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Artigo Itaú usa prática antissindical para desmobilizar os bancários Em audiência pública, no dia 12/6, o SEEB/CE apresentou proposta de criação de lei de segurança bancária semelhante a existente em Fortaleza (pág. 3) Como a aprovação da PEC 37 impactará negativamente na economia do País São recentes os estudos científicos e estatísticos sobre os impactos negativos da corrupção para a economia do País. Kimberly Ann Elliot assinala que a corrupção é uma das mais dramáticas mazelas que assolam o mun- do globalizado, enfraquecendo a legitimidade política, provocando desperdício de recursos, afetando o comércio internacional e o fluxo dos acontecimentos. A corrupção é também maléfica porque se trata de um instrumento que modifica os mercados, criando vantagens desiguais entre as empresas competidoras e investidores. Considerando que as estimativas mais recentes da Federação das Indústrias de São Paulo e da CGU (Controladoria Geral da União) apontam para uma média anual que varia entre 70 a 80 bilhões de reais desviados em virtude da corrupção no Brasil, conclui-se que o prejuízo como um todo para a economia do País acaba sendo da espantosa ordem de 210 a 240 bilhões de reais por ano. Este é o verdadeiro custo econômico da corrupção no Brasil, que contribui decisivamente para emperrar o processo de desenvolvimento econômico do País e para manter o sistema tributário nacional como um dos mais one- rosos e complexos do mundo. A esta altura, o leitor atento deve estar se perguntando: e qual a relação entre a aprovação da PEC 37 e a economia do Brasil? A resposta é relativamente simples: ao impedir o Ministério Público, a Controla- doria Geral da União, as Receitas Federal e Estadual, o Banco Central do Brasil, o CADE, os Tribunais de Contas e outros ór- gãos de controle do Estado de investigarem os desvios de dinheiro público de natureza criminosa, referida proposta de emenda à Constituição – que pretende estabelecer um monopólio da investigação criminal a favor das Polícias –, representa golpe de morte no já difícil enfrentamento do mal endêmico da corrupção, sobretudo quando cediço que as Polícias, historicamente vinculadas e subordinadas ao Poder Executivo, não possuem tradição investigativa nessa seara, encontrando diversas limitações e obstáculos políticos para o pleno exercício de atividades de apuração de crimes relacionados aos atos de corrupção perpetrados pelos mais altos escalões do Poder Público em todos os níveis da federação. Ao proibir os órgãos de controle es- pecializados (Receitas Federal e Estadual, CADE, BACEN, CGU, Tribunais de Contas, Ministério Público e as próprias CPI’s) de exercerem uma investigação adequada dos desvios criminosos de recursos públicos que deixam de se converter em políticas públicas eficazes para a população e em infraestrutura para o crescimento do País, a PEC 37 em nada contribuirá para minorar os efeitos deletérios da crise econômica que se instalou no Brasil, levando ao quadro atual de estagnação da economia, com baixa do PIB e elevação dos índices inflacionários. Triste realidade a de um povo cujo Parlamento se dá ao luxo de discutir em tom de seriedade uma mudança da Constituição que caminha na contramão dos mecanismos de controle da estabilidade e austeridade econômicas rigorosamente respeitados (e até estimulados) pelos países civilizados e desenvolvidos. Luciano Coelho Ávila – Promotor de Justiça do Distrito Federal e membro auxiliar do Conselho Nacional do Minis- tério Público Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE Sindicato leva proposta do Estatuto de Segurança a Maracanaú Na terça-feira (11/6), o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou um ato público para protestar contra o interdito proibitório solicitado pelo Itaú na Justiça do Trabalho para frear a mobilização da categoria, na loja de atendimento da Av. Monsenhor Tabosa. O ato revelou à população a falta de bom senso do Itaú ao deixar funcionar uma “loja” para fazer negócios sem as mínimas condições de segurança (pág. 5) • Arraiá do Botequim dos Bancários será antecipado para o dia 26/6, em virtude do feriado da Copa das Confederações (pág. 2) • SEEB/CE encaminha à PF denúncias sobre o descumprimento da lei federal 7.102/83, de segurança bancária (pág. 3) • Caixa: Dia Nacional de Luta por melhores condições será dia 20/6. O movimento é nacional coordenado pela Contraf-CUT (pág. 4) • Em negociação com o BNB, Sindicato e Contraf ampliam conquistas e apresentam novas reivindicações do funcionalismo (pág. 6)

Como a aprovação Estatuto de Segurança a Maracanaú · políticos para o pleno exercício de atividades ... cordéis e a infl uência do seu com-padre Patativa do Assaré

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Artigo

Itaú usa prática antissindical para desmobilizar os bancários

Em audiência pública, no dia 12/6, o SEEB/CE apresentou proposta de criação de lei de segurança bancária semelhante a existente em Fortaleza (pág. 3)

Como a aprovação da PEC 37 impactará

negativamente na economia do PaísSão recentes os estudos científi cos e

estatísticos sobre os impactos negativos da corrupção para a economia do País. Kimberly Ann Elliot assinala que a corrupção é uma das mais dramáticas mazelas que assolam o mun-do globalizado, enfraquecendo a legitimidade política, provocando desperdício de recursos, afetando o comércio internacional e o fl uxo dos acontecimentos. A corrupção é também maléfi ca porque se trata de um instrumento que modifi ca os mercados, criando vantagens desiguais entre as empresas competidoras e investidores.

Considerando que as estimativas mais recentes da Federação das Indústrias de São Paulo e da CGU (Controladoria Geral da União) apontam para uma média anual que varia entre 70 a 80 bilhões de reais desviados em virtude da corrupção no Brasil, conclui-se que o prejuízo como um todo para a economia do País acaba sendo da espantosa ordem de 210 a 240 bilhões de reais por ano. Este é o verdadeiro custo econômico da corrupção no Brasil, que contribui decisivamente para emperrar o processo de desenvolvimento econômico do País e para manter o sistema tributário nacional como um dos mais one-rosos e complexos do mundo.

A esta altura, o leitor atento deve estar se perguntando: e qual a relação entre a aprovação da PEC 37 e a economia do Brasil? A resposta é relativamente simples: ao impedir o Ministério Público, a Controla-doria Geral da União, as Receitas Federal e Estadual, o Banco Central do Brasil, o CADE, os Tribunais de Contas e outros ór-gãos de controle do Estado de investigarem os desvios de dinheiro público de natureza criminosa, referida proposta de emenda à Constituição – que pretende estabelecer um monopólio da investigação criminal a favor das Polícias –, representa golpe de morte no já difícil enfrentamento do mal endêmico da corrupção, sobretudo quando cediço que as Polícias, historicamente vinculadas e subordinadas ao Poder Executivo, não possuem tradição investigativa nessa seara, encontrando diversas limitações e obstáculos políticos para o pleno exercício de atividades de apuração de crimes relacionados aos atos de corrupção perpetrados pelos mais altos escalões do Poder Público em todos os níveis da federação.

