25
Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus 1 COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII” 1º ANO DO ENSINO MÉDIO Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: [email protected].br Aluno (a): ___________________________________________________, nº_________ História é a ciência do passado e do presente, um e outro inseparáveis. Apesar de atrelados, passado e presente não podem ser analisados de forma mecânica, estreita e determinista”. Fernando Braudel Ribeirópolis SE 2012 Fonte: www.google.com.br (imagens) Trilha da História

COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

1

COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”

1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: [email protected]

Aluno (a): ___________________________________________________, nº_________

“História é a ciência do passado e do presente, um e outro inseparáveis. Apesar de atrelados, passado e presente não podem ser analisados de forma mecânica, estreita e determinista”. Fernando Braudel

Ribeirópolis –SE

2012

Fonte: www.google.com.br (imagens) Trilha da História

Page 2: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

2

SUMÁRIO 1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03 2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre .............................................................................. 07 3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 11 4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 12 5 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 15 6 – Questões referentes ao segundo bimestre ..................................................................................... 17 7 – Questões referentes ao terceiro bimestre ....................................................................................... 20 8 – Questões referentes ao quarto bimestre ......................................................................................... 22

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Veja livro adotado)

* PRIMEIRO BIMESTRE: - 1. A construção da história; 2. Da origem do ser humano à formação dos primeiros Estados; 3. A identidade do homem americano; 4. Mesopotâmia, Egito e o Reino do Cuxe. * SEGUNDO BIMESTRE: - 5. Hebreus, fenícios e persas; 6. Grécia: berço da civilização ocidental; 7. O esplendor de Roma. * TERCEIRO BIMESTRE: - 8. Alta Idade Média; 9. Nascimento e expansão do Islã; 10. A civilização bizantina; 11. Baixa Idade Média. * QUARTO BIMESTRE: - 12. A consolidação das monarquias na Europa moderna; 13. O Renascimento cultural e científico; 14. A expansão ultramarina europeia e o mercantilismo; 15. A Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica.

“Para ser válida toda educação, toda ação educativa deve necessariamente estar precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida concreto a quem queremos educar”.

Paulo Freire

Bom estudo!!

Page 3: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

3

APOSTILA DE HISTÓRIA

ESQUEMA DOS CONTEÚDOS PRIMEIRO BIMESTRE

I – A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA

(Veja página 10 do livro)

História, que em grego significa investigação, surgiu com esse fim, na Grécia do século V a.C. com Heródoto, considerado o pai da História. Conceito: a História estuda o passado comparando-o com o presente e observando as transformações que ocorreram com a humanidade visando analisa-las criticamente. Função da História: auxiliar o homem na busca da sua identidade. Objetivos: o homem deve ser capaz de: compreender o processo histórico; perceber as raízes dos fatos contemporâneos; interpretar e criticar os fatos; entender as transformações na sociedade. O objeto da História é o fato histórico. Fato histórico é toda e qualquer ação humana que ultrapassa ao campo do indivíduo e do grupo; é um acontecimento que tem importância para a coletividade. É possível construir uma análise crítica em relação a um determinado fato histórico – síntese histórica (teoria construída para o fato a escrita final). A síntese histórica se dá a partir da reunião das fontes históricas (primárias e secundárias). Fontes: todo material confiável e sujeito a cientificidade. Não escritas e escritas Ex: fósseis, documentos, pinturas, vestígios. 1. Mito e Ensinamentos: O que significa mito? 1. Segundo o Aurélio: história fabulosa, coisa inacreditável, sem realidade. Porém, antes de Heródoto a História era baseada em mitos. Por que os gregos se basearam no mito para fazer história? Porque o mito era o grande mestre dos gregos em todas as questões do espírito. Com ele aprendiam sobre moralidade e conduta; as virtudes da nobreza, raça, cultura e até política. Obs: Os gregos dividiam o passado em duas partes: era heróica (tempo dos deuses) e pós-heróica (tempo dos homens). 4 - Para José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti (1998), a Historiografia, isto é, a arte de escrever a História apresenta quatro momentos em sua evolução: A – HISTÓRIA-CRÔNICA: da Antiguidade aos cronistas medievais; é a história heróica, das batalhas, dos reis; dava lições de moral, era a mestra da vida. B – HISTÓRIA-CIÊNCIA: a História do século XIX, ligada ao desenvolvimento das demais Ciências Sociais, como a Sociologia, a

Antropologia; formula problemas e dá as respostas, usando método próprio, a análise documental; ganha assim um sentido pragmático, isto é, deve compreender as transformações do passado e apontar diretrizes para o futuro. C – HISTÓRIA TOTAL: fortemente ligada às Ciências Sociais, ao marxismo, ao estruturalismo, procura ultrapassar a aparência imediata dos fatos e atingir as explicações mais profundas; tenta captar o sentido das mudanças, por isso privilegia as rupturas em detrimento da continuidade. D – NOVA HISTÓRIA-SOCIAL: movimento de posição à história mais interpretativa, mais estrutural; valoriza a História da Cultura, das mentalidades, das representações, dos mitos, do cotidiano, sem se ocupar da busca de relações determinantes. Ciências auxiliares da História: nas suas investigações, o historiador recorre ao auxílio de outras ciências para interpretar os acontecimentos históricos. Vejamos algumas delas: a) Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano; b) Economia: estuda a produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza; c) Arqueologia: estuda os vestígios deixados pelas civilizações passadas; d) Paleontologia: estuda os fósseis de animais e vegetais; e) Epigrafia: estuda os escritos antigos em materiais pesados, como pedra, argila, madeira e bronze, entre outras. PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA: periodizar significa indicar períodos, demarcar com elementos que caracterizam o tempo demarcado. Entre os povos cristãos ocidentais, a periodização dominante divide o estudo da humanidade em Pré-História e História. 1) PRÉ-HISTÓRIA: : antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C. Divide-se em: - Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada; - Neolítico ou Idade da Pedra Polida e - Idade dos Metais. Fontes: ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis, arte rupestre, esculturas, adornos. 2) HISTÓRIA: Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos: - Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C. até 476 (invasão do Império Romano); - Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos); - Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa); - Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

Page 4: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

4

Fontes: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

(Fonte: http://historiapublica.blogspot.com/2009/06/linha-do-tempo.html)

CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes, as práticas, as maneiras de ser, os rituais, a indumentária (forma de se vestir) e as normas de comportamento são aspectos incluídos na cultura. Outra definição estabelece que a cultura é o conjunto de informações e habilidades que um individuo tem. Para a UNESCO, a cultura confere ao ser humano a capacidade de refletir sobre si mesmo: através da reflexão, o homem discerne valores e procura novas significações. (Cf. http://conceito.de/cultura) PATRIMÔNIO CULTURAL: É como uma herança que todos recebemos ao nascer e que faz o conjunto dos bens que pertencem a um povo ou um país. Pode ser considerado: a) Patrimônio material: “composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Estão divididos em bens imóveis como os núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e bens móveis como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.” (Cf. http://portal.iphan.gov.br) b) Patrimônio Cultural Imaterial: “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” (Cf. http://portal.iphan.gov.br)

DOS PRIMEIROS HUMANOS À FORMAÇÃO DOS PRIMEIROS ESTADOS

(Veja página 30 do livro)

A PRÉ-HISTÓRIA

I – Considerações sobre o Termo: Influência do evolucionismo do séc. XIX ideia de progresso, superioridade X inferioridade.

O que é Pré–História? – é o estudo da sociedade humana antes do aparecimento da escrita. - A Hominização 1)Teoria do criacionismo – religiosa (Bíblia) 2)Teoria do evolucionismo – científica (C. Darwin) Pongídeos ou Hominídeos 227 Evolução Humana Hominídeos – compreende os gêneros: australopithecus e o humano. Viveu cerca de mais de 5 milhões de anos. Australopithecus – surgiu na África, a cerca de 4 milhões de anos; Homo Habilis – 2,4 milhões; Homo Erectus – 1,8 milhões, alcançou a Europa, a Ásia e a Oceania; Homo Sapiens – 230 mil. Homo sapiens sapiens – homem moderno. DIVISÃO DA PRÉ-HISTÓRIA

Paleolítico – Não produtor Grupos de caçadores e coletores; / Vida nômade; Cooperação e divisão de tarefas; / Pintura rupestre; / Controle do fogo. Neolítico – Revolução Neolítica – Produtor O homem interfere no meio ambiente; / Vida sedentária; / Técnicas agrícolas; / Domesticação de animais; / Surgimento: cerâmica, divisão do trabalho, divisão social, Estado, crescimento populacional, propriedade privada. Idade dos Metais - o homem desenvolveu a metalurgia (Fundição de metais: cobre bronze e ferro); Revolução urbana; / Formação do Estado; / Surgimento da escrita (Início da História). A IDENTIDADE DO HOMEM AMERICANO

(Veja página 45 do livro)

PRÉ-HISTÓRIA AMERICANA (OCUPAÇÃO DA

AMÉRICA) Hipótese mais provável – Teoria Clóvis – Os primeiros povoadores teriam chegado à América através do estreito de Bering, numa época do rebaixamento e congelamento dos oceanos facilitando a passagem do ser humano da Sibéria pelo Extremo Norte da Ásia chegando ao Alasca entre 10 a 11 mil anos atrás. - Pesquisas recentes x Teoria Clóvis. - Pesquisas arqueológicas atuais: Alguns estudiosos acreditam que os primeiros povoadores da América tenham chegado através de ondas migratórias a mais de 20 mil anos atrás. - Luzia, a primeira brasileira.

