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Colhedoras plataformadecorte ... Sintoniatotal New Holland '1"/ f,:tJI rJo;:' :tJUlJI'U-;YJI Fi!IJp;:'~ 11c{f).í'FllfJ.j:f;. J:_,~ , :1,:1,';) ,:1, ':"7~'';;:: ~';) ~ ,:I,y,.."..y,:I,7Vj ]) i .", u rJ,rr u '''' rJWtip p::'+o-'" [j-r~:?7'r u "' ]) 'f'if9i1 o;:, r' [) '.'}7;:J.1r' [) ~p:' rJo J :I/h7 J :I,~ Y ~ ~';)7:1/J.:I,""'~J'7 :I,J:I, :I,';)~. J7.:1,,-, ~';) :1,:1, '" "/O<tl U 'II''''O o ::'P'''' r' U ('! J I/.;E!o... 'iJ [) ';::' p::"ro}uv:-/fI'f,""'1 <tIO'; ,:I,Y. .:I,J:I/:I/ ';)~J ~ , ,,:I,.:I,/.r ,';) ~';)7:1/ 7:1,JJ,Y~JJ, Y:I/, .hfl.lI V:-I r"; u'" [t.;''''p-rrI'HI ~;/ti'b '710 r' U ':-';:!'1Ir' U u ti ri::' ,J,./ ",~J,~,:I/J :I"J ~7:1,JJ,~J,..".~ J,:I, ~ J,:I,,,,:of.:l/ .:1,:1,';) :tJJIlJIJJ'hUJ0 iJJJJ'JutJJ:: JJ [;JJlhdÚJ .<. \ , t. ~. V ários são os fatores que concor- rem para que ocorram perdas durante a colheita da soja. Dentre eles, podemos citar os mais importantes: I°) Conservação das colhedoras: um nú- mero significativodas máquinas que estão em operação são velhas e estão desgastadas, em decorrência da dificuldade de reposição do qua- dro de máquinas, por questões de crédito e tam- bém pelo alto preço das máquinas novas. 2°) Terceirização:é expressivoo número de lavouras colhidas com máquinas alugadas. Tal- vez seja um dos principais problemas a serem considerados, pois o dono da máquina, embo- ra receba pelo serviço prestado, não leva em conta a necessidade de redu2:ifperdas na co- lheita. Em razão da pouca disponibilidade des- se serviço nas épocas de pique de colheita, sua maior preocupação é quantidade de área colhi- da (aumentando a velocidade de trabalho) e não com a qualidade do produto colhido. 3°) Inserção das vagens: em anos com defi- ciência hídrica como o desta safra, as plantas apresentam uma inserção de vagens béÚXa, o que propicia um aumento do número de va- gens não recolhidas pela colhedora. --. l'Ioqulnas www.wltivor.inf.br 4°) Capacitação dos operadores: grande parte das pessoas que operam as colhedoras são apenas condutores de tratores, com pouco ou nenhum treinamento. Daí resultam as defici- ências verificadas tanto na manutenção quan- to na regulagem da máquina. Como conseqüê- ncia, verificamos um mau desempenho da co- lhedora, principalmente em lavouras de baixo porte, onde as perdas de colheita afetarão a pro- dutividade final. SITUAÇÃOATUAL ... Em safras como a de 2004/2005, marcada por uma estiagem prolongada, alguns cuida- dos especiaisdevem ser tomados pelo produtor para minimizar as suas perdas. Assim, na co- lheita desta safra de soja deve-se ter em mente que a cultura estará com porte menor, a inser- ção das vagens estará muito baixa e, para dimi- nuir custos, o produtor deverá colher a sojacom béÚXaumidade. Centenas de levantamentos efetuados ao longo dos últimos anos têm mostrado que as perdas na colheita de soja são significativase, em muitos casos, acarretam prejuízos desne- cessários ao produtor. I TIPODEPERDAS As perdas na colheita podem ser devidas a diferentes fatores, tais como: perdas de pré-co- lheita devidas principalmente às condições de lavoura como grau de maturação, acamamen- to e características genéticas da planta. Estes ,., ~ '" :;; Fevereiro 2005 -

Colhedoras Sintonia total - USP · 2005. 3. 6. · nA falta de ação trilhadora é causada tanto por rotação do cilindro muito-baixa como por abertura muito ampla entre o cilindro

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    SintoniatotalNew Holland

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  • "Assim, quanto maior for a velocidade do cilindro, menordeve ser a distância entre o cilindro e o côncavo"-

    problemas podem ser minimizados pelo bommanejo e colheita na época adequada, desdeque não haja nenhum contratempo, tais comovento e chuva. Perdas no mecanismo de reco-

    lhimento ou plataforma da colhedora: devem-se às falhas do molinete ou da barra de corte.

    Estas perdas podem ser evitadas pela adequadaregulagem destes equipamentos.

