papel de avaliação dos alunos e de auto-avaliação de suas práticas, com o objetivo de diagnosticar

a razão das dificuldades dos alunos, e apontar as mudanças necessárias nos encaminhamentos

pedagógicos para superar tais dificuldades.

Neste contexto, se estabelece o Conselho de Classe como uma reunião de todos os responsáveis pelos resultados com o propósito de análise e levantamento de possíveis medidas a serem tomadas posteriormente. O Conselho de Classe […] é o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógico-educativa da escola, feito pelos professores e pelos alunos [...](CRUZ,1995, p. 116).

Entende-se assim, conforme o exposto acima que o Conselho de Classe dentro de uma

concepção participativa e transformadora possibilita um repensar coletivo sobre a prática

pedagógica. Assim, uma vez a educação estando voltada para a ação através da reflexão, revela

através do Conselho de Classe Participativo o compromisso de todos, enquanto responsáveis pelos

resultados, fracassos e recursos de aprendizagem, servindo para reorientar a ação pedagógica.

4.9 INCLUSÃO

Com a universalização do acesso à escola, esta oportunizou a todas as camadas da

população o ingresso dos seus filhos nas instituições educativas, no entanto faz-se necessário zelar

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pela permanência e desenvolvimento dos alunos, ressaltando que o termo empregado não deve ser

entendido somente no que diz respeito aos alunos com necessidades educacionais especiais, mas

também o atendimento a diversidade de qualquer natureza.

Durante os estudos realizados com o grupo de professores e funcionários, estes relataram

que é preciso valorizar o conhecimento prévio do educando e a sua história, fazer diagnóstico e

assim, elaborar mecanismos de apoio que permitam ao educador observar os resultados alcançados,

procurando desenvolver nos educandos suas potencialidades através do envolvimento em

atividades diferenciadas e extra-classe, enriquecendo o processo ensino-aprendizagem.

Assim, entendemos que o processo de inclusão deve ser dinâmico e estar em constante

transformação primando pelo absoluto respeito e conhecimento ás diferenças individuais, sociais,

étnicas e religiosas dos alunos.

Este trabalho não deve ser responsabilidade única do professor, mas sim encarado como

compromisso ético de todos os envolvidos no fazer escolar e para que todos possam abraçar

coletivamente a inclusão banindo de vez os mecanismos excludentes presentes no contexto escolar,

faz-se necessário refletir constantemente sobre as posturas de todos os envolvidos no processo

escolar - funcionários, pais, professores, alunos, direção, professor pedagogo, etc. - na busca de

alternativas possíveis elaboradas coletivamente visando a permanência e a promoção social destes

educandos.

4.10 O CURRÍCULO

O Currículo deve ser pensado como um todo, analisando as disciplinas integrantes na busca

de uma transformação humanizada, crítica, que venha ao encontro com as reais necessidades

sociais.

Observando que o currículo obedece ao estabelecimento de prioridades de acordo com as

finalidades da educação escolar e ao público que se destina, trata-se do conjunto de experiências,

organizadas pela escola e pelas quais a mesma se responsabiliza e disponibiliza aos alunos, com

objetivo que estes aprendam. Seu eixo central diz respeito ao conhecimento sistematizado.

Podemos dizer que o currículo é o instrumento sistematizador do processo educativo

escolar, possuindo intenções práticas tendo em vista um futuro imaginado onde os ideais

expressam-se em cada decisão tomada. Revela-se em um conjunto de escolhas coletivas, onde cada

escolha pressupõe uma série de justificativas, de acordo com os entendimentos políticos, científicos

e pedagógicos de cada época. Contribui para a construção das identidades deixando marcas de

maneira diferenciada, mas que estão presentes.

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Dentro do contexto acima exposto cabe ressaltar que como relata Veiga:

Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. Neste sentido, currículo não é um instrumento neutro cabendo a escola identificar e desvendar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios. (VEIGA, 1995, p. 26,27)

O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente

situado e culturalmente determinado. Um outro propósito diz respeito ao tipo de organização

curricular que a escola deve adotar que estabeleça uma relação aberta em torno de uma ideia

integradora, visando reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinas curriculares, havendo

assim, a necessidade de pensar Currículo como um todo, na busca de uma transformação

humanizadora e crítica, que venha de encontro com a demanda social.

4.11 TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR

Segundo Veiga (1995) a escola é uma organização orientada por finalidades, diante das

quais deve-se primeiramente a realidade escolar, considerando o contexto social bem como os

recursos disponíveis (humanos, materiais e financeiros) para a concretização do trabalho

pedagógico.

É nessa perspectiva que situamos o importante papel da escola como um espaço privilegiado de educação formal, na medida em que ela seja capaz de oferecer um ensino de qualidade e que tenha, em seu projeto político pedagógico, a preocupação com o desenvolvimento pleno das potencialidades do indivíduo, valorizando a dimensão do trabalho, do lazer e das artes. Um espaço, portanto, de formação e exercício da cidadania, da prática, da participação e da construção da democracia. (Conselho Escolar dos Direitos Humanos, 2008, p. 62).

Os critérios fundamentais para a organização e utilização dos espaços educativos se fará

numa busca contínua de suprir as necessidades apresentadas no desenrolar das atividades escolares,

de acordo com as necessidades educativas exigidas pela realidade escolar, bem como, por uma

funcionalidade prática e eficiente, ou seja, que as mudanças que se realizam ou que se façam

necessárias cumpram uma intenção de melhoria da prática educativa, contemplando todo o ato

educacional escolar. Essas atitudes de mudança devem ser geridas de forma democrática, por uma

avaliação reflexiva e pela coletividade de verificação da real necessidade de mudança.

A utilização dos espaços educativos, em sua forma didático-metodológica, deve possibilitar

a melhoria da leitura, escrita, interpretação, pensamento lógico e relações interpessoais dos

educandos, respeitando o tempo de aprendizagem de cada sujeito.

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O tempo de durabilidade das atividades escolares por série é previsto pela Legislação que

garante oitocentas horas/aula, dividas em duzentos dias letivos. Esta organização visa garantir a

qualidade do ensino.

4.12 FORMAÇÃO CONTINUADA

Para conquistar um ensino de qualidade e para o sucesso na formação de cidadãos

participativos na vida sócio-econômica, política e cultural do país, está relacionado a formação

(inicial e continuada), condições de trabalho (recursos didáticos, físicos e materiais) dedicação

integral à escola, redução do número de alunos indispensáveis à profissionalização do magistério.

A formação continuada deve estar centrada na escola, de acordo com a necessidade de

articulação com a escola, seus projetos, na qualificação e na competência dos profissionais, e

também na progressão funcional baseada na titulação.

Os trabalhos de construção coletiva (Diretrizes Curriculares, Capacitação, Grupo de

Estudos, Avaliação Institucional) propostos pelas instâncias como NRE ou SEED, são aceitos com

satisfação, pois primeiramente, na escola, acontece a reflexão, a discussão, pareceres, propostas,

sugestões, que são acolhidos e divulgados como parte integrante do trabalho maior, demonstrando

respeito e credibilidade a todos os envolvidos.

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5. MARCO OPERACIONAL

5.1 AÇÕES COLETIVAS PARA UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA E

COMPROMISSO POLITICO PEDAGÓGICO COM A PRÁXIS EDUCATIVA

No pensar coletivo e reflexivo acerca da especificidade dos conhecimentos necessários à

formulação do Projeto Político Pedagógico, buscamos nortear concepções, princípios e objetivos a

serem alcançados de modo que todos os envolvidos compreendam a relevância que têm na

elaboração e organização do trabalho educativo escolar.

O diagnóstico dos problemas que se evidenciam em nossa realidade escolar, do ponto de

vista político-pedagógico nos conduzem a uma prática transformadora direcionada a uma ação

conjunta de emancipação cumprindo seus propósitos e sua intencionalidade.

5.2 HORA-ATIVIDADE

A hora atividade garantida pelo Plano de Carreira, cargos e salários contribui com o

trabalho do professor e em consequência com toda comunidade escolar. Tendo noção de sua real

importância, os professores do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EFM, a realizam

individualmente, dentro do horário de aula, atendendo na medida do possível as orientações que

regulamentam a hora-atividade por disciplina, a fim de que os professores tenham tempo específico

para repensar sua prática e planejar atividades diversificadas, dialogando com pais, comunidade,

diretor, professor pedagogo na busca e melhoria do ensino ofertado.

5.3 CRITERIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Os critérios para elaboração do Calendário Escolar seguem a Resolução nº 3927/2004 de 01

de dezembro de 2004, que considerando a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96

e a Lei complementar Estadual nº103 de 15/03/2004 que instituiu o Plano de carreira do professor

da Rede Estadual de Educação Básica, estabeleceu-se um calendário Escolar único onde se definiu

os dias de inicio e término do ano letivo, períodos de férias para os professores e alunos, além dos

dias de planejamento escolar. A carga horária mínima do ano letivo será 800 horas anuais,

distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA - EFM

Av. Getúlio Vargas, 847 - Guarani - Mamborê - PR - Fone: (44)3592-1032 CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 dias 6 7 8 9 10 11 129 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 13 14 15 16 17 18 19

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31 30 31 1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 18 dias 1 2 3 4 5 6 7 22 dias 5 6 7 8 9 10 1110 11 12 13 14 15 16 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30 29 30 31 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 4 dias 1 2 3 4 5 6 1 2 3

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 23 dias 4 5 6 7 8 9 1010 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 1717 18 19 20 21 22 23 8 dias 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31

7 Independência

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3

2 3 4 5 6 7 8 20 dias 6 7 8 9 10 11 12 18 dias 4 5 6 7 8 9 109 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 11 12 13 14 15 16 17

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31 12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal20 Dia Nacional da Consciência Negra

Feriado Municipal 1 dia Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesConselho de Classe 4 dias janeiro 31 janeiro / férias 30Reu.ou C. de Classe 1 dia fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Dias Letivos 202 Julho 18 dez/recesso 13 dezembro 13 outro recessos 3

Total 69 Total 60

Início/Término Reunião Pedagógica e C/H Noturno Planejamento e Replanejamento Semana Cultural Férias Conselho de Classe com C.H. em 25/04 e 13/02 Recesso Complementação de Carga Horária Noturno (8hs) Formação Continuada Feriado Municipal

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Mamborê, 09 de novembro de 2010.

5.4 CRITERIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR

PROFESSOR EM RAZÃO DAS ESPECIFICIDADES

O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio possui quatro turmas

de 5ª a 8ª série no período matutino e quatro turmas no período vespertino. O Ensino Médio

funciona no período noturno, sendo uma turma de cada série.

As turmas são distribuídas primeiramente atendendo as necessidades de locomoção dos

alunos, uma vez que há transporte escolar somente no período matutino, garantindo aos alunos

provenientes do campo a matricula no referido período. As turmas do período vespertino são

organizadas de forma a atender as necessidades dos educandos moradores dentro do bairro. Em

relação ao Ensino Médio, necessitamos de turmas no período matutino, para atender os alunos que

dependem do transporte escolar.

5.5 PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação da aprendizagem se faz presente na vida de todos que estão comprometidos

com a educação. No ambiente escolar, devido estar a serviço da obtenção do melhor resultado, o

ato de avaliar implica no compromisso com uma educação de qualidade.

Antes de mais nada, é preciso compreender que o ato de avaliar é um ato de conhecimento,

a partir do qual decisões podem e devem ser tomadas. Um diagnóstico é um conhecimento que se

adquire através de dados que se qualifica e, por isso, nos permite uma decisão e uma intervenção.

Observamos, nesse sentido, que as atividades podem ser realizadas em grupo ou

individualmente, de acordo com a dinâmica que se almeja. Sendo contínua, cumulativa e

diagnóstica, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A diversidade de

maneiras de avaliar o aluno são realizadas a fim de considerar a aprendizagem do educando no

todo, rompendo com práticas excludentes de ensino.

Sob essa perspectiva, a ato de avaliar no Colégio é diversificado e exemplifica-se por:

estruturação, produção e re-estruturação de textos priorização da expressão oral, exposição oral

(apresentação de trabalho, leitura, interpretação, raciocínio lógico), avaliação escrita, relatórios,

pesquisa, desenhos (leitura e releitura); participação nas atividades da escola (no coletivo); debates,

seminários, entrevistas (no coletivo); tarefas em classe e extra classe, entre outras.

No ato de avaliar os professores consideram todas as tentativas do aluno na realização das

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atividades bem como as dúvidas levantadas e manifestadas por eles, a interação com o grupo

(colegas e professores), a autonomia do aluno e o progresso em relação a condições anteriores de

aprendizagem. A avaliação de atividades desenvolvidas por alunos com dificuldade de

aprendizagem deve ser realizada a partir de um olhar mais atento, respeitando o tempo de

aprendizagem dos mesmos.

A recuperação de estudos é realizada forma permanente e concomitantemente ao processo

ensino aprendizagem, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos

diagnosticados, ou seja, é ofertada a todos os alunos que têm interesse em ampliar seus

conhecimentos. Para tanto, sempre que necessário, o professor faz a retomada do conteúdo

estudado, buscando sanar as dúvidas apresentadas pelos alunos. Todo esse processo é descrito no

livro de registro do professor.

5.6 DIRETRIZES PARA ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS

DESENVOLVIDOS NA ESCOLA

Tendo em vista a ação reflexiva das atividades no cotidiano da escola deve-se efetivar

buscando o direcionamento enfocado no Projeto Político Pedagógico, esta ação deverá primar a

democratização na tomada de decisões num processo contínuo de ação-reflexão-ação, com um

tempo mínimo necessário para consolidação da sua proposta.

A avaliação da aprendizagem no ensino não será um ato pedagógico isolado, mas sim um

ato integrado com todas as outras atividades pedagógicas; enquanto se ensina, se avalia, ou,

enquanto se avalia, se ensina. Assim, a prática da avaliação da aprendizagem estará posta para

subsidiar o desenvolvimento do educando.

Baseado nos dados concretos oriundos do Projeto Político Pedagógico, a escola se organiza

para colocá-los em ação – tendo em vista um caráter auto-crítico; não como algo estanque, nem

como compromisso de eficiência e eficácia, mas como resultado da própria organização do

trabalho pedagógico e de extensão do ato educativo.

Durante o processo, todas as instâncias envolvidas no fazer educativo estarão

acompanhando e avaliando, pois todos têm o compromisso registrado enquanto parte fundamental

na democratização e emancipação educativa.

Quando atuamos junto a pessoas, a qualificação e a decisão necessitam de ser dialogadas. O

ato de avaliar não é um ato impositivo, mas sim dialógico e construtivo. O ato de avaliar implica na

busca do melhor e mais satisfatório estado daquilo que está sendo avaliado.

Para que o acompanhamento e a avaliação se façam com qualidade nas decisões e promova

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uma reflexão, será realizada avaliação permanente, para perceber se as ações planejadas estão

modificando a realidade apresentada, se está chegando aos resultados propostos, pois, a avaliação é

ponto de partida e ponto de chegada. Estes resultados devem garantir a prática do projeto que a

coletividade se propôs a realizar.

Pensamos, pois, numa avaliação global, fundamentada no projeto político pedagógico.

Nesse sentido, a avaliação se fará na análise dos grandes problemas enfrentados e nos grandes

avanços alcançados, contribuindo com o desenvolvimento das atividades escolares, fornecendo

subsídios para as mesmas.

5.7 CONSELHO DE CLASSE

A cada ano buscamos implantar em nosso Colégio o Conselho de Classe Participativo, por

considerar que as ações realizadas se constituem coletivamente e, portanto devem ser analisadas e

colocadas em prática mediante participação de todos os envolvidos. Cabe salientar que estamos

realizando um trabalho de estudo e conscientização para efetivar o Conselho de Classe

participativo.

A cada término de bimestre, todo o corpo docente, direção e equipe pedagógica se reúne

para realizar o Pré-Conselho, o Conselho e o Pós Conselho de Classe, visando diagnosticar as

dificuldades e buscar possíveis melhorias ao processo de ensino-aprendizagem.

5.8 EVASÃO ESCOLAR

Para amenizar a evasão escolar em nosso Colégio, realizamos algumas ações de

acompanhamento pedagógico, tais como: diálogo com aluno e família do mesmo, oferta de

programas de incentivo ao estudo (Viva a Escola, Segundo Tempo, Grupo de Canto, dança, entre

outros), oportunidade de recuperação de conteúdos aos alunos que precisam trabalhar no campo em

época de plantio e colheita e que não conseguem frequentar assiduamente as aulas neste período. O

mesmo ocorre quando um aluno que evade por algum outro motivo retorna para a escola.

Ressaltamos ainda, as palestras de conscientização sobre sexualidade, gravidez na

adolescência, drogadição, de valorização do conhecimento como meio atual de inserção social. Tais

ações são realizadas envolvendo todos os alunos maiores e menores de dezoito anos. Aos alunos

menores de dezoito anos, de modo específico, em caso de evasão, é encaminhada ao Conselho

Tutelar a ficha FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente) como forma de amparo legal a

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esses casos específicos.

5.9 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE

Os recursos são disponibilizados na sua maioria pelo Governo Estadual e Federal. O

Colégio recebe mensalmente o Fundo Rotativo advindo de recursos financeiros do orçamento do

Estado destinado à manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade educacional, o valor

do repasse é de acordo com o número de alunos matriculados, sendo gerenciado pelo diretor da

escola.

O Colégio dispõe ainda de Cota Suplementar do Fundo Rotativo para complementar a

Merenda Escolar denominada Escola Cidadã.

Outro recurso que o Colégio dispõe é o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) que

trata-se de um recurso do Governo Federal repassado às associações de Pais, Mestres e

Funcionários uma vez ao ano, é calculado de acordo com o número de alunos do Ensino

Fundamental.

O colégio recebeu em 2009 e 2010 o PDE-Escola, uma parcela principal e uma

complementar para a aquisição de materiais pedagógicos que auxiliam nas práticas pedagógicas

para elevação dos índices de rendimento escolar.

Quanto aos recursos próprios tem-se o apoio da APMF e Comunidade Escolar os quais

realizam eventos e promoções que visam além de recreação, recursos financeiros para

complementar as despesas do Colégio.

5.10 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Conselho Escolar

É um órgão colegiado representativo da comunidade escolar. De acordo com o Estatuto do

Conselho Escolar, título I das Disposições Preliminares no Capítulo II da Natureza, dos Fins, o

artigo 4º de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e

realização do trabalho escolar.

Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos organizados da

sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

De acordo com o Conselho Escolar dos Direitos Humanos (2008, p. 88) “enquanto força

social, o Conselho Escolar pode influenciar nas políticas educacionais e nos projetos da escola,

propondo ações inovadoras que contribuam para melhoria da qualidade do ensino, para a

democratização da Gestão e para a garantia dos direitos humanos”

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O Conselho escolar assegura o desenvolvimento de todas as questões pedagógicas

administrativas e financeiras, que diretamente contribui no fazer, tendo em vista a garantia na

qualidade do ensino. Nesse sentido, no âmbito escolar, o Conselho Escolar é uma importante

estratégia na busca de alternativas para a superação dos problemas pedagógicos, comunitários e

administrativos da escola, com a participação de todos os envolvidos no processo ensino-

aprendizagem. Em nosso Colégio, os membros do Conselho Escolar reúnem-se periodicamente

para analisar o andamento das atividades escolares e propor ações que visem qualificá-las, bem

como buscar soluções para eventuais situações problemas do âmbito escolar.

Direção

A prática ou ação da direção escolar é uma ação social e política que une os componentes

da instituição escolar. Dirigir significa assumir no grupo a responsabilidade por fazer a escola

funcionar mediante um trabalho conjunto. Para Luck (2002, p. 14) “a gestão escolar promove a

redistribuição das responsabilidades que objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar”

A ênfase que é dada à direção escolar é, pois, o de canalização das potencialidades tanto dos

profissionais da escola, dos alunos quanto dos elementos da comunidade externa.

De acordo com Libâneo (2001) a direção é o principal atributo da gestão, por meio do qual

o trabalho conjunto das pessoas desenvolve-se, orientando-as e integrando-as no rumo de seus

objetivos, pondo em ação o processo de tomada de decisões na organização dos processos que as

atividades educacionais requerem. Para contribuir efetivamente com as mudanças das relações

sociais, à escola tem sido atribuída a função de reencontrar e reconstruir o sentido, o prazer e o ato

emancipador de educar.

Podemos dizer que a direção escolar orienta, estimula, cria, conduz o ensino-aprendizagem,

dentro da instituição. Assim, deve ficar claro que a direção, professores, Equipe Pedagógica,

Agentes educacionais I e II, APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil alinham-se e

complementam-se em suas funções, com alunos, pais, comunidades. O educador dentro ou fora da

sala de aula, depende de todos os segmentos para executar o seu trabalho, independente de qual

área de atuação exerça dentro da escola. O que difere uma da outra é exatamente a função ou

atuação, pois em todas, deve haver uma relação de união. Não há como atingir objetivos e realizar

uma educação de qualidade, sem a colaboração de todos.

A atual direção do Colégio busca gerir de forma democrática, de modo que todos tenham a

oportunidade de participar ativamente das decisões a serem tomadas.

Professor Pedagogo

A atuação do professor Pedagogo é realizada visando o todo da escola sem fragmentá-lo,

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como anos atrás que se dividia em orientação e supervisão escolar. Constitui-se num trabalho que

tem o compromisso de garantir a qualidade do ensino da educação, da formação humana da

qualidade do processo de humanização do homem através da educação.

O perfil do pedagogo é o de que este seja um profissional “educador-pesquisador”,

envolvido em todas as questões que dizem respeito à educação sejam elas de ordem política social,

econômica e outra, assim “a identidade do pedagogo é ampliada, ultrapassando a mera função de

transmissor do conhecimento” (Veiga, 1997:98) onde o profissional aprenda e compreenda o saber,

o saber-fazer e o saber-ser (Libâneo, 1990).

Neste contexto, o papel específico do profissional pedagogo é o de uma atuação global,

visando o todo da escola. Para Pimenta (1995), a escola precisa de profissionais que tenham visão

de sua especificidade numa totalidade orgânica e segundo Luckesi (apud Candau, 1998) que

desempenhe seu papel, especialmente, no desenvolvimento de uma atitude mais dialeticamente

critica, sobre o mundo e sua prática educacional, a partir de conhecimentos filosóficos, científicos,

técnicos e afetivos, desempenho este, que alimente princípios éticos de autonomia.

Para Grispun (1996) o professor pedagogo deve ter uma conotação de pluralidade de

objetivos, que envolva, além dos aspectos políticos e sociais do cidadão que visem o

aprimoramento do ensino-aprendizagem relativas, docentes e não docentes ao educando como (aos

professores.

Veiga (1997, p.25) acredita na importância de um trabalho “que permita vincular a realidade

do ensino às necessidades dos educandos, construindo em seu agir, um projeto histórico de

desenvolvimento do povo, que se traduz e se executa em um projeto pedagógico”.

O papel específico do pedagogo é voltado para a qualidade do trabalho pedagógico e suas

rigorosas formas de realização, comprometendo-se com o conhecimento emancipatório. Esse é o

maior desafio do pedagogo, conduzir os educandos à aprendizagem, possibilitando, a

transformação da sociedade, através do pleno entendimento das relações que se manifestam dentro

da escola. Trata-se assim de um trabalho direcionado à prática política e organizacional de todo o

fazer pedagógico no interior da escola.

Dessa forma a prática pedagógica deve enfatizar a dimensão humana social da

aprendizagem direcionando especial atenção a questão cultural do sujeito, com a intenção de uma

formação continuada, como processo permanente, apresentando interação com a comunidade do

entorno externo da escola levando o sujeito a se tornar comunicativo.

Corpo Docente

No ensino-aprendizagem, docentes e discente estão constantemente ligados, num processo

dialógico, em que ambos ensinam e aprendem, simultaneamente. De acordo com a realidade dos

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alunos e a necessidade de aprendizagem dos mesmos, os professores encaminham as suas práticas

visando a formação cognitiva e sistematizada dos alunos, primando pelo desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico, para o exercício consciente da cidadania.

Os professores, sem dúvida, precisam estar inteirados, participar e decidir junto com toda a equipe, que se dispõe a traçar o caminho a ser percorrido, as metas previstas e as estratégias utilizadas, para se chegar aos objetivos no processo ensino-aprendizagem. Muitos são os desafios, os entraves e as conquistas que fazem parte do cenário escolar, formado por professores que pensam de forma diferente e interagem diversamente. É a cumplicidade, o profissionalismo e o compromisso dos professores que dão vida e brilho ao fazer pedagógico. (OLIVEIRA apud GESTÃO EM REDE, 2008, p. 14).

A grande responsabilidade para a construção de uma educação cidadã está nas mãos do

professor. Por mais que o diretor ou o coordenador pedagógico tenham boa intenção, nenhum

projeto será eficiente se não for aceito, abraçado pelos professores porque é com eles que os alunos

têm maior contato.

O artigo 13 da LDB 9394/96 sobre a função dos professores, assegura que os docentes

incumbir-se-ão de:

I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento

de ensino;

III. Zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV. Estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;

V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos

períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Para a concretização destas incumbências, o professor em nosso Colégio acredita na

importância que têm enquanto agente de formação e principalmente acredita na capacidade de

nossos alunos, buscando constantemente renovar seus métodos de ensino, proporcionando sempre

um ensino de qualidade.

Formação Continuada

No intuito de melhoria na prática pedagógica os profissionais da educação buscam

participar ativamente das formações continuadas propostas pela Secretaria Estadual de Educação

(SEED) como a Semana Pedagógica, Grupos de Estudos, GTRs, Reuniões Pedagógicas,

Simpósios, Pró-funcionário, bem como desenvolvendo as ações que constam no PDE Escola

referente às capacitações.

Biblioteca

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A biblioteca escolar constitui-se num espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de

toda Comunidade Escolar para auxiliar na aprendizagem. Para tanto, precisa ser um espaço

organizado, atrativo e agradável, que enfatize os livros sempre como convite para o conhecimento

de novos horizontes, lugares, pessoas, histórias, ideais. O importante é que os livros e a biblioteca

sejam utilizados pelos alunos, visando uma formação crítica, contextualizada sobre sua realidade.

Em nosso Colégio, ainda não dispomos de bibliotecário, mas na medida do possível,

buscamos atender nossa comunidade escolar. No ano de 2010, foram adquiridos, com recursos do

PDE-E novos livros que vieram enriquecer e ampliar o acervo da biblioteca. Com essa aquisição,

busca-se formar um cantinho da leitura. Também recebemos o laboratório Pró-info, que divide

espaço com a biblioteca, disponibilizando computadores, auxiliando professores e alunos nas

atividades de leitura e pesquisa.

Da Secretaria

O cargo de secretária é exercido por um profissional qualificado para a referida função. É o

setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência do

estabelecimento. Sua função abrange competências administrativas, técnicas citadas no regimento

escolar, e no cumprimento dessas. Abrange também os aspectos interpessoais que contribuem para

a qualidade do trabalho realizado no interior da escola.

Nesse sentido, o trabalho de secretário é de organização e encaminhamento dentro do

próprio setor e com os demais Agentes Educacionais II, referentes à divisão do trabalho a ser

executado, como também com o corpo docente, primando pela melhor adequação tanto relacionada

ao professor quanto ao aluno.

A integração necessária para se fazer um trabalho coletivo não pode se atrelar a qualquer tipo de coação ou imposição; a criação que se formará entre os participantes a partir do convívio é que irá garantir respeito e cooperação mútua no cumprimento das ações […] há consciência de que muitas são as dificuldades. Entretanto, a participação almejada requer mudanças de postura, que favoreçam o equilíbrio do grupo, a coerência entre o modo de pensar diferenciado e o agir com responsabilidade, de acordo com o objetivo que se deseja atingir (OLIVEIRA apud GESTÃO EM REDE, 2008, p. 15).

No desenrolar do procedimento de seu trabalho é fundamental que haja uma boa

comunicação do secretário com os demais funcionários da escola, com a direção, com o professor

pedagogo, professores e outros segmentos. Este procedimento é necessário para o bom

desenvolvimento das atividades escolares, contribuindo assim para não fragmentação do trabalho

escolar.

Agente Educacional I

Os Agentes Educacionais I de nosso Colégio compõe-se pelas funcionárias responsáveis

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pela limpeza e pela merenda dos alunos, que tem a seu encargo o serviço de manutenção e

preservação do estabelecimento de ensino.

Trata-se da função de um profissional da educação e que portanto desempenha também a

função de ensinar. Contribuem com o exemplo, com a disciplina e como sujeitos no processo de

ensino de preservação, manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar,

e consequentemente na melhoria do ambiente interno e externo da escola, cooperando com a

organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar.

Oportuno ressaltar o trabalho da merendeira que tem a seu encargo, estoque, conservação e

preparo dos alimentos a serem servidos para os alunos. Tem como uma das responsabilidades

manter a cozinha e os utensílios utilizados em perfeita higienização. Seu trabalho contribui para

complementação alimentar de muitos alunos. Proporcionando um cardápio nutritivo, saboroso,

atendendo assim as necessidades dos educandos.

Agente Educacional II

Dispomos em nosso Colégio de três Agentes Educacionais II, que realizam atividades

administrativas e de secretaria, auxiliando na administração do estabelecimento de ensino e

atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia.

Enquanto profissionais da educação, visam zelar pelo bom andamento das atividades

escolares, auxiliando em sua organização, prestando atendimento a alunos e professores,

contribuindo para o bom andamento das atividades escolares diárias.

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil, órgão representativo dos alunos é uma organização sem fins

lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais,

desportivos e sociais. Nas palavras de Paro (apud BASTOS, 2001, p. 74) “o Grêmio é um órgão

representativo do corpo discente de cada unidade escolar e tem por finalidade favorecer o

desenvolvimento da consciência crítica, da prática democrática, da criatividade e da iniciativa.” O

grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, o aluno

defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática.

O Grêmio é um organização coletiva que interage e discute problemas da escola sem dissociá-los do contexto geral, permitindo o debate e o amadurecimento politico. Formado por alunos que têm o mesmo interesse politico e social, é construído e fortalecido a partir do confronto de ideias, mobilização e articulação política, sendo um espaço que permite ao aluno valorizar e perceber a importância da participação na tomada de decisão frente ao Projeto Político Pedagógico.(OLIVEIRA apud GESTÃO EM REDE, 2008, p 11).

Como a escola é uma instituição educativa deve contribuir para manutenção de autonomia,

participação, valorização da cultura, nesse item, a escola deve promover o interesse de organização

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do grêmio na busca desse objetivo promovendo a gestão democrática, representatividade,

comunicação entre os membros da comunidade escolar no exercício do trabalho coletivo.

O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EFM “Professora Maria do

Carmo Carvalho de Souza”, foi instituído no ano de 2010, a fim de que nossos alunos contribuam

significativamente com o ambiente escolar, de forma a congregar e representar os estudantes da

escola, defendendo seus direitos e interesses, cooperando para melhorias e a qualidade do ensino,

incentivando e promovendo atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais e

realizando intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de

caráter educacional

APMF

A Associação de Pais, Mestres e funcionários (APMF) é um órgão de representação dos

Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário,

religioso, racial e nem fins lucrativos. Visa representar os reais interesses da comunidade,

promovendo o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e de toda a comunidade

escolar, contribuem dessa forma para a melhoria da qualidade de ensino, tendo em vista uma escola

pública, gratuita e universal.

A APMF é uma entidade autônoma, cabendo ao Estado orientá-la nos aspectos técnico-

administrativos, possibilitando o desenvolvimento de suas ações, uma vez que esta tem como

objetivo principal o apoio ao educando e o aprimoramento do ensino, integrando família-escola-

comunidade.

Este órgão organiza-se de forma a dar suporte ao trabalho de Gestão Escolar no sentido de

sugerir, aprimorar, discutir, proporcionar, promover, gerir e colaborar com sugestões para a

melhoria da qualidade do ensino e democratização do mesmo de acordo com o Projeto Político

Pedagógico.

Corpo Discente

O Corpo Discente do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio é

representado por todos os alunos regularmente matriculados no estabelecimento, tendo seus

direitos, deveres, proibições e sanções devidamente estabelecidas no Regimento Escolar do

Colégio, com observância nos dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 – Estatuto da

Criança e do Adolescente – ECA, da Lei nº 9.394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDBEN e do Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75.

A maioria de nossos alunos são provenientes do campo e ou ligados a atividades do campo,

o que pressupõe que a escola organize-se de forma a preservar e valorizar suas culturas e tradições

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e seja capaz de transformar o ensino escolar numa experiência educativa com permanente

preocupação com a natureza humana e seu desenvolvimento.

Temos em nosso Colégio a realização de transferências de alunos para outras escolas, como

também recebimento de alunos provenientes de outras. Há ainda, alunos que evadem da escola e

retornam e ausentes por atestado médico, e que são atendidos pelos professores de forma a

recuperar os conteúdos. Quanto ao recebimento de alunos transferidos para a escola, inicialmente

procura-se conhecê-lo, qual o motivo da transferência, conhecer o desenvolvimento de sua

aprendizagem, ou seja, realizar uma avaliação inicial, e, propiciar os mecanismos necessários para

sua integração na escola.

Ao aluno que registra ausência significativa ou sequencial, será convocada a família para

comparecimento, esclarecimento e orientação, será oportunizada atividades, com o intuito de

readequação também dos egressos, geralmente este trabalho é realizado em contra-turno com

acompanhamento pelos professores no período da hora atividade, ou professor pedagogo.

Quanto aos alunos com atestado médico, que apresentam poucos dias de ausência, é

proporcionado a realização de atividades em forma de trabalho e revisão em sala. Os alunos com

atestados médicos longo, serão encaminhadas atividades na residência assim como para as alunas

que apresentam licença maternidade, ou seja, ensino à distância utilizada como complementação da

aprendizagem menos situações emergenciais.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem escolar são atendidos da melhor forma para

buscar o conhecimento sistematizado, encorajando-os e dando-lhes estímulos para que possam

recuperar a vontade de aprender.

No decorrer dos trabalhos surge a relevância de atividades lúdicas e prazerosas não só no

âmbito deste trabalho pedagógico, mas também na contribuição do desenvolvimento do espírito de

equipe (socialização) e desenvolvimento integral de potencialidades individuais e sociais. Como o

Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio não possui sala de apoio os

alunos são atendidos pelos professores através de acompanhamento em sala de aula, procurando

intensificar a aprendizagem. Em alguns casos de maior dificuldade, é realizada uma investigação

das dificuldades mais significativas para orientações didático-pedagógicas em acompanhamento

individualizado pelo professor na hora atividade ou no final do período ou pelo Professor

Pedagogo.

5.11 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DE ALUNOS QUE CURSAM O ENSINO MÉDIO

A Lei nº 11788/2008, garante ao aluno o estágio como atividade de preparação para o

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trabalho produtivo e a Deliberação 02/09 em seu art. 1º, define o estágio como:

Ato educativo escolar orientado e supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho que visa a preparação para o trabalho de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituição de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e do anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

Nesta perspectiva, o estágio permite a integração entre as atividades desenvolvidas no

ambiente de trabalho e na escola, inter-relacionando os conhecimentos a partir das relações de

trabalho. Em nosso Colégio ainda não atendemos alunos estagiários, mas, estamos devidamente

regularizados, conforme prevê a Legislação, para efetuarmos o atendimento.

5.12 ADENDO REGIMENTAL DE ACRÉSCIMO

No ano de 2010, o Colégio, acrescenta em seu Regimento Escolar o art. 164-A, que garante

a utilização do nome social de alunos(as) travestis ou transexuais a maiores de dezoito anos,

mediante solicitação por escrito, no ato da matricula, pelo parecer 001/2009 do CEE e a instrução

Conjunta nº 02/2010 – SEED/SUED/DAE

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6. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRICULO

6.1 AGENDA 21

A Agenda 21 é um plano de ação aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente em desenvolvimento, a Rio 92. Na agenda 21 estão definidos os compromissos

assumidos por 179 países, cujo objetivo era construir um novo modelo de desenvolvimento que

resulte melhor qualidade de vida para a humanidade e que seja econômica, social e ambientalmente

sustentável.

Atendendo as propostas dos resultados da Agenda 21 Global, Brasileira, Estadual,

Municipal, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EFM e comunidade escolar tendo consciência

da necessidade de estar desenvolvendo ações que viabilizem o uso sustentável dos recursos

naturais primando pela igualdade no acesso e condições necessárias a melhoria da qualidade de

vida vem através deste incorporar à sua prática a Agenda 21 Escolar.

A escola não se limita somente ao interior de seus muros, ela está inserida dentro de um

contexto histórico e real. A efetivação do trabalho escolar realizado influencia a formação integral

do ser humano, enquanto sujeito social ciente de seus direitos e deveres na sociedade.

Todos os envolvidos no trabalho escolar ao assumirem-se enquanto sujeitos sociais

conscientiza-se que a responsabilidade pela preservação do planeta e em consequência de todas as

espécies é compromisso de cada cidadão.

Os profissionais da educação do Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EFM participaram

do Fórum para a construção da Agenda 21 Escolar, onde através dos encaminhamentos propostos

no referido Fórum obtiveram os conhecimentos necessários para o trabalho na escola.

Professores, Funcionários, pais, alunos e Conselho Escolar, assumem a postura do trabalho

coletivo e evidenciaram os principais problemas encontrados na escola e na comunidade bem como

as ações necessárias para superação dos mesmos, onde está em construção o Projeto da Agenda 21

Escolar e ao mesmo tempo sendo colocado em prática.

Percebe-se que muitos profissionais têm oportunizado dentro da prática escolar, textos,

filmes e discussões que permitem aos educandos analisar os problemas encontrados pela

comunidade escolar no cotidiano bem como possíveis soluções.

No entanto, faz-se necessário um trabalho mais amplo, para efetivar a conscientização

necessária. Assim através de reunião realizada pela comissão, ficou estabelecido que será

oportunizado:

- Palestras com toda a comunidade escolar, família, Conselho Escolar e com outros

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segmentos da sociedade;

- Pesquisa junto às famílias e trabalho estatístico com os dados levantados a serem

encaminhados às autoridades locais e ou regionais, conforme o caso a possíveis parceiros;

- Mobilização de toda escola e comunidade para realização de Seminários e Conferências;

- Confecção de frases, faixas, cartazes, slogans, etc;

Espera-se que com os trabalhos a serem desenvolvidos no Projeto Agenda 21 Escolar, este

venha a sensibilizar e mobilizar todos os segmentos que fazem parte de nossa comunidade e que as

ações a serem concretizadas venham a contribuir para a preservação de nosso planeta.

6.2 EDUCAÇÃO FISCAL

Tendo em vista que uma das principais características desse início de século são as

mudanças ocorridas em todas as áreas seja ela econômica, social, cultural, científica, tecnológica,

institucional e do capital humano faz-se necessário um repensar sobre a responsabilidade do ser

humano.

Ao entendermos que a educação prima pelo desenvolvimento do sujeito em todos os

aspectos, percebemos a necessidade de despertar a consciência cidadã, assim a discussão do tema

Educação Fiscal, visa a conscientização da sociedade quanto a função do Estado de arrecadar

impostos e o dever do cidadão contribuinte de pagar impostos.

No entanto, educação fiscal não é apenas isso, é principalmente um desafio, pois trata de

um processo de inserção de valores na sociedade, entendendo que o tributo pago assegura o

desenvolvimento econômico e social, e com o devido conhecimento de seu conceito, sua função e

sua aplicação.

A verdadeira educação cidadã reflete diretamente sua vida, das pessoas e da sociedade, pois

leva ao conhecimento dos princípios que fundamentam as práticas democráticas. Dentro desse

contexto, cada disciplina conforme o desenvolvimento dos conteúdos proporcionará na medida dos

trabalhos e ou projetos que venham a conscientizar nossos educandos.

A cidadania se concretiza na sociedade na medida em que os indivíduos adquirem direitos e

ampliam sua participação na criação do próprio estado. Os direitos que constituem a cidadania são

sempre conquistas, resultado de um trabalho histórico no qual os indivíduos, grupos e nações lutam

para adquiri-los e, fazer valer.

Faz-se necessário uma educação ativa, permanente e sistemática, voltada para o

desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores afim de que haja mudança de comportamento na

sociedade.

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Percebemos assim, que a Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para

a função socioeconômica do tributo.

Ressaltamos a filosofia do Programa Nacional de Educação Fiscal o qual tem base nas

seguintes idéias:

- É requisito da cidadania a participação individual na definição da política fiscal e na

elaboração das leis para sua execução;

- Os serviços públicos somente poderão ser oferecidos à população se o governo arrecadar

tributos;

- Os recursos públicos são geridos pelos representantes do povo, cabendo ao cidadão votar

responsavelmente, acompanhar as nações de seus representantes e cobrar resultados;

- A sociedade tem limitada capacidade de pagar tributos, portanto os recursos públicos

devem ser aplicados segundo prioridade estabelecidas em orçamento e com controle de gastos;

- O pagamento voluntário de tributos faz parte do exercício da cidadania.

O envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos,

estabelece-se controle social sobre o desempenho dos administradores públicos e asseguram-se

melhores resultados. Assim sendo, a cumplicidade do cidadão em relação às finanças públicas

torna mais harmônica sua relação com o estado.

A educação fiscal já é um tema desenvolvido nas disciplinas, como História, Filosofia,

Sociologia, Matemática que visam sensibilizar o educando no exercício da cidadania. Assim,

deseja-se buscar condições apropriadas para que o tema Educação Fiscal seja desenvolvido,

trabalhado especificamente não apenas nas disciplinas, mas com um tema gerador.

6.3 PROGRAMA VIVA A ESCOLA

O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola

como complementação curricular, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de

sua realidade.

As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos: Dar

condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Estadual e a

comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino

no qual estão vinculados, além do turno escolar; Viabilizar o acesso, permanência e participação

dos educandos em atividades pedagógicas de seu interesse e possibilitar aos educandos maior

integração na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.

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O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga - EFM, contou em 2009 com três propostas: Dança;

Brinquedos e Brincadeiras e Jogos. Em 2010, permaneceu com Jogos e Brinquedos e Brincadeiras,

as quais atendem vinte alunos em cada proposta. Os encontros acontecem duas vezes por semana,

utilizando os espaços do colégio.

No decorrer do ano de aplicação da Proposta os pais dos alunos são convidados a participar,

incentivando e trocando conhecimentos com os alunos participantes.Todo o processo é avaliado e

acompanhado pela direção e equipe pedagógica do Colégio, que prioriza e motiva constantemente

a participação, cooperação, assiduidade, responsabilidade dos alunos participantes.

