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BOLETIM SEMANAL RESERVADO
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N° 27/16
SEMANA: 15/08/16 a 26/08/16
ASSUNTOS:
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA
NOVOS CABOS SUBMARINOS
COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL
OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA
LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015
IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV
A REVISÃO DO MODELO – O FOCO DA COMISSÃO DO MINICOM
APLICATIVOS DE VOZ E SUAS REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC E NO SMP
A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO
QUEM PARA A HUAWEI?
HUAWEI E O MERCADO DE SMARTPHONES
NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.
01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
Índice
Cliente é a maior prioridade...da Oi – Detalhes do Pedido de Recuperação Judicial
Denúncia contra Diretor da Oi
A teoria do Cavalo de Troia
WhatsApp assume viés comercial...considerações gerais
Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP e Considerações sobre
Compartilhamento
Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.
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Cliente é a maior prioridade...da Oi – Detalhes do Pedido de Recuperação Judicial
A Oi publicou em seu Site um texto com o título “O CLIENTE É A MAIOR PRIORIDADE DA Oi”.
Acompanhando tal texto são dados os links para toda a documentação relacionada com o Pedido
de Recuperação Judicia.
A leitura é exaustiva, mas pode ser de interesse para os leitores do BS que tenham particular
interesse no assunto. Logo após a reprodução do mencionado texto, é indicado um link para acesso
a tal documentação.
O CLIENTE É A MAIOR PRIORIDADE DA OI
O objetivo do plano de Recuperação Judicial da Oi é manter a prestação do serviço com qualidade aos
clientes e equacionar o endividamento. A medida prevista na lei brasileira permite que seja mantida
e preservada a operação normal dos serviços da Oi para os seus cerca de 70 milhões de clientes.
Temos o compromisso de continuar investindo para melhorar a qualidade dos serviços de telefonia
móvel, banda larga, TV por assinatura e telefonia fixa, para atender aos interesses dos nossos clientes.
Todas as nossas atividades de atendimento, vendas, instalação e manutenção estão sendo
desempenhadas normalmente.
Tudo será mantido exatamente como está combinado, inclusive nas contas dos clientes e os preços
praticados pela Oi, agora sob proteção da Justiça.
Para acessar a documentação do Pedido de Recuperação Judicial clique aqui.
Denúncia contra Diretor da Oi
A Oi publicou um COMUNICADO AO MERCADO relacionado com notícia de que o Diretor Jurídico
da Companhia teria sido indiciado como Réu em uma Ação que corre na Justiça do Rio Grande do
Sul.
O Comunicado é autoexplicativo e o BS simplesmente transcreve o texto do referido COMUNICADO.
E o faz porque, aparentemente, é algum tipo de ação com objetivos relacionados com o Processo
de Recuperação Judicial.
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COMUNICADO AO MERCADO
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.
Comissão de Valores Mobiliários
At.: Sr. Fernando Soares Vieira
Superintendente de Relações com Empresas
Sr. Guilherme Rocha Lopes
Gerente de Acompanhamento de Empresas - 2
c/c
Ref.: Ofício nº 292/2016-CVM/SEP/GEA-2
Prezados Senhores,
Fazemos referência ao Ofício nº 292/2016-CVM/SEP/GEA-2 ("Ofício"), cuja cópia segue anexa, por meio do
qual são solicitados à Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia") esclarecimentos sobre as
notícias veiculadas no sítio eletrônico do Jornal do Brasil, respectivamente nos dias 22 e 23/08/2016, sob os
títulos "Diretor da Oi é acusado de participar de esquema que prejudicava clientes" e "Justiça do Rio
Grande do Sul aceita denúncia e diretor da Oi vira réu", para expor o que segue.
Em primeiro lugar, a Oi esclarece que, imediatamente após tomar conhecimento das notícias na imprensa,
questionou o Diretor Jurídico da Companhia e foi informada que este não foi intimado acerca do ajuizamento de
uma suposta ação penal sobre o tema mencionado nas notícias. Foi informada, ainda, que, até onde era do seu
conhecimento, já havia prestado todos os esclarecimentos que lhe haviam sido solicitados.
A Companhia reitera os termos da nota de esclarecimento divulgada em 23/08/2016, que está anexa a esta
resposta e ficará disponível para consulta pelos seus acionistas e pelo mercado.
Convém notar que no curso das apurações realizadas pelos órgãos competentes, a Companhia e os seus
representantes legais sempre atuaram de forma proativa, atendendo satisfatoriamente a todos os pedidos de
informação formulados.
Além disso, a Companhia informa que a Décima Quinta Câmara Cível da Comarca de Porto Alegre, no
julgamento da Apelação Cível nº 70067898254, em 18/05/2016, e do Agravo de Instrumento nº 70069669182,
em 10/08/2016, cujos acórdãos estão anexos a esta resposta, já decidiu pela ilegitimidade passiva da Oi em ações
indenizatórias que tratavam da matéria referida nas notícias.
Independentemente dos esclarecimentos do Diretor da Companhia, em reunião realizada nesta data, o Comitê de
Riscos e Contingências solicitou à Auditoria Interna um relato fundamentado sobre o tema.
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A Oi reitera seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados a respeito dos temas aqui
tratados e se coloca à disposição da Comissão de Valores Mobiliários para outros esclarecimentos.
Atenciosamente,
Oi S.A. - Em Recuperação Judicial
Flavio Nicolay Guimarães
Diretor de Finanças e de Relações com Investidores
A teoria do Cavalo de Troia
O BS, de modo figurativo, compara a penetração das OTTs no mundo das Telecomunicações tradicionais à ooorrida
há milênios atrás quando, segundo a lenda descrita por Homero em sua Ilíada,, os gregos se introduziram na cidade
de Troia utilizando um imenso Cavalo de madeira. Este cavalo muito sedutor foi deixado pelos gregos que se pensava
estarem em retirada, nas portas de Troia. A cidade era inexpugnável de modo que os próprios troianos se
encarregaram de leva-lo para o seu interior. Mal sabiam que no bojo do Cavalo estava o valoroso guerreiro Ulisses
com outros bravos gregos. Durante a noite eles saíram pela barriga do Cavalo e o resto é a história conhecida. Os
troianos foram os primeiros a testar na própria pele o, desde então, famoso “presente de grego”.
A "gratuidade" dos "Serviços", incluindo o “zero rating”, é o "Cavalo de Troia" que as OTTs
introduziram no mundo das telecomunicações. O potencial de desestruturação que ela introduz no
ambiente secularmente estabelecido é enorme pois não há como viabilizar qualquer negócio que
não tenha receitas diretas a ele associadas. Contudo, compreende-se que tal ambiente está sujeito
a uma dinâmica resultante das evoluções tecnológicas que não deve sofrer limitações. Desta forma
é essencial encontrar formas de conciliação entre o tradicional e o novo; entre o objeto consolidado
e o moderno; entre a segurança e a incerteza; entre o fato e a possibilidade; entre o real e o desejo.
Tudo isto, no contexto de um mundo cujo destino é estar em permanente e franca evolução que é
a maneira mais sólida de não entrar em perigosa decadência.
WhatsApp assume viés comercial...considerações gerais
Os “serviços” das OTTs e a teoria do Cavalo de Troia
No mundo da Internet tudo costuma ser “gratuito” e com forte apelo ao social. Mas, isto é só início. Depois, como
na lenda do Cavalo de Tróia, os “gregos” conseguem os “aderentes” em número satisfatório e a “operação” fica mais
ou menos consolidada. Então, desponta a “crua” realidade: eles (os aderentes) passam a ser dominados e são
induzidos, quando não compelidos, a concordar com determinadas condições, entre as quais está a concordância
para a utilização de seus dados pessoais para “fins comerciais”.
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Surgem algumas dúvidas que incomodam e para as quais não há resposta imediata: será que é só mesmo para fins
comerciais? Quem poderá ter acesso às informações? Há algum risco desconhecido? O que acontecerá se não
houver tal concordância? Também aparecem situações em que “serviços” antes gratuitos passam a ser pagos. Ou,
em sendo pagos, podem ser auferidos gratuitamente mediante o aceite de algumas condições por parte dos
usuários.
Um exemplo “legado” clássico
O fornecimento de Dados para uma Prestadora de Serviços por parte de seus “ é um ato corriqueiro. Permitir sua
utilização com finalidades distintas daquelas vinculadas à prestação dos serviços é menos convencional. Na prática,
estabelece-se um relacionamento entre as Partes nas quais ambas assumem compromissos mútuos que podem ser
legalmente utilizadas no caso da ocorrência de eventuais divergências. Os dados são essenciais para a prestação dos
Serviços no que tange à operação das Redes e, também, no que diz respeito aos aspectos comerciais.
Tradicionalmente, há garantias contratuais que garantem aos “assinantes” dos Serviços o direito de preservarem os
seus Dados; estes, somente podem ser repassados a terceiros mediante sua expressa autorização.
O caso clássico histórico – e, certamente, menos comprometedor para os “assinantes” – é o fornecimento do número
do telefone nos antigos “Catálogos Telefônicos”. A divulgação dos números dos telefones, obviamente, é uma
necessidade para que as ligações possam ser estabelecidas. Mas, há situações em que os “assinantes” proíbem a sua
divulgação por qualquer razão de interesse particular; passa a valer a exceção, não a regra. Nesse caso, as Prestadoras
são obrigadas a não incluir os números dos telefones nos seus “Catálogos” ou nos Sistemas de “Auxílio à Lista”.
Este é um exemplo “legado” e está associado a algo que ocorria com frequência no passado; nos tempos em que
predominava o Serviço Telefônico Público Comutado – STFC. Atualmente, não se publicam mais os “Catálogos
Telefônicos” que foram substituídos por Versões Eletrônicas. E, na prática, é mínima a possibilidade de encontrar
casos como o referido, ou seja: pessoas que não desejam ter seus números divulgados. Os “Sistemas de Busca” são
atualmente tão poderosos que é quase impossível manter um “segredo” desta natureza. Ademais, o conceito de
privacidade ficou bastante mais flexibilizado com a disseminação das chamadas Redes Sociais. Nelas, as pessoas
“expõem” suas vidas de forma que há algum tempo atrás era inimaginável ocorrer.
Vale lembrar que a publicação dos “Catálogos Telefônicos” era sustentada por publicidade paga, geralmente
associada às atividades comerciais ou profissionais de quem desejasse ter um destaque no “Catálogo” de seu
número telefônico. Em caso contrário, o número seria publicado na forma padrão e gratuita. Este procedimento é
similar ao que ocorre hoje em dia na Internet, porém, com outra “roupagem”.
A diferença básica está na estrutura comercial por trás de tal procedimento. Naquela oportunidade, as Prestadoras
tinham “participação” nas receitas de “exploração” das Listas Telefônicas que era uma atividade “terceirizada”. Vale
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registrar que como se tratava de um “Serviço de Informação” tal “terceirização” poderia ocorrer pois ele estava fora
do escopo da Concessão.
Na prática isto significava que a Operadora dava à terceirizada acesso ao Cadastro de Assinantes, mediante Contratos
que entre outras condições previam o sigilo de dados sensíveis. Ao final, a Operadora ganhava sem necessitar se
desviar de sua atividade precípua de Concessionária Prestadora de Serviços de Telefonia, e a “terceirizada” tinha a
oportunidade de colocar todo o seu potencial de “editora” e de comercializadora de espaços comerciais no sentido
de auferir o máximo de ganho para ela e, por consequência, para a Operadora em razão da sua “participação” no
negócio.
Além disso, os usuários de modo geral teriam acesso a um conjunto de informações úteis mais otimizados pela
“expertise” da Empresa especializada. Como se observa trata-se de um modelo “virtuoso” em que todos ganham.
Tal modelo, para a infelicidade das Operadoras de Telecomunicações, não é o que está sendo desenvolvido no
mundo da Internet.