Ao proibir os órgãos de controle es-pecializados (Receitas Federal e Estadual, CADE, BACEN, CGU, Tribunais de Contas, Ministério Público e as próprias CPI’s) de exercerem uma investigação adequada dos desvios criminosos de recursos públicos que deixam de se converter em políticas públicas efi cazes para a população e em infraestrutura para o crescimento do País, a PEC 37 em nada contribuirá para minorar os efeitos deletérios da crise econômica que se instalou no Brasil, levando ao quadro atual de estagnação da economia, com baixa do PIB e elevação dos índices infl acionários.

Triste realidade a de um povo cujo Parlamento se dá ao luxo de discutir em tom de seriedade uma mudança da Constituição que caminha na contramão dos mecanismos de controle da estabilidade e austeridade econômicas rigorosamente respeitados (e até estimulados) pelos países civilizados e desenvolvidos.

Luciano Coelho Ávila – Promotor de Justiça do Distrito Federal e membro auxiliar do Conselho Nacional do Minis-tério Público

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Sindicato leva proposta do Estatuto de Segurança a

Maracanaú

Na terça-feira (11/6), o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou um ato público para protestar contra o interdito proibitório solicitado pelo Itaú na Justiça do Trabalho para frear a mobilização

da categoria, na loja de atendimento da Av. Monsenhor Tabosa. O ato revelou à população

a falta de bom senso do Itaú ao deixar funcionar uma “loja” para fazer negócios sem as mínimas

condições de segurança (pág. 5)

• Arraiá do Botequim dos Bancários será antecipado para o dia 26/6, em virtude do feriado da Copa das Confederações (pág. 2)

• SEEB/CE encaminha à PF denúncias sobre o descumprimento da lei federal 7.102/83, de segurança bancária (pág. 3)

• Caixa: Dia Nacional de Luta por melhores condições será dia 20/6. O movimento é nacional

coordenado pela Contraf-CUT (pág. 4)

• Em negociação com o BNB, Sindicato e Contraf ampliam conquistas e apresentam novas reivindicações do funcionalismo (pág. 6)

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

CONVÊNIO

CONFIRA AS ATRAÇÕES

Feriado da Copa das Confederações antecipa arraiá do Botequim dos

Bancários para a quarta-feira, 26/6De 2003 até agora, a galeria

Vicente Leite já abrigou 41 expo-sições, com obras de 243 artistas, reunindo mais de 12 mil visitantes. Os números dão conta de uma dé-cada de comprometimento com as artes plásticas cearenses e retratam a construção de um espaço aberto para os artistas locais. Para come-morar seus dez anos, a galeria abriu exposição com os artistas Carlus Campos, Ed Rocha, Franzé Chaves (Barrinha), Maurício Cals, Jorge Luiz, Rian Fontenele e Zé Tarcísio.

O equipamento surgiu como integrante das ações culturais da Faculdade 7 de Setembro e, desde o início, trabalha a proposta de ser uma galeria de arte “diferente e preocupada com o conteúdo dos trabalhos”. Segundo o curador do espaço, Dante Diniz, a Vicente Leite exerce “papel fundamental na busca por uma relação de não só expor as obras, mas de fazer arte juntos com os artistas”.

A exposição coletiva de cele-bração de uma década apresenta sete artistas plásticos escolhidos pela curadoria a partir de seus traba-lhos na Capital cearense. Dos sete nomes, seis já apresentaram suas obras na galeria durante esses anos, exceto Ed Rocha, que estreia no equipamento. “Já havia exposto em outros locais em Fortaleza e até em outros países, como a Espanha, mas é a primeira vez na Vicente Leite e o convite do Dante me deixou muito feliz”. O artista plástico expõe suas

Galeria Vicente Leite celebra 10 anos de atuação

obras diariamente, em Fortaleza, no calçadão da Avenida Beira Mar. Ed Rocha é natural de Beberibe e retrata, nas suas telas, temas vol-tados às favelas e às comunidades pobres, ressaltando a alegria das pessoas nesses lugares.

SERVIÇO:Exposição 10 Anos de Galeria

de Arte Vicente LeiteQuando: Até 23 de junho.Horário de visitação: 8h às 11h

e de 16h às 21h30.Onde: Galeria Vicente Leite

/ FA7 (Rua Alm. Maximiano da Fonseca, 1395 – Eng. Luciano Cavalcante).

Outras informações: 3094 3853 / 4006-7643.

Parceiro do Sindi-cato dos Bancários do Ceará, o Ipark realiza nos próximos dias 22, 23, 29 e 30/6 o São João Solidário, no ho-rário das 9h às 17h.

A programação contará com comidas típicas, brincadeiras, forró pé de serra e muito mais. As insti-tuições Iprede, Apae Maranguape, Lar Ami-gos de Jesus, Instituto Moreira de Sousa, Ebenezer e Pequeno Nazareno comanda-rão as brincadeiras e barracas de comidas típicas.

É importante lem-brar que, devido ao convênio fi rmado entre o Sindicato e o Ipark, o bancário sindicalizado terá desconto apresen-tando a carteira de associado antes de fechar a conta, ou seja, quando ele se dirigir ao caixa para efetuar o pagamento.

Parceria – O convênio dá direito a desconto de 30% de desconto nos valores de ingressos e pacote com passeios.

Localizado ao pé da serra de Maranguape, a apenas 30 km de Fortaleza, o parque oferece diver-sas atrações, como o Museu da Cachaça. Trata-se de um passeio pela história de mais de 160 anos da Ypióca, onde se pode conhecer também o maior tonel de madeira do mundo, com capacidade para

Ipark realiza até o fi m do mês o São João Solidário

374 mil litros de aguardente. Outro destaque é o Campo de Aventura, que oferece atrações mais radi-cais, a exemplo da maior tirolesa do Nordeste (com 260 metros de extensão), além de arvorismo, tri-lhas ecológicas, muro de escalada e caiaque. Há ainda passeios de charrete e de jardineira, pedalinho, minifazenda e um restaurante re-gional onde são preparados pratos típicos do Nordeste.

Serviço:Horário de funcionamento: de

terça-feira a domingo, das 9h às 17hEndereço: Sítio Ypióca S/N –

MaranguapeContato: (85) 3341-0407 /[email protected]

Devido ao feriado decretado em Fortaleza por conta da realização de jogos da Copa das Confederações, no dia 27/6, a edição de junho do Bo-tequim dos Bancários foi antecipada para quarta-feira, dia 26/6. A edição deste mês terá uma programação tipicamente junina, com muito forró e barraca de comidas típicas.

No bloco Conversa de Bote-quim, o apresentador Dilson Pinhei-ro será entrevistado pelo maestro Rogério Jales sobre o programa Ceará Caboclo, há 15 anos na TV Ceará, além de falar sobre seus cordéis e a infl uência do seu com-padre Patativa do Assaré.