6.4 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO

O Segundo Tempo é um Programa do Ministério do Esporte em parceria com o Ministério

da educação e possibilita o acesso à prática esportiva aos alunos matriculados nos níveis de ensino

fundamental e médio do sistema de educação pública do Paraná.

Através de atividades esportivas no contra-turno escolar, o programa colabora com a inclu-

são social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual de crianças e adoles-

centes que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

A ação deste programa caracteriza-se pelo acesso a diferentes modalidades esportivas, atra-

vés de atividades individuais e coletivas desenvolvidas sob a forma de projetos educacionais em es-

paços físicos escolares.

O programa Segundo Tempo, existente no Colégio desde o ano de 2004, atende alunos do

Ensino Fundamental em contra-turno, nas modalidades de xadrez, tênis de mesa e futsal, enrique-

cendo o trabalho pedagógico.

6.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Uma característica intrínseca do povo brasileiro é a mistura de vários povos e várias

culturas. O negro ainda sofre discriminações e em nossa sociedade, assim como o indígena, os

orientais entre outros povos. Nesse ensejo, a escola é um espaço propenso a consubstanciação da

igualdade, apesar de que infelizmente a mesma, também favorece a difusão, ainda que

inconsciente, de práticas preconceituosas.

Nesse sentido, apresenta -se a necessidade da escola assumir -se como espaço social de

construção dos significados éticos necessários a dignidade do ser humano, igualdade de direitos,

recuso de toda forma de discriminação e a importância de solidariedade e do respeito, deve

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proporcionar melhor convívio dentro da escola e da comunidade. Contudo para que se chegue a

este propósito, torna-se necessário a reelaboração dos currículos, que via de regra, não expressam e

nem dão sentido democrático ao pluralismo cultural. Tal ação viria a contemplar o reconhecimento

da diversidade cultural inserida na escola, além de primar pela valorização e respeito a

manifestação cultural do outro ou seja, a escolas passaria a trabalhar a interação cultural sobre uma

ótica das diversas manifestações culturais locais, de forma a evidenciar seus aspectos repreensivos

e discriminatórios, para que haja uma transcendência do regional ao ideal de igualdade e respeito

ao outro.

Demonstrar a importância da pluralidade cultural para o enriquecimento do relacionamento

humano, rumo a uma prática que não cultive dogmas petrificados onde idéias pré-estabelecidas não

venham a destruir novos horizontes.

De acordo com a Lei nº 10639/03 – MEC que institui a obrigatoriedade do ensino da

História da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio, vem

contribuir com o histórico da contribuição dos negros na construção e formação da sociedade

brasileira.

Nesse sentido, a escola tem o compromisso de resgatar a dignidade da pessoa humana,

rumo a uma postura de valorização ao ser humano e não marcadas pelo preconceito, racismo e dis-

criminação aos afro-descendentes. Comprometida com a promoção do ser humano na sua integrali-

dade, estimulação a formação de valores, hábitos e comportamentos, que respeitem as diferenças e

as características próprias dos grupos.

Os conteúdos sobre a cultura africana e afro-brasileira estão contemplados nas disciplinas

oferecidas no Ensino Fundamental e Médio de nosso Colégio e juntamente com a equipe

multidisciplinar serão trabalhados de forma dinâmica, por meio de seminários, Conferências,

palestras, apresentações culturais (teatro, dança), entre outros.

6.6 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As equipes multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da

SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a

finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do

período letivo, de acordo com a RESOLUÇÃO N°. 3399 / 2010 – GS/SEED.

A Instrução nº 010/2010 SUED/SEED, garante que todos os NREs e estabelecimentos de

ensino na Rede Estadual de Educação do Paraná organizem suas Equipes Multidisciplinares para

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tratar da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena.

De acordo com a Legislação, o Colégio organizou-se no ano de 2010 e constituiu a Equipe

Multidisciplinar para atender as finalidades apontadas acima.

6.7 MEIO AMBIENTE

Com a união do Ministério da Educação e do Meio Ambiente para realização da II Confe-

rência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, no ano de 2005 com o tema Vivendo a Diver-

sidade na escola e I Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente realizada em 2003.

Em 2005 os temas escolhidos partiram de questões mundiais, presentes em acordos tratados

e convenções internacionais assinados pelo Brasil e chegam a cada localidade, a cada sala de aula,

Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Segurança Alimentar e Nutricional, Diversidade Étnico Ra-

cial.

Em 2008 foi realizada a III Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente com apoio da

Divisão da Saúde e Bem Estar Social e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com palestras, al-

moço, apresentações culturais, oficinas e apresentação do projeto reciclar, cujo objetivo era a cons-

cientização de toda a comunidade escolar para separação, reciclagem e reutilização do lixo. a esco-

la recebia o material reciclável, armazenava e vendia. Os recursos provenientes eram utilizados na

compra de material pedagógico. O projeto foi interrompido em 2010 devido os reparos na estrutura

física do Colégio.

A IV Conferência do Meio Ambiente foi realizada em 2010 cujo tema foi a Preservação do

Ambiente Escolar. Aconteceram palestras, elaboração de propostas pelos alunos para a melhoria da

preservação do Ambiente Escolar. Houve também a escolha dos dez melhores slogans sobre o tema

e o sorteio de quarenta alunos para viagem educacional à Foz do Iguaçu. No período da tarde, foi

realizada oficina de formação ambiental com professores e funcionários.

O Colégio tem a intenção de realizar a Conferência a cada dois anos, com o intuito de forta-

lecer espaços de debate na escola sobre as questões sociais e ambientais da comunidade e perceber

como eles se relacionam com o mundo, incentivando a nova geração para transformações sociais e

ambientais para o reconhecimento da diversidade étnico-racial.

6.8 PROGRAMA FICA

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O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da vida foi concebido pela

Secretaria de Estado da Educação – SEED com parceria com o Ministério Público. Seu objetivo

maior é garantir que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os números de evasão

escolar, motivado por vários fatores históricos, sociais ou mesmo educacionais continuem a crescer

no Paraná em proporções alarmantes.

Com este programa, a Secretaria busca confirmar a concepção democrática de escola como

direito de todos. Com a implantação do documento denominado FICA, a escola participa de uma

rede de enfrentamento à evasão, promovendo a inserção no sistema educacional, das crianças e

adolescentes que tenham sido excluídos. Além disso, o Colégio realiza acompanhamento pedagógi-

co aos alunos faltosos, sendo-lhes atribuída atenção especial por parte dos professores.

6.9 PALAVRA ESCRITA – PROTAGONISMO JUVENIL

É uma proposta de atividade que visa valorizar o gosto pela leitura, para que a mesma cum-

pra sua função social psicológica emocional, cognitiva e cultural relacionando todos os aspectos re-

ferentes aos alunos. Buscando a melhoria da qualidade de ensino à aprendizagem, oportunizando

progressos na expressão oral e escrita, conhecimento de novos gêneros literários, tornando crítica a

consciência dos alunos. Tem a intenção de estimular a pesquisa literária e a utilização da biblioteca

e do cantinho da leitura, visando ainda a produção escrita dos alunos para realização de livros, pai-

néis e murais com textos informativos de autoria dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.

6.10 GRUPO DE CANTO SOM E HARMONIA

Como sabemos a música, além de sua finalidade de arte pura, também é promotora de

fraternidade e compreensão entre os homens, estimuladora de valores éticos e sociais. Se destaca

como sendo o setor da educação que estimula de maneira especial o impulso vital e as mais

importantes atividades psíquicas humanas: a inteligência, a vontade, a imaginação criadora e,

principalmente, a sensibilidade e o amor. Nisto está sua peculiaridade, pois reúne,

harmoniosamente, o conhecimento, a sensibilidade e ação.

Sendo assim, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga- EFM, sentiu a necessidade de formar

um Grupo de Canto, por reconhecer que a música é um dos meios mais eficazes de se atingir as

crianças e os jovens, influenciando-lhes uma atmosfera de alegria, ordem, disciplina e entusiasmo

em todas as atividades escolares.

Em 2010, ano de sua criação, a Proposta recebeu apoio financeiro do PDE-Escola, sendo

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uma de suas ações, para a compra de instrumentos e para a confecção de uniformes. O grupo conta

com alunos do período matutino e vespertino. Coordenados por professores voluntários, os

encontros acontecem duas vezes por semana, nas dependências do Colégio.

6.11 AGRINHO

É um concurso promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR – so-

bre experiências pedagógicas desenvolvidas no município, nas Escolas de Educação Especial, Edu-

cação-Infantil e Ensino Fundamental do estado do Paraná.

O programa Agrinho aborda temáticas relacionadas ao meio ambiente, saúde, cidadania, tra-

balho e consumo, conforme o tema escolhido pelo município. O concurso visa promover o envolvi-

mento do Núcleo Regional de Educação no referido programa no sentido de incentivar e articular a

participação de todos os municípios pertencentes à sua regional, buscando estimular a discussão

dos temas relacionados.

6.12 OLÍMPIADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS

É um programa que abrange as escolas públicas em nível nacional, as quais realizam provas

Matemáticas visando diagnosticar a qualidade do ensino e o nível de aprendizagem dos alunos. São

realizadas premiações com medalhas, certificação e bolsas de iniciação científica Junior, do CNPq,

de acordo com o desenvolvimento dos alunos.

A olimpíada visa dentre tudo, incentivar os alunos a busca do conhecimento sistematizado,

motivando com premiações a participação dos alunos, que uma vez envolvidos, assimilam conheci-

mentos.

6.13 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – ESCREVENDO O FUTURO

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da Edu-

cação e pela Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec – Centro de Estudo e Pes-

quisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária, desenvolve ações de formação de professores,

com o objetivo de contribuir para ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da escri-

ta. Uma das estratégias é a realização de um concurso de produção de textos que premia poemas,

memórias literárias, crônicas e artigos de opinião elaborados por alunos de escolas públicas de todo

o país.

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Em 2010, participaram do concurso alunos de 7ª série do Ensino Fundamental de nosso Co-

légio, na categoria de produção de textos, cujo tema foi Memórias. O resultado foi satisfatório, pois

uma de nossas alunas recebeu a premiação com o texto “Bandeja de Ouro”, por sua produção, a ní-

vel municipal. Diante disso, a escola incentivará cada vez mais a participação de nossos alunos

nestes programas.

6.14 FERA COMCIÊNCIA

O Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) e a Educação Com Ciência se configuraram,

nos últimos anos, como atividades integradoras de grande expressão educacional. O FERA, desde

seu lançamento em 2004, mobilizou milhares de estudantes, professores, artistas e representantes

da comunidade em suas atividades artístico-culturais. Em todas as etapas, o Festival alcançou seus

objetivos de propiciar o enriquecimento na formação de alunos e professores e o aprimoramento da

expressão de sua criatividade.

Da mesma forma, o Programa Educação Com Ciência ofereceu aos estudantes paranaenses,

em todas as suas edições, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza científica e tecno-

lógica, incentivando a curiosidade e a pesquisa. Ambos os Projetos, programas pioneiros na Educa-

ção do Paraná, estimularam o aprendizado de conteúdos curriculares e a produção cultural e des-

pertaram na comunidade educacional o interesse pela cultura, pela arte e pela ciência, fortalecendo-

a para estender o conhecimento adquirido a todos os domínios da vida.

Por tudo isso, levando em conta os resultados significativos dos projetos, e buscando avan-

ços ainda maiores, em 2008, a Secretaria de Educação do Paraná propôs a integração desses dois

grandes projetos educacionais, passando o novo projeto a se chamar FERA COM CIÊNCIA.

Em 2009, nosso Colégio participou do evento realizado em Mamborê, apresentando as ati-

vidades desenvolvidas pelo Viva a Escola, composto por três propostas: Jogos, Brinquedos e brin-

cadeiras e Dança. O resultado foi satisfatório, estimulando ainda mais os alunos na participação do

Programa.

6.15 FEIRÃO DO LIVRO

Iniciativa do Núcleo Regional de Educação que tem como objetivo desenvolver o hábito

pela leitura e troca e venda de livros. É realizado em data estabelecida pelo NRE.

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6.16 CAMPANHA COM A MÍDIA PELA PAZ

Justifica-se em atender a Lei estadual n.º 14357/2004, que fixa a primeira semana da prima-

vera como data comemorativa à semana da Paz em todo o Estado do Paraná - SEED – Assessoria

de Relações Externas e Interinstitucionais – Programa Segurança com a Paz nas Escolas. Tem

como objetivo proporcionar aos professores e alunos das Escolas Públicas do Estado do Paraná, um

momento para difundir os trabalhos que resultem na melhoria da qualidade de ensino, cidadania

plena, diversidade cultural, dentro do tema de Educação para a Paz.

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7. PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO

O trabalho a ser realizado pelo Professor Pedagogo deve seguir os objetivos do Plano de

Ação aqui apresentados contemplando os Princípios Filosóficos do trabalho escolar, embasados no

plano de ação da Escola e as leis que regem a educação, visando a transformação de ideias em

ações práticas que conduza as mudanças, sendo necessário conhecer a sociedade em que a escola

está inserida.

Para tanto, se faz necessário contemplar o que é descrito no Projeto Político Pedagógico e

através de análise e avaliação frequente configurar à realidade descrita, ou seja, durante o caminhar

e o desenvolver do trabalho escolar, o trabalho pedagógico deve se voltar para que se cumpra a

função de averiguação do real, do existente nas escolas públicas e da articulação com o desejável,

com o necessário na democratização do ensino.

A partir da realidade da escola, o professor pedagogo desenvolverá seu trabalho, buscando

condições para a efetivação das propostas do Projeto Político Pedagógico aproveitando dos

recursos físicos, humanos e financeiros disponíveis na escola.

CARACTERIZAÇÃO: Ensino Fundamental 5ª a 8ª Séries e Ensino Médio

NOME DA ESCOLA: Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio

RESPONSÁVEL: Professores Pedagogos

JUSTIFICATIVA: Tendo em vista que a escola pública tem apresentado rotatividade dos

profissionais da educação, o presente plano de ação se justifica pela necessidade de atender a curto,

médio e longo prazo os objetivos políticos pedagógicos e organizacionais do fazer educativo.

Nessa intenção, abrange uma continuidade no trabalho pedagógico, uma vez que circunda todas as

instâncias envolvidas nesse processo quer seja do docente, do discente, da equipe pedagógica, do

não-docente em educação ou instâncias colegiadas, pois é a cumplicidade, o profissionalismo e o

compromisso dos profissionais que dão vida e brilho ao fazer pedagógico. Para Pimenta (1995, p

147) “essa articulação que terá como consequência a valorização do especificamente pedagógico

da escola, enquanto instrumento para efetivar a transmissão/apropriação dos conteúdos”.

EIXOS NORTEADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Entendendo a escola como instância fundamental para a emancipação das camadas

populares, compete ao professor pedagogo conhecer, articular e instrumentalizar o professor e

aluno no processo ensino-aprendizagem. Para Vasconcellos (2002, p. 11) “o trabalho pedagógico é

o âmago das escolas, a medida que seu núcleo é o trabalho com o conhecimento, especificidade da

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escola, constituindo a grande finalidade da práxis educativa”.

A dimensão pedagógica do trabalho do professor pedagogo parte do entendimento que a

busca pelo conhecimento deve ser uma constante, ou seja, o ato de ensinar conteúdos, metodologia

e avaliação requer conhecimentos da relação professor/aluno e todas as implicações decorrentes

desse ato.

Na dimensão política do ato de ensinar, o professor pedagogo, deve entender o papel da

escola enquanto agente de transformação da sociedade. Na dimensão organizacional do ato de

ensinar o professor pedagogo deve estar ciente que a articulação dos meios necessários para que

haja a socialização dos conhecimentos deve primar pelo caráter de estar articulando os dados

obtidos afim de que estes venham a alimentar eficazmente o trabalho escolar.

Devemos entender que essas três dimensões citadas acima, não devem ser vistas e

entendidas fragmentadas e sim que uma dimensão depende da outra para acontecer e que a atuação

do pedagogo na organização do trabalho escolar deve romper com as amarras do individualismo,

desconfianças e com o medo, questionando posturas uma vez que a escola reflete a compreensão

dos saberes, na construção dos valores humanos necessários.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO TRABALHO DO PROFESSOR PEDAGOGO TENDO

EM VISTA A EFETIVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto político pedagógico

e do plano da escola;

- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola a partir das

políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais do CNE;

- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de

intervenção na realidade da escola;

- Participar e intervir junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar;

- Participar da elaboração de propostas de formação continuada de todos os profissionais da

escola;

- Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantados na escola;

- Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do calendário escolar, na

definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas do “recreio”, da hora atividade e

de outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;

- Coordenar junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de

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critérios legais, pedagógico didático desenvolvido na escola pelo coletivo dos profissionais.

- Fundamentar no compromisso de que a escola deve levar seus alunos para além do senso

comum e chegar ao conhecimento elaborado sobre a realidade, garantindo acesso ao conhecimento;

- Priorizar o trabalho coletivo, possibilitando a construção de uma prática pedagógica

envolvendo professores, direção, equipe pedagógica e agentes educacionais que aponte para a

mesma direção, ou seja, um ensino de qualidade.

PRÁTICA SOCIAL

Constatados os índices de seletividade e evasão que persistem na educação brasileira,

percebeu-se que é necessário a transformação dos mecanismos internos que tornam a escola

seletiva, representando sua organização e funcionamento, para que se torne efetivamente

socializadora dos conhecimentos.

Percebendo que a escola enquanto uma prática social tem sido utilizada para a transmissão

de valores conservadores da sociedade como mecanismo de dominação social.

Dessa forma os profissionais da educação atuando juntos na escola pública podem fazer

com que esta desempenhe um papel de transformação social.

O fundamental compromisso da escola se baseia no ato de ensinar e aprender, assim se pode

perceber que a ênfase está na transmissão, na apropriação ou assimilação dos conhecimentos e na

consequente reelaboração desses conhecimentos, articulando ao interesse dos educandos, ou, dos

docentes e não-docentes pelo fato de que ensinar e aprender são atos políticos-pedagógicos que

requer conhecimento e participação coletiva.

Assim, o professor pedagogo vem desempenhar a mediação entre a organização escolar e o

trabalho docente, garantindo condições favoráveis ao alcance dos objetivos político-pedagógicos

da educação escolar, cumprindo com sua função. Portanto, a pedagogia deverá dar suporte teórico-

metodológico ao trabalho docente com relação aos aspectos da prática pedagógica que ocorre no

estabelecimento de ensino.

INSTRUMENTALIZAÇÃO

Dentro das atividades a serem desenvolvidas pelo professor pedagogo, atribuímos a

necessidade de desenvolver acompanhamento e orientação aos professores com intenção de

melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem, bem como, melhoria dos vínculos entre professor-

aluno. Para isso utilizaremos dos espaços de: hora-atividade, Conselho de Classe e oportunidades

diante do calendário escolar para grupo de estudos, formação continuada e fornecimento de

material de apoio didático-pedagógico, com ênfase nas necessidades apresentadas.

Acompanhar e orientar os educandos, a partir de suas necessidades e dificuldades de

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aprendizagem, como também, de motivação, incentivo e feedback de seu desenvolvimento

educativo e exploração de seu potencial artístico, criativo e estético.

Acompanhar e orientar os profissionais da educação e instâncias colegiadas buscando

sempre a compreensão de que o fazer escolar é proporcionado pela integração de todos os

segmentos da escola e de que todos têm papel fundamental enquanto sujeito transformador da

sociedade.

Esse procedimento se efetuará cotidianamente, e em eventuais momentos de reflexões

coletivas, como na avaliação semestral do Projeto Político Pedagógico ou em palestras dirigidas a

cada instância, como também nas reuniões do Conselho Escolar, A.P.M.F. E outros.

CATARSE

Pelo acompanhamento, análise das atividades proporcionais, bem como dos resultados

apresentados durante o bimestre realizar-se-á a avaliação do plano de ação da equipe pedagógica,

onde será proporcionado principalmente pelo momento do conselho de classe os dados relevantes

acerca da aprendizagem dos alunos bem como, da metodologia de ensino utilizada pelos

professores, as dificuldades e conflitos que se evidenciaram na realização das atividades escolares e

nos relacionamentos interpessoais fundamentais no processo ensino-aprendizagem em sala de aula.

Nesse ínterim, realizar-se-á reunião bimestral com a equipe administrativa e profissionais

da escola, pois é um segmento fundamental para se constatar de que em todo o contexto escolar o

ensino-aprendizagem têm-se efetivado.

PRÁTICA SOCIAL FINAL

A prática social final ficará evidenciada na mudança de atitude dos profissionais da

educação, que visarão melhorias na realidade escolar, buscando proporcionar um ambiente escolar

otimizador, agradável ao aprendizado e ao trabalho, gerador de um bem estar coletivo, visando a

qualificar o processo ensino aprendizagem.

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8. PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

EIXO TÓPICOS

DISCUSSÃO

PROBLEMAS

LEVANTADOS

AÇÕES DA ESCOLA CRONOGRAM

A

RESPONSÁV

EISGestão Democrática

1.Envolvimento da comunidade escolar e instâncias Colegiadas no Plano de ação da escola e nas decisões a serem tomadas durante o ano

2.Promover a representatividade do alunado e proporcionar a colaboração entre alunos e professores através da eleição do representante de turma.

1.Pouco envolvimento da comunidade escolar e das instâncias colegiadas.

2.Necessidade de despertar no aluno o ,espírito de liderança e iniciativa.

1.Oportunizar momentos (Assembléias) no decorrer do 1º e 2º semestre onde a comunidade escolar tenha conhecimento do plano de ação da Gestão Democrática, Conselho Escolar,APMF,Pais,Grêmio,Para compartilhar os sonhos, as esperanças, as dúvidas e os anseios surgidos na busca de mudanças para construir uma nova realidade.

2. Realizar eleições em cada turma para eleger seu aluno representante.

1.Inicio de cada semestre.

2. A cada inicio de semestre, ou quando se fizer necessário.

1.Diretor e equipe pedagógica;Toda a comunidade escolar e família.

2.Direção, equipe Pedagógica e Professores.

Proposta Pedagógica Curricular

1.Identificar o aluno como foco do processo educativo;

2.Trabalhar o fortalecimento da unidade do trabalho escolar,onde todos possam, juntos, planejar e executar ações para que a escola cumpra a sua função social.

1.Dificuldade de aprendizagem por parte de alguns alunos.

2.Pouco envolvimento Da comunidade escolar nas ações da escola.

Reuniões com toda a comunidade escolar;Atendimento aos pais e alunos individualmente;Conselho de classe; pré-conselho e pós conselho;Equipe pedagógica para apoio.

Durante todo o ano

DireçãoEquipe PedagógicaProfessores e alunos e funcionários.

Formação Continuada

1.Oportunizar capacitações aos professores, funcionários, pais, alunos conforme ações do PDE-E.

1.Atualização, renovação e readequação do conhecimento.

1. realização de Palestras, reuniões, Seminários Fóruns, grupos de estudos, hora-atividade, oficinas, conselho de classe; Conferencias, incentivo a participação do GTR e Pró-funcionário

Durante todo o ano.

Conselho Escolar;APMF;SEED/NRE;Equipe Pedagógica e Direção.

Qualificação dos espaços e equipamentos

Viabilizar readequação dos espaços existentes na escola para melhor aproveitamento pedagógico.

Necessidade de espaço adequado para desenvolvimento das atividades escolares

Adaptar novos espaços educativos para atender a proposta pedagógica: melhorar a biblioteca, laboratórios, quadra de esporte, sala para hora atividade e refeitório e estabelecer normas para utilização.

Primeiro e segundo semestre

Direção;Instâncias colegiadas;Grêmio Estudantil;APMFEquipe PedagógicaProfessores e funcionários.

Atividades de enriquecime

Lei 10.639 – Cultura Afro-Brasileira e

Atitudes de preconceito velado ou não

Dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos professores em sala

Durante o ano todo

Profissionais da educação; Órgãos

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nto curricular

Africana velado de aula abordando a cultura Afro-brasileira e Africana dentro dos conteúdos propostos no PTD.Valorização da cultura Afro-brasileira na prática diária de todos os profissionais da educação.Fazer reflexões referente ao dia da consciência negra (20/11) com solenidade cívica e apresentações culturais.

colegiados e Sociedade Civil

Atividades de enriquecimento curricular

Diversidade cultural

Atitudes de preconceito velado ou não velado

Despir os preconceitos éticos raciaisFazer valer o que preconiza a Lei e integrar naturalmente o respeito, a diversidade, o respeito ao outro no contexto social.

Durante o ano todo

Profissionais da educação; Órgãos colegiados e Sociedade Civil

Atividades de enriquecimento curricular

Educação do campo Dificuldade de assumir-se como indivíduo do campo

Integrar as culturas do homem do campo e da cidade, construindo uma nova imagem do homem do campo desmistificando a ideia do caipira, desengonçado, de modo a valorizar sua identidade e suas tradições;Levar o aluno do campo a reconhecer os valores do espaço rural para sua vivência prazerosa e com qualidade sustentável;Trabalhar os conceitos de forma a utilizar a realidade do campo nos exemplos e atividades propostas pelos professores;aprofundar o conhecimento da realidade do município de Mamborê bem como de sua vocação agrícola, em todas as disciplinas;adotar uma postura de atenção constante à integração campo cidade

Durante o ano todo

EMATER;CooperativasSecretaria municipal de meio ambiente e Educação;Sindicato rural.Mídia;Associação de moradores das comunidades rurais;parcerias Prefeitura Municipal/sociedade civil/APMF; Professores, Direção e Equipe Pedagógica.

Atividades de enriquecimento curricular

Gravidez na adolescência; prostituição infanto juvenil, drogadição; “casamento precoce

Auto índice de gravidez na adolescência e casamento precoce.

Conscientizar alunos e pais para a valorização e promoção da vida;Palestras, seminários e estudo de textos sobre sexualidade, valorização da vida em todas as séries e turmas;Exposição de frases, textos e informações reflexivas referentes ao tema.

Durante o ano todo.

Profissionais da educação;Centro de Saúde;sociedade civil.

Atividades Melhoria no Dificuldades na Promover em todas as Durante todo o Professores,

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de enriquecimento curricular

processo ensino aprendizagem

aprendizagem (leitura, interpretação, escrita, produção textual, cálculos matemáticos básicos.

séries um trabalho de produção de textos para que no término do ano seja produzido um livro com os textos selecionados;Atividades extra: dar continuidade ao programas Viva a Escola e Segundo Tempo, Grupo de Canto e dança;Reestruturar no coletivo as produções textuais dos alunos e incentivar a escrita individual em todas as disciplinas;Divulgar, ao alunos e professores o acervo bibliotecário;Criar espaço físico destinado especialmente a leitura: “cantinho da leitura”;Estabelecer parcerias com outras instituições para realização de seminários, conferencias e palestras

ano Professor Pedagogo e profissionais da educação, acadêmicos, Direção e outros profissionais.

Atividades de enriquecimento curricular

Reduzir os índices de repetências e de evasão escolar mantendo a qualidade do ensino

Evasão, repetência, baixo rendimento

Envolver os pais nos compromissos escolares, cumprindo com sua função social educativa.Dar continuidade aos programas FICA,e de controle da evasão e repetência.

Durante todo o ano

Comunidade escolar; Conselho Tutelar;Ministério Público;Sociedade Civil;NRE, direção e equipe pedagógica.

Atividades de enriquecimento curricular

Patrimônio Público Atitudes de depredação.

Campanhas de conscientização em relação à preservação do bem público .

Primeiro semestre Profissionais da educação, professores e equipe pedagógica.

Atividades de enriquecimento curricular

Inclusão natural. Exclusão, discriminação e desigualdades sociais

Promover a inclusão natural, evitando todas as formas de discriminação e exclusão;Proporcionar aos alunos a inclusão natural dentro dos contextos propostos bem como lutar contra o preconceito, capacitando os docentes de todas as disciplinas para tender os inclusos;Utilizar metodologias diferenciadas visando atingir a individualidade;Promover adequações no espaço físico;Adquirir material didático para auxiliar o processo ensino-aprendizagem

Durante todo o ano.

NRE/SEEDProfessor pedagogoProfissionais da educaçãoProfessor especializado.

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buscar a integração e valorização de todos, incentivando sua participação nos projetos e atividades desenvolvidas pela escola;buscar a inter-relação entre as diferenças que coabitam o universo escolar valorizando as potencialidades de cada um.

Atividades de enriquecimento curricular

Trabalho interdisciplinar

Conteúdos fragmentados/ contextualizado;Currículos orgânicos/desafios

Diminuir as barreiras entre as diferentes disciplinas , estabelecendo o diálogo entre elas de forma a desenvolver uma postura multi e interdisciplinar Utilizar as PPC de todas as disciplinas;Participar de cursos de capacitação continuada;aprimorar a prática docente e fazer acontecer a contextualização

Profissionais da educaçãoDireção e Equipe pedagógica.

Atividades de enriquecimento curricular

Incentivo à busca do conhecimento

Falta de perspectiva e descompromisso com o saber

Desenvolver autonomia para a tomada de decisões;Incentivar a participação nas atividades extra - classe, pais e alunos

Durante o ano todo

Profissionais da educaçãoDireção e Equipe pedagógica.

Atividades de enriquecimento curricular

Gerenciar conflitos que possam haver entre professores, alunos e família.

Violência, indisciplina e desrespeito

Grupo de estudos (pais e professores);Formação da escola de pais;Requerer a patrulha escolar;Palestras de promoção e prevenção da vida;Campanha promovendo a paz;Buscar parceria através do conselho de direito da criança e do adolescente com o município e a SEED para ter acesso a profissionais especializados

Durante o ano todo

Profissionais da educaçãoDireção e Equipe pedagógica.

9. REFERÊNCIAS

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10. ANEXOS

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10.1 AGENDA 21 ESCOLAR

1. IDENTIFICAÇÃO 1.1. Nome da Escola: Colégio estadual São Luiz Gonzaga _ Ensino Fundamental e Médio

1.2. Endereço: Av. Getúlio Vargas, 847. Bairro: Guarani - CEP. 87.340-000

1.3. Telefone: (44) 3592 – 1032

1.4. Município: Mamborê – Paraná

1.5. Núcleo de Jurisdição: Campo Mourão – Paraná

1.6. Endereço Eletrônico: [email protected]

1.7. Coordenadora Técnica da Agenda 21 Escolar: Nisane Ribeiro Ferreira Kloster

2. PARTICIPAÇÃO NA AGENDA 21 ESCOLAR

Comunidade EscolarQuantidade de pessoas por grupo

Participando da Construção da Agenda

Professores 20

Adriana Maria GhiraldiCristina Correia FrancoEdna FontanaEdna Hofstatter ScharlauElianara KohlerEliane GarciaFernando HayashiIrení Ferreira CostaIvanete Ferreira Costa LevinskiIvanilde Ferreira CostaLenize da Silva NascimentoLuzia de Camargo HarmatiukMaria Helena KuczkaMarta Regina de Oliveira BariliOsmar da Silva BraidoRegiane de Freitas OliveiraRosângela Sousa de Oliveira Brito Silaine Cristina BrancoSolange de Lima FerreiraWilton Prestes Zanella

Alunos representantes Maria Beatriz M. TostesAndréia de França SirinoPericles Costa MagalhaesBruno Diekmann FerreiraEverlaine Costa LimaJamyle Aparecida Cardoso dos SantosJarlei dos Santos MachadoGustavo Costa PaulinoDriele Lopes Nogueira

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Tiago Soares de Camargo

Equipe Técnica Pedagógica 3Eliane Garcia CastroMaria aparecida de Oliveira MathiasSueli de Oliveira Lima

Equipe Administrativa 3Eliane Aparecida DiekmannJoice Ferreira GlovienkaVivian Carla Coutinho do Lago Agostinho

Serviços Gerais 4 Ermida do Carmo Batista da SilvaMarli Ribas SphairRosimeri Lima de FreitasSimone Aparecida Sphair

APMF

16Sendo:

8 – Pais de alunos e

8 – Pertencentes ao quadro de funcionários

do Estabelecimen

to

Rosely Petersen Garcia de GodoyIvanete Aparecida DiasMaria Aparecida LimaSirlei de Abreu VelosoVilson Bartniski de LimaValdir Kozlowski CarlimMarinalva Dejidério dos Santos CostaOsmar Neuhaus Mathias

Grêmio Estudantil11

Tiago Roberto de Almeida MeloPaulo Francisco de Oliveira BacellarFlávia Fernanda Pereira RadeckiSolange Veloso BrandãoLaís Scharlau CoelhoDaiane Lopes NogueiraÉric Marcondes SphairAna Claudia Marcondes CorreiaWeslei Radecki MassanoTatiane de Oliveira NogueiraVandrieli Cardoso da Silva

Comunidade Civil Organizada Luiz Bartniski de LimaJanete Mateus de OliveiraSilvonte de Souza dos ReisEli Regina Batista Correia

Conselho Escolar

22 sendo:12 –

Representante da

Comunidade Escolar;10 – São

representantes da Sociedade

Civil.

Edna Hofstatter ScharlauNisane Ribeiro Ferreira KlosterEliane GarciaMaria Apª De Oliveira MathiasEliane Aparecida DiekmannJoice Ferreira GlovienkaRosimeri Lima De FreitasErmida Do Car. Batista Da SilvaIrení Ferreira CostaRosangela Sousa De Ol. BrittoElianara KohlerEdna Fontana

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Perycles Costa MagalhãesBrenda Francis Rib. De CarvalhoLidiane Fernanda BatistaAdemir GodoisSimone Aparecida SphairEdna Aparecida LimaMaria Tereza Santana De GodoyVitalina Amancio BatistaVictor Rocha Dos SantosJanete Mateus De Oliveira

3. RECONHECIMENTO:ANÁLISE DACOMUNIDADE RELATO DAS OBSERVAÇÕES

3.1 Recursos Naturais.Apresenta clima sub-tropical úmidomesotérmico. Quanto à

temperatura, a média nosmeses quentes fica acima dos 22º

C e nos mesesfrios, em torno de 14 ou 15ºC.A atitude é

750 metros, em relação ao nível do mar. Apresenta relevo

suave ondulado. A declividade varia de 1 a 45%.Os solos

são divididos da seguinte maneira: latossolo roxo, latossolo

vermelho escuro, terra roxa estruturada, podzólico verme-

lho-amarelo e outros. Calcário e fertilizante passaram a ser

aplicados com bastante intensidade, devido ao mau uso do

solo.3.2 População O município de Mamborê possui uma população de 15.156

habitantes e 10.732 de eleitores.O patrimônio do Guarani

apresenta população equivalente a 1.500 habitantes.3.3 RecursosEconômicos

Mamborê, especificamente no patrimônio Guarani, cara-

cteriza-se por uma economia basicamente agrícola, desta-

cando soja, milho e trigo. Com altos índices de produtivi-

dade e que gera uma boa arrecadação de impostos para o

porte do município. Porém a distribuição de rendas está

bem longe ser de eqüitativa. Há ainda uma variedade de

atividades desenvolvidas, tais como: produção de leite por

ano, criação de aves, ovinos, bovinos, e suínos, bicho-da-

seda, entre outros.

O bairro do Guarani, situado a 22 Km da sede de Mambo-

rê, possui índice de pobreza bastante elevado, pois não

possui comércio desenvolvido, a maioria da população

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busca sua subsistência nas grandes fazendas que circundam

o bairro, no entreposto da Coamo, em contratos temporá-

rios.3.4 Segurança Pública O bairro do Guarani obtém como segurança Pública o des-

tacamento da Polícia Militar da cidade de Mamborê, que

atende as ocorrências conforme solicitado . Como ação

preventiva as escolas convidam o serviço de segurança pú-

blica para a realização de palestras na escola, como o pro-

grama PROERD com os alunos da 4ª série e palestra para

os alunos do Ensino Fundamental e Médio, bem como o

apoio do Conselho Tutelar.O patrimônio do Guarani, não possui rede de esgoto, são

usadas fossas sépticas, devido a tal realidade apresentada

acarretam vários problemas. Não possui coleta seletiva de

resíduos sólidos urbano, como também de resíduos solos

enviado para reciclagem. Há no Bairro uma Unidade de

atendimento a saúde, que conta com uma enfermeira e au-

xiliares de enfermagem, uma dentista e visitas periódicas

de médicos. O percentual de gravidez na adolescência é

alto e o bairro do do Guarani encontra-se dentro deste índi-

ce. O Fundo Municipal de Saúde mantém como atividades:

curso de gestante, encontro para hipertensos, diabéticos, e

palestras.35 Recursos daEducação

Segundo dados do IBGE em 2004 Mamborê constava no

Ensino fundamental - 2004 com 2.429 matrículas, e 123

docentes, já Ensino Médio com 742 e 39 docentes. O mu-

nicípio tem um percentual de evasão escolar no Ensino

Fundamental de 2,45% e no Ensino Médio de 11,63%. O

município Centros de Educação Infantil, escolas munici-

pais que atende Educação Infantil – nível III e Ensino Fun-

damental de 1ª a 4ª séries. Possui três escolas que atende

alunos do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Duas da

rede Estadual e a outra da rede particular. Tem duas escolas

Estaduais que atende alunos do Ensino médio, sendo que

uma delas fica no bairro do Guarani. Todas as escolas con-

tam com uma biblioteca. O bairro do Guarani possui um

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Centro Comunitário, uma quadra poliesportiva, um campo

de futebol suíço.3.6 Prestação deServiços

O bairro conta com um programa estadual Segundo Tempo

(esportivo). Conta também com o Posto de Saúde, a Pasto-

ral da Criança, Centro de Atendimento Infantil e Centro de

Apoio Taina (CRAS)3.7 DemandaSocio-educativa

Necessita de maior acompanhamento às famílias disfuncio-

nais e baixa renda familiar e também programas educativos

para crianças até 14 anos e para os jovens.3.8 Problemas doEntorno da Escola

A Escola recebe diferentes influências apresentando como

problemas que interfere no dia a dia da escola: Desestrutu-

ra familiar, drogadição e prostituição constituindo algumas

causas de reprovação e evasão escolar. Também temos

como problema o uso dos

agrotóxicos nas lavouras, que afetam o solo, a água e o ar,

causando diferentes tipos de doenças, principalmente aler-

gias. Outro problema apresentado são as queimadas resi-

duais das residências.

4. DIAGNÓSTICOResultado da Análisedas Observações

Diante dos trabalhos realizados foram levantados proble-

mas ambientais escolares baseados nos seguintes eixos:

Preservação do Patrimônio Público; Saúde; Lixo, Água e

Saneamento Básico. Referente ao eixo Preservação do Pa-

trimônio Público foram levantados os seguintes problemas:

danificação das carteiras; lixos no chão de salas e pátio,

desperdício de água na escola, danificação de materiais li-

terários e pedagógicos, sujeira no muro devido fugas para

gazear aulas. Sendo assim, percebe-se que a degradação do

patrimônio público e escolar é constante, por falta de coo-

peração e higiene por parte dos alunos, professores e fun-

cionários, e comunidade local, dificultando o trabalho rea-

lizado pelos responsáveis na manutenção dos recursos dis-

poníveis. Referente ao eixo Saúde foram levantados os se-

guintes problemas: gravidez na adolescência, drogas lícita

e ilícitas, a falta de higiene e de qualidade na alimentação,

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saneamento básico. Referente ao eixo lixo foram levanta-

dos os seguintes problemas: falta recipientes específicos

para depósito dos lixos orgânico e reciclável, desperdício

de alimentos e papéis, pátio sujo, falta de coleta seletiva

Referente ao eixo água e saneamento básico foram levanta-

dos os seguintes problemas: desperdício coletivo em tor-

neiras, chuveiros, descargas e mangueiras, falta de consci-

entização de que a água é um recurso finito.

Posicionamento dosParticipantes

Muitas vezes não nos damos conta dos problemas que exis-

tem a nossa volta. O cotidiano e a tendência a se acomodar

impedem que percebamos fatos e situações que afetam o

meio ambiente e a escola não está isenta de problemas am-

bientais. Isso implica a necessidade de

reflexão constante sobre nossas práticas. A Lei nº 9795 de

27 de abril de 1999 reproduz concepções básicas da educa-

ção ambiental. Sabemos que uma lei tem muitas funções e

a principal delas para garantir direitos e deveres dos cida-

dãos, da sociedade, do poder público. Mas ela

só garante de fato se houver participação efetiva dos cida-

dãos. Queremos dizer que a Educação Ambiental não deve

se constituir numa obrigatoriedade ao cidadão, mas que

este se compreende como parte integrante do meio ambien-

te. Cuidar do meio ambiente é um verdadeiro desafio para

nós cidadãos. Faz-se necessário um equilíbrio nas relações

de consumo, pois há os que destroem pelo excesso de con-

sumo, como por aqueles que não possuem

o mínimo acesso necessário ao consumo, pois ambos afe-

tam consideravelmente o ambiente.

Causas/Motivos A sociedade consumista gera enormes pressões sobre o

meio ambiente. A falta de consciência dos agricultores, que

não utilizam os recursos da natureza com princípios éticos,

ou seja, uso indevido da terra gerando a poluição do ar, do

solo e da água também pode ser mencionada.

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Portanto desejamos a partir dos problemas levantados desenvolver Estratégias Pedagógicas que le-

vem os educandos a preservar o meio ambiente. Nas discussões realizadas, o grupo tomou como

decisão desenvolver as atividades abaixo relacionadas:

• Conscientização pelos professores, pedagogos e funcionários sobre a preservação do patri-

mônio público por meio de palestras e conversas diárias;

• Constar no Regimento Escolar medidas disciplinares para autores e co-autores de degra-

dações do patrimônio público escolar;

• O aluno e responsáveis (caso seja menor), deverão repor ou restaurar o que foi danificado;

• Conscientizar com base na prática dos 5 Rs (repensar, reduzir, reutilizar, reciclar, recusar).

• Palestras com médicos e profissionais da área de saúde para alunos e família, que possam

fornecer informações claras e objetivas sobre saúde e prevenção, hábitos saudáveis de ali-

mentação e qualidade de vida, drogas lícitas e ilícitas, desenvolvimento da criança e do

adolescente, gravidez na adolescência.

• Conscientização por meio de teatro, músicas, paródias; gincanas, nas atitudes diárias.

• Promover campeonatos e eventos de lazer nos finais de semana;

• Organização de gincanas com temáticas ligadas aos 4 eixos;

• Divulgação através de cartazes e filmes;

• Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados levantados a serem encami-

nhados às autoridades locais e ou regionais, conforme caso e aos possíveis parceiros

• Mobilização de toda escola e comunidade para realização de Seminários e Conferência;

• Organização e distribuição das tarefas diárias com relação a limpeza da escola.

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Visitas a mananciais, estações de tratamento de água.

• Solicitar parcerias com empresas públicas e privadas para implementação de um aterro sa-

nitário no bairro, e, instauração de saneamento básico.

