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INFECÇÃO HOSPITALAR Alice M. Santana Camila B. de Souza Kamila A. de Souza Márcia Seixas Susy Vasconcelos Wesley

INFECÇÃO HOSPITALAR seminario

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INFECÇÃO HOSPITALAR

Alice M. SantanaCamila B. de SouzaKamila A. de Souza

Márcia SeixasSusy Vasconcelos

Wesley

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Definição

• De acordo com o Ministério da Saúde, infecção hospitalar é uma infecção adquirida após a admissão do paciente e cuja manifestação ocorreu durante a internação ou após a alta, podendo ser relacionada com a internação ou a procedimentos hospitalares.

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Infecção hospitalar x Infecção comunitária

• Infecção comunitária é a infecção constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente, desde que não relacionado com internação anterior no mesmo hospital.

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Histórico

• Código Hammurabi – 2000 aC: “Se o cirurgião fez uma profunda incisão no corpo de um homem e lhe causar a morte, ou se abrir uma fenda no olho e destruiu o olho do homem, ele terá o braço cortado”.

• Juramento de Hipócrates: “primum non noscere”• Florence Nightingale: “Medidas de higiene,

ventilação e dieta”.• Lembrar de colocar a infecção pós parto (áustria)

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Histórico

-Primeiros relatos de infecção hospitalar (no Brasil): em 1956 e 1959.

-A primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH: 1963,Hospital Ernesto Dornellis - RS.

-A partir de 1970, são implantados principalmente nos Hospitais Universitários.

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Histórico

- 1983:Portaria MS nº196, determina a implantação em todos os hospitais.

-1985:Publicação do Manual de Controle de Infecção

Hospitalar.

-1988:Portaria MS nº. 232, cria o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar.

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Histórico

1992:Portaria MS nº. 930, determina a implantação de Programa de Controle de Infecção Hospitalar para todos os hospitais do país.

-1998:Portaria MS nº. 2616; expede, na forma dos anexos, diretrizes algumas normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares;

- 2000:Cria - se o Roteiro de Inspeção do Programa de Controle de Infecção Hospitalar.

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Infecção Hospitalar

• Para entender os mecanismos de disseminação de um microorganismo dentro de um hospital, é necessário conhecer pelo menos três elementos: a fonte, o mecanismo de transmissão e o hospedeiro susceptível.

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Fonte

• são os profissionais de saúde, pacientes, ocasionalmente visitantes e fômites ou materiais e equipamentos infectados ou colonizados por microorganismos patogênicos.

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Transmissão

A transmissão de microorganismos em hospitais pode se dar por diferentes vias:

- Transmissão aérea por gotículas: gotículas oro-nasais

- Transmissão pelo ar: núcleos de gotículas, poeira contaminada;

- Transmissão por contato: direto ou indireto- Transmissão por veículo comum: mão, objeto

contaminado, fômites;

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Vias importantes de contaminação

- Infecções cruzadas (contato das mãos).

- Falhas técnicas nos procedimentos invasivos.

- Falhas nos procedimentos de limpeza, desinfecção,

esterilização e conservação dos equipamentos.

- Transmissão de um paciente a outro.

- Contaminação de alimentos, medicamentos, água.

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Hospedeiro

Pacientes expostos a um mesmo agente patogênico podem desenvolver doença clínica ou simplesmente estabelecer uma relação comensal com o microorganismo, tornando-se pacientes colonizados. Fatores como idade, doença de base, uso de corticosteróides, antimicrobianos ou drogas imunossupressoras e procedimentos cirúrgicos ou invasivos podem tornar os pacientes mais susceptíveis às infecções.

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Diagnóstico da IH1- Princípios:

- Evidência clínica- Exames laboratoriais- Evidências de estudos com métodos de imagem- Endoscopia- Biopsias

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Diagnóstico da IH

2- Critérios Gerais:- Quando na mesma topografia da infecção comunitária for isolado um outro germe, seguido de agravamento das condições clínicas do pacente.- Infecção que se apresenta >72 horas após a admissào, quando se desconhece o período de incubação e não houver evidência clínica e/ou laboratorial no momento da admissão.- São também convencionadas IH, as que aparecem antes das 72 horas na internação quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos do período

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• As infecções hospitalares mais freqüentes são as urinárias, em torno de (40%), as septicemias (10%), as pós-cirúrgicas (25%) e as pneumonias (10%). As outras infecções correspondem a uma proporção de 15%. Este percentual é variável, de acordo com as características das instituições.

