_COMÉRCIO

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COMRCIO INTERNACIONALProf.: Marcelo Oliveira

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Quem o professor?:- Formado em Administrao pela UFRN - Especialista em Gesto da Qualidade Total pela UFRN - Professor de nvel superior (Estcio); Ex Unio Americana, Fac. Catlica. - Tutor de ensino a distncia UFRN curso de Adm. Pblica. - Consultor Sebrae/RN. - Trabalhou durante 10 anos em produo industrial, SP Alpargatas setores de engenharia industrial, desenvolvimento de produtos e qualidade.

Cuidado com a frequncia Respeito ao professor e demais companheiros de sala Falar um de cada vez Manter uma boa comunicao com o professor Horrio de entrada e sada em sala de aula Nada de fones no ouvido Celular modo silencioso e caso realmente seja preciso sair paraatender.

Apresentao da disciplina:Conceituao de Comrcio Internacional, suas leis e exigncias para participao. Componentes do Cenrio Internacional, especialmente em Petrleo, Gs e Derivados. Planejamento e Execuo de Exportaes Representantes Legais no Exterior. OMC Suas Responsabilidades, Processo Decisrio e Acordos Legais. OBJETIVO GERAL - Identificar a abrangncia do Comrcio Internacional e sua administrao. - Situar o Comrcio Internacional no contexto empresarial globalizado. - Conhecer os procedimentos comerciais em Petrleo, Gs e Derivados. - Compreender as mudanas ambientais e a necessria adequao empresarial OBJETIVOS ESPECFICOS - Desenvolver as atividades de apoio operacional e logstico s atividades comrcio internacional de petrleo, seus derivados e gs natural. - Atender s necessidades operacionais, atravs do conhecimento bsico do assunto e da utilizao de uma linguagem comum nas interfaces com as equipes negociao e de operao.4

Literatura utilizada:Bibliografia Bsica: LOPEZ, Jos Manoel C., Porto, Antonio Eraldo Cmara; Guerra, Luiz Carlos Teixeira. Comrcio Internacional de Petrleo e Derivados. Rio de Janeiro: Intercincia, 2008. MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comrcio exterior. 12. ed. So Paulo: Atlas, 2008. VAZQUEZ, Jos Lopes. Comrcio exterior brasileiro. 9.ed. So Paulo: Atlas, 2009. Bibliografia Complementar: FRIEDMAN, Thomas. O mundo plano: uma breve histria do sculo XXI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. KEEDI, Samir. ABC do Comrcio Exterior: abrindo as primeiras pginas. So Paulo: Aduaneiras, 2007. KOTLER, Philip. Administrao de Marketing: anlise, planejamento, implementao e controle. 5. ed. So Paulo: Atlas, 2008. SABA, Srgio. Comrcio Internacional e Poltica Externa Brasileira, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002.

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Forma de trabalho da disciplina: Cuidado com a frequncia Aulas expositivas Estudo e discusso de artigos e casos especializados,iniciando em sala de aula, com concluso em casa Seminrios em grupo Mini-palestras com profissionais da rea e visita(s) de campo Avaliaes AV1 com questes objetivas e discursivas Uso dos celulares e aparelhos MP3 MP4, fones de ouvido

Provas 1 UNIDADE AV1 (70%) Trabalhos (30%)2 UNIDADE AV2 (80%) Trabalhos (20%)6

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CONSUMO

PRODU O

Necessidades Humanas Primrias: Alimentao; Vesturio e Habitao Com o desenvolver dos homens e a formao da sociedade outras necessidades foram surgindo. Progressivas: Educao, laser, conforto etc.8

Diviso do trabalho: O ser humano percebeu que era mais fcil produzir 10 objetos iguais do que sete diferentes. Surge ento a produo excedente produzo mais que a minha necessidade. Eleva-se a produtividade e a qualidade. Surge o cenrio perfeito para as trocas.