    Perdas de trilha e separação são devidas aofluxo de ar inadequado, orientação defeituosada corrente de ar,peneiras mal reguladas e fal-ta ou excessode trilha.

    MECANISMOSEm safras como esta, deve-se dar especial

    atenção aos seguintes mecanismos da colhedo-ra, bem como às suas regulagens.

    MOLlNEfE

    A função do molinete é conduzir as plan-tas contra a barra de corte e, logo após o corte,conduzi-Ias para o caracol de alimentação. Omolinete deve mover a cultura com suavidadee uniformidade, evitando batidas ou atritos

    excessivosque possam causar debulha de espi-gas.

    As regulagens de um molinete são as se-guintes:

    'osI~ domollneteHorizontal: para um padrão de lavoura

    normal, o eixo do molinete deve ficar desloca-do cerca de 15 a 20 cm à frente da barra de

    corte, conforme mostra a Figura 1.Quando as plantas são muito altas, adian-

    ta-se o molinete. Por outro lado, quando a la-voura apresenta plantas muito baixas, o moli-nete é retraído para perto do sem-fim de ali-mentação, conforme mostra a Figura 2.

    Vertical:em lavouras de condição normal,a ponta do dente do molinete deve ser ajustada

    Fevereiro2005

    na cultura cerca de 5 cm abaixoda vagem maisbaixa, conforme mostra a Figura 3.

    Quando houver plantas acamadas, o moli-nete deve ser deslocado bem para a frente dabarra de corte, cuidando-se para que a colheitaseja efetuada sempre na direção da inclinação.

    VelocidadederotaçõoUma velocidade de rotação do molinete

    (1M)adequada permite obter um segundo pon-to de apoio da planta no momento do corte e acolocaçãouniforme de material cortado no sem-fim de alimentação, sem provocar agitamentoexcessivoda planta e evitando debulha.

    IndinaçõodosdentesdomolineteEm lavouras densas e com plantas altas, os

    dentes do molinete devem estar na posiçãover-tical ou levemente inclinados para a frente. Emlavouras com plantas de porte normal, os den-tes devem permanecer na posiçãovertical. Paralavouras acamadas, deve-se regular a inclina-ção dos dentes para trás, adiantando todo omolinete para uma posição muito próxima daplataforma, conforme mostra a Figura 4. Osdentes devem passar cerca de 2,5 cm da barrade corte.

    Cilindroecôncavo

    Recebem parte da planta e as vagens, dan-do início à operação de trilha. A velocidade derotação do cilindro e a abertura do côncavo éque vão determinar a maior ou menor ação detrilha. Assim, quanto maior for a velocidade docilindro, menor deve ser a distância entre o ci-lindro e o côncavo. Nessa safra, monitorar a

    qualidade do grão que está indo para o tanquegraneleiro é palavra de ordem. Regulando cor-retamente a abertura do côncavo e a rotação docilindro, menores são as chances de ocorreremperdas por dano mecânico no grãode soja.Lem-brar que a parte da frente da abertura entre ocilindro e o côncavo deve ser mais ou menos

    cinco milímetros maior que a parte de trás. Éfundamental também observar o paralelismoentre o cilindro e o côncavo.

    REGULAGENSDO CILINDRO

    AberturaentrecilindroecôncavoA abertura entre o cilindro e o côncavo afe-

    ta a qualidade da ação trilhadora e a quantida-de de grãos que é separada da palha pelo côn-cavo. A abertura entre o cilindro e o côncavo

    deve ser maior na entrada do que na saída. Issoporque o maior volume de material encontra-se no começo da trilha. Essa concentração vaidiminuindo à medida que os grãos vão caindoatravés do côncavo.

    A regulagem dessa abertura é efetuada deforma mecânica, elétrica ou hidráulica, depen-dendo do modelo de colhedora. Para que a tri-lha sejauniforme, é necessário que a abertura

    www.cullivor.inf.br

    Figura 1 . Posição do molinete paracolheita de cultura com altura normal

    ./

    Figura2 .Posiçãodomolineteparacolheitade lavourascomplantasmuitobaixas

    I./

    Figura 3 .Posiçãovertical do molineteparacolheitasnormais

    Figura4 .Regulagemdo molineteparacolheitade lavourascomplantasacamadas

    Cilindro

    Côncavo

    Figura5 .Côncavoparalelocomo cilindro

    l\1équlnas.--

  • nA falta de ação trilhadora é causada tanto por rotação do cilindro muito

    baixa como por abertura muito ampla entre o cilindro e o côncavo"-Porao cultura de sojo,sõo oconselhodosos seguintesíndicesde molinete (1M)

    entre cilindro e côncavo sejaigual em ambos osextremos do cilindro, conforme mostra a figu-ra 5.

