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INFORMATIVO ELETRÔNICO DO MANDATO - 462 - 15/03/2013 Assembleia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, 101 - Gab. Parlamentar, sala 1001 - 10 0 andar- (51) 3210.1370 Siga o Villa: Site: www.adaovillaverde.com.br | Twitter: @_villa13_ | Facebook: adaovillaverde O adeus a uma militante dos direitos das mulheres Comissão Especial avança nas contribuições para criar lei de prevenção e proteção contra incêndios LEIS DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS Convidados da terceira audiência pública do órgão ressaltaram importância de fiscalização rigorosa por parte do município e alertaram que a subdivisão das responsabilidades fragiliza o controle. Páginas 3 e 4 Marcelo Antunes Marcelo Antunes Páginas 2, 3, 4, 5 e 6 Aos 35 anos, a Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, faleceu na madrugada de quarta-feira (13). Referência na luta pela igualdade de gênero, pelo engajamento comprometido em causas sociais, sobretudo nos direitos humanos, Márcia atuava intensamente na defesa dos direitos da mulher. Nos dois anos em que esteve à frente da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM/RS), Márcia mobilizou órgãos públicos, entidades civis e agentes sociais em defesa da igualdade de gênero no Rio Grande do Sul. Com o trabalho de Márcia, as políticas públicas de apoio às mulheres ocuparam pela primeira vez espaço de destaque na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Entre as principais iniciativas da Secretaria comandada por ela, destacam-se a Escuta Lilás, a Sala Lilás, a Rede de Atendimento à Mulher, e os programas Pró-Equidade de Gênero e Raça, Patrulha Maria da Penha, Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Verão numa Boa e Cimento & Batom, entre outras. LEGADO

Comissão Especial avança nas contribuições p ara criar lei ... · nhada na divulgação dos proje-tos e ideais de seu partido. Presidenta Dilma presta homenagem à secretária

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INFORMATIVO ELETRÔNICO DO MANDATO - 462 - 15/03/2013

Assembleia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, 101 - Gab. Parlamentar, sala 1001 - 100 andar- (51) 3210.1370Siga o Villa: Site: www.adaovillaverde.com.br | Twitter: @_villa13_ | Facebook: adaovillaverde

O adeus a uma milit ante dos direitos das mulheres

Comissão Especial avança nas contribuições p aracriar lei de prevenção e proteção contra incêndios

LEIS DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Convidados da terceiraaudiência pública doórgão ressaltaramimportância de fiscalizaçãorigorosa por parte domunicípio e alertaramque a subdivisão dasresponsabilidadesfragiliza o controle.

Páginas 3 e 4

Marcelo Antunes Marcelo Antunes

Páginas 2, 3, 4, 5 e 6

Aos 35 anos, a SecretáriaEstadual de Políticas paraas Mulheres, MárciaSantana, faleceu namadrugada de quarta-feira(13). Referência na lutapela igualdade de gênero,pelo engajamentocomprometido em causassociais, sobretudo nosdireitos humanos, Márciaatuava intensamente nadefesa dos direitosda mulher.

Nos dois anos em que esteve à frente da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM/RS),Márcia mobilizou órgãos públicos, entidades civis e agentes sociais em defesa da igualdade de gênerono Rio Grande do Sul. Com o trabalho de Márcia, as políticas públicas de apoio às mulheres ocuparampela primeira vez espaço de destaque na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Entre as principais iniciativasda Secretaria comandada por ela, destacam-se a Escuta Lilás, a Sala Lilás, a Rede de Atendimento àMulher, e os programas Pró-Equidade de Gênero e Raça, Patrulha Maria da Penha, DelegaciasEspecializadas de Atendimento à Mulher, Verão numa Boa e Cimento & Batom, entre outras.

LEGADO

02

MÁRCIA PRESENTE

A perdairrep arável deMárcia Sant ana

illa lamenta profundamen-te o falecimento súbito da Se-cretária Estadual de PolíticasSociais do RS, Márcia Santana.

“Esta é, de fato, uma perdairreparável de uma jovem

V

competente, comprometidacom a luta pela igualdade degênero e extremamentededicada às causas sociais “,diz Villa. “Era uma mulher quecombinava um comportamen-to gentil e generoso com umapersonalidade forte e determi-nada na defesa de suas con-vicções”.

Graças a sua atuação inten-sa, sempre com um perma-nente sorriso otimista que con-

tagiava a todos, Márcia pro-duziu aos 35 anos um legadoinesquecível e consistentecomo construtora incansávelde um mundo mais justo e me-lhor.

Villa lembra que, na últimacampanha eleitoral em PortoAlegre, Márcia esteve sempre aoseu lado, presente em todos oseventos como militante empe-nhada na divulgação dos proje-tos e ideais de seu partido.

President a Dilma prest a homenagem à secretária MárciaSantana ao lançar o programa "Mulher: V iver Sem V iolência"

o lançar o programa“Mulher: Viver SemViolência”, no Palácio doPlanalto, em Brasília, naquarta-feira (13), apresidenta DilmaRousseff referiu-seà partida de MárciaSantana.

Após o vocativoconvencional, ao iniciaras alusões ao contextoe ao conteúdo doprograma, Dilma afirmouque “nós somos ogoverno com o maiorvolume de políticaspúblicas em favor damulher em nossahistória”. Para ela, oprograma “Mulher: Viversem Violência” dá maisum passo para combatera violência contra amulher.

A

Leia a íntegra doLeia a íntegra doLeia a íntegra doLeia a íntegra doLeia a íntegra do

discurso de Dilma emdiscurso de Dilma emdiscurso de Dilma emdiscurso de Dilma emdiscurso de Dilma em

http://migre.me/dF0SJ

“Eu quero iniciar homenageando uma mulher lutadora,Márcia Santana, secretária de Políticas Para Mulheresdo Rio Grande do Sul que nos deixou nessamadrugada [...] Nós estamos dando ênfase aocombate à violência de todas as formas na sociedade,mas focamos em um segmento extremamentevulnerável da nossa população quando se trata deviolência, e esse segmento são as mulheres, os 50%de mulheres, ou 51%, melhor dizendo, de mulheresque constituem a população brasileira [...] Nós somosum país de mulheres que querem construir, ao ladodos homens, um país cada vez melhor e maishumano. Mulheres que sabem que o caminho paraesse Brasil mais desenvolvido e mais justo passa pelaintransigente defesa da igualdade contra a violênciaentre homens e mulheres”.

