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Como evitar birras

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Tenho certeza que quando você leu o título dessa reflexão, imaginou que ganhou na loteria. Afinal, quem não sonha em evitar uma bela birra, principalmente quando ela é feita em público.

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Tenho certeza que quando você leu o título dessa reflexão, imaginou que ganhou na loteria. Afinal, quem não sonha em evitar uma bela birra, principalmente quando ela é feita em público. Falo com bastante propriedade, pois se tem uma coisa que estou acostumada a assistir, são birras. Primeiro a criança quer que a mãe compre uma coisa, a mãe diz que não, então a criança começa um belo espetáculo. Devo confessar que nesse momento tenho imensa pena dos pais. Esses começam a ficar vermelhos e constrangidos, raramente demonstram ter coragem de repreender os filhos em público, o que faz muitas vezes que sedam as suas exigências ou que saiam para fora das lojas, a fim de minimizar o show.

Por assistir inúmeras cenas como essa, antes de ser mãe pensava, “Deus me livre que o meu filho me faça passar por isso!” Então dizia pra mim mesma que quando tivesse um filho, teria que arranjar estratégias, para que desde a mais tenra idade ele comece a perceber que não poderia ter tudo o que desejasse. E foi assim que fiz. Assim que meu filho começou a andar comecei a mostrar para ele o que lhe pertencia e o que não lhe pertencia. “Isto é da mamãe, não pode mexer.” “ Isso pertence à escolinha, você só pode levar se a professora autorizar, caso contrário deve deixar para brincar amanhã.” “ Esse brinquedo é do amigo, só poderá utilizá-lo se ele o emprestar.” À medida que sua compreensão ia ampliando e a noção de que não podemos ter as coisas que pertencem aos outros, comecei a explorar isso nas lojas. Não deixava que ele mexesse nas prateleiras. Dizia que as coisas da loja só eram nossas depois que pagássemos. Por isso, ele nunca abriu nem consumiu nada dentro de nenhuma superfície comercial. Só lhe dava a autorização para abrir quando passávamos pelo caixa, pois essa era a condição para que o produto nos pertencessem.

Mas nem tudo é assim tão fácil. Quando mexemos em um formigueiro, devemos estar preparados para as formigas que surgirão. As perguntas agora eram outras. A questão agora era, que se o dinheiro podia comprar tudo, “então a mamãe pode me comprar qualquer coisa que eu deseje.” Então começou uma nova série de explicações. “A mamãe trabalha para ganhar dinheiro e ela não tem dinheiro suficiente para comprar tudo.” Foi então que vi o meu filho preocupado pela primeira vez. “Então, quanto dinheiro a mamãe tem?” “ Bom, a mamãe tem o dinheiro suficiente para comprar tudo o que necessitamos para viver. Para a comida, para a roupa, para a nossa casa...para comprar os brinquedo que você necessita.” “Então posso ter todos os brinquedos que quiser?” “ Não, você não precisa assim de tantos brinquedos. Você tem os brinquedos que são necessários para você brincar. Se enchêssemos o seu quarto de brinquedos, você não teria espaço para brincar. Depois, todos os brinquedos são feitos com materiais que vem da natureza, por isso, quanto mais compramos brinquedos de que realmente não precisamos, mais estamos colaborando para a destruição do

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nosso planeta. Depois, se não utilizamos os brinquedos, ou queremos comprar novos, temos que jogar os brinquedos fora e isso ajuda a sujar o nosso mundo.”

Assim, o meu filho começou a perceber que o meu dinheiro era limitado, que ele não precisava de tantos brinquedos assim e que ele estava ajudando o planeta com essa atitude. Algumas vezes, quando os seus colegas tinham um brinquedo novo, que ele desejava ganhar também, me perguntava, “ mamãe, você pode comprar pra mim” ao que eu respondia, “ Vamos ver quanto custa”, como via que era algo que desejava realmente muito dizia, “se a mamãe tiver dinheiro suficiente, a mamãe compra.” Uma vez quis um homem aranha, mas sempre me recusei a pagar valores astronômicos em brinquedos, que segundo o meu ver, não valiam. Então como não estava marcado no brinquedo o seu preço, lhe disse que passaríamos no caixa para ver quanto custava, se tivesse dentro do que a mamãe achasse que o brinquedo valia, a mamãe comprava. Esse foi um grande teste para ele. A sua expectativa para saber se poderia ou não ter aquele boneco. Quando cheguei ao caixa, vi que o boneco tinha um preço compatível com o que eu achava justo, então disse-lhe que poderíamos comprá-lo, e é claro, a sua alegria foi imensa e a minha também, pois como todas as mães, gostamos de ver os nosso filhos contentes e satisfeitos. Mas devemos nos lembrar que é nossa obrigação educarmos os nossos filhos, por mais que as vezes nos custe. Só assim evitaremos sofrimentos muito maiores para eles no futuro.

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