Page 5: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

5

- Alguns sítios arqueológicos da América: Meadowcroft (Pensilvânia – Estados Unidos); Monte Verde (Chile); PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA Sítios Arqueológicos: São Raimundo Nonato – (Piauí) 50 mil anos; Lagoa Santa (MG) – 12 mil anos; Pedra Pintada (Pará). - A Pré-história brasileira divide-se em dois grandes períodos: * Culturas do Pleistoceno – Trata da origem dos primeiros povoadores da América; * Culturas do Holoceno – Culturas pré-cerâmicas do litoral (os sambaquis); Culturas Meridionais (Tradições Taquara e Itareré); Culturas do Brasil Central e Nordeste (Tradições Uma e Aratu). Vestígios arqueológicos encontrados no Brasil: Objetos líticos e cerâmicos; Sambaquis; Pinturas rupestres, entre outros. PRÉ-HISTÓRIA SERGIPANA A Arqueologia e seu objeto de Estudo Os estudos arqueológicos em Sergipe datam a presença humana a mais de 9000 a.C. Principais municípios sergipanos onde foram encontrados materiais arqueológicos: Canindé do São Francisco, Divina Pastora, Cristinápolis, Pacatuba, Lagarto e Frei Paulo. A cultura Canindé: Localizava-se em territórios da bacia do São Francisco, no Canyon material cerâmico, artefatos líticos, registros rupestres, rituais de enterramento (sepultamento primário). Tradição Aratu: localizava-se na faixa litorânea principalmente em Pacatuba e Cristinápolis. No entanto o principal sítio arqueológico dessa tradição é o sítio Fortuna na cidade de Divina Pastora. Os povos dessa tradição realizavam sepultamentos secundários. Tradição Tupi-guarani: localizava-se próximo às bacias hidrográficas, possuíam sepultamentos secundários e alimentam-se principalmente de mandioca além da caça e pesca. Características gerais da vida do homem pré-histórico sergipano: viviam em pequenos grupos; eram nômades; moravam em casas feitas de troncos de madeira e cobertas com palhas ou em grutas como as do Canyon do Rio São Francisco; caçavam, pescavam e plantavam milho e feijão; usavam arco e flecha; fabricavam objetos cerâmicos; existia uma divisão sexual e etária do trabalho; acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos mortos. Troncos Lingüísticos – Tupi e Macro-Jê Tribos – xocó, tupinambá, kiriri, boimé, karapotó – aramuru

II – MESOPOTÂMIA, EGITO E O REINO DO CUXE

(Veja página 55 do livro)

A ANTIGUIDADE ORIENTAL - O berço das primeiras civilizações. - Quadro natural: Crescente Fértil. - Povoamento: hamitas, semitas e indo-europeus. 1 – O EGITO ANTIGO - Localização: Nordeste da África (veja mapa em anexo); - Povoamento: tribos nômades vindas do deserto do Saara e da Península da Arábia; - Obs.: para o historiador grego Heródoto, o Egito era uma “dádiva do rio Nilo”. (tese causal hidráulica). 1.1 - DIVISÃO DA HISTÓRIA EGÍPCIA 1 – Período Pré-Dinástico (4000 – 3200 aC.) - Características: * trabalhos coletivos de regadio; * organização dos nomos e os reinos do Alto (Sul) e do Baixo Egito (Norte). 1.2 – PERÍODO DINÁSTICO 1.2.1 – O Antigo Império (3200 – 2300 aC.) - Características: * o Estado centralizado dos faraós; * construção das grandes pirâmides de Gizé; * construção de obras hidráulicas (canais, diques) para controlar as cheias do rio Nilo); * o desaparecimento do Antigo Império. 1.2.2 – O Médio Império (2100 – 1780 a.C) - Características: * restauração da unidade política e do poder do faraó; * expansão das atividades comerciais; * invasão dos hicsos (povos de origem asiática); * o fim do Médio Império. 1.2.3 – O Novo Império (1580 – 1090 a C) - Características: * o apogeu da civilização egípcia – Tutmés III, o militarismo e o expansionismo; * o faraó herético Amenotep IV e a reforma religiosa monoteísta (culto ao Deus solar Áton); * o faraó Ramsés II e a guerra com os hititas, a invasão assíria e o desaparecimento do Novo Império. 1.2.4 – O Renascimento Saíta (662 – 525 a C) - Características: * os faraós Psamético e Necano (Psamético I expulsou os assírios e promoveu o florescimento econômico e cultural); * a invasão persa e o fim do Renascimento Saíta; * o domínio estrangeiro (persas, gregos e romanos). 1.3 – DESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA - Economia: agricultura de regadio (base), comércio exterior, artesanato e a manufatura; * Modo de produção asiático (servidão coletiva); * dirigismo econômico;

Page 6: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

6

* o Estado era proprietário das terras; - Regime político: Monarquia Teocrática Absolutista; - Religião: Politeísta Espiritualista: * crença na imortalidade da alma; * mumificação. - Sociedade estratificada e hierarquizada: Faraó, nobres, sacerdotes, escribas; artesãos, felás (camponeses) e escravos; - Ciências (caráter prático e utilitário): * Astronomia: calendário solar, divisão do ano em 365 dias e o dia em 24h; * Medicina: doenças do estômago, coração e cirurgias no crânio; * Matemática: álgebra e geometria; - Escrita: Hieroglífica, Hierática e Demótica. (Pedra de Roseta); - Artes: Arquitetura (templos de Karnac e Luxor); escultura; pintura e literatura (livros dos mortos, hino ao sol); - Obs.: As artes estavam voltadas para a glorificação dos deuses e faraós. 2 – A MESOPOTÂMIA

“Uma terra entre rios”. - Localização: estreita faixa de terra comprimida entre os rios Tigre e Eufrates, situada na parte Oriental do Crescente Fértil (veja mapa em anexo); - Povoamento: essa região foi habitada ou invadida por diversos povos: 2.1 - SUMÉRIOS - Características: * inexistência de unidade política; * construção das primeiras obras de irrigação; * desenvolveram a escrita Cuneiforme; * criaram a roda; * organizaram-se em cidades-estados como: UR,NIPPUR, LAGASH e URUK, governadas por monarcas chamados de Patesi; * constante rivalidades entre as cidades-estados. 2.2 - ACÁDIOS - Características: * dominaram a região mais ou menos meio século; * Sargão I, o monarca mais importante (rei dos quatro cantos da terra.); * unificou as cidades-estados sumerianas; * fundou a cidade de Acad; * apogeu do império: construção dos Zigurates, pirâmides escalonadas, e dos canais de irrigação na região de Sumer; * invasão dos guti; * conquista dos amoritas. 2.3 – AMORITAS (ANTIGOS BABILÔNIOS) - Características: * fixaram-se na região de Acad, e transformaram a cidade da Babilônia na capital de seu império; * Soberano: Hamurabi;

* criação do código de Hamurabi ou Lei do Talião “(olho por olho, dente por dente)”; * invasão do hititas, cassitas e mitaneanos; * invasão dos assírios. 2.4 – ASSÍRIOS - Características: * monarcas Tiglat Falasar III, Senaqueribe e Salmanasar; * capital do império: Nínive; * o militarismo e o expansionismo; * as práticas violentas contra os povos vencidos; * as rebeliões dos povos conquistados. 2.5 – CALDEUS (NOVOS BABILÔNIOS) - Características: * segundo império babilônico; * monarca: Nabucodonosor; * construção da Torre de Babel e dos Jardins Suspensos da Babilônia; * a crise do império e a conquista persa. 2.6 - A CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA - Economia: agricultura de regadio (base), comércio exterior, artesanato e a manufatura. - Organização política: Monarquia Teocrática Absolutista. - Religião: Politeísta. - Organização Social: a sociedade era dividida em castas (governantes, sacerdotes, militares e comerciantes; camponeses, pequenos artesãos e escravos); - Desenvolvimento Científico: * Medicina; * Matemática (divisão, multiplicação, raiz quadrada, raiz cúbica e álgebra). * Astronomia (previsão de eclipses, criaram o horóscopo, distinguiram planetas de estrelas, criaram um calendário com o ano de 12 meses divididos em semanas de 7 dias e estes com 12h). - Legado: escrita Cuneiforme, obras literárias, monumentos arquitetônicos e o código de Hamurabi.

3 – CUXE: O GRANDE REINO NEGRO

- Localização: o Cuxe desenvolveu-se na região conhecida como Núbia, no Norte da África, onde atualmente se localiza o Sudão. - Antiga capital: Méroe (patrimônio mundial). - Forte influência cultural e religiosa dos egípcios. - Períodos de guerras e disputas políticas. - A dinastia cuxita no Egito. * Os faraós cuxitas. - O período meroíta. - O sistema de sucessão dos reis: * Poder hereditário por linhagem real; * O papel das mulheres. - Economia: * Criação de animais (gado, carneiros, cabras, cavalos, burros e camelos);

Page 7: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

7

* Agricultura: trigo, cevada, sorgo, lentilha, melão, abóbora, pepino e algodão). O algodão era a cultura principal (fiação e tecelagem). * Exportava: ouro, ametista e rubi; * Importava: prata, cobre e bronze. * Comércio desenvolvido em pontos estratégicos entre o mar Vermelho e o Alto do Nilo. - Sociedade: Rei e sua família; corte, funcionários, militares e sacerdotes. agricultores, criadores, artesãos, pequenos funcionários e comerciantes.

escravos – em geral eram prisioneiros de guerra

- Arte: os objetos produzidos eram considerados de grande nível técnico e artístico (templos, palácios, móveis, cerâmicas, joias, etc. - Religião: Politeísta e antropozoomórfica. - Escrita: hieróglifos egípcios e depois criaram sua própria escrita – meroíta – que ainda está sendo decifrada.

SEGUNDO BIMESTRE

4 – OS HEBREUS (Veja página 79 do livro)

- Localização: Palestina, encruzilhada do Oriente entre o Egito, Mesopotâmia, Fenícia e Arábia (veja mapa em anexo); - Povoamento: tribos de origem Semita. - Primeiro povo monoteísta da História. - Evolução política: 4.1 – PATRIARCAS: - Características: * formação das 12 tribos de Israel; * ausência de unidade política; * tribos seminômades e economia agro-pastoril. * primeiro patriarca: Abraão. * o cativeiro no Egito; * retorno dos hebreus à Palestina (Êxodo). 4.2 – OS JUÍZES - Características: * luta pela reconquista da Palestina; * início do processo de centralização política; * principais juízes: Gedeão, Sansão, Samuel. 4.3 – PERÍODO DOS REIS - Saul – Instituição da monarquia e criação do Estado hebreu. - Davi – venceu os filisteus e consolidou o Estado israelita. - o apogeu da monarquia israelita: o Reinado de Salomão. * desenvolvimento do comércio; * construção do Templo de Jerusalém; * descontentamento popular devido os pesados impostos e o trabalho dos camponeses nas obras públicas. 4.4 - O CISMA

- Divisão da monarquia hebraica após a morte de Salomão - Surgimento dos reinos de Israel e Judá; * Reino de Judá (Sul): duas tribos com capital em Jerusalém; * Reino de Israel (Norte): dez tribos com capital em Samaria - Invasões estrangeiras; 4.5 - DOMÍNIO ESTRANGEIRO - As invasões na Palestina; - O cativeiro da babilônia; - Dominação romana; - Destruição do Templo de Jerusalém; - A Diáspora. 4.6 - CIVILIZAÇÃO HEBRAICA - Economia: agro-pastoril e comercial; - Religião: Judaísmo (monoteísta); - Contribuições: ciências, artes, direito e na literatura;

5- OS FENÍCIOS 1. ORIGEM Os fenícios, chamados sidônios no Antigo Testamento e fenícios pelo poeta Homero, eram um povo de língua semítica, ligado aos cananeus da antiga Palestina. Fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea por volta de 2500 a.C. No começo de sua história desenvolveram-se sob a influência das culturas suméria e acádia da vizinha Babilônia. 2. LOCALIZAÇÃO Saindo do litoral norte do Mar Vermelho, fixaram-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Por volta de 1800 a.C., o Egito, que começava a formar um império no Oriente Médio, invadiu e controlou a Fenícia, controlando-a até cerca de 1400 a.C. 3. FORMAÇÃO DO IMPÉRIO Por volta de 1100 a.C. os fenícios tornaram-se independentes do Egito e converteram-se nos melhores comerciantes e marinheiros do mundo clássico. 4. ECONOMIA Destacaram-se no comércio marítimo devido à proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios tornando-se um dos mais fortes setores da economia fenícia, além da pesca e o cultivo de cereais, videiras e oliveiras e o artesanato. 5. ADMINISTRAÇÃO No litoral surgiram suas principais cidades-estados: Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Cada uma delas tinha um governo autônomo responsável pelas questões políticas e administrativas. 6. POLÍTICA Definido como uma Talassocracia, ou seja, um governo comandado por homens ligados ao mar, pela elite marítimo-comercial enriquecida pelo comércio marítimo. No ano de 1400 a.C. os fenícios dominaram as rotas comerciais, anteriormente controladas pelos cretenses.