Trabalho reconhecidoPelo Twitter, autoridades e amigosprestaram homenagem à Márcia Santana

03

MÁRCIA PRESENTE

http://migre.me/dGZ2Q

Governo do Estado aderiu à 4ª Edi-ção do Programa Pró-Equidade de Gê-nero e Raça e foi contemplado com oselo do programa, em reconhecimentoà promoção da igualdade de gênero noRio Grande do Sul. O Pró-Equidade é de-senvolvido pela Secretaria Nacional dePolíticas para Mulheres, em parceriacom a ONU Mulheres - entidade das Na-ções Unidas para igualdade de gênero eo empoderamento das mulheres -, e aOrganização Internacional do Trabalho(OIT Brasil).

O Selo Pró-Equidade de Gênero eRaça objetiva incentivar o desenvolvi-mento de novas concepções na gestãode pessoas e na cultura organizacionalbaseadas na equidade de gênero e raça/etnia. Também reafirma os compromis-sos de promoção da igualdade entremulheres e homens inscritos no PlanoNacional de Políticas para as Mulheresda Constituição Federal de 1988.

O Governo do Estado obteve reco-nhecimento nesta edição do programapor ter cumprido satisfatoriamente tan-to com as etapas solicitadas quanto comas ações pactuadas. Algumas ações in-cluem a realização de fóruns, cursos decapacitação, debates e diagnósticospara ampliar o número de mulheres, demulheres negras e de negros nos espa-ços do Governo gaúcho.

Articuladas com o Programa EscutaLilás, estão a Patrulha Maria da Penha,as Delegacias da Mulher e a Sala Liláspara exames de corpo delito. A BrigadaMilitar recebeu 250 coletes balísticoscom bojo, adaptados ao corpo femini-no, e quatro viaturas para uso das Pa-trulhas nos Territórios de Paz para com-bater a violência doméstica.

O uso da linguagem inclusiva (nãosexista ou racista), por exemplo, foi de-terminado pelo governador Tarso Gen-ro nos documentos oficiais - um manu-al da Linguagem Inclusiva deverá serlançado em breve. Também a temática

O

Estado recebe reconhecimento atravésdo Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça

de gênero, raça/etnia foi incluída na proposta pedagógica dos cursos de forma-ção das academias de polícia e nas provas de concursos para provimento decargos efetivos do serviço público do Poder Executivo. Funcionários e funcionári-as públicas estão sendo recadastrados para identificação de gênero e raça/etnia.Foi instituída também uma instrução normativa que regulamenta a elaboraçãode editais de contratação pública, para que os prestadores de serviços ao Gover-no do Estado contemplem a igualdade de gênero e raça/etnia.

cretaria de Políticas para as Mulheres, sabe da necessidade de implementaresta perspectiva de gênero. O objetivo é promover a igualdade de tratamentoentre homens e mulheres na administração pública”, complementou Márcia.

TEXTO: Sátira Machado

04

MÁRCIA PRESENTE

TEXTO: Sátira Machado

Na quinta-feira (14), o GrandeExpediente promovido pela depu-tada Ana Affonso (PT), sobre oenfrentamento da violência contramulheres foi marcado pela emoçãodevido ao falecimento da secretá-ria estadual Márcia Santana. Pre-sente ao evento, Villa destacou queas recentes mudanças positivasocorridas na vida das mulheresatravés de programas dos governos

federal e estadual, citando o trabalho pioneiro desenvolvido por Már-cia à frente da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres.

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES

Marcelo Bertani

LEIA+

Programa “Mulher, Viver sem Violência” terá R$ 265milhões para segurança, justiça, saúde e assistência social

erviços públicos de segurança, justi-ça, saúde, assistência social, acolhimen-to, abrigamento e orientação para tra-balho, emprego e renda passarão a serintegrados por meio do programa Mu-lher, Viver sem Violência. Lançada pelogoverno federal nessa quarta-feira (13),a iniciativa propõe, aos governos esta-duais, estratégias para assegurar o aces-so das mulheres vítimas de violência degênero aos atendimentos públicos. Emdois anos, serão investidos R$ 265 mi-lhões, sendo R$ 137,8 milhões, em 2013,e R$ 127,2 milhões, em 2014.

Foi anunciada a criação, até 2014,de 27 Casas da Mulher Brasileira nos es-tados e no Distrito Federal, que ofere-cerão atendimento integrado com mé-dicos, psicólogos, delegacia, promoto-ria e defensoria pública. De modo iné-dito, a Casa terá os seguintes serviços:delegacias especializadas de atendimen-to à mulher (Deam), juizados e varas,defensorias, promotorias, equipepsicossocial (psicólogas, assistentes so-ciais, sociólogas e educadoras, paraidentificar perspectivas de vida da mu-

S lher e prestar acompanhamento perma-nente) e equipe para orientação ao em-prego e renda. A estrutura física terábrinquedoteca e espaço de convivênciapara as mulheres.

O custo médio é de R$ 4,3 milhõescada uma, incluindo construção financi-ada pelo governo federal, aquisição deequipamentos, mobiliário e transporte.A previsão é atender cerca de 200 pes-soas por dia. O acesso aos serviços desaúde (institutos médicos legais, hospi-tais de referência e unidades básicas) ede abrigamento será feito pela logísticade transporte gratuito, vinculada ao Li-gue 180 e à Casa da Mulher Brasileira.

“Hoje, a vítima entra para os servi-ços por delegacias, hospitais e Ligue180. E, a partir daí, começa a busca poruma série de direitos que podem levarmuito tempo e até mesmo custar a vidada mulher. Nosso objetivo é evitar que avítima da violência se perca no caminhodo acesso aos serviços públicos. Por isso,estamos investindo na integração darede de serviços já existente e criandoum modelo arrojado que faça frente à

violência patriarcal”, afirma a ministrada Secretaria de Políticas para as Mu-lheres (SPM), Eleonora Menicucci.

Disque 180A Central de Atendimento à Mulher -

Ligue 180, da SPM, passará a ser umdisque-denúncia com acionamento ime-diato das polícias militares de todo o país,como já ocorre com situações de tráficode mulheres, com ativação de urgênciapara a Polícia Federal, e de cárcere pri-vado, para o Ministério Público.

A partir do programa Mulher, Viver semViolência, em atendimentos classificadoscomo urgentes, o Ligue 180 fará encami-nhamento direto para o Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência (Samu), pelo192, ou da Polícia Militar, pelo 190.

Com mais de três milhões de aten-dimentos e demanda superior a 1.600%desde a criação, em 2005, o Ligue 180terá o aporte de R$ 25 milhões para au-mento da capacidade técnica para tria-gem e distribuição das demandas. Esseserviço se tornará porta de entrada paraa Casa da Mulher Brasileira.