A essência das divergências
Nos dias atuais da Internet, o exemplo legado continua ocorrendo, porém com roupagem substancialmente
diferente. A palavra “participação” nas receitas não é bem considerada ainda que a Internet, em sua essência, seja
um conjunto de “Serviços de Informação” estruturado em Bases de Dados dos mais diversificados tipos. O conceito
que foi originalmente disseminado – e aceito de modo geral desde o início - foi o de que a Internet é uma “Rede”
diferenciada por tudo o que ela representava de interesse social. Tal aspecto foi rapidamente superado pelos
interesses comerciais envolvidos que, no entanto, foram e continuam sendo “maquiados” pelo antigo viés social da
Rede.
Pelo menos para estabelecer uma correlação, é interessante trazer este exemplo legado para tentar entender as
relações do presente. As OTTs, de forma alguma, querem assumir o papel de “terceirizadas”. Ao contrário, aparecem
como as protagonistas de um “negócio” que é essencialmente delas e do qual as Operadoras das Redes de
Telecomunicações são meras provedoras de “meios” e de algumas outras facilidades necessárias ao funcionamento
do “ecossistema”. Neste contexto, elas se colocam na posição de “Senhor dos Anéis” e tentam impor suas regras da
forma que mais lhes interessa. Desta forma, a “terceirização” é um termo que soa de forma “herética” no universo
das discussões. A “participação nas receitas”, imaginada como um procedimento comercial natural que faça parte
das relações entre as Prestadoras de Serviços de Redes de Telecomunicações e as Empresas que utilizam essas Redes
para oferecerem “Serviços” de “outra natureza”, é evitada a todo custo.
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O significado do WhatsApp
O WhatsApp aparece neste “cenário” porque é, simplesmente, o “Aplicativo” com maior número de usuários em
todo mundo e proporciona, praticamente, todas as facilidades de telecomunicações que eles necessitam: voz, texto,
imagem, e, vídeo. É, sem dúvida, o instrumento que permite o maior nível de integração e de funcionalidades ao
maior número de usuários do Planeta. Possui uma característica universal indiscutível!
Tal nível de abrangência foi alcançada graças às qualidades do Aplicativo que as distinguem de outros similares e à
“universalidade” alcançada que, por sua vez, é função das qualidades. Em sistemas deste tipo que não têm a
obrigatoriedade de se “interconectar” a outros semelhantes é fundamental o nível de “conectividade”
proporcionado pelo próprio Sistema. Esta é uma característica fundamental dos chamados “Sistemas Fechados”
(Customer Systems).
O WhatsApp sendo um “Sistema Fechado” e um eficaz adepto da teoria do Cavalo de Troia, penetra facilmente nos
Sistemas Abertos. Este é o caso das Redes de Telecomunicações de Interesse Coletivo, inclusive, a Rede Telefônica
que, pelo menos nos Brasil, é a mais rigidamente regulada e funciona como uma “Sistema Aberto”. Nestas
circunstâncias surge o questionável conceito que impede o “Regulador” de atuar de forma mais incisiva no Sistema
Fechado ainda que seus Aplicativos permitam funcionalidades idênticas às do Sistema Aberto. O caso clássico desta
questão é o do Skype – o pioneiro – e, atualmente, existem outros, como o mencionado WhatsApp, e outros
similares quando se trata da Telefonia (exatamente a mais regulada).
Assim, as OTTs e os seus fascinantes “Aplicativos” vão se consolidando e o ambiente ganha aspectos evolutivos
fantásticos. É muito difícil – quase impossível – mudar o cenário. Então, torna-se necessário que o “ambiente” seja
“pacificado”, ou seja, que as Partes se entendam. Na verdade, umas não podem existir sem as outras. A questão é
como moldar este “novo mundo” que, por natureza, impõe procedimentos nos quais as Partes não estão dispostas
a fazer concessões entre si. Para poderem, pelo menos, ser aceitas no jogo, as OTTs recorreram à estratégia de serem
“Terceiras Partes” e não “Partes Terceirizadas”. Apesar de parecer uma questão semântica, o conceito é importante
pois ele introduz uma nítida separação entre as OTTs e as “Poderosas” Prestadoras de Serviços de Telecomunicações.
Neste sentido, a estratégia da Neutralidade de Rede foi genial, para dizer o mínimo! As “Terceiras Partes” estão livres
para trafegar pelos “territórios” das “Poderosas” sem qualquer problema. Nem de uma “licença” necessitam! E,
essas “Poderosas” não conseguem se livrar desta amarra, se é que alcançarão tal objetivo. O Cavalo de Troia
funcionou e continua “galopando” nos amplos espaços proporcionados pelas Redes de Telecomunicações. Mas, até
quando esses espaços existirão? A dúvida assola a todos e, provavelmente, será o ponto de partida para que as
Partes encontrem as devidas soluções para os sérios problemas que o Modelo atual proporciona. O Poder
Concedente, pode ter um papel fundamental como Moderador das discussões. E, quando os resultados não forem
alcançados atuar como árbitro como, aliás, é costume em situações desta natureza.
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O WhatsApp mostra a sua face
Com estas considerações parece não existirem dúvidas em relação ao posicionamento do WhatsApp. Ele, apenas,
está seguindo a “cartilha” de todas as Empresas que jogam o jogo das OTTs. Conseguir um “universo” de “aderentes”
compatível com a grandiosidade de suas estratégias e, depois, desenvolver a etapa seguinte do processo. É isto que
está acontecendo no momento.
O BS levanta a questão sob um prisma, deliberadamente provocador na forma como faz considerações sobre a
questão. É conhecido o seu posicionamento no sentido de que não é possível manter o status da questão na forma
como está sendo conduzida. A realidade tem apresentado conflitos sérios, inclusive de ordem judicial, que não
podem ser ignorados ao longo do tempo. A verdade inegável é que o WhatsApp, em algumas de suas
funcionalidades, “destrói valor” dos Serviços de Telecomunicações cujas receitas sustentam o Modelo vigente da sua
prestação.
Não se trata de ser a favor ou contra. Não se deve tolher o processo de inovação e, neste sentido, o WhatsApp e
similares devem ser benvindos no mundo das Telecomunicações. Os usuários devem estar livres para fazer as suas
escolhas e se comunicarem da forma como melhor lhes aprouver. Contudo, não se pode permitir que o Sistema se
autodestrua por inadequações operacionais resultantes de assimetrias que interfiram no equilíbrio do processo
competitivo. Realmente, não cabe o papel de “Terceirizadas” para as OTTs. Mas, da mesma forma, não é razoável
manter as “amarras” das Operadoras de Telecom sob o pretexto de serem “neutras” em relação a essas OTTs.
No caso, a “neutralidade” fere de morte o processo de competição e resulta em irreparáveis prejuízos para o
processo como um todo. Vale sempre lembrar o óbvio: sem Redes de Telecomunicações viabilizadas por Modelos
operacionais justos, não poderão ser oferecidos os maravilhosos Aplicativos proporcionados pela eficiência
inovadora das OTTs.
Na sequência, o BS sugere a leitura de 3 reportagens ( 2 do El País e 1 do Estadão) relacionadas com o WhatsApp e
com a divulgação de que passará a ter uma abordagem mais comercial no seu relacionamento com seus “usuários
aderentes”.
Cómo evitar que Facebook ‘fisgue’ en nuestro WhatsApp
Los usuarios pueden renunciar a que la compañía de mensajería entregue sus
datos a la red social
José Mendiola Zuriarrain
26 AGO 2016 - 08:04 BRT
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La noticia, conocida ayer, fue una bomba para los millones de usuarios de WhatsApp repartidos
por el mundo: Facebook comenzaría a explotar los datos de los usuarios de esta aplicación de
mensajería con fines comerciales. Es cierto que muchos se han llevado las manos a la cabeza ante lo
que parece a todas luces una invasión de la privacidad del usuario, pero no hay que olvidar que
Facebook, empresa propietaria de WhatsApp, vive precisamente de explotar comercialmente la
información de sus usuarios. Sin embargo, se puede renunciar a que este tráfico de datos tenga lugar.
Podemos esperar recibir mensajes en la app con ofertas o contenido que nos
interese
Aunque el equipo de Mark Zuckerberg haya anunciado el cambio de las condiciones de uso del servicio
como un mero trámite administrativo en la relación con el usuario, lo cierto es que se trata de algo
mucho más trascendente.
¿Qué ocurre si decimos 'sí' a ceder nuestros datos?
A no ser que renunciemos expresamente a aceptar las condiciones de los nuevos TOS (condiciones de
uso), los usuarios de WhatsApp que tengan a su vez una cuenta en Facebook podrían comenzar a ver
en la red social publicidad relacionada con empresas o comercios con los que se ha comunicado
mediante WhatsApp. Es decir, que los números con los que contactemos en la app de mensajería serán
monitorizados para luego ofrecernos anuncios más segmentados en nuestra cuenta de Facebook. De la
misma manera, la red social nos propondrá como amigos a usuarios con los que hayamos contactado
mediante WhatsApp.
¿Qué podría suceder en el futuro?
Los celosos de su privacidad tienen más motivos para estar preocupados con las medidas que podría
adoptar WhatsApp de cara a futuro en su intención de monetizar el servicio. Facebook se refiere
abiertamente a la inserción de publicidad en la conocida aplicación de chat afirmando que “todavía” no
se contempla la publicidad por parte de terceros, pero queda claro que se trata de un asunto que se está
considerando. Y por lo que explican en su blog, podemos esperar recibir mensajes en la app con ofertas
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o contenido que nos interese. El gran problema al que se pueden enfrentar los usuarios es que una
herramienta útil y necesaria para la comunicación diaria se vea invadida por anuncios. Tal vez por este
motivo pueda resultar interesante considerar la opción de excluirse voluntariamente de las
comunicaciones comerciales.
¿Cómo renunciar a que se exploten nuestros datos?
Facebook ha dejado la vía abierta para que los usuarios ejerzan sus derechos a renunciar a que se
empleen de manera comercial sus datos, aunque por defecto y si no se indica lo contrario, todas las
cuentas de WhatsApp terminarán formando parte de esta explotación comercial del servicio. Se recibirá
una comunicación con las nuevas condiciones para la aprobación por parte del usuario y con una casilla
marcada: basta con desmarcarla y aceptar para renunciar a la publicidad. Otra manera de hacerlo, si ya
se han aceptado las condiciones, es accediendo a los ajustes desde la aplicación y ahí desmarcar la
casilla “compartir la información de mi cuenta”, aunque esto último debe hacerse antes de los 30 días
siguientes a haber aceptado las condiciones.
Facebook tendrá acceso al número de teléfono de los usuarios de Whatsapp
La compañía de mensajería es propiedad de la red social desde 2014
Madrid 26 AGO 2016 - 04:03 BRT
Whatsapp compartirá con Facebook el número de teléfono de sus usuarios, así como información acerca
de la frecuencia con la que éstos utilizan el servicio de mensajería instantánea; entre ellos, la última
hora de conexión. La compañía de mensajería que Facebook compró en 2014 por 13.800 millones ha
anunciado hoy un cambio en sus términos de uso y política de privacidad que contempla este
intercambio de información entre Whatsapp y la red social. Es el primer cambio en la política de
privacidad desde que la compró la compañía de Mark Zuckerberg.
"Como una empresa filial de Facebook, en los próximos meses comenzaremos a compartir información
que nos permita coordinarnos mejor y con ello mejorar la experiencia entre servicios. Ésta es una
práctica típica entre compañías que son adquiridas por otras", explica Whatsapp en un comunicado.
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Los usuarios de Whatsapp tienen 30 días para aceptar las nuevas condiciones
Según la compañía, esta maniobra tiene distintos objetivos: mejorar la eficacia publicitaria sirviendo
anuncios que sean más relevantes para los usuarios de Facebook y sugerencias para conectar con
personas conocidas y, por otra parte, combatir abusos y mensajes no deseados en Whatsapp.
