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Enfermagem em Centro Cirúrgico

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SUMÁRIO

Unidade do Centro Cirúrgico...............................................................................01

Profissionais que atuam no Centro Cirúrgico......................................................10

Paramentação Cirúrgica.......................................................................................10

Infecção do sítio Cirúrgico...................................................................................11

Assistência de Enfermagem perioperatória..........................................................14

Posicionamento Cirúrgico....................................................................................15

Período Transoperatório (intra - operatório)........................................................19

Limpeza da Sala de Operação..............................................................................28

Recuperação pós – anestésica – RPA...................................................................31

Tratamento Cirúrgico...........................................................................................36

Terminologias.......................................................................................................43

Anestesiologia......................................................................................................46

Central de Materiais e Esterilização....................................................................49

Processamento de Artigos Hospitalares..............................................................56

Embalagem dos Artigos Esterilizados.................................................................60

Referências Bibliográficas e Agradecimentos.....................................................77

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Unidade do centro cirúrgico

O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital

devido sua especificidade, presença de agente estressores devido às possibilidades de risco à

saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica.

O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas

melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto e segurança para as equipes

que o assiste.

Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades, a realização de

procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às suas unidades de origem nas melhores

condições possíveis de integridade; otimização de campo de estágio para a formação,

treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e o desenvolvimento científico para o

aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e afins.

Estrutura Física

O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às

técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de

poeira. Recomenda-se que seja próximo às unidades de internação, pronto-socorro e unidade

de terapia intensiva, de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos

pacientes. De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico a

Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais áreas são

assim caracterizadas:

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Vestiários (masculino e feminino):

Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das pessoas autorizadas

após vestirem a roupa privativa da unidade.

Área de conforto:

Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais inadequados.

Sala dos cirurgiões e anestesiologistas:

Destinada aos relatórios médicos

Sala de Enfermagem:

Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com boa

visão de todo o conjunto do setor.

Sala de recepção dos pacientes:

Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados clinicamente antes da

cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente deve ser o mais calmo possível a

fim de diminuir o estresse do período pré-operatório.

Sala de material de limpeza:

Destinado à guarda dos materiais utilizados na limpeza do Centro-cirúrgico.

Sala para guarda de equipamentos:

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Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios, bisturis, monitores

cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e utilização imediata.

Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal):

Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso nas salas de

cirurgia.

Sala de gases medicinais:

Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como oxigênio, ar comprimido,

óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso em aparelhos específicos ou em casos de

emergência.

Expurgo:

Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida de um vaso

sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos utilizados nas

cirurgias.

Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico:

O Centro-cirúrgico conta com o apoio imprescindível de alguns setores ligados direta ou

indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados para atendê-lo para seu

funcionamento, tais como: banco de sangue, raios-X, laboratório e anatomia patológica,

serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia, segurança e secretaria.

Sala de Operação (SO):

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Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida segundo a proporção de

leitos cirúrgicos e Salas de Operação. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)

n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde,

determina uma sala de operação para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos.

Portas:

As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a passagem de macas

e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser

de materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas de fórmica.

É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos para abri-la. O

ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para membros das equipes com visor

de separação dos dois ambientes.

Piso:

Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas ou

fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável, resistente ao

choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente bom condutor de

eletricidade estática para evitar faíscas.

Paredes:

Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, anti acústico e não refletor de luz.

Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro.

Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de Controle de

Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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Teto:

Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso, para

facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos.

Janelas:

Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a entrada de poeira e

insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não deve

ainda, possuir cortinas ou persianas.

Iluminação:

Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes médicas

e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com precisão, rapidez e

segurança.

Iluminação de emergência:

Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem geradores reserva de

imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o Centro-

cirúrgico.

Ventilação/ Ar condicionado:

Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde: 99,9% de

eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro.

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Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas sem acarretar

turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas do ar da sala, no espaço de

uma hora.

Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e segurança para

o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C. A umidade deve

permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve ultrapassar 70% para não se tornar

ambiente propício ao desenvolvimento de microorganismos.

Rede de gases:

O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros avulsos,

transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os

pontos de utilização).

Lavabo:

Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água quente e fria, escovas e

anticépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um lavabo para cada duas salas de

operação.

Recursos Materiais:

Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos materiais utilizados no centro-

cirúrgico são de competência da equipe de Enfermagem.

Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis são aqueles que podem ser

deslocados ou acrescidos à sala de operação de acordo com a necessidade no ato operatório,

dentre os quais se destacam:

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- Aparelho de anestesia;

- Aspirador portátil estéril;

- Banco giratório;

- Balde para lixo;

- Balança para pesar compressas;

- Bisturi eletrônico;

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- Carrinho abastecedor;

- Carrinho de medicamentos;

- Coxins;

- Escada com dois degraus;

- Estrados;

- Foco auxiliar;

- Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de narcose, ombreiras, suportes

laterais, perneiras, colchonetes em espuma;

- Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais;

- Mesa de Mayo;

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- Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou suportes);

- Suporte de braço;

- Suporte de hamper;

- Suporte de soro;

- Artroscópio;

- Bomba de circulação extracorpórea;

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- Cardioversor ou desfibrilador;

- Colchão de água para hiper ou hipotermia;

- Manta térmica;

- Monitor multiparamétrico;

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Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são:

- Foco central;

- Negatoscópio;

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- Torre retrátil ou painel de gases medicinais

Profissionais que atuam no Centro Cirúrgico

Os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico são: as equipes médicas (cirúrgica e

anestesiologia), de enfermagem, administrativa e de higiene, que têm como objetivo assistir

adequadamente às necessidades do paciente. É de extrema importância que seus componentes

atuem de forma harmônica e integrada para a segurança do paciente e a eficiência do ato

cirúrgico. É importante ainda que as boas relações humanas e o profissionalismo sempre

prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse tipo de trabalho.

Em uma equipe, todos os seus membros têm suas responsabilidades e funções definidas,

assim como devem ser habilitados para as atividades que desempenham. As funções do

enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, dos técnicos de enfermagem, dos

auxiliares de enfermagem e auxiliares e dos auxiliares administrativos, devem estar

devidamente descritas.

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Para o enfermeiro ter condições de prestar assistência ao paciente na sala de cirurgia, como:

monitorização, ações de segurança para evitar queda, auxiliar o anestesiologista durante a

indução anestésica, juntamente com a equipe cirúrgica posicioná-lo na mesa de cirúrgica

colocando os coxins para conforto, e outras ações específicas, é necessário que haja pelo

menos 1 enfermeiro assistencial para cada 4 salas de cirurgia, além do enfermeiro gerente

(coordenador) que é responsável pelas ações administrativas.

Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se

dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados

pelos trabalhadores.

É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico.

Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo,

gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a utilização do uniforme

privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos

profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua

nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver

um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que

ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir

gorro ou capuz, propés e máscara facial.

Área não restrita: Vestiários; Área de transferência; Expurgo.

Paramentação cirúrgica

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Área semi-restrita: Secretaria; Conforto médico; Sala de recepção do paciente; de

recuperação anestésica; de acondicionamento de material; de esterilização; centro de material;

sala de serviços auxiliares; e de equipamentos.

Área restrita: Corredor de acesso; Lavabo; Sala de operação.

Infecção do sítio cirúrgico

A infecção do sítio cirúrgico é definida pelo Ministério da Saúde como "processo infeccioso

que acomete tecido, órgãos e cavidade abordada em procedimento cirúrgico". É vista como

um sério problema não só de retardo da cicatrização da ferida, como também, na demora no

internamento do paciente e alto custo hospitalar, sendo a segunda infecção mais freqüente

após cinco a sete dias da cirurgia podendo ser limitada ao sítio cirúrgico (60 a 80%) ou afetar

o paciente a nível sistêmico.

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A infecção da ferida operatória se dá por três fatores:

I. Relacionados ao paciente:

Idade: extremos da idade explicada por diminuição da imunidade do paciente com o avançar

da idade;

Sexo: o sexo feminino está associado com o aumento da taxa de infecção do sítio cirúrgico

em cirurgias cardíacas.

Risco anestésico: ASA (American Society Anesthesiology) indicador do estado clínico do

paciente, maior ou igual a III (paciente com doença sistêmica grave que requer assistência

médica) é fator de risco para ISC.

Dependentes do paciente: hipóxia sistêmica, diminuição do fluxo sanguíneo local, uremia,

idade avançada, uso de drogas supressoras, câncer e trauma.

II. Fatores Bacterianos: ocorre com a contaminação de um número acima de 100.000

organismos, qualidade do agente invasor (endotoxinas e produção de exotoxinas com menor

ou maior poder para estabelecer a infecção).

III. Relacionado ao procedimento cirúrgico:

Grau de contaminação da cirurgia: cirurgias limpas 2,1%; cirurgias potencialmente

contaminadas 3,3%; cirurgias contaminadas 6,4% e cirurgias infectadas 7,1%.

Duração da cirurgia: cirurgias prolongadas que ultrapassam o limite do percentual 75,

esperado para o procedimento, aumentam a taxa de ISC por maior contaminação, maior

probabilidade de lesão tecidual, maior possibilidade de tecido eletrocoagulado, menor

capacidade de defesa do hospedeiro.

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Tipos de cirurgias: nas cirurgias de emergência, os cuidados pré-operatórios do paciente não

são realizados com rigor.

Técnica cirúrgica: preparo da equipe cirúrgica para a escovação das mãos, uso de EPIs a fim

de diminuir a eliminação de microrganismos no campo cirúrgico proveniente da boca e nariz

ao espirrar, falar e tossir. Os tecidos deverão ser manipulados com cuidado a fim de amenizar

o trauma cirúrgico. A hemostasia sem uso abusivo de eletrocauterização, tecido desvitalizado

devem ser removidos, as suturas devem ser sem grandes pressões para evitar a isquemia local,

a perfusão tecidual deve ser mantida para que a oxigenação tecidual e ação de neutrófilos

sejam preservadas.

A ISC manifesta-se por rubor, edema excessivo, sensibilidade, calor, estrias avermelhadas na

pele próximas à incisão, linfonodos dolorosos e aumentados na região axilar ou inguinal, odor

fétido na incisão, calafrios no corpo e febre persistente por mais de 72 horas pós-operatória,

pulso elevado, dor crescente a partir do sítio cirúrgico e drenagem de secreção purulenta.

Quanto à drenagem é necessário a observação quanto à coloração, quantidade, consistência e

odor, lembrando que estas características variam do tipo, localização e profundidade da ferida.

Os seguintes termos são freqüentemente utilizados para a drenagem:

•Drenagem serosa é amarelo-pálida, aquosa e semelhante ao líquido de uma bolha;

•Drenagem sanguínea é sanguinolenta, como a oriunda de uma laceração aguda;

•Drenagem serossanguínea é amarelo-rósea pálida, fluída e contém plasma e eritrócitos;

•Drenagem purulenta contém leucócitos e microrganismos e ocorre quando a infecção está

presente. Ela é espessa e opaca e pode variar desde o amarelo pálido até o verde ou

bronzeado, dependendo do organismo agressor.

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Ações de enfermagem na prevenção da infecção do sítio cirúrgico (ISC).