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Trocas: Em pocas pr-histricas, as trocas ocorriam entre habitantes da mesma tribo. Com a evoluo do relacionamento humano, o campo de ao das trocas ampliou-se, sucessivamente, para as cidades, naes e, finalmente, para o mundo.O mercado de fato o mundo e quem for incapaz de perceber esse fato estar condenado a sumirO Estado de S. Paulo, de 14-05-2000.

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O Mercantilismo:O Mercantilismo entendido como um conjunto de prticas, adotadas pelo Estado absolutista na poca moderna, com o objetivo de obter e preservar riqueza. Desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o sculo XV e o final do sculo XVIII. www.historianet.com.br O mercantilismo tinha por objetivo fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia, para isso, era preciso ampliar a economia para dar mais lucro. www.historiadomundo.com.br A concepeo predominante parte da premissa de que a riqueza da nao determinada pela quantidade de ouro e prata que ela possu. Ao mesmo tempos, os governantes consideravam que a riqueza que existia no mundo era fixa, no poderia ser aumentada, portanto, para um pas enriquecer outro deveria empobrecer. Essa concepo foi responsvel pelo acirramento das disputas entre as naes. . www.historianet.com.br

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O Mercantilismo:As naes europias adotaram uma poltica intervencionista, ou seja, as regras da economia eram ditadas pelo Estado, fato aparentemente lgico na poca, pois o Estado era absolutista e portanto exercia forte controle sobre a economia. O Estado passou proibir a sada de ouro e prata, como forma de manter a riqueza no pas. www.historianet.com.br O nico recurso encontrado ento foi aplicar uma balana comercial favorvel para manter o equilbrio monetrio que para eles era exportar mais e importar menos. O Estado percebeu que o acumulo de riquezas se dava mais por operaes mercantis e ento condicionou todas as necessidades do comrcio exterior. . www.historiadomundo.com.br

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Tipos de Mercantilismo: Metalismo - tambm chamado de bulionismo, que quantificava a riqueza de acordo com a quantidade de metais preciosos possudos. Colbertismo tambm chamado de mercantilismo industrial, que visava abastecer o mercado brasileiro e diminuir as importaes de outros pases europeus. Mercantilismo Comercial e Martimo baseava-se na teoria de comprar barato e vender caro.. www.historiadomundo.com.br

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Fatos que marcaram a evoluo do comrcio exterior:A mquina a vapor A descoberta da mquina a vapor em 1764 por James Watt, substituindo a fora humana pela fora das mquinas;

A Internet Segundo Peter Drucker, com a Internet a distncia foi eliminada, hoje existe apenas uma economia e um mercado, com a Internet j no h fronteiras, e as empresas precisam tornar-se transnacionais na forma de serem administradas.

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Quais os benefcios que a Internet proporciona ao comrcio internacional? Reduo de estoques gerando ganhos financeiros. Simplificao de controle de estoques, reduzindo custos de produo. Reduo de tempo de pesquisa e compra de MPs . Facilidade de comparaes de preos e qualidade Quebra dos limites de mercado, reduo ou eliminao da figura do intermedirio.

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Quais os malefcios que a Internet proporciona ao comrcio internacional? Canibalizao da mo de obra Reduo de vagas em pases mais desenvolvidos que possuem um valor de salrios maior.

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Alguns nmeros da Internet? Quantidade de usurios:Brasil = 38,2 milhes vivem em residncia com acesso - se for includo o acesso fora de casa, o volume cresce para 43,1 milhes.g1.globo.com/Noticias/Tecnologia

Para alcanar 700 milhes de assinantesTelefonia fixa = 117 anos Telefonia celular = 17 anos Internet = 9 anos

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Alguns nmeros da Internet? Declaraes de imposto de renda de americanos feitas na ndia:2003 = cerca de mil 2004 = 100.000 2005 = 400.000 O trabalho braal feito na ndia, o contador americano apenas orienta os clientes a escolher melhores opes contbeis a seguir.