Na apresentação do Talento Bancário, teremos o funcionário do BNB, Álvaro Jansen Viana da Silva, que na ocasião lançará dois livros – “Parabolando” e “Prosando” – ambos da editora Refl exão.

Além disso, o arraiá do Bote-quim dos Bancários terá a apre-sentação do bancário aposentado do Banco do Brasil, Tacyê Andrade, acompanhado pelo maestro Tarcísio Sardinho no violão e arranjos, e Alves do Acordeon e Otho Júnior

na percussão. No repertório, as principais canções da obra de Fag-ner, Luiz Gonzaga, Dominguinhos e músicas autorais.

Em seguida, o Balé Folclórico apresentará a “Aquarela Cearense”, com baião, xote, côco e forró.

Encerrando a noite, o grupo Cacimba de Aluá, com o típico pé de serra, além de quadrilha improvisada.

Promoção Vale Conta – Aten-ção! Quem é bancário sindicalizado pode se cadastrar no site do Sindicato (www.bancariosce.org.br/sorteio.php) para, durante o evento, concorrer a quatro vales conta no valor de R$ 100,00 cada para ser abatido na despesa do sorteado. As inscrições podem ser feitas até dia da data da festa, 26/6.

Docentes & Decentes – A exemplo das edições anteriores, o serviço de bar será do Restaurante Docentes & Decentes, que tem como carro-chefe do cardápio o famoso feijão verde.

Clone – O Sindicato dos Ban-

cários do Ceará oferece desde a 1ª edição do Botequim clone de cerveja, refrigerante e água. Signifi ca que ao adquirir umas das bebidas mencio-nadas o bancário recebe outra grátis.

Estacionamento grátis – No dia do evento, os 25 primeiros bancários sindicalizados que chegarem terão acesso gratuito ao estacionamento localizado em frente à sede do Sindi-cato (Rua 24 de Maio, 1250 – esquina com a Rua Meton de Alencar), das 18h às 00h. As vagas serão ocupadas por ordem de chegada e serão dis-ponibilizadas mediante apresentação da carteira de sindicalização.

Bancult – O Sindicato dos Ban-cários do Ceará continua em busca de talentos para compor a progra-mação do Botequim. Bancários, sindicalizados ou não, que possuem algum talento artístico devem aces-sar o link www.bancariosce.org.br/bancult.php e preencher o formulário para inscrever-se no Bancult – um banco de talentos. Uma comissão escolhe quem irá se apresentar em cada edição.

Conversa de Botequim: O maestro Rogério Jales entrevista o cantor, mú-sico, cordelista e apresentador Dílson Pinheiro, que atualmente comanda o programa Ceará Caboclo, na TV Ceará. Pioneiro no Estado na temática regional, o programa Ceará Caboclo mostra com descontração a riqueza cultural nordesti-na. Há mais de 15 anos o programa vem conquistando a audiência do público da capital e de todo o interior. Dílson, numa linguagem bem cearense, leva ao ar o repente, o cordel, a embolada, o folclore e todos os ritmos da terra, com a participação também de grandes nomes de nossa música.

Talento Bancário: Álvaro Jansen Viana da Silva, é formado em Administra-ção de Empresas, Teologia e Psicanálise é também escritor romancista, cronista e poeta. Funcionário do BNB, Jansen Viana é autor de oito livros (É Preciso Saber

Amar, Como Tomar Decisões, Conterrâneos, Coleção Ceará e Cearenses, Apenas Um Carpinteiro e Cortabunda – o Maníaco do Zé Walter, Parabolando e Prosando). Premiado diversas vezes em editais de cultura e prêmios literários, foi fi nalista do Prêmio Areté em 2012 com o livro Apenas Um Carpinteiro. É casado com Baby Viana e tem cinco fi lhos (Isarel, Débora, Jansen Junior, Levi e Alexia) e uma netinha (Ana Luiza).

Talento Bancário: Francisco de An-drade Macedo, mais conhecido como Tacyê Andrade, é funcionário aposentado do Banco do Brasil, desde 2004. Conciliou por vários anos, as funções de Radialista e Músico, com o serviço bancário. Atuou em várias regiões do Brasil e de volta ao Ceará, tornou-se professor de Língua Portuguesa pelo Estado, sem no entanto, ter abandonado a música, inclusive compondo vários títulos, além de cordéis.Sua produção mais recente é o cd Tacyê Andrade “Para você se apaixonar”,

que reúne músicas do gênero romântico. Atualmente mora em Cascavel.

Cacimba de Aluá: A banda nasceu de um sonho do apresentador Dílson Pinheiro em formar um grande grupo de forró para abrilhantar essa massa forrozeira que ama o forró pé de serra. O grupo tem como objetivo valorizar e difundir a autêntica música popu-lar nordestina e fazer o povo dançar, cantar, sorrir e suar, ao soar da sanfona, do triângulo e da zabumba. Formado por músicos que cantam e tocam com sentimento e que têm o consentimento de emocionar. A escolha do repertório foi um verdadeiro garimpo nas terras férteis da música nordestina. Sem difi culdade alguma e com um prazer imenso, o grupo mergulhou nas cacimbas musicais adoçadas por verdadeiras poesias do cancioneiro popular trazendo para todos o mais puro forró, misturando, com sabedoria, o passado e o presente num verdadeiro presente musical.

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. 3Audiência Pública SEGURANÇA BANCÁRIA

BANCO DO BRASIL

BRADESCO

Na quarta-feira, dia 12/6, foi debatido em audiência pública, na Câmara Municipal de Maracanaú, o Estatuto da Segurança Bancária e a pro-posta de criação de projeto de lei semelhante ao existente em Fortaleza. Concebido através de uma iniciativa do Sindicato dos Bancários do Ceará, o Estatuto prevê a execução de medidas para aumentar a segurança das agências bancárias, penalizando aquelas que não cumpram o que é estabelecido na lei.

Dentre as ações, o Estatuto prevê a proibição da utilização de capacetes e acessórios que atrapalhem a identificação da pessoa no interior das agências, do uso de aparelhos celulares, portas giratórias de segurança e a presença de biombos nos caixas.

A proposta apresentada pelo Sindicato foi bem aceita pelos vereadores do município de Maracanaú. Eles debateram, inclusive, acrescentar outros itens importantes para a população, no âmbito dos bancos. O presidente da Casa Legislativa, Carlos Alber-to Gomes de Matos, anunciou que será feito um estudo para a imediata criação de projeto de lei municipal, visando a segurança bancária.

Estiveram presentes à audi-ência o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, além dos diretores Aílson Duarte e Marcos Francelino.

Na ocasião, os vereadores informaram a criação de uma lei municipal, há dois anos, pre-vendo a instalação de câmaras de segurança, dentro e fora das agências bancárias, que não é res-peitada. “É preciso que a lei seja criada, e com ela mecanismos de fiscalização pelo município”, disse Carlos Eduardo Bezerra, lembrando que a fiscalização e aplicação de multas são previstas no Estatuto de Segurança Bancá-ria de Fortaleza, cujo modelo é apresentado aos municípios do Interior cearense.

