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Criada para que reeducandos do regime semiaberto possam cumprir adequadamente suas penas prestando serviços para a comunidade, a Colônia Penal Agroindustrial de Itajá, na Região Sudoeste de Goiás, deve iniciar suas atividades em 2014. Página 5 Desde maio, o MP-GO desenvolve projeto nos municípios goianos que visa sensibilizar a população sobre o direito de ir e vir e solucionar problemas de acessibilidade comuns à maior parte dos espaços urbanos. Página 8 SISTEMA PRISIONAL CIDADANIA Ano 7 nº 39 Goiânia, novembro e dezembro de 2013 www.mpgo.mp.br 9912224056-DR/GO MPGO Tema único e transversal foi aprovado pelo Colégio de Procuradores de Justiça e agora vai nortear o trabalho dos membros da instituição no próximo biênio. Proposta foi construída de forma coletiva e procura traduzir um dos principais anseios da sociedade. Página 3 COMBATE à CORRUPçãO: BANDEIRA DO MP-GO PARA 2014-2015

Combate à Corrupção - mpgo.mp.br · Criada para que reeducandos do regime semiaberto possam ... uma verdadeira corrente onde a primeira pessoa, ... como de marketing multinível,

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Criada para que reeducandos do regime semiaberto possam cumprir adequadamente suas penas prestando serviços para a comunidade, a Colônia Penal Agroindustrial de Itajá, na Região Sudoeste de Goiás, deve iniciar suas atividades em 2014. Página 5

Desde maio, o MP-GO desenvolve projeto nos municípios goianos que visa sensibilizar a população sobre o direito de ir e vir e solucionar problemas de acessibilidade comuns à maior parte dos espaços urbanos. Página 8

SiStema PriSional Cidadania

Ano 7 nº 39 Goiânia, novembro e dezembro de 2013

www.mpgo.mp.br

9912224056-DR/GOMPGO

Tema único e transversal foi aprovado pelo Colégio de Procuradores de Justiça e agora vai nortear o trabalho dos membros da instituição no próximo biênio. Proposta foi construída de forma coletiva e procura traduzir um dos principais anseios da sociedade. Página 3

Combate à Corrupção: bandeira do mp-Go para 2014-2015

| Goiânia, fevereiro/março de 2012

o promotor responde: Pirâmides Financeiras

A prática de pirâmide finan-ceira é considerada como cri-me contra a economia popular (Lei 1.521/51) no Brasil. Trata--se de fraude econômica finan-ceira nas quais pessoas são enganadas por outras, que se apropriam do dinheiro numa forma de estelionato coletivo. É uma verdadeira corrente onde a primeira pessoa, que é o vér-

tice da pirâmide, normalmente convida mais seis para par-ticipar e cada uma dessas seis pessoas leva mais seis e assim sucessivamente, crescendo em progressão geométrica. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) estima em cerca de 100 o número de empresas tidas como de marketing multinível que, na verdade, são pirâmides financeiras. Para entender melhor como funciona esse esquema, confira a entrevista com o promotor de Justiça Murilo de Morais e Miranda, da 12ª Promotoria de Goiânia, especializada na defesa do con-sumidor, e que também é presidente da Associação Nacio-nal do Ministério Público do Consumidor (MPCON).

Por que a prática de pirâmide financeira é crime no Brasil?

Desde os anos 1950 é crime contra a economia popular, por-que lesa ao mesmo tempo um grande número de pessoas e de-sestabiliza a economia local. A As-sociação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON) está elaborando e vai apresentar anteprojeto de lei para aumentar a pena e dar, inclusive, nova redação ao tipo penal, pois, com o advento da internet e das redes sociais, as pirâmi-des atingem número antes inimaginável de vítimas em um tempo curtíssimo, já que não há a limitação do espa-ço físico que existia nos anos 50.

Que prejuízos elas podem causar à população?Causam sempre um prejuízo enorme, pois normal-

mente a poupança familiar se perde toda em um golpe desses. E o pior é que as vítimas quase sempre são as pessoas menos esclarecidas.

o que a população deve fazer para evitar cair nes-sa fraude?

Em primeiro lugar, desconfiar sempre do ganho fácil, da renda absurda, principalmente em tempos de infla-ção baixa.

Como identificar que um esquema é de pirâmide?Atualmente, é um processo difícil de identificar, pois, com

as vendas de produtos e serviços online, a chance de novos casos cresceu muito. Portanto, as pessoas devem agir com muita cautela e desconfiar sempre do lucro fácil. Procurar orientação nos órgãos de defesa do consumidor e não se deixar levar pela ostentação do vizinho, que é, geralmente, o que atrai a vítima para o golpe.

Que casos recentes podem ser citados de esquema de pirâmide? Quais deles ocorreram em Goiás?

