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Comentários da prova de Contador da SMF de Niterói
Disciplina: Contabilidade Geral e Societária
Professor: Feliphe Araújo
Comentários da prova SMF Niterói Contabilidade Geral e Societária
Prof. Feliphe Araújo
Prof. Feliphe Araújo 2 de 14
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Olá amigos,
Trago para vocês os comentários da prova de Contabilidade geral e Societária
do concurso para Contador da Secretaria Municipal de Finanças de Niterói
realizado no último final de semana.
A prova foi bem elaborada, com grau de dificuldade médio com algumas
pegadinhas. Porém, quem estudou pelo nosso curso de questões da FGV se deu
muito bem.
Contador – tipo 1 - Branca
Contabilidade Geral e Societária
41. Em 31/12/x1, o patrimônio líquido da Cia. Alfa apresentava a seguinte
composição, em reais:
Durante o exercício de x2, os subscritores do capital social da companhia
integralizaram 50.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00 cada. Por cada uma
dessas ações, eles contribuíram com R$ 1,60 à companhia, em caixa. O lucro
líquido apurado pela companhia em 31/12/x2 foi de R$ 220.000, e não houve
constituição de reserva para contingências nem de reserva de lucros a realizar
nesse exercício. Como o estatuto da companhia é omisso quanto aos dividendos
obrigatórios, o máximo que poderá ser distribuído a seus acionistas a título de
dividendo obrigatório relativo ao exercício de x2 será o montante de:
(A) R$ 52.250;
(B) R$ 55.000;
(C) R$ 104.500;
(D) R$ 105.000;
ANÁLISE DA PROVA DE CONTABILIDADE GERAL E SOCIETÁRIA
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(E) R$ 110.000.
Resolução:
De acordo com os dados da questão, os subscritores do capital social da
companhia integralizaram 50.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00 cada.
Por cada uma dessas ações, eles contribuíram com R$ 1,60 à companhia, em
caixa.
O ágio na emissão de ações é contabilizado como reserva de capital.
Lançamento:
D – Caixa ...................................................... 80.000 (50.000 ações x 1,60)
C – Capital a Integralizar ................................. 50.000 (50.000 ações x 1,00)
C – Reserva de Capital – Ágio na Emissão de Ações 30.000 (80.000 – 50.000)
Depois do lançamento, precisamos calcular o novo PL:
Capital Subscrito ................... 700.000
(-) Capital a Integralizar ....... (150.000) = (200.000 – 50.000)
+ Reserva de Capital ............... 70.000 = (40.000 + 30.000)
+ Reserva Legal .................... 100.000
+ Reserva Estatutária .............. 10.000
= Total do Patrimônio Líquido...730.000
Nesta questão, vamos ter que calcular o limite obrigatório e o limite facultativo
da reserva legal.
1. Limite obrigatório da Reserva Legal: a reserva legal será constituída
obrigatoriamente, pela companhia, até que seu limite atinja 20% do capital
realizado, quando então deixará de ser acrescida.
Respondendo à questão:
Capital Social 700.000
Capital Social a Integralizar (150.000*)
Capital Social Realizado 550.000
* Do capital a integralizar, durante o exercício de x2, os subscritores do capital
social da companhia integralizaram 50.000 ações, com valor nominal de R$ 1,00
cada. Ou seja, R$ 50.000,00 (50.000 x R$ 1,00) foram subscritos.
Limite da reserva legal = 550.000 x 20% = 110.000,00.
1. Cálculo da Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício
Reserva Legal = 5% X Lucro Líquido do Exercício = 5% X 220.000
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Reserva Legal = 11.000,00
Como já temos R$ 100.000,00 de reserva legal, só podemos constituir R$
10.000,00 (110.000,00 - 100.000,00) de reserva legal para não ultrapassar o
seu limite de R$ 110.000,00.
O valor destinado a Reserva Legal, com base no limite obrigatório, é de
R$ 10.000,00.
1.1. Cálculo dos dividendos com base na destinação da reserva legal de acordo
com o limite obrigatório:
Se o Estatuto for omisso, deve ser destinado aos dividendos o percentual de
50% do lucro ajustado.
