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1 COMEÇAR DE NOVO Edição 07 | Janeiro 2015 Partido Socialista - Concelhia de Braga Edição 07 | Janeiro 2015 Editorial Caras e caros Camaradas. O Sr. Presidente da Camara, pela voz do responsável da InvestBraga apresentou o Plano Estratégico para o desenvolvimento económico de Braga 2014-2026. A InvestBraga consultou a Associação Comercial de Braga, Associação Industrial do Minho, Universidade do Minho, AICEP, Câmara Municipal de Baga, CEIIA, Hospital de Braga, Diocese de Braga, Primavera, Bosch e o Conselho Consultivo da InvestBraga e contratou a mesma Consultora que tanto serve para “fabricar” buracos, como serve para desenvolver ra- pidamente um plano estratégico para 12 anos para a Cidade de Braga. Outras autarquias realizaram diversas workshops com todas as forças vivas dos seus concelhos até produzirem a solução final, que servisse os interes- ses de toda a comunidade. Braga é diferente, ape- nas ouviu alguns Stakeholders, que não sabemos como foram selecionados. Ouviram o CEIIA da Maia, mas esqueceram-se que a Universidade do Minho tem centros de investigação de reconhecida Excelên- cia, na temática das cidades. Ouviram apenas duas empresas, mas esqueceram- se das restantes. Será que não fazem parte da estra- tégia de desenvolvimento e crescimento da Cidade? Será que o que produzem não é relevante para a economia da cidade. Metalurgia, têxtil, metalomecâ- nica, movimento associativo entre outos, só servem em véspera de eleições. O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Braga an- da muito distraído quando fala em pagar baixos salá- rios (963€ mensais) a trabalhadores altamente quali- ficados, quando a Europa precisa de centenas de milhares de talentos para fazer face à estagnação que vive . A estimativa para este ano é a falta de 700.000 tra- balhadores com competências chave nas áreas ICT (Information and Communication Technology). Esta carência é transversal a toda a europa. Competir com baixos salários em empregos altamente qualifi- cados, é sinal de desconhecimento profundo do que se está a passar na Europa, onde a guerra por Ta- lentos está ao rubro. Amadorismo é de facto a palavra que melhor qualifi- ca o atual executivo camarário. Depois de publicado o plano estratégico surgem noticias nos jornais sobre um Workshop realizada na AIMinho com a participa- ção dos centros de investigação da Universidade do Minho, ALGORITMI e CTAC e o CITEVE de Famali- cão (Já envolvido no desenho do plano estratégico de Famalicão). Isto mostra desorientação e falta de profissionalismo. Será que esta workshop não deveria ter acontecido antes da publicação do plano estratégico para Bra- ga? Será que acordou tarde, ou será que desconhe- ce o que se está a passar em outras cidades. O Sr. Presidente está ao nível do seu governo, pro- paganda no máximo, ações e resultados no mínimo. Esqueceu a realidade da sua Cidade, onde existem muitos carenciados, que são pessoas, que o Sr. se esqueceu no seu Plano a que chamou Estratégico e Económico. Para o Partido Socialista, não existem Excluídos. Saudações Socialistas HUGO PIRES Hugo Pires Uma Cidade sem Excluídos.

Começar de novo janeiro 2015

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COMEÇAR DE NOVO Edição 07 | Janeiro 2015

Partido Socialista - Concelhia de Braga

Edição 07 | Janeiro 2015

Editorial

Caras e caros Camaradas.

O Sr. Presidente da Camara, pela voz do responsável da InvestBraga apresentou o Plano Estratégico para o desenvolvimento económico de Braga 2014-2026.

A InvestBraga consultou a Associação Comercial de Braga, Associação Industrial do Minho, Universidade do Minho, AICEP, Câmara Municipal de Baga, CEIIA, Hospital de Braga, Diocese de Braga, Primavera, Bosch e o Conselho Consultivo da InvestBraga e contratou a mesma Consultora que tanto serve para “fabricar” buracos, como serve para desenvolver ra-pidamente um plano estratégico para 12 anos para a Cidade de Braga.