A assistência de enfermagem constitui na prevenção de ISC ou tratamento de complicações,

pois menor que seja o procedimento cirúrgico, o risco de complicações sempre estará

presente. A prevenção no pós-operatório promove rápida convalescença, evita infecção

hospitalar, poupa tempo, reduz gastos, preocupações, ameniza a dor e aumenta a sobrevida do

paciente.

A análise da anamnese pré-operatória e as prescrições pós-operatórias do cirurgião permitem

que a enfermeira elabore melhor o plano de cuidados, para que o paciente possa alcançar os

seguintes objetivos:

- Demonstrar o retorno ou manutenção da função fisiológica normal, incluindo as funções

respiratórias, circulatórias, de eliminação e o estado nutricional;

- Demonstrar a ausência de infecção pós-operatória em ferida cirúrgica;

- Obter o repouso e conforto;

- Manter ou estimular o autoconceito

Assistência de Enfermagem perioperatória

O termo perioperatório é empregado para descrever todo o período da cirurgia, incluindo

antes e após a cirurgia em si. As três fases dos cuidados perioperatórios são: Pré-operatório,

Transoperatório e Pós-operatório.

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Pré - operatório Mediato: começa no momento da indicação da operação e termina 24 horas

antes do seu início. Geralmente, nesse período o paciente ainda não se encontra internado.

Pré - operatório imediato: da véspera da cirurgia até o momento em que o paciente é

recebido no centro-cirúrgico;

Transoperatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o momento em que é

encaminhado para a sala pós-anestésica;

Intra-operatório: Do início até o final da anestesia;

Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de operação até sua

alta da sala de recuperação pós-anestésica;

Pós - operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós-anestésica até as

primeiras 24 horas pós-operatórias.

� Consentimento cirúrgico: Antes da cirurgia, o paciente deve assinar um formulário

de consentimento cirúrgico ou permissão para realização da cirurgia. Quando

assinado, esse formulário indica que o paciente permite a realização do procedimento

e compreende seus riscos e benefícios, explicados pelo cirurgião. Se o paciente não

compreender as explicações, o enfermeiro notifica ao cirurgião antes que o paciente

assine o formulário de consentimento. Os pacientes devem assinar um formulário de

consentimento para qualquer procedimento invasivo que exija anestesia e comporte

risco de complicações. Os pacientes devem assinar o formulário de consentimento

antes que lhes seja administrado qualquer sedativo pré-operatório.

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Posicionamento Cirúrgico

“O posicionamento cirúrgico é uma arte, uma ciência e também um fator chave no

desempenho do procedimento seguro e eficiente, por meio da aplicação de conhecimentos

relacionados à anatomia, fisiologia e patologia.”

Objetivos:

Oferecer exposição e acesso ótimo do local operatório

Manter o alinhamento corporal e as funções circulatórias e respiratórias

Proporcionar acesso para a administração de soluções endovenosas, drogas, agentes

anestésicos

Não comprometer as estruturas vasculares e a integridade da pele

Trazer o máximo de conforto para o paciente.

É importante atentar para:

Temperatura da sala - se fria oferecer cobertor aquecido

Não deve haver contato direto do paciente com partes metálicas da mesa

Quando da utilização de posicionadores, manter atenção com olhos, orelhas e nariz

Uso de coxins

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Mesas de operação – são especialmente desenhadas para atender as exigências peculiares e

altamente especializadas da terapia cirúrgica

Equipamentos acessórios como estribo, suporte de perna, suporte de braços e suporte de pé

são desenhados para estabilizar o paciente na posição desejada e para oferecer flexibilidade no

posicionamento

Mudança de posição com atenção

O posicionamento está relacionado:

Mesas cirúrgicas

Treinamento da equipe de enfermagem

Parceria com a equipe médica

Recursos de proteção:

Colchonetes

Braçadeiras

Travesseiros

Perneiras

Fixadores de braços e pernas

Colchão piramidal (caixa de ovo)

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Protetores de calcâneo

Protetores crânio - faciais

Posições cirúrgicas

a) Posição supina ou decúbito dorsal

Indicada para indução anestésica geral e acesso as cavidades maiores do corpo. O paciente

fica deitado sobre o dorso, braços em posição anatômica e pernas levemente afastadas. As

palmas das mãos voltadas para o corpo. A posição da cabeça deve manter as vértebras

cervicais, torácicas e lombares numa linha reta. Os quadris paralelos. As pernas ficam

paralelas e descruzadas para prevenir traumas os nervos: peroneal, tibial, atrito e

comprometimento circulatório.

b) Posição prona ou decúbito ventral

Indicada para cirurgias da região dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital.

Obs.: necessidade de expansão pulmonar – liberação das mamas no sexo feminino – uso de

coxins e travesseiros cabeça lateralizada e braços no suporte

c) Posição decúbito lateral ou de Sims

Indicada para toracotomias e cirurgias renais.

Nessa posição o paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter seu equilíbrio pela

flexão da perna inferiormente colocada a extensão da superior, fixando-o transversalmente

pelo quadril a mesa operatória

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O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo acesso à parte superior do tórax,

na região dos rins, na seção superior do ureter. O posicionamento das extremidades e do

tronco facilita a exposição desejada

d) Posição de Trendelemburg

Ocorre oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia

laparoscópica no abdome inferior ou pelve. Nessa posição o paciente ficará em posição dorsal

com elevação da pelve e membros inferiores, por inclinação da mesa cirúrgica, a cabeça fica

mais baixa que os pés. Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no córtex

cerebral e gânglio basal quando a PA cai repentinamente e aumenta o fluxo sanguíneo arterial

para o crânio.

e) Posição de Trendelemburg reverso ou proclive

Usada freqüentemente para oferecer acesso à cabeça e pescoço para facilitar que a força de

gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada para

manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa

posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento

do MMII. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço

pode ser hiper estendido pela elevação dos ombros do paciente.

f) Posição de Litotomia ou ginecológica

Indicada para exames urinários, endoscópicos, cirurgias ginecológicas por via baixa e

anuretais. Essa posição é derivada do decúbito dorsal, na qual se elevam os MMII, que ficam

elevados em suportes especiais, denominados perneiras e fixados com correias.

g) Posição de Fowler Modificada

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Indicada: neurocirurgias, mamoplastias e abdominoplastias. Essa é a posição sentada

propriamente dita, isto é, em ângulo de 90º. Flexiona-se a parte dos MMII para prevenção de

quedas. Ocorre o aumento do peso da paciente no dorso do corpo. O repouso do dorso é

elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte de pé é mantido no lugar.

e) Posição Canivete (Kraske)

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É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que

o corpo fique fletido sobre a mesa, ma

elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.

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É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que

o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais

elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.

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É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que

se a região a ser operada em plano mais

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Período transoperatório (intra-operatório)

É aquele em que o paciente será submetido a uma cirurgia propriamente dita, sendo realizada

na unidade de centro cirúrgico, que é dotada de uma infra – estrutura que garanta plena

segurança e conforto ao paciente e a equipe de saúde.

As funções da enfermagem abrangem a recepção do paciente no CC, organização da SO,

atendimento as necessidades de saúde e segurança do paciente durante e após a cirurgia,

encaminhando o paciente para a RPA, UTI ou enfermaria

Rotinas e salas de operação

Entende-se por montagem da sala os procedimentos para prever e prover artigos e

equipamentos necessários e adequados que visam proporcionar o desenvolvimento do ato

anestésico cirúrgico em ambiente seguro, físico e humano, a que o paciente tem direito.

A fase de montagem da sala compreende desde o momento em que a circulante recebe do

enfermeiro o plano assistencial para o período transoperatório até o início do ato anestésico-

cirúrgico.

Os procedimentos dependem de informações a respeito da equipe médica, cirurgia, anestesia,

mas, sobretudo, do paciente, e que podem ser obtidas através de aviso de cirurgia, ficha pré-

operatória de enfermagem e ficha de visita pré-operatória.

A montagem da sala abrange as seguintes etapas:

Procedimentos básicos

� Preparo da sala de operação:

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� Colocar o mobiliário em posição funcional;

� Proceder à limpeza da sala de operação quando for necessário conforme a rotina

estabelecida no CC. Na limpeza deve-se seguir um fluxo funcional, de modo a evitar

desperdício de tempo e energia. Mobiliário, aparelhos, foco e mesa cirúrgica.

� Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não invasiva e

temperatura).

� Testar o funcionamento de aparelhos elétricos como monitores, focos, aspiradores,

entre outros.

� Testar o funcionamento da rede de gases medicinais - verificar os artigos do carinho

de anestesia; bandeja para intubação, esfigmomanômetro, estetoscópio, etc.

� Verificar material e equipamento para procedimentos especiais como: bisturi elétrico,

trépano, microscópio, etc.

� Observar controle ambiente quanto à temperatura recomendada da sala de operação

entre 22 a 24ºC.

� Realizar degermação das mãos.

Cuidados de enfermagem com Bisturi Elétrico

Finalidades:

- Equipamento utilizado em procedimentos cirúrgicos, para corte e coagulação de

tecidos.

Material Necessário:

- 01 Bisturí elétrico;

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- 01 Pedal;

- 01 Cabo da placa isolante;

- 01 Placa isolante descartável (adulto e infantil);

- 01 Caneta de bisturí esterilizada.

Pré - Execução:

- Separar os equipamentos e acessórios;

- Encaminhar à sala de cirurgia.

Execução:

- Conectar o bisturí na rede elétrica;

- Conectar a placa isolante descartável no cliente mantendo amplo contato com a pele,

em área que não corra risco de umidificá-la durante o ato cirúrgico, e sem contato com

locais de protuberância óssea;

- Conectar o cabo na placa isolante;

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- Aproximar o bisturi da mesa operatória;

- Conectar o cabo na placa do bisturi;

- Aguardar que o cirurgião forneça a extensão da caneta do bisturi e conectá-la no

equipamento;

- Aproximar o pedal do bisturi do elemento da equipe que irá comandar o

equipamento;

- Ligar o “Plug” do equipamento;

- Selecionar o grau de corte e coagulação conforme orientação do cirurgião.

Pós - Execução:

- Desligar o equipamento no “plug”;

- Desligar o bisturi da rede elétrica;

- Vestir luvas de procedimentos;

- Desconectar o cabo e caneta do equipamento;

- Desprezar a placa no lixo;

- Fazer desinfecção do equipamento com álcool 70%;

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- Encaminhar a caneta do bisturi para o expurgo da central de material esterilizado;

- Retirar as luvas de procedimento;

- Anotar na folha de débito do centro cirúrgico a utilização do equipamento.

Avaliação:

- Avaliar funcionamento adequado do equipamento;

- Verificar colocação adequada da placa do bisturi;

- Avaliar desinfecção do equipamento – antes e após sua utilização.

Riscos / Tomada de Decisão:

- Não funcionamento por defeito no aparelho: acionar os técnicos da engenharia

clínica;

- Não funcionamento do pedal: checar adaptação do pedal ao equipamento;

- Acionamento do alarme do bisturi por má adaptação dos acessórios: checar

adaptações do cabo, placa e canesta; verificar área de fixação da placa do bisturi

elétrico no paciente;

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-Queimaduras químicas por não retirada do excesso de anticéptico (Chlorexidina ou

PVPI) próximo à placa isolante: retirar a placa, limpar a região e avaliar danos

causados.

Prover o carinho com os seguintes artigos médicos esterilizados de acordo com a rotina

estabelecida no CC:

� Luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0).