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IMPORTAO E EXPORTAO

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IMPORTAOImportao o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um servio, do exterior para o pas de refernciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Exportao

Se importamos, geramos desemprego. Se produzimos, geramos empregos. Ento por que importar?

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- Pouco ou insuficientes recursos materiais os fsicos; Ex.: O petrleo, a borracha, minerais, alimentos - Diferenas geogrficas (clima e solo), os pases tm suas produes em funo do custo menor ou de caractersticas geogrficas favorveis. Ex.: O caf Brasileiro Trigo da Europa - Mercadorias de alta tecnologia, obtidas por meio de carssimas pesquisas, desenvolvimento e experincias; Ex.: Produtos da indstria farmacutica. - mais barato comprar do que produzir internamente Ex.: Calados e eletroeletnicos Chineses.

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Roteiro bsico para importar

1. Identificar as melhores condies comerciais em funo dos vrios vendedores disponveis; 2. Verificar se a importao permitida ou se possui alguma exigncia de ordem administrativa; 3. Levantamento do custo da importao; 4. Viabilidade da importao ou no; 5. Negociar a operao; 6. Verificar se o produto e/ou servio est pronto para ser embarcado pelo exportador no exterior; 7. Autorizar o embarque do produto e/ou servio; 8. Receber documentos e envi-los ao despachante para que o mesmo avalie e inicie o processo de despacho aduaneiro de importao (nacionalizao); 9. Providenciar a internalizao do produto e/ou servio (Registro da operao de importao no SISCOMEX - Sistema Integrado de Comrcio Exterior); 10. Receber o produto e/ou servio; 11. Pagar a importao e fechar o cmbio.22

Evoluo da Importao em alguns pasesFONTE: WTO.ORG (Million dollars)1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007World a 5.739.000 5.683.000 5.921.000 6.727.000 6.485.000 6.744.000 7.863.000 9.569.000 10.857.000 12.428.000 14.244.000 United States Argentina Brazil Europe899.020 30.450 63.291 944.353 1.059.440 1.259.300 1.179.180 1.200.230 1.303.050 1.525.680 1.732.706 1.918.077 2.020.403 31.404 61.135 25.508 51.909 25.154 59.053 20.320 58.640 8.990 49.716 13.834 50.859 22.445 66.433 28.689 77.628 34.158 95.851 44.780 126.581

2.418.600 2.559.180 2.596.490 2.774.855 2.733.570 2.875.295 3.461.510 4.161.265 4.573.645 5.237.990 6.060.845

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DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA IMPORTAO: - Fatura Pr-Forma/Cotao; - Carta de Crdito; - Fatura Comercial; - Certificado de Origem; - Certificado de inspeo, analise; - Certificado de Qualidade;Certificado ou Requisito Fitossanitrio; - Pack list (lista de informaes bsicas do produto, peso, volumes etc) - Aplice de seguro; - Licena de Importao; - Contrato de Cmbio; - Declarao de Importao (DI); e - Nota Fiscal de Entrada.24

EXPORTAO a sada de bens, produtos e servios alm das fronteiras do pas de origem. Esta operao pode envolver pagamento, como venda de produtos, ou no, como nas doaes.http://pt.wikipedia.org/wiki/Exportao

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DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA EXPORTAO: LI - Licenciamento No Automtico - exigido para os produtos ou operaes que requeiram anlise prvia ao embarque no exterior ou ao desembarao aduaneiro no Brasil. Deve ser emitido via SISCOMEX (Sistema Integrado de Comrcio Exterior), pelos despachantes aduaneiros credenciados; DI - Declarao de Importao - emitido via SISCOMEX pelo prprio despachantes aduaneiros, indispensvel ao desembarao aduaneiro da mercadoria; Commercial Invoice (Fatura Comercial) - emitida e enviada do exterior pelo exportador; Packing List (Romaneio de Embarque) - emitido e enviado do exterior pelo exportador, se necessrio;.