Lucro Líquido do exercício......................220.000,00
(-) Reserva legal..................................(10.000,00)
= Base de cálculo dos dividendos............210.000,00
x Percentual dos dividendos....................... x 50%
= Dividendos.......................................105.000,00
1. Limite facultativo da Reserva Legal: a reserva legal poderá deixar de ser
constituída, pela companhia, quando a reserva legal do exercício acrescido do
montante das reservas de capital, exceder de 30% (trinta por cento) do capital
social.
Limite facultativo = 30% x 550.000 = R$ 165.000,00
Reserva Legal + Reservas de capital = 100.000 + 70.000 = R$ 170.000,00
Como a soma da Reserva Legal mais as Reservas de Capital excedeu 30% do
Capital Social, a empresa pode deixar de constituir a Reserva Legal.
O examinador solicita o “máximo que poderá ser distribuído a título de
dividendos obrigatórios”. Assim, a empresa deverá optar por não constituir
Reserva Legal, segundo o limite facultativo.
O máximo que poderá ser distribuído a seus acionistas a título de dividendo
obrigatório relativo ao exercício de x2 será o montante de R$ 110.000
(220.000 x 50%).
Gabarito: Letra E.
42 A Cia. Comercial Beta tem uma participação de 80% no capital social da
Industrial Gama S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias.
Durante x1, a Industrial Gama S.A. produziu 250.000 unidades do Produto X, a
um custo unitário de R$ 1,70, tendo vendido, ao todo, 200.000 unidades do
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produto durante o período. Dessas 200.000 unidades, 100.000 foram adquiridas
pela Cia. Comercial Beta, a um preço de R$ 2,00 cada, que revendeu 60.000
unidades a terceiros independentes do grupo econômico ao qual a Cia.
Comercial Beta pertence, por R$ 2,50 cada. Essas transações não são
tributadas, a Industrial Gama S.A. é fornecedora exclusiva dos Produtos X à Cia.
Comercial Beta, e no início de x1 nenhuma das companhias possuía estoques
desse produto. Desse modo, a menos que seu valor realizável líquido seja
menor, no balanço patrimonial consolidado da Cia. Comercial Beta, em
31/12/x1, o estoque de Produtos X estará registrado pelo custo de:
(A) R$ 68.000;
(B) R$ 80.000;
(C) R$ 153.000;
(D) R$ 165.000;
(E) R$ 180.000.
Resolução:
1. Industrial Gama S.A.:
Produção: 250.000 unidades do produto X
Custo unitário = R$ 1,70
Vendas = 200.000 unidades do produto X
Estoque do Produto X = 250.000 – 200.000 = 50.000 unidades
2. Cia. Comercial Beta:
Compras: 100.000 unidades do produto X
Vendas = 60.000 unidades do produto X
Estoque do Produto X = 100.000 – 60.000 = 40.000 unidades
3. Estoque de Produtos X no balanço patrimonial consolidado da Cia.
Comercial Beta, em 31/12/x1:
Na elaboração do balanço consolidado, devemos considerar o valor do estoque
de mercadorias da Cia. Comercial Beta com base no custo das mercadorias
da Industrial Gama S.A.
No balanço consolidado, para encontrar o estoque do produto X, bastava
identificar o estoque de cada empresa e multiplicar pelo custo unitário do
produto a R$ 1,70.
Portanto, Estoque de Produtos X no balanço patrimonial consolidado da
Cia. Comercial Beta, em 31/12/x1:
Total do estoque consolidado = Estoque em Gama + Estoque em Beta
Total do estoque consolidado = 50.000 x 1,70 + 40.000 x 1,70
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Total do estoque consolidado = 85.000+ 68.000 = R$ 153.000
Gabarito: Letra C.
43 Em 22/07/x0, a Mineradora Delta S.A. recebeu 10 navios cargueiros que
havia encomendado junto ao Estaleiro Épsilon S.A.. A vida útil desses navios é
estimada em 20 anos, exceto a dos motores e a das hélices, cujos custos são
significativos em relação ao total dos navios e têm vidas úteis estimadas em 10
anos. A recomendação do Estaleiro Épsilon S.A. é de que a cada três anos os
navios passem por uma inspeção completa, a fim de identificar possíveis falhas
em suas peças, para que possam operar com segurança ao longo de toda sua
vida útil. A frota teve um custo de R$ 230 milhões de reais, e foi financiada pela
Mineradora Delta S.A. através de um empréstimo tomado junto ao Banco
Digama S.A., nesse mesmo valor, com uma taxa de juros de 10% a.a., a ser
quitado em 20 parcelas semestrais. Ao aplicar a essa frota os critérios de
reconhecimento e mensuração de ativos imobilizados, segundo as práticas
contábeis adotadas no Brasil, a Mineradora Delta S.A. deve:
(A) reconhecer os juros do empréstimo junto ao Banco Digama S.A. no custo
dos navios;
(B) desconsiderar quaisquer valores residuais que os navios possam ter ao final
de suas vidas úteis;
(C) depreciar os navios pelo método da linha reta;
(D) depreciar os motores e as hélices dos navios separadamente;
(E) reconhecer os valores gastos com as inspeções dos navios no resultado do
período em que forem efetuadas.