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Infecção do trato urinário (ITU)• É a infecção hospitalar mais comum• Principal fator de risco: cateter urinário• Outros fatores de risco associados a bacteriúria em pacientes

cateterizados incluem: duração do procedimento, tipo de cateterização e do sistema de drenagem, terapia antimicrobiana, severidade do quadro que induziu a internação e doença de base

• Maior frequência em mulheres• Escherichia coli é o agente mais freqüente, seguido por

Staphylococcus saprophyticus, Klebsiella spp., Enterobacter spp. e Proteus spp.

• Bacteriúrias hospitalares são causadas em sua maioria, por microrganismos de origem endógena podendo também ser originadas por microrganismos do ambiente hospitalar.

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Infecções do trato respiratório

• Pneumonia: associada a alta mortalidade• Fatores de risco: idade, patologia de base, instrumentação do trato

respiratório, colonização da orofaringe com flora intestinal favorecida pela neutralização do pH do estômago e pelo uso de sondas, endoscopia, equipamentos de terapia respiratória, broncoaspiração e biópsia transbrônquica predispoem ao aparecimento dessas infecções .

• Pneumonia divide-se em: precoce (desenvolvida em até 96 horas da admissão do paciente na UTI ou ventilação mecânica ), onde os agentes comumente relacionados são E. coli, Proteus spp, Klebsiella spp, S. pneumoniae, S. aureus oxacilina-sensível, e tardia (após 96 horas da admissão do paciente na UTI ou VM) sendo os agentes associados a P. aeruginosa, Acinetobacter spp, S. aureus oxacilina-resistente, agentes multirresistentes, e neste caso o tratamento vai depender da flora de cada hospital

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Septicemia• O avanço tecnológico contribuindo para maior sobrevida do paciente,

introduziu também o uso de novas terapias mais invasivas e entre elas destaca-se o acesso vascular, favorecendo assim ao aumento da incidência de infecções da corrente sangüínea. Os fatores de risco associados à bacteremias são: idade, alterações dos mecanismos de defesa locais ou sistêmicos (perda da integridade da pele, diminuição da função dos granulócitos, imunodeficiência ou imunodepressão), utilização de insumos contaminados, emulsões lipídicas, severidade da doença de base, dentre outros. Salientamos que as bacteremias primárias são documentadas por cultura positiva da corrente sangüínea, onde nenhum outro sítio de infecção foi achado como de origem, sendo somente estas consideradas hospitalares.

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Pós - cirúrgico• O principal fator predisponente é o potencial de contaminação da

cirurgia, mas a duração do procedimento e as condições pré-operatória do paciente também têm grande importância, tanto que estes 3 fatores determinam o índice de risco de infecção cirúrgica

• Outros fatores podem influir na ocorrência de infecção, como a permanência pré-operatória do paciente, predispondo-o a infecção por cepas hospitalares mais virulentas e resistentes aos antibióticos, a presença de infecção concomitante, a utilização de corpos estranhos, como drenos e próteses, o estado nutricional dos tecidos operados e principalmente a técnica cirúrgica. A técnica de preparo da pele do paciente é outro fator destacado, onde a tricotomia realizada com lâmina há mais de duas horas do início da cirurgia destaca-se, aumentando significativamente o risco de infecção.

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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

• A Lei Federal 6.431 de 06/01/97 obriga todos os hospitais brasileiros constituírem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) que deverá atuar de acordo com Programa desenvolvido na própria instituição.- Profissionais de saúde responsáveis por: planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar

(Conjunto de ações desenvolvidas -> redução máxima da incidência e da gravidade das IH.)

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CCIH

Órgão de assessoria da direção da instituição composta por profissionais de nível superior, formalmente designados, constituída por:- Membros Consultores (representantes dos serviços médico, de enfermagem, farmácia hospitalar, laboratório de microbiologia e da administração do hospital).- Membros Executores (obedecendo à relação de 2 técnicos de nível superior-> 200 leitos, sendo um dos membros preferencialmente da enfermagem).

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Conclusão

• algumas infecções hospitalares são inevitáveis e outras não. Assim, altas taxas de infecção hospitalar necessariamente não significam má qualidade de assistência médica, podendo refletir também a prevalência aumentada de pacientes graves na clientela e a inevitabilidade de emprego de métodos de diagnóstico e de tratamento agressivos e imunossupressivos...