O mais famoso de todos é a Avestruz Master, nascida e criada em Goiás, com expansão para vários países do mun-do. Temos ainda os contratos em “conta de participação”, que eram uma simulação de consórcio de casa própria e que induziram várias pessoas no Brasil, inclusive em Goi-ás. Mais recentemente, temos vários tipos de pirâmides no Brasil. Na avaliação do MP são mais de 100 empresas tidas como de marketing multinível, mas que não passam de pi-

râmides. A MPCON montou uma for-ça tarefa, junto com os MPs Estaduais e Federais, para combater a fraude que se espalha por todo País, inclu-sive com ramificações pelo mundo, em países como Estados Unidos, Es-panha, França e Portugal.

o que podem fazer os consumi-dores que se sentirem lesados com esse tipo de prática?

Devem recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, como os Procons, pois é uma forma de essa notícia chegar ao Ministério Público, que poderá propor ações civis públi-cas visando cessar a fraude. Devem recorrer também às de-legacias de polícia, já que se trata de crime. Podem propor ações individuais na Justiça para terem ressarcidos os da-nos morais e materiais. Devem levar a notícia da fraude ao MP, pois, quanto mais rápido os órgãos de defesa do consu-midor tomarem conhecimento do fato, maiores as chances de agir para assegurar o ressarcimento das vítimas.

expediente

informativo oficial do ministério Público do estado de GoiásRua 23 esq. c/ Av. B, qd. A-6, lts. 15-24, Jardim Goiás, Goiânia-GO, CEP 74805-100

Site: www.mpgo.mp.br

e-mail: [email protected]

twitter: www.twitter.com/mpdegoias

02 | Goiânia, novembro e dezembro de 2013

Fale conoscoPara falar com o mP em todo o estado: 127

telefone Geral (Goiânia) 3243-8000

denúncia de nepotismo Portal do MP (www.mpgo.mp.br)

CAO dos Direitos Humanos e do Cidadão 3243-8200 CAO da Saúde 3243-8077 CAO do Meio Ambiente 3243-8026 CAO da Educação 3243-8073

CAO de Defesa do Consumidor 3243-8038

CAO do Patrimônio Público 3243-8057 CAO da Infância e Juventude 3243-8029

CAO Criminal e da Segurança Pública 3243-8050

Centro de Segurança Institucional e Inteligência 3239-4800

Ouvidoria 3243-8544

Escola Superior do Ministério Público 3243-8068 Assessoria de Comunicação Social 3243-8525/ 8499/ 8307/8498

Procurador-Geral de Justiça Lauro Machado Nogueira assessor de Comunicação Social Ricardo Santana DRT-GO 776 JP

assessora de imprensa Ana Cristina Arruda DRT-GO 894 JP

Coordenação Mac Editora e Jornalismo Ltda.

editora Mirian Tomé DRT-GO 629 JPreportagem Fernando Dantas DRT-GO 1895 JPFotografias João Sérgio Araújo Nayara Pereira Sara Queiroz (estagiárias)diagramação Fernando RafaelFotolito e impressão Ellite Gráficatiragem 7000 unidades

editorial

Balanços e perspectivas

Chega dezembro e o clima ganha um ar especial, num misto de nostalgia e expectativa. É a época mar-cada no calendário para reflexões, balanços, contabi-lização de resultados. Mas é também e, sobretudo, um tempo para pensar e sonhar o futuro. Mais do que o que ficou para trás, o que persiste no fim de ano é a promessa de futuro.

No Ministério Público de Goiás não é diferente. De saldo do que foi conquistado neste ano de 2013, que não foi pouco, contabilizamos também uma grande expectativa por aquilo que virá. Pois as perspectivas para 2014 anunciam-se como animadoras. Sim, esta-mos ansiosos pelo que virá.

Por quê? Porque temos a grata sensação de ter-mos construído juntos nos últimos meses um grande projeto de trabalho institucional, que tem o condão de unir todo o Ministério Público em torno de uma causa. Com a aprovação da proposta do Plano Geral de Atuação 2014-2015 pelo Colégio de Procuradores de Justiça, o MP-GO já tem uma bandeira para o bi-ênio: intensificar o combater à corrupção. E em 2014 vamos trabalhar com afinco para colocar em prática as ações destinadas a executar esta meta.

É um pouco da história de construção coletiva dessa bandeira institucional que trata a reportagem principal desta edição, na página 3. No texto, relem-bramos como o MP-GO chegou a esta proposta, de-pois de uma ampla consulta a promotores e procura-dores de Justiça de todo o Estado.

Mas as perspectivas e promessas para 2014 estão contidas também em outros projetos contemplados nesta edição. Como bem mostra a reportagem da pá-gina 8, que destaca a iniciativa do Viva Acessibilidade!, que busca encontrar soluções para um problema que afeta a maioria das nossas cidades: a falta de condi-ções de mobilidade para pessoas com deficiência.

O Jornal MP Goiás também ressalta, na página 4, outra proposta que pretende reformular a atuação institucional visando garantir maior efetividade às ações. A ideia da regionalização é a de concentrar esforços no enfrentamento de problemas que são comuns a determinadas regiões do Estado.