Estatuto de Segurança Bancária é tema de debate na

Câmara de Maracanaú

O presidente do Sindicato enfatizou, ainda, que a ideia da entidade não é ser autora da proposta, mas dar aos verea-dores de Maracanaú subsídios para embasar o projeto de lei de segurança bancária a ser criado no município. Frisou que o Esta-tuto muda a ótica de tratamento dos bancos com as pessoas, colocando-as em primeiro lugar. “Está mais do que na hora da vida dos seres humanos serem tratados de uma forma diferente. Banco não tem coração, tem um cofre. Não vê pessoas, vê números. E esse projeto traz para Maracanaú regras nos mesmos moldes do que foi aprovado em Fortaleza com adaptações para a realidade local”.

Histórico – O Sindicato dos Bancários do Ceará lançou em 2012, a campanha “Banco

Legal é Banco Seguro” e apre-sentou proposta para criação de projeto de lei do Estatuto do Segurança Bancária, na Câmara de Fortaleza, consolidando toda a legislação municipal sobre o tema. Após o tramite do projeto, com aprovação e sanção, com questionamento jurídico, fisca-lização e aplicação de multas, a ideia mostrou-se amadurecida, e o Sindicato passou a apresentar o mesmo projeto para as demais Câmaras Municipais do Ceará, em municípios com mais de 50 mil habitantes e mais de três bancos, para apreciação dos vereadores.

O Sindicato já levou o projeto do Estatuto a vários municípios e já está aprovado em Fortaleza, Tianguá e Crateús (uma lei de segurança semelhante), e tra-mitando em Acaraú, Barbalha, Pacajus, Horizonte e agora em Maracanaú.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Um bancário aposentado por tempo de contribuição e que man-tinha contrato com o banco teve reconhecido seu direito de manter gratuito o Plano de Saúde depois de se desligar do Bradesco, em Porto Alegre. A decisão foi do juiz da 7ª Vara da Justiça do Trabalho de Porto Alegre e contempla uma luta do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre pelo reconhecimento do direito dos trabalhadores apo-sentados, quando desligados do banco, terem mantidas gratuitas as assistências médica, odontológica e hospitalar.

Na quarta-feira, dia 12/6, o Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) esteve com a delegada Elisa Maria, titular da Delegacia de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal (Delesp), para encaminhar denúncias sobre o des-cumprimento da lei federal 7.102/83, que trata da segurança para estabe-lecimentos fi nanceiros.

Em visita às agências bancárias do Ceará, principalmente no Interior do Estado, os diretores do Sindicato fl agraram irregularidades na seguran-ça das unidades que expõem ban-cários e clientes a inúmeros riscos.

A principal denúncia diz respeito

Sindicato se reúne com Polícia Federal para encaminhar denúncias

ao transporte de numerários, que de forma recorrente é feito pelos pró-prios funcionários – enquanto a lei federal determina que o transporte de valores deve ser realizado por empresas especializadas. Problemas no alarme e na vigilância foram outras irregularidades identifi cadas.

“Esse diálogo institucional com a Polícia Federal é muito importante. Nosso objetivo é trabalhar em par-ceria com os órgãos de fi scalização para ajudar no cumprimento da lei e no combate à criminalidade que tem vitimado tanto bancários como a população”, afi rma o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Justiça concede plano de saúde gratuito para aposentado

O processo de número 0001146001020125040007 deter-mina que o Bradesco reestabeleça o direito ao Plano de Saúde do bancário aposentado imediatamente.

Uma das difi culdades do ban-cário aposentado vencedor da ação após encerrar contrato de dez anos com o banco era comprometer parte de seus rendimentos com o valor do Plano de Saúde. Quando ainda na ativa, o plano era gratuito. Ao se aposentar, o valor do plano passou a representar mais de 50% do seu rendimento mensal.

No processo, o juiz estabelece

uma multa diária de R$ 50,00 ao banco, caso haja descumprimen-to da sentença. O juiz menciona o fato de o Plano de Saúde Bradesco dos funcionários ser o mesmo oferecido ao público em geral: “embora ‘gratuito’ para o reclamante, o plano de saúde arcado integralmente pela reclamada (exceto no que diz respeito à co-participação) possui expressão econômica, inclusive por se tratar de plano de saúde mantido por empresa que os oferece no mercado para o público em geral”.

Rafael Matos e Ronaldo Zeni fo-ram os dois candidatos mais votados na eleição para representar os funcio-nários no Conselho de Administração do Banco do Brasil, realizada entre os dias 3 e 7 de junho. Como ninguém obteve a maioria dos votos válidos, os dois disputarão o segundo turno, de 24 a 28 deste mês. Têm direito a voto todos os 120 mil funcionários em atividade no BB. Deste total, 77 mil votaram. Os votos válidos foram pouco mais de 38 mil.

Entre os candidatos mais vo-tados na eleição para o Conselho de Administração do BB vários são vinculados ao movimento sindical, inclusive Rafael Matos e Ronaldo Zeni. Isso é um indicativo forte do descontentamento do pessoal do banco com a política de pessoal, as condições de trabalho e as defi nições estratégicas do banco.

Rafael Matos, apoiado pela maioria dos sindicatos cutistas, rece-beu 5.678 votos, ou 15% dos votos válidos. Foi seguido por Ronaldo Zeni, diretor da Fetrafi Rio Grande do Sul, que teve 2.776 votos, ou 7% dos válidos. “Agradeço, junto com os Sindicatos, a todos os que votaram

Eleição ao Conselho de Administração terá segundo turno

por entender que o representante dos trabalhadores no Conselho de Admi-nistração deve levar até lá os descon-tentamentos, a visão discordante e a luta por melhorias nas relações de trabalho. A todos os que entendem que o banco deve ser fortalecido, mas não à custa da exploração de quem faz a sua grandeza”, afi rma Rafael Matos.

O Conselho de Administração do BB é composto de sete membros: três indicados pelo governo federal, o presidente do banco, dois indicados pelos acionistas minoritários (que hoje são indicados pela Previ) e um eleito pelos funcionários.

“A eleição é uma conquista das centrais sindicais, capitaneada pela CUT. É um avanço importante porque dará à representação dos trabalhado-res o direito de participar da instância máxima do Banco do Brasil, onde são tomadas as decisões estratégicas, desde negócios, crédito, orçamento, investimentos e remuneração dos dirigentes, dentre outras questões”, afi rma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coorde-nador da Comissão de Empresa do Funcionalismo do BB.

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VITÓRIA

12 DE JUNHO

CAREF

Condições de trabalho cons-tituem um dos itens com maior índice de reclamação junto ao movimento nacional dos em-pregados da Caixa Econômica Federal. Na maioria das vezes, apesar do registro de algumas melhoras substanciais nos últi-mos anos, a situação nas unida-des da empresa está aquém do considerado ideal e saudável para os trabalhadores.