Outras autarquias realizaram diversas workshops com todas as forças vivas dos seus concelhos até produzirem a solução final, que servisse os interes-ses de toda a comunidade. Braga é diferente, ape-nas ouviu alguns Stakeholders, que não sabemos como foram selecionados. Ouviram o CEIIA da Maia, mas esqueceram-se que a Universidade do Minho tem centros de investigação de reconhecida Excelên-cia, na temática das cidades.

Ouviram apenas duas empresas, mas esqueceram-se das restantes. Será que não fazem parte da estra-tégia de desenvolvimento e crescimento da Cidade? Será que o que produzem não é relevante para a economia da cidade. Metalurgia, têxtil, metalomecâ-nica, movimento associativo entre outos, só servem em véspera de eleições.

O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Braga an-da muito distraído quando fala em pagar baixos salá-rios (963€ mensais) a trabalhadores altamente quali-

ficados, quando a Europa precisa de centenas de milhares de talentos para fazer face à estagnação que vive .

A estimativa para este ano é a falta de 700.000 tra-balhadores com competências chave nas áreas ICT (Information and Communication Technology). Esta carência é transversal a toda a europa. Competir com baixos salários em empregos altamente qualifi-cados, é sinal de desconhecimento profundo do que se está a passar na Europa, onde a guerra por Ta-lentos está ao rubro.

Amadorismo é de facto a palavra que melhor qualifi-ca o atual executivo camarário. Depois de publicado o plano estratégico surgem noticias nos jornais sobre um Workshop realizada na AIMinho com a participa-ção dos centros de investigação da Universidade do Minho, ALGORITMI e CTAC e o CITEVE de Famali-cão (Já envolvido no desenho do plano estratégico de Famalicão).

Isto mostra desorientação e falta de profissionalismo. Será que esta workshop não deveria ter acontecido antes da publicação do plano estratégico para Bra-ga? Será que acordou tarde, ou será que desconhe-ce o que se está a passar em outras cidades.

O Sr. Presidente está ao nível do seu governo, pro-paganda no máximo, ações e resultados no mínimo. Esqueceu a realidade da sua Cidade, onde existem muitos carenciados, que são pessoas, que o Sr. se esqueceu no seu Plano a que chamou Estratégico e Económico.

Para o Partido Socialista, não existem Excluídos.

Saudações Socialistas

HUGO PIRES

Hugo Pires

Uma Cidade sem Excluídos.

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COMEÇAR DE NOVO Edição 07 | Janeiro 2015

S egundo os últimos sensos realizados em Portugal (2011), Braga foi a capital de distri-to que mais cresceu - cerca do dobro da mé-dia nacional - assumindo-se como uma das

cidades mais pujantes e dinâmicas do País. Este é um património que não podemos desperdiçar, que devemos valorizar, projetando o futuro de forma sóli-da e consistente. Está neste momento em discussão pública a revisão do Plano Diretor Municipal. O PDM reflete uma estratégia de desenvolvimento para os próximos 10 anos, assumindo uma importância estru-turante para o concelho de Braga.

No anterior mandato autárquico, tive a responsabili-dade, enquanto vereador do urbanismo, de participar na definição das linhas estratégicas deste documen-to, que hoje se encontra em discussão pública, tarefa que abandonei em Setembro de 2013.

O critério que serviu de ponto de partida a toda a es-tratégia foi o da sustentabilidade. Apostámos num PDM de 3ª geração, preocupado com as gerações futuras, respeitando os nossos recursos naturais, ambientais e não desbaratando recursos financeiros com a criação de mais infraestruturas. Foi com este princípio que aplicamos o saldo zero, isto é, não au-mentar a capacidade bruta de construção relativa-mente ao documento já existente, ajustando apenas uma ou outra situação.

Partimos para a elaboração do PDM com 5 ideias-chave: atrair mais famílias e empresas; dar priorida-de à reabilitação urbana e criar parâmetros de quali-dade arquitectónica e urbanística; apostar numa me-lhoria contínua do espaço público; criar 4 parques verdes (Picoto, Parque Oeste - junto ao complexo Grundig, 7 Fontes e Parque Norte) ligados por corre-dores verdes entre si; melhores transportes públicos; afirmar Braga nas redes internacionais.

