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8/8/2019 COMO DEUS A FONTE, OU BASE, DA NOSSA MORALIDADE - William Lane Craig
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WWW.DEUSEMDEBATE.BLOGSPOT.COM
COMO DEUS A FONTE, OU BASE, DA NOSSA MORALIDADE?
WILLIAM LANE CRAIG
Como Deus a fonte, ou base, da moralidade? Uma coisa moral porque Deus diz que ela ?
Esse "F Racional": conversas com o Dr. William Lane Craig. Eu sou Kevin Harris, e estamos explorando
algumas perguntas que voc envia ao website "F Racional" (ReasonableFaith.Org).
Essas so algumas das perguntas mais interessantes que as pessoas fizeram e o Dr. Craig est lidando com
elas no seu podcast. Voc pode encontrar muitos recursos, inclusive artigos, debates, udio e vdeo, fruns
interativos, este podcast e a aula "Defendors" do Dr. Craig, tudo disponvel no nosso website
ReasonableFaith.Org
Kevin Harris: Estamos recebendo grandes perguntas no site ReasonableFaith.Org, o
site do Dr. William Lane Craig, e h perguntas que as pessoas submetem, que o Dr. Craig
escolher periodicamente responder.
H uma boa aqui, Dr. Craig: "Como Deus pode ser o fundamento da moralidade ou
dos valores morais?"
Vamos falar sobre essa pergunta. Voc lidou com isso bastante, seus artigos lidam
isso, e ela aparece muito frequentemente eu seus debates.
Mas "como pode Deus ser o fundamento da moralidade, fundamentar os valores
morais?"
William Craig: Eu penso em Deus como a incorporao do Bem Moral, Ele o
paradigma da bondade, Ele define o que a bondade .
Pense, como uma analogia, em julgar a msica em termos de ter Alta Fidelidade.
Ns costumamos ouvir o termo "a gravao foi em Alta Fidelidade", o que significa
que ela se aproximava ao som da orquestra ao vivo.
Mas, uma orquestra ao vivo no seria Alta Fidelidade, porque ela no tem nada a que
se aproximar. Ela o padro!
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Bem, da mesma forma, os valores morais so definidos por Deus. Ele o padro da
bondade.
Seu carter o paradigma da bondade. E o que definir se nossas aes foram boas ou
no o quo fiis elas so ao padro.Se elas forem Alta Fidelidade ou no, ou se esto afastadas do padro sendo,
portando, ms.
Ento, Deus, em sua natureza moral, o paradigma da bondade.
Ele por natureza, essencialmente bom, amoroso, gentil, fiel, justo, leal, verdadeiro e
assim por diante.
Ento, eu vejo os valores morais como definidos paradigmaticamente em Deus, ou
seja, Deus o padro. Ento, essa natureza moral se expressa em mandamentos divinos que
so feitos a ns. a partir dessa natureza que Deus no ordena que amemos nosso prximo
como a ns mesmos, que devemos amar nosso Senhor Deus com todo nosso corao, alma
e fora, e mente e assim por diante. E esses mandamentos morais constituem nossos
deveres morais, essa a fonte da obrigao moral que temos: somos ordenados por Deus, o
paradigma da bondade, a fazer certas coisas.
Ento ns podemos distinguir entre valores e deveres dessa forma: valores dizem
respeito ao valor moral de algo, se mal ou bom. Deveres dizem respeito a se algo
obrigatrio para ns, se certo ou errado. E eu vejo os deveres morais como
fundamentados nos mandamentos e os valores morais como fundamentados na natureza
de Deus.
Kevin Harris: Dr. Craig, os crticos frequentemente dizem que os valores e deveres
morais so subjetivos e que, mesmo que sejam de alguma forma fundamentados em Deus,so ainda subjetivos porque so sujeitos a Ele e ao que Ele pensa que moral, ento... como
isso que voc acabou de dizer escapa dessa subjetividade de valores morais em Deus?
William Craig: Grande pergunta! Se os valores morais fossem simplesmente
fundamentados na vontade de Deus, se Deus apenas inventasse o que certo e errado,
arbitrariamente, ento eu concordaria com voc: essa seria a maior das subjetividades! Os
valores morais seriam apenas declaraes arbitrrias de Deus! E essa posio tem um nome,
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ela se chama Voluntarismo. O Voluntarismo seria a posio de que os valores morais so
fundamentados na vontade de Deus e que a vontade de Deus simplesmente decide o que
bom e mau, certo e errado. A viso que eu apresentei bastante diferente disso porque...