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Bill of Lading ou Airway Bill (Conhecimento de Embarque) emitido pelo transportador internacional e enviado do exterior pelo exportador; Certificados de Origem ALADI ou MERCOSUL - emitidos e enviados do exterior pelo exportador, se necessrios; Draft (Saque ou Cambial) - emitido e enviado do exterior pelo exportador; Certificado Fito Sanitrio - emitido pelo rgo competente no exterior e enviado pelo exportador, se necessrio; Contrato de Cmbio - preenchido eletronicamente pelo banco ou corretor de cmbio via SISBACEN e assinado pelas partes envolvidas, pode ser indispensvel no desembarao aduaneiro da mercadoria importada, conforme o prazo de pagamento ou o tipo de operao.Como regra geral, os documentos emitidos no exterior so remetidos empresa importadora brasileira atravs do sistema bancrio, exceo feita s operaes entre empresas do mesmo grupo ou na modalidade de pagamento antecipado, em que os documentos de exportao so enviados diretamente ao importador brasileiro pelo exportador estrangeiro.27

Evoluo da Exportao em alguns pasesFONTE: WTO.ORG (Million dollars)1997 World a United StatesArgentina 26.370 26.441

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

5.591.000 5.501.000 5.712.000 6.456.000 6.191.000 6.492.000 7.585.000 9.220.000 10.485.000 12.113.000 13.950.000

689.182

682.138

695.797 23.333

781.918

729.100

693.103

724.771

818.520

904.289

1.036.635 1.162.479

26.341

26.543 58.223

25.650

29.566

34.576

40.351

46.569

55.933

Brazil Europe

52.994

51.140

48.011

55.086

60.362

73.084

96.678

118.529

137.807

160.649

2.413.005 2.513.200 2.521.770 2.633.985 2.655.665 2.839.425 3.386.535 4.051.100 4.397.530

4.975.575 5.772.205

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Tipos de ExportaoDireta ou Indireta Direta ocorre quando a prpria empresa faz a exportao, sem a utilizao de intermedirios no processo de introduo do produto no mercado-alvo. Geralmente abotada por empresas que possuem uma boa estrutura fsica e de capital, empresas de mdio ou grande porte. Indireta trata-se de uma alternativa disponvel para empresas que desejam iniciar seu processo de internacionalizao, porm no possuem experincia suficiente para faz-lo de forma independente. Esta forma de provimento do mercado internacional adotada normalmente por companhias de pequeno ou mdio porte, e pode ocorrer atravs de: uma comercial exportadora, uma "trading company": sociedade annima S/A, cujo papel no s comprar produtos para exportar, mas assessorar uma empresa que deseja exportar seus produtos, mediante pagamento de comisso.29

Atravs de uma Cooperativa (setor rural) ou Consrcio de exportao Pressupe a criao de uma marca sob a qual o produto ser comercializado no(s) mercado(s)-alvo, no sendo necessrio a criao de uma nova personalidade jurdica.As condies so oficializadas em uma reunio, cuja ata deve ser registrada em cartrio. Os custos so rateados entre as empresas participantes. Formas de pagamento - tipo de preo FOB E CIF FOB Free On Board que traduzindo seria preo Livre a Bordo. Representa o valor do bem no porto de origem. Vale dizer, o preo pelo qual o exportador compromete-se a colocar a mercadoria em condies de ser embarcada. Esto nele includos o valor da mercadoria, da embalagem, do frete interno, do seguro interno etc.. CIF Cost, Insurance and Freight que significam Custo, Seguro e Frete, respectivamente. refere-se quele em que a mercadoria posta no porto de destino. Esto nele includos o valor FOB mais o valor do frete internacional, do seguro internacional etc.. 30

Balana Comercial (Saldo Comercial)Termo econmico que representa a relao entre as importaes e exportaes de bens entre os pases. o resultado das exportaes menos as importaes.