Na página 2, a coluna “O promotor responde” traz esclarecimentos do promotor de Justiça de Goiás e presidente da Associação Nacional do MP do Consu-midor, Murilo de Morais e Miranda, sobre as fraudes das pirâmides financeiras, que têm afligido boa par-cela da população brasileira.

Outros destaques do jornal, nas páginas 5 e 6, são iniciativas de promotores de Justiça de comarcas do interior – Itajá e Posse – que resultaram em melhorias para as comunidades por eles atendidas.

Confiram!

Como denunCiar ou obter mais informações:n 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia – (62) 3243-8649n Procon estadual – 151n Procon de Goiânia – (62) 3524-2940

Goiânia, novembro e dezembro de 2013 | 03

Após deliberação e avaliação, o Colégio de Procuradores de Jus-tiça de Goiás aprovou, no dia 25

de novembro, o tema ‘combate à cor-rupção’ como bandeira única e trans-versal do Plano Geral de Atuação (PGA) do Ministério Público de Goiás (MP-GO) para 2014-2015. Com a aprovação, o tema norteará as ações das diferentes áreas de atuação do MP e o trabalho de promotores de Justiça na execução e no operacional, e dos coordenadores dos Centros de Apoio Operacional na parte tática e estratégica do MP-GO.

Segundo o coordenador do Gabine-te de Gestão Integrada (GGI), Bernardo Boclin, a meta de combate à corrupção passará, inicialmente, pela fase de des-dobramento pelos Centros de Apoio Operacional (CAOs), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organi-zado (Gaeco) e Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) em projetos específicos. “O assunto será transformando em ações, a serem de-finidas de forma intengrada para toda a instituição, sem divisão por áreas.

mP-Go define combate à corrupção como tema principal de atuação para 2014-2015ESCOLhA NORTEARá AçõES E PROJETOS DAS DIFERENTES áREAS INSTITUCIONAIS NO BIêNIO

inStituCional

Depois, vamos passar para outra fase, levando dos Centros de Apoio para o promotor de Justiça, na ponta”, explica.

As definições das ações pelos CAOs, pelo Gaeco e CSI vão contribuir para o trabalho a ser desenvolvido pelos promotores de Justiça, que encontra-rão nessas áreas da instituição todo o apoio para a execução das propostas.

enControCom o objetivo de contribuir para a

definição de toda estrutura e do apoio que será dado pelos CAOs, Gaeco e CSI, a partir do desdobramento do tema único e transversal, coordenadores de Promotorias de Justiça reuniram-se no início de dezembro com representan-tes da administração superior, coorde-

nadores dos CAOs e do GGI, e assesso-res da Procuradoria-Geral de Justiça para discutir os desdobramentos em cada área. “Os promotores puderam fazer sugestões a partir daquilo que os Centros de Apoio estão produzindo para atendê-los na ponta. Com isso, a gente queria que eles participassem da construção do que a administração fornecerá de apoio a eles”, ressalta o coordenador do GGI.

ConStruçãoDe acordo com Bernardo Boclin, a

intenção da Procuradoria-Geral de Jus-tiça, com a definição de um tema único e transversal para o PGA 2014-2015, norteando ações em todas as áreas da instituição, é unir esforços em busca

do aprimoramento da atuação numa causa que é importante para a popu-lação. Por isso, segundo ele, o envol-vimento de procuradores e promoto-res em todo o processo até chegar ao tema central. Da mesma forma, houve a preocupação de estar em sintonia com a sociedade, trazendo para a discussão assuntos que transpareceram nas ma-nifestações de junho em todo o País.

O coordenador do GGI explica que os primeiros passos foram relaciona-dos à elaboração da proposta do PGA, criação do modelo e a forma como se-ria desenvolvido. “Resgatamos a ideia de bandeira única, tivemos o engaja-mento de todos os membros na es-colha do tema, ou seja, passamos por etapas em 14 regiões, levantando su-gestões junto aos promotores sobre o que eles achavam que era importante para ser o tema institucional e para responder às demandas da sociedade”, esclarece.

A partir dos levantamentos sociais e das sugestões feitas nas reuniões regionais, o comitê formado por repre-sentantes da administração superior, coordenadores dos CAOs, coordena-dores de Promotorias de Justiça e do GGI chegou à definição do tema único, que foi apreciado e aprovado pelo Co-légio de Procuradores.

