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Disciplina: Filosofia – 10º Ano Orientações Metodológicas Estudar Filosofia «O método é o pai da memória» Thomas Fuller Estudar Filosofia, como estudar outra disciplina qualquer, é uma atividade que exige esforço e método. Sem método, o esforço é ineficaz. Com método, a aprendizagem torna-se mais agradável e o sucesso mais fácil. Para ajudar os alunos a estudar melhor, oferecemos algumas orientações metodológicas sobre a leitura e a participação nas aulas. 1. Como ler de forma ativa 1.1. Comece por uma leitura rápida A leitura eficaz de um texto ou de um conjunto de textos processa-se em duas etapas distintas. Numa primeira etapa, faz-se uma leitura rápida, dando particular atenção a títulos, esquemas, anotações e frases em destaque. O objetivo é saber de que assunto se trata e identificar os elementos mais importantes ou mais interessantes do texto. Depois de obter uma visão geral do assunto, chega o momento de ler «em profundidade». Nesta segunda etapa, o leitor aproxima-se do texto, de forma cuidadosa e crítica, para compreender o que se diz e como se diz. A compreensão do texto é fundamental para elaborar corretamente esquemas ou resumos e para fazer bons comentários. 1.2. Consulte o dicionário A ignorância das palavras constitui o primeiro obstáculo à compreensão de um texto. Por isso, o estudante deve consultar o dicionário, sempre que encontre palavras desconhecidas cujo significado não pode descobrir pelo contexto. Na maior parte dos casos, basta recorrer a um dicionário geral, mas, por vezes, torna-se aconselhável o recurso a dicionários especializados no assunto que se pretende estudar. Poderá fazê-lo, também, consultando os dicionários online. Dominando o significado das palavras, o estudante torna-se mais competente não só a ler mas também a falar e a escrever. 1.3. Faça sublinhados e anotações Fazer sublinhados e anotações é um processo de leitura ativa que desperta a atenção e facilita a captação das ideias. Além disso, sublinhados e anotações são auxiliares preciosos para tirar bons apontamentos e rever matéria. Página 1/3

Como estudar filosofia

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Breves orientações sobre o método de estudo da disciplina de Filosofia

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Disciplina: Filosofia – 10º Ano

Orientações Metodológicas

Estudar Filosofia

«O método é o pai da memória» Thomas Fuller

Estudar Filosofia, como estudar outra disciplina qualquer, é uma atividade que exige esforço e método. Sem método, o esforço é ineficaz. Com método, a aprendizagem torna-se mais agradável e o sucesso mais fácil. Para ajudar os alunos a estudar melhor, oferecemos algumas orientações metodológicas sobre a leitura e a participação nas aulas.

1. Como ler de forma ativa

1.1. Comece por uma leitura rápida

A leitura eficaz de um texto ou de um conjunto de textos processa-se em duas etapas distintas. Numa primeira etapa, faz-se uma leitura rápida, dando particular atenção a títulos, esquemas, anotações e frases em destaque. O objetivo é saber de que assunto se trata e identificar os elementos mais importantes ou mais interessantes do texto. Depois de obter uma visão geral do assunto, chega o momento de ler «em profundidade». Nesta segunda etapa, o leitor aproxima-se do texto, de forma cuidadosa e crítica, para compreender o que se diz e como se diz. A compreensão do texto é fundamental para elaborar corretamente esquemas ou resumos e para fazer bons comentários.

1.2. Consulte o dicionário A ignorância das palavras constitui o primeiro obstáculo à compreensão de um texto. Por isso, o estudante deve consultar o dicionário, sempre que encontre palavras desconhecidas cujo significado não pode descobrir pelo contexto. Na maior parte dos casos, basta recorrer a um dicionário geral, mas, por vezes, torna-se aconselhável o recurso a dicionários especializados no assunto que se pretende estudar. Poderá fazê-lo, também, consultando os dicionários online.

Dominando o significado das palavras, o estudante torna-se mais competente não só a ler mas também a falar e a escrever.

1.3. Faça sublinhados e anotações Fazer sublinhados e anotações é um processo de leitura ativa que desperta a atenção e facilita a captação das ideias. Além disso, sublinhados e anotações são auxiliares preciosos para tirar bons apontamentos e rever matéria.

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A arte de sublinhar está na capacidade de selecionar o essencial. Sublinhar tudo é tão inútil como não sublinhar nada. Aconselha-se ao leitor que sublinhe, de preferência, definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos ou outras expressões que sejam a chave da ideia principal.

As anotações são escritas à margem dos textos e podem expressar-se através de palavras ou pequenas frases que resumam a ideia central de um parágrafo. Podem ainda expressar-se através de um simples ponto de interrogação como sinal de dúvida ou discordância em relação às ideias do texto. As anotações são frequentemente uma prova de originalidade e de espírito crítico.