Dizemos que a balana comercial de um determinado pas est favorvel(Superavit), quando este exporta (vende para outros pases) mais do que importa (compra de outros pases). Do contrrio, dizemos que a balana comercial negativa (Deficit) ou desfavorvel.

A balana comercial favorvel apresenta vantagens para um pas, pois atraimoeda estrangeira, alm de gerar empregos dentro do pas exportador.

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(Million dollars)EXPORTAO

World a

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 5.591.000 5.501.000 5.712.000 6.456.000 6.191.000 6.492.000 7.585.000 9.220.000 10.485.000 12.113.000 689.182 26.370 52.994 682.138 26.441 51.140 695.797 23.333 48.011 781.918 26.341 55.086 729.100 26.543 58.223 693.103 25.650 60.362 724.771 29.566 73.084 818.520 34.576 96.678 904.289 40.351 118.529 4.397.530 1.036.635 46.569 137.807 4.975.575

2007 13.950.000 1.162.479 55.933 160.649 5.772.205 2007 14.244.000 2.020.403 44.780 126.581 6.060.845

United States Argentina Brazil Europe

2.413.005 2.513.200

2.521.770 2.633.985 2.655.665 2.839.425

3.386.535 4.051.100

IMPORTAO

World a

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 5.739.000 5.683.000 5.921.000 6.727.000 6.485.000 6.744.000 7.863.000 9.569.000 10.857.000 12.428.000 899.020 30.450 63.291 944.353 1.059.440 1.259.300 1.179.180 1.200.230 31.404 61.135 25.508 51.909 25.154 59.053 20.320 58.640 8.990 49.716 1.303.050 1.525.680 13.834 50.859 22.445 66.433 1.732.706 28.689 77.628 4.573.645 1.918.077 34.158 95.851 5.237.990

United States Argentina Brazil Europe

2.418.600 2.559.180

2.596.490 2.774.855 2.733.570 2.875.295

3.461.510 4.161.265

SALDO World a

1997 (148.000)

1998 (182.000)

1999 (209.000)

2000 (271.000)

2001 (294.000)

2002 (252.000)

2003 (278.000)

2004 (349.000)

2005 (372.000) (828.417) 11.662 40.901 (176.115)

2006 (315.000) (881.442) 12.411 41.956 (262.415)

2007 (294.000) (857.924) 11.153 34.068 (288.640)

(209.838) (262.215) (363.643) (477.382) (450.080) (507.127) (578.279) (707.160) United States (4.080) (4.963) (2.175) 1.187 6.223 16.660 15.732 12.131 Argentina

Brazil Europe

(10.297) (5.595)

(9.995) (45.980)

(3.898)

(3.967)

(417) (77.905)

10.646 (35.870)

22.225

30.244

(74.720) (140.870)

(74.975) (110.165)

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ALGUNS CONCEITOS ENVOLVENDO IMPORTAO E EXPORTAO

Corrente de comrcio o resultado da soma das exportaes com as importaes e representa o total de comrcio transacionado por um pas com o exterior. Mercadoria todo produto objeto de uma exportao ou importao. A partir de 1997, o Brasil passou a utilizar, para efeito de classificao de mercadorias, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), utilizada igualmente pelos demais pases partcipes (Argentina, Paraguai e Uruguai). Este critrio de classificao baseado no Sistema Harmonizado de Designao e de Codificao de Mercadorias (SH), metodologia adotada pela quase totalidade dos pases.

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ALGUNS CONCEITOS ENVOLVENDO IMPORTAO E EXPORTAO O Sistema Harmonizado (SH) Na verdade uma sigla condensada de Sistema Harmonizado de Designao e Codificao de Mercadorias, uma nomenclatura aduaneira, utilizada internacionalmente como um sistema padronizado de codificao e classificao de produtos de importao e exportao, desenvolvido e mantido pela Organizao Mundial das Alfndegas (OMA).