� Pacotes de campos cirúrgicos (LAP).

� Pacotes de aventais.

� Pacotes de compressas grandes de pequenas.

� Pacotes de gazes (10 a 20 unidades).

� Fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico.

� Impermeáveis para mesa de instrumental.

� Artigos em aço inoxidável (cuba-rim, cúpulas, bacias).

� Caixa de instrumental cirúrgico.

� Seringas; agulhas; equipo e artigos para anestesia.

� Sondas; drenos e cateteres.

� Coletores (diureses, sonda nasogástrica, etc.).

� Cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção

� Manoplas.

� Artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico (laparoscópios)

� Checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos artigos.

Prover com artigos diversos:

� Talas.

� Ataduras.

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� Acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica

� Soluções anticépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).

� Soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e glicosado,

etc.

� Medicamentos de forma geral e anestésicos.

� Adesivos (micropore, esparadrapo).

� Escova para degermação à base de PVPI ou clorexidina.

� Dispor os pacotes nas respectivas mesas auxiliares de modo a facilitar a sincronia de

movimentos para a abertura dos pacotes, preparo da paramentação, preparo do

paciente e preparo do carinho de anestesia.

� Prover os impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de

exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc.

Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica:

O circulante de sala deve:

� Controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança do

paciente.

� Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas.

� Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à técnica asséptica.

� Auxiliar a montagem da mesa de instrumentação, apresentando os artigos médicos

necessários ao procedimento cirúrgico.

Procedimentos relacionados ao paciente:

� Para o transporte do paciente da área de recepção até a sala de operação, o enfermeiro

deve considerar os problemas detectados no recebimento e prover sua segurança física

e emocional. Para tal, a maca deve ter grades e travas e o funcionário responsável pelo

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transporte, estar orientado a transportar o paciente, posicionando-se sempre à

cabeceira da maca, observando a expressão facial do doente e tomando os cuidados

necessários com infusões e drenagens.

Transferência do paciente para a mesa de operação:

� Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser passado

para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e emocional e seu

conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a transferência do paciente, como:

� Nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.

� Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim sua

movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.

� Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente capaz.

� Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica

Proporcionar apoio emocional ao paciente:

� O sucesso de uma cirurgia depende da perícia de toda a equipe cirúrgica. Cada

membro da equipe tem importante papel na manutenção do preparo psicossomático

dos pacientes. Interações adequadas minimizam o medo e favorecem o alívio da dor e

mal estar, além de ajudar a enfrentar situações desagradáveis ou desconhecidas.

� Avaliar continuamente e comunicar sobre o estado emocional do paciente aos outros

membros da equipe de saúde:

� O medo é uma barreira de comunicação que reprime sentimentos e aumenta a

insegurança. Cada pessoa apresenta uma reação diferente diante de situações idênticas,

o que exige, da equipe de enfermagem, algum preparo para o bom inter-

relacionamento com o paciente.

� Verificar e anotar os valores dos sinais vitais, observar e anotar os sinais de estresse.

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� Constituem ainda, funções do circulante da sala responsabilidade pelo andamento

geral da sala de operação antes, durante e após o procedimento cirúrgico. Uma das

responsabilidades mais importantes é assegurar que a esterilidade seja mantida durante

todo o tempo.

O circulante tem ainda, as seguintes funções:

� Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.

� Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.

� Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.

� Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.

� Auxiliar na anti-sepsia da área operatória.

� Colocas a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi).

� Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.

� Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e

equipamentos necessários ao ato operatório.

� Manter o ambiente asséptico.

� Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato

operatório.

� Manter boa iluminação da área cirúrgica.

� Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e gazes

utilizadas.

� Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a continuidade dos

cuidados de enfermagem.

No final da cirurgia, o circulante deve:

� Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico.

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� Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente.

� Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres.

� Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico.

� Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica.

� Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas superiores.

� Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações.

� Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário.

� Completar a ficha de débito.

� Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de terapia

intensiva das condições em que o paciente se encontra.

� Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do

CC.

Fase de desmontagem da sala:

� Calçar luvas de procedimentos.

� Reunir todos os artigos não usados (estéreis) e colocar no carrinho para devolução ao

centro de material e esterilização e farmácia ou central de suprimentos.

� Retirar da mesa de instrumentais artigos perfuro cortantes descartando em local

apropriado designado pela instituição.

� Desprezar artigos de uso único não cortantes em recipientes de lixo apropriados.

� Encaminhas ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino

determinado pela instituição.

� Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os.

� Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para devolução

no CME verificando integridade, número de peças e colocando os mais delicados

sobrepostos aos mais pesados.

� Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.

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� Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou levadas ao

expurgo.

� Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes do uso da

próxima cirurgia.

� Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e sabão com

pH neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com

álcool a 70%. Na presença de sangue, recomenda-se a desinfecção com glutaraldeído

2% por 30 minutos.

� Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução.

� Retirar luvas de procedimentos.

� Lavar as mãos.

� Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da instituição.

� Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme

preconizado.

Limpeza da sala de operação

É o procedimento de remoção de sujeira e detrito indesejável, mobiliários, pisos, paredes

mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica.

A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial de contaminação

das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. Os ambientes podem ser

assim classificados:

- Áreas críticas:

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São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de infecção, seja por procedimentos

invasivos realizados, pela presença de pacientes com seu sistema imunológico deprimido ou

por executar limpeza de artigos (hemodiálise, central de material e esterilização, centro -

cirúrgico, UTI, etc.).

- Áreas semi-críticas:

São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa

transmissibilidade e doenças não infecciosas (unidades de internação, ambulatórios).

- Áreas não críticas:

Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas administrativas, depósitos).

Limpeza e desinfecção do Centro Cirúrgico

Considerar todo líquido ou material orgânico de qualquer paciente (em todas as cirurgias)

como possível fonte de contaminação, procurando confinar essa a uma restrita área próxima à

mesa cirúrgica.

A limpeza e desinfecção da sala de cirurgia podem ocorrer antes, durante e após a cirurgia,

conforme objetivos específicos para cada um desses momentos:

- Limpeza antes do início dos procedimentos cirúrgicos do dia: O objetivo é remover a

poeira porventura acumulada em móveis e equipamentos após a limpeza realizada no final do

turno do dia anterior. Realizar a limpeza das superfícies horizontais dos móveis e

equipamentos com pano seco e limpo, umidificado com água ou solução desinfetante (de

preferência, o álcool 70 %).

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- Limpeza durante o procedimento cirúrgico: O objetivo é contribuir para a manutenção de

ambiente limpo durante a cirurgia. Realizá-la, desde que não interfira com o ato cirúrgico ou a

pedido do cirurgião.

Manter limpa, o máximo possível, a sala de cirurgia durante todo o procedimento. Se

necessária, realizar a limpeza do piso e superfícies durante a cirurgia. Trocar os hamperes e os

cestos de lixo sempre que muito cheios, para evitar que transbordem e contaminem o piso.

- Limpeza após cada procedimento cirúrgico: O objetivo é recompor e preparar a sala para

a próxima cirurgia.

Após cada procedimento cirúrgico, a sala de cirurgia deve ser limpa (piso e a mesa cirúrgica,

a princípio) e, se necessário, realizar a limpeza e desinfecção localizada de equipamentos,

piso, paredes, portas, teto, mobiliários e demais instalações. A necessidade de desinfecção é

determinada pela presença de respingo ou deposição de matéria orgânica.

Para a desinfecção é utilizado o hipoclorito de sódio para as superfícies (pisos e paredes) e

álcool 70 % para equipamentos e metais. Após a desinfecção, realizar a limpeza com água e

sabão de toda a superfície. Secar muito bem as superfícies e os artigos / equipamentos.

A porta da sala de cirurgia deve permanecer sempre fechada, mesmo não havendo

procedimento cirúrgico.

As Normas Internas de Funcionamento do Centro Cirúrgico prevêem o tempo de 15 minutos,

o qual pode ser estendido, para fins de limpeza e desinfecção entre as cirurgias.

- Limpeza no final da programação cirúrgica diária (ou do turno) e Limpeza semanal: O

objetivo é a limpeza mais completa, reservando para a limpeza semanal todos os itens não

atingidos, rotineiramente, pela limpeza terminal diária.

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– Instrumentos, roupas sujas e resíduos infectantes (sólidos).

O material a ser esterilizado na CME deve ser acondicionado em recipiente resistente à

perfuração, observando os cuidados para evitar acidentes com materiais perfurocortantes (Ex.:

pinças fechadas e bisturi sem a lâmina).

Os resíduos sólidos devem ser descartados em sacos plásticos próprios, sem extravasamento

de material ou líquido, mantendo a superfície externa limpa.

¨ Os materiais perfurocortantes devem ser desprezados em coletores especiais.

As roupas sujas devem ser acondicionadas em sacos plásticos especiais, evitando o

extravasamento de líquidos e mantendo limpa a superfície externa do saco coletor.

O transporte de resíduos sólidos e de roupa suja deve ser feito em carrinhos próprios e

fechados, que circulam apenas na área verde. O recolhimento da roupa e dos resíduos deve ser

feito em freqüência que não permita o acúmulo excessivo.

Recuperação pós-anestésica – RPA

A sala de recuperação pós-anestésica é a área que se destina á permanência do paciente logo

após o término do ato anestésico. Neste local o paciente fica sob os cuidados das equipes de

enfermagem e médica, especialmente, o anestesista.

A RPA é definida como um setor do Centro Cirúrgico onde são dispensados cuidados

intensivos após anestesia e cirurgia. Nesta sala, onde o tempo de permanência do paciente

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varia, em média, de 1 a 6 horas, a assistência prestada pela equipe de saúde tem como

finalidade:

- Oferecer suporte ao paciente na fase de recuperação da anestesia, até que os reflexos

protetores estejam presentes, os sinais vitais voltem á normalidade e seja recuperada a

consciência;

- Prevenir ou tratar possíveis complicações resultantes do ato anestésico ou cirúrgico;

- Estabelecer medidas para aliviar a dor pós-operatória;

- Proporcionar ao paciente atendimento seguro, em se tratando de um local provido de

recursos materiais específicos e humanos, preparados para a prestação da assistência neste

período, considerado crítico.

Localização

A sala de RPA deve estar instalada dentro da Unidade de Centro Cirúrgico ou nas suas

proximidades, de modo a favorecer o transporte fácil do paciente anestesiado para este local,

assim como o seu rápido retorno a sala de operação, na vigência de uma reintervenção

cirúrgica. Esta localização possibilita também, o livre acesso dos componentes da equipe

cirúrgica.

Estrutura física

O planejamento da planta física do RPA deve ser feito de modo a permitir a visão e a

observação constante e todos os pacientes pelas equipes médica e de enfermagem, sendo o

estilo “aberto” o que melhor atende a esses quesitos.

Assistência de enfermagem ao paciente na sala de RPA

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O período de recuperação pós-anestésica e considerado crítico. O paciente necessita de

vigilância contínua das equipes médica e de enfermagem que atuam no setor, pois, além de ter

recebido drogas anestésicas, foi submetido às agressões impostas pelo ato cirúrgico. A maior

incidência de complicações anestésica ou pós-operatória imediata acontece neste período,

sendo mais freqüente aquelas de origem respiratória ou circulatória.

A assistência de enfermagem deve estar voltada para três situações distintas, porém

interdependentes, que serão chamadas de recepção, permanência e avaliação para alta o

paciente do RPA.