También Instagram
El servicio reconoce que otras empresas filiales de Facebook, como Instagram, podrán usar asimismo
la información de Whatsapp para "actividades diversas", como sugerir qué cuentas seguir. Los usuarios
del servicio de mensajería podrán negarse a que sus datos se empleen para "mejorar experiencias
respecto a anuncios y productos", pero no a que Facebook conozca su número de teléfono y sus patrones
de actividad en Whatsapp.
Facebook asegura que los mensajes cifrados continuarán siendo privados y que
no venderá, compartirá o dará el número de teléfono de los usuarios a los
anunciantes
"Por el momento no tenemos planes de compartir con Facebook otra información opcional que nos
proporciones, tales como tu estado, nombre o foto de perfil. Tampoco guardamos tus mensajes una vez
que fueron entregados", subraya la compañía, que insiste en que pese a los cambios operará "como un
servicio independiente".
Además, recalca que los mensajes cifrados continuarán siendo privados -también para los ojos de
Whatsapp- y que no venderá, compartirá o dará el número de teléfono de los usuarios a los anunciantes.
A partir de hoy
Los clientes de Whatsapp recibirán a partir de hoy una notificación con los nuevos términos de
privacidad, momento a partir del cual dispondrán de 30 días para aceptarlos en el caso de que deseen
seguir utilizando la aplicación.
Se trata del primer cambio de la política de privacidad del servicio en cuatro años. Según Whatsapp,
estas modificaciones responden a sus "planes para probar alternativas de comunicación entre usuarios
y empresas en los próximos meses", así como para reflejar que son una compañía propiedad de
Facebook.
Esa comunicación con empresas contemplará supuestos como que una compañía aérea informe, vía
Whatsapp, de la cancelación de un vuelo o un banco de una transacción fraudulenta. Aun así, ha querido
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dejar claro que seguirá sin haber anuncios en Whatsapp y ha prometido que la experiencia comunicativa
con compañías eludirá los mensajes no deseados.
Tras el anuncio realizado por Whatsapp, la Agencia Española de Protección de Datos (AEPD) ha
confirmado que está analizando los cambios de la política de privacidad del servicio.
WhatsApp vai permitir envio de mensagens por empresas
Objetivo será intermediar a comunicação entre marcas e seus consumidores, algo que já
acontece dentro do aplicativo de maneira informal
25/08/2016 | 09h57
Por Claudia Tozetto - O Estado de S.Paulo
Estadão
Mudança é o primeiro passo do WhatsApp para tornar o serviço rentável
O aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp anunciou nesta quinta-feira, 25, uma grande mudança em
seus termos de serviço e em sua política de privacidade. Um aspecto importante dessa mudança se refere ao
primeiro passo do WhatsApp para tornar o serviço rentável. Atualmente, o serviço não tem receita, uma vez que
não cobra pelo acesso dos usuários, mas também não exibe publicidade de terceiros dentro do aplicativo.
Segundo o WhatsApp, nos próximos meses, a empresa vai começar a testar novas ferramentas que serão
oferecidas à empresas. O objetivo será intermediar a comunicação entre marcas e seus consumidores, algo que
já acontece dentro do aplicativo de maneira informal.
Ainda não há uma data para o lançamento dos primeiros recursos para empresas. "Nós precisávamos alterar os
termos de uso antes", disse Matt Steinfield, diretor de comunicação global do aplicativo. "Porque até agora não
permitíamos que as empresas usassem o serviço." A restrição tem levado a empresa a excluir do serviço diversos
números de celulares usados por empresas para distribuir propagandas -- até mesmo veículos de comunicação
que passaram a usar o serviço para distribuição de notícias têm sido bloqueados pela rede social.
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Nos novos termos de uso, a empresa dá algumas dicas de como o WhatsApp para empresas vai funcionar e tudo
indica que será de forma bastante parecida com o Facebook Messenger. A empresa afirma que "irá explorar
novas maneiras para que as pessoas possam se comunicar com empresas no WhatsApp". Entre os exemplos
citados, a companhia afirma que o usuário poderá receber alertas sobre entrega de pedidos, informações do status
de voo ou um recibo de um produto que adquiriu.
Ao que parece, algumas dessas informações poderão ser enviadas não por pessoas, mas por robôs virtuais que
vão se comunicar com os consumidores por meio dos aplicativos de mensagens. O movimento é óbvio uma vez
que o Facebook já desenvolveu a tecnologia para seu mensageiro e diversas empresas -- que vão de operadoras
de telecomunicações a companhias aéreas -- já desenvolveram robôs específicos para interagir com os clientes
por meio da rede social.
Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP e Considerações sobre
Compartilhamento
A FIESP promoveu em 16/08/16 o “Workshop Infraestrutura – Telecomunicações/16” com o tema:
“Obstáculos para a Digitalização das Cidades”. Participaram representantes de Associações das
Operadoras; das Detentoras de Infraestrutura; de Agências Reguladoras; da Prefeitura de S. Paulo;
e de especialistas da Área.
Foi, sem dúvida, um evento oportuno, considerando as dificuldades com as quais se depara o Setor
de Telecomunicações para fazer instalações de sua infraestrutura nas cidades brasileiras. Isto, sem
contar a “confusão” generalizada que se verifica com tal infraestrutura, facilmente constatável in
loco nas mais diversificadas situações. Tanto no segmento “Com Fio” (cabos em postes de energia
elétrica) como no segmento “Sem Fio” (instalação de novas ERBs e regularização das já existentes).
O BS sente-se à vontade para abordar o assunto, pois seus leitores estão acostumados com os
comentários que vem sustentando há algum tempo quanto às “inconveniências” da instalação
exagerada de cabos telefônicos em postes de energia elétrica nas grandes metrópoles brasileiras.
E, de forma velada tem feito ponderações sobre as deficiências das políticas de compartilhamento
de infraestrutura que, de certa forma, têm-se mostrado inadequadas e, por vezes, desordenadas a
despeito das boas intenções que cercam a sua elaboração e aplicação.
Por oportuno, vale registrar os comentários da edição anterior de BS (Nº 26/16) colocados no item
”UM LEGADO INDESEJÁVEL - AS LINHAS TELEFÔNICAS INSTALADAS EM POSTES”. Também tem correlação
com o assunto o item “China Mobile implanta 200.00 ERBs no 1º Semestre de 2016”, do
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do mesmo BS 26/16, focado na situação dos Sistemas Móveis.
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No caso dos Sistemas “Sem Fio”, são por demais conhecidas as restrições das legislações locais de
grandes cidades brasileiras que dificultam, quando não impedem, a instalação de novos Sites. Isto
ocorre a partir de argumentos na maioria das vezes subjetivos e inconsistentes, sustentados por
pessoas e Entidades que defendem ativamente – até com boa fé – “causas” de que têm
pretensamente cunho “social”.
Estas “causas” têm sido contempladas em tais legislações, sem levar em consideração os efeitos
sobre outras atividades essenciais à coletividade que, da mesma forma, também carregam o
“interesse social”. Aliás, “interesse social” é uma expressão que permeia toda a legislação do Setor
de Telecomunicações, atribuindo-lhe características essenciais que não podem ser desprezadas
quando o tema é avaliado concretamente. Portanto, é o “social” pelejando contra o “social” num
jogo em que ao final todos perdem.
Tal “ativismo” acaba por ter efeito oposto ao desejado por prejudicar o atendimento à população e
às atividades produtivas em algumas de suas necessidades básicas, principalmente quando as
pessoas estão se deslocando. Além disso, provoca problemas de ordem econômica pela redução de
investimentos no Setor, impactando a disponibilidade dos Serviços demandados pelos cidadãos que
gerariam mais receitas, e por consequência, mais impostos se os Serviços fossem oferecidos em
escala mais abrangente e volumosa.
A Lei das Antenas (Lei Nº 13.116/15) passou a ser um instrumento poderoso para sustentar novos
rumos na condução do assunto. No entanto, sua aplicabilidade ainda carece de regulamentação a
nível Municipal, pois a Legislação Federal não pode ser impositiva em relação a assuntos da alçada
exclusiva dos Municípios, como é o caso das instalações físicas de infraestrutura de serviços
públicos, e do que se convenciona denominar “mobiliário urbano”.
A oportunidade do evento antes ressaltada está bem caracterizada na temática e na ênfase dos
palestrantes no sentido de se desenvolverem soluções rápidas para o assunto, chegando a
identificar os casos das cidades brasileiras onde o quadro é mais crítico.
Na ocasião, foi divulgado o Guia de “Modelos de Instalações de Estações Transmissoras de
Radiocomunicação e suas Infraestruturas de Suporte“ desenvolvido pelo CPqD, com suporte do
Sinditelebrasil e da Abrintel. Trata-se de um documento que pretende ser um instrumento de
suporte para esclarecer ao público e às autoridades pontos essenciais da questão e com isto facilitar
as discussões de forma mais expedita.
O conteúdo das Palestras pode ser obtido acessando o link fiesp/workshop-infraestrutura-
telecomunicacoes-agosto16.
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Compartilhamento de Infraestrutura
Em relação à questão do “compartilhamento de infraestrutura” é obrigatória a menção ao
estabelecido na LGT – Lei Geral de Telecomunicações – que estabelece:
Art. 73. As prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo terão direito à utilização
de postes, dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados por prestadora de serviços de
telecomunicações ou de outros serviços de interesse público, de forma não discriminatória e a preços
e condições justos e razoáveis. (Vide Lei nº 11.934, de 2009)
Parágrafo único. Caberá ao órgão regulador do cessionário dos meios a serem utilizados definir
as condições para adequado atendimento do disposto no caput.
Art. 74. A concessão, permissão ou autorização de serviço de telecomunicações não isenta a
prestadora do atendimento às normas de engenharia e às leis municipais, estaduais ou distritais
relativas à construção civil. (Redação dada pela Lei nº 13.116, de 2015)
Em razão destas disposições, observa-se a clara preocupação do legislador quanto ao conceito de
compartilhamento da infraestrutura dos serviços de interesse público. Desta forma tornou-se
necessária a coordenação entre as Prestadoras de Serviços de Interesse Coletivo do Setor de
Telecomunicações e as Detentoras da Infraestrutura que fossem “prestadoras de outros serviços de
interesse público”, como é o caso das Concessionárias de Energia Elétrica e das Concessionárias com
Direito de Passagem (Rodovias, Oleodutos, Gasodutos, Adutoras).
Cabe ressaltar os cuidados do legislador ao estabelecer que “caberá ao órgão regulador do
cessionário dos meios a serem utilizados definir as condições para adequado atendimento do disposto
no caput”.
Não por outra razão, e sem entrar nos detalhes dos trabalhos desenvolvidos, deve se fazer registro
de algumas atividades conjuntas desenvolvidas pelos Órgãos responsáveis dos diversos Setores
envolvidos:
Resolução Conjunta nº 1, de 24 de novembro de 1999 - Regulamento Conjunto para
Compartilhamento de infraestrutura entre os Setores de Energia Elétrica, Telecomunicações
e Petróleo.
Resolução Conjunta nº 2, de 27 de março de 2001.
Resolução Nº 274/2001 (Anatel) (em Consulta Pública para revisão).
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Resolução Conjunta nº 4, de 16 de dezembro de 2014 (basicamente para estabelecer o preço
máximo de utilização de postes).
A despeito destas iniciativas é fundamental registrar os problemas que ainda persistem, no
importante caso da utilização dos postes, cuja síntese está em um dos slides apresentados pelo Eng.
Abraão Balbino, em sua participação no evento referido:
Problemas dos Postes
Ocupação desordenada, clandestina, fora dos padrões técnicos
Dificuldades de acesso, falta de isonomia de preços, preços altos.