As mercadorias so classificadas em ordem crescente de participao humana em sua elaborao, sendo dvidas em 21 sees. A nomenclatura SH composta de seis dgitos, como por exemplo: 0102.91 - Animais Vivos da Espcie Suna outros de peso inferior a 50 kg

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0102.91 - Animais Vivos da Espcie Suna outros de peso inferior a 50 kgO sexto dgito (1) a subposio composta ou de 2 nvel, ou seja, de peso inferior a 50 kg. O Quinto dgito (9) a subposio simples ou de 1 nvel, ou seja, outros. O terceiro e quarto dgito (02) a posio, dentro do captulo correspondente, da mercadoria, neste caso Animais Vivos da Espcie Suna.

Os dois primeiros (01)- classificao da mercadoria, ou seja Animais Vivos

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Fator Agregado: Envolve o agrupamento dos produtos em trs grandes classes, levando-se em conta a maior ou menor quantidade de transformao (agregao de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, at a venda final. a) Produtos bsicos: produtos de baixo valor, normalmente intensivo em mobsicos de-obra,cuja cadeia produtiva simples e que sofrem poucas transformaes. Por exemplo, minrio de ferro, gros, agricultura, etc. b) Produtos industrializados: industrializados Dividem-se em semi-manufaturados e manufaturados, uma vez mais considerando o grau de transformao 1)Semimanufaturados produto que passou por alguma transformao. Ex: suco de laranja congelado; couro. 2)Manufaturado produto normalmente de maior tecnologia, com alto valor agregado, Ex: televisor, chip de computador, automvel, CD com programa de computador, etc.36

A Camex a cmara de comrcio exterior. Cabendo a formulao, a deciso e a orientao de polticas e atividades relativas ao comrcio exterior de bens e servios, incluindo o turismo. A Camex propor as medidas que considerar pertinentes, para proteger os interesses comerciais brasileiros nas relaes comerciais com pases que descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou multilateralmente. Voltada principalmente para a relao do comrcio exterior brasileiro com as demais naes ou blocos econmicos.

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A Secretaria do Comrcio Exterior subordinada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio, cabendo-lhe conduzir as atividades inerentes ao comrcio exterior, nas funes no conflitantes com a camex. Algumas as principais funes da Secretaria Emitir licenas de importaes e exportaes; Exercer fiscalizaes de preos, pesos, medidas, classificao, qualidade e tipos declarados nas operaes. Elaborar estatsticas do comrcio exterior Traar diretrizes da poltica do comrcio exterior Adotar medidas de controle das operaes de comrcio exterior, quando necessrias ao interesse nacional; Decidir sobre normas, critrios e sistemas de classificao comercial; Normatizar, supervisionar, orientar, planejar, controlar e avaliar as atividades aduaneiras.38

Registro de Importador e ExportadorPrincipais passos Fazer o REI(Registro de Exportao e Importao) ONDE?

SCE Secretaria doComrcio Exterior

Acesso ao SISCOMEX

Avaliao pela Secretaria da Receita Federal (Minist. da Fazenda)

LIBERAO

39

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As ZPEs (Zonas de Processamento de Exportao)As ZPEs caracterizam-se como reas de livre comrcio internacional, destinadas instalao de empresas voltadas para a produo de bens a serem comercializados com o exterior, sendo consideradas zonas primrias para efeito de controle aduaneiro. Suas finalidades so: atrair investimentos estrangeiros; reduzir desequilbrios regionais; fortalecer o balano de pagamentos; promover a difuso tecnolgica; criar empregos; promover o desenvolvimento econmico e social do pas; aumentar a competitividade das exportaes brasileiras.

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Benefcios aos empresrios: Iseno tributria mais ampla, variando de pas para pas, na maioria iseno de Imposto de Renda, ausncia de restries para remessa de lucros e insumos dispensados de licena de importao.

