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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH AULA TESTE

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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH

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No Brasil, a preocupação com o controle de infecções hospitalares surge na década de 60 através de publicações dos primeiros relatos sobre o tema. A primeira iniciativa para criação de uma CCIH tem data de 1963, no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre- RS.

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A Lei Federal 6.431 de 6/1/97 instituiu a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), definido como um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, tendo como objetivo a redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções hospitalares.

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CCIH surgiu então com a preocupação em se conhecer os índices de infecção hospitalar, e tem como principal responsabilidade, a implantação de ações de biossegurança, que corresponde à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes. O uso de tais medidas pressupõe que todos os profissionais podem ser potencialmente infectados com patógenos, e os acidentes com materiais perfurocortante é considerada uma urgência médica, sendo indicado o atendimento o mais precoce possível, embora alguns profissionais dão pouca importância a esse fato pelo motivo de acharem que não irá causar danos para a saúde.

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Em 13/5/98, o Ministério da Saúde editou a Portaria 2.616/98, com diretrizes e normas para a execução destas ações. Novas atribuições foram conferidas, destacando-se o uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares.

Estas novas recomendações objetivam tornar mais atuante as ações de controle de infecção, integrando-as na estrutura administrativa da instituição, substituindo seu papel eminentemente consultivo para participar com maior profundidade dos processos decisórios, auxiliando a administração a dimensionar as prioridades de investimento para o aprimoramento da qualidade da assistência prestada.

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A CCIH deve ser responsável por uma serie de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde, o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, entre outras ações.

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Quem são os profissionais que participam de uma CCIH?

É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam treinamento para a atuação nesta área. Há exigência legal para manutenção de pelo menos um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isto está regulamentado em portaria do Ministério da Saúde.

Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. Estes profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica, uma nutricionista. Representantes da administração do hospital devem atuar também na CCIH para colaborar na implantação das recomendações.

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A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados.

Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.

O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direção do hospital.

Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: • serviço médico; • serviço de enfermagem; • serviço de farmácia; • laboratório de microbiologia; • administração.

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Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção hospitalar e, portanto, são encarregados da execução programada de controle de infecção hospitalar.

Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.

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Qual a finalidade de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar? Uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) possui profissionais que deverão executar as seguintes tarefas: • Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo

critérios de diagnósticos previamente estabelecidos. • Conhecer as principais infecções hospitalares

detectadas no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a literatura mundial sobre o assunto e saber reconhecer as taxas aceitáveis de infecção hospitalar para cada tipo de serviço.

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• Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos), diminuindo o risco de o paciente adquirir infecção.

• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.

• Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.

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• Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se trata de pacientes hospitalizados.

• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde.

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O objetivo da CCIH dentro do hospital é oferecer condições de segurança a todos os clientes da instituição, de modo que as infecções hospitalares possam ser reduzidas a patamares muito baixos. A taxa zero é inatingível, porém uma CCIH que atue de forma a construir um ambiente seguro para o cliente contribui de maneira significativa para evitar intercorrências durante o período de hospitalização.

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As atividades da CCIH dentro do hospital conferem em três pilares de atuação:

O epidemiológico, que nos permite fazer um raio-x da instituição, através da obtenção de dados das infecções contraídas no hospital. Obtidos através da busca ativa, esses dados são lançados em um software específico de controle de infecções, de tal forma que temos um banco de dados completo, com as taxas de infecção do hospital. A avaliação desses dados nos permite também determinar as bactérias que causam as infecções, de tal forma que, além de controlá-las melhor, permite também que as prescrições de antibióticos sejam mais adequadas

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O segundo pilar é o infectológico, no qual controlamos as prescrições de antibióticos de modo a não haver desequilíbrios que possam levar à resistência bacteriana aos medicamentos. Assim, diariamente é feito o controle, a avaliação e a adequação dos antibióticos prescritos em todo o hospital. Isso reduz os custos assistenciais e formata um melhor perfil de tratamento aos pacientes.

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O terceiro pilar é a prática constante de treinamentos e construção de rotinas em parceria com os colaboradores e o corpo clínico, favorecendo a redução dos índices de infecção no hospital. Atuamos de uma forma objetiva e prática para prevenir as infecções.

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Por meio das equipes operativas de gestores, as atividades relacionadas à vigilância, educação permanente, supervisão sistemática de processos e procedimentos e uso racional de antimicrobianos podem ser melhor desenvolvidas para a busca de resultados dentro de metas e cronogramas pactuados.

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A vigilância de infecção hospitalarVigilância de infecção hospitalar é a

observação sistemática e ativa da ocorrência e distribuição da infecção na população de pacientes internados e dos eventos ou condições que aumentam ou diminuem o risco de sua ocorrência.

A coleta de dados, a consolidação, a análise e a divulgação dos mesmos devem servir de base para estabelecer níveis endêmicos, identificar surtos, sensibilizar profissionais de saúde e administradores sobre a necessidade do controle e avaliar as medidas implantadas.

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Ação do enfermeiro na infecção hospitalar

O enfermeiro é o profissional mais requisitado e mais capacitado para atuar no controle da infecção hospitalar visando: • Processo de Adequação do Ambiente - A adequação das

vestimentas, do leito, dos consultórios, das enfermarias e outros elementos próximos.

• Processo de Adequação do Meio-O equilíbrio do ambiente de trabalho, de lazer e outros. As medidas de saneamento básico e de organização e administração do sistema de trânsito.

• Adequação do Ambiente - A ação do enfermeiro no controle de infecção hospitalar, como partícipe ou não de Comissão Específica.

• Processo de Adequação do Ambiente - A Educação em Saúde às pessoas (sadias ou doentes), família ou comunidade; o treinamento em serviço (pessoal serviçal e de enfermagem) e a educação continuada das ações protetoras do meio ambiente hospitalar fazendo parte da função do enfermeiro.

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Vigilância EpidemiológicaVigilância Epidemiológica das infecções

hospitalares é a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle.

A CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais adequado às características do hospital.

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Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados periodicamente no hospital e, especialmente, nos serviços de Berçário de Alto Risco, UTI (adulto/pediátrica/neonatal) Queimados, são;

• Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número de episódios de infecção hospitalar no período considerado e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no mesmo período;

• Taxa de Pacientes com Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número de doentes que apresentam infecção hospitalar no período considerado, e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no período;

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• Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização topográfica no paciente, calculada tendo como numerador o número de episódios de infecção hospitalar em cada topografia, no período considerado e como denominador o número total de episódios de infecção hospitalar ocorridos no período;

• Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento, calculada tendo como numerador o número de pacientes submetidos a um procedimento de risco que desenvolveram infecção hospitalar e como denominador o total de pacientes submetidos a este tipo de procedimento

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Lembrando sempre que o objetivo primordial da existência de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é a redução dos índices de infecção através de ações conjuntas desenvolvidas entre a comissão, os profissionais que a compõe e os demais envolvidos na cadeia de transmissão da infecção hospitalar (os profissionais de saúde e o paciente).