Page 8: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

8

7.RELIGIÃO Foram politeístas e panteístas, tendo como principais deuses: Baal deus associado ao sol e às chuvas e Astarté deusa da riqueza e da fertilidade; os rituais eram feitos ao ar livre oferecendo como sacrifícios animais e homens. Os templos eram o centro da vida cívica. 8. CULTURA A contribuição fenícia mais importante para a

civilização foi o alfabeto fonético, que deu origem às

línguas clássicas que assentaram as bases do alfabeto

ocidental contemporâneo. Atribui-se também a esta

cultura a invenção da tinta de púrpura e do vidro. A

Astronomia foi um campo desenvolvido em função das

técnicas de navegação necessárias à prática comercial.

6- OS PERSAS

1. FORMAÇÃO DO IMPÉRIO: PLANALTO DO IRÃ Chegada dos Medos e dos persas: 1500 a.C. Unificação dos dois povos: a) Domínio dos persas pelos Medos : século VII a.C. b) Os persas venceram a dominação dos Medos e promoveram a unificação dos dois povos, formando um império (Ciro 550 a.C.) 2. CONQUISTAS MILITARES: Oriente, a Mesopotâmia, a Ásia Menor, e o Egito Ciro a) Cambises

b) Dario I: extensão máxima

Batalha de Maratona (490 a.C.)

c) Xerxes: derrotado pelos gregos 3. ADMINISTRAÇÃO As mais importantes cidades persas eram Susa, Persepolis, Babilônia e Ecbatana. Satrapias: províncias administradas pelo sátapra (20 ao todo) “Olhos e ouvidos do rei”: fiscais Medidas para manter a unidade: a- Aperfeiçoamento dos transportes;

b- Eficiente serviço de correios;

c- Adoção da língua aramaica;

4. ECONOMIA: agricultura, artesanato e comércio Moedas de ouro (daricos) 5. RELIGIÃO: No inicio da Civilização, os persas adoravam diversos deuses – Zoroastrismo:

a - Fundador: Zoroastro b-Livro sagrado: Zend-Avesta c-Deuses: Ormuz (bem) Arimã (mal) d-Doutrina: juízo final, ressurreição, salvação no céu e condenação ao inferno. Princípios morais e religiosos encontrados também no Cristianismo, no Judaísmo e no Islamismo. 6. CULTURA

Arte e Arquitetura: No Campo da Arte os persas assimilaram a produção artística dos povos dominados por eles. Boa parte dos palácios persas foram construídos por artistas Assírios, Babilônicos, egípcios. 7. DECLÍNIO DO IMPÉRIO PERSA Na tentativa de conquistar os Povos da Grécia, o Império Persa encontraria o seu fim. No governo de Dario I, eles se envolveram nas Guerras Médicas contra os Gregos. Desde a Batalha de Maratona os Persas amargariam sucessivas derrotas. Assim como Dario I, os reis persas Xerxes e Ataxerxes fracassaram no objetivo de subjugar os Gregos No choque entre as duas Civilizações os gregos levaram a melhor. O Império Macedônico que havia conquistado toda a Grécia tomou as dores dos gregos e passaram a lutar contra os Persas. Em 332 a.C o Império Persa chegaria ao seu fim. Alexandre o Grande, Rei da Macedônia, depois de uma serie de Batalhas conquistaria todo Oriente, antes pertencente a Dario III, ultimo Rei da Pérsia Antiga.

A ANTIGUIDADE CLÁSSICA

1 - A GRÉCIA ANTIGA

“A unidade da diversidade” - Localização: A Grécia Antiga localizava-se no sudeste da Europa, ao sul da Península Balcânica, na bacia oriental do mar Mediterrâneo (veja mapa em anexo). - Obs.: a Grécia Antiga ocupava um território que pode ser divido em três grandes partes (Grécia continental, Grécia peninsular e Grécia insular).

1.1- O PERIODO HOMÉRICO (1700-800 a.C.)

- Fontes: pesquisas arqueológicas; — A Ilíada e a Odisséia (Poemas de Homero). — Origem da Grécia Antiga: civilização cretense e a micênica; - A lenda do minotauro; — A invasão dos indo-europeus (aqueus, Jônios, eólios e dórios); — A primeira diáspora; — A comunidade gentílica: o genos, a frátria e a tribo: * Economia agro-pastoril, baseava-se na propriedade comunitária da terra; * A autoridade política baseava-se na religião e na tradição, exercida pelo pater; * O crescimento demográfico e a falta de terras férteis. — A formação da polis grega: * Expansão das atividades agrícolas, comerciais e artesanais; — A independência das cidades- estados.

Page 9: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

9

— A monarquia: * O baliseus; * O conselho de nobres; * A assembléia popular. — Principais cidades-estados: Atenas, Esparta, Mégara, Corinto, Argos, Mileto, Tebas, Olímpia.

1.2 - O PERIODO ARCAICO (800-500 a.C.) — A segunda diáspora grega (emigração colonizadora). — A expansão da Grécia. — O desenvolvimento da indústria e da construção naval, e a dimensão internacional do comércio. * A rica classe média de artesãos, armadores e comerciantes; * Aumento da escravidão por dívida e o desemprego; * Crise social e política; * Surgimento dos legisladores e dos tiranos; * A disputa entre os demos e a nobreza.

1.3 - O Esplendor das Pólis: Esparta e

Atenas 3.1 - ESPARTA

— Local: península do pelopaneso, na planície da Lacônia, às margens do rio Eurotas; — Povos fundadores: Dórios; — Sistema político: oligarquia segundo a grande Retra o poder estava dividido em: Diarquia, Gerúsia, Ápela e Conselho dos Éforos; — Economia: agricultura; — Sociedade:

Esparciatas Periecos Hilotas

— Sistema educativo: visava o militarismo. 1.4 - ATENAS

— Localização: situa-se na parte central da planície da Àtica, a cinco quilômetros do mar Egeu. — Povos fundadores: Jânios — Sistema político: Monarquia, oligarquia, Democracia — Economia: comércio marítimo — Sociedade:

Eupátridas Metecos Escravos

- Sistema educativo: Visava formar o bom cidadão.

1.5 – O PERÍODO CLÁSSICO

— A Guerras Médicas: Gregos X Persas; — A Guerra do Peloponeso: Atenas X Esparta; — A hegemonia de Tebas; - A dominação macedônica; — O período Helenístico; — Cultura e Mentalidade: * Religião: Politeísmo Antropomórfico. - Ciências - Filosofia: O desmembramento do conhecimento filosófico: Medicina, Matemática, História, artes, teatro, escultura. — Os jogos olímpicos.

2 - A CIVILIZAÇÃO ROMANA - Localização: Península Itálica, ao sul da Europa, banhada pelo mar Mediterrâneo. Região de solo fértil e pouco recortado (veja mapa em anexo). - Povos que habitavam a península: Gauleses (Norte); Gregos (Sul); Etruscos e Italiotas (Centro); - Fundação lendária: Rômulo e Remo. - Evolução política: Monarquia, República e Império.

2.1 – MONARQUIA OU REALEZA

(de 509 a.C. – 27 a.C.) - DICA: Durante esse período os romanos viviam da agricultura e do pastoreio, sendo sua sociedade dividida em: A – PATRÍCIOS: Grandes proprietários (aristocracia), tinham direitos políticos e controlavam o exército. B – PLEBEUS: Pequenos proprietários, comerciantes e artesãos. - DICA: Eram marginalizados socialmente, politicamente e economicamente. C – CLIENTES: Pessoas dependentes das famílias patrícias. D – ESCRAVOS: Prisioneiros de guerra, escravos por dívidas ou enjeitados quando criança. - DICA: A família era Patriarcal.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA * REI: Desempenhava as funções militares,

religiosas e judiciais. Sua autoridade era limitada.

* SENADO: Composto pelos chefes das famílias patrícias. Funções: Tinha o direito do veto e sanção das leis apresentadas pelo rei.

* ASSEMBLÉIA CURIAL: Formada por todos os patrícios em idade militar. Tinha a função de discutir as questões do governo e eventuais guerras.

2.2 - A REPÚBLICA ROMANA

(de 509 a.C. – 27 a. C.)

Page 10: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

10

DICA: A causa fundamental da proclamação da República foi o absolutismo do rei Tarquínio, o Soberbo.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

- SENADO: dirigia a política externa e atuava como corpo assessor nos mais importantes assuntos internos. Era o órgão máximo. - CONSULADO: dois cônsules, encarregados do

poder executivo; - DITADOR: encarregado do poder executivo em tempos de guerra; * PRETOR: cuidava da justiça; * QUESTOR: cuidava das finanças; * EDIS: cuidava da manutenção; * CENSOR: cuidava do recenseamento; * ASSEMBLÉIA CENTURIAL: era dividida em

grupos de 100 soldados, cuja função era votar os projetos (98 centúrias patrícias e 95 plebéias);

* ASSEMBLEÍA CURIAL: Examinava os assuntos religiosos;

* ASSEMBLEÍA TRIBAL: Nomeava os questores e edis.

2.3 - AS LUTAS DE CLASSES

PATRÍCIOS X PLEBEUS - CAUSAS: * os plebeus eram excluídos da magistratura e do matrimônio patrício; * Os plebeus eram obrigados a participar de guerras freqüentes; * A escravidão por dívida; * A falta de leis escritas.

2.4 - A RETIRADA DOS PLEBEUS PARA O MONTE SAGRADO

* PRINCIPAIS CONCESSÕES: * Tribunos da plebe: dois magistrados plebeus

eleitos por um ano. Não podiam propor leis, mas tinham o direito do veto;

* Lei das Doze Tábuas: primeira lei escrita especificando os direitos e deveres de todos os cidadãos;

* Lei Canuléia: permitiu o casamento entre plebeus e patrícios;

* Lei Licínia: concedeu direitos políticos; possibilitou aos plebeus partilharem das terras conquistadas; acabou com a escravidão por dívida (só foi concretizada em 326 a.C.).