� Recepção

A recepção do paciente no RPA e feita pelo enfermeiro e anestesista responsáveis por este

setor. Estes recebem o paciente do anestesista e circulante de sala de operação, encarregados

de transportá-lo ate o RPA, e que lhes passam as informações básicas sobre o paciente e o

tratamento cirúrgico a que foi submetido. Estas informações nortearão a assistência a ser

prestada, e devem incluir:

Dados de identificação;

Diagnóstico médico;

Intervenção cirúrgica executada, duração do procedimento;

Técnica anestésica, drogas utilizadas na pré-anestesia e na anestesia;

Posição cirúrgica;

Uso do bisturi elétrico e local da placa dispersiva;

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Perdas sanguíneas e reposição de líquidos no intra-operatório;

Intercorrências no período intra-operatório;

Antecedentes patológicos;

Alergia a drogas;

Estado geral do paciente ao deixar a sala de operações;

Presença de drenos, sondas, cateteres e outros métodos terapêuticos;

Recomendações especiais sobre o pós-operatório.

A equipe de enfermagem deve instalar a oxigenoterapia, se indicada, oxímetro de pulso,

monitorização cardíaca, quando necessária e proceder à avaliação preliminar o paciente que,

necessariamente, inclui: função respiratória e permeabilidade das vias aéreas, sinais vitais,

nível de consciência, circulação periférica, coloração da pele, infusões venosas, condições do

curativo cirúrgico, posicionamento de sondas, drenos e cateteres, função motora e sensitiva.

O decúbito lateral é a posição ideal em que o paciente deve ser colocado no pós-operatório

imediato, por facilitar a eliminação de secreções acumuladas na orofaringe. Caso esta não seja

possível, colocá-lo na posição indicada, tornando-a funcional e confortável.

� Permanência

O período de permanência no RPA inclui a monitorização e controles constantes do paciente

e o estabelecimento de intervenções de enfermagem, com base nos dados levantados na

avaliação inicial, nas alterações resultantes da regressão dos efeitos da anestesia e das

conseqüências do trauma cirúrgico.

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As drogas anestésicas, ao produzirem os esperados efeitos de hipnose, analgesia e

relaxamento muscular, produzem também uma importante depressão cardiorrespiratória, que

deve ser controlado durante todo o período anestésico e, ainda, na reversão da anestesia, tendo

em vista esses efeitos residuais desses agentes. ARENSON (1987) afirma que a pressão

parcial de oxigênio arterial (PaO2) começa a cair no momento da transferência do paciente

para a sala de recuperação, e que pode ser causada pelos efeitos residuais da anestesia,

deletérios sobre a ventilação e o débito cardíaco.

O enfermeiro deve estar atento aos sinais de complicações respiratórias, como hipoxemia,

evidenciada na oximetria de pulso, como saturação de oxigênio no sangue <90%;

hipoventilação, por bradipnéia ou pressão parcial de dióxido de carbono arterial (PaCO2) ≥

50mm Hg; e obstrução das vias aéreas, por respirações ruidosas, sufocantes e irregulares.

É necessário observar-se, ainda, o posicionamento da cânula de Guedel. Sua finalidade e

prevenir a obstrução da orofaringe, conseqüente a queda da base da língua, provocada pelo

relaxamento muscular. Por isso, esta cânula precisa ser mantida no paciente inconsciente ate

que se inicie o retorno dos reflexos protetores. Em alguns casos, sob prescrição do anestesista,

e necessária a administração de drogas que antagonizem os efeitos dos relaxantes musculares.

A obstrução das vias aéreas pode ser dar, também, por excessiva produção de secreções. A

aspiração da orofaringe e a manutenção da cabeça voltada para um dos lados, com a

finalidade de facilitar o escoamento de secreções, são medidas que devem ser observadas para

manter a permeabilidade das vias aéreas. Quando consciente, o paciente deve ser estimulado a

realizar inspirações profundas e tossir, com a finalidade de prevenir a ocorrência de

atelectasia.

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Os pacientes submetidos á anestesia geral, ao retornarem a consciência, podem apresentar um

período de agitação psicomotora, e a equipe de enfermagem deve estar atenta as medidas de

segurança para evitar contusões, queda do leito e desconexões de sondas, drenos ou cateteres.

As alterações nos sinais vitais podem decorrer da ação de drogas anestésicas, bem como do

próprio ato cirúrgico. Assim sendo, devem ser realizados controles seriados de 15 em 15

minutos na primeira hora do período de permanência do RPA, podendo passar para de 30 em

30 minutos nas horas subseqüentes, desde que o paciente se apresente estável. É necessário

observar, também, a coloração das extremidades, para avaliar a perfusão tissular.

A utilização de agentes anestésicos, tempo prolongado de cirurgia, temperatura ambiental

baixa e administração de infusões venosas frias na sala de operações são fatores que podem

produzir hipotermia e calafrios no pós-operatório. O enfermeiro deve estabelecer medidas

visando o aquecimento e o conforto do paciente, uma vez que os tremores aumentam a

necessidade de oxigênio, além de serem muito desconfortáveis.

A manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e uma das preocupações da enfermagem na

recuperação pós-anestésica. Neste particular, compete ao enfermeiro controlar e registrar a

quantidade de líquidos administrados e eliminados através da urina, drenagens, vômitos ou

outras perdas.

O curativo cirúrgico deve ser inspecionado e controlado o volume e o aspecto das secreções

de sondas e drenos, verificando-se a presença de sangramento que, quando excessivo, deve

ser comunicado ao cirurgião responsável.

A cessação da analgesia produzia produzida pelo ato anestésico e um fator esperado neste

período, e a promoção do alivio da dor pós-operatória deve ser umas das metas da assistência

de enfermagem, através da administração de medicamentos prescritos, da mudança de

decúbito como medida de conforto, e do reconhecimento da dor em pacientes que não possam

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acusá-la. A agitação psicomotora e a hipertensão são alguns dos sinais que podem indicar

presença de dor no pós-operatório.

� Avaliação para alta

Dada a necessidade de se obter um método confiável e objetivo para descrever as condições

clinicas do paciente no RPA, ALDRETE; KROULIK (1970) desenvolveram um índice de

avaliação que tem sido adotado em diversos serviços, estabelecendo uma linguagem comum

entre os médicos e enfermeiros que avaliam o paciente, baseado em cinco parâmetros:

respiração, consciência, circulação, atividade muscular e coloração.

A avaliação deve ser realizada pelo anestesista ou pelo enfermeiro do RPA, no momento da

recepção do paciente e em intervalos estabelecidos durante a sua permanência no RPA. Cada

um dos

parâmetros

estabelecid

os recebe

um valor

de 0 á 2, e

os valores

atribuídos

são

somados,

totalizando

o índice

máximo de

10. O

índice 10,

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como resultado da soma dos valores atribuídos e considerado condição clínica satisfatória e

segura para a alta do paciente do RPA, pois significa que este é capaz de inspirar

profundamente e tossir, está consciente, a pressão arterial esta variando dentro de 20% do

nível pré-anestésico, move os quatro membros voluntariamente ou sob comando e esta com a

pele de coloração rosada. Uma vez confirmada à alta, o enfermeiro do RPA deve comunicá-la

ao enfermeiro da unidade de origem do paciente, informando-lhe as condições em que este se

encontra. Em seguida, transportá-lo, de forma segura, ate o seu leito, onde continuará a

receber os cuidados pós-operatórios.

Tratamento cirúrgico

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É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e externas executado

através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de instrumentos. A cirurgia abrange a

abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética.

Classificação das Cirurgias

As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba:

Cirurgia eletiva:

Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou

seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.

Cirurgia de urgência:

Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas.

Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.

Cirurgia de emergência:

Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica. Por

exemplo: Ferimento por arma de fogo em região precordial, hematoma sub dural.

As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento cirúrgico:

Cirurgia Curativa:

Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde ao paciente. Para

essa finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este tipo de

cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer, neste caso, a

operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos. Ex. Apendicectomia.

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Cirurgia Paliativa:

Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas não cura a

doença. Ex. Gastrostomia.

Cirurgia Diagnóstica:

Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença. Ex. laparotomia

exploradora.

Cirurgia Reparadora:

Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex.

enxerto de pele em queimados.

Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica:

Realizada com objetivos estéticos ou reparadores, para fins de embelezamento. Ex.

Rinoplastia, mamoplastia, etc.

As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco

cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de

fluidos e sangue durante sua realização.

Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:

cirurgias de emergência, vasculares arteriais.

Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo: cabeça e

pescoço – ressecção de carcinoma, ortopedia-prótese de quadril.

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Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:

plástica mamoplastia e endoscopia.

Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a:

Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. Por exemplo: rinoplastia.

Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Por exemplo: colecistectomia, gastrectomia.

Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Por exemplo: Craniotomia.

Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas. Por exemplo: transplante de fígado.

Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia:

Cirurgia limpa:

Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática.

Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo

infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações nos tratos

digestivo, respiratório ou urinário. Por exemplo: mamoplastia.

Cirurgia potencialmente contaminada:

Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil

descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas

discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria.

Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação

significativa. Por exemplo: colecistectomia com colangiografia.

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Cirurgia contaminada:

Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por

microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como todas

aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de supuração local;

presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande

contaminação a partir do tubo digestivo.

Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por exemplo: hemicolectomia.

Cirurgia infectada:

É todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de

processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem

suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta.

Tempos Cirúrgicos

De modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou tempos básicos e

fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese.

Diérese:

É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região

ou órgão.

Hemostasia:

É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser feito

simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletro coagulação

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ou compressão. Na realidade a hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realizam, no

pré-operatório imediato, os exames de tempo de coagulação e dosagem de pró-trombina.

Exérese:

Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo, paliativo,

estético/corretivo, diagnóstico.

Síntese:

É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for à separação, para

facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira

intenção.

Instrumentais, agulhas e fios

Os vários tipos de instrumentos podem ser agrupados da seguinte maneira:

Instrumental de diérese:

Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e outros, utilizados nas

cirurgias gerais, assim como nas especiais.

O bisturi é o melhor instrumento para a secção dos tecidos, sendo um instrumental de corte

por excelência. Grande parte dos bisturis são cabos com uma extremidade destinada à fixação

de lâminas descartáveis. Os cabos de bisturis são designados por números, por exemplo: cabo

n°3 ou n°4. Quanto menor o número, menor a lâmina, destinado a atos cirúrgicos delicados.

Os cabos de bisturis com números maiores apresentam encaixe maior para lâminas também

maiores, destinados a procedimentos cirúrgicos gerais.

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Instrumental para hemostasia:

Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao pinçamento de vasos sangrantes.

Representados por pinças nas formas retas e curvas, por exemplo, as pinças Kelly, Halstead,

Rochester, preferidas pelo cirurgião devido a proporcionarem um manuseio mais fácil. As

pinças hemostáticas são usadas em situações que exigem instrumentos mais longos. As pinças

atraumáticas são usadas para hemostasia temporária.

Instrumental para preensão:

É o destinado a segurar e suspender as vísceras e órgãos, como as pinças elásticas e pinças

com anéis e cremalheira.

Instrumental para separação:

Formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor visualização da

cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos: auto-estáticos e dinâmicos.