Iniciativa conta com a participação dos governos estaduais

Projeto da Casada Mulher Brasileira

João Filgueiras Lima

05

MÁRCIA PRESENTE

06

Cesta básica,direitos doconsumidor eproteção àmulher sãotemasprioritários

A presidenta Dilma Rousseff utilizou oespaço da sua coluna semanal “Conversacom a presidenta” para falar sobre aisenção de impostos federais na cestabásica (anunciada na sexta-feira, 8 demarço), sobre os direitos do consumidore sobre a proteção aos direitos da mulher.

Cesta Básica sem impostos federais:A desoneração da cesta básica vai beneficiartodos os brasileiros. Com a esperada reduçãodos preços desses produtos, as famílias po-derão comprar mais alimentos e produtos delimpeza, e ainda ter uma sobra de dinheiropara poupar ou consumir outros bens. Issoestimulará a agricultura, a indústria e o co-mércio, trazendo mais negócios e mais em-pregos. Essa medida soma-se a outras já to-madas - como a redução das contas de luz,que desde o mês passado já beneficia os bra-sileiros - e ajuda as famílias a equilibrar me-lhor o orçamento doméstico. Fazem parte des-sa cesta básica, que está sem impostos fede-rais,  carnes bovina, suína, caprina, de avese peixes, arroz, feijão, ovo, leite integral,café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga,frutas, legumes, sabonete, papel higiênico epasta de dentes. Boa parte desses produtosjá não pagava o Imposto sobre Produtos In-dustrializados, o IPI, mas ainda incidia sobreeles uma alíquota de 9,25% do PIS/Cofins.Com esta decisão, o governo abre mão de

O mais de R$ 7 bilhões e 300 milhões em im-postos ao ano, mas os benefícios que virãopara a vida das pessoas e para a nossa eco-nomia compensam esse corte na arrecada-ção. Esta mudança será especialmente per-cebida nas pequenas comunidades, onde ocomércio e o setor de serviços estão voltadosprincipalmente para suprir as demandas bá-sicas da população.

Mais Direitos para os Consumidores:No próximo dia 15 de março, Dia Internacio-nal do Consumidor, vamos transformar a de-fesa do consumidor, de fato, em uma políticade Estado no Brasil. Queremos que o nossopaís tenha o mesmo padrão dos países maisavançados do mundo na defesa desses direi-tos essenciais do cidadão. Vamos fortalecer alegislação para premiar as boas práticas e parapunir as más práticas. Também vamos refor-çar e apoiar as estruturas que já atuam naproteção do consumidor, como é o caso dosProcons. Queremos respostas mais ágeis emais efetivas aos consumidores que tenhamsido desrespeitados em seus direitos e va-mos cobrar melhorias de serviços e mais trans-parência das empresas e também do própriogoverno.

Atendimento à Mulher:Todos os governos têm obrigação de lutar pelaigualdade de gênero, pela defesa intransigen-te dos mesmos direitos para homens e paramulheres. E num governo comandado por uma

mulher, esta obrigação tem um peso ainda mai-or. Não se trata apenas de uma questão éticaou humanística, mas de uma questão estraté-gica, pois a desigualdade de gênero é tam-bém  economicamente destrutiva. Somos ogoverno com o maior volume de políticas pú-blicas em favor da mulher em nossa história,mas precisamos e vamos fazer muito mais. O governo federal vai instalar, em cada Esta-do, um moderno centro de atendimento inte-gral à mulher, que terá um setor de prevençãoe atenção contra a violência doméstica. O cen-tro contará também com serviçosespecializados, inclusive de apoio à mulher em-preendedora, com ferramentas de estímuloao pequeno negócio, como o microcrédito e acapacitação profissional. Nós temos combati-do com rigor os crimes monstruosos do tráficosexual e da violência doméstica, mas temosque intensificar ainda mais essas ações. A vi-olência doméstica tem que ser varrida dosnossos lares e do nosso território. Já temosinstrumentos poderosos para isso, como a LeiMaria da Penha, que é uma das melhores domundo. É preciso agora maior compromisso eparticipação de todos nós. Aos homens queainda agridem mulheres, a despeito de tudo,eu faço um especial apelo e um alerta: pen-sem no amor, no sacrifício e na dedicação quereceberam de suas queridas mães; e se agemassim por falta de respeito ou por falta de te-mor, não esqueçam que a maior autoridadedeste país é uma mulher, que não tem medode enfrentar os injustos nem a injustiça, este-jam onde estiverem.

Governo Federal retirou todos os im-postos federais dos produtos da cesta bási-ca. Tive o orgulho de fazer esse anúncio naúltima sexta-feira (8), no Dia Internacionalda Mulher, juntamente com outras duas me-didas que homenageavam especialmente as mães de família mais pobres e as declasse média, que dividem, com seus mari-dos, a responsabilidade pelo sustento dacasa. Detalho as medidas abaixo:

MÁRCIA PRESENTE

http://migre.me/dDXAe

07

LEIS DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Fiscalização rigorosa é obrigação do município

ara o presidente do Conselhode Arquitetura e Urbanismo doRio Grande do Sul (CAU/RS) ar-quiteto Roberto Py Gomes daSilveira, o estado está cobertopor legislações federal, estaduale municipais que incluem a pro-teção contra incêndios. Mas énecessário privilegiar, de fato, aação de controle e fiscalizaçãorigorosa nos municípios. “Tudoque se faz no Brasil se realiza noâmbito do município e tem queser controlado ali, com planosadequados e técnicosespecializados, mas compreen-dendo o conjunto todo que en-volve a concessão de umalvará”, destacou Roberto Py.

Ele falou na tarde de segun-da-feira (11), na audiência pú-blica da Comissão Especial cria-da para revisar e atualizar as leisde prevenção e proteção contraincêndios no RS, presidida porVilla, que atendeu pedido doCREA/RS ao propor a implanta-ção do órgão técnico naAssembleia gaúcha.

“Não se pode fragmentar osaspectos olhando isoladamentesó um projeto ou um plano deprevenção pois são um conjuntoúnico no controle municipal deedificações”, frisou, observandoque os prédios devem ser vistosa partir de suas peculiares deutilização. “Não se pode daralvará para locais de eventos in-fantis que são ratoeiras para cri-anças, como se fosse um prédiocomum com outro uso”,exemplificou. “Em Santa Mariaera um prédio de um cursinhoque virou danceteria”.

Tudo que se faz no Brasilse realiza no âmbito do

município e tem que sercontrolado ali, com planos

adequados e técnicosespecializados, mas

compreendendo o conjuntotodo que envolve a

concessão de um alvará

Roberto Py Gomes da Silveira

Marcelo AntunesP

3a audiência públicapromovida pela ComissãoEspecial ocorreu nasegunda-feira (11)

ComissãoEspecial ouvirá

especialist asbrasileiros eestrangeiro

A quarta audiência pública da Comissão Especial de revisão e atualização dasleis contra incêndio no RS, ouvirá especialistas brasileiros e estrangeiro.