    Quando a trilha é difícil, pode-se redu-zir a abertura entre o côncavo e o cilindro,para tornar mais delgada a camada de pa-lha, fazendo com que a maioria das vagensentrem em contato co~ o cilindro e hajamelhor ação de trilha. A medida que se au-menta o espaçamento entre o cilindro e ocôncavo, a trilha ocorre mais na parte tra-seira do côncavo e não há tempo para queos grãos sejam separados. Como resultado,estes caem sobre os saca-palhas, sobrecar-regando-os.

    VeIocidodedod&ndro

    A velocidade do cilindro areta a qualidadede grãos trilhados e elevaa quantidade de grãosquebrados. Segundo as condições da lavoura,deve-se estabelecer a velocidade tangencial docilindro, expressa em m/s, que é calculada daseguinte maneira:

    veloddode tongenciol do cilindro = (2? / 60)x roiodocilindro(m) = m/I.

    Conhecendo-se o diâmetro do cilindro, arotação do cilindro pode ser calculada por:

    rpm do cilindro = Vt x 60/ 2? x Rc,onde: Vt = velocidade tangencial do ci-

    lindro;Rc =raio do cilindro.

    NÕ.J::.J::

    ~

    A~lriIhodoroA eficiência de trilha depende da abertura

    entre o cilindro e o côncavo, da velocidade derotação do cilindro e das condições da lavoura,que podem variar ao longo da jornada de co-lheita. Assim, a abertura e a velocidade devemser reguladas conjuntamente.

    Exmssodetrilha

    O excessode açãotrilhadora é causado tantopor rotação elevada do cilindro como por pou-co espaçamento entre côncavo e cilindro. Essarotação poderá ser reduzida diminuindo-se avelocidadedo cilindro. Inicialmente, reduza emapenas 5% a rotação. Verifique os resultadosdessa mudança. Sea redução de rotação em até10% não resolvero problema, abra ligeiramen-te o côncavo. Se a ação trilhadora excessivanãofor resolvidapor essesmeios, diminua a veloci-dade de avanço da colhedora, reduzindo assimo volume de material que entra na máquina.

    FoItadetrilhaA falta de ação trilhadora é causada tanto

    por rotação do cilindro muito baixa como porabertura muito ampla entre o cilindro e o côn-cavo. Nesse caso, deve-se aumentar a rotaçãodo cilindro em 5%. Se isso não resolver,dimi-nua um pouco a abertura entre o cilindro e ocôncavo. Sobcertas condições de colheita (pou-ca palha), a falta de ação trilhadora poderá nãoser resolvida apenas com esses ajustes. Nessecaso, aumente a velocidade de trabalho da co-lhedora.

    ~ finaldogrãoO materialquejá foi trilhadoé conduzido

    à áreade separação.Essaunidadeé composta

    I Emanos com deficiência hídrica as plantas apresentam uma inser§ão de vagens baixa propiciandoum aumento no não recolhimento, exigindo regulagens especiais da máquina

    -. l"Iéqulnas www.cullivor.inf.br

    Divulgação

    1IJ 1'11

    J

    ,---

    Portella: "se as perdas com a colheita forem supe-riores a 1 sc/ha há o uso inadequado da máquina"

    por batedor traseiro, pente do côncavo, corti-nas e saca-palhas.

    Os grãos que não foram separados na tri-lha deverão ser separados na área de separação.O batedor traseiro é um defletor rotativo queexecuta uma segunda batida na palha contra opente do côncavo, deslocando-a para o saca-palhas onde é realizada a separação final.

    As cortinas defletem o material joga-do pelo batedor traseiro, fazendo com queeste seja distribuído uniformemente so-bre o saca-palhas.

    Após a operação de trilha, tem-se os seguin-tes produtos: grão trilhado e separado da pa-lha, grão trilhado, porém junto com a palhae grão não trilhado.

    CONCLUSÃO

    A colheita é a última etapa do pro-cesso produtivo. Apesar de ser uma ope-ração relativamente fácil, requer a toma-da de cuidados para que não ocorramperdas de grãos que, em alguns casos,chegam a ser o lucro do produtor.

    Aceita-se que fique na lavoura em tor-no de um saco de soja por hectare, mes-mo com a máquina bem regulada. Noentanto o que se perde, em média, é mui-to mais que isto (2,3 sacos por hectare).Portanto mais de um saco por hectare ficana lavoura em razão do uso inadequadoe fal,ta de regulagem das colhedoras.

    E correto afirmar que regulando e ope-rando adequadamente as colhedorasestare-mos transformando perdas em lucro. rn

    José Antonio PorteI/a,EmbrapaTrigo

    Fevereiro 2005

    .

    jJj{i!ilI""'JII"'- li.""",.Altoedenso 1,00 Igualà velocidadedeovon\OdocoIhedoro

    Normol 1,15-1,25 15o 25%moisrápidoqueo colhedoro

    Boixoe rolo 1,35 35%maisrápidoqueo coIhedoro