Kevin Harris: As pessoas poderiam dizer Deus tem a sua opinio e eu tenho a
minha!
William Craig: Sim, certo! No, no. A viso que eu apresentei bastante diferente
disso porque ela diz que os valores morais no so embasados na vontade de Deus. Os seus
mandamentos a ns que so expresses da sua vontade, mas os valores so
fundamentados na natureza divina, nas suas propriedades morais essenciais como justia,
bondade, compaixo, sinceridade e assim por diante. E essas no so arbitrrias, elas no
podem ser mudadas, elas so logicamente necessrias e, portanto, existentes em quaisquer
mundos possveis. No h um mundo possvel em que Deus no tenha essas propriedades
e no exista...
Kevin Harris: Ento, ns poderamos contrastar Voluntarismo e Essencialismo?
William Craig: Sabe, interessante que eu no sei se essa viso que eu apresentei
tenha um nome. uma forma de moralidade do comando divino, mas eu suponho que
voc possa chama-la de Essencialismo em oposio ao Voluntarismo. E eu acho que isso
interessante Kevin, porque a acusao que voc fez feita no manual atesta recente
chamado The Cambridge Companion to Atheism 1 que tem um artigo de David Brinck
atacando o argumento moral da existncia de Deus. Brinck um eminente eticista, mas,quando voc l a sua crtica da tica testa, a nica verso que ele conhece o Voluntarismo.
Isso tudo o que ele conhece, e ele ataca isso. Ele no sabe nada sobre o trabalho de pessoas
como Robert Adams, William Austen, Phillip Quinn e outros que defendem a verso
1 Um Mundo Sem Deus. Ensaios Sobre o Atesmo, dir. de Michael Martin -http://www.edicoes70.pt/site/node/214
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essencialista do Comando divino que eu apresentei para voc. Ento ele na verdade est
atacando um espantalho2. Eu no sei de nenhum cristo filsofo contemporneo que
defenda o Voluntarismo.
Kevin Harris: Ento, h muitas formas de teorias do comando divino, e o
Voluntarismo seria uma teoria do comando divino bastante vulnervel ao ataque.
William Craig: Sim, eu acho que inaceitvel porque, como voc diz, no final das
contas Subjetivismo, na verdade. Porque Deus simplesmente invente essas coisas.
Kevin Harris: Uma vez que Deus absoluto, ontologicamente absoluto, significa
que seu prprio ser absoluto. Ele o prprio padro. Ns no diramos que Deus sujeito
sua prpria natureza, porque Deus no sujeito a coisa alguma. O que voc diria? Que
ele apenas consistente com ela?
William Craig: Certo! Ele consistente com Sua prpria natureza. Lembre-se, a
natureza dEle! No o caso de que haja algo fora de Deus que o impulsione a agir de certa
forma, em vez disso, assim que Deus . quem Ele .
Kevin Harris: Isso corta o que comumente conhecido como o dilema de Eutfiro?
Porque eu pesquisei muito sobre isso em websites, e esse um dilema ancestral, de Plato.
William Craig: William Austen, um grande filsofo cristo da Universidade de
Syracuse, escreveu um artigo onde ele apresenta essa forma de teoria do comando divino. E
o ttulo do artigo era O qu Eutfiro deveria ter dito!Ento, quando Scrates perguntou-lhe Uma coisa boa porque a vontade dos
deuses ou os deuses a querem porque ela boa?, o que Eutfiro deveria ter dito que Tal
coisa a vontade dos deuses porque eles so bons! Ou Ele bom, se voc colocar isso no
contexto do monotesmo. Ento, essa a resposta correta, uma terceira alternativa que
2 Atacar um espantalho: formular uma refutao para um mal-entendido de um argumento. Nesse caso, o
ateu produziu uma refutao para uma teoria Voluntarista do comando divino, quando na verdade a maioriados cristos defende uma teoria Essencialista do comando divino.
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soluciona o dilema. Deus deseja tal coisa porque Ele bom! Ele o paradigma dos valores
morais.
Kevin Harris: O que voc est dizendo parece explicar porque os valores morais soobjetivos.