Os convidados do encontro da próxima segunda-feira (18) serão os engenheirosCláudio Alberto Hanssen, do Sindicato dos Engenheiros (SENGE/RS), João DanielXavier Nunes da Sociedade de Engenharia do RS (SERGS) e o norteamericano RussFleming que acompanhou os trabalhos realizados pelas autoridades americanas, noincêndio ocorrido em 2003 na boate “The Station” em West Warwick, no estado deRhode Island nos EUA.

LEIA+(Continua na página seguinte)

08

LEIS DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Para arquiteto, subdivisão de responsabilidades fragiliza controle

presidente do Instituto dos Arquitetosdo Brasil no estado (IAB/RS), TiagoHolzmann da Silva, afirmou que é necessá-rio questionar a responsabilidade legal peloconjunto de uma obra. “Em uma mesa decirurgia tem um médico responsável portoda a equipe e por todo processo da ope-ração”, comparou ele.

Para o arquiteto, a subdivisão de res-ponsabilidades fragiliza o controle e a fis-calização de obras e prédios. “Fiscaliza-seum aspecto com rigor e outros com poucasexigências”, reforçou ele, para quem exis-te “muito leigo fiscalizando sem compe-tência técnica”. Isto, para ele, leva ao des-caso pelo conhecimento técnico e à confu-são que se estabelece em todo o processo.

Como diretrizes, Tiago elencou cincoaspectos: simplicidade e transparência noprocesso; unificação e centralização do pro-cesso

qualificação e responsabilização dosagentes; respeito ao profissional e rigor naaplicação de leis e normas.

Entre as propostas do IAB, o arquitetodestacou uma que exige, ao final da obra,uma avaliação do profissional, comprovandoque seu projeto foi bem executado.

O A lei tem que ser

simples e transparente,

diz arquiteto

Para o presidente do IAB, a burocracia é um substantivo epode ser má ou boa. Mas tem que ser simples e transparentepara se recuperar o processo normal, íntegro e previsível dacadeia construtiva, dos projetos às edificações.

Nas suas considerações finais, o arqui-teto Tiago da Silva listou três gargalos cultu-rais que se deve enfentar para mudar a situ-ação. “O primeiro é o jeitinho, o improviso,a corrupção e o tráfico de influência. O se-gundo é a desvalorização da atividade técni-ca e do profissional e o terceiro é adesqualificação do poder público no controlee na fiscalização”.

Para ele, a burocracia é um substantivoe pode ser má ou boa. Mas tem que ser sim-ples e transparente para se recuperar o pro-cesso normal, íntegro e previsível da cadeiaconstrutiva, dos projetos às edificações.

Em sua intervenção, Villa observou quea lei número 11.228/1992 da cidade de SãoPaulo, ancorada na lei estadual do estadopaulista, exige um novo habite-se quando éalterada a função da edificação. “O proces-so é zerado e volta para o início da cadeia,com a busca de um novo habite-se para de-finir o alvará de utilização do imóvel”, disseo deputado.

Py concordou que esta regra exprime a“concepção do todo que evita a fragmenta-ção que ele defendeu na audiência como ideiacentral da sua participação”. E ressaltou: “Te-mos que nos debruçar nisto”.

Para Villa, as contribuições dos arquitetosforam valiosas e fundamentais para a tarefaque a Comissão Especial tem pela frente parapropor uma legislação de prevenção contraincêndios clara e abrangente, com compe-tência e responsabilidades bem definidas, as-sim como sua aplicação e suas sanções.

A audiência foi realizada a partir das17h30, no Plenarinho, no 3º andar daAssembleia gaúcha.

O Jornal do Comércio cobriu a audiência da

Comissão Especial de revisão e atualização das

leis de proteção e prevenção de incêndios que o

Villa preside. Leia a matéria em

REPERCUSSÃO NA MÍDIA

Marcelo Antunes

http://migre.me/dDXe9

E na quinta-feira (14), Villa partici-

pou do programa TVCOM 20 Horas para

avaliar os trabalhos da Comissão, que já

completou um mês de atuação.

http://migre.me/dGY4B

09

PRÓXIMO PERÍODO

Seminário debate diretrizes do mandato

ais de 120 pessoaslotaram o auditório do Sindi-cato dos Bancários, no centrode Porto Alegre, no sábado(09), para participar do semi-nário do mandato do Villa. Oevento contou com as presen-ças do deputado federal PauloFerreira, que falou sobre a con-juntura nacional, e do secre-tário estadual de Planejamen-to, João Motta, que abordou atemática da conjuntura esta-dual e as ações do governoTarso Genro.

Após, Villa fez uma análisepolítica, projetando o papel domandato neste cenário, em2013/2014. Representantes devárias entidades comunitárias,sindicais e sociais manifesta-ram-se sobre o contextoconjuntural.

A seguir foi feito um breveresgate histórico dos 10 anosdos mandatos e passou-se adebater as diretrizes e inicia-tivas para o próximo períodocom amplo protagonismo dosparticipantes, que se manifes-taram mostrando intenso com-prometimento com o projetodo mandato.

MOs construtoresdessa históriano gabinete

1. Tarson Nunez2. Nelson Fujimoto3. Fernanda Corezola4. Gilmar Sander5. Álvaro Cabeça6. Debora Schneider7. Leonita Carvalho8. Fabianinho Pereira9. Paulo Rocha10. Pedro Paulo11. Rodrigo Barreto12. Paola dos Santos13. Sheron Guterres14. Professor Silvio15. Luciene Leszczynski16. Aline Rodrigues17. Luiz Claudio Maglioli18. Mateus Cito19. Mateus Frizzo20. Osvaldo Oliveira21. Anselma Machry22. Sergio Zasso23. Celene de Oliveira24. Frank Volcan25. Jorge Noble

Encontro analisou a atual conjuntura política eprojetou as diretrizes para o próximo período

O historiador Caio Prado Júnior, no livro “Arevolução brasileira” já dizia nos anos 60

que o atraso brasileiro refletia, sobretudo, asituação de miséria de uma populaçãoexcluída, que não interessava às elites

modificar. Só nos últimos 10 anos, a partir dolulismo se começou, de fato, a enfrentar aexclusão social, em uma das mudanças

lentas mas revolucionárias"

VILLA (Continua na página seguinte)