Encontro regional em Porangatu, um dos 14 realizados para elaboração do PGA

Procurador-geral de Justiça no encontro do comitê que definiu o tema único do PGA: destaque à contribuição coletiva para a construção da proposta

04 | Goiânia, novembro e dezembro de 2013 Goiânia, novembro e dezembro de 2013 | 05

Promotor Rodrigo Corrêa faz ponderações na reunião: debate de ideias

Promotora Úrsula Catarina, na reunião preparatória: projeto inclui Região Nordeste

Alojamento que será utilizado para abrigar os detentos na colônia Milharal já plantado na área onde funcionará o estabelecimento prisional

Promotor André Luís explica projeto da colônia ao secretário Edemundo Dias

Para alcançar resultados mais efetivos e satisfatórios e tornar mais ágil a atuação em relação

às demandas que surgem nas dife-rentes regiões de Goiás, o Ministério Público (MP-GO), por meio do Gabi-nete de Gestão Integrada (GGI), dos Centros de Apoio Operacional (CAOs) e da Coordenadoria de Apoio à Atua-ção Extrajudicial (Caej), articulou um projeto que pretende formar grupos institucionais de atuação regionali-zada no Estado, a exemplo do que já é feito no Entorno do Distrito Federal desde 2009. A ideia é que os proble-mas nas regiões goianas não sejam mais de responsabilidade apenas das Promotorias locais, mas passem a ser resolvidos de forma conjunta e coor-denada, com definições, inclusive, de áreas de atuação prioritárias.

As Regiões Norte e Nordeste do Es-tado foram escolhidas para dar início ao novo projeto de atuação do MP, principalmente por concentrarem municípios que carecem de inves-timentos dos governos federal, es-tadual e dos municípios. “São locais esquecidos pelo poder público e que necessitam de uma maior atenção, inclusive porque possuem número reduzido de promotores. A intenção é exatamente somar esforços nessas áreas, aproximar e permitir a troca de experiências entre promotores, com sugestões de soluções para melhorar o trabalho desenvolvido nesses lo-cais”, ressalta o coordenador do GGI, Bernardo Boclin. De acordo com ele, essas áreas servirão de piloto para a formação de novos grupos em outras regiões do Estado.

esforços somados em busca de resultadosSEGUINDO ExEMPLO DA REGIãO DO ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL, MINISTéRIO PúBLICO DE GOIáS INICIA PROCESSO DE REGIONALIzAçãO DE SUA ATUAçãO INSTITUCIONAL, COM A PROPOSTA DE INTEGRAR E APRIMORAR AS AçõES EM FAvOR DA COMUNIDADE

reGionalização

atuaçãoO processo de regionalização inclui

na sua primeira etapa a realização de encontros entre os promotores de Jus-tiça das regiões e representantes do GGI, CAOs e Caej para definição das

no projeto escolheram temáticas das áreas de defesa do consumidor e da saúde como as principais a serem en-frentadas no trabalho coordenado que será desenvolvido na região.

Segundo o coordenador do GGI, Bernardo Boclin, os dois temas são os mesmos já definidos para a região do Entorno do DF, com demandas sobre a prestação de serviços públicos para a população, caso da área do consumi-dor - saneamento (Saneago) e energia elétrica (Celg) – , e as da saúde, com foco na questão dos medicamentos.

Após a definição das ações prioritá-rias, foram criados mecanismos de co-municação entre os grupos de trabalho e também de estudo e integração. Um grupo de trabalho também foi forma-do para as comarcas, com a promotora de Justiça de Uruaçu Alessandra Cal-das Gonçalves como contato com os demais integrantes da Região Norte. Agora, na segunda etapa, a proposta é definir de que forma os promotores de Justiça, em conjunto com os demais parceiros no MP, atuarão para conse-guir resolver os problemas levantados e alcançar as metas traçadas.

Na Região Nordeste de Goiás, que possui população superior a 150 mil habitantes e é considerada a área mais pobre do Estado, o processo de regio-nalização terá início ainda, com a reali-zação das reuniões para definir as prio-ridades locais.

ações prioritárias. Na Região Norte, que concentra 27 municípios, o processo de regionalização está mais adiantado, com reuniões já realizadas e definidas as áreas prioritárias de atuação. Os pro-motores das 12 comarcas envolvidas

Maria José, da Caej, explica metodologia do encontro que definiu prioridades no projeto de atuação regionalizada do Norte goiano

itajá receberá Colônia Penal agroindustrial em 2014LOCAL DEvERá ABRIGAR REEDUCANDOS DO REGIME SEMIABERTO, QUE PODERãO CONTAR COM UM AMBIENTE ADEQUADO AO CUMPRIMENTO DAS PENAS E AO DESENvOLvIMENTO DE AçõES SOCIAIS

exeCução Penal

A partir de 2014, o município de Ita-já, localizado na Região Sudoeste de Goiás, contará com uma colô-

nia penal agroindustrial. O espaço servirá para que reeducandos do regime semia-berto possam cumprir suas penas e de-senvolver ações sociais, que vão resultar em benefício próprio e para a cidade. No local, os presos deverão trabalhar duran-te o dia na produção de mudas florestais e ornamentais. Essas plantas serão desti-nadas à população e aos municípios da comarca. Além disso, os reeducandos vão fabricar artefatos de cimento, para calçamento da cidade.