2.5 - AS GUERRAS PÚNICAS

- CAUSAS:

* desenvolvimento do comércio e da navegação romana que se tornou rival de Cartago na luta por mercados; * a inveja dos romanos pela expansão cartaginesa na Sicília; * a disputa pelo predomínio do Mediterrâneo, grande centro comercial da Antiguidade. - Conseqüências: * domínio comercial de Roma no Mediterrâneo; Expansão Romana no Oriente Helenístico; * destruição de Cartago; * aparecimento do Latifúndio; * aumento da escravidão em Roma; * acumulação de riquezas em conseqüências das indenizações das guerras e saques, etc.

2.6 - AS LUTAS CIVIS

* TIBÉRIO GRACO: Lei Agrária Licínia: Mandava distribuir aos pobres uma parte das terras pertencentes ao Estado. * CAIO GRACO: * Lei Agrária: fazer uma reforma agrária; * Lei Fundamentaria: Mandava baratear o custo do trigo aos pobres; * Lei Viária: Determinava a construção de estradas e obras públicas; * Lei Social: Concedia cidadania a todos os habitantes da Itália.

2.7 - OS TRIUNVIRATOS * 1º TRIUNVIRATO: Júlio César, Pompeu e Crasso. * 2º TRIUNVIRATO: Marco Antônio (parte

Oriental); Otávio (parte Ocidental); Lépido (parte Africana).

DICA: Na batalha naval de Ácio, Otávio venceu

Marco Antônio, que marcou o fim da Republica Romana.

2.8 - O IMPÉRIO (de 27 a.C. – 476 d.C.)

O GOVERNO DE OTÁVIO AUGUSTO

- DICA: caracterizou-se pelo desenvolvimento econômico e cultural.

- OBS.: Em seu governo nasce Jesus Cristo, o fundador do Cristianismo.

- DICA: O EDITO DE MILÃO: Concedeu liberdade de culto aos cristãos. - A decadência do Império Romano: * anarquia Militar; * crise escravista; * crescimento do Cristianismo; * crise econômica; * volta para a economia rural de subsistência; * as invasões bárbaras; - Cultura Romana: * Religião: Politeísta, prática e utilitarista; * Contribuição para o Ocidente: Direito, latim e o Cristianismo.

Page 11: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

11

III – TERCEIRO BIMESTRE

ALTA IDADE MÉDIA (Veja página 136 do livro)

3 - OS BÁRBAROS

3.1 – Caracterizações - todos os povos que viviam além fronteiras do império romano e não possuíam a cultura romana eram denominados de bárbaros. Vivam em grupos, possuíam uma economia amonetária, a terra era considerada propriedade coletiva, eram politeísta e o direito era consuetudinário. Os principais grupos foram:

Tártaros - mongóis - hunos, turcos, búlgaros, etc.

Eslavos - russos, sérvios, poloneses,etc

Germanos - anglos, saxões, francos, etc 2 - Os Francos a) Dinastia Merovíngia – localizados na região onde hoje é a França, sua unificação ocorreu em 481, através de Clóvis, iniciando a dinastia Merovíngia, em homenagem a Meroveu, avô de Clóvis.

Clóvis - fundador da dinastia: conversão ao cristianismo. Após a sua morte instaurou um período dominado pelos reis indolentes, sendo o poder exercido de fato pelos Major Domus, ou, Prefeitos de Palácio, entre eles se destacaram: a) Carlos Martel - venceu os árabes na batalha de Poitiers, em 732. e Pepino, o Breve - repassou para a igreja os Estados pontifícios. b) Dinastia Carolíngia – iniciada por Pepino, o Breve e teve como maior representante o seu filho Carlos Magno. Com o apoio da Igreja os Francos objetivaram a reconstituição do Império Romano do Ocidente, dentre as suas principais realizações temos: - Divisão administrativa - condados, as marcas e supervisionados pelos "missi dominici". - Renascimento Carolíngio – valorização das artes e a volta da cultura letrada com a criação escolas palatinas e monásticas; as leis escritas denominadas de capitulares. c) Decadência do Império - o império franco entrou em decadência após a morte de Carlos Magno, através do Tratado de Verdun (843),o poder foi dividido entre os seus netos: Luís ficou com a França oriental; Carlos ficou com a França ocidental e Lotário ficou com as terras situadas entre os dois reinos (atual Itália). 4 - O IMPÉRIO BIZANTINO (Império Romano do Oriente).

- Localização: entre a Europa e a Àsia na passagem do mar Egeu para o mar Negro (veja mapa 06 em anexo)

- A cidade de Constantinopla (antiga Bizâncio dos gregos, hoje Istambu, capital da Turquia).

— Desenvolvimento de um amplo comércio e de uma rica agricultura.

— Política: autoridade máxima do imperador, chefe da igreja e do exército, e auxiliado por uma vasta burocracia.

— Principal Imperador: Justiniano. * Reconquista de grande parte do Império

Romano. * Compilação das leis romanas, o Corpus Júris

Civilis (Digesto ou Pandectas, Institutas, Novelas ou Autênticas).

* O Proseguimento da construção da catedral de Santa Sofia.

— Política externa: reconstituição do Antigo Império Romano.

- Política interna: Revolta de Nika devido aos altos impostos para sustentar as campanhas militares.

— No ocidente. * O papa Leão I. — O contato com outras regiões e povos como

gregos e árabes. - Os iconoclastas. - As heresias (correntes doutrinárias) - O Cisma do Oriente:

Igreja Católica Apostólica Romana – papa.

Igreja Ortodoxa Grega – Imperador. - Cultura: divulgação e preservação das obras dos filósofos da Antiguidade. - Decadência do Império: tomada de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos em 1453.

5 – OS ÁRABES E O ISLAMISMO — Localização: Península Arábica está localizada

entre a Àfrica e a Ásia (veja mapa 07 em anexo).

— Primeiros habitantes: Tribos nômades do

deserto (beduínos).

- Arábia Pré-Islâmica: * Religião: Politeísta — Principal cidade: Meca (Valor comercial e

religioso – a CAABA). * Tribo dos caraixitas. - A Arábia Islâmica: * Maomé e o islamismo (elementos judaicos e

cristãos). * O corão e Alá como único Deus: — A cidade de Medina (Hégira) – fuga de Maomé

de Meca para Medina (o início do calendário muçulmano).

— A unificação dos Árabes em torno do islamismo.

— A morte de Maomé. — O avanço árabe. — O avanço árabe foi barrado em direção a

Europa na batalha de Poitiers (732) – Árabes e francos.

— A desagregação religiosa. * Surgimento de duas seitas. * Sunitas e Xiitas.

Page 12: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

12

Corão Defendiam que o governante deveria ser descendente de Maomé tornando o seu poder absoluto.

Suna – Continha os ditos e feitos de Maomé. * Livre escolha dos chefes políticos pela

comunidade de crentes. — As incursões árabes realizadas no sul da

Europa, decadência comercial e a ruralização.

6 – O SISTEMA FEUDAL

“Alguns rezam, outros combatem e outros trabalham”.

- Introdução: “A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimento, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema começou a se estruturar na Europa ao final do Império Romano do Ocidente (século V), atingiu seu apogeu no século X e praticamente desapareceu ao final do século XV”. — Origens: instituições romanas ( Colonato,

Clientela, Vila, Precarium, Cristianismo); e Germânicas (Comitatus, Beneficium, Direito Consuetudinário e Economia Agro-pastoril).

— Características: - Poder político: Descentralizado. — Economia de subsistência, auto-suficiente, baixa produtividade e amonetária. * relação servil de produção. — Organização do feudo: manso senhorial, manso servil, manso comunal. — Sociedade: * Senhores feudais * Servos — Obrigações servis: corvéia, talha, banalidades,

Tostão de Pedro, homenagem, etc. A IGREJA MEDIEVAL — A grande senhora feudal; — Lutas internas; — Detentora da riqueza, do poder e da cultura; — Os mosteiros; — O Tribunal da Santa Inquisição. A DECADÊNCIA DO FEUDALISMO — As cruzadas; — O Renascimento urbano e comercial; — Fortalecimento do poder real; — Guerra dos cem anos; - A peste negra.

QUARTO BIMESTRE

3 - O ESTADO MODERNO (veja a página 194 do livro)

- O Estado Moderno formou-se em oposição a duas forças características da Idade Média: o regionalismo político e o universalismo religioso.

- A noção de soberania substitui a suserania feudal; - Características: * caráter ambíguo (de um lado, foi um Estado feudal transformado mantendo valores e privilégios dos senhores feudais. De outro, um dinâmico agente mercantil unificando mercados, pesos, moedas, leis, e eliminando barreiras internas). * Nascido da aliança rei + burguesia acabou se tomando parasitário e aristocrático com uma crescente tributação; * Endurecimento do poder do rei e oposição aos empreendimentos da burguesia. - Meios de controle político da monarquia: * burocracia administrativa; * força militar; * leis e justiças unificadas; * sistema tributário.

O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO

Com a consolidação do Estado Moderno, os reis foram concentrando poderes em suas mãos. Passaram a comandar exércitos, decretar leis e arrecadar tributos.

TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO

As mudanças culturais do Renascimento reestruturou a ideologia política européia livre das amarras da igreja e que passam a legitimar o absolutismo, como:

*NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527) – Para Maquiavel o soberano deve ficar acima das considerações morais, mantendo a autonomia política. Os "fins justificam os meios" e a razão do Estado deve sobrepor-se a tudo. O soberano tudo pode fazer quando busca o bem-estar do país. "A força é justa quando necessária". Obras: Mandrágara, Discurso sobre a década de Tito Lívio, O príncipe.

*THOMAS HOBBLES (1588-1619) - Foi quem melhor definiu a ideologia absolutista. Para Hobbles, o Estado seria uma grande entidade toda poderosa que dominaria todos os cidadãos, a fim de proteger contra a violência e o caos da sociedade primitiva. Segundo Hobbles "é lícito ao rei governar despoticamente, já que o próprio povo lhe deu o poder absoluto".

*JACQUES BOSSUET (1627 - 1704) Escreveu Memórias para a educação de Delfim e política segundo a sagrada escritura, e estabeleceu o princípio do direito divino dos reis.

*JEAN BODIN (1530-1596) - autor de A república. A soberania real não pode sofrer restrições nem submeter-se a ameaças, pois o poder emana de Deus. (Legislar sem precisar do consentimento de quem quer que seja.

*HUGO GRITIUS (1583 -1645) - Obra: Direito da paz e da guerra - Trata do direito internacional e também defende o governo despótico.