Textos Complementares: Texto ZPEs Apresentao do Frum Nacional de Secretrios Estaduais de Desenvolvimento, Indstria e Comrcio -FONSEIC

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A Zona Franca de Manaus (ZFM)Antecedentes histricos: Na dcada de 1960 havia uma campanha no exterior para internacionalizar a Amaznia. Brasil seria incapaz de ocup-la. Forte crise regional pela decadncia do ciclo da borracha e da juta. Uma das formas encontradas pelo governo para contornar a situao foi criar a Zona Franca de Manaus. Conceito: uma rea de livre comrcio de importao e exportao e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amaznia um centro industrial, contribuindo para o crescimento da regio.43

Incentivos a ZFM: Iseno de Impostos Federais sobre importao de insumos, bens de produo e bens de consumo de primeira necessidade (alimentos, medicamentos, materiais de construo, mquinas e motores de implementos agrcolas) . Em 1968 implantado o Distrito Industrial oferecidas grandes reas a preos simblicos, pagos em 10 anos. Iseno de Imposto de renda nesses 10 anos. Em 1972 as primeiras empresas comearam a produzir; Nos primeiros anos apenas montagem de peas importadas, gerando empregos e formao de mo de obra (MO); Com o tempo foram surgindo a indstria de material ptico e informtica Inicialmente seria 25 anos de benefcios - em 2004 foi aprovado pelo senado a prorrogao at 2019.44

Crticas positivas ZFM: A Amaznia foi incorporada ao Brasil Em 1996 havia cerca de 540 fabricantes l instalados Populao de Manaus quando iniciada a ZFM era de 245.000 habitantes em 1996 j eram 1.157.000, o que prova que gerou muitos empregos Em 2005 o tempo de montagem de uma moto Honda era de 22 segundos, o Nvel de produtividade da Nokia igual ao atingido em fbricas do exterior.

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Crticas negativas ZFM: A ocupao da Amaznia no pode ser predatria; As condies de vida so precrias devido ao crescimento desordenado e desenfreado; A ZFM inicialmente foi idealizada para voltar-se para exportao, porm na prtica isso no ocorre; Com a abertura das importaes no nosso mercado nacional, dcada de 90, os produtos da ZFM esto com dificuldades de competir com os importados, porm os incentivos continuam.

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A morte e o ressurgimento da ZFM: Na dcada 1990 aps toda crise nacional promovida pela abertura do mercado e plano Collor, ZFM foi dada como morta, impossibilitada de competir com os importados. - Em 1993 a MO das fbricas foi reduzida para 37 mil trabalhadores, menos da metade existente trs anos antes. - Entretanto desde 2003 a situao vem mudando: primeiro semestre de 2005 a indstria cresceu 20,2%, quatro vezes maior que a mdia nacional; - Em 2006, o faturamento das empresas industriais teve um crescimento de 142% em relao a 2002. - Faturamento da Zona Franca de Manaus deve crescer 10% em 2010.Fonte: pcworld.uol.com.br

Esse ressurgimento e crescimento dos resultados da ZFM deve-se ao mercado nacional e aquecimento da economia brasileira.47

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Conceito de CommoditiesCommodities = mercadorias em Ingls Na bolsa refere-se s transaes de matria-prima de grande importncia para toda a economia internacional. Geralmente, so produtos que podem ser estocados por um determinado perodo de tempo.

A importncia dos CommoditiesO fato de que, embora sejam mercadorias primrias, possuem cotao e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilaes nas cotaes destes produtos de base tm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econmicos e at mesmo a pases. O mercado de derivativos surgiu como uma proteo aos agentes econmicos contra perdas provocadas pela volatilidade nas cotaes dos produtos de base.