Segundo explica o promotor de Justi-ça da comarca de Itajá, André Luís Ribei-ro Duarte, a iniciativa foi tomada como forma de oferecer um local adequado para o cumprimento das penas e realiza-ção de serviços de cunho social, além de contribuir para acabar com o preconcei-to de parte da sociedade com os reedu-candos do regime semiaberto, que hoje passam a maior parte do tempo na rua e voltam ao presídio apenas para dormir. A criação da colônia penal agrícola surgiu

da parceria do Ministério Público de Goi-ás (MP-GO) com os Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Para administrar a implementação e o funcionamento da colônia, foi criado o Conselho da Comu-nidade de Itajá.

CurSoSO promotor observa que a colônia

penal se diferencia das penitenciárias por ser destinada a presos que cumprem pena em regime semiaberto. Sendo as-sim, não existem celas e o alojamento é coletivo. No caso da colônia penal de Itajá, o estabelecimento será de seguran-ça média e destinado a presos do sexo masculino. Já as penitenciárias são desti-nadas aos presos que cumprem pena no regime fechado.

A colônia já foi criada por meio de por-taria e, em fevereiro de 2014, já deve es-tar funcionando. Inicialmente, serão dois alojamentos com capacidade para 16 pessoas cada um, número que atende às necessidades da comarca. Ao todo, a

área é de sete hectares.André Luís acrescenta que a ideia é

que no espaço se resolvam os problemas relacionados à acessibilidade. “A inten-ção é tirar essas pessoas da rua e real-mente fazer com que cumpram as penas que lhes foram impostas pelo Estado. São pessoas que cometeram atos ilícitos e que agora vão gerar benefícios sociais”, ressalta o promotor, que considera que a colônia penal é uma forma de enfrentar a impunidade existente.

Por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no próximo ano serão oferecidos cursos profissionalizantes aos reeducandos. O Senar deverá oferecer três cursos: fruti-cultura do Cerrado, plantio e tratamento de madeira, recuperação da mata ciliar e áreas degradadas. Já o Pronatec oferece-rá dois cursos, com carga horária de 160 horas cada, para viveiricultor, viveirista de plantas e flores.

artiCulaçãoO promotor explica que esse tipo de

projeto recebeu a denominação de “Mi-nistério Público Social Construtivo. Práxis do MP resolutivo”. Nesse caso, explica, a atuação do promotor é direta e efetiva na transformação da realidade social, evitando que se recorra ao Poder Judiciá-rio para resolver determinadas situações, o que poderia demorar muito, se compa-rado a essa ação. “O MP poderia propor uma medida judicial para que o gover-no instalasse a colônia. Demoraria anos. Com essa atuação, em alguns meses, a colônia estará pronta”, completa.

Segundo argumenta André Luís, o que o MP vem procurando é a efetividade na atuação, por meio da articulação social e política. “Neste caso, o MP, por meio da Promotoria de Justiça de Itajá, funciona como articulador. Ele trabalha com a ar-ticulação dos poderes públicos e da so-ciedade civil organizada, além de buscar o empoderamento social, como no caso da criação dessa colônia penal”, comen-ta o promotor. Dessa forma, quem deve desenvolver o projeto é o Conselho da Comunidade de Itajá, órgão que faz o acompanhamento da execução penal e que foi criado na cidade neste ano.

De acordo com ele, trata-se de uma alternativa de suprir as necessidades da população, que espera a resolução de problemas, independentemente de como isso seja feito. “Na área social, a atu-ação burocrática e tradicional não tem surtido os resultados que a população quer”, conclui.

Promotoria de itajáPromotoria de itajá

06 | Goiânia, novembro e dezembro de 2013 Goiânia, novembro e dezembro de 2013 | 07

a juíza da 10ª Vara Criminal de Goiânia, Placidina Pires, determi-nou o sequestro e a penhora dos bens das empresas terraço Ser-viços e assessoria, extra eventos, transporte e Locações e reobote Serviços, eventos e turismo. as três são acusadas de burlar lici-tação de transporte escolar em dez cidades do interior de Goi-ás. a denúncia foi feita pelo mP--Go, após investigação realizada pelo Grupo de atuação especial de Combate ao Crime organiza-do (Gaeco). de acordo com infor-mações do ministério Público, o esquema funcionava desde 2006, com as empresas, mesmo sem condições de cumprir com os serviços descritos nas licitações, participando dos procedimentos e vencendo, já que ofertavam os menores lances. após a assinatura dos contratos, os administrado-res contratavam outras empresas para cumprir o serviço, repassan-do valores menores às subcontra-tadas. em razão dessa prática, as empresas também foram proibi-das de participar de novos proce-dimentos licitatórios. Caso ocorra o descumprimento da medida, a pena aplicada pode ser de prisão preventiva aos sócios.