Marcelo Antunes

Citado durante o discurso de Villa, Caio Prado Júnior foi historiador, deputado constituinte comunista e escritor.Nasceu em 1907. Suas obras buscaram uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira, inaugurando umatradição historiográfica relacionada com a corrente marxista. Entre seus livros mais importantes, destacam-se:

Evolução Política do Brasil (1933); URSS: Um novo mundo (1934); Formação do Brasil Contemporâneo (1942);História Econômica do Brasil (1945); Dialética do Conhecimento (1952); Diretrizes para uma Política Econômica(1954); Esboço dos Fundamentos da Teoria Econômica (1957); Introdução à Lógica Dialética (1959); O Mundo doSocialismo (1962); A Revolução Brasileira (1966) – obra pela qual ganha o título de Intelectual do Ano, sendo condecoradocom o prêmio Juca Pato; História e Desenvolvimento (1968); O Estruturalismo de Lévi-Strauss – O Marxismo de LouisAlthusser (1971); A Questão Agrária no Brasil (1979); A Cidade de São Paulo (1983)

Quem foi Caio Prado Júnior:

Divulgação

http://migre.me/dD8Iv

26. Daniel Cóssio27. Seu Orlando28. Katterina Zandonai29. Marco Benga30. Rafael Ritter31. Ivan Pereira32. Vânia Lea33. Claudio Marquiori34. Ivan Vasconcelos35. Cesar Santos36. Oli Borges37. Leila Betin38. Daniela Rabaldo39. Assunpção40. Andrei Sgorla41. Gerson Madruga42. José Cleiber Perereca43. Jarcedi Terra44. Valdir Oliveira45. Gláucia Gorczevski46. Nando Fernandes47. Monica Dias Conceição48. Daiane Trojan49. Luis Henrique Oliveira(Dimi)50. Walmir Aliate51. Mateus Ferraz52. Mateus G. de Castro53. Renata Machado54. Jonca Arcego55. Gladimiro Machado56. Berenice Borges57. Cristina Ortiz58. Patrícia Vasconcelos59. Helen Zank60. Claudinho Hermínio61. Marisa Rodrigues62. Valdemar de Jesus63. Nelson Silva64. Geni Selau65. Paulo Ávila66. Jocelito Chaves67. Zardo68. Marcelinho Pereira69. Fernanda Rocha70. Anderson Nunes71. Marcelo Antunes72. Diogo Baigorra e73. André Pereira

Única no mundo, a gestão dogoverno brasileiro, combinandodesenvolvimento com reduçãoda desigualdade, é exemplo

que o Banco Mundial querdifundir para o mundo a partir

de um centro de difusão depolíticas sociais que vai instalar

aqui no Brasil. O Brasilexporta tecnologia social

Paulo Ferreira

O Rio Grande não sódeixou de ganhar comoperdeu recursos federais

porque estavacompletamente ausente do

processo de desenvolvimentodo Brasil até 2010.

Retrocedeu alguns anospor falta de iniciativas

João Motta

Marcelo Antunes Marcelo Antunes

GALERIA DE FOTOS+

10

Entre os presentesestavam o presidentedo PT de Porto Alegre,Adeli Sell; os vereado-res da capital, Enge-nheiro Comassetto eMauro Pinheiro; o pre-feito de São José doOuro, Algacir Menegat(Chinelinho); o verea-dor de Farroupilha,Marcio Guilden; o rei-tor da Uergs, FernandoGuaragna Martins; o di-retor do Daer, CarlosEduardo de CamposVieira; o diretor daRefap, Vicente Rauber;o diretor da Ceasa/RS,Gerson Madruga; aconselheira e chefe do

gabinete do secretárioda Fazenda, Iria SaltonRotunno; a presidenteda Fapergs, Nádya daSilveira; o presidenteda CUT/RS ClaudirNespolo; Tarson Nuñeze Ilton Freitas, da se-cretaria estadual derelações internacionaisdo governo Tarso;Carlos Hebeche, daSusepe; Ruben Doval,do Sindicato dos Rodo-viários; Valério Lopes,da Fegam e Conam; oex-presidente dasCUT/R S , C e l s oW o y c i e c h o w s k i ;Luciano Oliveira, coor-denador da Igualdade

Racial da prefeitura deSapucaia; AmarildoCenci, do SinproRS;Antelina Leomar Ott,representando a Se-cretaria Nacional deCombate ao Racismo doPT; Sandro Santos, di-retor da secretaria es-tadual da cultura;Emilia Guerreiro, se-cretária da seto-rial deMulheres da ULD;Fernanda Corezola, daSecretaria Geral de Go-verno; e MarisaBoiane, representandoo gabinete do verea-dor João Francisco Mo-rais Cardoso (Tigre),de Eldorado do Sul.

11

ARTIGO

Pedágios: modelo equivocado e origem cont aminada 1

VILLAVILLAVILLAVILLAVILLA22222

nstituído pelo governo Britto, de cará-ter neoliberal de apequenamento do Esta-do e prática privatizadora, o formatocontratual de pedagiamento riograndenseprimava – e ainda prima – pelodescompasso entre os interesses da mai-oria dos cidadãos e as ambições financei-ras das concessionárias particulares queexploram os polos rodoviários.

I

De fato, o pano de fundo desta ques-tão está no esgotamento do modelo quenasceu errado conceitualmente. Dois fo-ram os instrumentos que orientaram o Pro-grama Estadual de Concessões dos PolosRodoviários, que começou a vigorar em1998 e vai até este ano de 2013. O pri-meiro deles era a lei que criava os polosrodoviários. O outro eram os contratos deconcessão, principais instrumentos paraa normatização dos serviços.

O poder público, na condição deconcedente, foi o principal responsávelpelo estabelecimento dos marcosinstitucionais, que orientavam as metas,os objetivos estabelecidos e os critériosde preços a serem cobrados. Também éda sua responsabilidade a falta de previ-são de novos investimentos nas vias con-cedidas, como alargamento de pistas, vi-adutos e acostamentos.

O poder público,na condição deconcedente, foi o

principal responsávelpelo estabelecimento

dos marcosinstitucionais, que

orientavam as metas,os objetivos

estabelecidos e oscritérios de preços a

serem cobrados

No entanto, o mais grave, e uma dasprincipais causas dos desequilíbrios hojeidentificados pela AGERGS, é de os con-tratos estabelecerem uma taxa de retor-no do investimento, que vai de 23% a 27%,o que convenhamos é muito alta. Pois nãohá empreendimento no Brasil, e talvez nomundo, que proporcione índice de retornotão alto.

Este parâmetro é responsável pela sen-sação do desequilíbrio econômico-finan-ceiro, criando a impressão de que semprehá prejuízos para as concessionárias. Porisso, quando se revisa o equilíbrio econô-mico-financeiro dos contratos, o resulta-do será a necessidade de aumento dastarifas e redução dos serviços.