- O absolutismo francês

Page 13: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

13

- O absolutismo inglês

- O absolutismo no restante do mundo.

2 – O RENASCIMENTO CULTURAL

— Introdução: “Com o renascimento comercial e urbano, o aparecimento da burguesia, classe ligada ao comércio, e a formação das monarquias nacionais, a cultura européia também sofreu alterações. Essas transformações culturais aprofundaram-se nos séculos XIV-XVI, ficando conhecidas por Renascimento. Representavam, em feral, os valores da burguesia, classe social em ascensão”. — Características gerais: * humanismo; * racionalismo; * individualismo e nacionalismo; * valorização da cultura grego-romana; * valorização da natureza e do homem. — Fatores que influenciaram o Renascimento: * renascimento comercial; * desenvolvimento da imprensa; * ação dos mecenas. — Obs.: o berço do Renascimento foi a Itália. — Principais artistas italianos: * Leonardo da Vinci: (Última ceia, Mona Lisa). * Rafael Sanzio: (As Madonas ou Representações

da Virgem Maria com o Menino Jesus). * Miguel Ângelo Buonarroti (Esculturas Moisés,

Pietá e Daviol; como arquiteto projetou a gigantesca cúpula da Basílica de São Pedro em Roma).

* Ticiano (Amor Sacro e Amor Profano, e Vênus de Urbino).

— Expansão pela Europa: * França; * Inglaterra; * Alemanha; * Portugal; * Espanha; — O Renascimento Científico: * Copérnico: heliocentrismo; * André Vassálio: dissecação; * Servet: pequena circulação; * Harvey: função das veias.

4 – A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O CAPITALISMO

- O Mercantilismo: Entendemos o Mercantilismo como o conjunto de teorias e práticas de intervenção econômica surgidas na Europa a partir do século XV. Era um sistema complexo, que envolvia concepções precisas acerca da produção manufatureira, da utilização da terra e, sobretudo, do poder do Estado. *Objetivo: fortalecer o poder real e enriquecer a burguesia.

* Características Gerais: Metalismo, Estatismo, Balanço Comercial favorável, colonialismo, monopólio e Protecionismo e Pacto Colonial. * Época mercantilista (50% de características feudais e 50% de características capitalistas). * Principais formas mercantilistas:

Espanha e Portugal Metalismo ou Bulionismo.

Inglaterra 1ª Fase Mercantilismo Comercial;

2ª Fase Mercantilismo Industrial;

França Industrialismo ou Colbertismo.

Alemanha Comercialismo.

Obs.: O mercantilismo não tinha preocupação social.

5 – A EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL

EUROPÉIA - Introdução: “A expansão ultramarina européia deu início ao processo de Revolução Comercial, que caracterizou os séculos XV,XVI e XVII. Por intermédio das Grandes Navegações, pela primeira vez na história, o mundo seria totalmente interligado. Somente então é possível falar em uma história em escala mundial. A Revolução Comercial, graças à acumulação primitiva de capital que propiciou, preparou o advento da Revolução Industrial a partir da segunda metade do século XVIII. - Fatores da expansão: * crise econômica: fome e doenças; * necessidade de conquistar novas terras e novos mercados; * necessidade de uma nova rota parta o Oriente; * interesses dos Estados nacionais e da burguesia; * propagação da fé cristã; * ambição material; * evolução tecnológica (bússola, astrolábio, quadrante, a caravela, pólvora); * formação dos Estados nacionais.

Pioneirismo Português

- Fatores: * centralização administrativa; * Mercantilismo; * ausência de guerras; * posição geográfica favorável. - Principais fases:

Conquista de Ceuta (Escola de Sagres);

Conquista do Cabo da Boa Esperança;

A chegada de Vasco da Gama nas índias;

O “Descobrimento do Brasil” (1500). - Navegações Espanholas:

Colombo e a “descoberta da América”

A Primeira Volta ao Mundo. - O Tratado de Tordesilhas (1494). - Navegações Tardias:

Franceses;

Ingleses;

Page 14: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

14

Holandeses; - Conseqüência das Grandes Navegações:

O Atlântico como centro;

Formação de grandes empresas comerciais;

Ampliação de mercados;

Riqueza e poder para a Europa;

Implantação do sistema colonial. 6 – A SITUAÇÃO MUNDIAL NOS SÉCULOS XV

E XVI: ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA

Dominação européia.

Pacto colonial;

Exploração, escravidão e extermínio. 1 - A REFORMA PROTESTANTE -Introdução: “Na Europa do século XVI, a igreja passaria pela maior crise de sua história. A indisciplina e a leviandade de muitos membros do clero haviam gerado descrença e repulsa entre os fiéis. O sentimento nacionalista, desenvolvido pelas monarquias, estimulava o desejo de expropriar as terras da igreja espalhadas por todas as nações da Europa. A burguesia, desgostosa com as restrições que o catolicismo fazia ao comércio, ao lucro, à usura, estava ávida por uma ética religiosa que justificasse suas atividades. Nessas condições, a igreja passaria por uma divisão que levou ao aparecimento de muitas seitas religiosas protestantes. Esse movimento foi chamado de Reforma. A reação católica ficaria como Contra-Reforma”. - Fatores: * Desenvolvimento das monarquias nacionais; * Conflito entre o papa e o imperador; * A venda de indulgências; * A prática da simonia; * Riqueza material da igreja e vida mundana do clero. - Causa imediata: a venda de indulgências. - Precursores da Reforma: * John Huss (Reino da Boêmia) – pregava a diminuição do poder do clero e a adoção de um idioma nacional. * John Wycliff (Inglaterra) – pregava o fim da venda de indulgências. A REFORMA NA ALEMANHA - Razões: ausência de unidade política; desenvolvimento do humanismo, venda de indulgências e descontentamento geral da população. — O Luteranismo: * A fé somente em Deus; * Substituição do latim pelo idioma alemão; * A Bíblia como única fonte de fé; * Abolir o culto aos santos etc. Obs.: A ética luterana salvação pela fé. - As 95 teses de Lutero.

- Revolta de pequenos nobre e camponeses. - A cisão religiosa da Alemanha. A REFORMA NA SUÍÇA - Zwinglio: iniciador da Reforma na Suíça. - Calvino: teórico que satisfez os interesses burgueses. - A ética Calvinista: predestinação divina. - Calvino e a fé burguesa: A REFORMA NA INGLATERRA - Fatores: * interesses do rei e da nobreza; * negação do divórcio a Henrique VIII; * o rei torna-se chefe da igreja inglesa; * igreja anglicana: protestante sob forma católica. — O fim da unidade cristã. — Principais conseqüências da Reforma: * intolerância religiosa; * fortalecimento do absolutismo; * expansão do capitalismo; * Contra-Reforma.

A CONTRA-REFORMA - Conceito: foi a reação da igreja católica ao protestantismo; — Concílio de Trento: * criação da Ordem dos jesuítas; * fortalecimento da inquisição; * criação do índex; * confirmação do celibato; * confirmação do culto aos santos; * proibição da acumulação de cargos

eclesiásticos e da venda de indulgências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson. Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed. São Paulo: Ática. 1999. BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. Vol. 1, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010. CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS, Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: Infographic’s Gráfica e Editora, 2003. COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000. GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História para o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008.

Page 15: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

15

MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís César Amad. História Antiga e Medieval. São Paulo: Scipione, 1999. _______________________. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. _______________________História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999. SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju: Opção Gráfica, 1998. SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. Vol. 1. São Paulo: Ática, 2010. SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna, 1992. VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. 1. São Paulo: Scipione, 2010.

CADERNO DE ATIVIDADES

PRIMEIRO BIMESTRE

01. (CSA-2001, adaptada) Analise os itens abaixo e marque verdadeiro para os que corresponderem ao “conhecimento científico” e falso para os que não corresponderem. 0 0 – Um velho e rude camponês jamais estudou as leis da climatologia, não conhece o movimento das massas de ar e ignora completamente a relação entre densidade atmosférica e temperatura. Mesmo assim ele sabe, por experiência de vida, o momento propício ao cultivo. 1 1 – Homero, ao relatar a Guerra de Tróia, informou que os deuses intercederam em favor dos gregos. 2 2 – Ao responder uma questão escolar sobre a I Guerra Mundial, um aluno afirma que: “a crise balcânica esteve no centro dos acontecimentos precedentes à guerra, pois comprometia pelo menos duas grandes potências, Rússia e Áustria, com alianças antagônicas”. 3 3 – Partindo do último livro bíblico, o Apocalípse, muitos clérigos afirmavam que as pestes em cidades européias do século XIV eram castigo divino às suas atividades pecaminosas. 4 4 – Os livros didáticos apresentam informações importantes aos alunos. São frutos do conhecimento científico. 02. (CSA-2001, adaptada) Analise os itens abaixo e assinale verdadeiro para os que

corresponderem ao “tempo histórico” e falso para os que não corresponderem. 0 0 – O historiador francês Fernando Braudel propôs o conceito de conjuntura para caracterizar o contexto histórico de um período de alguns anos, às vezes décadas. 1 1 – O apresentador de TV informa que, segundo a meteorologia, o tempo estará nublado nos próximos dias. Sendo a meteorologia uma ciência, o tempo em questão também é histórico. 2 2 – Há uma diferença de 13 dias entre os calendários Juliano e Gregoriano. Ambos foram utilizados por vários povos ao longo da história, são, portanto, tempos históricos. 3 3 – Ao iniciar o ano, o professor de ensino médio informa aos seus alunos que o programa de História compreenderá o estudo da História Antiga e Medieval. O uso desses termos expressa muitíssimo bem o que chamamos de “tempo histórico”. 4 4 – Considerando o tempo médio de vida de um ser humano, poderíamos dizer que cada pessoa vive um e somente um tempo histórico. 03. (UFS – 2004) A história que se escreve está intensamente ligada à história que se vive. Partindo dessa concepção e dos conceitos históricos, analise as proposições coerentes para a compreensão do estudo da História. 0 0 – A historiografia não deve ter a pretensão de fixar verdades absolutas, pois a História, como forma de conhecimento, é uma atividade contínua de pesquisa. 1 1 – O trabalho do historiador é o de reconstruir os fatos históricos das sociedade antigas, mas para isso, é preciso que essas sociedades tenham deixado sua história escrita, pois a história baseia-se exclusivamente nos relatos escritos. 2 2 – Uma pintura de Jean-Baptiste Debret, um francês que retratou cenas da sociedade brasileira no século XIX, pode construir uma fonte histórica na reconstituição da história do Brasil. 3 3 – Os conceitos e objetos de compreensão da História-ciência devem restringir-se ao campo histórico, pois as ciências não devem interferir no estudo de temáticas de outras áreas do conhecimento. 4 4 – As igrejas e os castelos não podem ser considerados patrimônios culturais, uma vez que foram construídos pela classe dominante, por meio da exploração do trabalho das camadas populares. 04. Sobre a questão do Patrimônio Cultural, julgue V ou F. 0 0 – Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativos das manifestações culturais de uma nação ou de um povo.