Com a proposta de ensinar crianças e adolescentes, de forma inusitada, lúdica e interativa, so-bre os perigos da internet, o mP--Go lançou no dia 21 de novem-bro um jogo online, chamado de Social Game, que é desdobra-mento da campanha institucio-nal “Criança não é brinquedo”. o jogo foi elaborado por iniciativa do Centro de apoio operacional (Cao) da infância e juventude, como apoio do Núcleo de Pu-blicidade e marketing da asses-soria de Comunicação Social do mP. Seu objetivo é o de alertar e orientar o público infantojuvenil sobre as armadilhas existentes na rede de computadores. o So-

Foi inaugurada no dia 25 de novembro o Núcleo Profis-sionalizante de Confecção em taquaral de Goiás, construído a partir de ampla articulação realizada pelo promotor de justiça da comarca, josé an-tônio trevisan.

Com o início das aulas no núcleo, ocorrido no mesmo dia, adolescentes do municí-pio poderão finalmente conci-liar os estudos com o trabalho, na condição de aprendizes, em confecções do município. esta dificuldade de aliar a iniciação profissional e a frequência às aulas estava levando a altos ín-dices de evasão escolar, motivo que levou o promotor a buscar uma solução para este impasse.

Com a contribuição do Cen-

Por determinação do juiz rodri-go de melo Brustolin, as agências bancárias de rio Verde terão que efetuar o atendimento dos usuários no período máximo de 25 minutos. a decisão acolheu pedido feito em ação civil pública proposta pelo mP--Go contra o Banco do Brasil, por meio do promotor márcio Lopes toledo, titular da 5ª Promotoria de justiça de rio Verde. além de res-peitar o tempo estipulado, a decisão prevê que as agências deverão fixar cartazes que informem a população sobre a determinação. em caso de descumprimento, os bancos deve-rão pagar multa diária de r$ 500,00.

estéril e rouparia, sala de esterilização, de expurgo, banheiros masculino e femini-no e criação da sala para guarda de equi-pamentos.

entenda o CaSoA falta de estrutura adequada para

atendimento aos pacientes que busca-vam o hospital Arquimedes vieira de Brito chamou a atenção do Ministério Público desde 2009, quando tiveram início ações para melhorar o sistema de saúde local. Ao longo desses anos, foram realizadas diversas reuniões entre MP e representantes da Secretaria Estadual de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, vi-gilância Sanitária Estadual, Conselho Re-gional de Medicina de Goiás (Cremego), entre outros.

De acordo com o promotor João Pau-lo Cândido, nas reuniões eram discutidas propostas para que o município pudesse elaborar projeto e conseguir recursos do

governo federal para melhoria do hos-pital. Entretanto, nunca houve o com-prometimento da gestão municipal em resolver a situação. “A saída foi solicitar a vinda de uma equipe da vigilância Sa-nitária Estadual, em 2011, que culminou na interdição parcial do local, proibindo qualquer cirurgia”, enfatiza o promotor.

Apesar da proibição, as cirurgias conti-nuaram a ser realizadas sob o argumento de que se tratavam de situação de emer-gência. Após um período, passaram a ser feitas cirurgias eletivas, contrariando a determinação do órgão de fiscalização. “Durante esse período, além de outras medidas pontuais contra secretários de saúde, o MP, em conjunto com outras instituições, buscou alternativas para o hospital, como a possibilidade de lici-tação para que outra entidade pudesse assumir a gestão do local. Como havia impasses, não houve resultados”, afirma João Paulo. Segundo o promotor, na

Hospital de Posse passa por reformaAPóS PEDIDO DE INTERDIçãO FEITO PELO MP, hOSPITAL MUNICIPAL DE POSSE Já PASSA POR MUDANçAS ESTRUTURAIS PARA MELhORAR ATENDIMENTO PRESTADO à POPULAçãO

Saúde

Em março deste ano, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do promotor de Justiça João Paulo

Cândido dos Santos Oliveira, propôs ação civil pública requerendo a interdição total do hospital Arquimedes vieira de Brito, localizado na cidade de Posse, no Nordeste de Goiás, e uma outra, por ato de improbidade administrativa, contra o prefeito responsável pela gestão munici-pal no período de 2009-2012. A medida foi tomada por causa de deficiências no atendimento e das condições precá-rias de estrutura na unidade de saúde, como forros caindo em cima de pacien-tes, paredes em estado de deterioração e leitos sem proteção nas janelas contra roedores e outros insetos. O MP-GO vem acompanhando a situação desde 2009, com conversas e ações para melhorias ao hospital, mas que não foram cumpridas pela falta de vontade política em resolver o problema.

Para evitar a interdição total do hos-pital, que atende uma média de 3,5 mil pacientes por mês do Nordeste goiano e do Oeste baiano, a atual gestão munici-pal estabeleceu metas para melhoria no local. Um cronograma com previsão de reformas em várias áreas foi estabelecido e tem sido cumprido pela administração pública. “Atualmente, o município de Posse reformou o centro cirúrgico e está para reformar outras áreas, como recep-ção, cozinha, além de aguardar aporte financeiro, por meio de doações, para finalizar a parte de leitos”, reforça o pro-motor de Justiça João Paulo Cândido.