William Craig: Sim, eu acho que isso uma forma de Objetivismo Moral. Assim como
o Platonismo ! O que os telogos cristos fizeram quando eles leram Plato? Eles tomaram
o que Plato chamava de O Bom, que era uma espcie de ideal abstrato, que era o
determinante ou o padro dos valores morais, e disseram No existe essa entidade
abstrata O Bom! O que Plato estava realmente falando era da natureza de Deus. Ento,
eles tomaram O Bom e, essencialmente, fizeram dele a natureza de Deus. E, dessa forma,
tendo o mesmo tipo de objetivismo que a tica platnica tinha.
Kevin Harris: O que podemos aprender disso? Eles tomaram Plato, suas idias, e as
aplicaram verdade do Cristianismo!
William Craig: Exatamente! Eles batizaram Plato! E esse o padro comum dos pais
da igreja primitiva: eles no apenas rejeitavam a filosofia grega totalmente. Mas, onde eles
podiam, colocavam suas idias a servio da teologia crist. Ento, em discusses sobre a
doutrina da trindade, a encarnao, os atributos de Deus... o Cristianismo tem uma
tremenda dvida para com a filosofia grega, em termos dos conceitos que foram
empregados na formulao dessas doutrinas.
Kevin Harris: Vou dizer o que difcil... me faz ter noites em claro s vezes, Bill: os
valores morais so reais, so objetivos, mas no so como um gs que voc atravessa... no
esto suspensos de alguma forma. Mas, ento, como eles existem?
William Craig: Eu acho que voc est certo: eles no existem em si mesmos. Essa foi a
viso de Plato, que eles existem como objetos abstratos. No existe algo como A Justia, ou
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A Avareza, ou O Vcio, ou O Auto Sacrifcio. Nessa viso, mesmo que no houvesse
pessoas, haveria esses valores, simplesmente existindo l fora!
Kevin Harris: Essa era a viso platnica.
William Craig: Sim, mas na viso crist, os bens morais existem como propriedades
de Deus. Ento, eles existiriam no mesmo sentido que ao comprimento de uma barra-metro
no existe como uma espcie de abstrato chamado O Comprimento, que existe em si
mesmo, mas uma propriedade da barra-metro, que est l em Paris, e o comprimento da
barra uma propriedade da prpria barra! E a barra-metro o paradigma para o que o
Metro . O Metro o comprimento daquela barra.
Kevin Harris: Obviamente, quando eu disse que eles no esto flutuando por a como
uma espcie de gs que voc atravessa e no sabe o que fazer, esse gs seria algo material,
claro. E esses valores so imateriais.
William Craig:Sim, na viso de Plato, esses seriam chamados Objetos Abstratos, o
que significa que eles so causalmente impotentes, eles no tm impacto causal em nada. E,
eu acho que para Plato, eles existiriam alm do espao e do tempo, em vez de no Universo
de tempo e espao.
Muitos filsofos pensam que entidades matemticas existem dessa forma. Nmeros,
conjuntos, e assim por diante. Mas, novamente, os cristos tomaram essas entidades
abstratas e as internalizaram em Deus e fizeram deles idias divinas.
Kevin Harris: Certo. Ento, em um sentido, elas so platnicas, so formas que
simplesmente existem. Mas elas so ancoradas em Deus. Em vez de serem apenas fatos
brutos ou parte do Universo.
William Craig: Sim, eu resistiria ideia de que elas so objetos abstratos porque no
como se Deus criasse essas coisas e elas existissem externamente a Ele. Elas so apenas suas
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Kevin Harris: E as Morais so propriedades de pessoas. Uma rocha no contem
propriedades morais, ou uma estrela, poeira csmica ou mesmo um periquito. Ento, elas
so pessoais...
William Craig: Certo, elas so pessoa-dependentes. E eu acho que em virtude de
sermos pessoas como Deus pessoa que ns temos valores morais intrnsecos. E por isso
que uma nica pessoa mais valiosa do que o Universo material inteiro, o que um
pensamento maravilhoso, porque apenas pessoas tm valor moral intrnseco. Coisas
possuem valor extrnseco, que elas conservam os propsitos de pessoas. Um martelo pode
me ajudar a construir uma casa, dinheiro pode me ajudar a comprar comida, essas coisas
so extrinsecamente valiosas, pois servem como meios para fins. Pessoas so fins em si
mesmas, elas so intrinsecamente valiosas, no apenas extrinsecamente valiosas, como
meios a serem usados para algum fim. Ento, como Agostinho disse, ns devemos amar as
pessoas e usar as coisas, mas muito frequentemente fazemos o oposto.