Além disso, o fluxo de veículos espe-rados nas rodovias foi superestimado,quando se estabeleceram os parâmetrosde exploração dos polos. Definiram-semetas de faturamento que dificilmente sãoatingíveis.

Desde antes do meu primeiro manda-to parlamentar, tenho defendido, convic-tamente, esta ideia de que o modelo depedágios implantado no nosso RS nasceuequivocado e tem origem contaminadopois sua natureza deteriora a relação doEstado com a sociedade.

Já em 2004, na condição de vice-pre-sidente da Comissão de Serviços Públicosda Assembleia gaúcha, propus a criaçãode uma Comissão Especial resultante damobilizadora inconformidade dos usuári-os, impulsionados ali, a constituir uma en-tidade representativa voltada especial-mente para reivindicar o fim das praçasda serra.

Proponente da singular reformulaçãoque vemos contemplada, o governadorTarso Genro reforça este diagnóstico doequívoco do conceito inicial ao definir acriação da Empresa Gaúcha de Rodoviascomo “determinada por uma concepçãode mundo e uma concepção de Estado. AEGR vai demonstrar que, com um customenor para o cidadão, será possível pres-

tar um serviço melhor. Essa é a granderesposta que se deve dar na disputa queexiste entre privatização do Estado e cum-primento das suas funções públicas”, comoprega o governador Tarso.

Agora, enfim, o cenário estratégico, acorrelação de forças e o protagonismo doscidadãos, fragilizado nos governos Rigottoe Yeda, permitirão que se corrijam os equí-vocos e se deixe de penalizar definitiva-mente a sociedade, ou seja, os usuários.

1Artigo publicado no jornal eletrônico Sul21

em 13 de março de 2013.2Engenheiro, professor e deputado estadual

PT/RS

MOBILIZAÇÃO

Abaixo-assinado pelofim imediato dos atuaiscontratos de pedágios

A Comissão de Mobilização pelo Fim do Polo

de Pedágio de Carazinho, diante da decisão do

Superior Tribunal de Justiça (STJ) de não asse-

gurar a extinção dos contratos de pedágio do

polo de Carazinho e Soledade, com praças nas

BRs 285 e 386, propõe o seguinte abaixo-assi-

nado:

A sociedade foi explorada por 15 anos, atra-

vés da cobrança de valores abusivos, que one-

raram não apenas a circulação de veículos

como o custo da produção gaúcha. O dano dessa

prorrogação para a sociedade da região será

irreparável.

Para expressar esse sentimento, os cida-

dãos brasileiros abaixo-assinados solicitam que

as autoridades da Justiça Federal revejam a

sua posição e determinem, com urgência, o

fim da validade dos atuais contratos de pedá-

gio nas praças do Polo de Carazinho-RS.

Se você também é a favor do fim da explo-

ração acesse

http://migre.me/dCYw1

http://migre.me/dH5i9

GOVERNO DILMA

presidenta Dilma Rousseff lançounesta quinta-feira (14) o Plano InovaEmpresa que disponibiliza R$ 32,9 bilhõespara as empresas brasileiras investiremem inovação e tecnologia, tornando-secompetitivas no mercado internacional.Os recursos serão aplicados neste ano eem 2014, e contemplarão empresas detodos os portes, dos setores industrial,agrícola e de serviços.

O plano tem quatro linhas de financi-amento para as atividades de pesquisa,desenvolvimento e inovação (P,D&I): sub-venção econômica a empresas (R$ 1,2 bi-lhão); fomento para projetos em parce-ria entre instituições de pesquisa e em-presas (R$ 4,2 bi); participação acionáriaem empresas de base tecnológica (R$ 2,2bi) e crédito para empresas (R$ 20,9 bi).

A Agência Nacional do Petróleo (ANP),a Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) e o Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae) in-gressarão no projeto Inovar com R$ 4,4

A

Plano Inova Empresa disponibiliza R$ 32,9 bilhões p araaument ar a competitividade externa das empresas brasileiras

bilhões que serão aplicados no desenvol-vimento tecnológico da cadeia produtivade petróleo e gás, energias renováveis eapoio ao micro e pequeno empresário.

O Plano Inova Empresa ainda recebe-rá um aporte de R$ 3,5 bilhões da Agên-cia Nacional de Telecomunicações (Anatel)para financiar as atividades de P&D dosetor. Os recursos estão condicionados aotérmino de processos de regulação dastelecomunicações, atualmente em consul-ta pública.

A linha de crédito para empresas dis-põe de R$ 20,9 bilhões, com taxas de ju-ros subsidiadas (2,5% a 5% ao ano), qua-tro anos de carência e 12 anos para pa-gamento do empréstimo. Os agentes exe-cutores são o Banco Nacional Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) e aFinanciadora de Estudos e Projetos(Finep), vinculada ao Ministério da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O governo também criou uma linhade crédito de R$ 5 bilhões para as peque-

nas empresas que atuam em setores es-tratégicos não incluídos no projeto Ino-var. Os recursos financiarão projetos deinfraestrutura para P,D&I e atividades depesquisa e desenvolvimento nas áreas deengenharia de produto e processo.

Do total a ser investido, R$ 23,5 bi-lhões englobam sete eixos estratégicos:Cadeia Agropecuária e Agroindústria; Ener-gias; Petróleo e Gás; Complexo da Saúde;Complexo Aeroespacial e de Defesa;Tecnologia da Informação e Comunicação;e Sustentabilidade Socioambiental.

Recursos serão aplicados neste ano e em 2014, contemplando empresasde todos os portes, dos setores industrial, agrícola e de serviços

Roberto Stuckert Filho/PR

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LEIA+

Dilma sanciona Lei queregulament a a profissão

de Comerciário

A presidenta Dilma Rousseff, sanci-onou nesta sexta-feira (15) o Projetode Lei do Senado 115/2007, de autoriado Senador Paulo Paim (PT-RS), que re-gulamenta a profissão de Comerciário.A sanção presidencial põe fim a umadas mais antigas reivindicações dos pro-fissionais de comércio e serviços doPaís, que lutavam há décadas pela re-gulamentação da categoria. A partir doato da Presidente da República,Comerciário deixa de ser uma funçãoe passa a ser uma profissão, com to-das as garantias da lei.

O projeto do Senador Paim, comsubstitutivo do Senador Ricardo Ferraço(PMDB-E S), foi aprovado por unanimi-dade no Senado Federal em 20 de fe-vereiro, depois de percorrer todos ostrâmites do Congresso Nacional , comaprovação em três Comissões da Câ-mara dos Deputados, e vai beneficiar12 milhões de trabalhadores no setorde comércio e serviços do país.