Os investimentos já proporcionaram ao hospital o estabelecimento de ma-nual de rotinas e normas para ingresso no local, reformas na sala de cirurgia e de parto cirúrgico, criação da sala de assistência ao recém-nascido, da sala de recuperação pós-anestesia, posto de enfermagem, sala de guarda e material

Promotor João Paulo (de terno) conhece as obras que estão sendo feitas na unidade

u Novembro de 2013Reforma da lavanderia, com área de separação, área limpa, sala de costura e distribuição, banheiro para funcionários, criação de depósito de material de limpeza e voltado para área de separação. Construção também de depósito de lixo comum, de novo depósito de lixo infectante e de casa de motor do gerador de eletricidade.

u Abril de 2014 Reforma do laboratório hospitalar, com sala de laboratório – hematologia, bioquímica e imunologia -, sala de coleta e banheiro público adaptado às pessoas com deficiência, melhorias na área da recepção, sala de uranálise, sala de paraisto, sala de lavagem e secagem de vidrarias.

u Setembro de 2014 Reforma da maternidade, com salas de pré-parto, parto e pós-parto, alojamentos conjuntos, sala de higienização do recém-nascido, criação de novo posto de enfermagem, de sala de isolamento com antecâmara, de lactário com antecâmara, além da reforma e ampliação da farmácia hospitalar.

u mAio de 2014Reforma da área de espera, sala de aerossol, sala de observação de adultos com banheiro adaptado aos pacientes com deficiência, construção de consultório e de varanda – abrigo para embarque e desembarque de pacientes.

Cronograma de melhorias

u AgoSto de 2014Reforma de todas as enfermarias, sala de emergência, do posto de enfermagem e do repouso de enfermeiros, com respectivo banheiro.

u dezembro de 2014 Reforma das salas de raios X, das câmaras clara e escura, sala de injeção, sala de gesso e do consultório, criação da sala de observação pediátrica, reforma da cozinha e do refeitório, ambiente para recepção e lavagem de alimentos, criação de nova sala de faturamento, almoxarifado, administração e diretoria.

época, o prefeito e equipe chegaram a sinalizar com a elaboração de projeto de reforma do hospital, com a justificati-va de solucionar o problema do espaço, mas, novamente, a medida não foi leva-da em prática.

Em 2012, após o MP-GO constatar que nada tinha sido resolvido, foi so-licitada à ida da vigilância Sanitária Estadual (2011/2012) e do Cremego (2012/2013) até o local. As duas insti-tuições elaboraram laudos confirman-do a precariedade do hospital e ne-cessidade de interdição. Com base nos documentos, o Ministério Público in-gressou neste ano com a ação civil pú-blica para interdição total e por ato de improbidade administrativa contra o gestor público de 2009-2012. Para não afetar a população que necessitava do atendimento na área de saúde, o MP requereu que os serviços emergenciais fossem transferidos para as cidades vizinhas e os atendimentos ambulato-riais passassem a ser feitos nos postos de saúde do município, que deveria manter equipe médica 24 horas.

Mas, após a ação pedindo a interdição, houve o comprometimento da atual ges-tão pública com melhorias na estrutura do local, inclusive com estabelecimento de cronograma de reformas. Já no caso do processo de improbidade, os gestores responsáveis pela administração no perí-odo de 2009 a 2012 respondem, em con-junto, a quatro ações por irregularidades nos serviços relacionados à saúde local.

Justiça penhora bens de empresas acusadas de burlar licitação no transporte escolar

Lançado jogo online para alertar sobre perigos da internet

escola de formação técnica em confecção é inaugurada em taquaral

após ação, agências bancárias de rio Verde terão que reduzir tempo de espera em filas

tro de apoio operacional da educação e da equipe da Coor-denadoria de apoio à atividade extrajudicial (Caej) do mP-Go, o projeto foi delineado e iniciou--se a busca por parcerias. assim, com o apoio do Senai Goiás e

das prefeituras de itaguari e Santa rosa, o núcleo foi insta-lado em um anexo da escola Princesa isabel. além do curso de costura, a unidade oferecerá também a formação para ope-rador de computadores.

cial Game Perigos da Net conta a história de heróis que vivem no mundo real e são capturados e

levados para o mundo virtual. o jogo pode ser acessado pelo site www.perigosdanet.com.

Promotoria de PoSSe

08 | Goiânia, novembro e dezembro de 2013

O deslocamento pelos espaços urbanos é uma das principais dificuldades enfrentadas pelas

pessoas com deficiência ou mobilida-de reduzida. Isso se deve ao precário estado de conservação de calçadas ou da existência de desníveis, degraus, re-vestimentos inadequados e ausência de rebaixos nos equipamentos urbanos, apesar de existirem leis estaduais e fe-derais que garantem direitos básicos para a acessibilidade no Brasil. Segun-do a coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos humanos e do Cidadão (CAODhC) do Ministério Públi-co de Goiás, promotora Melissa Sanchez Ita, o que se vê, por toda parte, são bar-reiras urbanísticas, nas edificações, nos transportes e nas comunicações e infor-mações, que restringem o exercício da cidadania e prejudicam o convívio social de parte da população.