Um dos enfoques centrais das Palestras do evento mencionado continua sendo o
“Compartilhamento de Infraestrutura”. Aliás, a Lei das Antenas está completamente pautada neste
princípio de forma que o conceito não pode ser ignorado. Isto, no entanto, não elimina a
necessidade de cuidadosa atenção em relação à sua aplicação.
Na verdade, a Lei das Antenas fala em “infraestrutura de suporte” conforme estabelecido no seu
Art. 3º:
Art. 3º - Para os fins desta Lei, adotam-se as seguintes definições:
VI -infraestrutura de suporte: meios físicos fixos utilizados para dar suporte a redes de telecomunicações, entre os quais postes, torres, mastros, armários, estruturas de superfície e estruturas suspensas;
E, no seu Art. 14 é colocada a obrigatoriedade do compartilhamento da “capacidade excedente da infraestrutura de suporte”, da seguinte forma:
Art. 14 - É obrigatório o compartilhamento da capacidade excedente da infraestrutura de suporte, exceto quando houver justificado motivo técnico.
Estas referências são feitas para enfatizar a importância que a legislação e a regulamentação
decorrente dão à questão do compartilhamento. O conceito, em sim mesmo, é oportuno e deve ser
incentivado. Ocorre que o conceito é necessário, mas não suficiente. Há que considerar o que está
sendo compartilhado e a forma como isto ocorre.
Vale lembrar que o compartilhamento já era importante nos tempos do monopólio das
telecomunicações. Só que naquela época, no caso dos postes, eram praticamente duas Empresas
que estavam envolvidas: as Concessionárias dos Serviços de Telecomunicações e de Energia Elétrica.
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Posteriormente, chegou em alguns poucos pontos uma terceira: a Empresa de TV a Cabo. Nestas
circunstâncias era relativamente fácil manter o processo sob controle.
Com a privatização das telecomunicações e a competição que se estabeleceu no Setor com a
entrada de novas Operadoras, a situação ficou mais complicada e, praticamente, saiu de controle
em alguns casos. As próprias Concessionárias foram compelidas a determinadas obrigações que as
obrigou a uma utilização mais intensa da posteação.
A falta de uma política – ou incentivo – para o emprego de galerias subterrâneas, nos casos de maior
densidade de cabos, contribuiu para colocar os postes como única alternativa. Neste particular,
devem ser considerados como agravantes as dificuldades de obtenção de licenças para a construção
das galerias por parte das Prefeituras; os altíssimos custos envolvidos que não poderiam ser
suportados por uma única Operadora; e, os prazos de atendimento à demanda que não permitiam
longas esperas, inclusive com possibilidade de penalização por parte do Regulador, caso não fossem
atendidos.
Estas considerações vêm a propósito dos reais problemas com os quais se defronta o Setor no que
se relaciona, principalmente, às instalações de cabos telefônicos e de TV a Cabo, em postes, e às de
Torres dos Sistemas Móveis Celulares. Em determinadas situações parece ter se atingido a
saturação. Desta forma, o BS retorna ao tema para, mais uma vez, enfatizar a necessidade de ações
conjuntas para se equacionar a longo prazo esta questão. O fato pode ser agravado com as
iniciativas em andamento visando transformar as cidades em “ambientes inteligentes”.
02. UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA
O Programa Banda Larga para Todos não teve evoluções significativas pelas razões expostas nos BS
editados até o Nº 13/16. Na verdade, dá agora para perceber que se tratava mais de um Plano
“midiático” do que propriamente algo estruturado para um desenvolvimento consistente.
O anterior Ministro das Comnicaões parece ter percebido as dificuldades e tentou imprimir um
status mais atual ao Programa procurando, quem sabe, marcar a sua administração. Neste sentido
foi lançado o Programa “Brasil Inteligente” que, no entanto, foi “atropelado” pela sua saída da Pasta
em razão das mudanças político institucionais pelas quais passa o País. O Programa certamente será
“revisto” pelo Ministro Kassab se é que ele será simplesmente considerado.
A questão básica é que o PPA 2016 – 2019 não contemplava recursos significativos para este
Programa. Agora, deve-se esperar o posicionamento do Ministério do Planejamento para se
verificar os rumos que tal PPA tomará. Note-se que havia um potencial esforço dos Ministérios da
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Fazenda e do Planejamento na administração anterior no sentido de dar um status diferenciado ao
Setor de Telecomunicações procurando atrair investimentos da iniciativa privada.
Este enfoque parece ter sido mantido e, até, incrementado com as intenções estabelecidas no
Programa PPI, do Governo em Exercício.
Merece registro a Portaria Nº 1.455, do Ministério das Comunicações, comentada no item inicial do
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16, que ainda está em vigor. Muito provavelmente
tal Portaria será “revisitada” pelo novo Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
De qualquer maneira o BS manterá o texto que trata do PPA 2016 – 2019. Até para comparação com
eventual revisão que vier a ser emitida. Não há dúvidas que algumas alterações devem ser
introduzidas até para estabelecer níveis de prioridade que certamente serão distintas entre os dois
Governos.
PPA 2016 - 2019
O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas
metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a
Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul).
Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.
No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio)
tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga
no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas.
Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem
como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam
de forma categórica em sentido contrário!
Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades
do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras
educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e
outros de menor relevância.
Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais
condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por
ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde
que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da
crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são
animadoras.
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Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede
Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de
redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes
projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra
incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas
quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este
aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.
Os fatos reais cada vez mais apontam no sentido de a Telebras enfrentar dificuldades de difícil
transposição devido à falta de recursos. Muito dificilmente, ela disporá de recursos públicos para o
desenvolvimento de novos projetos e as condições de acesso ao mercado financeiro, no momento
são praticamente inexistentes.
No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem
parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição
anterior. No entanto, as iniciativas para implementar tais medidas correm com velocidade reduzida.
03. NOVOS CABOS SUBMARINOS
Não houve comentários púbicos sobre este assunto na semana. O texto anterior é mantido como
referência por se tratar de tema que tem um relativo interesse para o País por tratar de Backbones
Internacionais que criam novas alternativas de interligação entre o Brasil (e o Continente Sul
Americano) e as Américas do Norte e Central, bem como a Europa e a África diretamente e a Ásia,
indiretamente.
A mais recente novidade foi o anúncio do lançamento de um novo Cabo Submarino interligando as
Américas, com terminações no Brasil, em Fortaleza e Rio de Janeiro (Ver “Brusa – Novo Cabo
Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS
08/16. Nesta semana surge a informação da construção do Data Center da Telefónica em Virginia
Beach, conforme posto no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 015/16.
Na semana anterior à emissão do BS Nº 10/16, foi anunciado o lançamento do Cabo Submarino
entre o Brasil e Angola (ver ”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA
do BS Nº 10/16). Um evento, realmente, importante em sendo efetivamente concretizado e posto
em operação no contexto mundial das telecomunicações.
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Não têm sido, divulgadas novas informações em relação ao Cabo Submarino que interligará o Brasil
à Europa, em função de um investimento conjunto da IslaLink e da Telebras, objeto de comentarios
em BS anteriores.
Debe-se registrar a noticia recente anotada no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA dO BS Nº 16/16
sob título: “Novo Cabo Submarino Transatlântico” com informações adicionais no BS Nº 17/16.
Sugere-se atentar também para o item “Compartilhamento de infraestrutura de Cabo Submarino”
publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16).
Até o momento não houve nenhum pronunciamento da nova Diretora da Telebras sobre o Projeto.
Em função dos compromissos já assumidos não há como retroagir no seu desenvolvimento. Mas,
um posicionamento da Companhia seria interessante no sentido de indicar claramente para o
Mercado quais são os propósitos efetivos da Parceria Público Privada que se estabeleceu entre a
Estatal brasileira e uma Empresa privada Europeia.
Adicione-se a este fato o caráter estratégico do Cabo em questão, o primeiro de Fibras Ópticas a
ligar o Continente Sul Americano ao Europeu. Vale lembrar os esforços que a Comunidade Europeia
fez junto ao Governo brasileiro para que o Projeto se concretizasse. Um processo que já se prolonga
por mais de 5 anos.
04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL
Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as
Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim
mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.
Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura
do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.
Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case
Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede
Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo
como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos
Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento
integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação
instalada em condições precárias.
Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte
do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16.
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Sugere-se também a leitura do item “O Jogo do 5G na Europa e desdobramentos no mundo”
publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16.
05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA
Este tema também continuará sendo mantido na forma de edições anteriores do BS por se tratar
de assunto de interesse geral e multidisciplinar no contexto das Empresas Prestadoras de Serviços
de interesse público.
A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O
compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites
implantados de maio de 2009 em diante.
Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do
compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO
SEMANA No. 13/15.
Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e
sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E
O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.
Sugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no
COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 04/16.
Sugere-se, ainda, a leitura do item “Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP
e Considerações sobre Compartilhamento” no BS Nº 27/16.
06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015
Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do
RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei
aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de
regulamentação em Consulta Pública.
A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que
já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm
dificuldades em fazê-lo.
No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15
“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências
relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o
Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.
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07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL
Continuam as atividades para a migração em Brasília, nas Cidades Satélites do DF e Cidades do
Entorno do DF, no Estado de Goiás. A previsão é que ocorra no final do ano. No Projeto Piloto de
Rio Verde as atividades estão praticamente encerradas e o Projeto é dado como concluído. O Gired,
finalmente, tomou a decisão em relação ao Set-top Box que será distribuído às famílias elegíveis
(ver “O Set-top Box terá o Ginga numa versão light” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS
Nº 26/16).
08. A REVISÃO DO MODELO – O NOVO AMBIENTE DAS COMUNICAÇÕES
A Comissão do Minicom, na prática, encerrou os seus trabalho com a assinatura da Portaria Nº
1.455, de 8 de abril de 2016, que mereceu rápida referênia no item inicial do COMENTÁRIO GERAL
DA SEMANA do BS Nº 10/16.
Conforme mencionado, a referida Portaria estabeleceu diretrizes para a Anatel se posicionar em
relação ao assunto. O BS continuará monitorando e irá fazendo os comentários na medida em que
houver alguma divulgação sobre o andamento dos trabalhos. Com a nomeação do Ministro Gilberto
Kassab para o Ministério que passa a cuidar dos assuntos de telecomunicações é bem provável que
novas políticas ou novos rumos sejam aplicados ao Setor.
Há toda uma expectativa de que isto possa ocorrer no sentido de se criarem condições mais
propícias à alavancagem dos investimentos em ampliação e inovação das Redes existentes.
Comentários desenvolvidos nesta edição do BS são animadoras neste sentido. Somente assim será
possível atender aos anseios e necessidades cada vez maiores da sociedade brasileira por Serviços
mais abrangentes, com qualidade de padrão internacional e custos mais razoáveis dos que são
atualmente praticados. A questão da Banda Larga Ilimitada introduziu um parâmetro adicional de
discussão que, até então, não tinha tanta proeminência.
O encaminhamento das discussões que envolvam um possível equacionamento da elevada carga
tributária incidente sobre a prestação de Serviços de Telecomunicações também é um elemento
indispensável a ser considerado nem que seja numa visão escalonada de longo prazo.
De qualquer forma, mantém como referência alguns texto comentados em BS anteriores, de uma
maneira ou outra, relacionados com o assunto. Por conveniência dos leitores, os mesmos estão
abaixo indicados e relacionados.
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REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)
REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)
REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e no SMP (BS 01/16)
REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)
REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)
08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16). 08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16).
09. APLICATIVOS DE VOZ E SUAS REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC E NO SMP
O BS apresenta considerações sobre este tema já tratado em edições anteriores e sobre as quais
coloca algumas ponderações adicionais, tendo em vista os movimentos que vêm ocorrendo sobre
o tema na atualidade.