Além da Caixa não oferecer condições adequadas de traba-lho, constata-se ainda o descaso com que a empresa lida com as denúncias e notificações sobre a precariedade de instalações em suas agências e postos de atendimento.

Nos mais diversos segmen-tos de empregados, o histórico de problemas continua alto. A situação é grave em relação aos tesoureiros, cujas precárias condições de trabalho são pro-vocadas pela falta de pessoal, desvio de função, extrapolação da jornada por conta de acú-mulo de tarefas e pela demora na instalação de corredores de abastecimento dos terminais e caixas nas agências, o que vem comprometendo a saúde e a segurança desses trabalhadores.

Brasil afora, a política de expansão da rede em um ritmo acelerado tem gerado ainda outro tipo de problema: a inauguração de unidades sem condições mínimas de habitabilidade. A deficiência, nesse caso, é resul-tado da falta de equipamentos importantes e de condições físicas impróprias dos imóveis.

O abuso na gestão é também frequente em diversas unidades pelo País, causando em conse-quência pressão desmedida no dia a dia dos trabalhadores. A cobrança por venda de produtos

Dia Nacional de Luta por melhores condições

será dia 20/6

e as metas inatingíveis, elementos propiciadores do assédio moral e outros tipos de violência, continuam sendo praticados im-punemente. Essa situação causa reflexos danosos para a saúde mental e física dos empregados.

A luta por condições dignas de trabalho tem sintonia direta com a defesa do papel social da Caixa, com atuação no fomento à economia, na implantação de políticas públicas e na regulação do sistema financeiro nacional. Isso é fundamental para que a Caixa aprimore, cada vez mais, o seu caráter de banco público.

Conforme decisão do 29º Conecef, realizado no período de 17 a 19 de maio, em São Paulo, a luta por condições dignas de trabalho será um dos eixos prio-ritários da mesa permanente de negociações em 2013, com foco em mudanças na organização do trabalho e com base em um

conceito que precisa ir além da simples troca de imóveis e equipamentos, passando pelo debate amplo da reorganização dos postos de trabalho e das ro-tinas, com questionamento ainda ao modelo de gestão.

Diga não ao caos nas agên-cias e postos de atendimento da Caixa espalhadas pelo País. Para isso, a Contraf-CUT, sindicatos e federações convocam os empre-gados do banco a participarem do Dia Nacional de Luta por condições dignas de trabalho, a ser realizado na quinta-feira, dia 20/6.

Nessa atividade, os empre-gados da Caixa vão exigir o fim das metas abusivas, com mode-lo adequado de agências para o atendimento dos caixas, e a contratação de mais empregados para suprir a carência de mão de obra. O foco, portanto, é o respeito aos direitos das pessoas.

Sob pressão da Contraf-CUT e entidades sindicais de todo o País, a direção da Caixa Econô-mica Federal recuou e adiou para o dia 30/8 o prazo para inscrição de candidatos a representante dos trabalhadores no Conselho de Ad-ministração do banco, cujo período para os empregados encerrava-se no último dia 7/6.

Na avaliação do movimento sindical, a decisão de adiar esse processo é acertada e demonstra que a empresa começa a perceber que cometeu um grande erro na sua condução. Mesmo assim, a Contraf-CUT e seus sindicatos estão estudando a possibilidade de impetrar medidas jurídicas para que tudo seja suspenso. Isto porque houve desrespeito à legislação e o

Caixa recua e adia inscrições para eleição no Conselho de Administração

pleito foi iniciado pela Caixa sem que estivessem encerradas as negocia-ções com a Contraf-CUT, sindicatos e federações.

Na questão da eleição para conselheiro representante, uma das ilegalidades cometidas pelo banco está o descumprimento do artigo 2º, item 1º, da portaria nº 26, que regulamenta a lei nº 12.353 de 28 de dezembro de 2010. Ele estabe-lece o seguinte: “O representante dos trabalhadores será escolhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição orga-nizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem”.

Portanto, sem levar em conta

a diretriz estabelecida pela legis-lação, a Caixa marcou a eleição sem concluir as negociações com a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empre-gados (CEE/Caixa).

O principal motivo dos traba-lhadores em não concordar com o pleito foi o fato de a empresa ter colocado barreiras para as candidaturas, o que exclui cerca de 80% do quadro de trabalhado-res. Entre os pré-requisitos para o candidato, impostos pelo banco, está o seguinte: ser graduado em curso superior e ter exercido car-gos gerenciais nos últimos cinco anos ou ter ocupado cargos rele-vantes em órgãos ou entidades da administração pública por, no mínimo, dois anos.

O 12 de junho é muito mais do que uma data para se lembrar do namorado. É nesse dia também que se celebra o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Em 2013, a Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT) adotou a erradicação do trabalho doméstico como foco principal, ca-minho pelo qual o Brasil segue com o andamento da chamada PEC das Domésticas.

Segundo a OIT, atualmente há milhões de crianças e adolescentes em todas as partes do mundo en-volvidos com o trabalho doméstico em casa ou fora, ganhando ou não pelo serviço. Para a organi-zação, elas estão particularmente vulneráveis à exploração porque, muitas vezes invisíveis aos olhos do público, ficam à mercê de maus tratos e abuso.

Diante do contexto, a entidade aproveitou o 12 de junho de 2013 para chamar governos nacionais a promoverem reformas legislativas e políticas a fi m de assegurar a elimi-nação do trabalho infantil doméstico; ratifi car a Convenção 189 da OIT sobre trabalho decente para domés-ticos e a aplicação das Convenções da OIT sobre o trabalho infantil; e organizar ações para desenvolver o movimento mundial contra o trabalho infantil e valorizar as organizações representativas de trabalhadores domésticos.

A Convenção 189 transmite a mensagem de que domésticos têm direito a condições de trabalho e de vida decentes. No que diz respeito à eliminação do trabalho infantil, pede aos países que estipulem idade mí-nima para os trabalhadores domésti-cos, consistente com as convenções da OIT relativas ao trabalho infantil e não inferior ao estabelecido para os trabalhadores em geral.

18 anos – No Brasil, está em trâmite um projeto de lei para regu-

OIT foca no fi m do trabalho infantil doméstico

lamentar a Emenda 72, sobre direitos dos trabalhadores domésticos. A pro-posta já foi aprovada pela comissão mista específi ca para debater o tema e aguarda apreciação na Câmara dos Deputados e Senado Federal. Dentre os pontos aprovados está o veto ao trabalho doméstico para os menores de 18 anos.

Dimensão – A OIT passa um pouco da dimensão do problema. São 15,5 milhões de crianças em todo o mundo envolvidas em trabalho doméstico, remunerado ou não, em casa de terceiros; Deste total, 72% são meninas, 47% têm menos de 14 anos e, desses, 3,5 milhões têm entre 5 e 11 anos de idade e 3,8 milhões têm entre 12 e 14 anos.