Os auto-estáticos são usados para a abertura da cavidade abdominal. Os mais utilizados são:

Gosset, Balfour, e para a cirurgia torácica, o Finochietto. Os afastadores Weitlaner, Gelpi,

Alm são usados em operações mais superficiais.

Instrumental e material para a síntese:

É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta - agulhas e principalmente pelos

fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele.

Fios cirúrgicos:

Classificação dos fios cirúrgicos

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� Fios cirúrgicos absorvíveis:

São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados.

Os de origem animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de

cicatrização. Os de origem sintética são hidrolisados da reação com as moléculas de água dos

líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são

divididos em dois grupos: sintéticos e biológicos.

Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos:

São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do

gato) atualmente obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos.

Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples ou cromados. Os simples

apresentam absorção mais rápida, em torno de 8 dias, e os cromados absorção mais lenta, em

torno de 20 dias. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais

demorada, como em estruturas do aparelho gastrointestinal ou no útero.

Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos:

Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado

em larga escala como substituto dos fios de absorção lenta e dos nabsorvíveis. O ácido

poliglicólico é um material sintético obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de

fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São utilizados em anastomoses

gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas.

� Fios cirúrgicos não-absorvíveis:

São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: biológicos e

sintéticos.

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Fios cirúrgicos não-absorvíveis biológicos:

O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca reação

tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em envelopes e já

pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para tecidos de rápida

cicatrização e contra-indicado para suturas cutâneas devido à sua reatividade tissular.

O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da-seda. Suas fibras são

retorcidas ou transadas e podem passar por processo de enceramento para diminuir sua

capilaridade. Apresenta facilidade de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do

nó.

Agulhas cirúrgicas

A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente larga,

penetrante para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas ao mesmo

tempo flexível, para dobrar antes de quebrar, resistente a corrosão de tamanho, forma, e

calibre apropriados à aplicação a que se destina.

Grampos de pele

Método freqüentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente,

oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles

permitem a distorção decorrente do estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura.

Fitas adesivas de pele

As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita

adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e

força tensiva para manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua

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porosidade para facilitar a transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos

debaixo da ferida.

Terminologias

Entende-se por nomenclatura cirúrgica “o conjunto de termos de uma arte ou de uma ciência:

terminologia”. Assim sendo, a nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para

indicar o procedimento cirúrgico a ser realizado. Cabe ao profissional de enfermagem

entender os diversos aspectos que envolvem o procedimento cirúrgico, em especial a

terminologia pertinente. Essa terminologia é formada por prefixos, que designam a parte do

corpo relacionada à cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato cirúrgico referente

Os principais objetivos da nomenclatura cirúrgica são:

- Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do procedimento cirúrgico realizado.

- Preparar o instrumental cirúrgico, artigos, equipamentos e acessórios apropriados para cada

tipo de cirurgia.

Prefixos e Sufixos

Otomia – Abertura de um órgão com ou sem dreno.

Stomia – Fazer cirurgicamente uma nova boca.

Ectomia – Remover um órgão.

Ráfia – Suturar ou reparar.

Pexia – Fixação de um órgão.

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Scopia – Olhar o interior.

Litíase – Cálculo.

Operações terminadas em ECTOMIA

Apendicectomia – Retirada cirúrgica do apêndice vermiforme.

Cistectomia – Retirada da bexiga.

Colecistectomia – Remoção cirúrgica da vesícula biliar.

Craniectomia – Operação para retirar parte do crânio.

Esplenectomia – Retirada do baço.

Fistulectomia – Retirada da fístula.

Gastrectomia – Retirada total ou parcial do estômago.

Hemorroidectomia – Remoção das hemorróidas.

Histerectomia – Extirpação do útero.

Laringectomia – Extirpação da laringe.

Mastectomia – Retirada da mama.

Orquidectomia – Retirada dos testículos.

Pneumectomia – Remoção dos pulmões.

Prostatectomia – Remoção da próstata.

Retossigmoidectomia – Remoção do intestino reto e sigmóide.

Salpingectomia – Remoção cirúrgica de uma parte ou de um ramo do sistema nervoso

simpático.

Tireiodectomia – Remoção da tireóide.

Operações terminadas em RÁFIA

Colporrafia – Sutura da vagina.

Gastrorrafia – Sutura do estômago.

Herniorrafia – Sutura da hérnia.

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Palatorrafia ou estafilorrafia – Sutura da fenda palatina.

Osteorrafia – Sutura do osso ou colocação de fio metálico em osso.

Períneorrafia – Sutura do períneo.

Tenorrafia – Sutura do tendão.

Operações terminadas em PEXIA

Hisperopexia – Fixação do útero na parede abdominal ou na vagina.

Nefropexia – Fixação do rim na parede abdominal posterior.

Orquidopexia – Fixação do testículo no escroto.

Operações terminadas em SCOPIA

Broncoscopia – Exame com visão direta dos brônquios.

Cistoscopia - Exame com visão direta da bexiga.

Colposcopia - Exame com visão direta da vagina.

Esofagoscopia - Exame com visão direta do esôfago.

Gastroscopia - Exame com visão direta do estômago.

Laringoscopia - Exame com visão direta da laringe.

Laparoscopia - Exame com visão direta dos órgãos abdominais.

Uretoscopia - Exame com visão direta da uretra.

Sigmoidoscopia - Exame com visão direta do sigmóide.

Operações terminadas em OTOMIA

Artrotomia – Abertura cirúrgica de articulação.

Cardotomia – Operação de cortar a cárdia, em casos de estenose do esôfago.

Coledocotomia – Exploração e drenagem do ducto biliar.

Coledocolitotomia – Incisão do colédoço para retirar cálculo.

Hepatotomia – Incisão cirúrgica no fígado.

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Flebotomia – Abertura da veia para colocação de Intra-Carth.

Laparotomia – Abertura da cavidade abdominal.

Litotomia – Incisão de um órgão para retirar cálculo.

Osteotomia – Secção cirúrgica parcial, superficial ou profunda de osso, com objetivo

terapêutico.

Pielotomia – Incisão do bacinete renal.

Toracotomia – Abertura do tórax.

Operações terminadas em OSTOMIA

Cistostomia - Abertura da bexiga para drenagem de urina.

Colecistostomia – Incisão da vesícula biliar para drenagem.

Colostomia – Operação para formar abertura artificial no cólon.

Gastrostomia – Formação cirúrgica de fistula gástrica na parede abdominal para introduzir

alimentos.

Ileostomia – Formação de abertura artificial no íleo.

Jejunonostomia – Formação de abertura artificial no jejuno.

Operações terminadas em PLASTIA

Artroplastia – Reconstrução da articulação com a finalidade de restaurar o movimento e a

função da mesma.

Queiloplastia – Repara dos defeitos dos lábios.

Rinoplastia – Cirurgia plástica do nariz.

Toracoplastia – Cirurgia plástica do tórax.

Salpingolplastia – Operação plástica na trompa de falópio.

Terminologias diversas

Enxerto – Transplante de órgãos ou tecidos.

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Amputação – Operação para eliminar membro ou segmento de corpo necrosado.

Anastomose – Formação de comunicação entre órgãos ou entre vasos.

Artrodese – Fixação cirúrgica de articulação para fundir as superfícies.

Anestesiologia

A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda de consciência e

certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com

preservação do estado de consciência. Pode ser causada por: estados patológicos diversos ou

provocada artificialmente, por agentes anestésicos.

Os objetivos do ato anestésico são:

Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia com manutenção ou não da consciência;

Relaxamento muscular;

Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica.

Medicação pré-anestésica

Consiste na administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato anestésico com o

objetivo de produzir amnésia e sedação, diminuir a dor, potencializar os agentes anestésicos,

diminuir secreções de vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume do conteúdo gástrico e

aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos.

Reduz a ansiedade, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia,

arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. Portanto, a medicação pré-anestésica deve

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proporcionar a redução da ansiedade, de modo que a indução e manutenção da anestesia

sejam mais fáceis, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia,

arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. A medicação deve ser prescrita de acordo

com as necessidades individuais do paciente.

Tipos de anestesia

Os diferentes tipos de anestesias se dividem em dois grandes grupos: a anestesia de

consciência (geral) e as de partes do corpo (sendo as loco regional: local, tissular, plexular,

troncular, epidural e raquianestésica). Uma classificação freqüentemente usada para a

assistência anestésica é a seguinte:

� Anestesia geral

A anestesia geral pode ser entendida como um estado reversível de ausência de percepção

dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, resultante da

ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso.

São administrados por vias endovenosas e inalatória preferencialmente devida a relação

efeito-doze e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis. Outras vias podem ser usadas,

como a anestesia geral retal.

� Anestesia geral por inalação

Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou

óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é administrado ao

paciente por meio de um tubo ou máscara.

A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de um tubo

endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou plástico, dentro da traquéia (tubo)

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ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou

também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo

cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela

boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de forma

que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões.

� Anestesia geral endovenosa

Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de não ser

explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer aparelhagem e é

muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la organismo (tiopental sódico,

etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital sódico).

� Anestesia local

Caracteriza-se pela administração de anestésico local nas imediações dos axônios. Sua ação é

de estabilizar a membrana do axônio impedindo a despolarização e conseqüente propagação

do impulso elétrico. Pode ser classificada em: local propriamente dita regional e espinhal.

Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, esôfago e

trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de anestésico nos tecidos nos quais deve passar

a incisão).

� Anestesia regional

O agente anestésico é injetado nos nervos ou ao redor deles, de modo a anestesiar a área por

eles inervada. As áreas mais comumente utilizadas são: bloqueio do plexo (plexo branquial);

anestesia paravertebral (parede abdominal e vísceras); bloqueio transacral (períneo e baixo

abdômen);

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� Anestesia espinhal

Epidural ou peridural - injeção de anestésico no canal medular no espaço ao redor da dura-

máter.

Raquianestesia – é obtida pela punção lombar e, no mesmo ato, injeta-se a solução de

anestésico no líquido cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo.

Outras medicações são utilizadas como coadjuvantes no ato anestésico. É o caso do

miorrelaxantes utilizados para facilitar a intubação e oferecer condições cirúrgicas.

Central de materiais e esterilização

O centro de material destaca-se no contexto da organização hospitalar, de uma forma bastante

peculiar, por caracterizar-se como uma unidade de apoio a todos os serviços assistenciais e de

diagnóstico que necessitem de artigos médico hospitalares para a prestação de assistência aos

seus clientes.

Esta unidade é definida pelo Ministério da Saúde como o "conjunto de elementos destinado à

recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades

de estabelecimento de saúde". Assim, é de sua responsabilidade o processamento de todos os

artigos médico-hospitalares, desde a limpeza, a seleção quanto à integridade e funcionalidade

e o acondicionamento em embalagens adequadas, até a distribuição desses artigos

esterilizados a todas as unidades consumidoras, de forma a assegurar-lhes a quantidade e a

qualidade necessária à realização de todos os procedimentos assistenciais para o

desenvolvimento do plano terapêutico dos clientes.

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CME é uma unidade de apoio técnico a todas as unidades assistenciais, responsável pelo

processamento, limpeza, esterilização, estocagem e distribuição dos artigos a todas as

unidades consumidoras. A CME também tem por finalidade o fornecimento de artigos

médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, atendimento direto e a

assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios.

Existem 3 tipos de CME são elas:

Descentralizada: Utilizada até o final da dec. de 40, neste tipo de central cada unidade ou

conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza.