1.4. Elabore esquemas e resumos Os bons estudantes conhecem as vantagens de elaborar esquemas e resumos das suas

leituras. Esquemas e resumos facilitam a aprendizagem e permitem revisões rápidas antes das provas.

Os esquemas são simples enunciados de palavras-chave e podem ter a forma de índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas. Permitindo visualizar facilmente o conteúdo de um texto, são ideais como auxiliares de memória.

Quanto aos resumos, neles se condensam as ideias essenciais, usando frases bem articuladas. Um bom resumo é a reconstrução abreviada do texto original, por palavras próprias, seguindo o plano e o pensamento do autor. Isto exige a identificação e o registo das ideias de cada parágrafo.

Resumir não é comentar. Um bom resumo diz apenas, com brevidade, clareza, rigor e originalidade, o que disse o autor do texto. O comentário vai além do resumo, na medida em que implica:

- compreender a ideia central do texto e os argumentos utilizados pelo autor para

defesa do seu ponto de vista; - situar o texto na obra do autor e no seu contexto histórico, cultural e/ou filosófico;

- apreciar o valor das ideias apresentadas, comparando-as, por exemplo, com as ideias defendidas por outros autores a respeito do mesmo assunto.

2. Como participar nas aulas

2.1. Prepare-se para a aula Os alunos interessados sabem, quase sempre, qual o tema da aula seguinte. Assim,

podem não só levar o material de trabalho indispensável (manual, dossier/portefólio, esferográficas, lápis, etc.) mas também preparar a matéria que será tratada na aula.

Para a preparação antecipada da matéria, sugere-se uma leitura rápida das páginas do manual (ou de outro livro) dedicados ao tema. Igualmente vantajoso será proceder a uma revisão dos assuntos tratados na aula anterior.

A preparação cuidada das aulas é um fator de motivação que permite ao aluno estar mais atento, participar melhor e captar a matéria com mais facilidade.

2.2. Escute com atenção Os alunos interessados em compreender bem a matéria sabem que devem concentrar-

se nas tarefas da aula e ouvir com atenção os professores e os colegas. Alunos distraídos correm o risco de captar os assuntos de modo parcial e deformado.

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Um processo que ajuda a escutar melhor é olhar de frente a pessoa que fala. Este processo permite observar a linguagem corporal (modo de falar e expressões do rosto) que completa a linguagem das palavras.

Os bons alunos escutam com atenção e espírito crítico. A sua principal preocupação é compreender a mensagem da aula, sem pressa de aceitar ou de rejeitar as ideias apresentadas.

2.3. Faça intervenções oportunas Os melhores alunos são assíduos e pontuais, mas não se limitam a assistir e a

escutar. Colaboram ativamente com os professores e com os colegas para tornar as aulas mais vivas e os assuntos mais interessantes. Expõem as suas dúvidas e, quando solicitados, intervêm nos debates, respeitando sempre os outros.

Fazer perguntas é uma forma de intervenção ao alcance de todos os

alunos, mesmo os mais tímidos. São legítimas todas as perguntas que revelam interesse pela matéria. São positivas as perguntas que pretendem esclarecer uma dúvida concreta. São oportunas as perguntas que não interrompem o professor a meio de uma explicação e se relacionam com o assunto da aula. Quando se trata de expor uma opinião ou o resultado de uma pesquisa, o aluno deve

ponderar bem aquilo que diz e a maneira de dizer. Aconselha-se que exponha apenas ideias fundamentadas no estudo ou na experiência, transmitindo as ideias com firmeza e convicção, mas sem a arrogância de quem se julga dono da verdade. O aluno que participa nas aulas com intervenções oportunas facilita a sua

aprendizagem e a dos colegas, desenvolve a sua capacidade de comunicação e ganha a consideração do professor e dos colegas.

2.4. Tire apontamentos

A memória humana não merece muita confiança. Para evitar o esquecimento, é necessário registar o essencial num dossier. Escrever mais ou menos apontamentos depende do tipo de matéria e do método do professor. Mesmo que haja manual, aconselha-se ao aluno que registe sempre os esquemas, as sínteses, os comentários e as indicações bibliográficas que o professor apresenta na aula. Não vale a pena tentar escrever todas as palavras do

professor. É mais eficaz anotar as ideias por palavras próprias, assimilando sempre que possível novos vocábulos. Muitas vezes, o aluno precisa de completar ou esclarecer o que escreveu nas aulas. Esse trabalho de aperfeiçoamento deve ser feito o mais cedo possível, para que os apontamentos fiquem prontos a ser utilizados, em qualquer momento e especialmente no momento das revisões finais.

In, Alberto Antunes, António Estanqueiro e Mário Vidigal, «Filosofia – 10º Ano», Editorial Presença (adaptação)

A Professora Ana Paula Sá

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