Muitas crianças realizam traba-lho doméstico em consequência de serem vítimas de trabalho forçado ou de tráfi co de pessoas. Embora se desconheça o número exato, estima-se que 5,5 milhões se en-caixem nessa categoria. No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mais recente, havia em 2011 cerca de 3,7 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade, o equivalente a 14% desta faixa etária.

Conferência Global – Será reali-zado no Brasil a III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, em 8 a 10 de outubro, em Brasília. A previsão é de que 1,5 mil pessoas de 193 países participem dos debates. Neste mês acontecem encontros regionais, onde são defi nidas delegações ao encontro nacional e, posteriormente, à Confe-rência. O Brasil promove cinco regio-nais, coordenados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Neles será discutido o documento base que será apresentado a todos os países participantes da Conferência Global e o documento Brasil, a ser debatido nas etapas nacionais.

Graças à mobilização das enti-dades sindicais, na qual a Contraf-CUT exerceu papel importante, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Depu-tados decidiu adiar para 9 de julho a votação do substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA) para o projeto de lei (PL) 4.330 do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que a pretexto de regulamentar a terceirização legaliza a precarização das relações de tra-balho no Brasil.

“Foi uma vitória da mobilização dos trabalhadores”, comemora Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Quero antes de mais nada agradecer o trabalho de mobilização dos sin-dicatos de bancários, cuja atuação tanto nas suas bases quanto aqui no Congresso Nacional foi decisiva para evitar a votação desse nocivo projeto de lei”.

Foi com o Plenário 1 do Anexo II da Câmara lotado de representantes dos trabalhadores que o presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT/SC), anunciou o adiamento da vota-ção em 30 dias, após a negociação de um acordo entre as centrais sindicais, o relator da PL 4.330 e os demais parlamentares da Comissão.

A Contraf-CUT, a Contracs-CUT e a CNTV estão propondo uma reunião com todo o Macrossetor de Serviços e Logística da CUT (que

Mobilização empurra votação do PL da Terceirização para julho

além de bancários e comerciários reúne vigilantes e trabalhadores de transportes terrestre e aéreo, dentre outros) na próxima se-mana com o objetivo de discutir um calendário de mobilização envolvendo as várias categorias de trabalhadores.

A Federação Única dos Pe-troleiros (FUP) já aprovou em plenária nacional a defl agração de greve nacional para combater o PL 4.330.“Agora precisamos de mais mobilização e pressão dos traba-lhadores para enterrar de vez esse projeto elaborado pelos empresários e pela Fenaban para destruir direitos dos trabalhadores”, convoca Carlos Cordeiro.

Negociação com o governo federal – Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, também ressalta a importância de aumentar a mobilização neste mês de junho porque também foi instala-da no dia 11/6, mesa de negociação com o governo federal sobre o tema da terceirização.“Precisamos assegurar a igualdade de direitos, de tratamento e de representação sindical dos mais de 10 milhões de trabalhadores que já se encontram nessa situação hoje, resgatando assim a unidade e a dignidade da classe trabalhadora no Brasil”, destaca Miguel Pereira.

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BANRISUL

GARANTIR DIREITOS

Na terça-feira (11/6), que seria o sétimo dia de pa r a l i s a ç ão da “loja” de atendimento do Itaú, em Fortaleza, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou um ato público para protestar contra o inter-dito proibitó-rio solicitado pelo banco na Justiça do Trabalho para frear o mobili-zação da cate-goria. A manifestação revelou à população a falta de bom senso do Itaú ao deixar funcionar uma “loja” para fazer negócios sem as mínimas condições de segurança.

O Itaú solicitou a interven-ção da Justiça do Trabalho, por meio de um Interdito Proi-bitório, para impedir que os bancários continuassem com a paralisação da “loja”, que funciona sem nenhum item de segurança, instalada num dos pontos de maior circulação de turistas da capital cearense.

“Que postura é essa da Justiça?”, questionou Alex Citó, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú. “Essa mesma Justiça do Trabalho deveria obrigar o Itaú a instalar portas giratórias, garantir vigilância armada e a cumprir a lei do Estatuto de Segurança Bancária”, denuncia o dirigente sindical.

Os bancários esclareceram a população sobre o motivo da manifestação e da paralisação da “loja” do Itaú, na Avenida Mon-senhor Tabosa desde o dia 5/6. Os trabalhadores, mesmo discor-

Itaú apela às práticas antissindicais para frear luta dos trabalhadores

dando do interdito, cumprem as ordens da Justiça. Mas não irão desistir de apontar as falhas na segurança das unidades do Itaú, assim como em outros bancos.

“O banco tenta nos calar, mas vamos continuar a luta por mais segurança e melhores con-dições de trabalho”, afirmou Iêda Marques, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú.

Patrocinador da Copa economiza na segurança de agências – O Itaú, patrocina-dor da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, retirou a segurança de uma “loja” de atendimento em um dos pontos turísticos de Forta-leza. O banco criou esse novo modelo de unidade, sem porta giratória, sem vigilância arma-da, sem câmara de segurança e instalou uma dessas “lojas” na Avenida Monsenhor Tabosa, local de grande visitação de turistas na capital do Ceará.

Os bancários, indignados com essa falta de segurança e o descaso do banco, iniciaram a paralisação dessa “loja” do Itaú

na quarta-feira dia 5/6 indo até o dia 10/6. A paralisação da “loja” de atendimento do Itaú durante seis dias representou a resistên-cia dos trabalhadores diante de todo o descaso que o Itaú pratica contra seus funcionários, clientes e usuários.

“Fomos obrigados a intervir, pois o local estava muito exposto a ação das quadrilhas de marginais. Os empregados estavam bastante apreensivos e era preciso uma intervenção urgente, em defesa dos bancários e clientes”, afirma o funcionário do Itaú e diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Ribamar Pacheco.

Segundo o dirigente sindical, “é revoltante essa situação, onde o Itaú gasta rios de dinheiro pa-trocinando os jogos da Copa das Confederações, como também da Copa do Mundo de 2014, e economiza em segurança para seus funcionários e clientes. É desumano o que o Itaú faz. Essas unidades de vendas de produtos, chamadas não mais de agência, mas de loja de atendimento, funcionam sem garantir a mínima segurança necessária”.

As medidas do governo para estimular a economia, como a deso-neração da folha de pagamentos para diversos setores e a redução da tarifa de energia elétrica, serão usadas nas negociações das categorias mais signifi cativas de trabalhadores da indústria no momento de negociar o reajuste salarial deste ano. As catego-rias mais fortes, como metalúrgicos e químicos do ABC e da capital paulista, além de bancários e petroleiros têm data-base no segundo semestre.

De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos vão usar esses argumentos para rebater o crescimento menor da economia, pois o PIB de 0,6% do primeiro trimestre e a alta da infl ação deverão ser colocados pelos empre-sários nas negociações dos reajustes como justifi cativas para um aumento salarial menor.