Page 16: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

16

1 1 – É incomensurável o número total de bens que compõem o patrimônio cultural de um povo, de uma nação ou de um pequeno município. 2 2 – O patrimônio cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações. 3 3 – Nem só de cidades e monumentos é formado o patrimônio cultural: quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural. 4 4 – A problemática do patrimônio cultural deve ser encarada de modo abrangente, isto é, abordando todo o elenco de bens culturais de um povo, sem atentar, necessariamente aos aspectos históricos, artísticos ou arquitetônicos.

05. (Enem-MEC) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de esse período ser conhecido no Brasil como a Era Vargas. Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador opor-tunista, um intervencionista e amigo das elites. Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas conforme uma das opções a seguir. Identifique-a.

a) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.

b) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.

c) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor a seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - verdadeira marionete nas mãos da elite da época.

d) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.

e) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes, conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

06- (ENEM 2010) As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural dessa região, úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos. Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de A- objetos arqueológicos e paisagísticos.

B- acervos museológicos e bibliográficos.

C- núcleos urbanos e etnográficos.

D- práticas e representações de uma

sociedade.

E- expressões e técnicas de uma sociedade

extinta.

07- (ENEM – 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casa de Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre que triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê.Disponível em http//recantodasletras.uol.com.br. Acesso em 28 abr. 2010 Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que A- os agentes históricos de uma determinada

sociedade deveriam ser aqueles que

realizaram feitos heroicos ou grandiosos e,

por isso, ficaram na memória.

B- a História deveria se preocupa das em

memorizar os nomes de reis ou dos

governantes das civilizações que se

desenvolveram ao longo do tempo.

C- os grandes monumentos históricos foram

construídos por trabalhadores, mas sua

Page 17: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

17

memória está vinculada aos governantes das

sociedades que os construíram.

D- os trabalhadores consideram que a História é

uma ciência de difícil compreensão, pois

trata de sociedades antigas e distantes no

tempo.

E- as civilizações citadas no texto, embora

muito importantes, permanecem sem terem

sido alvos de pesquisas históricas.

08. (UFS – 2001) Sobre a Pré-história é correto afirmar que: 0 0 – A Pré-história corresponde a primeira etapa da evolução humana e antecede à Idade Antiga. 1 1 – A Pré-história teve início com o surgimento dos primeiros hominídeos, perto de quatro milhões de anos atrás, e estende-se até o aparecimento dos primeiros registros escritos, por volta de 4 000 a.C. 2 2 – A Pré-história, no Brasil, envolve todos os registros culturais da antiga cultura indígena. 3 3 – Os sítios arqueológicos situados no litoral brasileiro são em pequeno número e chamados de sambaquis ou concheiros. 4 4 – A arte rupestre abrange pinturas em cores, em branco e preto, sinais gravados, representações estranhas, comumente encontradas no Brasil, em paredes rochosas de grutas, em lajes de pedras ao ar livre, em fragmentos de rochas, em nichos pétreos, enfim nas superfícies mais diversas e nos locais mais variados. 09. (UFS – 2009) As primeiras civilizações da antigüidade oriental das quais tem-se notícia organizaram-se sob aspectos muitos seme-lhantes. Sobre o tema é correto afirmar que:

0 0 - Essas civilizações apresentavam um tipo de sociedade convencionalmente inserido no modo de produção escravista, em que o Estado garantia aos cidadãos o direito de se dedicarem a outras atividades por meio do trabalho escravo.

1 1 - Uma parte expressiva dos bens econômicos dessas civilizações era produzida pelos escravos obtidos, principalmente, através de conquistas ou por meio de condenação pelo não pagamento de uma dívida.

2 2 - Os elementos mais marcantes dessas civilizações foram a agricultura baseada nos grandes sistemas de irrigação e o poder político sustentado pela religião, por isso ficaram conhecidas como teocracias de regadio.

3 3 - Embora existisse a exploração do homem pelo homem, uma característica importante do modo de produção dessas civilizações era a

ausência da propriedade privada da terra e o trabalho escravo não dominante.

4 4 - A maioria dessas civilizações possuía regime de governo semelhante que partiram de uma monarquia, evoluíram para o regime oligárquico e, após várias reformas, passaram para a democracia. 10. (UFAL-2000) Na antigüidade, aproximadamente na mesma época em que se desenvolveu a sociedade egípcia, outros povos começaram a despontar. Sobre os aspectos da organização socioeconômica desses povos é correto afirmar: 0 0 - As primeiras civilizações: Mesopotâmia, Egito, Índia e China nasceram, respectivamente, em torno do vale dos grandes rios: Tigre e Eufrates, Nilo, Ganges, Indo e Amarelo. 1 1 - Nessas sociedades, onde predominava a servidão coletiva, o indivíduo explorava a terra como membro da comunidade e servia ao Estado, proprietário absoluto dessas terras. 2 2 - O Estado constituía, nessas sociedades, o principal instrumento de poder do grupo privilegiado, assegurando e ampliando o predomínio da classe burguesa. 3 3 - A base econômica, dos povos dessa região, foi a agricultura. Nessas sociedades, tanto a produção agrícola quanto a artesanal estavam sob controle do Estado. 4 4 - O desenvolvimento do modo de produção escravista, característica dessas sociedades, estava intimamente relacionado ao caráter expansionista desses povos.

SEGUNDO BIMESTRE

11. (UFC-CE, adaptada) Os hebreus desenvolveram sua civilização no primeiro milênio antes de Cristo. A respeito dela marque verdadeiro ou falso nas proposições abaixo: 0 0 - A importância da história da civilização hebraica se expressa, especialmente, por meio da formação de um Estado centralizado. 1 1 – A civilização hebraica apresenta traços específicos que decorrem do seu distanciamento ante as demais culturas do Oriente Próximo. 2 2 – A importância do estudo dos hebreus se justifica pelo monoteísmo ético que surge e se desenvolve entre eles, constituindo um ponto de partida para o cristianismo e o islamismo. 3 3 – Os antigos hebreus têm como livro sagrado o Novo Testamento, que compreende vários outros livros, dentre os quais está o Gênesis, que trata da criação. 4 4 – A antecedência da civilização hebraica à sumeriana explica a presença de mitos semelhantes nas duas culturas. 12. (UFS – 2001) Analise as proposições abaixo.

Page 18: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

18

0 0 – A principal fonte da história hebraica é a Bíblia. 1 1 – Para se compreender a evolução política da Grécia Antiga, é preciso retroceder aos Tempos Homéricos, quando os povos indo-europeus foram expulsos. 2 2 – A herança cultural deixada pelos gregos foi muito rica e influenciou toda a civilização ocidental. 3 3 – Os plebeus eram cidadãos de Roma, possuidores de terra e gado, que constituíam a aristocracia e os patrícios – parcela da população que passara para o domínio romano durante as primeiras conquistas; eram livres. 4 4 – Bizâncio, capital do Império Romano do Oriente, apesar de possuir uma localização privilegiada não conseguiu desenvolver um comércio ativo com as regiões vizinhas. 13. (UFS – 2006) Considere o texto. Segundo se supõe, nos antigos regimes despóticos do Oriente a liberdade só existia para uma pessoa: o rei, o único ser dotado de individualidade. O restante da sociedade estava imerso no anonimato e na servidão ao monarca. Sem conhecer a liberdade, os súditos dos antigos regimes despóticos orientais tampouco tinham consciência de si como indivíduo. Essa interpretação, embora esquemática, é útil para ressaltar, por contraste, os traços característicos da civilização grega: a invenção da liberdade, do individualismo e do racionalismo. (Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História: Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 2004. p. 39) A Grécia desempenhou papel de primeiro plano na Antiguidade, constituindo uma civilização cuja influência foi profunda na formação da cultura ocidental. O texto refere-se a alguns elementos dessa influência. Com base nesses elementos e no conhecimento histórico pode-se afirmar que: 0 0 – As realizações intelectuais do século de Péricles tiveram maior desenvolvimento nos campos do direito, da engenharia e da organização dos serviços públicos e estratégicos. 1 1 – O pano de fundo da liberdade grega foi o escravismo. Graças a não-liberdade dos escravos, os cidadãos podiam gozar da mais absoluta liberdade. Essa liberdade permitiu a produção de uma religião elaborada, uma mitologia rica, um teatro e um pensamento político bastante avançado. 2 2 – Na Grécia, a dessacralização do Estado, a separação entre o público e o privado e a difusão da escrita alfabética favoreceram o desenvolvimento de uma nova atitude mental marcada pelo racionalismo.

3 3 – Os gregos lançam as bases da cultura leiga, não religiosa, ao elaborarem o conceito de que a família é a célula mater do Estado. 4 4 – O setor mais original e específico da civilização grega foi o religioso, com o

aparecimento de divindades com representação antropomórfica e de poderes ilimitados.

14. (UFS – 2008) Considere o texto que segue:

(...) A Antigüidade greco-romana sempre constituiu um universo centralizado em cidades. O esplendor e a solidez da antiga polis helênica e da posterior República romana, que ofuscaram tantos períodos subseqüentes, traduziam um nível de organização e cultura urbanas que jamais seria igualado em outro milênio ( .. .)

(Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo. Trad.Beatriz Sidou. São Paulo:Brasiliense,1989, p.19)

Analise as afirmações sobre a Antigüidade Clássica.

0 0 - A riqueza material, que sustentava a atividade intelectual e cívica provinha da agricultura; os proprietários de terra dominavam os agrupamentos urbanos.

1 1 - O cenário geográfico onde se desenvolveram as civilizações grega e romana foi fundamental para a expansão do comércio, que se baseou na abertura de vias terrestres de comunicação.

2 2 - O pleno exercício da cidadania repousava no trabalho escravo. A liberdade do cidadão estava intrinsicamente ligada à permanência da escravidão, tanto na Grécia como em Roma.

3 3 - As cidades-estado gregas evoluíram em sua forma de governo mas permaneceram estados autônomos e não realizaram a unificação do território. Diferentemente das cidades-estados gregas Roma estendeu seus domínios sobre o mundo da época e concedeu cidadania à parte das elites das regiões conquistadas e fundou um Império.