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Caractersticas dos Commodities Produtos in natura", provenientes de 2 grandes formas:

Cultivados (soft commodity) ou de Extrao mineral (hard commodity), Caracterizam por no terem passado por grades e/ou complexos processosindustriais, ou seja, so geralmente matrias-primas.

Principalmente minrios e gneros agrcolas, que so produzidos em largaescala e comercializados em nvel mundial.

As commodities so negociadas em bolsas de mercadorias, portanto seuspreos so definidos em nvel global, pelo mercado internacional.

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No apresentam diferenciao por no possurem valor agregado, marcade referncia ou servio que as diferenciem.

Geralmente, so produtos que podem ser estocados por um determinadoperodo de tempo sem que haja perda de qualidade.

No Brasil, representam grande riqueza de exportao, e no mercadoglobal atual, exportar commodities no mais uma ao de pas subdesenvolvido, sendo uma atividade presente em diversos pases independente de seu nvel de desenvolvimento;

A queda nas exportaes de commodities causa uma retrao no PIB deum pas.

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Na lista dos dez maiores exportadores deste tipo de produto, o Brasil estem terceiro lugar, atrs dos EUA e Unio Europeia;

Se por um lado o pas se beneficia do comrcio destas mercadorias, poroutro o torna dependente dos preos estabelecidos internacionalmente. Quando h alta demanda internacional, os preos sobem e as empresas produtoras lucram muito. Porm, num quadro de recesso mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas aes negociadas em bolsa de valores.

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Tipos de CommoditiesAgrcolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodo, borracha, caf, etc. Recursos pesqueiros: peixes, lulas, crustceos, ostras; Minerais: minrio de ferro, alumnio, petrleo, ouro, nquel, prata, etc. Financeiras: moedas negociadas em vrios mercados, ttulos pblicos de governos federais, etc. Ambientais: so mercadorias originadas de recursos naturais em condies sustentveis e so os insumos vitais para a manuteno da agricultura e da indstria. Ex. gua, crdito de carbono. Recursos energticos: energia eltrica Qumica: cido sulfrico, sulfato de sdio Segundo a Funcex ( Fundao Centro de Estudos do Comrcio Exterior), as principais commodities exportadas pelo Brasil, so minrios de ferro, petrleo bruto, carne de frango, caf em gro, carne bovina, soja e milho, suco de laranja e alumnio.53

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ConceitoDUMPING uma prtica comercial que consiste em uma ou mais empresas de um pas venderem seus produtos, mercadorias ou servios por preos extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro pas (preo que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do pas exportador), por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando ento a dominar o mercado e impondo preos altos. um termo usado em comrcio internacional e reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado. Como exemplo, pode-se constatar a prtica de dumping se a empresa A, localizada no pas X, vende um produto nesse pas por US$ 100 e o exporta para o Brasil por US$ 80, sempre levando em considerao a existncia de condies comparveis de comercializao (volume, estgio de comercializao, prazo de pagamento etc.)

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Dumping e Direitos AntidumpingOs direitos antidumping tm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por importaes realizadas a preos de dumping, prtica esta considerada como desleal em termos de comrcio em acordos internacionais. A aplicao de medidas de defesa comercial requer que, no mbito de um processo administrativo, seja realizada uma investigao, com a participao de todas as partes interessadas, onde dados e informaes so conferidos e opinies so confrontadas, para que o Departamento possa propor a aplicao de uma medida ou o encerramento de uma investigao sem imposio da mesma. A investigao deve comprovar a existncia de dumping, de dano produo domstica e de nexo causal entre ambos. A investigao dever ser conduzida de acordo com as regras estabelecidas nos Acordos da OMC e na legislao brasileira. Tais regras buscam garantir ampla oportunidade de defesa a todas as partes interessadas e a transparncia na conduo do processo. O no cumprimento dos procedimentos pode implicar a contestao da medida que vier a ser adotada ao final da investigao e a consequente revogao da mesma por determinao da OMC.56