Em audiência na manhã de quinta-feira (14) em seugabinete na ALRS, Villa recebeu o companheiro departido e ex-deputado estadual Alexandre Lindenmeyer.Durante a conversa, o atual prefeito da cidade de RioGrande agradeceu a Villa o apoio recebido enquantoexerceu seu mandato na Assembleia, assim como às reivindicações e demandas daquela região. Lindenmeyertambém convidou Villa para visitar Rio Grande e realizaratividade com as lideranças políticas e sociais domunicípio sobre desenvolvimento regional [1]

Anderson Nunes

Em continuidade ao trabalho realizado na ComissãoEspecial para atualizar a legislação de segurança,proteção e prevenção de incêndio no RS, a qual preside,Villa se reuniu no final da manhã de quinta-feira (14)com Rodrigo Machado e Alexandre Lopes,respectivamente sócio-diretor da Opinião Produtorae sócio-diretor do Pepsi On Stage e do Bar Opinião.Na pauta do encontro, a contribuição e subsídios paraa construção da nova legislação que está sendodebatida na Comissão Especial [2]

Mais informações sobre o andamento dostrabalhos da Comissão podem ser obtidasno link http://migre.me/dFLvp

No mesmo dia, Villa recebeu uma visita de cortesia doreitor da UERGS, Fernando Guaragna, que conversousobre a qualidade de ensino da instituição [3]

Marcelo Antunes

VISITAS AO GABINETE

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Volta e meia um governante carismático é desqualificado como

populista. Teria Hugo Chávez sido um populista? Como sou um intelectual

pedante e desocupado, gosto de revisar certas fontes para compartilhá-

las com meus leitores exigentes e cultos. Ludovico Incisa, no “Dicioná-

rio de Política”, organizado por Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e

Gianfranco Pasquino, diverte-se um pouco: “Alguém disse que o populismo

não é uma doutrina precisa, mas uma síndrome”.

Alguns, mais incisivos do que Incisa, preferem falar em peste. O

articulista mapeia, segundo os estudiosos do tema, algumas das suas

características. Segundo Wills, “o populismo exclui a luta de classes”

por ser “fundamentalmente conciliador”.

Chávez estimulou a luta de classes ou buscou um novo arranjo entre

elas? Ou Wills está por fora? O populismo teme “contínuas insídias à

pureza popular”. Nesse quesito, Chávez parece não ter escapado do

rótulo. Ainda conforme Wills, o “populismo está muito mais longe do

socialismo que do fascismo”.

Chávez proclamava-se líder do socialismo bolivariano. Pode o socia-

lismo ser fascista? Incisiva destaca que “é bastante clara a separação

entre populismo e tradicionalismo”. Chávez sempre foi acusado de re-

presentar a tradição populista. Paradoxo?

Contradição? Jogo de palavras? Mais: “O populismo se distingue

igualmente dos movimentos de inspiração democrático-cristã” por uma

razão robusta: “O populismo não se inspira em qualquer realidade religi-

osa transcendente. O deus do populismo é o próprio povo”.

Chávez era católico, embora tenha batido de frente com o Vaticano.

Wills afirma que “o populismo é incompatível com o militarismo”, salvo

exceções. Chávez seria uma portentosa exceção.

O populismo teria como base certo “desprezo pela ordem constitu-

ída e pelas formulações ideológicas”. Chávez era militar, religioso, soci-

alista e ideológico. Outros autores falam em populismos revolucionári-

os. Tudo pode existir, até um regime budista-marxista birmanês. Incisa

faz uma boa síntese: “O populismo é o recurso natural de uma sociedade

em crise, dividida entre o setor tradicional e o setor moderno”. Quem é

quem nessa divisão? As tradicionais elites venezuelanas, que enterra-

ram o país na corrupção e na miséria, veem-se como muito modernas.

No Brasil, o Dem, partido de co-

ronéis nordestinos, vê-se como um

dos mais autênticos representan-

tes da modernidade. Em Palomas,

Candoca, o filósofo, discípulo de

Pangloss e, cada vez mais, adversá-

rio de Voltaire, tem a sua definição:

“Populismo é quando alguém põe os interesses do povo à frente dos inte-

resses dos ricos”. Curto e grosso. Instado a desenvolver seu raciocínio

sinuoso, Candoca não se constrange: “Populismo é quando se pratica

política assistencialista em favor dos pobres em lugar de dar incentivos

fiscais a multinacionais”. Por essas e outras, Candoca vem sendo acusado

de querer retomar o movimento tupamaro. Só numa coluna como esta o

leitor vai de Norberto Bobbio a Voltaire e Candoca. Uau

Reproduzimos abaixo, a coluna do jornalista Juremir Ma-chado do jornal Correio do Povo de quinta-feira (14).

Marcelo Antunes

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O que é populismo?

MEIO AMBIENTEGABINETE MÓVEL

Como sempre, o GabineteMóvel do Villa tem participa-do das principais lutas dosmovimentos sociais.

Na sexta-feira (8), os com-panheiros Valdemar de Jesuse Cláudio Hermínio estiveramjunto com os rodoviáriosdesde às 4h da manhã [1]

No mesmo dia, data emque se comemora o Dia In-ternacional da Mulher, oAndanças, representando pe-los companheiros e compa-nheiras Cristina Ortiz, GeniSelau, Cláudio Hermínio ePaulo Ávila, também compa-receu à Marcha das Mulheres,apoiando a licença maternida-de de 189 dias [2]

No sábado (9), os compa-nheiros Paulo Ávi la eValdemar de Jesus participa-ram do IV Torneio deIntegração Comunitária daFegam [3]

Já na terça-feira (12), oAndanças, através dos com-panheiros Valdemar de Jesuse Cláudio Hermínio, em par-ceria com a CUT, esteve emfrente à garagem daNortran, na mobilização dosrodoviários por melhorescondições de trabalho econtra o aumento das pas-sagens [4]

E na quinta-feira (14), oAndanças participou da discus-são da setorial do PT so-bre Reforma Política, quecontou com a presença dopresidente do PT estadual,deputado Raul Pont. [5]

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Andanças segueapoiando as lut as sociais

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Audiência PúblicaNo dia 18 de março ocorre a audiência pública

que vai debater a ampliação da Av. Edvaldo

Pereira Paiva. O encontro foi organizado depois

do corte de 115 árvores no entorno de

Gasômetro por parte da Prefeitura, que

justificou a atitude como necessária para

a Copa 2014. A atividade é na

Câmara Municipal de Porto Alegre, às 19h.