Esta revisão do PDM contempla uma aposta muito forte na reabilitação urbana. Assim, e dando segui-mento a este objectivo, aprovámos, há cerca de três anos, dois programas estratégicos de reabilitação urbana: o programa estratégico do Centro Histórico e o programa estratégico da zona sul - zona dos galos, estádio 1º de Maio e margens do rio este - como for-ma de dar um novo impulso a zonas da cidade que necessitam urgentemente de intervenção. Ao longo dos anos, Braga foi-se assumindo como um

concelho com um desenvolvimento harmonioso, em que as freguesias rurais eram também alvo de inter-venção atenta por parte do Município. Esta aposta teve bons resultados, sendo hoje consensual que Braga é um território com uma cobertura que ronda quase os 100% ao nível do saneamento e abasteci-mento de água. Somos também um concelho com excelentes equipamentos, com escolas renovadas, creches, edifícios de apoio à terceira idade, centros de saúde, equipamentos desportivos, espaço público renovado, etc.

Temos, portanto, todas as condições para continuar-mos no bom caminho, desenvolvendo uma estratégia de desenvolvimento assente no progresso, na quali-dade de vida e na coesão social. No entanto, não é isso que está a acontecer. Esta atual maioria (PSD/CDS) que governa o Município de Braga optou por uma outra estratégia. Uma visão neoliberal, em que as pessoas, os seus contextos familiares, as su-as raízes e os lugares a que pertencem são comple-tamente postos de parte, com uma frieza desumana, em que só se encontra paralelo com o que o Gover-no de Pedro Passos Coelho anda a fazer, ao des-mantelar da presença do Estado no território fechan-do hospitais, escolas, tribunais, serviços desconcen-trados do Estado, etc, contribuindo, assim, para a desertificação do território e para o abandono de inú-meras populações à sua sorte.

Ricardo Rio, à sua escala, está a fazer exatamente o mesmo; exemplo disso, foi o encerramento da escola de Vilaça, quando este equipamento cumpria todos os critérios para se manter aberto. A cereja no topo do bolo é esta revisão do PDM, em que, de uma as-sentada Ricardo Rio e o vereador responsável pelo pelouro do urbanismo retiraram a maior parte da ca-pacidade construtiva que existia nas freguesias ru-rais.

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Hugo Pires

Um PDM prós ricos

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Não posso aceitar que este atual executivo tenha uma estratégia assente em “matar” estes territórios mais periféricos. Esta capacidade construtiva de bai-xa densidade não é direcionada a prédios, nem à es-peculação imobiliária mas, na sua maioria, a famílias que tinham como ambição construir a sua casa na freguesia onde nasceram, perto do seu núcleo famili-ar. Com esta revisão do PDM, Ricardo Rio quer ex-pulsar estas famílias destes territórios com o pretexto de que existem cerca de 15 mil fogos devolutos na cidade que têm que ser ocupados!

E eu pergunto, mas que culpa têm estas pessoas que alguns construtores tenham feito maus negó-cios? Porquê esta atitude de Ricardo Rio? Será que está a ceder a algum tipo de pressão? Porque é que não retira de construção terrenos que são para pura especulação imobiliária? Será que o custo da habita-ção vai disparar?

Este é um PDM em que as pessoas não contam, em que a relação das pessoas com os lugares do seu

nascimento ou crescimento é para esquecer, em que famílias vão ser desagregadas e arrancadas das su-as freguesias.

Há cerca de semana e meia, na última reunião de câmara, tive a oportunidade de chamar a atenção para as consequências desta medida criminosa; em resposta, foi-me dito que se existir essa necessidade, na próxima revisão do PDM voltam-se a incluir esses terrenos para construção. O problema é que a próxi-ma revisão do PDM é, a correr bem, apenas daqui a 10 anos e aí, já será tarde demais!

Saudações Socialistas

HUGO PIRES

Hugo Pires

Um PDM prós ricos

Conferência organizada pela Federação de Braga

do Partido Socialista

“A língua Portuguesa, O Mundo da Lusofonia e as Comunida-

des portuguesas: Uma nova politica para um novo futuro”

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N o Almoço de Reis realizado no dia 10 de Janeiro, que juntou duas centenas de pes-soas da família socialista, Hugo Pires foi duro nas palavras, acusando a maioria de

ser fundamentalista, básica e perigosa. Acusou a maioria de ser uma cópia da direita nacional, mas mais corrosiva e mais perigosa.