CUT vai cobrar benefícios fi scais durante campanha salarial

“Na nossa avaliação, o cenário econômico para os empresários neste ano é muito parecido com o do ano passado, não há motivos para que os salários não recebam ajustes reais”, afi rma.

De acordo com Freitas, as negociações estão mais difíceis neste ano. “Estamos vendo isso no primeiro semestre. No segundo, quando ocorre o dissídio para cate-gorias de peso, como metalúrgicos, químicos, petroleiros e bancários, vamos botar essas questões na mesa de maneira mais forte”.

O sindicalista disse que a conjuntura da economia oferece condições para um aumento real e que há na alta da inflação mais oscilação do que descontrole de preços. “Os empresários estão usando isso para projetar uma situ-ação futura ruim e dar um aumento menor”, diz Freitas.

A intransigência do Banrisul ma-terializada na ideia de que não voltaria a montar uma mesa de negociação para debater mudanças necessárias na proposta de seu Plano de Carreira, cristalizada na reunião de 29/5, deu lugar a um compromisso sete dias depois. Diretores que representaram o banco na negociação de quinta-feira, dia 6/6, na sede da Fetrafi -RS, em Porto Alegre, não só concorda-ram em voltar a negociar o Plano de Carreira com os representantes dos banrisulenses como passaram a considerar avanços na proposta.

O banco reconheceu que a proposta de 16/4 deixou os banri-sulenses inseguros em razão das lacunas. Portanto, acenaram com a possibilidade de mudanças. Entre as questões que fi caram em aberto estão os critérios de promoção por merecimento e o número de vagas que serão reservadas a essas pro-moções por mérito.

Entre as mudanças, os repre-sentantes sindicais reivindicam três pontos cruciais que estão interligados: o enquadramento de quem for migrar para o novo Plano de Carreira deve ser por tempo de

Reaberta negociação sobre proposta de plano de carreira

carreira e não por salário, como quer o banco. As outras divergências dizem respeito à distância entre o início e o topo da carreira, ao interstício (promoção por tempo) e ao step (percentual aplicado a cada promoção por tempo) e aos critérios de promoção por mérito.

Como está, a proposta de Plano de Carreira da direção do Banrisul dá mais importância ao mérito para controlar as promoções e regular o número de vagas por merecimento ao desempenho fi nanceiro. “Nossa divergência é uma questão de con-ceito. Queremos valorizar o tempo. A direção valoriza demasiadamente o mérito”, acrescenta Mauro.

Aos banrisulenses está sendo oferecida uma proposta pior do que se tem hoje em termos de programa de cargos e salários e muito aquém dos avanços que a proposta dos trabalhadores contempla. “Não somos contra o mérito, desde que ele seja menos do que ele é. O mérito não pode ser o critério mais importante de promoção, porque temos problemas de avaliação no banco”, disse a diretora da Fetrafi -RS, Denise Corrêa.

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Na retomada da mesa de nego-ciação permanente entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com o Banco do Brasil no dia 13/6, em Brasília, fi cou defi nida a renovação do Acordo Marco entre o banco e a UNI Américas. A data da assinatura será agendada nos próximos dias. O acordo é um importante instrumento para garantir direitos dos trabalha-dores em nível internacional, sejam eles do próprio Banco do Brasil ou de bancos sob controle do BB.

O instrumento prevê que o banco deve respeitar os direitos dos bancários em seus países, tanto de legislação e de acordos e convênios coletivos da categoria, bem como princípios e direitos fundamentais do trabalho como, por exemplo: liberdade sindical e o reconhecimen-to efetivo do direito de negociação coletiva; eliminação de todas as formas de trabalho forçado e obri-

BB e Contraf defi nem renovação do Acordo Marco com UNI Américas

gatório; abolição efetiva do trabalho infantil; eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação.

O acordo prevê ainda que o banco deve cumprir e respeitar os Dez Princípios Universais previs-tos no Pacto Global, assim como adotar medidas necessárias para combater e prevenir problemas de saúde derivados da atividade laboral, visando à saúde e segurança de seus trabalhadores.

Além da renovação do Acordo Marco com a UNI Américas, também fi cou defi nida a renovação do Acordo Macro de Comissão de Conciliação Prévia (CCP) entre Contraf-CUT e Banco do Brasil, que trata de demandas de passivo trabalhista de ex-funcionários do banco e que havia vencido em março deste ano. A adesão é defi nida de acordo com o interesse de cada sindicato fi liado à Confederação.

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Negociação com o BNB DENÚNCIASindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Foto: Drawlio JocaMais atenção à pre-

venção da saúde ocu-pacional, ampliação do direito à lateralidade na ocupação de funções comissionadas, implanta-ção imediata do plano de reforma e manutenção de equipamentos e instala-ção de comissão paritária para defi nir as regras da eleição do Conselheiro de Administração Repre-sentante dos Funcionários (CAREF).

Foram esses os avan-ços conseguidos no dia 10/6, durante a mesa de negociação permanente mantida entre a Contraf-CUT e a dire-ção do Banco do Nordeste do Brasil, com a participação do Sindicato dos Bancários do Ceará, Federações de bancários e demais Sindicatos que integram a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.

As conquistas são fruto de reivindicações apresentadas pelas entidades sindicais em reuniões anteriores e revelam o poder de mobilização e negociação da Contraf-CUT e Sindicatos perante a direção da Empresa. As demandas apre-sentadas e conquistadas na mesa de negociação refl etem anseios e desejos dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários do Ceará reiterou durante a reunião a necessidade de o Banco corrigir uma injustiça que se arrasta há anos. Trata-se da prática de investidura na função de Caixa, artifício utilizado para reduzir custos, uma vez que a investidura só garante a remunera-ção da função nos dias efetivamente trabalhados. O SEEB/CE reivindica a imediata efetivação na função de Caixa de todos os colegas atualmente investidos. O Banco fi cou de respon-der na próxima negociação.

Outra reivindicação apresen-tada na mesa de negociação foi o nivelamento dos valores das fun-ções de Analista da CENOP, CRO e Controles Internos pelo maior valor, tendo em vista a centralização de todas essas áreas em único espaço organizacional, conforme preconiza o

Sindicato e Contraf obtêm conquistas e apresentam novas

reivindicações

processo de reestruturação vigente. A Diretoria do BNB também fi cou de se posicionar sobre o assunto na reunião de negociação agendada para o próximo mês de julho.

Conquistas – Ao anunciar a criação da Central de Saúde Ocupa-cional e Qualidade de Vida, o Banco gera a expectativa junto às entidades sindicais e seus associados de efe-tivamente passar a trabalhar com a prevenção das doenças ocupacio-nais, preocupação reiteradamente apresentada em mesa pelas repre-sentações dos trabalhadores que entendem ser necessária a atuação da Central em todas as Superinten-dências do Banco, através de núcleos de atenção à saúde ocupacional.