Historicamente, o Serviço de Voz (Telefonia) foi bastante regulado; durante cerca de cem anos, a
partir do final do Século XIX, foi dominante nas telecomunicações públicas o que lhe dava um
caráter de essencialidade e de fundamental interesse público. Somente nos últimos 30 anos
começaram a surgir outros serviços (proporcionados pelas chamadas Redes de Dados) que se
apresentavam como alternativas de telecomunicação ao Serviço de Voz. As Redes IP surgiram como
uma revolução sistêmica impactante já na passagem para o Século XXI. Esta realidade tem
características universais, mas teve um desenvolvimento próprio em cada País ou Região do
Planeta. O Brasil não foi diferente!
Assim, é plenamente compreensível que a atual regulamentação do Setor ainda esteja fortemente
condicionada pelos aspectos ligados à transmissão dos sinais de voz. Que, além disso, apresenta
dois pontos singulares bastante significativos, inclusive no contexto regulatório: a) é a forma natural
de comunicação direta entre pessoas e a mais tradicional entre os menos jovens; b) a comunicação
é em tempo real, o que impõe latência mínima na transmissão desses sinais e se transforma em
uma imposição importante na operação das redes. Mas, também se entende a ocorrência de
distintos estágios de evolução de um processo no qual a voz perde sua predominância, mas continua
a ter um papel importante nas comunicações pessoais.
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O Modelo Está no Foco
No Brasil, a Lei Geral das Telecomunicações foi concebida em uma época (segunda metade da
década de 90) na qual a Telefonia – como descrito anteriormente - era o serviço dominante e a
referência para o estabelecimento das políticas de governo em relação ao Setor. Ainda que já se
conhecesse a Internet e o seu potencial futuro na evolução das Telecomunicações, o Modelo que
sustentou a elaboração e promulgação da LGT foi formulado tendo como base a Rede Telefônica e
o Serviço por ela proporcionado.
Aspectos basilares desse Modelo, como os da continuidade e da universalização na prestação do
serviço estão claramente concentrados no Serviço de Voz, tecnicamente denominado STFC – Serviço
Telefônico Fixo Comutado. Um outro ponto essencial do Modelo é o fomento de ações que
permitam uma competição efetiva na prestação dos Serviços.
Fica evidente que não se pode “fechar os olhos” para esta questão a partir de uma avaliação
simplista calcada no princípio de que a evolução tecnológica é inevitável. Trata-se de um fato óbvio,
mas não se podem desprezar aspectos fundamentais associados à previsibilidade regulatória que é
básica para o desenvolvimento dos negócios do Setor.
Não se defende uma regulação estática que crie barreiras à evolução tecnológica; mas, por outro
lado, não se devem aceitar interpretações ou evoluções ligeiras, ajustadas a determinados
interesses de momento, deste ou daquele segmento. A estabilidade regulatória é um conceito
fundamental para aqueles que investem em qualquer Setor.
Também não se defende uma postura regulatória que elimine os riscos do negócio, mesmo porque
um dos aspectos relevantes deve ser o incentivo à competição na prestação dos serviços; esta
competição, por si só, é fonte de tais riscos em razão das disputas de mercado inerentes ao
processo.
O STFC Não É Mais O Mesmo
Sintetizando os comentários anteriores e focando na situação brasileira pode-se constatar em forma
de itens:
I.O ambiente regulatório no que tange aos aspectos do interesse público é pautado pelo Serviço de
Voz (STFC), daí ser o único explorado sob Regime de Concessão e altamente regulado;
II. Ligações de voz vêm sendo feitas pelos usuários sem caracterizar que sejam STFC, portanto sem
o mesmo nível de regulação ou sem regulação; isto permite custos mais baixos para os usuários, e,
em grande número de vezes, sem custos (ligações gratuitas);
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III. A evolução da utilização dos Sistemas Sem Fio e de novas facilidades introduzidas – veja-se os
exemplos que baseiam os presentes comentários - permite aos usuários alternativas para ligações
de voz que o levam, inclusive, a dispensar o telefone fixo tradicional;
IV. A crescente disponibilização de acessos para a TV por Assinatura via Cabo também provoca ações
neste sentido com a oferta dos chamados Planos “Combo”, nos quais as ligações de voz estão
inseridas, muitas vezes também de forma gratuita, numa prática usualmente introduzida sob a
forma de “franquia”;
V. Estes movimentos levam à progressiva e irreversível redução do número de telefones STFC (das
Concessionárias), bastante regulados, e ao aumento de telefones NÃO STFC (Autorizadas) com
pouca regulação. Números divulgados na semana indicam que nos últimos 12 meses o STFC perdeu
cerca de 1 milhão de usuários;
VI. O mercado vem aderindo a esta tendência pacificamente ainda que haja facilidades nos
telefones STFC (decorrentes de obrigações regulatórias) que não são observadas nos demais casos,
criando uma assimetria regulatória e uma duvidosa situação em relação aos direitos dos usuários,
alguns deles vinculados ao “interesse público” que é um dos conceitos básicos para a existência da
Concessão;
VII. No limite, a tendência inevitável é a inviabilização ao longo do tempo dos telefones STFC
(portanto perdendo sentido a figura da Concessão) e a dominância de outras formas que permitam
efetivar as ligações de voz. Neste particular, é interessante registrar que situação análoga ocorre
em outros países onde a transição vem se deparando com dificuldades e particularidades específicas
de cada caso que impõe alguma forma de intervenção dos Reguladores, como deverá ocorrer aqui;
VIII. Cabe reiterar que a figura da Concessão tem atrelados alguns fundamentos básicos, como é o
caso de: continuidade, universalização, padrões de qualidade, teto de preços; todos eles associados
à prestação do STFC, que está em “decadência”, e sendo substituído por outras alternativas nas
quais predominam “regras de mercado”, nas quais não se fazem presentes tais fundamentos, como
já foi mencionado;
IX. A possibilidade de utilização dos meios físicos das Redes do STFC para suportar canais digitais
que permitam o acesso à Internet (xDSL) está em progressiva involução. Ainda que a tecnologia dos
dispositivos xDSL tenha tido incríveis avanços a deterioração dos meios físicos (falta de manutenção
adequada e não instalação de novos cabos de fios de cobre) não tem permitido a obtenção das taxas
de transmissão necessárias para os novos Aplicativos, em condições técnicas e econômicas
razoáveis. Esta etapa do processo de transição – pelo menos no Brasil – perdeu o timing de sua
aplicabilidade e, portanto, parece não ser uma alternativa que mereça ser considerada em termos
práticos nos projetos das redes de acesso do futuro imediato, pelo menos como solução massiva;
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X. Esta consideração induz à conclusão de que o “interesse público” nas Redes do Futuro não deve
estar condicionado somente às redes físicas (cabeadas) pois a essencialidade de determinados
serviços ou aplicativos estará também associada às Redes Sem Fio. Somente para referir casos mais
evidentes, vale mencionar os sistemas de monitoração em tempo real de dados médicos de um
paciente que sofre de algum mal sistêmico; de alguma informação relacionada à segurança física
das pessoas; ou, do monitoramento de um bebê em casa com sua “Babá”;
XI. A Concessão, por sua vez, não é uma figura abstrata; seus fundamentos estão materializados em
“Contratos” que condicionam as Partes (Concessionárias e Poder Público Concedente) a
determinadas obrigações; nestas condições é evidente que os riscos podem atingir a ambas as
Partes, não se devendo desprezar a figura do “equilíbrio econômico-financeiro” dos Contratos,
costumeiramente relegado a um segundo plano nas considerações feitas sobre o assunto;
XII. Nestas circunstâncias, o caso do Brasil apresenta detalhes que, provavelmente, não encontram
paralelo em outros países e, portanto, devem encontrar soluções próprias, inclusive levando em
conta as políticas nacionais para o Setor. Em outras palavras: no caso particular do nosso País, a
questão não assume somente contornos regulatórios; existem os de ordem contratual que, por
natureza, são de longo prazo. Desta forma, eventuais mudanças regulatórias não podem
desconsiderar a realidade destes contratos de Concessão que ainda têm prazo remanescente de
vigência de 10 anos;
XIII. Uma das particularidades que polariza as atenções de muitos segmentos é a questão dos “Bens
Reversíveis”. Trata-se de um “arranjo” adaptado às circunstâncias brasileiras que deveria servir tão
somente como uma “proteção” na eventualidade da ocorrência de situações extremas na vida
empresarial da Concessionária; mas, acabou se transformando no ponto nodal das discussões
dentro de uma visão patrimonialista que, muito provavelmente, não era a intenção do legislador
original. O foco, sempre foi a prestação do Serviço e o cumprimento de determinadas obrigações
contratualmente estabelecidas; o que, de uma forma ou outra foi realizado. Um certo impasse fica
estabelecido quando se geram expectativas de realizar avanços na prestação de Serviço na
formatação do Regime de Concessão, mas com características bem diferentes do STFC, utilizando a
Rede que lhe dá suporte à qual estão associados os tais Bens Reversíveis;
XIV. O detalhe óbvio é como manter as premissas do “interesse público” nas condições que já se
vislumbram, entre elas o inexorável decaimento do STFC, ao longo do tempo. E, este é um outro
aspecto fundamental: é extremamente difícil imaginar que se dará fim ao STFC de um momento
para outro e substituí-lo (ou não) por outro Serviço com características diferentes. Na verdade, este
é um dos aspectos do dilema com o qual se deparam os Reguladores de todo o mundo;
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A sequência de considerações feitas – que poderiam ser ampliadas – leva à conclusão de que o STFC
já apresenta insuficiências incontornáveis para considera-lo a base do Serviço que reúne as
características de uma Concessão dos tempos atuais. Apresenta-se, então, a questão óbvia
relacionada com o impasse anteriormente mencionado: como se pode encaminhar o caso na busca
de uma solução que atinja os objetivos preconizados?
O Encaminhamento das Ações
São bastante oportunos os movimentos para se discutir a situação dos Contratos de Concessão
atualmente vigentes, sob a perspectiva de seu escopo limitado, diante das necessidades presentes
e futuras dos usuários dos serviços. Neste sentido a Comissão formada no Ministério das
Comunicações tem um abrangente trabalho a enfrentar. Também são louváveis os esforços da
Câmara dos Deputados na tramitação do PL Nº 3.453/2015, do Deputado Daniel Vilela.
Uma das questões básicas á a definição se haverá ou não um Serviço a ser explorado em Regime
Público (portanto com Contrato de Concessão) que supra os fundamentos do “interesse público”
para os Acessos de Banda Larga. O SCM – Serviço de Comunicação Multimídia – já está
regulamentado, mas a sua prestação é feita exclusivamente no Regime Privado. E, como
consequência, se o STFC seria mantido na condição de exploração no Regime Público como está
previsto na legislação (e não somente na regulamentação) atual.
Um movimento desta natureza exige discussões profundas, inclusive de ordem econômica tendo
em vistas os vultosos investimentos que se fazem necessários. Sobre este aspecto, o BS já fez
comentários específicos em edições anteriores tendo lançado a quantia de referência de $200
bilhões a ser investida no Setor de Telecomunicações brasileiro nos próximos 10 anos.