4 4 - A cultura helenística, que resultou do domínio dos Antoninos sobre o território grego, foi imposta pelos romanos aos povos conquistados quando transformaram o Mar Mediterrâneo em um lago romano, impulsionados pelo avanço dos macedônios. 15. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Durante o processo de construção de seu espaço físico, as sociedades desenvolveram diferentes relações e modos de uso da terra. Ao analisar a antiga sociedade romana é possível concluir que: 0 0 – Os romanos, durante o período da República, consideravam a terra um bem natural, pois havia terra em abundância para todos os habitantes, inclusive para a plebe. 1 1 – Um dos aspectos das lutas sociais entre patrícios e plebeus estava relacionado à

Page 19: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

19

concentração de terras ocorrida principalmente com o processo de expansão romana. 2 2 – A reforma agrária proposta por Tibério e Caio Graco, tribunos da plebe, provocou uma reação violenta das classes proprietárias que impediram a concretização dessa reforma. 3 3 – Os imperadores romanos dividiam igualitariamente as propriedades conquistadas de povos estrangeiros entre as camadas sociais de nacionalidade romana. 4 4 – As instituições e as leis romanas desprezaram os valores materiais, por essa razão a propriedade da terra não era considerada critério de diferenciação das classes sociais. 16. (ENEM 2010) Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e Casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia. Disponível em: http://www.culturabrasil.org. cesso 28 ago. 2010 (adaptado). No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: A- “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre B -“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho C- “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” Arthur Schopenhauer D- “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” Michel de Foucault E- “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” Friedrich Nietzsche 17- (ENEM 2010) Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros

versos das peças dos seus grandes autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso. Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma, A- de manipulação do povo pelo poder, que controlao teatro. B- de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade. C- de entretenimento popular, que se esgota na suafunção de distrair. D- de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças. E- de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão. 18- (ENEM 2010) Alexandria começou a ser construída em 332 a.C., por Alexandre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um Pólo de estudos sobre matemática, filosofia e ciências gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma enorme biblioteca e um museu — que funcionou como centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e, com o museu, transformou a cidade no maior núcleo intelectual da época, especialmente entre os anos 290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos ataques de romanos, cristãos e árabes, o que resultou na destruição ou perda de quase todo o seu acervo. RIBEIRO, F. Filosofia e mártirFIAAventuras na história. São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 (adaptado). A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo um papel fundamental para a produção do conhecimento e memória das civilizações antigas, porque A- eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou pelas narrativas dos seus grandes feitos. B- funcionou como um centro de pesquisa acadêmica e Deu origem às universidades modernas. C -preservou o legado da cultura grega em diferentes áreas do conhecimento e permitiu sua transmissão a outros povos. D- transformou a cidade de Alexandria no centro urbano mais importante da Antiguidade. E- reuniu os principais registros arqueológicos até então existentes e fez avançar a museologia antiga.

TERCEIRO BIMESTRE

19. (CSA-2001, adaptada) Dos itens abaixo,

identifique aqueles que mencionam corretamente

Page 20: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

20

as principais contribuições bizantinas para as

civilizações posteriores.

0 0 - O Código de Justiniano foi um dos principais

documentos históricos preservados da

Antigüidade. Tanto pelo que ele representava em

si, quanto pelo que preservou do antigo Direito

romano.

1 1 - A Catedral de Santa Sofia, ricamente

adornada com seus mosaicos, é uma obra-prima

da arquitetura mundial. Ainda preservada em

Constantinopla, hoje Istambul, ela é uma prova

concreta do esplendor cultural bizantino.

2 2 - A adoção do grego como idioma oficial

serviu para eliminar o latim antigo. A partir daí, os

idiomas nacionais foram se consolidando,

inclusive na Europa ocidental.

3 3 - Coube aos bizantinos a preservação de boa

parte dos escritos da Antigüidade. Sem dúvida,

essa é uma das principais heranças por eles

deixada.

4 4 - Foi graças ao Império Bizantino que o

mundo ocidental pôde conhecer alguns dos

principais inventos e descobertas chinesas. Esse

é o caso, por exemplo, do astrolábio e da

bússola.

20. (UFSC-2006, adaptada) “O grande patriarca da Bíblia Hebraica é também o antepassado espiritual do Novo Testamento e o grande arquiteto sagrado do Alcorão. Abraão é o ancestral comum do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. É a chave do conflito árabe-israelense. É a peça central da batalha entre o Ocidente e os extremistas islâmicos. É o pai - e, em muitos casos, o suposto pai biológico - de doze milhões de judeus, dois bilhões de cristãos e um bilhão de muçulmanos em todo o mundo. É o primeiro monoteísta da história”. (FEILER, Bruce. Abraão. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 19.) Assinale as proposições com base no texto e nos seus conhecimentos sobre os assuntos a que ele se refere. 0 0 - O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são religiões monoteístas que nasceram na mesma região do mundo, o Oriente Médio. 1 1 - Embora os judeus e os cristãos encontrem na Bíblia muitas das suas crenças, o Alcorão é o livro sagrado comum ao judaísmo, ao cristianismo e ao islamismo. 2 2 - O judaísmo, o cristianismo e o islamismo possuem elementos comuns em sua tradição. 3 3 - Podemos encontrar, entre as muitas causas do conflito árabe-israelense, elementos relacionados à religião, como, por exemplo, a disputa por Jerusalém, cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos.

4 4 - A História registra uma convivência pacífica e a tolerância entre judeus, muçulmanos e cristãos, até a criação do Estado de Israel no século XX. 21. (UFS – 2006) O período conhecido por Baixa Idade Média, que se estendeu dos séculos X ao XV, foi marcado por profundas transformações na sociedade, as quais conduziram à superação das estruturas feudais e à progressiva estruturação do futuro modo de produção capitalista. No contexto histórico desse período, analise as afirmações. 0 0 – A economia, típica do feudalismo, foi se transformando em uma economia mais dinâmica: a comercial. 1 1 – A classe burguesa reuniu meios para edificar uma ordem social, política e econômica à sua própria imagem e para consolidar sua importância na sociedade. 2 2 – Os novos grupos sociais ao preservarem os privilégios da aristocracia feudal e abrirem espaço à burguesia contribuíram para a derrocada do poder universal e local e das monarquias nacionais. 3 3 – A hierarquia estamental foi se desintegrando, surgindo paralelamente um novo grupo ligado ao comércio: a burguesia. 4 4 – O poder pessoal e universal dos senhores feudais foi sendo gradativamente substituído pelo poder centralizado dos soberanos, originando as monarquias nacionais européias. 22. (UFS – 2003) A Igreja teve um papel importante na sociedade medieval, não somente no plano da espiritualidade, mas também no domínio material. Analise as proposições abaixo sobre o tema. 0 0 – O pensamento religioso da Igreja medieval baseava-se na doutrina da predestinação, segundo a qual é Deus quem escolhe as pessoas que serão salvas. Por isso, o culto era extremamente simples e a moral católica bastante austera. 1 1 – Com a realização da economia européia, durante a Alta Idade Média, a Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, e os bispos e abades se tornaram verdadeiros senhores feudais. 2 2 – Devido à forte influência da Igreja Católica no modo de pensar e agir do homem, a arte e o saber de toda Idade Média voltaram-se para o mundo concreto, para a humanidade e sua capacidade de transformar o mundo. 3 3 – O domínio da leitura e da escrita era privilégio quase exclusivo de bispos, padres, abades e monges, durante praticamente toda a Alta Idade Média, o que fazia com que os membros do clero fossem as pessoas mais aptas a ocupar cargos junto à realeza. 4 4 – Dentro dos mosteiros medievais, o rígido e minucioso trabalho dos monges copistas acabou por preservar o saber greco-romano. Além disso,

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

21

esse trabalho deu forma e conteúdo ao pensamento religioso que dominou todo o período medieval. 23. (UFS – 2007) O Feudalismo, sistema que se difundiu pela Europa medieval, foi marcado por características sociais, econômicas e políticas. É correto afirmar que o Feudalismo era caracterizado. 0 0 - pela compra e venda de seres humanos, aprisionados e escravizados nas constantes guerras que dividiam os senhores feudais, e que consistiam na principal força de trabalho das cidades mercantis, dependentes do mundo rural. 1 1 - pela espoliação dos trabalhadores do campo por meio da servidão executada por donos de fábricas que começavam a surgir na Europa e a suplantar o sistema mercantil-escravista. 2 2 - pela exploração por meio da servidão, que prendia os camponeses à terra, cujos senhores compunham a nobreza feudal e, em muitos casos, dividiam o poder com o Rei. 3 3 - pela apropriação da mais-valia do proletariado rural, pago na forma de produtos como o sal, a farinha, parte das colheitas; expropriado dos seus meios de produção e submetido a uma super-exploração pelos sacerdotes. 4 4 - por tributações aos camponeses, através da fixação de direitos senhoriais, ou das obrigações servis, entre as quais se incluíam a corvéia, as banalidades e o dízimo, este último pago à Igreja. 24. (ENEM – 2001) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance. - Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia. - Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida (...) Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades. (Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.) O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que: a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas. b) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.

c) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média. d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã. e) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média. 25- (ENEM- 2008) Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os judeus viviam em regiões áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes islamizados, que também eram povos do deserto. Essa regra pode ser entendida como, A- uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional. B- um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia. C- uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo. D- uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regiões áridas. E- uma crença antiga de que o porco é um animal impuro. 26- (ENEM- 2008) A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.” Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky.The Black Death: a turning point in history?New York: HRW, 1971 (com adaptações). O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que A- o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim

dos tempos. B- a Igreja buscou conter o medo da morte,

disseminando o saber médico. C- a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis. D- houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. E- o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. 27- (ENEM 2009) No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

22

pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”. ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997. Do ponto de vista da Inquisição, A- o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que acabava por enganar o enfeitiçado. B- o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a justiça do fogo poderia eliminá-lo. C- os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados porque afetavam a saúde da população. D- as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis suas tendências feministas. E- os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusivamente aos ensinamentos da Igreja. 28- (ENEM 2009) A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o Renascimento, esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo. Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é A- a associação que Hitler estabeleceu entre o III

Reich e o Sacro Império Romano Germânico. B- o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II. C- a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos. D- o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de poderes que tivera Carlos Magno. E- a tradição heróica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções cinematográficas de Hollywood

QUARTO BIMESTRE

29. (UFS – 2009) Para esses, nenhuma mudança contava que não fossem as mudanças no interior da alma: a escolha feita por cada um entre o caminho do bem, indicado pelo clero, e o do mal, aconselhado pelas forças satânicas. ( ... )

Os humanistas, por sua vez, voltaram-se para o aqui e agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino. (Nicolau Sevcenko. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1994. p. 16-17)

Com base no texto e no conhecimento histórico, analise as afirmações abaixo.

0 0 - O crescimento do sentimento nacional fez diminuir os conflitos existentes entre alguns intelectuais humanistas europeus e a autoridade da Igreja Católica.

1 1 - O Humanismo foi um movimento intelectual que contrapôs a idéia de valorização do indivíduo à mentalidade medieval, que concebia as pessoas coletivamente, incluídas no mundo cristão.