Resolução:
Vamos responder à questão, basicamente, com as informações constantes do
CPC 27 – Ativo imobilizado. Analisando cada alternativa.
(A) incorreta. De acordo com o CPC 27, o custo de um item de ativo
imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento.
Portanto, os juros do empréstimo junto ao Banco Digama S.A. não devem ser
reconhecidos no custo dos navios.
(B) incorreta. Um ativo imobilizado será registrado pelo custo de aquisição e
deduzido da depreciação acumulada. O valor residual deve ser considerado, pois
é a parte recuperável por ocasião da venda do bem no final da sua vida útil.
(C) incorreta. Segundo o CPC 27, vários métodos de depreciação podem ser
utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo
ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o
método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A entidade
seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios
econômicos futuros esperados incorporados no ativo.
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Portanto, é facultado à empresa escolher o método de depreciação mais
apropriado aos seus ativos imobilizados.
(D) correta. De acordo com o CPC 27:
43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo
em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
Como os motores e as hélices possuem custos significativos em relação ao total
dos navios e têm vidas úteis estimadas em 10 anos, a Mineradora Delta S.A.
deve depreciar os motores e as hélices dos navios separadamente.
(E) incorreta. Segundo o CPC 27, item 14:
Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções
importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item
serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o
seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado
como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos.
Gabarito: Letra D.
44. Em 02/01/x1, a divisão de pesquisa da Indústria Farmacêutica Zeta S.A.
deu início a um projeto de desenvolvimento de um novo medicamento para
atender um segmento de mercado considerado importante pela direção da
companhia. Na execução desse projeto foram incorridos os seguintes gastos:
Findos os testes do medicamento, a direção da companhia concluiu que sua
produção era tecnicamente viável, e que os recursos demandados para tanto
eram compatíveis com as possibilidades de investimento da companhia e com
o retorno comercial esperado do medicamento. Após adequar seu processo
produtivo para que pudesse produzir o medicamento da forma pretendida, a
Indústria Farmacêutica Zeta S.A. lançou uma campanha de marketing para
divulgar o novo medicamento junto aos consumidores. Do total de gastos
incorridos nesse projeto, será incluído no custo do ativo intangível gerado
internamente o montante de:
(A) R$ 150.000;
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(B) R$ 350.000;
(C) R$ 650.000;
(D) R$ 1.500.000;
(E) R$ 2.150.000.
Resolução:
Um ativo intangível pode ser adquirido ou gerado internamente.
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de
reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo:
(a) na fase de pesquisa; e/ou
(b) na fase de desenvolvimento.
Durante a fase de pesquisa, a entidade não está apta a demonstrar a
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos
futuros. Portanto, os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto
interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.
A fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase
de pesquisa. Assim, durante a fase de desenvolvimento, a entidade pode
ou não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará
prováveis benefícios econômicos futuros.
Se os gastos com desenvolvimento não forem capazes de gerar prováveis
benefícios econômicos futuros, esses gastos devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.
Porém, os gastos incorridos na fase de desenvolvimento que gerarem
prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade devem ser
contabilizados como ativo intangível.
A companhia somente poderá reconhecer um Ativo Intangível a partir do
momento em que:
a. For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao
ativo serão gerados em favor da entidade; e
Gastos com desenvolvimento reconhecidos como Ativo Intangível
Geram prováveis benefícios econômicos futuros para a entidade;
O ativo será usado ou vendido;
Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao
ativo intangível.
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b. O custo do ativo puder ser mensurado com segurança.
O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:
(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para
a finalidade proposta.