O líder da Concelhia não poupou a coligação PSD/CDS-PP que lidera a Câmara de Braga, denun-ciando também que querem fazer um ajuste de con-tas com o PS e o passado Socialista.

A negociata da AGERE em garantir 8,25% para o bolso dos privados foi também realçado por Hugo Pires como inaceitável. Este executivo Municipal lide-rado por Ricardo Rio que acumula também a Presi-dência da AGERE, não pode esquecer, que a água é um bem essencial que não pode ser utilizada por es-ta maioria da forma pouco ética e transparente como o está a fazer.

A vingança para com todos os autarcas que trabalha-

ram para o desenvolvimento da nossa, mostram um

estilo de liderança que se dá muito mal com as re-

gras da democracia.

Utilizou uma consultora para realizar uma auditoria

com resultados pré encomendados às contas da au-

tarquia, ou seja queriam encontrar um “Buraco”, Sr.

Presidente. Este buraco nunca foi validado pelas en-

tidades oficiais credíveis. Esta maioria tem de facto

um grande buraco na sua credibilidade, tem sido in-

capaz de apresentar soluções para a nossa cidade.

Os Bracarenses saberão dar a resposta adequada

no momento certo a esta maioria.

O Clube Politico

Almoço de Reis

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COMEÇAR DE NOVO Edição 07 | Janeiro 2015

F indo o ano de dois mil e catorze, é tempo de

preparar o novo ano. O ano de 2015.

Um ano em que teremos pela frente duras

batalhas políticas e sociais a travar. No Par-

lamento. Nas Autarquias Locais. Na Cidadania.

No Parlamento, desmascarando as políticas lesivas

do interesse nacional e as suas consequências em

que o constante crescimento do empobrecimento das

populações; o ruir do "edifício" financeiro que é a

"trave mestra" da economia; as falências em cadeia

em todo o tecido econômico; a emigração dos nos-

sos jovens mais qualificados; o retirar de direitos ele-

mentares constitucionalmente estabelecidos: os direi-

tos ao emprego, à saúde, à educação, à habitação;

não encontram na crise internacional nem no endivi-

damento externo, razão para este ataque cerrado, a

que assistimos, aos mais elementares direitos Huma-

nos que o atual Governo está a fazer.

Nas Autarquias Locais, a nossa atenção, como com-

preendereis, centra-se no nosso Concelho de Braga.

Mais concretamente no Município. Onde somos opo-

sição.

Concelho que para além de refletir os efeitos direta-

mente causados pelas políticas do Governo Central,

reflete também, a inércia, incompetência e desleixo,

da atual maioria que governa o Município.

Incompetência, manifesta em tudo o que se anunci-

am como autores e que se constata ser puro decal-

que daquilo que herdaram. Seja nas ferramentas de

gestão, nos eventos culturais, equipamentos de des-

porto e de lazer, com uma ou outra variante.

Desleixo, na manutenção do património herdado: ro-

doviário; viário; ciclável; ambiente; obras de arte; e

outros. Patrimônio onde são visíveis a degradação do

piso, a falta de limpeza das sarjetas e das condutas,

os atentados ambientais através de descargas polu-

entes no Rio Este, a acumulação de lixos domésticos

na via pública, o completo abandono de zonas ver-

des como o Monte Picoto, e muitos outros, que de-

vem ser motivos constantes de denúncia e de protes-

to.

Inércia, Incompetência e Desleixo, na recuperação

dos bairros municipais degradados.

Inércia, Incompetência e Desleixo, no que ao interes-

se público diz respeito nomeadamente no que ao

processo de privatização da Agere, EM, diz respeito,

em que se entrega um bem público de consumo in-

substituível que é a água a privados, com benesses

financeiras e de tempo. 8,25% de lucro garantido ao

ano, pago pelos contribuintes, se a exploração priva-

da da empresa for deficitária - o que acontecerá por

facilitar a arrecadação de receita suplementar - du-

rante cinquenta anos!...

Em suma, o neoliberalismo no seu apogeu em que

quem tem dinheiro manda e quem não tem obedece

e sofre!

Sobre o PDM, não são conhecidas alterações de fun-

do "estruturante", tão ao gosto do "inquilino" do pe-

louro, para além da anunciada em campanha eleito-

ral e que se prende com as 7 Fontes. E o encurta-

mento do prazo de discussão pública que o Edil en-

tendeu transformar em "sessões de esclarecimento

públicas".