Semi-Descentralizada: Teve inicio na dec. de 50, cada unidade prepara seus materiais, mas o

encaminha para serem esterilizados em um único local.

Centralizada: Utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo

local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados

quantitativamente e qualitativamente na CME.

Atividades:

Receber, desinfetar e separar os artigos;

Lavar os artigos;

Receber as roupas vindas da lavanderia;

Preparar os artigos e roupas (pacotes);

Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos físicos ou químicos;

Realizar o controle microbiológico e da validade dos produtos esterilizados;

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Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;

Zelar pela proteção e pela Segurança dos operadores

Expurgo

Setor responsável por receber, conferir, lavar e secar os materiais provenientes do Centro

Cirúrgico e Unidades de Internação. Os funcionários desta área utilizam EPIs (Equipamentos

de proteção individual) para se protegerem de se contaminarem com sangue e fluidos

corpóreos, quando lavam os instrumentais. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavagem

dos instrumentais através da vibração do som adicionado com solução desincrostante,

promovendo uma limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário.

Preparo de Materiais

Setor responsável por preparar e acondicionar os materiais. São utilizados invólucros

especiais que permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam a passagem dos

microorganismos.

Preparo de Instrumentais Cirúrgicos

Setor responsável por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas especialidades

cirúrgicas.

Setor de Esterilização

O setor de esterilização da Central de Material e Esterilização (CME) é responsável pela

esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para

a esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos.

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Montagem de carrinhos para cirurgia

Setor responsável por separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia.

Distribuição de materiais esterilizados

Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e

Ambulatório.

Dinâmica e Fluxo:

O fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos sujos com os

limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado para área contaminada

transite pelas áreas limpas e vice-versa. Caso seja necessário o trabalhador deverá trocar de

roupa.

Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas

Expurgo (área suja)

Preparo de material e carga da autoclave (área limpa)

Retirada de material da autoclave e guarda do material estéril (área estéril).

Recursos Humanos e Equipamentos

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A complexidade dos processos de esterilização, o alto custo na aquisição de instrumentais

cirúrgicos cada vez mais sofisticados e a demanda cada vez maior no uso desses materiais,

exige investimentos na qualificação do profissional, na montagem e na manutenção da

Central de Esterilização. Ter pessoas qualificadas, equipamentos e insumos que acompanham

a evolução tecnológica é garantir a qualidade do serviço prestado e manter em níveis

reduzidos os riscos de agravo à saúde do cliente.

Gerência

Deve ser ocupada por profissional da saúde de nível superior com qualificação específica,

experiência na área, que responda legalmente por todas as ações ali realizadas. O enfermeiro

“tem perfil perfeitamente adequado para realizar este gerenciamento”.

Equipamentos

- Lavadoras termo-desinfectadoras;

- Máquina seladora de embalagens;

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- Embalagens

- Cestos suspensos para armazenamento de materiais a serem esterilizados e/ou estéreis;

- Carrinho de transporte interno na Central de Esterilização e externo, para diversos setores;

- Lupa.

- Autoclave

Classificação dos artigos e Métodos de Limpeza

Denominam-se artigos hospitalares os materiais empregados com o objetivo de prevenir

danos à saúde das pessoas ou de restabelecê-la, necessários aos cuidados dispensados. Eles

têm grande variedade e as mais diversas finalidades, podendo ser descartáveis ou

permanentes, e esterilizáveis ou não.

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A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos hospitalares de sua

unidade de trabalho, sejam em ambulatórios, unidades básicas ou outros setores em que esteja

atuando. Par a sua previsão e provisão, deve-se levar em consideração as necessidades de

consumo, as condições de armazenamento, a validade dos produtos e o prazo de esterilização.

Os artigos permanentes devem ter seu uso assegurado pela limpeza, desinfecção,

descontaminação e esterilização.

Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três categorias, conforme o

grau de risco de provocar infecção nos pacientes, nas seguintes categorias: críticos, semi-

críticos e não-críticos.

Esta classificação irá nortear a escolha do processo de desinfecção ou esterilização a ser

utilizado.

Artigos Críticos

São assim denominados em função do alto risco de infecção, se estiverem contaminados com

qualquer microorganismo ou esporos (forma de resistência). São artigos que entram em

contato direto com tecidos ou tratos estéreis devendo, portanto ser submetidos ao processo de

esterilização. Ex. agulhas, instrumentais cirúrgico, soluções injetáveis, cateteres

intravasculares e dispositivos a eles conectados, como equipos de solução e torneirinhas.

Artigos semi-críticos

São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e membranas mucosas. Devem ser

submetidos no mínimo à desinfecção. Em algumas circunstâncias a esterilização é desejável

pelo risco do artigo tornar-se crítico, como em lesões acidentais de mucosas.

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Dificuldades técnicas e riscos inerentes aos processos de desinfecção química também

concorrem para a indicação da esterilização. Ex.: equipamentos respiratórios, equipamentos

de anestesia e endoscópios.

Artigos não críticos

São os que entram em contato com a pele íntegra e que somente necessitam desinfecção de

médio ou baixo nível, quando reutilizados entre pacientes. Esta medida tem por objetivo

bloquear a transmissão de microrganismos. Ex: estetoscópios, mesas, focos, comadres,

termômetro etc.

Recomendações para limpeza de instrumental cirúrgico:

- Processo de limpeza facilitar a remoção de sujidade;

- Limpeza em lavadora desinfetadora antes da manipulação pelos funcionários;

- Lavar peça por peça com escova apropriada, friccionando delicadamente o corpo,

articulações e a cremalheira da pinça seguindo as ranhaduras;

- Lavar manualmente os instrumentais, escolher o método de limpeza que seja eficaz e

conserve o artigo;

- Separar o instrumental cirúrgico cortante e pesado, colocando os leves por cima;

- Desmontar o instrumental sempre que possível, abrir as pinças;

- Utilizar produtos e escovas não abrasivos, a fim de evitar corrosão no instrumental;

- Artigos canulados, utilizar pistola de ar comprimido;

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- Instrumentais novos devem passar por todo o processo;

- Enxaguar abundantemente o artigo;

- Realizar a inspeção e secagem;

- Lubrificar os instrumentais com articulações;

- Validar o processo de limpeza e desinfecção dos artigos.

- Retirar os instrumentais danificados.

Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

A manipulação de agentes químicos, de contato com altas temperaturas e de materiais

contaminados por material biológico, requer medidas de segurança aos profissionais.

Precauções padrão devem ser adotadas independentemente do grau de sujidade do artigo e da

toxicidade dos produtos químicos a serem manipulados. Portanto é imprescindível o uso do

EPI. Tais equipamentos também devem ser utilizados em todas as etapas do processo, sempre

relacionando a atividade ao equipamento.

Devem ser utilizados para garantir a segurança do profissional ao se expor a substâncias

químicas, gases tóxicos, riscos de perfuração ou corte e ao calor, prevenindo assim acidentes

de trabalho ou doenças ocupacionais.

Processamento de artigos hospitalares

Limpeza

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A limpeza é o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e sabão ou

soluções detergentes. Há várias fórmulas de detergentes disponíveis no mercado, variando do

neutro a específicos para lavadoras. Ainda nesta classificação, podemos apontar os

enzimáticos utilizados para limpeza de artigos por imersão, bastante recomendados,

atualmente, por sua eficácia na limpeza - são capazes de remover a matéria orgânica da

superfície do material em tempo inferior a 15 minutos (em média, 3 minutos), não danificam

os artigos e são atóxicos e biodegradáveis. É importante frisar que todo processo de

desinfecção ou esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas dos artigos,

devendo todo artigo sujo com sangue ou secreções serem considerado contaminado.

Falhas na limpeza dos artigos impedem a esterilização, pois sujeira e gordura atuam como

fatores de proteção para os microorganismos, agindo como barreira para o contato com

agentes esterilizantes químicos, físicos ou físico-químicos.

A limpeza de artigos deve ser feita preferencialmente por equipamentos que utilizem

processos físicos, como lavadoras termo - desinfetador, pois promovem limpeza e

descontaminação simultâneas, reduzindo a manipulação do material contaminado.

Detergentes enzimáticos facilitam a ação mecânica, reduzindo potencialmente os riscos

ocupacionais. Agem removendo a matéria orgânica, são atóxicos e biodegradáveis.

Na ausência do detergente enzimático, os instrumentais deverão sofrer exposição à água

morna e corrente. Estes artigos deverão estar preferencialmente em cestos aramados para

minimizar a manipulação do material contaminado e reduzir a produção excessiva de

aerossóis.

Além das lavadoras que utilizam jatos de água quente existem no mercado lavadoras ultra-

sônicas nas quais a ação desencrostante do detergente enzimático é potencializado pelo ultra-

som. Na impossibilidade de tais processos, efetuar lavagem manual por fricção, auxiliada por

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escova ou esponja. Este método deve ser utilizado após a imersão do artigo em

desencrostantes, preferencialmente enzimáticos.

O enxágüe deverá ser feito em água corrente.

A água que abastece as Centrais de Esterilização deve ter qualidade diferenciada. Para este

setor não basta obedecer a padrões de potabilidade, pois muitas vezes água em uso é potável,

porém está impregnada com metais pesados e cloro, o que acelera a corrosão dos metais.

Secagem

Outro passo importante é a secagem, pois a umidade interfere nos diferentes processos de

esterilização. Para tal processo é recomendável o uso de:

- Secadoras de ar quente ou frio;

- Estufas reguladas para este fim;

- Ar comprimido medicinal, principalmente para artigos que possuam lúmen;

- Pano limpo, absorvente e seco.

Após tal processo deverá ocorrer à inspeção rigorosa dos artigos, preferencialmente com

auxílio de lupa, no sentido de detectar presença de oxidações, secreções e umidade. Nesta fase

pode-se utilizar o álcool a 70% com fricção, que acelera a secagem do material.

Objetivando aumentar a vida útil dos instrumentais, principalmente os que possuem

articulações, cremalheiras ou ranhuras, estes devem ser lubrificados com produtos não-

tóxicos, que possuam ação anticorrosiva.

Métodos de desinfecção de Artigos Hospitalares:

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É subdividis em 3 níveis:

Desinfecção de alto nível – Destrói todas as bactérias vegetativas, mico bactérias, fungos,

vírus e parte dos esporos. O enxágüe deverá ser feito preferencialmente com água estéril e

manipulação asséptica.

Desinfecção de nível intermediário - Viruscida, bactericida para formas vegetativas,

inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói esporos.

Desinfecção de baixo nível - É capaz de eliminar todas as bactérias na forma vegetativa, não

tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. Tem ação

relativa contra os fungos.

O conhecimento adquirido sobre a transmissão de doenças e o estabelecimento de precauções

básicas faz com que se considere potencialmente contaminado todo e qualquer instrumento ou

material que tenha tido contato com matéria orgânica, independente do seu grau de sujidade

aparente.

A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos, químicos e físico-químicos.

Agentes Físicos: Pode ser feita imersão dos artigos em água a 100°C (ebulição) por 30

minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras termo-desinfetadoras,

com programas específicos, validados para cada grupo de artigos.

Agentes Químicos: Exigem que todos os artigos estejam limpos e secos antes de serem

completamente imersos em solução desinfetante.