• Pesquisa junto às famílias para levantamento de dados a fim de realizar-se trabalho estatís-

tico a serem encaminhados às autoridades locais e regionais;

• Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados levantados a serem encami-

nhados às autoridades locais e ou regionais, conforme caso e aos possíveis parceiros.

5. TÍTULO DA AGENDA 21 ESCOLAR

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Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio.

6. INTRODUÇÃO

Atendendo as propostas dos resultados do estudo da Agenda 21 Global,Brasileira, Estadual, Mu-

nicipal, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – EFM e comunidade escolar, tendo consciência

da necessidade de se desenvolver ações que viabilizem o uso sustentável dos recursos naturais

primando pela igualdade no acesso e condições necessárias a melhoria da qualidade de vida, vem

através deste incorporar à sua prática a Agenda 21 Escolar.A escola não se limita somente ao inte-

rior de seu muro escolar, ela está inserida dentro de um contexto histórico e real, a efetivação do

trabalho escolar realizado influencia a formação integral do ser humano, enquanto sujeito social,

ciente de seus direitos e deveres na sociedade. Todos os envolvidos no trabalho escolar ao assu-

mirem-se enquanto sujeitos sociais conscientizam-se que a responsabilidade pela preservação do

planeta e em conseqüência de todas as espécies é compromisso de cada cidadão.

Os profissionais da educação Colégio Estadual São Luiz Gonzaga participaram do Fórum para a

construção da Agenda 21 Escolar, onde através dos encaminhamentos propostos no referido Fó-

rum obtiveram os conhecimentos necessários para o trabalho na escola. Professores, Funcioná-

rios, pais, alunos e Conselho Escolar, assumiram a postura do trabalho coletivo e evidenciaram os

principais problemas encontrados na escola e na comunidade, bem como, as ações necessárias

para superação dos mesmos Percebe-se que muitos profissionais têm oportunizado dentro da prá-

tica escolar, textos, filmes e discussões que permitem aos educandos analisar os problemas en-

contrados pela comunidade escolar no cotidiano, bem como, possíveis soluções. No entanto, faz-

se necessário um trabalho mais amplo, como proposto no presente projeto.

• Palestras com toda a comunidade escolar, família, Conselho Escolar e com outros seg-

mentos da sociedade;

• Pesquisa junto às famílias e trabalho estatísticos com os dados levantados a serem enca-

minhados às autoridades locais e ou regionais, conforme o caso a possíveis parceiros;

• Mobilização de toda escola e comunidade para realização de Seminário e Conferências;

• Confecção de frases, faixas, cartazes, slogans, etc;

Espera-se que com os trabalhos a serem desenvolvidos no Projeto Agenda 21 Escolar, este venha

a sensibilizar e mobilizar todos os segmentos que fazem parte de nossa comunidade e que as

ações a serem concretizadas venham a contribuir para a preservação de nosso planeta.7. OBJETIVOS7.1. Objetivo Geral

• Preservar o futuro do planeta, respeitando o meio ambiente, promovendo ações ambien-tais com a comunidade escolar

7.2. Objetivos Específicos

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• Promover análise e participação na resolução dos problemas ambientais e nas ações para

os mesmos;

• Promover em todos os segmentos da escola o senso de responsabilidade individual em re-

lação ao uso dos recursos naturais;

• Organizar processos de participação para a elaboração de ações e tomada de decisões so-

bre problemas ambientais locais.

• Buscar continuamente a redução do consumo dos recursos naturais através de uso susten-

tável;

• Sensibilizar e conscientizar todos os segmentos da escola e comunidade local para melho-

raria da saúde ambiental.

8. PLANO DE TRABALHO

Atividades Estratégias Cronograma

Conscientização• Palestras• Cartazes• Teatro, poesias.• Músicas, paródias.

Ano todo

Eventos• Gincanas Inicio do ano

Campeonatos• Integração escola e co-

munidade Semestral

Pesquisas Bibliográficase de Campo

• Visitas a mananciais, es-tações de tratamento de água e aterro sanitário;

• Pesquisar os eixos

Uma a cada semestre

Mutirão• Organizar equipe de mo-

nitoramento Ano todo

Regimento Escolar• Fazer um adendo Cons-

tando medidas disciplina-res para autores e co-au-tores de degradações do patrimônio público esco-lar

Inicio de ano

9. ORÇAMENTO

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Investimento Custos• Organizar um local para compostagem

de resíduos orgânicos.R$ 800,00

• Construir reservatórios para aproveita-mento da água da chuva

R$ 2.500,00

• Providenciar recipientes adequados para depósito de lixo

R$750,00

• Total R$3.850,00

10. PARCERIAS

• Prefeitura Municipal• Secretaria Municipal de Saúde e Bem Estar Social• Secretaria Municipal de Educação• NRE (Núcleo Regional de Educação – Campo Mourão – Pr)• ADM (Associação de Desenvolvimento de Mamborê)• Empresas Privadas.

11. PROJEÇÃO PARA O FUTURO

Boff (2003 p.119) apresenta que os princípios da carta da terra nos diz: “Necessitamos com ur-

gência de uma visão de valores básicos paraproporcionar um fundamento ético à emergente co-

munidade mundial.Portanto, juntos na esperança afirmamos os seguintes princípios, todos

interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como critério comum, por meio dos

quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas de negócios, governos e institui-

ções transnacionais será guiada e avaliada” com intuito de um mundo mais consciente.

12. AVALIAÇÃO

Envolvidos Cabe a todos acompanhar a realização das ativi-

dadesProfessores Inserir na suas disciplinas conteúdos que desen-

volva a conscientização da importância da

preservação do meio ambiente e acompanhar os

projetos realizados.Alunos Participar dos projetos desenvolvidos e cumprir

as determinações previstas no regimento escolarPais Participar dos eventos oferecidos pela escolaFuncionários da Escola Acompanhar e participar dos programasComunidade Escolar Acompanhar e participar dos programas

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13. COMO SERÁ A INSERÇÃO DA AGENDA 21 ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO DA ESCOLA? Será contemplado em todas as disciplinas e dando abrangência

em Capitulo a parte.

14. O PLANO CONTRIBUIRÁ PARA MELHORAR A RELAÇÃO HUMANA, HOMEM

X HOMEM E HOMEM E NATUREZA?

A sustentabilidade do planeta convoca urgentemente a todos a co-responsabilidade por nossa

existência como espécie e como planeta, teremos que tomar decisões coletivas que permitam à

evolução garantir um meio ambiente saudável. Para isso é necessário criar laços de solidariedade

e de cooperação. (Boff, 2003) Nesta perspectiva o plano irá contribuir, pois contempla um con-

junto

de valores e de princípios que orientarão as relações humanas para com a natureza e consigo mes-

mo.15. O CONTEÚDO ABORDADO CONTEMPLA AS DCES?

No momento em que buscam a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem

como indivíduo participativo e integrante do Universo, numa visão critica, contribui significativa-

mente para o desenvolvimento intelectual e ético do educando. Conseqüentemente gerando uma

visão mais clara do compromisso de todos.16. O PLANO IRÁ CONTRIBUIR PARA MELHORAR A MUDANÇA DE HÁBITO, POS-

TURA DA COMUNIDADE ESCOLAR? COMO?

A partir do momento que o educando perceber-se e conscientizar-se do seu papel e da sua relação

com o mundo em que vive e da sua co-responsabilidade com o mesmo, agirá de forma ética, re-

fletindo na comunidade.17. O PLANO IRÁ CONTRIBUIR PARA MELHORAR O RELACIONAMENTO E ESTI-

MULAR PARCERIAS DA ESCOLA COM A COMUNIDADE? DE QUE MANEIRA ISSO

IRÁ ACONTECER?

Acreditamos que todas as atividades levarão a comunidade a ter mais compromisso com o meio

ambiente, como também refletir no seu dia a dia. Acontecerá no desenrolar de todas atividades,

na participação de todos.18. QUAIS SÃO OS ATUANTES DA COMUNIDADE ESCOLAR QUE ESTÃO PRESEN-

TES NA CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 ESCOLAR?

(X) Setor Público (X) Setor Privado (X) ONGs (X) Outros

Qual a sua atuação?

Todos estarão envolvidos diretamente na realização da Agenda 21, somos todos co-responsáveis

na construção de um meio ambiente saudável. Atuarão de formas diversas como:

• Palestras

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• Na colaboração de recursos financeiros.

• No acompanhamento e realização das atividades

• Outros.

REFÊRENCIAS

Ambiente Brasil. Integração 21: construção da Agenda 21 temática. - http://www.ambien-tebrasil.com.br. Acessado em 01/12/2005.

BOFF, Leonardo. Ethos Mundial: Um Consenso mínimo entre os Humanos. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

BRASIL – Ministério da Educação. Programa Parâmetros em Ação: Meio Ambiente na Escola: guia do Formador. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC; SEF, 2001.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - http://www.ibge.gov.br/, acessado em 02/12/2005.

10.2 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são conseqüências do momento histórico

no qual se desenvolveram, com suas relações socioculturais, econômicas e políticas. Observamos

esta forte influência no desenvolvimento histórico de nosso país, no período colonial, incluindo

hoje o Estado do Paraná, percebe-se esta forte influência jesuítica na manifestação cultural popular

paranaense. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino é também influenciado por

essas relações.

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A Arte, enquanto disciplina escolar possibilita o estudo da Arte como campo do

conhecimento, constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais locais e

globais.

Ao olhar o Contexto Histórico, observa-se que no período colonial o uso pedagógico da arte

abordava apenas a tradição religiosa, seus ensinamentos se davam com os de artes e ofícios, por

meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Perdurou

aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição

da matriz cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por

exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore,

com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da

Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações.

Neste mesmo período na Europa passava por transformações de diversas ordens que se

iniciaram com o Renascimento e culminaram com o Iluminismo. Nesse processo houve a

superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica

principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela

ciência.

A partir do pressuposto da Arte como produção cultural e de Arte como linguagem, busca-

se a ressignificação deste componente curricular para alunos e professores do Ensino Fundamental

e Médio, cidadão do séc. XXI, compromissados consigo próprio, com o próximo e com o

ambiente.

Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do

território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação, porém não houve mudanças

significativas.

Com a proclamação da República, em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do

Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de idéias positivistas e liberais. Os

positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como

forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados com o

desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a

preparação do trabalhador. Sendo assim, o ensino de Arte, que passou a abordar, tão somente, as

técnicas e artes manuais.

Porém o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais diversos

espaços sociais são influenciados, também, por movimentos políticos e sociais. Nas primeiras

décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um importante

marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo

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de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada qual

com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. Passando o ensino da

Arte a ter um enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas

artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a Bossa Nova e os

festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal; e no cinema, com o

Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham

uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do

regime militar.

Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, cujo artigo 7° determinava a

obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do

Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus, respectivamente. Entretanto, seu ensino foi

fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o

trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o

aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela

redemocratização e elaborou-se a nova Constituição de 1988. Portanto, o ensino de arte começou a

ser pensada fundamentada na pedagogia histórica-crítica, elaborada por Saviani da PUC de São

Paulo e a Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por Organizações

e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham

oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social

transformadora.

A partir deste contexto histórico a disciplina de Artes passa no seu ensino a ser constituída

nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se

desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua

função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária

ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.

Portanto, o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da

Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos

programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua

capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Para tanto é preciso abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm

produzido estudos sobre ela, quais sejam:

O conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho

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sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um

processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância

com os diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Podem-se

buscar contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético

seja compreendido em relação às representações artísticas;

O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação,

toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e

sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico

alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar a obra ao público,

incluindo as características desse público e as formas de contato com ele, próprias da época da

criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro.

Pretende-se que a disciplina de Arte aponte formas efetivas de levar o aluno a apropriar-se do

conhecimento em arte, que produza novas maneiras de perceber e interpretar tanto os produtos

artísticos quanto o próprio mundo.

OBJETIVOS

- Assegurar ao aluno o desenvolvimento da imaginação e autonomia na realização do

mesmo acontece a partir das atividades de expressão artística tentando procurar um

desenvolvimento frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformações

e levá-lo assim a ser agente de mudança e de criação cultural, posicionando-se de maneira crítica e

construtiva;

- Possibilitar ao aluno por meio de materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em Arte: Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, de modo que estes utilizem nos trabalhos

pessoais, contextualizando-os culturalmente estabelecendo finalidade de promover a formação

artística do aprendiz e sua participação ativa na sociedade;

- Esclarecer que há intencionalidades explícitas e implícitas na produção artísticas, e que o

aluno ao apropriar-se dos elementos básicos ou formais da cultura em suas diversas produções e

manifestações artísticas torna-se capaz de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do objeto

do estudo.

- Proporcionar ao aluno uma compreensão da arte na sua totalidade, numa perspectiva de

abranger o conhecimento em arte produzido pela humanidade;

- Possibilitar aos alunos acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais,

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para que possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte;

- Propor que o educando reflita sobre as diferentes formas do pensar sobre a arte,

contemplando os conteúdos estruturantes: os elementos formais; composição; os movimentos e

períodos, e o conteúdo tempo e espaço é um elemento articulador entre os mesmos, devendo ser

trabalhados simultaneamente e articulados entre si, compreendendo que estes são conseqüência do

momento histórico no qual se desenvolveu, com suas relações socioculturais, econômicas e

políticas.

- Propiciar aos alunos situações de aprendizagem que visem o entendimento da diversidade

cultural e a importância dos bens culturais historicamente construídos;

- Possibilitar ao aluno por meio de materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), a integração de conteúdos de modo que

estes utilizem nos trabalhos pessoais, contextualizando-os culturalmente, estabelecendo finalidades

de promover a formação artística do aprendiz e sua participação ativa na sociedade.

- Promover através da prática docente, os elementos necessários para o desenvolvimento

tratado em cada uma das linguagens artísticas, respeitando a diversidade presente em cada

contexto, a fim de que o educando possa identificar, relacionar e compreender as diferentes funções

da arte, do trabalho e da produção dos artistas.

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são: Elementos Formais, Composição e

Movimentos e Períodos constituem uma identidade para a disciplina e possibilitam uma prática

pedagógica que articula as quatro áreas: Música, Artes Visuais, Teatro e Música.

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

SIC

A

- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade

- Ritmo- Melodia- Escalas: diatônica, pentatônica, cromática - Improvisação

- Greco-Romana- Oriental- Ocidental- Africana

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AR

TE

S V

ISU

AIS

- Ponto- Linha- Textura- Forma- Superfície- Volume- Cor- Luz

- Proporção- Tridimensional- Figura e fundo- Abstrata- Perspectiva- Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

- Arte Greco-Romana- Arte Africana- Arte Oriental- Idade Média- Arte Pré-Histórica.- Cultura Afro e Indígena

TE

AT

RO

- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.- Ação - Espaço

- Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara.- Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, e circo.- Enredo, roteiro. espaço Cênico, adereços

- Greco-Romana- Teatro Oriental- Africano- Teatro Medieval e Renascimento

DA

A

- Movimento Corporal- Tempo- Espaço

- Kinesfera- Eixo- Ponto de Apoio- Movimentos- articulares- Fluxo (livre, interrompido)- Rápido e lento- Formação- Níveis (alto, médio e baixo)- Deslocamento (direto e indireto)- Dimensões (pequeno e grande)- Técnica:- Improvisação- Gênero: Circular

- Pré-história- Greco-Romana- Renascimento- Dança Clássica

6ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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SIC

A- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade

- Ritmo- Melodia- Escalas- Estrutura - Gêneros: folclórico, popular, étnico.- Técnicas: vocal, instrumental, mista.- Improvisação

- Música popular e étnica (ocidental e oriental)- Brasileira- Paranaense- Africana- Renascimento- Neoclássica- Caipira/Sertanejo Raiz

AR

TE

S V

ISU

AIS

- Ponto- Linha- Forma- Textura- Superfície- Volume- Cor- Luz

- Bidimensional- Tridimensional- Figurativa- Abstrata- Geométrica- Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

- Arte indígena- Arte Popular Brasileira e Paranaense- Abstracionismo- Expressionismo- Impressionismo- Cultura Afro e Indígena

TE

AT

RO

- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.- Ação - Espaço

- Representação,- Leitura dramática,- Cenografia.- Gêneros: Rua, Comédia, arena,- Caracterização- Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas

- Comédia dell' arte- Teatro Popular- Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

DA

A

- Movimento Corporal- Tempo- Espaço

- Gênero: Folclórica, popular, étnica.- Ponto de Apoio- Formação- Rotação- Coreografia- Salto e queda- Niveis (alto, médio e baixo)

- Dança Popular- Brasileira- Paranaense- Africana- Indígena- Renascimento

7ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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SIC

A- Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade

- Ritmo- Melodia- Harmonia- Tonal, modal e a fusão de ambos.- Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista. - Sonoplastia

- Indústria Cultural- Eletrônica- Minimalista- Rap, Rock, Tecno - Sertanejo pop- Vanguardas- Clássica

AR

TE

S V

ISU

AIS

- Linha- Forma- Textura- Superfície- Volume- Cor- Luz

- Bidimensional- Tridimensional- Figurativo- Abstrato- Semelhanças- Contrastes- Ritmo Visual- Cenografia- Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...- Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

- Indústria Cultural- Arte Digital- Vanguardas- Arte Contemporânea- Arte Cinética- Op Art.- Pop Art.- Classicismo- Cultura Afro e Indígena

TE

AT

RO

- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais- Ação - Espaço

- Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)- Texto dramático- Cenografia- Maquiagem- Sonoplastia- Roteiro, enredo- Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

- Indústria Cultural- Realismo- Expressionismo- Cinema Novo- Vanguardas- Classicismo

DA

A

- Movimento Corporal- Tempo- Espaço

- Direções- Dinâmicas- Aceleração- Improvisação- Coreografia- Sonoplastia- Gênero: Indústria Cultural, espetáculo.

- Hip Hop- Musicais- Expressionismo- Indústria Cultural- Dança Moderna- Dança Clássica

8ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Área

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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SIC

A-Altura- Duração- Timbre- Intensidade- Densidade

- Ritmo- Melodia- Harmonia- Estrutura - Técnicas: vocal, instrumental, mista. - Gêneros: popular, folclórico, étnico.

- Música Engajada- Música Popular Brasileira.- Música contemporânea- Hip Hop, Rock, Punk - Romantismo

AR

TE

S V

ISU

AIS

- Linha- Forma- Textura- Superfície- Volume- Cor- Luz

- Bidimensional- Tridimensional- Figurativo- Geométrica- Figura-fundo - Perspectiva- Semelhanças- Contrastes- Ritmo Visual- Cenografia- Técnica: Pintura, desenho, performance.- Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

- Realismo- Dadaísmo- Arte Engajada- Muralismo- Pré-colombiana- Grafite (Hip Hop)- Romantismo- Cultura Afro e Indígena

TE

AT

RO

-Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais- Ação - Espaço

- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem- Representação- Roteiro, enredo- Dramaturgia- Cenografia- Sonoplastia- Iluminação- Figurino- Gêneros

- Teatro Engajado- Teatro do Oprimido- Teatro Pobre- Teatro do Absurdo- Romantismo

DA

A

- Movimento Corporal- Tempo- Espaço

- Ponto de Apoio- Níveis (alto, médio e baixo)- Rotação- Deslocamento- Gênero: Salão, espetáculo, moderna.- Coreografia

- Arte Engajada- Vanguardas- Dança Contemporânea- Romantismo

ENSINO MÉDIO

1º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

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ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, PopTécnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualTécnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaCultura Afro e Indígena

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum.RoteiroEncenação, leitura dramática.

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro Popular

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Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Indústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea

2º ANO

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajada

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Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, PopTécnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

VanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualTécnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaCultura Afro e Indígena

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum.RoteiroEncenação, leitura dramática.Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro Renascentista

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DireçãoProdução

Teatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea

METODOLOGIA

Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, que implica num trabalho com a

totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do espectador.

Na metodologia do ensino da arte devem-se contemplar três momentos da organização

pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem

como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. Trata-se do trabalho

privilegiado relativo à cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento

historicamente produzido sobre arte.

Neste momento a racionalidade opera para aprender o conhecimento historicamente

produzido sobre arte. Sendo a arte um campo de conhecimento humano, que tem como base um

saber, tem, portanto uma origem, cada conteúdo tem sua história, que deve ser conhecida para

melhorar a compreensão por parte do aluno.

Só o tempo mudará esses conhecimentos em função dos modos de produção social, o que implica

para o aluno que conhecer como se organiza as várias maneiras de produzir arte, é conhecer também

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como a sociedade estruturar-se historicamente.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte.

Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma

dimensão estética.

A leitura das obras artísticas se dá inicialmente pelos sentidos, a percepção e fruição serão

superficiais ou mais aprofundadas, desacordo com as experiências e conhecimentos estéticos que o

aluno tiver em sua vida.

Nossa função, portanto é o de possibilitar o acesso e medir esta leitura com o conhecimento

sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as

aparências, apreendendo através da arte parte da totalidade da realidade humano social.

A livre apreciação dos objetos se dá pela humanização mediada pelo conhecimento estético

sistematizado.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra

de arte.

É a livre expressão do aluno onde ele usa a sua imaginação com criação própria. Em arte é

de fundamental importância estabelecer uma relação entre esses três eixos metodológicos

planejando as aulas usando os recursos disponíveis para cada um desses momentos.

Já um trabalho com teatro desenvolvido na escola poderá iniciar com exercícios de

personagem (expressão vocal gestual, corporal e facial), jogos teatrais, aquecimento e relaxamento,

transposição de texto literário para texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e

outros exercícios cênicos.

Este trabalho é iniciado pelo trabalho artístico, entretanto não isoladamente, retomar em

todos os momentos o conhecimento estético é fundamental e faz com que o aluno se introduza nesse

trabalho sem perceber construindo junto com o professor.

A televisão e o cinema são meios indispensáveis como formas de expressão dos

personagens, (cenografia e sonoplastia). Com isso tudo dentro das possibilidades pelo menos uma

vez por ano, somando-se a esses conhecimentos já adquiridos assistir a uma peça teatral o

enriquecerá imensamente. Antes, porém solicitar um trabalho de análise da peça analisando a

descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da apresentação:

análise estrutural e organização da peça, tipo de cenário e cenografia, expressões utilizadas com

mais entusiasmo; análise da peça sobre o ponto de vista do próprio aluno. Assim percebemos os três

eixos presentes nesse trabalho.

Para iniciar o trabalho de artes plásticas, o professor poderá pedir um trabalho de desenho de

linhas para juntos observarem a expressividade, o peso, o movimento que cada linha ocupa nesse

espaço (conhecimento). Após esse trabalho desenvolver as etapas de composição com os alunos

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para sentir efeito e movimento nesses trabalhos.

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são interdependentes e

de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser feito de modo

simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do

conhecimento em arte, constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos

diferentes movimentos e períodos.

Nas Artes Visuais, deverão ser exploradas as visualidades em formato bidimensional,

tridimensional e virtual, podendo trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na

cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

É necessário que além de abordar produção pictórica de conhecimento universal e artistas

consagrados, também aborde formas e imagens de diferentes aspectos, presentes nas sociedades

contemporâneas.

Sendo que a prática pedagógica deve partir da análise e produção de trabalhos artísticos

relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais, tais como:

• Imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia, propaganda visual

e outras.

• Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas e outras.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.

Devendo considerar artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras

produções de caráter universal. Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do

cotidiano dos alunos.

Outra questão a ser considerada no ensino de Artes Visuais diz respeito ao processo de

releitura. Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo,

reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade, dentre outros aspectos.

Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a releitura da obra componha

a prática pedagógica.

Torna-se importante pedagogicamente abordar na Educação Básica:

• Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.

• Teoria das artes visuais.

• Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com

enfoque nas diversas culturas.

Espera que os alunos possam:

• Compreender os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a

sociedade contemporânea.

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• Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

• Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas

culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Os elementos formais da dança são movimentos, espaços e tempos.

• Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado

tempo e espaço.

• Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial do

espaço.

• Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).

O elemento central da Dança é o movimento corporal, por isso o trabalho pedagógico deve

basear-se em atividades de experimentação do movimento, improvisação, em composições

coreográficas e processos de criação. Entender a dança como expressão, compreender as realidades

próximas e distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos

(teorizar), são elementos fundamentais para alcançar os objetivos do ensino da dança na escola.

Torna-se importante pedagogicamente abordar na EDUCAÇÃO BÁSICA:

• Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de

composição e movimentos e períodos da dança.

• Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e

executada.

• Teorias da dança.

• Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

• Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição

Espera que os alunos desenvolvam:

• Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

• Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas

contemporâneas.

• Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

• Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função

social e ideológica de veiculação e consumo.

• Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

• Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias;

relacionadas a produção, divulgação e consumo.

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• Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social

Torna-se necessário para melhor compreender a música, desenvolver o hábito de ouvir os

sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição

musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza. A música é

formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo.

O som é constituído por vários elementos que apresentam diferentes características e podem

ser analisados em uma composição musical ou em sons isolados. Os elementos formais do som

são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.

A intensidade do som é o elemento responsável por determinar se uma seqüência de sons

fica mais ou menos intensa, ou seja, se são fortes ou fracos. Essa intensidade depende da força com

que o objeto sonoro é executado. Em uma execução musical, essa propriedade é responsável pela

dinâmica empregada pelos instrumentistas e/ou vocalistas em determinados trechos musicais.

A altura define que algumas seqüências de sons podem ser agudas e outras graves. Essas

diferenças entre as alturas dos sons acontecem sempre em relação a outros sons e geram as notas

musicais, que são dispostas em uma escala, distribuídas em uma seqüência infinita.

Outro elemento que constitui o som é o timbre: responsável por caracterizar o som e fazer

com que se identifique a fonte sonora que o emitiu. Como por exemplo: uma sirene, um

instrumento musical, a voz de uma pessoa.

Quando um conjunto de sons acontece ao mesmo tempo, dizemos que há uma grande

densidade. Na música, a densidade acontece quando vários instrumentos ou vozes são executadas

simultaneamente, como em uma banda, coral, orquestra e outras formas.

A duração é o elemento responsável por determinar que qualquer som acontece em um

tempo específico relacionado a sua fonte sonora. Alguns sons são de durações mais longas; outras,

mais curtas e em alguns momentos não se ouve som nenhum – são os momentos de silêncio. Na

música, o silêncio é chamado de pausa. Quando se combina uma seqüência de sons e/ou silêncios,

está-se criando um ritmo. O ritmo, então, é o organizador do movimento ordenado dos sons e

silêncio em um determinado tempo.

Esses elementos do som relacionam-se, podendo ser combinados sucessiva ou

simultaneamente. A combinação de sons sucessivos é chamada de melodia. A melodia organiza os

sons emitidos em diferentes alturas durante um determinado período de tempo; por outro lado, a

combinação de sons simultâneos corresponde à harmonia, cujas notas musicais combinadas em um

trecho musical são tocadas ao mesmo tempo. Ritmo, melodia e harmonia, portanto, são os

elementos formadores da Música.

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No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada qual

com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada povo ou grupo cultural produz músicas

diferentes ao longo de sua história; surgem, assim, diferentes gêneros musicais. Eles não são

isolados; sofrem transformações com o tempo, por influência de outros estilos e movimentos

musicais que se incorporam e adaptam-se aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos músicos e aos

instrumentos de cada povo e de cada época.

Torna-se importante pedagogicamente abordar no Ensino Médio:

• Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e

erudita), dos modos de fazer música e sua função social.

• Teoria da Música.

• Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque

na música de diversas culturas.

Espera que os alunos possam:

• Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a

sociedade contemporânea.

• Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

• Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e

mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

O teatro auxilia o desenvolvimento da criatividade, da socialização, da memorização e da

coordenação. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros,

experimentando o mundo sem correr risco. Porém, é importante não reduzir o teatro apenas num

mero fazer.

Iniciar o trabalho com teatro a partir de exercícios de relaxamento, aquecimento e com os

elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal, gestual, corporal e facial –,

Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para texto dramático,

pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos.

Abordar os movimentos e períodos artísticos importantes da história do Teatro. Durante as

aulas, torna-se interessante solicitar aos alunos uma análise das diferentes formas de representação

na televisão e no cinema, tais como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens,

cenografia e sonoplastia.

Torna-se importante que o educando tenha a possibilidade de assistir ou ler peças teatrais de

forma que os leve a analisar questões tais como:

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• Descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da

representação;

• Análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões usadas

com mais ênfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula;

• Análise da peça sob o ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em

relação à peça assistida.

Os conteúdos estruturantes devem manter as suas relações:

• Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;

• Composição: representação, cenografia;

• Movimentos e períodos: história do teatro, e as relações de tempo e espaço,

presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.

Deve-se trabalhar o conceito de teatro como uma forma artística que aprofunda e

transforma sua visão de mundo, sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção

social do homem em seu processo de desenvolvimento (teorizar).

O teatro na escola promove o relacionamento do homem com o mundo. E numa sociedade

que não compreende o sujeito em sua totalidade, fragmentando-o, surge a necessidade de integrar

as partes que compõem esse sujeito, desenvolver a intuição e a razão, por meio das percepções,

sensações, emoções, elaborações e racionalizações, com o objetivo de propiciar ao aluno uma

melhor maneira de relacionar-se consigo e com o outro.

O teatro na escola tem o seu valor ampliado não só ao abrir possibilidades para

apresentações de espetáculos montados pelos professores, e/ou alunos ou companhias itinerantes,

mas como espaço que viabiliza o pensar simbólico por meio da dramatização individual ou

coletiva.

Oportunizando os alunos a análise, a investigação e a composição de personagens, de

enredos e de espaços de cena, permitindo a interação crítica dos conhecimentos trabalhados com

outras realidades socioculturais.

Deve ser iniciada pelo enredo, em cujo os conteúdos estão presentes, por meio de

metáforas, as relações humanas, dramatizadas por atores ou bonecos, em falas e gestos ou mímicas.

A partir de uma obra da literatura dramática universal, da literatura brasileira ou da

oralidade (contos, lendas, cantigas populares), uma letra de música, um recorte de jornal, uma

fotografia ou pintura, os quais contêm temas sobre situações relevantes do ser humano em sua

relação consigo e com o outro.

Devem ser consideradas a faixa etária e a realidade dos alunos, para que possam questionar

e reelaborar essas temáticas em peças cênicas.

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Outra opção é iniciar pelo processo de construção da personagem. Na elaboração do seu

perfil físico e simbólico (figurino, adereço, suas ações, espaço, gestual, entonação), devem estar

presentes a pesquisa, a exploração, a descoberta individual e coletiva de temáticas e conceitos

propostos pelo professor, para que se estimulem discussões acerca da condição humana em seus

aspectos sociais, culturais e históricos. Possibilitando trabalhar os conteúdos referentes à história e

cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros de acordo com a Lei nº. 11645/08.

Deve trabalhar para que o aluno compreenda e valorize as obras teatrais como bens

culturais. Na escola, as propostas devem ir além do teatro convencional, que não pode ser

entendido somente em seu formato, mas pelas ideologias de uma época que ele simboliza.

A SEED incorporou os Desafios Educacionais Contemporâneos, os quais têm uma

historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos

movimentos sociais.

Primeiramente a SEED (2008 p 6) situa o currículo como um produto histórico, resultado

de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também

históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem

enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. (2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força de lei e outras não.

Porém a SEED ressalta que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e

fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes desafios, entendendo-os na

mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da

totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão

histórica, política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino

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(PARANÁ, 2006: p.7).

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada à compreensão dos mesmos em sua concretude.

Torna-se importante pedagogicamente abordar na EDUCAÇÃO BÁSICA:

• Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os

elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.

• Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

• Teorias do teatro.

• Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.

• Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

• Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na

Arte Engajada.

Espera que os alunos possam:

• Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

• Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

• Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

• Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas

mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

• Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica

por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por

pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas

de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto-avaliação

dos alunos.

Portanto a avaliação deve incluir a observação e o registro do processo de aprendizagem,

com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos, ou seja,

avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas

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nas discussões em grupo.

Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma

sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno

apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo

tempo, constituir-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas “finais”. a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e

deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação

nas atividades realizadas. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas

apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo.E importante o

professor observar a vivencia cultural própria do aluno constituído em outros espaços, grupos,

família religião etc.

A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Leitura;

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas.

• Registros em forma de relatórios, gráficos, Portfolio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, obtém o diagnóstico necessário para o planejamento e o

acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de

aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e

social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e

mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

A avaliação, no Ensino Fundamental, terá os registros de notas expressos em uma escala de

0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e a média bimestral deverá ser obtida através da média aritmética

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e/ou somativa. No Ensino Médio, a avaliação é organizada de forma semestral com média

aritmética expressos em escala de 0 (zero) a10,0 (dez vírgula zero), realizada em função dos

conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, portanto deverá ser avaliado o

desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação da aprendizagem auxilie o educando

no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos significativos. Definindo-a como

um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam múltiplos instrumentos.

Sendo vedado ao aluno uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os

conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser

incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

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REFERÊNCIAS

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das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Brasília. 2005

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia e educação no cenário do pensamento complexo e

interdisciplinar. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, Ed. da UFG, v. 22 n.2, p. 123-136, 2002.

______________. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas, S.P: Ed. Papirus,

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CLAVAL, P. O papel da nova geografia cultural na compreensão da ação humana. In:

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2001.

CLAVAL, P. As abordagens da geografia cultural. In CASTRO, I.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C.

da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

COSGROVE, D. E.; JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In: CORRÊA R. L.;

ROSENDAHL, Z.(Orgs.) Introdução à geografia vultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à geografia cultural. Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil, 2003.

CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.

FIGHERA, D.T. As mudanças de nosso tempo e o ensino da geografia. GeoSul, Florianópolis,

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LEMOS, A. I. G. de. Geografia da modernidade e geografia da pós-modernidade. GeoUsp, São

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MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (Orgs.) Elementos de epistemologia da geografia

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SPOSITO, Eliseu S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico.

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SPOSITO, M. E. B. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de geografia: pontos e

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SUERTEGARAY, Dirce M. A. Geografia física (?) geografia ambiental (?) geografia e

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Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É o objeto de estudo da disciplina de Biologia, o fenômeno VIDA, em todas as suas

diversidades de manifestações. O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão dos limites

dos diferentes sistemas explicativos e a compreensão que a ciência não tem respostas definitivas.

Ao longo da história da humanidade os conhecimentos biológicos, em alguns de seus

domínios, porém dentro do contexto histórico e filosófico de cada época, têm estado presente em

nossa vida graças ao avanço e a abrangência dessa ciência. Já no contexto histórico, percebemos

que os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia não resultam da apreensão

contemplativa da natureza em si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo homem.

Um ensino pautado pela memorização de dominações e conceitos e pela reprodução de

regras e processos, como se a natureza e seus fenômenos fossem sempre repetitivos e idênticos, a

Biologia contribui para a descaracterizaçãoda disciplina enquanto ciência, ao se preocupa com os

diversos aspectos da vida no planeta e com a formação de uma visão do homem sobre si próprio e

de seu papel no mundo.

Recorrendo à História da Ciência percebe-se que as concepções sobre o fenômeno VIDA

passou por quatro momentos históricos distintos:

• Pensamento biológico descritivo: influência do paradigma aristotélico (interpretações

filosóficas que buscavam explicações para a compreensão da natureza), pautado pelo

método da observação e descrição.

• Pensamento biológico mecanicista: procedimento de investigação pautado no controle

metódico e sistemático da observação, contrapondo-se a filosofia aristotélica.

• Pensamento biológico evolutivo: a imutabilidade da VIDA foi questionada com as

evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre a mutação das espécies.

• O pensamento biológico da manipulação genética: A Biologia ampliou sua área de

atuação e se diversificou classificando a Biologia molecular. Os avanços dessa área

permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento

biológico evolutivo. Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e

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põem em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.

Essas controvérsias são importantes para que um novo modelo explicativo se constitua

como base e contribuam para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação

genética.

A DISCIPLINA DE BIOLOGIA NO CURRÍCULO ESCOLAR BRASILEIRO

No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino correspondente ao atual Ensino

Médio, foi à criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838. Nessa organização havia

poucas atividades dedicadas às Ciências como a História Natural, Química, Física e a Matemática,

com predomínio da formação humanista.

A Ciência era entendida como a busca da verdade, com base no pensamento mecanicista, a

qual tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava centrada em aulas

expositivas, adotando o método experimental como instrumento de reforço à teoria científica.

Na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de Ciências Naturais, os currículos

escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos, considerando também os fatores

sociais e econômicos. Em relação à metodologia manteve-se a ênfase no conteúdo descritivo,

livresco, teórico e memorístico.

Na década de 1950 os conteúdos eram trabalhados considerando os vários grupos de

organismos pela suas classificações filogenéticas. As aulas práticas tinham como meta tão somente

ilustrar as aulas teóricas.

Na década de 1960, o ensino de biologia ficou reduzido a transmissão de um único método

científico, consistente no conjunto de passos definidos e aplicados de modo a ensinar o aluno a agir

como cientista, sob uma visão positivista de Ciência. Continuava uma escola elitista.

De acordo com suas pesquisas, Krasilchick (2004) relata que ainda nesta década, três

fatores provocaram alterações no ensino de Ciências no Brasil: o progresso da Biologia; a

constatação da importância do ensino de Ciências como fator de desenvolvimento; e a LDB nº.

4.024/61, que transferiu as decisões curriculares da antes só da esfera federal para um sistema de

cooperação entre as três esferas federativas. Surgem então os Centros de Ciências com a finalidade

de melhorar o ensino, treinar professores e distribuir materiais didáticos e laboratoriais para as

escolas.

Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as questões ambientais

decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção sobre o ensino de Ciências e

passou-se a discutir as implicações sociais do desenvolvimento tecnológico e científico. Com a

promulgação da Lei nº. 5.692/71 que definiu um ensino tecnicista e a formação técnica

compulsória para o segundo grau, visou atender ao regime vigente, voltado para a ideologia do

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nacionalismo desenvolvimentista.

Em meio à crise da década de 1980, foram feitas várias críticas às concepções que

prevaleciam nos projetos para o ensino de Ciências da década anterior. O ponto central dessas

críticas estava relacionado à ideia de ciência positivista e à metodologia científica usada pelo

aluno. Nesta época com a redemocratização colocou-se em pauta pesquisas sobre a aprendizagem

dos conceitos científicos e suas implicações na aprendizagem das Ciências a partir das concepções

prévias dos alunos.

Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem em ciências

foram prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de mudança conceitual. Onde as

concepções prévias dos alunos, de início consideradas erradas, passaram a ser consideradas como

concepções alternativas.

No Final de 1980, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná propôs o Programa de

Reestruturação do Ensino de segundo grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico –

crítica. Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico -

crítica, o documento de reestruturação do segundo grau, ainda apresentava os conteúdos de

Biologia divididos por blocos tradicionais, reunidos em temas geradores, reproduzindo o padrão

dos livros didáticos disponíveis no mercado.

Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,

onde o ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na

área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) enfatizaram o desenvolvimento de

competências e habilidades em prejuízo de uma abordagem mais aprofundada dos conteúdos,

direcionando o ensino para temas e desenvolvimento de projetos considerados necessários para a

vida do aluno, promovendo um esvaziamento dos conteúdos.

Com as mudanças ocorridas no país e especialmente no Estado do Paraná, após analisar a

situação do ensino público, apontou-se novas perspectivas para a educação básica, tornando-se

necessário retomar o objeto de estudo da disciplina de Biologia.

No entanto hoje é impossível tratar de Biologia sem estar em sintonia com as novas

descobertas científicas e tecnológicas acrescentadas diariamente ao conhecimento humano. “Isso

significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório do conhecimento

garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar e uma mudança constante de

conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico e social.” (SEED-2006).

Neste sentido, o ensino de Biologia deve levar o educando a compreensão do mundo que o

cerca em relação ao fenômeno VIDA, enfocando fatos e princípios científicos, filosóficos e

artísticos, como também oferecer condições para que ele possa analisar esses fatos e posicionarem-

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se em relação às implicações sociais, políticas, econômicas, ambientais e históricas.

É preciso, dentro do ensino de Biologia, que os estudantes sintam-se sujeitos integrados

neste meio e que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio e respeito mútuo a

todas as formas de vida que fazem parte do planeta.

Considerando a época, e que o conhecimento é difundido em muitos espaços de formação, a

educação escolar precisa dar ênfase à biologia e ao seu conhecimento numa perspectiva

emancipadora e igualitária.

CONTEÚDOS

Em Concordância com as Diretrizes Curriculares, a abordagem dos conteúdos em sala de

aula ocorrerá de forma integrada, envolvendo todos os Conteúdos Estruturantes na proporção que

forem discutidos determinados temas, bem como os aspectos; científico, filosófico e artístico do

processo, permitindo ao professor formar em seus alunos uma mentalidade histórica, crítica, viva e

construtiva sintonizada ao tempo presente.

É de importância mencionar que os quatro Conteúdos Estruturantes são os saberes,

conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam o campo de estudo da disciplina

de Biologia. Considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e

de ensino, e se originaram dos quatro Pensamentos Biológicos dentro da História da ciência, são

apresentados quatro conteúdos estruturantes, como base estrutural de integração conceitual para

disciplina de Biologia no ensino médio. São eles:

• Organização dos seres vivos: possibilita conhecer os modelos teóricos basicamente

construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os a existência de

características comuns entre eles e sua origem única. Desse modo, fica evidente a

impossibilidade de discutir a classificação sem considerar as contribuições que decorrem do

pensamento biológico evolutivo.

• Mecanismos Biológicos: possibilita explicar como os sistemas orgânicos dos seres vivos

funcionam em diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção a digestão

e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.

• Biodiversidade: possibilita discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem

modificações, perpetuam uma variedade genética e estabelecem relações ecológicas,

garantindo a diversidade de seres vivos.

• Manipulação Genética: trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular

sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da biologia, com possibilidade de manipular o

material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como

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fato natural, independente da ação do homem; bem como os aspectos bioéticos dos avanços

biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a

interferência do homem na diversidade biológica

A tabela a seguir, apresenta os conteúdos estruturantes, bem como os conteúdos básicos a

serem trabalhados no Ensino Médio na disciplina de Biologia.

1º ANO

Conteúdo estruturante Conteúdos básicos

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

2-Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e

bioquímicos.

3-Teorias evolutivas.

4-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres

vivos e a interdependência com o ambiente.

5-Organismos Geneticamente modificados.

2º ANO

Conteúdo estruturante Conteúdos básicos

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia,

fisiologia.

3. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

4-Organismos Geneticamente Modificados.

3º ANO

Conteúdo estruturante Conteúdos básicos

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

1-Teoria celular, mecanismos celulares biofísicos e

bioquímicos.