Na Cidadania, o PS revolucionou o procedimento de

eleição partidário do seu candidato a Primeiro Minis-

tro, permitindo aos cidadãos simpatizantes do partido

a sua participação na eleição interna. Este exemplo

pretende envolver cidadãos sem filiação partidária na

vida dos partidos com que simpatizem. É um exem-

plo que tem suscitado discussão e concordância em

outros quadrantes da política nacional.

É também, um sinal claro, para dentro do partido e

para a sociedade em geral, de que o Partido Socialis-

ta está empenhado em ganhar a batalha da credibili-

zação de todos os agentes políticos, exerçam ou não

cargo de gestão pública, ou cargo de gestão política

partidária. Sintetizando, esta é, uma batalha que no

ano de 2015 temos de ganhar!

Convencer os Portugueses de que na classe política

há gente séria e gente menos séria. De que há gente

competente e gente menos competente. Porque, e

sobre tudo, os políticos são pessoas!

É uma batalha em que todos nós nos temos de em-

penhar porque vai ser a mais difícil de todas as bata-

lhas!

Temos de conquistar a confiança dos Portugueses e

em especial a dos Bracarenses.

Temos de ser referência e exemplo de honestidade

na conduta e de seriedade nos atos.

Temos de convencer a sociedade no seu todo de que

o futuro do País, do Estado, e dos cidadãos, está nos

partidos políticos!

UM BOM ANO DE 2015!

Viva o PS!

Viva Portugal!

O Clube Politico

2015 - Desafios

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União das Freguesias de Nogueiró e Tenões

A Lei 11-A/ 2013 uniu as an-cestrais freguesias de No-gueiró e Tenões que tinham a sua própria história e iden-tidade. Embora vizinhas e com muitas especificações comuns, as freguesias cons-truíram ao longo de "longos" séculos uma história própria

e sui generis, distinta entre si com episódios e cami-nhos de formação diferenciados.

A história recente, a história da freguesia de Noguei-ró e Tenões, ainda não é história, porque ainda no primeiro episódio o episódio da formação que se re-sume à implementação de uma lei que a seu tempo a própria história irá julgar.

É desse percurso histórico identitário que as duas freguesias de Nogueiró e Tenões fizeram distinta-mente por si e que não se pode de um dia para apa-gar que aqui interessa dar conta.

Relativamente à formação da freguesia de Nogueiró área geográfica em que actualmente se encontra lo-calizada, é povoada desde a idade do ferro, como atestam os vestígio do Castro da Consolação, classi-ficado como monumento de interesse de que falare-mos em pormenor mais à frente. Com efeito no cimo do Monte da Consolação encontram-se vestígios da passagem e permanência do homem dessa época. Poderá ter sido este monte habitado por uma tribo de Brácaros, povo que deu origem à cidade de Braga.A freguesia que hoje conhecemos é o resultado da jun-ção das freguesias de São Romão de Dadim e São Salvador de Nogueiró, pedida pelos habitantes das duas ,cerca de 1665. Como se pode ler na 1ª Gaveta das Igrejas no nº111 que diz assim:

«Em 1675 os fregueses de Nogueiró e Dadim pedi-ram autorização ao cabido para demolirem as duas igrejas e construírem uma só para as duas freguesi-as». Dadim, foi então incorporada em Nogueiró e à primitiva igreja corresponde o lugar de Igreja Velha, sendo agora a nova igreja apelidada de São Salva-dor de Nogueiró e Dadim. Num documento do século XVIII da autoria de P.Carvalho, pode ainda ler-se que «o Arcebispo que as uniu foi D.Veríssimo de Alen-castre»... «que a nova Igreja saída da união de No-

gueiró e Dadim fica no meio de ambas e é uma viga-raria da Sé à qual rende trinta mil reis e para o cabi-do que leva os dízimos cinquenta mil reis. No ano de 1706 tem esta freguesia 60 vizinhos (fogos)e é com-posta pelos seguintes lugares: Boavis-ta,Boucinhas,Cachada,Campo Grande, Cimo de Vi-la,Consolação,Dadim, Igreja,Igreja Velha, Fábrica, Gaião, Granja, Lage,Lugar Novo, Ourado, Peixo-to,Pinheiro, Pinheiros,Rasa, Seara de Baixo, Seara de Cima, Sub-Veigas, Veigas e Urjães. No censo de Braga de 1862, Nogueiró aparece com 98 fogos e 358 habitantes e no pricipio do século XX 174 fogos para 440 habitantes. Mas a referência as estas duas freguesias antes de se unirem remonta a antes da fundação da nacionalidade. Efectivamente a primeira referência a Dadim que se conhece, é o documento da sua doação à Sé que data de 1103, quarenta anos antes da proclamação da Independência de Portugal.