O BS não consegue vislumbrar a possibilidade de se criar um Modelo deste tipo para o Serviço de
Acesso à Banda Larga como aconteceu há cerca de 20 anos atrás com o STFC. Naquela oportunidade
havia circunstâncias que poderiam tornar atrativa a celebração de Contratos de Concessão na forma
conhecida. Contudo, a longa duração do Contrato (com a prorrogação) acabou transformando em
desvantagem aquilo que, à época, era considerado vantajoso, ou, pelo menos, viável para ambas as
Partes;
Do ponto de vista das Redes as mudanças ocorridas desde aquela época foram notáveis de modo
que uma iniciativa desta natureza necessariamente deveria considerar também o Acesso à Banda
Larga Sem Fio. Como se sabe, o Modelo para implantação dos Sistemas Móveis foi totalmente
concebido para ter sua exploração no Regime Privado em ambiente de plena competição. Seria um
retrocesso introduzir o Regime Público nestes Sistemas;
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A continuidade da prestação dos Serviços parece não ter atualmente a mesma relevância de duas
décadas atrás. O Brasil já ocupa a quarta ou quinta posição entre as maiores Redes de
Telecomunicações do mundo. A competição atingiu níveis até superiores aos que se verificam em
outros países. Os Provedores Regionais são uma realidade que somente necessitam de um pouco
mais de incentivo para se posicionarem como uma alternativa concreta na prestação de serviços em
regiões menos atendidas do nosso País;
A qualidade dos serviços, ainda que seja objeto de reclamações, pode ser considerada aceitável
levando em conta o enorme crescimento da demanda por acessos e tráfego de dados no Brasil;
O problema fundamental parece se concentrar na Universalização do Serviço de Acesso à Banda
Larga. No conceito original de Universalização, é necessário dispor de um Serviço explorado em
Regime Público para acessar os recursos do Fundo de Universalização (Fust), o qual, aliás, não foi
praticamente utilizado desde a sua criação, uma vez que tais recursos estão contingenciados pelo
Tesouro Nacional. Mas, por que não se avaliar a possibilidade de manter a Universalização, mas no
Regime Privado de Prestação dos Serviços?
A situação dos assinantes.
Da mesma forma que existe um instrumento contratual entre as Concessionárias e o Poder
Concedente (a União) as Concessionárias o têm com os seus assinantes. Tais contratos não podem
ser quebrados ou alterados de forma unilateral. E este é um dos aspectos fundamentais para a
intervenção por parte da Agência Reguladora. Desta forma, será necessário ao longo do tempo
estabelecer estratégias e formas práticas de tratar deste assunto no contexto de que estes
assinantes têm direitos que não podem ser, simplesmente, ignorados.
É evidente que a evolução tecnológica, conforme foi mencionado, trará a obsolescência do STFC –
pelo menos na forma como ele é atualmente prestado. Mas, é um fato conhecido de experiências
passadas que sempre existirão pessoas fiéis às suas tradições e a uma forma de viver pouco
impactada pelas inovações tecnológicas. Assim, não é de estranhar que um número considerável de
assinantes queira manter o Serviço na forma como ele é prestado. Portanto, um caso que deve ser
equacionado como já aconteceu em situações pretéritas envolvendo as telecomunicações (veja-se,
por exemplo, o caso do AMPS, a versão analógica da Telefonia Móvel Celular).
E, é de bom senso considerar que as ações devem ser no sentido de convencer os assinantes
recalcitrantes da conveniência de mudarem ou migrarem para uma alternativa que é melhor para
seus interesses do que forçá-los a adotar uma determinada solução que lhes for imposta.
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Além do mais, é inescapável que as Entidades de Defesa do Consumidor deixem de tomar para si a
“bandeira” dos “consumidores” exigindo que os direitos dos assinantes sejam preservados e que
alguma forma de “compensação” (não necessariamente financeira) lhes seja proporcionada para
“reparar” eventuais inconvenientes devido à paralisação da prestação do Serviço.
Este é um ponto relevante a respeito do qual o BS voltará a se posicionar. Não que ele seja
fundamentalmente decisivo em relação às decisões que serão tomadas, mas tem sua importância
no contexto geral pois envolve os usuários que não podem ser tratados de acordo com os interesses
exclusivos das Prestadoras. Deve ser claramente demonstrado que as medidas tomadas também
atendem aos interesses dos usuários. E, reiterando o que foi mencionado anteriormente, o bom
senso indica ser muito melhor convence-los da conveniência da mudança do que criar uma situação
em que eles sejam forçados a isto.
Portanto, este é mais um ingrediente que se junta a outros mencionados para enfatizar os cuidados
e a atenção a serem dados ao tema.
Contribuição do BS Para as Discussões
Neste contexto o BS toma a liberdade de sugerir alguns pontos na tentativa de contribuir para a
análise da questão:
a) Os atuais Contratos de Concessão do STFC são mantidos e extintos ao seu término, mantendo-se
as obrigações nele previstas desde que isto não signifique perdas operacionais relevantes que,
inclusive, possam ser alegadas como desequilíbrio econômico-financeiro;
b) Os Bens Reversíveis seriam, desde logo, objeto de uma reavaliação levando em consideração sua
aplicabilidade na melhoria e modernização da prestação do STFC pelo prazo remanescente. Os Bens
que não tenham utilidade neste sentido, que sejam considerados como sucata, ou que onerem
patrimonialmente as Companhias, seriam vendidos pelo máximo valor obtido no mercado e os
recursos aplicados na melhoria dos serviços de acordo com o “interesse público”; inclusive, na
Universalização do Serviço de Acesso à Banda Larga conforme será enfatizado abaixo;
c) Os recursos do Fust a partir de 2016 passariam a ser, efetivamente, empregados na
Universalização do Serviço de Acesso à Banda Larga; o SCM e o SMP seriam os Serviços de
referência. Não haveria um Serviço de Acesso à Banda Larga explorado em Regime Público de forma
que seria permitida a utilização dos recursos do Fust em projetos explorados no Regime Privado.
e) Como base para utilização dos recursos do Fust poderiam ser utilizados os seguintes critérios que,
naturalmente, poderão ser expandidos e melhor estruturados:
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(i) Não seriam aplicados para financiar a construção de Redes a não ser em casos muito específicos
em que operação se mostre comprovadamente inviável e tenham elevado interesse social;
(ii) Os recursos seriam utilizados para o pagamento da parte não recuperável de projetos com
rentabilidade insuficiente ou, mesmo, negativa. O procedimento somente seria aplicado em
localidades – inclusive nas periferias urbanas - nas quais não houver mais de dois competidores em
condições de disputar o mercado de forma financeira e economicamente viável;
(iii) Seria criada uma Entidade Independente, sem fins lucrativos, para receber os recursos do Fust
e administrar sua aplicação de acordo com Diretrizes gerais estabelecidas em Política Pública. A
Administração seria feita em moldes privados, mas a Administração Pública indicaria
representantes para uma espécie de Conselho Gestor, em igual número ao das Empresas que
contribuírem para o Fundo. A Diretoria Executiva seria formada por profissionais independentes
recrutados no mercado. A Entidade, teria, necessariamente apoiar os projetos em consonância com
o PNBL do Governo Federal e em cooperação com os Governos Estaduais, com as Prefeituras e com
Entidades de caráter público, não governamentais;
(iv) Na fase inicial seria dada prioridade a projetos que tivessem impacto imediato na educação,
cultura, saúde, e, segurança pública. Os Governos (Federal, Estadual, e, Municipal) pagariam pelos
serviços às Prestadoras Privadas. Esta seria uma forma de ajudar a viabilização da prestação a outros
segmentos das localidades (comércio, pequenos negócios, residências, escritórios, etc.).
Eventualmente, o Fust completaria os custos caso os recursos orçamentários se mostrem
insuficientes para desenvolver atividades com qualidade compatível com o ambiente e com as
práticas desenvolvidas a nível nacional;
(v) A Agência Reguladora atuaria no sentido de simplificar os procedimentos para a prestação dos
serviços nas condições de aplicação dos recursos do Fust de modo a auxiliar a sua viabilização sem,
contudo, haver prejuízos para os usuários, principalmente em relação à qualidade dos serviços e as
aplicações às quais terão acesso;
(vi) O Governo Federal, através do Ministério das Cidades ou de outro Órgão designado promoveria
a coordenação da implantação das diversas infraestruturas urbanas em conjunção com os Planos
Diretores das Municipalidades, incluindo atividades vinculadas às denominadas “Cidades
Inteligentes”. Procuraria se adotar o máximo de “padronização” dos projetos para criar volumes
que reduziriam seus custos;
(vii) Como o STFC seria extinto ao final do Contrato de Concessão – ou antes, se houver acordo entre
as Partes – não haveria necessidade de manter os Bens Reversíveis, vinculados aos atuais Contratos
que não tivessem uma clara utilização nas operações remanescentes. Aceito este princípio, duas
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ações poderiam ser aprovadas: 1. Haveria total desvinculação de todas as redes de acesso
construídas com tecnologia de fibras ópticas com a questão dos Bens Reversíveis; 2. Da mesma
forma, não haveria vinculação com os Bens Reversíveis de sistemas rádio utilizadas para prover
Banda Larga Fixa Sem Fio, ou, Banda Larga Móvel;
(viii) A Agência Reguladora poderia estabelecer metas para o provimento de Acessos de Banda
Larga, com Fio ou sem Fio, utilizando as licitações do espectro de radiofrequência ou impondo
obrigações no caso de análise de temas de interesse das Operadoras nas quais, eventualmente, elas
tenham alguma vantagem uma vez atendidas suas solicitações;
(ix) A Agência Reguladora e/ou o Ministério das Comunicações implementaria políticas para a
implantação dos Backbones e Backhauls nacionais que dariam suporte à ampla expansão dos
Acessos de Banda Larga, em todo o País. Eventualmente, a Telebras poderia ser um instrumento de
determinadas políticas de interesse do Governo.
(x) A posição dos assinantes do STFC deve ser avaliada com os devidos cuidados para levar em conta
os seus direitos estabelecidos em Contratos de Adesão específicos.
10. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO
Introdução
As obrigações de universalização e continuidade são inerentes à prestação do Serviço de
telecomunicações em Regime Público. Pode-se estabelecer o entendimento que o Regime Público
existe para viabilizar a universalização e a continuidade do Serviço. Ou, em outras palavras: a
universalização e a continuidade do Serviço são consideradas como dois atributos tão importantes
que o Poder Público – Concedente da prestação – se reserva o direito de impor à Prestadora do
regime público condições específicas que garantam a consecução de tais atributos vislumbrando-se
a possibilidade de eles não serem alcançados pela exploração do Serviço no regime privado.
É possível também firmar um outro entendimento, frequentemente utilizado por adeptos de uma
maior intervenção do Estado na atividade econômica do País: que o regime público existe para
garantir aos cidadãos de todas as classes sociais a prestação do Serviço de acordo com suas
necessidades e atendendo o interesse público. Pressupõe-se, assim, que a iniciativa privada, num
processo normal de competição, não será capaz de atingir tal objetivo.
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O objetivo da Concessão
Verificando atentamente a Lei Geral de Telecomunicações - LGT (Lei Nº 9.472, de 16/07/1997),
observa-se que o legislador atribuiu ao Regime Público uma visibilidade relevante no contexto geral
do instrumento legal. Para tanto, foi estabelecida uma forma especial de autorização para sua
prestação: “A exploração do serviço no regime público dependerá de prévia outorga, pela Agência,
mediante concessão” (Art. 83). Ou seja: a “Concessão” é o instrumento que o Poder Público utiliza
para estabelecer suas políticas visando a universalização e a continuidade do Serviço.
Reforçando esta tese, a LGT inclui um Capítulo (II), do Livro III – Da Concessão – onde por meio de 6
Seções e 35 Artigos, é estabelecido o regramento legal para definir, entre outros, aspectos
referentes a: Outorga, Contrato, Bens, Tarifas, Intervenção, e, Extinção.
O regime público não é a essência da LGT
Dito isto, poder-se-ia concluir que a exploração do Serviço no regime público é a essência do que
preconiza a LGT. Pelas palavras, até pode ser entendido desta maneira; na prática, a realidade é
distinta. Tanto é assim que a Lei estabeleceu um único Serviço no regime público: o Serviço
Telefônico Fixo Comutado – STFC. E, não há qualquer evidência de que o Poder Público, a despeito
do texto generalista da Lei, deixando supor que outros Serviços poderiam existir, se esforce no
sentido de que isto, realmente, venha a acontecer. Se assim não fosse, imagina-se que medidas
mais efetivas do que simples manifestações em um momento ou outro, sem a devida profundidade
e consistência, teriam sido adotadas desde que a Lei foi promulgada em 1997.