2 2 - Enquanto os membros do clero insistiam em considerar a Igreja como uma instituição universal, os humanistas, representando a unidade intelectual européia, passaram a encarar a Igreja como uma entidade estrangeira.

3 3 - A condenação radical e irônica do clero católico, tratado como responsável pela perdição da alma, foi uma das características principais do movimento humanista.

4 4 - Os valores humanistas expressaram-se no Renascimento estimulando a curiosidade intelectual, o espírito de iniciativa, o desejo de aventuras e a exploração do mundo. 30. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Considere o texto do século XVI. Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação de Deus. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a frugalidade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santifica de seu lado o mundo pelo esforço e sua ação é santa. O pobre é suspeito de preguiça, que é uma injúria a Deus. (João Calvino. In: Flávio Berutti. Tempo e Espaço: História. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 207) As idéias de Calvino estavam relacionadas ao contexto histórico das reformas religiosas do século XVI, na Europa. Analise as afirmações procurando identificar as que têm coerência entre as idéias de Calvino e o contexto referido. 0 0 – Calvino criou uma doutrina que resultou numa contribuição ao desenvolvimento do capitalismo, estimulando o lucro e o trabalho, o que favorecia a burguesia.

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

23

1 1 – O calvinismo expandiu-se por vários países, especialmente por aqueles em franco progresso comercial. 2 2 – As idéias de Calvino estavam em consonância com as da igreja católica, que o elegeu como um de seus apóstolos. 3 3 – A igreja calvinista considerava que os pobres, por seu sofrimento e penúria, eram naturalmente eleitos pelo Deus. 4 4 – A doutrina calvinista admitia o mundo dependente da vontade absoluta de Deus, estando os homens sujeitos à predestinação. 31. (UFS – 2009) A ascensão da classe média é um dos fatos importantes desse período que vai do século X ao século XV. Modificações nas formas de vida provocaram o crescimento dessa nova classe e seu advento trouxe novas modificações no modo de vida da sociedade. As antigas instituições, que haviam servido a uma finalidade na velha ordem, entraram em decadência; novas instituições surgiram, tomando seu lugar ( ... ). (Leo Huberman. História da riqueza do homem. Trad. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. p. 79-80)

No processo das transformações associadas à ascensão da camada social a que o texto faz referência, é correto afirmar que, no período indicado, o - 0 0 - rei, apoiado pelo poder econômico da burguesia e pelo exército, enfraqueceu o poder particular dos senhores e o poder universal da Igreja. 1 1 - processo de formação do Estado, na Inglaterra, começou com o poder político centralizado que se enfraqueceu descentralizando-se e voltando a se fortalecer com a dinastia Tudor.

2 2 - processo de formação da monarquia francesa evoluiu de um poder descentralizado para uma centralização absoluta.

3 3 - crescimento do comércio e das cidades, e as revoltas camponesas foram determinantes para enfraquecer o poder da nobreza feudal e abrir caminho para a centralização das monarquias francesa e inglesa.

4 4 - processo de formação do Estado na França e na Inglaterra, teve origem no enfraquecimento da burguesia e no equilíbrio entre o poder do Estado e o da Igreja. 32. (UFS – 2007) Analise as proposições a respeito das características do mercantilismo, que marcou uma fase da história econômica do Ocidente entre os séculos XVI e XVIII. 0 0 - Havia, naquele período, protecionismo ao comércio por parte dos regimes absolutistas,

inúmeros monopólios e a crença de que a riqueza de um reino se media pela quantidade de ouro e prata acumulados graças à balança comercial favorável. 1 1 - Predominou o livre-comércio entre os reinos europeus e a concorrência entre os mercados coloniais, que também podiam praticar a liberdade de comércio desde que pagassem os impostos às respectivas metrópoles. 2 2 - Foi influenciado pela doutrina fisiocrática, que considerava a riqueza originária tanto do trabalho como do capital (dinheiro), e que o mercado não deveria ser alvo de monopólios e restrições. 3 3 - Inaugurou a ênfase dada pela política econômica dos Reinos europeus à indústria e à defesa do trabalhador, considerados motores de enriquecimento de uma sociedade e impulsionadores da expansão mercantil. 4 4 - Vigorou, nessa fase, intensa competição entre os Reinos europeus por mais Colônias a fim de garantir novos mercados, a possível aquisição de minérios e outras fontes de lucro, como o comércio de especiarias. 33. (UFS – 2005). Intimamente ligadas à expansão comercial, à reforma religiosa e ao absolutismo político, as transformações culturais dos séculos XV e XVI – movimento denominado de Renascimento cultural – estiveram articuladas com o capitalismo comercial. Analise as afirmações sobre essas transformações. 0 0 – Constituíram-se elementos característicos do Renascimento do século XV a substituição da importância da autoridade e da tradição pelo valor da observação como elemento essencial do desenvolvimento científico. 1 1 – O Renascimento, embora questionasse alguns valores da igreja católica, apresentou-se como um entrelaçamento dos novos e antigos valores, refletindo a caráter de transição do período. 2 2 – Reaberto o mar Mediterrâneo, com as Cruzadas, algumas cidades italianas transformaram-se em grandes centros de formação do capitalismo, motivo pelo qual apresentavam as condições necessárias para a germinação e proliferação do Renascimento. 3 3 – O Renascimento questionou o monopólio da igreja sobre a explicação do mundo. Aos poucos, o método experimental passou a ser o principal meio de se alcançar o saber científico da realidade. 4 4 – A defesa de idéias como a de que é direito natural do homem a liberdade de pensamento e de religião, bem como a igualdade perante a lei, revolucionou o pensamento científico e político do século XV e contribuiu para o surgimento do Renascimento. 34. (UFS – 2002) Um conjunto de fenômenos marcaram a transição do feudalismo para uma

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

24

sociedade nos moldes burgueses na Europa ocidental. Fazem parte desse conjunto. 0 0 – A centralização monárquica com o conseqüente fortalecimento do poder real, entre os séculos XV e XVI, contribuiu para o enfraquecimento do particularismo feudal e do universalismo da Igreja. 1 1 – A crise do século IV, agravada pelas invasões bárbaras, promoveu a integração entre as estruturas do mundo romano e do mundo germânico, preparando os fundamentos dos tempos modernos. 2 2 – A expansão ultramarina européia deu início ao processo da Revolução Comercial que, ao propiciar a acumulação primitiva de capital, preparou o advento da revolução Industrial a partir da segunda metade do século XVIII. 3 3 – A Reforma Protestante contribuiu para modificar as instituições políticas, sociais e econômicas européias. 4 4 – O mercantilismo, política de controle e incentivo, por meio do qual o estado buscava garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo ao mesmo tempo o próprio poder. 35. (UFS – 2003) Analise as proposições abaixo sobre a era dos descobrimentos marítimos europeus e a colonização da América. 0 0 – A diferença fundamental entre as navegações espanhola e portuguesa está no fato de que, enquanto a primeira procurou contornar o continente africano e chegou à América, a segunda, foi a pioneira em navegar pela orla mediterrânea e chegou às Índias. 1 1 – Tanto a colonização portuguesa como a colonização espanhola na América tiveram como objetivo a ocupação territorial. Em ambas, os colonos buscavam terras, liberdade religiosa e política, além do fortalecimento do Estado nacional. 2 2 – No campo do conhecimento, as Grandes Navegações foram possíveis devido ao desenvolvimento da cartografia, principalmente com os portulanos que registravam as rotas, ao uso da bússola e do astrolábio e pelo aperfeiçoamento das técnicas de construção de embarcações. 3 3 – Portugal e Espanha, pioneiros na expansão marítima, ao ajustarem-se para fornecer manufaturas de luxo para os países europeus desenvolveram, respectivamente, o mercantilismo comercial e o mercantilismo industrial. 4 4 – Uma das peças-chave do mercantilismo foi o sistema colonial. A colonização era estabelecida em função das necessidades metropolitanas e cumpria seu papel na medida em que contribuía para a manutenção da balança comercial favorável, transferindo lucros para a burguesia e para o Estado.

36. (UFS – 2005) As grandes navegações foram importantes no processo de conquista do mundo pela Europa. A partir dessa época, a África, a América e a Ásia integraram-se a um mercado mundial, dominado pelos europeus. Analise as afirmações sobre fenômenos que levaram a essa integração. 0 0 – Dada a escassez de metais preciosos a Europa no século XV, era fundamental para mercadores e armadores europeus estabelecer uma relação comercial sem intermediários com a África ocidental, na época a principal fonte produtora de ouro, além do sal, pimenta e, mais tarde, de escravos negros. 1 1 – O colonialismo luso do fim do século XVI encontrou na Índia e na China dois amplos mercados para a exploração. A Índia passou a importar grande quantidade de tecidos de algodão e a China, produtos manufaturados europeus. 2 2 – No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena, concentrada nas áreas de mineração e impôs o domínio político e econômico dos criollos na região. 3 3 – A edificação do Império oriental português no século XVI converteu o Oceano Atlântico em eixo econômico mundial, ligando Lisboa aos principais centros do Oriente, atingindo, inclusive, a China e o Japão. 4 4 – Embora não houvesse interesse específico nessa região do Oceano Atlântico, a procura de novas terras no Ocidente, durante o século XV, foi uma reação de Portugal ao tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.

37. (ENEM – 2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas carac-terísticas de uma determinada corrente de pensamento.

Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?

Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Essas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”...tempo.html) CULTURA é uma espécie de tecido social que abarca as diversas formas e expressões de uma determinada sociedade. Como tal, os costumes,

Primeiro Ano do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

25

que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade. (Os Pensadores. São Paulo, Nova Cultural, 1991.)

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar: a) a existência do governo como um poder

oriundo da natureza. b) a origem do governo como uma propriedade

do rei. c) o absolutismo monárquico como uma

imposição da natureza humana. d) a origem do governo como uma proteção à

vida, aos bens e aos direitos. e) o poder dos governantes, colocando a

liberdade individual acima da propriedade. 38. (ENEM – 2001) O texto foi extraído da peça Tróilo e Créssida, de William Shakespeare, escrita, provavelmente, em 1601.

Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância, marcha, distância, estação, forma, função e regularidade, sempre iguais; eis por que o glorioso astro Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus aspectos dos planetas malfazejos, e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus.

(Personagem Ulysses, Ato I, cena IlI, SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida. Porto, Lello & Irmão, 1948.)

A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima da teoria:

a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. b) da reflexão da luz do árabe Alhazen, c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei. e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton. 39- (ENEM 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades. No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, A- na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos. B- na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma.

C- no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social. D- na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos. E- no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto. 40- (ENEM 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”. VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania A- possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. B- era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. C- estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica. D- tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. E- vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

Sucesso !!!!!!!!!!!!!!!!!!!