No que concerne a Tenões a sua idade também é provecta. Os habitantes do Castro da Consolação em Nogueiró de certeza que habitavam também par-tes de terrenos que atualmente são compreendidos pela freguesia de Tenões. O atual lugar do Castro, naturalmente indicador do Castro existente situa-se na área territorial de Tenões. Mas isto serão os an-cestrais dos futuros tenoenses. a menção mais anti-ga que se conhece da freguesia de Sancta Eolália de Telones é quando em 899 foi a igreja doada ao bispo de Santiago de Compostela.Por uma carta de incu-minação das herdades que o conde Savarigo fez à condessa D. Ilduarda mencionam-se as herdades «que habemus de avios nostros quomodo et de pa-rentela...illas laicales quas habemus in villa Teno-nes», Um documento das gavetas do tempo datado de 1220 o nome da padroeira aparece mencionado co Sancta Ovaia de Tellonis. Assume grande impor-tância quando no sec. XV o arcebispo de Braga D. Fernando Guerra reconhecendo-lhe a importância de pertencer ao deodato da Sé ( o pároco oficial de Te-nões era o Deão da Sé), lhe anexa as freguesias de Espinho, Sobreposta, Pedralva e Lageosa.

O Clube Politico

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A ASCREDNO é uma Ins-tituição Particular de Soli-dariedade Social, fundada na Freguesia de Nogueiró em Braga a 13 de Julho de 1993, reconhecida através de publicação em Diário da República III Sé-rie, nº 298 de 27 de De-zembro de 1997, e tem como objeto principal de-senvolver ações no âmbito

da Solidariedade Social e promoção da Cultura e do Desporto O Centro de Dia para Idosos da ASCREDNO pro-porciona um conjunto de respostas sociais, que per-mitem a prestação de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar. O Centro de Dia para Idosos da ASCREDNO propor-ciona um conjunto de respostas sociais, que permi-tem a prestação de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar. Satisfazendo as necessidades básicas (higiene pes-soal, alimentação, medicação), prestando apoio psi-co-social e fomentando as relações interpessoais ao nível dos idosos e destes com outros grupos etários. Com um plano anual de animação sociocultural esti-mulante e diversificado (ginástica adaptada, artes plásticas, reza do terço, teatro, passeios, visitas, pis-cina, etc.) a fim de evitar o isolamento. O Apoio Domiciliário da ASCREDNO garante um conjunto de resposta sociais, que consiste na presta-ção de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias, que por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não pos-sam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as activi-dades da vida diária. Este apoio visa a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e famílias, garantin-do a satisfação das necessidades básicas e activida-des da vida diária (alimentação, higiene pessoal, me-dicação); assim como a prestação de cuidados de ordem física (fisioterapia) e apoio psicossocial aos indivíduos e famílias, contribuindo para o seu equilí-brio e bem-estar, criando condições que permitem preservar e incentivar as relações inter-familiares; colaborar e/ou assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde; contribuir para retardar ou evitar a institucionalização; prevenir situações de depen-dência, promovendo a autonomia.