Está em jogo o Art. 128 que, em seu inciso I, diz taxativamente: “a liberdade será a regra,
constituindo exceção as proibições, restrições e interferências do Poder Público”. Tal Artigo está
associado à prestação do Serviço em regime privado, mas é óbvio que o conceito deve ser estendido
a todo o contexto do documento. Efetivamente, o regime público, por suas características e
propósitos, considera uma maior intervenção do Poder Público, que se configura através da maior
regulação do Serviço e pressupõe uma menor liberdade de prestação para a Concessionária e uma
maior interferência do Estado.
Assim, uma tese que pode ser levantada é que a exploração do Serviço em regime público é uma
exceção no contexto geral e somente deve ser adotada se não existir outra forma de alcançar os
objetivos preconizados, com a adequada exploração do Serviço no regime privado. No caso,
ressalte-se mais uma vez, os objetivos previstos em Lei são: universalização e continuidade do
Serviço.
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Não se pode e não se deve considerar que o regime público esteja previsto para fortalecer a
possibilidade de intervenção do Poder Público; mesmo porque, conforme foi mencionado, isto deve
ser evitado e adotado somente como exceção. E, se tal vier a ocorrer, deve ser por “interesse
público” e não em função da essencialidade do regime público, invocada por quaisquer razões.
Isto fica ainda mais evidente quando se observa o Art. 127, Inciso IV: “A disciplina da exploração
dos serviços no regime privado terá por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das
relativas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores, destinando-se
a garantir: ...
IV - a convivência entre as modalidades de serviço e entre prestadoras em regime privado e público,
observada a prevalência do interesse público.
O Interesse Público é fundamental
Assim, o “interesse público” é o que fundamenta a LGT; e não o tipo de regime em que o Serviço é
prestado. Na verdade, pelo que foi dito até agora, há fortes evidências para deduzir que o regime
público é apenas uma circunstância dentro de um contexto de garantir o interesse público em
alguns aspectos particulares (universalização e continuidade).
Está muito claro que o espírito da Lei preconiza que o regime público deve estar materializado em
uma Concessão outorgada a uma Entidade Privada ainda que não haja o bloqueio explícito de que
isto possa envolver uma Entidade Pública. No caso, é cristalina a interpretação da Lei no sentido de
que o interesse público pode ser plenamente alcançado, com a exploração do Serviço no regime
privado. Ainda mais: tal possibilidade deve ser estimulada e não inibida por eventual ação do
administrador em sentido oposto.
Neste ponto, é interessante fixar a atenção no que dispõe o Art. 64 e o Art. 66, da LGT que
estabelecem: a associação entre o regime público e a necessidade de universalização e continuidade
do Serviço; a designação do STFC para ser prestado em regime público; o conceito de que o Serviço
explorado em regime público também pode (ou deve!)ser explorado em regime privado; que devem
ser adotadas medidas para evitar a inviabilização da prestação do Serviço no regime público quando
houver a exploração simultânea no regime privado, em uma mesma Área de prestação (esta
preocupação é legítima, pois o regime público impõe obrigações que o regime privado não tem).
Art. 64. Comportarão prestação no regime público as modalidades de serviço de telecomunicações
de interesse coletivo, cuja existência, universalização e continuidade a própria União comprometa-
se a assegurar.
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Parágrafo único. Incluem-se neste caso as diversas modalidades do serviço telefônico fixo
comutado, de qualquer âmbito, destinado ao uso do público em geral.
§ 1° Não serão deixadas à exploração apenas em regime privado as modalidades de serviço de
interesse coletivo que, sendo essenciais, estejam sujeitas a deveres de universalização.
Art. 66. Quando um serviço for, ao mesmo tempo, explorado nos regimes público e privado, serão
adotadas medidas que impeçam a inviabilidade econômica de sua prestação no regime público.
O STFC é o único Serviço explorado em regime público
Ressalta, mais uma vez, o fato de que deverão ser prestadas em regime público “as modalidades de
serviço de interesse coletivo cuja existência, universalização e continuidade, a própria União
comprometa-se assegurar”. E o parágrafo único do Art. 64 é bastante claro: “Incluem-se neste caso
as diversas modalidades do serviço telefônico fixo comutado, de qualquer âmbito, destinado ao uso
do público em geral”.
Então, ainda que possam existir outras modalidades suscetíveis de exploração em regime público é
evidente que a Lei somente explicitou o STFC em suas diversas modalidades. E, assim é! O único
Serviço explorado em regime público desde o advento da LGT é o STFC. É lícito, portanto, imaginar
que para se estabelecer uma “outra modalidade de serviço de interesse coletivo” que possa ser
explorado em regime público é necessário fazê-lo com base em disposição estabelecida na Lei.
Prevalecendo esta interpretação é obrigatório o atendimento ao que dispõe o Art. 68:
Art. 68. É vedada, a uma mesma pessoa jurídica, a exploração, de forma direta ou indireta, de uma
mesma modalidade de serviço nos regimes público e privado, salvo em regiões, localidades ou áreas
distintas.
O significado deste dispositivo é que se um Serviço prestado no regime privado passar a ser prestado
no regime público, mediante disposição legal, as Operadoras desse Serviço não poderão se habilitar
ao novo status de prestação, a menos que se desfaçam de suas outorgas no regime privado. Se, por
hipótese, nenhuma delas o fizer a conclusão óbvia é que somente novas prestadoras poderão
participar das licitações obrigatória para as outorgas das concessões no regime público. Uma
condição realmente problemática, considerando-se a realidade da estrutura competitiva na
prestação dos serviços estabelecida no Brasil.
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Instituir ou Eliminar a prestação de serviço em regime público
Cabe, ainda, registrar o disposto no Art. 18 que dispõe sobre a possibilidade de o Poder Executivo
“instituir” ou “eliminar” a prestação de modalidade de serviço no regime público. O artigo em
questão é transcrito a seguir:
Art. 18. Cabe ao Poder Executivo, observadas as disposições desta Lei, por meio de decreto:
I – instituir ou eliminar a prestação de modalidade de serviço no regime público, concomitantemente
ou não com sua prestação no regime privado.
Uma interpretação é que o Poder Executivo, observadas as disposições desta Lei, dispõe da força
para criar ou extinguir a prestação de serviço em regime público. Dentro desta tese, poderia, por
exemplo, acabar com o STFC; ou, criar um novo Serviço explorado neste regime. A consideração de
que isto possa ser feito utilizando recursos infra legais, conflita com a posição exposta pelo BS que
julga que o fato exige alterações na legislação. Mas, alguns segmentos, defendem o contrário; uma
posição que merece ser respeitada.
De qualquer forma, a extinção de um Serviço explorado em regime público não pode ser feita ao
arrepio do que está disposto nos Contratos de Concessão vigentes e aos direitos adquiridos pelos
usuários desse Serviço. Portanto, não se trata de uma questão cujo equacionamento se resolva
facilmente, mesmo com alterações na legislação. É razoável imaginar que uma possível extinção do
Serviço somente ocorra ao término dos Contratos vigentes o que, por natural, também extinguiria
os direitos (e as obrigações) das Partes facilitando sobremaneira o encaminhamento de solução
para os problemas que vierem a ocorrer.
O cenário tecnológico está mudando de forma acelerada
É interessante, no entanto, ressaltar uma questão adicional: o cenário tecnológico atual, e muito
mais o que se vislumbra para o futuro imediato e de mais longo prazo. Ele aponta para situações
em que a atual legislação se mostra bastante defasada constituindo-se em um evidente óbice ao
pleno desenvolvimento do Setor de Telecomunicações no Brasil. E, se eventualmente, não cria
óbices, no mínimo, dificulta as ações de desenvolvimento pelas incertezas legais e, por
consequência, regulatórias que certamente surgirão.
Síntese dos comentários
Até este ponto, o texto pode ser sintetizado da seguinte forma:
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(i) O Poder Concedente acha imprescindível estabelecer condições que garantam a universalização
e continuidade do Serviço o que pode ser alcançado com a exploração do Serviço em regime público,
ou, ao inverso, que o serviço explorado em regime público tem inerentes obrigações de
universalização e continuidade, mediante condicionamento expresso na legislação e nos Contratos
de Concessão celebrados;
(ii) O único Serviço atualmente explorado em regime público – portanto com garantia de
universalização e continuidade - é o STFC;
(iii) A eventual criação de um novo Serviço ou a transformação de um existente para ser explorado
em regime público exigiria uma alteração na legislação;
(iv) Há a possibilidade de o Poder Executivo criar ou extinguir Serviço explorado em regime público;
(v) A estrutura do processo de competição no País, provavelmente, teria muitas dificuldades para
assumir, na prática, tal condição;
(vi) As alterações tecnológicas apresentam-se como obstáculo para a manutenção dos conceitos de
forma idêntica aos que definiram o arcabouço legal vigente vislumbrando o desenvolvimento atual
e futuro do Setor.
(vii) Eventuais alterações são complicadas de estabelecer sem uma adaptação às novas condições,
muito diferentes daquelas consideradas há pouco menos de 20 anos atrás. Este período, nas
circunstâncias, é considerável tendo em vista a rapidez da evolução tecnológica.
11. QUEM PÁRA A HUAWEI?
Enquanto se discutem por toda parte as condições para se manter um ambiente competitivo na
prestação dos Serviços de Telecomunicações tradicionais, no segmento industrial que abastece o
Setor observa-se uma tendência oposta. As perspectivas, se não houver uma alteração do cenário,
conduzem à possibilidade, quase inevitável, da absoluta dominância por parte de um fornecedor: a
Huawei.
Isto ocorre, principalmente, em relação aos Sistemas e Subsistemas das Redes de
Telecomunicações. Mas, já há fortes evidências que o segmento de Terminais (principalmente
Smartphones) também está no foco deste fabricante do qual já é o terceiro maios player (após
Samsung e Apple). Algo inimaginável há pouco tempo atrás quando a Huawei sequer participava
deste mercado.
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Então, não deixa de ser interessante (e preocupante) tomar conhecimento de dados que evidenciem
tal dominância de forma estruturada e simplificada. É isto que chamou a atenção do BS quando
acessou um Artigo assinado por Iain Morris com o sugestivo título: “Is There No Stopping Huawei?”.
Deixando as conclusões aos leitores, o BS transcreve o texto do Artigo referido no qual são inseridas
informações que sustentam o questionamento da mensagem.
Is There No Stopping Huawei?
IAIN MORRIS 8/26/2016
Sore losers about finishing third for Olympic golds, the Chinese have put together their own medals table,
based on overall awards, to suggest this ignominy never occurred. But no such chicanery is necessary
when it comes to measuring success in the global market for network equipment and services. Appraising
the results of its rivals over the first six months, Huawei must have felt like Jamaica's sprint relay team,
crossing the finish line far ahead of the chasing pack.
As in that race, the gap between Huawei Technologies Co. Ltd. -- China's biggest vendor -- and its rivals
has continued to widen. In local currency terms, Huawei's revenues soared by 40% in the first six months,
to some 245.5 billion Chinese yuan ($36.8 billion), compared with the first half of 2015. Sales at Sweden's
Ericsson AB sank by 7% over the same period, to 106.3 billion Swedish kronor ($12.7 billion), while
Finland's Nokia Corp. suffered a 10% decline, to about €12.3 billion ($12.8 billion), and saw revenues at its
networks business fall by the same percentage, to around €10.4 billion ($11.8 billion). San Jose-based
Cisco Systems Inc. (Nasdaq: CSCO) did a little better, generating $24.7 billion in sales over its February-
to-July half, 1.6% more than a year earlier.