Com base nos dados da questão, só quando terminou os testes do medicamento
é que a direção da companhia concluiu que sua produção era tecnicamente
viável, e que os recursos demandados para tanto eram compatíveis com as
possibilidades de investimento da companhia e com o retorno comercial
esperado do medicamento. Portanto, é uma fase de pesquisa os gastos com o
desenvolvimento da fórmula e os testes, porque ainda não tem como a empresa
demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios
econômicos futuros.
Porém, a partir de 01/07/20x1, como a direção da companhia concluiu que sua
produção era tecnicamente viável, reconhecemos a fase de desenvolvimento
no ativo intangível.
Deste modo, com base nas informações do enunciado, podemos definir o
seguinte:
1. Devem ser reconhecidos como Ativo Intangível, referente a fase de
desenvolvimentos, os seguintes gastos:
Exemplos de custos diretamente atribuíveis
custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou
funcionamento);
honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais; e
custos com testes para verificar se o ativo está funcionandoadequadamente.
Exemplos de gastos que não fazem
parte do custo de ativo intangível
custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);
custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
custos administrativos e outros custos indiretos.
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Ativo Intangível = Patente + Adequação do processo produtivo
Ativo Intangível = 150.000 + 200.000 = R$ 350.000,00
3. Conforme vimos nos esquemas cima, os gastos com propaganda não são
custos diretamente atribuíveis a um ativo intangível adquirido separadamente.
Portanto, os gastos com propaganda no valor de R$ 300.000 devem ser
registrados como despesa. Gabarito: Letra B.
45. De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Demonstração
do Valor Adicionado (DVA) deve levar em conta o Pronunciamento Conceitual
Básico do CPC, e seus dados, em sua grande maioria, são obtidos principalmente
a partir da Demonstração do Resultado (DRE). Contudo, para se apurar o valor
adicionado líquido produzido pela entidade, é preciso adotar alguns tratamentos
contábeis distintos daqueles aplicados à apuração do resultado, dentre os quais
se destaca:
(A) a inclusão dos gastos com pessoal próprio no custo das mercadorias e
produtos vendidos e dos serviços prestados;
(B) a exclusão, do montante dos juros sobre recursos obtidos junto a terceiros
incorridos no período, da parcela que tenha sido capitalizada;
(C) a consideração da construção de ativos para uso próprio como receita;
(D) a exclusão dos tributos incidentes sobre as receitas de venda de
mercadorias, produtos e serviços;
(E) a exclusão dos valores de depreciação, amortização e exaustão reconhecidos
no período.
Resolução:
Vamos analisar cada assertiva:
a) incorreta. Os gastos com pessoal próprio entram na distribuição da riqueza
da DVA e não no custo das mercadorias e produtos vendidos e dos serviços
prestados.
b) incorreta. Os juros pagos sobre recursos obtidos junto a terceiros entram na
distribuição da riqueza da DVA – no item de remuneração do capital de terceiros.
c) correta. A banca vem cobrando com frequência este item da DVA.
Receitas relativas à construção de ativos próprios – a construção de ativos
dentro da própria empresa para seu próprio uso é procedimento comum. Nessa
construção diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação
de recursos externos (por exemplo, materiais e mão-de-obra terceirizada) e a
utilização de fatores internos como mão-de-obra, com os consequentes custos
que essa contratação e utilização provocam. Para elaboração da DVA, essa
construção equivale a produção vendida para a própria empresa, e por isso seu
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valor contábil integral precisa ser considerado como receita. A mão-de-obra
própria alocada é considerada como distribuição dessa riqueza criada, e
eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento.
Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como insumos.
d) incorreta. As receitas de venda de mercadorias, produtos e serviços incluem
os tributos incidentes sobre essas receitas.
e) incorreta. Pessoal, o valor adicionado líquido produzido pela entidade é
encontrado a partir do valor adicionado bruto diminuído das despesas de
depreciação, amortização e exaustão. Porém, a banca pede os tratamentos
contábeis distintos daqueles aplicados à apuração do resultado. Ou seja, na
demonstração do resultado do exercício, as despesas de depreciação,
amortização e exaustão também são diminuídas.
Assim, essa exclusão é realizada tanto na DRE como na DVA.
Gabarito: Letra C.
46. Os fluxos de caixa da Eta S.A. durante o exercício de x1 foram os seguintes,
em milhares de reais:
De acordo como o CPC 03 (R2): Demonstração dos Fluxos de Caixa, o menor
valor pelo qual o caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento da Eta
S.A. poderá ser apresentado é de:
(A) R$ 11.600.000;
(B) R$ 14.600.000;
(C) R$ 15.400.000;
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(D) R$ 18.400.000;
(E) R$ 20.400.000.