2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia,

fisiologia.

3. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

4-Transmissão das características hereditárias.

5-Organismos Geneticamente Modificados.

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METODOLOGIA

No ensino de Biologia existem vários campos de atuação que podem ser exploradas e

evidenciadas, tomados como ponto de partida contextualização de suas aulas. O agronegócio, as

questões de saúde pública, o turismo ambiental, as medidas de qualidade e de serviço ambiental, a

própria divulgação científica e a transmissão do conhecimento são todos exemplos que podem ser

destacados. Cada realidade certamente propicia um enfoque e uma abordagem distintos.

A idéia não é uniformizar, mas expor o aluno à multiplicidade de enfoques, informações e

conhecimentos de forma que perceba que os conhecimentos de cada disciplina apresentam

múltiplas interfaces, sendo capaz de inter-relacionar fenômenos, conceitos e processos, e de

construir um pensamento orgânico.

No que diz respeito à formação do educando como cidadão e como personalidade ética e

crítica, a Biologia tem grande contribuição a dar.

Desse modo, os conhecimentos biológicos, devem ser compreendidos como produtos

históricos indispensáveis à compreensão da prática social, pois podem contribuir para revelar a

realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação dos sujeitos no

processo de transformação desta realidade.

Portanto, a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por

meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA:

na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; no estudo da

biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações

ecológicas; e na análise da manipulação genética. Sendo que estes estão relacionados à sua

historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e o

caráter transitório do conhecimento elaborado, e que são suscetíveis de conflitos filosóficos, éticos

e sociais.

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina de

Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a

reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em

cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, a ética na relação entre os

seres humanos e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e a sua relação com a qualidade de

vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão valores envolvidos na produção e

aplicação do conhecimento científico e tecnológico. Debater sobre esses fatos em sala de aula pode

fazer do aluno um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a

realidade.

A apresentação dos conteúdos de Biologia deve apoiar-se num processo pedagógico

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baseados na pedagogia histórico - critica, onde a prática social está centrada na valorização e

socialização do conhecimento (saber do aluno e saber elaborado), promovendo assim uma

aprendizagem significativa.

Desta forma, as aulas não são apenas experimentais ou apenas teóricas, mas pensadas de

modo a assegurar a relação interativa entre professor e o aluno, ambos tendo espaço para expor

suas explicações, refletir a respeito das implicações de seus pressupostos e revê – los à luz das

evidências científicas.

Neste sentido, é necessário que o professor conheça e respeite a diversidade social-cultural

e as idéias iniciais do aluno, como elementos que irão contribuir para os debates em sala de aula,

auxiliando na sua formação e promovendo – o para a apropriação de conceitos científicos.

No processo ensino-aprendizagem deve ser articulado com o uso de diferentes estratégias,

tais como:

• Recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,

quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

• De recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,

diagramas, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• De alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

• A leitura e a escrita merecem atenção, porque por um lado são repletas de significações

e por outro podem levar a interpretações equivocadas do conhecimento científico. Elas

são demarcadoras do papel social assumido pelo professor e pelos alunos e devem ser

pensadas a partir do significado das mediações, das influências e incorporações que os

alunos demonstram.

Os experimentos devem acontecer para desenvolver a compreensão de conceitos e permitir

a aplicação das idéias discutidas em aula, de modo a levar os alunos a aproximarem teoria e prática

e, assim permitir que o professor perceba as explicações e as dúvidas manifestadas por seus alunos.

Propõem-se como encaminhamentos metodológicos no ensino de Biologia, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a

atividade individual e em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e

o lúdico.

AVALIAÇÃO

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A avaliação deve ser um processo contínuo e sistêmico, oferecendo ao professor dados

significativos sobre o processo ensino aprendizagem e sobre a sua prática docente. Esta

característica diagnóstica de avaliação oportunizará verificar as dificuldades e os avanços tanto

individuais como coletivos direcionando a tomada de decisões que garanta a qualidade dos

resultados.

Considerando os alunos como sujeitos históricos de seu processo de ensino e aprendizagem

a avaliação se dará ao longo do processo, portanto esta não poderá estar centralizada em uma única

atividade avaliativa.

O grau de valorização de cada uma das atividades desenvolvidas será equilibrada de modo

que ao final do processo o aluno possa ser avaliado integralmente. Serão respeitadas as diferenças

individuais, oferecendo diversas e diferentes oportunidades para que ele demonstre o seu

progresso. Considerar-se-ão os caminhos que o aluno percorrerá para solucionar os problemas, as

estratégias a forma como ele socializar-se-á aos seus conhecimentos, levando em conta os tempos

(ritmos) da aprendizagem de cada um. Pois “é preciso valorizar as diferenças individuais sem

jamais perder de vista o contexto interativo.”

Hoffmann comenta que “(...) Avaliação é, portanto uma ação ampla que abrange o cotidiano

do fazer pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação

entre todos os elementos da ação educativa.”

Portanto, a avaliação como momento do processo ensino aprendizagem, abandona a idéia

de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do processo. Ao contrário,

o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constitui importantes elementos para avaliar o

processo de mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente

também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação de sua prática visando à

melhoria da qualidade do ensino.

Os instrumentos avaliativos a serem aplicados ao longo do processo de ensino-

aprendizagem, deverão além de diversificados oferecer oportunidades aos alunos de; interpretar,

produzir discutir, relacionar, refletir, analisar, justificar, posicionar-se e argumentar defendendo o

seu próprio ponto de vista.

Dessa forma serão utilizados como instrumento de avaliação:

• Participação do aluno com o seu conhecimento vivenciado;

• Desempenho nos trabalhos individuais em grupos e coletivos

• Apresentação de seminários,

• Feira de ciências,

• Apresentação de relatórios;

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• Debates;

• Pesquisas;

• Resolução de situação problemas e atividades de sala de aula;

• Avaliações escritas formuladas com questões dissertativas e, de múltipla escolha que

exijam raciocínio e habilidade para a elaboração de respostas;

• Elaboração de painéis, desenhos, informativos, gráficos,

• Experiências,

• Relatórios,

• Produção de textos,

• Análise crítica de filmes, documentários, músicas, poesias, etc.

Portanto, através destes instrumentos o professor terá subsídios suficientes para promover a

avaliação real do progresso cognitivo dos alunos, dentro dos critérios por ele pré-estabelecidos.

Também, obtém o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da

aprendizagem durante o ano letivo.

A avaliação terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero) e a média semestral deverá ser obtida através da média aritmética. A avaliação é

realizada em função dos conteúdos, portanto o aluno deverá ser avaliado de acordo com o seu

desenvolvimento e aprendizagem, de modo que este processo auxilie o educando no seu

desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos. Assim, definiremos a avaliação como um

procedimento sistemático e compreensivo em que utilizaremos múltiplos instrumentos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de

estudos e os conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação

deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais

um componente do aproveitamento escolar.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de

ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular que facilitará a integração

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.

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REFERÊNCIAS

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conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

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Cortez, 3ª ed., 2005.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

GADOTI, Moacir. Educar é Impregnar de Sentido a Vida. Revista Professor. Ano 1 , nº2,

novembro/2003.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores

Associados, 2002.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; São Paulo: EDUSP,

1980.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: ed da Universidade de São Paulo,

4ª ed., 2005.

LAURENCE J. Biologia. São Paulo: ed nova geração, 2005

MARTINS, R. de A. Sobre o papel da história da ciência no ensino. Sociedade Brasileira de

História da Ciência, v.1, n.9, p. 3-5, ago. 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

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RAMOS, M. G. Epistemologia e ensino de Ciências: compreensões e perspectivas. In: MORAES,

R. (Org). Construtivismo e ensino de Ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. Porto

Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 13-36.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores

Associados, 1997.

SOARES. J. L. Biologia. São Paulo: Scipione,1997.

VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação – Concepção Dialética – libertadora do processo de

avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 15ª ed., 2005.

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Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da disciplina de Ciências resulta do processo de investigação da

Natureza e elaboração do conhecimento científico, cabendo ao homem interpretar racionalmente os

fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como

tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. Pode-se então dizer que a

Natureza legitima o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de Ciências.

A busca de condições favoráveis de sobrevivência obriga os seres humanos a estabelecer

relações com os demais seres vivos e com a Natureza. Porém, a interferência do ser humano sobre

a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na

coletividade e transmitidos culturalmente. Desta forma, a cultura, o trabalho e o processo

educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de

pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.

Como explica Edgar Morin a antropologia pré histórica mostra-nos como a hominização é

uma aventura de milhões de anos ao mesmo tempo descontínua, surgem novas espécies: habilis,

erectus, neanderthal, sapiens e desaparecem as precedentes, aparece a linguagem e a cultura e

continua, no sentido de que prossegue um processo de bipedização, manualização, erguimento do

corpo, cerebralização, complexificação social, processo durante o qual aparece a linguagem

propriamente humana, ao mesmo tempo se constitui a cultura, capital de saberes, de fazeres, de

crenças e mitos transmitidos de geração em geração... propiciando através desse processo a

explicação dos fenômenos da natureza. A medida em que acontece esse processo de hominização a

ciência fazia-se presente na vida do homem mesmo que de forma assistemática. Ao transmitir os

conhecimentos adquiridos, ao aperfeiçoar suas técnicas, fabricar novos instrumentos, formular

teorias, passa-se a construir a ciência racional.

Segundo Kneller e Andery, a ciência é uma atividade humana complexa, histórica e

coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas.

Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção

coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico,

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num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, não revelando seus

resultados como verdade absoluta, mas propondo modelos explicativos construídos a partir da

aplicabilidade dos métodos científicos.

A partir daí surge uma nova visão e a ciência passa a ser determinante na busca de

melhores condições de vida para a humanidade em decorrência do domínio do conhecimento

científico e de sua aplicação.

Para conceituar Ciência, conhecer sua real natureza, é necessário investigar a historia da

própria construção do conhecimento cientifico.

É fato que a história da ciência está ligada tanto ao conhecimento científico, como às

técnicas pelas quais esse conhecimento foi produzido. Neste sentido, analisar o passado da ciência

e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza,

interpretá-la e compreendê-la, nos diversos momentos históricos.

Dentre pensadores contemporâneos, com reflexões voltadas à produção do conhecimento

científico, pode-se dizer que Gaston Bachelard contribuiu de forma significativa. Ele considera três

grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento científico:

• Estado pré-científico: Representa um período marcado pela construção racional e empírica

do conhecimento científico, buscando a superação das explicações míticas e teológicas,

com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da

natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até

fins do século XVIII.

• Estado científico: O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico

marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a

compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas

não se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação

reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos

experimentais, levantamento e teste de hipóteses, e síntese em leis ou teorias. Isso produz um

conhecimento (científico) a respeito de um determinado recorte da realidade, o que rompe com a

forma de construção e divulgação do conhecimento feita no período pré-científico.

Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram questionados, pois

no estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo como infinito.

• Estado do novo espírito científico: A Teoria da Relatividade de Einstein, em 1905, marcou

o início de um período em que valores absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço,

do tempo e da massa, perderam o caráter de verdade absoluta, revolucionando as ciências

físicas e, por consequência, as demais ciências da natureza.

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O estado do novo espírito científico configura-se, também, como um período fortemente

marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia

influenciou e sofreu influências dos avanços científicos. Mais de oitenta por cento dos avanços

científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a

Segunda Guerra Mundial.

Para Durant (2002), se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos

estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade científica

e tecnológica, o processo de produção do conhecimento científico seria melhor vivenciado no

âmbito escolar, possibilitando discussões acerca de como a ciência realmente funciona .

No entanto, como diz Marandino (2005), o ensino de ciências no Brasil foi influenciado

pelas relações de poder estabelecidas entre as instituições de produção científica de acordo com as

exigências da sociedade contemporânea, centradas nas informações e no consumo.

O apogeu da ciência no Brasil aconteceu ao longo do século XIX, com as Universidades,

institutos de pesquisa, museus e outras instituições que contribuíram tanto no respeito quanto nos

conhecimentos científicos.

A partir daí, a sociedade brasileira passou por grandes transformações significativas, o país

modernizou-se rapidamente e nesse contexto surgem as escolas de formação profissionalizante,

passando o ensino de ciências também por grandes alterações, sob a necessidade do conhecimento

científico para a superação da dependência tecnológica.

O ensino da ciência na escola, hoje, deve ir além da integração de campos de referência

com Biologia, Física, Química, Biologia, Astronomia etc. deve ultrapassar os campos de saber

cientifico e acadêmico unido fins educacionais e sociais oportunizando ao educando a compreensão

dos conhecimentos que resultam da investigação da Natureza num contexto histórico-social,

tecnológico, cultural, ético e político.

CONTEÚDOS

5ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

UNIVERSO

SISTEMA SOLAR

MOVIMENTOS TERRETRES

MOVIMENTOS CELESTES

ASTROS

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MATÉRIACONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

CONVERSÃO DE ENERGIA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

ECOSSISTEMA

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

6ª série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

ASTROS

MOVIMENTOS TERRESTRES

MOVIMENTOS CELESTE

MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

CÉLULA

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE

ORIGEM DA VIDA

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

SISTEMÁTICA

7ª série

CONTEÚDO CONTEÚDOS BÁSICOS

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ESTRUTURANTE

ASTRONOMIA

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

CÉLULA

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

ENERGIA FORMAS DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

8ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

ASTROS

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

MATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICOS

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

CONVERSÃO DE ENERGIA

BIODIVERSIDADE INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

METODOLOGIA

Nos dias atuais não existe uma única ciência que assegure o estudo da realidade em todas as

suas dimensões. Ao produzir o conhecimento cientifico é importante considerar o caminho

percorrido pelos pesquisadores ao formularem suas teorias, leis, interpretações, etc. acompanhando

assim a evolução histórica da ciência. Desta forma também é possível perceber que não há um

único método cientifico mas a configuração de métodos científicos que foram se modificando com

o passar do tempo. Uma atitude amplamente adotada nos dias de hoje por cientistas e filósofos é o

pluralismo metodológico.

Ao ensinar na disciplina de Ciências é necessário, além de considerar a abordagem histórica

dos conhecimentos, valorizar o conhecimento prévio trazido pelo aluno com a intenção de superar

os possíveis obstáculos conceituais neles apresentados, fazendo-se necessário ampliar os

encaminhamentos metodológicos, na execução dos conteúdos escolares, de forma sistematizada e

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objetiva propiciando a aprendizagem do conhecimento científico e produzindo algo

fundamentalmente novo no desenvolvimento do mesmo.

Ao oportunizar o maior número de relações conceituais, interdisciplinares, contextuais e

maiores possibilidades de construção e reconstrução de significados, maior será a possibilidade do

aluno de ampliar seu desenvolvimento cognitivo, embora é preciso salientar que cada estudante

encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.

O estudante aprende os conteúdos científicos escolares quando se lhes atribui significados.

O professor é o mediador que estabelece estratégias adequadas para que este processo ocorra,

oportunizando o acesso ao conhecimento científico mediado com uma didática que adéqüe o

conhecimento produzido ao conhecimento escolar. Também é papel do professor orientar e

direcionar este processo de construção.

Como ressalta Carvalho e Gil Perez (2001), é necessário ao professor de ciências um

conhecimento maior do que o contemplado nos cursos universitários e que aconteça de forma

continuada. Para tanto os mesmos sugerem alguns entendimentos do que seja necessário para o

professor de ciências nesse processo contínuo de formação e atuação:

• Conhecer a história da ciência, associando os conhecimentos científicos com os contextos

políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção. Dessa forma, podem-

se compreender os obstáculos epistemológicos a serem superados para que o processo

ensino-aprendizagem seja mais bem sucedido;

• Conhecer os métodos científicos empregados na produção dos conhecimentos, para que as

estratégias de ensino propiciem a construção de conhecimentos significativos pelos

estudantes;

• Conhecer as relações conceituais, interdisciplinares e contextuais associadas à produção de

conhecimentos, para superar a idéia reducionista da ciência como transmissão de conceitos,

porque essa perspectiva desconsidera os aspectos históricos, culturais, éticos, políticos,

sociais, tecnológicos, entre outros, que marcam o desenvolvimento científico;

• Conhecer os desenvolvimentos científicos recentes, por meio dos instrumentos de

divulgação científica. Desta forma, ampliar as perspectivas de compreensão da dinâmica da

produção científica e o caráter de provisoriedade e falibilidade das teorias cientificas;

• Saber selecionar conteúdos científicos escolares adequados ao ensino, considerando o nível

de desenvolvimento cognitivo dos estudantes e o aprofundamento conceitual necessário.

Tais conteúdos, fundamentais para a compreensão do objeto de estudo da Disciplina de

Ciências, precisam ser potencialmente significativos, acessíveis aos estudantes e suscetíveis

de interesse.

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Faz-se necessário, então, que o professor de Ciências conheça esses conteúdos de forma

aprofundada e adquira novos conhecimentos que contemplem a proposta curricular da escola, os

avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e ambientais, para que seja um profissional

bem preparado e possa garantir o bom aprendizado dos estudantes.

Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de

conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de conceitos científicos,

possibilitando a superação das concepções alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua

cultura científica (LOPES, 1999)

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências o professor deverá

organizar o trabalho docente tendo como referências: o Projeto Político Pedagógico da escola, os

interesses da realidade local e regional, análise crítica do livro didático, as informações atualizadas

sobre os avanços de produção científica e número de aulas semanais ofertadas na matriz curricular.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências reflita a

respeito das relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e as expectativas de aprendizagem

para o bom resultado final.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em sua

complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico, químico

ou biológico; que estabeleçam relações interdisciplinares com vistas a contribuir para o

entendimento dos conceitos envolvidos e do objeto de estudo de ciências; e, sejam também

abordados envolvendo os contextos tecnológico, social, cultural, ético, político entre outros que os

envolvem.

O professor de ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e registros da

historia da ciência como recursos pedagógico, está contribuindo para sua própria formação

cientifica, alem de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo especifico, pois, sem a história

não se pode saber a fundamentação constituída por fatos e argumentos efetivamente observados,

propostos e discutidos em certas épocas.

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de Ciências, é a

escolha de estratégias pedagógicas adequadas à mediação do professor. A estratégia contribui para

que o estudante se aproprie de conceitos científicos de forma mais significativa.

O processo ensino-aprendizagem pode ser bem articulado com o uso de recursos

pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livros didáticos, textos de

jornal, revistas científicas, imagens, revistas em quadrinhos, musicas, quadro de giz, mapas

(geográfico, sistemas biológicos, entre outros), globos, modelos didáticos (torso, esqueleto, célula,

olho, desenvolvimento embrionário, entre outros) microscópios, lupas, jogos, telescópios,

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televisores, computadores, retroprojetores, entre outros; recursos instrucionais, como

organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos,

entre outros; assim como alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciências.

A ação de problematizar é mais do que mera motivação para se iniciar o conteúdo. Esta

ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento

cientifico escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de ensino pode ser

efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento

de situações significativas, apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o

professor realiza a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade de forma que o

estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas

apresentados.

Contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas sociais,

políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico,

se estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos

precisos e claros voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos

produtores do conhecimento.

As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma

dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Neste caso, as relações

interdisciplinares em Ciências podem ser realizadas quando o professor busca, nos conteúdos

específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de estudo entendido

como o conhecimento cientifico que resulta da investigação da natureza.

Ainda com relação à abordagem metodológica é importante garantir no Plano de Trabalho

Docente a Lei nº. 10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à História

e cultura afro-brasileira e Africana, e também a abordagem da Lei nº. 11.645/08 que prevê a

abordagem da História e Cultura dos povos Indígenas.

A SEED ampliou as discussões, incorporando os Desafios Educacionais Contemporâneos,

os quais têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em

especial dos movimentos sociais.

Primeiramente a SEED (2008 p 6) situa o currículo como um produto histórico, resultado

de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também

históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem

enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

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Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. (2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força de lei e outras não.

Porém a SEED ressalta que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e

fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes desafios, entendendo-os na

mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidad e da

totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão histórica,

política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006, p.7).

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa a construção do conhecimento. Esta

estratégia inicia-se pela procura do material, passa pela interpretação desse material e chega a

construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral.

A leitura cientifica permite aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia a discussão

interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de conceitos. Dentre os diversos materiais

de divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:

No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar

suas proposições aos outros estudantes, confrontar idéias e desenvolver espírito de equipe e atitude

colaborativa. Esta atividade permite vivenciar um contexto social mais próximo da realidade, com

aproximação dos problemas propostos da própria construção do conhecimento e de significados

pelo estudante.

A observação permite que o professor perceba as dificuldades individuais de interpretar tais

fenômenos devido à falta de atenção e à lacunas teórico-conceituais. Esta estratégia é uma

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alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina, pois o estudante pode

desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados passando para a construção

de hipóteses, que a própria observação possibilita.

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma

importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a

desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação, para formação de

conceitos.

Os recursos instrucionais permitem que sejam vistos como instrumentos potencialmente

significativos em sala de aula, a partir do entendimento de que se fundamentam na aprendizagem

significativa. São exemplos de recursos instrucionais: mapas conceituais, organogramas, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos e outras possibilidades que não se esgotam

nestes itens.

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como:

jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino aprendizagem, por isso é fundamental que não a

consideremos como apenas um meio de definir nota, mas como um mecanismo que assuma um

caráter formativo, ou seja, a avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, considerando, sobretudo

que cada aluno possui ritmos e processos de aprendizagem diferenciados. A continuidade no

processo possibilita que o aluno seja avaliado constantemente, pois permite que as intervenções

pedagógicas aconteçam durante todo o tempo, utilizando diferentes instrumentos de avaliação que

contemplem as mais variadas formas de expressão dos alunos.

A avaliação da aprendizagem em Ciências, está articulada aos fundamentos teóricos

explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96. Ao propor reflexões sobre as práticas

avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o

trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se

encontra no percurso pedagógico.

A avaliação deve ser feita de forma articulada com os objetivos específicos e conteúdos

previamente definidos, respeitando as diferença individuais e escolares, havendo a diversidade nos

formatos de avaliação, de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre

seu progresso e tenha seu esforço reconhecido por meio de ações tidas como: o fornecimento de

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um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da

aprendizagem.

Dessa forma, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso

desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

No trabalho a ser desenvolvido com os alunos, faz-se necessário diversificar as técnicas e os

instrumentos de avaliação para que possibilitem várias formas de expressão, tais

como:Interpretação e produção de textos de Ciências – no qual o aluno deverá demonstrar o

conhecimento científico adquirido através da leitura e interpretação do texto proposto pelo

professor;Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas - o uso desse instrumento avaliativo

possibilitará ao professor identificar no aluno o domínio que o mesmo possui ao observar o que

está sendo demonstrado através de cores, símbolos, números, entre outros; pesquisas bibliográficas

– têm como critério levar o aluno a ampliar o seu conhecimento científico de um determinado

assunto estudado;relatórios de aula de campo – com esse instrumento pretende-se avaliar o

desempenho dos alunos durante todo o processo, considerando sua compreensão a respeito do

conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados de síntese;apresentação e

discussão de temas em seminários – por meio desse instrumento avaliativo busca-se aprofundar e

complementar as explicações feitas durante as aulas avaliando a consistência dos argumentos,

compreensão do conteúdo abordado, adequação da linguagem, relatos para enriquecer a

apresentação. No processo de elaboração de um seminário deve-se considerar as dificuldades

individuais como, por exemplo, a capacidade de se expressar;questões discursivas – por meio

dessas questões busca-se ver se o aluno compreendeu o enunciado da questão; reconhecer a

capacidade do aluno se comunicar por escrito com clareza e observar se houve a sistematização do

conhecimento de forma adequada;questões objetivas – nessa modalidade de questões pretende-se

avaliar a leitura compreensiva do enunciado, a apropriação de alguns aspectos definidos do

conteúdo e a capacidade de se utilizar o conhecimento adquirido.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de

ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático – metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os

conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser

incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, A. M.P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e

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121

inovações. São Paulo; Cortez, 2001.

DURANT, J. O que é alfabetização cientifica? In: MASSARANI, L.; TURNEY, J.; MOREIRA.

I.C. (Org). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de Janeiro: UFRJ, 2005.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; São Paulo: EDUSP,

1980.

LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 1999.

MARANDINO, M. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de ciência.

História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Fiocruz, Rio de Janeiro, v.12, p. 161-181, 2005.

MORIN, Edgar, Os sete saberes necessários a educação do futuro. 3ª ed. São Paulo: Cortez,

Brasília, Unesco 2001.

PARANÁ, Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Secretaria do Paraná.

Secretária do Estado da Educação. Curitiba, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba. 2009

SACRISTÃN. J. Gimeno, Compreender e transformar o ensino. 4ª Ed. Porto Alegre: Artmed,

2000.

VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação – Concepção Dialética – libertadora do processo de

avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 15ª ed., 2005.

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO

FÍSICA

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física como disciplina escolar transitou em diversas perspectivas teóricas,

desde as mais reacionárias até as mais críticas. É considerada um processo que relaciona as

atividades corporais aos hábitos cotidianos da vida, dando um novo sentido as suas práticas, ou

seja, pelo entendimento do corpo como um todo, explorando sua expressão de forma ampla com o

meio sócio-cultural do aluno, associado a reflexão da prática no dia-a-dia.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em

solo nacional, ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de conhecimentos

médicos e da instrução física militar, a então denominada Ginástica. Esta surgiu, principalmente, a

partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos

brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando o

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a

resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do

respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

Neste contexto a Educação Física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado

era exigência da nova ordem em formação. Essa Educação Física confundia-se com a prática da

Ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados nos moldes médico-higiênicos.

Para Soares (2004, p. 69)

A Educação Física no Brasil se confunde em muitos momentos de sua história com as instituições médicas e militares. Em diferentes momentos, essas instituições definem o caminho da Educação Física, delineia o seu espaço e delimita o seu campo de conhecimento, tornando-a um valioso instrumento de ação e de intervenção na realidade educacional e social.

Com a proclamação da República, veio a discussão sobre as instituições escolares e as

políticas educacionais. Sendo assim, Rui Barbosa em 1882 emitiu o parecer nº. 224, sobre a

Reforma Leôncio de Carvalho, decreto nº. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública.

Entre outras conclusões, afirmou a importância da Ginástica para a formação de corpos fortes e

cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às demais

disciplinas.

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física

tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para

ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General

Nestor Sezefredo Passos. Leandro (2002, p. 34) expõe que foi proposta a criação do Conselho

Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar, coordenar e fiscalizar as atividades

referentes ao Desporto e à Educação Física no país e também a elaboração do Método Nacional de

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Educação Física.

Esse período histórico foi marcado pelo esforço de construção de uma unidade nacional, o

que contribuiu sobremaneira para intensificar o forte componente militar nos métodos de ensino da

Educação Física nas escolas brasileiras.

Em 1929 com a adoção oficial do método Francês acabou contribuindo para construir e

legitimar uma Educação Física ancorada nos conhecimentos advindos da anatomia e da fisiologia,

cunhados de uma visão positivista da ciência, isto é, um conhecimento científico e técnico

considerado superior a outras formas de conhecimento. Reforçando que esta deveria ser referência

para consolidação de um projeto de modernização do país. Portanto, priorizava o desenvolvimento

da mecânica corporal.

No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar, consequentemente o

esporte passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física. Mais

tarde no início da década de 40, o governo brasileiro estabeleceu as bases da organização

desportiva brasileira instituindo o Conselho Nacional de Desportos, com o intuito de orientar,

fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o país. A partir desta a Educação Física em sua

pratica em salas de aulas assumiram os códigos esportivos do rendimento, competição, comparação

de recordes, regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas. Trata-se não mais do

esporte da escola, mas sim do esporte na escola, ou seja, a escola tornou-se um celeiro de atletas, a

base da pirâmide esportiva.

Com a promulgação da Nova Constituição e a instalação efetiva do Estado Novo, em 10 de

novembro de 1937, a prática de exercícios físicos em todos os estabelecimentos de ensino tornou-

se obrigatória.

Com a Reforma Capanema, a Educação Física tornou-se uma prática educativa obrigatória,

com carga horária estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no

ensino secundário quando no industrial, e com a duração entre 30 e 45 minutos por sessão.

Após a criação da Lei Orgânica do Ensino Secundário permaneceu em vigor até a

aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº4. 024/61, em 1961 e com o golpe

militar no Brasil, em 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase nas escolas.

Passando a Educação Física pautar-se na prática esportiva e na aptidão física. Nesse contexto, o

esporte consolidou sua hegemonia como objeto principal nas aulas de Educação Física, em

currículos cujo enfoque pedagógico estava centrado na competição e na performance dos alunos.

Neste contexto, os chamados esportes olímpicos: vôlei, basquete, handebol e atletismo,

entre outros, foram priorizados para formar atletas que representassem o país em competições

internacionais. Sendo assim, a escola passou a funcionar como um celeiro de atletas para seleção e

descoberta de talentos nos esportes de elite nacional. Predominava o interesse na formação de

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atletas que apresentassem “talento natural”.

Com a LDB nº. 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto nº. 69450/71, manteve o

caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas escolas, passando a ter uma legislação

específica e sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os

cursos e níveis dos sistemas de ensino. Porém ainda visando a aptidão física dos alunos, seria

possível obter melhores resultados nas competições esportivas e, conseqüentemente, consolidar o

país como uma potência olímpica, elevando seu status político e econômico.

A corrente pedagógica da psicomotricidade que surgiu no mesmo período, criticou este

modelo, porém não estabeleceu um novo arcabouço de conhecimento escolar, pois as práticas

corporais, ou seja, não foram tratadas como conhecimentos a serem sistematizados e transmitidos,

mas sim como meios para a educação e disciplina dos corpos. Pois os fundamentos da

psicomotricidade se contrapunham às perspectivas teórico-metodológicas baseadas no modelo

didático da esportivização da Educação Física, pois valorizavam a formação integral da criança,

acreditando que esta se dá no desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e

motores.

Em meados dos anos 80, com o fim da Ditadura Militar, o sistema educacional brasileiro,

como reflexo desse contexto, passou por um processo de reformulação, que possibilitou aos

professores uma formação não mais restrita às ciências naturais e biológicas.

A tendência progressista trouxe várias proposições e interrogações acerca da legitimidade

dessa disciplina como campo de conhecimento escolar. Tais propostas dirigiram críticas aos

paradigmas da aptidão física e da esportivização.

A partir dos pressupostos da pedagogia Histórico - Crítica a Educação Física passa a

estipular como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: o

esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura Corporal tem como suporte

a idéia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente,

acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar.

Em âmbito geral, podemos dizer que temos várias definições para caracterizar a disciplina,

tais como: “A Educação Física é a educação por meio das atividades corporais”, “Educação Física

é educação pelo movimento”, “Educação Física é esporte de rendimento”, “Educação Física é

educação do movimento”, “Educação Física é educação sobre o movimento”.

Contudo, como disciplina escolar, define-se como uma prática pedagógica, que no âmbito escolar,

tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica, etc.,

formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal.

O conceito de Cultura Corporal tem como suporte a idéia de seleção, organização e

sistematização do conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para

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ser transformado em saber escolar. Esse conhecimento é sistematizado em ciclos e tratado de forma

historicizada e espiralada. Isto é, partindo do pressuposto de que os alunos possuem um

conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola. Neste caso também da Educação

Física, garantir o acesso às variadas formas de conhecimento produzidas pela humanidade, levando

os alunos a estabelecer nexos com a realidade, elevando-os a um grau de conhecimento sintético.

Nesse sentido, o tratamento espiralar representa o retomar, integrar e dar continuidade ao

conhecimento nos diferentes níveis de ensino, ampliando sua compreensão conforme o grau de

complexidade.

Devendo ser tratada com atenção especial de modo a levar o aluno a analisar criticamente

sua realidade, percebendo-se como sujeito participativo da sociedade em que está inserido.

Portanto a Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física, fundamenta-se na

pedagogia histórico - crítica, identificando-se numa perspectiva progressista e crítica sob os

pressupostos teóricos do materialismo histórico-dialético. Garantindo ao educando o acesso ao

conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente

produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um

ser humano crítico e reflexivo. Reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente

histórico, político, social e cultural.

Sendo assim, a prática pedagógica deve ir além da preocupação com a aptidão física, a

aprendizagem motora, a performance esportiva, mas sim compreender a Educação Física sob um

contexto mais amplo, entendendo que ela é composta por interações que se estabelecem nas

relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

CONTEÚDOS

5º Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ESPORTE

Coletivos

Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

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DANÇA

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

GINÁSTICA

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

LUTASLutas de aproximação

Capoeira

6ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ESPORTEColetivos

Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

DANÇA

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Danças circulares

GINÁSTICA

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

LUTASLutas de aproximação

Capoeira

7ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ESPORTEColetivos

Radicais

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JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

DANÇADanças criativas

Danças circulares

GINÁSTICA

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

LUTASLutas com instrumento mediador

Capoeira

8ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESCONTEÚDOS

BÁSICOS

ESPORTE Coletivos

Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativosDANÇA Danças criativas

Danças circularesGINÁSTICA Ginástica rítmica

Ginástica geral

LUTAS Lutas com instrumento mediador

Capoeira

ENSINO MÉDIO

1 ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOSESPORTE Coletivos: Futebol; Futsal; Handebol; Voleibol;

Basquetebol.

JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos de tabuleiro: xadrez; dama; trilha.

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DANÇA Dança folclórica: Fandango, cirandas, quadrilhas.

GINÁSTICA Ginástica artística: Ginástica de solo

(rolamentos, saltos, giros, deslocamentos)

LUTAS Lutas com aproximação: Jjiu-jitsu, Judô, Sumo.

2ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOSESPORTE Individual: Atletismo; Tênis de mesa, Tênis de

Campo, badmintonJOGOS E BRINCADEIRAS Jogos dramáticos: Dramatização, mímica,

improvisaçãoDANÇA Dança folclórica

Dança de rua: break; funk

GINÁSTICA Ginástica de academia: Ginástica aeróbica,

anaeróbica, alongamento flexibilidade.

LUTAS Lutas que mantêm a distancia: Taekwondo,

Karate, Boxe, Capoeira

3ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOSESPORTE Radicais e coletivos: skate; rappel; rafting; treking

Punhobol; beisebol/soft bol; rugby; Esporte

Adaptados.JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos cooperativos: futpar; voleinçol; eco-nome;

tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança

das Cadeiras cooperativas; salve-se com um

abraço, etc.DANÇA Dança de salão: Forró, xote, bolero.

GINÁSTICA Ginástica Geral: Jogos gímnicos, Movimentos

gímnicos.

LUTAS Lutas com instrumento mediador Capoeira:

Esgrima, Capoeira regional e Capoeira de angola.

METODOLOGIA

Cada um dos conteúdos estruturantes deverá ser tratado sob uma abordagem que contempla

os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais,

econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade representados na valorização do

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trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na formação social crítica e autônoma.

Ao trabalhar o conteúdo estruturante esporte, deve-se considerar os determinantes histórico-

sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, considerando a possibilidade

de recriação dessa prática corporal. Portanto, deve ser entendido como uma atividade teórico-

prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma

ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos

em suas relações sociais.

Porém a profissionalização esportiva deve ser analisada criticamente, discutindo-se com os

alunos as conseqüências dos contratos de trabalho que levam à migração e a desterritorialização

prematura de meninos e meninas; às exigências de esforço e resistência física levados a limites

extremos; à exacerbação da competitividade; entre outros.

A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e nas

comparações absolutas e objetivas faz do esporte na escola uma prática pedagógica potencialmente

excludente, pois, desta forma, só os mais fortes, hábeis e ágeis conseguem viver o lúdico e sentir

prazer na vivência e no aprendizado desse conteúdo.

Privilegiar o coletivo é imprescindível para formação humana, que pressupõem o

compromisso com a solidariedade e o respeito, a compreensão de que o jogo se faz a dois, e de que

é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o adversário. Ou seja, o ensino do esporte deve

propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política. Buscando um

entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla,

isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição

esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.

Ao contemplar o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades

esportivas é importante que seja organizado estratégias que possibilitem a análise crítica das

inúmeras modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que sem dúvida é algo bastante presente

na sociedade atual.

AVALIAÇÃO

Falar de avaliação em Educação Física significa reconhecer a insuficiência dasdiscussões e

teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular no Brasil (COLETIVO DE

AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa realidade, é necessário assumir o compromisso

pela busca constante de novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir

maior coerência com o par dialético objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam

coerentes com os objetivos inicialmente definidos.

Diante das discussões desenvolvidas nestas Diretrizes, é necessário entender que a

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avaliação em Educação Física à luz dos paradigmas tradicionais, como o da esportivização,

desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, é insuficiente para a compreensão do

fenômeno educativo em uma perspectiva mais abrangente.

Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos quantitativos

de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas,

visando principalmente à seleção e à classificação dos alunos.

Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação, sobretudo

porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das vezes, para classificar os

alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à conclusão de que, mesmo havendo ocasiões em que

se deem oportunidades para os alunos se recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos

programáticos para recuperar a nota (LUCKESI, 1995).

A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização, procurou distinguir

os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não apresentavam a habilidade esperada, tudo

isso considerando o entendimento do professor sobre o que seria certo ou errado. Essa concepção

chegou ao ápice quando alguns professores de Educação Física se apropriaram de testes

padronizados para selecionar estudantes das escolas públicas para comporem um grupo de

“atletas”.

Nessa perspectiva, a avaliação era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como

verificação físico-motora do rendimento dos alunos-atletas.

No que diz respeito à Educação Física, podemos afirmar que a prática dos professores esteve frequentemente ligada à educação e à avaliação tradicional por meio da reprodução dos modelos de ensino vinculados ao desenvolvimento da aptidão física e das habilidades desportivas, que se restringiram a comparar, classificar e selecionar o aluno com base no desempenho motor ou nas medidas biométricas dos alunos (PALLAFOX E TERRA, 1998, p. 25).

Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e Educação

Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação começou a ganhar novos

contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias que priorizam testes, materiais e

sistemas com critérios e objetivos classificatórios e seletivos. Esses estudos têm conduzido os

professores à reflexão e ao aprofundamento, buscando novas formas de compreensão dos seus

significados no contexto escolar.

É a partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas nestas

Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no

contexto escolar. O objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas

avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.

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Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das

ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. É preciso questionarmos:

Em que medida o professor compreende e valoriza manifestações diferentes dos alunos diante de tarefas de aprendizagem? Estará esse professor buscando uniformidade nas respostas deles ou provocando-os a diferenciadas formas de expressão ou alternativas de solução às “charadas” propostas? (HOFFMANN, 2003, p. 41)

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola,

de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente.

Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas pelo

professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e

regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo

soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de

participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,

permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB no 9394/96, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte,

os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o

processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho

realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)

planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades

constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer

as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos,

problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor

reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o

conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos,

dinâmicas, jogos, dentre outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à apreensão

do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que evidenciem,

através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em

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132

relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinadas

temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX E TERRA, 1998).

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma

reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas:

a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse momento, é fundamental desenvolver

estratégias que possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o

que mais lhes chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos

alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes

do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se de outros

instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado,

(re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico24, entre outros, em

que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

Outra sugestão é a organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja finalidade

é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa situação real de

atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de Educação Física,

desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou

piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como referência para redimensionar sua

ação pedagógica.

Por fim, os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à parte

do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com as discussões

sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo,

permanente e cumulativo.

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133

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

_______. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

NOGUEIRA, Claudio J. Gomes. Educação Física na sala de Aula. Rio de Janeiro: Sprint Editora,

1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED 2008.

________. SEED. SUED. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-

brasileira e africana : educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba: SEED-PR,

2006.

_______. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba: SEED-

PR, 2008.

SOARES, Carmen Lúcia. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade. In: Revista

Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.

______. Educação Física: raízes européias e Brasil. 3 ed. Campinas: Autores Associados.

Page 134: COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida … · 3 APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio, Município de Mamborê - Bairro

134

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM

Av. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032

e-mail: [email protected]

10.2.5 PROPOSTA DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou

até a Constituição da República em 1891, pode ser identificada nas atividades de evangelização

promovidas pela Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de confissão católica.

Partindo desta premissa, O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, procura respeitar a

diversidade religiosa e sabe que todas as religiões têm suas peculiaridades, mas também apresenta

aspectos comuns de valores, moralidade e busca humana, onde é possível e urgente estabelecer um

diálogo pautado no respeito e na solidariedade. Esta descoberta de pontos comuns fortalece as

relações e favorece o respeito às diversidades e o diálogo inter-religioso o qual deve ser

impulsionado pelo desejo de melhorar o relacionamento humano aumentando a tolerância e a

compreensão.

A disciplina Ensino Religioso deverá estar contemplada em todo Ensino Fundamental, os

processos educativos precisam estar adequados à faixa etária. É importante que o Plano de

Trabalho Docente zele pelo Processo Ensino Aprendizagem dos alunos.

Portanto é necessário que o Professor ao elaborar seu Plano de Trabalho reestruture a proposta

pedagógica para o Ensino Fundamental com ênfase nas dimensões do desenvolvimento humano,

possibilitando ao aluno o acesso ao conhecimento nas suas diversas áreas.

A Disciplina de Ensino Religioso tem por base a diversidade que se apresenta nas diferentes

expressões religiosas, tendo como foco o Sagrado em suas manifestações. Assim, a referida

disciplina é fruto de reflexão sobre a necessidade de se respeitar a diversidade cultural de cada

povo.

A escola como espaço privilegiado de construção do saber tem o papel de promover uma

cultura de diálogo e comunicação entre os diversos grupos. No ambiente escolar não há lugar para

o proselitismo religioso, mas este deve ser um espaço amplo de educação onde o Ensino Religioso,

juntamente com outras disciplinas do currículo, contribui para a formação integral do cidadão.

Possibilitando o desenvolvimento de habilidades e atitudes que favoreçam a participação

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135

responsável e consciente na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Diante da realidade atual e do papel da escola, o Ensino Religioso não tem o propósito de

doutrinar seus alunos dentro de uma determinada visão, mas procura compreender o fenômeno

religioso. Como também suas manifestações de forma ampla e profunda, num espaço de reflexão e

troca de experiências visando estimular o diálogo e a interação entre os alunos de diferentes

tradições religiosas.

Durante o processo de escolarização esta deve contribuir para a compreensão dos

movimentos religiosos específicos de cada cultura, colaborando com a formação da pessoa. O

Ensino Religioso contribui para superação da desigualdade étnico-religiosa e para garantir o direito

Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme art. 5º, inciso VI, da Constituição

Brasileira.