Revenues in 1H 2016 in US$ Billions (Today's Exchange Rates)
Source: Companies. Note: Cisco sales are for the February-to-July period, actually the second half of the company's financial year.
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If Huawei claimed gold for sales growth, then ZTE Corp. its smaller domestic rival, took silver. Reporting its
own figures earlier this week, the company flagged a 4.1% rise in operating revenues, to RMB47.8 billion
($7.2 billion). Viewed as a team, the Chinese double-act of Huawei and ZTE are putting the global titans of
the equipment industry to shame.
None of these companies are directly comparable, of course. Huawei and ZTE have massive consumer-
devices businesses that are contributing to their growth. Cisco competes mainly in the enterprise sector,
while Ericsson and Nokia specialize in carrier network equipment. Yet to varying degrees, all of them have
a stake in the communications service provider (CSP) market.
Rate of YoY Revenue Growth in 1H 2016 (Local Currency Units)
Source: Companies.
While that market accounts for almost everything that Ericsson and Nokia's networks business do, ZTE
generated about 60% of its sales from CSP customers in the first six months. Its "carriers' networks"
business was also the fastest growing of its three divisions (the others being "government and corporate"
and "consumer"), reporting a 5.1% year-on-year increase in revenues. Cisco does not break out CSP
revenues but is estimated by Analysys Mason, a market research company, to have made about $11.1
billion in 2015, about 23% of the $49.5 billion it earned in sales between February 2015 and January 2016
(its last financial year). Assuming the proportion remained the same, Cisco should have made about $5.7
billion from CSP customers between February and July.
Unfortunately, Huawei remains secretive about the details of its success until the end of its financial year.
But it dropped a few clues about growth at its three divisions (which closely resemble ZTE's) in its end-of-
July press statement. "We achieved steady growth across all three of our business groups, thanks to a well-
balanced global presence and an unwavering focus on our pipe strategy," said Sabrina Cheng, Huawei's
chief financial officer. "We are confident that Huawei will maintain its current momentum."
Steady growth. Current momentum. Huawei's carrier business grew revenues by more than 21% in 2015,
when overall revenues rose by 37% -- a slightly lower rate than over the first six months of 2016. If first-
half CSP revenues accounted for the same 59% of total sales they did in 2015, Huawei would have
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generated about RMB145 billion ($21.7 billion) in this market between January and June, or 63% of CSP
revenues over the whole of last year. That is an impressive sum, by any reckoning.
Defying the odds
What makes it even more impressive is that Huawei remains locked out of opportunities in the US market,
where policymakers deem it (and ZTE) to be a security risk and have discouraged service providers from
using Chinese equipment. Vast R&D resources, the backing of the Chinese government, a low-cost
business model and an increasingly sophisticated set of products and services -- all these help to explain
Huawei's dazzling growth. But it is sustainable?
ZTE already seems to have felt a pinch in the first six months of the year, having reported an increase in
CSP revenues of as much as 30% in 2015. And the outlook is not favorable. "The development of traditional
telecom industries will be subject to stronger challenges in the second half of 2016, given the slowdown in
global economic growth and increasing uncertainties," said the company in its latest earnings report.
After spending heavily on the rollout of 4G services thus far, Chinese operators are set to cut back on capital
expenditure in the coming months. That is bound to hit both Huawei and ZTE, which have attributed much
of their recent growth to this market. Elsewhere, CSP customers of the Chinese vendors have also been
tightening their belts amid economic concerns. Europe may be heading for another recession.
Huawei has defied the odds before, however. A downturn could even play into its hands, driving more
service providers to scout for competitively priced alternatives to European and US suppliers. And its chief
rivals are in a pickle. Ericsson is currently leaderless, having parted company with previous CEO Hans
Vestberg in July, and has become too "reactive" to market circumstances, according to Bengt Nördstrom,
the CEO of consultancy Northstream . Correcting that will be a Herculean task.
As for Nokia, it has yet to prove it can make a success of this year's takeover of Alcatel-Lucent. While that
deal fortified Nokia's portfolio of fixed-line and IP products, sales and profits at Nokia fell more sharply than
expected in the April-to-June quarter. Analysts frequently pointed out that integrating such culturally
different businesses, with their overlapping interests, would be onerous. With further job cuts on the cards,
that process has yet to run its course.
Even so, the telecom market is in a state of flux that is worrisome for all of the big suppliers. While 4G
rollouts are tapering off, 5G is several years away from commercialization. New entrants and technologies
from the IT world are threatening the established order. Like Cisco, Ericsson and Nokia, Huawei is being
forced to adapt. No one doubts it will continue to be a major player in the future. But if others cannot close
the gap during this period of transformation, Huawei could become a dominant force. For those who believe
great rivalries are as important in business as they are in sport, that would be troubling indeed.
12. HUAWEI E O MERCADO DE SMARTPHONES
O BS declara de antemão que não tem qualquer relação com fabricantes de equipamentos. Então, as referências que
vez ou outra são inseridas nas suas edições acontecem com o intuito único e exclusivo de oferecer aos seus leitores
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uma visão do que ocorre no mercado, principalmente, quando se trata de terminais. Isto já ocorreu anteriormente
com os iPhone quando o seu fabricante – a Apple – promovia ruidosas e movimentadas apresentações de
lançamento de seus novos Modelos.
Por alguma razão não explícita movimentos neste sentido não têm ocorrido nos últimos tempos. É possível que
esteja por vir alguma surpresa! Enquanto isto não ocorre o BS transcreve uma reportagem do El País comentado um
dos últimos lançamentos da Huawei: Honor 8!
Este item se presta como uma complementação do anterior com o título: QUEM PÁRA A HUAWEI?
Honor 8: el renovado intento de Huawei de asaltar la gama media de los móviles
La compañía presenta un ‘smartphone’ con cámara dual, sensor de huellas y carga rápida
por 400 euros
Ramón Muñoz
París 24 AGO 2016 - 14:32 BRT
El nuevo Honor 8 de Huawei.
Huawei aspira a convertirse en un futuro próximo en el líder mundial de la venta de móviles. Con el Huawei P9,
su último modelo, se codea con éxito en la alta gama dominada por Samsung y Apple. Pero también pretende el
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asalto a la gama media a través de su segunda marca Honor. El Honor 8, presentado este miércoles en París, es
el nuevo intento del fabricante chino de hacerse un hueco en la segunda división de los smartphones, los que
cuestan entre 300 y 400 euros, sobre todo en los mercados de Europa, China y Estados Unidos, donde la
competencia es feroz.
La fórmula es la misma que en anteriores ocasiones: incorporar prestaciones premium a un precio asequible. El
Honor 8 adopta la cámara dual del Huawei P9 (aunque con distinta tecnología), el sensor de huellas dactilares,
el sistema de carga rápida, puerto USB-C y un diseño moderno en el que la cubierta de aluminio y el cristal se
enseñorean del cuerpo del móvil al estilo del Galaxy 7 de Samsung.
El precio en Europa de la versión más básica del Honor 8 (3 GB de RAM y memoria de 32 GB) es de 399 euros,
mientras que la versión superior (4GB de RAM y 64 GB) cuesta 449 euros. Un precio competitivo si se le
compara con alguno de sus rivales como el OnePlus 3 (399 euros) o el Mi5 de Xiaomi (350 euros) o el ZTE
Axon 7 (449 euros). El terminal se puede reservar a partir de este miércoles en Vmall Europa, la web a través de
la cual Huawei vende los dispositivos de su serie Honor, y estará disponible a partir del 1 de septiembre.
Vista del Honor 8 con cuerpo de aluminio pulido y cristal antigolpes.
El Honor 8 cuida especialmente su equipamiento audiovisual con una pantalla de 5.2 pulgadas con resolución
Full HD que da nitidez y colorido a las imágenes y vídeos, protegida por un cristal antigolpes y antirañazos .
Cuenta con un modo Eye-Care hace que filtrado parte de la luz azul para reducir la fatiga visual.
Cámaras
En su parte trasera se encuentra la cámara dual al igual que ocurre con el Huawei P9 aunque la del 8 está diseñada
por la propia marca china en lugar de por Leica, la firma de óptica alemana que equipa al P9. Las dos lentes son
de 12 megapixeles, una en blanco y negro y otra de color, con apertura de f/2.2, lo que permite fotos bajo
condiciones de luminosidad mínimas. También incorpora gran angular y modo manual para los aficionados a la
fotografía profesional. Con el modo de diafragma amplio se puede redefinir el enfoque, incluso después de que
la foto haya sido tomada, lo que da un mayor control creativo sobre sus imágenes.
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Vista trasera del Honro 8, con la cámara dual y el sensor de huellas.
La cámara frontal de 8 megapíxeles y apertura de f/2.4 está diseñada para sacar “tu mejor selfie” (Perfect selfie)
al permitir personalizar la configuración y recordar la apariencia preferida del usuario y trabaja también en
interiores con dificultades de iluminación.
Honor 8 añade más características extra que otros anteriores modelos como el Honor 5X. Entre estas, destacan
el lector de huellas ubicado en la parte trasera, conexión NFC para realizar pagos móviles, puerto USB tipo C
con carga y emisor infrarrojo para servir de mando del televisor (más de 5.000 modelos).
Batería y procesador
Pantalla del Honor 8 con el interfaz de aplicaciones.
La batería es de 3.000 mAh, similar a la de sus hermanos os gigantes P9, Galaxy S7 o iPhone, con hasta
10 horas de reproducción de vídeo sin parar. La recarga rápida llena el 50% de la capacidad en 30
minutos, y con diez minutos enchufado permite dos horas de llamadas telefónicas o seis horas de música.
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El terminal permite el funcionamiento rápido de las aplicaciones y los juegos gracias al procesador HiSilicon
Kirin 950 de ocho núcleos con una velocidad máxima de 2.3GHz, ligeramente por debajo del Kirin 955 del
Huawei P9, de fabricación propia y con mejores prestaciones que la mayoría de los terminales de su precio que
optan por equiparse con los Qualcomm.
Dispone de tres ranuras para tarjetas individuales compatibles con nanoSIM, microSIM y microSD y tecnología
automática de cambio de banda para captar el máximo rango de señal. Soporta cualquier combinación de tarjetas
4G y no hace distinción entre tarjeta primaria y secundaria
El sistema operativo es Android Marshmallow pero como sucede cada vez con más frecuencia para desesperación
de los usuarios, Huawei le ha quitado el cajón de las apps tan popular de Android y hay que reconfigurar el móvil
para obtenerlo. Las marcas como Huawei y LG se creen en la obligación de incorporar su propio interfaz en lugar
del que trae de serie Android para diferenciarse. Y no es una mala idea. Pero, ¿hace falta suprimir funcionalidades
como el cajón de las apps que hacen la vida más fácil al usuario?
ESPECIFICACIONES TÉCNICAS
DIMENSIONES Y PESO
145,5 x 71 x 7,45 mm
154 gr
PANTALLA
LCD de 5,2 pulgadas
Resolución FullHD 423 ppp
PROCESADOR
HiSilicon Kirin 950 octa core (4x Cortex A72 a 2,3 Ghz + 4x Cortex A53 a 1,8 GHz)
GPU Mali T880
RAM
3/4 GB
MEMORIA
32/64 GB memoria interna.
Extendible con microSD hasta 128 GB
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SOFTWARE
Android 6.0 Marshmallow + EMUI 4.1
CÁMARAS
Trasera: sensor dual 12 MP, lente f/2.2, vídeos FullHD, slow motion a 120 fps HD, flash LED dual tone, enfoque por contraste +
enfoque láser
Frontal: 8 MP, vídeos FullHD, modo belleza
CONECTIVIDAD
Dual SIM, 4G, WiFi 802.11 a/b/g/n, Bluetooth 4.2, aGPS/Glonass/Beidou, NFC, USB tipo-C
BATERÍA
3.000 mAh. Carga rápida
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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade
de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O
eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer.
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