A ASCREDNO criou a resposta A.T.L. na EB1 de Nogueiró com o objectivo de proporcionar um espaço repleto de actividades diversas onde as crianças pos-sam experimentar e criar novas actividades e tam-bém de propiciar um descanso activo depois de um dia de escola. Esta resposta é assegurada por uma equipa pedagogicamente competente, altamente cre-dível e qualificada. Esta equipa pretende proporcio-nar às crianças entre os 6 e os 12 anos, em colabo-ração com a família, a oportunidade de se desenvol-ver correcta e harmoniosamente, dando resposta às necessidades básicas desta etapa do desenvolvi-mento. Por outro lado, pretende igualmente dar aos pais a alternativa de poderem deixar os seus filhos entregues a alguém de confiança que com eles cola-bore na sua educação. O Gabinete de Atendimento / Acompanhamento Social (GAAS) da ASCREDNO tem como objectivos a inclusão e o desenvolvimento social. Neste sentido, pretende assegurar a promoção da autonomia, da inclusão e do desenvolvimento social de todos os cidadãos, com especial atenção aos se encontrem em risco de exclusão social, nomeada-mente: os portadores de deficiência, os desemprega-dos, as vítimas de violência doméstica e os toxicode-pendentes. Numa perspectiva em que o indivíduo deve ser sem-pre um agente activo na sua mudança, para benefici-ar dos serviços de apoio social que o gabinete dispo-nibiliza em parceria com a Segurança Social, o cida-dão e o gabinete farão uma contratualização. Tal co-mo previsto na Lei. Assim, cabe ao GAAS: informar, orientar e apoiar os cidadãos tendo em conta os seus direitos sociais, à habitação, à saúde, à educação e ao emprego; pro-mover a melhoria das condições de vida de indiví-duos e famílias no sentido da inclusão; e mobilizar recursos da pessoa e os recursos externos adequa-dos à progressiva autonomia pessoal, social e profis-sional. Este trabalho é realizado em constante articulação com os mais diversos parceiros sociais através da rede social.

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As Associações da União das Freguesias de Nogueiró

e Tenões

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O Gabinete de Inserção Profissional (GIP) da AS-CREDNO é um serviço que presta apoio a jovens e adultos desempregados na definição ou desenvol-vimento de seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho, em estreita colaboração com o Centro de Emprego de Braga.

O referido apoio passa por: informar a nível profissio-nal; apoiar na procura activa de emprego; acompa-

nhar de forma personalizada desempregados em fa-se de inserção ou reinserção profissional; captar ofer-tas de emprego; divulgar ofertas de emprego e activi-dades de colocação; encaminhar para ofertas de qualificação. Para além destes serviços a ASCREDNO tem tam-bém um plano de formação disponível para as po-pulações interessadas na aquisição de novas compe-tências.

O Clube Politico

As Associações da União das Freguesias de Nogueiró

e Tenões

Começar de Novo é a Newsletter oficial da Conce-lhia do Partido Socialista de Braga destinada aos seus militantes.

Contacto

Email: [email protected]

A s trocas e as baldrocas de zonas urbanizá-veis de umas freguesias para outras fregue-sias; - Os condicionalismos impostos aos que ge-

raram expectativas de poderem construir e assim evi-tar a desertificação das suas freguesias e que agora, de uma só penada, vêem os seus terrenos antes em zonas urbanizáveis, agora em Reserva Agrícola Na-cional e outras. - Os que aguardavam a resolução de legalização de construção em domínios da sua própria habitação e de pos...tos de trabalho, e que agora, sem mais nem menos, nem sequer uma admoestação verbal, são confrontados com multas atrás de multas até demoli-rem o pecúlio que levaram uma vida a juntar. - As desculpas esfarrapadas de quem não tem a per-ceção de que em política não vale tudo. Em política, as questões sociais são a primeira razão de ser, dos que vivem à sua sombra. E de que quem os elegeu não o fez para ser ensom-brado e sim para que os seu problemas comuns se-jam resolvidos a contento da vida e do direito consti-tucional a ter uma habitação condigna e um emprego em conformidade! A que acresce a necessidade imperiosa de fixar as populações nas suas zonas de origem. É que, as populações rurais não devem pagar o pre-ço político dos apartamentos por vender no tecido

Urbano. Entre uma panó-plia de injustiças sociais e outras de oportunidade dúbia que fazem do PDM um con-junto de regras a prazo com duas faces: - A das cartas do território; e a dos rostos revoltados de todos os injustiçados! Vereadores e eleitos na Assembleia Municipal do PS estiveram no terreno e ouviram inúmeras reclama-ções que transmitem autênticos dramas sociais em sintonia de convergência coerciva que gera ansieda-de e medo quando no horizonte paira a demolição e o ruir do trabalho de uma vida. Pensem nisso!

O Clube Politico

A outra face do PDM