Propiciando ao educando a identificação de entendimentos, de conhecimento, de

aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade. Conforme

salienta Costella:

[...] não pode prescindir da sua vocação de realidade institucional aberta ao universo da cultura, ao integral acontecimento de pensamento e da ação do homem: a experiência religiosa faz parte desse acontecimento, com os fatos e sinais que a expressam. O fato religioso, como todos os fatos humanos, pertence ao universo da cultura e, portanto, tem uma relevância cultural, tem uma relevância sede cognitiva (COSTELLA, 2004, p. 104).

Neste sentido, o Ensino Religioso possibilitará ao educando refletir e entender como os

grupos sociais se constitui culturalmente e como se relacionam com o sagrado.

Despertar o aluno para os aspectos transcendentais da existência, para a busca do sentido radical de

sua vida, para a descoberta de seu compromisso com o social, para a conscientização de ser parte

importante de um todo.

• Possibilitar ao educando uma ampla abertura e compromisso consigo mesmo, com o outro,

com o mundo e com Deus, de forma reflexiva, transformadora e íntegra ao contexto escolar,

inserido na realidade social, econômica, política, cultural, religiosa e ambiental, que permita

o seu desenvolvimento integral e a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

• Propiciar aos educando uma sólida educação cristã e humana que os leve a assumir a vida

com senso de responsabilidade, dentro dos critérios do Evangelho, sendo capazes de

organizar e atuar como protagonistas de um projeto de construção humana e de seres.

• Predispor para uma nova consciência voltada para o compromisso e realização plena do ser

humano sob o aspecto individual e comunitário, atentos aos sinais do tempo para a

conquista ou construção de uma sociedade que supere as crises e os conflitos de uma era em

processo de transição; final do século, preparação e expectativa de nova eram no próximo

milênio.

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136

• Formar o homem tornando-o apto a viver e agir dentro da atual sociedade com vistas ao

mundo sobrenatural, apto a assumir com responsabilidade o seu projeto de vida; o que

supõe respeito para as condições culturais de cada um ou do grupo a que pertencem, sem

dominação e nem perder de vista o contexto e as necessidades de um Evangelho Encarnado.

• Recuperar a memória histórica dos fatos, para encontrar as raízes dos problemas e despertar

a comunidade educativa para a vontade de se preparar, para mudar situações geradoras de

opressão, impulsionados pelo desejo de mudança e abertura ao novo, sem perder as raízes

da cultura, para atuar com força renovadora da sociedade.

• Ajudar a descobrir aos símbolos da esperança e a criar novos símbolos, novas expressões da

vivência religiosa e que sejam capazes de discernir o essencial do secundário; o que gera e

preserva a vida do que causa e efetiva a morte, a destruição; e assim chegar a identificar e

identificar-se no valor simbólico da “festa”, da memória histórica aliada à resistência e à

valorização da cultura.

• Favorecer a compreensão da vida como manifestação da força e da presença do Sagrado no

mundo e nas pessoas, numa atitude de admiração, acolhida, senso do sagrado,

responsabilidade e respeito.

CONTEÚDOS

5ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTE

S

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Paisagem Religiosa

• Organizações religiosas

• Lugares Sagrados

• Elementos arquitetônicos

• Lugar de peregrinação, de reverência, de culto,

de identidade, principais pratica de expressão do

sagrado.

Universo

Simbólico

Religioso

• Símbolos Religiosos

• Festas religiosas

• Peregrinações

• Temporalidade SagradaTextos Sagrados • Respeito à diversidade Religiosa:

• Declaração Universal dos Direitos Humanos e

Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;

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137

• Direito a professar fé e liberdade de opinião e

expressão;

• Direito à liberdade de reunião e associação

pacíficas;

• Direitos Humanos e sua vinculação com o

Sagrado.

• Diferentes culturas religiosas, expressa na

literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas,

poemas, orações etc.

• Tradições orais africanas, afro-brasileiras e

indígenas.6ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Paisagem Religiosa

• Organizações religiosas

• Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas,

grutas, cachoeiras etc.

• Lugares construídos: templos, cidades

sagradas etc.

• Elementos arquitetônicos

• Lugar de peregrinação, de reverência, de

culto, de identidade, principais pratica de expressão

do sagrado.

Universo Simbólico

Religioso

• Ritos Sagrados

- Festas religiosas

• Festas familiares

• Peregrinações

• Os fundadores e/ou líderes religiosos;

• As estruturas hierárquicas.

• Entre os exemplos de organizações

religiosas mundiais e regionais,Textos Sagrados • Respeito à diversidade Religiosa:

• Declaração Universal dos Direitos Humanos

e Constituição Brasileira: respeito à liberdade

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138

religiosa;

• Direito a professar fé e liberdade de opinião

e expressão;

• Direito à liberdade de reunião e associação

pacíficas;

• Direitos Humanos e sua vinculação com o

Sagrado.

• Diferentes culturas religiosas, expressa na

literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas,

poemas, orações etc.

• Tradições budismo (Sidarta Gautama), o

cristianismo (Cristo), confucionismo (Confúcio)

• Ensinamentos Sagrados.

• Vida e Morte: o sentido da vida nas

tradições/manifestações religiosas, reencarnação,

ressurreição,ancestralidade, outras interpretações.

METODOLOGIA

O processo ensino-aprendizagem visa à Construção e produção do conhecimento e que, por

conseqüência, se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou

metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e também da exposição

competente dos conteúdos formalizados.

Com as demandas sociais contemporâneas que exigem compreensão ampla da diversidade

cultural, postas também no âmbito religioso entre os países e de forma mais restrita no interior de

diferentes comunidades é de fundamental importância valorizar o conhecimento de mundo e as

experiências dos alunos.

Em relação aos desafios para a referida disciplina na atualidade, ressalta-se a necessária

superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de

manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de vista as

relações culturais, sociais, políticas e econômicas.

Todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, pois o

Sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de

diferentes sociedades. Desta forma, os conhecimentos relativos ao Sagrado e as suas manifestações

são significativas para todos os alunos durante o processo de escolarização, por propiciarem

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subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da constituição da vida em

sociedade.

As diretrizes curriculares do Estado do Paraná definem para o Ensino Religioso como

objeto de estudo o Sagrado como foco do Fenômeno Religioso, por contemplar algo que está

presente em todas as manifestações religiosas.

O Sagrado é uma das formas de expressão empregadas para se explicar os fenômenos que

não obedecem às leis da natureza e compõem o universo cultural de diferentes grupos numéricos.

Sendo o Sagrado a base a partir da qual serão tratados todos os conteúdos do Ensino Religioso tal

disciplina não desconsidera a sua aproximação com outras áreas do conhecimento.

Afim de que a Disciplina de Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo de

formação dos educandos, os conteúdos estruturantes dizem respeito a paisagem religiosa, símbolos

e textos sagrados. Dessa forma a abordagem dos mesmos explicita a intenção de trabalhar as

manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos

as quais são tratadas de forma a inserir e contextualizar as manifestações religiosas que já fazem

parte do universo cultural da comunidade.

Todo conteúdo a ser trabalhado nas aulas de Ensino Religioso deverá contribuir para a

superação, do preconceito à ausência ou a presença de qualquer crença religiosa; de forma de

proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

Os conteúdos contemplam as diversas manifestações do sagrado, entendidas como

integrantes do patrimônio cultural e deverão contribuir para a construção, a reflexão e a

socialização do conhecimento religioso proporcionando assim conhecimentos que favoreçam a

formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente.

Os conteúdos a serem ministrados apesar de não ter o compromisso de legitimar uma

manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é espaço de

doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. A Escola

apresentará e irá enfocar a prática libertadora de Jesus de Nazaré, de acordo com contrato de

trabalho, que os pais ou responsáveis assinam no ato da matrícula. A lei nº11645/08 trata sobre

obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro brasileira, africana e indígena.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

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140

A SEED ampliou as discussões, incorporando os Desafios Educacionais Contemporâneos,

os quais têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em

especial dos movimentos sociais.

Primeiramente a SEED (2008 p 6) situa o currículo como um produto histórico, resultado

de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também

históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem

enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. (2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força de lei e outras não.

Porém a SEED ressalta que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e

fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes desafios, entendendo-os na

mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da

totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão histórica,

política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006: p.7).

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

Para que se possa assegurar que o educando torne sujeito do seu processo de aprendizagem, é

necessário que o professor busque na sua pratica pedagógica utilizar diferentes estratégias de

ensino, tais como:

• Recursos áudio visuais

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• TV Pendrive

• Laboratório de Informática

• Literatura

• Debates

• Seminários

• Dinâmicas

AVALIAÇÃO

A avaliação do Ensino Religioso visa o processo de crescimento preponderando os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Ele serve de parâmetro para chegar ao ideal daquilo que

esperamos alcançar nos nossos objetivos.

A avaliação do Ensino Religioso é contínua, diagnóstica, formativa, somativa, com a

finalidade de acompanhar o processo de aprendizagem do educando e o desempenho do educador,

em consonância com a seqüência do ensino e a reorientação ou reorganização do Plano

Pedagógico.

As técnicas e os instrumentos utilizados na avaliação são diversificados e adequados aos

diferentes objetivos, a fim de atender às peculiaridades do aluno.

A avaliação do aproveitamento é feita durante todo o processo educacional e serve de base

ao educador para atribuir ao educando, no final de cada bimestre, a nota de aproveitamento dos

diversos trabalhos realizados.

Portanto, desafiam-nos a trabalhar em três dimensões: análise de experiência vivida,

respeito à sensibilidade do professor e aprofundamento teórico. Os procedimentos avaliativos

adotados na disciplina de Ensino Religioso não têm como princípio de retenção do aluno. No

entanto a avaliação é um dos elementos integrantes do processo educativo, onde esta deve ser

pautada com a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de

apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe tendo como parâmetro os conteúdos

tratados e os seus objetivos.

A Escola estimula no Ensino Religioso a auto-avaliação do educando. Ela é de vital

importância porque fornece elementos ao educador para proceder a sua própria avaliação. Além

disso, ela propicia um crescimento progressivo do educando.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As técnicas e os instrumentos utilizados na avaliação são diversificados e adequados aos

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diferentes objetivos, a fim de atender às peculiaridades do aluno.

A avaliação do aproveitamento é feita durante todo o processo educacional e serve de base

ao educador para atribuir ao educando, no final de cada bimestre, a nota de aproveitamento dos

diversos trabalhos realizados.

Portanto, os procedimentos avaliativos adotados na disciplina de Ensino Religioso não têm

como princípio de retenção do aluno. No entanto a avaliação é um dos elementos integrantes do

processo educativo, onde esta deve ser pautada com a implementação de práticas avaliativas que

permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe tendo

como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

A Escola estimula no Ensino Religioso a auto-avaliação do educando. Ela é de vital

importância porque fornece elementos ao educador para proceder a sua própria avaliação. Além

disso, ela propicia um crescimento progressivo do educando.

A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:

• Trabalhos individuais e em grupo;

• Leitura

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas.

• Registros em forma de relatórios, gráficos, Portfolio, áudio-visual e outros.

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143

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

CADERNO TEMÁTICO Nº1. Ensino Religioso, Fórum Nacional Permanente do Ensino

Religioso.

CRUZ, Terezinha Motta Lima. Diálogo: Revista de Ensino Religioso ( Rito uma linguagem

humana) S.P. Edições Paulinas, 2005

COSTELLA, Domenico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: Junqueira,

Sergio; Wagner, Raul (Orgs). O ensino religioso no Brasil. Curitiba, Champagnat, 2004.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo, Martins Fontes,

1002.

FEUERBACH, Ludowig. A essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,

2001

INCONTRI, Dora. Bigheto, A. Cesar. Todos os jeitos de Crer. Ensino Inter-Religioso. Ed Ática,

2006

JUNQUEIRA, Sérgio R. Azevedo (org) Ensino Religioso, uma proposta a partir de Vasconcelos,

Pedro Lima. Diálogo: Revista do Ensino Religioso (Textos Sagrados). S.P. Edições Paulinas,

2006

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para os Anos Finais do Ensino

Fundamental. Curitiba, 2008.

PARANÁ. SEED. SUED. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-

brasileira e africana : educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba: SEED-PR,

2006.

PARANÁ. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba:

SEED-PR, 2008.

Page 144: COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida … · 3 APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio, Município de Mamborê - Bairro

144

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

VASCONCELOS, Pedro Lima. Diálogo: Revista de Ensino Religioso (Textos Sagrados). SP.

Edições Paulinas, 2006.

Page 145: COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida … · 3 APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio, Município de Mamborê - Bairro

145

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A filosofia, entendida como a ciência da busca do conhecimento, tem sua origem na Grécia

Antiga há cerca de 2600 anos atrás. Mas, apesar de sua importância enquanto ciência que busca o

sentido da origem e da existência, ela trás consigo problemas de ensino.

Desde o início, ainda com Platão, um dos maiores filósofos já existentes, o estudo filosófico

apresenta complexidades. Em virtude disso, uma das maiores preocupações das Diretrizes

Curriculares Nacionais do Ensino de Filosofia para o ensino de filosofia da atualidade (2009) é

“garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo”criando em contra-partida um

espaço educativo para a problematização da existência através do diálogo investigativo.

O valor da Filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de Filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não erguem problemas, e as possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta (PARANÁ, 2009, p. 39)

A disciplina de Filosofia, portanto, pode propiciar nos alunos, ainda que não lhe ofereça

respostas concretas, precisas, um pensar coerente, critico sobre as coisas, desvelando a realidade,

desenvolvendo uma consciência histórica.

Tomando as divisões temporais e geográficas da Filosofia, é importante ressaltar que a

divisão é absorvida pelos conteúdos estruturantes, no qual são abertos para reorganização dos

conteúdos - como consta nas Diretrizes Curriculares de Filosofia / 2008, e que se constituíram ao

longo da história e do ensino da Filosofia, estas ganharam especial sentido político, social e

educacional.

A produção do conhecimento e o surgimento das primeiras teorias cientificas da natureza

foram marcantes da Idade Antiga, assim como a grande preocupação com as questões relativas ao

próprio ser humano, aparecem as primeiras leis e a discussão da vida em sociedade, a política e a

ética.

Em meio a esta sociedade, até então agrária, emergiu um povo que com ousadia permitiu

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avanços, e nesta tentativa de domínio da realidade começou a desvelar e transcender os limites do

conhecimento.

Com o advento do Cristianismo, o debate prolonga-se na Idade Média com a discussão

épica entre fé e razão. O Teocentrismo pautado nas teologias políticas cristãs, no Monoteísmo, nas

teorias da existência e na nova concepção de homem, divide-se em dois períodos: a Patristica e a

Escolástica. A Filosofia deste momento histórico serviu aos interesses da fé, sendo retirada dos

espaços públicos.

O mundo moderno definido como a sociedade comercial, constitui-se pelas linguagens dos

direitos individuais. A Filosofia emancipa-se da Teologia e trata de questões filosóficas-cientificas.

A característica deste momento é o antropocentrismo que valoriza o homem como ser crítico, que

separa fé e razão, que busca o conhecimento objetivo do mundo, sempre com benefícios para si.

A contemporaneidade faz uma junção das questões relativas à historicidade, sociabilidade e

secularização da consciência. Fundam-se inúmeras correntes de pensamento, surge o pluralismo de

idéias como marca fundamental da Filosofia contemporânea, deixa de ser unidade, ou seja, passa a

existir as Filosofias. Fato que valoriza o pensamento de diversos filósofos, de inúmeras correntes

filosóficas de todo mundo.

No Brasil a disciplina de Filosofia surge nos currículos escolares com o ensino jesuítico

sob as leis do Ratio Studiorum − documento publicado em 1599 com objetivo de organizar e

planejar o ensino da cultura européia, ignorando a realidade, necessidades e interesses do índio, do

negro e do colono brasileiros.

Do ensino jesuítico, a disciplina obrigatória durante a Proclamação da Republica, passando

pela sua extinção com A LDB n. 4.024/61 e a Lei n. 5.692/71, que atendeu aos interesses da

Ditadura, a Filosofia, como a Fênix ressurge das cinzas a partir da década de 1980, com o processo

de abertura política e de redemocratização brasileira, passa então a disciplina facultativa. Na

década de 90 as discussões permeiam a sua obrigatoriedade e efetiva-se com LDB n. 9.394/96.

Retomar a historia e questionar a Filosofia representa definir seu papel no Ensino Médio, pois:

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação. Não se pode deixar de observar que tais características desautorizam qualquer aproximação entre a Filosofia e certas perspectivas messiânicas ou salvíficas, por mais sedutoras que possam parecer. (PARANÁ, 2008)

Observando a realidade mundial e brasileira, acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma imensa

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riqueza de conteúdos a oferecer. Esses conteúdos, basicamente problemas e conceitos, gerados

através da longa história da filosofia, costumam, ser devidamente trabalhados, gerar discussões

promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações, por isso eles

permanecem válidos e insubstituíveis.

Nesse sentido o ensino médio pode propiciar aos estudantes a possibilidade de compreensão

das complexidades de um mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, e que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, não se pode prescindir de

um saber que opera por questionamentos, conceitos e categorias de pensamento no sentido de

articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência

humana. Nesse caminho geram-se conceitos a partir de problemas, de questões, de análises e de

sínteses, ordenando e organizando sistemática e logicamente as suas produções, a filosofia garante

a segurança de um pensamento racional e crítico, não aceitando que a mera aparência das coisas se

faça passar por realidade.

Nessa perspectiva, o espaço para a aparição e/ou sedimentação de dogmas, preconceitos e

intolerância, vai se tornando cada vez menor e, da mesma forma as ficções concepções pelo senso

comum, fazendo com que o educando seja capaz de compreender qual é o seu papel na sociedade,

considerando suas principais características de direitos e deveres permeados pela ética e pela razão.

JUSTIFICATIVA

A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A Filosofia não é um

conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de

tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência.

Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos,

seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida

cotidiana, a economia, a politica, a ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e

instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona

a prática politica, cientifica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.

Desse modo, compreender a importância do ensino de Filosofia no Ensino Médio é

entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela indagar a

realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens em cada época.

A reflexão filosófica não é pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e deve sem pensar o

problema em relação a totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir a sua raiz.

Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de filosofia no Ensino Médio: a busca pelo

ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e

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atuar em sua realidade.

A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a

capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua

relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na

construção a aprimoramento da cidadania.

CONTEÚDOS DE FILOSOFIA

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE de Filosofia,

o qual organizou-se também o livro didático público da Filosofia, a partir de conteúdos

denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos específicos serão apresentados pelo

professor no Plano de Trabalho Docente – PTD.

1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Mito e Filosofia

• Saber mítico;

• Saber filosófico;

• Relação Mito e Filosofia;

• Atualidade do mito;

• O que é Filosofia?

Teoria do Conhecimento

• Possibilidade do conhecimento;

• As formas de conhecimento;

• O problema da verdade;

• A questão do método;

• Conhecimento e lógica.

2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Ética

• Ética e moral;

• Pluralidade ética;

• Ética e violência;

• Razão, desejo e vontade;

• Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das Normas;

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Filosofia Política

• Relações entre comunidade e

poder;

• Liberdade e igualdade

Política;

• Política e Ideologia;

• Esfera pública e privada;

• Cidadania formal e/ou

Participativa;

3º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Filosofia da Ciência

•Concepções de ciência;

•A questão do método Científico;

•Contribuições e limites da Ciência;

•Ciência e ideologia;

•Ciência e ética.

Estética

• Natureza da arte;

• Filosofia e arte;

• Categorias estéticas – feio, Belo,

sublime, trágico, Cômico, grotesco,

gosto, Etc.

• Estética e sociedade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho escolar,

tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino significativo, que

contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível viabilizar interfaces com as

outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das

ciências e das artes, dialogando criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor

relacionar os conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para

que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na história da

filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno

possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o exercício do

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próprio pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação,

dogmatismo e niilismo.

• Mobilização para o conhecimento

É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto. Normalmente os alunos

se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que o professor propõe, mas se o tema for

apresentado na perspectivas da mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino

significativo. É interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um

poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma

aprendizagem.

• Problematização

Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou

problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa necessariamente por

um processo de questionamento. O professor instiga os alunos a proporem problemas para

investigar. São esses questionamentos que vão nortear os passos seguintes. (exemplo: Porque o

Mito serviu como a primeira forma para homem explicar a realidade?).

• Investigação

Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a avançarem no

conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno por conta, corre-se o risco

de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se expressarem nesse momento. Assim,

cabe ao professor proporcionar um ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o

aluno para iniciar sua prática docente.

• Criação de conceitos

Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui nunca será

possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode dar algumas dicas nas

brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e até mesmo na avaliação.

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Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a pedagogia histórico-

crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social inicial do conteúdo, problematização,

instrumentalização, catarse e Prática social final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).

Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia, conforme

apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em sala de aula será abordado a

partir da necessidade do aluno.

Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de integração;

Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos. Quando for possível, a

sala será organizada em semi-círculo para melhor contato com os alunos; Usar os recursos da TV

pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois

além de facilita no diálogo a compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará

aprendendo a arte pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo

de pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola

aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser utilizados

documentários, filmes e músicas.

Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da historia e

cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o professor abordará a

temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o diálogo do conteúdo filosófico com o

conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.

AVALIAÇÃO - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Considerando a flexibilidade na condução do ensino de Filosofia e analisando o educando

como agente de transformação do meio e da sociedade. A avaliação que se propõe é continuada,

diagnóstica e cumulativa, levando-se em conta todas as etapas de participação e produções que

levem o educando ao conhecimento.

Nesse sentido a problematização e investigação, coletando que o aluno pensa antes (preconceitos) e

o que pensa após o processo de criação dos conceitos. Assim é possível entender como um

processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não um momento em separado

destinado a avaliação isoladamente. Portanto, o educando terá condições de ser construtor de idéias

com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo

professor.

Serão utilizados como instrumentos de avaliação:

• Pesquisas e debates;

• Seminários;

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• Reflexão e produção de textos, oral e escrito;

• Resolução dos problemas abordados;

• Outros.

É realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados,

portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação da

aprendizagem auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos

significativos. Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam

múltiplos instrumentos.

A Recuperação de estudos é a oportunidade para que o aluno recupere o conteúdo não

apropriado no decorrer, sendo concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Respeitando o tempo de cada educando.

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REFERÊNCIAS

ARANHA, Mario Lúcio de Arruda. Martins, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução á

Filosofia. 2º ed. Moderna. São Paulo. 1995.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. Série Novo Ensino Médio, 1º ed. Atica, 2005

COTRIM, Gilberto, Fundamentos da Filosofia: Ser, Saber e Fazer. 8º ed. Saraiva. São Paulo.

1993.

FILOSOFIA / vários autores. Livro Didático Publico. Curitiba: SEED-PR. Filosofia. Ensino

médio. 2006. – 336 p.

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

LARA, Tiago Adão. A Filosofia Ocidental do Renascimento aos Novos Dias. Curso de História

da Filosófica. 6º ed. Vozes. Petrópolis. 1999.

LEI N. 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Diretrizes curriculares nacionais para a educação

das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira , africana e

indígena.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação básica. Filosofia. 2008.

SOLOMON, ROBERT C. PAIXÃO PELO SABER: Uma breve história da Filosofia. Civilização

Brasileira. Rio de Janeiro. 2001

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para Jovens, uma iniciação à Filosofia. 11º ed. Vozes.

Petrópolis. 1996.

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No período paleolítico a humanidade começou a observar o universo para compreender a

natureza em tempos remotos, provavelmente tentando resolver problemas de ordem prática e de

garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o

interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram

origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos

movimentos.

Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos como os árabes e os

chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que até o período do

Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à

Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à física de Aristóteles (384 - 322 a.C.).

Aristóteles, no século IV a.C. apresentou argumentos bastante convincentes para mostrar a

forma arredondada da Terra e desenvolveu uma física para tentar compreender a nova visão de

mundo terrestre. Porém, trouxe alguns questionamentos, se a Terra era redonda como os objetos

não caiam. Neste questionamento Aristóteles chegou a conclusão que existia elementos pesados e

leves. Dessa forma, quatro elementos formariam o universo: terra, água, fogo e ar. O que se

observava era um comportamento natural dos corpos terrestres em um cosmos considerado

ordenado, hierárquico e imutável: os elementos terra e água, por serem pesados, buscavam uma

aproximação ao centro do universo; enquanto os elementos fogo e ar, leves, tentavam se afastar

dele.

Quando Aristóteles passou a observar que alguns corpos celestes não se aproximam nem se

afastavam do centro o universo, Aristóteles imaginou que existiria um quinto elemento, o éter, que

a tudo preencheria acima da Lua. Dessa forma o universo seria dividido em dois mundos: o

sublunar, localizado abaixo da Lua formado pelos quatro elementos (terra, água, fogo e ar), e; o

supralunar, localizado a partir da Lua, formado por éter.

A física aristotélica nega o vácuo e foge da idéia de infinito, pois na sua época a existência

de espaços vazios de matéria era inconcebível. Portanto na física de aristotélica não era possível

conceber a inércia tal qual a conhecemos hoje, o movimento retilíneo e uniforme indefinidamente

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não era admissível num universo que era fechado e finito, uma vez que uma reta não tem início

nem fim.

Em todo período medieval o universo era associado a Deus, validado pela Igreja Católica e

transformado em dogmas que não deveriam ser questionados. O Cosmo medieval era ordenado,

hierárquico e imutável. Por isso, as coisas tendiam a permanecer em seu lugar natural. A Terra

ocupava uma posição de destaque, visto que era o lugar onde vivia o Homem, criação divina

perfeita.

No período do Renascimento surgiram novas técnicas que favoreciam a transformação da

ciência e da sociedade. Apesar de mantida a visão teocêntrica, passou a valorizar as inovações na

arte como a geometrização na pintura e a perspectiva tridimensional e a entender a natureza como

uma revelação divina que podia ser descrita em linguagem matemática e a geometria como parte

fundamental da linguagem do Livro da Natureza.

Porém, as inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do universo exigiram

novos estudos que produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos foram estimulados pelas

mudanças econômicas, políticas e culturais iniciadas no final do século XV com a ampliação da

sociedade comercial. Esses acontecimentos acentuaram-se ao longo dos séculos seguintes, levaram

ao fim a sociedade medieval e abriram caminho para a Revolução Industrial do século XVIII.

Nesse novo contexto histórico, Galileu Galilei (1562-1643) inaugurou a Física que

conhecemos hoje. De suas observações pelo telescópio desfez o sacrário dos lugares naturais, da

dicotomia entre terra e céu, entre mundo sublunar e supralunar e contribuiu para a afirmação do

sistema copernicano. O universo deixou de ser finito e o céu deixou de ser perfeito. O espaço

passou a ser mensurável, descrito em linguagem matemática.

Galileu causou uma revolução, lógico que ele não fez isso sozinho, mas, ao aprofundar as

idéias que evoluíam desde que o homem se interessou pelo estudo da natureza, contribuiu para o

nascimento da Ciência Moderna.

Ao instituírem o método científico, Bacon, Galileu, Descartes e, provavelmente, outros

anônimos, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento. Iniciaram um

novo período que chamamos de moderno, de modo que se abriu caminho para que Isaac Newton

fizesse a primeira grande unificação da ciência elevando a Física, no século XVII, ao status de

Ciência.

No início do século XX foi marcado por uma nova revolução no campo de pesquisa da

Física. Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações

de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir

pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova

visão do espaço e do tempo.

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Porém, no Brasil o ensino da Física não sofreu grandes alterações até meados da década de 1940,

apesar de os novos fatos científicos do século XX obrigando os físicos a refletir sobre o próprio

conceito de ciência, sobre os critérios de verdade e validade dos modelos científicos.

Sendo que as mudanças no ensino brasileiro passaram a ocorrer no final da segunda Guerra

Mundial. Esta ocorreu em conseqüência de haver uma euforia no ensino de Ciências, na busca por

novas tecnologias de guerra, iniciada com o desenvolvimento da bomba atômica, ampliou o clima

de rivalidade entre as duas grandes potências (Estados Unidos e Rússia) e acirrou a corrida

armamentista.

Neste contexto podemos dizer que a ciência, portanto surge na tentativa humana em decifrar

o universo físico, determinada pela necessidade humana de resolver problemas práticos e

necessidades materiais em determinada época. Portanto, ao longo de toda a história constituindo

uma visão de mundo, ou seja, toda pesquisa é determinada por um contexto econômico, político,

social e cultural. Por isso, torna-se importante a abordagem histórica, pois entender ciência

significa considerá-la na sociedade onde ela é produzida, as instituições de pesquisas que apóia e

sustenta os avanços técnicos e científicos.

OBJETIVOS

• Propiciar ao educando a construção da consciência histórica da evolução da ciência para

situá-lo no contexto histórico da física em que os fatos ocorreram e também como sujeitos

capazes de compreender que podem construir a própria ciência. Transformando e

observando os fenômenos, investigando, fazendo experimentos e criando novas teorias

mudando ou ampliando as teorias já existentes e aceitas.

• Proporciona ao educando conhecer a evolução da ciência para que passe a compreender e

utilizar conceitos aplicáveis ao seu cotidiano e a analisar criticamente a realidade,

percebendo que o conhecimento é fruto de construção coletiva.

• Oferecer um currículo articulado onde os conteúdos estruturantes e seus desdobramentos

sejam abordados numa perspectiva crítica e histórica levando em conta a prática social do

aluno.

• Desenvolver um trabalho que possibilite ao educando a observação, a percepção através da

experimentação, levando-as a contrapor as concepções para que possa construir um

conceito científico.

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CONTEÚDOS

1º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

MOVIMENTO

• Momentum e inércia

• Conservação de quantidade de

movimento (momentum)

• Variação da quantidade de movimento

= Impulso

• 2ª Lei de Newton

• 3ª Lei de Newton e condições de

equilíbrio

• Energia e o Princípio da Conservação

da energia

• Gravidade

• Fluídos

• OscilaçõesTERMODINÂMICA • Leis da Termodinâmica:

ELETROMAGNETISMO • Carga, corrente elétrica.2º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

MOVIMENTO

• Óptica

• Acústica

• Movimentos Vibratórios

TERMODINÂMICA

• Leis da Termodinâmica:

• Lei zero da Termodinâmica

• 1ª Lei da Termodinâmica

• 2ª Lei da Termodinâmica

• Entropia e 3ª Lei da termodinâmica

• Óptica

ELETROMAGNETISMO• Som

• Maquinas térmica3º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos BásicosMOVIMENTO • Eletrização e Magnetismo

TERMODINÂMICA• Tipos de Correntes elétricas

• Capacitores e Resistores

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ELETROMAGNETISMO

• Eletricidade e Magnetismo

• Circuitos elétricos

• Leis Ohm

METODOLOGIA

O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento trazido pelos

estudantes, fruto de suas experiências de vida em seu contexto social. Interessam em especial as

concepções alternativas apresentadas pelos estudantes que influenciam a aprendizagem de

conceitos do ponto de vista científico.

A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como metodologia de

ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos porque proporciona

melhor interação entre professor e estudantes e entre grupos de estudantes e isso propicia o

desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar.

Saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física, ainda

que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina. É preciso

que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem,

no entanto, descartar o formalismo matemático.

Sabe-se que a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas para ser abordada no ambiente escolar. A escola

é, por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido.

Portanto, o professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está pronto e

acabado, mas que deve ser superado. Muitas das idéias dos estudantes já foram consideradas pelos

cientistas, pois também o conhecimento científico não se constitui em uma verdade absoluta e

definitiva. A História, Filosofia e Epistemologia da Física podem ajudar o professor neste trabalho,

pois propiciam uma maior compreensão dos processos científicos.

O uso do livro didático permite compreender uma imensidade de fenômenos naturais,

indispensável para a formação profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e

interpretação do mundo pelos sujeitos. Podemos dizer que o livro didático é uma importante

ferramenta pedagógica a serviço do professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc.

Mas, sua eficiência, assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho

pedagógico, responsabilidade do professor.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos: um teórico e um

experimental. Em ambos, o objetivo é estabelecer um “modelo” de representação da natureza ou de

um fenômeno. No teórico, é feito um conjunto de hipóteses, acompanhadas de um formalismo

matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões, podendo, às vezes,

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receber o apoio de experimentos em que se confrontam os dados coletados com os previstos pela

teoria.

Existem modelos que se sustentam teoricamente pela impossibilidade de serem testados,

pois dependem de recursos e tecnologias que ainda não foram desenvolvidas. Alguns trabalhos

desenvolvem-se experimentalmente antes de uma estrutura teórica. Nessas circunstâncias, os dados

coletados podem servir para aproximação de modelos teóricos.

Para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do universo, é preciso indicar-lhe

que as fórmulas matemáticas representam modelos, os quais são elaborações humanas criadas para

entender determinado fenômeno ou evento físico. Esses modelos são válidos para alguns contextos,

não para todos. Ou seja, eles abrangem uma região e têm um prazo de validade que termina quando

a teoria não consegue explicar fatos novos que podem surgir. Portanto, não é suficiente propor

questões como: considere, suponha, resolva e calcule.

Os problemas matemáticos no ensino de Física devem permitir que o estudante elabore

hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor

para obter um valor numérico de grandeza. Como também é importante possibilitar o educando de

levantar diversas possibilidades, antes de chegar ao resultado.

É importante apresentar a História aos educandos possibilitando que os mesmos conheçam

a evolução das idéias e conceitos em Física, caminho quase sempre não-linear, de erros e acertos,

avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente humano, que é a produção científica

(história interna da Física). Como também que essa história não-neutra de produção científica, suas

relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais desta ciência (história externa à Física). O que se propõe é que o

professor agregue ao planejamento de suas aulas, a História da Ciência para contextualizar a

produção do conhecimento em estudo.

Outro fator importante é fazer a relação das concepções espontâneas dos estudantes,

relacionadas ao conhecimento científico, encontram paralelo na História da Ciência.

A experimentação é um ótimo recurso para melhorar a compreensão acerca dos fenômenos

físicos. Porém o trabalho experimental não deve apenas servir para verificar um modelo, mas sim

na construção do conhecimento. Também precisa contribuir para que o estudante perceba, além da

teoria, as limitações que esta pode ter. Ainda, privilegiam o confronto entre as concepções prévias

do estudante e a concepção científica, o que pode facilitar a formação de um conceito científico.

Mesmo as dificuldades e os erros decorrentes das experiências de laboratório devem contribuir

para uma reflexão dos estudantes em torno do estudo da ciência.

O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo pedagógico estivesse nele

presente, mas como instrumento de mediação entre aluno - aluno e aluno - professor, a fim de que

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surjam novas questões e discussões. Também é importante trazer às aulas de Física textos da obra

desses físicos para a formação do leitor crítico, por meio da História da evolução das idéias e

conceitos da Física presente nestas obras. Sugere-se que ao trabalhar com textos:

• Ler o texto e apresentá-lo por escrito com questões e dúvidas; ou, ainda, lê-lo para ser

discutido em outro momento;

• Solicitar aos alunos que tragam textos de sua preferência, de qualquer natureza (jornal,

revista, história em quadrinho...) que contemplem um conteúdo definido pelo professor;

• Assistir a um filme (exemplo: Apollo 13) de ficção científica e, depois, ler um texto de

divulgação científica que aborde o mesmo tema. Esta é uma maneira de estimular o aluno

para a leitura;

• Fazer uma leitura acompanhada da resolução de problemas qualitativos ou quantitativos.

O uso do recurso tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral

dos sujeitos de modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de

seus efeitos.

A presença de laboratórios de informática com acesso à internet nas escolas, bem como a

chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive, abrem

muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física.

O uso da internet, por exemplo, implica selecionar, escolher, enfim, tomar decisões sobre o

que é relevante. Por isso, sempre que o estudante navegar, o professor deve auxiliá-lo, mostrar

caminhos para selecionar uma informação considerada segura, pois nem todos os textos

encontrados nos diversos sítios da web podem ser utilizados em sala de aula. Ao navegar na rede

encontram-se, também, excelentes imagens para o ensino de Física.

Os computadores podem ser utilizados para se fazer animações, ou seja, representações dos

movimentos que nos livros didáticos são representados por figuras estáticas, em apenas duas

dimensões, o que pode tornar o fenômeno incompreensível para os estudantes.

Sendo assim:

• O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento trazido pelos

estudantes, fruto de suas experiências de vida em seu contexto social. Interessam em

especial as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes que influenciam a

aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;

• A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como metodologia de

ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos porque

proporciona melhor interação entre professor e estudantes e entre grupos de estudantes e

isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar;

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• Saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física, ainda

que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa disciplina. É

preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos

conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

Devendo-se considerar que os conteúdos sejam apresentados num contexto social,

econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço, considerando a cultura

científica como um instrumento indispensável para agir e participar na sociedade atual.

AVALIAÇÃO

Os instrumentos avaliativos a serem aplicados ao longo do processo de ensino-

aprendizagem, deverão ser diversificados e oferecer oportunidades aos alunos de interpretar,

produzir discutir, relacionar, refletir, analisar, justificar, posicionar-se e argumentar defendendo o

seu próprio ponto de vista.

Dessa forma serão utilizados como instrumento de avaliação:

• Participação do aluno com o seu conhecimento vivenciado;

• Desempenho nos trabalhos individuais em grupos e coletivos

• Apresentação de seminários,

• Feira de ciências,

• Apresentação de relatórios;

• Debates;

• Pesquisas;

• Resolução de situação problemas e atividades de sala de aula;

• Avaliações escritas formuladas com questões dissertativas e, de múltipla escolha que

exijam raciocínio e habilidade para a elaboração de respostas;

• Elaboração de painéis, desenhos, informativos, gráficos,

• Experiências,

• Relatórios,

• Análise crítica de filmes, documentários, etc.

Portanto, através destes instrumentos o professor terá subsídios suficientes para promover a

avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. Também, obtém o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes

expectativas de aprendizagem.

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de

tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade. Espera-se que o estudante:

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• Formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e compreenda

a visão de mundo dela decorrente;

• Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas

subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da

Incerteza);

• Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de

massa inercial, espaço e tempo e, como conseqüência, um conceito básico da mecânica

clássica: trajetória;

• Compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica ligada à

concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à

variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma

medida dessa resistência (translação);

• Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade

apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à

distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do

momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro, e vice-versa;

• Associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema

(impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à

concepção de massa e inércia;

• Entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como

dependentes do referencial e, de natureza vetorial;

• Perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à conservação de

uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento

translacional ou linear;

• Compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos

rotacionais;

• Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os

translacionais como os rotacionais;

• Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação

de uma força em pontos diferentes deste corpo;

• Aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de Newton,

e as noções de equilíbrio estável e instável.

• Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

Da idéia de Conservação de energia como uma construção humana, originalmente

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concebida no contexto da Termodinâmica e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia,

aplicado a todos os campos de estudo da física, bem como outros campos externos à física. Assim,

ao se avaliar o estudante espera-se que ele:

• Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e,

no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial

gravitacional;

• Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de

energia;

• Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é

importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia,

indicada pela grandeza física potência.

Da Lei da Gravitação Universal como uma construção científca importante, pois unificou

a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de

espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza, até Newton. Assim, ao

se avaliar o estudante, espera-se que ele:

• Associe a gravitação com as leis de Kepler;

• Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista

clássico.

• Compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da

Relatividade Geral.

Da Termodinâmica, composto por idéias expressas nas suas leis e em seus conceitos

fundamentais: temperatura, calor e entropia. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:

• Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para

o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental

para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;

• Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e

extrapole o conceito a outras aplicações físicas;

• Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de

um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

• Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das

formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da

termodinâmica;

• Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de

Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância

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para a Revolução no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de

calor latente;

• Identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio

físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e

sugere um estudo da entropia;

• Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e

artificiais, como uma medida de desordem e, probabilidade; Industrial a partir do

entendimento do calor como forma de energia;

• Associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.

• Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável

A partir do conteúdo estruturante eletromagnetismo espera-se que o estudante:

• Compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam.

• Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os

efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.

• Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de

uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve ser

entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja se que o estudante entenda essa

idéia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico

para a teoria e mediador da interação entre cargas;

• Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a

explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

• Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;

• Apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente

elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

• Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;

• Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a

condutividade;

• Conheça as propriedades magnéticas dos materiais;

• Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo;

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• Reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas

propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades

dos gases;

• Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a

corrente elétrica;

• Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes;

• Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de

energia, como a nuclear, e a eólica.

• Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema elétrico;

• Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/ variação

de energia elétrica.

A partir da formulação das equações de Maxwell e, a comprovação experimental de

Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos

realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza

corpuscular da luz. Isso contribui para a apresentação da física como uma ciência construída e em

construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:

• Entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;

• Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de alta

e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula,

dependendo do tipo de interação com a matéria;

• Entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do

meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a

luz é desviada sem mudança de meio;

• Entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e

absorção da luz, dentre outros, importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos

que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai;

• Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como, por exemplo: a formação do arco-

íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados;

• Compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta

alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e

outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do

comportamento dual;

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• Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo, ao

elétron.

A avaliação terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero) e a média bimestral deverá ser obtida através da média aritmética e/ou somatórias. A

avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados,

portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação da

aprendizagem auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos

significativos. Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam

múltiplos instrumentos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de

estudos e os conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação

deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais

um componente do aproveitamento escolar.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de

ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular que facilitará a integração

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.

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REFERÊNCIAS

ANJOS, Ivan Gonçalves dos. Coleção Horizontes. IBEP

BONJORNO, Clinton . Volume único completo e volumes separados por séries. FTD

CARRON, Wilson & GUIMARÃES, Osvaldo. Volume único. Coleção Base.

CHAVES, A. SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: O desenvolvimento da Física e sua inserção

na vida social e econômica do país. São Paulo; SBF, 2005, p. 233

Livro Didático Público. Física. Vários Autores. Curitiba: SEED – PR, 2006

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba, 2008.

TORRES, T. & PENTEADO, Nicolau. Física ciência e tecnologia - volume único. Editora

Moderna

UENO, Paulo. Física- novo ensino médio – volume único. Editora Ática

VALADARES, C. Eduardo - Física mais que divertida. Editora UFMG.

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168

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10.2.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A geografia enquanto disciplina escolar é uma importante forma de compreender o mundo

em que vivemos. Por meio do seu estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos

quanto o global. O campo de preocupação da geografia é o espaço da sociedade humana, onde

vivemos e, ao mesmo tempo, produzimos modificações que (re) constroem permanentemente o

espaço geográfico.

O espaço geográfico é historicamente produzido pelo homem enquanto organiza econômica

e socialmente sua sociedade. As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte

das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.

Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas e a

alternância entre o período seco e período chuvoso. Esses conhecimentos permitiram às sociedades

relacionarem-se com a natureza e modificá-la em beneficio próprio.

Na Antiguidade Oriental, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, por

dependerem da irrigação para a produção agrícola, realizaram estudo dos regimes fluviais do Nilo,

Tigre e Eufrates e estudos de geometria, pois as cheias desses rios influenciavam a demarcação das

áreas para o cultivo. Ainda nesse período, a atividade comercial levou à intensa navegação pelos

mares Mediterrâneo e Vermelho, à expansão do mundo conhecido e, com isso, a maior produção de

conhecimento geográfico (ANDRADE, 1987).

Na Antiguidade Clássica ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações sociedade-

natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Assim ampliando os

conhecimentos sobre as relações sociedade-natureza, extensão e características físicas e humanas

dos territórios conquistados contribuindo para melhor dominá-los.

Estudos descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o acesso e as

características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos fundamentais para suas

organizações políticas e econômicas. Desenvolveram-se conhecimentos como os relativos à

elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e tamanho da Terra, da distribuição de terras e

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águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do diâmetro do planeta,

cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros.

Na Idade Média a idéia de que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se para a Igreja

de então uma verdade que não podia ser contrariada, conforme os ensinamentos dos sábios e

santos. Durante este período os conhecimentos bíblicos foram priorizados, alguns conhecimentos

geográficos constituídos anteriormente foram abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a

visão de mundo imposta pelo poder então estabelecido.

A forma do planeta voltou a ser discutida a partir do século XII, quando os mercadores

precisavam representar o espaço com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e a

distância entre os continentes. A questão da distribuição das terras e das águas tornou-se, cada vez

mais, pauta de discussões e de pesquisas que alcançaram e ultrapassaram o contexto das Grandes

Navegações.

No século XVI os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e à sociedade.

A partir do século XIX foram criadas diversas sociedades geográficas, que tinham apoio dos

Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia que, mais tarde, viria a ser a atual

Alemanha. Estas sociedades organizavam expedições cientificas para a África. Ásia e América do

Sul.

As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de

pensamento geográfico, destacadamente a alemã com destaque para Ratzel (1844-1904) como

fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada cientifica e a francesa que

por sua vez teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918). A produção teórica

destas duas marca a dicotomia sociedade natureza e o determinismo geográfico que justificou o

avanço neo-colonialista dos impérios europeus.

No final do século XIX na Europa a geografia já se encontrava sistematizada e presente nas

universidades, no Brasil as idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro de

forma indireta nas escolas de primeiras letras que previa como um dos conteúdos contemplados, os

chamados princípios da geografia que tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua

dimensão e suas belezas naturais.

A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto se consolidou apenas a partir da

década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva

do nacionalismo econômico. Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuo-se

por boa parte do século XIX, caracterizando-se na escola, pelo caráter decorativo, enciclopedista.

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As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a Segunda Guerra

Mundial trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial que

interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações ocorreram

cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do século XIX e originaram novos

enfoques para a análise do espaço geográfico.

Com a interligação entre todas as partes do globo, com o desenvolvimento dos transportes e

das comunicações, passa a existir um mundo cada vez mais unitário. Pode-se dizer que, em nosso

planeta, há uma única sociedade humana, embora seja uma sociedade plena de desigualdades e

diversidades.

Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a este mundo globalizado temos de

conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e crítica, devemos estudar seus

fundamentos, desvendar os seus mecanismos. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de

tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações.

Para isso, devemos refletir sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos

nacional e planetário. E a geografia é um instrumento indispensável para empreendermos essa

reflexão, reflexão que deve ser a base da nossa atuação no mundo.

OBJETIVOS

• Conceituar os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas

que constituem o espaço geográfico para a formação de um aluno consciente das relações

sócio-espaciais de seu tempo.

• Discutir o conceito de sociedade a partir das relações que se estabelecem entre sua

composição local, em suas relações com sociedades distantes e com os migrantes que tem

fortes ligações com seu espaço de origem e que ao se movimentarem levam influências do

mesmo.

• Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a

naturalidade dos fenômenos que imprimem uma certa passividade aos indivíduos.

• Subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que sejam

sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que o cerca.

• Ler e interpretar criticamente o espaço sem deixar de considerar a diversidade das

temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

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• Empreender uma educação que contemple a heterogeneidade, a diversidade, a

desigualdade e a complexidade do mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de

indivíduos, instituições, informações e capitais é uma realidade.

• Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, a partir do

entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os territórios

institucionais, bem como entre os territórios que a eles se sobrepõem como campos de

força sociais e políticas.

• Compreender que a sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos

relativos a problemática ambiental contemporânea – sociedade como componente e como

sujeito dessa problemática tendo a tecnologia como potencial capaz de resolver os

problemas ambientais gerados pelo modo de produção capitalista.

• Estimular reflexões sobre a necessidade de abordagens pedagógicas

contextualizadas, não isoladas nem lineares, buscando uma visão crítica da totalidade.

CONTEÚDOS

5ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

• 1)Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais

• 2)Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção

• 3)A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

• 4)A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

• 5) As relações entre campo e a cidade na

sociedade capitalista

• 6) A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

• 7) A mobilidade populacional e as

manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural

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• 8)As diversas regionalizações do espaço

geográfico

6ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

1) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro.

2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

3) As diversas regionalizações do espaço brasileiro

4) As manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural

5) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

6) Movimentos migratórios e suas motivações

7) O espaço rural e a modernização da agricultura

8)A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

9) A distribuição espacial das atividades produtivas,

a (re) organização do espaço geográfico.

10) A circulação de mão - de - obra, das

mercadorias e das informações.

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espaço geográfico

7ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

1) As diversas regionalizações do espaço geográfico

2) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente

americano.

3) A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

4)O comércio em suas implicações Sócio-espaciais

5) A circulação da mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

6) A distribuição espacial das atividades produtivas,

a (re) organização do espaço geográfico.

7) As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista

8)O espaço rural e a modernização da agricultura

9) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

10) Os movimentos migratórios e suas motivações

11) As manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural;

12) Formação, localização, exploração e utilização

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174

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

dos recursos naturais.

8ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

1) As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

2) A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

3) A revolução técnico científica - informacional e

os novos arranjos no espaço da produção

4) O comércio mundial e as implicações sócio-

espaciais.

5) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

6) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

7) As manifestações socio-espaciais da diversidade

cultural

8) Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

9) A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re) organização do

espaço geográfico.

10) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

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175

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

emprego de tecnologias de exploração e produção

11) O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

1ª Série

Conteúdos estruturantes • Conteúdos BásicosDimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão Socioambiental do

espaço geográfico

• A formação e transformação das paisagens.

• A distribuição espacial das atividades.

produtivas e as (re) organização do espaço

geográfico.

• A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

• Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

• A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

• Os movimentos migratórios e suas

motivações.

2ª Série

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

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176

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão Socioambiental do

espaço geográfico

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a

(re) organização do espaço geográfico.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos e a urbanização recente.

• Os movimentos socioespacial da diversidade

cultural.

• As manifestações socioespacial da diversidade

cultural.

3ª Série

Conteúdos estruturantes Conteúdos BásicosDimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão Socioambiental do

espaço geográfico

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

• A revolução técnica cientifica-informacional e os

novos arranjo no espaço da produção.

• O espaço em rede: produção, tranporte e

comunicação na atual configuração territorial.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

• O comércio e as implicações socioespacial.

• As diversas regionalização do espaço geográfico.

• As implicações socioespacial do processo de

mundialização

• A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do estado.

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METODOLOGIA

O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido

como aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos – naturais, culturais e

técnicos – e ações pertinentes a relações socioculturais e político-econômicas. A espacialização dos

conteúdos de ensino, bem como a explicação das localizações relacionais dos eventos (objetos e

ações) em estudo, são próprios do olhar geográfico sobre a realidade.

Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente

a partir das categorias de análise – relações espaços-temporais e relações sociedade-natureza,

levando o aluno a compreender os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em suas

amplas e complexas relações. Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos

estruturantes da Geografia estabelecem relações permanentes entre si.

A dimensão econômica do espaço geográfico deve enfatizar a apropriação do meio natural

pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a construção de objetos técnicos

que compõem as redes de produção e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais, o

que tem causado uma intensa mudança na construção do espaço. Portanto, a função da Geografia

na escola é desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade geograficamente e

despertar uma consciência espacial.

Deve ser considerada uma importante forma de análise para entender como se constitui o

espaço geográfico. Afinal, as relações sociedade natureza são movidas pela produção da

materialidade necessária para a existência humana, e pelas relações sociais e de trabalho que

organizam essa produção. Tais fundamentos foram incorporados pela teoria da Geografia quando a

matriz teórica do materialismo histórico dialético passou a integrar o pensamento geográfico.

Possibilitando ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalista,

para que ele reflita sobre as questões socioambientais, políticas, econômicas e culturais,

materializadas no espaço geográfico. Sob tal perspectiva, considera-se que o aluno é agente da

construção do espaço e, portanto, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir

conscientemente na realidade.

No ensino de Geografia deve se considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para

relacioná-lo ao conhecimento cientifico no sentido de superar o senso comum.

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178

É preciso superar práticas pedagógicas nas quais o professor preocupa-se excessivamente

em vencer o conteúdo. Geralmente esta postura leva-o a lançar mão de tarefas em que os alunos

apenas resumem textos relacionados ao tema em estudo, ou realizam “pesquisas” em grupos, num

encaminhamento que reduz o conceito de pesquisa à mera coleta fragmentada de textos diversos

sobre o tema. Isso entra em conflito com a perspectiva emancipatória da educação pretendida por

esta orientação Proposta Pedagógica.

Primeiramente deve se criar uma situação problema, instigante e provocativa. Essa

problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento. Por isso, deve se

constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne

sujeito do seu processo de aprendizagem.

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

Torna-se importante também, estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos

geográficos em estudo, porém, sem perder a especificidade da Geografia. Nas relações

interdisciplinares as ferramentas teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a

abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse

assunto ultrapasse os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um

foco de análise próprio.

Portanto, deve-se organizar o processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas

capacidades de análise do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira

cada vez mais rica e complexa. Ainda deve-se conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos

conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade que o

ensino de Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de

maneira consciente e crítica.

Nesse contexto, espera-se que o aluno amplie suas noções espaciais. Que ao trabalhar os

conhecimentos necessários para o entendimento das inter-relações entre as dimensões econômicas,

cultural e demográfica, política e sócio-ambiental presentes no espaço geográfico. Sob essa

perspectiva, o professor deverá aprofundar a abordagem dos conceitos básicos que fundamentam o

entendimento e a crítica à organização espacial.

O espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração entre dinâmica

físico-natural e dinâmica humano-social, e estudado a partir de diferentes níveis de escalas de

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179

análise.

Oportunizando ao aluno uma leitura crítica da realidade significa, também, diversificar os

encaminhamentos metodológicos dos conteúdos, com atividades que exijam pesquisa, leitura,

interpretação, análise investigação (em campo, sempre que possível), além de uma abordagem

contemporânea dos conteúdos, relacionando-os com problemáticas do presente, o que o tornara

ainda mais significativos para os alunos.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão

histórica, política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006: p.7). A seguir é importante situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas, ou seja, contextualizar o conteúdo, que é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno. A Disciplina de geografia deve propiciar a busca da justiça social e o respeito às culturas existentes, tais como: cultura afro brasileira, africana e indígena de acordo com a Lei nº. 11645/08, a contribuição do negro e do indígena na construção do povo africano no tempo e no espaço, a colonização da África pelos europeus e as diferentes etnias tais como a indígena que participam da formação do espaço geográfico brasileiro.

O espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração entre dinâmica

físico-natural e dinâmica humano-social, e estudado a partir de diferentes níveis de escalas de

análise, seja local, regional, nacional, global ou o oposto, contemplando a Geografia do Paraná que

será abordada de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de Geografia.

Para que se possa assegurar que o educando torne sujeito do seu processo de aprendizagem,

é necessário que o professor busque na sua prática pedagógica utilizar diferentes estratégias de

ensino, tais como:

• Textos informativos; livro didático; jornais; revistas; textos complementares; obras

literárias; recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem); e

imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações); letras de música; internet; TV

pendrive; DVD; mapas; trabalho em grupo; pesquisa; laboratório de informática e aula de

campo.

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180

AVALIAÇÃO

A Geografia, como ciência do homem, é o fruto de suas relações processuais em

construção. Nesse sentido, também a avaliação, enquanto diagnostica do andamento da construção

do conhecimento, tem que ser diária e contínua, num constante fazer e refazer.

Pretendemos, como educadores, a construção do conhecimento; portanto, não é possível

forma avaliativa em que o aluno só repassa aquilo que é capaz de reproduzir de forma autônoma.

Sendo assim, a avaliação deve consistir num perceber, interpretar, analisar e deduzir as

possibilidades de aprendizagem que o aluno, na sua diversidade comportamental e social, seja

capaz de demonstrar.

Para tanto, faz-se necessário que tantos os textos quanto às atividades propostas estejam em

consonância com o objetivo de estimulo e inserção do aluno no contexto do aprendizado do

momento. Por outro lado, garante ao professor uma diversidade tanto nas atividades individuais

quanto nas coletivas, que proporciona subsídios teóricos e de reais participações de cada aluno para

que possa de fato avaliá-lo, podendo retomar conceitos e habilidades que não tenham sido

alcançados integralmente.

A avaliação deve ser continua e diagnostica, sempre respeitando sobre as diferenças existentes

entre os alunos, procurando enfatizar os avanços e que esta não seja somente em relação ao aluno,

mas que sirva também para o professor refletir sobre sua pratica pedagógica e identificar lacunas

no processo de ensino aprendizagem. Bem como planejar e propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades constatadas. Estas dificuldades deverão ser discutidas no

coletivo, assim o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno

compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma análise

crítica das práticas que podem ser constantemente retomados e reorganizados.

Portanto a avaliação deve incluir a observação e o registro do processo de aprendizagem,

com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos, ou seja,

avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas

nas discussões em grupo.

Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma

sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno

apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo

tempo, constituir-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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É necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação que possibilitem várias

formas de expressão dos alunos, como por exemplo:

• Interpretação e produção de textos de geografia – o aluno deve demonstrar o

conhecimento geográfico adquirindo através da leitura, análise e interpretação do

texto proposto pelo professor.

• Pesquisas bibliográficas – têm como objetivo levar o aluno a ampliar o seu

conhecimento científico em relação a um determinado conteúdo estudado.

• Interpretação de mapas, tabelas, gráficos, imagens, fotos – o uso desse instrumento

avaliativo possibilitará ao professor identificar no aluno o domínio que o mesmo

possui ao observar o que está sendo demonstrado através de numero, símbolos, cores,

etc.

• Relatórios de aulas de campo – através desse instrumento pretende-se avaliar o

desempenho dos alunos durante todo o processo, considerando sua capacidade de

análise dos dados coletados e de síntese e sua compreensão a respeito do

conhecimento construído.

• Apresentação e discussão de temas em seminários – com esse instrumento avaliativo

busca-se aprofundar e complementar as explicações feitas durante as aulas avaliando a

consistência dos argumentos, aprimorando a compreensão do conteúdo abordado,

adequação da linguagem, relatos para enriquecer a apresentação. No processo de

elaboração de um seminário deve-se considerar as dificuldades individuais como, por

exemplo, a capacidade de se expressar.

• Questões discursivas – busca-se por meio dessas questões observar se o aluno

compreendeu o enunciado da questão, reconhecer se o aluno comunica-se por escrito

com clareza e observar se houve a sistematização do conhecimento de forma

adequada.

• Questões objetivas – nessa modalidade de questões pretende-se avaliar a leitura

compreensiva do enunciado, a capacidade de se utilizar o conhecimento adquirido e

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo.

• Atividades com textos literários – O aluno compreende e interpreta a linguagem

utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto

literário.

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• Atividades a partir de recursos audiovisuais – O aluno compreende e articula o

conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo

audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos deste recurso.

• Trabalhos em grupo – O aluno interage com o grupo; compartilha o conhecimento;

demonstra os conhecimentos formais da disciplina estudados em sala de aula na

produção de trabalhos.

• Debate – O aluno aceita a lógica de confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita

racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; faz uso

adequado da língua portuguesa em situações formais; busca por meio do debate, da

persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma

maior aproximação possível entre as posições dos participantes.

Por meio desses instrumentos, obtém o diagnostico necessário para o planejamento e o

acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de

aprendizagem:

• Ampliar e aprofundar suas análises do espaço geográfico mundial.

• Desenvolver a capacidade de analisar e compreender os fenômenos geográficos

relacionando-os quando possível, entre si.

• O espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração entre

dinâmica humano-social e físico – natural, sendo estudado a partir de diferentes níveis

de escalas de análise.

• Buscar a ampliação de suas noções espaciais.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de

ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular que facilitará a integração

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.

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183

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Livro Didático Público. Geografia. 2.ed. Curitiba: SEED – PR, 2006.

http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?

PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 01/11/10

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana. Brasília. 2005

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “Historia e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de igualdade

Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004

BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia e educação no cenário do pensamento complexo e

interdisciplinar. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, Ed. Da UFG, v. 22 n.2, p. 123-136, 2002.

______________. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Ed. Papirus: Campinas, 1998.

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184

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da História e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a História. Sérgio Buarque de Holanda.

O ensino de História na Educação Básica busca suscitar reflexões a respeito de aspectos

políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico. A disciplina de História contribui para a construção da subjetividade.

Nesse sentido, acredita-se que ela promova a auto-estima dos alunos, independentemente da sua

pertença aos diferentes referenciais identitários (identidades étnicas, identidades político-

territoriais, como imigrantes de nações já constituídas, de gênero, religiosas, etc.), por considerar e

valorizar essas origens, sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura

conservadora que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas, desconsiderando o seu

diálogo com o presente e o futuro.

História é um conhecimento construído e em constante construção. Isso significa que a

produção da História não resulta do desenvolvimento de um método que esgote o que há para saber

sobre os objetos no passado, mas sim de sucessivas perguntas onde as diferentes gerações fazem ao

mesmo, com novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber passível de

novas interpretações. Assim, a História também tem uma história. O ensino de História pode ser

analisado sob duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do

poder institucional; e outra que privilegia as contradições entre a História apresentada nos

currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.

Propiciar ao educando a construção da consciência histórica, situando-o no contexto

histórico em que os fatos ocorreram e situando-os como sujeitos capazes de compreender e

construir a própria história, criando e vivendo os fatos de forma a mudar a realidade do mundo no

seu processo de produção do conhecimento humano, considerando a consciência histórica dos

sujeitos.

Estimular a formação crítica capaz de dar ao sujeito os instrumentos que auxiliem na

interpretação da atual realidade, levando-o a perceber que este processo foi construído ao longo do

tempo, como resultado de processos históricos que envolveram vários e diferentes grupos sociais e

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suas inter-relações.

Compreender a Historia voltada para a interpretação do pensar histórico, compreensão /

interpretação dos sujeitos atribuem às suas ações e às relações humanas por estas produzidas;

Promover através do ensino da História, a valorização das diferentes culturas e o diálogo

intercultural, estimulando o sujeito a respeitar a diversidade existente em seu meio social.

O Estado do Paraná a partir de 2002 elaborou uma nova proposta de Ensino de História

partindo de uma perspectiva de inclusão social, considerando a diversidade cultural e a memória

paranaense, de modo que busca contemplar demandas em que também se situam os movimentos

sociais organizados e destaca os seguintes aspectos:

• O cumprimento da Lei nº. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná.

• O cumprimento da LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no

currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena.

Os processos históricos, então, não podem ser entendidos como uma sucessão de fatos na

ordem de causa e conseqüência, ou seja os acontecimentos construídos pelas ações e sentidos

humanos, em determinado local e tempo, produzem relações humanas, que ensejam um espaço de

atividade relativo aos acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não-linear, em ações que

produzem outras relações, as quais também constroem novas ações. Assim, os processos históricos

são marcados pela complexidade causal; isto é, fatos distintos produzem novas relações, enquanto

relações distintas convergem para novos acontecimentos históricos.

O principal objetivo do ensino da História ao educando é a edificação da capacidade de

pensar historicamente:

• Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas,

propiciando o conhecimento dos princípios que regulam a convivência em sociedade, dos

direitos e deveres, da cidadania, justiça e das condições para ter uma participação mais

atuante na construção de um Brasil em que todos possam satisfazer suas necessidades

básicas, independente da classe social, econômica, credo ou nação.

• Levar o aluno à percepção da historicidade de todas as coisas desde a concepção da História

como obra humana até a capacidade de avaliar corretamente as determinações,

condicionamentos e possibilidades do momento histórico em que vive;

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• Favorecer a compreensão do pertencimento a uma estrutura política com características

próprias e históricas, continuamente discutidas e modificadas;

• Construir a capacidade de crítica da própria cidadania a partir do conhecimento de outras

estruturas políticas e sociais no presente e no passado (diversidade);

• Difundir a concepção de que existiram projetos alternativos de sociedade que não se

efetivaram, muitos dos quais ainda são pertinentes em sua crítica e proposta. Isso coloca

para os alunos a dimensão da utopia, do elemento “futuro” na compreensão sobre o tempo,

concretizado em projetos que dialogam com a realidade presente;

• Possibilitar aos alunos a compreensão de que os fenômenos históricos não são naturais e

irresistíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação dialógica com seus contextos

históricos;

• Propiciar a construção de elementos fundamentais para o pensamento crítico e autônomo de

sujeito, permitindo-lhe refletir e criticar os seus condicionamentos individuais e coletivos.

CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

RELAÇÕES DE TRABALHO.

RELAÇÕES DE PODER.

RELAÇÕES CULTURAI.

1)A experiência humana no tempo

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo

3) A cultura local e a cultura comum

6ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

RELAÇÕES DE TRABALHO;

RELAÇÕES DE PODER;

RELAÇÕES CULTURAIS.

1) As relações de propriedade

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

3) As relações entre o campo e a cidade

4) Conflitos, resistências e produção cultural

campo/cidade

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187

7ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

RELAÇÕES DE TRABALHO;

RELAÇÕES DE PODER;

1) História das relações da humanidade com o

trabalho

2) O trabalho e a vida em sociedade

3) O mundo do trabalho

RELAÇÕES CULTURAIS4) Os trabalhadores e as conquistas de direito

8ª série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS.

• A Constituição das instituições sociais

2) A formação do Estado

3) Sujeitos, Guerras e Revoluções.

ENSINO MÉDIO

1º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

(TEMAS HISTÓRICOS)RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

• Trabalho Escravo, Servil,

Assalariado e o Trabalho Livre.• Urbanização e industrialização

2º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

(TEMAS HISTÓRICOS)

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

1. O Estado e as relações de poder

2. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

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188

3º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

(TEMAS HISTÓRICOS)

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

1. Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

2. Cultura e religiosidade

METODOLOGIA

O Ensino de História priorizará as histórias locais e do Brasil, sendo que estes devem fazer

relação e comparação com o mundo, sempre articulando os conteúdos estruturantes com os

conteúdos básicos e específicos, permitindo assim acesso ao conhecimento de múltiplas ações

humanas no tempo e no espaço.

Por meio do processo pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que

possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua

constituição.

A produção do conhecimento histórico e sua construção deverá se contemplada com

pesquisas, leituras de textos, investigações, seminários e outros que valorizem a auto-construção do

aluno.

Os conteúdos deverão ser problematizados a partir do conhecimento histórico considerando

que a apropriação destes pelos alunos, é processual e deste modo exigirá que seja constantemente

retomado.

Conteúdos estruturantes são conhecimentos construídos historicamente e considerados

fundamentais para a compreensão do objeto e organização dos campos de estudos de uma

disciplina escolar e constituem-se como a própria materialidade da formação do pensamento

histórico. A saber:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações culturais.

A partir destes deve-se discorrer acerca de problemas contemporâneos que representam

demandas sociais concretas, alguns deles, inclusive, foram estabelecidos em lei, tais como a

inclusão das temáticas da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e da História do Paraná. A

lei nº11645/08 trata sobre obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro brasileira, africana e

indígena.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

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§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

Primeiramente a SEED (2008 p 6) situa o currículo como um produto histórico, resultado

de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também

históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem

enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão

histórica, política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006, p.7).

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

Assim como as ações e relações humanas se transformam ao longo do tempo, a abordagem

teórico-metodológica dos conteúdos de ensino é reelaborada de acordo com o contexto histórico

em que vivem os sujeitos.

Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a

natureza seja no que se refere à produção material como à produção simbólica.

As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social. No mundo

capitalista, o trabalho assumiu historicamente um estatuto muito específico, qual seja do emprego

assalariado. Para entender como se formou este modelo e suas consequências, faz-se necessário

analisar alguns aspectos das Relações de Trabalho.

Devendo ser articulado aos demais conteúdos estruturantes, reconhecendo as contradições

de cada época, os impasses sociais da atualidade. Dispondo a analisá-los, a partir de suas causas,

permite entender como as relações de trabalho foram construídas no processo histórico e como

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determinam à condição de vida do conjunto da população.

O estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político. Entretanto, elas

não se limitam somente ao âmbito político, mas também nas relações de trabalho e culturais. O

poder não apresenta forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações sociais e

ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete; portanto, o que existe

são as relações de poder.

Entender que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio-históricas,

como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições, permite ao aluno

perceber que tais relações estão em seu cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as

arenas decisórias, porque determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou

implementada, e como, quando e onde reagir a ela.

Entende-se a cultura como aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os

homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.

A cultura é comum a todos, pelo fato de haver uma estrutura comum de modos de pensar,

agir e perceber o mundo, que leva à constituição de organizações sociais diferentes. Isso ocorre

devido às diversas interpretações construídas por esses grupos históricos.

A cultura tradicional é um patrimônio comum, uma herança comum, que a educação tem a

tarefa de difundir, tornar acessível a todas as classes sociais, da mesma forma que a cultura popular.

As sociedades contemporâneas não são tão diferentes em sua organização político-

econômica, pois são poucas as que destoam do padrão cultural próprio do capitalismo

contemporâneo, ou seja, as classes dominadas existem numa relação de poder com as classes

dominantes, de tal modo que ambas partilham um processo social comum. Portanto, compartilha de

uma experiência histórica comum, produto dessa história coletiva. No entanto, os benefícios

produzidos por esta sociedade e seu controle se repartem desigualmente.

Para o Ensino Fundamental os conteúdos específicos de História priorizarão as histórias

locais e do Brasil, sendo que estes devem fazer relação e comparação com o mundo. Os conteúdos

estruturantes – Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais - tomados em

conjunto, articulam os conteúdos específicos a partir das histórias locais e do Brasil e suas

relações/comparações com a História Geral e permitem acesso ao conhecimento de múltiplas ações

humanas no tempo e no espaço. Por meio do processo pedagógico, busca-se construir uma

consciência histórica que possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do

passado em sua constituição.

Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer

representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o tema histórico em

um período bem definido demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação

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entre seu início e seu final. Por fim, alunos e professores definem um espaço ou território de

observação do conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a

historiografia específica escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além dessas três

dimensões, faz-se necessário instituir um sentido à seleção temática realizada, o qual é dado pela

problematização.

Diante do exposto, a metodologia de ensino de História privilegia alunos e professores

como sujeitos produtores do conhecimento histórico.

O processo de construção da História, por sua vez, é compreendido em suas práticas,

relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações históricas.

As noções de tempo (temporalidade) a serem trabalhadas nas aulas de História são:

sucessão ou ordenação, duração, simultaneidade, semelhanças, diferenças, mudanças e

permanências.

Sendo complexas as noções temporalidade para a compreensão dos alunos, o professor

deverá trabalhá-las por meio de atividades didáticas diversas, como, por exemplo, o gráfico da

linha do tempo. Esta atividade estimula reflexões acerca das medidas do tempo e das mudanças na

vida humana. No entanto, a linha do tempo deve estar conectada ao contexto histórico estudado e

considerar datas, informações e explicações históricas.

Quanto à noção de periodização deve-se relativizar a importância dada à

compartimentação da História em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea, pois esta é uma

divisão francesa que tem como marcos, tão somente acontecimentos históricos europeus. A

construção de um quadro sinótico, por exemplo, poderá levar os alunos a perceberem como se

organiza a periodização da História de outros povos com marcos referenciais diferentes do

europeu.

Ao trabalhar as noções de temporalidade o professor deve tomar a experiência de vida do

aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. Só é relevante, no ensino de

História, a aprendizagem que seja significativa, que considere as ideias históricas dos alunos. O

contato com outras estruturas cognitivas permite que eles as relacionem com seus conhecimentos

prévios, para estabelecer um novo conhecimento, agora reelaborado e com significado para eles.

Para tanto, é importante problematizar o conteúdo a ser trabalhado, assim construindo um

diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre

fatos que ocorreram em outras sociedades e outras épocas.

Outro elemento a ser considerado é o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula,

trabalhando com os iconográficos, as fontes orais, os testemunhos de história local, além de

linguagens contemporâneas, como fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e informática.

Para fazer análise e comentários dos documentos, BITTENCOURT (2004) estabeleceu a

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seguinte metodologia:

• Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele

contém;

• Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam

explicá-los, associá-los às informações dadas;

• Situar o documento no contexto e em relação ao autor;

• Identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a

identificar os seus limites e interesses.

Para o uso do livro didático SCHMIDT e CAINELLI (2004), sugerem alguns

encaminhamentos metodológicos para seu uso:

• Ler o texto;

• Construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;

• Identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;

• Relacionar as ideias do texto com a imagens as ilustrações, os mapas e os gráficos;

• Explicar as relações feitas;

• Estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e nas

imagens, ilustrações, mapas e gráficos;

• Identificar as ideias principais e secundárias do texto;

• Registrar de forma organizada e hierarquizada as ideias principais e as secundarias

do texto

Portanto, é importante que o professor esteja atento a produção historiográfica que tem sido

publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais

disponíveis também nos meios eletrônicos. Para que os alunos busquem outros conteúdos daqueles

apresentados nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Para tanto é fundamental que

o professor oriente os alunos para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser

consultadas, bem como ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem faz se necessária assumir como princípio assegurar o ensino

aprendizagem e assumir a avaliação como princípio processual, diagnóstico, participativo,

formativo, com o objetivo de redimensionar a ação pedagógica; elaborar instrumentos e

procedimentos de observação, de registro e de reflexão constante do processo de ensino-

aprendizagem.

Como ponto de partida, o professor deve Ter em mente que não só a História é um processo

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em constante construção, mas também a avaliação, como diagnóstico do andamento da construção

do conhecimento, tem que ser diária e contínua, num constante fazer e refazer.

Se atentarmos que, o que pretendemos como educadores, é a construção do conhecimento,

não nos é lícito perpetuar formas avaliativas em que o aluno só repassa aquilo que é capaz de

reproduzir de forma autônoma. Sendo assim, a avaliação deve consistir num perceber, interpretar,

analisar e deduzir as possibilidades de aprendizagem que cada aluno, na sua diversidade

comportamental e social, seja capaz de demonstrar.

Para tanto, faz-se necessário que não só os textos, mas atividades propostas estejam em

consonância com o objetivo de estímulo e inserção do aluno no contexto do aprendizado no

momento. Por outro lado, o material garante ao professor uma diversidade nas atividades, tanto

individuais, quanto coletivas, que proporcione subsídios teóricos e de real participação de cada

aluno para que se possa de fato avaliá-lo, podendo retomar conceitos e habilidades que não tenham

sido alcançados integralmente.

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os

domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino-

aprendizagem. Verificando a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes

como conquistas dos estudantes comparando o antes, o durante, e o depois. A avaliação terá um

caráter diagnóstico de modo a possibilitar ao educando avaliar o seu próprio desempenho como

discente.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero) e a média bimestral deverá ser obtida através da média aritmética e/ou somativa. No

Ensino Médio, a avaliação é organizada de forma semestral com média aritmética expressas em

escala de 0 (zero) a10,0 (dez vírgula zero).

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos

diversificados, portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a

avaliação da aprendizagem auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação

dos conteúdos significativos.

Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam

múltiplos instrumentos, tais como: Provas Objetivas, Dissertativas e Orais; Trabalhos em Grupo,

Debates, Relatórios Coletivos ou Individuais, Pesquisas, Trabalhos Individuais ou em Grupos,

Observações, Auto-Avaliação, Participação em Projetos e Atividades que façam parte do Plano de

Ação Anual da Escola, ou seja, deve ser um conjunto de estratégias destinadas à melhoria da

qualidade do ensino.

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Alem disso é importante propor:

• Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma

narrativa histórica;

• Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e

conceitos históricos;

• Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de

documentos com linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, histórias em

quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de

estudos e os conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação

deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais

um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de

ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular que facilitará a integração

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.

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REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,

2004.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação.

_______. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para

o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de

Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade. 2004.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 33 ed. São Paulo: Companhia Editorial

Nacional, 2004.

LAZIER, Hermógenes. Terra de todas as gentes e muita história. Paraná: Francisco Beltrão,

2003.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de História para os Anos Finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

_______. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e

médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário

Oficial do Paraná, Brasília, n. 6134, 18 dez. 2001.

______. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e

médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário

Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.

______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005.

________. SEED. SUED. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-

brasileira e africana : educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba: SEED-PR,

2006.

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________. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba:

SEED-PR, 2008.

PRADO JR., Caio. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. Curitiba: Letraviva, 1996.

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná (DCEs)

2008, é no processo educativo, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante

brasileiro tem a oportunidade de aprimorar sua competência lingüística, garantindo uma inserção

ativa e crítica na sociedade.

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a

educação jesuítica. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada e as práticas

pedagógicas eram restritas à alfabetização, mantendo a hegemonia dos discursos religiosos e da

metrópole, visando assim, a formação de grupos subordinados a ela. O que determinava a estrutura

social era a elite, porque a eles era permitido o ingresso nos espaços colegiais e à educação letrada.

Conforme Bagno (2003, p.74), citado nas DCEs de Língua Portuguesa, (2008, p.40), à ferro e fogo

foi imposta a Língua Portuguesa como Língua oficial no território brasileiro pelo Decreto do

Marquês de Pombal, resultando por este processo, o massacre da Língua Tupi-guarani.

De acordo com as DCEs (2008), pela Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por

mudanças estruturais. As aulas que antes eram ministradas pelos jesuítas, passam a se chamar

“Aulas Régias”. Estas foram desenvolvidas por profissionais de diversas áreas que se preparavam

para os estudos posteriores na Europa, os quais retornavam aptos para fundar e ministrar aulas nas

primeiras instituições de ensino superior do Brasil.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a

integrar os currículos escolares brasileiros, mantendo ainda a sua característica elitista até meados

do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do

ensino primário público, que incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e eliminação dos

chamados exames de admissão.

Pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa realidade da linguagem que

permeia todos os nossos atos cotidianos. Ela nos acompanha onde quer que estejamos e serve para

articular não apenas as relações que estabelecemos com o mundo, como também a visão que

construímos sobre o mundo. É por meio da linguagem que nos constituímos enquanto sujeitos no

mundo, e é ela que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade, que nos diferencia dos

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animais.

A concepção de linguagem assumida nas DCEs (2008), é de uma linguagem vista como um

fenômeno social, que nasce da necessidade de interação entre os homens.

Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin (1992) a vê, também, como

comunicação, como discurso, ou seja, como forma de interlocução em que aquele que fala ou

escreve é um sujeito que em determinada situação interage com um interlocutor, levado por uma

necessidade de interação.

Dessa forma, a Língua Portuguesa, visa uma prática que considere o processo dinâmico e

histórico dos agentes na integração verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos

sujeitos que por meio dela interagem.

Nesta perspectiva, as práticas adotadas pretendem levar o aluno a compreender e produzir

textos não apenas orais e escritos, mas colocar-se em relação as diversas modalidades da linguagem

para delas tirar sentido.

O ensino da língua materna vai se constituir no trabalho com o texto, visando o

desenvolvimento em relação a oralidade, leitura, escrita e análise lingüística do educando, assim

ampliará sua competência textual e adequará às diferentes interlocuções que ocorrem no cotidiano.

Nessa nova proposta de ensino da Língua Portuguesa, a análise linguística será feita na perspectiva

do uso, da funcionalidade dos elementos gramaticais, optando-se por ensinar a ler, interpretar,

produzir textos, objetivando a compreensão dos fatos lingüísticos e não propriamente a

nomenclatura e classificação de tais elementos.

Portanto, a disciplina de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental objetiva

desenvolver nos educandos, de uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros, os suportes textuais e o contexto de produção e leitura, possibilitando a eles, uma melhor

compreensão da realidade e de seu posicionamento enquanto participantes da sociedade.

Pelo contato com textos literários, aprimorar a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura, a constituição do espaço dialógico

que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita, bem

como aplicar as tecnologias da comunicação em contextos relevantes para o aluno com os recursos

tecnológicos que a escola dispõe, possibilitando o acesso ao conhecimento do mundo globalizado

de maneira a criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir e analisar os textos

que lêem, escrevem, falam, ouvem, e também sobre os múltiplos códigos que permeiam seu

cotidiano fazendo uso, de forma contextualizada, das características de cada gênero e tipo de texto,

assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização para integrar, entender e

aplicar as diversas práticas de linguagem nas várias situações comunicativas.

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No tocante a literatura, esta deve ser vista como produção humana e está intrinsecamente li-

gada à vida social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações histó-

ricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialó-

gicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica lite-

rária, a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros.

Para tanto, é necessário que se contemple e priorize o leitor e a obra literária, apresentada

como capaz de ser atualizada, no momento da leitura. O texto literário não pode ser utilizado como

pretexto. É arte e como arte, serve como entretenimento, lazer, por isso é necessário o encantamen-

to do aluno pela arte da palavra. Isto, porém, não impede o aluno de conhecer os gêneros literários-

estrutura composicional, tema e demais elementos que levam o aluno a uma leitura efetiva do tex-

to.

Sendo assim, segundo as DCEs (2008) é necessário que o ensino da literatura seja pensado

a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas te-

orias buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reco-

nhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade

obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática de leitura. A escola, por-

tanto, deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética.

Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do autor

que se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo solitário e dialó-

gico da leitura. Aquele que lê amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir

da sua experiência cultural.

Desse modo, pelo trabalho com a língua materna, busca-se desenvolver nos educandos uma

conscientização metalinguística que seja útil na avaliação crítica não só da fala e da escrita do pró-

prio sujeito, como das competências lingüísticas, pragmáticas, temáticas, textuais e da inter- multi-

disciplinariedade, permitindo e estabelecendo relações entre conteúdos essenciais e secundários.

CONTEÚDOS

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Define-se como

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa o Discurso como Prática Social. Com relação aos

conteúdos básicos, estes são fundamentais para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e

para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase

de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

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responsabilidade do professor.

5ª Série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

PRÁTICA SOCIAL

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero: adivinhas, álbum de família,

anedotas, bilhetes, provérbios, quadrinhas, história em quadrinho,

diário, fotos, música, crônica, lendas, fabulas, poemas, paródia,

cartazes, diálogo, pesquisa, opinião, mapas, anúncio, carta ao leitor e do

leitor, tiras, entrevista, charge, cartum, slogan, placas, panfleto,

depoimentos, regimentos, regulamento, bulas, regras de jogo, filmes,

desenho animado.

• Léxico

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem.ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero: adivinhas, álbum de família,

anedotas, bilhetes, provérbios, quadrinhas, história em quadrinho,

diário, fotos, música, crônica, lendas, fabulas, poemas, paródia,

cartazes, diálogo, pesquisa, opinião, mapas, anúncio, carta ao leitor e do

leitor, tiras, entrevista, charge, cartum, slogan, placas, panfleto,

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depoimentos, regimentos, regulamento, bulas, regras de jogo, filmes,

desenho animado.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;

•Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos deve-se

voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Ortografia;

• Tipos de frases;

• Sintaxe e morfologia (sujeito e predicado);

• Classes gramaticais

• Palavras homônimas;

• Formação de palavras;

• Plural e singular;

• Estrutura das palavras;

• Revisão das regras de acentuação (Acordo Ortográfico)

• Pontuação;

• Denotação e conotação;

• Polissemia;

• Oração e Período;

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202

• Linguagem Verbal e Não Verbal;

• Concordância Verbal e Nominal;

• Encontros Vocálicos e Consonantais.

6ª Série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

PRÁTICA SOCIAL

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Aceitabilidade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero: crônica, poema, biografia,

charge, cartaz, fotografia, notícia, cartão postal, carta pessoal, causo,

parlendas, trava-línguas, cantiga de roda, bilhete, receitas, música,

fotos, exposição oral, biografias, contos, contos de fada, paródias,

pintura, narrativas de humor, cartazes, diálogo, discussão

argumentativa, mapas, opinião, cartum, charge, tira, filmes, sinopse

de filmes, notícia, horóscopo, fotos, anúncio, placas, paródia, e-

mail, debate, panfleto, estatuto, regimentos, regulamento, bulas,

rótulos, vídeo clip, entrevista.

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

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203

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero: crônica, poema, biografia,

charge, cartaz, fotografia, notícia, cartão postal, carta pessoal, causo,

parlendas, trava-línguas, cantiga de roda, bilhete, receitas, música,

fotos, exposição oral, biografias, contos, contos de fada, paródias,

pintura, narrativas de humor, cartazes, diálogo, discussão

argumentativa, mapas, opinião, cartum, charge, tira, filmes, sinopse

de filmes, notícia, horóscopo, fotos, anúncio, placas, paródia, e-

mail, debate, panfleto, estatuto, regimentos, regulamento, bulas,

rótulos, vídeo clip, entrevista.

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentetividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;

•Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações lingüísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos

deve-se voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Orações e Períodos;

• Predicado (classificação);

• Predicativo;

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204

• Acentuação (Acordo Ortográfico);

• Modos verbais;

• Verbos Regulares e Irregulares;

• Adjunto Adverbial;

• Ortografia;

• Advérbio e Locução Adverbial;

• Transitividade Verbal;

• Preposição;

• Complementos Verbais;

• Linguagem Figurada;

• Plural dos substantivos;

• Pronomes Pessoais Oblíquos;

• Interjeição;

• Vocativo.