Kevin Harris: Hmm... isso uma culpa sobre todos ns, realmente. Um ctico dir
bem, se valores morais so objetivos, ento porque nem todo mundo os reconhece e
concorda sobre os valores morais? Porque h tanto conflito entre pr-vida e pr-escolha, e
coisas assim?"
William Craig: Bem, eu acho que dizer que os valores morais so objetivos no o
mesmo que dizer que eles sempre so claros. Certamente, pode haver reas cinzentas, mas
certas coisas so claramente certas, ou claramente erradas. Mas, no meio, pode haverquestes morais difceis onde difcil discernir o que certo errado. Dizer que alguns
valores e obrigaes so objetivos dizer que em qualquer situao moral em que voc se
encontrar existe uma coisa certa a se fazer e h uma coisa m, ou errada a se fazer, mas no
o mesmo que dizer que isso fcil de discernir. Ento no devemos confundir
epistemologia, que como voc conhece os valores e obrigaes morais, com ontologia, que
a realidade dos valores e obrigaes morais. Eu no estou declarando que, porque essas
coisas existem objetivamente, elas so sempre fceis de discernir.
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Kevin Harris: Ns podemos aplic-los incorretamente, embora sejam objetivos. Ns
podemos fazer a coisa errada, talvez. Embora os valores morais sejam objetivos, ns
podemos subjetivamente aplic-los.
William Craig: Sim. Isso est absolutamente certo, o pecado isso. O pecado que
estamos cados em nossa natureza e amamos a maldade e a injustia, em vez da justia. Ns
estamos isolados em ns mesmo e buscamos nossos prprios interesses egostas. Ento, no
surpreendente que, ao olhar para o mundo, ns encontramos culturas que so
profundamente corruptas e ms. Podemos pensar no apartheid, na frica do Sul, ou na
Alemanha Nazista, ou culturas e sociedades ditatrias como naes do comunismo
Marxista, ou at mesmo em naes ocidentais dominadas pelo consumismo materialista.
No surpreendente, em virtude de natureza pecaminosa das pessoas, que ns veramos
culturas inteiras sendo afetadas pelo mal e existindo de uma forma moralmente cada.
Ento, a objetividade dos valores morais no significa que todos os seguem.
Kevin Harris: Mas isso explica o fato de que pessoas que no acreditam em Deus, ou
afirmam no crer em Deus, podem ser boas, ou fazer coisas boas, ou reconhecer o certo e o
errado?
William Craig: Exatamente! Se no houvesse Deus, eu acho que no haveria valores
morais objetivos. Tudo, ento, seria simplesmente subjetivo, os valores morais seriam o
subproduto de presses scio biolgicas sobre a humanidade. Assim como um grupo de
babunos exibiria comportamento cooperativo porque isso os ajuda a sobreviver, tambmos seres humanos teriam desenvolvido uma espcie de moralidade coletiva que o ajudaria a
se dar bem na luta para a sobrevivncia. Voc coa as minhas costas e eu coo as suas,
esse tipo de coisa. Ento, se Deus no existe, me parece que no existe certo e errado, bem a
mal objetivos, tudo moralmente indiferente. Mas, se existe um Deus, ento at mesmo a
vida do ateu caracterizada por bem e mal, certo errado, acredite em Deus ou no, porque
essas coisas no so dependentes da opinio humana.
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Kevin Harris: Um ctico uma vez me acusou de dizer... eu estava tentando mostrar
que os h valores morais objetivos e que eles so baseados em Deus e na Sua natureza, e
assim por diante... que se eu no acredito em Deus, ou se eu de alguma forma amanh vier
a acreditar que Deus no existe, isso significa que eu vou sair estuprando e roubando. E eledisse que se eu dissesse que no, isso significa que eu no preciso de Deus para me impedir
de fazer essas coisas. Voc se transformaria repentinamente em um brbaro se amanh
viesse a pensar que Deus no existe?