Como o desinfetante age por contato, o artigo deve ser colocado em recipiente contendo

solução suficiente para que tal artigo fique totalmente imerso.

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Quando o artigo tem áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê-la totalmente.

O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. Caso de metal, este deve ser

forrado com tecido (tipo compressa) para evitar que sua superfície entre em contato com os

instrumentos metálicos, evitando a formação de corrente galvânica e conseqüente desgaste

dos materiais.

Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em água de qualidade,

conforme descrito posteriormente.

Esterilização

O processo de esterilização pelo vapor saturado sob pressão é o método mais utilizado e o que

maior segurança oferece ao meio hospitalar.

A produção do vapor utilizado na esterilização requer alguns cuidados como a água utilizada

para a produção do vapor, esta deve estar livre de contaminantes em concentração que possa

interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho ou os produtos a serem

esterilizados.

Os equipamentos utilizados para este método de esterilização são as autoclaves. Estas se

constituem basicamente de uma câmara em aço inox, com uma ou duas portas, possui válvula

de segurança, manômetros de pressão e um indicador de temperatura.

Artigos de superfície como bandejas, bacias e instrumentais não devem ser esterilizados com

artigos de espessura como campo cirúrgicos, compressas e outros, nas autoclaves

gravitacionais. O volume de material dentro da autoclave não deve exceder 80% da sua

capacidade. Os pacotes devem ser colocados de maneira que haja um espaçamento de 25 a 50

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m entre eles, e de forma que o vapor possa circular por todos os itens da câmara. Os pacotes

maiores devem ser colocados na parte inferior e os menores na parte superior da câmara.

Esterilização Química

Glutaraldeído

Pode ser utilizado para a esterilização de artigos termo - sensíveis que não possam sofrer

esterilização pelos processos físicos como: enxertos de acrílico, cateteres, drenos e tubos de

poliestireno.

Óxido de Etileno

O óxido de etileno C2H4O é um gás incolor à temperatura ambiente, é altamente inflamável.

A utilização do óxido de etileno na esterilização é hoje principalmente empregada em

produtos médico-hospitalares que não podem ser expostos ao calor ou a agentes esterilizantes

líquidos: instrumentos de uso intravenoso e de uso cardiopulmonar em anestesiologia,

aparelhos de monitorização invasiva, instrumentos telescópios (citoscópios, broncoscópios,

etc.), materiais elétricos (eletrodos, fios elétricos), máquinas (marcapassos, etc.), motores e

bombas, e muitos outros.

Peróxido de hidrogênio

Peróxido de hidrogênio ou água oxigenada é um agente oxidante e a uma concentração de 3 a

6% tem poder desinfetante e esterilizante, porém pode ser corrosivo para instrumentais. Pode

ser utilizado como opção para esterilização de materiais termo - sensíveis. É usado na

desinfecção e esterilização de superfícies planas e sólidas, na esterilização de capilares

hemodializadores.

Plasma de peróxido de hidrogênio

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Este método de esterilização é utilizado como alternativa para artigos sensíveis a altas

temperaturas e à umidade e vem sendo estudada sua característica ecologicamente viável, pois

é um sistema de esterilização atóxico, com processo ambiental saudável. Este processo pode

ser aplicado em materiais como alumínio, bronze, látex, cloreto de polivinila (PVC), silicone,

aço inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos e outros. Não é oxidante.

Embalagem dos artigos esterilizados

Ao término de um procedimento correto de esterilização, os produtos no interior da câmara

do esterilizador estarão esterilizados. O ar da sala onde o esterilizador estiver instalado

contém partículas de poeira que podem conter microorganismos. Logo, ao remover a carga do

esterilizador, esta será novamente contaminada. Além do mais, normalmente os artigos

esterilizados são armazenados por algum tempo antes de serem utilizados e ainda por cima

são transportados dentro do ambiente hospitalar até o local onde serão utilizados. Fica claro

que qualquer artigo, quando não protegido, será recontaminado até o momento de ser usado.

Os artigos devem ser acondicionados em embalagens para evitar a recontaminação após a

esterilização. Ao mesmo tempo, o material da embalagem deve ser adequado para permitir a

esterilização dos artigos contidos dentro dela.

Além do que, a embalagem deve proteger seu conteúdo durante o manuseio e transporte.

Todos os produtos que serão esterilizados devem ser embalados.

Conceitos de embalagem para artigos esterilizados

Dependendo do tipo de uso, armazenagem e transporte, um artigo esterilizado deve ser

embalado em uma ou mais camadas de embalagem:

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� Um instrumento acondicionado em uma embalagem primária

A embalagem primária evita a recontaminação do produto após a esterilização. Ela deve

oferecer uma barreira microbiana e permitir a passagem de ar e do agente esterilizador, ex.:

vapor. Uma embalagem primária é suficiente quando não há possibilidade de que poeira se

deposite na embalagem, como em um depósito livre de poeira ou nos casos de reutilização

imediata do material. A embalagem primária mantém a esterilização durante o

armazenamento e transporte. Exemplos de embalagem primária são: 2 camadas de papel, 2

camadas de folhas de TNT (tecido não-tecido), pouches de filme laminado ou duplamente

laminado, saco de papel ou invólucros contendo filtro(s) adequados.

Um instrumento acondicionado em uma embalagem primária

� Itens descartáveis em embalagem secundária

Esta segunda camada serve para ajudar no armazenamento adequado e no transporte até o

usuário. Essa embalagem pode conter uma ou mais embalagens primárias. Ex.: uma

embalagem extra de plástico, saco, caixa de papelão ou invólucro. Essa embalagem pode

garantir proteção adicional contra poeira e maior resistência mecânica, tornando o manuseio

mais fácil. Essa embalagem é comumente usada para artigos esterilizados descartáveis

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Itens descartáveis em embalagem secundária

� Embalagem para transporte

Essa embalagem é utilizada para transporte externo de artigos esterilizados dentro de suas

embalagens primárias e secundárias. Normalmente é uma caixa de papelão resistente,

engradado ou uma vagoneta fechada ou outro tipo de "container".

Quando os artigos entram em um ambiente limpo, ex.: sala de cirurgia, a embalagem para

transporte deve ser removida.

Vagonetas fechadas para transporte externo

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Todos os artigos devem ser esterilizados dentro de pelo menos sua embalagem primária.

Validação do sistema de embalagem

Qualquer combinação de processo de carga, embalagem e esterilização deve ser validada. É

fundamental que o sistema de embalagem e seus conteúdos estejam em conformidade com as

exigências de manutenção da esterilidade e proteção de seu conteúdo. Por isso, todos os

procedimentos de embalagem devem ser validados em conjunto com a carga e o

procedimento de esterilização adotado. Ao verificar um processo de embalagem, as condições

de transporte e armazenagem devem ser igualmente consideradas.

Qualquer combinação de processo de carga, embalagem e esterilização deve ser validada.

Exigências da embalagem primária

Ao observar uma embalagem desde o momento em que ela é colocada em volta de um artigo

antes de sua esterilização até o momento em que seja aberta antes da sua utilização de seu

conteúdo, tornam se evidentes os requisitos dela:

•Viável à esterilização. A embalagem deve possibilitar que o ar dentro da embalagem seja

expulso e que o agente esterilizador alcance todas as superfícies do seu conteúdo.

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•Compatível com o processo de esterilização. A embalagem deve resistir às condições

inerentes aos processos de esterilização, tais como mudanças de pressão, altas temperaturas e

umidade.

•Manutenção da esterilização. Após sua a remoção do esterilizador, o artigo deve permanecer

esterilizado durante seu manuseio, transporte e armazenagem até seu uso.

•Resistente. A embalagem deve manter sua integridade após manuseio e transporte.

•Garantir a integridade do produto e a segurança do paciente. A embalagem não pode liberar

produtos químicos ou partículas ou afetar o produto de forma a alterar sua qualidade ou

colocar em risco o paciente em quem o produto será utilizado.

•Indicador. A embalagem deve conter uma marcação claramente visível indicando se o

produto está ou não esterilizado.

•Possibilitar abertura e apresentação assépticas. Ao abrir um produto esterilizado, a chance de

sua re-contaminação deve ser mantida a mais baixa possível. Deve-se evitar a re-

contaminação ao remover o produto de sua embalagem. Em outras palavras: esta embalagem

deve permitir abertura e apresentação fáceis. Isso implica em:

•Abertura simples

•Ao remover o artigo esterilizado da embalagem, não deve ser permitido seu contato com a

superfície externa da embalagem.

•Indicativo de abertura. A embalagem deve oferecer indicação clara e visível de sua abertura.

Orientações gerais para a prática da embalagem

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•Nas unidades hospitalares que empregam mais de um método de esterilização, medidas

devem ser adotadas para garantir que a troca das embalagens de esterilização seja evitada. As

embalagens devem conter indicações claras sobre que tipo de processo de esterilização deve

ser utilizadas.

•Instrumentos médicos re-utilizáveis que se destinam à re-esterilização (ex.: em função do

vencimento da data de validade, ou porque a embalagem foi de alguma maneira danificada)

devem ser inspecionadas e quando necessário, lavadas e re-embaladas. Embalagens têxteis

devem ser recondicionadas.

•O conteúdo de uma embalagem que tenha sido equivocadamente aberta deve ser

considerada como não esterilizada. Deve ser evidenciado que a embalagem foi aberta. Ex.:

danificando o material do qual a embalagem é feita. O conteúdo dessa embalagem deve então

ser inspecionado e quando necessário lavado. Devendo somente então ser re-embalado e

esterilizado.

Materiais de embalagem

Uma variedade de materiais usados para embalagem encontra-se disponíveis. Os materiais

utilizados para embalar artigos esterilizados são tradicionalmente re-utilizáveis, tais como

tambores ou artigos de algodão. Devido a sua natureza inadequada como barreira microbiana,

a maioria desses materiais já não está em conformidade com as exigências para embalagens

primárias. Podem, contudo ainda exercer uma função secundária de proteção mecânica ou

como camada adicional contra poeira. Atualmente, pouches feitos de filme laminado ou

tecido não-tecido são empregados como materiais adequados para embalagem primária. A

seguir temos um sumário dos materiais de embalagem utilizados nos processos de

esterilização:

� Tecidos: algodão ou linho

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Uso: Embalagem interna de conjuntos de instrumentos ou proteção externa contra poeira.

Tecidos de algodão há muito vêm sendo o material de embalagem padrão para artigos

esterilizados. Esse material possui algumas grandes vantagens:

•Tecidos são produtos comuns e bem conhecidos nas dependências hospitalares.

•Possuem boa resistência

•Facilmente dobráveis e conveniente de serem utilizados.

•Podem ser re-utilizados.

Contudo, as aberturas entre as tramas são maiores que a maioria dos microorganismos

impedindo assim que o tecido seja utilizado como barreira microbiana. Logo esse material já

não atende às exigências de material para embalagem primária para artigos esterilizados.

Contudo, esse material é freqüentemente utilizado como embalagem interna ou como

proteção contra poeira.

� Folhas de papel

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Uso: Embalagem primária para embrulhos com tecidos e conjuntos de instrumentos em

bandejas. Também são utilizados como embalagem interna em containers.

O papel foi à primeira alternativa ao uso de tecidos. Papel possui tamanhos de poros inferiores

àqueles dos tecidos, podendo assim ser usado como embalagem primária. Papeis macios são

utilizados para embrulhos internos, enquanto que papel crepado é mais resistente e áspero.