7ª Série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero: carta pessoal, cartão, exposição

oral, música, relatos de experiências vividas, memórias, fotos, história

em quadrinho, diário, contos, crônica, escultura, haicai, literatura de

cordel, narrativas de enigma, terror, fantástica, dramáticas, paródias,

poemas, cartazes, debates, diálogo, pesquisa, relatório, opinião,

argumentação, anúncio, agenda cultural, carta ao leitor e do leitor,

cartum , charge, classificado, crônica jornalística, entrevistas,

infográficos, notícia, reportagens, tiras, sinopse de filmes, e-mail,

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205

PRÁTICA SOCIAL folder, publicidade comercial, debate, panfleto, depoimentos, estatuto,

regimento e regulamento, manual técnico, blog, filmes.

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambigüidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero: carta pessoal, cartão, exposição

oral, música, relatos de experiências vividas, memórias, fotos, história

em quadrinho, diário, contos, crônica, escultura, haicai, literatura de

cordel, narrativas de enigma, terror, fantástica, dramáticas, paródias,

poemas, cartazes, debates, diálogo, pesquisa, relatório, opinião,

argumentação, anúncio, agenda cultural, carta ao leitor e do leitor,

cartum , charge, classificado, crônica jornalística, entrevistas,

infográficos, notícia, reportagens, tiras, sinopse de filmes, e-mail,

folder, publicidade comercial, debate, panfleto, depoimentos, estatuto,

regimento e regulamento, manual técnico, blog, filmes.

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica:

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206

-operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos deve-se

voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Ortografia (uso dos porques)

• Verbos (estrutura, formas nominais, verbos regulares e irregulares,

modos indicativo, subjuntivo e imperativo, uso e significado dos tempos

verbais, conjugação, acentuação e grafia de formas verbais).

• Fonema / letra / sílaba;

• Encontros vocálicos, consonantais e dígrafos;

• Estrutura das palavras;

• Processos de formação de palavras;

• Revisão das regras de acentuação (Acordo Ortográfico);

• Pontuação;

• Estrutura do período simples e do composto;

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207

• Termos essenciais da oração (sujeito e predicado - revisão);

• Estrutura morfológica;

• Denotação e conotação;

• Polissemia;

• Complemento Nominal.

8ª Série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

PRÁTICA SOCIAL

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero: relato de experiência vividas,

fotos, músicas, exposição oral, convite, causos, biografia, autobiografia,

contos, crônicas, história em quadrinhos, memórias, narrativas de

humor e de terror, poema, cartazes, diálogo, exposição oral, relato

histórico, resenha, resumo, texto argumentativo, anúncio, carta ao leitor

e do leitor, infográfico, notícia, reportagem, filmes, sinopse de filmes,

caricatura, cartazes, comercial para TV, paródias, panfleto, debate, carta

de reclamação e solicitação, constituição brasileira, leis, regimentos,

ofícios, requerimento, manual técnico, home page.

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica:

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208

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto;ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero: relato de experiência vividas,

fotos, músicas, exposição oral, convite, causos, biografia, autobiografia,

contos, crônicas, história em quadrinhos, memórias, narrativas de

humor e de terror, poema, cartazes, diálogo, exposição oral, relato

histórico, resenha, resumo, texto argumentativo, anúncio, carta ao leitor

e do leitor, infográfico, notícia, reportagem, filmes, sinopse de filmes,

caricatura, cartazes, comercial para TV, paródias, panfleto, debate, carta

de reclamação e solicitação, constituição brasileira, leis, regimentos,

ofícios, requerimento, manual técnico, home page.

• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,

etc.);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

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209

- polissemia.ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos deve-se

voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Morfologia,

• Sintaxe,

• Semântica e estilística,

• Variedades linguísticas (relações e diferenças entre língua oral e língua

escrita, tanto no nível fonológico ortográfico quanto no nível textual e

discursivo, visando a construção de conhecimentos sobre o sistema

lingüístico).

• Oração subordinada;

• Concordância. Nominal;

• Sinônimos e Antônimos;

• Concordância Verbal;

• Linguagem Figurada;

• Regência Verbal;

• Crase;

• Versificação;

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210

• Estrutura das Palavras.

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211

ENSINO MÉDIO

1º Ano

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

PRÁTICA SOCIAL

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero: comunicado, convite,

exposição oral, fotos, música, relatos de experiências vividas,

biografia, autobiografia, contos, poemas, crônicas, haicai, história

em quadrinho, literatura de cordel, narrativas de ficção cientifica,

humor, enigma, cartazes, debate, diálogo, discussão argumentativa,

resenha, resumo, seminário, texto argumentativo, verbetes de

enciclopédia, caricatura, cartum, charge, publicidade institucional,

abaixo assinado, carta de reclamação e solicitação, discurso político,

declaração de direitos, constituição brasileira, leis, oficio, placas,

chat, vídeo clip, telejornal, artigo de opinião.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, concordância, função das

classes gramaticais no texto, fonologia, grafia das palavras,

acentuação, pontuação, recursos gráficos, estrutura da oração;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: Signos linguísticos, operadores argumentativos,

modalizadores, figuras de linguagem, recursos estilísticos sentido

conotativo e denotativo.

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212

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Argumentatividade;

• Estrutura da Narrativa;

• Elementos composicionais do gênero: comunicado, convite,

exposição oral, fotos, música, relatos de experiências vividas,

biografia, autobiografia, contos, poemas, crônicas, haicai, história

em quadrinho, literatura de cordel, narrativas de ficção cientifica,

humor, enigma, cartazes, debate, diálogo, discussão argumentativa,

resenha, resumo, seminário, texto argumentativo, verbetes de

enciclopédia, caricatura, cartum, charge, publicidade institucional,

abaixo assinado, carta de reclamação e solicitação, discurso político,

declaração de direitos, constituição brasileira, leis, oficio, placas,

chat, vídeo clip, telejornal, artigo de opinião.

• Tipos de discursos;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo e recursos estilísticos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais e função sintática das palavras no texto, pontuação,

recursos gráficos;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Processo de formação de palavras;

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213

• Acentuação - Reforma Ortográfica;

• Ortografia.ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade do texto oral;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, expressões facial,

corporal e gestual...);

• Adequação do discurso ao gênero;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, vícios de

linguagem;

• Elementos semânticos.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos

deve-se voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Fonemas;

• Encontro Vocálicos e Consonantais;

• Ortografia;

• Estrangeirismos;

• Acentuação (Acordo Ortográfico);

• Concordância Nominal e Verbal;

• Flexões e Desinências;

• Gramática da Frase;

• Ambiguidade;

• Constituintes da oração;

• Pontuação;

• Relações sintáticas nominais e verbais.LITERATURA

• Relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do

autor que se confronta com a representação de mundo do leitor, no

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214

ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura;

• Contexto de produção da obra literária;

• A arte literária e os gêneros literários;

• Estilos de época das eras Medieval e Clássica: Trovadorismo,

Humanismo, Renascimento, Barroco, Arcadismo;

• História da Literatura Africana em Língua Portuguesa;

• Estudo de textos de autores africanos: Agostinho Neto, Alda

Espírito Santo, José Luandino Vieira Pepetela, José Craveirinha,

Luís Bernardo Howana.

2º Ano

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

COMO

PRÁTICA SOCIAL

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero: Curriculum Vitae, convite,

comunicado, exposição oral, fotos, músicas, relatos de experiências

vividas, artigo de opinião, autobiografia, biografia, contos, crônica,

fábulas contemporâneas, histórias em quadrinhos, pinturas,

esculturas, poemas, romances, ata, debate, pesquisas, relatos de

experiências científicas, resenhas, resumos, seminários, caricatura,

charge, cartum, crônica jornalística, mesa redonda, reportagens,

comercial para TV, publicidade oficial, abaixo assinado,

assembleia,carta de emprego, discurso político, declaração de

direitos, leis, torpedos, telenovelas, reality show.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, concordância, função das

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215

classes gramaticais no texto, ortografia, acentuação, pontuação,

recursos gráficos;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: Signos linguísticos, operadores argumentativos,

modalizadores, figuras de linguagem, recursos estilísticos sentido

conotativo e denotativo.ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Argumentatividade;

• Estrutura da Narrativa;

• Elementos composicionais do gênero: Curriculum Vitae, convite,

comunicado, exposição oral, fotos, músicas, relatos de experiências

vividas, artigo de opinião, autobiografia, biografia, contos, crônica,

fábulas contemporâneas, histórias em quadrinhos, pinturas,

esculturas, poemas, romances, ata, debate, pesquisas, relatos de

experiências científicas, resenhas, resumos, seminários, caricatura,

charge, cartum, crônica jornalística, mesa redonda, reportagens,

comercial para TV, publicidade oficial, abaixo assinado,

assembleia,carta de emprego, discurso político, declaração de

direitos, leis, torpedos, telenovelas, reality show.

• Tipos de discursos;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

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216

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo e recursos estilísticos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais e função sintática das palavras no texto, pontuação,

recursos gráficos;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação;

• Ortografia.ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade do texto oral;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, expressões facial,

corporal e gestual...);

• Adequação do discurso ao gênero;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, vícios de

linguagem;

• Elementos semânticos.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos

deve-se voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Classes de palavras;

• Classes gramaticais;

• Coesão e coerência textual;

• Estilo de linguagem;

• Figuras de linguagem;

• Ortografia;

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217

• Acentuação (Acordo Ortográfico);

• Pontuação.LITERATURA

• Relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do

autor que se confronta com a representação de mundo do leitor, no

ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura;

• Contexto de produção da obra literária;

• A arte literária e os gêneros literários;

• Revisão das escolas literárias inseridas em seu contexto histórico

de produção;

• Estilos de época do Romantismo, Realismo/Naturalismo,

Parnasianismo e Simbolismo;

• História da Literatura Africana em Língua Portuguesa;

• Estudo de textos de autores africanos: Agostinho Neto, Alda

Espírito Santo, José Luandino Vieira Pepetela, José Craveirinha,

Luís Bernardo Howana e outros.

3º Ano

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO

LEITURA

• Interpretação textual, observando:

• Conteúdo temático;

• Interlocutores;

• Fonte;

• Intencionalidade;

• Ideologia;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários;

• Elementos composicionais do gênero: conto, crônica, poema, artigo

de opinião, comunicado, convite, exposição oral, fotos, músicas,

relatos de experiência vivida, autobiografia, biografia, escultura,

pintura, haicai, história em quadrinhos, literatura de cordel,

Page 218: COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFM Avenida … · 3 APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga – Ensino Fundamental e Médio, Município de Mamborê - Bairro

218

COMO

PRÁTICA SOCIAL

memórias, paródias, romances, ata, cartaz, júri simulado, palestras,

pesquisas, resenha, resumo, seminário, texto de opinião e

argumentativo, carta ao leitor e do leitor, charge, cartum, mesa

redonda, e-mail, folders, texto político, carta de emprego, carta de

solicitação, debate, discurso político, manifesto, boletim de

ocorrência, discurso de acusação e defesa, procuração, ofícios,

filmes, vídeo conferência.

• Inferências;

• As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto

em registro formal e informal;

• As vozes sociais presentes no texto;

• Relações dialógicas entre textos;

• Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc;

• Estética do texto literário;

• Contexto de produção da obra literária;

• Diálogo da literatura com outras áreas.ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Argumentatividade;

• Elementos composicionais do gênero: conto, crônica, poema, artigo

de opinião, comunicado, convite, exposição oral, fotos, músicas,

relatos de experiência vivida, autobiografia, biografia, escultura,

pintura, haicai, história em quadrinhos, literatura de cordel,

memórias, paródias, romances, ata, cartaz, júri simulado, palestras,

pesquisas, resenha, resumo, seminário, texto de opinião e

argumentativo, carta ao leitor e do leitor, charge, cartum, mesa

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219

redonda, e-mail, folders, texto político, carta de emprego, carta de

solicitação, debate, discurso político, manifesto, boletim de

ocorrência, discurso de acusação e defesa, procuração, ofícios,

filmes, vídeo conferência.

• Tipos de discursos;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de

linguagem, sentido conotativo e denotativo e recursos estilísticos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais e função sintática das palavras no texto, pontuação,

recursos gráficos;

• Argumentação;

• Coesão e coerência textual;

• Finalidade do texto;

• Paragrafação;

• Paráfrase de textos;

• Diálogos textuais;

• Refacção textualORALIDADE

• Adequação ao gênero;

• Conteúdo temático;

• Elementos composicionais do gênero: conto, crônica, poema, artigo

de opinião, comunicado, convite, exposição oral, fotos, músicas,

relatos de experiência vivida, autobiografia, biografia, escultura,

pintura, haicai, história em quadrinhos, literatura de cordel,

memórias, paródias, romances, ata, cartaz, júri simulado, palestras,

pesquisas, resenha, resumo, seminário, texto de opinião e

argumentativo, carta ao leitor e do leitor, charge, cartum, mesa

redonda, e-mail, folders, texto político, carta de emprego, carta de

solicitação, debate, discurso político, manifesto, boletim de

ocorrência, discurso de acusação e defesa, procuração, ofícios,

filmes, vídeo conferência.

• Marcas linguísticas;

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• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Participação e cooperação;

• Turnos de fala;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...);

• Finalidade do texto oral;

• Materialidade fônica dos textos poéticos.ANÁLISE LINGUÍSTICA:

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com os alunos

deve-se voltar para a observação e análise em uso que inclui:

• Conotação e denotação;

• Figuras de pensamento e linguagem;

• Vícios de linguagem;

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em

relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...);

• Semântica;

• Discurso direto, indireto e indireto livre;

• A manifestação das vozes que falam no texto;

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

• Progressão referencial no texto;

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras

categorias como elementos do texto;

• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do

texto;

• Coordenação e subordinação nas orações do texto;

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

• Acentuação gráfica;

• Gírias, neologismos, estrangeirismos;

• Procedimentos de concordância verbal e nominal;

• Particularidades de grafia de algumas palavras;

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221

LITERATURA

• Relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do

autor que se confronta com a representação de mundo do leitor, no

ato ao mesmo tempo solitário e dialógico da leitura;

• Revisão das escolas literárias inseridas em seu contexto histórico

de produção;

• História da Literatura brasileira no século XX: Pré-Modernismo,

Semana da Arte Moderna e Modernismo. A diversidade poética,

romancista e contista pós 70, Literatura Contemporânea;

• História da Literatura Portuguesa: prosa e poesia medieval;

História da Literatura Africana em Língua Portuguesa;

- Estudo de textos de autores africanos: Agostinho Neto, Alda

Espírito Santo, José Luandino Vieira Pepetela, José Craveirinha,

Luís Bernardo Howana e autores negros brasileiros que contribuíram

na produção literária: Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de

Assis, Castro Alves, Solano Trindade.

METODOLOGIA

O ensino de Língua Portuguesa deve acontecer norteado pelos processos discursivos, numa

dimensão histórica e social, considerando o papel ativo do sujeito-aluno nas atividades com e sobre

a linguagem. Na sala de aula, o foco dessa proposta se concretiza nos usos reais da língua. Dessa

forma, o aluno aprenderá a ler e compreender textos (seja um texto publicitário, uma reportagem,

uma música, um poema) e a produzir textos orais e escritos para defender seu ponto de vista,

colocar-se diante de diferentes situações sociais, contrapor-se, convencer, interagir, etc. Para isso,

ele aprimorará, também, seus conhecimentos gramaticais e lexicais, pois toda língua é constituída

por esses dois componentes.

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Na disciplina de

Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais. Sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa

perspectiva é o discurso como prática social.

Nas práticas discursivas de oralidade, escrita e leitura que norteiam o processo de ensino

aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, nas diferentes

esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos e suas intenções. A

ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades

planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o

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uso da linguagem em diferentes situações.

Desse modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais por meio de

diversos recursos didáticos e tecnológicos como livros literários, livros didáticos e paradidáticos,

revistas, jornais, anúncios, panfletos, cartazes, sites e outros que possam ser trabalhados por meio

do uso das tecnologias presentes na escola como a TV pendrive, o laboratório de informática, etc.

para que as atividades comunicativas possam ser desenvolvidas no cotidiano escolar através de

debates, relatórios, seminários, atividades de leitura e escrita de textos diversos, atividades com

textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo entre outros.

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece determinam

o texto. Antunes (2003 p.47) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de

escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para

então se decidir sobre o que será escrito, tendo visto que “a escrita, na diversidade de seus usos,

cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes”.

Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o

estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou

científico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em ações de uso e não a

partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

É preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem e assumam a autoria do

que escrevem. O aluno é um sujeito que tem o que dizer, quando escreve, ele diz de si, de sua

leitura de mundo.

Já a prática de leitura deve ser vista como um processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre leitor/texto/autor. Kleiman

(2000, p.34) destaca a importância, na leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios do

leitor, que lhe permitem fazer previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não apenas

recebe um significado global para o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula

hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico,

nas suas experiências de práticas sociais de linguagem e na sua vivência sociocultural.

A leitura será experienciada desde a alfabetização, como um ato social em que o autor e

leitor participam de um processo interativo no qual o primeiro escreve para ser entendido pelo

segundo. Portanto, a produção de significados - que implica uma relação entre autor/leitor e entre

aluno/professor - acontece de forma compartilhada, configurando-se como uma prática ativa,

crítica e transformadora.

Nesse processo de leitura, um texto leva o outro e orienta para uma política de

singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados,

confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

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É nessa dimensão dialógica, discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a

alfabetização. O reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso, tomadas

nas teorizações de Bakhtin, ajudam na construção de sentido de um texto e na compreensão das

relações de poder a ele inerentes.

Em relação ao trabalho com a literatura, de acordo com Candido (1972, p.67), ela é vista

como arte que transforma/humaniza o homem e a sociedade. O autor atribui à literatura três fun-

ções: a psicológica, a formadora e a social.

A primeira, função psicológica, permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando num

mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão, identificação e catarse. Na segun-

da, Candido (1972) afirma que a literatura por si só faz parte da formação do sujeito, atuando como

instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele signi-

fica. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas

de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto

traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de

vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo. Feitas essas considera-

ções, é importante pensar em que sentido a Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir

como suporte teórico para construir uma reflexão válida no que concerne à literatura, levando em

conta o papel do leitor e a sua formação.

O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve voltar-se para a

observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;

variedades lingüísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível

fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos

sobre o sistema lingüístico.

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão linguístico discursiva, o mais

importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, considerar hipóteses a partir da

leitura e da escrita de diferentes textos, instância em que pode chegar à compreensão de como a

língua funciona e à decorrente competência textual. O ensino da nomenclatura gramatical, de

definições ou regras a serem construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após

o aluno ter realizado a experiência de interação com o texto.

A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do

texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções

temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto

deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o

objeto de ensino.

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Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais, e

passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os

elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias

defendidas pelo autor. Além disso, o aluno refletirá e analisará a adequação do discurso

considerando o destinatário e o contexto de produção e os efeitos de sentidos provocados pelos

recursos linguísticos utilizados no texto.

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em

situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,

intenções), aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir.

A prática oral realiza-se por meio de operações lingüísticas complexas, relacionadas os

recursos expressivos como a entonação. Portanto, reconhecer as variantes lingüísticas como

legítimas, uma vez que são expressão de grupos sociais historicamente marginalizados em relação

à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Isso contraria o mito de que a

língua é uniforme e não deve variar conforme o contexto de interação.

Desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer,

usar também a variedade lingüística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados

contextos sociais.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes

caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme,

um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu

convívio; dramatização; debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação; troca de opiniões; recado; elogio; explicação; contação de

histórias; declamação de poemas; etc. No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos

textos literários como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua

dimensão estética e suas forças políticas particulares.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as atividades

propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar, por meio da emissão

de opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é necessário avaliar, juntamente

com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação

oral. O ato de apenas solicitar que o aluno apresente um seminário não possibilita que ele

desenvolva bem o trabalho. É preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa apresentação.

Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala

do outro, sobre:

• Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes

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esferas sociais;

• A unidade de sentido do texto oral;

• Os argumentos utilizados;

• As diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

• O papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

• Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,

formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;

• As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

• Os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso

das gírias, a entonação), entre outros.

O exercício da escrita deve levar em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua,

sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções

coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e

fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de

escrita. Como por exemplo: convite, bilhete, carta, cartaz, aviso, notícia, editorial, artigo de

opinião, carta do leitor, relatórios, resultado de consultas bibliográficas, resultados de pesquisas,

resumos, resenhas, solicitações, requerimento, crônica, conto, poema, relatos de experiência,

receitas, e-mail, blog, orkut, etc.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e

as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno, para atender apenas

aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada

na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção.

Para dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual, o professor pode

utilizar-se de diversas estratégias como, por exemplo, afixar os textos dos alunos no mural da

escola, por meio de rodízio, reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá-los no jornal da

escola. Dessa forma, além de enfatizar o caráter interlocutivo da linguagem, possibilitando aos

estudantes constituírem-se sujeitos do fazer lingüístico, essa prática orientará não apenas a

produção de textos significativos, como incentivará a prática da leitura.

Para o trabalho com a prática de escrita é importante também atividades que contemplem:

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero a ser produzido, observando:

• Elementos composicionais

• Elementos formais

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• Marcas lingüísticas típicas do gênero;

• Discussão sobre o tema;

• Leitura de textos sobre o mesmo assunto (de gêneros diferentes);

• Leitura de textos do mesmo gênero;

• Organização dos parágrafos;

• Adequação da linguagem ao gênero;

• O papel do interlocutor;

• Coerência e coesão textual;

• Processo de referenciação;

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

• Discurso direto, indireto e indireto livre;

• Argumentatividade;

• Intertextualidade;

• Vícios de linguagem, e outros.

Entende-se a prática de leitura como um ato dialógico, interlocutivo. O aluno/leitor, nesse

contexto, passa a ter um papel ativo no processo de leitura, é o responsável por “reconstruir o

sentido do texto”.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes esferas sociais

(jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária,

publicitária, etc). Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a

perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.

Para o encaminhamento da prática de leitura em sala de aula, é preciso realizar atividades

que propiciem a reflexão e discussão:

• Do tema;

• Do conteúdo veiculado;

• Da finalidade;

• Dos possíveis interlocutores;

• Das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam;

• Das ideologias apresentadas no texto;

• Da fonte;

• Dos argumentos elaborados;

• Da intertextualidade.

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Além dessas observações, podem-se analisar também os recursos linguísticos e estilísticos

apresentados na construção do texto, como:

• As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em

registro informal;

• A repetição de palavras e o efeito produzido;

• O efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;

• Léxico;

• Progressão referencial no texto;

• Os elementos linguísticos que colaboram para a coerência e coesão do texto: os conectivos,

os operadores argumentativos, os modalizadores (uso de certas expressões que revelam o

ponto de vista do locutor em relação ao que diz); entre outros.

É importante contemplar, ainda, na formação do leitor, as linhas que tecem a Leitura:

Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita suas memórias, que

guardam suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler convoca o leitor ao ato de pensar;

Intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com o texto, mas com as vozes

presentes nos textos, marcas do uso que os falantes fazem da língua, discursos que atravessam os

textos e os leitores;

Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividades e memórias resulta na

interpretação. As perguntas de interpretação de textos, que tradicionalmente dirigimos aos alunos,

buscam desvendar um possível mistério do texto e esquecem do mistério do leitor;

Fruição: o ato de ler não se esgota ao final da leitura e das sensações. A leitura permanece. E nisso

o prazer que ela proporciona difere do prazer que se esgota rapidamente. Ela decorre de “uma

percepção mista de necessidade e prazer [...]” (YUNES, 1995, p.194);

Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em diferentes linguagens, que

antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma rede de referências e recriações: palavras,

sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos, vozes, etc. No ato de ler, a memória recupera

intertextualidades.

Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os implícitos, permite que

ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. Sabe-se das pressões uniformizadoras, em

geral voltadas para o consumo ou para a não-reflexão sobre problemas estéticos ou sociais,

exercidas pelas mídias.

As atividades de interpretação de texto precisam apresentar questões que levem o estudante

a construir um sentido para o que lê, que o faça retomar os textos, quantas vezes sejam necessárias,

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para uma leitura de fato compreensiva. O aprimoramento das práticas discursivas é que

possibilitará a leitura crítica dos textos que circulam socialmente, a ponto de perceber neles

ideologias, valores defendidos.

Com relação a literatura, enquanto produção humana, está intrinsecamente ligada à vida

social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas,

portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas

com outros textos e sua articulação com outros campos: O contexto de produção, A crítica literária,

A linguagem, A cultura, a História, e a economia, entre outros. Possibilitando trabalhar os

conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros de acordo

com a Lei nº. 11645/08.

Ao iniciar o trabalho com a literatura, o professor precisa tomar conhecimento da realidade

sócio-cultural dos educandos e, então, inicialmente, apresentar-lhes textos que atendam a esse

universo. Contudo, para que haja uma ruptura desse horizonte de expectativas, é importante que o

professor trabalhe com obras que se distanciem das experiências de leitura dos alunos afim de que

haja ampliação desse universo e, consequentemente, o entendimento do evento estético.

As autoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar (2000), discutindo o ensino

de literatura propõem como uma das alternativas metodológicas o Método Recepcional, por elas

elaborado, embasadas nos pressupostos da Estética da Recepção.

A literatura não se esgota no texto. Complementa-se no ato da leitura e o pressupõe, prefi-

gurando-o em si, através de indícios do comportamento a ser assumido pelo leitor. Esse, porém,

pode submeter-se ou não a tais pistas de leitura, entrando em diálogo com o texto e fazendo-o cor-

responder a seu arsenal de conhecimentos e de interesses. O processo de recepção textual, portanto,

implica a participação ativa e criativa daquele que lê, sem com isso sufocar-se a autonomia da obra.

A importância de um método que se preocupe diretamente com os alunos/leitores é indiscu-

tível, principalmente em um ensino precário como o que se nota nas escolas. A Literatura deve ser

valorizada cada vez mais, tendo em vista sua função formativa e, além disso pelo fato de ela poder

ajudar a formar homens críticos e reflexivos. Esse dado não se refere apenas à leitura de textos lite-

rários, mas também no sentido de formar cidadãos que saibam discernir sobre seus deveres e direi-

tos.

O texto literário permite múltiplas interpretações. No entanto, não está aberto a qualquer

interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor,

orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios que só serão

preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças

e os valores que o leitor carrega consigo.

Um exemplo desse trabalho é a utilização, na sala de aula, de livros infanto juvenis, cuja

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temática é o mágico, o fantástico; um modismo observado na recente produção literária voltada

para os adolescentes (considerada por muitos críticos como literatura de massa, superficial, de

mercado). Em seguida, o professor apresenta-lhes textos em que o mágico não é apenas um mero

recurso narrativo, mas um elemento importante na composição estética da obra, um fantástico que

amplia a compreensão das relações humanas.

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e

escrita, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-

discursivos que perpassam os usos lingüísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos

ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.” (MENDONÇA, 2006, p. 204).

É importante considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a

descritiva e a internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa. Portanto, instigar, no

aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e

da situação de interação, dos textos orais e escritos, a percepção da multiplicidade de usos e

funções da língua. O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções

textuais, a reflexão sobre essas e outras particularidades lingüísticas observadas no texto,

conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalingüísticas, à construção gradativa de um saber

lingüístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros

discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da

língua em diferentes esferas sociais.

Ressaltam-se, aqui, algumas propostas de análise que focalizam o texto (como parte da

atividade discursiva):

- As marcas linguísticas dos diferentes gêneros (orais e escritos);

- O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz –

expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);

- Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto;

- Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia, ambigüidade, exagero,

expressividade, etc.);

- A associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência

pretendidas;

- Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado,

parênteses, etc.;

- A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e

ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

- O papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

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- O valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do texto,

estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

- Procedimentos de concordância verbal e nominal;

- A função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que vem

antes e o que vem depois em um texto;

- A função do substantivo no processo de referenciação, entre outros.

O estudo da “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena’’ será feito de forma a incluir diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, resgatando

as contribuições desses povos nas áreas social, econômica e política. A lei nº11645/08 trata sobre

obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

Para que tal prática possa acontecer de uma forma mais dinamizada faz-se necessário,

portanto o uso de recursos tecnológico tais como: TV Pendrive, data show, laboratório de

informática, internet, CD, DVD, bem como livros, revistas, jornais, registros dos alunos, uma vez

que os mesmo facilitam a aplicação e compreensão de uma abordagem que possa conduzir o aluno

a ter uma percepção maior e uma inserção no processo de ensino e aprendizagem.

Mediante tais considerações, o professor precisa necessariamente ter um bom conhecimento

de seus alunos para que possa direcionar o trabalho com os mesmos, a fim de perceber os

equívocos e efetivamente corrigir as falhas. Definir o grau de conhecimento de língua que o aluno

possui e a competência linguística deste é essencial, pois é através desse conhecimento, que o

professor conduzirá seu trabalho para a formação de um sujeito crítico, capaz de transformar o

meio em que vive e adaptar-se a novas mudanças, que o levará à percepção de elementos

contextualizados de forma multidisciplinar, onde o educando terá a oportunidade de participar

ativamente e conseqüentemente dar-se-á a efetivação do conhecimento.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser formativa, contínua e diagnóstica, porque aponta as dificuldades,

possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a tempo.

Segundo o Projeto Político Pedagógico da Escola (2007), a avaliação deve ser

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compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações

sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e quais as condições. Ela será um instrumento que

possibilitará ao professor analisar criticamente a sua prática educativa e ao aluno saber sobre seus

avanços, dificuldades e possibilidades, bem como a utilização da língua estudada como

instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais, de forma a

transformar o seu conhecimento relacionando às novas informações e aos saberes já adquiridos.

A oralidade será avaliada progressivamente considerando-se a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala,

o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo

especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Avaliar-se-á o educando neste campo, quanto a sua capacidade de aceitação do confronto de ideias,

explicitação racional dos conceitos e valores que fundamentam sua posição, fazendo uso adequado

da Língua Portuguesa em situações formais.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões, debates e

outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da

leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a

reflexão que o aluno faz a partir do texto. Os critérios para a avaliação de atividades de leitura

voltar-se-ão para a percepção do nível de compreensão e interpretação utilizados pelo aluno no

texto, fazendo articulação do conceito/ conteúdo/ tema discutido pela leitura, reconhecendo os

recursos expressivos e específicos presentes nele.

Em relação à escrita, é preciso ver o texto de alunos como uma fase do processo de

produção, nunca como um produto final. É importante ressaltar que, para Koch e Travaglia (1990):

Só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras as regras do jogo de sua produção. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa, [para que os critérios de avaliação que tomam como bases às condições de produção tenham alguma validade.”.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos

precisam ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos alunos a

compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez compreendidos, os alunos podem

utilizá-los em outras operações lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive). Observa-se na

avaliação da escrita a objetividade e clareza com que o aluno constrói seu texto, a fidelidade ao

tema dado e à situação para que se escreve, sendo uma produção que reflita a compreensão do que

se está falando por meio da argumentação.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados continuamente em

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termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo sobre as diferentes

possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam à almejada proficiência em

leitura e escrita, ao letramento.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de

ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilidade curricular que facilitará a interação

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno.

A verificação de conteúdos terá um valor total de 100 pontos, os quais serão divididos em,

no mínimo, duas e no máximo seis avaliações, podendo ter peso 40 ou 50, o restante da nota pode

ser feito mediante trabalhos expositivos, seminários, atividades extraclasse, pesquisas,

dramatizações, debates, leituras, etc. A recuperação de estudos será ofertada aos alunos com média

inferior a 60 que tenham realizado todas as provas, trabalhos e atividades propostas durante o

bimestre. Esta recuperação terá valor 100.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e

critérios de avaliação, conforme segue:

Atividades de leitura compreensiva de textos: Os professores deverão considerar se o aluno:

1- Compreende as ideias presentes no texto;

2- Interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias;

3- Fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma

adequada;

4- Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.

Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos:

1. Contextualização -introdução ao tema;

2. Problema - questões levantadas sobre o tema;

3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa

4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de

paráfrases, citações referenciando adequadamente.

5. Referência -cita as fontes pesquisadas.

Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno

atende as três etapas articuladas da prática escrita como:

1- Planeja o que será produzido;

2- Faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e

reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará

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se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidades, etc.);

3- Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do

contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos

de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre

as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno:

1- Demonstra conhecimento do conteúdo;

2- Apresenta argumentos selecionados;

3- Adequa a linguagem;

4- Apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.

Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos

seguintes tópicos:

1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao

relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do

conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou

atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que

sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o

leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade.

3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na

análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de

estudo que deram origem à atividade em questão.

4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os

objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a

apreciação sobre o trabalho(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta

os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem,

faz uso e referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da

apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.

Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a

lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições

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pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o

caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em

situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate,

demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.

Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o

conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos

expressivos específicos do texto literário.

Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o

conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;

reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno:

demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva

de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção

histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.

Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o

aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza

utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma

adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno:

realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do

conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.

Nessas atividades serão avaliadas as tentativas do aluno na realização das atividades. Os alunos

serão avaliados diante de suas dúvidas manifestadas tanto oral quanto escrita, na interação com o

grupo, colegas e professor, a principalmente o progresso vivenciado durante as aulas.

A recuperação de estudos se dará de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e

aprendizagem. E será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificados.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais, no processo de

ensino aprendizagem, serão avaliados a partir da flexibilização curricular que facilitará a integração

dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno, garantindo a aprendizagem

de todos os alunos.

A avaliação será realizada conforme os conteúdos trabalhados e observando a seriação,

utilizando-se métodos e instrumentos diversificados, avaliando os avanços significativos na

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aprendizagem, de modo que a avaliação possibilite ao educando auxílio no seu desenvolvimento

pessoal, culminando assim na apropriação dos conhecimentos relativos à referida disciplina.

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de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

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BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino

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238

COLÉGIO ESTADUAL SÃO LUIZ GONZAGA – EFMAv. Getúlio Vargas, n. 847 – Mamborê – Paraná

Fone: (44)3592-1032e-mail: [email protected]

10.2.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A palavra Matemática vem do grego (máthēma) que significa ciência, conhecimento,

aprendizagem e surgiu da necessidade do homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas,

ou seja, de contar e assinalar quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época

na qual o homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registrava os

animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em ossos de animais.

Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a quantidade de ovelhas do seu rebanho, e

para confirmar que nenhuma se tinha afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o

nome de cálculo, aperfeiçoado muitas centenas de anos depois.

De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi se

desenvolvendo a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens,

gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou objetos por eles

manipulados.

A Matemática como campo de conhecimento, emergiu somente mais tarde, em solo grego,

nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados

foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o

papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles, instigaria

o pensamento do Homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pensamento matemático

de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de hoje.

Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da

escrita na formação dos filhos da aristocracia. No entanto, a Matemática se inseriu no contexto

educacional grego somente um século depois, pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para

questões relacionadas, por exemplo, à origem do mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária

abstração, tentava-se justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza

como na sociedade. Essa concepção estabeleceu para a disciplina de Matemática uma base racional

que perdurou até o século XVII d.C.

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As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas pedagógicas

ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo desse

grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão.

Entre os séculos IV a II a.C. a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica e o ensino

de Matemática desse período estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais,

fundamentado na memorização e na repetição.

Euclides foi considerado um professor de Matemática que se distinguiu por sua educação

refinada e atenta disposição, particularmente, para com aqueles que poderiam promover o avanço

das ciências matemáticas. Sem dúvida, foi um profissional que influenciou (e influencia até os dias

atuais) o ensino e a aprendizagem de Matemática devido a sistematização do conhecimento

matemático de então, por volta de 330 e 320 a.C., na obra Elementos.

A obra de Euclides, que apresenta a base do conhecimento matemático por meio dos

axiomas e postulados, contempla a geometria plana, teoria das proporções aplicadas às grandezas

em geral, geometria de figuras semelhantes, a teoria dos números incomensuráveis e esteriometria

– que estuda as relações métricas da pirâmide, do prisma, do cone e do cilindro, polígonos

regulares, especialmente do triângulo e do pentágono.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do

século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria,

música e astronomia. O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o pensamento

euclidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do século II d.C., o ensino da aritmética

teve outra orientação e privilegiou uma exposição mais completa de seus conceitos.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização do conhecimento matemático,

denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos

referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a

das equações diferenciais

As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso

científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e

equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. O

valor da técnica e a concepção mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram,

principalmente, no que hoje chamamos Matemática Aplicada.

A humanidade, em seu processo de transformação foi produzindo os conteúdos, leis e

aplicações matemáticas que compõem a matemática universal, um bem cultural da humanidade.

Sendo organizada por meio de signos, a matemática torna-se uma linguagem e instrumento

importante para resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada

contexto. Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção

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para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na economia, nas relações

sociais e culturais.

No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com uma

educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o processo pelo qual a

Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira. Entretanto, o

ensino de conteúdos matemáticos como disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou

destaque nas práticas pedagógicas.

No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a comprovação e

generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito de função

e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram as bases da Matemática como se

conhece hoje.

A criação e o uso de máquinas industriais e artefatos mecânicos incorporaram novos

elementos aos estudos da Matemática, em virtude das relações quantitativas que se estabeleciam

para explicar os fenômenos dos movimentos mecânico e manual.

A partir das discussões entre educadores matemáticos no início do século XX procuravam

trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das

engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações.

Surgiram, então, proposições para um ensino da Matemática baseado nas explorações indutivas e

intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática.

A educação matemática entendida desse modo terá como meta a incorporação do

conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. Assim, a

alfabetização matemática, como processo educativo, tem como função desenvolver a consciência

crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a

compreensão das relações sociais.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o estudante

tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada

para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias,

mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, contribua para o

desenvolvimento da sociedade, tornando-o apto a refletir sobre as questões sociais, políticas,

econômicas e históricas, para aplicar no seu cotidiano resolvendo questões práticas, valorizando o

conhecimento científico e o contexto interno da disciplina. Deve-se compreender que a matemática

é uma linguagem e um instrumento importante para a resolução dos problemas e necessidades

sociais dentro de cada contexto.

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fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta,

plena de atividades explicativas do cotidiano), desenvolvendo conceitos fundamentais e

conhecimentos matemáticos que lhes proporcionem uma melhor compreensão de sua realidade e da

realidade do outro.

Assim, é importante mobilizar o estudante para que ele desenvolva a capacidade de

observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar,

generalizar, concluir e abstrair,além do estimulo ao raciocínio indutivo e dedutivo, podendo

utilizar-se dos recursos tecnológicos.

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CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Sistemas de

Numeração;

• Números

Naturais;

• Múltiplos e

divisores;

• Potenciação e

radiciação;

• Números

Fracionários;

• Números

decimais.

• Conheça os diferentes sistemas de

numeração;

• Identifique o conjunto dos

números naturais, comparando e

reconhecendo seus elementos;

• Realize as operações

fundamentais com números

naturais;

• Expresse matematicamente,

oral ou por escrito, situações-

problema que envolva as operações;

• Estabeleça relação de

igualdade e transformação entre:

fração e número decimal; fração e

número misto;

• Reconheça o MMC e MDC

entre dois ou mais números naturais;

• Reconheça as potências

como multiplicação de mesmo fator

e a radiciação como sua operação

inversa;

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GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medidas de

comprimento;

• Medidas de

massa;

• Medidas de área;

• Medidas de

volume;

• Medidas de

tempo;

• Medidas de

ângulos;

• Sistema

Monetário.

8. Identificar o metro como

unidade-padrão de medida de

comprimento;

9. Reconheça e compreenda os

diversos sistemas de medidas;

10. Opere com múltiplos e

submúltiplos do quilograma;

11. Calcule o perímetro e área de

figuras planas, usando unidades de

medida padronizadas;

12. Compreenda e utilize o

metro cúbico como padrão de

medida de volume;

13. Transforme uma unidade de

medida de tempo em outra unidade

de medida de tempo;

14. Reconheça e classifique

ângulos (retos, agudos, obtusos);

15. Relacione a evolução do

Sistema Monetário Brasileiro com

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GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria

Espacial.

• Reconheça e represente

ponto, reta, plano, semi-reta e

segmento de reta;

• Conceitue e classifique

polígonos;

• Identifique corpos redondos;

• Identifique e relacione os

elementos geométricos que

envolvem calculo de área e

perímetro de diferentes figuras

planas;

• Diferencie círculo e

circunferência, identificando seus

elementos;

• Reconheça os sólidos

geométricos em sua forma

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e

gráficos;

• Porcentagem.

12. Interprete e identifique os

diferentes tipos de gráficos, sendo

capaz de fazer a leitura destes

recursos nas diversas formas em que

se apresentam;

13. Resolva situações-problemas

que envolvam porcentagem e

relacione–as com os números na

forma decimal e fracionaria;

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245

6ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTECONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Números

Inteiros;

• Números

racionais;

• Equação e

Inequação do 1º

grau;

• Razão e

proporção;

• Regra de

três.

• Reconheça números inteiros

em diferentes contextos;

• Realize operações com

números inteiros;

• Reconheça números

racionais em diferentes contextos;

• Realize operações com

números racionais;

• Compreenda o principio de

equivalência da igualdade e

desigualdade

• Compreenda o conceito de

incógnita ;

• Utilize e interprete a

linguagem algébrica para expressar

valores numéricos através de

incógnitas;

• Compreenda a razão como

uma comparação entre duas

grandezas numa ordem determinada

e a proporção como uma igualdade

GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medidas de

temperatura;

• Ângulos.

• Compreenda as medidas de

temperatura em diferentes

contextos;

• Compreenda o conceito de

ângulo;

• Classifique ângulos e faça

uso do transferidor e esquadros para

medi-los ;

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GEOMETRIAS

• Geometria

Plana;

• Geometria

Espacial;

• Geometrias

Não-Euclidianas.

• Classifique e construa, a

partir de figuras planas, os sólidos

geométricos;

• Compreenda noções

topológicas através do conceito de

interior, exterior, fronteiras, r

vizinhança, conexidade, curvas e

conjuntos abertos e fechados;

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Pesquisa

Estatística;

• Média

Aritmética;

• Moda e

mediana;

• Juros

simples.

• Análise a interprete

informações de pesquisa e

estatística;

• Leia, interprete, construa e

analise gráficos;

• Calcule a media aritmética e

a moda em dados estatísticos;

• Resolva problemas

envolvendo calculo de juro simples;

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247

7ª SERIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTECONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Números Irracionais;

• Sistemas de Equações

do 1º grau;

• Potências;

• Monômios e

Polinômios;

• Produtos Notáveis.

• Extraia a raiz quadrada exata

e aproximada de números

racionais;

• Reconheça números

irracionais em diferentes

contextos;

• Realiza operações com

números irracionais;

• Compreenda, identifique e

reconheça o número π (pi)

como um número irracional

especial;

• Compreenda o objetivo da

notação cientifica e sua

aplicação;

• Opere com sistema de

equação de 1º grau;

• Identifique monômios e

polinômios e efetue suas

operações;

GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medida de

comprimento;

• Medida de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

• Calcule o comprimento da

circunferência;

• Calcule o comprimento e área

de polígonos e círculo.