William Craig: Isso entender mal o argumento. O argumento no que, por causa
da existncia de Deus, ns somos limitados em nosso comportamento moral. O argumento
que, na ausncia de Deus, o comportamento moral que exibimos no realmente bom,
apenas ilusrio. Ento, se algum viesse a acreditar que Deus no existe, como muitos
cristos apstatas fizeram, eles no se transformam imediatamente em brbaros. Mas, isso
significaria que o comportamento moral que eles continuam a apresentar no realmente
certo ou errado, se Deus no existe, se eles estivessem certos. Eu acredito que h um Deus,
ento esse comportamento ainda bom e certo, mas se Deus no existe, e algum vem a
perceber que Ele no existe, voc pode ainda continuar a viver da forma como sempre
viveu, por causa de presses sociais, mas no haveria nada de mais certo ou errado nisso
do que quando voc estava na sua iluso de que Deus existe. Em outras palavras, no se
trata da crena em Deus, se sim se existe ou no um Deus.
Kevin Harris: A moralidade de uma sociedade fica pior se ela passa a descrer em
Deus?
William Craig: Essa uma pergunta muito boa que, eu acho, apenas um socilogo e
no um filsofo poderia responder. Certamente, Kevin, quando voc olha para naes que
foram atestas, como Albnia, e a Unio Sovitica, e a China Comunista, o seu registro
moral absolutamente assustador, realmente arrepiante. E voc no pode deixar de
imaginar se o atesmo no contribui para um declnio na coeso moral. Alguns podem dizer
o que dizer ento das sociedades chinesas com o Confucionismo clssico? Elas no tm um
conceito de um Deus pessoal e, mesmo assim, no foram sociedades corruptas e
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degeneradas da forma como era com o marxismo sovitico. Mas importante entender
que, no Confucionismo, voc tem sim algo chamado o Paraso ou Tien que uma espcie
de absoluto moral que, eu acho, serve como uma espcie de substituto de Deus. uma
apreenso um tanto confusa da natureza moral de Deus, ento eles tm esse forte senso deabsoluto moral. No um exemplo de atesmo per se. Eu gostaria de ver algum fazer um
estudo sociolgico srio sobre isso, e eu ficaria muito surpreso se sociedades dominadas
por uma espcie de atesmo estrito, uma espcie de materialismo, fisicalismo, no fossem
de fato moralmente degeneradas.
Kevin Harris: Em suma, Dr. Craig, os valores morais so objetivos e a melhor
explicao para isso Deus.
William Craig: Exatamente. Deus, em sua natureza moral, o padro de bem e mal,
constitui nossos valores morais e seus mandamentos a ns constituem nossos deveres
morais de certo e errado.
QUALA DIFERENA ENTRE OBJETOS CONCRETOSE ABSTRATOS?
William Craig: Essa uma pergunta muito boa! Estou trabalhando nisso atualmente
na minha pesquisa. Eu acho que o que define a diferena entre um objeto abstrato e um
objeto concreto que um objeto abstrato causalmente impotente. Ele no pode produzir
nenhum efeito. causalmente ineficiente, pode se dizer. Ento, pense no objeto abstrato
tpico, como o nmero 7, ou um conjunto de nmeros naturais. Se essas coisas realmenteexistem, elas no tm qualquer impacto real, o nmero 7 no pode causar nada! E essa a
diferena, eu acho, entre objetos concretos e abstratos. Um objeto concreto pode ter efeitos
causais. At mesmo se estiver isolado no espao, de forma que no possa afetar nada, ao
menos eles possuem o poder de afetar as cosias, se entrassem em contato ou em
proximidade com elas. Ao passo que os objetos abstratos so totalmente causalmente
ineficientes e impotentes. Eles no tm o potencial de afetar qualquer coisa. Ento, eu acho
que essa seria a caracterstica definitiva do que seria um objeto abstrato.
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Para mais recursos como esse do Dr. William Lane Craig, v para
www.ReasonableFaith.Org [ingls] ou www.DeusEmDebate.Blogspot.Com [blog em
portugus no relacionado ao do Dr. Craig].
http://www.reasonablefaith.org/http://www.reasonablefaith.org/http://www.deusemdebate.blogspot.com/http://www.deusemdebate.blogspot.com/http://www.deusemdebate.blogspot.com/http://www.reasonablefaith.org/