A falta de estrutura adequada afeta o direito de ir e vir de 45,6 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, ou seja, 23,9% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Prejudica ainda o acesso de idosos, gestantes, obe-sos e outros que dependem de meios mais acessíveis para circular por diversos espaços, sejam públicos ou não.

Com a proposta de contribuir para resolver a situação da falta de acessibi-lidade e alertar a sociedade para esse direito fundamental, o MP-GO, por meio do CAODhC e da Coordenação de Apoio Técnico Pericial (Catep), idealizou e desenvolve, desde maio deste ano, o projeto viva Acessibilidade! A iniciativa surgiu também a partir da demanda de promotores de Justiça de todo o Estado em busca de soluções para problemas de acessibilidade nos municípios, ques-tão apontada como prioritária na área dos direitos humanos e da cidadania no Plano de Geral de Atuação (PGA) 2012-2013 do MP-GO.

um caminho mais fácil para a cidadaniaPROJETO DO MINISTéRIO PúBLICO DE GOIáS (MP-GO) BUSCA SENSIBILIzAR A SOCIEDADE PARA O TEMA DA ACESSIBILIDADE E SOBRE A IMPORTâNCIA DE GARANTIR O DIREITO DE IR E vIR DE TODA A POPULAçãO

direitoS HumanoS

açõeSO projeto contempla diversas ações

de sensibilização da comunidade para a temática da acessibilidade, distribuição de cartilhas informativas, curso de capa-citação para arquitetos e engenheiros, estímulo à atuação dos promotores de Justiça na área e viabilização da capta-ção de recursos pelas prefeituras, junto ao governo federal, por meio da apre-sentação do Plano viver Sem Limite.

Entre as ações previstas para sensibi-lizar a sociedade para o tema da aces-sibilidade e necessidade de implanta-ção de alterações está a realização de workshops nos municípios e disponi-

bilização do seu conteúdo na internet. Até novembro deste ano, os encontros foram promovidos em Abadiânia, Caia-pônia, Corumbaíba, Firminópolis, Jara-guá, Luziânia, Niquelândia, Posse, São Domingos, Rialma, cidade de Goiás, Pa-namá e Nerópolis.

Já estão previstos workshops até de-zembro de 2014, mês de encerramento do projeto. As reuniões são programdas de acordo com os pedidos das promoto-rias de Justiça interessadas. Durante os encontros, são feitas apresentações so-bre o tema por um perito, pela coorde-nadora do CAO dos Direitos humanos, Melissa Sanchez Ita, e um representante

da comunidade.De acordo com a promotora, todas as

ações são desenvolvidas para mostrar à população e gestores públicos que a acessibilidade é um direito fundamen-tal do ser humano na medida em que se relaciona com o direito à igualdade e à liberdade. “A acessibilidade permite às pessoas com deficiência ou mobili-dade reduzida a participação social em igualdade de condições com as demais pessoas. Além disso, garante a essas pes-soas o direito de ir e vir. Por isso, todas as edificações e espaços públicos ou de uso público devem atender às regras de acessibilidade. Existe uma lei federal que impõe essa obrigação e os prazos para essas adaptações já venceram há anos. No entanto, a realidade nas cidades goianas pouco avançou no sentido de garantir esse direito”, avalia.

na internetNa primeira semana de dezembro,

o Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou a Semana da Pessoa com Defi-ciência, que contemplou o lançamento do conteúdo do workshop na internet por meio da plataforma de Ensino a Dis-tância (EaD); a realização de curso de ca-pacitação, com a parceria dos Conselhos Regionais de Engenharia e de Arquitetu-ra (Crea-GO e CAU-GO), destinado a ar-quitetos e engenheiros (para que esses profissionais se atentem a verificar se um projeto ou obra atende às regras de acessibilidade); a apresentação do Plano Nacional viver Sem Limite aos gestores municipais por representantes do go-verno federal e um minicurso para pro-motores e procuradores de Justiça.

Workshop na cidade de Goiás atraiu público significativo: orientações para melhorar acessibilidade no espaço urbano

Coordenadora do CAODHC destaca importância do projeto na capacitação de Rialma

u edificAçõeS ausência de rampas, corredores estreitos e com cadeiras, banheiros não acessíveis, portas estreitas e não adaptadas, mobiliário inadequado e falta de piso tátil

u UrbANíSticAS calçadas sem rebaixamentos, desniveladas e com degraus, inexistência de vagas de estacionamento preferenciais, mobiliário urbano inadequado, falta de rota acessível, inexistência de piso tátil

Barreiras à aCessiBilidade

CriStiNa roSa

CaodhC