• Identifique ângulos formados

entre retas paralelas

interceptada por transversal

• Realize calculo de área e

volume de poliedros

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GEOMETRIAS

• Geometria Plana

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-

Euclidiana

• Reconheça triângulos

semelhantes;

• Identifique e some os ângulos

interno de um triangulo e de

polígonos regulares;

• Desenvolva a noção

paralelismo, trace e reconheça

retas paralelas num plano;

• Compreenda o sistema de

coordenadas

cartesianas,marque

pontos,identifique os pares

ordenados (abscissas e

ordenada)e analise seus

elementos sob diversos

contextos;

• Conheça os fractais através da

visualização e manipulação de

materiais e discuta suas

propriedades

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

• Interprete e represente dados

em diferentes gráficos;

• Utilize o conceito de amostra

para levantamento de dados.

8ª Série

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS CRITERIOS DE AVALIAÇÃO

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NÚMEROS E

ÁLGEBRA

− Números Reais;

− Propriedades dos

radicais;

− Equação do 2º grau;

− Teorema de

Pitágoras;

− Equações Irracionais;

− Equações

Biquadradas;

− Regra de Três

Composta.

− Opere com expoentes

fracionários;

− Identifique a potência de

expoente fracionário como

um radical e aplique as

propriedades para a sua

simplificação;

− Extraia uma raiz usando

fatoração;

− Identifique uma equação do

2º grau na forma completa e

incompleta, reconhecendo

seus elementos;

− Determine as raízes de uma

equação do 2º grau

utilizando diferentes

processos;

− Interprete problemas em

linguagem gráfica e

algébrica;

− Identifique equações

Irracionais;

GRANDEZAS E

MEDIDAS

− Relações métricas no

triangulo retângulo ;

− Trigonometria no

triangulo retângulo

− Conheça e aplique as

relações métricas e

trigonométricas no triângulo

retângulo;

− Utilize o teorema de

Pitágoras na determinação

das medidas dos dados de

um Triângulo retângulo;

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250

FUNÇÕES

− Noção intuitiva de

Função Afim .

− Noção intuitiva de

Função Quadrática.

− Expresse a dependência de

uma variável em relação a

outra;

− Reconheça uma função afim

e sua representação gráfica,

inclusive sua declividade em

relação ao sinal da função;

− Relacione gráficos com

tabelas que descrevem uma

função;

− Reconheça a função

quadrática e sua

representação gráfica e a

associe a concavidade da

parábola em relação ao sinal

da função;

GEOMETRIAS

− Geometria Plana;

− Geometria Espacial;

− Geometria Analítica;

− Geometria Não-

Euclidiana.

• Verifique se dois

polígonos são semelhantes,

estabelecendo relações entre

eles;

• Compreenda e utilize

o conceito de semelhança de

triângulos para resolver

situações problemas;

• Conheça e aplique os

critérios de semelhança dos

triângulos;

• Aplique o Teorema

de Tales em situações

problemas;

• Noções básicas de

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251

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Noções de Análise

Combinatória;

− Noções de

Probabilidade;

− Estatística;

− Juros Composto.

− Desenvolva o raciocínio

combinatório por meio de

situações problemas que

envolvam contagens,

aplicando o principio

multiplicativo;

− Descreva o espaço amostral

em um experimento

aleatório;

− Calcule a chance de

ocorrência de um

determinado evento;

− Resolva situações problemas

que envolvam cálculos de

juros compostos.

ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Números reais;

• Equações e

Inequações

Exponenciais,

Logarítmicas e

Modulares.

• Identifique diferentes

campos numéricos e suas

propriedades.

• Opere com números e

intervalos reais;

• Resolva problemas,

equações e inequações que

envolvam funções

exponenciais logarítmicas e

modulares.

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252

GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medidas de

Grandezas Vetoriais;

• Medidas de

Informática;

• Trigonometria.

• Faça estimativas de

medidas;

• Calcule área e perímetro de

figuras planas;

• Identifique figuras

semelhantes;

• Utilizo medidas que

representam a capacidade de

armazenamento de um

computador;

• Expresse a medida de um

ângulo em graus e radianos;

• Resolva triângulos

retângulos.

FUNÇÕES

• Função Afim;

• Função

Quadrática;

• Função

Exponencial;

• Função

Logarítmica;

• Função

Trigonométrica;

• Função

Modular.

• Reconheça expressões

algébricas que representam

funções;

• Obtenha fórmulas de

funções afins e quadráticas, a

partir de situações práticas;

• Construa, leia e interprete

gráficos de funções de 1º e 2º

graus, expoenciais e

logarítmicas;

• Calcule e interprete taxas de

variação meia de funções num

dado intervalo;

• Analise questões e

problemas envolvendo funções

em geral.

GEOMETRIAS • Geometria

Plana;

• Geometria

• Identifique posições

relativas entre planos

(paralelos perpendiculares);

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253

Analítica. • Saiba distinguir figura

geométrica plana e espacial;

• Identifique as partes da reta

do plano e do espaço;

• Calcule distâncias na reta e

no plano cartesiano;

• Obtenha a distância de um

ponto a uma reta.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Estatística;

• Matemática

Financeira.

• Compreenda os conceitos de

população, amostra e

variável;

• Calcule a freqüência

absoluta e a freqüência

relativa de uma variável;

• Leia, construa e interprete

gráficos em barras, linhas e

setores;

• Resolva situações-

problemas com juros simples

e compostos.

2º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Números reais;

• Sistemas lineares;

• Represente números e

intervalos na reta real;

• Opere com números e

intervalos reais;

• Construa e identifique

equações lineares e sistemas

lineares;

• Classifique sistema linear.

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254

GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medidas de área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Energia.

• Expresse a medida de um

ângulo em graus e radianos;

• Calcule distâncias

inacessíveis usando relações

trigonométricas;

• Calcule área e volume;

• Utilize o conhecimento

tecnológico como forma de

medida (bit, bytes, kilobytes,

megabytes, gigabytes ou

terabytes).

FUNÇÕES

• Progressão Aritmética;

• Progressão

Geométrica.

• Resolva problemas que

envolvam Progressão

Aritmética e Progressão

Geométrica;

• Determine a razão, o termo

geral, o limite e a soma de “n”

termos consecutivos de uma

sequência.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias Não-

Euclidianas.

• Utilize as noções e

postulados de ponto, reta e

plano;

• Conheça e utilize as

posições relativas entre retas e

planos e entre planos;

• Conheça a nomenclatura,

estrutura e dimensões dos

sólidos geométricos;

• Aplique a relação de Euler e

a fórmula da soma das medidas

dos ângulos das faces de um

poliedro convexo;

• Identifique pontos de fuga e

linhas do horizonte.

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255

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Analise Combinatória;

• Estudo das

Probabilidades;

• Estatística.

•Desenvolva o raciocínio

combinatório;

•Identifique o número

binomial e aplique a fórmula

do binômio de Newton e a

fórmula do termo geral na

resolução;

•Determine a probabilidade

de um evento num espaço;

•Aplique o conceito de

distribuição binomial no

cálculo de probabilidades;

•Analise e interprete os

vários tipos de gráficos,

histogramas e polígonos de

freqüência.

3º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

• Números reais;

• Números complexos;

• Sistemas lineares;

• Matrizes e

Determinantes;

• Polinômios.

• Resolva os problemas

envolvendo números reais;

• Opere com números

complexos na forma

algébrica;

• Resolva situações-problema

envolvendo números

complexos;

• Utilize as operações com

matrizes e resolva os

sistemas lineares;

• Resolva o sistema linear por

escalonamento

• Identifique os elementos e

os tipos mais frequentes de

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256

matrizes;

• Interprete e realize

operações com matrizes;

• Conceitue determinante de

uma matriz de 1ª e 2ª

ordem;

• Calcule o determinante pela

Regra de Sarrus e o

Teorema de Laplace;

• Efetue operações

elementares com

polinômios;

• Fatore polinômios a partir

de suas raízes, identificando

seu grau de multiplicidade;

• Analise e resolva situações-

problema que envolvam

polinômios.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

• Medidas de

Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

• Utilize as formas de

medidas tecnológicas;

• Resolva e simplifique

expressões trigonométricas;

• Aplique a lei dos cossenos, a

lei dos senos e a fórmula da

área na resolução de

triângulos;

• Desenvolva o conceito de

razões trigonométricas.

FUNÇÕES • Função Polinomial;

• Função Logarítmica;

• Função Modular.

• Defina módulo de um

número real;

• Demonstre as propriedade

operatórias dos logaritmos;

• Entenda a função

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257

logarítmica como inversa da

função exponencial;

• Explicite domínios de

função polinomial;

• Resolva equações

exponenciais, por meio de

logaritmos.

GEOMETRIAS

• Geometria Analítica;

• Geometrias Não-

Euclidianas.

• Calcule a área de um

triangulo a partir de seus

vértices;

• Reconheça equações de

circunferência;

• Resolva problemas práticos

envolvendo equações da

reta e da circunferência;

• Analise os elementos que

estruturam a geometria não-

Euclidiana, através da

representação algébrica.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

• Binômio de Newton;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

• Reconheça o triangulo de

Pascal e suas propriedades;

• Utilize a fórmula do

Binômio de Newton e a

fórmula do termo geral na

resolução de problemas;

• Calcule a variância e desvio

padrão;

• Resolva os problemas

envolvendo os conceitos de

Estatística;

• Resolva situações-problema

e faça a representação

gráfica dos juros simples e

compostos, fazendo

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258

conexão com funções e

equivalência de capitais.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos propostos na presente, devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos: resolução de problemas; modelagem matemática; uso de mídias tecnológicas;

etnomatemática; história da Matemática; Investigações matemáticas,ás quais complementam-se

uma ás outras.

Desta forma, propõe-se articular os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos

em relações de interdependências, enriquecendo assim o processo pedagógico na medida em que

abordagens fragmentadas são abandonadas.

Na resolução de problemas, o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos

matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. O professor

deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, afim de tornar as aulas

mais dinâmicas, não restringindo-se o ensino de Matemática a modelos clássicos, como exposição

oral e resolução de exercícios. A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos

matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do

processo de ensino e aprendizagem.

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem o conhecimento matemático. Essa tendência leva em consideração que não existe um

único, mas vários e distintos conhecimentos e nenhum é menos importante que outro. As

manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais

diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. O trabalho pedagógico deverá relacionar o

conteúdo matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações

culturais e relações de produção e trabalho.

No trato das tendências metodológicas a etnomatemática (PARANÁ),2008,p 64),leva em

consideração que não existe um único , mas vários distintos conhecimentos e nenhum são menos

importante que o outro.as manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias

e práticas,das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.possibilitando trabalhar os

conteúdos referente á história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros de acordo

com a lei nº11645/08.

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do

cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura

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levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e

sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo, assim

sendo, assim sendo como diz BASSANEZI “a modelagem Matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas

soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI, 2006, p.16).

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a intervenção do estudante

nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação

crítica. Como também,os conteúdos referentes á história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros de acordo com a lei nº11645/08.

A modelagem matemática é,assim,uma arte,ao formular,resolver e elaborar expressões que

valham não apenas para uma solução particular,mas que também sirvam, posteriormente,como

suporte para outras aplicações e teorias.

No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos

dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico.

Os recursos tecnológicos e sua utilização enquanto ferramentas de apoio pedagógico, sejam

eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido

as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira passível de

manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo e novos processos de

descoberta de forma dinâmica, oportunizados pelo confronto entre a teoria e a prática.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em

Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um

aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.

Neste contexto, o professor mediador fará uma articulação entre os aspectos filosóficos,

artísticos e científico do conhecimento, utilizando recursos didáticos como: sólidos geométricos,

livros didáticos, textos diversos, jornais,jogos didáticos, revistas, planfletos, gráficos utilizando

práticas contextualizadas e diversificadas.

É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como

componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes

compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e

políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e

influenciaram o avanço científico de cada época.

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260

A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação

das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos,

raciocínios e procedimentos.

A História deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da

Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante

entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações

concretas e necessidades reais.

As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem ser

desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de

problemas. Nas investigações matemáticas o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística,

isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata, enquanto que um

exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido.

Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de forma

diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é

explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por

exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar.

Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes

grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza

obterão resultados também diferentes.

Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas

porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito

do que está investigando.

Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar qual é a mais

adequada à questão investigada e, para isso, devem realizar provas e refutações, discutindo e

argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é exatamente o processo de construção da

matemática pelos matemáticos e, portanto, o espírito da atividade matemática genuína está presente

na sala de aula. Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo

maior de toda ação pedagógica.

AVALIAÇÃO

A função da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender,

melhorar e refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de

cada aluno.

A avaliação na matemática deve contemplar os diferentes momentos do processo ensino

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aprendizagem. Deverá servir de instrumento que orienta a prática do professor e possibilita ao

aluno rever sua forma de estudar. Nesse processo, a reflexão por parte de aluno, bem como a

análise do professor sobre o erro do aluno, vem contribuir para a aprendizagem e possíveis

intervenções. Como instrumento de avaliação, o professor pode utilizar-se de trabalhos, exercícios,

provas e outros recursos com base científica.

É fundamental que o resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É

necessário observar o processo de construção do conhecimento e para isso a avaliação deverá ser

necessariamente diagnóstica. Portanto, Os erros não devem apenas ser constatados. Havendo uma

diagnose, é necessário que haja um tratamento adequado. Devem-se trabalhar os caminhos

trilhados pelos alunos (heurística) e explorar as possibilidades advindas destes erros, que resultam

de uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo.

A avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas bimestrais, mas deve ocorrer ao

longo do processo de aprendizagem propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e

aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. Apesar dessa diferenciação não se pode perder de

vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo aluno é fundamental.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática

para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam

expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas

práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

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sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares; socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29).

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de

modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.

Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame

para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de

ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático – metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os

conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser

incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar.

REFERÊNCIAS

BASSANANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia.

São Paulo: Contexto, 2006.

BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2000.

BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin Vissoto.

Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

BURIASCO,R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In:

ROMANOSWSKI, J. P. O. ; JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.)

Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas

nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, , 2004.

_______. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

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263

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora Gradiva.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática. Editora Ática.

GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista da

Matemática. São Paulo: Editora FTD, 2002.

LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de matemática da

escola básica. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 7, Recife, 2004. Anais. Recife:

UFPE, 2004. p.1-30.

LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que pratica na escola? In: Avaliação de

aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2003, pág. 85 a 101.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os Anos Finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

_______ afro-brasileira e africana : educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

________. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba:

SEED-PR, 2008.

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10.2.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Muito do conforto da vida moderna se deve à utilização de progressos da química, pois com

a valorização de tais progressos e suas aplicações no cotidiano contribuem agentes do bem estar

humano.

A palavra “química” é hoje lugar-comum. É citada nos meios de comunicação de massa a todo instante e frequentemente até de forma contraditória: enaltecem-se os “progressos da Química” e combate-se a “poluição química”; boas vindas são dadas ao novo “produto químico” que vai minorar o sofrimento das pessoas doentes ao mesmo tempo em que se apregoa que tal cosmético ou alimento é isento de “produtos químicos”. Por que esse desencontro? Há alguma razão para tal ou isso é apenas desinformação? Afinal, o que vem a ser então a Química? (CHAGAS – 2001, p. 13).

A história da química está ligada ao desenvolvimento do homem, transformações da matéria

e presentes na formação das diversas civilizações foram estimuladas por necessidades humanas,

tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de

cozimento.

Com certeza o fogo foi a maior descoberta química, mas também a extração, produção e o

tratamento de metais como o cobre, o bronze, o ferro e o ouro merecem destaque na história da

humanidade, no que diz respeito aos fatos políticos, religiosos e sociais que os envolvem.

Na história do conhecimento da química podemos citar a alquimia. O objetivo da alquimia era a

procura da pedra filosofal, método hipotético capaz de transformar os metais em ouro. Por meio da

alquimia foram manipulados diversos metais, como o cobre, o ferro e o ouro, além das vidrarias

que foram aperfeiçoadas e hoje, muitas fazem parte dos laboratórios. Apesar da fantasia e da

realidade contida nos textos alquímicos, permeados de escritos indecifráveis, aos poucos e

clandestinamente, eles se difundiram pela Europa.

No final do século XIV e início do século XV, com o fim do feudalismo, a alquimia

adquiriu uma nova configuração devido ao modo de produção e o aumento de doenças devido às

condições de vida daquela época.

O suíço Phillipus Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, cujo pseudônimo era

Paracelso, possibilitou o nascimento da Iatroquímica, antecessora da Química. O emprego dos

conhecimentos da Iatroquímica era, naquele momento, apenas terapêutico e Paracelso fazia uma

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leitura cosmológica dos fenômenos, relacionada com as crenças religiosas.

Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à

alquimia. Na Grécia antiga por exemplo a idéia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e

Demócrito, que lançaram algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle,

Dalton e outros. A teoria atômica foi uma questão amplamente discutida pelos químicos do século

XIX, que a tomaram como central para o desenvolvimento da Química como ciência.

Mas não podemos esquecer que a Química teve seu inicio na Europa no cenário de

desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da classe dirigente,

da lógica das relações de produção e das relações de poder que marcaram a constituição desse

saber.

O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da Química dos

séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Com a Revolução Industrial, o modo de produção

capitalista expandiu-se, o que teve como uma, dentre outras conseqüências, o impulso ao

desenvolvimento da indústria química.

O químico Antonie Laurent Lavoisier elaborou o Traité Elementaire de Chimie (Tratado

Elementar da Química), publicado em março de 1789, referência para a química moderna da época.

Lavoisier propôs uma nomenclatura universal para os compostos químicos, que foi aceita

internacionalmente. A Química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto à

nomenclatura, mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais.

No século XIX, finalmente a ciência moderna se consolidou. John Dalton apresentou sua

teoria atômica em uma série de conferências realizadas na Royal Institution de Londres. Os

interesses da indústria da segunda metade do século XIX impulsionaram pesquisas e descobertas

sobre o conhecimento químico; dentre eles, os avanços da eletricidade trouxeram significativas

contribuições, como o conceito de eletrólise e as propostas de modelos atômicos que contribuíram

para o esclarecimento da estrutura da matéria.

As maiores descobertas originaram-se essencialmente nas indústrias e não nas instituições

de pesquisa e ensino, como se poderia supor. Isso porque os setores de produção industrial e de

produção científica não apresentavam interesses em comum com o Estado.

No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um grande

desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Esses países

destacaram-se no desenvolvimento da Ciência, no intuito de estabelecer e, manter influência

científica que pudesse garantir diferentes formas de poder e controle bélico mundial, essenciais nas

tensões vividas no século XX. Vários foram os investimentos desses países em áreas como:

obtenção de medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e formação das

moléculas, mecânica quântica, dentre outras que estreitaram as relações entre a ciência e a

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indústria.

O estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do poder resultou,

entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do século XX e no estabelecimento de

discussões a respeito da ética na ciência e de seus impactos na sociedade. Passou-se a questionar a

utilização do saber científico tanto para o progresso da humanidade quanto para seu possível

aniquilamento. Portanto, depois da Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo

desenvolveram se ainda mais.

A Química no Brasil teve seu inicio em 1772 quando então com a criação da Universidade

de Coimbra surgiu o primeiro curso de química. Este foi frequentado por vários brasileiros, entre

eles: Alexandre Rodrigues Ferreira e Vicente Coelho de Seabra Silva Telles, que em 1801 adaptou

a nomenclatura química de origem Latina criada por Lavoisier. José Bonifácio de Andrade aluno de

Silva foi um dos mais importantes mineralogistas de sua época que é conhecido como patriarca dos

químicos brasileiros, por volta de 1800 ele descobriu dois minerais a partir dos quais em 1808

descobriu-se o elemento Lítio.

Com a vinda da família real para o Rio de Janeiro foi fundada em 1811, a primeira

instituição de ensino de química, onde as aulas de química faziam parte de um curso de soldados e

oficiais. A partir do século XIX aumentou a importância da disciplina de química.

Em 1812 foi criado o primeiro Laboratório Químico-Prático no Rio de Janeiro, responsável

pelas primeiras operações de química industrial no Brasil. O laboratório químico mais importante

foi criado em 1818 no Rio de Janeiro (Laboratório Químico do Museu Nacional), onde foram

efetuadas as primeiras perícias toxicológicas, análises de combustíveis do país. Em 1931 foi extinto

e suas atividades foram distribuídas entre outros laboratórios.

A Primeira Guerra Mundial tornou óbvia a necessidade de formação de químicos e a

criação do ensino profissional técnico e do ensino cientifico voltado à pesquisa. A partir de 1930

foram criados cursos ligados as faculdades de ciências, com caráter mais investigativo. A profissão

de químico foi regulamentada pelo Decreto 24.693 de 12 de julho de 1934 e a criação do Conselho

Federal e Regionais de Química foi definida pela Lei 2800 de 18 de junho de 1956 data na qual

comemora o dia do Químico. Os institutos de Química criados com a reforma Universitária de

1970, os Cursos de Engenharia Química e os cursos de técnicos químicos são responsáveis pela

formação de grande parte dos profissionais em química atualmente.

Química é a ciência que estuda os materiais que constituem a natureza, sua composição e

preparação, as transformações que sofrem as energias envolvidas nesses processos e a produção de

novos materiais. A química está presente em todas as atividades da humanidade.

É impossível imaginarmos um mundo privado de combustíveis, medicamentos,

fertilizantes, pigmentos, alimentos, plásticos e produtos fabricados em indústrias químicas.

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Os problemas que podem surgir, dependem da forma de produção e aplicação desses produtos e o

homem como articulador, deve estar consciente de seus atos.

O Ensino de Química deve estar centrado na inter-relação de dois componentes básicos: a

informação química e o contexto social, para que o educando possa participar da sociedade precisa

não só compreender a química, mas entender a sociedade em que está inserido.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

-Matéria e a sua Natureza

- Biogeoquímica

-Química Sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª série

-Matéria;

-Soluções;

-Velocidade das reações;

2 ª série

-Equilíbrio Químico;

-Ligações Químicas;

-Reações Químicas;

-Velocidades de reações

-Gases

3 ª série

-Radioatividade;

-Reações Químicas

-Velocidade das reações

-Funções Químicas

METODOLOGIA

A prática docente no ensino de química deverá contemplar os conhecimentos pré adquiridos

pelo educando em suas relações sociais e estabelecer critérios de importância aos conteúdos

ministrados, de forma a efetuar um ensino contextualizado e direcionado aos aspectos

interdisciplinares, como educação do campo, educação ambiental,cultura afro-brasileira e africana,

levando o educando a compreender fenômenos, aplicar conceitos, alterar seu meio e transformar de

alguma forma sua dinâmica social.

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Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico aconteçam por

meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais. Esse

processo deve ser planejado, organizado e dirigido numa relação dialógica, em que a aprendizagem

dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico.

As aulas devem destacar problematizações e reflexões sobre temas cotidianos inseridos nos

conteúdos da química. O professor dever ser mediador do conhecimento e deixar claro que, na

ciência não existe verdade absoluta e imutável. A experimentação deve ser uma forma de

problematizar a construção dos conceitos químicos, sendo ponto de partida para que os alunos

construam sua própria explicação das situações observadas por meio da prática experimental.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua função

pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na significação

dos conceitos químicos.

Quanto ao uso de laboratório para aulas “práticas” de Química entendemos que é uma

condição necessária, mas não suficiente, não podemos estabelecer uma dicotomia entre teoria e

prática e sim mostrar que o fenomenológico é fundamentado em conceitos teóricos, e que

coexistem no processo ensino-aprendizagem. Deve-se estabelecer uma linguagem clara e acessível

aos alunos, para não criar-se resistência ao ato de aprender.

A abordagem da história da Química é necessária para a compreensão de teorias e, em

especial, dos modelos atômicos.

O conteúdo escrito por si só não deve ser visto como instrumento de mediação na sala de

aula, entre aluno-aluno, aluno-conteúdo e aluno-professor, para que se vislumbrem novas questões

e discussões. Também é necessário considerar que as diferentes histórias de vida dos leitores, bem

como seu repertório de leituras, interferem na possibilidade de compreensão dos textos científicos.

A abordagem partindo da visão macroscópica para a visão microscópica do conhecimento Químico

sempre será nosso norte. A abstração deve partir da observação do concreto, mas não podemos

ficar somente focado no fenomenológico, pois se isso ocorrer, o aluno de fato não aprenderá

química, será mero observador de fenômenos. O desafio é fazer com que os alunos entendam os

fenômenos nos seus aspectos mais íntimos e microscopicamente, ou seja, consiga entender as

interações moleculares, o comportamento dos elementos, a afinidade química, as forças inter e

intra-moleculares, as mudanças de estado da matéria e sua interferência nas reações etc.

É muito difícil ensinar qualquer coisa sem usar uma linguagem! Como é que vou ensinar se

não tenho uma palavra, uma representação, mas, como vamos formar essa linguagem básica... a

idéia antiga de educação era mais ou menos assim: eu vou ensinar uma linguagem básica

começando pelo elemento. A alfabetização começava pelas letras, vogais, consoantes; a matemática

começava pelos numerais; a química começava pelos átomos. Na alfabetização se imaginava que a

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junção das letras, formando sílabas e estas formando palavras... Seria uma boa forma de ensinar às

crianças... hoje ninguém mais pensa assim porque os estudiosos da alfabetização mostraram que há

formas muito mais eficientes... A criança lia as palavras, soletrava..., mas não fazia a leitura, não lia

o contexto!

A mesma coisa em química, os alunos podiam até saber ligações, fazer as fórmulas químicas. Mas isto não significa nada! E o que a gente quer é que o aluno aprenda química. E que tudo que ele vai falar signifique algo! Então, eu vou Ter que romper com esta idéia de que é começando com o estruturalmente mais simples, unindo estas estruturas e formando fórmulas químicas de substâncias, depois equações químicas... eu vou ensinar, de fato, a química. Esta é uma ruptura que temos que fazer. Em outros campos isto já foi feito. (MALDANER – 2003 pág. 183).

É gritante a necessidade de uma nova forma de ensinar ciências em geral, neste sentido nos

propomos a adotar um novo perfil no ensino de Química. O aluno deve terminar seu ensino médio

sabendo compreender como acontecem os mais elementares fenômenos para poder interagir com

um pensar químico sobre o mundo.

Propõem-se um trabalho pedagógico com o conhecimento químico que propicie ao aluno

compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua

atitude em relação a ele. Portanto, devem-se criar situações de aprendizagem de modo que o aluno

pense mais criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais.

O estudo da “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena’’ será feito de forma a incluir

diversos aspectos da historia e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira,

resgatando as contribuições desses povos nas áreas social, econômica e política. A lei nº11645/08

trata sobre obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro brasileira, africana e indígena.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

Para que tal prática possa acontecer de uma forma mais dinamizada faz-se necessário,

portanto o uso de recursos tecnológico tais como: TV Pendrive, data show, laboratório de

informática, internet, CD, DVD, bem como livros, revistas, jornais, registros dos alunos, uma vez

que os mesmo facilitam a aplicação e compreensão de uma abordagem que possa conduzir o aluno

a ter uma percepção maior e uma inserção no processo de aquisição de conhecimentos e

responsabilidades sociais.

Entre os recursos didáticos utilizados para a aprendizagem da química podemos citar,

instrumentos do laboratório de química, tv pendrive, quadro e giz, livros, laboratório de

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informática, data-show, DVDs e CD ROM.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser diagnóstica e contínua, de forma a proporcionar reflexão quanto a

mudanças na avaliação. Avaliar o trabalho realizado, parte da comunhão de ideias dos educandos a

respeito da química e cabe ao professor obter os resultados do educando e identificar a melhor

forma de avaliá-lo.

Proporcionar atividades diversificadas, na forma de prova escrita, objetiva, trabalhos em

sala de aula, pesquisa, debates, relatórios de aulas práticas, interpretação de textos relacionados à

química e ao cotidiano, atividades em equipes, oportunizando assim a integração de todos os

alunos onde os mesmos possam compartilhar seus conhecimentos atingindo assim seus objetivos

como educando, sem diferenciar as capacidades intelectuais de turmas heterogêneas.

Propor uma mudança na avaliação tradicional da aprendizagem em química significa

“desrotinizar” um exercício profissional do professor que é o de “dar notas” para os seus alunos a

cada bimestre ou semestre, ou mesmo a cada mês. Para a mudança do ensino de Química, dizia, é

necessário analisar a produção do aluno e a forma do pensamento com a qual ele o faz. Com isso

iremos propor uma avaliação de todo o processo de ensino e aprendizagem em desenvolvimento,

tendo em vista a sua melhoria e não a execução de uma rotina que só serve para controle e

dominação do aluno no contexto escolar. Incentivar a produção do aluno por meio de relatórios de

aula que não se pautem em regras rígidas de elaboração, mas que sejam leves a manifestarem o

prazer da comunicação de um aprendizado novo. As questões de devem permitir a produção do

aluno e não mera repetição dos conteúdos realizados nas aulas. Essas produções permitirão sempre

uma gradação positiva, além de informar, ao professor e ao próprio aluno, a forma de pensamento

já desenvolvida sobre determinado assunto. (MALDANER – 2003 pág 254).

Com esta visão diferenciada de avaliação, entendemos que poderemos contemplar

efetivamente os alunos com deficiências de aprendizagem no contexto de avaliação, pois todos

podem evoluir dentro de parâmetros pré-estabelecidos individualmente.

Como instrumentos avaliativos deve ser usado diferentes atividades:

• Dinâmicas em grupo;

• Seminários;

• Debates,

• Júri simulado;

• Pesquisa em grupos;

Portanto, espera-se que os alunos possam no final do ensino médio:

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• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química;

• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

• Problematize a construção dos conceitos químicos;

• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do

conhecimento químico.

• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos

atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico,

associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças

intermoleculares, etc.;

• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

• Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,

concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio

aquoso;

• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um

átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

• • Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico,

associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza,

partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases,

modelo de partículas e as leis dos gases;

• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com

a qual estabelece interação.

A avaliação terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero) e a média bimestral deverá ser obtida através da média aritmética e/ou somativa. A avaliação

é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, portanto

deverá ser avaliado o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação da

aprendizagem auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos

significativos. Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam

múltiplos instrumentos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação

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dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de

estudos e os conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação

deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais

um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

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REFERÊNCIAS

MALDANER, O, A. A formação inicial e continuada de professores de Química. Professores

Pesquisadores. Ijuí RS. Editora UNIJUÍ, 2003.

17. BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.

CHAGAS, A, P. Como se faz Química. Uma reflexão sobre a Química e a atividade do

químico. Campinas SP. Editora Unicamp, 2001

FELTRE, R. Fundamentos da Química. São Paulo: Moderna, 1993.

FONSECA, M.R.M. Química Geral. São Paulo: FTD, 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Química. Curitiba, 2008.

QUÍMICA/ VÁRIOS AUTORES – Curitiba: SEED-PR, 2006.

SARDELLA, A. Química. Serio Novo Ensino. São Paulo: Ática, 2003.

UTIMURA, T. Y. et all. Química Fundamental. São Paulo, FTD, 1998.

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10.2.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Sociologia está relacionado com o desenvolvimento de uma compreensão

quanto à realidade social, visto que sua efetivação enquanto disciplina cientifica é originária de

grandes movimentos históricos. Dentre estes, destacam- se a Revolução Francesa (movimento

político que acentua a decadência da Aristocracia); a Revolução Industrial (movimento social pelo

qual se expande a classe operária) e o Iluminismo (movimento científico pelo qual a fé é

substituída pela razão). O estudo a fim de compreender esses movimentos, como fundamenta a

Diretriz (2008), desencadeou um pensamento social questionador da mudança na sociedade e que

se caracteriza pelo estudo sociológico, na intenção de compreender, racionalmente, as

transformações sociais que estavam acontecendo na sociedade.

Florestan Fernandes citado na Diretriz Curricular (2008, p. 37) acredita que o surgimento da

sociologia como ciência foi proveniente do

[...] alargamento da percepção social, além dos limites do sancionado pela tradição, pela religião ou pela meta-física. Houve ousadia no pensar e essa transformação básica do horizonte intelectual médio, favoreceu ultrapassar o senso comum e incorporar o pensamento racional na formação do ponto de vista sociológico.

Isto posto, tem-se que a Sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a

explicação da sociedade através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos

organizaram-se e passaram a viver em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre

esses diferentes grupos, bem como a compreensão das conseqüências das relações para indivíduos

e coletividades.

Dentre seus precursores, cita-se Durkheim, o primeiro a lecionar a disciplina na

Universidade de Bourdeaux. No Brasil, menciona-se nomes como Silvio Romero (1851-1914),

autor de Ensaios de Sociologia e Literatura (1901) Euclides da Cunha (1866-1909), autor de Os

Sertões (1902) e Oliveira Vianna (1883-1951) autor de Populações Meridionais do Brasil (1920) e

Formação Étnica do Brasil Colonial (1932), dentre outros que despontavam como importantes

pensadores de questões sociais no cenário brasileiro, que figurava-se por um contexto político

social de crescimento da população urbana e da tradição rural.

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Conforme menciona a Diretriz (2008, p. 42) “toda produção sociológica expressa as

condições sócio-culturais de sua época, num pulsar conjunto entere reflexão e interpretação e o

contexto histórico vivido”. Logo, entende-se que no Brasil, o estudo sociológico caminhou

concomitantemente aos grandes movimentos sociais, tais como a ascensão das origens européia e

Africana ao povo brasileiro, descritos em trabalhos interpretativos como “Casa Grande e Senzala”

(1933) de Gilberto Freire, primeiro Sociólogo brasileiro.

No ano de 1891, com bases no positivismo, a disciplina de sociologia ingressa no sistema

de ensino por Benjamin Constant como o titulo Sociologia e Moral, permanecendo no cenário

educacional por apenas um ano e reaparecendo duas décadas após com a Reforma Rocha Vaz ,

sendo exigida penas como conteúdo para ingresso às faculdades.

Após longo período de Estruturação da Sociologia enquanto disciplina curricular, foi com a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) que se abriram maiores perspectivas para a

inclusão da Sociologia nas grades Curriculares de Ensino, por haver então, nesse período, uma

credibilidade maior na necessidade do conhecimento sociológico para o exercício da cidadania.

No entanto, ainda não existe uma tradição pedagógica para a sociologia, havendo

insuficiências na elaboração de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos.

Como discorre a própria Diretriz (2008), a trajetória do Ensino da Sociologia, marcada pela

descontinuidade e desvalorização, deixou marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no

currículo escolar.

No entanto, ainda que sem o reconhecimento devido, é preciso acreditar na sociologia

enquanto uma disciplina capaz de atuar em prol da formação de novos valores, de uma nova ética

e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações

sociais, despertando nos alunos e alunas uma postura crítica e reflexiva sobre o funcionamento das

coletividades humanas.

CONTEÚDOS

1ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

O Surgimento da

Sociologia e Teorias

Sociológicas

• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e

Marx, Weber.

• O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

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Processo de

Socialização e as

Instituições Sociais

• Processo de socialização;

• Instituições familiares;

• Instituições escolares;

• Instituições religiosas;

• Instituições de reinserção.

2ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Cultura e Indústria

Cultural

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e

sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

• Diversidade cultural;

• Identidade;

• Indústria cultural;

• Meios de comunicação de massa;

• Sociedade de consumo;

Trabalho, Produção e

Classes Sociais

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades;

• Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas

contradições.

• Globalização e Neoliberalismo.

• Relações de trabalho.

• Trabalho no Brasil.

3ª Série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Poder, Política e

Ideologia

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

• Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de dominação e legitimidade;

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• As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas.

Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais

• Direitos: civis, políticos e sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceito de cidadania;

• Movimentos Sociais;

• Movimentos Sociais no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

• A questão das ONG’s.

METODOLOGIA

A construção do conhecimento sociológico deverá ocorrer de forma pautado e baseado

fundamentalmente, nas teorias originais de diferentes tradições sociológicas, cada uma delas com

seu potencial explicativo, podendo ser mobilizada para a conservação ou para transformação da

sociedade.

O conhecimento sociológico deve ir muito além da definição, classificação, descrição e

estabelecimento de correlação de fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do

conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas e

pré-conceitos, que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações

políticas direcionadas à transformação social, dando subsídios para que o aluno possa pensar o

problema, pesquisar, fazer relações e criar novos conceitos sobre o indivíduo e a sociedade.

A partir dos Conteúdos Estruturantes deve-se estar atento especialmente para a proposição

de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser

realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos,

textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos

audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes,

imagens, músicas e charges constituem importante elemento para que os alunos relacionem a teoria

com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.

A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados

levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de

elementos da realidade social do aluno.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, fazem-se necessária a

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem

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constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os

conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino

Médio.

Nesse sentido, a Sociologia como disciplina escolar, deverá utilizar múltiplos recursos

pedagógicos adequados aos objetivos pretendidos, seja ‘a exposição, à leitura e esclarecimento do

significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a

discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica, a socialização das produções dos alunos, interação

entre colegas de turma, análise de documentário, vídeos, DVDs, CD ROM, slides e outros.

É importante ressaltar que a pesquisa de campo e o uso de recursos audiovisuais são

práticas pedagógicas próprias do conhecimento sociológico. Sendo que a pesquisa de campo deve

ser iniciada a partir da discussão com o grupo, em seguida elaborar um projeto de pesquisa, a

elaboração de um roteiro de observação, entrevistas, levantamento de dados e análise dos mesmos

articulando com a teoria.

Já na leitura de imagem deve se propor uma reflexão inserida em um determinado contexto.

Os conteúdos devem ser apresentados de forma contextualizada, respeitando a diversidade cultural

devendo abordar conteúdos que responda as peculiaridades em que a escola está inserida, tais

como: a formação da sociedade brasileira, a Cultura-Afro Brasileira, questões a educação e os

costumes do homem do campo etc.

A sociologia deve assegurar a inserção; construção; transmissão de valores, normas e regras

capazes de desenvolver a vida do indivíduo em sociedade e de forma contextualizada, garantindo à

inserção de todos os temas pertinentes as minorias.

A partir destes deve-se discorrer acerca de problemas contemporâneos que representam

demandas sociais concretas, alguns deles, inclusive, foram estabelecidos em lei, como a lei nº.

11645/08 trata sobre obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro brasileira, africana e

indígena.

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

A SEED ampliou as discussões, incorporando os Desafios Educacionais Contemporâneos,

os quais têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em

especial dos movimentos sociais.

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Primeiramente a SEED (2008 p 6) situa o currículo como um produto histórico, resultado

de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes

que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também

históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos, como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem

enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.

Nesta perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. (2001). Esta historicidade ajuda a compreender por que algumas demandas ganham força de lei e outras não.

Porém a SEED ressalta que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e

fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes desafios, entendendo-os na

mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da

totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

A História e cultura afro brasileira, africana e indígena deve ser discutido como expressão histórica,

política e econômica da realidade.

Tais conteúdos não se constituem como temas transversais, pois não são assuntos a serem esporadicamente trabalhados na forma de projetos ou apenas durante dias específicos como o Dia da Consciência Negra, são, sim, conforme indicam nossas Diretrizes, conteúdos que devem ser trabalhados em todas as disciplinas da matriz curricular e assim devem estar contemplados no Projeto Político-Pedagógico de cada instituição de ensino (PARANÁ, 2006, p.7).

Portanto, a partir das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,

pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão ser contemplados no Plano de

Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar os fundamentos conceituais, entendo-o nas

dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos,

dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo no âmbito do ensino da Sociologia dar-se-à através de um tratamento

metódico e sistemático. Será pensando e elaborado de forma transparente e coletiva, ou seja, seus

critérios devem se debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos, evidenciando a

clareza e coerência do educando na exposição das idéias, seja no texto oral ou escrito.

A avaliação deverá levar em consideração o aluno enquanto sujeito-histórico de transformação da

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sociedade, o mesmo deverá ser avaliado na sua prática diária considerando seu contexto social, sua

evolução para o conhecimento e acima de tudo o seu poder de transformação própria e do meio em

que vive. Cabe ressaltar que alunos com dificuldades de aprendizagem, a forma de avaliação se

dará por meio de acompanhamento permanente de ações e evoluções, respeitando seu tempo e sua

capacidade de interagir com o grupo.

INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Leitura

• Pesquisas bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários;

• Provas teóricas e práticas.

• Registros em forma de relatórios, gráficos, Portfolio, áudio-visual e outros.

A partir do Conteúdo Estruturante O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas espera-se

que os estudantes compreendam:

• O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;

• Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;

• Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da

sociedade e dos indivíduos.

• Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de

análise e crítica da realidade social que os cerca.

• Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a

diversidade de interesses existentes na sociedade.

No desenvolver do conteúdo Estruturante Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

Espera-se que os estudantes

• Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;

• Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu

processo de socialização e as contradições deste processo;

• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são

interdependentes;

A partir do Conteúdo Estruturante Cultura e Indústria Cultural. Espera-se que os alunos:

• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais

e de gênero presentes nas sociedades.

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• Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação

na sociedade contemporânea;

• Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que

transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e

padronização de opiniões, gostos e comportamentos;

• Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está

relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.

No desenvolver do conteúdo Estruturante Trabalho, Produção e Classes Sociais. Espera-

se que os estudantes compreendam de forma crítica:

• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história

• A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a

ela.

• As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;

• Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”,

variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de

dominação política;

• As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização;

Espera-se que os alunos a partir do Conteúdo Estruturante Poder, Política e Ideologia

• Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno, e as

contradições do processo de formação das instituições políticas;

• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas

sociedades.

• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais.

• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades.

• Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na

sociedade brasileira.

Espera-se que os estudantes no desenvolver do conteúdo Estruturante Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais:

• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua relação com a

cidadania;

• Percebam como direitos que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de

diversos indivíduos ao longo do tempo;

• Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa

sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

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• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.

• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais

em suas especificidades.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana. Brasília. 2005

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede

de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a

educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e

africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.

BRASIL. LEI Nº. 11.645, DE 10 de março de 2008 inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba, 2008.

_______. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e

médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário

Oficial do Paraná, Brasília, n. 6134, 18 dez. 2001.

______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005.

_______. SEED. SUED. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-

brasileira e africana : educando para as relações étnico-raciais Paraná. Curitiba: SEED-PR,

2006.

________. SEED. SUED. Orientações para a organização da semana pedagógica, Curitiba:

SEED-PR, 2008.

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