Durante a esterilização, o vapor penetra através da embalagem. Quando o papel é molhado ele

perde boa parte de sua resistência mecânica original, logo deve ser evitado qualquer tipo de

stress na embalagem. A embalagem não deve ser feita muito apertada, mas também não pode

ser muito frouxa. A secagem deve ser feita de maneira adequada. As folhas de papel são de

uso único, não podendo ser re-aproveitadas.

Folhas de papel estão disponíveis em vários tamanhos e resistências

� Sacos de papel para esterilização

Uso: Para embalar instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de instrumentos utilizados

em enfermarias. O fechamento é normalmente feito com aparelhos de selagem.

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Desvantagem:

•Não são muito resistentes

•A abertura não é prática: rasgar ou cortar.

•Não propiciam uma abertura asséptica.

•Não possibilitam a visualização do conteúdo

A apresentação asséptica pode ser melhorada com a colocação do instrumento com o cabo

voltado para a abertura. Sacos de papel para esterilização devem ser utilizados uma única vez.

Sacos de papel para esterilização

� Material não-tecido

Uso: Embalagem primária para envolver embrulhos de material têxtil e conjuntos de

instrumentos em bandejas. Também são utilizadas para embalagem interna em containers.

O material TNT possui certa quantidade de fibras sintéticas. Outros tipos de fibras podem ser

adicionados a ele, tais como fibras inorgânicas, têxteis, de celulose ou outras fibras sintéticas.

Essas fibras diferentes podem ser unidas por prensagem e calor. Isso significa que as fibras

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não são tecidas e sim seladas. Alguns materiais TNT foram desenvolvidos para atender as

exigências para sua utilização como material para embalagem primária de produtos

esterilizados. Esses materiais combinam várias características desejáveis de outros materiais

de embalagem:

•São muito resistentes

•São facilmente dobráveis

•Permitem a retirada do ar e a penetração do agente esterilizador

•Possuem poros muito pequenos, resultando em uma barreira microbiana eficaz

•Não soltam pelos e estão livres de partículas e fibras soltas

•Repelem líquidos (hidrofóbicos) e os fluidos não são absorvidos pelo tecido.

•Existem vários materiais não-tecidos disponíveis para uma ampla variedade de aplicações na

área de esterilização: extra macio, extra forte, etc.

Folhas de material não-tecido devem ser utilizados uma única vez.

Material não-tecido

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Material não-tecido repele a água

Embalagem de conjunto de instrumentos em folha de tecido não-tecido empregando a técnica de dobradura de

pacotes

� Pouch de filme laminado

Uso: Embalagem primária para instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de peças.

Esse material sucedeu os sacos de papel para esterilização. Os pouches consistem em uma

folha de papel ou material TNT e uma película de filme plástico transparente que são selados

juntos. A película não pode ser penetrada por ar ou vapor. A remoção do ar e a penetração do

vapor se dão através do papel/TNT. O pouch pode ser aberto pela remoção do verso de papel,

de forma semelhante ao descascar de uma banana. Esse material sucedeu os sacos de papel

para esterilização. Os pouches consistem em uma folha de papel ou material TNT e uma

película de filme plástico transparente que são selados juntos. Película não pode ser penetrada

por ar ou vapor. A remoção do ar e a penetração do vapor se dão através do papel/TNT. O

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pouch pode ser aberto pela remoção do verso de papel, de forma semelhante ao descascar de

uma banana.

Os pouches são disponíveis em diversos tamanhos. O lado da abertura do pouch é selado

através de equipamento específico. É importante que a temperatura e a pressão de selagem

sejam bem ajustadas, de forma a que se obtenha uma perfeita selagem. O filme laminado está

disponível em rolos. O usuário pode cortar os pouches de qualquer tamanho desejado. Neste

caso, ambos os lados devem ser selados pelo usuário.

Observações

•O pouch deve ser feito de tal forma que ao abri-lo ele não rasgue o papel ou o filme e sim

que ele abra no selo.

•Seu conteúdo deverá ser visível.

•O pouch não poderá ser selado novamente após ser aberto por engano.

•O pouch deverá conter um indicador de esterilização para identificar se o mesmo já foi

processado.

•O conteúdo do pouch não deverá estar embalado de forma apertada, devendo estar solto o

suficiente para mover-se dentro da embalagem.

•Pouches de esterilização devem ficar na posição vertical na bandeja ou grade e não muito

próximos uns dos outros, devendo haver uma folga que permita uma mão passar entre eles.

•Os pouches de filme laminado só podem ser usados uma única vez.

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Pouch de filme laminado em vários tamanhos e em rolos

Equipamento para selar os pouches

� Sistemas rígidos de embalagem

Uso: Como embalagem secundária: proteção mecânica do conteúdo. Seu uso não é adequado

como embalagem primária. Existem tambores com filtros na tampa e no fundo. Esses podem

ser considerados como containers de esterilização para autoclaves verticais e cilíndricas.

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Tambores de esterilização são adequados apenas como proteção mecânica adicional (embalagem secundária)

� Containers de esterilização

Uso: Embalagem primária de pacotes têxteis e conjuntos de instrumentos em bandejas.

Containers de esterilização bem projetados oferecem as seguintes características:

•Remoção do ar e acesso do vapor através de válvulas ou filtros. Esse mecanismo garante a

manutenção da esterilidade durante o período de armazenamento.

•Existem containers com filtros na tampa e fundo para autoclaves com deslocamento vertical

para baixo.

•Eles cabem nos esterilizadores, lavadoras automáticas e são compatíveis com os materiais de

embalagem que também são produzidos com base nessa unidade.

•A tampa é totalmente removida da base, facilitando assim uma abertura asséptica.

•Os containers oferecem proteção mecânica durante o manuseio e o transporte.

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•Os containers podem ser empilhados desde que esse empilhamento não afete a penetração do

vapor, nem tão pouco permita que a umidade condensada pingue dos containers mais altos

nos inferiores. Uma secagem adequada deve ser assegurada.

•Existe um mecanismo de proteção que indica claramente se o container foi violado/aberto.

Carregamento de um esterilizador com containers

Container esterilizador

Técnicas para embalagem usando material em folhas

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Ao abrir uma embalagem contendo material esterilizado é importante que o ato da abertura

não contamine o conteúdo. Técnicas de embalagem de

desenvolvidas para assegurar uma abertura asséptica. As técnicas de embalagem mais comuns

aplicáveis na embalagem de pacotes ou conjuntos de instrumentos são a dobradura envelope e

a dobradura pacote. As coberturas não dobradas r

assim um campo esterilizado. As técnicas podem ser aplicadas tanto para folhas têxteis, como

para folhas de papel ou TNT.

Dobradura envelope:

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Ao abrir uma embalagem contendo material esterilizado é importante que o ato da abertura

não contamine o conteúdo. Técnicas de embalagem de pacotes ou conjuntos foram

desenvolvidas para assegurar uma abertura asséptica. As técnicas de embalagem mais comuns

aplicáveis na embalagem de pacotes ou conjuntos de instrumentos são a dobradura envelope e

a dobradura pacote. As coberturas não dobradas recobrem a mesa do instrumento propiciando

assim um campo esterilizado. As técnicas podem ser aplicadas tanto para folhas têxteis, como

Dobradura envelope: Para objetos ou conjuntos pequenos.

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CEP: 08500-405

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Ao abrir uma embalagem contendo material esterilizado é importante que o ato da abertura

pacotes ou conjuntos foram

desenvolvidas para assegurar uma abertura asséptica. As técnicas de embalagem mais comuns

aplicáveis na embalagem de pacotes ou conjuntos de instrumentos são a dobradura envelope e

ecobrem a mesa do instrumento propiciando

assim um campo esterilizado. As técnicas podem ser aplicadas tanto para folhas têxteis, como

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Dobradura pacote fold: Utilizado para objetos maiores como bandejas de instrumentos, pacotes têxteis, etc.

Acessórios para embalagem

� Fita indicadora

Para manter um pacote fechado utiliza-se fita adesiva. Essa fita poderá ou não conter um

indicador. As fitas devem ter boas características de aderência e serem facilmente removíveis

sem deixar resíduos. Uma fita com indicador deve mostrar claramente uma mudança de cor

sempre que exposta às condições inerentes a um processo de esterilização. Fitas com

indicadores são chamadas de fitas indicadoras. Quando utilizadas para o vapor são também

chamadas de fitas de autoclave.

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Fitas para embalar adequadamente diversos agentes, com e sem indicador.

� Bandejas e cestas

Para acomodar conjuntos de instrumentos podem-se utilizar bandejas aramadas ou perfuradas

em aço inox. Essas são disponíveis em uma variedade de tamanhos. Na maioria dos casos o

tamanho dessas bandejas é baseado na Unidade de Esterilização (30cmx30cmx60cm). Isso

garante que se encaixem de maneira eficiente nos esterilizadores e lavadoras combinando com

os tamanhos de materiais para embalagens. Cestas podem ser utilizadas para pacotes menores

e oferecem proteção extra para a embalagem primária durante o manuseio. Além do mais, elas

mantêm os pacotes menores na posição vertical, garantindo assim o acesso ideal do agente

esterilizador nos pacotes.

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Instrumental disposto em uma bandeja

Cestas

� Materiais de Proteção

Materiais de proteção são utilizados para evitar que instrumentos afiados danifiquem a

embalagem primária. O instrumento também fica protegido contra danos. Estes materiais não

devem ser colocados de maneira muito apertada em torno do instrumento para permitir que o

agente esterilizador tenha acesso a todas as superfícies do instrumento.

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Proteção de Instrumentos

� Setor de embalagem

O trabalho de embalagem requer muita atenção. Instrumental, bandejas e materiais de

embalagem precisam ser manuseados. É por esse motivo que o setor de embalagem deve ser

projetado de tal forma que o trabalho seja feito de maneira eficiente e que os problemas

físicos dos trabalhadores sejam evitados. É indispensável uma mesa de tamanho e altura

adequados que ofereça fácil acesso a todos os materiais.

Setor de embalagem

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Referências Bibliográficas

BROOKS, Shirley M; R. N., B. A. Enfermagem na Sala de Cirurgia; 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1980. 177 p. ALTEMEIER, Willian A. et al. Controle da Infecção em Paciente Cirúrgico. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1978. 333 p. RODRIGUES, Alcione Bastos et al. CME - Central de Material Esterilizado ; Rotinas Técnicas. Belo Horizonte, 1995. ARRUDA A.J.C.G. Enfermagem Cirúrgica: atuação do profissional nos períodos intra e pós-operatório imediato. João Pessoa : Idéia; 2003.

BIANCHI, E.R.F. Estresse em enfermagem: análise da atuação do enfermeiro de centro cirúrgico. São Paulo, 113p., 1990. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.

BRUNNER, SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 10ª ed, v.1 .Guanabara Koogan. 2004.

CARVALHO; R., BIANCHI; E.R.F., Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação: Manole, São Paulo, 2007.

MIRANDA; E.P., Qualidade de vida de profissionais de enfermagem eu atuam em centro cirúrgico, monografia pós, Universidade Federal da Pariba- João Pessoa, 2006.

Agradecimentos

Agradecemos a toda a equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial a Professora Débora Cristina de Jesus Costa que participou da revisão desta apostilas

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