Resolução:
Classificação principal Classificação alternativa
Juros Pagos Atividades operacionais Atividades de financiamento
Juros Recebidos Atividades operacionais Atividades de investimento
Dividendos e JSCP Pagos Atividades de financiamento Atividades operacionais
Dividendos e JSCP Recebidos Atividades operacionais Atividades de investimento
Para se chegar ao menor valor pelo qual o caixa líquido gerado pelas atividades
de financiamento da Eta S.A. devemos considerar a classificação alternativa dos
juros pagos. Ou seja, os juros pagos serão reconhecidos no fluxo das atividades
de financiamento.
Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Emissão de ações .......................................................... 32.000,00
(-) Dividendos pagos ........................................................ (3.000,00)
(-) Juros pagos ................................................................ (3.800,00)
(-) Amortização de empréstimos e financiamentos .............. (13.600,00)
= Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento ........ 11.600,00
Gabarito: Letra A.
47. Em 02/01/x1, a Atacadista Iota S.A. adquiriu 100.000 unidades do Protetor
Solar Y, por um custo unitário de R$ 10,00. Em 09/01/x1, a companhia adquiriu
mais 30.000 unidades, por um custo unitário de R$ 11,30. Em 15/01/x1, a
companhia vendeu 40.000 unidades desse produto, por um preço de R$ 16,00
cada. Em 23/01/x1, foram adquiridas mais 20.000 unidades, por um custo
unitário de R$ 9,75. Em 30/01/x1, a companhia vendeu 60.000 unidades, por
R$ 15,50 cada. Como a companhia não possuía estoques iniciais desse produto,
a diferença entre os valores pelos quais o custo dos Protetores Solares Y
vendidos durante janeiro de x1 poderá ser apresentado, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil, será de:
(A) R$ 10.000;
(B) R$ 10.600;
(C) R$ 13.000;
(D) R$ 24.000;
(E) R$ 34.000.
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Resolução:
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os métodos de controle
de estoques aceitos são: Método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) e
Método da Média Ponderada Móvel.
Ficha de Controle de Estoques pelo método PEPS
Data
Entradas Saídas Saldo
Quant. Valor
unit. Valor total Quant.
Valor
unit. Valor total Quant.
Valor
unit. Valor total
02/01 100.000 10,00 1.000.000 - - - 100.000 10,00 1.000.000
09/01 30.000 11,30 339.000 - - - 100.000
30.000
10,00
11,30
1.000.000
339.000
15/01 - - - 40.000 10,00 400.000 60.000
30.000
10,00
11,30
600.000
339.000
23/01 20.000 9,75 195.000 - - -
60.000
30.000
20.000
10,00
11,30
9,75
600.000
339.000
195.000
30/01 - - - 60.000 10,00 600.000 30.000
20.000
11,30
9,75
339.000
195.000
Total Compras 1.534.000 CMV 1.000.000 Estoque Final 534.000
Ficha de Controle de Estoques pelo método da Média Ponderada Móvel
Data
Entradas Saídas Saldo
Quant. Valor
unit. Valor total Quant.
Valor
unit. Valor total Quant.
Valor
unit. Valor total
02/01 100.000 10,00 1.000.000 - - - 100.000 10,00 1.000.000
09/01 30.000 11,30 339.000 - - - 130.000 10,30 1.339.000¹
15/01 - - - 40.000 10,30 412.000 90.000 10,30 927.000
23/01 20.000 9,75 195.000 - - - 110.000 10,20 1.122.000²
30/01 - - - 60.000 10,20 612.000 50.000 10,20 510.000
Total Compras 1.534.000 CMV 1.024.000 Estoque Final 510.000
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1 - Valor unit. = 1.000.000 + 339.000 = 1.339.000 = 1.115,48
100.000 + 30.000 130.000
2 - Valor unit. = 1.122.000 = 10,20
110.000
Portanto, a diferença entre os valores pelos quais o custo dos Protetores Solares
Y vendidos durante janeiro de x1 é igual a R$ 24.000 (1.024.000 – 1.000.000).
Gabarito: Letra D.
Boa sorte e Firmeza nos Estudos (FÉ)!
Feliphe Araújo