Na tarde de quarta-feira (13),o chefe de gabinete do Villa,Gladimiro Machado, recebeu ovice-prefeito de Paverama, EdgarHouenstein, o presidente do PT domunicípio, Everaldo Souza, e o se-cretário Municipal da Administra-ção e Fazenda, Cássio Reis.

VISITA AO GABINETE

Anderson Nunes

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CONVITES

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“Tá na Mesa”com Tarso Genro

Oficina sobre os Edit ais volt ados acomunidade negra em Porto Alegre/RS

A Representação Regional Sul do Ministério daCultura convida para a Oficina sobre os cinco Editais doMinistério da Cultura voltados a produtores e criadoresnegros a ser realizada segunda-feira, 18 de março de

2013, às 14h, na Sala Álvaro Moreyra, Centro Municipalde Cultura, Av. Erico Verissimo, 307, em Porto Alegre.

A oficina gratuita é aberta à participaçãode diversos segmentos da comunidade negra.

O objetivo é orientar e esclarecer sobre asinscrições e prêmios dos Editais: Edital de Apoio para

Curta-Metragem – Curta Afirmativo: Protagonismoda Juventude Negra na Produção Audiovisual; Prêmio

Funarte de Arte Negra nas áreas de artes visuais,circo, dança, música, teatro e preservação da memória;Edital de Apoio à Coedição de Livros de Autores Negros,

Edital de Apoio a Pesquisadores Negros e o Edital deSeleção de Projeto para Implantação de 27 Pontos

de Cultura Negra.

No Jornal do Comércio de segunda-feira(11), na seção “Frases e Personagens”, a re-presentante do Ministério da Cultura na re-gião Sul, Margarete Moraes, falou sobre os

benefícios do proje-to Vale-Cultura, queirão beneficiar apro-ximadamente 17milhões de trabalha-dores.

No dia 20 de março, o governador Tarso Genroestará no tradicional “Tá na Mesa”,

promovido pela Federasul. O evento iniciaàs 12h, na sede da entidade.

O novo site da Comissão Nacional da Verdade está no ar. Oendereço www.cnv.gov.br permanece o mesmo, mas o site pos-sui uma série de facilidades e novos conteúdos que visam agilizara vida do usuário. O novo site é fruto uma parceria entre Comis-são da Verdade e o Ministério da Educação.

Na homepage, o site possui acesso direto às mídias sociaisda Comissão Nacional da Verdade: a página do Facebook, nossaconta do Twitter e a página da CNV no YouTube.

Além disso, se você gostou de uma notícia no site da CNV,você poderá curtir o conteúdo em sua conta do Facebook e pos-tar a matéria em sua página no Twitter com poucos cliques.

O novo site da CNV tem mais conteúdos: foram criadas pági-nas para que o público conheça mais sobre os grupos de trabalhoda comissão, as audiências públicas realizadas pela CNV e asparcerias firmadas pela comissão.

Novo site da Comissão daVerdade é interligado a

redes sociais

Usuários poderão compartilharconteúdos e acessar mídias sociais

CULTURA

SÉRIE ESPECIAL - COPA DO MUNDO

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Não há vida sem craques

origem do craque se confundecom a origem do futebol. Já foramquase uma cidade inteira corren-do atrás de uma maltratada bola.Foram reduzidos em número por-que predominava a selvageria dospontapés e dos encontrões. Aca-baram em 11 de cada lado por si-metria e simplificação. Essa redu-ção acabou elegendo o indivíduocomo a referência essencial de umtime.

Somente ele poderia ser o cen-tro, que dava forma ao conjuntode jogadores. O craque estava sur-gindo. Não são muitos, alguémaparenta ser craque por um lan-ce, por um jogo, uma temporadaaté, mas não avança mais do queisso e geralmente reflui para amediania, que é a quase totalida-de. E os craques são geniosos ecentrados em si mesmos, comouma resposta a sua intensa indi-vidualidade que, na medida emque os integra no grupo, quasecomo um herói de todos os lances,os distingue e também os isola.Diego Armando Maradona é umdesses controversos.

A

O jornal Zero Hora lançou a série chamada“Ruy de Todas as Copas”, de autoria doprofessor Ruy Carlos Ostermann. Tododomingo, será publicado um capítuloda série. E você pode acompanhar pelonosso boletim semanal as matérias.

Surgiu como um astro na Copade 1982, mas 12 anos depois foiflagrado no antidoping. Constran-gedora e inesquecível a imagem naTV de seu rosto deformado por umfalso entusiasmo. Maradona nãofoi o único craque demolido pelosfatos. Em 2006, Zinédine Zidane,um extraordinário articulador domundo no campo, não suportou umxingamento do italiano Materazzi,que teria injuriado sua irmã, eaplicou-lhe uma cabeçada fla-grante. Foi expulso, a França per-deu. É a mancha feia de Zidane. Eexistem supercraques que, porum desses prodígios da Copa doMundo, um torneio de velocidadee inevitáveis surpresas, nunca fo-ram campeões mundiais. Zico eFalcão, assim como Michel Platini,o inesquecível húngaro FerencPuskás, e também o nosso Diaman-te Negro, o inventor da bicicletacom gol, o insuperável Leônidas daSilva.

Outro supercraque que não le-vou a taça, o líder espiritual e es-portivo da Holanda, Johan Cruyff,justificou o sucesso de seu fute-

bol total com uma afirmação pre-ciosa: “Nós temos seis jogadoresde QI alto”. E tinham mesmo. NoBrasil, apesar das incompetênciaespecíficas e presunções como,por exemplo, o misto de petulân-cia e de concepção militar que nosinviabilizou na Copa de 66, temoscraques consagrados em Copa doMundo. Pelé mais que qualqueroutro. Sua sagração como rei dofutebol começou a partir dos ve-teranos Nilton Santos e DjalmaSantos, que nada tinham de pa-rentesco, mas eram lideranças aquem Vicente Feola, o técnico daseleção de 58, ouvia e levava emconta. Os Santos declararam,numa reunião fechada com Feola,que, se ele escalasse esse meninoPelé e também o outro desengon-çado com as pernas tortas paradentro, o tal Garrincha, que o Bra-sil seria campeão do mundo.

– Campeão do mundo! – repeti-ram para um Feola sorridente.

Era uma convicção de dois cra-ques – essa é a condição que auto-rizava um pensamento sobre comoganhar uma Copa do Mundo. E as-sim foi. Feliz o futebol que podeficar falando o dia todo de cra-ques. E sempre esquecer mais dametade.

No primeiro capítulo,publicado em 10 demarço, Ruy aborda o

surgimento doscraques de futebol e

cita os principais astrosdas Copas do Mundo.