A correção de uma das distor-ções verifi cadas no processo de reestruturação em vigor no Banco foi anunciada também pela Direção da Empresa ao ampliar a chamada lateralidade para todos os níveis de função e não apenas para as comissões de Superintendente e Ge-rente de Ambiente, como ocorria até então. Pela lateralidade, o ocupante de função comissionada que vier a perder ou ter sua função rebaixada poderá, no prazo de até um ano, voltar a ocupar espaço funcional igual ou equivalente, sem a necessidade de passar por concorrência.

As agências e demais unidades do Banco que apresentaram fun-cionamento precário, relacionado

à pane no sistema de refrigeração, estrutura física desgastada e outros pequenos problemas da alçada do gestor principal deverão ter essas questões pontuais resolvidas até o dia 18 de Julho de 2013. Foi o que assegurou o Banco na mesa de nego-ciação, após o relato de ocorrências de diversos problemas detectados pelos Sindicatos.

Por fi m, fi cou acertado entre a Contraf/Sindicatos e o Banco a constituição de comissão paritária formada por seis membros para defi nir as regras e o calendário da eleição do Conselheiro de Admi-nistração Representante dos Fun-cionários (CAREF). O objetivo das entidades sindicais é participar do processo para garantir transparên-cia e democracia na escolha desse importante instrumento de gestão dos bancos estatais federais.

Para o diretor do SEEB/CE e Coordenador da Comissão Na-cional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aquino, as conquistas na mesa permanente de negociação não chegam por concessão pura e simples do Banco. São frutos do profi ssionalismo e da seriedade das entidades no trato das questões de direito e de interesse do funcionalis-mo. Revela ainda o reconhecimento da Direção do Banco no tocante à representatividade e poder de organização e mobilização dos Sindicatos junto às suas respectivas bases de associados.

Gerentes de Negóc ios PRONAF procuraram o Sindicato dos Bancários do Ceará para denunciar o que consideram dis-criminação quanto a não oferta pelo Banco das mesmas condições materiais, profi ssionais e salariais que são dispensadas a outros gestores , em razão basicamente da lotação que ocupam.

Os GNs PRONAF que bus-caram o Sindicato reivindicam a valorização da função ao nível da comissão de um Gerente de Negócios M5, visto que hoje eles não possuem a comissão atrelada a nenhum mercado tendo sido, por esse motivo, nivelados ao valor da comissão de agencias M1. Não obstante, possuem uma carteira imensa de clientes aos quais gerenciam sozinhos, pois não há GSN para a carteira de Pronaf. Da forma que está, os GNs Pronaf só têm o ônus do exercício da função, o bônus foi esquecido pelo Banco, reclamam.

Outra reclamação é quanto à falta de condições de funciona-mento das chamadas agências itinerantes. Nesse caso, o funcio-nário tem que trabalhar com o seu próprio computador, sem acesso aos sistemas do Banco e, por isso, tendo que consultar constantemen-te alguém na agência para atender o caso específi co de cada cliente. Além do mais, ao utilizar o próprio equipamento, o profi ssional tem o

BNB quer aumentar negócios sem oferecer condições a gestores

intermediáriosrisco de perda, danos ou roubos, risco que o banco não cobre.

Outra queixa comum a todos os GNs de mercados que não são M5 e aos Agentes de De-senvolvimento, diz respeito a não disponibilização de smartphones com acesso à internet – que hoje só acontece para GNs e GEs de M5 e Gerentes Gerais – visto que aqueles também têm necessidade de acessar o e-mail corporativo quando estão no exercício externo de sua função: visitas, agências itinerantes, dentre outros. No caso dos Agentes é ainda mais grave, pois eles não podem acessar externamente o e-mail nem pelo computador pessoal.

Outros segmentos de funcio-nários, como de Caixas Executivos, também têm procurado o SEEB/CE para exigir que negocie com o Banco a valorização de suas funções. Segundo os caixas, suas responsabilidades só aumentam e os riscos do exercício da função também. Agravante se revela no caso dos caixas que são apenas “investidos” na função. Estes se-quer têm direito à remuneração quando de férias ou se afastam temporariamente até por questão de saúde.

No caso dos caixas com inves-tidura que estão nesta situação há anos, o SEEB/CE reitera as cons-tantes cobranças feitas ao Banco no sentido de suas efetivações.

“No futuro quem se

informar pela imprensa

sobre o que aconteceu

nesses últimos 10 anos no

País não vai perceber o que se passou de fato. Por isso, ter intelectuais

que contam essa história

de outra forma é fundamental”Sociólogo Emir Sader, ao criticar a grande imprensa

Mulheres empreendedoras Entre 2001 e 2011, o número de mulheres donas do próprio

negócio aumentou em 21%, mais do que o dobro do crescimento verifi cado entre os homens. Os números são resultado de estudo

inédito do Sebrae, “As Mulheres Empreendedoras no Brasil”, e mostra que as empresárias estão mais escolarizadas, têm mais acesso a informações e ousam empreender em atividades antes

predominantemente masculinas.

AlfabetizaçãoAs crianças que terminam o ciclo de alfabetização – do 1º ao 3º ano do ensino básico – em escolas públicas farão a Avaliação Nacional

da Alfabetização (ANA). A avaliação foi criada por uma portaria publicada dia 10/6 no Diário Ofi cial da União. A ANA servirá para medir

o conhecimento das crianças e ajudará no cumprimento do Plano Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) – que estabelece que todas as crianças até os 8 anos de idade sejam alfabetizadas em

português e matemática.

“Falso índio” Após indiciar um líder indígena por suspeita de falsifi cação do Registro Administrativo de Nascimento de Índio (Rani), a Polícia Federal no Amazonas irá promover uma devassa

nos documentos emitidos. A PF quer entender as causas de um boom na emissão de “RGs indígenas”: de uma média

anual de 159 Ranis/ano de 2000 a 2007, o número passou para 1.143/ano no período 2008 a 2011, um salto de 619%. Apuração preliminar da PF detectou que o aumento anormal

na expedição dos documentos se deu a partir de 2007, ano da emissão do registro de Paulo Ribeiro da Silva, o Paulo Apurinã,

indiciado sob suspeita de falsifi cação de documento público.

PL do feriadãoUm projeto de lei que tramita no Senado Federal tem o objetivo

de ofi cializar o “feriadão” no Brasil. A proposta, de autoria do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), determina que

sejam transferidos para as sextas-feiras todos os feriados que caírem nos demais dias da semana. O projeto prevê exceções

para os feriados que caírem nos sábados e domingos, bem como dia 1º de janeiro (Confraternização Universal), 7 de

setembro (Dia da Independência) e 25 de dezembro (Natal), 12 de Outubro (Dia de N.S. Aparecida) e Corpus Christi. Na

justifi cativa do projeto, o deputado argumenta que os feriados no meio da semana têm representado “grande prejuízo para o

País”, sobretudo em termos econômicos.